Revista +Carne Ed.4

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Sua embalagem vale ouro Exportar é preciso, inspecionar é obrigatório Ômega 6 na carne




Foto: Depositphotos / Capa: Raphael Inácio

Expediente

Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 9 9970.1584 jussara@editorarocha.com Editor Cauê Vizzaccaro caue@editorarocha.com Gerente de Contas Clécio Laurentino (11) 9 8225.4355 clecio@editorarocha.com Administrativo / Financeiro administrativo@editorarocha.com financeiro@editorarocha.com Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Produção Gráfica Raphael Inácio (11) 9 9804.0962 rr.inacio@uol.com.br 4

Tiragem: 9.000



Sumário

04 Expediente

50 Ponto de vista: Takahide Ishida

06 Sumário 54 Empresas: Tripa-Rio 08 Editorial 56 Empresas: Frinox 10 Produtos 57 Empresas: Haarslev 12 Política 58 Mundo 16 Eventos 59 Empresas: MML 20 Economia 60 Saúde 28 Especial 61 Empresas: Espumapac 32 Capa 62 Brasil 40 Ponto de vista: Omar Abu-Jamra Jr. 46 Escrevendo a história: Antonio Petini 6

64 Empresas: Camrey 66 Índice de anunciantes



Editorial

Opção A

s eleições são o último grande acontecimento que deve alterar o humor do mercado e do setor de proteína animal. Na expectativa do resultado e de como o mercado reagirá, conversamos na editoria Ponto de Vista com Omar Abu-Jamra Jr., diretor comercial da Nutri.com. Nessa interessante entrevista, Omar teceu diversos comentários e ideias sobre o mercado, política, meritocracia e como é difícil para o empresário trabalhar no Brasil, um país onde o governo maltrata a classe e dificulta o crescimento dela, seja com altos impostos, falta de subsídios, proteção cambial etc. Desse modo, alterar o programa político em favor do empresário do setor, e não tratá-lo como inimigo, deveria ser a opção do governo, afinal, os empresários – sejam eles grandes, médios ou pequenos – fabricam empregos, pagam impostos e trazem inovações ao país. Nesta edição da Mais Carne temos como matéria de capa o tema sobre embalagens. Na reportagem, Assunta Napolitano Camilo afirma que os fabricantes estão de olho nos consumidores que buscam produtos prontos, práticos e o mais próximo possível de preparados, o que torna as embalagens cada vez mais convenientes. Também na reportagem, apresentamos produtos da área. Na segunda reportagem da série Escrevendo a história do setor de carnes no Brasil, entrevistamos Antonio Petini, diretor da Intermec, empresa que possui 34 anos de tradição em equipamentos e peças para frigoríficos. Na cerimônia de comemoração da nova

sede da Ishida no Brasil, a equipe da Mais Carne conseguiu uma entrevista exclusiva com o presidente da Ishida, Takahide Ishida, que ao lado do diretor da Ishida do Brasil, Akira Nakamori, apresentaram as perspectivas da empresa e outro olhar sobre o Brasil e mercado. No artigo Exportar é preciso, inspecionar é obrigatório, Daniel Sprindys, discorre sobre a expectativa positiva para o mercado de cortes de carne brasileiro, principalmente quando o tema é a exportação. E sobre a exportação, o frigorífico que quiser entrar nesse jogo precisa garantir a qualidade do produto, se adequando as regras de vigilância sanitária e de inspeção. Por fim, a Multivac do Brasil comemorou cinco anos. Em evento realizado em sua fábrica em Curitiba (PR), a empresa alemã celebrou a data ao lado de clientes e parceiros. Boa leitura!

Jussara F. S. Rocha Diretora



Divulgação

Produtos

Almôndega em

embalagem de 1kg Almôndega, produto da cozinha italiana, ocupa cada vez mais espaço nos hábitos alimentares dos brasileiros. Atenta a isso, a Cooperativa Central Aurora Alimentos ampliou sua linha de industrializados com exclusiva embalagem: a Almôndega Aurora com um quilograma de peso. A versão proporciona ao consumidor, uma embalagem econômica para famílias maiores. O produto é vendido em caixa de 3 kg, contendo três pacotes de 1 kg, com validade para 120 dias. Segundo a empresa, as almôndegas são elaboradas com carnes selecionadas. Seu preparo é fácil e rápido, e vêm pronto para assar, fritar ou incrementar um molho. Também são versáteis para acompanhar um arroz ou macarrão.

O produto em embalagens de 1 kg é possível encontrar em canais de venda como açougues, atacados e food service. A Grande Enciclopédia Illustrata della Gastronomia registra que a almôndega (polpetta) é uma preparação muito antiga e tradicional da culinária italiana. Leva carne, peixe ou verdura moída, ligada com ovo e moldada em forma de bola. Em sua receita mais original, a carne moída é misturada com massa de pão dormido e amolecida em leite, cebola, alho refogados e ervas verdes (salsinha, cebolinha, louro e alfavaca, entre outras). Após a mistura, adiciona-se farinha de trigo ou mandioca para dar liga.



Divulgação

Política

Competitividade e

ampliação de mercado O

Secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (SECEX/MDIC), Daniel Godinho, visitou o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, no dia 18 de agosto, na sede da ABPA, em São Paulo (SP). Na oportunidade, foram discutidas questões relativas aos setores exportadores de aves, suínos, material genético avícola, ovos in natura e processados e de carne bovina. Fizeram parte do debate temas como custos de exportação, gestões para melhoria da competitividade e a ampliação das exportações para mercados já abertos. A abertura de novos mercados também esteve na pauta. A reunião contou com a participação do diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Fernando Sampaio, e de representantes da diretoria da ABPA.

“Temos uma relação muito próxima com a ABPA e esta visita acontece em um momento importante, para atualizarmos nossas estratégias de trabalho. Focamos neste debate formas de ampliação das exportações e redução de custos, melhorando o saldo dos embarques”, destacou o Secretário Godinho. Essa proximidade, conforme explicou Turra, vem favorecendo o aumento da agilidade na busca por soluções de problemas e entraves para a cadeia de proteína animal, no âmbito do MDIC. “A cadeia produtiva de proteína animal é bastante dinâmica e exige rapidez na reação do governo frente aos pleitos. É esta a postura que temos encontrado com o Secretário Godinho, que foi bastante claro ao mostrar nossa cadeia produtiva como uma prioridade do Secex”, ressalta o presidente-executivo da ABPA.



Política Por Marcelo Oliveira

ABPA e Vice-presidente Michel Temer debatem competitividade da

Proteína Animal Programação contou, ainda, com encontros com os Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário

O Divulgação

vice-presidente da República, Michel Temer, recebeu o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, e o presidente da Câmara de Sustentabilidade da entidade, Ricardo de Gouvêa, em Brasília (DF). Na oportunidade, Turra e Gouvêa trataram de questões relacionadas à competitividade do

setor agroindustrial brasileiro, frente às adversidades do mercado interno e internacional. “Foi uma grande oportunidade para destacarmos entraves e oportunidades nas quais o apoio do Governo Federal é fundamental. Sempre grande parceiro do nosso setor, o vice-presidente Temer se comprometeu a apoiar a manutenção da capacidade competitiva da cadeia produtiva de aves e suínos”, destacou Turra. Antes do encontro, o presidente-executivo da ABPA participou de reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller. A pauta contou com diversos temas prioritários para a avicultura e a suinocultura do Brasil, como a aprovação do novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) e maior agilidade do processo de habilitação de plantas para exportação. “Também destacamos a necessidade do estabelecimento de metas para a abertura de mercados para carne suína e genética avícola, além da ampliação dos embarques de carne de frango, entre outros pontos”, afirmou Turra. Além desses encontros, o presidente da ABPA se reuniu com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Durante o encontro, foi discutida a liberação de recursos para a construção de aviários e de estabelecimentos suinícolas. Fonte: ASCOM ABPA



Eventos

Multivac do Brasil

comemora 5 anos Evento realizado em sua fábrica na cidade de Curitiba (PR), a empresa alemã celebrou a data ao lado de clientes e parceiros

A

Multivac completou cinco anos de atividade no Brasil e para comemorar a data realizou um evento em sua fábrica na cidade de Curitiba (PR), no dia 6 de agosto. O encontro reuniu cerca de 90 pessoas, entre clientes e parceiros, que puderam conhecer o centro de aplicação da empresa e estreitar relacionamento com seus diretores e funcionários. Durante o evento, os participantes realizaram uma visita guiada pela empresa e tiveram contato com Michael Teschner, diretor da Multivac no Brasil, e Kai Trapp, diretor comercial para a América Latina, Portugal e Espanha. Além de conhecer as máquinas para embalar


disponíveis no showroom, o público também desfrutou de um brunch. “O foco do evento foi comemorativo, para mostrar o nível de investimento da Multivac alemã no Brasil. Tivemos uma experiência muito positiva e elogiada, por isso esperamos fazer a festa de dez anos com o mesmo sucesso”, projeta Teschner. “Estamos muito orgulhosos do que foi rea-

lizado no Brasil. Michael Teschner e sua equipe fizeram um excelente trabalho. A Multivac vê grande potencial nesse mercado e vai continuar a investir em breve na capacidade de produção local e em nossa equipe”, afirma Trapp. A empresa optou pela realização do encontro no dia 6, em Curitiba, para aproveitar a ocasião da primeira edição da International FoodTec Brasil (IFTB), feira internacional de for-


Eventos zada pela KoelnMesse, organizadora alemã da Anuga FoodTec.

necedores para a indústria de alimentos, que também aconteceu na cidade, entre os dias 5 e 7 de agosto. A IFTB reuniu expositores do mundo inteiro do setor de equipamentos para a indústria de alimentos, em especial a de proteína. Por conta da reunião para a comemoração dos cinco anos da Multivac, os participantes puderam aproveitar a presença em Curitiba e também prestigiaram a IFTB. “Tivemos um estande maravilhoso da Multivac na feira, vendemos nove máquinas e saímos de lá com vários projetos engatilhados. Foi um evento muito bom, com público bastante seleto, de alto poder de decisão e expositores de primeira linha. Estou orgulhoso em poder dizer que fui um dos idealizadores”, garante Teschner. A IFTB foi reali-

Atuação no Brasil A Multivac está presente no Brasil, desde 2009, quando inaugurou seu centro de aplicação na cidade de Curitiba, também tendo, hoje, um showroom e um escritório administrativo na cidade de Campinas (SP). A decisão da abertura de uma filial em território brasileiro se deu pelo sucesso de negócios da empresa, que vendia máquinas ao país há mais de quatro décadas. O objetivo da organização para os próximos anos, devido à atuação bem sucedida, é de expansão. “A expectativa para os próximos anos é de crescimento contínuo e investimento no mercado brasileiro, pois temos os produtos e soluções que as empresas estão buscando atualmente”, assegura Teschner. “Com o estabelecimento da filial Multivac do Brasil, a matriz seguiu sua estratégia ‘pensar global, agir local’. Isso demonstra a importância de estar fisicamente presente no mercado dando suporte aos nossos clientes, mesmo em um país tão vasto quanto o Brasil.”, afirma. Além do Brasil, a Multivac mantém filiais em 75 países e uma rede de distribuição que abrange mais de 160 países. Com uma história de mais de 50 anos, atende desde a indústria de alimentos e bens de consumo até a de artigos médicos e hospitalares.



Economia

Elevações em mercados de grande e médio porte sustentam

previsões de alta para 2014 Japão, China e Venezuela são destaques no ano

A

recuperação da receita cambial e a elevação dos níveis de embarques vêm favorecendo as previsões das exportações de carne de frango para 2014. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no mês de agosto foi registrada ligeira redução em volume – de 0,4%, com 332 mil toneladas –, mas com considerável crescimento em receita – de US$ 674,6 milhões, número 5,4% maior em relação ao oitavo mês de 2013. Já no acumulado do ano, o ritmo dos embarques da carne de frango é positivo em 1,7%, com total de 2,605 milhões de toneladas. O desempenho em receita, entretanto, registrou redução de 4,6%, com US$ 5,163 bilhões entre janeiro e agosto de 2014. Os cortes se mantiveram como principal produto da pauta exportadora do setor, entre janeiro e agosto. Conforme a ABPA, foram embarcadas 1,423 milhão de toneladas no período, dado 3,9% maior na comparação com o ano anterior. Já em frango inteiro, segundo item da pauta, foi registrada queda de 2,2%, com 954 mil toneladas embarcadas. Carnes

salgadas, com 123,1 mil toneladas (+5,7%) e industrializados, com 104,3 mil toneladas (+4,2%), completam a lista. Dentre as regiões importadoras, o Oriente Médio continua como maior destino da carne de frango brasileira, com 911,4 mil toneladas embarcadas entre janeiro e agosto deste ano, resultado 8,1% menor em relação ao mesmo período de 2013. A Ásia, na segunda posição, apresentou elevação de 7,5%, com 777,7 mil toneladas. Para a África, consolidada como terceiro maior destino em volumes, foram embarcadas 328,8 mil toneladas (-6,1%). Em quarto lugar, a União Europeia (UE) foi responsável pela importação de 276,3 mil toneladas de carne de frango brasileira, resultado ligeiramente maior em relação ao ano anterior (+0,4%). Para os países das Américas foram embarcadas 245,3 mil toneladas, número 49,5% maior em relação ao ano anterior. Por fim, para a os países da Europa que não fazem parte da UE, foram exportadas 64,4 mil toneladas, volume 13,5% maior em relação aos oito primeiros meses de 2013. Conforme o presidente-executivo da ABPA,


Francisco Turra, o desempenho acumulado do ano tem sido influenciado pela forte elevação em mercados de médio e grande porte. “Foram notáveis o desempenho da China, com elevação de 20% nos embarques após a habilitação de cinco novas plantas, e da Venezuela, que quase dobrou as compras de carne de frango brasileira. Mercados de médio porte, como Vietnam, Angola e México, também se destacaram neste contexto”, ressalta. Para a Rússia, foram embarcadas, entre janeiro e agosto, 38 mil toneladas – número 36,4% maior em relação ao embarcado no mesmo período de 2013. Tal crescimento, no entanto, ainda não é resultado direto das autorizações de novas plantas efetivadas pelas autoridades russas, no início de agosto. “Comparando-se os meses de julho e agosto, houve elevação de 15,6% nos volumes exportados. Estes embarques seriam ainda maiores se várias plantas habilitadas fossem certificadas pelo MAPA para exportar, o que ainda não aconteceu”, apontou Turra. Conforme explica o vice-presidente de

aves da ABPA, Ricardo Santin, o aumento na demanda destes mercados de médio e grande porte deverá assegurar o ritmo de alta em 2014, apesar das reduções vistas em mercados do Oriente Médio. “Mantidos os níveis de elevação dos embarques apresentados até aqui para o segundo semestre, é provável que nosso crescimento fique em torno 3%, conforme temos previsto”, ressalta.

A Arábia Saudita foi o maior importador de carne de frango do Brasil entre janeiro e agosto deste ano, com 433,6 mil toneladas (-6% em relação ao mesmo período do ano passado). Vista como “mercado-único”, a União Europeia manteve-se como segundo maior destino (276,3 mil toneladas, com +0,4%). O Japão, na terceira posição, importou 269,4 mil toneladas (+4,9%). No quarto posto, Hong Kong foi responsável por 211,2 mil toneladas do saldo geral do ano (-2,7%). Em quinto, os Emirados Árabes Unidos totalizaram 170,2 mil toneladas embarcadas (-1,1%).


Economia

Rússia e Hong Kong sustentaram crescimento das exportações

R

ússia e Hong Kong, que tiveram participação de 34,4% e 23,1%, respectivamente, nas exportações de carne suína, em agosto, foram os mercados que registraram maior crescimento dos embarques brasileiros do produto. O Brasil vendeu para a Rússia 14,5 mil toneladas, 16,2% mais do que em agosto de 2013. Em receita, o valor foi de US$ 70,7 milhões, um aumento de 82,5% na comparação com igual período de 2013. Para Hong Kong, os embarques somaram 9,7 mil toneladas, 9,6% mais em relação a agosto do ano passado, e US$ 25,2 milhões, resultado 22,7% superior ao de 2013. Em agosto, o Brasil exportou 42,1 mil toneladas, com uma receita de US$ 142,3 milhões. Houve queda de 19,4% no volume exportado em relação ao mesmo mês do ano passado, aumento de 7,2% na receita e elevação de 33% no preço médio. No acumulado do ano, as vendas somaram 319 mil toneladas e US$ 980,6 milhões, queda de 7% no volume e aumento de 10,3% na receita, em comparação com o intervalo janeiro-agosto de 2013. “O resultado de agosto mostra que o Brasil

vem mantendo a média mensal em torno de 40 mil toneladas. Em setembro, os embarques deverão aumentar, tendo em vista as novas habilitações de frigoríficos anunciadas recentemente pela Rússia. O cenário é favorável, pois o País passa por uma situação de oferta ajustada à demanda, tanto interna quanto externa, e os preços internacionais estão em patamar ascendente, com aumento de 33% em agosto, em relação a agosto de 2013”, disse Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, “as perspectivas até o final do ano são positivas, não só pela elevação dos preços no mercado externo, como também pela conjuntura interna, que tende a favorecer o aumento do consumo de carne suína. Além do mais, o cenário de oferta e demanda ajustadas está compatível com o volume de exportação de 40 mil toneladas mensais”. O terceiro principal destino para a carne suína, em agosto, foi Angola, que importou 5,1 mil toneladas (12% de participação). Em seguida, vieram Singapura, com 2,7 mil toneladas e


participação de 6,3%, e o Uruguai, com 1,7 mil toneladas, respondendo por 4,2% dos embarques. Os principais mercados, em termos de receita, em agosto, foram Rússia, com 49,6% do faturamento, Hong Kong, com 17,7%, e Angola, com 6,2%. De janeiro a agosto, as vendas para a Rússia somaram 112,4 mil toneladas e US$ 474,6 milhões, uma elevação de 18,4% em volume e 70,2% em receita, ante o mesmo período de 2013. Embora a abertura de mercado do Japão, ocorrida em 2013, ainda não reflita um volume significativo de venda, o crescimento nos embarques vem acontecendo: de janeiro a agosto deste ano, os japoneses compraram 2,1 mil toneladas, um crescimento de 971% em relação

a janeiro-agosto de 2013, quando o Brasil exportou para lá apenas 196 toneladas. Os principais destinos para a carne suína, em 2014, foram: 1º Rússia – 112,4 mil toneladas – 35,2% 2º Hong Kong – 73,7 mil toneladas – 23,1% 3º Angola – 33,9 mil toneladas – 10,6% 4º Cingapura – 23,6 mil toneladas – 7,4% 5º Uruguai – 13,9 mil toneladas – 4,3% Estados que mais exportaram De janeiro a agosto de 2014, os estados que mais tiveram participação nas vendas externas de carne suína, foram: Santa Catarina (139,3 mil toneladas); Rio Grande do Sul (81,1 mil toneladas); Minas Gerais (28 mil toneladas); Paraná (27,4 mil toneladas); Goiás (26,7 mil toneladas).


Economia

Acordo com Rússia com liberação recorde para exportação

O

serviço sanitário russo (Rosselkhoznadzor) autorizou a liberação de 87 estabelecimentos para exportação de carnes, miúdos de carnes, aves, miúdos de aves, suínos e miúdos de suínos. Umas das novidades é a inclusão de dois estabelecimentos de produtos lácteos. No total, 89 frigoríficos foram liberados e duas novas plantas ainda podem ser confirmadas. “Frente a este resultado atual, o Brasil ampliará substantivamente suas exportações de carnes e lácteos para diversos países da União Aduaneira, consolidando a parceria no agronegócio internacional e as relações de confiança e amizade entre os dois países”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.

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A Rússia já é o principal destino das exportações brasileiras de carnes suína e bovina. Apenas de carne bovina in natura foram comercializadas entre Brasil e Rússia, em 2013, 303 mil toneladas, gerando US$ 1,2 bilhão em receitas. De carne suína, foram exportados 134 mil toneladas, com receita na ordem de US$ 412 milhões. Os produtos agropecuários exportados à Rússia no ano passado garantiram o ingresso de US$ 2,72 bilhões na balança comercial brasileira. HISTÓRICO Durante a 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), realizada no final de maio deste ano em Paris, França, o ministro Neri Geller manteve entendimentos


com o chefe do Serviço Veterinário da Federação Russa, Serguey Dankvert, quando trataram da importância do monitoramento do serviço sanitário brasileiro como garantidor da sanidade do produto exportado. Foi tratado ainda sobre o envio de listas de potenciais fornecedores de carne para a Rússia. Na ocasião, Dankvert disse estar satisfeito com as relações com o Brasil, demonstrando potencial para intensificar a parceria. No dia 14 de julho, também deste ano, a presidente Dilma Rousseff recebeu no Brasil o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Foi assinada uma série de acordos bilaterais nas áreas de economia, defesa, tecnologia, energia e produção de vacinas. Um dos principais termos dos acordos previa o aumento das trocas co-

merciais entre os dois países ao patamar de US$ 10 bilhões anuais.

Nos últimos dias 5 e 6 de agosto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou uma missão técnica junto a Federação Russa, que rendeu a aprovação de Serviços de Inspeção Federal (SIFs) para a comercialização de miúdos (rim, fígado, coração, intestino) e a oficialização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de lácteos para a União Aduaneira (UA), formada pela Rússia, Bielorússia e Casaquistão. Foi apresentado ainda um protocolo com as exigências fitosanitárias da UA para exportação de trigo da Rússia para o Brasil.


Economia

Aurora amplia

exportações em 2014

A

Cooperativa Central Aurora Alimentos ampliou neste ano em 21% o volume e em 27% as receitas com exportação de carnes. Ao transmitir a informação, o presidente Mário Lanznaster destacou que, no período de janeiro a julho, a empresa embarcou 143 mil toneladas, ou seja, mais de 20 mil toneladas em média por mês. Os principais mercados atendidos pela Aurora são Hong Kong, China, Japão, Oriente Médio, Cingapura e Rússia. Em agosto, a Rússia aprovou novas plantas da Aurora para importação de carne. Atualmente estão homologadas as unidades de Sarandi (RS) e Chapecó (SC) para suínos e Abelar-

Mário Lanznaster, presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos

do Luz (SC) para aves. Além dessas, já estavam aprovadas duas unidades de aves: Maravilha e Xaxim, ambas de Santa Catarina. O gerente geral de exportação, Dilvo Casagranda, afirmou que as vendas para a Rússia sofrem muitas variações, mas a demanda não é temporária, uma vez que o país depende da importação de volumes significativos para abastecer o consumo interno. Normalmente há uma diminuição do volume exportado a partir da segunda quinzena de novembro, em razão de vários fatores: esgotamento das cotas de importação as quais serão redistribuídas no ano seguinte, fechamento do ano fiscal, rigo-

Dilvo Casagranda, gerente geral de exportação


roso inverno com previsível congelamento dos portos e paralisação das operações de desembarque. A Aurora não exporta suínos para Rússia desde 2011, pois tinha planta habilitada somente para carne de aves. Agora, a empresa tem expectativa de voltar a exportar significativos volumes mensais de carne suína para aquele mercado. Nesse momento, os preços estão atrativos com relação a outros mercados, devido ao desabastecimento de carne suína na Rússia e a necessidade de cumprimento de cotas de importação por parte dos importadores daquele país. Os produtos da pauta de exportação incluem os seguintes cortes: meia-carcaça, pernil, paleta, sobrepaleta, lombo, barriga, filezinho, recortes magros, recortes gordos e carré. Na área de aves, a Aurora exporta atualmente para a Rússia uma média de 2.000 toneladas por mês. A expectativa de crescimento da exportação de aves é de mais 1.000 toneladas por mês (crescimento de 50%), chegando a embarques totais mensais de 3.000 toneladas/mês. Os preços estão superiores a outros mercados devido ao desabastecimento interno na Rússia. Os produtos exportados são meio-peito, asas, coxas, sobrecoxas e leg quarter (perna com dorso), além de miúdos (moela). EVOLUÇÃO As vendas da Aurora no mercado externo, em 2013, representaram 1 bilhão e 55 milhões ou 18,63% da receita bruta, tendo sua maior expressão nas carnes de aves (com 762,4 milhões de reais) e nas carnes suínas (com 300,3 milhões de reais). Neste ano, crescerá pelo menos 20% da receita operacional bruta. O montante das divisas que serão obtidas com as vendas externas em 2014 não foi revelado. O desempenho da Aurora no comércio exterior evolui, já que, em 2012, contribuía em 15,77% no faturamento global e, em 2013, passou a 18,63%. O volume exportado, em 2013, cresceu 34,8% para 196.272 toneladas e as divisas obtidas no exterior aumentaram 46,7% para 1 bilhão e 63 milhões de reais. Os principais destinos no ano passado foram Ásia (absorveu 27% das exportações), Japão (15%), África (12%), Europa (11%) e Oriente Médio (10%), seguindo-se Ucrânia (6%), Rússia (5%), Eurásia e Cingapura, ambos com 3%. No total, mais de 60 países compram produtos da Aurora.

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Por Daniel Sprindys

Exportar é preciso, inspecionar

é obrigatório A

expectativa para o mercado de cortes de carne brasileiro neste ano de 2014 é muito positiva. Difícil abrir revistas especializadas ou buscar informações oficiais sobre a exportação no Brasil e não ver o otimismo que toma conta de todos os agentes desse segmento, principalmente quando o assunto é exportação. Números servem para perceber o motivo de tanto otimismo. Em 2013, o Brasil ultrapassou a meta estipulada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) que era de US$ 6 bilhões, com incremento de 13,9% em comparação com 2012. O volume de carne exportada chegou a 1,5 milhão de toneladas, crescimento de 19,4% em relação ao ano anterior. Todos esses números foram resultados do trabalho de reabertura de mercados e novos


acordos comerciais. Há ainda o reposicionamento dos países que mais compram carne brasileira com um crescimento significativo de venda para Hong Kong, que agora lidera a lista e recebeu 24% da carne brasileira, em 2013, e é seguido pela Venezuela. Os dois países ficaram na frente de compradores tradicionais como Rússia, a terceira no ranking, União Europeia, quarta colocada, e os Estados Unidos, que completam a lista dos cinco maiores consumidores de carnes brasileiras. Vale ressaltar que a ABIEC fechou o ano com algumas negociações adiantadas e que darão retorno em 2014, como a venda de carne “in natura” para o mercado norte-americano. A questão é que muitos frigoríficos querem evidenciar os diferenciais de seus produtos e garantir vendas ainda maiores para o exterior. Há ainda aqueles que querem entrar nesse jogo e pegar uma fatia desse bolo. Entre outros fatores que podem colocar ou tirar um frigorífico da briga pelos consumidores estrangeiros, um deles é preponderante: a garantia de qua-

lidade. Isso inclui estar adequado a regras de vigilância sanitária e estar bem aparado para inspecionar cada item que será vendido. A inspeção é obrigatória para eliminar riscos de que contaminantes como metais e plásticos, por exemplo, passem despercebidos antes da expedição do produto. Há países ainda nos quais a carne precisa chegar desossada e apenas um raio X poderá ajudar a identificar possíveis sobras de ossos. As soluções mais adequadas para contemplar a inspeção são basicamente o detector de metais e o raio X. Ter esses equipamentos na linha de produção ajuda a colocar os pés de forma mais firme além das fronteiras brasileiras. Neste momento de crescimento da exportação é a hora de aproveitar para investir e ganhar mercado. Acho difícil que empresários do setor não queiram dar uma boa garfada nesse recheado bolo que cresce de forma consistente. *Daniel Sprindys é gerente da divisão de inspeção e controle de qualidade da Sunnyvale.


Como a indústria alimentícia pode se enquadrar na RDC 14/14 referente à

segurança dos alimentos

Soluções como raio X e detectores de metais são soluções que atendem as obrigatoriedades e garantem segurança aos consumidores; e prejuízos como desvalorização das marcas e à saúde do consumidor servem de estímulo para não adiar investimentos

A

Anvisa, com o intuito de definir as melhores práticas referente a segurança alimentar, publicou em março deste ano a RDC 14/14, na qual define o que deve ser considerado matérias estranhas em alimentos, inclusive águas envasadas, bebidas, matérias-primas, ingredientes, aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia de fabricação, embalados ou a granel, destinados ao consumo humano. Muitas indústrias não se atentaram a esta norma e continuam com processos defasados para o controle de qualidade e a inspeção. Notícias recentes envolvendo marcas tradicionais voltaram a acender o alerta para os prejuízos, que vão da desvalorização da marca até o risco à saúde do consumidor. COMO SE ENQUADRAR Para o enquadramento e redução de riscos de contaminação na produção, os equipamentos mais indicados são os detectores de metais e o raio X. São equipamentos com investimentos relativamente acessíveis que solucionam este gargalo dentro da produção, além de auxiliar na

abertura de novos mercados, já que para exportar também é preciso respeitar órgãos reguladores estrangeiros que obrigam a inspeção e o controle de qualidade dos alimentos. Para o gerente da área de inspeção e controle de qualidade da Sunnyvale, Daniel Sprindys, é indicado que pelo menos um dos equipamentos faça parte do processo. “São equipamentos complementares, pois o raio X detecta diversos tipos de contaminantes que não seriam identificados pelo detector de metais, como é o caso do vidro localizado no doce. É um investimento que não pode ser negligenciado pela indústria, tanto para garantir a segurança do alimento ao consumidor quanto proteger suas marcas, além de atender uma norma da Anvisa”, explica o executivo. Sprindys também afirma que a Sunnyvale tem uma área específica de desenvolvimento de soluções para inspeção e controle de qualidade. E conta com linha própria de detectores de metais, fabricados pela alemã S+S, e representa no Brasil a fabricante japonesa de raio X Anritsu e a alemã WITT para inspeção de gases em embalagens com atmosfera modificada.



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A sua embalagem

vale ouro


Capa Por Assunta Napolitano Camilo

Cada vez

mais prontos e à vista! Fabricantes estão de olho nos consumidores que buscam produtos prontos, práticos e o mais próximo possível de preparados, o que torna as embalagens cada vez mais convenientes

M

uito mais do que “modismo”, a busca por produtos convenientes é considerada uma forte tendência, que demandam o mínimo possível de intervenção (ou de trabalho) na hora do manuseio e do preparo de pratos para servir. As necessidades da vida urbana, como maior período fora de casa, ingresso da mulher definitivamente no mercado de trabalho, entre outros aspectos, impõem que as refeições passem a ser preparadas em tempo recorde, e esse tempo tende a ser medido não só no preparo de alimentos, mas em todas as categorias que envolvam a vida cotidiana. Nos produtos cárneos, isso também se confirma: a embalagem tem de ser prática e dispensar retrabalhos ou utensílios específicos para servir o produto. Um bom exemplo é a pizza “bonArea®”, apresentada em uma prática embalagem termoformada em formato redondo, que lembra a pizza real. O filme selante ou “tampa” permite visualizar o produto, aumentando o appetite appeal (vontade de comer). A visualização aumenta também a confiança e a segurança do consumidor, que às vezes não conhece o produto, ou que em situação de turismo não tem domínio da língua. A tampa funciona como rótulo e entrega informações sobre a empresa e o produto. Modo de preparo, tabela nutri-


cional, código de barras, informações sobre rotulagem ambiental e orientações de descarte também compõem a face. É importante que a embalagem se apresente bem em qualquer situação, mormente para produtos alimentícios. Também conta pontos ser fácil de abrir, ser resselável e poder ir ao micro-ondas ou ao forno, direto do freezer. Toda embalagem deve proteger adequadamente o produto durante o transporte e o armazenamento, até o momento de consumo. Se ela permitir ou estiver preparada para ser “prato” ou bandeja, melhor ainda! Foi o que notamos na embalagem alemã da Märten®, com seu produto Raffinessa® para salame fatiado. A programação visual é bem equilibrada com uma ilustração hiper-realista como sugestão de apresentação. Uma fita prata dá o toque de sofisticação ao conjunto, e uma grande janela permite a visualização interna da porção dos salames e externa das informações, sem contar a facilidade do consumo direto na bandeja. Devemos ganhar primeiro o paladar e o coração para depois atingir a mente do consumidor! Tudo isso de forma honesta, pois verdade combina com sustentabilidade e: Embalagem melhor. Mundo melhor. Sucesso na empreitada! Mais informações e fotos dos produtos podem ser obtidas no site: www.clubedaembalagem.com.br. * Assunta Napolitano Camilo é Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Premiada com diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e de Melhor Embalagem do ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.

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Capa

Produtos CRYOVAC Cryovac Grip and Tear®: sistema de embalagens com o exclusivo mecanismo abre fácil, que oferece mais segurança (sem facas, sem contato manual, sem contaminação cruzada); traz diferenciação e agrega valor ao produto; praticidade e tem a mesma vida útil de uma embalagem a vácuo convencional Cryovac®. Cryovac Mirabella®: inovadora tecnologia

Cryovac®, que permite que a carne porcionada fique fresca por mais tempo, com garantia de origem até o ponto de venda, e com aparência de frescor que agrada ao consumidor. O sistema garante alguns diferenciais em relação à embalagem padrão: evita descoloração por escurecimento da carne em contato com o filme; tem vida útil prolongada; é hermético, sem vazamentos.

PROTERVAC Temos máquinas a vácuo, simples, ou dupla câmara e tanque de encolhimento. Além da venda, também consertamos e realizamos assistência técnica em equipamentos. Não só trabalhamos com máquinas, também comer-

cializamos filmes técnicos voltados principalmente a linha de frigorífico e laticínios, onde estamos com vários produtos novos, como o Smoke Kote, tripa com fumaça interna para linha de produtos embutidos defumados.

SEALED AIR A Sealed Air, que possui marca de embalagens para alimentos Cryovac®, apresenta um novo equipamento para o mercado brasileiro. Trata-se do Túnel de Encolhimento STE98, disponível nas versões Elétrica e Vapor. Desenvolvido para trabalhar com diferentes sacos encolhíveis, o equipamento transporta embalagens por meio de uma cortina de água quente no interior do túnel. No Túnel de Encolhimento STE98, todas as funções são automáticas, sem necessidade de operador, e o equipamento mantem a temperatura de água controlada por um sistema eletrônico, o que garante o encolhimento perfeito e melhor aparência final da embalagem, com garantia de repetição de resultados. Ainda, uma camada espessa de

isolamento auxilia na redução da temperatura da superfície externa e evita a perda de calor durante o processo. Entre os principais diferenciais desse equipamento estão a redução de consumo de vapor, de energia e de ruído, em comparação a uma versão anterior do equipamento, sendo que a economia de energia pode chegar a mais de 40%. Com interface de fácil manuseio, painel colorido e melhor visualização de todo o processo, o moderno equipamento é fabricado com materiais aprovados pela indústria de alimentos e órgãos reguladores, que facilitam a manutenção e higienização necessárias. E, para garantir a durabilidade da máquina, algumas partes recebem tratamento anticorrosão.



Capa QUIMICRYL No setor de adesivos temos cola para etiquetas e rótulos, inclusive para embalagens com etiquetas de código de barras. Temos colas específicas para baixas temperaturas e fornecemos ao fabricante da etiqueta. Fornecemos cola para a indústria, que são resinas acrílicas e com base de água. Formulamos a resina com matéria-prima para atender empresas que fa-

zem etiquetas, para que o maquinário receba melhor a cola, tenha maior velocidade etc. Nosso produto é resultado de uma co-criação com o cliente. Temos colas básicas e personalizamos com o que o cliente necessita, com diversos tipos de características, viscosidade, gramatura, entre outras coisas. Personalizamos o que cliente necessita.

SPUMAPAC São duas linhas de produtos que atendem o mercado: - Bandejas para produtos resfriados, onde não há a necessidade de submeter produto/ embalagem a baixas temperaturas. - Linha Congelamento: Linha desenvolvida especificamente para o mercado de frigoríficos, onde as bandejas são produzidas para suportarem as mais baixas temperaturas. As medidas das embalagens atendem as necessidades dos produtos a serem embalados. Atualmente, são comercializados dois modelos, nos tamanhos de 210x140x23 e 236x182x34, ambas nas cores branca e amarela. Além das embalagens convencionais, a Spumapac possui em seu portfólio a Linha SAFE e BIOSPUMA. Sabendo que 90% das compras

são decididas no interior das lojas, a Spumapac desenvolveu linha SAFE, que consiste na extensão/prorrogação do shelf-life do alimento embalado, com a adição de micropartículas nanoestruturadas, que garantem uma ação antibacteriana, preservando o alimento por mais tempo em seu ponto de exposição. A Linha BIOSPUMA, produzida a partir de espuma de poliestireno oxidegradável, cria a exclusiva e inédita capacidade de decomposição acelerada da embalagem. Agentes oxidantes são inseridos na malha estrutural da embalagem, provocando o rompimento das fibrosas ligações da colmeia de espuma. Assim, o produto antecipará em séculos sua autodegeneração, transformando-se em água e biomassa, elementos estes, inofensivos à natureza.

SUNNYVALE A Sunnyvale, em conjunto com a Brassell, apresenta a embaladora de bandeja Digi, indicada para hortifrúti, fatiados e cortes de carnes. A Digi aumenta a produtividade na área de embalagem, reduz custo ao eliminar o processo de embalagem manual e melhora a apresentação do produto na gôndola. A Digi agiliza o processo e substitui até cinco postos de embalagem manual. Além disso, o processo automático irá reduzir o consumo de filme esticável em 30%, pois a máquina sempre utiliza a mesma medida de filme para embalar

as bandejas, mantém o padrão de consumo de filme e de acabamento, o que é impossível ter no processo manual. Outra vantagem é que no processo de embalagem automático não existe contato com o produto, evitando contaminações e perdas. Com a Digi é possível chegar ao volume de 30 embalagens por minuto, com entrada e saída automática dos produtos. O que também chama atenção é a facilidade da programação do equipamento de acordo com o tamanho da bandeja e condições de empacotamento.



Ponto de Vista

Meritocracia Nesta edição da revista Mais Carne, a nossa equipe teve o prazer em entrevistar Omar Abu-Jamra Jr., diretor comercial da Nutri.com 1) Qual o histórico da Nutri.com? A história da Nutri.com começa em maio de 1999. Eu trabalhava em uma multinacional chamada Sumitomo Corporation, em Diadema (SP). Na empresa, eu era assistente de vendas. Lamentavelmente naquela época, o brasileiro não poderia ser gerente ou diretor. Mas sou grato por tudo o que aprendi, seja na parte de negócios nacionais e internacionais. Além de ter conhecido muitas empresas no Brasil, foram abertas muitas portas. Lógico que a cultura japonesa é diferente da nossa e isso pode ser muito difícil de lidar em alguns momentos. Depois de dez anos trabalhando na empresa, eu compreendi que o único meio de crescer

seria criando a minha própria empresa, afinal é muito difícil ser diretor de uma empresa com uma estrutura oriental. Cheguei a comandar toda a parte alimentícia no Brasil como consultor, trabalhando terceirizado e controlando todos os representantes das importações e fazendo vendas diretas até a data de fechamento da Sumitomo, em 2002. A fundação da Nutri. com, em 1999, foi feita juntamente com um sócio, que era o nosso químico. Depois de dois anos eu comprei a parte dele. Ele foi para um concorrente e foi bem difícil para mim, pois, sou economista. E o irmão dele, que trabalhava para mim, também saiu para o concorrente.


2) Começou com quantos funcionários? Comecei com dois funcionários. Era eu, uma menina, um gerente, além do meu ex-sócio. Isso foi bom, pois, no começo você precisa fazer tudo sozinho e até aprender que se necessário, é preciso lavar o banheiro se houver a visita de um cliente. A humildade é algo que você precisa ter sempre. A arrogância e prepotência te afastam das pessoas e coisas boas da vida. 3) Como era o trabalho no período? Não foi fácil, pois, trabalhando com produtos importados no Brasil, você trabalha com conjunturas muito variáveis. Em determinado momento está muito favorável o câmbio e em outro está desfavorável. Há dias que não dava vontade de sair de casa porque tinha importado com o valor de R$ 1,20 (o dólar) e depois de três meses o câmbio estava em R$ 3,00 ou R$ 4,00. Assim, a dívida que era de 100 mil reais, subiu para 300 mil, 400 mil. Tudo isso serve como aprendizado. O empresário brasileiro tem que ter uma couraça muito forte, já que sofre muito. Já ouço muitos parceiros e outros empresários querendo ir embora, e muitos já foram. O Brasil perdeu o brilho. O Brasil tinha

Equipe da Nutri.com, com Omar Abu-Jamra Jr. ao centro

um brilho muito forte no exterior até o ano passado. O interesse externo em comprar empresas ou montá-las por aqui era muito grande, mas em dois anos, devido os escândalos de corrupção e a vertente, se podemos dizer, socialista do governo, afastou muita gente do país. Pior ainda foi a demonização que ocorreu com o empresário. 4) Demonização? Acredito que algumas pessoas do atual governo utilizaram isso para jogar uma parte do povo contra o próprio povo. Alguns se esforçaram mais e estes conseguiram condições melhores. Assim, eu sou a favor da meritocracia e não gosto do clientelismo ou qualquer tipo de favorecimento. Todo ser humano nasce igual e morre igual, a diferença é que alguns se esforçam mais que os outros. É preciso lutar até a última gota de sangue. Entristece-me a falta de carinho do governo com o empresário. A maior força que um país possui são os jovens empresários. Quem vai dar emprego hoje no Brasil? Uma multinacional? Que junta 15 empresas em uma só, com um dono só? Como acontece no mercado de carne hoje? Com uma concentração terrível.


Ponto de Vista

5) Mas há muitos pequenos e médios no mercado? Será que não é algo cíclico? Espero que seja cíclico e que a conjuntura econômica mude. Hoje cabe a nós fomentar os pequenos e médios. Trabalho com muitas empresas grandes e mantenho um ótimo relacionamento com todos eles, mas temos que fomentar os pequenos e médios. Isso será bom para nós fornecedores, como também para os consumidores, por causa das poucas opções. Há uma política do governo para que haja essa concentração. O governo deve olhar com mais carinho para os pequenos e médios, e não só retirar o dinheiro das pessoas que se esforçam, ao invés disto, deveria utilizar a sua estrutura para fomentar os pequenos e médios, com políticas públicas e diminuição e simplificação de leis e impostos. Eu fico muito triste quando vejo a presidente da república dizer na televisão que vai desonerar a folha de pagamento. Depois disso, eu chamo um funcionário e pergunto quanto conseguiremos de redução para

poder investir mais ou ter um caixa melhor. Ele diz: “Não Omar, não houve redução. Na verdade nós pagávamos quatro mil e agora pagamos 16 mil”. Ou seja, foi uma grande mentira, um engodo, pois começou a ser cobrado um percentual não só sobre a folha de pagamento, mas também sobre o faturamento total. Então, as empresas que ganham uma margem pequena de lucro, mas tem um volume de faturamento grande, acaba pagando sobre o faturamento. Assim, no meu caso pago 400% com o mesmo faturamento. Ou seja, não houve ajuda nenhuma. 6) E a nova sede? A área útil é de 1.500 m². Estamos dobrando a capacidade da nossa empresa. Antes girava em torno de 100 toneladas e hoje estamos com a capacidade potencial de 250 toneladas de mistura por mês. Nosso faturamento vem crescendo, apesar de tudo, mas sempre com muito esforço e trabalho. Fico triste quando vejo que a taxa de juros para quem compra


uma televisão é de 7% ao ano, mas quem precisa pegar um capital de giro tem que pagar 30% ou 40% de juros ao ano. E depois aparecem pessoas falando que o empresário brasileiro é encostado. 7) Há diferença nas ações realizadas por outros países? Lá fora há diversos incentivos e por aqui nunca chegaram nem perto. Algo interessante seria incentivar o empresário brasileiro a visitar outros países. E como fazer isso? Dando subsídios para ele ir para uma feira, trocar conhecimento, fazer pesquisa. Eu reitero que sou a favor da meritocracia. E não importa se é um peão de fábrica: “trabalha bem, tem que ganhar bem. E o empresário que trabalhar bem, coordenar bem, vai ganhar bem. 8) Mas é difícil trabalhar no Brasil. Muito. Se para abrir uma empresa no Brasil é difícil, para fechar é quase impossível. E há diversas pessoas que vivem de ficar sugando essas empresas. Quando você abre uma empresa ficam várias pessoas te ameaçando com isso, com aquilo. 9) Fora os impostos. Falando em impostos, algo que falta neste país é o governo simplificar e unificar os impostos. Reduzir a carga tributária. Todo o brasileiro quer ser empresário, nem que seja de

um botequinho na garagem. Todo cidadão é um empresário em potencial. É necessário simplificar a legislação para que se abram mais empresas. Com isso, gerará empregos e tecnologia. Auxiliar para ter acordos entre universidades e empresas. Só dividir o pouco que se tem é insuficiente, ainda mais que esse programa (Bolsa Família) foi iniciado por outro governo. O Fernando Henrique Cardoso é meu ídolo, junto com Antônio Ermírio de Moraes. O governo deveria ter um papel um pouco diferente nessa área de fiscalização. Ao invés de só multar, deveria sentar junto ao empresário e informar onde ele está errando para poder acertar as contas. Imagina que algo simples de R$ 50 mil pode atingir R$ 400 mil, com juros de 3% ao mês. E o empresário muitas vezes não fez nada de errado, não tendo dolo para o Estado, prefeitura ou Tesouro Nacional, nada, apenas o trâmite errado. O fiscal deveria estar trabalhando para ajudar. E não apenas para só ver se tem alguém burlando. É só lembrar o caso Petrobrás. Há uns cinco anos atrás, uma ex-superintendente da Receita Federal, muito competente, começou a investigar a Petrobrás e depois foi exonerada, afinal estava mexendo em vespeiro. Eles não queriam que fosse feito um levantamento dentro da Petrobrás. Eles queriam que os fiscais ficassem levantando as pequenas empresas para achar alguma vírgula errada, uma minúscula no lugar de maiúscula, algo para poder multar.


Ponto de Vista

10) E a questão cambial? Não existe nenhuma proteção cambial para quem faz importação e exportação. Há dois meses o dólar estava R$ 2,20. Há 15 dias estava R$ 2,50. Hoje está R$ 2,40. Como você consegue fazer planejamento com esse cenário? Não há controle, como eu posso definir que seguirei esse caminho? Utilizar essa ou aquela estratégia? 11) Essa inconstância pode até atrapalhar a produção de um blend? Sem dúvida. Eu, como dono de uma empresa média, não tenho uma estrutura para competir com uma grande. Eles têm 200 advogados tributaristas para indicar como não pagar. Então as vantagens deles são bem maiores que as minhas. Para desenvolver novas tecnologias, precisa em primeiro lugar ter caixa, dinheiro, mas o governo não estimula isto, com a diminuição dos juros, pessoas orientando o empresário. Outro ponto que tenho batido na tecla é com relação ao contador. Eu entendo que o contador é um profissional que não apenas recebe os números da empresa, adiciona ao livro

e envia para a prefeitura, governo estadual e federal. O contador deve ser a pessoa que te dará um conhecimento tributário que você não possui. Ele deveria ler diariamente as mudanças das leis e te informar. Fora que ele deveria ir até a sua empresa e entender o que você faz. Assim, o contador te ajuda a utilizar leis que podem fazer a empresa ter um ganho maior para investir em desenvolvimento, maquinário, contratação de pessoal etc. Um exemplo: em outro estado do país encontrei com um advogado e ele disse para eu fazer tal coisa. Eu não sabia disso, já que o meu contador não me informou. Assim, acabamos pagando algo que nem é devido por desinformação. Afinal, quem tem dinheiro para contratar um advogado tributarista? Fui consultar um escritório no centro de São Paulo (SP) e o mínimo que você pagará são R$ 30 mil. E isso é só para sentar e conversar. Hoje o empresário virou refém do governo. Deveria haver a livre concorrência. As empresas que trabalharem melhor serão bem sucedidas. É muito difícil para o pequeno e médio empresário no Brasil. Só não é difícil para quem não paga imposto.


12) E como estão OS números da empresa? Estamos em um bom momento e praticamente triplicamos o faturamento. Temos em torno de 30 pessoas trabalhando na Nutri. com. Fazemos a industrialização, importação e exportação. 13) E os produtos? Trabalhamos com todos os produtos da área de antioxidantes, ingredientes, sejam misturas líquidas, pós, e fazemos todos os blends para a indústria alimentícia. E nós iremos ampliar mais. Deveremos entrar em outros mercados, porque só no mercado da carne ficamos um pouco dependente de algumas empresas. Muito restrito. Nessa parte é importante a pesquisa, visitar feiras lá fora, conhecer novos cenários. Outra coisa que deveria acontecer no Brasil se refere à própria produção nacional com incentivos. Isso ocorreu na década de 50 e 60, teve o Plano de Metas, substituição de importações. Hoje, sem dúvida nenhuma, não é tão difícil de fabricar produtos estrangeiros. Basta querer e reduzir os impostos. 14) Muitos produtos são oriundos da China? A maioria. Quando voltei da primeira viagem à China, uma das perguntas que me fizeram era: “Por que não concorremos com a China?”. E eu dizia: “É impossível. Lá é dife-

rente.”. Na China, se decidem que uma vila deve mudar de lugar, em um dia eles mudam todo mundo. E ponto final. E lá eles estão incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias. Mesmo que seja copiando. Além disso, também incentivam a fabricar e exportar. Eles se abriram ao capitalismo e não são apenas um partido comunista. 15) Quais mercados a Nutri.com atende? Atendemos praticamente a todos os mercados da linha alimentícia. Não há nenhuma dificuldade. Atendemos a solicitação das empresas que necessitam da matéria prima ou de um blend. Além disso, podemos reduzir os custos dessas empresas, já que temos volumes grandes. E entregamos às empresas pequenas tudo misturado, sem que eles precisem misturar. Não distinguimos o tamanho da empresa. Atendemos desde a pequena até a grande. 16) Qual o diferencial da Nutri.com? Uma das coisas mais importantes para nós é referente à ética profissional. Prezamos muito isso, pois, não trabalhamos para ficar rico de um dia para o outro. Pensamos em longo prazo, pensando em nós e nos clientes. Em todos os produtos nós fazemos amostras e mantemos o controle, rastreamos qualquer tipo de desvio. Temos muita atenção nesse ponto para que o cliente não tenha problema e a empresa tenha uma vida longa. Outro diferencial está em sermos uma empresa bem enxuta com relação às multinacionais e isso traz uma vantagem ao cliente com o menor custo e maior velocidade de produção. Conseguimos produzir um blend em um tempo expressivamente curto. Fora do Brasil pode até demorar semanas ou meses e nós fazemos em poucos dias. E se for uma formulação que já tenhamos em linha, podemos entregar ao cliente em até dois ou três dias. Atendemos o Brasil todo e fazemos exportações. E esperamos dobrar de tamanho em quatro anos.


Escrevendo a História

A história do setor de carnes no Brasil:

Intermec N

a segunda reportagem da série Escrevendo a história do setor de carnes no Brasil, a equipe da Mais Carne teve o prazer de entrevistar o Senhor Antonio Petini, diretor da Intermec, empresa que possui 34 anos de tradição em equipamentos e peças para frigoríficos. Lembramos que a série retrata personagens e empresas que deram sustentação ao setor e fizeram com que o segmento tenha grande força no Brasil e mundo. Escrevendo a história Sou neto de imigrantes italianos e nasci em uma fazenda em Guariba (SP), em 1932. Meu pai sempre foi um homem meio aventu-

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reiro e corre em minhas veias o sangue italiano. Meus avós, Lucindo Zampieri e Antonio Pettini, com dois “t”, chegaram ao Brasil por causa da expansão cafeeira, já que a mão de obra era escassa. Segundo dados do livro de registro de matrícula da Hospedaria de Imigrante, Antonio Pettini deu entrada no alojamento, em 12/05/1887. No registro, Pettini possuía 36 anos, atravessou o Oceano Atlântico na embarcação SUD AMERICA e tinha como destino a cidade de Laranjal (SP). A cidade de origem na Itália não foi informada. Por volta de 1965, me formei como projetista de máquinas na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo (SP). Nesse período, quando es-


Intermec Por volta de 1980, preferi terminar a sociedade e montar a Intermec com outro sócio. Em 1985, comprei a parte do sócio e comandei sozinho, pois, apesar da minha esposa Lourdes ser societária, e muito prendada tomava conta da nossa casa. Nesse tempo, os meus filhos estavam crescendo: o Marcos é o mais velho, depois vem o Cláudio, depois o Vladimir e por último a Edilene, que é veterinária. Como eu fiquei sozinho, não havia alternativa e precisava do auxílio dos meus filhos, já que tinha de viajar, produzir e tomar conta da contabilidade. tava em férias, fui trabalhar em uma firma para aprimorar os meus conhecimentos. Como já era funcionário público nomeado, não continuei com o trabalho nessa empresa. Antes de 1970, fui procurado e convidado para montar uma empresa com a finalidade de construir estufas para frigoríficos. Aceitei o desafio e pedi exoneração do meu cargo na prefeitura. O primeiro pedido foi para um frigorífico novo, o Frigoram, em São Paulo (SP). Fizemos seis estufas e o trabalho foi muito bem feito para a época, tanto que elogiaram os equipamentos. Com o conhecimento do ramo, fomos melhorando nossa qualidade, sempre insistindo em fabricar o melhor entre os melhores equipamentos.

Família Petini - Marcos, Vladimir, Sr. Petini e Cláudio

Família reunida Os meus filhos cresceram continuei trabalhando, com mais três ou quatro funcionários que estavam comigo. Em 1988, tinha chegado a hora dos meus filhos enfrentarem o serviço. O Marcos tinha acabado de se formar em engenharia civil, o Cláudio estudava na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) engenharia de produção o Vladimir estudava economia. Como os meus filhos ainda não estavam acostumados com o trabalho, fiquei no comando. O mais novo, o Vladimir, se interessou pela parte contábil ele começou a se portar muito bem economicamente. O Marcos ficou me ajudando, o Cláudio, fazia o curso de Engenharia de Produção na FEI, ficou na área de


Escrevendo a História da sociedade e fico como um conselheiro e tenho algumas rédeas nas mãos. Eles comandam, mas sou amigo, além de pai. Sempre tivemos um respeito muito grande entre nós. Quando eu vejo algo duvidoso, chamo a atenção e mostro o que está errado.

Antonio Petini, diretor da Intermec

projetos está até hoje, já que se deu muito bem nessa parte. Tenho confiança nos meus quatro filhos sempre procurei educá-los no caminho da honestidade. Em 1990, paramos de fabricar nossos primeiros equipamentos (as estufas). Nesse período, percebi que deveríamos montar máquinas para moldar hambúrgueres, nuggets, quibes e almondegas. Por volta de 1992, quando senti segurança, transferi a firma para os meus filhos, com uma liberdade vigiada. O Marcos saiu para praticar engenharia civil em uma empresa do ramo, já que nossa intenção era montar uma construtora pequena para termos duas vertentes de negócios. Em 2000, começamos a fabricar injetoras de salmoura, assim tínhamos as melhores máquinas do mercado. Em 2005, minha filha começou a clinicar e deixei minha antiga residência para ela montar consultório e clínica cirúrgica. No ano seguinte, o Marcos voltou para a Intermec, pois queria reunir a família novamente. Em 2010, iniciamos a produção de moedores de carne para hambúrgueres, equipamento com alta produtividade, qualidade e muita tecnologia empregada, foi inspirado em máquinas das grandes empresas dos Estados Unidos. Dias atuais Como os meus filhos tomaram gosto pela empresa, me sinto bem. Hoje estou afastado

Nova sede e estrutura Estamos neste antigo prédio desde 1985, mas temos uma nova sede já pronta. Eu desenhei a planta e ficou muito bonita. Atualmente a fábrica tem 900 m², 600 m² do terreno e mais 300 m² do mezanino. E pensando no futuro da empresa, compramos mais 300 m² do terreno ao lado para no próximo ano já aumentarmos a nova sede. Temos projetistas de alto gabarito e estamos contratando mais pessoas. Nossa intenção é termos equipamentos automatizados e computadorizados na fábrica para auxiliar na produção e melhorar nossos produtos. Com a reestruturação da empresa temos 30 funcionários. O ideal da Intermec é ser uma firma consistente. Pagando nossos fornecedores em dia e obtendo um lucro que de para todos viverem bem, tanto nós como os funcionários.


Equipamentos e assistência técnica A Intermec produz, exclusivamente no Brasil, moedores, formadoras de hambúrgueres Sistema Koppens e injetoras para temperos. A formadora para moldar hambúrguer tem capacidade para até mil quilos hora, planejamos criar uma para dois mil quilos por hora. Temos moedores de carne com capacidade para dez toneladas por hora é um equipamento equivalente ao importado com um custo muito menor. Planejamos uma máquina a mix grind que é uma misturadeira conjugada com um moedor. É uma solução completa que economiza mão de obra, e aumenta a velocidade da produção. Qualquer reclamação de nossos equipamentos nossa assistência técnica soluciona o problema por telefone ou com a visita de um técnico. O importante é que as peças de reposição são fabricadas por nossa empresa. Diferencial A Intermec é uma firma sólida. Prezamos a honestidade e meus filhos nasceram com esse DNA. A Intermec exporta para Venezuela, Republica Dominicana, Paraguai etc. Esses são alguns países onde nossos equipamentos estão funcionando a todo o vapor. Inclusive, há alguns dias nos contataram da Venezuela solicitando outro equipamento semelhante ao que tínhamos vendido. Brasil Resolvemos fazer um planejamento futuro com a ideia de fabricar o que é difícil de fazer no Brasil. E nós encontramos o caminho. Estamos avançando no setor por que acreditamos que o Brasil se tornará um grande mercado, na verdade, já é. O Brasil precisa de alimento. Precisa de proteína. Precisa de produtos bem manipulados por empresas honestas. O futuro do Brasil está nos alimentos, principalmente no que tange a proteína animal. O país tem um rebanho grande e eu acho que ele é ainda pequeno. O mundo irá precisar do nosso alimento. A carne brasileira tem um sabor diferente por causa da localização geográfica e climática. O forte hoje no Brasil é a soja e a carne. Pelas estatísticas, o Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo.

Futuro Agora que estou um pouco mais solto, sem me envolver com produção, vendas ou recebimento, tenho muitos projetos. Leio muito e faço análises do mercado mundial. Para onde caminham as inovações? Transporto isso para os equipamentos. Qual será a direção do futuro dos equipamentos? Discuto sobre isso com meus filhos e apresento meus planos para serem analisados. O projeto seria como uma pedra preciosa bruta e que se não for lapida, não vale nada. Eu falo com eles para colocarem em mente os projetos de que o alimento é o combustível da humanidade. Assim, precisamos fazer algo que ninguém tenha feito. Vamos inovar aqui no Brasil. Servimos da experiência dos equipamentos europeus e americanos, sem nada para inventar, pois as referências já existem, só resta adaptarmos para nosso sistema de trabalho as formadoras para hambúrguer, injetora para tempero, tumbler, moedores de carne, tenderizadora, empilhadores para hambúrguer, e não paramos por ai. Temos mais equipamentos para fazer parte do nosso portfólio sempre com objetivo de produzirmos com mais eficiência e de melhor qualidade. Todos eles são fabricados há anos.


Ponto de Vista Por Cauê Vizzaccaro

Os 3 caminhos

da harmonia

Fotos: Cauê Vizzaccaro

Na cerimônia de comemoração da nova sede da Ishida no Brasil, a equipe da Mais Carne entrevistou o presidente da Ishida, Takahide Ishida; juntamente com o diretor da Ishida do Brasil, Akira Nakamori

1) Por favor, forneça um histórico da empresa? Takahide Ishida: A Ishida tem 121 anos de história. A Ishida começou inicialmente como fabricante de balanças de prato e com isto desenvolveu a tecnologia de pesagem. Despois partiu para embalagem. Em seguida para checagem, como exemplo, os equipamentos de raio X. E atualmente com encaixotadoras. Hoje os clientes da Ishida se dividem em dois grandes grupos: a indústria alimentícia e os supermercados. A Ishida possui hoje negócios em mais de 80 países.

Takahide Ishida, presidente da Ishida

2) Como a tradição familiar, passada de geração para geração, foi importante para o sucesso da Ishida? Quais as diretrizes seguidas? Takahide Ishida: A tradição familiar ajudou no sucesso da Ishida porque houve uma mensagem transmitida desde o fundador: ‘as pessoas podem mudar, a tecnologia pode mu-


Akira Nakamori, diretor da Ishida do Brasil, e Takahide Ishida

dar, mas as diretrizes da empresa não podem mudar’. Dentro dessas diretrizes existem as três harmonias. Os três caminhos da harmonia são: o seu parceiro tem que estar satisfeito, você tem que estar satisfeito e a sociedade também tem que estar satisfeita. E satisfazendo as três partes, você consegue o sucesso. A preocupação em manter as três partes satisfeitas é o que permitiu para a Ishida esta longevidade. 3) No Brasil há uma máxima na qual a empresa familiar não dura oito anos. O que o sr. acha dessa afirmação? Takahide Ishida: Pode ser uma característica do Brasil, pois, em nível mundial há muitos exemplos de sucesso, como a Ford e a GM (General Motors). A Ford, particularmente, é uma empresa familiar de sucesso. A principal vantagem de uma empresa familiar é que você consegue estabelecer um objeto de longo prazo. Você não pensa em um resultado imediato. Pensar em longo prazo é o segredo do sucesso, e não somente quando você está no comando. O que você gostaria que a empresa fornecesse para a sociedade em longo prazo. É isso que dá vantagem à empresa familiar. A diferença

entre as empresas familiares e as companhias de capital aberto é que na de capital aberto a preocupação é em atender o acionista e não a sociedade. 4) Qual o objetivo ao comprar os 50% da Bosch? Quais os planos futuros? Takahide Ishida: O principal objetivo ao comprar os 50% da Bosch foi por causa do atual direcionamento da estratégia da Ishida, que começou a se distanciar da estratégia da Bosch. Embora a parceria tenha sido de sucesso, atualmente é o momento certo para cada uma trilhar o seu caminho. 5) Com o investimento no Brasil, o país servirá de base para a América do Sul? Takahide Ishida: Em termos de vontade, a ideia é que a Ishida do Brasil se torne Ishida South America. Mas isso dependerá muito do desenvolvimento do mercado. A vontade maior é essa. 6) Qual o leque de atuação no Brasil? Takahide Ishida: Indústria alimentícia no geral. Indústria farmacêutica, com menos pos-


Ponto de Vista

sibilidades de equipamentos. A Ishida hoje consegue oferecer uma linha quase completa para a indústria alimentícia, mas para a farmacêutica ainda não. 7) Qual a sua opinião sobre a nova sede? Takahide Ishida: Com relação a nossa sede é importante ressaltar que a sede anterior era muito pequena. Em termos de área, ela foi multiplicada por seis. Mas considerando o ritmo de crescimento potencial que o mercado brasileiro está apresentando, pode ser que em três ou quatro anos o espaço seja pequeno. 8) Apesar de muitas pessoas falarem que a economia brasileira está mal, é interessante uma outra visão, que valoriza o Brasil. Takahide Ishida: Eu li um artigo do Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, sobre os BRICS. O autor considera que a Rússia tem problemas políticos. Na China estourou a bolha econômica. A Índia não tem infraestrutu-

ra. Dentro do BRICS só sobra o “B”, de Brasil, com potencial de crescimento nos próximos anos. Espero que o povo brasileiro, como um todo, tome sempre as decisões mais corretas possíveis para que aconteça o crescimento esperado. 9) Qual é o diferencial da Ishida no setor? Takahide Ishida: O diferencial da Ishida hoje no setor seria o fato de oferecer uma solução completa. Muitas empresas oferecem somente uma parte. A Ishida oferece soluções desde a pesagem, embalagem, equipamentos de checagem, verificação e encaixotamento. Hoje a Ishida está capacitada para oferecer uma solução completa ao cliente. Outro ponto é que a produção da Ishida praticamente é sob encomenda. Então, a customização é outra facilidade oferecida ao cliente. Aparentemente um produto pode ser similar ou igual, mas na verdade a necessidade do cliente pode ser diferente. Assim, a customização é outro diferencial da Ishida.


10) Além das novidades em termos de estrutura física, haverá lançamentos de produtos no Brasil? Takahide Ishida: Hoje, somente há a fabricação das balanças multicabeçotes no Brasil. Conforme for se verificando a necessidade e demanda do mercado, nós aumentaremos a linha de produtos fabricados no Brasil. 11) Como funciona a área de assistência técnica no Brasil? Takahide Ishida: Existe um planejamento de investimento na parte de serviços. Recentemente foram contratadas duas pessoas. A matriz no Japão não está medindo esforços para trazer pessoas capacitadas para realizar treinamentos no Brasil. Tudo isso está dentro de um cronograma. Akira Nakamori: Eu faço um adendo. Pode ser que a velocidade que o mercado está demandando, nós não consigamos acompanhar. Mas estamos de olho nisso para minimizarmos o efeito disso. 12) A assistência técnica ficará centralizada em São Paulo (SP) ou haverá em outros locais no país? Akira Nakamori: Em curto prazo, eu não vejo condições de oferecermos filiais. Mas entendemos que, por causa da dimensão do Brasil, é necessário termos alguns pontos. Não posso abrir agora, mas acredito que começaremos com um ponto no segundo semestre deste ano ou no primeiro semestre do ano que vem. Dentro de mais dois anos deveremos fazer mais outro ponto. 13) Como a empresa está acompanhando o desenvolvimento do setor? Takahide Ishida: O principal ponto de acompanhamento do desenvolvimento do setor se refere ao crescimento da população mundial. Quanto mais cresce a população mundial, mais

alimentos são necessários produzir. Então, a Ishida está principalmente atenta aos países que tenham apresentado crescimento populacional. É onde haverá a necessidade de mais investimentos para poder fornecer produtos aos consumidores. Dentro disso, os BRICS são um exemplo. Também existe outro grupo, chamado por alguns economistas de VISTA, com Vietnã, Indonésia, África do Sul, Turquia e Argentina. Considerando os países com crescimento, a Ishida tem procurado não ficar atrás, abrindo escritórios para poder acompanhar o crescimento destes países. 14) Há alguma informação que gostaria de acrescentar? Takahide Ishida: Um parêntese que gostaria de fazer sobre produtos, em um nível mundial, é a preocupação crescente dos nossos clientes e parceiros com relação à segurança alimentar. Hoje, cada vez mais, as empresas têm se preocupado em garantir a segurança alimentar para o consumidor final através de equipamentos de inspeção de raio X, detectores de metal. Recentemente a Ishida comprou uma empresa japonesa de detectores de metal, que agora fará parte da Ishida. Outro ponto é a preocupação ecológica. Ou seja, equipamentos que possam proporcionar a redução de embalagens. Já que sabemos que a origem da embalagem é o petróleo e muito se fala da poluição causada pelas embalagens. A Ishida tem se preocupado em fornecer equipamentos que possam consumir o mínimo possível de embalagem. Um último comentário é que durante a Copa do Mundo eu apostava no Brasil. Perdi. Agora estou fazendo uma aposta maior, que é na economia brasileira, e espero ganhar esta ‘copa’.


Empresas

Tripa-Rio:

Envoltórios naturais de alta qualidade

A

Tripa-Rio é uma indústria de envoltórios naturais e tem sua sede situada em Rio Claro (SP). A empresa iniciou suas atividades há mais de 30 anos e atualmente possui uma equipe ampla e treinada para atender as necessidades de seus clientes. A Tripa-Rio possui um serviço de logística eficiente e rápido, que é capaz de atender rapidamente qualquer ponto do território nacional. Além disso, a empresa atende todas as diretrizes regulamentadas pelo SIF, conta com o programa de Boas Práticas de Fabricação e também o programa de Auto-Controle, que envolve a verificação diária de todos os setores da indústria para garantir a segurança alimentar e qualidade de produto. Consolidada como referência no setor alimentício, a Tripa-Rio preza a qualidade de seus produtos e a satisfação de seus clientes. Por trabalhar exclusivamente com envoltórios naturais importados, a empresa tem como objetivo oferecer produtos diferenciados da concorrência e com preços competitivos. EQUIPAMENTOS A linha de produtos da Tripa-Rio é destinada a todos os pequenos e médios fabricantes do ramo da carne e frigoríficos de grande porte. Na linha de produção da empresa há

equipamentos como a ensacadeira manual de linguiças de inox de 8 litros (destinada para pequenos fabricantes), máquinas a vácuo (que podem ser utilizadas por diversos segmentos alimentícios) e máquinas como a corrugadeira e a metradeira de tripas (auxiliam e maximizam a produção em frigoríficos e abatedouros). Entre os equipamentos da empresa para frigoríficos, os que se destacam são as corrugadeiras e as metradeiras de tripas. A corrugadeira de tripas é um equipamento utilizado para o auxílio da colocação das tripas nos bicos das embutideiras e pode ser operada por até dois funcionários ao mesmo tempo. Essa máquina é de grande importância, pois aumenta substancialmente a produtividade durante a produção de embutidos e, ao mesmo tempo, reduz drasticamente a mão de obra operacional. Segundo Thiago Ricco de Conti, diretor da Tripa-Rio, a metradeira é um sucesso de vendas: “Aprovada e adquirida por grandes companhias como JBS Friboi e Marfrig, a metradeira de tripas faz a contagem com 100% de precisão e com uma velocidade de trabalho que chega a ser três vezes mais rápida do que um funcionário conseguiria fazer manualmente. Além disso, ainda para 2014, a Tripa-Rio deverá lançar embutideiras de médio porte”.


Entre as tecnologias empregadas nos equipamentos e que são mais importantes e agregam valor ao processo de produção, Conti acredita que o grande diferencial da empresa está neste quesito: “Além de nos preocuparmos em oferecer produtos que ofereçam produtividade, redução da mão de obra e maior confiabilidade, temos o foco em produzir equipamentos que atendam aos requisitos sanitários e que ofereçam a segurança necessária para os funcionários”. IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE De acordo com o diretor da Tripa-Rio, o dono de frigorífico deve ficar atento no momento de escolha do seu equipamento e não deve se ater apenas ao preço, pois, no futuro os problemas gerados por uma máquina de baixa qualidade pode elevar muito os custos: “Equipamentos que apresentam preços muito inferiores ao padrão de mercado geralmente apresentam características mais simples e, muitas vezes, são de baixa qualidade. Tais equipamentos em curto prazo podem parecer benéficos, mas em longo prazo apresentam os verdadeiros resultados. Um exemplo claro de equipamento de boa qualidade é nossa ensacadeira manual, totalmente em inox, que é uma novidade no mercado. Atualmente, gran-

de parte das ensacadeiras manuais é fabricada em aço estanhado (ferro) e, com o decorrer do tempo, enferrujam e comprometem a sanidade dos alimentos ali trabalhados. Nossa ensacadeira de inox, por sua vez, possui uma longevidade garantida muito superior a qualquer outro equipamento no mercado, demonstrando assim, que nem sempre os produtos mais baratos ratificam uma vantagem financeira”. SEGMENTO CÁRNEO Segundo Conti, o mercado de proteína animal está passando por uma fase turbulenta por causa das eleições e dos mercados interno e externo, mas no próximo ano o cenário melhorará: “A meu ver, devido à abertura do mercado russo para o setor cárneo brasileiro, os preços das carnes de suíno e bovino aumentaram substancialmente, prejudicando assim os pequenos e médios fabricantes que necessitam comprar matéria-prima. Ao mesmo tempo, estamos no fim de um ano eleitoral e este período passa por muita volatilidade nos valores dos produtos e do câmbio. Porém, essa redução na economia está sendo observada em todos os setores. A minha expectativa para 2015 é que o segmento cárneo voltará a crescer mesmo com o aumento já vistos das matérias-primas”, conclui.


Empresas

Frinox:

Confiança e respeito

no mercado D

esde que surgiu, em 12 de março de 2003, a Frinox atua procurando oferecer as melhores soluções em produtos e serviços para o setor de agronegócios (frigoríficos e abatedouros). A empresa busca desenvolver equipamentos específicos projetados de acordo com a necessidade de cada cliente para proporcionar ainda mais satisfação e rentabilidade à indústria da carne. De acordo com Wagner Weirich, da área de marketing da Frinox, a empresa busca parcerias para em conjunto desenvolver novos equipamentos e soluções. Além disso, este ano foi apresentado dois equipamentos novos, sendo que um é a Embaladora Automática de Pacotes e o outro é a Lavadora de Contentores. Weirich enfatiza que com os lançamentos foi possível ofertar a melhor tecnologia disponível com o menor custo e eficiência. Um dos principais equipamentos da Frinox é o sistema de transporte a vácuo, para deslocamento de produtos entre pontos de coleta e pontos de descarga. Parte do sistema, cubas de coleta, tubulação de transporte e ciclones de descarga são em aço inox AISI 304, sendo possível a instalação de bomba de vácuo com anel líquido ou bomba de vácuo seca. “É um dos principais equipamentos produzidos pela Frinox e nos orgulhamos em mencionar o bom funcionamento destes equipamentos nos locais já instalados. Além disto, qualidade, pontualidade e seriedade são os principais compromissos assumidos pela Frinox e, certamente, os que impulsionam a empresa para

conquistar diariamente o que há de mais valioso no mercado: a confiança e o respeito”, afirma Weirich. No mercado de proteína industrial, um dos aspectos mais importantes no processo de produção é a automação dos equipamentos, como informa Weirich: “A automação deixa cada vez mais eficiente a linha de produção e reduz a necessidade de mão de obra nos frigoríficos, deixando o processo cada vez mais confiável e com maior eficácia. Equipamentos com as últimas tecnologias permitem a sinergia entre os setores dos frigoríficos, como PCP e manutenção, possibilitando um maior planejamento nas paradas de manutenção e capacidade da máquina. Além disso tudo, também proporciona uma forma ágil de resolução de problemas, evitando e reduzindo as paradas desnecessárias”. Segundo Weirich, a Frinox busca a continua parceria com seus clientes, apresentando capacidade para desenvolvimento de equipamentos e principalmente soluções para indústria do segmento de carne. “Além de buscar constantemente a melhoria dos produtos para a indústria, adequando-os as normas vigentes, investimos incansavelmente no setor de engenharia com a atualização de softwares de projeto e análise de elementos finitos, treinamento de pessoas para a capacitação, melhorando cada vez mais os processos internos e adquirindo novos equipamentos para produção, e assim, agregando maior precisão e qualidade aos equipamentos. Com tudo isso, buscamos o reconhecimento, respeito e confiança de nossos clientes”, finaliza.


Empresas

Haarslev:

Fusão

para crescer Desde então nos tornamos a maior fornecedora de máquinas para subproduto animal no mundo. A Haarslev, por sua vez, já tinha se unido com a Atlas, empresa centenária e uma das lideres de mercado da época.”

E

m 1972, a Tremesa iniciou atividades em Barcelona, na Espanha. Já no fim do século, em 1999, a empresa se instalou no Brasil. Em 2008, a Tremesa fez uma fusão com uma antiga concorrente, a Haarslev. “Desde então nos tornamos a maior fornecedora de máquinas para subproduto animal no mundo. A Haarslev, por sua vez, já tinha se unido com a Atlas, empresa centenária e uma das lideres de mercado da época. Hoje, a Haarslev Industries é o resultado de uma fusão das três maiores empresas do mundo: Tremesa, Haarslev e Atlas”, afirma Orlando T. Guelfi Neto, do Departamento Comercial da Haarslev. Na atual linha de produtos oferecidos pela empresa existem sistemas de bateladas e contínuos (modo normal de processamento), sistemas de baixa temperatura para oferecer um produto com uma excelente qualidade, sistemas Slurry para grandes produções e sistemas contínuos de hidrolise de penas. Uma das novidades da Haarslev se refere à estrutura física, pois, a empresa está aumen-

tando a superfície fabril, que é de 6.000 m² e irá para 8.000 m². “Essa ação é direcionada para melhor atender nossa demanda e melhorar ainda mais nosso pós-venda. Também lançamos há pouco tempo uma secagem de vísceras por ar quente, com alta confiabilidade, segurança e qualidade, por ser um produto superior”, garante Guelfi Neto. De acordo com Guelfi Neto, o serviço de vendas da empresa é personalizado e a equipe de pós-venda faz constantes visitas para garantir o perfeito funcionamento e desempenho dos equipamentos: “A Haarslev é uma multinacional, que está em todo o mundo, nossa unidade no Brasil atende toda a América Latina”. Ainda segundo Guelfi Neto, os diferenciais da empresa no setor são as tecnologias de processamento de subproduto, além dos equipamentos, que são muito robustos, fazendo com que a confiabilidade no produto aumente. “Desenvolvemos máquinas e sistemas que agregam valor para o produto final de nossos clientes”, conclui Guelfi Neto.


Mundo Por Marcelo Oliveira

No Peru,

ABPA apresenta o caso brasileiro

A

transformação do Brasil na maior nação exportadora de carne de frango é um caso reconhecido e estudado pelo agronegócio mundial. A receita do sucesso brasileiro foi o tema da apresentação, realizada em 1º de setembro, que o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, fez para empresários e membros da cadeia produtiva da avicultura latino-americana, em Lima (Peru). Durante o evento, Turra – que também é vice-presidente da Associação Latino-americana de Avicultura (ALA) – destacou a estratégia brasileira de consolidação do produto no mercado internacional, pautada pela excelência em qualidade e elevado status sanitário, com foco na sustentabilidade da cadeia produtiva. “Décadas de pesquisa e investimentos em tecnologia expandiram nossos índices de produtividade, com um produto que se tornou referência em qualidade e sabor. Nesse contexto, mantivemos nossa sanidade preservada, consolidando o Brasil como único grande produtor a nunca registrar casos de influenza aviária”, explica Turra. Turra ressalta também o profissionalismo e a gestão empresarial do setor agroindustrial brasileiro, que soube aproveitar oportunidades em mercados com os mais variados perfis: “A versatilidade de nossa produção atende aos mais variados critérios, desde o halal (certifi-

cação obrigatória no mercado árabe) até produtos ainda mais específicos, como o kakugiri, para o consumidor japonês”. O Brasil também soube aproveitar oportunidades frente às adversidades no mercado internacional. Turra lembra que, em momentos de crise, os mercados internacionais buscaram o país como parceiro de segurança alimentar, seja pelo fornecimento ou pela qualidade sanitária do produto: “Os mais exigentes mercados têm no Brasil um parceiro incontestável. Temos décadas de parceria com a União Europeia e o Japão. Exatamente por isto, novos importadores investiram forte nesta parceria, como é o caso da China”. O presidente da ABPA ainda discutiu os desafios e as perspectivas do setor para os próximos anos. Questões como o aumento da população e da renda mundiais, a urbanização e os rumos do custo de produção estarão na pauta do debate. A apresentação aconteceu durante a programação do Congreso Peruano de Avicultura 2014. Em Lima, o presidente-executivo da ABPA participou de uma reunião especial com os membros da diretoria da ALA. O encontro teve como objetivo atualizar o cenário da defesa sanitária no continente latino-americano, especialmente contra enfermidades, como influenza aviária e doença de Newcastle. Fonte: ASCOM ABPA


Empresas

Caldeiras e equipamentos da MML

A

s caldeiras são equipamentos indispensáveis nas indústrias alimentícias, já que proporcionam maior agilidade nos setores que utilizam calor. Com experiência nesse setor, a MML produz caldeiras para vários tipos de combustíveis e acompanha as necessidades do setor alimentício, o qual cresce constantemente e busca inovações sempre. Atualmente, devido ao custo elevado do combustível, as empresas compradoras de caldeiras estão procurando os equipamentos que apresentem maior rendimento térmico. Essa produtividade, basicamente, se traduz como a diferença entre a maior quantidade de energia liberada na combustão (maior temperatura dos gases resultantes da queima do combustível dentro da fornalha) e a menor quantidade de energia perdida pelos gases eliminados pela chaminé e as perdas através do isolamento da

caldeira. Há também outros fatores que contribuem com menor importância para conseguir o melhor rendimento possível. Dessa forma, A MML, além, de fornecer vários modelos de caldeiras, oferece equipamentos como: pré-aquecedores de ar, que são máquinas destinadas para a recuperação de parte do calor transferido para o ar que será insuflado sob as grelhas, obtendo uma melhora no rendimento da caldeira; projetos das fornalhas que contribuem para a ótima queima dos combustíveis; equipamentos como abrandadores que retém sais de cálcio e magnésio, que reduzem os custos com tratamento da água e evitando as incrustações que causam redução da vida útil da caldeira. Assim, o ideal é que se tenha mais tempo de funcionamento com maior economia de combustível, obtendo menor impacto ambiental.


Saúde

Ômega-6

constrói músculos Um estudo clínico sobre o ácido araquidônico (ômega-6) realizado por companhia de pesquisa e desenvolvimento de nutrição esportiva demostrou que a substância constrói músculos. Em condições controladas no Laboratório de Pesquisa e Desempenho Humano da Universidade de Tampa, nos Estados Unidos, a suplementação com o ácido araquidônico durante oito semanas aumentou significativamente a massa corporal magra, a espessura muscular, força e potência anaeróbica em homens que realizaram treinos de resistência. O ômega-6 é um ácido graxo essencial, da família do ômega-6, e é encontrado em muitos alimentos, incluindo carne, frango, ovos e peixe. O ácido araquidônico é uma das gorduras biologicamente mais importantes à saúde humana, pois, desempenha papel fundamental no sistema imunológico, memória, aprendizado, densidade mineral óssea e saúde cardiovascular.

A pesquisa foi estruturada com trinta homens, com idade entre 18 e 25 anos, que foram recrutados e divididos aleatoriamente em dois grupos. Diariamente, para o primeiro grupo foi dado 1.500 mg de ácido araquidônico e o outro recebeu um placebo com formato idêntico. Todos os homens seguiram um programa de treinamento de resistência no período de oito semanas. No final do estudo, o grupo que ingeriu o suplemento com o ácido araquidônico obteve maiores ganhos de massa corporal magra (1.630 gramas contra 900 gramas). Os pesquisadores notaram um aumento de 88% em espessura do músculo (0,47 centímetros contra 0,25 centímetros) e acréscimo significativo de força para exercícios, como o supino e leg press (49,89 kg contra 34,47 kg). Por último, o pico de poder anaeróbico foi melhorado dramaticamente com o ácido araquidônico (78W contra 28W), aumento de 275%. Fonte: meatpoultry.com


Empresas

Spumapac:

Eficiência e qualidade

comprovada

F

undada em 1970, a Spumapac é a pioneira no ramo de embalagens em poliestireno expandido. Com enfoque no pré-embalamento, a empresa propôs uma grande reestruturação no ponto de vendas dos grandes varejistas, evitando filas e o manuseio direto do consumidor, trazendo praticidade, higiene e rentabilidade para as empresas. Segundo Fernanda Portella, analista de marketing da Spumapac, as bandejas para carne da empresa foram desenvolvidas e são comercializadas junto aos principais frigoríficos, atendendo rigorosos padrões de qualidade. São duas linhas de produtos que atendem o mercado: • Bandejas para produtos resfriados, onde não há a necessidade de submeter o produto e embalagem a baixas temperaturas. • Linha Congelamento: Linha desenvolvida especificamente para o mercado de frigoríficos, onde as bandejas são produzidas para suportarem as mais baixas temperaturas. Fernanda afirma que as medidas das embalagens atendem as necessidades dos produ-

tos a serem embalados e, atualmente, são comercializados dois modelos nos tamanhos de 210x140x23 mm e 236x182x34 mm, ambas nas cores branca e amarela. Além das embalagens convencionais, a Spumapac possui em seu portfólio a Linha Safe e Biospuma. Sabendo que 90% das compras são decididas no interior das lojas, a Spumapac desenvolveu linha Safe, que consiste na extensão/prorrogação do shelf life do alimento embalado, com a adição de microparticulas nanoestruturadas, que garantem uma ação antibacteriana, preservando o alimento por mais tempo em seu ponto de exposição. De acordo com a analista de marketing, a Linha Biospuma, produzida a partir de espuma de poliestireno oxidegradável, cria a exclusiva e inédita capacidade de decomposição acelerada da embalagem. Agentes oxidantes são inseridos na malha estrutural da embalagem, provocando o rompimento das fibrosas ligações da colmeia de espuma. Assim, o produto antecipará em séculos sua autodegeneração, transformando-se em água e biomassa, elementos estes, inofensivos à natureza.


Brasil Fotos: Manu Dias-GOVBA

Frigorífico inaugurado no centro norte da Bahia gera 400 empregos

C

riadores de bovinos e caprinos do centro norte da Bahia já dispõem das condições para o abate dos animais seguindo todas as exigências sanitárias. Em 28 de agosto foi entregue o Frigorífico Regional do Piemonte da Chapada (FrigoCezar), durante evento no município de Miguel Calmon, com as presenças do governador da Bahia, Jaques Wagner, e do secretário de Relações Institucionais, Cícero Monteiro. Com capacidade para o abate diário de 300 bovinos e 200 caprinos e ovinos, o empreendimento deve gerar 100 empregos diretos e mais de 300 indiretos. O frigorífico tem 3,4 mil metros quadrados de área construída e começou

a funcionar no dia 1º de setembro. Durante o evento, o diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Emílio, entregou o certificado de inspeção à diretoria da empresa. Emílio explicou que o frigorífico passou por um processo rigoroso de avaliação desde a construção civil até as questões sanitárias. “Cumpridas todas estas etapas, a Adab, por meio do Serviço de Inspeção Estadual, chancela (o empreendimento) e dá o certificado anuindo a inspeção”. Segundo o sócio-diretor do grupo, Edno Lima, foram investidos R$ 7,5 milhões na planta frigorífica, que é a quarta da FrigoCezar na Bahia, e mais de 350 criadores da região já se cadastraram para fazer o abate no local.


De acordo com o governador, o investimento no frigorífico é importante porque, além de aquecer a economia regional, vai realizar o abate inspecionado. “As exigências sanitárias estão cada vez maiores. Queremos que a carne, seja de bovino, de caprino, de ovino ou outra, chegue à mesa do baiano preservada de qualquer contaminação ou doença”. Segundo Wagner, desde 2007, o número de frigoríficos dobrou na Bahia. MÃO DE OBRA Boa parte da mão de obra do matadouro é formada por jovens da região. Para alguns, como Carlos Iadson Moura, 19 anos, este é o primeiro emprego. “Minha carteira de trabalho está sendo assinada pela primeira vez. Pra mim é uma satisfação muito grande ter aberto esta porta. Quero me firmar nela (na empresa) e seguir em frente”. O frigorífico está localizado às margens da BR-131, em um local considerado de fácil acesso. Os investimentos fortalecem o Programa de Regionalização e Descentralização do Abate no estado. Para o sócio-diretor da FrigoCezar, Manoel Mairton, além da boa oferta de mão de obra, o fato de não haver outro frigorífico

na região interferiu na escolha do terreno. Os investimentos públicos do governo estadual em infraestrutura também são destacados pela empresa. “As estradas são excelentes. Este é um ponto positivo a agradecer ao governo, que privilegiou nosso estado com rodovias”. UNIDADES EM CONSTRUÇÃO Ainda com a finalidade de combater o abate clandestino na Bahia e assegurar carnes saudáveis ao consumidor, outros 20 frigoríficos estão em construção no estado, sendo 13 com recursos estaduais e sete da iniciativa privada. A previsão é que, nos próximos 240 dias, sejam entregues pelo governo estadual abatedouros em Araci, Valente, Itaberaba, Barra, Santa Rita de Cássia, Paramirim, Medeiros Neto, Itanhém e Iguaí. Os estabelecimentos são construídos com recursos estaduais em Bom Jesus da Lapa e Morro do Chapéu, e as obras dos frigoríficos de Valença e Remanso já foram licitadas. Todos terão capacidade de abate entre 30 e 100 animais por dia, tanto das cidades onde estão instalados, quanto dos municípios circunvizinhos. O investimento total do Estado é de R$ 43 milhões, incluindo as obras e os equipamentos.


Empresas

Camrey:

Equipamento é

só o começo Atuação da Camrey não se limita à venda de produtos; com o departamento de Engenharia de Projetos e Processos, empresa ajuda o cliente a projetar o frigorífico e a tirar ideia do papel

G

erir empreendimentos e criar plantas no ramo frigorífico requer conhecimento, experiência e muita inovação. Somente um departamento de Engenharia de Projetos e Processos com essas características pode levar um empreendimento ao sucesso, trazendo vantagens competitivas para a empresa-cliente e redução de custos e prazos. Com esse posicionamento, a Camrey criou esse setor, há um ano, desenvolvendo projetos de design industrial e operacional para criação, adequação e ampliação de frigoríficos e abatedouros de bovinos e suínos. “Para o planejamento de uma


planta frigorífica, é necessário entender as necessidades do cliente e estar a par de todos os aspectos de segurança ambiental, pessoal e patrimonial. Por isso, desde o início, uma de nossas preocupações foi seguir os padrões e normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e também do Meio Ambiente.”, destaca o diretor da Camrey, Luis Antônio Campos. O departamento conta com equipe que acompanha o projeto desde quando o frigorífico está apenas no papel. “Fazemos visitas para conhecer o local onde se pretende construir o frigorífico para saber se o terreno atende às normas de regulamentação e identificar com o empreendedor a quantidade e o tipo de animal que será abatido, entre outros fatores”, afirma. O processo Para que todo o processo seja condizente com as necessidades do cliente e atenda às leis e normas, a Camrey desenvolveu um fluxo que é seguido por toda a equipe do departamento de Engenharia de Projetos e Processos. 1º - Visita ao local da construção ou reforma para avaliar questões sobre o terreno e o meio ambiente para entender quais as características do frigorífico. Caso o cliente ainda não possua um terreno, a Camrey faz um estudo sobre a localidade de interesse, verificando a logística e a disponibilidade de matéria-prima; 2º - Criação de layout com informações técnicas sobre o terreno e envio desse material para a aprovação do Ministério do Meio Ambiente; 3º - Com a aprovação já realizada, o terceiro passo é a criação da planta frigorífica, que irá conter todas as informações de medida, elétrica, refrigeração, equipamento e automação;

4º - Envio do projeto do frigorífico para aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 5º - Com o projeto aprovado, é iniciada a construção do frigorífico – que é de responsabilidade do cliente – e fabricação dos equipamentos. Posteriormente, é feita a instalação pela equipe da Camrey. Durante todo esse processo, a Camrey acompanha cada etapa da obra e oferece todo o suporte necessário. Segurança em sistemas frigoríficos O Brasil possui, desde 2010, uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relacionada à segurança e à operação em sistemas frigoríficos. O texto da NBR 16069 enaltece a importância do projetista, definindo suas responsabilidades e atribuições como profissional responsável pelo projeto de um novo empreendimento ou reforma, desde sua idealização até a operação. Confira quais são as principais exigências no quesito segurança: Segurança Ambiental: - utilização de fluidos frigoríficos que não agridam o meio ambiente; - utilização de detectores de gases para a redução de vazamentos; - redução do inventário de fluido frigorífico para diminuir os riscos de acidentes. Segurança Pessoal: - treinamento de operadores e usuários; - utilização de EPI (equipamentos de proteção individual) e EPC (equipamento de proteção coletivo). Segurança Patrimonial: - normas sobre materiais para a fabricação dos equipamentos; - procedimentos de ensaios e testes; - uso de dispositivos de proteção para evitar avarias dos equipamentos.


Índice de Anunciantes Bumerangue................................................................31 Cold Air............................................................... 4ª capa FiBrasil.........................................................................37 Haarslev.......................................................................23 Handtmann...................................................................9 Instituto de Embalagens...............................................39 Isoeste...........................................................................7 Jamar...........................................................................35 Kalle – Clariant............................................................21 Klainox........................................................................19 Metalúrgica Z...............................................................27 Montemil.....................................................................15 Nutri.com....................................................................29 Nyroplast............................................................. 3ª capa Perfor..........................................................................13 Poly-clip.........................................................................5 Rool.............................................................................25 Stelka............................................................... 2ª capa/3 Tripa-Rio......................................................................11 Unirons........................................................................17




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