Revista +Carne Ed.6

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Sua embalagem vale ouro Exportar é preciso, inspecionar é obrigatório Ômega 6 na carne

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Especial

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Capa: Raphael Inácio

Expediente

Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br

Tiragem: 9.000

Editor Cauê Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clécio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Administrativo/Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Produção Gráfica (11) 9 9804.0962 rr.inacio@uol.com.br 4

Tel.: (11) 2369-0403 2369-4116 2369-4054 2386-1584



Sumário

Eventos

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ABPA e Apex-Brasil na Gulfood 2015

Especial

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Artigo de Mário Lanznaster, presidente da Aurora

Capa

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Equipamentos: a qualidade é fundamental

Brasil

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Rabobank: perspectivas para o agronegócio em 2015


Outros Destaques 04 | Expediente 06 | Sumário 08 | Editorial 10 | Produtos: Coplasa 12 | Produtos: Pif Paf 14 | Produtos: Camrey 16 | Produtos: Cognex 18 | Produtos: Toyota 20 | Economia: ampliação de mercado 30 | Política: Plano Safra 40 | Frigorífico: Frimesa 42 | Economia: valor da produção 46 | Brasil: bloqueios nas estradas 48 | Brasil: carregamento de aves 50 | Índice de anunciantes 7


Editorial

Na rota da

liderança P

ara que continuemos navegando pelo caminho da liderança nas exportações precisamos que os agentes do setor de proteína animal continuem investindo, afinal, só com investimentos crescemos. Esse deveria ser o papel dos governos neste ano também. Investir para sair dessa conjuntura, e não o contrário. Com esse cenário, no Brasil ocorreram os bloqueios dos caminhoneiros nas estradas, o que provocou perdas ao setor. No caso da região Sul, onde as estradas escoam a produção da avicultura e da suinocultura, segundo dados preliminares da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), houve cerca de R$ 700 milhões em prejuízos. Ainda segundo estimativas da entidade, em torno de 70% da capacidade de abate do Sul (maior produtora de aves e suínos do país) foram afetadas nos dias mais graves das paralizações. Dessa forma, a condução de suínos e aves para o abate, a distribuição da ração para as granjas e a liberação das cargas prontas para exportação e para o abastecimento das gôndolas dos supermercados no Brasil foram afetados. Apesar desse cenário desolador, o nosso setor apresenta números positivos expressivos. A ampliação de mercado foi um dos destaques do agronegócio brasileiro em 2014. No geral, 11 países abriram os seus mercados para produtos brasileiros. Os países que abriram o mercado para os produtos brasileiros são a Rússia, México, Japão, África do Sul, China, Coreia do Sul, Colômbia, Iraque, Irã, Egito e Tailândia.

Em artigo especial do presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, sobre o cenário econômico brasileiro, o presidente afirma que, em 2015, o agronegócio salvará o Brasil. Segundo ele, independentemente das dificuldades que marcarão o cenário econômico de 2015, o setor terá um ano relativamente bom para as cadeias produtivas de suínos, aves e leite. Ainda nesta edição, tratamos na matéria de capa sobre a importância da compra de um equipamento com maior custo inicial, mas que seja de qualidade. Isso porque a escolha dos equipamentos que servirão à indústria pode ser tanto prejudicial às finanças ou um fator de ganho na produção. Boa leitura!

Jussara F. S. Rocha Diretora 8



Produtos

Novo rodízio de roletes em polímero de alto desempenho

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reocupada com o meio ambiente, dentro de um mercado cada vez mais competitivo, a Coplasa lançou o rodizio de roletes fabricados em polímero de alto desempenho. O produto substitui as esferas de aço utilizadas em linhas de transportadores aéreos com trilho T, utilizando totalmente plástico em sua composição e podendo ser completamente reciclado após o seu uso. Robson Mühlbauer, supervisor de vendas da Coplasa, afirma que “além de ser um produto ecologicamente correto, tem como principais vantagens a maior durabilidade, pois, o coeficiente de atrito entre polímeros é menor que aço e polímero, podendo assim resistir até

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duas trocas de corrente dependendo de fatores como peso, velocidade da linha e condições dos trilhos; redução de ruídos; menor custo e não necessitar de nenhum tipo de lubrificação”. “Atualmente vários frigoríficos utilizam o rodízio de roletes e em outros estamos com o produto em teste, pois, como se trata de uma novidade. No entanto ainda existe receio por parte das gerencias de manutenção em comprar o rodizio de roletes”, afirma Mühlbauer. O rodizio de roletes pode ser usado em todas as linhas, desde pendura, escaldagem, evisceração, transporte de caixas etc. As medidas são as mesmas do rodizio de esferas, com 50 mm de diâmetro externo.



Produtos

Escondidinho de carne da Pif

Paf Empresa amplia seu mix de produtos com opção prática de iguaria já consagrada entre os mineiros

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arne moída refogada ao molho de tomate e temperos especiais entre camadas de purê de batatas cremoso e salpicado com queijo tipo parmesão. Esse conjunto de ingredientes faz parte da receita do escondidinho de carne moída, que é o novo lançamento da Pif Paf Alimentos. O produto já está nas gôndolas em atacados, supermercados, hipermercados e padarias nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo desde o começo de 2015. O lançamento soma-se à linha alimentícia, que já conta com cerca de 300 itens. Antes de apresentar a novidade, a Pif Paf realizou estudos para avaliar o mercado e as reais necessidades dos consumidores. “Uma de nossas premissas é oferecer produtos saborosos e práticos, e que atendam às necessidades e aos desejos dos nossos clientes. O escondidinho de carne moída é uma opção

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que alia tudo, além de ser um prato que já caiu no gosto do mineiro”, destaca o gerente de relações institucionais da empresa, Cláudio Almeida Faria. O lançamento veio agregar ainda mais valor à marca, que, com 45 anos de mercado, já é conhecida pelas inovações no segmento de congelados e também pela qualidade dos produtos. Uma das maiores empresas brasileiras no setor de processamento de aves, suínos, massas e vegetais, a Pif Paf possui um mix de produtos que contempla itens compostas de carnes, pizzas, lasanhas, pães de queijo e embutidos. Há 45 anos no mercado, a empresa atualmente atua nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e também no sul da Bahia, além de exportar para diversos países. Com sede corporativa em Belo Horizonte (MG), a empresa possui cinco unidades industriais e doze unidades produtivas.


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Produtos

Maior

produtividade Com equipamentos adequados às normas do setor, Camrey maximiza a produção dos frigoríficos

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conceito de qualidade vem se tornando, a cada dia, um elemento decisivo para distinguir os frigoríficos. Investimentos em tecnologia, treinamentos para os colaboradores e produtos com padrões de qualidade assegurados garantem a entrega de um produto diferenciado ao consumidor. É com tudo isso em mente que a Camrey fornece equipamentos adequados às normas de segurança, e que garantem mais produtividade aos frigoríficos e abatedouros.

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Segundo a empresa, um grande exemplo disso é a Centrifuga para processamento de buchos, buchinhos e de carne industrial. O equipamento é utilizado em matadouros e frigoríficos para a industrialização de buchos, folhosos, moelas, corações, orelhas, línguas, carnes industriais e coalheiros de bovinos e suínos. “A Centrífuga atende às normas regulamentadoras, o que garante a segurança dos operadores e maximiza a produtividade dos frigoríficos”, afirma o diretor da Camrey, Luis Antonio Campos. Totalmente adequada à Norma Regulamentadora nº 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos – e também a Norma Brasileira nº 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão –, a Centrífuga possui dispositivos pneumáticos na entrada superior e na saída lateral. “Esses dispositivos evitam que o operador sofra queimaduras nas mãos ao abrir a tampa de entrada ou saída”, explica Campos. As dimensões da Centrífuga seguem a capacidade de processamento de abate por hora do frigorífico e podem ser encontrados em três tamanhos: CR3 (três buchos por operação), CR6 (seis buchos por operação) e CR12 (doze buchos por operação). “Nosso foco é colaborar para o aumento da capacidade de produção dos nossos clientes, fornecendo equipamentos mais eficazes, seguros e duradouros”, completa o diretor da Camrey.


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Produtos

Cognex acelera

a leitura de código de

barras 2D É possível ler códigos Matriz 2D e DPM mesmo sem perímetros visíveis

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Cognex Corporation, especializada em visão mecânica, anuncia o lançamento de sua tecnologia PowerGrid™: um algoritmo de localização baseado em textura que leva uma única abordagem, de dentro para fora, para leitura de códigos matriz 2D e Direct Part Mark (DPM). De acordo com a empresa, enquanto algoritmos baseados em recursos convencionais iniciam por encontrar o padrão localizador, a tecnologia PowerGrid da Cognex procura um padrão de módulos claros e escuros alternados dentro do código. A tecnologia PowerGrid aumenta drasticamente as taxas de leitura em aplicações de leitura de código de barras 2D, onde a geometria de uma peça, falta de iluminação, oclusão ou erros de impressão de registro tornam difícil para capturar uma imagem de todo o código. Ao contrário das soluções anteriores, a tecnologia PowerGrid pode localizar e ler códigos mesmo quando apresentam danos significativos ou eliminação completa do padrão localizador, padrão de sincronização ou zona de silêncio. “Apesar do software 2DMax® definir o padrão de desempenho em ID industrial para os códigos de barras 2D mais desafiadores, a Cognex está constantemente buscando oportunidades para melhorar nossos algo-

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ritmos de decodificação. Após analisar as imagens de códigos que não podíamos ler, determinamos que uma percentagem elevada mostrou danos significativos no padrão localizador, padrão de sincronização ou zona de silêncio. Aproveitando os nossos mais de 30 anos de experiência em visão, nossos engenheiros surgiram com uma técnica completamente inovadora que pode encontrar e ler esses códigos sem depender do padrão localizador. O resultado é nada menos que incrível”, afirma Carl Gerst, vice-presidente sênior de produtos de ID da Cognex. A tecnologia PowerGrid da Cognex já está disponível nos modelos X da série de leitores de código de barras de montagem fixa DataMan® 300. De acordo com Gerst, a Cognex Corporation projeta, desenvolve, fabrica e comercializa uma variedade de produtos, que incorporam sofisticada tecnologia de visão mecânica que lhes dá a capacidade de “ver”, que incluem leitores de código de barras, sensores de visão mecânica e sistemas de visão mecânica que são usados em fábricas, depósitos e centros de distribuição para orientar, medir, inspecionar, identificar e garantir a qualidade dos itens durante o processo de manufatura e distribuição.


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Produtos

TMHM

Fábrica da Toyota Empilhadeiras em Artur Nogueira

aumenta portfólio

Toyota Material Handling Mercosur anuncia aumento de equipamentos nacionais produzidos na fábrica de empilhadeiras em Artur Nogueira (SP)

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Toyota Material Handling Mercosur (TMHM) anunciou a aprovação do projeto de aumento do portfólio nacional com a fabricação de novos modelos de equipamentos com início de produção em 2015. Os novos modelos que serão produzidos localmente são as empilhadeiras elétricas patoladas e transpaleteiras elétricas. Essa nova linha de produção será montada dentro da fábrica da Toyota Empilhadeiras, em Artur Nogueira (SP). De acordo com a empresa, com o sucesso dos primeiros modelos a combustão da Série 8 fabricados no Brasil, a TMHM visou oferecer os melhores produtos e condições de pagamento aos seus clientes e, assim, disponibiliza ao mercado os novos modelos com condições de financiamento pela FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial). A FINAME, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), realiza financiamento por intermédio de instituições financeiras credenciadas para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES.

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“Este é mais um grande passo da Toyota Empilhadeiras no Brasil. Este novo investimento vem ratificar o nosso compromisso com o desenvolvimento do país, por meio do desenvolvimento da cadeia de produção local e oferecendo os melhores equipamentos com condições mais acessíveis aos nossos clientes. Hoje somos a maior indústria de equipamentos de movimentação logística do mundo e o nosso desafio é ser a maior aqui no Brasil também. Em médio e longo prazo pretendemos aumentar ainda mais nosso portfólio nacional e consolidar de vez a marca Toyota no Brasil”, afirmou Hiroyuki Ogata, presidente da Toyota Empilhadeiras. Os produtos comercializados pela empresa são as empilhadeiras a combustão; empilhadeiras a diesel; empilhadeiras elétricas; empilhadeiras trilaterais; empilhadeiras retráteis; paleteiras manuais; paleteiras elétricas; selecionadora de pedidos e rebocadores a combustão e elétricos. O portfólio completo poderá ser encontrado no site www.toyotaempilhadeiras.com.br.


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Economia

Ampliação de mercado

foi um dos destaques do agronegócio brasileiro em 2014

No total, 11 países abriram mercado para produtos brasileiros

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ano de 2014 foi marcado pela ampliação e manutenção de mercados no agronegócio brasileiro, com ênfase em questões sanitárias e fitossanitárias. Entre os países que abriram o mercado para os produtos brasileiros estão: Rússia, México, Japão, África do Sul, China, Coreia do Sul, Colômbia, Iraque, Irã, Egito e Tailândia.

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Entre as negociações na área de produtos de origem animal destacam-se a abertura do mercado russo, grande importador mundial. Em agosto de 2014, a Rússia anunciou uma liberação recorde de estabelecimentos brasileiros habilitados para exportar carne de aves, suínos e bovinos, miúdos de bovinos, além de produtos lácteos para aquele país. Atualmente,


o Brasil possui 162 estabelecimentos habilitados para exportar para a Rússia. O ano passado foi marcado ainda pelo início das exportações de carne suína pelo estado de Santa Catarina ao Japão e de carne de frango para o México. Em ambos os casos, o Brasil estava habilitado, desde 2013, para exportar, mas foi só no ano passado que os embarques começaram a ganhar volume: entre janeiro e novembro para o Japão foram exportados US$ 15,92 milhões em carne suína e para o México o valor foi de US$ 32,99 milhões em carne de frango. Após nove anos de negociações, a África do Sul finalmente suspendeu o embargo à carne suína brasileira. O embargo estava em vigor, desde 2005, quando o Brasil teve os últimos casos de febre aftosa. Além disso, a Colômbia habilitou o Brasil para exportação de couro bovino, a Coreia do Sul para gelatina, Tailândia para o tabaco, e Iraque para exportação de bovinos vivos. O registro de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em 2012 e 2014, resultou no embargo à carne bovina brasileira pelo Irã, Egito e China. Mas após negociações com as autoridades, os embargos também foram suspensos no ano passado. Com o Japão as negociações se encontram em estágio avançado para a exportação do produto. CONTENCIOSOS O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participou ativamente dos trabalhos de preparação de contencioso contra a Indonésia para acesso ao mercado de carne de frango, utilizando-se do sistema de solução de controvérsias da Organização Mundial de Comércio (OMC). O país asiático, com população aproximada de 250 milhões de habitantes, tem potencial comprador do produto

brasileiro, mas atualmente restringe o acesso ao seu mercado de forma incompatível com as regras da OMC, segundo entendimento do governo brasileiro. PROMOÇÃO COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO Com o objetivo de promover as exportações brasileiras em mercados estratégicos foram realizadas ações comerciais nos Estados Unidos, China, Japão, Rússia, Canadá, África do Sul, Itália e Peru, que criaram oportunidades de negócio para mais de vinte setores da agropecuária e agroindústria. Entre eles estão a carne bovina, carne de frango, carne suína, pescados, café, mate, chás, refrigerantes, energéticos, arroz, lácteos, açúcar, frutas frescas, polpas e sucos de fruta, castanhas, água de coco, cachaça, cervejas, vinhos e espumantes, chocolate, doces e confeitos, massas, produtos de panificação, produtos apícolas, pratos congelados e outros produtos de conveniência, conservas, molhos, temperos e condimentos. Também foram realizadas ações de promoção da imagem do agronegócio brasileiro junto à Organização Mundial da Saúde Animal e Codex Alimentarius, abrangendo autoridades sanitárias de mais de 150 países. Com o objetivo de dar visibilidade ao dinamismo e alto padrão tecnológico da produção brasileira foi realizado o VI Programa de Imersão no Agronegócio, voltado para diplomatas estrangeiros em missão no Brasil. Igualmente, deu-se continuidade ao programa de seminários “Agroex”, que tem o objetivo de sensibilizar o setor produtivo para o comércio internacional, com vistas à ampliação da base e da pauta exportadoras. Ao longo de sete anos, o programa registra mais de 17 mil participantes em todas as regiões brasileiras.

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Economia

Outro destaque, em 2014, foi o encontro do ex-ministro do Mapa, Neri Geller, com o Vice-Ministro de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Hisao Harihara, por ocasião da visita do Primeiro Ministro do Japão, Shinzo Abe à presidenta Dilma Rouseff. Como desdobramento do evento, foi realizado ainda 2014, o Primeiro Diálogo Brasil-Japão sobre Agricultura e Alimentos, fórum de empresários e representantes de governo que selou o início de um novo ciclo da relação entre os dois países na área do agronegócio, visando a intensificação dos fluxos de comércio, conhecimento e principalmente de investimento, com foco em infraestrutura e logística. Ainda com relação à atração de investimentos, 2014 registrou avanços importantes em negociações com investidores da China e Argélia. Para 2015, o calendário preliminar de ações de promoção internacional do agronegócio prevê a continuidade e reforço das ações nos Estados Unidos, China, Japão, Canadá, Rússia, Canadá, África do Sul e Peru, bem como a ampliação da atuação no Oriente Médio, além de ações de imagem que agreguem valor aos produtos brasileiros em mercados de referência,

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particularmente no Japão e União Europeia. Também está prevista a participação do Mapa no pavilhão brasileiro da Expo Milão, exposição mundial que ocorrerá entre maio e outubro na Itália, e que terá como tema “Alimentando o Mundo, Energia para a Vida”. No Brasil, as ações previstas incluem a ampliação do programa de seminários “Agroex” e continuidade dos programas de imersão no agronegócio. Reabertura do mercado da África do Sul para carnes bovina e suína do Brasil O governo brasileiro recebeu a decisão das autoridades sanitárias da África do Sul de reabrir o mercado daquele país às exportações brasileiras de carne bovina desossada, bem como o recebimento da confirmação dos estabelecimentos brasileiros produtores de carne suína in natura para processamento que poderão exportar àquele país. O trabalho de reabertura de mercado é vitória dos esforços conjuntos do Mapa e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A África do Sul havia embargado a entrada desses produtos em 2005, pela ocorrência de febre aftosa e em 2012, pelo caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no


Brasil. Seguiram-se negociações sanitárias do Mapa, em parceria com o MRE, e também a Embaixada do Brasil em Pretória para a reabertura desse mercado, as quais ganharam novo impulso com a designação de Adido Agrícola para representar os interesses do agronegócio brasileiro no país africano em 2010. A atividade do Adido Agrícola beneficiou-se, ainda, do trabalho da Missão do Brasil junto à OMC, bem como da atuação do Adido Agrícola em Genebra, na Suíça. A decisão é importante para os interesses dos exportadores brasileiros de carnes, e confirma a eficácia dos controles sanitários nacionais e a qualidade e a sanidade do produto brasilei-

ro, já reconhecida por outros parceiros comerciais. Com a abertura do mercado sul-africano para esses produtos, o Mapa espera que o Brasil consiga exportar US$ 7 milhões anuais em carne suína e US$ 12 milhões em carne bovina. A abertura desse mercado é considerada uma importante oportunidade para diversificar os destinos dos produtos em questão, em especial para a carne suína, setor em que as exportações brasileiras são concentradas em poucos mercados. Além disso, o acesso ao mercado da África do Sul pode levar à abertura de mercados em outros países do continente como, por exemplo, o dos membros da União Aduaneira Sul Africana (SACU).

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Eventos Por Aurea Santos e Marcelo Oliveira

ABPA e Apex-Brasil na Gulfood 2015

Maior evento de alimentos do Oriente Médio é uma das principais oportunidades de negócios com o mercado halal e expositores estimaram em US$ 646 milhões o total de contratos fechados durante a feira em Dubai e a previsão de novos negócios nos próximos 12 meses 24

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m parceria, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) participaram, entre os dias 8 e 12 de fevereiro, da Gulfood 2015. O maior evento comercial de empresas de alimentos do Oriente Médio possui sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Contando com uma área superior a 120 metros quadrados, a ABPA levou para o evento 14 agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango halal: Frango Bello, Aurora, Globoaves, Cocari, Copacol, Agrogen, Coasul, JBS, GTFoods, Avenorte, Jaguafrangos, Averama, Pioneiro Alimentos e Frango Granjeiro. Com o objetivo de divulgar a qualidade e o sabor dos produtos made in Brazil, a ABPA pro-


moveu degustação de pratos à base de carne de frango, como o shawarma (prato típico árabe) e o galeto assado. A degustação aconteceu em parceria com o restaurante Automatic – especializado em culinária libanesa. Em conjunto com a degustação, materiais promocionais com informações sobre os produtores e a produção avícola do Brasil foram distribuídos para o público do evento. Os representantes da ABPA divulgarão, ainda, o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS 2015), que será realizado entre os dias 28 e 30 de julho de 2015, no Anhembi, em São Paulo (SP). “A Gulfood é uma das melhores oportunidades que as agroindústrias produtoras e exportadoras de frango halal têm para prospectar novos clientes e realizar negócios com importadores do Oriente Médio. É uma grande feira, fundamental para o nosso setor”, destaca o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. Conforme dados da ABPA, o Oriente Médio é o maior importador de carne de frango brasileira. Para a região, foram exportadas, no ano passado, 1,372 milhão de toneladas. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão entre os cinco maiores importadores. GULFOOD TERMINA COM SALDO POSITIVO PARA BRASILEIROS A Gulfood cresceu e se estabeleceu como uma importante plataforma de negócios para as empresas brasileiras, tanto no impulso às vendas para países em que estas companhias já atuam quanto na abertura de novos mercados. A avaliação é de expositores e representantes de entidades setoriais que estiveram na mostra. “As empresas estão satisfeitas. Elas encontraram seus clientes atuais e conversaram com potenciais compradores. Com isso, a feira prova que é extremamente importante na estratégia de internacionalização das companhias

brasileiras”, destacou Ely Dawly, chefe-executivo de operações da Apex-Brasil, entidade que organizou o pavilhão brasileiro no evento. “Trouxemos 72 empresas de diversos setores, com um nível de preparo muito bom, o que facilitou os contatos e, certamente, trará um impacto positivo nas exportações. A participação brasileira foi importante em termos de diversificação de produtos e a feira melhorou em termos de negócios. Hoje, ela se coloca entre os três mais importantes eventos de alimentos do mundo”, completou o chefe-executivo. De acordo com levantamento da Apex-Brasil, os expositores brasileiros estimaram em US$ 646 milhões os contratos fechados na mostra e a previsão de negócios para os próximos 12 meses, a partir de contatos feitos na Gulfood. O resultado médio de negócios por empresa, segundo a agência, aumentou 5,5% com relação à edição da feira do ano passado. “Conversei com pelo menos 30 empresas. Todas estão satisfeitas e muitas fecharam negócios. Eles avaliam que esta é a melhor feira do Oriente e, sem dúvida nenhuma, bate qualquer outra concorrente”, disse Michel Alaby, diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. “Vamos procurar ter uma presença da Câmara mais intensiva no próximo ano, com estande para atender os nossos associados”, afirmou Alaby. Ricardo Santin, vice-presidente da Divisão de Aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destacou que a feira é uma importante oportunidade para as empresas de aves se relacionarem com os clientes da região. “O Brasil vem para a feira mais para fortalecer relações, pois este já é um mercado sólido”, afirmou, referindo-se às empresas de seu setor. “Temos uma parceria de amizade com os compradores dos países árabes”, disse, ressaltando que, para as empresas mais novas no mercado, o evento serve para prospectar clientes na região.

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Eventos

Outro aspecto positivo destacado por Santin é a possibilidade de se realizar vendas para países de outras regiões que buscam os tipos de alimentos que são comercializados na Gulfood. “Você tem comunidades islâmicas de países não islâmicos que vêm para cá porque sabem que aqui é mais fácil poder encontrar produtos halal”, afirmou, referindo-se aos alimentos produzidos de acordo com a tradição muçulmana. Caio Vianna, presidente da CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda), do ramo lácteo, contou que foi a primeira vez que a empresa participou da Gulfood e disse que está “muito impressionado com nível e com o volume” de potenciais compradores interessados em seus produtos, especialmente leite em pó. Segundo ele, os importadores que mais demonstraram interesse no produto foram os da Arábia Saudita, Emirados, Omã, Mauritânia, Paquistão, Líbano e Iraque. O executivo revelou que no próximo ano também vai participar do evento. “Essa foi uma feira de prospecção

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e para mostrar o produto. Esperamos que ano que vem possa ser uma feira de vendas e de fechamentos de negócios”, destacou Vianna. Contatos “Fizemos cerca de 200 contatos com pessoas realmente interessadas”, relatou Humberto Azenha, gerente de Exportação da Fruta Mil, fabricante de polpas de frutas. A empresa fez sua segunda participação na Gulfood. De acordo com o executivo, entre os potenciais clientes árabes a maioria era da Arábia Saudita. “Precisamos encontrar um distribuidor que esteja disposto a introduzir a marca no mercado”, disse Azenha. Os sabores que mais chamaram a atenção dos árabes foram os sucos de manga, goiaba, graviola, maracujá e abacaxi com hortelã. Em 2016, disse Azenha, a empresa voltará à feira. “Fizemos muitos contatos. É uma das feiras mais importantes que existem para os mercados da África e do Oriente Médio”, afirmou Rafael Braz, executivo de vendas da Café Igua-


çu. “Fizemos contatos interessantes com clientes novos no Irã, Senegal, Argélia, Palestina, Jordânia e Arábia Saudita”, contou Braz, acrescentando que durante a feira fechou pedido para um cliente no Egito. Braz contou que esta é a sexta participação da Café Iguaçu na feira. “Nessas edições da Gulfood, fechamos negócios com clientes que continuam até hoje com a gente”, completou o executivo de vendas. Fonte: ABPA e Agência de Notícias Brasil-Árabe

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Especial Artigo do presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, sobre o cenário econômico brasileiro

O agronegócio salvará o Brasil em 2015

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pesar das dificuldades que marcarão o cenário econômico de 2015, o setor primário da economia terá um ano relativamente bom para as cadeias produtivas de suínos, aves e leite. Esperamos que o governo intervenha menos na economia e dê autonomia para a equipe econômica recolocar nos eixos os fundamentos macroeconômicos do país. Teremos boas safras no Brasil e nos Estados Unidos, o que assegurará o suprimento de milho, soja e farelo de soja para a transformação em proteína animal. Os custos de produção aumentarão – especialmente em face do encarecimento da energia elétrica, do diesel e de outros insumos – e as operações financeiras terão encargos mais pesados, com juros mais altos e menor oferta de crédito. O segmento de carnes viverá um bom ano com crescentes exportações de carnes bovina,

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suína e de aves. A eclosão de epizootias em alguns países continuará favorecendo o Brasil, que aproveitará os resultados da conjugação de vários fatores: qualidade reconhecida, preço competitivo potencializado pelo câmbio favorável, capacidade de produção e relativa escassez de carne no mercado mundial. Novos mercados surgirão no continente asiático: a China voltará a crescer acima de 7% e a Índia caminha para se tornar grande parceiro comercial. Apesar desse quadro de otimismo, a produção de carnes no Brasil não aumentará e a base produtiva continuará no mesmo nível. Os produtores e as indústrias atingiram um saudável ponto de equilíbrio, resultado da aprendizagem – depois de décadas de erros – sobre os efeitos perversos da gangorra (picos de alta e de baixa produção na proporção inversa de altos e baixos ganhos).


Obstáculos à exportação continuarão sendo as nossas deficiências logísticas. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, entre 148 países pesquisados, o Brasil está em 71º lugar em termos de infraestrutura, na educação e treinamento de mão de obra em 72a posição, e em eficiência de mão de obra em 92o lugar. Por isso, é um fato extraordinário a agropecuária nacional exportar mais de 100 bilhões de reais por ano e, assim, literalmente salvar a balança comercial brasileira. Esse desempenho ocorre apesar da falta de incentivo, da péssima infraestrutura, dos gargalos logísticos e da restritiva legislação. O Brasil é o único país do mundo onde a legislação ambiental exige reserva legal. É o segundo País do mundo em cobertura florestal original nativa, que está em 56%, enquanto a Europa mantém apenas 0,1% de cobertura florestal.

Mário Lanznaster - Presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos

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Política

Juros maiores no

Plano Safra Apesar da indicação de acréscimo feita pela ministra Kátia Abreu, ainda não há confirmação do percentual

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ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, confirmou em entrevista coletiva concedida no Itamaraty, que o próximo Plano Safra terá a taxa de juros elevada. A ministra não revelou, no entanto, se o aumento vai ser maior do que o aplicado no plano do ano passado, quando a taxa de juros das linhas de crédito passou de 5,5%, em média, para 6,5%. Ela afirmou que, mesmo que haja aumento na taxa de juros, “nada será feito que inviabilize a agricultura”. “Nós sabemos da rapidez com que a agricultura responde à economia, ao emprego, às importações. Estou totalmente tranquila no que diz respeito ao volume e aos juros que praticaremos na próxima safra. Não posso responder (sobre a alta de juros), nós teremos o momento adequado, que será o lançamento do plano”, diz. Kátia também confirmou a presença de André Nassar na Secretaria de Política Agrícola, e revelou que vai enviar uma missão do Mapa para a Malásia, China e Rússia para negociar um protocolo de abertura de plantas aptas a

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exportar carnes bovina, suína e de aves na segunda semana de abril. Segundo a ministra, com relação às barreiras no comércio internacional de produtos do agronegócio, o entendimento é que não devemos aceitar exigências fitossanitárias, que não as estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Estamos bastante otimistas que nós teremos um número de plantas que poderão ser abertas, não digo com facilidade, mas com mais agilidade. Assim, superaremos o nível extremamente elevado de burocracia que temos atualmente para abertura das plantas”, afirma. Com os russos, a ministra pronunciou que quer estar em dia com protocolos sanitários e fitossanitários para solidificar as relações de comércio. “Queremos fazer a nossa parte e demonstrar aos russos que nós temos competência e eficiência para cumprir esses acordos sanitários e fitossanitários”, garante. AMPLIAÇÃO DA CLASSE MÉDIA RURAL Kátia disse que o Brasil tem o objetivo de ampliar a classe média rural brasileira. Segundo a ministra, os representantes do Brics (Brasil,


Rússia, Índia, China e África do Sul) solicitaram o apoio do Brasil em relação aos mecanismos para democratização da pesquisa, crédito e comercialização rurais. “A questão da segurança alimentar está muito ligada a esses mecanismos. Inclusive, nós apresentamos o nosso objetivo da ampliação da classe média rural brasileira. Estamos traçando estratégias que já existem, foram testadas e estamos reunindo em um arcabouço só para atender a esses (pequenos) produtores, levando instrumentos que possam elevá-los na condição de uma classe média como nós fizemos com a classe média urbana”, declarou. A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Ramos Coelho, que participou da reunião representando o titular da pasta, Patrus Ananias, afirmou que atualmente 50% da população rural do país faz parte da classe média. Segundo

secretária-executiva, os países do Brics têm muitos pontos em comum e um dos principais é a segurança alimentar. “É uma preocupação de todos os países e o Brasil conquistou um marco. Em 2014, nós saímos do mapa da fome com todas as ações institucionais que o governo brasileiro tomou, do ponto de vista do acesso ao alimento, ao crédito e à assistência técnica. Esses pontos serão fruto de várias cooperações que estão em andamento com países do Brics”, disse. Os anúncios foram feitos após a 4ª Reunião de Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário do Brics, que trata da cooperação entre os países do bloco no que diz respeito à agricultura e desenvolvimento agrário. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e das delegações dos cinco países também participaram do encontro. Fonte: Canal Rural

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Equipamentos

Bra 32


asil 33


Capa Por Cauê Vizzaccaro

Por que comprar um equipamento com

maior custo inicial e qualidade? Quando equipar e como aparelhar e aproveitar o suporte técnico dado ao maquinário

A

escolha dos equipamentos que servirão a indústria pode ser tanto prejudicial às finanças ou um fator de ganho na produção. Se o maquinário comprado oferecer muitos utensílios, mas que executem os mesmos empregos ou é dispensável ao processo de produção, um desperdício no orçamento provavelmente ocorreu. Se for encontrado um equipamento que consiga ter várias funções indispensáveis, eliminaria custos com a compra de um maquinário que só desenvolve certo tipo de trabalho, aumentaria a produção e traria versatilidade na produção. Conseguir controlar todos os processos na atividade é imprescindível para a possibilidade de se competir com igualdade de condições

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com os seus concorrentes. A manutenção também faz parte do processo de combate às perdas. É recomendada a instrução aos funcionários dos benefícios que a empresa obtém com uma prática de conservação do maquinário, o que pode retardar a manutenção ou a compra de outro. Inúmeras empresas investem em tecnologias para equipamentos com o intuito de facilitar o trabalho de profissionais do ramo, muitas vezes, em linhas de pesquisa em conjunto com universidades para o desenvolvimento de novos equipamentos. Isso para sempre atingir a máxima qualidade no desenvolvimento do equipamento. Ricardo Barakat, da Ashworth, reflete sobre os investimentos em novas tecnologias


para aumentar a qualidade do equipamento: “Atualmente, as empresas investem muito em busca de novas tecnologias. Esse investimento ocorre porque é sabido que tais tecnologias dão o retorno esperado aos consumidores. Essa busca contínua por equipamentos de melhor qualidade agrega valor aos usuários e sempre compensa em longo prazo. Nossa empresa tem investido por mais de 60 anos em processos produtivos que permitem a fabricação de esteiras de alta qualidade e precisão. Possuímos o maior número de patentes nesse setor. O cliente que investe em equipamentos de qualidade e tecnologia sempre obtém vantagem em longo prazo”. No entanto, há empresas que não se preocupam com esse fato e fisgam o dono de frigorífico ou abatedouro com preços baixos, mesmo que o produto apresente uma qualidade inferior, o que acarretará em maior custo em médio e longo prazo para o cliente. Para obter um preço de venda baixo, alguns fabricantes optam por utilizar peças de qualidade inferior, menos resistentes ou negligenciam em aspectos básicos do projeto como na acessibilidade a manutenção e higienização ou em dispositivos de segurança operacional. Outras empresas vendem seus equipamentos a preços mais acessíveis, mas não investem em uma estrutura adequada de serviços pós-venda, como a assistência técnica ou o fornecimento de peças de reposição. De acordo com Fernando Baldini, gerente de tecnologia e engenheiro de alimentos da Poly-clip, para o cliente, “o preço inferior, que poderia configurar a primeira vista como uma boa opção de compra, se desfaz em pouco tempo após sua aquisição. Se o equi-

pamento apresenta componentes de qualidade inferior, estes devem ser repostos de forma mais frequente, resultando em maiores paradas de produção, maiores perdas de produtos e embalagens, bem como, maiores gastos de manutenção”. O gerente de tecnologia e engenheiro de alimentos da Poly-clip afirma que existem outros custos e despesas ocultas que muitas vezes podem superar o valor inicial investido, na opção errada, por um equipamento de baixa qualidade: • Quanto custa aquele pedido que não foi possível atender por falhas no seu equipamento e que acabou caindo nas mãos de seu concorrente? • Qual o prejuízo da imagem de sua empresa com a necessidade de aceitar a devolução de um lote de produto inadequado devido a problemas com seu equipamento? E se isto causou algum problema de saúde em seus consumidores? • Não há valor que pague o acidente ocorrido com seu colaborador por falha de um dispositivo de segurança do equipamento que não atuou conforme deveria. • Quanto custa os afastamentos constantes por problemas físicos causados nos seus operadores porque o equipamento não apresenta um projeto ergonômico adequado? Segundo Baldini, o mesmo acontece com os materiais de consumo. Por exemplo, os custos relativos aos grampos e laços aplicados nas extremidades das peças de embutidos geralmente são inferiores a 1% do custo total do produto. Dessa forma, de nada vale utilizar um grampo de qualidade inferior, mais econômico,

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Capa

se suas características de dureza e resistência não estão perfeitamente ajustadas ao equipamento e ao produto que está sendo processado. Além dos inconvenientes de constantes paradas de produção por fechamento inadequado das embalagens, ocasionará maiores despesas com perdas de materiais, reprocessamento e maior manutenção dos equipamentos causando prejuízos maiores nas trocas frequentes de peças. “Isso sem contar os danos potenciais contra a marca e credibilidade do fabricante, caso seus produtos cheguem ao mercado com falhas no fechamento, colocando em risco a saúde dos consumidores. Na hora de escolher o sistema de grampeamento, o fabricante deve levar em consideração o fornecedor que lhe apresentar o melhor conjunto de soluções, ou seja, equipamentos modernos, de fácil higienização, com bom desempenho e produtividade, baixa manutenção, consumíveis de qualidade assegurada, no caso grampos e laços, e assistência técnica qualificada”, diz o gerente de tecnologia e engenheiro de alimentos da Poly-clip. A compra de equipamentos de melhor qualidade apresenta diversas vantagens, como explica Volmir da Silva, gerente comercial da Montemil, ao definir a importância para a indústria privilegiar esse maquinário em detrimento aos de baixa qualidade, mas que em curto prazo são mais baratos: “As vantagens são inúmeras, cintando algumas, temos a automação dos processos com a redução da mão de obra; podemos falar das garantias de processo sem paradas, onde o nosso cliente pode assegurar seus compromissos de produção sem riscos; a qualidade e padronização e apresentação dos produtos; o atendi-

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mento das normas de qualidade e segurança, que hoje são cruciais para a operação destes equipamentos nos processos de produção. Também podemos falar da flexibilidade dos mesmos, onde podemos trabalhar com altos volumes de produção em curtos espaços de tempo. Quanto a investimentos de baixos valores em curto prazo, estes já não oferecem as garantias citadas acima, sem falar do investimento que em pouco tempo acaba se deteriorando”. A má qualidade de um equipamento pode ser extremamente prejudicial para a indústria de carnes, principalmente, porque o produto é perecível. Conforme Anderson Machado, da área de Engenharia de Aplicação da Full Gauge Controls, um termômetro ou controlador “em más condições ou instalados de maneira incorreta podem acarretar em danos incalculáveis, pois se trata de uma peça chave na conservação de produtos perecíveis. Também existem no mercado muitas opções disponíveis de marcas, mas pouquíssimas com controles rígidos de qualidade na fabricação, certificações internacionais, acompanhamento técnico eficiente, suporte ao cliente, treinamentos para capacitações e possibilidade de gerenciamento à distância. É importante observar tudo isso na escolha do termômetro, além de ter um técnico capacitado realize avaliações periódicas nas instalações para evitar transtornos”. Ao pensar no custo, os ganhos no processo de produção devem sempre ser levados em conta. “Os equipamentos de boa qualidade, em curto prazo no processo de produção serão mais baratos em função de sua melhor eficiência e maior produtividade. Equipamentos com qualidade reduzida, que em alguns casos podem apresentar inicialmente


a capacidade planejada, demonstram menor eficácia, ou seja, atendem a capacidade, mas com maiores perdas produtivas. Além disto, os equipamentos de boa qualidade terão seu valor diluído em um período maior e as manutenções corretivas serão menos frequentes e consequentemente haverá redução das paradas de produção em função da sua maior confiabilidade”, afirmou Wagner Weirich, da área de marketing da Frinox. Além da tecnologia, custos de produção e possível prejuízo com a matéria-prima, a segurança é fator importante para ser observada ao escolher o equipamento, como relata José Roberto Martins, da Protervac: “Sempre a utilização de equipamentos de boa qualidade trará segurança, não só na qualidade do produto, quanto na perfeição do processo. O fato é que muitas empresas, por falta de interesse e exigência equivocada do mercado, fazem o fator custo ilusório ser o primeiro item da lista, provocando a baixa qualidade dos produtos, que hoje é observado pelo pessoal da velha guarda e admirado pelos profissionais do futuro”. Outro fator de segurança é com relação às luminárias de emergência. Esses equipamentos demonstram o seu devido valor ao evitar uma fatalidade. Mayron Eliton dos Santos, da SpotLight, afirma: “As luminárias de emergência são equipamentos de segurança de grande importância, um equipamento de boa qualidade pode fazer toda a diferença entre se ter uma evasão do ambiente de forma ordenada e segura, quanto ao verdadeiro caos. Muito se fala em falta de energia, porém num caso de sinistro como num incêndio a iluminação de emergência tem papel fundamental na ação dos bombeiros e socorristas, pois é ela que ilumina-

rá rotas de saída, dará dimensão do ambiente, sinalizará pontos e equipamentos perigosos e amenizará a sensação de pânico”. De acordo com Leonardo A. de Souza, assistente de vendas e orçamentos da Haarslev, o abatimento da despesa operacional é o melhor atributo ao comprar um equipamento de boa qualidade: “Acredito que a maior vantagem é redução de custo operacional. Quanto maior o nível de automação, menos funcionários na planta precisará. Quanto maior a robustez, menor a manutenção e troca de peças”. Juliano Farina, da Tecmaes, diz que “o que acontece com equipamentos de baixa qualidade é que com o desgaste de uso acabam ficando parados na linha de produção, já que normalmente não há assistência técnica e peças de reposição para a manutenção”. Já para Tarcisio Barbosa, gerente de vendas da Bettcher do Brasil, a escolha por um equipamento de boa qualidade, mesmo que mais caro, se dá por causa do controle total da operação, da fácil adaptação para os novos operadores e do serviço de cobertura permanente a nível nacional. Por fim, segundo Bernardo Ronchetti, da Termorpol, apesar das qualidades ao adquirir um bom equipamento, a finalidade do investimento é algo importante de ajuizar: “Tudo depende do objetivo do investimento. Plantas de baixo custo que servem apenas para uma demanda de dois ou três anos nem mesmo se pagam, mas são opções de investimento e tomada do mercado dos produtores. Isso ocorre e muito, mas depois querem que isso vire uma planta de longa duração, aí começam os altos custos de reposição, em manutenção e as perdas do processo por falhas, da refrigeração ou mesmo da falta de supervisão e controle”.

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Frigorífico

Terreno onde será construído o frigorífico

Frimesa investirá em

novo frigorífico C omo o planejamento estratégico de longo prazo da Frimesa projeta um crescimento anual médio de 12% nos próximos 10 anos, o principal investimento projetado da empresa é implantar um novo frigorífico de suínos. O conselho administrativo, em reunião realizada em 17 de dezembro de 2014, deliberou

Conselho administrativo da Frimesa

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que o empreendimento deveria ser localizado no município de Assis Chateaubriand, no oeste paranaense. Além disso, aprovou a aquisição de uma área de 47,5 alqueires as margens da PR 239, na Vila Engenheiro Azauri – local que fica a 10 km da cidade de Assis Chateaubriand. A capacidade de abate de industrialização será de 7.000 cabeças por dia até 2022. Em 2030, serão acrescidas mais 7.000, totalizando 14.000 suínos por dia. O investimento será de R$ 450 milhões na primeira etapa e mais R$ 300 milhões na segunda etapa. Os projetos serão concluídos em 2015 e o início da implantação será em 2016. De acordo com a empresa, serão gerados 3.500 empregos diretos na fase inicial e mais 2.000 na segunda etapa, além de outros 2.500 indiretos em toda a cadeia produtiva.


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Economia

Valor da Produção Agropecuária previsto para 2015 é de R$ 477,5 bilhões Na pecuária, a carne bovina apresenta crescimento de 10,4%

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Valor Bruto da Produção (VBP) de 2015, estimado com base nas informações de janeiro, deve atingir os R$ 477,5 bilhões, o que representa 1,1% acima do obtido em 2014, que foi de R$ 472,5 bilhões. De acordo com a Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), o total das lavouras representa R$ 292,9 bilhões e da pecuária, R$ 184,6 bilhões. Essas estimativas são preliminares, visto que ainda não há informações completas para alguns preços, em 2015, e os dados de produção referem-se a janeiro. Na pecuária, o melhor desempenho tem sido obtido pela carne bovina, que tem previsão para crescer 10,4% no faturamento, com relação a

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2014. Em segundo lugar está a carne suína, com 3,8%, seguida pela carne de frango, com 3,5% e ovos, com 3,3%. Apenas o leite apresenta resultado negativo, com queda de 1,2%. Resultado regional Os resultados por região mostram que o Sudeste continua na liderança do VBP; seguido pelo Sul e Centro-Oeste. Em quarto lugar está o Nordeste e, por último, o Norte. Segundo a AGE, ainda não há significativas alterações nos resultados em relação ao ano passado. “A maior alteração observada é no Espírito Santo, onde a seca nos meses de janeiro e fevereiro deve provocar forte queda na produção com repercussão sobre o valor produzido”, comentou Gasques.


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Brasil

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Brasil

Rabobank:

perspectivas para o agronegócio em 2015

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Rabobank Brasil divulgou o estudo “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2015”, que apresenta as previsões para o ano das principais commodities produzidas no país, entre elas bovino, suíno, frango etc. De acordo com o relatório, o cenário macroeconômico para o Brasil, em 2015, é desafiador. Juros elevados e a inflação persistente, juntamente com a necessidade de ajustes nas contas públicas, devem refletir no crescimento

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econômico. A desconfiança gerada pela perspectiva ainda negativa no mercado interno, aliada às expectativas de elevação dos juros nos EUA, indica que a tendência de enfraquecimento do real contra o dólar deve continuar. BOVINO As perspectivas para a carne bovina brasileira, em 2015, são de um bom posicionamento da produção nacional no cenário internacional com a possível abertura do mercado norte-


-americano para a carne in natura, a retomada dos envios para a China e a redução do rebanho de concorrentes diretos do Brasil, como os Estados Unidos e a Austrália. Internamente, a tendência aponta para a manutenção de preços elevados para a carne bovina, o que poderá influenciar o consumidor a migrar para produtos substitutos mais baratos, como o frango. Para o produtor, a demanda por bezerros deverá se manter firme, em 2015, impulsionada pelos altos níveis de preços para a arroba do boi gordo. FRANGO O Rabobank prevê um ano favorável para a carne de frango brasileira, em 2015, com oportunidades de conquista de novos mercados e do aumento no comércio com a Rússia. Por outro lado, a produção dos Estados Unidos deve acirrar a competição da carne brasileira no mercado externo. No mercado doméstico, os altos patamares

de preço da carne bovina, principal concorrente do frango, deverão favorecer o aumento do consumo. Outro ponto positivo são as boas perspectivas para o consumo de empanados e processados no país. SUÍNO As perspectivas para a carne suína brasileira, em 2015, são positivas, principalmente com relação às exportações, com a possibilidade de abertura de novos mercados – como o México, a Coreia do Sul e a Colômbia –, além da oportunidade de consolidação em outros mercados pouco explorados, como o Japão. Com o cenário global oportuno e o crescimento da demanda interna, a produção nacional deve apresentar um crescimento de 3,5%. No mercado doméstico, a expectativa é de que o crescimento no consumo de processados e de cortes especiais seja maior do que o de carne in natura, o que favorecerá as empresas com foco em produtos de maior valor agregado.

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Brasil

Bloqueios nas estradas provocam

perdas ao setor A s paralisações nas estradas que escoam a produção da avicultura e da suinocultura da região Sul do país já apresentam sua conta: são cerca de R$ 700 milhões em prejuízos, de acordo com estimativas preliminares da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Conforme cálculos da entidade, em torno de 70% da capacidade de abate do Sul (que é maior produtora de aves e suínos do país) fo-

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ram afetados nos dias mais graves do bloqueio. Com isto, a distribuição da ração para as granjas, o encaminhamento de aves e suínos para o abate e a liberação das cargas prontas para exportação e para o abastecimento das gôndolas dos supermercados no Brasil foram afetados. Desde o início dos impactos dos bloqueios, registrados pelas agroindústrias em 21 de fevereiro, cerca de 60 unidades frigoríficas apresentaram desaceleração ou suspensão total da produção.


Nesse cenário, a continuidade de alguns bloqueios em estradas, ainda registradas pela Polícia Rodoviária Federal, mantém as agroindústrias produtoras de aves e suínos em estado de atenção, segundo o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. Conforme explica, várias plantas retomaram os abates após o cumprimento das liminares obtidas pela ABPA, pelas empresas, pela Advocacia Geral da União (AGU) e as procuradorias-gerais dos estados produtores. Entretanto, alerta o presidente da ABPA, ainda há unidades paradas. “Tivemos conhecimento de mais uma planta que suspendeu o abate. Outras estão receosas em retomar as atividades e enfrentar nova paralisação, que é mais oneroso que manter a planta suspensa. Há pouco também soubemos de problemas que exportadores estão enfrentando em portos. Estamos em estado de alerta, mesmo com a redução do número de bloqueios pelo país”, explica o presidente-executivo. MESMO COM BLOQUEIOS NAS ESTRADAS, EXPORTAÇÕES DE CARNE DE FRANGO CRESCEM 1,6% EM FEVEREIRO Levantamentos da ABPA mostraram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando frango inteiro, cortes, salgados, processados e embutidos/enchidos) atingiram 302,1 mil toneladas em fevereiro, resultado 1,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 297,2 mil toneladas. Apesar do desempenho positivo em volume, houve redução de 6,7% na receita cambial do setor do segundo mês do ano, com US$

518,1 milhões. Já em Reais, houve crescimento de 10,3%, chegando a R$ 1,458 bilhão. “O saldo dos embarques no mês poderia ter sido ainda superior, caso não tivéssemos enfrentados os gravíssimos problemas decorrentes dos bloqueios dos caminhoneiros nos principais polos de produção e exportação de carne de frango no país”, destaca Turra. No acumulado do ano, houve queda de 4,2%, em 2015, com total de 579,8 mil toneladas embarcadas. Com este desempenho, os exportadores de carne de frango obtiveram receita cambial de US$ 1,01 bilhão, número 10,6% inferior ao total alcançado entre janeiro e fevereiro de 2014. Em compensação, em Reais houve elevação de 2,4% nos resultados do setor, chegando a R$ 2,761 bilhões. “Este desempenho foi fortemente influenciado pelos resultados de janeiro, quando registramos quedas de quase 10% em volumes e de 14,3% em receita. A diminuição do saldo negativo no acumulado do ano indica retomada dos níveis dos embarques, que poderá ser ainda melhor em março”, ressalta Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.

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Brasil

Boas práticas

de manejo Profissionais são capacitados com boas práticas de manejo durante o carregamento de aves; medida garante bem-estar animal e qualidade final do produto

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ara garantir o bem-estar dos frangos e reduzir as perdas de qualidade, geradas por problemas como contusões, hematomas, fraturas e mortalidade, a Cooperativa Central Aurora Alimentos em parceria com a FAI do Brasil e o Sebrae/SC, criou o Programa de boas práticas de manejo durante o carregamento de aves. O carregamento de aves, também conhecido como fase de apanhe ou pega, é uma das etapas mais importantes durante o processo de produção de frangos. Isso porque nesse está-

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gio de pré-abate, todo o cuidado para criar o animal pode ser comprometido tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista ético com relação ao bem-estar das aves. Nesse sentido, foi elaborada uma capacitação prática de carregamento de aves do Brasil. Com o apoio do Sebrae/SC, o treinamento que inicialmente era teórico passou por uma readequação e atualmente também conta com atividades práticas desenvolvidas no interior dos aviários no carregamento dos frangos. Durante o treinamento teórico, as equipes aprendem a importância do bem-estar dos frangos, a forma correta de pegar e colocar as aves dentro das caixas e como solucionar problemas que possam encontrar durante o trabalho. A capacitação contempla a identificação de problemas inerentes ao processo e como solucionar falhas dentro das equipes que possam comprometer o frango e o produto final. A parte teórica é realizada, de forma clara e objetiva, explorando a realidade dos próprios participantes no conteúdo do treinamento.


Na etapa prática, os colaboradores são estimulados a realizar as atividades de apanhe para observar as diferenças entre as formas de pegar uma ave e as várias maneiras de manusear as caixas. No local é realizado o manejo durante uma carga do carregamento e todo processo é realizado da melhor maneira possível, desde o momento em que as caixas são retiradas do caminhão até o carregamento das caixas cheias de frangos. Todas as etapas são abordadas e o operador passa a compreender que um manejo calmo, adequado e eficiente é mais rápido e mais fácil de ser realizado. Para o zootecnista da FAI do Brasil e responsável pelos treinamentos das equipes, Victor Lima, o objetivo da capacitação é conscientizar os colaboradores de carregamento de frango que as boas práticas durante o manejo fazem a diferença para as aves, a produção e o próprio colaborador. “O profissional precisa compreender que é uma peça-chave do processo e que as boas práticas de manejo são uma ferramenta para melhorar o trabalho que realiza diariamente”, ressalta Lima. RESULTADOS O Departamento de Apoio Agropecuário da Cooperativa Central Aurora Alimentos, conta com uma área exclusiva de profissionais responsáveis pelo bem-estar dos animais, e nessa parceria, o programa capacitou 100% dos colaboradores envolvidos com o processo de carregamento de frangos, por meio de 17 treinamentos teóricos e 59 capacitações práticas. Atualmente a cooperativa conta com duas empresas terceirizadas, Desincete e Quality, que realizam o carregamento de aves. A intenção é que com a capacitação das equipes ocorra uma padronização da fase de carregamento e uma conscientização sobre a importância do

bem-estar dos animais nessa etapa. A profissionalização das equipes é fundamental para garantir a qualidade e se adequar às novas exigências durante o processo. Segundo a equipe do Departamento de Apoio Agropecuário, a missão da Aurora é valorizar a qualidade de vida no campo e da cidade por meio da produção de alimentos de excelência, sendo que o treinamento e a sensibilização dos funcionários e dos técnicos são as formas mais rápidas de se atingir esse objetivo. Além do treinamento de carregamento de aves, outras atividades merecem destaque no departamento, pois anualmente são realizadas capacitações de abate humanitário nas unidades de aves e suínos para equipes envolvidas no manejo dos animais e cursos de boas práticas com os motoristas responsáveis pelo transporte dos animais vivos. EXIGÊNCIA No mercado é possível identificar consumidores que estão atentos com as boas práticas pecuárias, em especial o bem-estar animal. Hoje já existem auditorias nacionais e internacionais específicas de bem-estar animal durante todo o processo de produção. Antecipar possíveis exigências com relação ao processo de produção permite mais tempo para a empresa adequar todo o seu sistema.

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Índice de Anunciantes

Bumerangue................................................................17 Cold Air............................................................... 4ª capa Daxia Doce Aroma.......................................................11 Haarslev.......................................................................31 Handtmann...................................................................9 Jamar...........................................................................29 Montemil.....................................................................19 Nutri.com....................................................................27 Nyroplast............................................................. 3ª capa Perfor..........................................................................13 Poly-clip.........................................................................5 Stelka............................................................. 2ª capa / 3 Tecnoalimentos............................................................41 Tripa-Rio......................................................................15 Unirons........................................................................23 50


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Especial

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