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EXPEDIENTE
EDITORIAL
PROGRESSO PReSiDente Edmilson Jr. Caparelli edmilsoncaparelli@grupomidia.com aDMiniStRativo e FinanCeiRo Lúcia Rodrigues lucia@grupomidia.com MaRKeting e eventoS Erica Alves erica.alves@grupomidia.com
PUBliSHeR Edmilson Jr. Caparelli ReDaÇÃo Priscila Soares priscila@grupomidia.com Thiago Cruz thiagocruz@grupomidia.com FotoS Banco de imagens Jailson Rainer Jo Capusso (capa/matéria de capa) Priscila Soares DePaRtaMento De aRte Criação e Diagramação: Erica Alves DePaRtaMento CoMeRCial Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com Jailson Rainer jailson@grupomidia.com Joyce Anne Matta joyce@grupomidia.com Matheus Del Lama matheus@grupomidia.com aSSinatURaS e CiRCUlaÇÃo assinatura@grupomidia.com oPeRaÇÕeS Departamento Jurídico juridico@grupomidia.com Pesquisa - Global Pesquisa Suporte e Atendimento on-line suporte@grupomidia.com
atendimento ao leitor
NECESSÁRIO N
os trilhos da evolução, o setor da saúde percorre em velocidade acelerada. São investimentos exteriores, altas exportações e principalmente a busca pela tecnologia para os ambientes hospitalares. A renovação de equipamentos e softwares são requisitos imprescindíveis hoje em dia em um ambiente corporativo. No campo da saúde, esse fator não se difere. Para exemplificar essa situação a Healthcare Management traz como reportagem de capa os atuais investimentos e melhorias feitas no setor de TI do hospital Israelita Albert Einstein. E na mesma editoria, uma entrevista exclusiva com o novo presidente da Associação Brasileira CIO em Saúde (ABCIS). Ainda nesta linha da busca pela qualidade, a publicação destaca as vantagens da certificação do Programa de Acreditação dos Laboratórios Clínicos (PALC) emitida pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC/ ML).
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A revista healthcare Management é uma publicação bimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional. Rua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirânia - Cep:14096-290 Ribeirão Preto-SP - Tel: (16) 3629-3010 www.grupomidia.com
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A revista aborda um amplo panorama de associações que vem desempenhando um papel de suporte no setor de saúde. São entidades ligadas à várias especialidades clínicas. Para seguir esse roteiro de excelência, um suplemento especial mostra a cobertura completa da 19ª Feira hospitalar. Esta seção possui uma matéria com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e gestores de empresas que foram destaques em um dos maiores eventos da América Latina. Várias práticas inovadoras integram o conteúdo deste exemplar, como o método homeCare - tratamento domiciliar que vem oferecendo resultados satisfatórios aos pacientes do Brasil. Outra novidade da edição é a coluna “Saúde 10”, abordando questões de interesse da gestão médica e industrial. Boa leitura! edmilson Jr. Caparelli Publisher
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NESTA EDIÇÃO
JUNHO-JULHO FORMAÇÃO
PONTO DE VISTA
10 Apoio aos deficientes ABRIDEF informa crescimento de mais de 200% em número de associados
38 Aprimorando a formação Curso de MBA em Saúde qualifica participantes para agirem à frente dos desafios da gestão
40 Exemplo de suporte Diretoria da Federassantas aponta o amplo apoio da federação às entidades assistenciais de Minas Gerais
HEALTH-IT
ESPECIAL
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Na luta pela regulamentação
45 Tecnologia na saúde
Dr. Joaquim Nogueira da Cunha, presidente da Abotec explica a importância da fiscalização da classe de ortesistas e protesistas no Brasil
Ricardo Santono, diretor de TI do Hospital Albert Einstein descreve detalhes do setor de informática da instituição
FOCO NA
GESTÃO ADMINISTRAÇÃO
ACREDITAÇÃO
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31 Grupo Santa Casa de BH
Solução da qualidade
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) estabelece caminhos para a excelência de instituições do setor saúde
Modelo de gestão de instituição poderá ser adotado pelo Ministério da Saúde em outras entidades brasileiras
22 Certificação do PALC
34 Renovação na gestão
Três laboratórios destacam a importância da certificação do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), para conquista de resultados satisfatórios
Dra. Karin Schmidt assume a diretoria administrativa da Fanem e relata planos para gestão da empresa
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51 Integração de profissionais O gestor David Oliveira ressalta a expectativa de assumir a presidência da Associação Brasileira CIO Saúde e direção de tecnologia do Hospital Sepaco
54 Conexão para o futuro InterSystems apresenta estratégias tecnológicas para melhorar o atendimento da saúde em vários setores
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ESPAÇO
MODElO
MÉDICO
DE ATENDIMENTO
SUPORTE
58 Tecnologia revolucionária Aparelhos menores, discretos e com recursos digitais oferecem autonomia e liberdade para quem enfrenta limitação auditiva
HOME CARE
102 Dentro de casa Diante do mercado competitivo, ‘Home Care’ completa 25 anos de história no Brasil com o surgimento de novas empresas desse setor
61 Preocupação necessária Dr. Marcelo Hueb, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial cita pontos positivos da sua gestão na entidade e comenta que o Brasil é carente de profissionais do setor ESCOlHA
CERTA ESTRUTURA
94 Segurança hospitalar
64 ESPECIAl HOSPITAlAR 2012
SAúDE
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pontuando a gestão
104 Boas práticas de fabricação Diretor administrativo da Associação Brasileira de Empresas Certificadas com Boas Práticas de Fabricação, Armazenamento e Distribuição (ABECbpfad) revela passo a passo dos processos industriais no País
Certificadas pela LGA devido às propriedades de higiene, substâncias usadas por empresas de construção são ideais para hospitais
66 Balanço da feira 70 Grupo Mídia 74 philips
76 agfa 78 Maquet 79 sisnacMed 80 sismatec 82 WeM
ALTA NOS
NEGÓCIOS
84 steris
INDÚSTRIA
86 centro serviços
98 Mercado variável
87 Biosensor
Presidente do Conselho de Administração e Gestão da Abraidi, analisa cenário brasileiro de produtos médicos e diz que setor encontra barreiras ‘técnicas’ ao pagamento dos implantes
PONTO
101 Além do Reconhecimento
106 Em falta no mercado
Instituição da saúde apresenta vantagens da participação na Abraidi
Associação Brasileira de Imunizações alerta que procura por proteção contra a Gripe H1N1 aumentou no Brasil em decorrência de mortes
88 Bioclin
FINAL
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89 cisa 90 albert einstein 92 abimed
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DIAS Fotos: Divulgação
PREVENçãO
Gestores debatem impactos do diagnóstico de câncer O hospital A.C.Camargo realizou o “III Workshop de Saúde Corporativa”, evento que abordou a prevenção e o diagnóstico do câncer de mama, além de temas como suporte emocional à paciente em tratamento e a busca pela felicidade pelas mulheres que passaram por esta experiência. Palestras ficaram a cargo da Mastologista, Maria do Socorro Maciel e dos psiquiatras Maria Teresa Lourenço e Flávio Gikovate.
INVESTIMENTO INOVAçãO Ministro da Saúde conhece novo visual da Healthcare O Ministro da Saúde Alexandre Padilha visitou a Feira e Fórum hospitalar 2012 e teve a oportunidade de conhecer o novo visual da revista healthcare Management, publicação editada pelo Grupo Mídia, que tem se consolidado no mercado da saúde nacional nos últimos anos. Ao ler a revista, ele conferiu algumas reportagens e até comentou sobre a importância dos sistemas de certificações – assunto abordado na 18ª edição.
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Dilma anuncia investimento de R$ 2,7 bi para construção de UPAs A presidente Dilma Rousseff disse em julho, que o Governo Federal vai investir R$ 2,7 bilhões na construção de 900 unidades de Pronto Atendimento (uPAs) até 2014. Atualmente, 200 unidades atendem R$ 2 milhões de pessoas por mês em todo o país. Além de melhorias nas uPAs, o Governo prevê investimentos de R$ 3,5 bilhões para construir e equipar quase 4 mil unidades básicas de saúde e reformar e ampliar 21 mil em todo o País.
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DESTAQUES
DO SETOR
FuSãO Rede D’Or São luiz anuncia fusão com Grupo Santa lúcia A Rede D’Or São Luiz, maior operadora de hospitais do Brasil, assinou em maio, o contrato de associação para fusão das operações da Rede D’Or com o Grupo Santa Lúcia, localizado no Distrito Federal. O acordo prevê que a gestão do Grupo Santa Lúcia continuará sob o comando do Dr. José Leal. A operação foi assessorada por um banco privado e pelos advogados das duas instituições.
RECuRSOS Governo libera R$ 50 milhões para HC e Incor O Ministério da Saúde anunciou no mês de julho, que vai liberar R$ 50,5 milhões para o hospital das Clínicas (hC) de São Paulo e o Instituto do Coração (Incor), além de ter firmado convênio de R$ 8 milhões com o Instituto do Câncer para a compra de equipamentos de cirurgia robótica. Os investimentos buscam reduzir o tempo de espera por cirurgias eletivas.
APOIO Na RIO+20, chefes de Estados reforçam compromissos contra a Aids O documento final da Conferência das Nações unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, feito no final de junho, possui oito artigos que tratam especificamente de saúde. O texto destaca como metas o combate a Aids, tuberculose, gripe e doenças crônicas. Os mais de 100 chefes de Estado presentes no evento registraram no documento o seu compromisso em redobrar esforços para alcançar o acesso universal à prevenção, tratamento, cuidado e apoio para o hIV. HEALTHCAREManagement 19
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PONTO
DE VISTA ENTREVISTA
Defesa do setor ABRIDEF informa crescimento de mais de 200% em número de associados em dois anos de atividades Fotos: Divulgação
rodrigo rosso, presidente da abrideF com a assessora parlamentar rita mendonça, a deputada Federal rosinHa da adeFal e a superintendente eXecutiVa da abrideF, mara di maio.
E
m busca de adequações e melhorias constantes, o mercado hospitalar precisa de soluções eficazes para centenas de problemas, um deles envolve pacientes com deficiências que frequentam os hospitais por longas horas. Com a proposta de apresentar novas medidas e apoio para essas pessoas, foi criada no Brasil há dois anos a Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (ABRIDEF). A reportagem da Healthcare Management conversou com o presidente da entidade, Rodrigo Rosso, que revelou alguns desafios e novidades da associação. a associação Brasileira das indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (ABRIDEF) foi fundada quando e com qual objetivo? Rodrigo Rosso: A Associação foi fundada em abril de 2010, durante a 10ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e
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Acessibilidade (REATECh), em SP, dentro do estande do Governo Federal, objetivando agir como órgão de representação, coordenação, fomento, defesa, informação, mediação e consulta, promovendo a aproximação das empresas do setor, lutando pelos seus associados de forma a incrementar suas relações comerciais, políticas
e promocionais. A ABRIDEF é uma entidade “patronal” e não assistencialista, porém, todas as suas conquistas, obviamente, acabam por beneficiar seu principal foco: o consumidor com deficiência. Quais são os principais benefícios da ABRIDEF? Rosso: Além dos benefícios diretos que esta entida-
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DEFESA
DO SETOR
de oferece por meio de seus convênios e parcerias aos associados - um dos focos de nosso trabalho em defesa dos interesses do setor a empresa associada ainda pode concorrer à certificação para o Selo de Qualidade ABRIDEF. Isso certamente reforçará ainda mais sua credibilidade no mercado e credenciará a empresa e seus produtos junto ao consumidor final e aos órgãos compradores como o governo, por exemplo. Em 2011, com um pouco mais de um ano de vida, a ABRIDEF recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em reconhecimento aos nossos trabalhos e sua importância para com o setor e a sociedade; firmamos parcerias com Órgãos e Entidades de grande representatividade, como por exemplo, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); participamos da luta, juntamente com entidades, lideranças do setor e Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, e conseguimos a prorrogação, até dezembro de 2012, do Convênio que isenta o ICMS na compra de veículos zero km para pessoas com defi-
ciência; também foi obtida a ampliação da isenção para o não condutor com deficiência, a partir de 2013 - esse foi um grande passo em nosso setor, além de ajudar e participar ativamente em diversas conquistas para as pessoas com deficiência nesses dois anos de vida. Além da parceria com o governo municipal e estadual, temos ainda uma parceria bastante forte com o Governo Federal, contando com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, composta por senadores e deputados federais. Somos uma das entidades parceiras do plano lançado pela nossa presidente Dilma Rousseff, denominado “Viver Sem Limite” que, por sua vez, por meio de ações estratégicas em educação, trabalho, saúde, assistência social e acessibilidade, visa à inclusão so-
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cial, bem como fortalecer a participação da pessoa com deficiência como cidadã efetiva, promovendo a sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso constante e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços a todos disponíveis. O plano, que a ABRIDEF participou e participa auxiliando o governo, prevê fomento para pesquisa de novas tecnologias direcionadas para pessoas com deficiência, fomento para o crescimento da indústria com verba da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e ainda, linhas de crédito específicas do Banco do Brasil para produtos para pessoas com deficiência, aumentando o poder de compra e fazendo movimentar de forma sustentada toda a cadeia produtiva. Também nesses dois anos de vida, participamos de
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PONTO
DE VISTA ENTREVISTA grandes eventos, como Feira REATECh, Feira hospitalar e o Congresso Internacional da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC). Apoiamos o evento “Copa For All”, que foi realizada em junho no Teatro Vivo/ SP – sobre acessibilidade na Copa do Mundo. Fomos à Feira REACESS no Rio de Janeiro que ocorreu em julho, e participaremos ainda da Feira / Fórum Reabilitação, promovida pelo Grupo hospitalar, de 15 a 17 de agosto e outros eventos no segundo semestre. Todo esse enganjamento contribuiu para o crescimento de mais de 200% em número de associados em dois anos de
diretos e mais aproximadamente 400 indiretos, através de entidades parceiras, como a ABOTEC e a Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva (ABTECA).
A ABRIDEF é uMA ENTIDADE “PATRONAL” E NãO ASSISTENCIALISTA, PORéM, TODAS AS SuAS CONQuISTAS, OBVIAMENTE, ACABAM POR BENEFICIAR SEu PRINCIPAL FOCO: O CONSuMIDOR COM DEFICIÊNCIA. atividade. Temos muito o que realizar ainda, pois este é um setor carente de benefícios e de padronização, organização e profissionalização. Quantos associados fazem parte da ABRIDEF? Rosso: hoje contamos com cerca de 50 associados 12
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Qual avaliação da sua gestão na associação? Rosso: Primeiramente, ter sido eleito para esse primeiro mandato da entidade, além de ser uma honra, foi um grande desafio. Pegar uma entidade nova, com tantos objetivos e propósitos, para praticamente montá-la, criar suas necessidades, dar corpo
inclusive físico para a ABRIDEF, organizar e orientar cada passo inicial foi muito gratificante. E está sendo ainda. é um trabalho que requer muita dedicação, mas estamos colhendo os frutos muito rapidamente, mais até do que eu próprio imaginava, pelo pouco tempo de vida da entidade. A ABRIDEF já é hoje a principal referência do setor patronal para a pessoa com deficiência. A entidade mãe. Aquela que congrega debaixo do seu guarda-chuva todas as empresas, indústrias, revendedores, lojistas, distribuidores, profissionais, consultores, e outras entidades de segmentos específicos dentro do nosso setor, sejam elas patronais também ou não. A avaliação destes dois anos à frente da associação é mais do que
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DEFESA
DO SETOR
positiva. E nossos desafios não terminam por aqui. Ainda tenho, particularmente, mais três anos de mandato, e quero deixar ainda muito mais feitos e conquistas para o nosso setor quando puder passar o bastão ao meu sucessor ao final desses cinco anos de trabalho. Mais do que avaliar os meus anos de gestão, prefiro que o mercado, os associados e o setor façam essa avaliação pelas conquistas que alcançamos e ainda vamos alcançar. Quais seus principais planos para os próximos meses à frente da associação? Rosso: Faltam ainda três anos de mandato como presidente. Nosso maior objetivo, neste momento, é a implantação do selo de qualidade ABRIDEF que, em parceria com um dos maiores institutos certificadores do Brasil (Instituto Totum, o mesmo que fez a certificação da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) - e outros grandes modelos de selos de qualidade setorizados com entidades importantes), elaboramos um plano para certificar as empresas do setor. O projeto foi lançado oficialmente na 11ª REATECH, em abril deste ano. E dependemos do apoio do Governo Federal para colocarmos em prática.
Os contatos estão bastante avançados e os trabalhos de implantação do selo já começaram. Apesar do crescimento do mercado verificado nos últimos anos e da movimentação de mais de R$
a primeira de quatro anos, em que as empresas poderão pleitear a certificação de produtos como aparelhos auditivos convencionais, cadeiras de rodas manuais e motorizadas, componentes para próteses, lupa eletrônica e manual, órteses e
“Em 2011, com um pouco mais de um ano de vida, a ABRIDEF recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em reconhecimento aos nossos trabalhos e sua importância para com o setor e a sociedade”
3,5 bilhões anuais que o setor produz para nossa economia, não há certificação oficial para nenhum produto fabricado para atender pessoas com deficiências, ou mesmo para serviços. O setor conta com mais de 7,5 mil empresas que atuam na área da saúde, reabilitação, inclusão e acessibilidade, de acordo com levantamento realizado em 2011 pela ABOTEC. O Inmetro anunciou que certificará cadeiras de rodas, em um primeiro momento, mas o trabalho ainda não foi adiante. E nós, em parceria e seguindo as mesmas diretrizes do Inmetro, estamos implantando nosso selo. O plano prevê várias fases,
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plataformas residenciais e veiculares. A lista foi escolhida nesta primeira etapa de certificação porque envolve produtos que o governo mais licita e compra. A ideia é que, no futuro, sejam incluídas nas licitações as normas utilizadas para a obtenção do selo, garantindo para o próprio governo a aquisição de produtos com real qualidade. Na fase inicial também poderão pleitear a certificação empresas de serviços, como consultorias em acessibilidade, lojas de produtos e equipamentos médico-hospitalares e oficinas ortopédicas. A ABRIDEF será encarregada de elaborar as normas
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PONTO
DE VISTA ENTREVISTA que deverão ser seguidas, obedecendo à regulamentação e normas técnicas já existentes, tanto brasileiras quanto estrangeiras, e credenciar os laboratórios e empresas certificadoras que deverão ser procurados pelos interessados em obter o selo. No primeiro momento, a associação irá subsidiar parte dos recursos que seus filiados necessitarão para participar do processo. A entidade está buscando apoio financeiro do governo federal, com recursos do Plano “Viver Sem Limite” para a realização do processo inicial do selo de qualidade que, após a primeira etapa, deverá ser auto-sustentável. Quantas cidades brasileiras que possuem sede ou oferecem atendimento da ABRIDEF? Rosso: A ABRIDEF tem ainda uma única sede, localizada na Vila Romana, na cidade de São Paulo, mas pretendemos, com o tempo, alcançar as principais capitais do Brasil, através
de núcleos regionais. Mas, toda e qualquer solicitação ou denúncia de todo o país é atendida, porque sua representatividade é nacional. Entre nossos associados temos empresas de praticamente todos os principais Estados do território nacional.
Rosso - Na medida em que veem atuação e resultados por parte das iniciativas da ABRIDEF, o interesse aumenta, participando das reuniões, discutindo os planos de atuação e desejando integrar a nossa “Comissão Técnica do SELO DE QuALIDADE ABRIDEF”.
No total são quantas clínicas associadas no Brasil? Rosso - Clínica associada à ABRIDEF, temos somente duas particulares, sediadas no interior paulista. E mais algumas outras que são parte de entidades parceiras (associações) que possuem clínicas dentro das suas instalações. E as empresas de próteses e órteses/oficinas e clínicas de reabilitação, que são associadas da ABOTEC, que é nossa filiada, portanto são associadas indiretas da ABRIDEF, que aí, passam de 100.
Qual principal objetivo com a criação deste selo? Rosso - Nosso setor não possui uma normatização ativa. Muitos produtos sequer respeitam normas, tanto nacionais como de fora. E o principal prejudicado, com produtos desprovidos de qualidade e de normas, é o próprio consumidor final e ainda, também, o governo, que através de licitações, acaba comprando errado, pela Lei 8666, adquirindo produtos pelo preço mais barato e não pela qualidade ou sequer respeitando qualquer referência nesse sentido. Nosso objetivo é ajudar o governo a comprar produtos melhores, de qualidade para a população. E ensinar o consumidor final, a sociedade, a exigir um produto correto, confiável, que lhe proporcione uma melhor qualidade de vida e saúde. HC
Como está atualmente a participação dos associados na ABRIDEF?
rodrigo rosso, presidente da abrideF
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A IMPORTÂNCIA
DA FISCALIZAÇÃO REIVINDICAÇÃO
Na luta pela regulamentação Dr. Joaquim Nogueira da Cunha, presidente da Abotec explica a importância da fiscalização da classe de ortesistas e protesistas no Brasil Fotos: Divulgação
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esenvolvimento técnico e científico da ortopedia técnica no Brasil é algo que precisa ainda de bastante investimento. Com a proposta de mudar essa situação a Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec), entidade sem fins lucrativos, vem oferecendo nos últimos anos, aprimoramento profissional, técnico e humanístico e disseminação do conhecimento de novas técnicas, materiais e últimos avanços tecnológicos. A entidade busca a cada
dia, uma maior representatividade junto ao governo e a sociedade, sempre sob a visão de uma atitude ética e engajada em prol do atendimento das pessoas portadoras de deficiência. Sua estrutura, baseada nos moldes das demais entidades internacionais (Ispo, Interbor, etc.), compõe-se de empresas e de profissionais da área, que juntos, buscam a excelência de integração de uma equipe multidisciplinar na reabilitação física. Fundada em 1988, a entidade vem consolidando sua posição representativa, e lutando pela fiscalização e regulamentação da área de ortopedia técnica. O árduo trabalho e dedicação das várias diretorias levou a Abotec a um patamar elevado de reconhecimento junto aos órgãos do governo e à sociedade como um todo. Para o presidente da Abotec, Dr. Joaquim Nogueira da Cunha, o mercado brasileiro de ortopedia técnica não vive uma fase positiva, pois não existe nenhum tipo de regulamentação para os trabalha-
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dores que atuam nesta área. “há bastante tempo que lutamos por essa causa. Estamos com o processo para regulamentação em trâmite há sete anos. Nós não temos no Brasil nem uma escola de formação em próteses e órteses ortoédicas. Falta muito apoio”, afirma. Segundo ele, infelizmente apenas poucos cursos profissionalizantes de nível técnico surgiram em algumas instituições, mas a maioria não teve continuidade. “Na Abotec fizemos uma parceria com a universidade Dom Bosco de El Salvador, e temos um curso de qualificação, homologado pela OMS e pela ISPO Internacional, para os profissionais que já atuam na área há mais de sete anos.” Em um mercado como este, o grande comprador de órteses e próteses ortopédicas é o Governo Federal, por meio dos sistema de seguro social e SuS (Sistema único de Saúde). Cunha alega que o Brasil segue a linha de comprar produtos priorizando preço baixo e volume de
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sendo então o maior que já ocorreu na América Latina. Em agosto de 2013 será realizado um congresso em São Paulo, a expectativa é reunir centenas de profissionais do setor.
pessoas atendidas, no entanto esquece da qualidade. A Abotec é uma associação conhecida mundialmente, e a nível nacional, tem uma delegação da Anvisa para certificação da capacidade técnica dos Ortesistas e protesistas ortopédicos no País. A emissão desse atestado, está de acordo com uma resolução da Anvisa, a RDC 192/2002. Para se obter esse certificado é necessário o cumprimento de diversos requisitos conforme relacionados na RDC. Cunha avalia que em sua gestão foi possível a associação conseguir um aumento da representatividade inclusive voltando a fazer parte de importantes conselhos e comitês do Governo Federal. “Também o nosso trabalho junto a Anvisa, que nos relatou a satisfação deles com a nossa atuação e seriedade no trabalho de certificação dos profissionais.” Ao falar da participação dos associados, o presidente acredita que houve um au16
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mento significativo. Porque antes eram apenas cerca de 190 integrantes, hoje são em média 300. “Eu acho que os associados estão satisfeitos, porque fui reeleito em chapa única, não houveram chapas de oposição ao nosso.” Questionado sobre a participação dos associados, ele diz que quando ocorre algum evento a participação é considerada alta. O presidente conta que um dos principais desafios para manter uma associação deste porte em ativa, é tentar estabelecer uma união da classe. “é uma associação nacional, com número reduzido de associados, acreditamos que não temos mais de 1000 ortesistas/protesistas ortopédiocos. Talvez, a Argentina possua mais que nosso País.” A cada dois anos a Abotec realiza congressos no Brasil, o último congresso foi em Natal, no Rio Grande do Norte,
Planos um dos projetos dessa atual gestão é a busca da regulamentação da profissão no Brasil. O projeto de Lei 5635/2005 segue em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2005. “Sem essa aprovação não temos estímulo para o surgimento de novos profissionais da área no mercado. Não temos um conselho, possibilitando a forma de fiscalizar o que foi feito.” Conforme o presidente, somente o código de ética da associação, não é suficiente e não tem poder de fiscalização, porque a entidade não tem como caçar determinado diploma sem meios legais. Outro projeto que a gestão visa criar é a mudança na forma de concessão de próteses e órteses no Brasil. Esse projeto prioriza a qualidade do material fornecido pelos órgãos de asHC sistência.
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FONTE DE
CONFORTO
FONTE DE CONFORTO Próteses para membros superiores e inferiores, órteses e calçados ortopédicos para pessoas com necessidades especiais integram a linha de produtos
JOVINO FERNANDES COSTA
da Ortopedia A Especialista. Presente no mercado de ortopedia técnica desde 1966, a empresa que é associada à Abotec atua com o intuito de compreender e reabilitar as necessidades especiais dos portadores de deficiência física. De acordo com o técnico responsável da empresa, Jovino Fernandes Costa, participar da Abotec é algo bastante satisfatório, por ser uma entidade idônea e participativa entre seus associados. “Somos muito orgulhosos em fazer parte de uma entidade tão honrosa e
prestigiada”, destaca. Para ele as vantagens da associação são muitas. Desde sua fundação em 1988, a Abotec vem oferecendo diversos cursos de aprimoramento, atualização e especialização em ortopedia técnica. Jovino possui especialização neste ramo há mais de 50 anos. Em sua experiência profissional já desenvolveu alguns projetos de órteses e próteses para a melhor reabilitação e locomoção dos pacientes. A Ortopedia A Especialista confecciona qualquer tipo de órtese e prótese ortopédica. HC
FOCO NA
G ESTÃO ACREDITAÇÃO
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PROGRAMA
DE ACREDITAÇÃO
Diretores da SBPC/Ml comentam a importância do Programa de Acreditação de laboratórios Clínicos (PAlC) e dizem que houve aumento do interesse dos laboratórios pela certificação esde a sua fundação, em 1944, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) trabalha para incentivar o aprimoramento contínuo de pessoas e organizações que se dedicam a este setor. A SBPC/ML é uma sociedade de especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e afiliada à Associação Médica Brasileira (AMB), que atua no setor de diagnóstico laboratorial. Atualmente fazem parte da SBPC/ML, cerca de 1 mil associados, entre pessoas físicas e jurídicas. São médicos, farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos, estudantes e outros profissionais de laboratórios clínicos. As empresas associadas são laboratórios e fornecedores de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios. A SBPC/ ML também edita publicações técnicas e científicas e realiza eventos e cursos presenciais e à distância. Os associados recebem sem custo as publicações, têm
“O PALC é O PROGRAMA DE ACREDITAçãO LABORATORIAL QuE REPRESENTA, ATRAVéS DOS LABORATÓRIOS QuE TÊM SEu SELO, O MAIOR NúMERO DE ExAMES REALIzADOS NO BRASIL. SãO MAIS DE 24 MILhõES DE ExAMES POR MÊS” PAuLO AzEVEDO
desconto em eventos presenciais e gratuidade nos cursos à distância. No ano passado, a SBPC/ ML e a American Society for Clinical Pathology (ASCP) assinaram um convênio que oferece à brasileiros que trabalham em laboratórios clínicos e têm formação em farmácia, biomedicina e biologia a oportunidade de obter um certificado profissional reconhecido em outros países. Isso representa um grande avanço em seu currículo. Em março de 2013, será oferecido o mestrado profissional em
Gestão da Qualidade de Laboratórios Clínicos, desenvolvido em convênio com a universidade do Estado do Rio de Janeiro (uERJ) e destinado a quem tem formação de nível universitário Fotos: Divulgação
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PAuLO AzEVEDO, PRESIDENTE DA SBPC/ML
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FOCO NA
GESTÃO ACREDITAÇÃO na área da saúde. Essa gama de vantangens ainda se estende em outros setores. Segundo o presidente da SBPC/ML Paulo Azevedo, uma das metas estabelecidas antes da sua posse foi estimular o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) e
“GERALMENTE, OS uSuáRIOS DOS SISTEMAS DE SAúDE NãO POSSuEM CONhECIMENTO PARA AVALIAREM A QuALIDADE, MAS uM SELO DE ACREDITAçãO COMO O PALC PODE SER uM INDICATIVO DE QuE O LABORATÓRIO TEM COMPROMISSO COM A QuALIDADE DOS SERVIçOS OFERECIDOS” WILSON ShCOLNIK, DIRETOR DE ACREDITAçãO E QuALIDADE DA SBPC/ML
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aumentar o número de laboratórios acreditados. “Estamos conseguindo. O PALC é o formato de certificação laboratorial que representa, através dos laboratórios que têm seu selo, o maior número de exames realizados no Brasil. São mais de 24 milhões de exames por mês”, explica. Outra meta que está sendo cumprida nesta gestão, conforme Azevedo, é continuar o trabalho dos presidentes que o antecedeu, participando ativamente dos comitês da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que normatizam o atendimento e a relação dos prestadores de serviços com as operadoras de planos de saúde. O processo de acreditação da SBPC/ML é realizado através de auditorias periódicas e presenciais nos laboratórios interessados. Os auditores do PALC são profissionais com conhecimento e vivência na área de laboratórios, o que possibilita a troca de experiências entre auditores e o laboratório auditado. Depois das auditorias, os laboratórios têm tempo para corrigir eventuais não conformidades encontradas e, na fase final do processo, a Comissão de Acreditação de Laboratórios Clínicos (CALC) analisa as indicações realizadas pelos
auditores e homologa, outorgando o selo de acreditação do PALC. Para o diretor de acreditação e qualidade da SBPC/ ML, Wilson Shcolnik, o mercado brasileiro de instituições acreditadas encontra-se em fase de transição. Ele diz que depois de anos de esquecimento e desvalorização, os processos de acreditação podem respirar novos ares em virtude da publicação da Resolução Normativa 267, da ANS. Esta Resolução pode significar um marco na assistência à saúde, sobretudo no setor privado, pois a qualificação dos prestadores de serviços de saúde agora será divulgada aos beneficiários, que passam a ter maior poder de escolha através deste novo referencial. “Geralmente, os usuários dos sistemas de saúde não possuem conhecimento para avaliarem a qualidade, mas um selo de acreditação como o PALC pode ser um indicativo de que o laboratório tem compromisso com a qualidade dos serviços oferecidos.” O diretor observa que houve um crescente interesse da comunidade laboratorial na busca pela acreditação, pois agora os laboratórios percebem benefícios a serem obtidos com a divulgação e diferenciação dos
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APRIMORANDO
A FORMAÇÃO
laboratórios acreditados. A SBPC/ML entende que a criação do PALC significou um marco na prática laboratorial brasileira. Até então, os laboratórios viveram uma transição tecnológica e metodológica e era necessário adotar novas boas práticas, compatíveis com os recursos existentes. Isso resulta em exames mais confiáveis oferecidos aos médicos e à população brasileira. Azevedo diz que em sua administração foi possível estabelecer e incentivar ainda mais a área científica. “Tenho certeza que estamos no caminho certo. Nosso congresso anual, por exemplo, é, reconhecidamente, o maior e o mais importan-
Na web O site da entidade (www.sbpc.org.br) divulga informações e notícias de interesse dos profissionais de laboratórios clínicos. A Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br) possui em seu acervo documentos, publicações, conferências, cursos, vídeos e slides. Parte desse conteúdo é exclusivo para os associados, mas boa parcela pode ser consultada por quem não é associado. Desde 2010, a SBPC/ ML mantém o site Lab Tests Online BR (www. labtestsonline.org.br), visando orientar o público leigo que procura informações sobre exames laboratoriais.
te do setor.” No congresso deste ano, de 4 a 7 de setembro, em Salvador, a procura de empresas foi tão
grande que meses antes do evento, praticamente não havia mais espaços disponíveis para exposição. HC
Vantagens
A SBPC/ML edita publicações técnicas e científicas e realiza eventos e cursos presenciais e à distância
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FOCO NA
G E STÃO ACREDITAÇÃO
Medidas do
sucesso
laboratórios relembram trajetória para conquista da PAlC ao informarem que acreditação contribui para excelência no mercado da saúde 22
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PROGRAMA
Fotos: Divulgação
DE ACREDITAÇÃO
“FAChADA DA uNIDADE 60+ DO LABORATÓRIO FRANCESChI”
E
xame laboratorial é algo que deve ser feito com muita seriedade. Cada vez mais os clientes buscam um resultado rápido e de qualidade para garantir um tratamento satisfatório. é com essa ideologia que o laboratório Franceschi Medicina Diagnóstica decidiu participar de um programa de acreditação. Esta disposição é voluntária e demonstra o compromisso do laboratório com a qualidade, já que a acreditação no Brasil até os dias de hoje não é obrigatória. A instituição fundada por médicos em 1974, sempre teve como objetivo prestar serviços de qualidade. Por isso, o cuidado constante na obtenção de insumos, produtos e equipamentos de
primeira linha e também na formação da equipe de colaboradores sejam profissionais técnicos ou não. Antes de 1998 não existia nenhum programa de acreditação específico para laboratórios clínicos no País, até a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) criar o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC). Desde então o Laboratório Franceschi se preparou para buscar esta acreditação. Em 2005 o laboratório recebeu o certificado de acreditação a partir de sua primeira auditoria o que atestou a qualidade do serviço prestado pelo laboratório aos seus clientes. “Quando um laboratório decide se acre-
CESAR FERREIRA NhOLA, GERENTE DA QuALIDADE DO LABORATÓRIO FRANCESChI E AuDITOR ExTERNO DO PALC
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ditar ele deve escolher uma acreditação que seja útil no seu dia a dia, pois só assim a acreditação contribuirá para a melhoria constate do seu sistema de qualidade”, salienta o farmacêutico-bioquímico Cesar Ferreira Nhola, gerente da qualidade do laboratório Franceschi e auditor externo do PALC. Na auditoria do PALC é avaliado o atendimento aos requisitos da norma do programa além do atendimento a legislação vigente. “Os requisitos da norma PALC contemplam o laboratório como um todo, garantindo o controle de qualidade e a rastreabilidade de todos os seus processos desde a entrada do cliente (paciente) até a retirada de seus laudos”, salienta César. Na etapa pré-analítica que compreende todos os processos anteriores à amostra ser processada o laboratório deve garantir ao cliente a correta interpretação de seu pedido e a sua correta identificação. Fornecer ao cliente instruções claras e escritas sobre o preparo para a coleta de seus exames e garan-
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G ESTÃO ACREDITAÇÃO tir que as instruções tenham sido seguidas pelo paciente antes da coleta. O procedimento para a coleta deve ser escrito e os profissionais capacitados neste procedimento para assegurar a coleta adequada da amostra. O laboratório deve ter ainda instruções escritas para o transporte da amostra do paciente da coleta até o setor analítico estabelecendo prazo, condições de temperatura para garantir a viabilidade da amostra coletada. Na fase analítica onde o exame é realizado o laboratório deve usar metodologias validadas, realizar diariamente a análise dos dados de controle interno e ainda participar de um programa de avaliação externa da qualidade para todos os exames realizados no laboratório, garantindo assim um resultado exato e preciso para o paciente. Na etapa pós-analítica, a prioridade está na qualidade dos laudos emitidos. Todos os exames realizados passam por análise dos responsáveis em cada setor antes da liberação. uma vez alterados (fora do padrão de referência) são encaminhados diretamen-
te à equipe médica. um dos diferenciais do laboratório Franceschi é assessoria médica-científica realizada por patologistas-clínicos, que fazem a comunicação direta aos médicos solicitantes. Dessa forma prestam “consultoria” aos clientes médicos e estão a disposição dos pacientes para auxilio na interpretação e melhor conduta para seguimento diagnóstico. A norma PALC passa por revisões periódicas, com a revisão em 2007 o programa manteve a preocupação técnica e passou ter um foco também sobre a gestão dos processos, o que possibilitou a melhoria contínua, tendo como objetivo principal o controle e gerenciamento de todos os processos. Nhola afirma que o PALC realiza auditorias “por pares”, ou seja, profissionais com conhecimento e vivência na área de laboratórios – o que possibilita a troca de experiências entre auditores e o laboratório auditado. O programa incentiva que a alta direção estimule suas equipes a alcançarem níveis cada vez mais elevados de qualidade, possibilitando a melhoria contínua.
Em 2012 a conquista da certificação PALC completa sete anos. Para manter essa certificação, o laboratório passa por um ciclo de auditorias que é renovado a cada três anos e durante este período são realizadas três auditorias externas (1 a cada ano). Além disso, desde 2005 o laboratório capacitou e formou auditores internos que realizam as auditorias internas anuais para a avaliação e manutenção dos requisitos da norma PALC, o que facilita o acompanhamento e a melhoria do programa. O Laboratório Franceschi possui uma unidade de Garantia da Qualidade (uGQ), gerenciada por profissional qualificado e que faz parte do grupo de auditores externos do PALC. As metas do local são definidas pelo grupo de gestores, em trabalho coordenado pela diretoria anualmente. “Para a apresentação dos indicadores são realizados encontros toda primeira segunda-feira do mês, onde é analisado os resultados obtidos no mês anterior em cada área, e a partir desses índicadores, são propostas as melhorias”, HC finaliza o gerente.
DR. GABRIEL FRANCESChI MARChIORI, DR. ANTONIO DE PáDuA FRANCESChI, DR. uLYSSES MORAES DE OLIVEIRA E DR. ANTONIO ANIELLO SAuLLO
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G ESTÃO ACREDITAÇÃO
Compromisso com a
qualidade
Fotos: Divulgação
Com mais de 80 unidades no Brasil, rede de laboratórios é considerada como destaque no setor ao atender mensalmente 150 Dra. Lídia Abdalla, Superintendente Técnica do Sabin
A
o longo da trajetória de 28 anos no mercado de medicina laboratorial, o Laboratório Sabin é considerado uma das instituições em destaque no ramo, com unidades no Distrito Federal e nos Estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, Amazonas e Tocantins. Fundado por duas mulheres, Janete Vaz e Sandra Costa, o laboratório é conhecido no Brasil não apenas pela qualidade, agilidade e exatidão nas análises, mas também por figurar na lista das melhores empresas para se trabalhar no Brasil e na América Latina, segundo o ranking da Great Place to Work Institute (GPTW). Em franco processo de expansão para diversas regi26
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ões do Brasil, o laboratório possui mais de 80 unidades interligadas e Núcleos Técnicos Operacionais (NTOs) distribuídos nos Estados em que atua, realizando cerca de 1,5 milhão de exames por mês e atendendo 150 mil pacientes. Desde sua fundação, o Laboratório Sabin possui a cultura de controle da qualidade validada por órgãos certificadores. “há 22 anos somos monitorados mensalmente pelo Programa de Excelência para Laboratórios Médicos (PELM), obtendo índices acima dos 80% de adequação exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano passado tivemos uma média de 99%”,
mil pacientes informa a Dra. Lídia Abdalla, superintendente técnica do Sabin. Segundo ela, a instituição é certificada pelo ISO 9001:2008 - que estabelece um modelo de gestão de qualidade para todos os processos da organização; e também pelo ISO 1400:2004 - que atesta o sistema de gestão ambiental da empresa. Outra importante conquista na história do laboratório é a aprovação no Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) concedida desde 2004. Para manter essa certificação, a instituição recebe anualmente em suas unidades, auditores externos para realizar as auditorias. A equipe de auditores é geralmente formada
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PROGRAMA
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por médicos, bioquímicos e biomédicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Além dessa auditoria externa, o Laboratório Sabin também recebe a auditoria interna assistida, quando um auditor interno é acompanhado e avaliado por um auditor externo do PALC. A rede de laboratórios está sempre em busca da melhoria contínua nos processos de trabalho, um exemplo disso é o empenho desenvolvido por meio da validação de novas metodologias, padrão de atendimento, da padronização, e da garantia da qualidade em seus processos. “Percebemos a importância de obtermos uma visão externa especializada que garantisse a confiabilidade nos processos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos”, afirma. A superintendente relata que o cumprimento dos requisitos da acreditação do PALC contribui para minimizar riscos e demonstra
um efetivo compromisso com a qualidade evidenciado no envolvimento direto das equipes do laboratório, da alta direção e gestores. Para ela, ter essa acreditação proporciona otimização de todos os processos, bem como a padronização e alinhamento de todos os setores e profissionais em busca do objetivo comum: a garantia da qualidade analítica. Além disso, a acreditação do PALC colocou o Sabin
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no grupo dos laboratórios clínicos que tem seu sistema de produção com qualidade referendada pela SBPC/ML. Devido ao rigor dessa norma, laboratórios clínicos acreditados devem possuir qualidade e rastreabilidade garantidas. O Laboratório Sabin ainda tem o Sistema Integrado de Gestão, responsável pela garantia da qualidade, que coordena a análise crítica dos indicadores gerados por cada setor do laboratório. E ainda conta com um coordenador técnico para o controle da qualidade (controles internos e externos). Todos os setores são responsáveis por monitorar e avaliar o desempenho de seus indicadores, entre eles estão o acompanhamento do coeficiente de variação dos exames quantitativos e a análise crítica realizada mensalmente em reunião HC gerencial.
EQuIPE SEMPRE ATENTA AOS PROCESSOS DE QuALIDADE
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GESTÃO ACREDITAÇÃO REFlEXOS DA ACREDITAÇÃO
tório buscou a norma ISO como melhor opção, já que não havia ainda nenhuma acreditação específica para laboratórios clínicos, e iniciou o processo de documentação da qualidade. Em 2001, quando já existiam outros programas de acreditação próprios aos laboratórios clínicos, a diretoria optou pelo Progra-
julho de 2002 recebemos a primeira Auditoria Externa com a respectiva certificaDiante da alta demanda ção”, relembra Carlos Vodos pacientes pelos seregeli, responsável técnico viços de laboratório, muipelo Laboratório Central tas instituições têm como Análises Clínicas da Santa preocupação atender com Casa. qualidade certificada. Por Na época para conseguir isso, iniciativas de capaa certificação o laboratório citação e melhoria são foi avaliado em todos os almejadas por centenas 173 itens da Norma PALC de laboratórios. Nesse 1999, vigentes na ocaexemplo de preocupasião. Estes itens re“INSCREVEMOS O LABORATÓRIO ção com as atividades feriam à organização CENTRAL NO PALC EM SETEMestá o Laboratório Cengeral, as instalações BRO DE 2001 E EM JuLhO DE 2002 tral da Santa Casa de físicas, equipamentos RECEBEMOS A PRIMEIRA AuDITOMisericórdia de Porto e reagentes, docuRIA ExTERNA COM A RESPECTIVA Alegre (RS) que recebe mentação de todo o CERTIFICAçãO” por mês em torno de 31 sistema de qualidade, mil pessoas para os serregistros críticos, conviços laboratoriais. ma de Acreditação de La- troles interno e externo da Desde 1997 que a che- boratórios Clínicos (PALC) qualidade, sistema de inforfia do laboratório gaúcho, da Sociedade Brasileira mática laboratorial, atendiidentificou o diferencial de de Patologia Clínica / Me- mento ao cliente, coleta de qualidade e mercadológico dicina Laboratorial (SBPC/ amostras, laudos laboracom a obtenção de uma ML). “Inscrevemos o La- toriais e critérios para conAcreditação da Qualidade. boratório Central no PALC tratação de laboratórios de Primeiramente o labora- em setembro de 2001 e em apoio. Após dez anos da conFotos: Divulgação quista desta acreditação, Voegeli avalia que o Laboratório Central tem consolidado, ano após ano, o conceito de confiabilidade em seus laudos pelo corpo médico da Santa Casa e fora dela. A acreditação do PALC certamente contribuiu muito para a instituição, ainda mais para assegurar uma consistente qualidade la28
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G ESTÃO ACREDITAÇÃO
boratorial. “O fator decisivo para obtermos a acreditação foi o comprometimento de todos os profissionais atuantes no Laboratório Central com o aprimoramento contínuo dos processos da qualidade”, completa. Para manter essa certificação, os auditores do PALC realizam no laboratório auditorias ditas externas a cada dois anos e intercala, as auditorias chamadas internas assistidas são feitas no mesmo tesmpo também. Além destas, o Laboratório Central promove, no mínimo uma vez ao ano, auditorias internas da Norma PALC, com a equipe de auditores internos formados pelo PALC e pelo próprio Laboratório. “Recebemos a acreditação do PALC pela primeira vez em 2002 e desde então esta certificação já foi renovada por seis vezes. A certificação nos incentivou a manter o compromisso com nossa missão: fornecer informa-
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ções e laudos laboratoriais fidedignos, em prazos úteis, a médicos, pacientes e unidades assistenciais, para apoio diagnóstico, tratamento, pesquisa e ensino.” O Laboratório Central possui um setor de Controle de Qualidade constituído por uma profissional bioquímica atuando em tempo integral para exercer a supervisão do mesmo. A esta supervisão estão subordinadas outras duas bioquímicas que realizam o controle de qualidade estatístico. As principais metas deste setor são garantir a qualidade dos exames realizados, validar métodos e equipamentos analíticos e gerenciar os prazos de entrega dos exames laboratoriais, honrando assim com a missão da empresa. Além deste setor, o laboratório conta com uma coordenação de
padronização e acreditação que se ocupa em dar todo o suporte necessário ao processo de gestão da acreditação. O laboratório mantém certificações de excelência há 26 anos nos testes de Proficiência do Programa de Excelência em Laboratórios Médicos (PELM) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC) e há 11 anos no Programa Nacional de Programa de Qualidade (PNCQ) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). Dispõe ainda de mais três certificações de qualidade de organizações americanas e mais duas nacionais. Todo este esforço visa manter um compromisso histórico e futuro da instituição que quer ajudar a preservar a saúde e a vida. HC
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REFERÊNCIA
EM SAÚDE HOSPITAL
Referência em saúde no
País
Fotos: Divulgação
Modelo de gestão do Grupo Santa Casa BH poderá ser adotado pelo Ministério da Saúde em outras entidades brasileiras
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m destaque no cenário de entidades filantrópicas do setor de saúde do País, o Grupo Santa Casa Bh é referência graças ao modelo de gestão implantado desde 2003. Atualmente, congrega o maior complexo hospitalar de Minas Gerais - o terceiro maior do Brasil - formado por unidades que registraram, somente
em 2011, 2,95 milhões de atendimentos. Para 2012, o Grupo Santa Casa Bh prevê um crescimento em torno de 17%, em relação ao ano anterior, com receita operacional bruta saltando de R$ 423 para R$ 504 milhões Ao final deste ano, o Hospital Central do Grupo Santa Casa Bh será a unidade que reunirá, em um único edifí-
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cio, o maior número de leitos de CTI destinados exclusivamente a pacientes do SuS no Brasil, com 180 leitos de tratamento intensivo. O superintendente geral do Grupo Santa Casa Bh, Dr. Porfírio Andrade, ressalta que o desempenho positivo se deve ao modelo de gestão, à renegociação de antigos passivos e à implantação do
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G ESTÃO HOSPITAL Projeto Santa Casa Mil Leitos SuS, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, a Prefeitura de Belo horizonte e o Governo de Estado de MG. Ao todo, serão investidos mais de R$ 47 milhões no projeto. Iniciado em 2009, alcançou em julho de 2011 o milésimo leito para atendimento exclusivo ao Sistema
único de Saúde. A partir do segundo semestre deste ano, o hospital Central do Grupo Santa Casa Bh passa a operar com atendimento 100% SuS. A Santa Casa Bh inovou ao instituir um modelo que o Ministério da Saúde pretende adotar em outras entidades filantrópicas no Brasil.
Este modelo utiliza a contratualização – mecanismo pelo qual são fixadas metas qualitativas e quantitativas que o hospital se compromete a atingir - no intuito de auferir um valor fixo mensal pelos serviços. Ao atingir as metas previstas, a instituição recebe remuneração extra. “A proposta de hospital filantrópico
ReCURSoS HUManoS Os investimentos feitos pelo Grupo Santa Casa no Projeto Mil Leitos SuS vão além de mudanças na estrutura física e melhoria do conforto. Na área de Recurso humanos, com o objetivo de manter mais de 4 mil colaboradores diferenciados no mercado de trabalho, a nova política salarial da instituição está possibilitando recomposições salariais pelo INPC aliadas a aumentos reais. Além da efetivação de novos postos de trabalho, com aumento de 28% no número de funcionários nos últimos dois anos, o Grupo Santa Casa BH está investindo continuamente na qualificação de seus colaboradores. Neste mesmo período, foram destinados mais de R$ 18 milhões em treinamentos e desenvolvimento de funcionários e corpo clínico da instituição. Somente em 2011, os números indicaram 17.492 participações em 116 eventos. A expectativa do grupo é ampliar este resultado e o catálogo de treinamentos em 2012, visando, com projetos de educação permanente com seus mais de quatro mil colaboradores, prestar o melhor atendimento a pacientes, familiares, clientes, fornecedores e comunidade, além de potencializar a interação entre as gerências das sete unidades de negócio que compõem o Grupo Santa Casa Bh. Dentre as diversas ações desenvolvidas para incentivar a capacitação profissional, destacam-se os projetos que compõem o Programa Crescer, uma ação institucional estratégica direcionada ao desenvolvimento dos seus colaboradores por meio de investimento sistemático e cumulativo em educação, motivação e liderança.
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REFERÊNCIA
EM SAÚDE
Hospital São Miguel Paralelamente à gestão de mais de mil leitos exclusivos para atendimento SuS no hospital Central, o Grupo Santa Casa Bh irá aumentar seu faturamento por meio da construção de um novo hospital - destinado ao atendimento de medicina suplementar - que ocupará uma área de nove mil metros quadrados nos dois andares pertencentes ao Grupo Santa Casa Bh, ainda livres, no Centro de Especialidades Médicas localizado na região hospitalar de Belo horizonte. Projetado para abrigar unidades médicas complexas, o novo hospital contará com 154 leitos distribuídos em 62 enfermarias duplas e 30 leitos de CTI, com alto padrão de hotelaria e modernos equipamentos hospitalares. O CTI será estrategicamente instalado no mesmo andar dos leitos de internação e do Centro Cirúrgico, com oito salas para realização de cirurgias de grande e médio porte nas quais deverão ser efetivados cerca de mil procedimentos por mês.
100% SuS se iniciou simultaneamente em várias outras instituições, mas o modelo adotado na Santa Casa Bh se destaca. Afinal, hoje ela conta com 1.088 leitos, o que é um avanço extraordinário”, afirma Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Em 2011, o projeto Mil Leitos SuS representou, para
a Santa Casa Bh, incentivos da ordem de R$ 44 milhões e subvenções de R$ 15 milhões. Conforme Porfírio Andrade, o recebimento deixou de ser vinculado à tabela SuS e passou a ocorrer em valores mais próximos aos efetivos custos de operação. Segundo o superintendente-geral, a situação só não é totalmente satisfatória porque
antigos passivos ainda estão sendo negociados: “O déficit foi reduzido, passando de R$ 25,69 milhões para R$ 15,12 milhões. Em 2010, por exemplo, o grupo renegociou R$ 52 milhões com a Caixa Econômica Federal, referente a dívidas trabalhistas do passado, e arrecadou cerca de R$ 16 milhões com o leilão HC de 11 imóveis”.
DR. PORFíRIO ANDRADE, SuPERINTENDENTE-GERAL DO GRuPO SANTA CASA Bh
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FOCO NA
G E STÃO ADMINISTRAÇÃO
Prosseguir um
ciclo
Dra. Karin Schmidt assume a diretoria administrativa da Fanem e relata planos para gestão da empresa líder na fabricação de produtos de neonatologia Fotos: Divulgação
F
undamento mais que exemplar é percorrer os caminhos dos pais na carreira corporativa. Karin Schmidt Rodrigues Massaro é uma mulher que segue esse modelo de dedicação e valorização do berço familiar. Casada e mãe de dois filhos, um de 20 anos e outro de 14, a gestora carrega em seus princípios profissionais, dezenas de virtudes ensinadas por sua mãe, a Dra. Marlene Schmidt que faleceu em maio deste ano. Médica, mestre e doutora em hematologia e moléstias infecciosas pela uSP, Dra. Karin deixou a diretoria científica da Fanem para cuidar da área de administração e gestão de comércio exterior, que é liderada por sua família desde 1924 no mercado hospitalar nacional e mundial. Além das atribuições de caráter administrativo e operacional, a diretoria assumida pela Dra. Karin englobará a gestão de comércio exterior e as políticas de internacionalização e expansão da empresa que hoje exporta para mais de 90
países. A executiva que também é coordenadora do serviço de hematologia do hospital Santa Catarina, em São Paulo, ainda continuará responsável pelo acompanhamento dos protocolos clínicos, empregando seus conhecimentos médicos e experiência adquirida na área de laboratório e neonatologia. Em entrevista à reportagem da healthcare Management, a profissional do segmento da saúde falou dos planos e da expectativa de continuar o trabalho já desenvolvido por sua família há 50 anos no mercado hospitalar nacional e mundial. 34
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PROSSEGUIR
UM CICLO
Como é para você, da quarta geração da família Schmidt, assumir a diretoria administrativa da Fanem? Dra. Karin: Assumir a quarta geração com a mesma performance de meus antepassados já é uma responsabilidade imensa, mas com a minha formação profissional de médica e com ajuda dos profissionais da Fanem o apoio incontestável de meu pai, que acumula 50 anos de Fanem, por certo o futuro será um pouco mais fácil. Acredita que a participação dos negócios e atividades da Fanem, junto à sua família contribui para sua escolha na diretoria? Dra. Karin: A escolha foi por decorrência natural e dedicação prévia desde 2007 quando iniciei, com minha falecida mãe, no Centro de Estudos Fanem como diretora científica. Quais são suas perspectivas em relação à diretoria da Fanem, empresa brasileira líder na fabricação de produtos de neonatologia? Dra. Karin: As melhores possíveis, pois a Fanem possui inúmeras inovações que irão impactar o mercado e vem sendo reconhecida pelos nossos clientes e usuários que percebem na Fanem um porto seguro de
“Me profissionalizar no vírus mais forte que existe: a Fanem, para o qual não existe antiviral, nem soro, nem vacina. A Fanem é uma paixão”, afirma Dra. Karin Schmidt Rodrigues Massaro, nova diretora administrativa da Fanem.
expertise. Qual avaliação faz da sua passagem pela diretoria científica da Fanem? Dra. Karin: Fizemos estudos com diversas universidades do País, inclusive um que reuniu quatro professores-doutores de uma mesma instituição. Além disso, estamos realizando protocolos internacionais que ditarão normas para novos guidelines na área neonatal. O número de profissionais da saúde treinados aumentou de 2400 em 2007 para quase 7 mil em 2011. Isto é um legado forte para os usuários dos produtos Fanem. Acredita que sua atuação na vida médica, vai contribuir para sua atuação na diretoria administrativa? Dra. Karin: Sem dúvida que sim, pois trago para a empresa a visão do médico, do enfermeiro, e até do próprio paciente para o ambiente corporativo. O modo de pensar de um médico traz inúmeros benefícios, pois humaniza ainda mais uma empresa já tão huma-
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na como a nossa. Aprendi a pensar logicamente e tratar desde a mais simples questão com um aprofundamento acadêmico-científico. Como é atuar em uma empresa que tem uma história familiar? Dra. Karin: No início ficou difícil, pois associavam a minha figura como meramente filha do Sr. Djalma e da Dona Marlene. Paulatinamente, foram percebendo que vim para ficar e me profissionalizar no vírus mais forte que existe: a Fanem, para o qual não existe antiviral, nem soro, nem vacina. A Fanem é uma paixão. A diretoria que você acabou de assumir engloba a gestão de comércio exterior e as políticas de internacionalização e expansão da empresa que hoje exporta para mais de 90 países. Qual análise você faz do atual cenário de exportações no Brasil no setor médico? O Brasil é um player emergente importante no atual cenário globalizado da saú-
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FOCO NA
G E STÃO
12%
ADMINISTRAÇÃO
é a estimativa de crescimento desse primeiro semestre da Fanem em relação ao ano passado. de. Nossa empresa já colocou o pé na estrada desde a década de 70. O que estamos fazendo agora é só acelerar o passo num objetivo claro que é nosso projeto índia e projeto MENA (Middle East North Africa). Nosso crescimento em exportação é significativo a ponto de sermos um dos países inclusos na balança comercial da saúde com saldo positivo. a crise européia ocorrida neste ano tem dificultado os negócios da saúde? Dra. Karin: Sim, todos os países apertaram os seus
cintos e isto é para todos os países e todos os setores, entretanto, nossos números deste primeiro semestre são 12% maiores que do mesmo semestre do ano passado, o que demonstra nosso comprometimento e aplicação de esforços.
através de única solução: competência no setor de cada atividade com comprometimento e meritocracia. Será uma gestão com ênfase nas inovações tecnológicas, uma característica da Fanem que é objeto de reconhecimento
tem alguma prática ou medida inovadora que você pretende implantar na empresa? Dra. Karin: Estamos neste momento fazendo um choque de gestão visado na profissionalização
uNIDADE DE CuIDADO INTENSIVO DuETTO TM 2386 LANçADO NA hOSPITALAR 2012
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Fanem
A Fanem detém 85% do mercado nacional. É a companhia brasileira com maior representatividade internacional na indústria mundial de equipamentos médicos, em especial de neonatologia, com grande expressão no mercado global do segmento de incubadoras. A exportação para mais de 90 países fez com que a empresa conquistasse um crescimento expressivo, tornando-se líder de equipamentos neonatais em diversos países.
por parte de nossos clientes, o que para nós é uma grande satisfação. Quanto aos projetos desenvolvidos por sua mãe Marlene Schmidt na Fanem, pretende dar continuidade? Dra. Karin: Atualmente estamos com 12 projetos de produtos novos sendo desenvolvidos tanto na área de laboratório quanto de neonatologia, independente de nossos planos de internacionalização e busca de certificações para nossos produtos que vão, por certo, incrementar nossos negócios. HC
OlHAR NA
CAPACITAÇÃO FORMAÇÃO Foto: divulgação
Aprimorando a
formação
Curso de MBA em Saúde qualifica participantes para agirem à frente dos desafios da gestão
A
pesar do mercado de trabalho ser competitivo, o envolvimento pela qualificação profissional deve ser um dos parâmetros primordiais no campo da gestão de saúde. é com essa premissa que a IBS Business School – instituição conveniada da Fundação Getulio Vargas – gerencia e contribui para a formação de mais de 15 mil empresários, executivos e profissionais liberais no Estado de
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Minas Gerais. Com unidades em Belo horizonte, Betim, Contagem, Governador Valadares, Montes Claros e Teófilo Otoni, a IBS prima pela qualidade na formação do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo. A IBS/FGV oferece cursos modelados para atender a diversos perfis e fases de desenvolvimento profissional de seus alunos, tais como os programas de Gradua-
ção, Pós-Graduação, MBA Executivo Internacional, Pós-MBA, Mestrado Internacional (MBA Pleno), entre outros. é também responsável por importantes programas internacionais da FGV, junto à conceituada escola americana Ohio university, viabilizando a participação de mais de três mil alunos nesses programas e possibilitando o acesso ao conhecimento global e à internacionalização
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APRIMORANDO
A FORMAÇÃO
da rede de relacionamento. Como afirma Rosane Vita, gerente Comercial da IBS Business School em Minas Gerais, o histórico do relacionamento da instituição com as comunidades em que está inserida assegura alto índice de satisfação de seus alunos e egressos, que têm suas carreiras transformadas a partir da educação continuada. “Há ainda o cuidado para que as demandas regionais sejam contempladas”, acrescenta. Entre os 29 cursos oferecidos, o MBA Executivo em
Saúde tem se destacado quanto à aceitação. Criado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em 1999, o curso tem o objetivo de levar os participantes a adquirirem referências que possibilitam pensar e agir estrategicamente frente aos desafios da Gestão de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde. “Sua grade curricular é estruturada para promover o desenvolvimento de competências e técnicas gerenciais contemporâneas que permitam identificar e apresentar
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soluções aos problemas fundamentais que afligem a área de saúde.” O corpo docente, em todos os cursos do IBS, é composto por pesquisadores, doutores, mestres e especialistas, titulados por grandes escolas nacionais e internacionais. Além da formação acadêmica, os professores acumulam experiências em empresas e instituições de ponta. O aluno FGV de todo o território nacional tem o privilégio de contar com a mesma coordenação e corpo docente. HC
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OlHAR
NA CAPACITAÇÃO FEDERASSANTAS
Um exemplo de
suporte
EXEMPlO
DE SUPORTE
Gustavo Macena, dirigente da Federassantas destaca o amplo apoio da federação às entidades filantrópicas de Minas Gerais
A
tuar de forma comprometida em cada uma de suas áreas - jurídica, técnica, comunicação e educação continuada - para que seus associados adquiram competência e a autonomia para atingir e manter a excelência no atendimento à saúde. é desta forma que a Federação das Santas Casas e hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas) atua há 26 anos com suas 260 entidades filantrópicas associadas. A entidade dá assistência aos seus filiados, representando-os junto ao poder público e às autoridades competentes, buscando sempre soluções para o setor da filantropia e assistência social. Na busca constante pela qualidade e uma melhor relação com seus filiados, a Federassantas procura oferecer novidades do setor para desenvolver e melhorar a qualidade da gestão das entidades filantrópicas. Uma dessas iniciativas é a participação na edição deste ano da Feira de
“QuEREMOS E PRECISAMOS DA PRESENçA CONSTANTE DAS ENTIDADES. ATuALMENTE AS SOLICITAçõES SE LOCALIzAM NO CAMPO JuRíDICO, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO.” Negócios da Saúde de Minas Gerais. Gustavo Macena, Superintendente da Federassantas, afirma que o interesse crescente dos visitantes mostra que a feira se consolida, a cada edição, como uma das mais importantes mobilizações do segmento de saúde no Estado. “O evento destaca por contar com temas relevantes e a realização de bons negócios.” Para ele, participar de feiras e eventos é uma maneira excelente de promover a marca, fazer vendas diretas ou ainda captar pedidos para faturamento e entrega posterior. Enfim, gera evolução do setor em todos os sentidos. Macena destaca que a feira é uma grande oportunidade de fortalecer o papel da instituição. Em relação as novi-
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dades, o superintendente diz que a Federassantas irá proporcionar no evento seminários direcionados para profissionais que atuam na área de logística e suprimentos de materiais. Questionado sobre as melhorias do primeiro ano de gestão dele na federação, Macena ressalta que em seu mandato houve investimentos na capacitação da equipe. “Hoje há profissionais capacitados na gestão da federação.” Além disso, foi citado por ele a melhoria na infraestrutura, com a informatização do prédio sede. E ainda a criação de conselhos estratégicos para melhor representação dos hospitais, como o conselho de assuntos legislativos, conselho de tecnologia da informação e conselho ju-
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OlHAR NA
CAPACITAÇÃO FEDERASSANTAS rídico. E também a criação de um grupo de consultoria especializada em gestão de hospitais filantrópicos para melhoria da administração dessas instituiçõs, visando capacitação dos funcionários e gestores. A consultoria prestará serviço de gestão aos hospitais. A capacitação dos funcionários é feito através de professores que atuam nos cursos oferecidos pelo CEC (Centro de Educação Continuada). “Teremos novos cursos mais atuais e avançados.” A Federassantas realiza eventos e encontros para estabelecer vantagens e novidades no setor. No ano passado, o hospital Minas em parceria com a Associação de hospitais de Minas
Gerais (AhMG) possibilitou a promoção do evento comemorativo de 25 anos da Federassantas, sendo um marco no debate da situação dos hospitais filantrópicos. “Este ano faremos um evento em parceria com a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) para discussão da gestão do corpo clínico e suas relações com as demais áreas administrativas do hospital.” De acordo com Macena, a diretoria visa buscar uma aproximação das entidades associadas. Ele comenta que quer criar um contato por meio de conselhos regionais distribuídos estrategicamente. “Queremos e precisamos da presença
constante das entidades. Atualmente as solicitações se localizam no campo jurídico, administrativo e financeiro.” Ao citar dos planos para os próximos anos à frente da Federassantas, Macena adianta que quer consolidar a instituição como a principal casa associativista dos hospitais filantrópicos de Minas Gerais. O gestor afirma que para manter essa associação é necessário trabalhar constantemente e incansavelmente para aplicar conhecimento para o desenvolvimento sustentável dos hospitais, contribuir para o aumento e fortalecimento do associativismo e ser uma organização com foco HC em resultado.
PaRa oRganiZaR A Federassantas controla automaticamente o processo de renovação do certificado de filantropia dos seus filiados. O hospital é avisado com oito meses de antecedência. A perda do prazo e consequentemente a perda da filantropia, é fatal para a instituição. “Esta iniciativa é inovadora no país”, destaca. A instituição também coloca à disposição dos hospitais mineiros, uma assessoria e apoio em áreas vitais como crédito e financiamento, tributária, meio ambiente e trabalhista em parcerias com escritórios especializados.
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Health-IT Avançadas tecnologias no Hospital Albert Einstein
Entrevista com David Oliveira, presidente da recém criada ABCIS
Saúde Conectada uma nova vertente nos hospitais
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HEALTH-IT
ESPECIAL
Ricardo Santoro, diretor de TI do hospital Israelita Albert Einstein
Fotos: Jo Capusso
Tecnologia na
saĂşde
CAPA
Hospital Israelita Albert Einstein Ricardo Santoro, diretor de TI do Hospital Albert Einstein descreve detalhes do setor de informática da instituição que passa por frequentes atualizações
I
mpulsos lucrativos na eco- reportagem, Ricardo Santoro, implantado o prontuário elenomia mundial são gerados diretor de TI do HIAE, afirma trônico, os resultados satispor meio do setor de eHealth. que uma das vantagens do fatórios do atendimento são Somente em 2012, esse mer- hospital é ter em sua estrutura perceptíveis. E no Einstein cado cresceu cerca de US$ 100 laboratórios para aperfeiçoanão é diferente. A instituição bilhões. Por isso líderes, CIOS e mento dos funcionários, e diz recentemente adotou o mogestores da saúde sempre bus- ainda que a instituição possui delo de prontuário eletrônico cam constantes investimen- cerca de 10 mil colaboradores real (paperless), a primeira tos no mercado de tecnologia e mais de 180 aplicações. “Sem implementação aconteceu mundial. O principal motivo uma estrutura própria para caem abril deste ano na unidadessa iniciativa é atender o pa- pacitação dos funcionários e de de Perdizes, portanto ainciente de forma rápida e segu- validação de novos desenvolda não há dados estatísticos, ra, com o suporte de sistemas e vimentos é impossível impleporém alguns indicadores equipamentos que são deixam bastanaliados mais que funte confiantes. No “Sem uma estrutura própria para capadamentais para coninício não houve citação dos funcionários e validação seguir resultados de uma reação nede novos desenvolvimentos é impossíexcelência. É com essa gativa por parte vel implementar novas soluções sem proposta que o Hospidos usuários, eles risco para a operação dos serviços da tal Israelita Albert Einsusaram realmeninstituição.” tein (HIAE), instituição te o sistema. Oureferência em toda a América mentar outras soluções sem tras unidades já acionaram a Latina desempenha em seu co- risco para a operação dos serrede, querendo implementar tidiano a implantação de novas viços da instituição.” a mesma versão de Perdizes. tecnologias, visando atender a Segundo ele, toda a rede hos“Este tipo de iniciativa mosalta demanda com qualidade pitalar conta com áreas em que tra que estamos no caminho nos procedimentos. a adoção da tecnologia da incorreto.” Uma dessas provas é que a formação está bem difundida, O hospital segue alguns criinstituição possui laboratórios tais como tratamento de imatérios para desenhar o novo de informática no departamen- gens, laboratório, prontuário sistema de TI, baseados em to de ensino, com a meta de eletrônico, logística e finanças. orientações do Institute of capacitar funcionários em no- Além de áreas que estão receMedicine (IOM) e da The vos sistemas. O hospital ainda bendo investimentos agora e Joint Commission (TJC). A conta com laboratórios em TI irão evoluir nos próximos meinstituição possui diversos para desenvolvimento e testes ses, tais como automação de processos de certificação de novas funcionalidades em processos, mobilidade e inforque precisam ser levados sistemas existentes e/ou no- mação gerencial. em conta durante a implevos produtos. Em entrevista à Em qualquer hospital que é mentação de um novo sisteHEALTHCAREManagement 19
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ESPECIAL ma, para isto possui as áreas usuárias que precisam levar em conta suas necessidades durante a especificação de requerimentos para TI. Para ajudá-los nessa atividade foi criada a figura do CMIO (Chief Medical Information Officer) que atua na diretoria de Práticas Médicas tendo a função de intermediar o relacionamento entre TI e as áreas usuárias assistenciais e clínicas. Particularmente no caso dos processos de certificação, existe também uma diretoria de práticas assistenciais que é responsável por toda coordenação dos processos de certificação da instituição. Além disso, diversas empresas de TI administram cada plataforma usada pelo hospital. As principais de hardware são IBM, EMC, Dell e Cisco e na parte de software são a InterSystems, SAP, Microsoft e IBM. Questionado se algumas iniciativas, como o modelo de sistema on-line adotado pela instituição poderá funcionar no futuro por e-mail ou SMS, Santoro afirma que algumas funcionalidades, como confirmação de exames, agendamentos de internação, etc, já estão sendo implementadas, e outras poderão ocorrer, porém para os próximos anos, a meta está em desenvolver soluções para acesso móvel. O 48
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diretor de TI conta que com este tipo de sistema, a tendência é ter menor risco de duplicidade de exames, no entanto o foco também está em garantir a segurança na prescrição e dispensação de medicamento, agilizar o atendimento e manter um histórico coerente das interações destes pacientes com a instituição. Para implantar esses sistemas no hospital, muitos desafios são enfrentados pela equipe de TI. Santoro explica que é preciso ter dedicação dos usuários para definição correta dos requerimentos, fornecedores capacitados para implementações complexas e retenção dos recursos chaves de TI. Outro quesito essencial na hora de implantar esse tipo de sistema é ter um suporte adequado, para isso o Albert Einstein tem uma parceria com a InterSystems. Este sistema adotado pelo hospital será aceito em todas as unidades. A estratégia é começar a implementação nas unidades externas e depois migrar a solução para a unidade principal no Morumbi. O Einstein conta com uma gerência de melhoria de processos que não se reporta TI, mas que trabalha muito ligada ao setor, esta área identifica as oportu-
nidades de melhoria de processos e quando é necessário envolver TI. Como ferramenta de automação de processos atuais o hospital procura usar o FIleNet da IBM, mas existem processos que acabam sendo automatizados diretamente na plataforma principal que suporta a operação, tais como a InterSystems.
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CAPA
Hospital Israelita Albert Einstein Novas tecnologias Uma das propostas de inovação do Albert Einstein é a busca por novos aplicativos e ferramentas informatizadas, a exemplo da função digital que converte voz em texto ou reconhece palavras escritas, nas áreas de telemedicina e virtualização de acessos. Existe um processo na rede para validar a adoção de novas tecnologias, não necessariamente focada em TI, mas principalmente na área de saúde envolvendo medicamentos, equipamentos, etc. Dentro de TI tem uma iniciativa específica para estimular o estudo de novas tecnologias aplicadas aos processos da instituição. “Nesta linha estamos estudando reconhecimento de voz, uso do Kinect, telemedicina, virtualização de acessos, ferramentas de colaboração, etc.” Estas iniciativas de TI não estão relacionadas com os compromissos corporativos, as pessoas estão livres para propor as iniciativas e o hospital avalia internamente em TI a capacidade de execução e a necessidade de investimento para montar uma prova de conceito ou um protótipo. “Com isto pronto chamamos a área usuária envolvida e validamos se devemos seguir em frente ou não com um projeto mais estru-
turado. As pessoas gostam, pois isto as permite sair do dia a dia de metas e projetos e realizarem coisas diferentes que se aplicam a área de saúde”, ressalta. Outro detalhe interessante é o Data Center do hospital – o principal que fica localizado na unidade do Morumbi é operado e administrado pela equipe interna de TI – o segundo Data Center, localizado na unidade de Ensino, está atualmente sem uso e os diretores de TI estão avaliando um projeto para criar um ambiente de contingência dos principais sistemas nesta plataforma. O Einstein está instalando uma estrutura de Wi-fi, com o objetivo de suportar a implantação de novos projetos de RFID (Radio-Frequency IDentification) e dispositivos móveis. A vantagem desta tecnologia é a velocidade de implementação e a possibili-
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dade de fazer isto com baixa necessidade de obra física, o que é muito sensível em um ambiente hospitalar. Com relação à vantagem do RFID, dependendo do processo onde a solução for implementada, pode ser usada para controlar fluxo de pacientes, resolvendo potenciais gargalos em unidades mais críticas como pronto atendimento, ou então pode ser utilizado para localização e controle de uso de equipamentos, materiais, medicamentos, etc. Santoro ainda revela que a instituição deseja introduzir um modelo de gestão que não será possível operacionalizar sem uma estrutura de informações gerenciais adequadas. “Hoje não temos um modelo adequado para cruzar informações das áreas assistenciais e clínicas e precisaremos investir neste segmento para atender as expectativas de nossos usuários.”
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ATENDIMENTO O projeto de implantação do TrakCare (sistema de atendimento) como modelo de Sistema Gestão hospitalar (SGh) possibilitando a parceria entre InterSystems e Einstein surgiu no ano de 2007, quando houve uma divisão em duas etapas. A etapa inicial visava substituir todo o Front-End do hospital (entrada do paciente, emergência, laboratório, recepções) e a segunda fase do projeto envolvia a substituição da plataforma anterior pelo TrakCare, dando início a implementação de projetos estratégicos envolvendo áreas específicas da Instituição. hoje, grande parte das informações do paciente é armazenada no TrakCare da InterSystems, o SGh ado-
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tado pela instituição que possibilita um registro único do paciente. A aplicação desta tecnologia permite ao médico e demais profissionais de saúde do hospital Albert Einstein envolvidos no processo assistencial, o registro e acesso aos dados do paciente em tempo real e de forma segura. A integração de mais de 40 sistemas do hospital ocorre através da ferramenta Ensemble da InterSystems, (todos estão integrados ao TrakCare). Os médicos e profissionais de todas as unidades do Einstein já trabalham em rede, integrados por um único banco de dados eletrônico, sendo possível acessar informações armazenadas no SGh através de dispositivos móveis,
com segurança e agilizando o processo de tomada de decisão. O TrakCare foi implantado recentemente na unidade Perdizes, e a e InterSystems está avançando neste momento para a unidade Ibirapuera. Todos os processos, do cadastro a alta do paciente, incluindo a triagem e prescrição eletrônica realizada pelo próprio médico, são realizados no TrakCare. Paralelamente, a empresa realiza a atualização da tecnologia na instituição, sendo um passo importante para continuidade do processo de informatização aumentando a eficiência da gestão clínica e administrativa do hospital possibilitando a eliminação do uso do HC papel.
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INTEGRAÇÃO
DE PROFISSIONAIS
Integração de profissionais Com o olhar no desenvolvimento do setor de TI, o gestor David Oliveira descreve a expectativa de assumir a presidência da Associação Brasileira CIO Saúde e gerência de tecnologia do Hospital Sepaco Um novo suporte para a área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil foi criado na Hospitalar 2012. Com a meta de estabelecer integração dos profissionais desse setor foi inaugurada a Associação Brasileira CIO [em inglês, Chief Information Officer] Saúde (ABCIS). A nova entidade promoveu a assinatura do estatuto, posse dos diretores e escolheu para a presidência o CIO, David Oliveira. O profissional é graduado pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduado em Gestão de Projetos (PMI) pelo grupo IBMEC, com MBA em Gestão Estratégica em Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e possui cursos no exterior. David começou no setor de indústria mecânica e trabalha há mais de 10 anos em Tecnologia da Informação e comunicação. Nos últimos meses, Oliveira também assumiu uma nova missão, a gerência de TI do Hospital Sepaco. Em entrevista à reportagem ele falou das expectativas em atuar na associação e na instituição hospitalar.
Como surgiu a ideia de criar a associação? David Oliveira: Todo esse ideal surgiu, por meio de um grupo de profissionais de TI que já existe há quatro anos e costumavam se reunir a
cada dois meses em São Paulo. A gente se encontrava principalmente para eventos que eram realizados no período da tarde, onde discutíamos assuntos pertinentes ao setor da tecnologia para a saú-
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de. Esse é o terceiro mandato do grupo, que até então decidimos transformar em uma associação, com o objetivo de andarmos sozinhos em busca de novas conquistas. Fale um pouco da divi-
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INTEGRAÇÃO são da associação no Bra- modelo de evento contri- assuntos pertinentes da sil. bui na divulgação da asso- área. Vamos deixar claro David Oliveira: Em gran- ciação, pois vamos contar que a área de TI pode ser de parte temos exemplos com estrangeiros, princi- um agente de mudança no estruturados, como a pró- pais executivos de TI e En- setor da saúde. é fundapria criação dos conse- genharia Clínica dos mais mental para conseguirmos lhos regionais e por meio conceituados hospitais ter decisões com segurandas práticas de TI levamos nacionais. ça. isso para todo o Brasil. Quando falo em regiões Quais as vantagens desAgora que o grupo se estruturadas, quero dizer te evento para o setor? transformou em uma asque dividimos as regioDavid Oliveira: O evento sociação, como serão as nais, sendo reuniões? QuEREMOS REESTRuTuRAR A TECNOLOGIA cinco regiDavid Oliões que comveira: As COMO uM TODO E DESENVOLVER AVANçOS DE põem a direreuniões biTI NO hOSPITAL, CONSIDERADO uM CENTRO DE toria, Minas mestrais vão DEzENAS DE ESPECIALIDADES MéDICAS. Gerais, Rio continuar de Janeiro, acontecenBahia, Sul, Nordeste, inte- vem mostrar grandes ob- do. Essas reuniões aconrior do Estado de São Pau- jetivos, a exemplo da inte- tecem em algum hospilo e a capital. gração das áreas do setor. tal próximo da região de Quantos associados Vamos destacar o ponto São Paulo. Recentemenparticipam da ABCIS? que a engenharia vai in- te tínhamos firmados no David Oliveira: Em torno terferir nos processos tec- hospital Santa Catarina, de 150 a 200 registrados nológicos. Vamos abordar porém procuramos semformalmente. questões de estrutura hos- pre fazer essas rotatividapitalar, debatendo como a des de locais das reuniões Como está sendo a acei- TI pode ajudar nessa área. para agregar e integrar tação da entidade por Além de citar quesitos que mais participantes e assoparte dos associados? se tornam um diferencial ciados. David Oliveira: Acredi- competitivo no mercado. to que está sendo posiComo primeiro presidentiva. Ela foi lançada duQuais suas propostas te, quais são suas persrante a hospitalar 2012 e para os próximos meses à pectivas quanto à ABCIS? já estamos mobilizando frente da associação? David Oliveira: Nossa os preparativos do 1º FóDavid Oliveira: Além de expectativa é que ocorra rum Anual Setorial de TI, alavancar o grupo, nossa a promoção do desenvolque será realizado neste primeira meta é realizar vimento de ideias e solusegundo semestre, com este Fórum Anual, que- ções em TI por meio das o tema “Tecnologia Com remos fazer sempre que ações da ABCIS. Com o Foco no Paciente”. Esse possível, para discutir apoio do Aécio Rocha, vi52
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INTEGRAÇÃO
DE PROFISSIONAIS
ce-presidente e dos diretores de operacional, inovação e conhecimento e de planejamento estratégico, queremos ganhar espaço no mercado e ser um grupo independente, onde possamos contribuir com o setor da saúde de todo o Brasil. Nossa proposta é que os gestores hospitalares tenham um reconhecimento do nosso papel de sempre buscar inovações. Quais serão suas metas na
atuação da gerência de TI do Hospital Sepaco? David Oliveira: Há expectativas por parte da instituição e minha também. Queremos reestruturar a tecnologia como um todo, e desenvolver avanços de TI no hospital, considerado um centro de dezenas de especialidades médicas. O plano gestor está desenhado, ao todo foram elencados 20 projetos. A grande novidade do plano é inte-
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grar os softwares de gestão. Como são os sistemas informatizados utilizados no Sepaco? David Oliveira: Os recursos que nós gestores utilizamos é o próprio software de gestão hospitalar e de autogestão. Sempre temos uma proposta de melhoria contínua, a visão inicial é que a tecnologia proporcione uma capacidade de avançar na parte de diretriHC zes e estratégicas.
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TECNOLOGIA
Conexão para o
futuro
InterSystems apresenta estratégias tecnológicas para melhorar o atendimento da saúde em vários setores
FERNANDO VOGT, DIRETOR DE SAúDE DA INTERSYSTEMS MINISTRANDO O WORKShOP “ SAúDE CONECTADA”. O EVENTO DISCuTIu TEMAS SOBRE O FuTuRO DO ATENDIMENTO DA SAúDE PúBLICA E PRIVADA, ALéM DE DEBATER MEDIDAS DE COMO TORNAR OS SISTEMAS DE INFORMAçãO MAIS áGEIS, EFICIENTES E VIáVEIS.
Foto: Priscila Soares
N
o setor hospitalar existe uma grande preocupação ao redor dos serviços de atendimento ao paciente, pois é algo que sempre necessita de uma transformação, mas para isso a busca pela inovação em TI é mais que importante para atingir este objetivo. Milhares de
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instituições de saúde se preocupam com essas medidas que devem ser adotadas para a conquista de resultados positivos no futuro. O compartilhamento das informações dos usuários, por meio do prontuário eletrônico dos hospitais públicos e privados tem sido um ponto
de análise muito debatido nos últimos anos pelos gestores de saúde, com o intuito de melhorar o atendimento médico. Visando destacar sobre esse modelo de gestão, a empresa InterSystems promoveu em maio deste ano, em uma cafeteria da capital paulista, um
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Saúde
Conetada workshop com o tema “Saúde Conectada”, liderado pelo diretor de saúde da empresa, Fernando Vogt. O evento discutiu temas sobre o futuro do atendimento da saúde pública e privada. Além de debater medidas de como tornar os sistemas de informação mais ágeis, eficientes e viáveis. Por meio de dados sobre a situação da saúde no Brasil, Vogt mostrou alguns números interessantes sobre o cenário atual de atendimento, a exemplo da informação curiosa em que 30% dos hospitais do País são públicos e os outros 70% são da rede privada. “Mesmo quem tem plano de saúde no País não está bem atendido”, afirmou. Também foi apresentado um quadro sobre os problemas enfrentados pela saúde nacional. Esse painel informou que a estrutura hospitalar depende da demanda da parte operacional da gestão em processo e que os custos estão cada vez mais caros. Ele disse que o brasileiro não consegue planejar a saúde de forma adequada e que existem maneiras corretas de como tratar a população com custos mais acessíveis. “O Brasil, assim como vários países precisa melhorar o atendimento de saúde”, completou. Durante o evento foi destacado que é preciso melhorar o atendimento e qualidade por meio de logística de tecnologia, entre outros fatores. “O país
HealthShare Ao usar o modelo de “Saúde Conectada” mais avançado é necessário usar o healthShare, uma plataforma unificada e estratégica desenvolvida pela InterSystems que permite às organizações não apenas captar e compartilhar informações sobre o paciente, mas também analisar e entender esses dados de forma mais detalhada, para que possa ser feita uma melhor avaliação do atendimento. A ferramenta traz ainda recursos analíticos que permitem realizar uma ação mais direta e assertiva, que consequentemente melhora o atendimento.
precisa trabalhar a saúde com um olhar preventivo. E um dos planos para enfrentar esses desafios é o uso da tecnologia da informação”, argumentou. Segundo as estatísticas apresentadas, as instituições estão investindo mais em equipamentos e não na informação tecnológica. Na comparação desse tipo de investimento foi mostrado que com o uso dos equipamentos existe a questão da procura pela alta tecnologia e quanto ao uso da informação se obtêm controle nos processos. “Os equipamentos tendem a gerar altos custos. Já a informática foca na qualidade da informação, na gestão clínica e nos resultados”, enfatizou. Foram apresentados dados do IDC, informando que em 2012, no Brasil, hospitais públi-
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cos e privados investirão cerca de R$ 72 bilhões em TI. Ainda foi citado o forte investimento nos últimos anos em sistemas de gestão (ERP) no país. Ao citar sobre a ideia de Saúde Conectada, o diretor frisou que a sociedade está entrando na era do pós-prontuário eletrônico. Em seguida comentou sobre a importância de se criar novos pólos de PSF (Posto Saúde na Família) em várias regiões brasileiras com o intuito de evitar um mau atendimento no futuro. Com a criação desse modelo de conexão, a informação detalhada sobre a saúde do paciente deve estar em vários centros de saúde (hospital, uPA, farmácias, clínicas) do País que o cidadão reside. Com o uso de tecnologias como o TrakCare, solução desenvolvi-
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TECNOLOGIA da pela InterSystems, os dados da pessoa são distribuídos de maneira ampla, em um sistema baseado na web que entrega rapidamente os resultados de um registro eletrônico ao paciente. Este modelo tecnológico já foi implantado em Brasília (DF), no hospital Regional da Asa Norte (hRAN), onde os usuários do local já observaram dezenas de melhorias na qualidade do serviço prestado, como por exemplo a redução no pedido de exames em 50%. Todo esse processo integra ao Projeto SIS (Sistema de Integração de Saúde). Nesse princípio, foi informado que a base da “Saúde Conectada” são os prontuários eletrônicos que contribuem para a logística e aceleração dos processos clínicos, que geralmente demoram por vários meses para serem finalizados. “um dos importantes benefícios está na redução das filas nos hospitais.” A vantagem desta iniciativa está na conquista de um diagnóstico mais eficiente, que gera um resultado satisfatório no futuro. Além disso, a proposta da conexão de dados garante aos profissionais da saúde um suporte na hora de decidir algum laudo ou orientação ao paciente. Com todas essas ferramentas tecnológicas a instituição tende a ter uma organização mais completa dos 56
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serviços, consegue controlar os recursos e ainda confirma o acesso aos indicadores clínicos. Para ter segurança nesta distribuição de dados, as informações clínicas dos pacientes são armazenadas em um Data Center (servidor de dados). Este espaço passa por constantes atualizações, para evitar que algum dado seja corrompido.
Para garantia de um armazenamento de conteúdo seguro é necessário ter algum setor que fiscaliza o cadastro dos dados. Por isso, a Certisign é uma das empresas parceiras habilitadas a certificar as informações. Vale destacar que o TrakCare obteve certificação digital da Sociedade Brasileira de Informática na Saúde e Conselho HC Federal de Medicina.
InterSystems Criada em 1978, a InterSystems Corporation é uma empresa privada com filiais em 25 países e sede corporativa em Cambridge, Massachusetts, EuA. Líder global de software, fornece a princial plataforma para saúde conectada, por meio de produtos inovadores amplamente usados em outros segmentos que exigem o mais alto desempenho e confiança em software. Os softwares da empresa possuem algumas certificações como a IHE e SBIS (Sociedade Brasileira de Informação de Saúde). Os clientes do Brasil que utilizam os serviços da InterSystems são: hospital Português da Bahia, Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), Amil, Prodesp, Grupo Fleury, hospital Israelita Albert Einstein e algumas unidades da unimed do País. A InterSystems desenvolve atualmente projetos no Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo. No local será implantado um sistema de prontuário eletrônico com a proposta de “Saúde Conectada”, sendo uma iniciativa que vai beneficiar mais de 55 municípios. Outros casos de sucesso desta ação de conectar as informações de saúde foram feitas pela InterSystems na Suécia, Escócia, Dinamarca e Estados unidos.
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ESPAÇO
MÉDICO SUPORTE
Tecnologia
revolucionária Aparelhos menores, discretos e com recursos digitais oferecem autonomia e liberdade para quem enfrenta limitação auditiva
Fotos: Divulgação
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Tecnologia
Revolucionária
T
er a chance de voltar a se comunicar e interagir com a sociedade, recuperando a capacidade de viver intensamente, é um dos principais desejos de quem apresenta algum tipo de deficiência auditiva. O sonho tem se tornado cada vez mais realidade graças aos avanços tecnológicos. Os antigos aparelhos auditivos “grandes e barulhentos”, como muitos ainda dizem, evoluíram de maneira significativa, tanto em tecnologia quanto em design. hoje, são capazes de desempenhar automaticamente funções antes inimagináveis tão bem quanto à própria audição humana. Para se ter uma ideia, com a incorporação de sistemas de conectividade sem fio, já é possível promover a transmissão de som de produtos eletrônicos, como televisão e celular, diretamente para os aparelhos auditivos por meio da tecnologia Bluetooth. O sistema possibilita autonomia para quem enfrenta diaria-
mente limitações na audição. “Com essa tecnologia, as pessoas podem não só atender o celular, mas também regular o volume do som com um pequeno controle remoto e até mesmo ouvir MP3”, explica a fonoaudióloga Sandra Braga, gerente de produtos e porta-voz da Audibel - empresa de aparelhos auditivos 100% brasileira. No Brasil, esse sistema de conectividade é o grande diferencial do aparelho Beltone True da Audibel. Além de oferecerem aos deficientes auditivos o conforto de comandar sozinho o próprio celular, os avanços tecnológicos também facilitam a vida de muita gente que não vive sem televisão. Isso porque a conectividade wireless permite também que o aparelho auditivo seja conectado à TV e capte o som sem intermediários, chegando aos ouvidos dos usuários com alta qualidade sonora. Tanta inovação, na opinião da fonoaudióloga da unidade de uberlândia da Audibel, Jussa-
ra Nunes dos Reis, representa uma grande conquista: a independência. “O usuário do aparelho com esta tecnologia tem mais conforto e comodidade. Pode, por exemplo, assistir um programa de televisão tranquilamente, sem causar incômodo em quem está do lado e sem perder nenhuma informação.” A valorização do design é outro reflexo do avanço da tecnologia que almeja fazer com que os aparelhos sigam a tendência dos óculos, vencendo o preconceito para se tornar um acessório cool, ao mesmo tempo em que são fundamentais para a saúde e o bem-estar dos pacientes com perda auditiva. “Nossa indústria vem investindo para garantir ao deficiente auditivo o resgate da autoestima, colocando em primeiro lugar a vontade de viver bem e de forma ativa. Por isso, cada vez mais tem apostado em tecnologias menores, mais modernas e no design diferenciado”, diz Sandra.
Os antigos aparelhos auditivos “grandes e barulhentos” evoluíram de maneira significativa, tanto em tecnologia quanto em tamanho e design, e, hoje, são capazes de desempenhar funções antes inimagináveis
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ESPAÇO
MÉDICO SUPORTE abimed A Audibel também integra a Abimed (Associação Brasileira de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-hospitalares) que congrega 128 empresas dedicadas ao desenvolvimento de equipamentos e produtos de saúde inovadores e de tecnologia avançada, com aplicações em 11 especialidades médicas - Audiologia, Cardiologia, Cirurgia, Diagnóstico por Imagem, Gastrologia, Nefrologia/urologia, Neurologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia, Otorrinolaringologia - e também em Infraestrutura hospitalar e Reabilitação Física. As empresas associadas da Abimed respondem atualmente por cerca de 50% do faturamento do segmento médico-hospitalar e detêm uma participação de 0,4% do PIB brasileiro. Ao todo, são responsáveis pela geração de 113 mil empregos diretos e indiretos, entre atividades comerciais e industriais. A tecnologia voltada para o bem-estar e reintegração dos pacientes é o diferencial competitivo dos produtos da Audibel. Os aparelhos são desenvol-
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vidos com base nas necessidades e expectativas daqueles que necessitam do recurso em seu cotidiano. Isso possibilita a criação de circuitos tão
sofisticados, que as pessoas podem seguir ouvindo naturalmente os sons da vida, sejam da família, do trabalho ou simplesmente HC da chuva caindo.
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Preocupação
Necessária ESTRUTURAS
Preocupação necessária
Fotos: Priscila Soares
Dr. Marcelo Hueb, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial cita os pontos positivos da sua gestão na entidade e ainda comenta que o Brasil é carente de profissionais do setor em várias regiões
ESTANDE DA CAMPANhA DA ABORL
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struturas levadas a sério. Olho, boca, garganta e ouvido. Você sabia que no Brasil possui uma associação de apoio aos médicos especialistas desses órgãos? Se não sabia pode acreditar, porque há 34 anos a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-Facial (ABORL-CCF) representa perante a comunidade médica e científica, a especialidade de otorrinolaringologia e a classe dos otorrinolaringologistas. Com sede na capital paulista, a associação possui no Brasil representações políticas, estaduais em cada Esta-
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do, além do Distrito Federal. Ao falar do trabalho desenvolvido na gestão da ABORL, o atual presidente da associação Dr. Marcelo hueb que assumiu em janeiro de 2012 diz que recebeu uma estrutura bastante forte em vários aspectos, como de representatividade, de sociativis-
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ESPAÇO
MÉDICO ESTRUTURAS mo, financeiro, político e entre outros fatores. “Nós procuramos além de manter essa estrutura, buscar novos focos de parceria, com órgãos públicos, principalmente em nível Federal. Queremos ainda fazer uma parceria em nível estadual”, destaca, visando estabelecer um contato a mais com a população leiga, por meio de medidas de conscientização para prevenção de doenças ligadas ao setor de otorrinolaringologia. “A população precisa saber mais sobre essa especialidade. São sintomas e doenças muito comuns
que ocorrem nos ouvidos, nariz e garganta, parte respiratória, olfato, audição, equilíbrio, deglutição, voz; são locais que ocorrem doenças com extrema frequencia. E às vezes as pessoas não sabem que são coisas simples.” Para ele, o Brasil ainda é carente de especialistas de otorrinolaringologia no setor público. um dos problemas, segundo o presidente, é que as instituições não possuem uma quantidade suficiente de profissionais da área. “Isso ocorre bastante nos Estados das regiões do Norte e Nordeste”, analisa.
O presidente conta que a entidade busca sempre por inovações, a exemplo de a comunidade poder conferir novos boletins com textos que priorizam o associado. Ele diz que recentemente um órgão foi aprovado no conselho diretor para fazer parte do estatuto. “Esse órgão será composto por presidentes da associação”, explica, após citar que a entidade teve a oportunidade de inaugurar no final de junho a galeria de fotos dos ex-presidentes, com a proposta de valorizar a história. O número de associados
DR. MARCELO huEB, PRESIDENTE DA ASSOCIAçãO
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Preocupação
Necessária
pagantes da ABORL atingiu neste ano um patamar recorde de mais de 4.500, o que representa quase 90% do mailing oficial da entidade. A meta da diretoria é atingir até o final do ano, um total de 5 mil. hueb revela que sua gestão, em parceria com uma empresa de pesquisas, promove um censo completo em nível Brasil, com várias instituições sendo analisadas. “A finalidade é ter um cadastro completo, dos otorrinolaringologistas do País, que gira em torno de 7 mil”, enfatiza. Sobre uma das grandes
vantagens dos profissionais participarem da associação, o presidente afirma que hoje as anuidades oferecidas garantem um maior número de benefícios. um dos exemplos é uma revista científica, classificada em alto nível no mercado internacional, além de um departamento jurídico bastante atuante. “Fazemos inúmeros cursos itinerantes no País, e esses cursos são gratuitos para nossos associados”, completa. Congresso A ABORL organiza também o Congresso Brasileiro
enContRo De giganteS
Realizada pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e seus braços científicos, a campanha nacional de saúde “Caminhos da Otorrinolaringologia” visa educar e conscientizar a população sobre as principais doenças que atingem essa região do corpo humano. A ação, que vai passar por 17 cidades brasileiras, ainda conta com uma carreta de 17 metros com um miniauditório, onde estão programadas palestras, aulas e atendimento para o esclarecimento de dúvidas sobre a especialidade.
de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial levando inovações científicas e debatendo assuntos de relevância. A diretoria informa que a próxima edição, que será realizada entre 14 e 17 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco em Recife, contará com mais de 20 convidados internacionais. “Vamos ter ainda uma feira de tecnologia, equipamento e material também, tudo a um preço bastante acessível para o associado. Então os benefícios são inúmeros”, destaca HC o presidente.
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especial hospitalar 2012 Veja algumas novidades que marcaram a 19a edição da Feira Fórum Hospitalar
Balanço da feira Grupo Mídia Philips Agfa Hospital Paulistano Maquet SisnacMed Sismatec WEM Steris Centro Serviços Biosensor Bioclin Cisa Albert Einstein Abimed HEALTHCAREManagement 19
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Muito além dos negócios
Fotos: Jefferson Bernardes
Mercado da saúde recebe investimentos através da Hospitalar, que se consagra como um dos mais importantes eventos da saúde no mundo
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rescentes investimentos realizados pelos hospitais, clínicas e serviços de saúde, aliados ao aumento do número de beneficiários dos planos de saúde, levaram a um incremento natural nos negócios deste setor nos últimos anos. A Hospitalar atua como vitrine para esses profissionais, como termômetro para o mercado e como espelho para o setor. É o ponto de referência, de comparação, marco para a indústria registrar seus avanços tecnológicos. Ao mesmo tempo, apresenta-se como uma grande convenção do setor da saúde, aproximando pessoas e congregando inteligências. A 19ª edição do evento que ocorreu em maio rendeu milhares de vantagens ao mercado nacional e internacional da saúde. Foram quatro dias de muita negociação, inovações e também presença de autoridades de vários países. No primeiro dia, o evento contou com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que percorreu os corredores da feira e pode conferir as novidades de alguns expositores deste ano. O governador foi acompanhado pela presidente da Hospitalar, Dra. Waleska Santos, e por lideranças do setor. Este ano o evento contou
Próxima edição Em 2013, a Hospitalar chega à sua 20ª edição, confirmando como um dos relevantes eventos mundiais no mercado da saúde. De acordo com a Dra. Waleska Santos, a feira é muito dinâmica, e vem apresentando soluções para as demandas e o crescimento do setor médico que segue em constante desenvolvimento. Ela adiantou que a edição deste ano, serviu como uma preparação para o ano que vem, pois será lançada a Hospitalar Digital Health –feira e fórum com enfoque nas áreas de TI, Telemedicina e Telessaúde, que neste ano teve uma prévia realizada com empresas destes segmentos que estavam agrupadas no Pavilhão Verde.
com 1.250 expositores, com a presença de marcas líderes de todas as áreas da saúde, mas também novas empresas, que trouxeram alternativas de inovação, qualidade, preço e atendimento. Essas empresas vieram de todo o Brasil e de mais 33 países, que ocuparam totalmente os pavilhões do Expo Center Norte em São Paulo (SP). No total houve mais de 90 mil visitas altamente qualificadas, representando 40 mil profissionais de todo o Brasil e de um total de 60 países. Além disso, o Fórum da Saúde contou com cerca de 10 mil participantes nos congressos, seminários, workshops e reuniões setoriais realizados em conjunto
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com a feira. A Dra. Waleska Santos avaliou como positivo o crescimento do setor de saúde e do próprio evento. A presidente e fundadora da feira e fórum ressaltou como fundamental a troca de informações e conhecimento que ocorre na Hospitalar. “É um balanço sempre satisfatório que fazemos no evento. Sempre a Hospitalar vem se surpreendendo. No último dia foi muito válida, ter a visita do Ministro da Saúde Alexandre Padilha, que veio diretamente de Genebra, da reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua reunião anual”. Para a presidente, todo esse envolvimento de auto-
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ESPECIAL
HOSPITALAR 2012 ESPECIAL ridades e do Ministério da Saúde mostra que hoje, a hospitalar, e todo o conjunto de entidades e parceiros da área da saúde tem uma importância relevante para o País. “No Brasil, a saúde tem 9% do PIB nacional, e emprega cerca de 10 milhões de pessoas, ou seja, tem a sua
“OS PARTICIPANTES DA hOSPITALAR TEM QuE APROVEITAR ESSA OPORTuNIDADE DE TERMOS uM SISTEMA PúBLICO QuE BuSCA LEVAR ATENçãO INTEGRAL à SAúDE PARA TODA A POPuLAçãO. ALéM DE TER uM SETOR PRIVADO QuE SEMPRE CRESCE” ALExANDRE PADILhA, MINISTRO DA SAúDE
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parcela de contribuição na área social”, enfatizou. Ao comentar sobre a amplitude do evento neste ano, o Ministro Alexandre Padilha disse à reportagem da Healthcare Management, que a feira já é a segunda maior do mundo no setor, e mostra a força, não só do setor privado do País, mas também da importância cada vez maior da saúde para o desenvolvimento nacional. “Os participantes da hospitalar tem que aproveitar essa oportunidade de termos um sistema público que busca levar atenção integral à saúde para toda a população. Além de ter um setor privado que sempre cresce, pois temos mais de 50 milhões de brasileiros, com plano de saúde, sendo uma área com alta densidade tecnológica”, destacou Questionado sobre os investimentos do Governo Federal no setor privado da saúde, Padilha afirmou que o grande incentivo foi a margem de preferência nacional na compra governamental. Ele falou que o governo regulamentou, através de decreto, uma lei que cria possibilidade de se pagar até um valor maior, desde que o produto seja nacional, fruto de inovação tecnológica. “Estamos fazendo uma
Fotos: Priscila Soares
“é uM BALANçO SEMPRE SATISFATÓRIO QuE FAzEMOS NO EVENTO. SEMPRE A hOSPITALAR VEM SE SuRPREENDENDO” DRA. WALESKA SANTOS, PRESIDENTE DA hOSPITALAR
grande compra de aceleradores lineares, são R$ 500 milhões de investimento.” O critério fundamental para algum empreendimento adquirir este benefício é ter a produção no Brasil, ou seja, quem instalar uma fábrica de produtos lineares no País. “Com esse critério da margem de preferência, vamos incentivando ainda mais a produção”, acrescenHC tou o Ministro.
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Informação pelos Fotos: Priscila Soares
corredores da feira
Publicações do Grupo Mídia garantem mais informações do setor da saúde aos visitantes e expositores da Hospitalar 70
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m tempos de evolução na comunicação, a busca pela informação séria e precisa tem sido algo mais que essencial para os gestores e parceiros das instituições da saúde, que precisam sempre estar atualizados com as novidades do mercado. Foi com essa missão que o Grupo Mídia esteve presente durante os qua-
“...O público gosta de inovação, por isso que temos uma aceitação muito agradável no mercado”
Erica Alves, gerente de marketing
tro dias da Feira Hospitalar 2012. Este ano a empresa de comunicação levou para o evento suas principais publicações em circulação nacional, sendo as revistas HealthARQ e a Healthcare Management. Com um estande no pavilhão Verde, da Expo Center Norte, o Grupo Mídia apresentou aos visitantes e gestores da feira várias reportagens das revistas, além de estreitar o relacionamento com anunciantes e entrevistados. O estande do grupo também foi o local de lançamento da 4ª edição da HealthARQ – primeira revista do Brasil direcionada ao setor de arquitetura e construção na área da saúde. O lançamento da publicação mostrou o que há de mais novo nas construções das edificações dos hospitais brasileiros. Satisfeitos com a publicação, muitos gestores até garantiram a assinatura da revista para o próximo ano. Outro lançamento do Grupo Mídia foi a 18ª edição da Healhtcare Management que chegou ao mercado com nova reformulação no layout. Presente na imprensa direcionada à saúde há quatro anos, a publicação destacou a im-
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“Nossa equipe fez a distribuição das revistas em todos os estandes. Além de realizar uma cobertura completa...” Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mída
portância da acreditação nas instituições médicas, além de citar novidades do setor de TI e também o aumento da exportação dos produtos da saúde no Brasil. Para Erica Alves, gerente de marketing do Grupo Mídia, a participação da Hospitalar contribuiu de forma satisfatória para a divulgação dos produtos de comunicação da empresa. “Nossa equipe se
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HOSPITALAR 2012 ESPECIAL empenhou por vários meses, para produzir um resultado positivo na feira. O público gosta de inovação, por isso que temos uma aceitação muito agradável no mercado”, afirmou. Todo o material do Grupo Mídia foi distribuído gratuitamente nos corredores da hospitalar. No total foram distribuídos em todos os pavilhões mais de 7 mil exemplares das duas publicações. O presidente do Grupo Mídia, Edmilson Jr. Caparelli comentou que a feira foi uma grande aliada do grupo de comunicação, pois foi um espaço para informar e estabelecer um contato com cada empresa. “Nossa equipe fez a distribuição das revistas em todos os estandes.
40%
é A MéDIA DE PARCEIROS DO GRuPO MíDIA NA hOSPITALAR Além de realizar uma cobertura completa de todas as inovações apresentadas neste ano.” A gerente de novos negócios do Grupo Mídia, Giovana R. Teixeira, analisa que a feira alavancou a procura de parceiros e apoiadores tanto nas duas publicações. “Sempre temos uma atenção especial com a hospitalar, porque 40% dos nossos parceiros estão presentes no evento. Muitos contatos foram
estabelecidos durante esta edição. A cada ano a feira tem superado nossas expectativas.” Ela disse que ter o estande no evento facilita o relacionamento com os expositores e interessados nos produtos do grupo. No último dia da feira, a revista healthcare Management foi apresentada ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha, que teve a oportunidade de conhecer o novo visual da publicação, que tem se consolidado o mercado da saúde nacional nos últimos anos. “é de extrema importância que a nossa revista chegue aos principais gestores e administradores da saúde no Brasil”, finalizou HC Caparelli.
“SEMPRE TEMOS uMA ATENçãO ESPECIAL COM A hOSPITALAR, PORQuE 40% DOS NOSSOS PARCEIROS ESTãO PRESENTES NO EVENTO. MuITOS CONTATOS FORAM ESTABELECIDOS DuRANTE ESTA EDIçãO. A CADA ANO A FEIRA TEM SuPERADO NOSSAS ExPECTATIVAS.” GIOVANA TEIxEIRA, GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS
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Soluções de primeira em
TI
Philips apresenta monitor inovador e Sistema Tasy na versão em Java
Tasy- Sistema de gestão de saúde
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Fotos: Priscila Soares
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uito se fala em tecnologia nos últimos anos no setor da saúde. Gestores hospitalares vivem em uma intensa busca por inovações para adiantar os processos de atendimento e garantir aos pacientes o bem-estar acima de tudo. é de olho nesse ideal que a Philips vem desenvolvendo a cada dia, soluções integradas em saúde para suprir uma necessidade tão requisitada pelos administradores de instituições médicas. Durante a hospitalar, a empresa líder global esteve pre-
Visitantes buscam novidades e inovações tecnológicas
sente em dois stands – um no pavilhão branco, com 260m², no qual mostrou ao público seus equipamentos de monitores, ventilação, anestesia, acessórios e consumíveis, e outro no pavilhão verde, de 81m², onde apresentou suas soluções integradas de TI para a saúde. Como afirmou Juan Hoyos, diretor do setor de TI para a Saúde, a Philips teve uma procura elevada na hospitalar, estando alinhada às expectativas da empresa. “Temos uma aceitação muito satisfatória, pois
oferecemos linhas de produtos que garantem segurança da informação, simplifica ção ao fluxo de atendimento, melhoria da rentabilidade e ajuda no salvamento de vidas”, destacou. As inovações que a Philips apresentou no evento são consideradas de primeira linha por vários gestores. um dos produtos destaques é o Tasy – sistema de gestão de saúde, lançado na versão Java, onde traz uma flexibilidade em termos de usabilidade, muito acima do que já existiu no mercado. Este siste-
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ma é único, completamente integrado, robusto, aderente aos processos das organizações de saúde e baseado nas regras de negócios. O Tasy já é utilizado por mais de 420 instituições de saúde em todo o país e está em hospitais de referência, como o Hospital Cristovão da Gama, em Santo André (SP). Hoyos comentou alguns aspectos em função do lançamento desse produto, em que a Philips adquiriu por meio da antiga empresa Wheb Sistemas. “O nosso pilar é o da inovação, queremos sempre trazer novidades tecnológicas para os clientes.” Sobre o segundo pilar ele destacou a transparência, devido ao fato de a Philips querer mostrar para o mercado inovações de maneira diferenciada, mostrando provas e cases de sucesso. Já o terceiro pilar é o respeito aos clientes em todos os sentidos. “Eles querem saber como ficam o legado e a transição, estamos com um planejamento completo”, explicou.
Monitor Intellivue MX800, formato de tela widescreen, sensível ao toque
Monitores Um dos monitores que foi destaque na Hospitalar foi o Intellivue MX700 e MX800: A linha Intellivue MX foi projetada para atender as necessidades únicas em ambientes de alta precisão para todos os tipos de paciente. Além de apresentar um design novo e arrojado
Juan Hoyos, diretor do setor de TI para a Saúde
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com um formato de tela Widescreeen, sensível ao toque e visibilidade lateral, é possível utilizar no sistema iPC, que agrega ao monitor um processador independente, com plataforma Windows, trazendo informações clinicamente relevantes a partir da Intranet do Hospital ou aplicações de mais informações para a decisão no momento do atendimento como imagens ou relatórios do histórico do paciente. Além disso, ainda apresenta telas flexíveis com múltiplas interfaces e configurações com as quais se torna possível visualizar até 12 formas de ondas em tela de até 19’’, suportando vários parâmetros e interfaces para diversos modelos de equipamento de ventilação e HC anestesia.
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Avançados sistemas de saúde lançamentos e soluções integradas para a gestão de saúde são apresentadas pela Agfa HealthCare
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certificado Food & Drug Administration (FDA) que permite a comercialização do digitalizador de imagens Dx-M nos Estados unidos foi adquirido recentemente pela Agfa healthCare. A solução já era comercializada em toda a Europa, com o aval do certificado EUREF. O DX-M é um digitalizador de última tecnologia em radiologia computadorizada (CR) que, com a novidade, passa a ser a única solução de CR para mamografia digital que conta com as duas certificações internacionais mais importantes. Esse equipamento, entre outros foram alguns dos diferenciais apresentados pela Agfa durante a Feira hospitalar 2012. Segundo o gerente de vendas da Agfa healthCare, Robson Miguel, a aceitação da empresa no evento foi bastante satisfatória, ainda mais porque a Agfa apresentou novos produtos provenientes da WPD, uma das principais empresas de TI em saúde no Brasil e que foi adquirida pela Agfa no ano passado. “Este é o primeiro evento que estamos 76
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apresentando em conjunto.” A intenção dessa aquisição foi de buscar o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes, incluindo a implantação de Sistemas de Informação Clínica e hospitalar de ponta. Para Miguel, atualmente o mercado está bastante maduro e o público também já conhece a empresa na hospitalar. “Esses fatores contribuíram para termos esse sucesso no evento.” Dos clientes que vão ao estande da Agfa, muitos procuram por novidades, outros querem conhecer melhor o processo de aquisição que a Agfa desenvolveu no ano passado. O ritmo de como a Agfa lanFoto: Priscila Soares
ça novos produtos, tem sido um fator muito significativo para o progresso da cadeia de distribuição da mesma, que faz cobertura em todo o País. Essa representação é feita por meio de outras empresas que vendem os produtos Agfa. “uma boa parte do sucesso vem por meio desses distribuidores”, afirmou.
A ACEITAçãO DA EMPRESA NO EVENTO FOI BASTANTE SATISFATÓRIA, AINDA MAIS PORQuE A EMPRESA APRESENTOu NOVOS PRODuTOS PROVENIENTES DA WPD, uMA DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DE TI EM SAúDE NO BRASIL ROBSON MIGuEL, GERENTE DE VENDAS DA AGFA hEALThCARE
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A empresa
A Agfa HealthCare, membro do Grupo Agfa-Gevaert, é líder global dentre os fornecedores de diagnóstico por imagem e soluções de TI para a área da saúde. Tem cerca de um século de experiência no setor da saúde e tem sido uma pioneira no mercado de TI para esse segmento desde o início dos anos 1990. Hoje a Agfa HealthCare projeta, desenvolve e entrega sistemas de ponta para capturar, administrar e processar imagens de diagnóstico e informações cliínico-administrativas para hospitais e clínicas, bem como soluções de contraste para resultados médicos efetivos de imagem. A empresa tem escritórios de venda e representantes em mais de 100 países no mundo. As vendas para a Agfa HealthCare em 2010 foram de 1,180 milhões de Euros.
Quanto aos cases de sucesso de instituições que utilizam os produtos Agfa, existe a Santa Casa de São Paulo (SP), entidade que atende pacientes do segmento público, e também oferece atendimento privado. “O nosso sistema foi utilizado por residentes médicos, em um hospital ligado a uma universidade de medicina”, completou. Com a aquisição da WPD, a Agfa desenvolveu aqui no Brasil, seu oitavo centro de pesquisa. E agora pode levar todos esses benefícios ao cliente final. A empresa promete incorporar tudo o que há de diferente lá fora.
Novidades Em relação às novidades apresentadas na Hospitalar, dois produtos tiveram lançamentos bastante significativos na área de equipamentos de diagnósticos. Um deles é o CR 30 X-M – digitalizador portátil que faz exames de mamografia, raio-x, sendo ideal para as instituições que buscam melhor custo benefício, pois oferece soluções mais econômicas. Já o outro produto é o CR 10-X, um digitalizador compacto ideal para ambientes descentralizados de Radiologia, projetado para oferecer um melhor custo efetivo, pois
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é fácil de instalar e tem rápida manutenção. Foi criado para cíinicas de pequeno porte que desejam migrar para o mundo digital. Conectado a uma estação NX, o equipamento oferece uma resolução de 100 µm e capacidade de leitura de 34 imagens por hora em formato 35x43cm, sendo facilmente conectado a soluções de impressão ou estação de diagnóstico Agfa. Além dessas novidades, na área de TI a Agfa conta com sistema de medicina preventiva, sistema PACS e de radiologia. E ainda possui módulo medicina preventiva – devido a Agfa atuar com empreendimentos do segmento vertical, ou seja, operadoras de plano de saúde que tem sua rede própria e necessitam fazer um exame para prevenção. Esse módulo mapeia todos os processos e evita que pacientes venham a ter algum tipo de patologia. Planos Quanto aos planos para os próximos anos, a Agfa tem uma linha de produtos que será lançada ainda no segundo semestre deste ano. A empresa aguarda a vinda de um software de gestão clínica, um programa que já é usado por mais de 1mil hospitais no mundo. “Será um programa que vai atender os sistemas mundiais”, HC comentou o diretor.
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Futuro em pleno funcionamento Demonstração de produtos atrai a atenção de gestores
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íder mundial em sistemas médicos e soluções completas para salas de cirurgias, urgência e terapia intensiva com alto nível de segurança, a empresa MAQuET, do grupo sueco Getinge, promove inovações transformando o futuro dos hospitais no Brasil. Durante a Feira hospitalar 2012, a multinacional apresentou um hospital em funcionamento, envolvendo mais de 60 profissionais em uma ação inédita no País. Em estande de 525 m², além de mostrar o fluxo de atividades em sala de emergência, sala híbrida, centro cirúrgico cardíaco, uTI, central de esterilização e central de transferência de paciente, o grupo ainda apresentou um sistema de retirada de safena por endoscopia, outro de prevenção de trombose e um exclusivo elevador de pacientes. Segundo Norman Pierre Guenther, presidente do Grupo
Getinge no Brasil, a hospitalar é um evento muito importante para a empresa, porque é uma das poucas plataformas, que permite apresentar, o portfólio inteiro, da companhia, para um público muito específico. “Nossa equipe está dentro das expectativas, o primeiro dia foi bastante satisfatório quanto às vendas.” Sobre as demonstrações dos produtos feitos no estande, Guenther afirmou que o efeito visual é sempre o que mais fica na mente das pessoas. “Por ser uma tecnologia nova, algo que não existe, desperta o interesse dos clientes durante a Feira”, enfatiza ao dizer que a iniciativa gerou uma conscientização para este tipo de produto. A meta da empresa era fechar a hospitar 2012 com um saldo de vendas em torno de cinco milhões, mas, devido ao grande sucesso, o evento mais que duplicou as vendas Fotos: Priscila Soares
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Norman Pierre Guenther, CEO e Jennifer herbst, marketing
do ano passado: foram R$ 13 milhões. novidades Dezenas de inovações estiveram presentes no estande do Grupo Getinge durantes a hospitar 2012: a empresa apresentou a “Sala hibrida”, que é a integração, de um equipamento de imagem, com uma sala inteligente. As novidades se estendem por meio da Central de Material Esterilizado (CME), Endoscopic Vessel harvesting (EVh), Flow-i, Maxi Sky, Flowtron, PlannigSuite e o Erbejet. HC
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Equipamentos médicos inovadores Produtos inovadores na 19a edição da Hospitalar ornar o trabalho dos profissionais da saúde mais humano e eficiente é um ato mais que fundamental para a SisnacMed. A empresa do segmento hospitalar, oferece produtos inovadores exclusivos no Brasil, de diversas corporações internacionais, reconhecidas por criar soluções práticas e de alta qualidade. A SisnacMed esteve presente na Feira Hospitalar 2012 apresentando uma alta linha de produtos desenvolvidos para hospitais e clínicas que tornam o trabalho mais satisfatório, auxiliando no conforto e segurança tanto dos pacientes quanto dos profissionais. “Nós buscamos sempre ter um foco, oferecer os melhores produtos no mercado internacional. Nós trouxemos para o Brasil aquilo que estava faltando”, relatou a diretora de negócios da SisnacMed, Ivani Campagnari. Segundo ela, a meta da empresa é proporcionar maior qualidade possível aos clientes, procurando sempre oferecer produtos confiáveis, que seja acessível ao mercado, e algo que realmente atenda às necessidades. Na Hospitalar a empresa montou um stand com 70 m² levando aos clientes o que existe de mais novo, em re-
lação à equipamentos hospitalares. “Estamos atendendo uma necessidade dos profissionais que buscam por segurança, que se preocupam com seus respectivos pacientes”, disse o diretor comercial, Anderson Guilhem. A SisnacMed espera um crescimento das vendas em torno de 15% devido a participação na Hospitalar. “A Feira traz muitos negócios, o principal é você mostrar ao seu público. Mostrar que você está no espaço. E nós estaremos sempre trazendo novidades”, revela Ivani. Inovação Nessa 19ª edição da Hospitalar, a SisnacMed apresentou alguns produtos inova-
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“Nós buscamos sempre ter um foco, oferecer os melhores produtos no mercado internacional. nós trouxemos para o Brasil aquilo que estava faltando” Ivani Campagnari, diretora de negócios da SisnacMed
dores como um carrinho de alimentação, que oferece segurança para levar alimentos aos pacientes, tendo divisórias para alimentos quentes e frios. Além disso, a empresa apresentou uma máquina de digitalizar ampolas, que coloca uma etiqueta com código de barras, sem tampar a que vem de fábrica. E também foi apresentada uma cama elétrica desenvolvida na Colômbia, sendo um equipamento HC muito prático.
Foto: Priscila Soares
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Aprovada por vários gestores Focos cirúrgicos com tecnologia lED faz parte das inovações da Sismatec
Fotos: Priscila Soares
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a hospitalar 2012 a Sismatec informa ter superado 40% das expectativas em relação às vendas e procura dos clientes. “Estamos com uma aceitação muito boa no mercado e nossos clientes sempre voltam para saber das novidades. Geralmente o que você comercializa em feira, no 80
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próximo mês dobra. Esse é o padrão que a gente tem”, acrescenta Edilson Daniel Vera, gerente de produtos da empresa. Como é feito em todos os anos, a Sismatec sempre mostra algum diferencial na hospitalar. Desta vez, a empresa apresentou Focos Cirúrgicos com Tecnologia
LED, modelo este, dedicado a proporcionar iluminação mais abrangente no campo operatório, controle de temperatura de cor e o Sistema Endo. Sua construção óptica resulta em um alto índice de luminosidade que em seu modelo top de linha chega a 160.000 Lux. “Este produto além de ser uma tecnologia totalmente nacional, desenvolvida em nosso departamento de pesquisa e desenvolvimento, o que proporciona segurança e baixo custo de manutenção,” destaca o gerente. Esteve presente no estande da Sismatec o engenheiro Jadis de Santis Junior, que atualmente é professor titular da Fundação Educacional de Barretos e gerente da manutenção clínica no hospital de Câncer de Barretos – Fundação PIO XII. Recentemente foi adquirido para o IRCAD (Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica) uma série de equipamentos, todos
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de última geração e a Sismatec forneceu cerca de 20 unidades de focos cirúrgicos. “Os focos cirúrgicos são de extrema qualidade e modernidade, atendem perfeitamente nossas expectativas”, enfatizou engenheiro Jadis. E os resultados positivos dos equipamentos da Sismatec se estendem também na região centro-oeste do Brasil. O Hospital Santa Rita, em Dourados (MS), que promove mensalmente 250 cirurgias de alta complexidade, implantou nos últimos anos em seu setor cirúrgico, focos cirúrgicos Sismatec. “Nós já tínhamos produtos da Sismatec no hospital e passamos por uma reforma, três anos atrás, e optamos por continuar, pois temos como prioridade a qualidade dos equipamentos”, declarou a economista Maria Isabel de Aguiar, administradora do Hospital Santa Rita. Ela destaca que substituiu o foco cirúrgico de uma das salas por outra marca do mesmo segmento, porém ficou insatisfeita. “Tivemos problemas com o equipamento de outra marca e preferimos substituir pelos focos cirúrgicos Sismatec que possuem qualidade, modernidade e garantia de assistência técnica”, citou,
sobre as vantagens dos focos não apresentarem aquecimentos excessivos e terem maior concentração de luminosidade. Outro ponto avaliado pela gestora foi a questão da relação custo/ benefício por ser positiva, e a manutenção de qualidade. “Mais que vender, você tem que dar apoio ao cliente”, ressalta o gerente de produtos, Edilson Vera No mercado A Sismatec deu início à sua trajetória no mercado em abril de 1980, na cidade de Curitiba (PR). A experiência de seus fundadores Mário Sérgio Fontoura e Cícero Gustavo Klaesius fez com que a Sismatec chegasse aos 31 anos nos dias atuais como uma empresa de referência em equipamentos médicos hospitalares no Brasil e exterior. Desde o ano de 2003, atua no mercado internacional, inclusive com representação em feiras, mais notadamente nos Estados Unidos, Alemanha e Emirados Árabes, e desde o ano de 2006 emprega a marca CE “Conformidade Européia”, pois, cumpre os requisitos essenciais para utilização da marca e seus produtos. Sempre com o objetivo de fornecer os melhores produtos e fiel à sua crença: “Tecnologia a ser-
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“Acreditamos nas relações que cultivadas e preservadas, criam um vínculo de respeito e fidelidade, buscando sempre fortalecer o nosso compromisso com o cliente”.
Edilson Daniel Vera, gerente de produtos da sismatec
viço da vida” obtém mais de 10 mil equipamentos no mercado entre eles: Mesas cirúrgicas (eletro-hidráulica e mecânica hidráulica), focos cirúrgicos monofocais e multifocais Halógenos e LEDs (teto, auxiliar e parede), serras para osteotomia, perfuradoras ósseas, monitores e câmeras cirúrgicos, suporte para equipamentos (monoarticulado, biarticulado, imagem e anestesia) e salas integradas inteligentes. HC
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Tecnologia na cirurgia WEM apresenta novidades na 19a Feira Hospitalar Fotos: Jailson Rainer
VISITANTES DA 19a FEIRA hOSPITALAR APROVEITAM PARA CONhECER
AS
NOVIDADES
LANテァADAS PELA WEM, COMO A CANETA MuLTIFuNCIONAL GRIFF, OS BISTuRIS ELETRテ年ICOS SS-601 MCA, PARA SALA INTEGRADA, E SS501Sx.
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xistem equipamentos tecnológicos que podem fazer a diferença em um ambiente hospitalar, principalmente em uma sala de cirurgia. Atualmente o mercado mundial de produtos médicos passa por constantes pesquisas em busca de aparelhos e máquinas que trazem resultados satisfatórios, tanto para os profissionais da saúde quanto para os pacientes. Detentora de 70% do mercado brasileiro de bisturis eletrocirúrgicos, a empresa paulista WEM Equipamentos Eletrônicos vem evoluindo tecnicamente, sempre buscando aprimorar seus equipamentos para o completo atendimento às instituições de saúde. Líder neste segmento, a empresa esteve presente na 19ª Feira hospitalar, realizada no Expo Cen-
ter Norte. A linha de produtos da WEM foi apresentada no evento, incluindo destaques como o Bisturi Eletrônico SS601 MCa para Sala Integrada, que permite todos os ajustes e toda a monitoração dos equipamentos da sala cirúrgica em um só painel de comandos. “Dessa maneira, o médico não precisa que a equipe de enfermagem esteja verificando todos os equipamentos do centro cirúrgico, isto porque em apenas uma tela ele consegue fazer todos os ajustes. é um grande benefício que traz agilidade aos procedimentos”, explica Thiago Fernandes, engenheiro clínico da WEM. Outro produto em destaque foi o SS501Sx, equipamento de 400 watts de potência,
com diversas funções diferenciadas. Ele oferece corte pulsado, muito importante para ressecção de tecidos delicados, além de ter quatro modos de coagulação, específicos para endoscopia. A Caneta Multifuncional também esteve entre as novidades da Feira. Já em comercialização no exigente mercado dos Estados unidos, possui FDA e foi exibida pela primeira vez no Brasil durante a Feira hospitalar 2012. Destaque também para suas quatro funções em uma só unidade, que possue corte e coagulação convencional e ainda por gás argônio, atendendo plenamente todas as necessidades dos procedimentos cirúrgicos, enquanto as demais versões nacionais operam com apenas três funHC ções.
“é uM GRANDE BENEFíCIO QuE TRAz AGILIDADE AOS PROCEDIMENTOS” ThIAGO FERNANDES, ENGENhEIRO CLíNICO DA WEM
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Soluções tecnológicas na
saúde
STERIS América latina apresenta macas inovadoras projetadas para salas cirúrgicas
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urante o processo da escolha de cada equipamento médico, muitos gestores se preocupam com a aquisição de produtos que consigam solucionar problemas e garantir tratamentos de primeira para os pacientes. Ligada nessas exigências do mercado, a STERIS América Latina desenvolve equipamentos nas áreas de esterilização e cirurgia para dezenas de hospitais nacionais. Na hospitalar 2012, a empresa esteve presente mostrando o que há de mais
inovador, como por exemplo as macas 5085 SRT e 5085 SRT, que proporcionam inovações projetadas
“TODOS OS ANOS A GENTE VEM MOSTRANDO RESuLTADOS E PROJETOS. TODOS OS ANOS NÓS TEMOS SuCESSO, MuITO EM FuNçãO DA MARCA QuE ESTá FICANDO CADA VEz MAIS CONhECIDA” huMBERTO IzIDORO
para salas cirúrgicas atuais e futuras. Também foi apresentado a Tecnologia LED e o Sistema de Integração Fotos: Priscila Soares
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harmony iQ™ - Sala Inteligente. Conforme humberto Izidoro, vice-presidente da STE-
RIS, essa foi a quinta edição da hospitalar que a empresa participa. “Todos os anos a gente vem mostrando resultados e projetos. Todos os anos nós temos sucesso, muito em função da marca que está ficando cada vez mais conhecida”, afirmou. Nas demonstrações dos produtos do estande, Izidoro destacou alguns hospitais que adotaram a tecnologia da STERIS, a exemplo do Real hospital Português de Recife (PE). “No Português foi investido quase R$ 3 milhões de reais em
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equipamentos de excelente desempenho.” O hospital adquiriu um sistema de lavagem automatizado para instrumentais e respiratórios, bem como para seus carros de carga e utensílios. Quanto às outras novidades, ele disse que a mesa 5085 SRT tem grande vantagem em permitir melhor posicionamento do paciente. Pois o equipamento é uma união de características. E o Sistema de Integração harmony iQ™ - Sala Inteligente tem como função integrar todos equipamentos dos centros cirúrgicos, em um único monitor. “Permite transferir o vídeo em uma caixinha de solução [roteador], integrando as funções de áudio e imagem”, explicou. Essa tecnologia oferece benefícios que vão além de um preço mais acessível: sistema de alta definição, utilização de fibras ópticas (que é totalmente a prova de interferências, não possui largura de banda de transmissão de dados e garante a integridade do sinal de vídeo disponibilizado por qualquer fabricante) e a arquitetura aberta (ou seja, a STERIS dispõe de uma tecnologia que possibilita a comunicação com todas as marcas de forma imparcial,
garantindo ao hospital a livre escolha da tecnologia – já utilizada ou que possa ser adquirida no futuro). “Com esta sala podemos unir diversos recursos dentro da sala cirúrgica, melhorando o fluxo de trabalho e reduzindo o índice de infecção”, concluiu. Tecnologia no Sul Na busca por melhorias, o hospital Doutor Astrogildo Azevedo (RS) investiu mais de R$ 1,2 milhão na aquisição de tecnologias para o centro cirúrgico, com o objetivo de agregar sustentabilidade, redução de custo operacional e aprimorar o atendimento das demandas do SuS (Sistema único de Saúde). Foram adquiridos, da STERIS, cinco mesas cirúrgicas elétricas, 14
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estativas de equipamentos suspensas, cinco focos cirúrgicos LED e um autoclave alta temperatura para atender a uma demanda imediata da central de esterilização. O projeto está previsto para ser inaugurado no segundo semestre deste ano. HC
humberto Izidoro, vice-presidente da STERIS
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Pela higienização hospitalar Trabalho capacitado de higienização é o diferencial oferecido pela Centro Serviços e o hospital possui um serviço de limpeza que atenda todas as demandas do ambiente, vários setores são beneficiados por causa deste trabalho. Centenas de instituições de saúde do Brasil costumam contratar empresas de limpeza e manutenção predial para estabelecer um espaço mais seguro e higiênico. Devido a todas essas preocupações, que há 56 anos a Centro Serviços proporciona aos consagrados hospitais nacionais um amplo suporte de trabalho de limpeza, higienização e manutenção dos ambientes de tratamento de saúde. Na hospitalar 2012, a empresa esteve presente no estande do hospital Contemporâneo, apresentando seu portfólio aos gestores de saúde. A empresa prestadora de serviços informa que esta oportunidade de participação no hospital Contemporâneo foi de muita relevância, pois permitiu que os gestores conhecessem as
diversas maneiras de oferecer suporte de higienização e desinfecção. Conforme o executivo de negócios da Centro, Norberto M. Liotti, o diferencial da empresa no mercado está na capacitação profissional da equipe de funcionários que realiza a limpeza técnica nas instituições hospitalares. “Visamos sempre atender com produtividade e qualidade”, salienta. O treinamento feito pela Centro é trimestral, dependendo da área. Mesmo se for um ambiente em nível crítico, o funcionário é treinado para atuar em qualquer área do hospital, realizando uma limpeza mais efetiva, segundo diz a enfermeira Fernanda Teixeira. “Os clientes gostam de um trabalho de primeira. Com essa ação, a satisfação
dos clientes é maior.” A Centro Serviços atende principalmente instituições da rede privada. Entre seus grandes clientes está o hospital das Clínicas de São Paulo. Além do hospital Sírio Libanês, sendo em todas as unidades do Estado paulista. Mais informações: www. centroservicos.com.br. HC
Fotos: Priscila Soares
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NORBERTO M. LIOTTI E FERNANDA TEIxEIRA 86
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Bombas que fazem a diferença BIOSENSOR apresenta bombas para seringas de 5ml
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o conduzir investimentos em estudos e pesquisas que permitem manter a inovação constante em produtos e serviços, visando conforto e tranquilidade aos clientes, sem abrir mão da qualidade, a BIOSENSOR atua há 18 anos no mercado da saúde prestando serviços na busca de soluções tecnológicas na área da saúde. Entre seus equipamentos estão as bombas de infusão peristáticas ( linear e rotativas) e bombas de seringa, o marca passo externo temporário, além de uma bomba com grande variedade de equipamentos e extensores. Na hospitalar a empresa, levou inovação ao estande, sendo um espaço todo montado com contêineres (estrutura metálica), com a proposta de aproveitar o material para as próximas edições da feira e não interferir no meio ambiente com a compra de novos materiais. “A aceitação e procura do público da hospitalar pelos nossos produtos está sendo grande e a novidade do nosso estande tem chamado atenção. Temos recebido muitos elogios pela criatividade e inovação” disse Fernanda Almeida, gerente de marketing da BIOSENSOR. Com relação aos produtos, foi apresentada no evento a bomba de seringa BSS-300, além das bombas de seringa
“A ACEITAçãO E PROCuRA DO PúBLICO DA hOSPITALAR PELOS NOSSOS PRODuTOS ESTá SENDO GRANDE E A NOVIDADE DO NOSSO ESTANDE TEM ChAMADO ATENçãO. TEMOS RECEBIDO MuITOS ELOGIOS PELA CRIATIVIDADE E INOVAçãO” FERNANDA ALMEIDA, GERENTE DE MARKETING
BSS-101, 201 e 401. A diferença dessas bombas é que elas possuem característica mais segura e precisas, ao aceitar seringas a partir de 5 ml. A marca e qualidade dos produtos da BIOSENSOR está presente em vários setores hospitalares . Conforme o gerente comercial da empresa, Luis Carlos Monteiro, uma vez que podem ser adquiridos através de venda, ou contratos de comodatos e locação. Algumas das instituições que tem os produtos Biosensor são : hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M’Boi Mirim e hospital Personal (SP). “Nossas bombas tem muito
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sucesso nestes hospitais, justamente pela sua segurança e praticidade. Na parte técnica, passado o prazo de garantia, nós ainda continuamos dando todo o suporte necessário através de contratos de manutenção, realizados pela Biométrica, divisão de calibração e testes da Biosensor”, explicou. Além dos produtos, a BIOSENSOR conta com essa divisão na empresa. é também através da BIOMéTRICA que novos projetos são desenvolvidos e comercializados. Exemplo disso é o BIOSIM, simulador multiparametrico desenvolvido em parceria com o FINEP e que foi apresentado na hospitalar. Foto: Jailson Rainer
EQuIPE BIOSENSOR
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Aceleração nos exames Bioclin apresenta nova linha de produtos para exames laboratoriais
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equisitados pelos laboratórios clínicos, os reagentes e equipamentos de exames são aliados importantes usados durante uma reação química. Muitos gestores da saúde têm como preocupação em escolher estes produtos, que sejam eficazes, contribuindo para aceleração e qualidade dos exames médicos. Visando oferecer produtos que satisfaçam essas necessidades do cotidiano clínico, a Bioclin, com sede em Belo horizonte (MG) trabalha há 35 anos no mercado da saúde, com uma fundamentação sólida visando excelentes resultados ao fornecer inovadores reagentes dedicados e equipamentos de automação para realizar exames de hematologia para conceituados laboratórios e hospitais do Brasil. Este é o sexto ano consecutivo que a empresa participa da Feira hospitalar. Para Victor Arndt Junior, diretor administrativo e comercial da Bioclin, o evento é muito interessante, porque é direcionado exatamente para distribuidores, compradores, e gestores que têm vontade de adquirir algum 88
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produto laboratorial. Na hospitalar, a empresa lançou duas linhas de produtos, uma linha de reagente dedicado para os equipamentos da Mindray. “Esse reagente pode ser colocado direto na máquina, facilitando muito a utilização.” A outra linha, é a de íons, para automação, sendo algo revolucionário que ninguém possui ainda no mercado, onde o profissional pode realizar os exames de ionização no aparelho de automação. O diretor informa que após o término dessa edição da feira, a empresa espera ter um crescimento de fechamento de negócios em torno de 20% em relação ao ano passado.
O motivo da grande procura da Bioclin no mercado está principalmente na gama de benefícios que os produtos da empresa proporcionam aos profissionais da saúde. A rapidez é um dos mais importantes destaques, pois para fazer um exame, o laboratorista utiliza apenas um aparelho e não necessita de vários, gerando economia no tempo. um dos principais clientes da Bioclin é o Laboratório humberto Abraão, localizado na capital mineira. Também fazem parte da carteira de clientes vários laboratórios da rede FhEMIG (Fundação hospitalar do Estado de Minas Gerais). HC Foto: Jailson Rainer
VICTOR ARNDT JuNIOR, DIRETOR ADMINISTRATIVO E COMERCIAL DA BIOCLIN
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Modernização para os
hospitais
Equipamento de esterilização consegue reduzir consumo de 5 mil litros de água por dia nos hospitais
Foto: Priscila Soares
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s ambientes hospitalares precisam sempre de um suporte das empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos para desinfecção e esterilização. Para propiciar um espaço seguro e agradável, a principal medida que um hospital deve adotar na hora de adquirir algum equipamento deve ser a procura de produtos que tenham qualidade comprovada. Atendendo a esse tipo de exigência do mercado hospitalar, a Cisa opera no setor de máquinas industriais e sistemas integrados de esterilização. A empresa oferece um serviço completo e
constantemente atualizado, estudado e projetado para um setor em contínua evolução, como o das máquinas, instalações e tecnologias para a limpeza, desinfecção e esterilização. Na Hospitalar 2012, a Cisa levou para o evento algumas inovações que atraíram a atenção de vários gestores do setor da saúde. “A Feira é sempre um momento importante, porque é um evento que divide o ano em duas etapas. Uma ocasião que a gente tem para mostrar fisicamente nossos produtos”, disse o diretor comercial, Marcos Stange.
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O público da Feira teve a oportunidade de conhecer alguns lançamentos destaques da Cisa, a exemplo de um equipamento que junta os resíduos contaminados do hospital, e em seguida transforma em lixo comum, possibilitando fazer isso dentro da instituição. “Este produto oferece uma ótima relação custo benefício.” Outra novidade que o público recebeu foi conhecer um equipamento que faz a esterilização dos materiais termo sensíveis dos hospitais. Este produto utiliza tecnologia de plasma e de peróxido de hidrogênio, para promover essa esterilização de forma rápida e segura, sem resíduos, sem problema para operador, para o paciente ou para a instituição. Também foi apresentada a autoclave de esterilização a vapor saturado, um produto inovador, pois é um sistema com uma bomba de vácuo que não precisa de água. “Revolucionamos esse sistema.” A Cisa informa que ao utilizar o equipamento o hospital consegue reduzir o consumo de cinco mil litros de água HC por dia.
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De olho na
gestão
Serviço de consultoria oferecido pelo Albert Einstein visa orientar administradores de hospitais para conquistar acreditações
Foto: Priscila Soares
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eferência em todo país no atendimento à saúde, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein apresenta uma gama de diferenciais que norteiam a qualidade dos seus serviços. Neste ano a instituição esteve presente na 19ª edi-
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ção da Feira hospitalar por meio de um estande, com o objetivo de estreitar ainda mais o contato com os parceiros e clientes da instituição. Em entrevista à reportagem da Healthcare Management, o diretor de con-
sultoria e gestão do hospital Albert Einstein, José henrique Germann, disse que a instituição tem como missão, a transmissão de conhecimento, que nestes 40 anos de existência, ocorreram através de produtos de ensino, como as faculdades
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de enfermagem e instituto de pesquisa. Além disso, o hospital conta com parcerias, com indústrias e empresas que comercializam equipamentos de maior porte. Toda essa iniciativa visa expandir o conceito que o Einstein tem, de oferecer produtos de alta qualidade em suas unidades. Essa foi a primeira vez, que o hospital participou com um estande próprio na Hospitalar. A finalidade da participação foi aumentar o relacionamento com as áreas de consultoria e ensino – setores que são muito atrelados, pois não é possível se fazer consultoria sem agregar os recursos de ensino e treinamento. “Então estamos lançando na feira, a área de consultoria. Um seviço criado há pouco tempo, que estamos entendendo este momento como importante e propício para se oferecer a consultoria ao mercado”, completou. Esse trabalho de consultoria, proporciona serviços para os hospitais, tanto privados quanto públicos, este modelo de trabalho envolve questões de gestão de hospitais, além de programas para acreditação de uma instituição, entre outros processos necessários na administração dos ambientes clínicos. Segundo o diretor, o Einstein possui no Brasil, várias contratos de consultorias direcionados à
VANTAGENS DA CONSULTORIA • Gestão do Corpo Clínico • Programas clínicos especiais nas áreas de Neurologia (AVC) e Cardiologia (IAM) • Unitarização de doses para suprimento de medicamentos • Implementação de Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) e rotinas de farmácia clínica • Programas de controle de infecção hospitalar • Programas de qualidade e melhoria de processos • Programas de gerenciamento de riscos • Gestão de processos e equipes para obtenção de certificações e acreditações (inclusive designação Planetree) • Avaliação de desempenho de unidades hospitalares e implementação de indicadores
questão de gestão de saúde. “Ao colocar no mercado este novo produto, conseguimos ter uma transferência de conhecimento, através de uma ferramenta que promove consultas, e segue medidas estratégicas”, destacou Germann. Quando foi criado este serviço, a diretoria do Albert Einstein entendeu que existe no mercado espaço para consultoria de saúde, devido à alta carência de recursos humanos, de treinamento e de gestão na área hospitalar em várias entidades. Integram a clientela do Al-
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bert Einstein, o Instituto Cardiopulmonar de Salvador (BA), seis hospitais públicos no país de Angola (África) e também o Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG). “Nossa consultoria trabalha sustentada na qualidade, tanto na parte da gestão, como também na parte de construir um novo espaço”, ressaltou. Questionado sobre a aceitação deste serviço de consultoria no mercado, Germann disse que o hospital de Salvador fez uma renovação de contrato por mais um ano, provando que a qualidade prevalece. HC
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Modelos de
desenvolvimento Especialistas em saúde e economia debatem propostas de marcos regulatórios e impactos do cenário internacional
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Fotos: Jailson Rainer
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“OS BRASILEIROS GOSTAM MuITO DE INOVAçãO, PRINCIPALMENTE TECNOLÓGICAS.” ROBERTO MACEDO
“DESINFLAçãO é INFLAçãO EM QuEDA.” ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA
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novações ocorridas nos últimos anos possibilitaram que vários hospitais do Brasil atingissem o mesmo nível tecnológico dos melhores centros de saúde do mundo. Com o propósito de buscar caminhos para ampliar o acesso da população a novas tecnologias médicas, a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-hospitalares (Abimed) reuniu durante a 19ª hospitalar, dois conceituados economistas do País, Antônio Corrêa de Lacerda e Roberto Macedo, e um dos principais expoentes em gestão da saúde pública, Gonzalo Vecina Neto, para debater o tema “Política Industrial na área da Saúde: Para onde vamos?”. A meta foi discutir modelos de desenvolvimento para o setor. Macedo mostrou alguns itens referentes à política industrial, além de comentar o
momento de competitividade em determinados setores. “Os brasileiros gostam muito de inovação, principalmente tecnológicas.” Ao falar que defende as substituições das exportações, ele ainda citou casos de equipamentos chineses que podem causar algum problema sério aos pacientes. O economista afirmou que os importados possuem uma parcela muito grande no território nacional. “O Brasil está tentando passar para o terceiro estágio”, destacou. Lacerda abordou os impactos do cenário internacional para a economia brasileira, entraves à competitividade da indústria nacional e oportunidades para o crescimento do mercado brasileiro. Ele aproveitou para mostrar um gráfico sobre a economia internacional, que mostra taxa de juros de curto prazo. “Desinflação é inflação em que-
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da.” Quanto à situação econômica do Brasil, Lacerda enfatizou que o País tem a 6ª maior economia do mundo e vive um ciclo virtuoso, faltando ainda melhorias para um ambiente competitivo. O médico Gonzalo Vecina Neto, por sua vez, contribuiu com a experiência e visão adquiridos na área pública e no setor privado de saúde. O painel foi moderado pela jornalista Sonia Racy, editora da Coluna “Direto da Fonte”, do jornal O Estado de S.Paulo. HC
GONzALO VECINA NETO
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CERTA ESTRUTURA
Fotos: Divulgação
Segurança hospitalar
BANCADA E CuBA DE CONSuLTÓRIO ODONTOLÓGICO EM DuPONTTM CORIAN®
Certificadas pela lGA devido às propriedades de higiene, as substâncias usadas por empresas de construção são ideais para ambientes hospitalares
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SEGURANÇA
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esde 1998, as empresas Corrieri e DuPont - por meio de sua linha de superfícies DuPontTM Corian® trabalham no desenvolvimento de cubas, pias e revestimentos para os mais variados projetos de arquitetura e construção. Com mais de 25 anos de tradição no mercado, a Corrieri aposta na versatilidade e oportunidades de design de Corian® com a criação de peças que já conquistaram o mercado brasileiro de decoração. Juntas, as empresas decidiram levar a experiência acumulada nos últimos anos para o segmento hospitalar, que demanda por produtos e tecnologias que inibem os riscos de contaminação nos leitos e centros cirúrgicos. Corian® é uma superfície composta de acrílico e minerais, que reduz drasticamente os riscos de proliferação de fungos, mofo e bactérias devido à sua superfície lisa e não porosa, que impede o acúmulo de agentes contaminantes. Por essa razão, o material se apresenta como uma das matérias-primas mais eficazes para a composição de lavatórios cirúrgicos, revestimentos de parede, pias, bancadas entre outros móveis hospitalares. “Testes em projetos já implementados em renomados laboratórios e hospitais do país comprovaram a eficácia de Corian® na segurança do ambiente hospitalar. Trata-
-se de um material inovador e que pode trazer inúmeros benefícios aos pacientes”, afirma Cristiano Guimarães Corrieri, da empresa Corrieri. DuPontTM Corian® possui certificação da Alemanha (LGA) por suas propriedades de higiene e pelo GreenGuard (instituto certificador de produtos e materiais com baixa emissão de poluentes) por sua resistência a micróbios quando testado de acordo com as diretrizes da ASTM D 6329. O material também é resistente a agentes químicos geralmente utilizados em ambiente hospitalar, sendo que a sua superfície lisa e sem frestas entre emendas inibe os riscos
de infiltrações. A Corrieri é atualmente a única empresa autorizada a processar Corian® em Minas Gerais. Outro diferencial importante do produto é que ele pode ser termomoldado, viabilizando a confecção de peças nos mais variados tamanhos e formatos. A ampla cartela de cores também contribui para a composição do ambiente e permite a aplicação de texturas e imagens. Centros cirúrgicos – Quando aplicado como revestimento de paredes, bancadas ou lavatórios, DuPont™ Corian® oferece resistência contra a proliferação de agentes contaminantes, limpeza fácil e resistên-
PAREDES DE CENTRO CIRúRGICO EM DuPONTTM CORIAN®
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CERTA ESTRUTURA
LAVATÓRIO CIRúRGICO EM DuPONTTM CORIAN®
cia contra as manchas mais comuns no ambiente hospitalar, como sangue, antissépticos e violeta de genciana, importante agente identificador de bactérias. Os lavatórios cirúrgicos podem ganhar diferentes formatos, melhorando a ergonomia, o acesso por parte dos médicos e o procedimento de limpeza. apartamentos – Para proporcionar segurança e conforto aos pacientes, DuPont™ Corian® pode ser aplicado nos lavatórios, bancadas, revestimento de paredes e pisos de box, e mesaspresentes nos apartamentos dos hospitais. Todas as aplicações contam com cantos arredondados para evitar o acúmulo de sujeira e facilitar a limpeza e desinfecção. Com uma
grande variedade de cores e texturas, o material contribui para a execução de projetos esteticamente agradáveis, oferecendo aos pacientes a certeza de higiene e bem-estar através da humanização dos espaços. Laboratórios DuPont™ Corian® é recomendado para a composição de mesas e bancadas geralmente utilizadas nas
LAVATÓRIO FABRICADO EM DuPONTTM CORIAN®
análises laboratoriais. A superfície é atóxica e resistente a produtos químicos comuns em laboratórios (sangue, plasma, corante de Wright e revelador de raiox), mantendo a integridade dos testes ao reduzir o risco de potencial contaminação da amostra. O produto também é recomendado para aplicações em áreas de grande circulação de pessoas, como recepção, corredores e cafeterias. “Os projetos no segmento hospitalar já concluídos pela Corrieri unem os benefícios de Corian® com a excelência no beneficiamento do material, solução que traz mais segurança e conforto aos hospitais”, comenta Evelyn henstchel, supervisora de marketing da área de Inovações em Construção para a DuPont™ América HC Latina.
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AlTA NOS
NEGÓCIOS INDÚSTRIA
Mercado variável Gilceu Serratto, presidente do Conselho de Administração e Gestão da Abraidi, analisa cenário brasileiro de produtos médicos e diz que setor encontra barreiras ‘técnicas’ ao pagamento dos implantes
O
tempo para colocação no mercado brasileiro de um produto médico/ implante importado, leva em média seis anos, por várias razões burocráticas, sendo uma delas a Certificação da planta do fabricante no país de origem. Na atual legislação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem 60 dias para proceder esta Certificação do fabricante e mais 90 dias para proceder o registro do produto junto à Anvisa. Mesmo com a realidade desse setor em vista do reduzido quadro de funcionários técnicos, a Anvisa atende em média 225 inspeções/ano, atualmente mais de 1.500 protocolos de certificação aguardam as inspeções e cada dia este tempo é maior. E por isso, a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) está mobilizada nesta questão para reduzir o 98
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tempo, levando inúmeras sugestões. uma delas é aceitar a certificação internacional de qualidade das fábricas no seu país de origem, como o FDA nos Estados unidos e marcação CE na Europa. Outra opção é aceitar a terceirização das inspeções internacionais por organismos de certificação sob a bandeira do Inmetro. A Abraidi, com mais duas instituições da área da saúde – Abimed e CBDL, faz parte da ABIIS (Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde), criada este ano para auxiliar a incorporação de tecnologias médicas. Juntas, as três associações somam cerca de 400 empresas atuantes na produção, importação e distribuição de produtos e equipamentos do setor e representam 0,6% do PIB brasileiro. Atualmente a Abraidi conta com 202 associados, com um faturamento anual de
aproximadamente R$ 8 bilhões. Fundada em 1992, a Abraidi tem como meta primordial proporcionar a congregação da classe dos distribuidores, importadores, fabricantes e representantes de implantes médico cirúrgicas e produtos para a saúde. Entre os principais benefícios que a Abraidi oferece do interesse dos associados, estão ações políticas relativas as reivindicações das empresas junto aos órgãos públicos e privados; encaminhamentos de ações judiciais coletivas e participa de órgãos (conselhos, comissões e outros) onde são discutidos e decididos os rumos do setor. Com foco na excelência do atendimento de cada empresa associada, a Abraidi administra um Código de Conduta. Identificado como Selo Abraidi, o Código reconhece como “Empresa Boa Cidadã” cada associada que pauta suas atividades com
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MERCADO
VARIÁVEL
base em quatro rigorosos pilares: ética, qualidade, boas práticas e segurança do paciente. E sempre tendo como foco a transparência nas relações entre empresas, entidades e consumidor final. O código de conduta é composto por quatro programas que abrangem código de ética, sistema e gestão da qualidade, capacitação e desenvolvimento das associadas e flexibilização de procedimentos operacionais. Gilceu Serratto, presidente do Conselho de Administração e Gestão da Abraidi, afirma que sua gestão trabalha alguns as-
“Estamos trabalhando no sentido de superar os atuais impasses técnicos e, com a certificação desses produtos, mais uma vez demonstrar a segurança dos implantes mamários”, afirma Gilceu Serratto, presidente do Conselho de Administração e Gestão da Abraidi
suntos relevantes com a Anvisa e já realizou neste ano dois fóruns de debates com diretores da agência e com as empresas associadas e outras entidades, sobre temas que são prioritários na agenda do setor – “Certificação de Boas Práticas de Fabricação Internacional; a demanda atual e as alternativas
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propostas” e “Cenário e Perspectivas para a Importação de Produtos Médicos”. Juntamente a estes trabalhos, a Abraidi está atuando na recente crise dos implantes mamários de silicone, na perspectiva de resgatar a confiança da população sobre essa categoria de implantes, tendo
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NEGÓCIOS INDÚSTRIA em vista que nenhum dos produtos dos associados, em mais de 10 anos, teve qualquer incidente ou complicação, como atestam os dados do setor de tecnovigilância da Anvisa. “Diante dessa certeza estamos trabalhando no sentido de superar os atuais impasses técnicos e, com a certificação desses produtos, mais uma vez demonstrar a segurança dos implantes mamários”, salienta o presidente. Ao analisar o crescimento do mercado de implantes nos próximos anos, Serratto diz que assim como em outros setores da área da saúde, a classe tem dificuldade de estabelecer o tamanho do mercado, pois inúmeros fatores externos influenciam esse mercado. Como exemplo ele citou as barreiras “técnicas” para a autorização do uso dos implantes e demais materiais, manobras como demoras de pagamentos e outros procedimentos para inibir a
demanda. Como ele explica, a instabilidade cambial também traz uma dificuldade, pois o setor trabalha com um elevado volume de importações, o que vem sendo combatido por várias medidas governamentais. Sabendo que há demanda reprimida, afirma “a expectativa seria de crescimentos de 20%, 25%, com a entrada das classes C e D no sistema de saúde supletiva, mas o crescimento será muito abaixo disso”.Algumas operadoras vêm negociando a compra de próteses diretamente com fabricantes. “Esta estratégia já vem sendo tentada há tempos, com centrais de compras, tendo sucessos isolados e restritos.” Para o presidente, o setor de distribuição oferece uma grande gama de serviços além de produtos, em 1.500 hospitais em todo o País, numa capilaridade que os fabricantes não têm. Ele também acha que é pos-
sível conciliar os interesses da Abraidi com a melhor solução para o paciente e custos justos às operadoras. “Embora o sistema seja complexo, a discussão passa por todos os entes da cadeia, cada um perdendo um pouco, mas todos ganhando, principalmente os pacientes”, diz. De acordo com a diretoria da Abraidi, a entidade pretende atuar nos próximos anos como facilitadores na cadeia de consumo de produtos médicos de maneira geral e implantes em especial, dando suporte ao desenvolvimento organizacional dos associados. E também atuando no aperfeiçoamento dos recursos humanos, suporte político institucional para discussão de normas e regulamentos que impactam o setor e sobretudo trabalhando para que o mercado tenha êxito econômico e financeiro, dentro de um ambiente ético.
abraidi em números
202 é o número de associados da Abraidi R$ 8 BilHÕeS é o faturamento anual
aproximado das empresas da Abraidi. 100
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AlÉM DO
RECONHECIMENTO
RECONHECIMENTO Das dezenas de empresas associadas à Abraidi, muitas delas reconhecem a importância dos benefícios da entidade ao longo dos anos. um puro exemplo dessa parceria é a empresa Vitória hospitalar que integra desde 2002 a lista de associados. Na opinião de Alexsandra Giaretta, diretora administrativo da Vitória hospitalar, a oportunidade da empresa ser associada à Abraidi é muito gratificante, pois quando a equipe necessita sanar dúvidas quanto as questões relacionadas a Anvisa, negociações com o Sistema único de Saúde (SuS), registro de novos produtos para distribuição no Brasil e até mesmo importações, estão sempre disponíveis nos assuntos. Para ela, a Abraidi garante o encurtamento de caminhos perante a Anvisa, além de discussões das novas resoluções e legislações, assuntos pertinentes ao SuS, além de promover seminários com temas de interesse dos associados relativos a distribuição de materiais cirúrgicos. No ano de 2004 a Vitória hospitalar adotou o Sistema de Gestão da Qualidade que até hoje tem gerado muitos frutos.
Além de ser certificada pela RDC 59 – Anvisa, desde 2005, a Vitória é também certificada pela ISO 9001:2008. “utilizamos de forma pioneira o método de rastreamento de produtos unitariamente, trabalhamos com um sistema robusto de ERP – TOTVS. Neste ano, a empresa implantou um exclusivo portal de vendas que tem proporcionado mais agilidade ao nosso sistema de logística”, afirma Alexsandra. Ela conta que a empresa disponibiliza aos hospitais uma completa linha de produtos, com a meta de atender o paciente em todas as possibilidades disponíveis e atuais no mercado. “Realizamos anualmente pesquisas de cliente externo e interno, para medir o nível de satisfação quanto aos nossos processos, dando-nos a possibilidade de melhoria no
atendimento.” Outro diferencial da Vitória vem por meio da comunicação: a cada três meses a empresa publica o informativo externo, o Vh Informa, com o objetivo de estabelecer um canal de informação e relacionamento direto e transparente, divulgando as ações da empresa, proporcionando uma maior aproximação em prol de parcerias cada vez mais confiáveis e duradouras. A Vitória hospitalar também é distribuidora exclusiva da Abbott Vascular em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo; e distribuidor exclusivo nacional do produto Arista (hemostático Cirúrgico Absorvível) da fabricante Medafor, e ainda, este ano a empresa vai entrar no mercado de coluna, distribuindo exclusivamente em todo o território nacional a linha HC da Innovasis.
Foto: Divulgação
AlÉM DO
ALExSANDRA GIARETTA, DIRETORA ADMINISTRATIVA DA VITÓRIA hOSPITALAR
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MODElO
DE ATENDIMENTO HOME CARE
Dentro de casa Fotos: Divulgação
Diante do mercado competitivo, ‘Home Care’ completa 25 anos de história no Brasil com o surgimento de novas empresas desse setor
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m meio a inúmeras palavras técnicas do setor da saúde, uma delas vem se destacando nas últimas décadas, o termo home Care, de origem inglesa. A palavra “Home” significa “lar”, e a palavra “Care” traduz-se por “cuidados”. Assim, a expressão home Care corresponde diretamente à cuidados no lar. No território brasileiro, o termo home Care foi adotado e muitas vezes, erroneamente utilizado como sinônimo de diversos serviços oferecidos por uma empresa de home Care, tais como: internamento domiciliar de saúde, atendimento domiciliar de saú102
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de, assistência domiciliar de saúde, “case” e outros usos que podem causar confusão entre os usuários desta modalidade, por não terem certeza de qual terminologia que realmente descreve os serviços que estão usufruindo ou contratando. home Care é uma denominação para a empresa que oferece todos os serviços acima citados além de muitos outros. O home Care organizado foi praticado pela primeira vez em 1796 na região de “Boston Dispensary”, nos EuA. Essa organização de home Care prestava serviços aos pobres e enfermos, dando-lhes a dignidade de
serem tratados em seus lares ao invés de hospitalizá-los. Naquela época, os hospitais ainda eram considerados como casas infestadas pela peste, onde os cidadãos pobres e doentes eram enviados para morrer. No Brasil a primeira empresa a praticar esse serviço foi o Grupo Geriatrics, em 1986, no Rio de Janeiro. Atualmente o País possui cerca de 150 empresas que oferecem serviços com este direcionamento com foco domiciliar e atenção exclusiva ao paciente. Somente no Estado de São Paulo são cerca de 30 empresas deste setor. Gabriel Palne, CIO do
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DENTRO
DE CASA
Grupo Geriatrics conta que a ideia de montar um home Care no Brasil surgiu da percepção dos fundadores da empresa, os médicos Dr. Ricardo Rodrigues e a Dra. Marenizia Rodrigues. Eles observaram a necessidade de dois grupos de pacientes: um não conseguia ter acesso aos recursos de saúde porque as condições não os permitiam sair de suas residências, enquanto o outro não podia receber alta do hospital por não ter condições de se manter em casa sem recursos de assistência médica. Palne conta que era esperado o sucesso no País com esse tipo de atendimento, por ser uma modalidade fundamental e diferenciada para o sistema de saúde. “O home Care complementa de forma perfeita a atenção hospitalar e adiciona fatores fundamentais para o sucesso dos serviços de saúde: o carinho da família e a humanização da assistência”, ressalta. Mesmo com o mercado em constante disputa e a empresa sendo pioneira na especialidade, o Grupo Geriatrics reforçou os investimentos em qualificação da equipe e em inovações tecnológicas que permitem aumentar a eficiência e diferenciar o serviço. De acordo com a diretoria do grupo, a procura pelos serviços de home Care na empre-
sa nos últimos três anos cresceu aproximadamente 15%. “A demanda pelos serviços vem mantendo um ritmo de crescimento.” Ao falar das vantagens do processo, Palne explica que o home Care pode atender a pacientes das mais variadas complexidades no domicílio. Para tal, o serviço é formatado de forma customizada, seguindo os critérios de elegibilidade estabelecidos pelas associações de empresas do segmento, como o NEAD (Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar) e a Abemid (Associação Brasileira de Empresas de Medicina e Internação Domiciliar). Conforme o CIO, todo o atendimento tem a permanência de técnicos de enfermagem na residência do paciente durante todo do o dia, associada à participação da
equipe interdisciplinar, além do suporte de equipamentos e mobiliários hospitalares. Palne revela que o Grupo Geriatrics está em um momento de quebrar os paradigmas do modelo atual de relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços de saúde. “Precisamos, cada vez mais, de uma atuação integrada entre esses agentes.” Ele diz que apenas será possível construir um modelo de máxima eficiência e qualidade quando for possível constituir verdadeiras parcerias, alicerçadas na mais plena confiança e transparência. A empresa conta com mais de 500 profissionais de diversas especialidades, atuando no home Care. Nesses 25 anos de trajetória no Rio de Janeiro, a diretoria do grupo informa que visa expandir os serviços a nível nacional. HC
“O hOME CARE COMPLEMENTA DE FORMA PERFEITA A ATENçãO hOSPITALAR E ADICIONA FATORES FuNDAMENTAIS PARA O SuCESSO DOS SERVIçOS DE SAúDE: O CARINhO DA FAMíLIA E A huMANIzAçãO DA ASSISTÊNCIA”, GABRIEL PALNE, CIO DO GRuPO GERIATRICS
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SAúDE
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pontuando a gestão
DR. EVARISTO ARAÚJO
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om a proposta de elencar dez pontos de destaque, a coluna Saúde 10 apresenta um panorama sobre a carreira ou a trajetória de diretores, gestores, especialistas de assuntos médicos ou formas de atuação de instituições e entidades do setor da saúde. O primeiro convidado da coluna é o Dr. Evaristo Araújo, diretor administrativo da Associação Brasileira de Empresas Certificadas com Boas Práticas de Fabricação, Armazenamento e Distribuição (ABECbpfad). Em entrevista à reportagem, ele aponta que um dos seus maiores feitos de gestão foi ter levado ao conhecimento do mercado a importância da compra consciente e responsável na área da saúde. Além de relatar que por meio de impugnações a entidade tem combatido editais de licitação pelo Brasil que insistem em não requerer o CBPF (Certificado de Boas Práticas de Fabricação) como item obrigatório nas aquisições.
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Qual a principal missão da associação Brasileira de empresas Certificadas com Boas Práticas de Fabricação, Armazenamento e Distribuição (ABECbpfad)? Evaristo Araujo: A ABEC surgiu para divulgar e fortalecer a importância da Certificação de Boas Práticas de Fabricação, Armazenamento e Distribuição, na época, recém criada pela Anvisa, por meio da RDC n. 59/2000. Com o decorrer dos anos a ABEC ampliou seu escopo e passou a defender todas as certificações para a área da saúde, no que alterou sua denominação para Associação Brasileira de Empresas Certificadas na área Saúde - ABEC Saúde. Quais são os principais benefícios da associação? Evaristo Araujo: A Associação fortalece os pleitos individuais dos associados, uma vez que trata de forma coletiva os obstáculos que essas empresas encontram em seu dia-dia. A troca de conhecimento entre os associados e o poder de aglutinação em torno de um mesmo objetivo, contribuem para que as metas e a missão sejam atingidas. Vale ressaltar que atualmente contamos com 87 empresas associadas.
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Quais são os principais feitos na sua gestão à frente da ABECbpfad? Evaristo Araujo: A ABEC Saúde tende que seu maior feito até o momento foi ter levado ao conhecimento do mercado a importância da compra consciente e responsável na área da saúde. Demonstramos com um trabalho pedagógico e combativo a importância da certificação nas compras de produtos para a saúde. Por meio de impugnações temos combatido editais de licitação pelo Brasil que insistem em não requerer o CBPF como item obrigatório em suas aquisições. é importante que o mercado entenda que na área de saúde, não só o preço deve ser avaliado, mas também a qualidade, segurança e eficácia dos produtos e equipamentos e isso, apenas, com a certificação pode ser aferido.
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Qual avaliação o Sr. faz da sua gestão na ABECbpfad? Evaristo Araujo: A diretoria da ABEC pretende a partir dessa nova gestão ampliar a possibilidade de qualificação dos profissionais da área regulatória de nossos associados, gerando massa crítica para melhora e implemento de rotinas mais eficazes evitando atrasos e questionamentos por parte da Anvisa. Avalio
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que nosso objetivo que tem sido alcançado, ao firmar parcerias de excelência para que os associados estejam apoiados em todas as áreas de sua atuação. Como está a participação dos associados na ABECbpfad? Os associados participam encaminhando sugestões, relatando problemas com autoridades sanitárias e práticas de mercado. Diariamente, respondemos consultas e atuamos em processos licitatórios na defesa dos associados que se demonstram próximos e familiarizados com a rotina da ABEC.
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Qual a relação da associação com a Anvisa? A ABEC não possui nenhuma parceria formal com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas atua na prática como interlocutora entre seus associados e a agência. Entendemos que a missão da Anvisa é gigantesca e extremamente necessária, o marco regulatório é fundamental para o desenvolvimento da indústria, por esta questão tentamos na medida do possível auxiliá-la, aproximando as empresas das propostas e atuações da agência.
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A entidade costuma realizar algum tipo de evento para reunir os associados? Periodicamente organizamos palestras e cursos aos associados, bem como tentamos sempre trazer alguma autoridade sanitária para informar e esclarecer questões regulatórias. Dentre outros, já estiveram conosco os antigos diretores presidentes da Anvisa: Gonzalo Vecina Neto e Dirceu Raposo de Mello que contribuíram com a visão de gestores da Agência expondo diretrizes e objetivos da instituição.
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Quais são os principais desafios para manter uma associação deste porte em ativa? O desafio principal é estar sempre atualizado com a área de atuação de seu associado. A informação rápida e objetiva diferencia a associação que cresce e ganha credibilidade no setor. Na sua opinião, como está atualmente o mercado brasileiro de empresas certificadas? Atualmente as empresas entenderam a necessidade e a importância da certificação como item de qualificação do seu produto, mas também, como diferencial comercial. O mercado precisa de mais apoio governamental para linhas de crédito e financiamento de pesquisas, bem como maior desenvolvimento de qualificação de profissionais.
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As empresas tem se empenhado mais para conseguir certificações? Sim, as empresas estão se emprenhando. Até porque o mercado exige e a empresa que não investe em certificação acaba por ficar à margem no mundo atual globalizado do comércio mundial.
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saúde
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pontuando a gestão Participe! Escolha o próximo entrevistado do “Saúde 10” É simples! Envie sua sugestão para o e-mail: redacao@grupomidia.com Sua indicação pode ser publicada na coluna! JUNHO I JULHO 2012 healthcaremanagement.com.br
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PONTO
FINAL
H1N1
Em falta no
mercado
Associação Brasileira de Imunizações alerta que procura por proteção contra a Gripe H1N1 aumentou no Brasil em decorrência de mortes
A
vacina contra a gripe A (h1N1), doença que já fez 108 vítimas até julho deste ano está em falta em algumas regiões do País. O alerta é da SBIm (Associação Brasileira de Imunizações). A maioria dos casos da gripe foi registrada na Região Sul do País, onde aproximadamente 1,8 mil pessoas contraíram a doença desde janeiro. O presidente da associação, Renato Kfouri, atribui essa queda no estoque à conscientização da população sobre a importância da imunização em todas as faixas de idade. Segundo ele, a procura pela vacina aumentou em clínicas particulares e isso mostra que a população está mais preocupada com a gripe. “Alguns lugares, inclusive, ficaram sem estoque”, afirma. Em princípio, o Ministério da Saúde considera que a vacinação é necessária apenas aos grupos de
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maior risco para contrair a h1N1, ou seja, crianças entre seis meses e dois anos, gestantes, idosos, portadores de doenças crônicas (diabéticos, hipertensos, cardiopatas etc.), indígenas e profissionais da saú-
A MAIORIA DOS CASOS DA GRIPE FOI REGISTRADA NA REGIãO SuL DO PAíS, ONDE APROxIMADAMENTE 1,8 MIL PESSOAS CONTRAíRAM A DOENçA DESDE JANEIRO. de. Entretanto, para Renato Kfouri, a população como um todo está buscando mais proteção. A vacina é recomendada a partir dos seis meses de idade e desde que a criança não tenha alergia a ovo. A vacinação ocorre em postos de saúde, além de postos móveis
que são instalados durante as campanhas de prevenção. A mesma vacina também pode ser encontrada em laboratórios particulares, onde podem recorrer às pessoas fora do grupo priorizado pela campanha (pessoas consideradas vulneráveis à gripe). Nestes locais, a vacina custa em média R$ 60. Em todos os Estados existem pessoas habilitadas para a coleta de amostras alocadas nos hospitais de referência. O exame laboratorial não é realizado pela rede particular de saúde. Só pode ser feito nos laboratórios públicos de referência nacional e regionais. A reportagem da Healthcare Management fará na próxima edição um especial mostrando formas de prevenção, além de um panorama sobre essa doença que desde 2009 vem registrando várias mortes HC no Brasil.
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