HealthARQ 11ª Edição

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CARTA AO LEITOR

Construções verdes Caro leitor, Há muito tempo se fala em humanização na comunidade da saúde como forma de atender melhor aos usuários de clínicas e hospitais, oferecendo também condições mais dignas de trabalho aos profissionais do setor. Além das práticas de gestão, a infraestrutura favorece diretamente na aplicação desta ideia instituída pelo Ministério da Saúde, em 2004, como Política Nacional de Humanização (PNH). O projeto do Novo Centro Materno Infantil do Estado do Piauí é um exemplo da aplicação deste conceito através da arquitetura. O hospital foi projetado de maneira horizontalizada em blocos independentes, separando-os por tipo de serviço e interligando-os por circulações que permitem grande aproveitamento da iluminação e ventilação natural, proporcionando bem-estar aos usuários. Outra edificação que também primou pela humanização do espaço foi o Complexo Hospitalar Unimed Resende, no Rio de Janeiro, buscando desassociar a imagem do ambiente tradicional para se aproximar de uma arquitetura que remete à hotelaria. Já a Santa Casa de Juiz de Fora (MG), uniu a arquitetura com a escala humana, misturando o lúdico com a arte na decoração da instituição. Ainda nesta vertente de proporcionar aos pacientes bem-estar, está o paisagismo. Nesta edição, o arquiteto e paisagista Benedito Abbud fala sobre a técnica que nasceu de uma disciplina da arquitetura e hoje é motivo de estudos sobre a melhora de enfermos. Tão importante quanto à humanização do ambiente hospitalar é a implantação de medidas de sustentabilidade. A matéria de capa desta edição apresenta o projeto do Centro Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleury, inaugurado este ano, em São Paulo, com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Outro destaque da 11ª HealthARQ é a matéria sobre o Novo INCA, complexo, no Rio de Janeiro, que integrará pesquisa, educação e atendimento. O objetivo do projeto é preparar a instituição para o futuro no desafio do

controle do Câncer no País. E é pensando neste futuro que as instituições de saúde têm aberto cada vez mais espaço para a tecnologia. O IT-médico, por exemplo, começa a ganhar espaço dentro dos projetos de clínicas e hospitais, possibilitando a instalação e alocação dos sistemas de acordo com as normas de segurança. A HealthARQ traz ainda a segunda parte do artigo do Presidente da AbdEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar), Fábio Bitencourt, sobre “Ergonomia e conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde - Parte 2”. E também a nova instituição do grupo europeu HPP, inaugurado em Lisboa, Portugal, o Hospital dos Lusíadas. A instituição reflete em sua arquitetura os conceitos de modernidade, tecnologia e humanização presentes em sua filosofia.

Que todos tenham uma excelente leitura!

Edmilson Jr. Caparelli Publisher



EXPEDIENTE

PublishEr Edmilson Jr. Caparelli - ecaparelli@grupomidia.com DIRETORA ADMINISTRATIVA Lúcia Rodrigues - lucia@grupomidia.com Diretor executivo Marcelo Caparelli - marcelocaparelli@grupomidia.com Diretor de marketing Jailson Rainer - jailson@grupomidia.com DIRETORA DE EVENTOS Erica Almeida Alves - erica.alves@grupomidia.com diretora COMERCIAL Giovana Teixeira - giovana@grupomidia.com Gerente comercial Gislaine Almeida - gislaine@grupomidia.com CONSELHO EDITORIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer, Lúcia Rodrigues e Marcelo Caparelli ASSINATURAS E CIRCULAÇÃO assinatura@grupomidia.com ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento@grupomidia.com FOTOS Banco de imagens PROJETOS EDITORIAIS projetoseditoriais@grupomidia.com

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CAPA

HUMANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Um Centro Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleury foi inaugurado este ano em São Paulo (SP). A nova instituição possui uma área de mais de 3 mil m², com um projeto que inclui a certificação LEED, sendo a primeira do grupo a incorporar seu novo branding. Para atender as exigências da certificação todas as etapas de planejamento para a adaptação dos andares foram norteadas pelos elevados padrões de sustentabilidade exigidos pelo LEED

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O Hospital do Coração, HCor, em São Paulo (SP), investiu em automatização predial para sua nova edificação, o Edifício Dr. Adib Jatene

Obras do Hospital de Clínicas de Niterói, no Rio de Janeiro, consideraram as questões ambientais em seu processo

Estrutura

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Sustentabilidade


NESTA EDIÇÃO N.11 I MARÇO | ABRIL | MAIO | 2014

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Engenharia

Arq Destaque

Hospital Unimed Joinville, em Santa Catarina, investe em um novo bloco para ampliar suas possibilidades de atendimento e infraestrutura

Projeto do Novo INCA, no Rio de Janeiro, prevê integração entre os setores de pesquisa, educação e atendimento em um único complexo

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Humanização

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ARQ Reforma Hospital e Maternidade Santa Tereza, em Campinas (SP), passa por reformulações marcadas pela estética, tratamento na volumetria, expansibilidade e flexibilidade

Estado do Piauí receberá novo Centro Materno Infantil com enfoque em humanização e sustentabilidade

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boletim ARQ

prêmio

Fotos: Divulgação

Nobel da Arquitetura O arquiteto japonês Shigeru Ban ganhou o Prêmio Pritzker de 2014, considerado o Nobel da arquitetura mundial, por suas linhas elegantes, simplicidade no desenho, uso de materiais como papel e papelão, paredes de cortina, ou mesmo parede nenhuma. O trabalho humanitário de Ban, que, desde 1994, quando fez abrigos com papel para os refugiados da guerra em Ruanda (África), tem criado estruturas de emergência nas mais diversas regiões afetadas por desastres humanos ou naturais.

conferência Novo Documento Entre os dias 22 e 25 de abril, arquitetos, urbanistas, especialistas e sociedade civil se reuniram para debater o tema “Arquitetura e Urbanismo para Todos”, na I Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo promovida pelo CAU/BR na cidade de Fortaleza (CE). No evento discutiu-se formação profissional, ética e cidadania, além de políticas públicas voltadas para o correto planejamento e desenvolvimentos urbanos. A Conferência de Fortaleza é um marco para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil que trabalha, desde a sua criação, para ampliar os debates em torno da profissão e para aproximar a Arquitetura e Urbanismo da sociedade.

Reconstrução Hospital inglês volta a funcionar O Cockermouth Community Hospital e Centro de Saúde reabriu as portas em Cumbria, Inglaterra, depois de uma enchente que danificou suas instalações em 2009. Projetado e entregue em colaboração entre escritórios de arquitetura locais e parcerias comunitárias de saúde, os novos espaços oferecem maior comodidade aos pacientes. O layout do novo edifício promove a interação entre os diferentes departamentos, através da utilização de espaços flexíveis e multi-funcionais. O prédio atingido, um BREEAM, possui excelente classificação a partir do método de avaliação ambiental. 12

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Acabamento Expo Revestir Aconteceu em São Paulo, entre os dias 11 e 14 de março, a 12ª edição da Expo Revestir, principal evento de soluções em acabamentos para construção civil e arquitetura da América Latina. Durante o evento, que teve recorde de visitação em 2014, recebendo mais de 51 mil pessoas, foi realizado o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, promovendo cinco eventos temáticos. Mais de 3.200 profissionais altamente qualificados assistiram às palestras de grandes nomes nacionais e internacionais. Antes do término da feira, a renovação dos espaços para 2015 já havia ultrapassado os 80%.

construção Feicon Batimat A FEICON Batimat, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, levou milhares de pessoas ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 18 e 22 de março, para acompanhar as inovações do mercado da construção civil. Em sua 20ª edição, a feira reuniu mais de mil grandes marcas, que apresentaram os últimos lançamentos para o setor. Além disso, durante o evento, aconteceram também conferências com os principais profissionais do segmento na Conferência Feicon Batimat, que ocorreu pela primeira vez, reunindo diversos agentes da construção civil para debater temas que estão em evidência no setor e apresentar tendências que devem ganhar a atenção dos profissionais nos próximos anos. Foi possível ainda, que os profissionais agendassem visitas técnicas a empreendimentos.

encontro Fórum de Palestras No dia 20 de março, mais de 300 profissionais e estudantes de arquitetura e design participaram do “Fórum de Palestras”, encontro da área da arquitetura que aconteceu no Centro de Eventos do RibeirãoShopping, na cidade de Ribeirão Preto (SP). O evento gratuito reuniu palestras e debates com renomados arquitetos brasileiros: Bel Lobo, João Armentano e Benedito Abbud. “Essa troca de experiências é muito importante. Passar a vivência na prática da arquitetura é essencial para nortear, principalmente, os novos profissionais do mercado”, disse Benedito Abbud sobre o evento. Health ARQ

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www.saudeonline.net.br Novo Conceito em Design Hospitalar Usando como modelo o sistema de Kaiser Permanente, a nova torre do Medical Center Fontana, nos Estados Unidos, substitui o principal edifício existente, que será convertido para uso ambulatorial. O conceito para este novo hospital, que possui 490 mil m², sete andares e 314 leitos, é baseado na arquitetura sustentável e concebido para apoiar de forma holística uma variedade de serviços especiais. O conceito de design visa três fases da experiência do paciente: antecipação, transição e cura. Por isso possui curvas suaves em sua entrada. Dentro da instituição, cores quentes ativam o espaço e sinais da natureza apresentam uma experiência acolhedora ao paciente. Leia a reportagem completa no Saúde Online: www.saudeonline.net.br

100 Mais Influentes da Saúde A 29ª edição da revista Healthcare Management traz o especial “100 Mais Influentes da Saúde”. A escolha dos nomes que mais se destacaram no setor seguiu uma minuciosa pesquisa elaborada pelo Conselho Editorial da revista, elencando fatores como visibilidade da pessoa no mercado, grandes ações realizadas durante a sua gestão, entre outras medidas estratégicas. Além disso, o leitor também pode conferir o Especial Minas Gerais e São Paulo, que mostra diversos cases de gestão que obtiveram sucesso. A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net.br.

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Agende-se! O Saúde Online traz a agenda completa dos principais eventos que acontecem no setor da saúde. São encontros direcionados para todas as especialidades deste mercado como TI, Sustentabilidade, Hotelaria, Arquitetura Hospitalar, dentre outros quesitos que permeiam pontos fundamentais da gestão hospitalar. Você também confere a cobertura completa dos principais debates que acontecem no segmento e entrevistas exclusivas com gestores, CIOs, especialistas, dentre outros profissionais.

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Artigo

ARQ Coluna

Fábio Bitencourt Presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, Arquiteto D Sc e Professor

Ergonomia e conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde- Parte 2

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xistem normas específicas de ergonomia que já são aplicadas em todos os ambientes onde sejam realizadas atividades funcionais. Nos hospitais, em particular, estes cuidados merecem atenção especial. No Brasil, há a Norma Regulamentadora NR 17 - Ergonomia, Portaria n° 3.214, de 8 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho (MT), modificada pela Portaria n° 3.751 de 23 de novembro de 1990 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ao mesmo tempo, devem ser consideradas as recomendações constantes na Norma Regulamentadora NR 32, Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços 16

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de Saúde, Portaria N.°485, de 11 de novembro de 2005, que tem por finalidade “estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.” No item 32.1.2 desta referida norma é feito o esclarecimento: “para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saú-

de, em qualquer nível de complexidade”. Alguns aspectos que estão contidos na compreensão da ação e da prática ergonômica referem-se aos cuidados com a acessibilidade, à sinalização e à prevenção de erros e acidentes em ambientes de saúde. A definição de acessibilidade apresentada pela Norma Brasileira NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos oferece a exata dimensão dos princípios dos direitos humanos ali contidos, apresentando-os como “indivisíveis, indissociáveis e interdependentes” (ABNT, 2004, p.1). Por outro lado, a percep-

ção e o conceito de risco são temas de relevante importância para a sociedade contemporânea, sobretudo porque estão vinculados à possibilidade do perigo e do acidente segundo a Organização Mundial de Saúde. De acordo com o ergonomista Itiro Iida, os riscos estão diretamente associados aos erros humanos, “ocasionados por erros de percepção e cujas ações não produzem o efeito desejado”. Segundo os conceitos e avaliações dos processos ergonômicos, os acidentes quase sempre têm uma causa fundamentada no erro humano. Estes incluem ocorrências com obras, tarefas domésticas, ambien-


tes hospitalares e muitos outros. São situações que ocorrem frequentemente devido aos relacionamentos inadequados entre os operadores e suas respectivas tarefas. Em 2013, o Ministério da Saúde publicou a Portaria Nº 529, de 1º de abril, instituindo o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) que estabelece no seu Artigo 2º o objetivo geral de “contribuir para a qualificação do cuidado em saúde para todos os estabelecimentos de saúde do território nacional”.

Um componente inovador deste Programa é o estabelecimento da Cultura de Segurança, que se configura a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização. a) cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares; b) cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais;

c) cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança; d) cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional; e) cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança. Os conceitos ergonômicos estão muito mais próximos do indivíduo e interferem diretamente na possibilidade de obter

conforto, segurança, bem-estar e saúde. Portanto, conhecer as interfaces ergonômicas pode contribuir para uma nova forma de pensar e agir na elaboração do projeto, oferecendo as condições mais adequadas a cada pessoa. Aliás, um princípio fundamental da ergonomia é adaptar a atividade do trabalho à capacidade humana de realizá-lo, referência importante para a melhor qualidade de vida dos profissionais de saúde, seus clientes e pacientes de todo dia.

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Artigo

ARQ Coluna

Clovis Queiroz de Lima Arquiteto e Urbanista

Arquitetura hospitalar na gestão de projetos complementares

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abido perante o tempo, das demandas e dificuldades de se edificar prédios destinados ao amparo e ao tratamento de doença. Desde os mais longínquos tempos, o desenho de estruturas como a “Casa do Caminho” e outras demais denominações, vem dando as formas mais diversas o que chamamos hoje de Arquitetura Hospitalar. Cruz, espada, estrela e os mais variados formatos vêm dando a orientação necessariamente evolutiva para o que temos hoje de formas e desenhos arquitetônicos hospitalares. Mas uma questão sempre mexe com o íntimo de uma construção des-

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se porte: INSTALAÇÕES. Quem nunca se deparou com um shaft demasiadamente pequeno para o “tanto” de tubulações que é preciso colocar? Quem nunca se deparou com uma viga que atravessa o vão sem possibilidades de passagem? Quem nunca voltou atrás em um detalhe de projeto devido à necessidade extrema de passar mais um item de instalações? E que venham as sancas, os chanfros e os detalhes de rodapé, tudo em prol de esconder ou dar uma melhor aparência ao detalhe para cobrir uma instalação. Assim, nasce à necessidade de integração entre

projetos, de uma GESTÃO DE PROJETOS, comumente chamada de compatibilização. Não entendo assim, vezes que a compatibilização me daria uma visão do que se projetou dentro de um contexto, dentro do contesto dos projetos. Mas não me daria a verdadeira necessidade de integração dos mesmos. Por exemplo, em um leito de UTI tenho a necessidade de ligar uma máquina de diálise, mas necessariamente preciso de um ponto de água e esgoto e mais um ponto elétrico específico, porque o pessoal da diálise não compreende sobre as instalações das réguas. Cadê o ponto e Raio X? Lembrar que um


paciente às vezes fica preso a seis, oito bombas de infusão e mais monitores e demais aparelhos. Cadê a iluminação de emergência, os pontos de luz para eventual trabalho emergencial da equipe? Onde foi parar o carro de emergência? E se o paciente já estiver melhor, cadê a TV? Será que estes itens estavam previstos na compatibilização de projetos que eu havia contratado? Será que o profissional contratado foi munido de todas estas informações e necessidades, ou será que ele já teria uma visão geral do projeto? Por isso pactuo na pessoa do arquiteto hospitalar como o interlocutor direto sobre a equipe de saúde e a real necessidade do ambiente a ser projetado pelos demais profissionais. Por um acaso, quem me daria mais informação sobre a necessidade, hoje, de uma sala cirúrgica, senão os profissionais que atuam, dentro dela? Eles sim poderão me dar um significado exato de tamanho, de pontos de gases, de elétrica, dos racks com vídeo, com equipamentos, microscópios e etc. Depois desse estudo vem a compatibilização com a norma, a tal RDC, com as diretrizes e com o necessário. Nasce então a Gestão de Projetos

Complementares, que seria uma peça para compor o projeto arquitetônico com o máximo de informação necessária, para que o projeto do eletricista contemplasse todos os itens de norma, mas que também comtemplasse a necessidade “USUAL” da equipe de profissionais que irão utilizar o ambiente. Como projetar e não prever que tenho instalações diversas, como gases, tubulações de água quente e fria, ar-condicionado, rede de dados e elétricas. Como não prever que as instalações de ar-condicionado vão ocupar um espaço imenso e com diferentes funções, como rede de água gelada, ar filtrado, retorno e caixas e mais caixas de controle dos Chillhers e das bombas? Como não prever o espaço necessário para colocação dos geradores, transformadores, quadros distribuidores e controladores, No-break e estabilizadores? É precisolembrar que alguns possuem a necessidade de estar em ambiente reservado e condicionado, lembrar que o outro emite ruído e vibração, e principalmente, lembrar que tudo isso tem que tem que ter um cabo que vai até lá. Como projetar e não se lembrar da quantidade de pontos ga-

ses, de uso e reserva, do controle dos pontos perto do alcance da equipe e da visão de todos. Como projetar e não se lembrar da marcenaria, na quantidade de material médico, material de farmácia, material de consumo e equipamentos médicos que serão utilizados no ambiente? Da quantidade de gavetas que necessito, da quantidade de pontos de trabalho que tenho que proporcionar? Como projetar e não se lembrar-se que depois de tudo isso ainda tenho que dar conforto e bem-estar a quem utiliza dessa estrutura, e não somente ao paciente, mas também a equipe de profissionais que lá atuam e as pessoas que as visitam? Como projetar e não lembrar que estou lidando com “vidas”? Depois de algum tempo trabalhando em projetos diversos na área de saúde, e hoje mais intimamente ligado a execução desses projetos, vejo cada dia mais e mais a figura do arquiteto hospitalar como um projetista e coordenador de uma orquestra. Onde cada instrumento tem uma função, cada som tem um porque e uma nota, e tudo tem que tocar no tempo certo e não pode haver falhas, senão a música não fica perfeitamente sonora. Health ARQ

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Humanização

Transformando espaços Conceito arquitetônico

Projeto de arquitetura modifica a Santa Casa de Juiz de Fora

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Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) é a terceira instituição mais antiga da cidade, tendo sido fundada em 1854 pelo Barão da Bertioga, José Antônio da Silva Pinto, e por sua esposa, a Baronesa Maria José Miquelina da Silva. O segundo prédio da instituição foi concluído 44 anos após a inauguração, em 1898 sob a coordenação de Braz Bernardino.

Com o passar dos anos, o hospital desenvolveu-se, ampliou as suas aco-

modações, modernizou seus serviços, além de

munir-se de materiais e aparelhamentos. Hoje, a Santa Casa é um complexo hospitalar com 508 leitos, sendo 318 destinados ao Sistema Único de Saúde, incluindo as Unidades Fechadas. O complexo hospitalar conta com um edifício de 15 andares, além de diversos anexos,

incluindo a Capela Nossa Senhora dos Passos e o Casarão Colucci, edifícios tombados e de grande valor arquitetônico. Os projetos desenvolvidos no hospital pelo escritório IMAginal Arquitetura partem do reconhecimento da importância arquitetônica do edifício principal da Santa Casa de Juiz de Fora, exemplar do primeiro hospital vertical da América Latina. “Além disso,

buscamos tirar partido da paisagem natural circundante”, conta a arquiteta Moema Loures, da IMAginal Arquitetura, empresa responsável pelo projeto. Os projetos do IMAginal Arquitetura estão ancorados em três pilares: técnica, humanização e inovação. A técnica como o amplo conhecimento dos procedimentos hospitalares, normas técnicas, aprovações na

Circulação Hotelaria Wayfiding 20

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ANVISA, fluxos gerais e sistemas de infraestrutura. A humanização como a aproximação da arquitetura com a escala humana, com o lúdico e com a arte. E a inovação que aliada à tecnologia, é a âncora para criar espaços mais humanos e modernos. Nos três últimos anos, a instituição vem passando por um período de grandes transformações em sua infraestrutura física. “Foram feitas importantes obras como o Ambulatório de Especialidades do SUS, o Espaço Clínico, a Hemodinâmica e a Central de Material Esterilizado, além da reforma no setor de hotelaria. Hoje estão sendo finalizadas as obras da Unidade Coronariana e Endoscopia”, afirma a arquiteta Moema. A antiga ala de fisioterapia passou por uma transformação dando origem a nove consultórios, sala de reunião, serviços de apoio e uma ampla recepção, que atendem aos pacientes do SUS. Foram criados painéis de gesso quadriculados que suscitam uma ambiência lúdica e criam identidade visual aos espaços. Segundo a arquiteta, para obter maior flexibilidade, foram utilizadas paredes em gesso com placas removíveis. “Isso possibilita futuras modificações e a manutenção eficiente dos sistemas de infraestrutura”, explica. Os 11º e 12º andares receberam novas instalações e seu mobiliário foi projetado considerando a ergonomia e a eficiência. O armário principal, por exemplo, é multifuncional, permitindo a higienização das mãos, a implantação do frigobar, mesa de refeições para o acompanhante e espaço para organizar objetos de uso dos pacientes. “Desta maneira, evita-se as peças espalhadas pelo quarto e há o maior aproveitamento do espaço”, diz a arquiteta. Para garantir a facilidade na assepsia foram aplicados pisos em manta viní-

Ambulatório

Corredor Hotelaria

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Conceito arquitetônico

Humanização lica, de alta tecnologia, com fungicida incorporado em sua massa tornando o revestimento resistente aos fungos e bactérias. Já as cortinas são em PVC, e também permitem fácil manutenção. Projetadas dentro de caixas que evitam a passagem de luz, permitem o blecaute total do quarto e a suspensão completa para a passagem da luz natural. No que tange a iluminação, os pacientes têm disponível no quarto diferentes níveis. Utilizou-se também um foco de LED acima da cuba, que permite ao médico higienizar as mãos sem incomodar ao paciente. “Apesar de todos os novos quartos estarem equipados com ar-condicionado split, privilegiamos em nosso projeto a ventilação e a iluminação natural”, explica Moema. De acordo com a arquiteta, ao pensar no projeto hospitalar seu enfoque principal não está na construção de formas, mas sim de focos de curiosidade e força. “Vislumbramos um raciocínio que privilegia a intensidade. Buscamos a aproximação da arquitetura com a escala humana, com o homem. Voltamos, assim, nosso olhar para a sensibilidade do uso de cores, para as intensidades de luz, para as variações de temperatura, para a criação do mobiliário flexível, dentro do conceito de wayfinding-design”, afirma. Segundo ela, do projeto das alas de internação à hemodinâmica foi percorrido um desafio da arquitetura em ambientes de saúde: o espaço hospitalar em movimento, flexível para novos usos, vários frames, algumas capturas e nuances de um pensar arquitetônico. A proposta dos projetos é criar identidade para cada ambiente, usando pontos de referência para fornecer pistas de orientação e locais memoráveis. Nas circulações das alas de internação foram trabalhadas diferentes tonalidades de cinza e profun22

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Novos Quartos

RPA Hemodinâmica

RPA Hemodinâmica principal


Quarto Cadeira Paciente didades dos volumes em gesso dando maior movimento para o corredor que possui uma geometria linear. “Utilizamos placas de gesso removíveis que facilitam a manutenção e são acústicas, evitando o eco nestes locais de passagem.” Buscou-se evitar a demolição de todas as paredes internas, pois estas recebem grande carga estrutural, e já acomodaram ao peso do edifício com o passar de mais de 60 anos, funcionando como grandes pilares. “São demolidas apenas paredes que denominamos secundárias e criadas novas divisórias internas em drywall, privilegiando a flexibilidade espacial e as exigências da Vigilância Sanitária”, revela.

Sala de Exame Hemodinâmica Principal Tendo como palavra chave o detalhe, o projeto conseguiu despertar o lúdico em ambientes de grande rigor e complexidade. “Ao longo dos três anos que estamos atuando no hospital, este tornou-se mais humano e, aos poucos, vamos nos aproximando ao conceito de habitar. Habitar como achar-se, ser e estar.” Dentro dos quartos, desenhos feitos pela arquiteta Moema Loures foram distribuídos, propositalmente por locais não evidentes. “A ideia é despertar a curiosidade e a descoberta de quem vivencia a arquitetura. As formas não são claras, instigam a imaginação sensível”, explica Moema. No projeto da Hemodi-

nâmica, o enfoque foi para a noção do tempo lógico, cronológico e topológico. Desde a objetividade do tempo na precisão e eficiência dos exames, até a relatividade do tempo na recuperação do paciente. “Para potencializar este conceito, criamos relógios variados em que o exercício de ver hora passa a ser algo subjetivo e demorado, deslocando o foco do paciente da doença.” O salão de repouso pós-anestésico recebeu os leitos distribuídos de tal maneira que o posto de enfermagem ficasse centralizado, facilitando o trabalho da equipe médica. “Toda a transformação espacial foi possível devido ao esforço estrutural na fundação do edifício da

Hemodinâmica feito para suportar mais dois pavimentos”, revela a arquiteta. O segundo andar, em planta livre é flexível para um possível setor administrativo do hospital. Já no terceiro andar, foi instalado um pavimento técnico, com casa de máquinas para o ar-condicionado central e IT-médico. Nas salas de exame foi utilizada laje treliçada pré-moldada para suportar o grande vão, com pilares apenas nas extremidades. “Entre o antigo e o moderno, o popular e o erudito, o ordenado e o casual, o real e o imaginário, pescamos os fragmentos da nossa arquitetura. Ciência e fantasia, rumo a uma arquitetura hospitalar mais moderna e humana”, finaliza. Health ARQ

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Novos ares

Humanização

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Conceito Inovador Hospital no Rio de Janeiro investe em modernização e humanização

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Hospital São Lucas, localizado em Copacabana, Região Sul do Rio de Janeiro, destaca-se pelo atendimento de excelência e recursos tecnológicos disponíveis para atendimento de casos de alta complexidade. A unidade conta com serviço de emergência 24 horas, com profissionais de diversas especialidades à disposição como clínicos, cirurgiões, cardiologistas, ortopedistas e radiologistas. Em sua estrutura, a instituição disponibiliza quase 200 leitos, distribuídos em cinco setores de internações clínicas e cirúrgicas, cinco Unidades de Terapia Intensiva, sendo uma delas voltada exclusivamente para as cardiopatias, Setor de Hemodinâmica, Centro Cirúrgico e Serviços de Imagem. Conta também com tecnologia de ponta que o capacita a realizar procedimentos de alta complexidade como cirurgias cardíacas, vasculares e torácicas, embolização de aneurismas cerebrais, angioplastias e procedimentos endovasculares, cirurgias de coluna, cirurgias bariátricas, entre outros. O hospital realiza mensalmente mais de cinco mil atendimentos de pronto-socorro, cerca 700 cirurgias, 140 procedimentos de hemodinâmica e mais de 1000 internações. Tornando-o uma das maiores unidades de saúde da região. Além disso, possui qualidade e segurança certificada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Recentemente, a instituição passou por mudanças em sua diretoria, instituindo o médico Lincoln Bittencourt, que possui 13 anos de atuação na unidade, como seu novo Diretor Geral. Para marcar esta nova gestão o hospital irá investir no atendimento de casos de alta complexidade, tecnologia e inovação, focando nas áreas de cardiologia e oncologia, e para isso será necessário uma obra de expansão em sua estrutura física. “Estou ciente da grande responsabilidade desse novo cargo, mas aceitei o desafio em função de conhecer bem o hospital e acreditar em nossos colaboradores. PodeHealth ARQ

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Novos ares

Humanização

rei aplicar toda experiência adquirida durante os últimos anos à frente da direção médica para elevar o São Lucas a um patamar ainda melhor em termos de qualidade e segurança assistencial”, afirma o Diretor-Geral. O objetivo do novo líder do hospital vai ao encontro dos últimos investimentos em obras e na aquisição de equipamentos do HSL, que somaram cerca de R$ 6 milhões. O montante correspondeu à inauguração de novos leitos, ao moderno layout da fachada do hospital e a aquisição de alguns equipamentos. Para amenizar a angústia e o estresse de quem precisa submeter-se à hospitalização ou acompanhar um ente querido durante o período de internação, o hospital investe constantemente na humanização do ambiente hospitalar. Para isso, a decoradora Solange Medina, tem o desafio de transmitir aconchego, beleza e gentileza ao espaço. O resultado do trabalho é um cenário elegante, sem ostentação, com peças de decoração discretas 26

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e charmosas, distribuídas por um amplo e luminoso espaço, logo na recepção social do hospital. Projetada cuidadosamente para proporcionar comodidade e segurança, a arquitetura do hospital chama atenção, desde a área externa, com o novo letreiro, até a fachada espelhada; dessa forma, a instituição mudou definitivamente seu layout. “O São Lucas tem uma localização privilegiada na Zona Sul do Rio de Janeiro. A cafeteria do hospital, por exemplo, fica cravada entre a área urbana do bair-

ro e um oásis ecológico, com imensas jaqueiras e famílias de micos, tudo demarcado por uma enorme pedreira. Por isso, foi muito prazeroso desenvolver esse projeto e contar com a parceria da natureza”, conta Solange. No hospital, a decoradora também ambientou o espaço e o restaurante dos médicos, além da recepção social e da internação. “Na recepção social, foi necessária uma longa obra, com a derrubada de muitas paredes para a abertura de um espaço maior”, explica Adriana Molina, arquiteta

do projeto. “Para manter o espaço arejado e agradável, projetamos o teto mais alto, com o pé-direito de quatro metros. A pedreira cenográfica e o lago artificial completam o cenário, dando leveza ao ambiente”, destaca a arquiteta. Objetos de decoração seguindo linha clean, como vasos importados de resina prateada; esferas nervuradas; cadeiras Longarinas com estrutura de aço e estofamento de couro ecológico; gravuras abstratas e luminárias Curvare, com grandes placas de madeira

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Novos ares

Humanização mel linheiro por cima, dão suavidade, elegância e requinte ao ambiente. Os detalhes charmosos no paisagismo das instalações internas proporcionam toque sutil e curioso à decoração. No mezanino, imensos vasos de cerâmica vietnamita azul-cobalto, à frente de enormes janelas de vidro, exibem frondosas espécies de Agave attenuata. Duas grandes jardineiras, com mudas de Papirus, réplicas das plantas que margeiam o Rio Nilo, enfeitam os corredores do local. E para interromper a

monotonia de uma parede muito comprida, a decoradora também criou um nicho, com uma espécie de aquário de bambu com iluminação embutida. “A curiosidade fica por conta de quem passa e sempre pergunta: é natural? Não, é permanente. Por conta das exigências das comissões de higiene dos hospitais, nas áreas internas, apenas plantas permanentes podem ser utilizadas”. Ainda no piso do mezanino, observa-se que até a sinalização verde combina com os tons de paisagis-

mo. Nesse local, um bonito e funcional estar e restaurante de médicos impõe requinte e funcionalidade aos profissionais de saúde. O resultado é a sintonia na parceria entre engenharia, arquitetura e decoração que proporciona um ambiente agradável, sofisticado, bonito e elegante, mesmo dentro de uma área hospitalar. “Nossa meta era alinhar à gentileza, ao conforto e ao bem-estar de pacientes, suas famílias e acompanhantes e as equipes de saúde”, esclarece a decoradora.

“Estou ciente da grande responsabilidade desse novo cargo, mas aceitei o desafio em função de conhecer bem o hospital e acreditar em nossos colaboradores. Poderei aplicar toda experiência adquirida durante os últimos anos à frente da direção médica para elevar o São Lucas a um patamar ainda melhor em termos de qualidade e segurança assistencial”, Lincoln Bittencourt Diretor Geral do Hospital São Lucas 28

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Humanização

Referência Regional Estrutura de ponta

Piauí investe em novo Centro Materno Infantil com enfoque em humanização e sustentabilidade

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om investimento previsto de R$ 250 milhões pelo Estado do Piauí em parceria com o Governo Federal, o novo Centro Materno Infantil - Maternidade de Referência do Estado do Piauí, situado em um terreno urbano de 42.900,00 m² e uma área de construção de aproximadamente 38.000,00 m², terá 280 leitos de internação geral, 20 leitos de UTI adulto, 30 de leitos de UTI neonatal, 90 leitos de unidade de cuidados intermediários, 10 salas para partos cirúrgicos e cirurgias neonatais e 16 quartos para parto normal. O projeto prevê também um atendimento especial a adolescentes gestantes e contará com o Serviço de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Sanvis). Além da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, que dará suporte a mães de baixa renda com filhos em tratamento prolongado na maternidade. “O hospital foi projetado para substituir a Maternidade Dona Evangelina Rosa, referência em partos de alta complexidade no Piauí, parte do Ceará e Maranhão. Um prédio construído na década de 70 e que não atende mais as necessidades e nem às demandas no atendimento ao público e nem as normas sanitárias”, comenta o arquiteto responsável pelo projeto Napoleão Lima Júnior. A proposta arquitetônica foi desenvolvida tendo como coordenador e autor o arquiteto

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Napoleão Lima Júnior e contou com a colaboração de uma equipe de profissionais da área: as arquitetas Ana Patrícia Damasceno, Christini Salviano, e os técnicos Genária Leal e Gilson Granjeiro, utilizando como foco principal do projeto a aplicação da Política Nacional de Humanização do SUS. Atendendo do acolhimento à alta do paciente e aos programas enfatizados pelo Ministério da Saúde, entre eles a Rede Cegonha, que tem como foco principal os cuidados com a gestante e o bebê antes, durante e após o parto. “Isso porque o prédio conta com um centro obstétrico para partos cirúrgicos e cirurgias de alta complexidade em neonatos com patologias graves e um centro de parto normal para partos de baixo risco, que possibilita o emprego de todas as técnicas possíveis, inclusive o parto na água, dentro da política de humanização”, explica o arquiteto. O Centro Materno contará com um serviço de apoio ao diagnóstico e terapia completo, destacando procedimentos com ressonância magnética, tomografia, Raios-X digitais, mamografia, ultrassom, entre outros. Possui também um banco de leite humano de referência com capacidade de processamento de mais de 60 litros de leite dia, inclusive com processo de liofilização. “É um hospital escola e dá suporte aos cursos da área de saúde da Universidade Federal e Estadual do Piauí nas áreas de medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia e serviço social na graduação, pesquisa e extensão, contando com um edifício específico para esta finalidade, composto por salas de aula, biblioteca e coordenações de curso”. De acordo com o arquiteto, a solução arquitetônica e a implantação foram definidas a partir das generosas dimensões do terreno. Desta forma, optou-se por uma tipologia horizontalizada em blocos independentes, separados por tipo de serviço e interligados por circulações e pergolados que dão unidade ao conjunto e permitem um grande aproveitamento da iluminação e ventilação natural. Essa implantação foi definida a partir da trajetória soHealth ARQ

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Referência

Humanização

lar. “Ou seja, as áreas de permanência prolongada como as internações estão voltadas para o Norte e para Sul, evitando a radiação solar direta dentro das enfermarias, além de proporcionar a melhor implantação dos painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica”, diz Napoleão. A solução arquitetônica foi proposta dentro de uma malha estrutural de 7,50m x 7,50m e vedações internas em drywall, possibilitando alterações e 32

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readequações no layout com grande facilidade, flexibilidade e rapidez. O projeto de automação predial gerenciará todas as instalações ordinárias e especiais da edificação, como elevadores, ar-condicionado, água, entre outros. No projeto luminotécnico foram especificados luminárias de LED e reatores de baixo consumo de energia, o edifício contará também com um sistema de geração de energia elétrica a partir de painéis fotovoltaicos conectados

a rede de distribuição que terá a capacidade de gerar 1.850 MWh/ano, a água quente a ser utilizada em todo o complexo será fornecida por coletores solar, instalados na cobertura. “Haverá também com um sistema de correio pneumático que será responsável pela coleta e distribuição de amostras, laudos laboratoriais e principalmente medicamentos fracionados, acelerando, racionalizando e barateando o processo de circulação de


materiais.” Os materiais de acabamento foram especificados a partir dos princípios de durabilidade e menor impacto ambiental, que utilizem matéria prima reciclável em sua fabricação e que possibilitem baixa emissão de VOC (compostos orgânicos voláteis). “O empreendimento contará com várias estratégias voltadas à sustentabilidade ambiental e a eficiência energética, dentre elas, o reuso de águas cinza para a rega de jardins e limpeza de áreas exter-

nas e sendo o excedente destinado à irrigação de parte do zoobotânico de Teresina. Para tanto, está prevista a construção de uma ETE - (Estação de Tratamento de Esgoto)”, conta o arquiteto. Uma central de tratamento de resíduos terá a função de segregar, tratar e processar todos os resíduos produzidos no complexo, os resíduos infectantes e perfuro cortantes passarão por um processo de trituração e esterilização em autoclave tendo sua classificação final como resíduo urba-

no classe 2 (lixo comum). “A acessibilidade foi levada a todas as áreas externas e internas, não só no que se refere à acessibilidade física motora, mas a visual e auditiva utilizando elementos táteis e sinais sonoros em toda a edificação, orientando o usuário. Todos que acessarem a edificação, colaboradores e usuários, terão um cartão de identificação com chip que possibilitará o monitoramento de por quais setores e serviços o portador do cartão passou ou acessou”, finaliza o arquiteto.

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Humanização

FICHA TÉCNICA Centro Materno - Maternidade de Referência do Estado do Piauí Área do Terreno: 42.900,00 m² Área de Construção da Edificação: 37.567,89 m² Local: Teresina (PI) Data do Projeto: Junho de 2013

Referência

Descrição dos Blocos que Compõem o Empreendimento Bloco 1 – térreo – auditório Bloco 2 – 03 pavimentos – térreo com centro de parto normal e dois andares de internação para a maternidade Bloco 3 – 03 pavimentos – 03 andares de internação adulta Bloco 4 - 02 pavimentos – térreo com diagnóstico e imagienologia, patologia clínica, medicina fetal, banco de leite e unidade de cuidados intermediários e 1º andar com o centro cirúrgico, unidades de terapia intensiva e centro de materiais e esterilização Bloco 5 – térreo – serviço ambulatorial Bloco 6 – térreo – saguão e recepção Bloco 7 – térreo – administração Bloco 8 – térreo – serviço de urgência e emergência Bloco 9 – térreo – serviço de alimentação e nutrição, farmácia, vestiários, lavanderia, almoxarifado e manutenção Bloco 10 – 02 pavimentos – bloco de ensino, sendo o pavimento térreo com biblioteca, coordenação e pesquisa e 1º andar de salas de aula Bloco 11 – térreo – casa da gestante, bebe e puérpera (espaço que atende a mães e a bebes de baixa renda ou que residam fora de Teresina e que estejam em tratamento de longa duração)

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Eficiência e tecnologia

Humanização

Edificação atual

Projeto arquitetônico do Complexo Hospitalar Unimed Resende alia humanização e tecnologia

O

Complexo Hospitalar da Unimed Resende, no Rio de Janeiro, conta com área aproximada de 10 mil m² e um projeto que busca desassociar a imagem do ambiente hospitalar tradicional, aproximando a edificação de uma arquitetura mais humana e com ênfase na 36

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hotelaria e sua operação. “Outro ponto importante desse projeto foi o aproveitamento da topografia do terreno para a implantação do edifício, utilizando os desníveis para setorização de acessos e áreas do hospital”, diz o Diretor da Emed Arquitetura, responsável pelo projeto, Sérgio Reis.

A humanização dos espaços inicia-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos. Sendo assim, o partido arquitetônico adotado privilegiou a topografia do terreno, priorizando a separação dos acessos ao hospital. Foram criados dois níveis de acessos, um pelo pa-


vimento inferior (acesso ao pronto atendimento, emergência e apoio técnico e logístico) e outro pelo térreo (acesso de visitantes e pacientes eletivos a instituição). A partir dessa implantação, as áreas foram distribuídas nos pavimentos de acordo com as atividades afins. “Desta forma, temos, por exemplo, no pavimento térreo, os Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia (S.A.D.T.) e o setor administrativo do hospital que, pensando na flexibilidade da edificação e em uma possível expansão futura, poderá ser realocado permitindo a acomodação de novas tecnologias e serviços médicos”, conta Reis. Além disso, há no 2º pavimento, o Centro Cirúrgico, contíguo à Unidade de Tratamento Intensivo (U.T.I.), visando o melhor fluxo e agilidade no trânsito de pacientes críticos dessas duas unidades. “Outro ponto importante para a humanização dos espaços, diz respeito à ambientação, onde tivemos muito cuidado, juntamente com o cliente, na escolha de materiais de acabamento, cores e iluminação, na busca por um espaço menos austero e mais aconchegante”, explica o arquiteto. A iluminação, tanto a natural como a artificial, também foram foco de atenção dentro do projeto, considerando que cada área possui suas necessidades e exigências. Deste modo, buscou-se privilegiar a iluminação natural em áreas de maior permanência dos pacientes, como internação, U.T.I., áreas de observação e também nas sociais. Isso, além de proporcionar um melhor conforto ambiental, também causa diretamente impacto em economia de energia.

Posto de Enfermagem

Lobby

Internação Health ARQ

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Eficiência e tecnologia

Humanização Em locais onde a iluminação artificial se faz necessária, o escritório de arquitetura buscou soluções que atendessem às exigências e necessidades de cada espaço, através de projeto luminotécnico. Outro detalhe pensado de acordo com cada ambiente foi o mobiliário, priorizando, além da questão estética, durabilidade, manutenção, ergonomia e os revestimentos internos. Os porcelanatos foram destinados as áreas sociais, os cerâmicos de alto tráfego aos locais de serviços e os vinílicos (condutivos ou não) para internação, salas de exames e salas cirúrgicas. “Além das exigências de cada área, assim como nos mobiliários, questões estéticas, de manutenção e durabilidade foram consideradas”, conta. Para revestimentos externos das fachadas, foram utilizadas placas de alumínio composto, que trabalham juntamente com sistema de pele de vidro (com película refletiva para maior conforto térmico interno). “Além da questão estética, fizemos esta opção por estes materiais trabalharem perfeitamente com os demais sistemas construtivos adotados. Para revestimento dos pisos externos, foi aplicado o sistema de blocos intertravados, que funcionam muito bem para áreas de alto tráfego e também por possibilitarem a drenagem de águas pluviais”, diz o arquiteto. De acordo com Reis, a opção por sistemas ou materiais que possuem investimento em tecnologia, deve-se ao fato de que estes permitem processos cada vez mais eficientes. A utilização de Sistema Estrutural Metálico, por exemplo, possibilita 38

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Obra


um ganho em prazo e liberação de outras fases de obra, o que não ocorreria em um sistema convencional em concreto, que exige montagem de fôrmas, concretagem e espera de cura do material. “Com peças pré-fabricas, e a agilidade de sua montagem, esse sistema tem nos mostrado que é totalmente viável (inclusive em termos de custo) para a construção de hospitais e também para ampliação de edifícios existentes.” Foi determinada a uti-

lização de um sistema estrutural misto, entre estrutura metálica, lajes tipo steel deck e fundações em concreto, que possibilitam vãos maiores, pilares e vigas com dimensões reduzidas, liberando assim áreas mais amplas para serem compartimentadas de acordo com a necessidade do hospital e também com pés-direitos mais generosos para distribuição de redes de instalações. O Plano Diretor do novo edifício também levou em consideração a sus-

tentabilidade, através do sistema de captação de energia solar, águas pluviais para reuso e ETE (Estação de Tratamento de Efluentes), assim como a flexibilidade de alguns espaços, visando futuras ampliações e remanejamentos de áreas, característica considerada primordial para uma instituição de saúde que está sempre evoluindo suas técnicas e tecnologias e seus espaços precisam ser dimensionados e pensados para acompanhar essa necessidade.

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Internacional

Humanização

Nova edificação Hospital de Lisboa investe em complexo voltado para áreas especializadas

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nova instituição de saúde do grupo HPP em Portugal, o Hospital dos Lusíadas, localizado em Lisboa, é uma instituição com infraestrutura moderna e tecnologia avançada dentro de um 40

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complexo integrado de saúde. “O hospital foi criado para ser um centro de referência nas áreas Materno Infantil, Cardiovascular e de Oncologia, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia”, afirma José Miguel Boquinhas,

porta-voz da instituição. A qualidade do corpo clínico e os equipamentos altamente tecnológicos acompanham um espaço com conceito arquitetônico humanizado. “Esses fatores são essenciais para o diferencial


da instituição e qualidade dos serviços prestados”, diz o engenheiro do Hospital dos Lusíadas, Luís Vasconcelos. A edificação de 30 mil m² projetada pelos arquitetos Wiegerink Architecten e José Vaz Pires, possui 160 leitos de internação, 60 consultórios médicos, oito salas de cirurgia, três salas de partos e UTI’s. A instituição possui capacidade para realizar 20 mil interversões cirúrgicas ao ano. A área Materno Infantil, do hospital, que engloba a pediatria, a obstetrícia, a neonatologia, assim como a ginecologia e a fertilização, disponibiliza serviços médico-cirúrgicos integrados para a mulher e criança. Já o espaço direcionado aos pacientes cardiovasculares, possui diagnóstico e tratamento das situações agudas e crônicas vasculares, sejam cardíacas, vasculares periféricas ou cérebro-vasculares. “Esta área responde ao crescimento do risco vascular provocado pelo aumento da idade média da população”, comenta Boquinhas. No hospital, a Oncologia Health ARQ

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Internacional

Humanização

abrange todos os serviços como tratamento médico e cirúrgico, e recuperação de pacientes oncológicos nas diversas especialidades. “O crescimento da incidência da doença, a evolução dos meios de diagnóstico e tratamento e a necessidade de ambiente hospitalar diferenciado colocam esta área como essencial na afirmação deste projeto”, diz o engenheiro Vasconcelos. 42

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A área de Ortopedia e Traumatologia dispõe de elevada especialização e equipes médicas experientes. Enquanto isso, a unidade de Oftalmologia do Hospital dos Lusíadas tem como objetivo prestar cuidados de grande qualidade na procura constante da excelência. As áreas de referência e as especialidades citadas são suportadas por áreas transversais comuns, nomeadas como Bloco

Operatório, a Unidade de Cuidados Intensivos, o Internamento, a Imagiologia, a Medicina Nuclear, o Hospital de Dia Médico e a Farmácia Hospitalar. “Este modelo de organização, com áreas que prestam serviços a todas as especialidades médico-cirúrgicas com independências de coordenação e de gestão de meios disponíveis, é um importante fator distintivo deste projeto”, finaliza Vasconcelos.


Grupo forte A HPP, que gere o Hospital dos Lusíadas, é um grupo de referência no setor da saúde em Portugal , fundado em 1998. As instituições da rede atuam focadas em qualidade, possibilitando uma oferta de serviços global e integrada, baseada em uma rede Ibérica, através de parceria estratégica com o Grupo USP Hospitales, contando com mais de 40 unidades de saúde e 5.000 profissionais em Portugal e Espanha. Em Portugal, o grupo possui seis hospitais: o Hospital dos Clérigos e Hospital da Boavista, em Porto; Hospital da Misericórdia, em Sangalhos; Hospital dos Lusíadas, em Lisboa; Hospital São Gonçalo de Lagos, em Lagos e o Hospital Santa Maria de Faro, em Faro. Além disso, há um hospital em Regime de Parceria Público-Privada: Hospital de Cascais.

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Humanização

Nova proposta Característica

Empresa de arquitetura investe em materiais inovadores e sustentáveis que proporcionam sustentabilidade e inovação em seus projetos

N

os últimos anos, a humanização hospitalar passou a ter maior relevância no Brasil. Diversos estudos comprovaram a importância dos hospitais oferecerem ambientes acolhedores e funcionais, em vez de serem apenas um lugar de tratamento de doenças. Baseado nesta premissa foi concebido o mais recente projeto desenvolvido para o Hospital São Luiz, da Rede D’Or, localizado em São Paulo. “A MW Arquitetura desenvolveu os projetos para a reforma de três pavimentos de internação (39 apartamentos) e, em parceria com a RAF arquitetura, reformulou as áreas do pronto-socorro e um pavimento de UTI, das áreas da Unidade Itaim da Rede D`Or São Luiz”, conta Moema Wertheimer, Arquiteta da MW Arquitetura. A área do pronto-socorro, que também atende à especialidade de Ortopedia, recebeu um novo layout e passou dos 700 para os 1.500 m². Além disso, a unidade reformou 39 apartamentos da ala de

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internação e seus postos de enfermagem. O objetivo desta ampliação foi o de aprimorar a mobilidade contínua do paciente, que agora ganhou tempo entre um procedimento médico-hospitalar e outro. A área de espera foi fracionada em subseções e informatizada. “O projeto, utilizando o conceito de SmartTrack garantiu que todos os procedimentos seguissem um fluxo mais ágil”, revela a arquiteta. Para atender às necessidades do São Luiz, a empresa de arquitetura realizou pesquisas com enfermeiros e médicos clínicos. Além disso, baseou-se em um trabalho desenvolvido pela empresa americana Nurture, do grupo Steelcase, que aponta soluções para melhorar o dia a dia dos funcionários e trazer conforto para os pacientes, como a ergonomia de balcões e móveis, que garantiu acessibilidade às pessoas com necessidades especiais. “Cuidamos também da escolha de materiais de revestimento adequados à rotina de um hospital. Foram

instalados pisos de granito em todo o pronto-socorro e revestimento vinílico nas paredes dos quartos; luminárias vedadas e caixa embutida do vaso sanitário para facilitar a assepsia; revestimento em laminado de alta pressão para maior durabilidade dos móveis dos quartos e módulo de SSM (Superfície Sólida Mineral, tipo Corian) com pia integrada nos consultórios médicos”, relata Fabiana Annenberg, Arquiteta da MW Arquitetura. A iluminação e os acabamentos e revestimentos em geral receberam atenção especial. Foram utilizadas luminárias redondas com proposta de luz natural e um misto com LED e fluorescente para reduzir custos de manutenção e consumo. Para proporcionar aconchego e sofisticação, optou-se por móveis e painéis de madeira e setores diferenciados por cores em tons pastéis, como a parte clínica em tons de verde e a ginecologia em lilás, cinza e prata. Na UTI foi implantada iluminação indireta colorida.


Foram utilizadas nas cabeceiras das camas luminárias de LED na gama de cores RGB, especialmente criada para aumentar qualitativamente o processo de cura, recuperação e conforto dos pacientes internados. “Para que houvesse um uso adequado da cromoterapia, prática reconhecida pela medicina desde 1986, foi realizada uma palestra com a terapeuta holística Silvana Berti, na qual a especialista ressaltou as diferentes atuações das cores, traçando um perfil da cromoterapia desde suas origens até a sua aplicação médico-hospitalar”. A MW Arquitetura buscou fortalecer a imagem da instituição em relação à qualidade do serviço oferecido aos pacientes, acompanhantes e colaboradores, através de instalações mais funcionais, que oferecem maior mobilidade aos usuários, preocupando-se com a assepsia e fácil manutenção das áreas. “Através de ambientes bem planejados e instalações modernas, o hospital também se consolida no sentido de estar sempre acompanhando a tecnologia e se preocupando em humanizar seu atendimento, proporcionando bem-estar a todos”, conta as arquitetas. Alguns materiais que chegaram recentemente ao

mercado brasileiro foram utilizados nesta obra, como a ecoresina (3form), material bastante resistente, de fácil manutenção e que pode ser usado de diversas formas (tampos, degraus, móveis, área interna ou externa).“Suas maiores vantagens são a durabilidade, resistência a produtos químicos, fácil manutenção e características sustentáveis. Além de não ser tóxico, nem inflamável. Dificilmente um produto ou revestimento possui todas essas características. Além disso, o 3form é um material esteticamente muito bonito e com ótimo acabamento”, ressalta Fabiana. Tanto na escolha dos materiais, quanto na execução dos processos foram obedecidas às regras de acessibilidade (NBR 9050), as normas da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (RDC n°50), e consideradas as medidas de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para conforto acústico. Visando a sustentabilidade, foram utilizados materiais duráveis e de fácil manutenção. Boa parte da iluminação foi feita com LED, proporcionando maior economia e menor custo em longo prazo. “Propusemos marcenarias com separação de lixo orgânico e reciclável e a maioria

das bancadas foi feita em Corian, que é um material reutilizável”. Disseminando o conceito Este mesmo material, o Corian, foi utilizado também nas obras de outro projeto desenvolvido pela MW Arquitetura, de modernização e ampliação do Hospital Beneficência Portuguesa, também localizado na cidade de São Paulo. “Na Beneficência também houve preocupação em utilizar materiais duráveis e de fácil manutenção. Boa parte da iluminação foi feita com LED, assim como no São Luiz, para proporcionar maior economia. Mas, neste caso, também propusemos marcenarias com separação de lixo orgânico e reciclável e os balcões das recepções são todos feitos em Corian, que é um material reutilizável. Por fim, as caixas acopladas das bacias são embutidas na parede, favorecendo a assepsia”, revela Fabiana. O projeto foi iniciado em abril de 2012 e a obra está sendo executada em duas etapas, com entregas previstas para o primeiro semestre deste ano. O início deste projeto foi baseado na necessidade da instituição em modernizar e ampliar suas áreas de recepção, alterando o fluxo dos pacientes. Esta recepção, Health ARQ

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Característica

Humanização

que antes atendia convênios, particulares e SUS, passará a ser a entrada somente para os pacientes particulares e conveniados. “Além disso, a concepção do projeto aconteceu com o objetivo de fortalecer a marca e história do hospital e valorizar o conceito de hospitalidade”, dizem as arquitetas. De acordo com a arquiteta é importante que as áreas de recepção sejam concebidas priorizando o usuário e os fluxos, de modo que aquele que precisa ir ao hospital tenha facilidade para se locomover, através de um ambiente bem sinalizado e preparado para atender todas as questões de acessibilidade. “Deve ser levado em consideração também o alto tráfego do local, utilizando assim materiais específicos para este uso e de fácil manutenção”. O projeto buscou fortalecer a imagem do Hospital Beneficência Portuguesa, modernizando as instalações e preservando a história da instituição, através de uma área prevista para funcionar como “Espaço da Memória”, onde os usuários poderão conhecer melhor a instituição e contar suas experiências pessoais. “O projeto busca também valorizar o concei46

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to de hospitalidade, cada vez mais presente em hotelaria hospitalar e que, especialmente lá, já vem sendo implantado de forma bem efetiva”, afirma Fabiana. Os ambientes aparecem com clima confortável e aconchegante, através do uso de materiais de qualidade e cores agradáveis. Para que haja de fato o foco no ser humano, humanizando assim o espaço, o projeto seguiu as normas de acessibilidade, utilizou recursos de áudio e vídeo e iluminação para criar uma atmosfera mais acolhedora. Segundo Fabiana, o conforto foi pensado nas circulações amplas; no mobiliário estável, seguro e de qualidade e nos revestimentos. “Para a segurança utilizamos materiais adequadas a este tipo de ambiente, de fácil limpeza e fácil manutenção; foram colocadas catracas eletrônicas na entrada e todo o projeto foi revisado junto ao corpo de bombeiros”. Já na escolha dos revestimentos, além da identidade visual, foram levados em consideração critérios como resistência e isolamento térmico. “Utilizamos em alguns locais o revestimento da Wicanders para piso, parede e forro, que é um produto visualmente

semelhante ao piso vinílico, mas é um composto de cortiça e lâmina de madeira altamente resistente”. Este produto funciona como isolante térmico e acústico, é resistente ao fogo, de fácil limpeza e manutenção, resistente ao alto tráfego e, consequentemente, à abrasão, é anti-bactericida, além de ser esteticamente muito bonito. Para batentes e guarnições foram definidos revestimento Di-noc da 3M, uma película de PVC com adesivo permanente de extrema resistência e durabilidade e não propaga chamas. De acordo com a arquiteta, o maior desafio em projetos hospitalares em geral é conciliar todas as necessidades (médicos, enfermeiros, manutenção, pacientes, acompanhantes, diretores) com prazos e custos. “Especificamente neste projeto, trabalhamos na área de maior circulação de pessoas, o que exigiu um bom planejamento de obra. Outro desafio foi conceber soluções inteligentes para que conseguíssemos melhorar a iluminação e o pé-direito dos corredores, já que tínhamos muitas interferências de toda a infra-estrutura do edifício localizada no entre-forro do térreo”, finaliza.


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CAPA

Projeto sustentável

Inovação em Diagnóstico Centro Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleury, em São Paulo, traz projeto com certificação LEED, materiais e técnicas diferenciados

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oi inaugurado, em março deste ano, no mesmo prédio da Unidade Ponte Estaiada, em São Paulo, o novo Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleury. “Convidados pelo Grupo, nós visitamos diversos espaços, analisamos e fizemos ensaios e simulações de implantação, chamados Test Fit. Vários lugares não se adequaram ao programa, até o edifício Tower Bridge Corporate ser analisado. Nele foi implantada a unidade Fleury Ponte Estaiada e um Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular, em uma área de mais de 3 mil m²”, conta Antonio Carlos Rodrigues, da ACR arquitetura e planejamento, responsável pelo projeto. A unidade Ponte Estaiada fica no térreo do edifício e conta com um mix completo de exames de análises clínicas e de imagem, além de espaço totalmente dedicado ao público feminino para diversos diagnósticos, como exames de mamografia, ultrassonografia, densitometria óssea, colposcopia, entre outros. Já o Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular está no 1º pavimento e disponibiliza serviços multidisciplinares para investigação diagnóstica de situações clínicas específicas nas áreas de cardiologia e medicina neurovascular. A Unidade Ponte Estaiada e o Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular são as primeiras construídas integralmente dentro do novo branding do Fleury Medicina e Saúde, lançado em junho de 2013 com o conceito “Fleury. Um centro de referência em você”. “O conceito se traduz na humanização dos espaços para os clientes, de forma acolhedora e fora de um ambiente hospitalar, além de equipado com os mais modernos recursos tecnológicos e um corpo médico qualificado e especializado em diagnósticos”, explica João de Lucca, Diretor de Infraestrutura do Grupo Fleury.

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Projeto sustentável

CAPA O serviço disponibiliza ainda os resultados de alguns exames em tempo reduzido. Também, destaca-se o benefício do relatório integrado com a interpretação dos resultados dos exames feita por diferentes especialistas, o que pode facilitar a realização do diagnóstico. Para o cardiologista do Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular do Fleury, Ibraim Masciarelli, nenhum exame único fornece todas as respostas necessárias para o diagnóstico e a tomada de conduta em diferentes cardiopatias. “Os especialistas do Fleury irão analisar os resultados em conjunto e informarão ao médico solicitante a conclusão a qual chegaram, de modo a somar a experiência de todos e os resultados de cada exame para o benefício de médicos e clientes. Estas conclusões serão enviadas por meio de um relatório integrado que reúne todos os resultados e a análise feita pela equipe médica do Fleury”, explica. Para trazer a comodidade ao cliente, o Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular estará interligado à Unidade Ponte Estaiada. A Unidade contará também com o espaço ‘Saúde da Mulher’, com exames de mamografia, ultrassonografia, densitometria óssea e colposcopia, entre outros. 52

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O Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular ocupa uma área de 2.100 m² do Edifício Tower Bridge Corporate. Entre os espaços estão um aconchegante café, com o já tradicional lanchinho do Fleury, sala de atendimento especial para os clientes que desejarem ou precisarem ser recebidos de forma mais privativa e uma sala de reuniões com infraestrutura e tecnologia para atender à demanda de discussões com médicos externos. A Unidade Ponte Estaiada ocupa 900 m² de área, no térreo do Edifício, e conta com um café, salas de coleta e de exames de imagem. Além de Wi-Fi gratuito, entre os itens de entretenimento que estarão disponíveis para os clientes nos dois espaços, estão livros e caixas com conteúdos surpreendentes assinadas pela curadoria de entretenimento Inexplorado. Os exames são realizados em sequência, em um ambiente equipado com modernas tecnologias e amparados por médicos especializados em diagnósticos. Os serviços disponíveis são: tomografia, ressonância magnética, gama geral e gama CZT, teste ergométrico e teste cardiopulmonar, ecocardiograma, ecocardiograma transesofágico, ecocardiograma bike stress, Health ARQ

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Projeto sustentável

CAPA

tilttest e raios x. A empresa de arquitetura enfrentou alguns desafios na concepção deste projeto. Por exemplo, projetar um centro diagnóstico diferenciado, com equipamentos de última geração, cujo projeto arquitetônico transmitisse esta ideia. Além de incorporar ao projeto o novo branding do Fleury com inovação, de adaptar às formas, recursos e restrições de um edifício que não foi projetado para receber um centro de medicina diagnóstica e conseguir a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), categoria Platinum. Todas as etapas de planejamento para a adaptação dos andares em que as no54

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vas unidades foram instaladas são norteadas pelos elevados padrões de sustentabilidade exigidos pelo LEED (Leadership in Energy & Environmental Design Liderança em Energia & Design para o Meio Ambiente), organização que estabelece normas para edificações sustentáveis. Foram usados materiais reciclados e de rápida renovação. Ainda pensando em minimizar o transporte dos materiais, ACR pensou nas distâncias entre os fabricantes e a obra. Com relação à sustentabilidade, em 3.300 m2 de área, 90% de toda a iluminação é feita em LED. Foram usados aço, madeira, pisos e forros certificados e fabricados com material reciclado.

“Além de projetar a arquitetura, materializamos o branding da marca neste projeto, desenhamos todos os móveis e compatibilizamos todos os projetos complementares, interferindo diretamente em todos eles. Inúmeras reuniões foram necessárias para tal integração multidisciplinar”, diz o arquiteto. De acordo com ACR, o desenvolvimento de um projeto para centro diagnóstico é diferente daquele realizado em um hospital, pois o usuário não está necessariamente doente, mas não dispensa cuidados especiais como acessibilidade, privacidade e instalações médico-hospitalares, conforme as normas da vi-


gilância sanitária. “Em contrapartida, um centro diagnóstico é denso, ou seja, tem uma grande diversidade de exames, especialidades, equipamentos e salas, completamente diferentes umas das outras, com grande sinergia ao mesmo tempo em que apresenta restrições. Seu projeto é como montar um imenso e complexo quebra-cabeças”. Para acomodar a infraestrutura necessária foi construído um mezanino entre o térreo e o 1º pavimento, que abriga equipamentos de climatização, elétricos e armazenamento de dados. “Cortamos uma laje protendida para instalar um elevador panorâmico de macas e reforçamos a es-

trutura para receber o peso da ressonância magnética”, explica o arquiteto. O lobby, de espaço generoso no térreo, com 11 metros de pé-direito e muito mármore e vidro, teve sua altura reduzida para nove metros. A madeira, com o objetivo de conferir uma escala mais humana e produzir um espaço mais aconchegante, foi usada como revestimento em alguns ambientes. Além disso, o elevador panorâmico e blocos brancos de diferentes alturas, com luzes de LED, criam uma atmosfera moderna e instigante. “Desenhamos os cafés em madeira, explorando linhas curvas e contínuas, dando a sensação de abri-

go ao cliente. A atmosfera intimista e aconchegante lembra o fundador, Dr. Gastão Fleury e sua tradicional hospitalidade.” As salas de espera foram conceituadas como lounges, usando luz indireta e luz natural quando possível. Cada móvel ou canto dos espaços foram pensados com o objetivo de trazer intenção a cada detalhe. Já as salas dedicadas aos exames foram projetadas de forma a oferecer conforto ao paciente, sem perder a percepção técnica que estes espaços exigem, como assepsia e tecnologia. As áreas de colaboradores também receberam o mesmo cuidado. Cores inusitadas e materiais quentes, Health ARQ

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Projeto sustentável

CAPA como madeira, promovem ambientes acolhedores. Os elementos de marcenaria seguem a mesma linguagem da nova marca através da mistura de materiais e desenhos sofisticados. De forma funcional, grandes painéis dão acabamento aos elementos técnicos (como quadros elétricos) camuflando-os e mantendo a mesma elegância. “Corredores ambientes” foram desenvolvidos para amenizar a sensação desconfortável de longos deslocamentos e quebrar a monotonia das distâncias criadas pelo programa e pela planta do pavimento. Faixas tridimensionais retro iluminadas e as paredes com a marca do Fleury em baixo relevo criam um trajeto mais interessante e o aspecto Hitech destes ambientes reflete a alta tecnologia empregada nesta unidade. Inúmeras maquetes eletrônicas foram desenvolvidas para apurar o desenho dos móveis projetados onde se alinhou necessidades específicas com design limpo e essencial. ACR desenvolveu junto ao cliente diversos novos conceitos, como a praça de recepção com seu banco de madeira que envolve uma árvore e vários outros móveis especiais, específicos e peculiares à unidade, detalhes de forros e pisos para configurar as esperas em lounges, detalhamento exaustivo de soluções para que a infraestrutura técnica e suas especificidades não sobressaíssem ao conceito visual do projeto. Para assessorar no desenvolvimento de um projeto sustentável a equipe da ACR contou com uma grande equipe de projetistas, para auxiliar em questões como ar condicionado, elétrica, hidráulica, estrutura metálica e de concreto, acústica, sustentabilidade e elevador, com destaque para o projeto de automação e proteção contra incêndio, feito por Marcos Khan e de iluminação, por Esther Stiller. “Tudo 56

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é automático nesta unidade, desde a iluminação até o ar-condicionado, com monitoramento remoto completo”, conta o arquiteto. O responsável pela intervenção cenográfica institucional foi a “Filmes de Abril” e a decoração é de Ellen Sacco e Carmen Mansur. O projeto contém algumas inovações interessantes, entre elas o emprego de um revestimento mural vinílico, mais conhecido como papel de parede, em todo o empreendimento. “O vinil é um material de acabamento mural com propriedades funcionais. Em combinação com um suporte de algodão, ele é especialmente resistente, durável, de cor firme, além de ser resistente

também à luz e aos impactos. É aplicável sem costuras e de fácil manutenção, durando de dez a quinze anos. Ele é adequado para uso em espaços que devem satisfazer rigorosos requisitos de higiene, manutenção e durabilidade”, explica ACR. Além dos revestimentos vinílicos, merecem destaque também os painéis de mdf revestidos com resina PET com até 80% de material reciclado, no qual foi impresso em baixo relevo a marca Fleury. Assim como os vasos sanitários suspensos com saída horizontal, os mictórios secos, ecologicamente corretos, que não usam água ou substâncias químicas, as portas de correr automáticas para dividir setores e o sistema desen-

volvido para as portas dos sanitários com duplo sentido de abertura, possibilitando resgate em caso de qualquer intercorrência. A ampla pesquisa de materiais para atender às normas de combate a incêndio e pré-requisitos de sustentabilidade e a pesquisa de luminárias LED para cada ambiente e situação, inclusive com desenho de algumas delas, também são diferenciais deste projeto. Mais uma curiosidade sobre as novas unidades é que o edifício foi construído para receber escritórios. Por isso, as lajes vibram em frequências aceitáveis para escritórios, mas superam os índices permitidos para uma ressonância magnética, por exemplo. Então, o equipamento não poderia

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Projeto sustentável

CAPA operar se fosse instalado diretamente na laje. “Este foi um desafio que a equipe de infraestrutura do Grupo Fleury superou. Usamos uma laje de concreto armado de 30 cm de espessura, que é apoiada em 42 molas diretamente na laje existente. Este conjunto pesa aproximadamente 32 toneladas”, comenta de Lucca. A tecnologia é utilizada também por microscópios eletrônicos e estúdios de gravação. Toda a laje existente sob esta solução precisou ser

perfeitamente nivelada com material epóxi autonivelante. A sala tem aproximadamente 65 toneladas considerando o peso próprio, o equipamento de ressonância magnética, a blindagem magnética (feita em aço silício), a blindagem de radiofrequência (feita em alumínio), a laje flutuante e os reforços estruturais em vigas de aço executados por baixo da laje existente no edifício. Ainda sobre o ambiente da ressonância magnética, a sala é totalmente huma-

nizada com janelas e painéis luminosos, criando um ambiente ainda mais agradável e aconchegante. “O ambiente dispõe também de luz natural com ampla visibilidade externa, bem como de ferramentas de controle e monitoramento, altamente avançado, dos sistemas vitais da infraestrutura, como ar-condicionado e energia, por meio do BMS (Building Management System) específico de nosso Centro”, finaliza o Diretor do Grupo.

Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo 58

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Unificação

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Fachada da unidade na Av. do Contorno, incluindo acesso de veículos e entrada de pedestres para a galeria de lojas (com acesso alternativo do Hall Principal)

União dos tempos Projeto do Centro Médico e Centro de Inovação da Unimed-BH alia modernidade e história

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Unimed-BH ganhará um novo Centro Médico e Centro de Inovação. O empreendimento consiste em uma central de consultórios médicos para atendimento aos associados da cooperativa e um Centro de Inovação voltado à capacitação e promoção do conhecimento médico científico e pro60

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fissional. “Esta combinação é um diferencial que a iniciativa oferece à cidade de Belo Horizonte (MG) e aos usuários e associados da Unimed”, diz Antônio de Pádua Fialho, arquiteto lider do projeto desenvolvido pela Dávila Arquitetura. O primeiro bloco tem 14 andares, dispõe de 142 consultórios de diversas

especialidades. Além disso, contará com completa estrutura administrativa e serviços de apoio como rouparia (processamento externo), área de higienização, o arsenal (pré-lavagem e esterilização externa, manutenção, almoxarifado, farmácia satélite (central de abastecimento farmacêutico), um laboratório


e Centro de Radiologia e Exames. O segundo bloco é destinado ao Centro de Inovação, com salas de aula, laboratório de simulação e habilidades, laboratório de informática, biblioteca e salas multifuncionais. No segundo pavimento, estão salão de eventos e áreas administrativas. No terceiro e quarto andares, há auditório para aproximadamente 300 pessoas. A edificação possui também três elevadores para macas. Na área comum aos dois blocos, há quatro pavimentos de garagem, com três elevadores exclusivos e escadas, com área de 12.258,72. O primeiro deles se caracteriza pelo acesso de veículos e acesso alternativo de pedestres feitos

pela Avenida do Contorno, com faixas de acumulação, de carga e descarga com a intenção de liberar o pavimento térreo para utilização exclusiva dos pedestres. São, ao todo, 322 vagas de veículos, 12 vagas para portadores de mobilidade reduzida, 24 vagas de moto, três vagas de carga e descarga e 24 vagas para bicicletas. Neste mesmo pavimento há uma casa tombada pelo CDPCM-BH (Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte) que foi totalmente restaurada. A área total construída coberta do conjunto é de 26.466,82 m². Os materiais das fachadas serão em alumínio, vidro e cerâmica. O fato de os dois mo-

dernos blocos estarem, respeitosamente, à volta de uma praça e uma casa histórica conferem destaque ao projeto. “O partido escolhido é gerador de toda a imagem do projeto e, sem dúvida, seu maior destaque. A modernidade que respeita a história, a gentileza urbana. O partido em dois blocos setoriza as funções do complexo e dá dimensão urbana à imagem corporativa do cliente”, destaca Fialho. Porém, o fato dos blocos estarem localizados ao redor de um patrimônio tombado trouxe algumas restrições legais ao projeto: a altimetria das edificações no entorno, por exemplo, impõe afastamentos mínimos e a não ocupação de áreas, observações tais que Health ARQ

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Unificação

ARQ destaque

Fachada principal (Rua dos Inconfidentes). Em primeiro plano, à esquerda, a casa preservada. À direita, o Centro de Inovação. Ao centro, a Galeria de Acesso, que leva ao Centro Médico (no segundo plano)

tiveram negociação direta com o órgão e foram utilizadas na concepção inicial do projeto. “Trabalhamos para tirar partido e valorizar a preservação do patrimônio histórico da cidade, de maneira que a casa preservada não apenas foi totalmente restaurada, como funcionalmente incorporada ao empreendimento. Desta forma, o que de início parecia uma limitação à construção, tornou-se um 62

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diferencial para o Centro Médico e Centro de Inovação Unimed-BH”, comenta o arquiteto. Além da casa e da praça histórica, os novos Centros da Unimed-BH terão também uma praça de convivência descoberta, com paisagismo, um grande hall principal para acesso aos blocos com oito lojas, que compõem a humanização da área do acesso principal feito pela rua dos Inconfi-

dentes. “Nos pavimentos de consultórios, foram considerados espaços amplos e confortáveis para a espera com iluminação natural e área de convívio dos médicos em um pavimento específico. Pensamos em espaços descobertos com paisagismo para climatizar as áreas maiores de estar”, revela o arquiteto Antônio de Pádua. Também para atender ao conceito de humaniza-


ção, a iluminação natural foi integrada nas diretrizes iniciais do projeto para torná-lo mais humano e agradável. Os consultórios têm iluminação natural e a maior parte das áreas do empreendimento também. Em áreas de grande fluxo de pessoas foi previsto uma iluminação zenital complementar e uma integração a área de paisagismo. A sustentabilidade também integra a nova construção. Está presente em todas as etapas da implantação de um empreendimento, das premissas do cliente, passando pelo projeto, obra e a operação do edifício. “O projeto teve ‘atitudes’ sustentá-

veis. Entre elas podemos citar o respeito ao patrimônio cultural da cidade através da preservação, revitalização e valorização da casa. A orientação das fachadas, a busca pela economia de energia, a presença da luz natural, a reutilização da água de chuva, a construção de telhados verdes com vegetação típica do bioma da cidade, buscando contribuir com o clima, respeitar a flora e fauna local.” A tecnologia é outro ponto que está relevantemente presente no processo. Há um rigor técnico em relação aos resultados que devem ser alcançados pelo desempenho da

edificação para que ela cumpra satisfatoriamente os seus objetivos. “Um bom exemplo é o caso dos vidros da fachada. Para chegar a um desempenho térmico adequado com um custo otimizado, foram feitas simulações computacionais de desempenho da fachada. Entre os vários parâmetros que tinham influência no desempenho estava o vidro. Assim, com base em especificações técnicas dos fabricantes foi especificado um vidro feito com uma tecnologia que possibilitou diminuir a carga térmica da edificação, economizando energia”, finaliza o arquiteto.

Antônio de Pádua Fialho, Afonso W. de Oliveira e Alberto Dávila, Arquitetos da Dávila que lideraram o projeto do Centro Médico e Centro de Inovação UNIMED-BH Health ARQ

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ARQ destaque

Integração

Centro integrado Novo INCA integrará pesquisa, educação e atendimento em um único complexo

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C

om 74 anos de história, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro, está passando por uma reestruturação que visa garantir a infraestrutura necessária para que a instituição esteja preparada, no futuro, para o desafio do controle do Câncer no País, além de ampliar sua atuação e reconhecimento internacional. Trata-se da criação de um moderno Campus Integrado, que concentrará em um só lugar, as áreas de pesquisa, assistência, educação, prevenção, vigilância e detecção precoce da doença. O Novo INCA integrará as 18 unidades do hospital, que estão espalhadas pelo Rio de Janeiro, na Praça da Cruz Vermelha, onde está localizado o HC1 (primeiro e principal hospital da instituição). O projeto foi elaborado pelo Consórcio MHA-RAF. “A ideia desta integração

é favorecer o desenvolvimento de um modelo técnico científico, assim como a logística e o fluxo de atendimento”, conta André Tadeu Bernardo de Sá, Diretor-administrativo da instituição. De acordo com o arquiteto Flávio Kelner, do Consórcio MHA-RAF, o conceito deste trabalho buscou transformar o instituto e seu entorno urbano imediato, além de melhorar a relação e sensação dos usuários em relação à doença e à saúde. “Para resumir em uma palavra o conceito deste projeto, poderíamos usar o termo integração’’, diz. A licitação do projeto do Novo INCA, foi uma licitação internacional com disputa acirrada, aconteceu em 2009 e o Consórcio MHA-RAF foi consagrado vencedor. “Foram necessários dez meses de trabalho para desenvolver passo a passo do que deveria ser

feito na área de 148 mil m²”, diz Salim Lamha Neto. Ao adentrar o Campus, o público poderá perceber cada um dos setores através das formas dos prédios que farão parte do complexo. “Um grande e acolhedor pátio interno, com dimensões reais de uma praça foram o ponto de partida para a implantação do projeto”, revela Kelner. O terreno, onde as obras já foram iniciadas, possui, em uma das esquinas, o HC1 (primeiro prédio do INCA), e próximo a ele funcionava o Hospital dos Servidores do Estado da Guanabara, que mais tarde foi cedido pelo governo do Estado ao INCA. “Para realizar a ampliação foi preciso derrubar todos os prédios que havia no terreno (exceto o HC1), até porque havia a necessidade de se aprofundar o terreno em três subsolos para colocar os bunkers da radioterapia”, conta Kelner. Health ARQ

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Integração

ARQ destaque

O prédio está situado na região central do Rio de Janeiro, que faz parte de uma área de preservação, a APAC da Cruz vermelha, que determina a altura dos prédios por quadras. “Como nossa quadra é muito grande, ocupamos um espaço que permite edifícios altos e baixos, deste modo o conjunto de edificações em formato de U terá uma construção decrescente.” Mas o destaque do projeto vai para a junção das instituições em um único complexo de maneira fluida, através de um elemento que faz a ligação do prédio antigo com o novo. Elemento esse que se traduz 66

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em varandas, no fundo do prédio antigo, que passará a ser a frente do prédio novo. “A ideia é manter a fachada antiga, que possui características modernistas. Para que haja uma conversa entre os prédios, o novo edifício possui algumas características também modernistas, para que possa ser enxergado como uma releitura do prédio antigo”, explica Kelner. O ponto de partida da implantação é um grande e acolhedor pátio interno, uma praça central. Ela proporcionará conforto e segurança aos frequentadores, com acolhimento necessário e com fácil acesso aos setores do estabe-

lecimento. Os transeuntes também poderão cruzar o local – o que permite a integração do INCA à cidade. Em torno da praça central estarão os blocos – um edifício existente, que será reformado, e três “blocos” novos. A integração não se fará apenas internamente. A nova praça será da cidade e permitirá aos transeuntes o cruzamento da grande quadra, integrando socialmente instituto com a cidade. A água, enquanto fonte de vida, foi interpretada através de uma queda d´água que permeia todos os platôs do embasamento até o nível do 3º subsolo, inseridos no projeto

paisagístico. “Para resumir em uma palavra o conceito deste projeto poderíamos usar o termo: integração. Um grande e acolhedor pátio interno com dimensões reais de uma praça é o ponto de partida para a implantação deste projeto. A árvore, símbolo de vida, é interpretada através da criação de elementos metálicos espalhados pelos jardins”, conta o arquiteto. O prédio antigo será todo retrofitado, e deixará de ser assistencial, passando a atuar como setor administrativo e de pesquisa. Deste modo, a logística da obra é facilitada, permitindo que o novo prédio seja construído, os pacientes sejam


transferidos e só então as obras comecem no edifício já erguido. A humanização foi trabalhada no projeto logo na entrada do complexo, através das praças de chegada, que permitem ao paciente acesso a todos os prédios, acolhendo-o logo ao adentrar. A iluminação também colabora com o processo. A maneira com que os blocos foram criados permite que quase todos os ambientes tenham iluminação natural. Na praça há um elemento escalonado que traz luz para o subsolo. Ao adentrar o campus haverá a sensação de per-

correr cada um dos setores e também as formas dos prédios que farão parte do complexo, que são: o atual prédio sede do INCA, remodelado e ajustado; o grande bloco como pano de fundo para as áreas de atendimento e internação o volume escalonado que emerge do subsolo por suas áreas de tratamento e por fim, o elegante volume que flutua e recebe os usuários na entrada da praça. Neste elemento central e perceptível por todos, estará localizado o centro de pesquisa. Além do hospital, o novo INCA terá este amplo cen-

tro de pesquisas, denominado Unidade de Desenvolvimento Tecnológico, com centro de estudos centralizado, salas de pesquisa e ensino em unidades de atenção, e auditório para 600 pessoas. A área para serviços de apoio logístico terá novos entrepostos de lavanderia e central de material esterilizado, além de contar com uma farmácia maior e um serviço de nutrição dietética mais completo. Finalmente, entre os serviços prediais haverá entrepostos de almoxarifado e farmácia, setor de limpeza, central de resíduos, guarda de cadáveres para remoção,

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Integração

ARQ destaque oficina de manutenção e central de utilidades. O centro de pesquisa estará dentro de uma ponte “flutuante”, batizada de “Ponte da Esperança”, pois é uma inspiração para que os pesquisadores consigam descobrir a cura do câncer. “A ponte de dois andares, translúcida, onde ficará o setor de pesquisa, foi assim definida, no sentido de enxergar que o trabalho que está sendo realizado ali é no sentido de buscar o tratamento”, comenta o Diretor-administrativo do INCA. Os revestimentos utilizados na fachada serão placas de cerâmica, construindo uma fachada ventilada,

colocadas de uma maneira que ventila a fachada devido a camada de ar que fica entre o revestimento e o tijolo. E brises solares, para atenuar a incidência do sol. Além disso, para remeter ao modernismo os prédios terão formas sinuosas. A sustentabilidade também foi pensada durante o desenvolvimento deste projeto, uma vez que o mesmo busca atender aos critérios de certificação LEED. Diversos aspectos ecologicamente corretos estão previstos, como a valorização da luz natural, reservatórios para captação de águas da chuva para reuso (também para retardo da água

na rede pluvial, prevenindo enchentes nas ruas próximas), economia de energia e reaproveitamento da água. Essas medidas permitirão aos sistemas funcionalidade para proporcionar não só a gestão de energia altamente eficiente, mas ao mesmo tempo permitir aos seus ocupantes prosseguir a sua vida com a máxima qualidade e conforto. “A água e a árvore, enquanto fonte e ciclo de vida foram interpretadas através de elementos metálicos e uma queda d’água que vai até o terceiro nível do subsolo inseridos no projeto paisagístico”, conta Kelner.

“A ideia é manter a fachada antiga, que possui características modernistas. Para que haja uma conversa entre os prédios, o novo edifício possui algumas características também modernistas, para que possa ser enxergado como uma releitura do prédio antigo” Flávio Kelner, Consórcio MHA-RAF 68

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Construção Sustentável No que tange à engenharia do Novo Centro Integrado do INCA, os desafios foram grandes desde o princípio. O projeto de infraestrutura foi elaborado em parceria com a Consultrix Engenheiros Associados, e o projeto de estrutura em parceria com a Mac Engenharia de Projetos S/C. “Neste início, já eram enormes os desafios de estrutura e superestrutura”, explica Salim. “O empreendimento seria implantado em um terreno com necessidade de desmanche de rocha, com três subsolos totalmente submersos no lençol freático. Além disso, foi feita

uma análise e recuperação da estrutura do prédio existente. Para todos esses desafios, encontramos as melhores soluções.” Estão sendo implantadas soluções atuais que trarão benefícios ao meio ambiente. “Itens como economia de energia e reaproveitamento de água estarão presentes para que, no futuro, o complexo possa obter a certificação verde, que reconhece empreendimentos projetados e operados visando a diminuição dos impactos ao meio ambiente”, explica o Vice-Diretor do INCA e coordenador do comitê estratégico do novo Cam-

pus, Luiz Augusto Maltoni. Com larga experiência em projetos sustentáveis e sócia-fundadora do Green building Council Brasil, a MHA Engenharia, empresa líder do Consórcio MHA -RAF, obteve o certificado ISO 14001, 9001 e 18001 em 2009, e a re-certificação em 2013. “Sempre nos preocupamos com o meio ambiente. E percebemos que, como geramos um produto de inteligência que vai ser executado, temos que nos preocupar com o que o cliente vai fazer com esse produto, e ajudá-lo a respirar o problema ambiental da mesma forma que os nossos Health ARQ

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Integração

ARQ destaque

profissionais”, explica o sócio-fundador da MHA, Salim Lamha Neto. Uma série de ações previstas no projeto do INCA tem a sustentabilidade como premissa: canteiro de obras de baixo impacto, cobertura verde, uso de tintas a base de água nas áreas internas, elevadores inteligentes, torneiras com temporizador de vazão e arejadores, vasos sanitários com válvula de duplo fluxo, reuso de água, valorização da iluminação natural, lâmpadas de alta eficiência e baixo consumo, coleta seletiva de lixo e gestão de resíduos, coletor solar para pré-aquecimento da água, células fotovoltaicas para geração de energia elétrica, pavimentação drenante, proteção solar nas fachadas, bicicletário, etc. Estes sistemas e funcionalidades são integrados no projeto para proporcionar não só a gestão de energia altamente eficiente, mas ao mesmo tempo permitir a seus ocupantes maior conforto e qualidade de vida. Neste projeto específico, o Consórcio MHA-RAF une sua experiência à consultoria de uma empresa especializada no LEED, um dos sistemas de sustentabilidade mais conhecidos no mundo. “O LEED é como o selo verde do edifício, mostra que aquele prédio foi feito com preocupação ambiental”, explica o sócio-fundador da MHA. Os sistemas e estruturas de alta tecnologia que serão instalados permitirão avanços nas pesquisas e na qualidade do aten70

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dimento do instituto. Será possível, por exemplo, fazer transmissões médicas da sala de cirurgia para qualquer lugar do mundo. “Como o INCA vai ser um ambiente de formação de profissionais de oncologia, as instalações têm que estar voltadas para isso também”, completa Washington Luiz de Souza Júnior, Diretor-adjunto da MHA Engenharia. Além de 14 salas de grande porte, o novo centro cirúrgico também conta com duas salas preparadas para robótica e procedimentos minimamente invasivos. O INCA ainda terá programa para teste de novas drogas,

banco de sangue de cordão umbilical e placentário ampliado e um Ciclotron na nova unidade de produção de radiofármacos. O projeto executivo de instalações hidráulicas também foi desenvolvido para atender os requisitos da certificação LEED, com isso foram propostas soluções visando economia de água em torno de 30% através da utilização de componentes de redução de vazão e pressão nas peças sanitárias e a reutilização das águas, proveniente do tratamento dos esgotos e de águas pluviais nas bacias sanitárias, mictórios e irrigação

dos jardins. “Para o sistema de geração de água quente foi proposta a utilização de coletores solares com backup através de aquecedores instantâneos a gás natural, visando a economia de consumo de energia elétrica”, explica Edmar Nacaratti, Gerente de projetos da MHA e responsável pelo projeto de hidráulica. Já os sistemas de gases medicinais, foram distribuídos aos ambientes a partir de tubulações, prumadas, posicionadas em três shafts, que percorrem verticalmente todos os pavimentos. Em cada pavimento, através de dis-

tribuições horizontais entre os forros, foi previsto um duplo anel, atendido a partir de cada uma das três prumadas nos shafts. Este duplo anel foi estrategicamente posicionado e estudado para que o funcionamento dos ambientes não sofra com interrupções de gases medicinais. Em função de ser uma instituição de saúde, as coletas e a disposição dos efluentes são conduzidos de forma independente e, dependendo da sua classificação, foram propostos tratamentos primários, por exemplo, na separação do gesso, gordura e tempo de decaimento para os

“Sempre nos preocupamos com o meio ambiente. Como geramos um produto de inteligência que vai ser executado, temos que nos preocupar com o que o cliente vai fazer e ajudá-lo a respirar o problema ambiental da mesma forma que os nossos profissionais” Salim Lamha Neto, Consórcio MHA-RAF Health ARQ

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Integração

ARQ destaque efluentes radioativos, para posteriormente, serem encaminhados à estação de tratamento de efluentes ETE. O projeto de engenharia das instalações elétricas também foi desenvolvido de forma a cumprir os requisitos da certificação ambiental LEED, garantindo desta forma, atendimento aos critérios de eficiência energética para a certificação. Dentre as medidas adotadas para promover economia de energia e garantir eficiência energética, estão a utilização de lâmpadas de alto rendimento e baixo consumo de energia, tais como, lâmpadas fluorescentes de última geração e LED’s; a especificação de cabos elétricos dimensionados de acordo com os requisitos de quedas de tensão, previstos conforme requisitos da norma ASHRAE, minimizando bastante as perdas elétricas por efeito joule nos circuitos; e a especificação de motores elétricos de alto rendimento. “O projeto de instalações elétricas foi concebido, considerando-se a instalação de uma cabine de entrada e medição de energia no pavimento térreo do bloco “C”, e seis subestações localizadas próximas aos centros de cargas dos blocos “A”, “B”, “C” e “D”, de forma a se obter o melhor custo benefício possível 72

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para as instalações elétricas do empreendimento”, conta Arnaldo Pieri, Gerente de projetos da MHA. O fornecimento de energia por parte da concessionária Light, será feito por meio de dois circuitos elétricos (13,8 kV) provenientes de duas subestações distintas da concessionária (Sto Antônio e Frei Caneca), minimizando-se, ao máximo, os riscos da falta de energia no hospital. No pavimento cobertura do bloco “B”, foi projetada uma usina de geração de energia elétrica, por meio de grupos geradores à diesel, de forma a suprir em 100% as necessidades de energia para o empreendimento, em caso de falta de fornecimento por parte da concessionária Light, e também, para o caso de utilização do sistema em horário de ponta. Para garantir a segurança dos pacientes, nos casos específicos das cargas elétricas alimentadas pelos sistemas IT Médico (UTI’s, Centros Cirúrgicos), cargas dos sistemas de telecomunicações, de Segurança e de Automação Predial, foram utilizados no projeto, sistemas UPS’s (NO BREAK’s), capazes de suprir energia “Sem Interrupção”, com autonomia mínima de dez minutos, suficientes para suportarem as cargas, quando houver falta de

energia por parte da concessionária, até que o sistema de geração de energia da usina de geradores assuma o suprimento da mesma. “Essas medidas proporcionam confiabilidade ao sistema elétrico do empreendimento, com boas condições de utilização das instalações para o caso de falta de fornecimento de energia por parte da concessionária Light, garantindo desta forma, segurança e bem-estar aos funcionários e pacientes do hospital”, diz Pieri. Para o caso das cargas elétricas classificadas como sendo do grupo 2 (UTI’s, Centros Cirúrgicos, RPA’s, e etc), definidas conforme norma NBR-13534 foi prevista no projeto, a alimentação dessas cargas por meio de sistema ITMédico, de forma a garantir continuidade da alimentação elétrica, para o caso de ocorrência de falha à terra, impedindo desta forma, que haja desligamento do sistema elétrico. Foram ainda adotados em projeto, algumas outras medidas que também garantem segurança aos pacientes e demais usuários do hospital, como a alimentação da rede de média tensão (13,8kV) para as subestações do empreendimento, com topologia do tipo não radial


(em anel), fazendo com que em caso de falha de alimentação por um dos circuitos (anel 1), seja utilizado o outro circuito (anel 2) e a utilização de transformadores backups nas subestações, garantindo segurança para os pacientes do hospital, e praticidade para os encarregados pela manutenção. Todos os sistemas de Telecomunicações do hospital estão integrados e trafegarão em uma única rede de alta disponibilidade e preparada para futuras expansões. “Essa integração auxilia nos diversos sistemas de gestão da instituição. A disponibilização das informações em tempo real, proporciona aos usuários comodidade e fácil acesso em qualquer área do hospital ou até mesmo, remotamente, via Internet”, explica o Gerente de projetos Fábio Rabaça Andrade. Para isso, foi projetado um sistema de cabeamento estruturado, com backbones redundantes, englobando VoIP (Telefonia IP), PACS – “Picture Archivingand Communications Systems” (Sistema de arquivamento, disponibilização e distribuição de imagens médicas digitais na rede), Rede Wireless em todo hospital, sistema de Relógio Centralizado, sistema de Controle de Senhas/ Gerenciamento de Fila, dentre outros. A rede de telecomunicações também foi projetada para trafegar os sistemas de segurança, por exemplo, o sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão) e de Controle de Acesso, ambos utilizando tecnologia IP nativa. Em termos de climatização, o

História Principal centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer no País, o INCA tem origens que remetem à década de 1930. Naquele momento, observava-se um aumento da mortalidade por doenças degenerativas em geral, sobretudo por câncer. Criado em 1937, como Centro de Cancerologia do Serviço de Assistência Hospitalar do Distrito Federal (que na época era o Rio de Janeiro), transformou-se em Instituto do Câncer em 1944. Foi apenas em 1946 que a instituição conseguiu uma sede própria, na Praça da Cruz Vermelha, para a qual se mudaria 11 anos depois. O INCA ganhou seu nome atual em 1961, com a aprovação de um regimento que lhe atribuiu novas competências nos campos científico, educacional e assistencial. Com o passar dos anos, a instituição foi sendo cada vez mais projetada como um centro médico-hospitalar especializado, de ensino e de pesquisa. Na década de 1980, o INCA passou a contar com um centro de transplante de medula óssea e um serviço de suporte terapêutico oncológico. Nos anos 1990, a instituição adquiriu oficialmente a responsabilidade de assistir o Ministério da Saúde na formulação da política nacional de prevenção e controle do câncer. Pouco a pouco, foi consolidando sua liderança no controle do câncer no Brasil: absorveu três hospitais existentes e implementou um programa de qualidade total. Inaugurou, às vésperas do novo milênio, um centro de suporte terapêutico oncológico, dedicado aos cuidados paliativos. Criou um conselho de bioética, para discutir questões morais e filosóficas. Participou do planejamento de centros de oncologia em hospitais em todo o País. Com todas essas novidades e atividades, sentiu-se a necessidade de integrar as unidades do INCA. Para manter a qualidade dos serviços, fez-se necessário o planejamento de uma reforma e ampliação. “O número de novos casos de câncer no Brasil em um ano supera o número total de casos de AIDS nos últimos 25 anos”, ressalta o Diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini. “Esta informação mostra que o país não deve poupar investimentos que levem à redução da incidência e da mortalidade por câncer e à melhoria da qualidade de vida dos pacientes com a doença”, completa. O INCA já é referência na pesquisa e controle do câncer, e após a reforma se tornará o maior campus público de diagnóstico da América Latina. O novo Campus Integrado reunirá as unidades assistenciais da instituição, integrando ensino, pesquisa, assistência e administração. Ele servirá de modelo para os Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncologia. “A idéia é fazer as melhores instalações possíveis, para ser de primeiro mundo mesmo”, explica Washington Luiz de Souza Jr, Coordenador Diretor adjunto da MHA Engenharia. “É para ser um hospital de referência, não só em pesquisa e tratamentos na área da oncologia, mas também em arquitetura, em instalações, em tudo”. Health ARQ

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Integração

ARQ destaque

hospital será atendido por uma central de água gelada (CAG) constituída por três chillers com compressores centrífugos de alta eficiência, e duas bombas de calor para geração simultânea de água gelada e água quente, para o sistema de reaquecimento de ar das salas de cirurgia, UTI, Isolamentos e áreas de Imagem. As torres de resfriamento de circuito fechado de água permitem a preservação da qualidade da água de condensação por eliminar o contato direto com o ambiente externo poluído. Um andar técnico no 5º pavimento permitirá 74

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a instalação de diversos equipamentos que atenderão ao Centro Cirúrgico, CME e UTI. Isto permitirá a manutenção adequada de equipamentos e seus periféricos sem a necessidade de acesso de mecânicos nas áreas atendidas pelos respectivos condicionadores de ar. Além da minimização do nível de ruído nos ambientes por conta da distância entre o ambiente climatizado e o condicionador de ar. Todas as salas de cirurgia, Centro de Terapia Celular, salas de manipulação parenteral, de quimioterápicos e de farmacêuticos terão condicionadores de

ar dotados com sistema de filtragem com filtros absolutos tipo HEPA. Todos os quartos de isolamentos nas internações serão climatizados com 100% de ar externo e controle da pressão estática do ambiente, sendo positiva para pacientes imuno-deprimidos e negativa para pacientes infectocontagiosos. Cada uma das salas técnicas de ressonância magnética, de tomografia computadorizada, da sala central de segurança e da sala de Nobreak terá dois condicionadores de ar, sendo um operante e outro reserva, para garantir a climatização dos ambientes 24 horas por dia.


Números •

Projeto executivo de estrutura moldada In Loco.

Volume: 37.185 m³.

Armação: 4.660 toneladas

Estrutura metálica: 1.555 toneladas.

6 subestações

1 usina de geração de energia elétrica

Sistemas UPS contendo 7 no-breaks com capacidade 1340 Kva

e 4 no-breaks Potência elétrica total instalada: 22.250 Kva •

Potência de grupo de geradores total instalados: 4 grupos de

geradores à diesel com capacidade para 2500 Kva / 2000 KW •

Reservatório para 440.000 litros de água fria potável

Reservatório para 1.100.000 litros de água fria de reuso

Sistema de geração de água quente de 510 placas solares

6 reservatórios térmicos com capacidade de 7500 litros cada

14 aquecedores de gás natural com potencia de 34.000 kcal/h

400 leitos •

3800 Toneladas de Refrigeração

Sistema de coleta de águas pluviais com sistema de recupera-

ção de 36.000 litros e retenção e retardo de 194.000 litros •

Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários visando reuso

com capacidade de tratamento de 440.000 litros/dia. •

Reserva técnica para hidrantes e sprinklers com capacidade de

240.000 litros para combate a incêndio. •

600 pontos de TV

30 centrais de chamadas de enfermagem, 650 ambientes aten-

didos. •

80 estações de atendimento para controle de senhas, 20 esta-

ções de cadastro.

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Paisagismo e sustentabilidade

ARQ destaque

Espaço agradável Áreas paisagísticas ganham espaço dentro das instituições de saúde e também colaboram com a sustentabilidade

O

paisagismo tem ganhado cada vez mais espaço na criação ou recriação de ambientes, sejam eles empresariais, residenciais ou dentro de instituições de saúde. Esse desdobramento da arquitetura proporciona beleza e bem-estar aos locais, além de colocar o ser humano em contato com a natureza de maneira 76

Health ARQ

harmônica. Entre seus mais usuais elementos estão arranjos de flores, quedas d’água, peixes ornamentais, pássaros e até jardins tropicais. A técnica, que começou como uma disciplina complementar à arquitetura, precisa ser trabalhada sem chocar-se com as características arquitetônicas da instituição. “Por isso,

é preciso seguir a mesma linha da edificação, pois a beleza vem da harmonia. Se tenho uma arquitetura japonesa, por exemplo, posso seguir a linha, mas dar ares mais modernos, menos carregado”, diz Benedito Abuud, arquiteto paisagista. De acordo com o arquiteto, na área da saúde, o paisagismo começa a ser

desenvolvido de uma forma mais intensa, recentemente, mas muitas instituições estão buscando nele seu diferencial. “Fora do País, muitas instituições já adotaram a técnica como uma forma de melhorar o bem-estar de seus pacientes. Há inclusive pesquisas no exterior que mostram a ligação entre o paisagismo e a


melhora de pessoas que precisam ficar internadas”, diz. Abbud, que já fez diversos projetos na área hospitalar, incluindo instituições como o Hospital São Camilo, Edmundo Vasconcelos e Samaritano, acredita que esses projetos buscam trazer uma espécie de oasis para dentro da instituição de saúde. “Muita gente acredita que Deus está presente na natureza, por isso, o espaço paisagístico é tão importante dentro de um espaço como este. Hoje, falase muito em ‘Terapeutic Gardens’, que são lugares para a pessoa encontrar a natureza e se encontrar”, garante o arquiteto. Para ganhar mais espaço dentro das instituições, a criatividade tem sido forte aliada do paisagismo. Um exemplo está na implantação de jardins no terraço dos centros de saúde, uma vez que é cada vez mais comum o crescimento dos hospitais de maneira vertical. “Uma outra inovação são os jardins criados especialmente para crianças. Nesses casos, o projeto trabalha com animais, como pássaros, peixes e cachorros”, diz Abbud. Porém, a criação de áreas paisagísticas dentro

de instituições hospitalares, exige alguns cuidados para garantir que não haja contaminação e risco à saúde dos pacientes. A terra é uma das principais preocupações dos arquitetos que trabalham com projetos paisagísticos. “Para evitar o contato com ela, uma alternativa bastante utilizada por nós é a sobreposição de pedriscos para minimizar os riscos”, explica Abbud. Para os pacientes que não podem ficar na área externa, para evitar qualquer tipo de contaminação provinda do ambiente, há uma técnica envolvendo o “paisagismo virtual” sendo aplicada em vista ao bem-estar dessas pessoas. “O trabalho é feito através de fotografias e projeções da natureza dentro dos leitos”. Sustentabilidade Além de colaborar com a humanização do ambiente e o bem-estar dos pacientes, os espaços paisagísticos também são aliados da sustentabilidade, uma vez que permitem a implantação de técnicas que favorecem a umidade do ar, a redução do consumo de água e energia. Um exemplo é o piso permeável desenvolvido pelo escritório de Benedi-

to Abbud e pela ABCT. O revestimento possibilita a pavimentação sem que haja impermeabilização do terreno, deste modo a chuva consegue permear na terra, permitindo que a água evapore, evitando as ilhas de calor. Outro produto é o “Tech Garden”, através do qual a água da chuva cai e é reservada, criando um “jardim sobre lages”. O material feito de placas de plástico reciclado permeáveis, cria um lençol freático, gerando um vazio entre a lage e o jardim. A água fica retida neste jardim que irriga a vegetação por capilaridade, diminuindo os gastos com bombas e energia elétrica. A técnica possibilita inclusive a utilização de água de reuso. “A sustentabilidade será incorporada nos projetos arquitetônicos de maneira natural. Antigamente, os projetos buscavam alternativas de fora de sua região para os projetos paisagísticos. Hoje não, aceita-se a utilização de plantas nativas, por exemplo. As certificações também tem crescido de maneira visível, a americana LEED, do GBC, e a francesa ARQUA, que vem ganhando espaço no Brasil”, finaliza o arquiteto. Health ARQ

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Conforto

CONSTRUÇÃO

Perspectiva do novo prédio Pompeia 78

Health ARQ


Investimento de ponta Nova unidade do Hospital São Camilo contou com preocupações em sustentabilidade, tecnologia e qualidade durante o processo de obras

O

Hospital São Camilo, em São Paulo, investe em sua nova unidade, Pompeia desde 2005. Com previsão de término das obras para outubro de 2014, o projeto arquitetônico do novo edifício apresenta 72 quartos, 14 leitos de UTI, seis salas cirúrgicas e 104 vagas de estacionamento. O projeto foi baseado na necessidade de proporcionar melhor atendimento ao paciente. “A segurança do usuário é alvo constante na elaboração de plantas arquitetônicas que possibilitam a funcionalidade assistencial, garantindo condições seguras e ergonômicas na “ótica” do funcionário, médico, parceiros e clientes”, afirma Rogério Quintela, Diretor de Operações da

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. A estrutura física foi planejada para que tanto o paciente quanto seu acompanhante estejam em um ambiente acolhedor, com estímulos positivos de cores, sons e luzes, que contribuem para recuperação da saúde. “Um ambiente hospitalar bem estruturado e sinalizado traduz, de imediato, ao cliente a preocupação do hospital com a sua permanência neste local e de que suas necessidades foram priorizadas em cada detalhe”, considera. A incorporação de uma nova torre possibilitará o atendimento crescente da demanda de clientes, ao oferecer estrutura funcional, hotelaria arrojada e

atualizada, contando com equipamentos de alta tecnologia. Áreas como centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva e Unidades de Internação, se integrarão com os espaços hoje existentes, aumentando sua capacidade e possibilitando a interdição de algumas áreas antigas para modernização das mesmas. O plano de expansão da Rede de Hospitais São Camilo respeita uma linguagem e identidade visual, que busca padronizar gradualmente os ambientes externos e internos das Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga. A humanização também se faz presente nas instituições da rede São Camilo. A instituição Pompeia é mais um claro Health ARQ

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Conforto

CONSTRUÇÃO

exemplo de humanização e eco eficiência, através do uso das varandas nas áreas de internação, na iluminação natural de todos os ambientes, no uso equilibrado e harmônico de materiais, cores, texturas e formas que ocorre em todo o hospital. “A iluminação auxilia neste processo de humanização, assim como nas questões de sustentabilidade, por isso temos a preocupação constante de gerar o aproveitamento do excelente clima brasileiro que precisa estar sempre presente na nossa arquitetura, reduzindo o consumo de energia pelo uso minimizado da iluminação artificial, mais destinada 80

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ao uso noturno”, diz José Francisco Bias Fortes Neto, Diretor de Infraestrutura da Planova Engenharia. Além desta, outras medidas de sustentabilidade também foram adotadas no projeto da unidade Pompeia, como o uso de água com soluções econômicas nas áreas molhadas, soluções de alta tecnologia, como os banheiros prontos fabricados industrialmente e os painéis pré-fabricados de concreto que compõem as fachadas. Além disso, foram aplicadas nas paredes divisórias em “drywall”, forros de gesso acartonado e forro removível nas circulações, onde corre

horizontalmente os sistemas: elétrico, hidráulico, ar condicionado, gases e etc. Os pisos vinílicos em manta com paginações em cores harmônicas, proteção solar nos ambientes de maior permanência pela existência das varandas e tecnologia construtiva limpa com o mínimo de resíduos também fazem parte do projeto. “A sustentabilidade é trabalhada com base em uma construção atenta ao meio ambiente, ou seja, implantação de ações como: compra responsável, implantação de programa de gestão ambiental com o intuito de reduzir os impactos gerados pelas ativida-


des, incluindo nesse item, a diminuição do impacto do uso de energia, água e recursos materiais (inclusive rejeitos) e a implantação da gestão de resíduos sólidos e da gestão da qualidade, diminuindo a perda de materiais”, afirma Fortes Neto. A escolha dos revestimentos também é processo importante dentro do projeto de uma instituição de saúde. No caso da unidade Pompeia do Hospital São Camilo foram utilizados pisos em granito nas grandes circulações e halls principais; porcelanato técnico antiderrapante nas áreas molhadas de apoio, como: depósito de material de limpeza, expurgo, roupa

suja, etc. O granito levigado foi aplicado nos pisos dos banheiros de internação e varandas e o revestimento cerâmico nas áreas molhadas como: banhos, sanitários, expurgos, etc. O granito flameado está presente nas circulações externas de pedestres. Além disso, nas circulações externas de veículos foi aplicado piso em membrana flexível impermeabilizante . Já as paredes receberam pintura acrílica tipo hospitalar, exceto atrás das camas de internação, onde foi utilizado revestimento vinílico rígido com a finalidade de maior proteção a parede. De forma geral, a logística da obra compreendeu a

demolição de parte do edifício existente, escavação e terraplenagem, construção da ampliação do bloco, execução das instalações das diversas disciplinas, interligação com o prédio existente, start up e comissionamento do sistema e entrega. “O processo apresentou algumas dificuldades no underground, que somente foram possíveis de serem detectadas na fase de escavação e terraplanagem, acarretando em pequenas alterações nos projetos arquitetônicos e, consequentemente, nas instalações, exigindo do time envolvido total integração na busca da solução final”. Na fase da construção Health ARQ

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CONSTRUÇÃO

Conforto

civil, a tecnologia está presente na execução de painéis pré-fabricados na fachada e na utilização do sistema de produção de banheiros independentes, vindo prontos da fábrica e não interferindo no canteiro. “Já no que diz respeito a infraestrutura, houve um investimento na aquisição de equipamentos eletromédicos e em um sistema de automação que possibilita assistir a operação”. Em função da construtora ter certificação para qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, para cada atividade realizada no processo de obras, são mensurados os riscos e os impactos gerados. “Também são seguidos os pro-

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cedimentos para garantir a qualidade do empreendimento e com isso melhorar a satisfação de nosso cliente”, garante o Diretor de Infraestrutura da Planova. No que diz respeito às instalações elétricas, o projeto contempla o que há de mais moderno, desde painéis elétrico, IT-Médico, sistema de iluminação, automação, chamada de enfermagem, CFTV e detecção de incêndio. “O sistema elétrico utilizado nessa obra esta seguindo um Plano Diretor de infraestrutura na qual possui premissas de assegurar a continuidade operacional do prédio com base em redundâncias operacionais e controle assistido de suas funções”

afirma Fortes Neto. Para garantir a segurança dos pacientes foi seguida, a rigor, a NBR 5410 com a aplicação de soluções integradas para supervisão, diagnóstico, e localização de falhas de isolamento em locais médicos grupo 2. Além da automação predial, prevendo a comunicação aos sistemas de IT-Médico e CFTV, voltados à segurança dos pacientes, também foi retrofitado o sistema de chamada de enfermagem, visando uma comunicação mais rápida e segura entre os usuários em seus leitos, e os postos de enfermagem, detecção e combate à incêndio, visando a integridade dos pacientes.


Ambiente agradável Um empreendimento da proporção da unidade Pompeia do Hospital São Camilo exige conforto térmico de mesma envergadura. A utilização de ar-condicionado hospitalar deixou de ser uma opção para tornarse item obrigatório de qualidade de vida, bem -estar e apoio à descontaminação. Desde o ar condicionado terapêutico, dentro de salas cirúrgicas, que apresentam situações para hiper ou hipotermia, controlando a umidade e os particulados em suspensão, até o dimensionamento do arcondicionado hospitalar para manter a temperatura agradável as áreas de fluxo de pessoas, fluxo de materiais, sanitários, etc. “As orientações normativas são rigorosamente seguidas para as diversas áreas do hospital, cada qual com recomendações e exigências específicas, observando tipo de filtragem e qualidade do ar para cada ambiente, observando segmentação, cascata de pressão para

isolamento, UTI e Centros Cirúrgicos”, diz Wadi Tadeu Neaime, Diretor da Climapress Ar Condicionado. O sistema de ar condicionado que está sendo montado no novo edifício do Hospital São Camilo, segue os padrões dos blocos em funcionamento, ou seja: é dotado de sistema central de ar condicionado com expansão indireta por central de água gelada e condicionadores fan&coil diversificado e dedicado para cada nível de utilização hospitalar. Para garantir o sucesso na montagem e o êxito do empreendimento, qualquer sistema central de ar condicionado precisa ser previamente projetado para atender o perfil de utilização que se deseja. “É preciso seguir os passos do projeto e principalmente ser fiel no suprimento do material conforme previsto e projetado, garantindo assim a performance do sistema”, afirma Neaime. Além disso, todos os passos da climatização

do ambiente visam a proteção e respeito ao meio ambiente, sem desperdício de materiais. “Promovemos a montagem completa do sistema e posta em marcha segura no prazo requerido, aplicando logística descomplicada com profissionais estimulados para garantia de produtividade. Tudo com trabalho seguro e socialmente correto”, conta o Diretor da Climapress. A tecnologia também é aliada neste processo de implantação do sistema de ar condicionado. “O desta unidade do Hospital São Camilo é a mais moderna e mundialmente utilizada, com materiais de boa origem, ambientalmente corretos, eficiência energética e todas as demais orientações da Norma Técnica NBR 7256 emanada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas para ambientes de saúde, complementadas ainda por normas internacionais da Ashrae, Ahri e Smacna”, finaliza Neaime. Health ARQ

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CONSTRUÇÃO

FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Hospital São Camilo Previsão de entrega: outubro/2014 - 72 quartos - 14 leitos de UTI - 6 salas cirúrgicas - 104 vagas no estacionamento

Climatização

Arquitetos responsáveis: Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria Ltda. Arqº. Sigbert Zanettini Engenheiros responsáveis: Execução: Execução Civil e Interveniência: Planova Planejamento e Construções S.A. e Engº Mauro Cunha Fatureto Instalações Elétricas e Hidráulicas: Engemon Engenharia & Telecomunicações Ltda. e Engª. Josy Nascimento Sistema de HVAC: Climapress Tecnologia em sistemas de Ar Condicionado, Engº Edgar Marzola Pedro e White Martins, entre outras Projetos estruturais: Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros Associados S/C Ltda e Arqª Jorgeny Catarina Gonçalves Projetos Elétrico: Interativa Engenharia, Engº. Fabio Benvindo e Engº. Diego Amorim Projetos Hidráulico e Incêndio: Interativa Engenharia, Engº. Fabricio Benvindo, Engº. Bruna Opsfelder, Engº. Lucas Fernandes e Engº. Thayla Franchelle Projetos Automação: Microblau Controles e Automação Engº. Eduardo Sachi Projetos de HVAC: Unitempo Engenharia Projeto de Gases Medicinais: White Martins Praxair Incs Construtora: Execução Civil e Interveniência: Planova Planejamento e Construções S.A. e Engº Mauro Cunha Fatureto Interiores: Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria Ltda. e Arqº. Sigbert Zanettini Paisagismo: Benedito Abbud Colaboradores: Engº. Gleiner Ferreira Ambrósio, Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas e Mariane de Assis Chagas Coordenação da obra: Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas Gerenciamento de licitação: Dir. Operacional Rogério Quintela Pirotto, Engº. Gleiner Ferreira Ambrósio e Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas 84

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CONSTRUÇÃO

Saúde em foco Investimento

Estado do Pará terá dois novos hospitais e um ambulatório universitário

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A

Hospital Materno Infantil Vista 01

Universidade do Estado do Pará (UEPA) receberá um novo ambulatório universitário com o objetivo de contribuir, ainda mais, com o ensino dos cursos de saúde da instituição e a assistência à população. “Queremos oportunizar ao aluno universitário a consolidação dos conhecimentos com a prática, promovendo a integração entre a universidade e a rede de assistência especializada à população do município de Belém e hospitalar na região paraense”, afirma o Vice Diretor do CCBS Emanuel de Jesus Soares de Sousa. O projeto prevê a implantação de um complexo de ambulatórios de clínicas especializadas e deverá ocupar 1.247m² de área construída, em um espaço total de 4.988m², distribuídos em quatro pavimentos, a contar do subsolo ao segundo andar, com 114 compartimentos para comportar 64 ambulatórios, auditório, sala multiuso, duas bibliotecas, dois espaços de acolhimento da residência médica, três salas para tutoria, especialização, equipamentos e Raio-X. Além de farmácia, almoxarifado Health ARQ

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Investimento

CONSTRUÇÃO e distribuição de medicamentos, três salas de emergência, atendimento e quatro salas de espera. Haverá também os espaços destinados para atendimento ao público e administração, como recepção, espera, coordenação geral e três secretarias, sendo uma por pavimento. “No que diz respeito a área de infraestrutura operacional o projeto prevê uma central telefônica, sala de informática, três copas (uma por andar), seis vestiários com banheiros para funcionários (dois por andar), central de máquinas para dois elevadores, escadas e nove banheiros ao público, três para portadores de necessidades especiais, um para cada pavimento”, conta o arquiteto da DPJ Arquitetos José Freire. Mas os investimentos do Estado em saúde não terminam no novo ambulatório da UEPA. Dois hospitais serão construídos na cidade de Altamira, onde está sendo erguida a Hidroelétrica de Belo Monte. O Hospital Geral de Altamira será para atendimento da população como um todo, com 100 leitos, entre os quais dez serão para UTI 88

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Perspectiva - Clínica UEPA

Perspectiva - Hospital Geral de Altamira

Freire, Paulo e Derenji


e dez para observação. Já o Hospital Materno Infantil de Altamira contará com 70 leitos, sendo que 30 estão distribuídos entre UTI materno, UTI infantil e UTI neonatal. “Essas obras são frutos da parceria entre a Norte Energia, o Estado do Pará e o município de Altamira, bem como fazem parte dos compromissos de compensação social, assumidos pela empresa para a construção e fun-

cionamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte”, conta José Lázaro de Brito Ladislau, Gerente de Saúde da Norte Energia. Os projetos levaram em conta a humanização dos espaços internos através de amplos espaços de estar e espera para funcionários, pacientes e acompanhantes, sempre com materiais adequados ao conforto visual, sonoro e luminoso, além

de adequadamente coloridos. A sustentabilidade também foi considerada, especialmente no sombreamento das fachadas, reduzindo a radiação solar nos ambientes internos e potencializando o condicionamento de ar. “Utilizamos também telhas termo acústicas, protegendo o prédio da intensa radiação que ocorre na região”, finaliza Freire.

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Estrutura multidisciplinar

CONSTRUÇÃO

Centro Ambulatorial Unidade II

Conhecimento e novas descobertas Grupo São Cristóvão Saúde investe em instituto de ensino e pesquisa

C

entenário, o Grupo São Cristóvão Saúde, que nasceu em 1911, como Sociedade Internacional Beneficente dos Chauffeurs do Estado de São Paulo, investe constantemente em seu cresci-

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mento. Com três Unidades: Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, Plano de Saúde São Cristóvão e Hotel Recanto São Cristóvão, em Campos do Jordão, a instituição investe agora no IEP (Insti-

tuto de Ensino e Pesquisa) “Maria Patrocinia Pereira Ventura”- “Dona Cica”. O edifício, com área total de dois mil m², abrigará o novo centro acadêmico, que dentre as suas inúmeras atividades fomen-

tará as pesquisas na área da saúde e o ensino para qualificação e aprimoramento profissional. Dentre os principais cursos estão o de Atualização de Enfermagem, em parceria com a Faculdade Albert Einstein,


MBA in Company em Gestão de Saúde, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, além de palestras, oficinas, e workshops que envolvem a instituição como um todo. “Teremos também a nova área da Educação Continuada com duas salas de aula com capacidade para 50 pessoas, uma sala de Simulação Realística, onde os alunos poderão interagir mais diretamente com o que está sendo ministrado”, conta Cibeli Bagnato Boihagian, arquiteta da Verzino Arquitetura. O local contará com um auditório comportando 140 lugares e quatro salas multifuncionais, com capacidade para 130 pessoas totalmente climatizados e equipados com os mais modernos equipamentos de automação e multimídia. O novo Centro Administrativo São Cristóvão também se mudará para um dos pavimentos do novo prédio, assim como um setor referente ao Centro de Reabilitação e Prevenção à Saúde, com atividades educativas e de prevenção aos beneficiários, com salas mutifucionais e Dança Sênior. O destaque do projeto está na modernização, através da integração dos setores, da otimização inteligente dos espaços agregados a um edifício com arquitetura moderna e design arrojado. De acordo com Cibeli Bagnato Boihagian, uma experiência prévia, feita no Centro Ambulatorial Américo Ventura II, inaugurado em maio de 2013, mostrou sucesso neste tipo de implantação, por exemplo, um cartão magnético através do qual é liberada energia para utiliza-

Fachada 3D IEP

IEP - Recepção Health ARQ

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Estrutura multidisciplinar

CONSTRUÇÃO

IEP - Recepção

IEP - Recepção e Biblioteca 94

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ção dos equipamentos de som, vídeo, energia, computadores e arcondicionado. “Funcionou muito bem e estamos implantando neste projeto. Iremos utilizar iluminação de LED para todas as áreas e materiais de acabamento cada vez mais modernos”, conta. A humanização, sempre presente nos projetos da Verzino Arquitetura, também se fez presente. Através da participação do CEO da instituição, Engº Valdir Pereira Ventura, e dos envolvidos no setor foram projetadas áreas onde o fluxo é fundamental para dar dinâmica e eficiência aos trabalhos, ambientes aconchegantes, design moderno, mobiliários bem dimensionados e práticos para quem vai utilizar, cada qual com sua peculiaridade. “O mais importante para nós é que o projeto sirva para atender diretamente as necessidades do cliente”. Dentro deste conceito, a iluminação natural foi outro ponto importante trabalhado, principalmente em se tratando de salas de aula. O edifício será em estrutura metálica com fechamento em vidro refletivo azul e prata, facilitando, assim, a incidência solar. Além disso, o LED foi utilizado permitindo, além da economia de energia, baixa manutenção e gerando pouco calor, o


que melhora, consequentemente, a eficiência da climatização do ambiente. Com relação ao mobiliário, a proposta é trabalhar com ambientes e móveis coloridos e descontraídos, onde serão utilizados material como divisórias acústicas retráteis para dar mais mobilidade aos ambientes, 3form, com texturas diferenciadas para dividir algumas áreas, além de MDF’s com acabamento de madeira e detalhes em vidros coloridos. “Teremos também várias paredes em destaques com madeira para dar um aconchego ao

ambientes e painéis fotográficos com personagens e eventos dos setores para conferir uma identidade ao local. Os desenhos dos mobiliários estão sendo projetados por nós, sempre com a aprovação e sugestões do CEO da Instituição, Engº Valdir Ventura, e dos colaboradores de setor envolvido”, revela a arquiteta. Já os revestimentos foram especificados conforme as normas técnicas de cada ambiente. Para o auditório e áreas de estudo e dança foi utilizado o piso de PVC e também o vinilico, com

maior conforto térmico e acústico. Nas áreas de circulação serão aplicados mármores, quartzo natural e porcelanatos com paginações bem coloridas e diferenciadas para cada ambiente. O hospital tem vários programas de economia, tanto de energia quanto de água, além do trabalho de reciclagem. Com isso, a empresa de arquitetura procurou desenvolver um projeto de fácil execução, com salas multifuncionais que se interagem, divididas com divisórias retráteis, sistema de automa-

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Estrutura multidisciplinar

CONSTRUÇÃO ção total do prédio, desde o sistema de câmeras, o uso dos equipamentos de multimídia até a economia da energia, através do uso consciente e da liberação para cada ambiente, conforme a sua necessidade. “Já temos esta experiência feita no Centro Ambulatorial Américo Ventura II, inaugurado em maio de 2013, onde através de um cartão magnético é liberada energia para utilização dos equipamentos de som, vídeo, energia, computadores e ar-condicionado.

Outros projetos A Verzino Arquitetura já desenvolveu diversos projetos para o Grupo São Cristovão, em sua maioria, criando novas áreas a partir da otimização de espaços existentes. Por exemplo, o CTI com 15 leitos, a UAPS (Unidade de Apoio ao Pronto-Socorro) com 12 leitos, a reforma do Pronto-Socorro Infantil e do Pronto-Socorro Adulto. Também a nova unidade do Centro de Reabilitação e Prevenção à Saúde, as novas instalações da unidade comercial e a reforma da maternidade. As obras da nova sede do Centro Ambulatorial Américo Ventura II, a reforma e ampliação do Centro Ambulatorial Américo Ventura I e de modernização e ampliação de várias áreas administrativas, assim como a construção de um estacionamento anexo ao hospital também foram projetadas pela Verzino. O projeto e a execução de um Lactário, a reestruturação do SND e a reforma geral de alguns andares, assim como a criação de uma UTI Pediátrica, também fazem parte do currículo de parcerias entre a empresa de arquitetura e o grupo de saúde.

“Teremos também a nova área da Educação continuada com duas salas de aula com capacidade para 50 pessoas, uma sala de Simulação Realística, onde os alunos poderão interagir mais diretamente com o que está sendo ministrado” Cibeli Bagnato Boihagian, Arquiteta da Verzino Arquitetura 96

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O crescimento não para Além de investir no Instituto Dona Cica, o Hospital São Cristovão, realizou também, recentemente, obras de aprimoramento em seu Centro Ambulatorial, o Américo Ventura II. Preocupada com cada detalhe para favorecer o bem-estar dos pacientes, a instituição buscou o que há de mais apropriado no mercado para suas instalações. Um bom exemplo está na instalação de Divisórias Acústicas em Vidro Total, que permitem receber comunicação visual, e o Vidro/Madeirado, com portas maciças de correr e portas de dobradiças. O projeto do centro ambulatorial especificou divisórias industriais, com acabamentos como Piso ao Teto Linha Área Reta, Meia

Cega, meia Vidro duplo laminado de seis mm, com película branca interna nos dois lados do vidro, sendo acabamento BP Madeirado e perfil anodizado acetinado. Também, portas de correr em BP Madeirado, com frisos em alumínio, batente e perfil em alumínio anodizado acetinado e divisória Piso ao Teto Linha Área Reta, Vidro Duplo Total com película branca, sistema de junta seca e perfil anodizado acetinado. Portas de dobradiças em BP Madeirado, perfil e batente alumínio anodizado acetinado também faziam parte das especificações. “Em se tratando de projetos especiais como este, da arquiteta Cibeli Bagnato, da Verzino Arquitetura,

foram solicitadas divisórias industriais com enfoque no tema “Aquário”, nas quais a criatividade da arquiteta tornou o ambiente propício ao público alvo, as crianças. Quem entra no local, não se sente em um hospital”, diz Viviane Sestari, Gerente Comercial da Marcetex. De acordo com Viviane, a maior preocupação na instalação de divisórias em uma instituição de saúde está ligada ao atendimento das exigências da Vigilância Sanitária, que incluem ambiente limpo, arejado, sem frestas e ranhuras. “As divisórias industriais, para o ambiente hospitalar, são produtos de fácil remanejamento, com 100% de aproveitamento de materiais, e que não precisa de Health ARQ

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CONSTRUÇÃO

Estrutura multidisciplinar

constantes manutenções, além de serem produtos de fácil limpeza. Considerando também, que proporcionam ao ambiente entrada de luz natural, amplitude ao espaço, beleza e sofisticação”, diz. No mercado de divisórias hospitalares, um item interessante e que vem sendo utilizado, são as divisórias inteligentes, com algumas vantagens: vidros com maior resistência, termo acústicos e com privacidade instantânea através de LCD. Com um toque, passa-se de vidro transparente para vidro opaco, tendo assim total privacidade e sofisticação. De acordo com a Gerente Comercial, esse tipo de divisória tem sido bastante utilizado em berçários, salas de parto e UTIs. Mas alguns critérios precisam ser levados em consideração na hora de definir as divisórias para o projeto de uma instituição de saúde, como a procedência do material fornecido (se o material é certificado, atendendo ao normas da ABNT); os processos de produção (manual ou mecanizado), visando a qualidade do material; garantias do produto e instalação; mão de obra especializada na prestação dos serviços e certificação e laudos que comprovem a acústica, segurança e sustentabilidade. Assim como itens de segurança (vidros laminados, pois caso haja um grande impacto no mesmo, quebram mas não soltam da estrutura) e atendimento técnico e instrutivo para aquisição dos produtos, no que se trata da funcionalidade, ergonomia e melhor aproveitamento dos painéis, já que as divisórias podem ser remanejadas e reaproveitadas em outros ambientes.

De olho no mercado A Marcetex atua no mercado corporativo desde 1983, com a fabricação de divisórias industriais e marcenaria especial, certificadas pelos laudos de Acústica, Segurança e Sustentabilidade. A empresa acompanha as tendências de mercado e está em constante investimento para melhorias no atendimento aos arquitetos e aos clientes, oferecendo o que há de melhor na prestação de serviços. Prioriza todos os processos, desde fabricação, frete e instalação, próprios para garantir a agilidade e qualidade dos materiais fornecidos. Juntamente com a fabricação de divisórias, a Marcetex incorpora à marcenaria, sendo um grande diferencial e uma excelente opção para projetos especiais. 98

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Plano diretor

Projeto completo

Especialidade

Hospital Unimed Rio Verde foca em flexibilidade, humanização e sustentabilidade

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A

cidade de Rio Verde (GO) ganhará um Hospital Unimed. A obra, com previsão de entrega para dezembro de 2014, tem um projeto planejado em três fases e poderá ter 96 leitos. Hospital da Unimed Rio Verde, inicialmente, contará com Day-Hospital, Centro Cirúrgico e Internação. O projeto em questão foi desenvolvido pela L+M Gets, em 2009, e revisado em 2014. “Este hospital recebeu um primeiro projeto desenvolvido em um terreno que, em função de uma série de questões ambientais e tombamento, ficou teve a construção do mesmo inviabilizada no local”, conta Andreia Rossi, Gerente de Contrato da empresa. Com isso, foi feita uma alteração do terreno e, desta forma, um novo projeto baseado nas premissas discutidas anteriormente. O destaque de todo o projeto desenvolvido pela L+M, está no atendimento às necessidades do cliente alinhadas com a pesquisa do mercado, definindo a anatomia do edifício. “As atividades e processos são a parte viva das estratégias e táticas do empreendimento”, completa Andreia.

Health 101 ARQ


Plano diretor

Especialidade

“Este hospital teve um primeiro projeto desenvolvido em um terreno que, em função de uma série de questões ambientais e tombamento, ficou inviabilizada a construção do mesmo no local”, Andreia Rossi, Gerente de Contrato da empresa

Desde o início do projeto (Plano Diretor), os vetores de crescimento e as etapas de implantação do empreendimento foram definidas, bem como as estimativas de investimentos em obras, incorporação de mobiliário e tecnologias para cada fase. “Portanto, é fundamental se projetar pensando nesta expansibilidade e flexibilidade. Neste caso, o projeto é de um prédio totalmente novo, não tendo as implicações de adequações com áreas existentes”, diz a Gerente de Contrato. Por se tratar de um edifício vinculado à saúde, a humanização foi trabalhada 102

Health ARQ

no detalhamento do edifício, tomando partido da mesma, a fim de criar espaços agradáveis. A iluminação contribuiu para isso, sendo pensada de forma a ter o melhor desempenho para cada ambiente a que se destina, seja técnico, assistencial ou de conforto. “É um ítem importante na composição estética dos ambientes, por mais técnico que ele possa ser, sempre é possível tomar partido da mesma, afim de criar ambientes mais agradáveis. Optamos por, sempre que possível, tomar partido da iluminação natural”, diz Andreia. Já a escolha dos revestimentos ficou vinculada

diretamente ao seu desempenho e funcionalidade em cada um dos ambientes. “O bom senso foi usado na escolha dos materiais de acabamento, alinhando desempenho, estética e custo”. A sustentabilidade e a tecnologia também não ficaram de fora do projeto. A primeira buscou otimizar ao máximo as instalações, utilizando sempre medidas como o aquecimento solar e a reutilização de água. Já a função da segunda, foi alinhar o desempenho dos ambientes compostos por espaços, redes e sistemas de infraestrutura, mobiliário e equipamentos.


Health 103 ARQ


Plano diretor

Nova Instituição

Ceará ganhará Centro de Alta Complexidade em Oncologia

Especialidade

U

m Centro de Alta complexidade em Oncologia (CACON) com 23.724,00 m² de área construída, será implantado na cidade de Fortaleza (CE). Trata-se de um pro-

jeto ligado à Unidade do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará e será construído no Campus de Porangabussu. A instituição representa-

rá a abertura do primeiro Centro de Alta Complexidade em Oncologia no setor público do Estado do Ceará, que funcionará no regime de Hospital Dia, exceto para a Unidade de

Perspectiva CACON 104

Health ARQ


“As exigências físicas relativas às atividades de Radioterapia e Medicina Nuclear definiram sua localização no subsolo, garantindo a proteção ambiental necessária e minimizando o impacto volumétrico urbano. Foram criados fossos externos ajardinados que captam iluminação natural e humanizam as áreas de espera deste pavimento” Eduardo Teixeira, Arquiteto da Arquitec e Aida Montenegro, Arquiteta da Montenegro

Pronto Atendimento (Urgência e Emergência) que funcionará de forma referenciada, incluindo também as atividades de iodoterapia que exigem um período de internação. A área disponibilizada,

em formato retangular, contribuiu para a definição da nova ocupação. O volume e o aspecto formal do edifício foram escolhidos para atender às necessidades do programa. “O projeto está sendo

desenvolvido por um consórcio entre a Montenegro Arquitetura e a Arquitec Arquitetos Associados, e deu-se atendendo, na íntegra, a RDC 50, de 21 de fevereiro de 2002”, dizem os arquitetos Eduardo Tei-

Eduardo Teixeira, Arquiteto da Arquitec

Aline Ferro, Arquiteta da Arquitec Health 105 ARQ


Especialidade

Plano diretor xeira, da Arquitec, e Aida Montenegro, da Montenegro. O espaço foi dividido em dois blocos articulados por um elemento central, que internamente, se configura em um grande Atrium, até o quarto pavimento. “É externamente, este elemento que marca a entrada principal, capta ventilação e iluminação natural e determina a localização das principais

circulações verticais”, explica Aida. Sua fachada é composta por brises horizontais que protegem o interior da insolação e das chuvas com vento, comuns na cidade de Fortaleza (CE). Uma grande marquise metálica, de cor vermelha, une e marca os dois acessos principais do Pronto Atendimento e do acesso geral. A edificação é composta de um subsolo e oito pa-

vimentos acima do térreo. No lado sul do prédio, foi criado um outro acesso para uma área destinada somente aos pedestres e usuários do campus em uma manifestação física da ideia de escola como uma comunidade. Esta área dá acesso a outras unidades da universidade, entre elas, à cantina e ao Diretório Acadêmico. A forma levemente curvada dos blocos laterais na Térreo

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Health ARQ


sua fachada principal suaviza o impacto da edificação com o ambiente urbano, já que não foi possível, devido a exiguidade do terreno, garantir o afastamento desejado. Todas as fachadas foram projetadas prevendo uma cuidadosa proteção contra a insolação. Internamente, as circulações periféricas se configuram como espaços intermediários entre

as áreas externas e internas. Elas funcionam como elementos de diminuição do calor nos ambientes de maior permanência. Escadas rolantes conectam o térreo aos quatro primeiros pavimentos, onde estão situados os setores de tratamentos quimioterápicos e os consultórios das várias clinicas médicas. “Elas dão maior flexibilidade de

acesso e permitem uma melhor interação espacial, otimizando o uso dos elevadores”, garantem os arquitetos. A escada, em estrutura metálica, é outro ponto focal do projeto. Essa parte se localiza também no Atrium, no lado oposto a entrada principal e atinge todos os pavimentos. O coroamento da edificação se dá com um teto

Subsolo

Health 107 ARQ


Especialidade

Plano diretor plano em estrutura metálica que se lança em balanço além dos limites da edificação. Revestido, na sua parte inferior, em madeira sintética confere à edificação um caráter acolhedor e contemporâneo. O zoneamento das atividades evitou, ao máximo, o cruzamento dos pacientes com a equipe técnica da instituição. “Em função disso, temos os conjuntos de consultórios, salas de exames, e salas de educação continuada e seus respectivos ambientes de

apoio com acessos internos independentes das áreas de circulação e espera dos pacientes”. Segundo Teixeira e Aida, o conceito da acessibilidade universal acompanhou o projeto desde sua concepção. Todos os acessos, circulações, comunicação visual e ambientes específicos foram projetados para as pessoas com deficiência locomotora e visual. “As exigências físicas relativas às atividades de Radioterapia e Medicina Nuclear definiram sua

localização no subsolo, garantindo a proteção ambiental necessária e minimizando o impacto volumétrico urbano. Foram criados fossos externos ajardinados que captam iluminação natural e humanizam as áreas de espera deste pavimento”, contam os arquitetos. A linguagem dos quatro primeiros pavimentos é a mesma, com suas áreas de espera adjacentes às áreas de atendimento ambulatorial. As esperas foram projetadas com grandes

5o Pavimento - Centro Cirúrgico 108

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aberturas, usufruindo de ventilação e iluminação naturais. “O aproveitamento dos recursos naturais, além de contribuir para a qualidade ambiental, minimiza os custos de energia, conferindo à edificação um caráter de comprometimento sustentável”. Os consultórios estão dispostos em forma de ilha, em torno de uma área central que abriga uma sala de discussão de casos e permite a circulação da equipe entre os consultórios com seus respectivos

ambientes de apoio. “Todos os ambientes foram concebidos e dimensionados levando em conta um estabelecimento de saúde/ensino. Assim, além dos fluxos e dimensões atendendo essa dualidade, temos salas de educação continuada em todos os pavimentos e um Centro de Estudos no sétimo pavimento”, argumentam os arquitetos. O Centro de Estudos é composto de Salas de Aula, Biblioteca Virtual, Sala de Vídeo Conferên-

cia, Auditório para 200 lugares e um foyer que será utilizado também como área de convivência da equipe técnica, estudantes e convidados. “É uma área aberta com jardim e vista para a cidade,que possibilita minimizar o estresse dos profissionais da área da saúde”. A facilidade de manutenção e o cuidado com o paciente determinou a utilização de placas de porcelanato antiderrapante revestindo o piso da maioria dos ambientes

7o Pavimento - Centro de Estudos

Health 109 ARQ


Especialidade

Plano diretor internos. Nas áreas externas, assim como no piso da escada interna, foi utilizado o granito também com acabamento antiderrapante. O Centro Cirúrgico é revestido, no piso, de manta vinílica e de tinta epóxi nas paredes, garantindo maior facilidade na limpeza e descontaminação dos ambientes. Salas de Aula, Biblioteca e Auditório receberam revestimentos acústicos, tanto no piso como nas paredes. O projeto também levou em consideração aspectos de sustentabilidade, utilizando recursos naturais de iluminação e ventilação, revestimentos de material reciclado de garrafas pet, iluminação econômi-

ca e divisórias internas em drywall, que geram um menor resíduo durante a construção e promovem flexibilidade de layout. Um pátio de carga e descarga evita a utilização da rua para o abastecimento, e para a coleta dos resíduos sólidos. A Central de Resíduos Sólidos proporciona ambientes necessários à separação das várias categorias dos resíduos e a seleção dos recicláveis. O projeto de Instalações evita o desperdício de água potável na edificação, criando um sistema duplo de alimentação d’água. Este sistema prevê o uso racional de água potável com redução do volume de esgoto produzido. A captação das

águas das chuvas, o poço profundo e a reciclagem das águas utilizadas em lavatórios e chuveiros irá suprir o sistema que alimentará as descargas dos aparelhos sanitários, dos expurgos, mictórios, irrigação dos jardins e lavagem dos carros. “Todos os despejos quimicamente contaminados serão devidamente neutralizados antes de irem para a rede pública de esgoto. Os projetos de arquitetura e instalações foram desenvolvidos focando medidas mais sustentáveis no sentido de buscar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environment Design), direcionado aos Edifícios Verdes”, ressaltam Teixeira e Aida.

Marisa e Aida Montenegro, Montenegro Arquitetura 110

Health ARQ


FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Centro de Alta Complexidade em Oncologia ARQUITEC Arquitetos Associados Arquitetos: Eduardo de Barros Teixeira Aline Ferro Beserra MONTENEGRO Arquitetura + Urbanismo Arquitetos: Aida Matos Montenegro Marisa Matos Montenegro Empresa sub contratada: Oficina14 Arquitetura Coordenação: Arquiteta Aida Matos Montenegro Comunicação Visual: MAD - Montenegro Arte Digital: Mateus Matos Montenegro Acústica: André Grieser Estrutura Metálica: RCM Estruturas Metálicas S/S - Engº Raimundo Calisto de Melo Neto Cálculo Estrutural: MD Engenheiros Associados - Engº Alexandre de Vasconcelos Teixeira, Engº Marcelo C. A. Silveira e Engª Denise Jucá T. Silveira Fundações: Tecnord Tecnologia Nordeste de Solos e Fundações Ltda. - Engº Alan Kélcio Figueirêdo Scipião Instalações Prediais: BT Soluções e Serviços em Instalações Ltda. - Francisco Webston Torquato de Lima, Francisco Benício de Oliveira Filho, Felipe Nunes de Farias, Francisco Itaimbé Matias de Oliveira, Raimundo Nonato Cavalcante Viana, Valdenio da Silva Vieira e Álvaro Luiz Furtado Magalhães

Health 111 ARQ


Plano diretor

Foco em Saúde Informe publicitário

Escritório na Bahia dedica-se especialmente ao desenvolvimento de projetos na área da saúde

N

o mercado de arquitetura hospitalar desde 2011, o escritório Studio D, situado na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, tem à frente o arquiteto Darlan Blohem, formado em 2004, pela UNIT (Universidade Tiradentes) e especializado em Arquitetura e Sistemas de Saúde pela Universidade Federal da Bahia desde 2010. “Os projetos de saúde tem sua concepção obedecendo as normas do Ministério da Saúde e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de atender a humanização beneficiando seus usuários, por isso apresentam um perfil diferenciado das demais edificações”, diz Blohem. Seu escritório desenvolve projetos arquitetônicos exclusivamente para estabelecimentos assistenciais de saúde, como hospitais, clínicas, farmácias, laboratórios, indústrias farmacêuticas

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Health ARQ

e de alimentos. Entre os serviços prestados estão a execução dos projetos, orientação técnica com vistas para concepções e adequações segundo as normas do Ministério da Saúde, ANVISA e Ministério do Trabalho. Dentro dessas normas e sempre em busca de atualização e novas técnicas, tem sido incorporado aos projetos do Studio D novos materiais de acabamento, que facilitam as especificações técnicas de ambientes que devem sempre garantir o fácil manejo da higienização. “O controle da infecção hospitalar tem encontrado como grande aliado o emprego correto dos materiais de acabamento”. Entre as tintas, por exemplo, aquelas sem cheiro garantem a ocupação rápida dos espaços reformados nas unidades. Já os metais com acionamento via sensor, cada vez mais sensíveis, evitam o contato das mãos dos profissionais com o

objeto. Outro destaque fica para os novos revestimentos, que requerem cada vez menos juntas e apresentam maior resistência. “Atualmente, existe uma gama enorme de materiais específicos ao emprego em edifícios de saúde. Quando utilizados de maneira correta, contribuem muito para o bom funcionamento a que se propõem”, afirma Blohem. Especializado no setor, o arquiteto acredita que os projetos brasileiros têm conseguido implantar as mais modernas técnicas e materiais, não perdendo em nada para aqueles desenvolvidos no exterior. “Os projetos nacionais estão voltados a nossa realidade e não seria correto graduar em uma escala comparativa aos trabalhos internacionais. São projetos muito bons no que se propõem a atender e não deixam a desejar em nada, pois o País possui bons profissionais no ramo”, garante.


Portifólio Hospital Municipal de Governador Mangabeira (reforma e ampliação) Centro - Governador Mangabeira - Bahia Hospital Municipal de Santo Estevão (reforma e ampliação) Centro - Santo Estevão - Bahia Hospital Municipal de Simões Filho (reforma e ampliação) Centro - Simões Filho - Bahia Hospital Municipal de Medeiros Neto (reforma e ampliação) Centro - Medeiros Neto - Bahia Hospital Municipal de Laje (reforma e ampliação) Centro - Laje - Bahia Hospital Municipal de Brotas de Macaúbas (reforma e ampliação) Centro - Brotas de Macaúbas - Bahia Hospital Municipal de Tapiramutá (construção) Centro - Tapiramutá - Bahia Hospital Municipal de Mortugaba (reforma e ampliação do centro de imagem) Centro - Mortugaba - Bahia Hospital Municipal de Bonito (reforma e ampliação) Centro - Bonito - Bahia Hospital Municipal de Coribe (reforma e ampliação) Centro - Coribe - Bahia Hospital Municipal de São Félix do Coribe (reforma e ampliação) Centro - São Félix do Coribe - Bahia Hospital Municipal de Wanderley (reforma e ampliação) Centro - Wanderley - Bahia Hospital Municipal de Santo Amaro (reforma e ampliação) Centro - Santo Amaro - Bahia Hospital Municipal de Itapicuru (reforma e ampliação) Centro - Itapicuru - Bahia Hospital Municipal de Belmonte (reforma e ampliação) Centro - Belmonte - Bahia

Health 113 ARQ


Plano diretor Hospital da Bahia (reforma do centro de oncologia, uti adulto e cme) Pituba - Salvador - Bahia Unidade de Pronto Atendimento de Simões Filho (construção) Cia - Simões Filho - Bahia Centro de Diagnósticos de Simões Filho (construção) Cia - Simões Filho - Bahia Centro Médico de Capim Grosso (construção) Centro - Capim Grosso - Bahia

Informe publicitário

Clínica Gastrocentro (construção) Vilas do Atlântico - Lauro de Freitas - Bahia Clínica da Dor (reforma e ampliação) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia Clínica de Cirurgia Plástica Júlio Monteiro (reforma e ampliação) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia Clínica de Cirurgia Plástica Luís Lopes (reforma) Centro Médico Iguatemi - Pituba - Salvador - Bahia Clínica de Cirurgia Plástica Life Center (reforma) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia Clínica de Cirurgia Plástica Nova Face (reforma) Ondina - Salvador - Bahia Clínica de Cirurgia do Rio Vermelho (construção) Rio Vermelho - Salvador - Bahia Clínica Gasten (construção) Centro - Feira de Santana - Bahia Clínica Odontologica Reface (reforma) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia Clínica Oncologica de Alagoinhas (construção) Alagoinhas - Bahia Central de Material Esterilizado - Sete (reforma e ampliação) Águas Claras - Salvador - Bahia Lavanderia Hospitalar Limpidez (construção) Centro - Santo Antônio de Jesus - Bahia Lavanderia Hospitalar Santa Bárbara (construção) Bonfim - Salvador - Bahia Hospital Dia Proalivio (reforma) Valença - Bahia Hospital Dia de Jequié (reforma) Jequié - Bahia Hospital Dia Salvanest (reforma) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia Hemocentro São Lucas (reforma) Hospital Português - Barra - Salvador - Bahia Unifisio - Clinica de Fisioterapia (reforma) Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

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Health 115 ARQ


Acabamento

Reflexo do crescimento

Ampliação

Hospital no Rio Grande do Sul investe em ampliação e reformas

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Health ARQ


O

Hospital Mãe de Deus, localizado em Porto Alegre (RS), está passando por obras de ampliação e modernização. No projeto, estão considerados os acessos, fluxos internos, distância e dificuldades de comunicação dos serviços assistenciais e áreas de apoio, bem como as condições de segurança e conforto dos pacientes. “Acredito que a principal característica do projeto de expansão do Hospital Mãe de Deus reside no fato de, simultaneamente, viabilizar uma ampliação significativa de unidades assistenciais importantes como Urgência/Emergência, Centro Cirúrgico e UTI, assim como readequar o encaminhamento dos distintos fluxos, tais como: pacientes, visitantes, acompanhantes, pessoal, material, etc”, comenta o arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Cassiano. O projeto considera, em especial, os serviços ambulatoriais e as facilidades de acesso e independência dos serviços de pacientes não internados. “Ao mesmo tempo, as ampliações possibilitarão a flexibilidade dos apartamentos privativos e semi privativos, que poderão ser facilmente transformados ou mesmo adequados a pacientes de maior risco e complexidade de acordo com a demanda”, comenta Claudio Seferin, Diretor Geral do Hospital Mãe de Deus. Todos os ambientes são customizados nos quesitos de iluminação, conforto térmico (isolamento e ar condicionado) e sistemas de comandos hospitalares específicos. As equipes multidisciplinares de projetistas desenvolveram um projeto atendendo às demandas funcionais e legais que um projeto Health 117 ARQ


Ampliação

Acabamento hospitalar exige. Baseado nas exigências das certificações ambientais, a sustentabilidade está sendo fortemente trabalhada. O projeto de expansão foi concebido, procurando respeitar ao máximo os conceitos de sustentabilidade, seja através da utilização de elementos de fachada em função da insolação, seja através da definição dos projetos complementares (Climatização, Estrutural, Elétrico, Hidrossanitário). Na maioria das situ-

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Health ARQ

ações, as paredes são executadas utilizando o sistema de “drywall”, os forros são confeccionados com gesso acartonado e nos pisos aplica-se material vinílico em manta. As paredes e os forros, posteriormente, recebem pintura acrílica ou epóxi nas unidades assistenciais consideradas críticas sob o ponto de vista do controle de infecção. Não se recomenda a utilização de tinta a base de PVA na área hospitalar. A humanização, assim

“Acredito que a principal característica do projeto de expansão do Hospital Mãe de Deus reside no fato de, simultaneamente, viabilizar uma ampliação significativa de unidades assistenciais importantes como Urgência/ Emergência, Centro Cirúrgico e UTI, assim como readequar o encaminhamento dos distintos fluxos, tais como: pacientes, visitantes, acompanhantes, pessoal, material, etc” Paulo Cassiano, Arquiteto


como a tecnologia, foi trabalhada no projeto, mostrando-se de maneira interligada. “Os avanços tecnológicos proporcionam melhor qualidade no atendimento ao paciente. Sobretudo no aspecto que julgo da maior importância, que se refere ao respeito e consideração permanentes a privacidade e autonomia do paciente”. De acordo com Cassiano, alguns exemplos que ilustram os conceitos de humanização utilizados no hospital são a implantação de elevadores com dimensões que permitam a entrada do leito hospitalar, evitando as indesejáveis transferências de pacientes. As camas eletrônicas, particularmente nas unidades de internação, para permitir que o próprio paciente possa ajustá-la à posição que se sinta mais confortável, também são recomendáveis. Assim como a instalação de equipamentos de diagnóstico por imagem como Raio X, Tomografia, Ressonância Magnética entre outros que forneçam imagens digitais, associados a equipamentos que processem os exames de laboratório de forma rápida e precisa. “Concebemos o projeto arquitetônico de forma

a proporcionar aos pacientes e funcionários um ambiente agradável, tranquilo, harmônico, através da utilização de cores e revestimentos em tons claros e da máxima transparência possível com o ambiente externo para possibilitar a incidência de iluminação natural”, diz o arquiteto. Revestimentos Com relação à definição dos revestimentos, os projetos na área da saúde necessitam de aprovação nas vigilâncias sanitárias locais, que por determinação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), exigem que as superfícies sejam forros, paredes ou pisos uniformes, lisos e monolíticos, permitindo sua total assepsia. “Sem dúvida que a escolha de revestimentos adequados constitui-se no fator fundamental para viabilizar a redução dos custos de manutenção e custeio do hospital em funcionamento e, simultaneamente, propiciar melhores condições de assepsia das áreas, colaborando de forma decisiva para minimizar o número de infecções hospitalares”, diz o arquiteto. Por isso, Cassiano acre-

dita que a especificação do piso a ser utilizado é de grande relevância, uma vez que este deverá ser suficientemente resistente para absorver os impactos produzidos pelo tráfico pesado de camas, macas, carros de transporte, aparelhos, etc. Os pisos vinílicos são uma opção que atende as necessidades dos revestimentos para instituições de saúde por serem lisos, possuírem poucas juntas e permitirem fácil limpeza. Além de serem resistentes aos procedimentos de desinfecção comuns aos estabelecimentos de saúde. “As mantas vinílicas podem revestir uma área de 40m² de uma só vez. Isso significa um número muito reduzido de juntas. Estas juntas são soldadas à quente e evitam o acúmulo de sujeira”, diz o engenheiro Sérgio Durgante, Gerente Nacional de Vendas da Pisotech. Existe uma vasta disponibilidade de cores e de padrões que ajudam na visualização da sujeira e na programação de um sistema de limpeza mais eficiente. De acordo com Durgante, os pisos vinílicos são indicados para todas as áreas hospitalares, desde aquelas de baixo risco de infecção (nível Health 119 ARQ


Ampliação

Acabamento

1) até as de muito alto risco (nível 4). Os principais critérios a serem levados em consideração na hora de escolher os pisos para instituição hospitalar devem ser os custos de manutenção, durabilidade, resistência à abrasão, eficiência na limpeza e resistência química. Além da resistência à carga pesada, fácil rolagem, superfícies à prova d´água, resistência nas juntas e conforto acústico. 120

Health ARQ

Deve-se considerar também a possibilidade de restauração das mantas e a criação de desenhos/ paginações, que são um diferencial deste tipo de revestimento. Contemplando estes itens, dificilmente haverá uma troca prematura dos revestimentos, evitando gastos inesperados durante uma nova obra ou reforma. “O cuidado com recursos como a água e o consumo de energia elétrica

são questões do dia a dia de um hospital. O revestimento vinílico em manta requer pouca água para sua limpeza. A tecnologia IQ, disponível nas mantas homogêneas Tarkett, por exemplo, geram uma economia de água de até 50% se comparada a de um produto convencional”. Para garantir a maior durabilidade dos pisos, alguns cuidados são necessários também na preparação do contrapi-

so. A base precisa estar seca, nivelada e curada, preferencialmente impermeabilizada. A instalação deve ser realizada por uma equipe especializada, que utilize as ferramentas e procedimentos validados pelo fabricante. “Um fator chave de sucesso é manter a equipe responsável pela higienização familiarizada com os simples procedimentos de limpeza do piso”, finaliza o engenheiro.


Health 121 ARQ


Alta tecnologia

Acabamento

Inovação no mercado

Produto de alta resistência, não poroso e homogêneo começa a ser utilizado em instituições de saúde

C

riado pela DuPont™ e lançado nos Estados Unidos em 1967, o Corian® é uma evolução para o mercado da construção que tem beneficiado também o setor da saúde. O material é a combinação perfeita de minerais naturais e polímero acrílico puro. Sólido, não poroso e homogêneo é composto por 1/3 de acrílico, 2/3 de minerais naturais e pigmento. O Corian é fabricado em placas de 12 mm (3,65x0,76m) e 6 mm (2,49x0,76m) de espessura. O produto é distribuído no Brasil por uma rede de Processadores Autorizados, que são treinados pela produtora da matéria122

Health ARQ

-prima para fabricar e instalar projetos de Corian® sob medida. Seus cortes são realizados com tupias manuais, com serras circulares ou centros de usinagem (CNC). As superfícies de Corian® são lixadas a seco, com uma lixadeira roto-orbital. Não é necessário usar nenhum tipo de verniz ou massa polidora. “Além disso, são produzidos também adesivos de Corian®, na mesma cor da placa, que são usados para colar as bancadas e cubas”, explica Pedro Solares, Presidente da Don Artesano, uma das processadoras Premium do produto no Brasil. Por ser completamente sólido e totalmente não

poroso, nada é absorvido pela superfície de ®Corian. Por isso, oferece excelente resistência a manchas e pode ser facilmente limpo. Para o setor hospitalar, é possível executar frontões e cantos curvos, que impedem o acúmulo de sujeiras e umidade, e facilitam a limpeza e a desinfecção da superfície. “É possível produzir lavatórios cirúrgicos ergonômicos sem qualquer emenda e assim garantir fácil manutenção e higiene absoluta”, diz Solares. O material pode ser utilizado também em bancadas e móveis por ter aspecto monolítico e não deixar frestas ou rejuntes onde possa haver acúmulo


de sujeiras e microorganismos. Suas grandes placas também são favoráveis ao revestimento de áreas de parede em salas de cirurgia com plena integração dos equipamentos. Além disso, testes laboratoriais realizados pela empresa comprovaram que o vírus do HIV pode ser facilmente eliminado com o uso de água sanitária das superfícies desenvolvidas com o Corian. O Hospital do Coração, HCor, localizado na capital paulista, tem utilizado o Corian® em suas instalações e equipamentos. O Banco de Sangue da instituição, por exemplo, que

realiza entre 900 e 1000 transfusões por mês, oferece aos doadores um ambiente absolutamente limpo, higiênico, confortável e alegre. O material foi implantado em todo o Banco de Sangue, desde a coleta até a liberação, passando por processamentos e provas de compatibilidade. O laboratório do HCor recebeu benefícios semelhantes, onde o Corian foi aplicado nas bancadas, pias e caixas de utensílios da área laboratorial. Um suposto derramamento de produtos infectados nas bancadas, por exemplo, pode ser facilmente remo-

vido e limpo, pois a ausência de recortes e emendas elimina a sobra de resíduos. O material também foi amplamente utilizado em diversos hospitais, clínicas e laboratórios de referencia do Rio de Janeiro, tais como: Hospital do Cérebro, Hospital Samaritano e Hospital das Américas, Clinica de Imagem do Estado do Rio de Janeiro e o Laboratório Biomérieux.” Na última instituição citada, Corian foi utilizado em pias, bancadas e mesas de preparação de material, contribuindo com a beleza, higiene e até a segurança”, finaliza.

Health 123 ARQ


Crescimento

AMPLIAÇÃO

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Revitalização total Hospital Alvorada Brasília passa por diversas obras de ampliação e aprimoramento

O

Hospital Alvorada Brasília, no Distrito Federal, é um hospital geral e referência em ortopedia e alta complexidade. Dispõe de 229 leitos, divididos em 129 apartamentos individuais, 42 leitos de enfermaria, 29 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, oito unidades semi-intensivas Adulto, 16 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) e oito apartamentos VIP. Além disso, possui um Hospital Dia com 17 leitos e 12 salas cirúrgicas. Por mês, aproximadamente 11 mil pessoas são atendidas, em caráter emergencial no pronto-socorro. Em 2013, a instituição conquistou a acreditação da Joint Commission International (JCI), mais importante órgão certificador dos serviços de instituições de saúde no mundo. “Nós contamos com uma equipe multidisciplinar altamente treinada, com protocolos para

o diagnóstico e tratamento precoce de condições como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto cardíaco e sepse. Com estes protocolos, agilizamos os procedimentos ideais para estas condições, nas quais cada minuto faz diferença no resultado final. O saldo destas práticas é excelente, comparados com os melhores hospitais do mundo”, diz Fernando Moisés José Pedro, Diretor Técnico do Hospital Alvorada Brasília. A instituição conta também com uma Ala Vip de arquitetura moderna e que reúne atendimento personalizado e serviços exclusivos a pacientes particulares ou das categorias premium dos planos de saúde. São oito apartamentos com metragens que variam de 60m² a 78m², todos com área privativa para o acompanhante, além de DockStation para iPods, laptop e televisão de LED. O hospital tem disponí-

veis serviços como concierge, camareira e cardápio vip, que une nutrição, dietética e gastronomia. Além disso, há um menu de travesseiros, amenities Trousseau e enxovais Trussardi, além de revistas e jornais de preferência do paciente. Outro diferencial do hospital é o protocolo de atendimento específico para pacientes idosos internados com fraturas, que permite a realização de procedimentos cirúrgicos com mais agilidade, acelerando o processo de reabilitação. “Durante toda a internação, desde a entrada no pronto-socorro, o cliente é acompanhado por uma equipe multiprofissional que segue um protocolo criado especificamente para o melhor cuidado do paciente com mais de 65 anos e com fratura ortopédica, que necessita de tratamento cirúrgico. Há um profissional responsável por gerenciar todas as ações neHealth 125 ARQ


Crescimento

AMPLIAÇÃO cessárias para minimizar o tempo de hospitalização, intermediando o contato com os médicos para que o procedimento possa ser realizado em até 48 horas”, explica o Diretor Técnico do Hospital. A instituição foi inaugurada em 1961. Em 1999, ocorreu a construção de mais duas torres. O Alvorada terá, nos próximos meses, uma área dedicada ao atendimento ambulatorial de pacientes ortopédicos. “Em paralelo, estamos construindo um moderno Centro de Reabilitação Motora. Como uma referência em ortopedia, o objetivo é

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que a instituição ofereça toda estrutura para este tipo de paciente, desde o diagnóstico até a alta do tratamento”. O Hospital se prepara também para inaugurar o pronto-socorro infantil no primeiro semestre de 2015. Enquanto isso, outras obras ocorreram e continuam ocorrendo no hospital. As mais recentes obras da instituição foram divididas em sete macro etapas, caracterizadas por suas especificidades: revitalização em quatro pavimentos de leitos de internação com 11 apartamentos cada andar; revitalização da UTI adulto,

composta de 21 leitos de internação intensiva, sendo três isolamentos para pacientes infectados e todas instalações de apoio e sistema de filtragem, arrefecimento e renovação de ar de acordo com as normas vigentes. Além da execução da UTI neopediátrica, composta de cinco leitos neonatais de alto risco, seis leitos neonatais de cuidados intermediários, dois leitos pediátricos, um isolamento, posto de coleta de leite, estar para os pais, bem como todas instalações de apoio e sistema de filtragem, arrefecimento e renovação de ar de acor-


do com as normas vigentes. Foram realizadas obras também na CME, dotada de duas autoclaves, e uma termodesinfectora nas instalações do Pronto-Socorro infantil e Hemodinâmica. “Estamos na etapa final das obras de reforma do Pronto-Socorro adulto, trabalhando para substituição de toda infraestrutura de entrada de energia do hospital com ampliação da carga energética fornecida pela concessionária e melhora de todo o sistema de distribuição interna”, conta Paulo Muniz, Diretor da Conbral Construtora. De acordo com Muniz, por todas as etapas da obra estarem sendo executadas com o hospital em atividade, foi necessário adequar o horário de trabalho da equipe de acordo com a disponibilidade da instituição, bem como colocar em campo uma equipe capacitada e treinada. Um processo de reestruturação elétrica também está sendo realizado no hospital, onde a cada reforma de ambiente, está sendo implantada uma ideologia de restrição específica de circuitos de emergência, subdivididos e classificados de acordo com a característica de sua utilização. “Estamos agora trabalhando para ampliação da carga recebida pelo hospital da concessionária e implantação de uma unidade rebaixadora de energia interna”, conta Muniz. Para garantir a segurança dos pacientes, antes dessas instalações é feito um estudo prévio do impacto da atividade, observando a área afetada e junto Health 127 ARQ


AMPLIAÇÃO

Crescimento

com a equipe técnica do hospital, a empresa atua para garantir através de redundâncias que nenhuma área vital seja afetada. “Nas instalações elétricas, utilizamos também artifícios para favorecer a economia de energia, por exemplo, a utilização de lâmpadas fluorescentes e LED, especificação de equipamentos de ar-condicionado com maior eficiência energética, readequação de fios e cabos, dentre outros”, comenta o Diretor da Conbral. A preocupação com a sustentabilidade também está inserida nas obras do Hospital Alvorada Brasília. Apesar de a obra não possuir certificação LEED, a construtora responsável pelo processo possui a certificação ISO 9001:2008 e PBPQ-H SIAC nível A, regimento dezembro de 2012. Com isso, dispensa cuidados, por exemplo, aos resíduos sólidos recolhidos e transportados por empresas terceirizadas, especializadas, credenciadas pelo GDF, até área determinada pelo GDF. A sustentabilidade também está presente nas diretrizes do hospital como um todo, através da reciclagem de resíduos 128

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(hoje, em média, 23% dos resíduos são reciclados); redutores de vazão em todas as torneiras e chuveiros da instituição; instalação de sensores de presença em DMLs, áreas de expurgo e outras áreas e oficinas de reciclagem. Já a humanização se faz presente através de espaços como a brinquedoteca, espaço Religioso Ecumênico, localização externa de restaurantes, farmácia, cabeleleiros, serviço de táxi, igrejas, entre outros. Há também instalações especificas e preparadas com mobiliá-

rio adequado a pacientes com cirurgia de quadril, decoração temática nos andares da pediatria e concierge para atendimento médico no centro cirúrgico, a fim de aproximar o relacionamento médico-paciente com informações esclarecedoras aos familiares no pós-cirúrgico. “Fora da área física, temos também um projeto de zooterapia, chamado Amicão, com visitas semanais. Disponibilizamos uma equipe especial, como as assistentes ao cliente, para acompanhar

toda a estada do paciente e para garantir excelência no atendimento”, revela Pedro. A tecnologia é outro ponto importante presente no processo, através da informatização da área hospitalar, da utilização de rede cabeada com a intenção de facilitar diagnósticos em tempo curto e a automação dos equipamentos. Os avanços tecnológicos, estão presentes nas instalações de ar-condicionado, exaustão, instalações elétricas e revestimentos adequados ao sistema hospitalar.

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AMPLIAÇÃO

Atualização

Mudança constante Hospital em Manaus investe em reformas para aprimorar seu atendimento

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Hospital Adventista de Manaus (AM) nasceu em 1976 através da Clínica Adventista de Manaus. O prédio alugado foi adaptado e passou a ter quatro apartamentos. Apesar de algumas limitações técnicas, a clínica se destacou pelo alto padrão de atendimento. O crescimento continuou e, em 1986, já reconhecido como hospital, a instituição possuía 13 apartamentos, sete consultórios médicos, posto de coleta para exames laboratoriais e escritório do plano Garantia de Saúde. Nesse mesmo ano, iniciava-se a construção das novas instalações no Distrito Industrial da cidade, que foi inaugurado em janeiro de 1990. Já em 1992, houve a implantação da escola de enfermagem. Pouco depois, em 1995, aconteceu uma nova reestruturação, e a montagem

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do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Em 2009, o crescimento continuou dando sinais. Houve a inauguração da terceira unidade de enfermagem com 14 leitos de alto nível, a nova farmácia, o pronto-socorro, com mais de 1000 m² de construção, CTI Neonatal pediátrico com 11 leitos, e unidade de maternidade com 20 leitos. Localizado em uma área de 75.488 m², a instituição continua crescendo. Os reflexos desse processo de expansão podem ser vistos através dos últimos investimentos “A instituição Adventista tem três linhas de desenvolvimento cristão que contemplam a comunidade com intuito de evangelizar, mostrando a fé Cristã Adventista. Uma destas linhas de evangelismo é a saúde, através da qual faz-se o papel do Hospital Adventista de

Manaus”, explica Marcelo Brasil, da Marcelo Brasil Arquitetura, responsável pelo mais recente projeto de aprimoramento físico da instituição. Além da saúde, as outras duas linhas seguidas pela instituição adventista englobam a educação, que une escolas e as universidades em todo o Brasil, educando para a eternidade. E as igrejas Adventistas, que fecham este ciclo de evangelismo Cristão. Além da nova concepção arquitetônica que o Hospital Adventista de Manaus está implantando em sua estrutura física, foram desenvolvidas também lojas de conveniência com lanchonete, restaurante, livraria, banco 24 horas e área de vivência, além de uma loja de produtos naturais. “Conseguimos agregar ao tratamento diferenciado serviços que previnem doenças, como alimentos


saudáveis e praticidade em um só lugar”, conta o arquiteto. Além disso, foram criados ambientes internos aconchegantes a todos os frequentadores do lugar, por exemplo, o lounge de entrada para os visitantes, assim como a recepção do atendimento de marcação de consulta, callcenter, apartamentos pediátricos, atendimento infantil, enfermarias e outros. O novo projeto visa melhorar as áreas existentes de atendimentos

e hotelaria hospitalar, com acréscimo de aproximadamente 14 mil m², agregando à estrutura já existente do hospital, qualidade e eficiência de seus serviços. A grande novidade é a construção de um heliponto para atendimentos de emergência. “Nossa maior dificuldade hoje resume-se no crescimento da demanda de pacientes a procura de bons serviços. Daí nosso cuidado em ampliar e melhorar a cada dia nossos

serviços, pois com esta grande demanda vem também a responsabilidade de um atendimento de qualidade. Preocupados com isto, estamos sempre obedecendo aos pré-requisitos das leis do município, corpo de bombeiros, vigilância sanitária e tendo como referencia a RDC 50”. Com foco na humanização do hospital, três pontos foram levados em consideração: a iluminação, as cores e o conforto Higrotérmico e suas

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Atualização

AMPLIAÇÃO ramificações, principalmente, por se tratar de uma região com altos níveis de umidade relativa do ar. “Utilizamos a iluminação artificial, sendo essa, nossa primeira preocupação, uma vez que a iluminação tem uma forte influencia sobre as cores, principalmente sobre o equilíbrio fisiológico e psicológico, contribuindo para o bem-estar físico dos pacientes. Tudo visando o conforto ambiental destes ambientes”, conta Brasil.

Além disso, houve também o cuidado com as cores de cada ambiente. Em alguns espaços trabalhou-se com tonalidades diferentes, luminosidade, relevos e contrastes cromáticos na busca pelo equilíbrio e conforto ambiental aos usuários. “Esta preocupação esteve também no mobiliário escolhido. A ideia era trabalhar com cores homogêneas, que interagissem com as tonalidades dos ambientes e a iluminação, ou seja, superfícies neutras em relação à cro-

“A instituição Adventista tem três linhas de desenvolvimento cristão, que contemplam a comunidade com intuito de evangelizar, mostrando a fé Cristã Adventista. Uma destas linhas de evangelismo é a saúde, através da qual faz-se papel do Hospital Adventista de Manaus” Marcelo Brasil, Marcelo Brasil Arquitetura

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matização de cada ambiente”, explica o arquiteto. Como o projeto foi construído visando não somente o bem-estar dos pacientes, mas também sua segurança, todos os materiais especificados obedecem as normas hospitalares vigentes. “Decidimos tudo cuidadosamente, como o tipo de piso, pintura, entre outros. A escolha dos materiais corretos facilita e garante a segurança contra qualquer tipo de infecção ou contaminação que o ambiente possa sofrer”.


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Novo Bloco

AMPLIAÇÃO

Ampliação necessária Crescimento da demanda leva hospital em Pernambuco a construir novo bloco

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Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), localizado em Recife, é referência no tratamento do câncer na região. Possui atualmente 268 leitos e realiza, mensalmente, uma média de 1,5 mil atendimentos na triagem, 7,5 mil consultas,

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700 cirurgias e 25 mil tratamentos de quimioterapia. Ao lado de seu prédio já existente, que passará por reformas futuramente, foi inaugurado, no início de abril, um prédio anexo. Com um investimento de, aproximadamente, R$ 27 milhões, o novo espaço conta

com sete pavimentos, em 10.413,77 m² de área construída e abriga a emergência do hospital, duas unidades de terapia intensiva (UTI), com 20 leitos e um pavimento reservado para uma Central de Transplante de Medula Óssea. A nova emergência do


“Havia ainda a necessidade de abrigar novos serviços de atendimento na intenção de concentrar os tratamentos de oncologia no HCP (objetivo do governo do estado de Pernambuco), como é o caso da Central de Transplante de Medula Óssea (CTMO)” Roberto Freitas, Arquiteto da RBF Empreendimentos

Hospital de Câncer possui 31 leitos, divididos por classificação de risco. Isso significa um aumento de seis vezes em relação à emergência atual, que possui cinco leitos. O novo bloco tem um centro cirúrgico com 12 salas; e o número de leitos de UTI sairá de 10 para 20, um crescimento de 100%. Ao todo, serão construídas 14 enfermarias (dois leitos em cada uma, totalizando 28) e cinco apartamentos (cada um com um leito). “Este bloco também é acessado por passarela elevada que interligará o seu 2° pavimento, que é ocupado pela enfermaria, ao 2° pavimento do Bloco do IMEC, que é ocupado pela internação. Foi também projetada e construída uma praça interna, ao ar livre, dando um grande diferencial a humanização do hospital”, explica

Roberto Freitas, arquiteto da RBF Empreendimentos. No terreno, que é de esquina, encontra-se o acesso de ambulâncias, que possui sua área de embarque e desembarque na lateral da edificação, também marcado por uma marquise e ligado diretamente a urgência e às áreas de apoio. O acesso ao pavimento do subsolo, que abriga o estacionamento coberto, pode ser feito por duas rampas para veículos ou escada, que se encontra na lateral direita do edifício. A nova estrutura também abrigará uma Unidade de Transplante de Medula Óssea, com área de 914 metros quadrados e 15 leitos. Além da obra do prédio anexo ao HCP, existe um projeto que prevê a reforma da área que abrigava o centro cirúrgico do antigo prédio.

No local, será acomodado o setor de diagnóstico e imagens, com colonoscopia, endoscopia, revelação, tomografia, ultrassom, ecocardiograma, entre outros. Foi construída uma passarela interligando os dois prédios. “Havia ainda a necessidade de abrigar novos serviços de atendimento na intenção de concentrar os tratamentos de oncologia no HCP (objetivo do governo do estado de Pernambuco), como é o caso da Central de Transplante de Medula Óssea (CTMO)”, conta Freitas. O Bloco Existente (IMEC) irá sofrer alterações no pavimento térreo, onde estão localizados a UTI e o Bloco Cirúrgico. Esses dois setores passarão a ocupar o 3º e o 4º pavimentos do bloco anexo, respectivamente, em suas atuais áreas, será instalado o Centro de Diagnóstico. Health 135 ARQ


Meio Ambiente

Sustentabilidade

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Qualidade Sustentável Hospital das Clínicas de Niterói (RJ) realiza obra focada em qualidade, mas sem deixar de lado as questões ambientais

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ospital de Clínicas de Niterói (HCN), no Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurado em 1991. Desde então já passou por várias ampliações e encontra-se em modernização permanente de seu parque tecnológico. Com cerca de 190 leitos, sendo 70 de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para adulto, criança e recémnascidos, suítes privativas e enfermarias, a instituição destaca-se no tratamento dos portadores de patologias de alta complexidade. Dessa forma, é referência no atendimento de politraumatizados (vítimas de acidentes e de violência urbana), doenças cardíacas e neurológicas, em cirurgias e transplantes de órgãos. Sua mais recente ampliação ocorreu com o hospital em funcionamento e, para isso, foi necessário que a empresa de engenharia adotasse um cronograma de atividades ajustado às necessidades da direção do hospital. Assim, a realização dos trabalhos com impacto direto na rotina da instituição foi precedida de

uma avaliação conjunta e, consequente, tomada de medidas que visassem mitigar o efeito das mesmas. “Um bom exemplo são as alterações na subestação de energia elétrica do hospital. Foi montado todo um plano de reserva para ela, evitando falhas operacionais com a avaliação das áreas que deveriam ficar condicionadas e prioritárias em caso de falha, bem como a aferição antecipada de prazos de execução dos serviços”, relata Fernando Martins, Diretor de Operações de Edificações da EMPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte. Para o sucessos desses processos a parceria com a engenharia o hospital foi importante, uma vez que, internamente, a instituição pôde colaborar com as intervenções necessárias para as adaptações e interligações entre as novas áreas a serem construídas através da elaboração de programações detalhadas dos trabalhos específicos que seriam realizados pela equipe da obra. “A engenharia do hospital pôde acompa-

nhar e, sempre que possível, trabalhar em conjunto, a fim de viabilizar as tarefas em menor prazo para que a operação da instituição não fosse interrompida de forma alguma”, conta. Devido às dificuldades de localização da obra foi necessário implantar um plano de aprovisionamentos e encomendas de materiais muito rigorosos, de forma que garantisse o equilíbrio entre o material consumido/incorporado na execução da obra e o espaço disponível para efetuar o seu armazenamento/estoque. Para alcançar este objetivo foram criados mapas de controle das datas limites de entrega dos materiais em função do planejamento mensal da obra. Neste controle foi também necessário considerar as dimensões dos transportes, limitados pelo espaço disponível para acesso à obra e local de parqueamento. A obra foi realizada em uma única etapa, teve início com as fundações, seguiuse a superestrutura de concreto e finalizou com a execução dos acabamentos e Health 137 ARQ


Meio Ambiente

Sustentabilidade

instalações especiais. Entre elas a elétrica, que representou uma parte significativa de toda a construção, cerca de 30%. As instalações elétricas neste edifício foram distribuídas de forma a separar as prioridades hospitalares, assim no caso da falta de energia da concessionária não haverá interferências nas áreas de necessidade vital como UTI Neo Natal e Salas de Cirurgia. A alimentação elétrica externa chega à subestação de transformação de 11,4KV / 0,22KV trifásico, 60HZ. No quadro geral de baixa tensão de distribuição são fei138

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tas três divisões de prioridade das cargas no prédio. A UTI Neo Natal conta com um gerador exclusivo de 80KVA, que garante mais 12 horas de funcionamento na ausência da energia elétrica da rede. O sistema de IT-Médico está presente nas salas de cirurgia e UTI para atendimento das normas hospitalares de segurança ao paciente e ao médico, garantindo energia elétrica estabilizada por uma hora no caso da falta de energia da concessionaria. Foi instalado também um No-Break específico para atender às circulações e pontos de tomadas estabi-

lizadas, que atendem computadores e equipamentos sensíveis a variações da rede externa. Para garantia de evacuação do prédio com segurança foram instalados blocos autônomos junto aos circuitos de iluminação das circulações e escadas. “Todos os cabos utilizados possuem baixa emissão de fumaça e gases tóxicos e evitam a propagação de chamas”, diz Martins. Outros cuidados como a instalação de dispositivos de proteção supressão de surto (proteção contra raios atmosféricos), curto circuito e proteção mecânica para impedir o contato direto de

condutor vivo foram instalados em todos os quadros. A economia de energia também foi visada dentro das instalações elétricas. Por isso, todos os equipamentos instalados são novos e atendem as mais recentes normas de consumo normatizadas no Brasil. Também foram instaladas lâmpadas de LED e lâmpadas fluorescentes em toda a edificação e alguns pontos de circulação, possuem sensores de presença, o que evita os circuitos permanecerem ligados sem circulação de pessoas. Além disso, o sistema de ar condicionado possui con-


trole e supervisão automáticos, que são monitorados através da automação predial. “O novo edifício conta também com vidros instados na fachada e nos prismas que iluminam os leitos, banheiros, área da lanchonete, salas de reuniões e outros”. Apesar da importância e do volume das instalações elétricas, a principal dificuldade da construção esteve ligada a sua localização, confinada entre diversos edifícios e junto a uma das vias mais movimentadas de Niterói (RJ). “Com uma frente de acesso à obra de apenas 12 m de largura, foi difícil efetuar as operações de carga e descarga, bem como o armazenamento de materiais para abastecer a obra”, conta o Diretor de Operações de Edificações da EMPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte. Um segundo ponto está relacionado com a alteração profunda que os projetos sofreram a meio do processo construtivo, modificando mais de 50% do tipo de utilização previsto para os pisos no projeto inicial. “Foi necessária a mobilização de meios em obra para efetuarem uma análise cuidadosa aos projetos e permanente comunicação com as diferentes equipes de modo a efetuar a devida compatibilização. Houve ainda a preocupação de realizar a procura de soluções técnicas que viabilizassem a execução em curto prazo”. Meio ambiente Por ter sido executada por uma empresa com certificação ISO 14001, foi implantado na obra todo o sistema previsto nesta norma. Este compreende, entre outros requisitos, o controle de geração, manuseio e descarte de resíduos através do PGRE (Plano de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). O controle de recursos naturais (como água e energia elétrica), foi realizado através do levantamento de aspectos e impactos gerados pelas atividades executadas, bem como suas respectivas medidas de controle. Foram ainda realizados, ao longo da construção, e de forma periódica, os controles de nível de ruído ambiental e de poluição dos equipamentos utilizados no processo construtivo. “Recebemos visitas de auditores externos para avaliação da implementação da ISO 14001 junto ao cliente, com resultado bastante satisfatório, elevando a pontuação da avaliação anterior. Para além desta, internamente, realizamos nossas próprias auditorias para avaliação levantamento e atendimento dos reHealth 139 ARQ


Meio Ambiente

Sustentabilidade quisitos legais aplicáveis a nossa obra”, explica Martins. Dentro desta preocupação ambiental também foram tratados os entulhos, através do PGRE (Plano de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Deste modo, o entulho gerado pela construção é enviado para um aterro sanitário autorizado e legalizado, onde é feita a reciclagem do material recebido. “Todo o resíduo gerado pela obra é transportado com o respectivo Manifesto de Transporte de Resíduo. Tanto a transportadora quanto o aterro sanitário possuem as correspondentes licenças de operação”. Apesar do edifício não possuir a certificação LEED, além das medidas ambientais aplicadas durante as obras, o prédio foi contemplado com uma fachada em pele de vidro e janelas nos quartos e banheiros dos leitos que permitem o aproveitamento da luz natural, na área interna do edifício. Para este fim e, sendo um edifício confinado, o projeto prevê a execução de prismas de iluminação que garantem a entrada franca de luz natural para todos os quartos de internamento. Todas as luminárias e sancas são de lâmpadas fluorescentes ou lâmpadas de LED, que possuem baixo nível de consumo de energia elétrica, entre outras medidas de seleção de equipamentos com eficiência energética ajustada às necessidades do edifício.

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Qualidade Para garantir a qualidade dos processos, durante a execução da obra, foi implantado o sistema de qualidade que respeita o cumprimento de duas ISSO que a empresa possui, assim como a certificação no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H. O processo da qualidade aplica-se logo na fase de seleção dos fornecedores de materiais e serviços até à finalização das atividades executadas pela empresa. São utilizados formulários de qualificação e avaliação de fornecedores. Os materiais são analisados durante o recebimento e para cada tipo são feitas conferências por amostragem. “Realizamos treinamentos com as equipes de campo de acordo com as atividades executadas por cada um, com base nas instruções de trabalho. Após a execução de cada atividade é feita a verificação através de um formulário preenchido e assinado pelo responsável daquela área”, revela o Diretor de Operações de Edificações da EMPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte , Fernando Martins. As ferramentas de medição são verificadas com equipamentos calibrados em laboratório e certificado pelo INMETRO. E além disso, periodicamente é realizada a pesquisa de satisfação do cliente. “Para controlar de maneira eficaz os requisitos aplicáveis, utilizamos uma planilha de monitoramento e medição que contempla todo o sistema de gestão integrado (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança)”. As não conformidades identificadas nos produtos, serviços associados e no processo executivo são registradas nos sistema para estabelecer ações de correção das mesmas e prevenção de possíveis novas não conformidades. “Ao recebermos os projetos do cliente, realizamos a análise crítica para verificar diversos pontos, como compatibilidade e detalhamento de informações. Em caso de necessidade de alteração, é utilizado formulário específico”, diz. O processo de contratação de colaboradores também é assegurado pela qualidade através do quadro de competências e avaliações periódicas de habilidades específicas.


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Construção verde

Sustentabilidade

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Consciência ambiental


Obra de ampliação em hospital no Sul do País utiliza material reciclado com enfoque em sustentabilidade

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undado em 1916, o Hospital Dona Helena, em Joinville (SC), é mantido pela Associação Beneficente Evangélica de Joinville. A maior cidade catarinense, foi uma das primeiras instituições hospitalares do país a certificar todos os serviços pelas normas ISO e é também pioneiro na adequação de seu sistema à ISO 9001/2000 - versão 2008. Ancorada e harmonizada com um moderno sistema de gestão, que no planejamento estratégico e na afinada visão de futuro, o seu elo mais profundo e sua mais significativa bandeira,

a instituição não para de crescer. Com pronto atendimento adulto e infantil 24 horas e cinco unidades de internação, o hospital disponibiliza excelente estrutura para o atendimento materno-infantil, clinica e cirúrgica. E também um Centro de Ensino e Pesquisa e Centro Diagnóstico com hemodinâmica, ultrasom e radiologia invasiva e não invasiva. O hospital investiu em um novo bloco para ampliar suas possibilidades de atendimento e infraestrutura. A obra foi dividida entre o estudo de viabilidade, projeto, fundação, estrutu-

ra, alvenaria, revestimento e pintura. “Em todo o processo, a principal dificuldade apresentada esteve no acesso e compatibilização de horários para carga e descarga de materiais devido à localização central da obra. Em diversas ocasiões, o trabalho foi realizado nos fins de semana para não haver interrupção do trânsito no local”, conta MSc. Vanderley L. Marchi, engenheiro civil e de segurança. A logística da obra envolveu planejamento criterioso do canteiro. Houve redução de uso de espaços do hospital (uma das soluções empregadas foi o

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Construção verde

Sustentabilidade

corte e dobra fora do canteiro), disposição adequada dos materiais (próxima a sua utilização) e compatibilização de carga e descarga em horários de fluxo de veículos nos arredores do hospital. Estiveram presentes no canteiro: equipamentos de medição a laser, gruas e smartphones, que garantem a comunicação, recebimento / visualização de projetos e documentos online e, elevadores de carga para transporte de mate144

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riais. Além disso, todos os projetos foram desenvolvidos com o uso de computadores e softwares de última geração, o que torna a tecnologia bastante presente nesta construção. O processo de obras levou em consideração as questões ambientais, procurando minimizar os impactos provenientes da construção através do uso consciente de recursos naturais, destino adequado de resíduos e utilização de materiais reciclados, como

o P.U.R (espuma de poliuretano rígido), subproduto gerado por uma indústria de refrigeração local). “O uso dos resíduos de PUR foi uma proposta aprovada pelo Hospital Dona Helena, como alternativa à substituição do EPS na confecção de laje nervurada”, explica Vanderley. De acordo com o engenheiro, este tipo de utilização de PUR trouxe algumas vantagens econômicas e socioambientais. Por exemplo, o material que

normalmente é descartado (PUR) gerou uma redução na ordem aproximada de 15% do custo total dos materiais de enchimento utilizados na confecção de lajes nervuradas. Além disso, permite, durante o processo “padrão” de destinação final, a redução do impacto ambiental provocado por sua deposição em aterros e preserva fontes naturais, uma vez que reduz a retirada de matérias-primas de fontes naturais não renováveis.


Os resíduos da obra foram separados e conforme a categoria, definido seu destino. Materiais como ferro, argamassa, acabamento, tijolo, telha, borracha, papelão, plásticos e madeira, foram reciclados. Já os resíduos provenientes da escavação do terreno foram utilizados na incorporação às áreas de aterro ou removidos e transportados até áreas licenciadas para bota-fora. O concreto foi reaproveitado através da aplicação das sobras em placas de concreto nos passeios. “Nós não possuímos a certificação LEED,

mas desenvolvemos práticas para garantir a conscientização de nossos colaboradores no sentido de gerar uma construção sustentável com benefícios sociais e ambientais. Outro ponto importante, é o uso frequente da tecnologia e dos materiais sustentáveis disponíveis”, garante. Para que a instituição pudesse ser mantida em funcionamento durante o processo de obras foi feito o isolamento da área na qual era realizada a construção através de paredes divisórias e tapumes entre as obras e as instalações

do hospital que estavam em funcionamento. Na área antiga, os colaboradores usaram roupas esterilizadas para poderem acessar o local onde eram realizados os serviços. E para minimizar ruídos. Visando o bem-estar dos pacientes, foram utilizadas soluções com menos impacto como a fundação com hélice contínua.“ Desde 1987, a Construtora Stein executa serviços de construção civil no local, sem nunca haver paralisado o atendimento dos pacientes do Hospital Dona Helena”, afirma Vanderley.

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Nova torre

Sustentabilidade

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Tecnologia e sustentabilidade Obra da nova torre do Hospital 9 de Julho terá certificação LEED e utiliza tecnologia no processo de construção

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a busca continua de ampliar as suas instalações físicas, com modernidade e alta tecnologia, o Hospital 9 de Julho estabelecido em São Paulo (SP), encontra-se em fase final de execução das obras da Nova Torre de internação, aumentando a sua capacidade em 120 apartamentos, um andar exclusivo de apartamentos Vips, auditório e demais áreas de apoio. Trata-se de uma edificação com 09 andares e 08 subsolos (para estacionamento de veículos), sete elevadores e que será Interligada com o prédio antigo (“Bloco A”), em todos os níveis, mantendo a circulação entre os blocos existentes. O projeto foi concebido visando a certificação LEED, conferida pelo USGBC (United States Green Building Council). A sustentabilidade é uma das características mais fortes desta obra e o desenvolvimento dos projetos foram feitos de forma

a atender os requisitos de uma edificação sustentável. Pensando nisso, “O H9J disponibilizou uma consultoria contratada para acompanhar a certificação do empreendimento e uma empresa de comissionamento das instalações, ambas visitam a obra mensalmente garantindo o atendimento a todos os requisitos, critérios e especificações”. A Planservice foi contratada pelo H9J para prestação de serviços técnicos especializados de engenharia para o gerenciamento de projetos e obras de implantação da Nova Torre. “Na fase de coordenação de projetos, para garantir ao H9J receber material técnico com qualidade e atendendo aos critérios de certificação, criamos uma rotina de análise do material recebido e através da emissão das RACs (Relatórios de Análise Crítica), eram feitos os comentários e observações de ordem técnica, minimi-

zamos a possibilidade de ocorrência de incompatibilidades dos projetos executivos e inconformidade com as exigências técnicas”, comenta Luiz Eduardo Maciel Miller, Diretor da Planservice Engenharia, gerenciadora da obra. Um dos grandes desafios deste projeto é o local da obra. O empreendimento está localizado em uma área nobre e muito densa da cidade, além de ser uma região hospitalar, tornando a logística de abastecimento de suprimentos para a construção bastante difícil e isso tem exigido muito trabalho no dia a dia para superar as dificuldades. Trata-se de região de quadrilátero, a entrega dos materiais em caminhões de maior porte somente é possível entre às 22 horas e às 6 horas. O horário de trabalho também é restrito das 7 horas às 20 horas, não sendo possível estender as jornadas de trabalho, inclusive de haver Health 147 ARQ


Nova torre

Sustentabilidade

atividades nos finais de semana, fazendo com que o planejamento das atividades seja muito bem feito para o atendimento do prazo da obra. O canteiro de obras foi localizado estrategicamente no 6º subsolo, com a finalidade de evitar interferências de circulação de materiais e com frentes de serviços para a conclusão das obras. “Na fase de escavações, Viabilizamos com a participação do hospital e da construtora a execução parcial do túnel passando por baixo do bloco A. Este túnel faz parte do projeto do novo sistema viário de acesso ao estacionamento do hospital pela Rua Eng.º Monlevade. Com isso criamos antecipadamente ao planejamento inicial, mais uma opção para a retirada de material escavado dos subsolos, conseguindo uma maior produção desta atividade”, revela. Está sendo praticada a política de boa vizinhança e, com isso, conseguiu-se manter o funcionamento normal do hospital e o bom relacionamento com quem está ao redor durante as atividades da obra, principalmente nas etapas que geram maior ruído. É mantida a rotina de acor148

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dos de horários de trabalho diminuindo o impacto para os pacientes do hospital e para os vizinhos. “Durante a execução da interligação da Nova Torre, será necessário desativar alguns quartos do prédio antigo (mais próximos da obra) para diminuir o incômodo do barulho para os pacientes”, comenta o Diretor da Planservice. Sendo o Hospital 9 de Julho referência em tecnologia no setor da saúde, esta não poderia estar fora do processo de construção da Nova Torre. Um exemplo está no processo de concretagem das estruturas, no qual foi utilizado o “placing boom”, que tem entre suas vantagens a redução do tempo de concretagem, permitindo o alcance de 30 m de raio, racionalização de mão de obra e distribuição eficaz do concreto. Temos também tecnologias de produtos aplicados à obra, como é o caso da execução do contrapiso com material autonivelante, além da facilidade de aplicação, devido a sua alta fluidez, produz uma superfície lisa e plana em curto espaço de tempo. Outro exemplo se refere à implantação do Sistema

de Correio Pneumático, que poderá reduzir os riscos inerentes ao transporte das medicações até os pontos de entrega, permitindo o alto desempenho nesta atividade e aumentando a eficiência operacional. A chamada de enfermagem integrada com todos os departamentos do hospital, tais como hotelaria, engenharia, manutenção, segurança e postos médicos também demonstram a tecnologia utilizada. As instalações elétricas foram bem pensadas para contribuírem com a redução de custos em energia, segurança e sustentabilidade. Elas começam pela entrada de energia que se dará via sistema elétrico fornecido pela Eletropaulo em tensão de 34,5 KV. “Está sendo construída a nova cabine de entrada e medição de energia que alimentará a Nova Torre e também os demais blocos existentes da instituição”. Haverá ainda um sistema interno de medição e controle de consumo de energia para os sistemas. “Foram previstos três grupos geradores de 1500 KVA que atenderão todas as cargas do complexo hospitalar no caso de haver falha do sistema de transformação


“Durante a execução da interligação da nova torre com o prédio antigo, será necessário desativar alguns quartos do prédio antigo (mais próximos da obra) para diminuir o incomodo do barulho para os pacientes”, Luiz Eduardo Maciel Miller, Diretor da Planservice Engenharia,

ou a falta de fornecimento de energia da concessionária”. Estes geradores entrarão em operação escalonando as cargas instaladas até que o seu desempenho assuma as cargas totais. Para garantir a segurança dos usuários e colaboradores do Hospital 9 de Julho, foram seguidas todas as premissas solicitadas pela NR10. Todos os sistemas, quando necessário, serão utilizados DRs. “Teremos informações da tensão de alimentação em todos os espelhos e tomadas, todas as estruturas metálicas inclusive as que estiverem embutidas na alvenaria serão aterradas e equipotencializadas com o sistema de aterramento geral do empreendimento através das BEL’s e da BEP”. Além disso, as luminárias do hospital também estão sendo aterradas no SPDA (Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica), que foi projetado utilizando-se o conceito de Gaiola de Faraday com

as resistências de aterramento de no máximo dez ohms conforme NR10. Para favorecer a economia de energia, em grande parte da instituição serão instaladas luminárias tipo LED, e também lâmpadas fluorescentes. “Serão instalados sensores de presenças em alguns ambientes para evitar que lâmpadas fiquem acessas sem necessidade”. O calor emitido pelos Chillers do sistema de Ar Condicionado será aproveitado para aquecer a água utilizada nos chuveiros e duchas higiênicas. Na cobertura do edifício também foi previsto um sistema de aquecimento por placas solares. Além disso, haverá um sistema de automação integrado para o controle de temperatura das áreas comuns que, além de proporcionar um ambiente agradável, trará economia de energia. Os Chillers utilizados para o sistema de ar condicionado são de alto rendimento

e possuem selo verde de consumo de energia. Com enfoque no meio ambiente, todo o entulho é retirado e enviado a aterros autorizados pela Prefeitura. O material descartado da obra é separado e classificado por tipo (madeira, aço, gesso, restos de blocos, etc.) e enviado para as Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes de Entulho. Os materiais com possibilidade de reciclagem são enviados a usinas de reciclagem. Como a instituição ainda está em obras, a nossa fiscalização técnica mantém-se atenta no acompanhamento da execução dos serviços em conformidade com os projetos, memoriais, especificações e normas, ativando nos momentos necessários consultores e empresas especializadas em controle tecnológico. Com a gestão praticada do avanço físico e financeiro das obras, estamos atendendo ao planejamento aprovado pelo cliente. Health 149 ARQ


Sustentabilidade FICHA TÉCNICA

Nova torre

Nome do empreendimento: Nova Torre de Internação do Hospital 9 de Julho Endereço: Rua Peixoto Gomide, 545/569 Data do Projeto: Em andamento, na fase final Obra: 02/05/2012 a 30/10/2014 (Nova Torre) e 02/05/2012 a 28/02/2015 (Interligação) Área do terreno: 1.556m² Área total construída: 17.600m² (Nova Torre) + 4.500m² (Interligação) = 22.100m² (total) Nº pavimentos: 18 pavimentos, sendo 8 subsolos de estacionamento, térreo, 1º pavimento de auditório, 7 pavimentos tipo de internação e um pavimento VIP de Internação Vagas de estacionamento: 223 vagas de carro e 54 vagas de moto Adicional : São 120 quartos de internação, sendo 8 VIPs Empresas sub-contratadas: Arquitetura: Arquitetura Fiorentini Interiores: Solange Medina Design de Interiores Coordenação: Planservice Engenheiros Associados Colaboradores: Gerenciamento de licitação: Planservice Engenheiros Associados Projetos: Ar-condicionado: MHA Engenharia Consultoria de caixilhos: Bimetal Elétrico e hidráulico: MHA Engenharia Gases Medicinais: MHA Engenharia Projeto de fundações e contenções: Apoio Assessoria e Projeto de Fundações Estrutura de concreto: Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros Associados Luminotécnico: Senzi Consultoria Luminotécnica Impermeabilização: Proassp Assessoria e Projetos Prevenção e combate a incêndio: MHA Engenharia Assessoria legal: Michel Sola Consultoria e Engenharia (Viário) e Planemac (Prefeitura) Obra: Construção: Afonso França Engenharia e Comércio Instalações Elétricas, Hidráulicas, Ar-condicionado, Combate a Incêndio: Heating Cooling Tecnologia Térmica Gases Medicinais: White Martins Gases Industriais Fornecedores de Material e Serviço: Aço: Arcellor Mittal / Manetoni Andaimes: Mills Ar-condicionado: Heating Cooling Concreto: Concrevit Divisórias e Portas: Airo / Ergon Detalhes da Obra: Drywall: Jota Wall / Office Flex Elevadores: Atlas Schindler Esquadrias madeira: Airo / Ergon Esquadrias metálicas: Bimetal Ferragens: La Fonte Ferragens de portas: La Fonte Fios: Prismian / 3M Gruas: Locabens Impermeabilização: Vetor 9 Instalações Hidráulicas e Elétricas: Heating Cooling Juntas de dilatação: LBF Pisos Revestimento vinílico de parede: Bravargen 150

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Pinturas: Artecor Piso Vinílico: ACE Revestimentos Revestimento Cerâmico: Cecrisa / Portobello Porcelanato: Cecrisa / Portobello Revestimento Fachada: Bimetal (Pele de Vidro) Sistema de fixação: incluso no fornecimento da Bimetal Terraplanagem: Irmãos Gomes Vidros: Glassec Mão de Obra Civil: MGA / Sintondira / Nivelmix / LBF Pisos Fornecedores de Equipamentos: Acabamentos de elétrica: Pialplus Água fria, geradores, caldeiras: Tigre Água Quente: Unicap Combate a incêndio: Mannesmann / Confabi / Apolo Detectores de fumaça: Hochiki Distribuição de água quente e fria: Heating Cooling Escadas/exaustão mecânica: Projelmec Geradores: Sotreq Louças: Deca Metais sanitários: Deca e Docol Pressurização: Projelmec Remoção de entulho: Recicláveis (Coopere Centro) e Entulho (Marushin) Fundação: MGA (sapatas da Nova Torre) e Engesonda (estacas da Interligação) Furação de laje: Diamond Fix

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ENGENHARIA

Primeiros passos Base da obra

Unimed Joinville passa por processo de estaqueamento em sua obra de ampliação

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“Até o sistema de estaqueamento utilizado foi escolhido para que não houvesse perturbação com barulho e vibrações. O sistema de Hélice continua visa minimizar estes impactos, além do horário de serviço respeitando o sossego dos pacientes e funcionários” Jimmy Richard Paza Bernardo Pereira, Engenheiro Civil da Inácio Estaqueamento

O

Hospital Unimed Joinville, em Santa Catarina, está passando por uma reestruturação com o objetivo de transformar-se na mais bem estruturada instituição de saúde da cidade. Serão mais 172 leitos, que somados aos atuais, chegarão a 337, divididos em duas novas torres, de nove andares cada. Partes dos pavimentos devem ser destinadas a vagas de estacionamento. A obra, que deve durar cinco anos, foi dividida em seis etapas, começando pela execução do estaqueamento do Bloco A. Posteriormente, foram executados o Bloco B, a Radiologia, Bloco C e a ligação entre os prédios existentes e o Bloco A. “No inicio do processo, o terreno onde foi exe-

cutado o bloco A, apresentava blocos enormes de fundações, de construções antigas presente no local, além do fraco suporte de carga do solo para suportar o peso do maquinário. Precisamos remover todo o material e deixar o terreno com capacidade adequada para suportar o maquinário que viria a ser utilizado, servindo, posteriormente, como base para o estacionamento que está em funcionamento atualmente”, conta Jimmy Richard Paza Bernardo Pereira, engenheiro civil da Inácio Estaqueamento. Durante a etapa de orçamento, o projeto foi analisado pela empresa que realizou o processo de estaqueamentos e constatou-se, através de avaliação técnica, que o

mesmo apresentava um dimensionamento conservador. “Levantamos então a hipótese de ser realizada uma adequação do projeto original, o que resultou em uma economia de aproximadamente de 40% no valor total da etapa de estaqueamento”, explica Jimmy Richard Paza Bernardo Pereira, engenheiro civil da Inácio Estaqueamento. Com este novo projeto foi dado inicio a execução dos serviços de estaqueamento, utilizando o processo de estacas tipo Hélice Contínua Monitorada, que resume-se, basicamente, em cinco etapas: locação das estacas com aparelhos topográfico de ultima geração, perfuração das estacas de acordo com projeto até a cota de assentamento, garantindo a Health 153 ARQ


Base da obra

ENGENHARIA

carga exigida, concretagem das estacas, injetando concreto conforme a retirada do trado helicoidal até o nível do terreno. Além da remoção do material retirado pela perfuração, acumulado entorno do furo e da colocação de armadura de aço especificada em projeto com a utilização de espaçadores para garantir o recobrimento da mesma. De acordo com o engenheiro, o processo foi fracionado deste modo para que não interferis154

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se no funcionamento do hospital, pois assim é possível ir mobilizar os serviços internos da instituição, realocando as novas áreas e abrindo novas frentes de trabalho sem comprometer o bom funcionamento. “Até o sistema de estaqueamento utilizado foi escolhido para que não houvesse perturbação com barulho e vibrações. O sistema de Hélice. Continua visa minimizar estes impactos, além do horário de serviço, respeitando o

sossego dos pacientes e funcionários.” O Sistema Monitorado utilizado no processo emite relatórios instantâneos de todo o processo executivo, desde a perfuração até a concretagem, unindo tecnologia e mão de obra em favor da boa produtividade. A utilização de topografia foi outro ponto onde a tecnologia esteve presente na obra, através de um novo equipamento, foi possível ganhar tempo e qualidade do serviço.


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Automação

Estrutura

Tecnologia de Ponta Novo prédio do HCor investe em automação

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O

Hospital do Coração, HCor, em São Paulo, ganhou um novo prédio no início deste ano. O Edifício Dr. Adib Jatene permaneceu em processo de obras por quatro anos, dando origem a uma edificação de 14 andares, além do térreo, e mais cinco subsolos. Além disso, em outros dois pavimentos estão instalados auditórios. Um centro cirúrgico, com duas salas híbridas, sendo uma para cirurgias cardiovasculares e outra para neurocirurgias também integra o prédio. Além disso, no subsolo do edifício, está uma Gamma Knife, equipamento utilizado para radiocirurgias em tratamentos oncolTógicos, que trabalha associada a um tomógrafo. Para interligar a nova edificação ao prédio antigo do HCor, foram construídas duas passarelas. Uma exclusiva para o transporte de pacientes e outra para livre circulação, ligando o auditório a lanchonete e a ala social do hospital. “Ainda para a união entre os prédios há um túnel no terceiro subsolo, que faz a ligação

operacional. Toda a comunicação entre a parte de lavanderia, farmácia e demais necessidades operacionais são realizadas através deste túnel”, conta Ayrton Siqueira, engenheiro do HCor. No mesmo prédio, foi desenvolvido também um pavimento voltado para o tratamento oncológico e seis andares de internação com 38 apartamentos, sendo dez deles “VIP’s”, com ante-sala e decoração diferenciada. Todo o sistema elétrico do Edifício Adib Jatene utiliza a regeneração de energia com enfoque na sustentabilidade. “Contamos com a certificação LEED, o projeto e a obra foram concebidos nessa visão. É um prédio totalmente voltado para a sustentabilidade em seus sistemas”, revela o engenheiro. Outros pontos de sustentabilidade considerados foram a instalação BMS (Building Management System), que controla todos os sistemas prediais de forma integrada, tornando-os mais eficientes e diminuindo o consumo de energia. “Foram utilizados vidros de

alto desempenho (alta iluminação / baixa absorção térmica), motores de alto rendimento e iluminação com lâmpadas de LED (Light-Emitting Diode) para diminuição de consumo de energia”. Mas não é só a sustentabilidade que merece destaque no novo prédio do HCor. A tecnologia também foi implantada no projeto como um todo para otimizar os processos dentro da instituição. Foram desenvolvidos sistemas de Áudio, Vídeo e Automação, que atendem as salas do Gamma Knife e da Tomografia no 5° subsolo, além das salas de reunião de 16, 14 e 10 lugares no 1° pavimento. O auditório, no 2° pavimento, as salas de Cirurgia Híbrida e de Neurocirurgia, assim como a Ressonância Magnética, no 4° pavimento também foram automatizadas. “O projeto foi desenvolvido de forma a atender as necessidades de uma automação dedicada, visando à realização de atividades como telemedicina, treinamentos, palestras, workshops e transmissões ao vivo das atividades ciHealth 157 ARQ


Automação

Estrutura rúrgicas, através de um sistema de áudio e vídeo integrado projetado com a capacidade de transmitir os eventos para ambientes específicos do próprio edifício, bem como para algumas unidades externas do HCor”, diz Roberto Luigi Bettoni, Presidente da BETTONI Automação e Segurança. Além desses recursos, o projeto de automação compreendeu a capacidade de registro (gravação) e difusão via satélite, enviando os programas para entidades, institutos e outros hospitais conveniados. Outro diferencial é a previsão para a futura integração com os prédios 123 e 147 para a transmissão e recepção dos sinais de áudio e vídeo a fim de que os conteúdos sobre cirurgias realizadas e

eventos sejam compartilhados nas edificações do HCor, disponibilizando a intercomunicação entre as unidades para a realização das conferências e treinamentos. “Para isso, os conteúdos registrados serão disponibilizados em servidores para que possam ser acessados via rede local ou pela Internet, provendo um webcasting em tempo real quando necessário”, explica Bettoni. A automação predial responde também pelo gerenciamento de conteúdo e pelo controle dos equipamentos para a realização de transmissão das cirurgias e procedimentos, bem como o controle dos recursos de áudio e vídeo dos ambientes de forma local e remota. “Fazendo uso da tecnologia projetada, o HCor terá capacida-

de de expandir e realizar vários tipos de atividades, que, muitas vezes, eram realizadas de forma limitada em edifícios de terceiros. Permitirá, ainda, o alcance de um novo patamar de qualidade e serviço, a exemplo de telemedicina, ensino a distância e eventos em geral”, explica Roberto Luigi Bettoni, Presidente da BETTONI Automação e Segurança. Os equipamentos de automação, áudio e vídeo estão abrigados em salas dedicadas, visando, inclusive, a integridade e independência do sistema. “O edifício do HCor torna-se uma referência quanto a realização de cirurgias utilizando-se das tecnologias mencionadas para transmissão e recepção de áudio e vídeo”, finaliza Bettoni.

Quase duas décadas de automação Fundada em 1995, a BETTONI destaca-se nos grandes empreendimentos nacionais e internacionais, como os de engenharia e planejamento através de projetos de sistemas de alta tecnologia. Sempre mantendo o mais elevado padrão técnico e procurando a melhor relação custo-benefício, tem expertise em sistemas de automação predial, segurança, cabeamento estruturado, telecomunicações, áudio, vídeo e multimídia. Sediada em Santo André, na Grande São Paulo, a empresa possui projetos implantados na maioria dos Estados brasileiros e no continente Africano. Devido à capacitação de seu corpo técnico, tem expertise necessária para que os projetos elaborados conquistem os selos AQUA e LEED em sustentabilidade. 158

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Controle virtual O novo prédio do HCor, Edifício Dr. Adib Jatene, conta com Sistemas de Automação Predial, Circuito Fechado de Televisão IP e Controle de Acesso e Alarme. Estes utilizam conceitos inovadores na aplicação de suas soluções que visam planejar as melhores alternativas para os sistemas de utilidades, integrada e preparada para operá-los de forma proativa na gestão e na responsabilidade pela garantia da performance

e, assim, liberar o HCor para concentrar-se em sua atividade fim. “Isso garante maior economia no consumo de energia elétrica, redução de perdas com furtos e roubos, otimização da operação através do planejamento de manutenções, aumento da confiabilidade, agilidade e segurança para o Edifício Dr. Adib Jatene”, conta Alexandre Gushiken, Gerente Geral da Servtec Sistemas de Automação. Com quase 4.000 pon-

tos de monitoramento e controle, os sistemas de Automação Predial e Segurança Eletrônica integram as instalações elétricas, o sistema de ar condicionado e o sistema de pressurização de escadas. Gerenciados de maneira integrada, esses permitem que os elevadores se distribuam de forma a diminuir ao máximo o tempo de espera de seus usuários, ou que as luzes se acendam e apaguem automaticamente dependendo da

luminosidade externa, ou ainda que o sistema de ar condicionado interprete a temperatura e o fluxo de pessoas existentes em cada localidade de uma edificação e dimensione automaticamente o fluxo de renovação de ar para cada área. Os sistemas de elevadores, sistema de chamada de enfermagem, sistema de controle de acesso e o sistema de circuito fechado de televisão finalizam a lista de subsistemas monitorados.

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Automação

Estrutura

Eles permitem total cobertura às áreas de circulação, sendo uma ferramenta imprescindível à segurança do hospital. As 100 câmeras instaladas são dotadas de inteligência que, por exemplo, detectam a movimentação em locais ou horários pré-determinados, tomando ações automáticas e pré-definidas, supervisionadas pelos operadores da central de monitoramento. “O Sistema de Controle de Acesso e Segurança Patrimonial permite um gerenciamento controlado e supervisionado das pessoas (funcionários, fornecedores, parceiros, pacientes e visitantes), limitando assim áreas restritas e críticas. Com um total de 230 pontos de monitoramento e controle. O sistema conta com portas controladas, bloqueios de passagens e software dedicado ao controle dos 160

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visitantes e parceiros do HCor”, explica. Isso tudo permite uma expressiva redução de custos operacionais, diminuição (em gastos com seguros) de perdas e furtos com aumento da segurança e agilidade, otimização da operação através do planejamento de manutenções, além de conferir um maior grau de sustentabilidade para este edifício que busca o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o chamado “Green Building”, uma certificação mundial conferida somente para empreendimentos sustentáveis, que consomem menos energia, otimizam o uso dos recursos naturais e reduzem drasticamente o impacto ambiental em sua utilização, uma exigência cada vez mais presente no mercado mundial. “A solução de Automa-

ção Predial, Controle de Acesso e Circuito Fechado de Televisão IP, implantado pela Servtec no Edifício Dr. Adib Jatene é diferenciado, pois busca maximizar o desenvolvimento possível no empreendimento, respeitando seguir as diretrizes da eficiência energética, segurança e sustentabilidade”. Para que fossem instalado, estes sistemas utilizaram infraestrutura compartilhada e interface com as áreas de elétrica, hidráulica, ar condicionado, detecção e combate a incêndio. “Tínhamos o suporte. Nossa dificuldade esteve no curto período de execução programado para a atuação da Servtec. Este desafio foi superado com a colaboração das empresas envolvidas, o total apoio do HCor e a nossa experiência na área hospitalar”, garante Gushiken.


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Estrutura

Alta Tecnologia Tecnologia

Projetos arquitetônicos abrem espaço para a implantação de sistemas de IT-médico

A

s instituições de saúde estão cada vez mais ligadas à tecnologia, por isso o espaço para a instalação de equipamentos de IT-médico dentro de clínicas e hospitais começou ganhar ainda mais importância nos projetos arquitetônicos. Para que haja infraestrutura física para a colocação dos aparelhos, o projeto arquitetônico/elétrico deve contemplar a instalação e alocação dos sistemas IT-médico em acordo com 162

Health ARQ

as normas técnicas. “A estrutura física do hospital precisa ter espaços técnicos (piso técnico) para alocação dos transformadores de separação, nichos/espaços nas paredes dos locais de grupo 2 (centro cirúrgicos, UTI´s, RPA) para instalação dos painéis elétricos e espaços para alocação dos anunciadores de alarme”, explica o engenheiro Sérgio Castellari, Diretor da RDI Bender, empresa especializada em IT-médico. De acordo com Castellari,

o sistema IT-médico, hoje em dia, é implantado nos grandes hospitais brasileiros em atendimento as normas técnicas/leis nacionais e internacionais. “As normas/leis brasileiras são da portaria do Ministério da Saúde 2662, RDC50 ANVISA e NBR13534”, diz. Este tipo de tecnologia pode evitar o desligamento de equipamentos eletromédicos de monitoramento e sustentação da vida, prevenindo choques e microchoques elétricos nos pacientes. “Estamos


presentes em mais de 70 países, implementando tecnologias avançadas e visando maior segurança elétrica aos pacientes.” No Brasil, fornecemos os sistemas IT-médico desde o ano 1995, os principais hospitais adotaram os nossos produtos justamente por apresentarem tecnologias de ponta”, conta o engenheiro. Entre as novidades da RDI Bender estão o multimedidor de energia para sistemas IT-médico, o CP700, desenvolvido em 2013, que proporciona a integração de todos os sistemas, centralizando as informações para manutenção/engenharia. Também o sistema ATICS, que irá proporcionar maior confiabilidade do suprimento de energia dos sistemas IT-médico, e o equipamento Tableau, que centraliza os controles e alarmes da sala cirúrgica via um painel touch screen com todos os dados, comando e gerenciamento. “O destaque fica para o sistema de localização de falhas automático, que apresenta o que há de mais moderno e funcional do mundo, pois atende fielmente as normas internacionais e nacionais, apresentando uma alta confiabilidade dos resultados e funcionamento”, finaliza.

Pioneirismo A RDI Bender é pioneira no Brasil do sistema IT-médico, participando ativamente dos comitês de normas técnicas, em particular a NBR13534 (Instalações Elétricas em EAS) e a NBR5410. Hoje, a empresa produz, na Alemanha, os DSI, localizadores de falha e anunciadores de alarme. E no Brasil, os transformadores de separação e os quadros/painéis elétricos do sistema IT-médico. São fabricados os painéis certificados TTA/PTTA e sistemas de localização de falhas e supervisão de corrente de fuga em esquemas TN-S e TT.

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Estrutura

Tecnologia

Hospital Contemporâneo Presente na Feira HOSPITALAR, a simulação da edificação em saúde apresenta as inovações para o setor

M

aior evento global de saúde da América Latina, a HOSPITALAR 2014, Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios está em sua 21ª edição. Um dos destaques da feira é o Hospital Contemporâneo, montado pela L+M GETS. Trata-se de um hospital equipado com as novidades na área de construção em saúde que demonstra aos visitantes o valor de ter o projeto pronto e funcionando. Desde 1995, a Hospitalar abriga o Hospital Contemporâneo, no qual os visitantes podem conhecer produtos e serviços para projetar, construir, equipar, mobiliar,

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Health ARQ

administrar e manter ambientes de saúde. O projeto montado dentro da Feira HOSPITALAR ressalta a importância das inovações e das tecnologias para a melhoria da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar das pessoas. Nesse espaço, a L+M GETS e uma aliança de fornecedores mostram ao público tudo o que é necessário para entregar ambientes prontos, de materiais e sistemas construtivos a especificações de serviços não assistenciais: manutenção de equipamentos e do edifício, produção e transporte de dietas, processamento de roupas, esterilização de materiais, segurança, higiene, e muito mais. Todos os anos são apresentadas as novidades

em diversos segmentos, desde sistemas que reduzem o consumo de água e energia elétrica até novos softwares de gestão. A estrutura do espaço será montada com aço modular (que permite a reutilização do material), as paredes terão revestimentos bactericidas (solução para centros cirúrgicos) e forros que atendem às exigências acústicas e de higiene, com proteção anti-fogo. Desde a sua fundação, em 1987, a L+M GETS, única empresa da América Latina a ter conhecimento e prática na criação de espaços prontos para usar, defende a integração de tecnologia e sustentabilidade nos ambientes de saúde, de pequenos consultórios até grandes hospitais. A empresa realiza consul-


toria e o projeto inicial, gestão de montagem e infraestrutura, construção, instalação de sistemas tecnológicos e equipamentos hospitalares, projeto de tecnologia e treinamento e capacitação de pessoas, desenvolvendo todo o processo até a entrega do hospital totalmente pronto para funcionar. Responsável pelas estruturas metálicas do Hospital Contemporâneo há seis anos, a BMC Construções Metálicas visa

estruturas que possibilitem obras mais rápidas com menor transtorno no processo e aumentem a versatilidade nos projetos de obras. “No ano passado, levamos para o Hospital Contemporâneo as principais inovações no mercado de construções em aço. Neste ano, continuaremos primando pelas inovações, apresentando matérias e montagem mais recente em obras em aço para hospitais”, diz Ulisses Magosso, Gerente Co-

mercial da BMC Construções Metálicas. De acordo com Magosso, entre as vantagens da construção em aço estão a contribuição com o meio ambiente, com materiais 100% recicláveis e ausência de entulho. “Além disso, no caso de obras de ampliação ou retrofit o simples fato de reduzir o prazo de uma obra, reduz proporcionalmente as interferências com o funcionamento do hospital”, finaliza.

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ARQ reforma

Adequação necessária Hospital Samaritano retrofita sua Ala Norte aproximando as características entre o novo e o antigo dentro da instituição

Retrofit

C

om mais de cem anos trabalhando em prol da saúde e do bom atendimento, o Hospital Samaritano, em São Paulo, passou por obras de Retrofit em sua Ala Norte. O processo foi dividido em sete fases e executado no prazo de 60

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Health ARQ

dias. A reforma consiste na modernização dos leitos (17 por andar), da enfermaria e das áreas de apoio do térreo ao 6º andar da Ala Norte. “A instituição está comemorando 120 anos de existência, portanto não é difícil notarmos as diferenças

entre as áreas construídas recentemente (Ala Oeste) das mais antigas (Alas Norte e Lane) do complexo hospitalar. Com o Retrofit conseguimos aproximar bastante, no aspecto visual e de segurança, essas áreas”, comenta Carlos Rosencrantz, engenheiro da

Construtora Clark. A logística da construção seguiu os seguintes passos: demolição das áreas a serem reformadas, inclusive com a remoção das louças, dos metais e das esquadrias e luminárias a serem descartadas. Na sequência, foram executadas


as instalações de infraestrutura elétrica e hidráulica, bem como os sistemas de incêndio (sprinkler) e ar condicionado. Os serviços de revestimentos dos banheiros e áreas úmidas vieram na terceira etapa, em paralelo com a colocação dos pisos vinílicos (mantas), necessários para liberação do pessoal da marcenaria. No que diz respeito às instalações elétricas, essas foram totalmente reformadas e adequadas à norma NBR 5410, com a troca de todos os pontos de alimentação (tomadas e interruptores) para o padrão novo (três pinos). Foram instalados também quadros novos de alimentação com a implementação de disjuntores do tipo DR, que impedem e cortam a corrente no caso de contato de qualquer individuo com a rede elétrica (tomadas), evitando choques e acidentes. “Além disso, para favorecer a economia de energia, todas as luminárias foram trocadas por modelos mais modernos que utilizam lâmpadas mais econômicas e eficientes que as antigas”. “Como o prazo da obra é bem apertado (60 dias por andar), tudo é feito em pa-

ralelo, ou seja, buscamos sempre iniciar um serviço tão logo haja uma frente mínima liberada. Em consequência disto, temos o pessoal da marcenaria entrando na obra ao mesmo tempo em que ainda estamos assentando os pisos dos banheiros ou a manta dos leitos à frente”, comenta Carlos Rosencrantz. Para garantir o pleno funcionamento da instituição durante o processo de obras. As áreas que passaram pelo retrofit foram isoladas com tapumes de divisórias navais, vedadas com fitas adesivas em todo seu contorno, de forma que impedisse a passagem de poeira. “Nas soleiras das portas de acesso à obra foram mantidos panos úmidos e limpos para dificultar também a saída de sujeira nos sapatos dos funcionários pelos corredores do hospital”. Os horários de uso de marteletes e de demolição eram restritos e dependiam sempre da área e do andar de atuação. Nas proximidades das UTI’s e dos Centros Cirúrgicos a limitação era maior do que nas áreas de leitos tradicionais. “Nossa maior dificuldade na execução deste tipo de obra, é trabalhar com

o hospital em operação e funcionamento nos outros andares e áreas adjacentes, sem que haja interrupção nos atendimentos médicos e nas internações. A quantidade de interferências que tivemos que resolver e a atenção redobrada com relação à limpeza e remoção dos entulhos é/foi uma preocupação constante”, diz Rosencrantz. O setor de engenharia do hospital auxiliou bastante na resolução dos problemas que, naturalmente, surgem em reformas de prédios antigos, principalmente pela falta de projetos das instalações existentes, bem como nas interferências com as áreas em funcionamento do hospital que não poderiam parar. “A experiência e vivencia do pessoal da engenharia do hospital no seu dia a dia também ajudou bastante na resolução de conflitos e negociação dos horários de serviços especiais, como os dos cortes nas alimentações de água e gases medicinais para as intervenções necessárias da obra.” A sustentabilidade esteve bastante presente no processo de obras. O Hospital Samaritano tem um programa de separação e

descarte de entulhos e resíduos de construção, que reverte a verba obtida para os programas sociais da entidade. “As esquadrias de alumínio usadas, os móveis velhos, as tubulações e fiações de cobre são separados e vendidos para empresas de sucata”, comenta Carlos Rosencrantz. Os entulhos foram retirados da obra através de carrinhos fechados ou ensacados, por caminhos isolados e sempre pelos elevadores de serviço em horários pré-definidos em conjunto com o hospital, até uma área no subsolo, onde se localizam as caçambas. “As Caçambas são retiradas por empresa homologada e os entulhos despejados em aterros certificados”, reforça. A tecnologia também está presente nesta construção através do uso de materiais modernos, mais resistentes e fáceis de limpar, que dificultam o acumulo de sujeira, como as mantas vinílicas, utilizadas nos pisos dos leitos e corredores, com seus rodapés arredondados, ou ainda nos porcelanatos e pisos cerâmicos PEI-5 das áreas molhadas, que foram rejuntados com repóxi, material menos porosos. Health 167 ARQ


ARQ reforma

Aprimoramento

Primor pelo bom atendimento Hospital no Rio de Janeiro passa por adaptações constantes para melhor atender seus usuários

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Health ARQ


Foto: Andre Telles

O

Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, desde a sua fundação, em 1980, tem a preocupação e o empenho de garantir a qualidade de sua infraestrutura predial e de suas instalações. Para isso, está sempre realizando obras de reformas e adequações dos setores internos e externos, através do levantamento de necessidades e fluxos de trabalhos, atendendo também as legislações vigentes. No ano de 2008, foi inaugurado o prédio do Centro de Convenções e o Ambulatório de Oftalmologia. “As obras trouxeram o sinergismo entre os profissionais treinados e equipamentos de ponta, permitindo a excelência na assistência aos nossos pacientes”, afirma Cristina Maria Oliveira dos Anjos, engenheira civil que responde pelas obras da instituição. Além disso, HSVP está sempre visando manter seu parque tecnológico atualizado. Recentemente, trocou seu aparelho de hemodinâmica por um equipamento de última geração, o AlluraXper FD 20, com sistema de detecção digital tipo flat. Este aparelho pode realizar cortes tomográficos e reconstruções de imagens em 3D ou com superposições coloridas, marcando as regiões de interesse. Outra aquisição do hospital foi a nova unidade de tomografia computadorizada, que com modelo multislice, permite a aquisição de imagens de forma rápida e com qualidade, para atender a crescente demanda da instituição. “Estamos finalizando também o processo de aquisição de todo parque tecnológico e do novo CTI de 20 leitos, que contemplará equipamentos modernos de monitorização, ventilação pulmonar, camas elétricas, entre outros. Quanto à qualificação profissional, nosso programa de educação continuada se mantém constantemente atuante na atualização dos profissionais”, conta o Diretor Médico do hospital, Márcio Neves. A tecnologia sempre esteve presente na instiHealth 169 ARQ


Aprimoramento

Foto: Andre Telles

ARQ reforma

tuição, incluindo o processo de construção das áreas físicas. Por exemplo, na mais recente obra realizada no HSVP, dividida em prédio de apoio, prédio principal, centro de convenções e sistema de combate a incêndio, a empresa responsável pelas instalações buscou

inovar com responsabilidade e compromisso. “Um exemplo é nosso processo de pré-fabricação das instalações, o que reduz significativamente o tempo de execução e as interferências com as atividades fins”, revela Elço Delmiro, Diretor de Instalações a

Araujo Abreu Engenharia e Serviços. De acordo com Delmiro, a principal dificuldade encontrada na obra esteve em sua última fase, que exigia a execução dos trabalhos com todos os setores em funcionamento. “Tínhamos interferências diversas e

“Estamos finalizando também o processo de aquisição de todo parque tecnológico e do novo CTI de 20 leitos, que contemplará equipamentos modernos de monitorização, ventilação pulmonar, camas elétricas, entre outros. Quanto à qualificação profissional, nosso programa de educação continuada se mantém constantemente atuante na atualização dos profissionais”, Márcio Neves, Diretor-Médico do Hospital São Vicente de Paulo 170

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o coração do hospital não parou: centros cirúrgicos, CTI´s, etc”, conta. Para que a instituição pudesse ser mantida em funcionamento durante o processo de obras, os serviços foram programados com os gestores dos setores envolvidos de maneira que não houvesse interferências nas atividades fins da instituição. “Atuávamos em conjunto com o hospital, e para isso precisávamos estar em harmonia, sintonizados. Credito o sucesso de executar a obra com o hospital a pleno vapor a esta parceria”,

afirma Delmiro. Na última reforma, feita com o hospital em funcionamento, o setor de engenharia da instituição teve participação fundamental para que tudo corresse bem, sem prejuízos ou danos a pacientes e colaboradores. O processo envolveu instalações elétricas de baixa e média tensão, com distribuição de tomadas, luminárias e pontos de forças para os diversos equipamentos existentes. Para favorecer a economia de energia foram instalados controladores de demanda, cuja função é de

descartar as cargas não essenciais, evitando assim, o consumo de energia acima do programado e gerando uma economia considerável. Para garantir a qualidade dos serviços instalados, a empresa provedora das instalações, junto ao hospital, manteve avaliações sistemáticas sobre o processo. “Não só levamos em consideração questões de qualidade de material e execução, como processos, cumprimento de prazos e satisfação do cliente”, conta o Diretor da Araujo Abreu Engenharia e Serviços.

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ARQ reforma FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Hospital São Vicente de Paulo Arquitetos responsáveis: Período de 1993 até 2009 : Arquiteta Ana Luiza Perez Sepulchre Período de 2010 a presente data : Drawtech Arquitetura Ltda. Engenheiros responsáveis :

Construtora : Interiores: NM Engenharia, C LOPEZ Engenharia, Araujo Abreu Engenharia e Serviços Paisagismo: Sandro Ward Paisagismo Colaboradores: Equipe interna de Manutenção e Obras e Empresas prestadoras de serviços Coordenação da obra e Gerenciamento de licitação: Engenharia civil : Cristina Maria Oliveira dos Anjos Engenharia eletromecânica : Artur Fernandes do Nascimento Neto Engenharia biomédica : Manoel Domingos Romero Gonzalez Foto: Andre Telles

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Engenharia civil : Cristina Maria Oliveira dos Anjos Engenharia eletromecânica : Artur Fernandes do Nascimento Neto Engenharia biomédica : Manoel Domingos Romero Gonzalez

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Elaboração integrada

ARQ reforma

Renovação funcional Reformulações do Hospital e Maternidade Santa Tereza (SP) destacam-se pela estética e excelente tratamento na volumetria, expansibilidade e flexibilidade Com uma estrutura moderna e uma localização privilegiada capaz de dispensar cuidados especiais desde o nascimento até a terceira idade, o Hospital e Maternidade Santa Tereza, localizado em Campinas (SP), destaca-se por oferecer uma completa lista de serviços hospitalares. A instituição possui a missão de tornar a estadia de seus pacientes o mais breve possível, tendo como filosofia de trabalho a qualidade e 174

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a satisfação dos pacientes, dentro dos mais rigorosos critérios de atendimento. Uma das principais características da atual arquitetura do Santa Tereza é a reunião de várias edificações habitacionais. O prédio que, nos últimos anos, recebeu uma conceituada reestruturação, antes, apresentava vários obstáculos funcionais resultantes de um aglomerado de casas não articuladas e com difícil acesso de pacientes,

acompanhantes, visitantes, fornecedores, viaturas externas e ambulâncias. Além disso, o local precisava de uma marcante transformação de todo seu único pavimento térreo, pois não tinha espaços para permanência, atendimento e estacionamento de veículos. Tais obras foram realizadas na 1ª etapa da reforma da instituição e complementadas por uma construção na 2ª etapa de um novo bloco. De acordo com Siegbert


Zanettini, arquiteto responsável por esta reestruturação da instituição, foi efetuada uma marcante transformação espacial interna ao longo da 1ª etapa. Já na 2ª fase, foi possível desenvolver uma esquina contendo seis pavimentos com 30 leitos de internação e três de UTI. “Nessa nova etapa, com a setorização mais integrada de toda a parte térrea com a nova área na esquina do terreno, foram edificados quatro pavimentos de internação, equipados com todos os serviços de enfermagem. Na cobertura foi instalado um solarium rodeado de jardins para estar e convívio dos usuários”, completa. As obras realizadas no Santa Tereza são carac-

terizadas pela renovação funcional, estética e um excelente tratamento na volumetria resultante e no desing das fachadas, com um visual totalmente novo e atual. O trabalho de arquitetura também levou em consideração a expansibilidade e a flexibilidade do Plano Diretor. Prova disso, é que o projeto atende tanto à legislação atual, quanto à futura. “Como todos os projetos de nossa autoria, a preocupação com o homem e o uso correto dos espaços e ambientes são condições estruturais na concepção arquitetônica. Deste modo, trabalhamos a humanização dentro da instituição”, afirma Zanettini.

Devido à falta de espaço para a criação do canteiro de obras e o fato do hospital estar situado na área central de Campinas, a construção contou com tecnologias de produção industrializada com estrutura metálica, lajes de steel deck e divisórias drywall, tornando o canteiro de obras um local de montagem. Já no que tange à iluminação, o projeto determina orientação solar examinada em profundidade, que contribui para a utilização diurna da iluminação natural. Em relação aos revestimentos, o arquiteto obedeceu uma cuidadosa preocupação com qualidade, desempenho e facilidade de limpeza e manutenção. Health 175 ARQ


ARQ reforma

Elaboração integrada

Repleto de história O Hospital Santa Tereza (ex-Clínica Pierro) nasceu dos objetivos do médico Celso Paschoalino Pierro em fundar, em Campinas (SP), um centro especializado em tratamento de câncer. Movido pelo ideal, Pierro deu início às obras deste, que seria um atuante centro hospitalar do município, a Clínica Pierro, fundada em 1º de abril de 1949, que inicialmente, funcionou como Hospital de Câncer. Vendo o crescimento da instituição, 24 anos mais tarde, o hospital buscava a ampliação de seu atendimento através da construção da cidade médica, projeto de características modulares, que o transformaria em um dos mais importantes centros de assistência da América Latina. No entanto, a obra foi interrompida pelo falecimento de seu idealizador. A Cidade Médica foi então, doada para a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, onde passou a funcionar a Faculdade de Medicina da instituição. Com a morte de Celso Pierro, assumiu a clínica, Luiz Piccoloto Júnior, que permaneceu em sua direção até 1º de outubro de 1980, quando o hospital foi transferido aos médicos José Carlos Penna Tobar e Januário Pardo Mêo Júnior, que deram sequência à tão importante obra, dentro de uma nova dinâmica, e dos mais rigorosos critérios de hospital de alto padrão. Em outubro de 1985, Dr. José Carlos Penna Tobar adquiriu a parte de seu até então sócio e assumiu a direção do hospital, continuando com a política de modernizar e equipar a instituição, sendo o responsável pela criação da Maternidade e U.T.I adulto e neonatal, com recursos de primeira linha para dar assistência completa a todo tipo de paciente que dela necessitar. O ano de 2004 marcou os 55 anos de fundação desta casa que grandes serviços presta à coletividade, nas várias etapas que abrangem desde seu fundador à atual direção, que segue o fiel propósito de amparar e promover o ser humano.

“Como todos os projetos de nossa autoria, a preocupação com o homem e o uso correto dos espaços e ambientes são condições estruturais na concepção arquitetônica. Deste modo, trabalhamos a humanização dentro da instituição” Siegbert Zanettini, Arquiteto 176

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EXPANSÃO

Ampliação

Mais espaço Hospital viValle passa por ampliação e aumenta o número de leitos

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Hospital viValle, em São José dos Campos (SP), inaugurou, em janeiro desse ano, mais nove leitos de internação. As obras fazem parte da política de constante melhoria nos serviços de saúde prestados e aumentam a capacidade de atendimento do hospital sem abrir mão da humanização no atendimento. As instalações para internação contam com móveis planejados e funcionalidades para um tratamento eficaz e conforto do paciente durante a sua estadia. Agora, com 61 leitos disponíveis, aumentam o número de procedimentos realizados e internações clínicas, oferecendo mais agilidade no agendamento de cirurgias. Dada à complexidade e a criticidade em que os serviços precisaram ser executados, dentro de um curto espaço de tempo, a construtora responsável pela obra precisou ser minuciosa nos detalhes. “A construção executada em redes de hospitais trazem uma peculiaridade. Tivemos de desenvolver os serviços com margem zero de retrabalho, pois

não poderíamos atrasar a obra. Estávamos em uma unidade hospitalar, e por mais que existissem todos os cuidados necessários com as demais alas da instituição, nós sabíamos que aquela movimentação impactava no funcionamento da rede”, diz Alexandre Martins, Diretor Comercial da Construjac, empresa responsável pelas obras. Apesar disso, a planta onde a ampliação foi executada facilitou os trabalhos com iluminação técnica, humanização e informações extraídas do projeto e do Plano Diretor local. “Certamente, a execução dos trabalhos teriam outra conotação se a planta, humanização e iluminação fossem precárias”, afirma Martins. Atendendo às especificações do contrato, a construtora também alocou o que tem de melhor com relação à mão de obra e aplicação de materiais.“ Devido a estrutura de padrão elevado estabelecido pelo hospital, tivemos de alocar mão de obra especializada e de alta qualificação. Apesar disso ser praxe na construtora, o viValle exigiu algo a mais”.

Além das obras de ampliação do Plano de Expansão, que prevê um aumento em 150% da capacidade de operação da instituição, há também outras melhorias que já vêm sendo implementadas nos últimos anos. Em 2011, o Pronto Atendimento passou por uma reforma que resultou em uma ampliação de 40 m², oferecendo 50% a mais de leitos na ala. No ano seguinte, o hospital inaugurou o Centro Cardiovascular Avançado, com capacidade para procedimentos coronários pouco invasivos e abriu uma nova Unidade de Terapia Intensiva, dobrando a capacidade de internação. O Hospital viValle conquistou, em 2013, a certificação ONA III, selo da Organização Nacional de Acreditação, conferido pelo Instituto Qualisa de Gestão, que confirma a excelência de serviços hospitalares e atualmente está em processo para a Acreditação Internacional. As melhorias físicas e o investimento nos processos internos fazem parte da busca contínua pela excelência na prestação de serviços em saúde. Health 179 ARQ


EXPANSÃO

Ampliação

FICHA TÉCNICA Nome do empreendimento: Rede D’OR São Luiz S/A – Hopital viValle Endereço: Av. Lineu de Moura, 995 – Vale dos Pinheiros Responsável: Fernando Vc de Marco Aspectos do Projeto: Nome da obra: ampliação leitos de internação Setor da obra: saúde Tipo da obra: construção Data do projeto: início – nov/2012 / término – jan/14 Área do terreno: 10.294 m² Área total construída: 4.500 m² Área construída obra 11 leitos: 600 m² No pavimentos: 01 Vagas de estacionamento: 120 Gerente de obra e projetos: Engº Flávio Lantelme Responsável por execução: Engº Sandro Derenzi Belodi Empresas sub-contratadas: Obra (empresas responsáveis) Arquitetura: Raf Arquitetura e Planejamento Ltda Construtora: • Civil: Construjac Martins Ltda • Instalações Elétricas: Landim Comércio de Produtos Elétricos e Serviços Ltda - ME • Climatização: Officenter Refrigeração e Comércio Ltda • Estrutura Metálica/Cobertura: Servale Estruturas Metálicas • Gases Medicinais: Enimed Engenharia Interiores: Raf Arquitetura e Planejamento Ltda Coordenação: Arq. Cynthia Kalichsztein Colaboradores: Arq. Cleber Tozuki; Élcio Machado; Joana Caldeira; Roberto Gobo Gerenciamento de licitação: Engenharia Corporativa Rede D’or São Luiz Projetos (empresas responsáveis): Ar-condicionado: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda Consultoria de caixilhos: Raf Arquitetura Elétrico e hidráulico: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda Gases medicinais: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda Projeto de fundações: Gepro Engenharia Ltda Luminotécnico: Raf Arquitetura Impermeabilização: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda Prevenção e combate a incêndio: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda Fornecedores de Material e Serviço: Aço/ estruturas metálicas: Metalúrgica Gerdau / Servale Estruturas Metálicas / Fercoi S/A Bancadas de aço inox: Oficinox Andaimes: Santa Izaura Locações de Equipamentos Ar-condicionado: Officenter Refrigeração e Comércio Ltda Concreto: Holcim Divisórias: Comercial Capizzani Imp. Forros Div. Ltda epp Portas: Andorra Madeiras

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Detalhes da obra: Drywall: Gesso Acartonado Ref. Lafarge Gypsum Esquadrarias madeira: Portas em madeira, revestida em fórmica moldau nº 848 e fórmica topmat l515 Esquadrarias metálicas: Caixilhos em alumínio anodizado tipo maxim-ar Estrutura metálica: Comercial Gerdau Ferragens de portas: Papaiz Linha Design Fios: Cabo Flex 2,5 mm à 95 mm Nambei e Brascooper Granito: Branco Itaunas para lavatórios leitos / Aliança Granitos para revestimento piso corredor e rampa Impermeabilização: Manta Asfáltica Viapol, Viaplus – Otto Baumgart Revestimento vinílico de parede: Tecelagem Lady Ltda Piso vinílico: Tarkett, Micra Premiun Revestimento cerâmico: Portobello Porcelanato: Eliane Platno off white para banheiro leitos Revestimento cerâmico paredes internas: Porcelanato Portobello; Cerâmica Portobello Antartida Vidros: Delta Esquadrias de Alumínio e Vidros Fornecedores de equipamentos: Acabamentos de Elétrica: Pial Plus/Legrand Água fria: Tigre Bombas de recirculação: Rowa Press max 26 Calhas e rufos: Franciele Elaine Moreira Silvestre Soares - me Combate a incêndio: R&S Instalações Hidráulicas Detectores de fumaça: Ascael Distribuição de água quente e fria: R&S Instalações Hidráulicas Sinalização: Fluir Comercial Louças: c&c Materiais de Construção Ltda Metais sanitários: c&c Materiais de Construção Ltda Remoção de entulho: Jc Locações de Caçambas Fundação: Eh Fundações Ltda Tubos e tubulações: Tigre Placas de Drywall: Comercial Capizzani Imp. Forros Div. Ltda Epp Batente metálico: Serralheria Totem

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EXPANSÃO

Mais espaço

Investindo em crescimento Instituição constrói novos blocos para melhorar o fluxo

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projeto de arquitetura desenvolvido para o novo bloco do Hospital Santa Joana, em São Paulo, a MultiEmergência, foi fundamentado na implantação de um novo fluxo de atendimento para os clientes e na implantação da tecnologia de RFID para monitoramento desse novo curso. Toda a infraestrutura foi pensada e planejada através de reuniões periódicas com os setores envolvidos no desenvolvimento: médicos, tecnologia, farmácia, enfermagem, marketing e comunicação, hospitalidade e diretoria, para atender da melhor forma ao novo fluxo. O projeto foi desenvolvido com base em três pilares: a ampliação dos espaços de atendimento aos clientes, a preparação da infraestrutura para instalação da tecnologia RFID e sistemas de 182

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atendimento e registro de pacientes, além da setorização das áreas para atendimento aos pacientes conforme a classificação na avaliação inicial do atendimento. Para reduzir os impactos causados aos clientes e colaboradores por uma obra deste porte, além de atender aos prazos do cronograma de obras, o planejamento sugeriu a divisão dos trabalhos. A primeira etapa foi iniciada em maio de 2010 e previa a criação de um novo espaço com estrutura em alumínio e vidro para abrigar a nova recepção da emergência. Esta ampliação foi significativa e de grande importância, pois permitiu que fosse utilizada como “coringa”, nos momentos em que os espaços precisavam ser realocados para abrir caminho para outras fases. Foram contempladas a

modernização de todo o sistema de climatização, renovação da rede elétrica e lógica, instalação de painéis de gases medicinais em todos os atendimentos, reforma dos postos de enfermagem e troca de mobiliário, trazendo ainda mais conforto, modernidade e excelência aos serviços de assistência à saúde. A ambientação dos espaços traz a preocupação com o conforto e segurança dos usuários, sejam clientes ou colaboradores, utilizando materiais de fácil manutenção e higienização, seguindo tendência minimalista e sem modismos. O vidro e o aço foram utilizados no balcão de atendimento da nova recepção por serem materiais que estão sempre em evidência, e não deixam que o tempo imprima neles a marca de ultrapassados, mantendo um constante conceito de


modernidade e atualidade. Outro material utilizado, nas bancadas de preparo de medicamentos dos postos de enfermagem, por exemplo, é a superfície de quartzo, que tem tecnologia bactericida, baixa porosidade e proporciona dureza e resistência. O Silestone também é uma opção de muita beleza, além de ser sustentável. Ambientes elegantes, com tons neutros, que trazem ares de calma e tranquilidade são dosados com cores de bem-estar em painéis

de alumínio composto e acrílico. Nesta obra foram construídos também um novo Centro Cirúrgico, Novo Centro Obstétrico, além de outras áreas vitais do hospital, tudo levando em consideração as questões ambientais. “Nós desenvolvemos o trabalho de engenharia no que tange à elétrica, hidráulica, gases medicinais e água gelada, sempre separando os materiais que poderiam ser reciclados para destinação correta”, conta o engenheiro Ivan

Machado Terni, Diretor da Terni Engenharia. Além da preocupação ambiental a empresa também cuidou para que as instalações fossem desenvolvidas de tal maneira a garantir a segurança dos pacientes, por exemplo, através da implantação de um sistema de ponta no que diz respeito a fuga de corrente elétrica. “Além disso, pensamos também na economia de energia, aplicando automação em iluminação e ar-condicionado”, finaliza.

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