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CARTA AO LEITOR
O ano da sustentabilidade Caro leitor, O ano de 2015 chegou. E me parece que a palavra de ordem deste novo período será economizar. A baixa de água do Sistema Cantareira trouxe à tona um velho problema, o desperdício, tanto de água, quanto de energia elétrica. Energia essa que, em nosso País é gerada, em sua maior parte, por usinas hidroelétricas. Com a conscientização da população de um modo geral, os profissionais da construção civil ganharam mais facilidade para implantar em seus projetos algo que, há algum tempo, vem conquistando espaço: a sustentabilidade. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é um bom exemplo de aplicação destas medidas. As obras, que deram origem a um moderno complexo hospitalar, consideraram as questões ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente. Foram aplicadas práticas para a redução dos ruídos, da erosão e da dispersão da poeira. Além da conservação de ruas limpas e a adoção do conceito de “edifício verde” nos novos prédios, privilegiando sistemas energéticos de alta eficiência, iluminação natural em algumas áreas, uso da energia de frenagem nos elevadores para redução do consumo de energia elétrica e instalação de bacias de detenção para escoamento pluvial. Outro case de destaque desta edição é a reestruturação feita pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A estrutura física do prédio, idealizado em 1940, deu espaço a uma edificação inédita no País, com espaços planejados para atender a pacientes, médicos, profissionais de saúde, alunos e residentes de forma integrada, favorecendo o convívio e a troca de experiências. As novas áreas testam modelos de intervenções terapêuticas, que poderão servir de referência para outras instituições do Brasil. Também com uma grande reestruturação, o Hospital Márcio Cunha abriu espaço para um Pronto-Socorro que tornou-se referência em Minas Gerais. A edificação, agora com mais espaço e mais conforto, propiciou o aumento da capacidade de atendimentos a pacientes de
convênios e do Sistema Único de Saúde, melhoria das condições de trabalho dos colaboradores, melhoria do fluxo de pacientes, maior agilidade nos atendimentos e humanização na assistência. Ainda sobre as reformas, alguns cases precisam de atenção especial por se tratarem de retrofit. A novidade no assunto é adaptação de casarões antigos em consultórios e clínicas. Neste processo, todo o edifício passa por modificações mantendo a essência arquitetônica da sua linguagem, porém renovando as instalações gerais. A primeira edição do ano da revista HealthARQ traz ainda as novidades da ABDEH. O novo presidente da associação, Márcio Oliveira, comentou sobre os eventos que deverão ser promovidos em 2015: cursos, palestras, lançamento de livros e visitas técnicas para ampliar o conhecimento de seus associados. Falando em conhecimento, trazemos uma matéria que aborda a importância da especialização dos profissionais de arquitetura e engenharia para atuarem no mercado da Saúde. Coordenadores de cursos de extensão levantam os principais temas trabalhados nessas especializações e a qualificação que oferecem. Que todos tenham uma excelente leitura!
Edmilson Jr. Caparelli Publisher
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CAPA
Tecnologia e humanização O Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga (MG), administrado pela Fundação São Francisco Xavier, passou por uma grande reformulação, na qual a ampliação do Pronto-Socorro merece destaque. A nova edificação propiciou o aumento da capacidade de atendimentos e melhoria do fluxo de pacientes e das condições de trabalho dos colaboradores. Além de maior agilidade nos atendimentos e humanização na assistência.
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Detalhe As cozinhas hospitalares devem ter áreas calculadas conforme o numero de refeições a serem produzidas e também de acordo com o fluxo do local.
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Sustentabilidade O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) passou por importantes obras que deram vida a um moderno complexo hospitalar. A nova edificação vai permitir a reorganização de diversas áreas e do fluxo de pacientes.
NESTA EDIÇÃO N.14 I dezembro | janeiro | fevereiro | 2015
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Construção Inovação e tecnologia foram palavras-chave no desenvolvimento do Hospital Águas Claras, no Distrito Federal. O projeto foi desenvolvido em BIM – Building Information Modelling – tecnologia de projetos em 3D.
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humanização O arquiteto Italiano Mattia Atzeni desenvolveu um estudo sobre níveis de atuação da luz e como elas interferem no bem-estar do paciente.
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expansão O Hospital Moriah, em São Paulo, acaba de ganhar um moderno Centro de Diagnósticos. O local faz parte da expansão da instituição, que trouxe em seu projeto uma preocupação com a setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas.
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Arq Destaque Fundamental na construção dos edifícios hospitalares, a RDC 50/2002 é uma importante norma a ser considerada no desenvolvimento dos projetos de arquitetura de estabelecimentos assistenciais de saúde. Para isso é primordial entendê-la. Health ARQ
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boletim ARQ
Fotos: Divulgação
Feira Feicon Batimat Acontece entre os dias 10 e 14 de março, no Anhembi, em São Paulo, a Feicon Batimat 2015, maior feira da construção, com novidades em produtos e treinamentos para otimizar o dia a dia do profissional que os aplica na obra. O evento contará também com um Ciclo de Seminários, um conjunto de apresentações técnicas, palestras, painéis de debates e estudos de casos que acontecem simultaneamente ao maior evento do setor da construção da América Latina. O evento terá cinco dias de seminários sobre os principais desafios, tendências, tecnologias e soluções para o mercado de construção, que proporcionarão aos executivos informações estratégicas para atualização e qualificação profissional.
Curiosidade Técnica diferente Cimento, areia, pedra e muito gelo. Esses foram os materiais utilizados no início deste ano no processo de concretagem das paredes da futura unidade de radioterapia em construção no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Ao todo, 61,5 toneladas de gelo foram misturadas ao concreto. A previsão é que a obra seja inaugurada ainda neste ano. O investimento, que inclui uma área de diagnóstico por imagem, é de R$ 14,2 milhões. O gelo é necessário para resfriar o concreto e impedir qualquer possibilidade de fissura nas paredes. E quanto mais quente o concreto, maior a possibilidade rachaduras. Cem quilos de gelo foram adicionados a cada metro cúbico de concreto.
Encontro Diretoria Nacional da ABDEH se reune em SP No final de dezembro, aconteceu na Casa EBasf a última reunião da Diretoria Nacional da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar). Na ocasião, foi dada posse ao novo Vice-presidente de Marketing, Arq. Adhemar Dizioli, e ao novo Diretor-regional da ABDEH em SP, Arq. Arthur Brito, que apresentou sua Coordenadora de Desenvolvimento Técnico Científico, Ana Carolina Cabral. Dentre outros assuntos, foram discutidos os planos da diretoria para esta gestão (2014-2017), além do planejamento de eventos e atividades elaborado com base nos resultados das pesquisas realizadas com os associados, além do calendário de eventos regionais de 2015 e do início dos preparativos para o congresso de 2016 em Salvador. 10
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Treinamento Soluções de automação predial e residencial são tema de treinamentos Uma distribuidora de soluções e tecnologia nas áreas de automação, componentes eletroeletrônicos e sistema multiroom de áudio e vídeo, e primeira empresa brasileira a ter seu próprio centro brasileiro de formação homologado pela KNX de Bruxelas, deu início, em fevereiro, ao seu programa de treinamentos técnico e comercial em automação predial e residencial. O treinamento técnico, que durou o dia todo, visava apresentar as características das soluções de automação predial e de distribuição de áudio e vídeo, com ênfase em projetos, instalação e programação, enfocando ainda o protocolo KNX, norma aberta global para residências e edifícios inteligentes, que favorece a interligação de soluções de diversos fabricantes.
Estudo Nova Lei de Licitações O CAU/BR constituiu uma Comissão Temporária para Estudo da Legislação de Contratos e Licitações de Arquitetura e Urbanismo para apoiar a participação do Conselho na revisão da Lei 8.666/1993, em tramitação no Senado sob a forma do PLS 559/2013. A criação da comissão, proposta pela presidência, foi aprovada por unanimidade pela 12ª Plenária Ampliada, realizada em 27/02/15. O CAU/BR entende que a nova legislação para regular as contratações e licitações públicas pode ter uma repercussão enorme na prática profissional, com impactos não apenas imediatos, mas por décadas, uma vez que esse é um tipo de norma que não se muda de forma rotineira.
Evento Fórum de Palestras O Clube Mais promoverá no dia 19 de março o 4º Fórum de Palestras, maior encontro de profissionais e estudantes de arquitetura e design da região de Ribeirão Preto (SP), que irá discutir as novas ferramentas para a sustentabilidade em design, arquitetura e paisagismo. O evento terá início ao meio dia e contará com a presença de Hugo França, Ricardo Julião, com atuação em importantes instituições de Saúde do País, Ricardo Cardim e Lair Reis. As vagas são limitadas e a inscrição é gratuita para associados do Clube Mais, grupo formado por empresas de Arquitetura, Engenharia e Design de Ribeirão Preto. O evento busca proporcionar um encontro de conhecimento e reflexão, com a troca de experiências entre palestrantes e profissionais da área.
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www.portalsaudeonline.com.br
Líderes da Saúde O prêmio realizado pelo Grupo Mídia, em dezembro do ano passado, consagrou as empresas líderes no setor da Saúde em 2014. Cerca de 300 convidados reuniram-se no Espaço Apas, em São Paulo, para prestigiar os ganhadores das 23 categorias. O Saúde Online esteve presente e registrou os melhores momentos do evento. Assista ao vídeo no Saúde Online: portalsaudeonline.com.br
Revista Healthcare Management entrevista o Ministro Arthur Chioro Em entrevista exclusiva para a revista Healthcare Management, Arthur Chioro fala sobre como a economia poderá afetar a Saúde do País e suas prioridades para os próximos anos. A primeira edição do ano de 2015 também traz a opinião de economistas, consultores, professores e gestores sobre quais serão os reflexos da economia na Saúde para este ano. Ainda sobre as tendências, Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, e Francisco Balestrin, Presidente da Anahp, comentam sobre a nova lei que permite a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde. A revista está disponível no portal www.portalsaudeonline.com.br.
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Confira a 2ª edição da Health-IT Margareth Ortiz de Camargo, Superintendente de Tecnologia da Informação do Hospital Sírio-Libanês, é capa da 2ª edição da Health-IT. Maggie fala sobre os projetos concluídos com sucesso em 2014 e também sobre os próximos desafios para este ano. O leitor também poderá conferir uma inovação que a UnimedBH vem proporcionando aos seus usuários portadores de doenças crônicas. Trata-se de um pequeno dispositivo eletrônico que permite aos médicos saber como o paciente faz uso de medicação prescrita, além de possibilitar o acesso aos dados de sua pressão arterial, aferida por um aparelho que transfere a informação via bluetooth. A revista pode ser lida no portalsaudeonline.com.br.
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Palavra da Editora
Positividade no mercado A pesar do aumento dos impostos, da alta do dólar, e de toda a instabilidade que tomou conta do mercado econômico, reduzindo os investimentos, a expectativa para o setor da construção civil é que o impacto seja menor. Como declarou Eduardo May Zaidan, Vice-presidente de economia do Sinduscon-SP, no setor “os abalos não acontecem a curto prazo”. As obras que estão sendo executadas hoje foram decididas em 2007, quando o cenário de crescimento era mais favorável. A expectativa do sindicato é que a construção civil cresça entre 1% e 1,5% este ano. Dentro desta perspectiva está a arquitetura hospitalar, de suma importância para o País, uma vez que há mais de 6000 municípios e, a maior parte deles, carentes de unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas. Para garantir a qualidade deste crescimento, a regulamentação das obras em edificações hospitalares é fundamental. Por isso, a RDC 50, criada em 2002, norteou novos rumos dentro da construção de estabelecimentos de saúde. Entretanto, ainda existe dificuldade em segui-la. O motivo? O desconhecimento por parte dos profissionais e sua aplicação de forma equivocada. A 14ª edição da HealthARQ traz uma matéria que levanta a importância da norma e seus critérios. Outro destaque da revista é a humanização, tema que tem ganhado a atenção dos profissionais de arquitetura. O conceito prevê a construção de espaços que proporcionem bem-estar ao paciente e uma grande aliada neste processo pode ser a luz natural. Ouvimos o arquiteto italiano Mattia Atzeni, que de-
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senvolveu um estudo sobre o assunto em hospitais espanhóis, para falar sobre os três níveis da luz e sua aplicação em um projeto hospitalar. Sempre acompanhando os principais eventos do setor e de olho no futuro, a HealthARQ adianta o que vai acontecer no HBI China, principal evento da Ásia para a área da construção hospitalar e também da indústria de infraestrutura. Em 2014, o evento que ocupava 14 mil m² com 200 expositores e 15 mil visitantes, gerou 500 bilhões em negócios. Este ano, a área ocupada deve ser de aproximadamente 25 mil m², divididos em 12 segmentos principais. Que 2015 seja um ano de pé direito alto, tanto para saúde, quanto para os profissionais de arquitetura e engenharia.
Patricia Bonelli, Editora da Revista HealthARQ
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Artigo
ARQ Coluna
Fábio Bitencourt Arquiteto D Sc e Professor
Hospitais seguros e a segurança do paciente: engenharia e arquitetura contribuindo para os ambientes de saúde do futuro
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segurança dos edifícios hospitalares vai ocupar a agenda de interesse e preocupações com intensidade cada vez maior neste século, sobretudo para os profissionais de engenharia, arquitetura e gestão dos estabelecimentos assistenciais de saúde. Esta exigência de cuidado e planejamento de segurança comporá, gradativamente, o referencial de cuidados tanto na elaboração de projetos, quanto na sua construção, exigindo compromissos técnicos na construção e manutenção, assim como responsabilidades sobre eventuais impactos na saúde dos pacientes. 16
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito dos Hospitais Seguros deveria ser adotado como uma política nacional, como um símbolo da atitude intersetorial para a redução de riscos. A redução da vulnerabilidade dos edifícios hospitalares deve ser, portanto, uma prioridade mundial a partir deste ano de 2015. O conforto e a segurança do paciente acompanharão estas preocupações em escala de percepção cada vez mais próxima do usuário comum na medida em que estes referenciais já fazem parte do cenário de obrigatoriedade exigidas pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) . Durante os dias 1 a 5 de junho deste ano de 2015, acontecerá, na pequena cidade de Turku, Finlândia, o mais importante encontro mundial de profissionais, pesquisadores, empresas de tecnologias e equipamentos, além de instituições de engenharia e arquitetura hospitalar para discutir o futuro das edificações hospitalares. Neste período ocorrerão dois importantes eventos: • O 6º Congresso Europeu para Engenharia Hospitalar (The 6th European Congress for Hospital
Engineering - ECHE). • O 48º Encontro do Conselho Geral da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar (International Federation of Hospital Engineering (IFHE), Council Meeting Nr. 48). O Brasil estará representado no 48º Encontro do Conselho pelo Presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do edifício Hospitalar, o arquiteto Márcio Oliveira e por mim, como Membro do Comitê Executivo (EXCO - Executive Committée), que também farei uma palestra sobre Human comfort and patient safety in healthcare: de-
Paimio Sanatorium, Paimio, Finlândia, projeto do arquiteto Finlandês Alvar Aalto, projetado em 1929 e inaugurado em 1933. Fonte: Alvar Aalto Museum / Maija Holma, 2015
mands, perceptions and solutions (Conforto Humano e segurança do paciente em estabelecimentos assistenciais de saúde: demandas, percepções e soluções). O 6º Congresso Europeu é um evento bienal promovido pela Unidade
Européia da Federação Internacional de Engenharia Hospitalar IFHE) que, após ter acontecido em Baden-Baden na Alemanha, Viena na Áustria, Goes na Holanda, Paris, na França, e Berna na Suiça, acontecerá pela primeira vez na cidade de Turku, Finlândia.
O tema do evento será Melhor Produtividade em Ambientes de Saúde com Tecnologias (Better productivity in healthcare with technology). A arquitetura e a engenharia terão, portanto, a oportunidade de contribuir, através dos proces-
sos críticos e da utilização das novas tecnologias, viabilizando hospitais seguros, construídos para serviços de saúde com igual segurança quando aplicada para a finalidade assistencial de acolhimento e tratamento das necessidades humanas.
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ARQ Coluna
Artigo
João Carlos Bross Arquiteto, Docente e Consultor em Arquitetura da Saúde
Organizando o que nasceu organizado
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publicação, nesta edição, dos projetos de reorganização do edifício do HCPA – Hospital das Clínicas de Porto Alegre, projetado em 1940 pelo arquiteto Jorge Machado Moreira, nos remete a relatar e compreender os antecedentes que definiram o perfil das necessidades e inovações operacionais e fiscais introduzidas e que resultaram na incorporação de mais dois blocos: Anexo I e interconectados com as edificações existentes e em operação, que não poderão deixar de funcionar em momento algum, dadas as responsabilidades institucionais que acumula: ensino, pesquisa e assistência. Tratava-se o tema central de avaliar as atuais e as novas necessidades operacionais dos três segmentos de atividades acadêmicas citados com suas formas de produção de serviços, desenhando os eventos das cadeias de valor, quantificando os processos e dimensionando espaços ocupados a serem edificados. Foi realizada concorrência pública para escolha de uma consultoria que atuasse tanto na operação de serviços, como na reorganização dos espaços. Os consultores contaram com profissionais de todos os setores de produção devidamente orientados nas suas tarefas, que além de suas contribuições técnicas, se engajaram na atuação e melhorias da empresa de serviço de saúde, cujos quadros funcionais fazem orgulhosamente parte. Os consultores e operadoras partícipes atuaram sequencialmente nas seguintes tarefas: - Consolidação de um projeto “as bilt”, indicando implantações, setores e compartimentos com suas respectivas atividades, indicando rotas de motivação e interfaces setoriais. - Com dados da empresa hospitalar, no caso o HCPA, informou a produção, em números de cada fornecedor 18
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da cadeia assistencial, indicando a origem e destino interno em quantidades de tempo. - Com estas informações sobre a “pulsação” dos fornecimentos as cadeias assistenciais com seus “consumidores”, epidemiologistas, engenheiros clínicos e engenheiros de produção, colaboraram com seus conhecimentos técnicos, identificando nos processos de serviços “atuais”, nos quais se apresentam ociosidades e gargalos no fluxo de ventos, já sugerindo necessidades e melhorias. - Para maior fluidez nas cadeias de processos, foram desenhadas as “rotas” com as distâncias percorridas, tempos e esforços consumidos, informando aos consultores quais eventos que deverão ser agrupados para minimização de “perdas”, segundo recomendações do “toyotismo” e das “produções enxutas”, papel no qual os arquitetos agregarão suas
propostas de novos arranjos setoriais e rotas. - As conclusões se sintetizam em “um programa de intervenções” em que todos os integrantes atuam ao lado dos arquitetos, gerando uma “estratégia” de progressiva alteração na ampliação dos espaços produtivos que se completam com igual procedimento e decisões em todos “serviços de suporte”, que fornecem competências, equipamentos, manutenção geral, necessários ao fornecimento dos processos produtivos. Os trabalhos descritos geraram as necessidades operacionais e físicas que se encontram, atualmente, em construção para, quando ocupadas futuramente, permitirem a reorganização dos setores existentes nos espaços. Esta fase que antecedeu os projetos das edificações foi comandada pelo arquiteto João Carlos Bross, tendo demandado 13 meses para sua conclusão final.
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ARQ Coluna
Artigo
Marcio Nascimento de Oliveira Prof. Arq. Msc. Presidente da ABDEH
Arquitetura baseada em evidências e o processo de humanização dos espaços hospitalares
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conceito de Arquitetura Baseada em Evidências (ABE) se da através da ideia de determinismo arquitetônico, ou seja, no reconhecimento de que o ambiente físico exerce uma influência mensurável no bem-estar de seus ocupantes e desempenha um papel fundamental no processo do cuidado da saúde. As ideias relacionadas à ABE diferenciam-se da forma tradicional de se pensar o espaço, porém ainda são poucos os projetistas que utilizam esta metodologia, que tem na psicologia ambiental uma de suas bases conceituais. O desenho de um estabelecimento de saúde que seja baseado nas recomendações da ABE deve incluir aspectos como o foco na redução de estresse, por meio da provisão de espaços dedicados ao suporte social, elementos arquitetônicos que permitam o controle e a privacidade do paciente, decoração que promova as distrações positivas (por meio de obras de arte, música, entretenimento) e paisagismo que explore de forma ampla a influência da natureza. É sabido que um ambiente hospitalar bem projetado e construído pode contribuir de forma decisiva para reduzir os índices de infecções hospitalares. As taxas de infecções hospitalares são menores quando o ambiente possui ar e água de qualidade, por exemplo. A utilização de me-
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didas de controle da qualidade do ar, a escolha de materiais fáceis de limpar e a preferência por quartos individuais, com banheiros privativos, resulta em significativa redução dos riscos. Estudos conduzidos nos Estados Unidos e na Europa, em especial a partir dos anos 60, demostraram que os erros médicos não eram causados apenas por falhas de procedimentos, mas geralmente estavam vinculados a fatores ambientais. Por exemplo, as taxas de erros aumentavam quando ocorriam interrupções e distrações causadas por barulhos inesperados (por exemplo, um telefone tocando) e diminuíam consideravel-
mente quando o nível de ruído era reduzido e a iluminação das superfícies de trabalho era adequadamente dimensionada. Estudos científicos também comprovaram que expor pacientes à natureza promove um alívio significativo na sensação de dor. Alguns pesquisadores chegam a sugerir que os pacientes sentem menos dor quando expostos a altos níveis de luz natural em seus quartos. Outros sugeriram que elementos visuais que mostram imagens da natureza também ajudam a diminuir a dor do paciente, reduzindo o consumo de analgésicos. Igualmente, a perturbação e a consequente diminuição do sono são problemas comuns em hospitais. A melhoria da performance acústica, com a utilização de materiais que possuam menor tempo de reverberação, aumenta a qualidade do sono, o que ajuda a reduzir os níveis de estresse do paciente. Um ambiente que apresenta características estressantes piora o estado emocional dos pacientes e prejudica sensivelmente os resultados do cuidado à saúde. Estudos experimentais mostraram, por exemplo, que o nível de estresse se reduzia em poucos minutos quando o paciente observa cenas da natureza, reais ou simuladas. Os jardins terapêuticos são exemplos de uma boa utilização das recomendações da ABE, geralmente com ótimos resultados. A confidencialidade e a privacidade do paciente e seus acompanhantes também deve ser considerada como uma das mais importantes recomendações da ABE. Quartos e sala privadas para discussão de casos, por exemplo, aumentam significativamente a sensação de privacidade do
paciente e ajudam a melhorar os resultados dos tratamentos. São recomendados também a provisão de espaços intermediários e de salas de espera confortáveis e dispostas em pequenos ambientes, como forma de encorajar a interação social. Estes aspectos projetuais, por mais que às vezes se pareçam com lugar-comum ou simples utilização de boas práticas, advém de estudos estruturados e possuem ampla comprovação científica de sua eficácia. O desafio que se apresenta é fazer com que mais projetistas tomem conhecimento da ABE e não só passem a adotar estas recomendações de forma consciente e informada, mas também colaborem com a construção do conhecimento sobre o assunto, avaliando a eficácia das soluções adotadas.
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Novidade
Foto: M. Scandaroli
Expans達o
Crescimento e inova巽達o Hospital Moriah entrega primeira fase da expans達o 22
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Foto: M. Scandaroli
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cidade de São Paulo acaba de ganhar um moderno Centro de Diagnósticos na região de Moema, zona Sul da capital paulista. Localizado dentro da estrutura do Hospital Moriah, o espaço recém-inaugurado conta com aparelhos de ponta para oferecer múltiplas alternativas de exames. “É um empreendimento com padrão de excelência, que prima pela precisão de resultados e detecção precoce de problemas de saúde”, diz Leonardo Iquizli, médico radiologista responsável pelo Centro de Diagnósticos do Hospital Moriah. De acordo com o radiologista, a aquisição de modernas tecnologias sempre esteve na pauta dos gestores da instituição, com o objetivo de colocar à disposição dos médicos do corpo clínico equipamentos de alta qualidade e confiabilidade. “Essa é uma condição primordial na prestação de cuidados aos pacientes e de valor indiscutível quando se trata de salvar vidas”, diz Iquizli. Outra vantagem, ressalta, é a proximidade ao aeroporto de Congonhas, facilidade para quem precisa de serviços complexos na área da saúde. As salas de ressonância magnética e de tomografia são decoradas com paisagens
de praia para tornar a experiência do cliente mais relaxante durante a realização desses exames. Na ressônancia, o paciente pode usar fones de ouvidos para escutar músicas de sua escolha e minimizar o barulho do aparelho. Porém, o Novo Centro de Diagnósticos do Hospital Moriah trata-se apenas de uma parte do projeto de revitalização de seu complexo, que visa dar novos ares a edificação existente e ampliar setores com nova solução estética evidenciando esta unidade, como uma “vitrine” que deve marcar a visão da Rede Moriah no contexto de atendimento médico-hospitalar no País. “Merecem destaque neste projeto o levantamento minucioso da parte do edifício existente visando a
sua grande transformação funcional como hospital de ponta; a obra como proposta conceitual deveria atender atributos de um edifício contemporâneo, com alta tecnologia construtiva de equipamentos e funcionalidade, com soluções de ecoeficiência e sustentabilidade e atendimento médico de mais alto nível”, revela o arquiteto responsável pelo projeto, Siegbert Zanettini, Diretor da Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria. Segundo Zanettini, o desenvolvimento deste projeto foi um grande desafio, pois a arquitetura do prédio existente, antiga Estação da TV Record em São Paulo, não apresentava condições espaciais, estruturais e, principalmente, dos sistemas de energia, água, gazes, etc, Health ARQ
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Novidade
Expansão condizentes com as necessidades de um hospital. “Além disso, havia um acréscimo significativo de áreas especialmente mais complexas como centro cirúrgico e obstétrico, setor de imagens, UTI, prontosocorro, áreas de serviços, farmácia, almoxarifado, central de utilidades, estacionamentos coberto e descoberto, áreas permeável e paisagismo para atender as legislações da Anvisa, Prefeitura, Corpo de Bombeiros e companhia de energia elétrica local”, lembra. Além das preocupações para atender a todas as regulamentações, o projeto desenvolvido pela Zanettini para o Hospital Moriah con-
Sustentabilidade em voga Como em todos os projetos desenvolvidos pela Zanettini Arquitetura, que primam por ecoeficiência há quase cinco décadas, colocando-os como precursores da sustentabilidade na arquitetura brasileira, todos os conceitos de equilíbrio bio-climático foram acrescidos aos projeto do Hospital Moriah. • Arquitetura contemporânea com estruturação projetual holística; • Trabalho multidisciplinar integrado; • Uso de tecnologias limpas; • Redução máxima de desperdícios e resíduos; • Soluções construtivas industrializadas; • Maximização de recursos naturais; • Economia de energia; • Relação simbiótica com o entorno e estrutural com o meio ambiente; • Entendimento integrado e sistêmico de todas as instalações; • Máxima utilização de produtos, equipamentos e materiais certificados; • Ótima condição de desempenho e durabilidade da edificação; • Fluxos organizados dos sistemas através de pipe-racks, shafts verticais,pisos técnicos e armários acessíveis às instalações.
“Merecem destaque neste projeto o levantamento minucioso da parte do edifício existente visando a sua grande transformação funcional como hospital de ponta”, Siegbert Zanettini, Diretor da Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria
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Acabamento
Foto: M. Scandaroli
No que tange ao acabamento, o projeto contou com pisos diferentes para cada ambiente em função das características de trabalho. Revestimentos de paredes com pinturas internas de material lavável e de fácil limpeza. Além de forros especificados para facilitar manutenção e acesso às instalações e paredes externas com cobertura de pedrisco na argamassa dispensando pintura e limpeza periódica. Na parede junto do mezanino do restaurante, Zanettini criou um grande painel artístico de pastilha vidrada que é visto de toda a área externa do edifício.
siderou também as medidas de humanização dos espaços, iniciando-se com a preocupação da setorização de áreas e também dos fluxos entre as mesmas. “Tivemos ainda cuidados ligados à ambientação através de materiais de acabamento, cores, iluminação, na busca por espaços com qualidade, aconchegantes a pacientes, a quem trabalha e aos visitantes”, ressalta o arquiteto. O conforto luminotécnico, climático e acústico foram outros fatores levados em consideração neste processo. Foi realizada uma pesquisa de condições climáticas da latitude de São Paulo, regime de ventos, condições de ruído, pela aproximação do aeroporto de Con-
gonhas; dos materiais das faces do edifício, pela vegetação incluída na área externa e nos pátios internos, pela cobertura verde em toda a edificação e, principalmente, pela iluminação e ventilação natural em quase em todos os ambientes. “Trabalhamos de modo a atender também a economia de energia. Todos esses fatores deram a este hospital a sensação prazerosa e agradável já manifestada inúmeras vezes pelos usuários e visitantes”. Completa o projeto o estudo da arquitetura de interiores com os desenhos de balcões, guichês, mobiliário fixo como armários, estantes, mesas e bancadas de trabalho, solução de paisagismo e da comuni-
cação visual interna e externa. “Todos os nossos projetos são completos e profundamente detalhados. Não há soluções ou adaptações posteriores na obra”, afirma Zanettini. Além da humanização, a tecnologia também se fez presente na edificação através da estrutura mista em aço e concreto, paredes montadas em dry-wall; inovações nos sistemas de alimentação e distribuição de energia com total acessibilidade; soluções inovadoras para as réguas nos apartamentos; material de pisos e paredes de fácil limpeza e manutenção e especificação detalhada dos equipamentos hospitalares definidos por desempenho e durabilidade. Health ARQ
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Climatização
Detalhe
Preocupação com o paciente Instituição cuida dos detalhes no acolhimento a mães e bebês
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Amparo Maternal é uma instituição filantrópica de referência no Brasil atuando na saúde e assistência social materno-infantil. Fundado em 1939, já foi 26
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responsável pelo nascimento de cerca de 650 mil crianças na cidade de São Paulo. A entidade destina 100% do seu atendimento aos sistemas de atenção pública organizados pela
esfera governamental. Na área da saúde, atua junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e também faz parte da grade referência para o Programa Mãe Paulistana, ofertando 94
leitos, nas especialidades de Obstetrícia e Neonatologia, além de prestar atendimento ambulatorial e de diagnóstico no complexo maternidade. Segue a recomendação da Or-
Instituição Amparo Maternal
ganização Mundial de Saúde (OMS) em relação à proporção entre partos normais e cesarianos, realizando cerca de 80% dos partos normais. Além de sua atuação na área da saúde, o Amparo Maternal atende o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), oferecendo abrigo provisório para gestantes, mães e bebês em situação de vulnerabilidade e risco social em um Centro de Acolhida que é o único centro especial para esta população e de alta complexidade no País, cuja assistência estende-se às mães no período pós-parto e ao seu filho recém-nascido, proporcionando trabalho social individualizado que favorece o processo de reconstrução de suas vidas e reinserção social, familiar e comunitária. Com o apoio da Associação Congregação de Santa Catarina, desde o ano de 2008 em sua gestão, o Amparo Maternal vem desenvolvendo novos projetos sociais e de formação profissional, para cada vez mais contribuir com sua missão de valorização da vida.
Projeto especial Como os hospitais são construídos em edifícios fechados, por diversas razões, inclusive fruto de sua localização nas regiões urbanas, há a necessidade de climatização artificial nos ambientes, e no Amparo Maternal não é diferente. Por isso é de fundamental importância, não somente o controle da temperatura, que deve ser adequada a cada sala específica, mais fria para os centros cirúrgicos, pois os médicos ficam literalmente blindados pelo uniforme de trabalho, e mais quente para as salas de idosos ou neonatais. Garantir a pureza do ar é outro fator importante para esses locais. E os sistemas de climatização conseguem cooperar através do cuidado com o volume de ar externo, inclusive em casos onde o apartamento destina-se a isolamento e, portanto, tem 100% de ar externo. Outro item importante é o posicionamento dos difusores de insuflamento e retorno do ar condicionado, pois um item fundamental para o conforto humano, é a velocidade do ar a que ele esta submetido. O sistema de ar condicionado, projetado pela Fundament-AR para o Amparo Maternal é composto por Chiller resfriado a ar, bombas de circulação de água primária e secundária, supervisão do sistema, condicionadores hospitalares, controles e filtros de ar, tudo em conformidade com as normas e legislaçoes brasileiras. “Merece especial atenção, o fato de que nos projetos que temos desenvolvidos para grandes hospitais, tal e qual o Amparo Maternal, temos tido o cuidado de prever, alternativas estratégicas de fonte de energia”, comenta Duilio Terzi, Engenheiro e Diretor da Fundament-Ar. Segundo Terzi, entre as importantes alternativas de energia que devem ser consideradas estão o uso de fontes alternativas de energia (energia elétrica e gás natural). No caso do Amparo Maternal, foi prevista uma Central de Água Gelada, composta por quatro Chillers, sendo dois elétricos, com compressores parafuso e dois do tipo absorção, por fogo direto (queima de gás de rua), dando ao departamento de engenharia do hospital, grau de liberdade para escolha da fonte de energia a ser utilizada, fruto do custo da energia ou da ausência de uma das fontes. “Um projeto de ar condicionado para uma instituição de Health ARQ
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Climatização
Detalhe saúde é sempre envolto em muitos cuidados adicionais que um projeto de conforto dispensa. É fundamentalmente um projeto industrial, com uma carga grande de conceitos de engenharia, o que implica em superar muitas dificuldades”, explica o engenheiro. Entre os cuidados essenciais na hora de implantar um sistema de climatização em um hospital está a atenção à Norma Brasileira de Projetos para área de saúde, que encontra-se, atualmente, em fase de revisão. “a Fundament-AR há tempos participa desta e outras Normas da ABNT,” Esta revisão de norma, agora em gestação, esta revendo o números de trocas de ar, a necessidade de diferencial de pressão do ar, a direção do fluxo do ar entre paciente e equipe médica, entre outros itens previstos, para cada tipo de ocupação”, ressalta. A preocupação aumenta ainda mais quando trata-se da implantação do sistema em UTI’s. Pois, segundo o engenheiro, essas alas, em especial, têm características próprias de filtragem de ar, pressão positiva nas salas, refrigeração, calefação e temperaturas compatíveis com cada necessidade. “Lembrando sempre que unidades incubadoras do neonatal, em geral, não dispõe de equipamento para suprir controle de filtragem adequado em conformidade com o previsto na norma NBR 7256, de forma que o sistema de ar condicionado deve prever esta situação”, alerta.
Recepção - Entrada principal da maternidade
Subsolo reformado
A importância das normas
As normas da ABNT, assim como as recomendações da ANVISA, possibilitam que a unidade hospitalar, tenha o menor nível possível de contaminação por infecção adquirida na unidade. Pois, em geral, a norma é fruto do desejo da comunidade técnica que, através de profissionais voluntários, experientes, transferem sua experiência e da sua leitura de 28
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Subsolo reformado
estudos e outras normas, desenvolvidas em outros países, ou mesmo no Brasil, criam orientações e procedimentos, para que o projeto, a implantação e a operação, sejam realizadas, com o melhor do conhecimento disponível no momento de sua elaboração. “Desta forma, seguir a Norma, além de ser uma responsabilidade intrínseca do profissional projetista, é uma forma de dar ao empreendedor a garantia de que ele terá um sistema de ar condicionado com padrão internacional de qualidade. Garantindo, desta forma, além das condições de saúde de seu estabelecimento, a qualidade do seu investimento na unidade de saúde”, diz o Engenheiro Duilio Terzi. De acordo com Terzi, as normas e orientações da ANVISA dão ao profissional, ao gestor e ao empreendedor a garantia técnica da unidade de saúde. E a segurança de um produto bem realizado e que vai atender ao seu propósito inicial durante sua vida útil. “Mister enaltecer os participantes da revisão da norma NBR 7256, que tem feito um trabalho excelente, chamando profissionais de múltiplas áreas, seja na área médica, na enfermagem, na própria engenharia de sistemas, produtos e manutenção, o que, certamente, vai transformar-se em um material rico tecnicamente e, ao mesmo tempo, pedagógico”, diz. O engenheiro ressalta ainda que para que as normas fossem compatíveis com as diversas realidades brasileiras, deveria haver, no mínimo, dois patamares técnicos de exigências. Pois, segundo ele, um hospital construído na zona rural, ou em estados menos favorecidos economicamente que São Paulo, têm, certamente, dificuldade de implantar e manter os padrões exigidos pela Norma. “Acredito que, no futuro, venhamos a ter esta diferença entre o que é ótimo e o que é bom. Pois nem todas as instituições podem implantar e manter um hospital neste patamar técnico”, finaliza.
Escada social reformada Health ARQ
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Alimentação
Detalhe
Hospital Celso de Pierrô
Cuidado especial Construção de cozinhas em ambientes de saúde seguem normas de segurança e higiene 30
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esponsável por produzir a alimentação não só dos pacientes, mas também dos colaboradores e acompanhantes, a cozinha hospitalar requer cuidados ao ser planejada e construída. “Precisa-se, além dos cuidados pertinentes à área, como atendimento às normas da vigilância sanitária e segurança alimentar, atentar-se também a todas as normas da ABNT no que se refere ao sistema construtivo, sistema estrutural e a outras áreas complementares como instalações hidráulicas, elétricas, ventilação, exaustão, arcondicionado, redes de lógica e combate ao incêndio”, explica Dimas Rodrigues de Oliveira, Engenheiro Civil, Diretor da Nucleora Projetos para Cozinhas e Lavanderias Profissionais. As áreas são calculadas conforme o número de refeições que deve-se produzir e também para garantir que todo o processo tenha um fluxo que evite os cruzamentos. “Essas cozinhas têm que ter área de recebimento, áreas de estocagem, áreas de preparo, áreas de cocção, áreas de apoio, administração, distribuição e retorno do utensílios”, enumera o engenheiro. Além do tamanho da área, a cozinha precisa ser trabalhada pensando nos processos ligados à higiene. “Os responsáveis fazem homologação dos locais onde este fornecedor inicia o processo de distribuição da matéria prima para que todos tenham o mesmo padrão de qualidade requerida”, explica o engenheiro. Segundo Oliveira, a partir do momento que o produto entra na cozinha, toda a mão de obra é totalmente preparada para garantir a segurança alimentar, pois estes nutricionistas estão em vigília constante aos processos de manipulação, enquanto os operadores recebem destes profissionais treinamentos constantes para esta garantia. Isto requer uma estrutura física muito bem planejada para que os processos possam ser garantidos. “Os processos construtivos mais comuns para as cozinhas hospitalares são os mesmos para os edifícios destinados a outros usos. Porém, dependendo da necessidade, pode-se criar cozinhas provisórias edificadas em painéis simples e de espessuras bem pequenas”. Oliveira explica que há a possibilidade de utilizar painéis em Drywall, porém, o mais comum é o sistema convencional. Utiliza-se uma estrutura que pode ser mista, com concreto armado e a estrutura metálica, além das divisórias em alvenarias compostas de blocos ou tijolos de barro ou cerâmica”, comenta.
O Projeto
De acordo com Oliveira, o conceito mais forte quando se está planejando uma cozinha profissional é primar pela segurança alimentar. “Isto significa que, neste planejamento, leva-se em consideração o conceito da “marcha avante”, no qual busca-se diminuir, ao máximo, toda e qualquer possibilidade de haver um cruzamento nas atividades desenvolvidas dentro da cozinha, porque toda vez que houver um cruzamento, temos uma grande possibilidade de provocar uma tóxico-infecção”, afirma. E nas cozinhas alocadas dentro das instituições de saúde, é preciso ter ainda mais cuidados, como prever áreas específicas para a produção de alimentos, a exemplo de quem tem necessidade hipossódica (como os hipertensos) ou hipocalórica (pacientes com distúrbios que exigem controle das calorias). “Há a população que tem diabetes e ainda os vários distúrbios alimentares que são tratados separadamente, além dos pacientes que estão impossibilitados de se alimentar normalmente. Ainda existem as dietas para aquelas pessoas que não podem se alimentar normalmente”. Como nesses ambientes há um número maior de profissionais de nutrição que trabalham diretamente no atendimento aos pacientes e que atuam junto com os nutricionistas da produção, é preciso prever salas maiores que nas cozinhas de outros usos para estes profissionais. Health ARQ
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Detalhe
ReferĂŞncia no Nordeste
Temperatura certa
Hospital Memorial SĂŁo JosĂŠ destaca-se por investimentos e cuidados com os detalhes ao longo dos anos
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Complexo Hospitalar Memorial São José, localizado na cidade de Recife (PE), foi fundado em 2 de junho de 1989 para desafiar a comunidade de saúde com inovações tecnológicas e procedimentos de alta complexidade . Para isso, a instituição possui uma infraestrutura física que conta com seis prédios, equipamentos de última geração e um dos mais completos centros de diagnóstico do Brasil. Essa estrutura coloca o hospital na vanguarda da prestação de serviços na área da saúde no País. Sempre primando pela qualidade dos seus serviços, o Hospital Memorial São José dispõe de 155 leitos projetados para oferecer o máximo de conforto aos pacientes. Além de urgência multidisciplinar, o hospital conta em sua estrutura física com UTIs adulto, pediátrica, neonatal, e coronariana, além de três centros cirúrgicos, sendo um exclusivo para o Memorial Mulher. O espaço exclusivo para atendimento do público feminino traz um novo conceito em maternidade destinado a gestante e o seu bebê, com capacidade para realizar procedimentos que não necessitem mais que 12 horas de internação e mais de 15 unidades médicas das mais diversas especialidades. Todos os investimentos feitos pelo Hospital Memorial São José em área física e em tecnologia de ponta são acompanhados por constante aperfeiçoamento profissional. O Memorial São José foi o primeiro hospital do Brasil a possuir ISO 9001:2000 em enfermagem.
Investimento
A instituição deu continuidade ao desenvolvimento das suas instalações com a ampliação do atendimento das especialidades de Cardiologia e Ortopedia na urgência e em consultórios especializados. Em 2011, houve a implantação do TMO (Transplante de Medula Óssea) em ambiente rigorosamente construído para esta finalidade. Há quase um ano, são realizados transplantes autólogos e halogênicos com absoluto sucesso.
O Hospital Memorial São José conduziu profundas reformas estruturais e realizou importantes investimentos em aperfeiçoamento dos colaboradores e aquisição de novos profissionais nos últimos anos. Investimento que ajudou a consolidar o processo de Acreditação Internacional pela JCI/CBA, sendo este o primeiro hospital acreditado pela JCI/CBA no Norte Nordeste do Brasil. A instituição continua investindo em recursos humanos, infraestrutura, aquisição de novos equipamentos médicos de ponta para atender à demanda com qualidade e confiabilidade dos seus serviços.
Climatização
Para garantir o conforto térmico de pacientes e usuários, além da qualidade do ar no ambiente de saúde, o Hospital Memorial São José investiu também em um completo sistema de ar condicionado. A empresa escolhida para atuar neste processo primou pelos cuidados que devem ser tomados neste tipo de Health ARQ
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Temperatura certa
Detalhe
“O ar-condicionado é a grande solução para mantermos o controle do tratamento do ar, das condições termoigrométrica, do grau de pureza e da renovação e movimentação do ar, dando condições com complemento das demais medidas de controle da infecção hospitalar”, Breno Ferreira, Diretor Operacional da Arclima Engenharia
instalação, atendendo sempre a norma ABNT NBR 7256 - Tramento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) - requisitos para projeto e execução das instalações. “Isso deve ser considerado principalmente na qualidade do projeto, na instalação, operação e manutenção do sistema de climatização, pois os processos, desde o projeto até a manutenção inadequada, favorecem à ocorrência e o agravamento dos problemas de saúde”, salienta Breno Ferreira, Diretor 34
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Operacional da Arclima Engenharia. Segundo Ferreira, cuidados ainda mais especiais precisam ser implantados quando trata-se da UTI, pois esta área é classificada, de acordo com a ABNT NBR 7256, como risco 2, exceto nos quartos de isolamento, classificados como risco 3. “A classificação de Risco 2 da-se devidos as fortes evidências de risco de agravamento à saúde em uma UTI. Já o Risco 3 deriva das evidências de alto risco existentes. Por isso, deve-se manter
a temperatura ambiente entre 21°C e 24°C e a umidade relativa de 40% à 60% e a filtragem grossa G3 somada a uma filtragem fina F7”, explica o Diretor Operacional da Arclima Engenharia. “O ar condicionado é a grande solução para mantermos o controle do tratamento do ar, das condições termoigrometrica, do grau de pureza e da renovação e movimentação do ar, dando condições com complemento das demais medidas de controle da infecção hospitalar”, finaliza Ferreira.
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Detalhe
Detalhe importante
Poltronas de auditório
Design especial e medidas de sustentabilidade também são aplicados a poltronas
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isando aumentar a satisfação dos clientes, instituições de saúde têm buscado ambientes com design e características que re-
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metam ao conforto do lar. Para isso, vários artifícios de humanização têm sido utilizados, entre eles as medidas luminotécnicas e a escolha de mobiliário
aconchegante, mas que não deixe de ser prático e asséptico. Para auxiliar neste objetivo, alguns hospitais têm investido em mo-
biliários especialmente desenvolvido para seus leitos, esperas e demais áreas e vêem agregando peças antes não utilizadas, como cômodas e
“Todos os materiais empregados possuem características de preservação do meio ambiente. As tintas são livres de metais pesados, as espumas isentas de CFC e madeiras provenientes de reflorestamento”, Egeu Emílio Feix, Presidente do Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup
guarda-roupas, criando um ambiente mais familiar aos usuários e proporcionado associação mais positiva ao ambiente hospitalar. Porém, não são só os espaços destinados a pacientes que ganharam atenção nos detalhes. As áreas dedicadas a outras atividades também têm tido atenção especial, como é o caso do auditório construído no Hospital Israelita Albert Einstein. O espaço possui como característica a formação do bloco central com dois corredores dispostos de forma não paralela. “Desta forma as poltronas deveriam possuir diversas medidas entre-eixos para permitir o alinhamento dos corredores. Deveriam ainda possuir em sua característica construtiva madeira nos painéis laterais, apoio de braços bem como nas blindagens dos assentos e encostos”, explica Egeu Emílio Feix, Presidente do
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Poltronas de auditório
Detalhe Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup. As poltronas do auditório foram desenvolvidas estruturalmente em aço, espumas injetadas, tecido, pranchetas com sistema anti-pânico e acabamentos em madeira em conformidade com todo o revestimento interno das paredes e forro do teatro. “Todos os materiais empregados possuem características de preservação do meio ambiente. As tintas são livres de metais pesados, as espumas isentas de CFC e madeiras provenientes de reflorestamento”, ressalta Feix. Além disso, as poltronas possuem certificação ABNT com todos os ensaios realizados mediante a normatização NBR15878/2010. E também a certificação, os produtos atendem todas as normatizações relativas `a necessidade de não propagação de chamas. Sobretudo, as espumas e revestimentos. “O projeto atende à norma NBR9050 que trata da acessibilidade, contemplando poltronas para portadores de mobilidade reduzida, pessoas obesas e espaços destinados aos cadeirantes, finaliza o Presidente do Conselho da Informóbile, fabricante dos produtos Kastrup. 38
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Detalhe
Cuidado especial Isolamento Acústico
Hospital Samaritano investe em aprimoramento constante e detalhes que visam o conforto dos usuários
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á 119 anos oferecendo saúde a população da cidade de São Paulo, o Hospital Samaritano destaca-se pela excelência e humanização no atendimento à saúde. “O Samaritano já oferece todas as condições
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para que a estadia dos pacientes seja o mais confortável possível, tanto para aqueles que necessitam de internação quanto para os que passam apenas pelo Pronto-Socorro e Medicina Diagnóstica. Com as reformas pelas quais a ins-
tituição passou, o padrão de atendimento e conforto oferecido tornaram-se um diferencial no processo de escolha dos clientes”, afirma Gizele Ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano. Foram construídos 150
novos leitos, e realizada uma reforma geral dos quartos, banheiros, corredores, posto de enfermagem, áreas restrita e de espera. “A necessidade de revitalização de construções antigas é sempre notada quando há um
padrão de comparação com estruturas novas. Isso aconteceu com a entrega de um prédio novo”, argumenta Gizele. As áreas de Centro Cirúrgico e das UTI’s também não ficaram de fora, foram montadas dez salas cirúrgicas, sendo cinco especiais, seguindo o perfil de cada fornecedor. Já a iluminação foi pensada de forma escalonada, então, no momento oportuno, o hospital vai comportar um sistema de gerenciamento de energia com a possibilidade de colocar dimerização nas luminárias de seus perímetros e nas janelas. O Centro Cirúrgico no novo complexo hospitalar do Hospital Samaritano é composto por dez salas, onde estão presentes as mais avançadas tecnologias disponíveis no mercado para a realização de procedimentos de alta complexidade, como transplantes, cirurgias ortopédicas, cardíacas, neurológicas, bariátricas, entre outras. Focos cirúrgicos de LED proporcionam amplo e eficiente campo visual à equipe cirúrgica sem a presença de sombras e sem produzir calor. Também há infraestrutura para controle de luz e de temperatura, dispositivos ergonométricos
para os diversos equipamentos instalados, isolamento acústico e contra eletricidade estática, aparelhos de anestesia de última geração, e sistema de imagem e som de alta resolução. Além disso, as salas possuem três estativas com fixação no teto para facilitar a circulação dos profissionais pelo espaço, uma vez que diminui a fiação dos equipamentos no nível do piso. Outra inovação é a presença de janelas de vidros com persianas, com vista para o ambiente externo, proporcionando um lugar agradável para a equipe multidisciplinar. As portas das salas possuem janelas com sistema ionizante nos vidros que, quando acionado, permite a visualização interna. Quando o vidro está leito-
so, garante maior privacidade ao paciente durante o ato anestésico cirúrgico. A sala de recuperação anestésica conta com um monitor portátil em cada leito ligado a uma central que reúne dados de todos os pacientes em uma só tela, facilitando a supervisão do encarregado do setor.
Conforto acústico
Os investimentos do Hospital Samaritano não pararam no espaço e na tecnologia. Investiu-se também no conforto acústico dos pacientes. “Foram aplicadas soluções antivibratórias, de isolamento com materiais densos, absorção do som com materiais de coeficientes e NRC com desempenho adequados para solucionar os problemas com ruídos externos, muitas vezes gerados por equipamentos do
“O Samaritano já oferece todas as condições para que a estadia dos pacientes seja o mais confortável possível, tanto para aqueles que necessitam de internação quanto para os que passam apenas pelo Pronto-Socorro e Medicina Diagnóstica. Com as reformas pelas quais a instituição passou, o padrão de atendimento e conforto oferecido tornaram-se um diferencial no processo de escolha dos clientes”, Gizele Ivanoff, Gerente de Engenharia do Hospital Samaritano
próprio hospital”, afirma a AKKERMAN projetos acústicos projetos acústicos, através de seu expert Engenheiro e Sócio-diretor Schaia Akkerman, há 40 anos no mercado da construção, desenvolvendo soluções acústicas e antivibratórias com materiais sustentáveis, buscando conforto e bem-estar aos usuários em áreas de trabalho, inclusive hospitalares, sempre atendendo às normas ambientais. Mas este conforto não foi proporcionado apenas aos pacientes, as áreas de conforto dos colaboradores também receberam isolamento e absorção de ruídos. “Isso colabora para que o som não passe de um lado para o outro nas alvenarias, chumbo, gesso e vidros insulados. Fizemos todo o processo atendendo às normas da ABNT, requisitos hospitalares e legislação urbana vigente no município”, diz Akkerman projetos acústicos. O engenheiro chama atenção ainda para a necessidade de observar cada evolução ou ampliação de instalação hospitalar. “Há necessidade de questionar a questão acústica no ambiente interno e externo para que seja atendida no projeto de soluções e aplicações”, finaliza. Health ARQ
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Portas hospitalares
Detalhe
Detalhe importante Portas em Inox garantem seguranรงa, facilidade e economia 42
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m um hospital, o grande fluxo de macas e outros sistemas de transportes colidem, frequentemente, com as portas e isso provoca o seu desgaste de uma maneira tão acelerada que as manutenções acontecem entre duas e três vezes, ou até mais, durante um ano. Isso gera um custo altíssimo em termos de mão de obra, material de reposição e, principalmente, no deslocamento dos hóspedes do quarto, que congela, imediatamente, o fluxo de caixa proveniente daquele espaço. “Com portas em aço inox, essa questão é totalmente resolvida, pois, sua estrutura reforçada suporta as colisões do dia a dia sem gerar a quebra do material, como acontece nas portas laminadas, de madeira, etc”, afirma Alexandre Nascimento, Diretor Comercial da Palmetal Metalúrgica. Segundo Nascimento, ao optar por uma porta de inox, o investimento inicial um pouco maior, feito pela instituição de saúde, é pago no segundo ou terceiro ano na ecno-
mia com a manutenção. “É importante considerar que as portas Palmetal possuem dez anos de garantia, entregando um resultado sem paralelo para a empresa”, ressalta sobre o produto. A empresa produz portas pivotantes, com ou sem visor com altura padrão de 2100 mm e larguras de 900, 800, 700 mm. Todas desenvolvidas em aço inox AISI 304, acabamento escovado na espessura de 1,2 mm e, nos produtos com visor, o mesmo é feito em policarbonato. As fechaduras são La Fonte. “Além dos materiais de qualidade nós também levamos o design em altíssima conta. As portas Palmetal são construídas da forma mais simples possível, sem deixar frestas que atrapalhem a sua limpeza. O sistema pivotante reforçado garante ao menos 200.000 ciclos de abertura e fechamento da porta. Nós acreditamos que como existem vidas envolvidas, esse equipamento precisa ser absolutamente seguro”, garante o Diretor.
As características citadas por Nascimento proporcionam ao hospital facilidade de limpeza, fator notório no aço inoxidável. A ausência das pequenas frestas, causadas pelas colisões, reduz drasticamente a contaminação. “Todos esses outros materiais, normalmente utilizados em portas, são porosos e têm um grau de segurança biológica menor do que o aço inox”. Ao desenvolver as portas hospitalares, a Palmetal trabalha com o conceito satisfação do paciente. “Como a Dra. Maria Helena disse no Congresso de Hotelaria do Rio de Janeiro: o paciente não sabe se a sua ressonância é de 5ª ou 6ª geração, mas ele sabe se ele foi bem atendido, se os profissionais estavam bem uniformizados e se o quarto estava arrumado. Usando esse princípio, se o hospital possui portas de inox, além da economia de capital, a empresa estará causando uma profunda impressão positiva tanto nos pacientes, quanto nos profissionais de saúde”, finaliza Nascimento. Health ARQ
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Iluminação
Humanização
Feixe de humanização Arquiteto italiano levanta os benefícios e as mais modernas formas de implantação da luz natural nos ambientes de saúde 44
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humanização é um tema para o qual os profissionais de arquitetura têm voltado sua atenção, especialmente aqueles que trabalham com foco no setor da saúde. A aplicação deste conceito prevê a construção de espaços mais confortáveis e a luz natural pode ser uma grande aliada neste processo. “A luz mantém o nosso ritmo biológico e, mesmo com vários tipos de iluminação artificial disponíveis, nada consegue substituir a radiação solar”, acredita o arquiteto italiano Mattia Atzeni. Segundo Atzeni, na arquitetura, a luz funciona em três níveis. No primeiro deles, o nível material, ela age em sua função principal: iluminar. Já no nível estético, ela é responsável por auxiliar na percepção das características do local, de acordo com a forma na qual incide, podendo transformar, inclusive, as cores do ambiente. E por fim, está o nível emocional, referente aos efeitos que a luz causa nos pa-
cientes. Por esse largo leque de possibilidades que a luz oferece, alguns arquitetos têm dado mais espaço a soluções arquitetônicas construídas com luz natural. “A experiência prática e um olhar para a história da arquitetura nos fez compreender que a quantidade de luz e seu regulamento estão estreitamente relacionados com a concepção a que ela se destina”, garante o arquiteto. Segundo o italiano, a opção pela luz natural pode trazer inúmeras vantagens ao ambiente, como conforto visual e calor, além de deixar o ambiente mais receptivo e reduzir os custos com a energia elétrica. “A maior atenção deve ser dada aos espaços subterrâneos de estabelecimentos de saúde e espaços de convivência desenvolvidos apenas com luz artificial”. A solução para dar mais vida a esses espaços através da inserção da luz natural está em alguns subterfúgios fornecidos
pelas novas tecnologias e técnicas arquitetônicas, entre elas o filme holográfico, heliostats, fibra óptica e tubos de luz. O filme holográfico é uma película de plástico, os heliostats são dispositivos capazes de seguir o caminho do sol com uma rotação em torno de um ou dois eixos, o seu movimento é acionado por processos automáticos. Já a fibra óptica, com seus elementos de vidro cilíndrico, conseguem transportar luz à distância, mesmo em locais de difícil acesso. Os tubos de luz são sistemas complexos, com base em várias reflexões especulares e na radiação solar difusa. “Para verificar quais dessas tecnologias implantadas à arquitetura seriam mais eficazes em sua real aplicação, desenvolvi um estudo baseado em suas aplicações em alguns hospitais espanhóis projetados pelo arquiteto Albert de Pineda”, conta Atzeni. As instituições analisadas pelo arquiteto italiano foram Health ARQ
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Iluminação
Humanização
St. Catherine Hospital in Salt, Girona, Hospital Quiron e o Hospital del Mar, em Barcelona, Quiron Hospital, em Madrid, New Hospital in Denia, em Alicante, e Hospital Sant Joan Despi Doctor Moises Broggi em Barcelona. Segundo Atzeni, o estudo realizado mostrou que é possível permear de diferentes formas os espaços dos edifícios, que vivem, normalmente, apenas com luz artificial, com uma nova perspectiva, a luz natural. O melhor modo irá depender
dos traços arquitetônicos de cada ambiente de saúde. “A luz fria deixa o ambiente frio, anônimo, cansativo, e reduz o nível de concentração de quem trabalha diariamente nesses espaços. Com a tecnologia podemos trazer luz natural em espaços subterrâneos através de sistemas informatizados que resolvem de maneira eficiente o problema da iluminação em espaços subterrâneos de hospitais”, garante o italiano que encontrou um único contratempo
para essa implantação de luz natural em ambientes fechados: os custos de construção e operação, considerando-se a sua manutenção necessária. “A saída seria trabalharmos com composição de espaços e volumes, que nos permitem, com truques inteligentes, levar luz natural para os espaços subterrâneos, por exemplo, através do uso de pátios, claraboias e grandes janelas de porão, garantindo o bem-estar do homem nos espaços hospitalares mais internos”, finaliza.
“A luz mantém o nosso ritmo biológico e, mesmo com vários tipos de iluminação artificial disponíveis, nada consegue substituir a radiação solar”, Mattia Atzeni, Arquiteto
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Ambientação
Humanização
Fluxo de pessoas Projeto reúne diversas especialidades médicas em uma só clínica que realiza uma média de nove mil atendimentos por mês
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uais são as alternativas que o mercado de saúde apresenta tanto para as pessoas de menor poder aquisitivo, como também para aquelas que não têm um plano de saúde? Trata-se de dois públicos distintos. De um lado, estão as pessoas que recorrem ao SUS, e
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do outro, um público que já utilizava melhores serviços. Pensando nisso, Alexandre Merofa, administrador da Cuidar + Soluções em Saúde, passou quatro anos pesquisando a fundo o mercado de Saúde do Brasil a fim de descobrir as alternativas para atender este nicho.
Depois de um longo período visitando clínicas e consultórios nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Merofa descobriu inúmeras possibilidades de negócio com foco para esses dois públicos. Nascia, assim, a Clínica Cuidar + Soluções em Saúde em São Paulo.
“A partir dai, iniciei o desenvolvimento de um plano que pudesse transmitir o novo conceito e quantificar os resultados esperados. Esta estratégia foi apresentada a um grupo de investidores e aprovada por eles. Em 2014, após uma intensa procura por um ponto comercial adequado, iniciamos as obras da primeira unidade da rede Cuidar +. Esta obra terminou em novembro de 2014 e, em janeiro de 2015, inauguramos a unidade”, explica. Além de diferenciais como trazer diversas especialidades para um único local, a clínica também traz um projeto arquitetônico que fomenta, ainda mais, a missão da clínica: oferecer o melhor atendimento aos pacientes. Para trazer o máximo de conforto ao usuário, a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, da C+A Arquitetura, lançou mão de diversos recursos neste case. Aliado a isso, também estava a preocupação de executar a obra em um curto espaço de tempo e com o custo baixo de implantação. Vale lembrar que este projeto é o pontapé inicial de toda a rede, ou seja, este projeto piloto será multiplicado nas outras unidades que serão construídas na cidade. Por se tratar de uma clínica multidisciplinar, foi necessário um estudo a fim de descobrir alternativas para o melhor fluxo de pessoas. “Podemos aproximar bastante a maneira como projetamos espaços ambulatoriais dos espaços hospitalares. Porém, a principal diferença é quanto à avaliação dos fluxos de pessoas, materiais e colaboradores. Nos ambientes hospitalares precisamos de áreas de circulação mais generosas devido ao fluxo que estes corredores possuem, em contrapartida, em ambientes ambulatoriais temos um fluxo muito menor, o que permite ter espaços de circulação mais reduzidos”, explica. Outro ponto importante foi dispor os ambientes a fim de proporcionar aos locais de permanência prolongada, como os consultórios, uma iluminação natural. “Procuramos trabalhar um conceito interessante de Health ARQ
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Ambientação
Humanização ambientação para as áreas de espera, recepção e consultórios. A iluminação foi projetada a fim de proporcionar ambientes bem iluminados, claros, criando alguns pontos de destaque no forro que fizeram a composição da ambientação. Nestes pontos de destaque, foram usadas algumas lâmpadas alógenas, e na maior parte dos ambientes, trabalhamos com a iluminação fluorescente”, explica a arquiteta. O mobiliário da clínica também mereceu uma atenção especial. As peças foram escolhidas obedecendo aos critérios de conforto e durabilidade, devido ao alto fluxo de usuários que a unidade terá, cerca de nove mil atendimentos por mês. “Além disso, procuramos interpretar no ambiente as cores escolhidas na logomarca da Cuidar +. Tivemos também o cuidado em desenvolver um projeto de ambientação que fosse fácil de ser adaptado em qualquer unidade.”
Ana Paula Naffah Perez e Ana Carolina M. Tabach da C+A Arquitetura 50
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Sustentabilidade A Clínica Cuidar + foi construída em uma edificação projetada para uma escola. O projeto aproveitou, então, as prumadas de hidráulicas para minimizar o impacto na obra. A unidade também traz princípios sustentáveis em seu case, principalmente quanto à energia elétrica e água. “Procuramos no projeto de luminotécnica projetar lâmpadas econômicas, a fim de minimizar a quantidade de watts consumida. No tocante à agua, todas as torneiras especificadas são automáticas, reduzindo, ainda mais, o consumo”, explica a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, da C+A Arquitetura. Estratégia O custo dos materiais foi um fator imprescindível, pois a proposta inicial era a execução de um projeto com custo baixo de implantação, na durabilidade dos materiais e na questão de sustentabilidade. Diante da grande gama de produtos disponíveis no mercado, foi possível especificar materiais que respondessem a essas características.
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Evento
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Novidades e negócios
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HBI China é o principal evento da Ásia para a área da construção hospitalar e também da indústria de infraestrutura. “Desde a sua criação em 2011, a HBI China esteve comprometida com o desenvolvimento saudável e ordenado da indústria. Conseguimos isso através da apresentação do setor com as tendências de
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Feira na Ásia levantará as novidades para arquitetura e construção em saúde e promoverá fórum ligado ao setor
vanguarda no investimento das edificações de saúde através de planejamento, projeto, construção, operação e gestão, proporcionando uma plataforma eficiente para a troca de negócios e oportunidades de networking entre os líderes da indústria e profissionais”, diz Jack Wei, porta-voz da HBI China. No ano passado, a fei-
ra que ocupava 14 mil m² com 200 expositores e 15 mil visitantes, gerou 500 bilhões em negócios. A edição de 2015 da feira, que será realizada entre 23 e 25 de maio vai ocupar uma área de aproximadamente 25 mil m², divididos em 12 segmentos principais. “Estamos esperando a participação de cerca de 300 expositores e mais de 15
mil visitantes profissionais durante os três dias do evento. Até o momento, 80% dos estandes foram reservados por renomados expositores chineses e também de outros países”, conta Wei. Empresas ligadas à arquitetura e construção civil de países como Alemanha, Áustria, China, Japão, Suíça, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos estarão reunidas para apresentar seus mais recentes produtos, soluções e serviços para profissionais do setor. “A cada ano, convidamos mais especialistas internacionais e nacionais de primeira linha para compartilhar conhecimento conosco, levando novas tecnologias, tendências internacionais e sua valiosa experiência na “China Hospital Construção Fórum” que acontece simultaneamente”, garante o porta-voz. Segundo Wei, este ano, o fórum vai contar com mais 30 atividades profissionais diversificadas, abrangendo áreas-chave da construção de hospitais e desenvolvimento, incluindo fóruns ligados à indústria de materiais. “Além disso, em 2015, a União Internacional de Arquitetos - Public Health Group (UIA-PHG) realizará seu Seminário Anual e Programa Global University em arquitetura para saúde (GUPHA) junto com a HBI China”, revela.
“Desde a sua criação em 2011, a HBI China esteve comprometida com o desenvolvimento saudável e ordenado da indústria. Conseguimos isso através da apresentação do setor com as tendências de vanguarda no investimento das edificações de saúde através de planejamento, projeto, construção, operação e gestão, proporcionando uma plataforma eficiente para a troca de negócios e oportunidades de networking entre os líderes da indústria e profissionais” Jack Wei, Porta-voz da HBI China
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Reestruturação
ARQ destaque
Conceito Inovador Reestruturação física do IPq dá vida a espaço de saúde moderno e com conceitos humanizados em psiquiatria
C
entro de treinamento, ensino especializado, pesquisa e atendimento de alta complexidade há mais de 60 anos, o Instituto de Psiquiatria – IPq – do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), tem a importante missão
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de atuar como polo gerador de conhecimento, validando e difundindo modelos eficientes de intervenção. A estrutura física do prédio, idealizado na década de 1940, rapidamente tornou-se obsoleta em razão do surgimento de medicações e tratamentos
mais eficazes. Sem contar o desgaste sofrido ao longo dessas décadas, pelas quais passou sem reformas substanciais. Apesar de uma equipe altamente qualificada e técnicas modernas e adequadas, seu edifício já não atendia mais às necessidades desse trabalho. Eram necessárias mu-
danças que permitissem a implantação e teste de um novo modelo de assistência hospitalar: as enfermarias especializadas em problemas afins. Pacientes deprimidos, por exemplo, não serão internados no mesmo espaço em que são atendidas pessoas em estado de agitação psicótica.
O Conselho Diretor do IPq tomou como referência experiências bem sucedidas de instituições parceiras do Instituto, ligadas às universidades de Pittsburgh (EUA), Londres e Mannheim (Alemanha), e contou com apoio decisivo do HC-FMUSP, que contratou o NUTAU (Núcleo de Pesquisas em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo) da USP, para desenvolver o projeto, que mereceu apoio irrestrito do Governo do Estado.
O antigo e obsoleto deu lugar ao novo, ao inédito, onde espaços cuidadosamente planejados acolheram pacientes, médicos, profissionais de saúde, alunos e residentes de forma integrada, favorecendo o convívio e a troca de experiências. Nessas áreas foram testados modelos de intervenções terapêuticas, que podem servir de referência para outras instituições do País. “O projeto de reforma do IPq teve como pressuposto
uma nova filosofia de tratamento psiquiátrico, o paciente tem que permanecer o menor tempo possível internado, ter características mais próximas de um Hospital-Dia convencional e o mesmo deve passar parte do seu dia no convívio da família”, conta o arquiteto José Borelli Neto, da Borelli e Merigo Arquitetura e Urbanismo. A principal mudança conceitual do novo IPq é a inovadora substituição de grandes enfermarias gerais
por unidades de internação e ambulatórios especialmente ambientados para o menejo de problemas afins, evitando a convivência forçada de pacientes com transtornos incompatíveis, o que complica o atendimento e dificulta o ensino e a pesquisa das melhores técnicas de intervenção. Foram gerados espaços internos mais aconchegantes, explorando cores, texturas, iluminação e sinalização adequadas e um dos grande desafios Health ARQ
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Reestruturação
ARQ destaque
“O projeto de reforma do IPq teve como pressuposto uma nova filosofia de tratamento psiquiátrico, o paciente tem que permanecer o menor tempo possível internado, ter características mais próximas de um Hospital-Dia convencional e o mesmo deve passar parte do seu dia no convívio da família”, José Borelli Neto, Arquiteto da Borelli e Merigo Arquitetura e Urbanismo
é oferecer o máximo de conforto e o mínimo de segregação, com segurança e efetivo atendimento. Somados a isso, a Associação dos Designers de Interiores, em uma demonstração de apoio, doou ao novo IPq projetos de decoração e mobiliários, adequados às características das unidades e ao tipo de paciente. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Geraldo G. Serra, para seu desenvolvimento, procurou aplicar métodos de programação arquitetônica, os 56
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quais, entretanto, se valem de exemplares similares. “O IPq, construído em 1951, não tinha nada similar no território nacional dada sua natureza acadêmica e de dedicação à pesquisa. O Prof. Valentim nos indicou dois paradigmas para instituições psiquiátricas do mesmo tipo que o IPq: o Instituto de Psiquiatria de Pittsburgh e o Maudsley Institute, em Londres”, conta. Com isso, alguns membros da equipe de Serra visitaram essas instituições e colheram dados para a ela-
boração do programa. “Simultaneamente, fazíamos muitas entrevistas com todos as pessoas responsáveis pelos diversos setores e serviços do IPq procurando determinar o que julgavam deficiente e como viam uma instalação nova. A partir desse conjunto de informações elaboramos um programa e um estudo preliminar”, revela. A porta de entrada ao Instituto é feita por um pronto atendimento aos pacientes surtados, ou por triagem em um ambulatório es-
pecifico. Os pacientes são agrupados por patologia, gênero e idade, portanto as chamadas enfermarias têm que atender as necessidades de espaço, acabamentos, portas, janelas, mobiliário e segurança de acordo com o perfil do paciente, diário ou internado. Tais ambientes além do tratamento especifico, propicia atividades de lazer, ocupação terapêutica, refeições e higiene, esses espaços devem evitar o máximo aspectos que possam oprimir o paciente.
“Os acabamentos todos foram especificados por nós. Para isso, ouvíamos uma pequena comissão que se reunia periodicamente. Todavia, durante a obra, muitas dessas especificações foram revistas e alteradas face a outras ponderações da Comissão de Obras”, Geraldo G. Serra, Arquiteto do IPQ O nível de conforto do corpo clínico e técnico foi contemplado com espaços adequados, com áreas de nutrição, higiene e descanso, de tal forma que refletisse na qualidade do atendimento público. O arquiteto José Borelli conta que “dentro das possibilidades que uma reforma permite foram adotadas algumas medidas de sustentabilidade, como água de reuso e placas de aquecimento solar”. As áreas externas foram adequadas para atividades ao ar livre, e atividades físicas também em área coberta, dada a variação climática da cidade e complementado com um projeto paisagístico. O projeto teve que adequar o programa definido pela equipe técnica aos espaços já existentes, pois não havia previsão de aumento de área à luz da
legislação vigente, bem como adequações necessárias para atender a legislação do Corpo de Bombeiros. “Assim sendo, tivemos que criar ambientes para as atividades clínicas, ensino e pesquisa, laboratórios, internação, centro cirúrgico e UTI, biblioteca, serviços gerais (nutrição e higiene dos pacientes e funcionários), bem como serviços administrativos”, lembra Borelli. Uma grande quantidade de modificações foi introduzida durante toda a execução do projeto, as maiores dificuldades ocorreram com a necessidade de aprovação do projeto de paisagismo na Prefeitura Municipal de São Paulo, pois a pretenção era replantar apenas 16 árvores e plantar cerca de 100 novas árvores. “Tivemos também que obter a licença do patrimônio histórico da Prefeitura e do CONDEPHAT.
Essas aprovações nos tomaram muito tempo e aumentaram o prazo de execução em algo como um ano”, diz o arquiteto Serra. Também foram substituídos todos os materiais de acabamentos, por soluções mais modernas e práticas que evitam manutenções periódicas e propiciam o nível de assepsia necessária a edifícios de saúde. “Os acabamentos todos foram especificados por nós, ouvida uma pequena comissão que se reunia periodicamente na sala do Prof. Valentim e para a qual eram convidados os interessados nos espaços objeto de discussão em cada reunião. Todavia, durante a obra, muitas dessas especificações foram revistas e alteradas face a outras ponderações da Comissão de Obras que se reunia todas as terças-feiras no canteiro”, finaliza Serra. Health ARQ
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Aprimoramento
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Especialização em Saúde Mercado oferece cursos para que arquitetos especializem-se no setor
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esponsáveis por projetar e organizar espaços internos e externos, os arquitetos conseguem agregar valores em estética, conforto e funcionalidade em qualquer edificação. Entretanto, quando se trata de ambiente hospitalar é necessário que esses profissionais estejam ainda mais atentos a todas as questões, valorizando pontos como fluxo e humanização, sem esquecer-se da necessidade de fácil assepsia. A arquitetura hospitalar é de suma importância ao País tendo em vista que temos mais de 6000 municípios e, a maior parte deles, carentes de unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas. “Projetar corretamente estes espaços requer do profissional de arquitetura o conhecimento de uma série de informações, que incluem: as implicações éticas na arquitetura de sistemas de saúde, o planejamento da rede de saúde, o entendimento de suas interfaces, o atendimento às normas e às boas práticas, a incorporação de novas tecnologias, a atenção com a acessibilidade, a flexibilidade, a expansibilidade e, principalmente, a humanização dos espaços, tanto para
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pacientes e seus acompanhantes, quanto para os trabalhadores da saúde”, salienta o professor Márcio Oliveira, Coordenador do curso de Especialização em Arquitetura de Sistemas de Saúde da Universidade Católica de Brasília e Presidente da ABDEH. Para contribuir com o conhecimento dos profissionais que optam por atuar em Saúde, cursos de extensão, especialização e pós-graduação foram sendo criados ao longo dos anos e, hoje, os profissionais de arquitetura podem trabalhar com formação
“Dominar o conhecimento sobre os sistemas construtivos mais adequados para cada caso agrega competência para decidir sobre a aquisição e manutenção de equipamentos hospitalares, considerando fatores como eficiência, custos e prazos para execução dos serviços”, Cristiano Moura, Diretor de Marketing da AEA Educação Continuada
dedicada especialmente ao setor da Saúde. “Quem deseja atuar nesta área deve estar sempre atento às novidades, buscando se atualizar constantemente, seja por meio de cursos e palestras ou por meio da literatura específica, dentre as quais encontram-se as revistas e os livros publicados com apoio da ABDEH”, diz Oliveira. Os cursos de especialização têm como oferecer conhecimentos sobre as mais modernas metodologias de projeto arquitetônico hospitalar, incluindo a compreensão dos processos e métodos de dimensionamento do edifício, do setor de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (ADT), além do aprendizado referente a cálculo de custos das instalações hospitalares. “Em nosso caso, trata-se de um curso de extensão, de educação continuada, que é a especialidade da AEA. As principais disciplinas estão relacionadas a tipologia projetual e suas especificidades, normalização e aspectos legais, e exemplos práticos de unidades de saúdes projetadas e construídas no Brasil e fora do País”, conta Cristiano Moura, Diretor de Marketing da AEA Educação Continuada, que oferece o curso de “Arquitetura de Hospitais, Clínicas e Laboratórios”. Segundo Moura, uma especialização na área, permite ao profissional
“Projetar corretamente estes espaços requer do profissional de arquitetura o conhecimento de uma série de informações, que incluem: as implicações éticas na arquitetura de sistemas de saúde, o planejamento da rede de saúde, o entendimento de suas interfaces, o atendimento às normas e às boas práticas, a incorporação de novas tecnologias, a atenção com a acessibilidade, a flexibilidade, a expansibilidade e, principalmente, a humanização dos espaços, tanto para pacientes e seus acompanhantes quanto para os trabalhadores da saúde”, Márcio Oliveira, Coordenador do curso de Especialização em Arquitetura de Sistemas de Saúde da Universidade Católica de Brasília e Presidente da ABDEH dimensionar redes e unidades nos seus aspectos físico, financeiro e administrativo; oferece habilidade para desenvolver projetos de postos e centros médicos, ambulatórios, unidades de pronto atendimento, unidades mistas, hospitais locais, regionais e especializados, laboratórios, clínicas especializadas e centros de diagnóstico. Além de capacidade para elaborar planos diretores hospitalares para unidades que necessitam de ampliações e reformas; Diagnosticar nas unidades existentes, o dimensionamento de novas instalações. “Dominar o conhecimento sobre os sistemas construtivos mais adequados para cada caso agregam competência para decidir sobre a aquisição e manutenção de equipamentos hospitalares, considerando fatores como eficiência, custos e
prazos para execução dos serviços”, salienta. Já o curso oferecido pela Universidade Católica de Brasília, trata-se de uma especialização Lato-Sensu, com 360 horas de aulas presenciais, com duração total de um ano. A metodologia utilizada é a de ensino semi-presencial, sendo o curso constituído de dez disciplinas complementares, nove teóricas e uma no formato de atelier de projeto, na qual os alunos têm a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido no desenvolvimento do projeto de um estabelecimento de saúde completo. “Está incluso em sua estrutura a disciplina “Atelier de Projeto de EAS”, que possui quase a metade da carga-horária das aulas, e forma a base do trabalho acadêmico final, onde os alunos consolidam os conhecimentos adquiridos
nas disciplinas teóricas em um projeto completo”, explica Oliveira. Segundo o Coordenador da Especialização em Arquitetura de Sistemas de Saúde da Universidade Católica de Brasília, o curso visa preparar profissionais para atuar no planejamento e no projeto dos recursos físicos e tecnológicos, seus componentes e suas relações com os usuários e atividades inerentes ao processo de prestação de serviços de saúde. “O profissional de arquitetura ou engenharia que se torna especialista em sistemas de saúde agrega a seu currículo um perfil muito requisitado no mercado, podendo atuar como técnico, consultor ou projetista de estabelecimentos de saúde, ou ainda na área pública, em trabalhos de auditoria, vistorias ou inspeções”, diz. O curso em Brasília existe desde 2007, e inclui, além das aulas normais, a realização de palestras com a participação de convidados especiais, as quais geralmente são abertas gratuitamente para o público externo, sendo realizadas em parceria com a diretoria regional da ABDEH. Dentre os convidados que já passaram pelo curso, incluem-se nomes como os de Jarbas Karman, Flávio Kelner, Augusto Guelli, Luis Carlos Toledo, Antonio Pedro Carvalho, entre outros convidados. Health ARQ
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Regulamentação
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Segurança em foco Normas de regulamentação garantem segurança dos usuários de instituições de saúde
A
RDC 50/2002 é a grande balizadora e fundamental normativa para a elaboração e o desenvolvimento dos projetos de arquitetura de estabelecimentos assistenciais de saúde de todos os portes e tamanhos. É ela que regulamenta as bases para construções novas destinadas ao atendimento à saúde como também as ampliações e as reformas e, ainda, as transformações de estruturas prediais que não foram projetadas para tal e que serão adaptadas para o atendimento à saúde da população. “Nesse sentido, a interferência da RDC 50/2002 para estas ações é absoluta e necessária na busca por garantir a segurança e a qualidade dos ambientes onde os usuários serão atendidos”, comenta a arquiteta Elza Costeira, Coordenadora e Docente dos Cursos de Especialização lato senso de Arquitetura Hospitalar e de Arquitetura de Interiores e Paisagismo do INBEC (Instituto Brasileiro de Educação Continuada). Segundo Elza, a grande dificuldade em segui-la é o desconhecimento por parte dos profissionais e sua aplicação de forma equivocada. “Já ouvi algumas afir-
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mações de pessoas desavisadas comentando que a mesma não é adequada aos pequenos ambientes de atenção à saúde como Postos de Atendimento, unidades básicas e pequenos consultórios. Isto é um equívoco”, conta. A RDC 50/2002 foi modelada para que possa ser usada em todos os tipos de edifícios de atenção à saúde, desde um pequeno Posto do interior do País, até os grandes hospitais e institutos de especialidades. Na verdade, sua formatação em fichas relativas a cada perfil de
ambiente e, ainda, a sua organização de atividades por tipologia de atendimento facilita a sua aplicação no balizamento dos mais diversos tipos de projetos, reformas e ampliações destes espaços, auxiliando o entendimento das atividades que serão exercidas em cada local e sua adequada modelagem para atender a todos os usuários-pacientes, funcionários, estudantes e acompanhantes.
Atualizações
A RDC 50/2002 sofreu uma primeira alteração após o
seu estabelecimento. Trata-se da RDC 307, de 14/11/2002, que na verdade complementa a RDC 50/2002 em alguns procedimentos de elaboração de projetos físicos, de organização físico-funcional de alguns ambientes que não haviam sido contemplados na norma e de algumas questões relativas ao conforto, segurança e abastecimento, complementando o que já havia sido estabelecido. Outras questões de ambientes e instituições específicas, por exemplo, as de atendimento ao Parto, às Urgências e Emergências e uma série de outros tipos de estabelecimentos de atenções à saúde foram sendo contemplados com uma série de normas. As mesmas, no entanto, jamais foram contra à RDC 50/2002 e, apenas complementam e detalham alguns ambientes que foram exigindo dos gestores uma especial atenção e complementação nas suas características projetuais. “Isto significa que os arquitetos que se dedicam a projetos de ambientes de atenção à saúde devem estar sempre em sintonia com a ANVISA e o Ministério da Saúde para estarem inteirados e atualizados a respeito das complexidades e exigências de cada um dos espaços de diagnóstico, terapia, internação e atendimento, lembrando que a medicina sofre atualização tecnológica muito rápida, exigindo dos arquitetos um estudo constante das especificidades dos tratamentos e das exigências de cada um destes ambientes”, acredita Elza.
Fiscalização
As normas para o planejamento físico das unidades de atenção à saúde são fundamentais para a garantia de segurança e da adequação do atendimento à população. Nelas, como acontece na RDC 50/2002, estão descritas as exigências e demanda dos diversos ambientes para garantir a segurança na salvaguarda de infecções hospitalares, no aterramento e adequação das instalações elétricas, na segurança em relação aos incêndios, na adequada manipulação e destinação de resíduos e de uma série de características para que seja oferecido aos usuários a total adequação e conforto no que diz respeito à oferta de tratamento.
Linha do tempo
Proativo e pioneiro nas questões de regulamentação de ambientes de atenção à saúde, o Brasil já contava, em 1977, com a Portaria MS 400 de 6/12/77, que definia normas e padrões sobre construções e instalações de serviços de saúde. “Antes disso, em 1943, encontramos importante documento que delineia o campo de pesquisa e estudos da conformação de hospitais não por arquitetos, mas por médicos e administradores hospitalares, através da realização do primeiro Curso de Organização e de Administração Hospitalares que conferiu a 25 médicos o título de Especialista, configurando a formação dos primeiros especialistas da América do Sul neste campo do conhecimento”, conta a Docente. Em 1953, no âmbito do Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção de São Paulo, acontece o lançamento do primeiro curso de Arquitetura Hospitalar que se tem notícia no Brasil, este sim já direcionado a engenheiros e arquitetos, promovido e dirigido por Jarbas Karmann, que havia acabado de concluir seu curso de Mestrado em Arquitetura Hospitalar pela Universidade de Yale, nos EUA, em 1952, ano em que também participou de um curso sobre infecção hospitalar no Canadá. Um ano mais tarde, em 1954, Karmann fundou o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares, o IPH, mantenedor da primeira faculdade de Administração Hospitalar da América Latina, onde foi diretor e titular da cadeira de Arquitetura Hospitalar. O curso de Arquitetura Hospitalar do IAB, em 1953, foi dirigido também por Rino Levi, arquiteto de projeção internacional, com projetos para diversos hospitais na Venezuela. “Após o estabelecimento do SUS, através da Lei nº 8080 de 1990, contamos com uma fundamental revisitação e normatização dos ambientes de saúde através da Portaria MS 1884 de 11/11/1994 que versa sobre os diversos ambientes de saúde e já apresenta uma formatação dos espaços em fichas por ambiente, que encontramos de novo, de modo mais atualizado e abrangente, na RDC 50/2002”, explica Elza. Atualmente, a ANVISA está preparando Consulta Pública para a elaboração da revisão da RDC 50/2002, como está indicado na própria Norma. “Isto nos levará a uma ampla discussão e reflexão das questões relativas aos ambientes mais adequados e sua correta concepção e implantação, garantindo, cada vez mais, a segurança e o conforto do paciente no atendimento à saúde. Como vemos, muito antes da RDC 50/2002, arquitetos, médicos e administradores sempre procuraram estabelecer pesquisas e estudos de adequação dos ambientes de atenção à saúde, visando implementar a qualidade e excelência destes espaços e das instituições hospitalares em nosso País”, finaliza. Health ARQ
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Regulamentação
ARQ destaque “Podemos pensar em ambientes críticos, em presença adequada de pontos de gases medicinais e de recursos tecnológicos disponibilizados com toda a segurança de uso na medida em que suas instalações foram rigorosamente acompanhadas e sofreram adequada montagem e disponibilização nas instituições hospitalares. Mesmo em um pequeno Posto de Saúde é preciso garantir que as vacinas e medicamentos, por exemplo, sejam rigorosa e adequadamente armazenados para que a população disponha de segurança no acesso a estes recursos”, acredita a arquiteta. Alguns ambientes ou instituições de perfil mais especial têm a complementação de suas exigências e especificidades nos diversos espaços e estruturas prediais, através das respectivas normas complementares. De modo que os arquitetos devem estar em sintonia com o que estabelece a ANVISA e o Ministério da Saúde, assim como atualizados em relação aos programas essenciais e os que são priorizados pelas políticas de atenção à saúde para que possam garantir a oferta do melhor e mais adequado projeto para cada um dos casos e localidades onde vão atuar. Para garantir que tudo está sendo seguido da maneira correta, a fiscalização é feita, no âmbito municipal, pelas VISAS estaduais e, em alguns casos, municipais. Quando há algum projeto específico de fomento de um Programa de Atenção de âmbito nacional, mui-
tas vezes são feitos convênios com as instâncias federais que, por sua vez, fiscalizam a aplicação de recursos disponibilizados aos Estados e Municípios e que complementam as diretrizes em relação à implantação dos ambientes ou dos prédios de atenção à saúde. Quanto às instituições privadas, todas devem ter a aprovação das VISAS locais para que possam aprovar a construção e o funcionamento de seus empreendimentos. “Além de tudo o que foi mencionado, e mesmo além das normativas sobre o assunto, não posso conceber um projeto adequado de instituição de atenção à saúde sem a questão da multidisciplinaridade construída
na discussão, pesquisa e consulta aos diversos profissionais atuantes nos processos de diagnóstico e tratamento”. Elza chama atenção para o fato de que o estabelecimento de equipes multidisciplinares para a discussão das interfaces a serem contempladas nos projetos parece fundamental, além de embasar a construção de conhecimento atualizado para os arquitetos atuantes neste setor. “Ainda devemos mencionar as questões de sustentabilidade e de humanização dos espaços para a formatação de projetos mais adequados e justos para com o usuário, que vem exigindo a qualificação do atendimento de saúde no nosso País”, conclui.
“A RDC 50/2002 é absoluta e necessária no sentido de garantir a segurança e a qualidade dos ambientes onde os usuários serão atendidos”, Elza Costeira, Arquiteta e Docente
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ARQ destaque
Ano novo, projetos novos ABDEH planeja ano ativo e investe na satisfação dos associados
O
ano de 2015 chegou e, apesar da instabilidade que se instalou no País em todos os setores, a nova diretoria da ABDEH não ficou parada e já programou uma série de eventos para seus associados. “Sem dúvida, o País como um todo deverá passar por um período de ajustes, e os investimentos na área da saúde também devem ficar mais escassos durante algum tempo. Porém, acredito que este é o momento ideal para planejar e buscar novas fontes de financiamento para o setor, que ainda tem muito o que crescer e expandir, dada a demanda crescente por serviços especializados e de qualidade”, diz Márcio Oliveira, Presidente da ABDEH. Serão promovidos, a partir de março, mais de 60 eventos. Entre eles, sete cursos, palestras, lançamento de livros e visitas técnicas. “Mais do que captar novos associados, temos a preocupação e o interesse prioritário em valorizar nosso associado atual, fornecendo-lhe uma grande seleção de eventos e atividades espalhadas
pelos estados”, afirma. Além de promover eventos em prol da troca e de novos conhecimentos para os profissionais de arquitetura e engenharia que atuam no setor da Saúde, a associação também marcará presença em eventos internacionais, como o 6º Congresso Europeu de Engenharia Hospitalar, que será realizado na Finlândia, onde também será a realizada a reunião do conselho mundial da IFHE, da qual a ABDEH faz parte. “Na ocasião, estaremos fazendo a defesa da candidatura da ABDEH a sediar a reunião do conselho em
2017 no Rio de Janeiro”, revela Oliveira. Em outubro, a participação será no congresso latinoamericano, organizado pela associação argentina AADAIH, em Ushuaia, na Argentina. “A participação nestes dois eventos é importante para a consolidação do papel da associação como representante do Brasil no contexto mundial da arquitetura e engenharia hospitalar, e, em particular, junto a nossos colegas latino-americanos no fortalecimento de nossa parceria e cooperação regional”.
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ARQ destaque
Prêmio
Reconhecimento Líderes da Saúde, promovido pelo Grupo Mídia, premia engenheiros e arquitetos do setor
O
dia 11 de dezembro de 2014 foi de celebração para as empresas que mais se destacaram no setor da Saúde em 2014. O Prêmio “Líderes da Saúde”, realizado pelo Grupo Mídia, através da Revista HealthCare Management, reuniu representantes de grandes empresa do setor no Espaço Apas em São Paulo. Mais de 300 convidados conferiram quem foram os ganhadores da eleição que premiou o setores de indústrias, serviços e fornecedores, além de Associações, Federações e empresas que fomentam o Negócio na Saúde. Os escolhidos foram apresentados em 23 categorias, com três ganhadores em cada uma, sendo todos igualmente homenageados, ou seja, não foi estabelecido um ranking entre eles. A escolha desses importantes players foi feita por um corpo de jurados composto pelo conselho editorial das revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, além do voto de gestores de importantes instituições de saúde de todo o Brasil. “O objetivo é abranger toda a cadeia da saúde, por isso trazemos categorias como Análises Clínicas, Arquitetura, Diagnóstico por Imagem, Telecomunicações, entre outras que englobam importantes instituições no setor”, explica Carla de Paula Pinto, editora da publicação.
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O prêmio abrangeu quatro categorias ligadas à construção civil: Arquitetura, tendo dado o reconhecimento à Fiorentini Arquitetura de Hospitais, L+M e RAF Arquitetura; Arquitetura de Interiores, com a MW Arquitetura, ACR Arquitetura e Planejamento e Teresa Gouveia Arquitetura sendo premiadas; Engenharia, reconhecendo o trabalho desenvolvido pela Afonso França Engenharia, Método Engenharia e MHA Engenharia; e, por fim, Engenharia Clínica, dando o prêmio a Equipacare, Engebio e Tecsaúde. Entre os presentes estiveram representantes de todas as empresas de arquitetura e engenharia premiadas, além de importantes nomes no setor da Saúde como Francisco Balestrin, Presidente da Anahp; Carlos Goulart, Presidente-executivo da Abimed; José Maria Lasry, Gerente Geral da HOSPITALAR Feira+Fórum; Franco Palamola, Presidente da Abimo e Paulo Fraccaro, Superintendente da Abimo. E André Almeida, Presidente da Abcis, entidade homenageada da noite. De acordo com Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia, o sucesso da noite refletiu o grande ano da empresa. “Em 2014, tivemos um crescimento bastante relevante, assim como o reconhecimento aos nossos veículos. Em maio, a premiação aos ‘100 Mais Influentes da Saúde’ como um happy end da Feira HOSPITALAR era só o começo do sucesso. Em setembro, tivemos o lançamento da Health-IT durante o Himss. E, em outubro, o 1º Fórum Healthcare Business e o prêmio ‘Excelência da Saúde’, que conseguiu reunir gestores de importantes instituições do País. Acredito que o sucesso do Líderes venha para selar este ano de conquistas do Grupo Mídia”, finaliza.
Líderes na categoria Engenharia Clínica
Premiados na categoria Arquitetura de Interiores
Representantes das empresas reconhecidas na categoria Engenharia
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Vencedores na categoria Arquitetura
Investimento em excelência
Hospital Márcio Cunha ganha novo Pronto-Socorro e dobra área de atendimento
Foto: Jomar Bragança
Referência regional
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m ambiente que une tecnologia e humanização. Assim pode ser chamado o Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga (MG), administrado pela Fundação São Francisco Xavier, após sua revitalização. Iniciada em 2010, por meio do Plano Diretor de Obras empreendido pela instituição, o grande destaque desse trabalho foi a reforma e ampliação do Pronto-Socorro do HMC. Com investimentos de R$ 13 milhões, o projeto contemplou a transformação dos 1.200 m2 da unidade antiga em uma moderna área de quatro mil m2 (três vezes maior que a anterior) para melhor acolher colaboradores e clientes. Isso porque passa a contemplar ambientes
específicos e equipados para diferentes atendimentos, como a Unidade de Observação Infantil e de Urgência Pediátrica, Unidade de Observação de Adultos, Unidade de Ortopedia e Unidade de Urgência Clínica, além de áreas de medicação e apoio. O novo Pronto-Socorro, agora com mais espaço e mais conforto, propiciou o aumento da capacidade de atendimentos a pacientes de convênios e do Sistema Único de Saúde (SUS), melhoria das condições de trabalho dos colaboradores, melhoria do fluxo de pacientes, maior agilidade nos atendimentos e humanização na assistência. “O Pronto-Socorro do Hospital Márcio Cunha está maior e
ainda mais preparado para se estabelecer como referência regional na prestação de serviços e como parceiro do Estado para o fortalecimento da Rede de Urgência e Emergência de Minas Gerais”, destaca Luís Márcio Araújo Ramos, Diretor -executivo da Fundação São Francisco Xavier. A Fundação São Francisco Xavier investiu em estruturas modernas e de primeira linha para o Hospital Márcio Cunha, projetadas com referência nos melhores hospitais do País. Os acabamentos internos foram selecionados de forma a tornar os ambientes harmoniosos, dando leveza e ao mesmo tempo praticidade na manutenção, limpeza e durabilidade.
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Referência regional
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Espera Pediátrica
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Observação Pediátrica
Mais que uma bela fachada, seu novo Pronto-Socorro é uma edificação totalmente adequada e dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, com o objetivo de elevar a qualidade e a segurança na assistência para o atendimento aos casos de alta complexidade. “O maior desafio foi integrar a arquitetura existente com a nova de forma harmônica. Outro desafio foi elaborar as fases em que a obra seria executada, de forma eficaz, pois o Pronto-Socorro não deixou de funcionar em nenhum momento”, diz Ramos. Hoje, o Pronto-Socorro do HMC atende a todos os casos de urgência e emergência dos clientes dos planos de saúde. Para o SUS, conforme pactuação com gestores de saúde, o hospital é referência para os casos graves de urgência e emergência classificados como laranja e vermelho, como pacientes com politraumas, infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), vítimas de perfurações com armas de fogo, entre outros, e não apenas em Ipatinga, mas para 35 municípios do Leste de Minas Gerais. “O seu tamanho já não mais atendia às necessidades. Além do espaço, tínhamos problemas sanitários e ainda cruzamento de fluxos. O projeto de reforma, ampliação e modernização do Pronto-Socorro fez-se necessário para garantir uma assistência extremamente qualificada, segura e humanizada, além de um ambiente adequado para o exercício profissional”, conta o Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier. O Plano Diretor de Obras da FSFX buscou contemplar um novo conceito de pronto atendimento, que pudesse proporcionar assistência com qualidade, eficiência e, consequentemente, a satisfação do cliente por se sentir bem acolhido. “Para isso, a Gerência de Infraestrutura elaborou um projeto de expansão integrado à reforma do prédio antigo e voltado para a sustentabilidade, para o aproveitamento de iluminação natural e com materiais que proporcionam melhor harmonia”, conta a Superintendente de Gestão da Fundação
São Francisco Xavier, Adriana Leite Chaves Quintela. De acordo com Adriana, na execução, a estratégia foi colocar em prática uma logística dividida por áreas e em cinco etapas, para que a obra impactasse o mínimo possível o atendimento da unidade. “Esse, sem dúvidas, foi o nosso maior desafio, já que os atendimentos do Pronto-Socorro, 24 horas por dia, não foram interrompidos em nenhum momento durante todo o período das obras. Assim, cada dificuldade encontrada era discutida com as áreas afetadas e solucionadas de acordo com o desenvolvimento da logística de execução do projeto. O que facilitou foi a parceria entre as áreas e a Gerência de Infraestrutura, somada a um projeto bem elaborado e alinhado com todos os envolvidos”, garante a Superintendente. Adriana ressalta ainda que a humanização foi o ponto primordial para que fosse possível elaborar um projeto alinhado aos valores e aos objetivos estratégicos da Fundação São Francisco Xavier. Para isso, foi criada uma ala exclusiva para pediatria, por exemplo, com a Unidade de Observação Infantil e a Urgência Pediátrica, evitando que as crianças em consulta médica tenham contato com as vítimas de trauma. Dessa forma, o setor possui ambientação totalmente voltada para crianças que estão em observação. Papeis
de paredes com temas específicos foram adotados, com pinturas que trazem leveza e harmonia para o ambiente. Foram colocadas ainda plantas para suavizar e proporcionar uma área verde nos ambientes. A humanização é notável também por proporcionar áreas individualizadas para o setor administrativo e o mezanino com sala de treinamentos e área de repouso para médicos e enfermeiros. “Outro ponto importante é a entrada de pacientes graves para a Unidade de Urgência e Emergência separada da parte de atendimento central, proporcionando prioridade para pacientes em estado grave”, reforça.
“Assim como a sustentabilidade, a tecnologia também se fez presente. Um sistema automatizado de ar condicionado, que proporciona controle individual para cada área, equipamentos médicos hospitalares de alta resolução, modernos elevadores para acesso ao mezanino e um gerador de energia específico para toda a unidade foram instalados” Adriana Leite Chaves Quintela, Superintendente de Gestão da Fundação São Francisco Xavier Health ARQ
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Referência regional
CAPA Os revestimentos também foram escolhidos com o intuito de humanizar o ambiente, proporcionar harmonia e modernidade. São materiais que trazem leveza e sensação de um local maior e mais confortável. Nas áreas médico-hospitalares, foi usada manta vinílica com detalhes em diversas cores para suavizar o ambiente e proporcionar melhor sensação bem-estar. Considerada um diferencial no projeto, a iluminação foi pensada para o reaproveitamento da luz natural na recepção. A iluminação elétrica foi aumentada para proporcionar melhor visibilidade no atendimento. A recepção conta com uma parede do tipo “Pele de Vidro”, para que a iluminação natural possa entrar para a área interna e iluminar sem ter a necessidade da iluminação elétrica. O material utilizado não transmite calor e proporciona uma melhor harmonia para a recepção e para o acolhimento dos clientes. O mobiliário foi escolhido com a ideia de proporcionar um melhor dimensionamento dos espaços, para que clientes e colaboradores pudessem ter mais conforto ao utilizarem o Pronto-Socorro. “São móveis mais nobres e que valorizam o ambiente com cores claras, como Pau Marfim, buscando leveza, melhor funcionalidade e humanização”, explica Adriana. Além disso, o projeto de reforma e ampliação do Pronto-Socorro também trouxe características sustentáveis, visto os quesitos iluminação natural, uso de materiais com selo verde, uso consciente de materiais para evitar desperdícios, dentre outros. “Assim como a sustentabilidade, a tecnologia também se fez presente. Um sistema automatizado de
ar condicionado, que proporciona controle individual para cada área, equipamentos médicos hospitalares de alta resolução, modernos elevadores para acesso ao mezanino e um gerador de energia específico para toda a unidade foram instalados”, completa a Superintendente.
Os Investimentos não param
A Fundação São Francisco Xavier adquiriu recentemente para a área de Oncologia do Hospital Márcio Cunha dois novos aceleradores lineares, por meio de convênio de R$ 4 milhões com o Ministério da Saúde. Com o primeiro entregue em 2014 e o segundo previsto para chegar neste semestre, o equipamento importado dos Estados Unidos é capaz de executar tratamentos de radioterapia em qualquer parte do corpo do paciente, produzindo radiação de alta energia e capacidade de penetração e interação com o organismo.
“O tamanho do hospital já não mais atendia às necessidades. Além do espaço, tínhamos problemas sanitários e ainda cruzamento de fluxos. O projeto de reforma, ampliação e modernização do Pronto-Socorro fez-se necessário para garantir uma assistência extremamente qualificada, segura e humanizada, além de um ambiente adequado para o exercício profissional” Luís Márcio Araújo Ramos, Diretor-executivo da Fundação São Francisco Xavier 70
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Com isso, a Unidade de Oncologia irá dobrar a capacidade de realização de radioterapias, passando de 90 para 180 pacientes diários. Ainda para área da Oncologia, a FSFX aprovou dois novos projetos no Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon). Orçados em R$ 7,2 milhões, o objetivo é ampliar ainda mais a capacidade de diagnóstico e tratamento da doença, a partir da: • Implantação da primeira Unidade de Oncologia Pediátrica no Leste de Minas Gerais, viabilizando o tratamento a crianças e adolescentes, de forma multidisciplinar, com protocolos avançados, humanizado e mais próximo de suas residências. • Implantação da Unidade de Cuidados Paliativos, que contará com equipe multiprofissional e oferecerá atendimento integral, além de 40 leitos para internação de pacientes oncológicos. A Fundação investirá ainda na ampliação de outras áreas assistenciais do Hospital Márcio Cunha, como a criação de 20 novos leitos de UTI e 50 novos leitos de internação. Além disso, vem realizando reformas e melhorias em áreas de apoio, como a Lavanderia e Nutrição.
Recepção Principal
Observação Adulto Health ARQ
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Tecnologia
CONSTRUÇÃO
Tecnologia aplicada Hospital Águas Claras tem nova edificação projetada em 3D através do BIM – Building Information Modelling
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ocalizado na cidade-satélite de Águas Claras, próximo a Brasília, no Distrito Federal, o hospital que leva o mesmo nome do município foi construído através de um inovador projeto hospitalar. A inovação está na execução de todo esse projeto em BIM – Building Information Modelling – tecnologia de projetos em 3D. “Tivemos a oportunidade de participar desta obra através da projeção das instalações elétricas, climatização, ventilação mecânica, hidráulicas, incêndio e fluidos mecânicos. Também modelamos a arquitetura, estrutura e instalações dos sistemas eletrônicos”, conta o Gerente de Tecnologia da MHA Engenharia, Guilherme de Brito Neves. Em 2008, o Governo dos EUA decretou a obrigatoriedade da utilização do sistema BIM – Building Information Modelling – com o software Revit (Autodesk) para projetos de engenharia e arquitetura de obras públicas. Essa informação chamou a atenção do Gerente de Tecnologia da MHA Engenharia, Guilherme de Brito Neves. “Se os EUA tor-
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naram lei a utilização de um sistema que evita gastos excessivos, decidimos imediatamente iniciar investimentos na compra e na capacitação para utilização do Revit”. O BIM é um processo que permite a construção em 3D de toda obra, em cada um de seus detalhes. Uma vez construída virtualmente em sua totalidade, cria a possibilidade de um passeio virtual pela planta, identificam-se as interferências ainda no ambiente de projeto e buscam-se soluções não causando impactos obra. “Evitamos o retrabalho no canteiro de obras, evitamos o aumento exponencial do orçamento e garantimos maior
previsibilidade de tudo que será gasto”, explica Guilherme. A maneira de se trabalhar muda um pouco e são necessárias equipes integradas. Projetistas de hidráulica, por exemplo, realizam atualizações em tempo real enquanto engenheiros elétricos já visualizam as mudanças hidráulicas. “Isso evita sobreposição de dutos, o que só seria descoberto muito tempo depois, quando a solução já não será tão simples”, explica Guilherme. A iniciativa para que o hospital fosse projetado em 3D partiu do escritório de arquitetura, a IMPAR, que, em visita à França, teve contato com o método. “O projeto em BIM é muito mais detalhado e integrado e, portanto, requer um volume de horas maior. Para entregarmos o Águas Claras dentro do prazo de quatro meses, foi necessário mobilizar uma grande equipe”, conta Guilherme. A mobilização vale a pena, para atender a expectativa do cliente por um projeto de melhor qualidade e por uma execução de obras mais rápida.
Outro grande desafio para o projeto do Hospital Águas Claras era o fato de já haver uma edificação construída, com a torre e fachadas concluídas. O projeto da empresa de arquitetura era que fossem projetadas as utilidades, e feitas a compatibilização e adequação à edificação existente, tudo isso usando BIM e dentro do prazo estipulado para agilizar a contratação dos serviços de execução do hospital. Para um projeto hospitalar, a MHA considera sistemas tecnologicamente atualizados, instalações flexíveis, manutenção facilitada e segurança de funcionamento. “Fundamental foi a participação da IMPAR, Health ARQ
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Tecnologia
CONSTRUÇÃO
capacitada, profissional e tomando decisões rápidas que resultaram em significativo ganho de tempo para a execução dos projetos”, diz o engenheiro Edison Domingues Júnior, Diretor Executivo do projeto. “O projeto ainda trouxe a expansibilidade, permitida pela previsão de dispositivos que permitirão conexões futuras das instalações, como esperas na rede de esgoto e registros estrategicamente dispostos nas redes de água fria e água quente. Trouxe também segurança, garantida por exemplo, pela previsão de geradores de energia que suportam 100% da carga elétrica do hospital em casos de falta de energia e trabalhos em horário de pico”, conta Edison. “O edifício ainda foi pensado para ter o menor consumo de energia e água possíveis, por meio de sistema de controle predial e economizadores de água”, garante.
Detalhes e inovações da Elétrica
“Projetar um hospital para ocupar espaço em um edifício já erguido, com a subestação da concessionária local definida e implantada, incluindo infraestrutura para atendimento de uma torre comercial em fase de conclusão, executada sem a orientação de ocupação na área hospitalar, foi uma tarefa que necessitou planejamento e uma 74
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estrutura adequada”, diz o engenheiro Luiz Roberto Soares, responsável contrato. “O espaço destinado ao hospital teria que ser projetado levando em conta a compatibilização com os sistemas existentes, incluindo a alimentação elétrica da torre efetuada por barramento blindado, e, portanto, sem possibilidade de modificação, assim como alguns sistemas de bombeamento e de elevadores já em operação”. Todo o projeto foi desenvolvido com a adoção de modelagem em Revit, e nele foram disponibilizadas as diretrizes com a aplicação de flexibilidades, redundâncias e segurança no
uso da energia elétrica, cuja alimentação foi fornecida pela concessionária através da subestação sob sua responsabilidade, implantada no 1º subsolo do edifício. Desta subestação, já sob responsabilidade do hospital, toda a distribuição foi elaborada em baixa tensão através de quadros gerais para atendimento de aproximadamente 180 quadros elétricos distribuídos nos pavimentos e setorizados conforme necessidades. O sistema ainda consiste na adoção de geração de energia através de três equipamentos a diesel, carenados, com capacidade para suprir 100% do complexo hospitalar, seja em emergência ou horário de ponta. O hospital também contará com sistema de combate a incêndio alimentado exclusivamente por painel independente conectado ao grupo gerador próprio, caso haja necessidade do desligamento da rede elétrica principal. Complementando a emergência, o projeto também previu UPS operando em redundância, separados em sistema de TI / segurança, para atendimento de todo o hospital, e sistema clínico para atendimento exclusivo do centro cirúrgico, UTI, etc. “Em todo o processo estiveram envolvidos nove profissionais distribuídos entre projetistas e modeladores, com o acompanhamento da engenharia que teve de se antecipar para que não houvesse comprometimento no desenvolvimento do projeto, mas todos integrados em conciliar as necessidades, mantendo e realimentando quadros instalados”, conta Luiz Roberto. As inovações aplicadas merecem destaque, como a própria geração de energia que prevê equipamento redundante na composição; o gerenciamento de energia que tem como objetivo o descarte de cargas, inclusive na parada de parte do sistema de geração; a distribuição redundante no sistema crítico incluindo circuitos terminais; medição de energia dedicada a grupos de cargas como cozinha, garagens, setor de imagem, laboratórios e elevadores da torre que passaram a ser alimentados pelo hospital para permitir o atendimento em emergência. Health ARQ
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CONSTRUÇÃO
Tecnologia
Detalhes e inovações da hidráulica, incêndio, fluidos mecânicos e climatização
A disciplina de instalações hidráulicas está no foco das atenções em tempo de seca e crises hídricas. “A hidráulica foi desenvolvida por dez profissionais, envolvendo dois engenheiros e oito projetistas. “O maior desafio enfrentado na disciplina foi o de estudar cada um dos trechos de instalações já executados e verificar a possibilidade de utilização, reavaliar os desvios das redes existentes para a nova configuração do empreendimento”, conta Edmar Naccarati, engenheiro responsável pela área. Foram especificados válvulas e dispositivos economizadores de água em todos os pontos de utilização. Para os gases medicinais foram propostos duplicidade de prumadas e ramificações em anel, garantindo flexibilidade na manutenção dos sistemas. No sistema de geração de água quente foi previsto recuperação de calor na água de condensação do chiller, objetivando menor consumo de gás GLP. Para Fabio Girckus, engenheiro responsável pela climatização, o maior desafio do projeto foi justamente o fato de a estrutura estar pronta e não existir um pavimento dedicado acima do centro cirúrgico para a instalação das máquinas de condicionamento de ar que atenderão as respectivas salas cirúrgicas. “Foram desenvolvidos os cálculos térmicos pertinentes ao projeto, sempre verificando qual sistema seria adequado ao atendimento de cada área, visando à possibilidade de utilização de áreas como casas de máquinas, entre-forro, e também mantendo contato com as outras disciplinas (Hidráulica, Elétrica, Telecom e Correio Pneumático) para compatibilização e otimização dos sistemas”, conta Fabio. “Na área de climatização, a equipe foi dimensionada com um engenheiro, dois projetistas e três desenhistas”. A equipe da MHA Engenharia manteve um estreito contato com a arquitetura, a fim de aprovar utilização de espaços e compatibilizar as necessidades dos sistemas de climatização. Uma das inovações do projeto é a utilização de um recuperador de calor em um dos chillers, para reaproveitamento de energia, pré aquecendo água de consumo do hospital. “Para os eletrônicos, a MHA mobilizou cinco profissionais, que compreenderam os sistemas de Cabeamento estruturado, detecção e alarme de incêndio, áudio e vídeo, controle de senhas, chamada de enfermeira e automação”, explica o gestor desta etapa, o engenheiro Luiz Atzinger. 76
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Dados Técnicos Elétrica • Carga Instalada – 6.800 KVA • Carga Demandada – 2.400 KVA • 03 Geradores de 1.500KVA (cada) 380 V – 100% da carga- em rampa • No Breaks – 160 KVA Segurança e TI – 180 kva • Subestação da Concessionária interna ao Hospital – 04 x Trafos de 1000KVA(sendo 01 para a Torre) • Tensão de Distribuição – 380 V Climatização • 03 Chillers de 300 TR(cada) ,a Ar, sendo 01 com recuperador de calor •
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• 176 Fancoletes • Ressonância Magnética – 01 Chiller de 15 TR – Trocador de Calor - 02 bombas Hidráulica- Incêndio – Gases Medicinais • Reservatório Inferior – Sub solo – Água Potável Capacidade 550 m³ • Sistema de Água Fria - Pressurizado • Sistema de Água Quente – a gás – 03 Tanques de 5.000l(cada) • Esgoto e Águas Pluviais – por gravidade • Centrais de Gases Medicinais – Pavto. Térreo – Compressores, tanques criogênicos e cilindros • Sprinklers – Hidrantes – Reservatório Inferior – Capacidade 150 m³- Sistema Pressurizado
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CONSTRUÇÃO
Nova Edificação Hospital São Camilo inaugura prédio na Unidade Pompeia e amplia capacidade de ocupação em 30% 78
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Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo continua a investir em expansão e inaugura um prédio na Unidade Pompeia. Com quase 10 mil m2 divididos em dez andares e cinco pisos de garagem, a nova torre conta com 86 leitos, sendo 72 quartos individuais e 14 leitos de UTI, seis salas cirúrgicas e 104 vagas no estacionamento. Com a ampliação, a Unidade Pompeia passa a oferecer mais de 370 leitos, o que representa um aumento de 30% na capacidade de ocupação. “A incorporação de uma nova torre irá possibilitar o atendimento à crescente demanda de pacientes, oferecendo estrutura funcional, hotelaria arrojada e atualizada e equipamentos de alta tecnologia. A comunidade ganhará um ambiente confortável, humanizado e seguro para atendimentos de urgência e emergência, realização de cirurgias e internação”, explica o Diretor de Operações da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Rogério Quintela. A obra do novo prédio foi baseada na necessidade de se fazer o melhor atendimento. “A segurança do paciente é alvo constante na elaboração de plantas arquitetônicas que possibilitam a funcionalidade assistencial, garantindo condições seguras para os funcionários, médicos, pacientes e acompanhantes. Pesquisas apontam que um ambiente acolhedor, com estímulos positivos de cores, sons e luz contribui com a recuperação da saúde. Por isso, a estrutura física foi planejada para que o paciente e seu acompanhante percebam todo o cuidado que a Unidade Pompeia tem com a permanência deles na instituição”, revela Quintela. O Hospital São Camilo Pompeia foi a primeira Unidade da Rede a ser fundada, em 1960. Atualmente, é uma das referências no atendimento de urgência, emergência e de alta complexidade. Foi um dos primeiros hospitais a conquistar três certificações, sendo duas internacionais: Joint Commission International e certificado Diamante da Qmentum da Accreditation Canada. Oferece atendimento em todas as especialidades, conta com um Centro de Diagnóstico por Imagem e é Centro de Referência para Transplante de Medula Óssea. “O Hospital investe constantemente em infraestrutura e renovação de seu parque Health ARQ
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Ampliação
CONSTRUÇÃO
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
tecnológico. Em 2012, ganhou um novo Pronto-Socorro Adulto, que teve sua capacidade duplicada para atender aos pacientes com mais agilidade e conforto. Em 2014, inaugurou o Centro de Oncologia e ampliou o número de leitos da área de Transplante de Medula Óssea em mais de 120%, totalizando 20 quartos de internação”, conta Lúcia Eid, Gerente médica da Unidade Pompeia. Outro grande investimento foi na área de Pediatria. “Em 2014, a instituição reestruturou a UTI Infantil e transformou 17 leitos em quartos individualizados. Além disso, contratou mais empresas médicas espe80
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cializadas no atendimento às crianças, incluindo casos de alta complexidade, e adquiriu equipamentos de ressonância magnética de 1,5 e 3,0 Tesla capazes de auxiliar no diagnóstico de doenças que acometem pacientes dessa faixa etária”, explica Lúcia. O plano de expansão da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo contempla, também, iniciativas nas outras Unidades. Este ano, já foi inaugurado o novo Pronto-Socorro Infantil da Unidade Santana que, totalmente reformado, passa a ter uma área de mais de 880 m2 com todo conforto e segurança para pacientes e acompanhantes. Para
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três modernos hospitais que fazem parte da história da capital paulistana: Pompeia, Santana e Ipiranga. Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são seus principais pilares de atuação. As Unidades têm capacidade para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 668 leitos e um quadro clínico de mais de três mil médicos qualificados. Seus hospitais possuem importantes acreditações internacionais, como a da Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor, a Acreditação Internacional Canadense e a da ONA (Organização Nacional de Acreditação). A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar da Ordem global.
2015, ainda estão previstas a expansão do Pronto-socorro Adulto e Infantil da Unidade Pompeia e a inauguração de um Centro Médico Especializado na Unidade Ipiranga. Em 2014, seguindo o planejamento, foi inaugurado um Centro de Simulação, na Pompeia. O espaço de 490m2, destinado ao treinamento de até 120 profissionais, simultaneamente, conta com seis salas de aula e equipamentos de alta tecnologia, como manequins computadorizados que reagem aos procedimentos realizados durante o atendimento. “Nós compusemos um novo Plano Diretor para a instituição, alterando não só a estrutura física da instituição, mas também seu conceito, de um hospital moderno que não parou no tempo. Com a compra dos lotes vizinhos, além da reforma na edificação já existente, construímos três novos blocos”, conta o arquiteto responsável pelo projeto Siegbert Zanettini, que ressalta também a inovação que foi aplicada na construção: banheiros prontos, sendo o primeiro prédio em São Paulo a contar com este artifício na construção. Zanettini revela que os novos blocos estão conectados entre si em todos os pavimentos e deverão ligar-se através de uma passarela ao quinto bloco a ser projetado, que ficará do outro lado da rua na qual encontra-se a instituição.
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Ampliação
CONSTRUÇÃO A humanização foi trabalhada de maneira vigorosa no projeto. Foram criadas, em todos os quartos, varandas iluminadas naturalmente, com mesas e cadeiras para permitir ao paciente contato com o exterior e vazão para que a luz natural entre nos leitos. “Isso contribui não somente para a humanização, mas também para a sustentabilidade”, diz Zanettini. Outro aspecto implantado ligado à humanização foi a escolha das cores. O hospital recebeu paredes e pisos coloridos, diferenciando cada andar por sua cor característica. “utilizamos também, luminárias, painéis e móveis projetado especialmente para a área”, lembra o arquiteto.
Atenção aos detalhes
A instituição cuidou também dos detalhes ligados à decoração de interiores. O mobiliário foi especialmente desenvolvido para o local, com um projeto que inclui sofás e poltronas da linha Mani da TETO Mobília Contemporânea, que acompanharam a linha arquitetônica do projeto da Zanettini Arquitetura, equilibrando sofisticação e neutralidade. “Para esse ambiente foi desenvolvido um sofá em formato de ilha, que tem como objetivo ser a peça central de um espaço destinado a exposições. Nos leitos, foram escolhidos sofás-cama e poltronas reclináveis, já testados em diversos hospitais, mas que, para esse projeto, receberam cores alegres e descontraídas escolhidas pelo arquiteto Zanetini”, conta Sérgio Fix, Diretor da TETO Mobília Contemporânea. Todos os produtos foram confeccionados usando madeira de reflorestamento e revestimento em couro ecológico. Já para a escolha das cores a serem aplicadas no mobiliário, a empresa fez várias simulações em 3D para todos os ambientes e, com base nessas simulações, o arquiteto responsável pelo projeto fez suas escolhas. Na produção do mobiliário, houve ainda a preocupação com a facilidade de higiene e não proliferação de bactérias no ambiente de saúde. Para isso, foram escolhidos materiais de fácil assepsia, como o couro ecológico, e os produtos foram desenhados com o menor número de cantos e superfícies que pudessem acumular sujeira. “Nos preocupamos também com a segurança do paciente, considerando os materiais pela ergonomia dos produtos. Existem poltronas reclináveis que apresentam risco de queda, esse não é o caso das poltronas da TETO, pois todas as questões ergonómicas são pensadas para minimizar problemas desse tipo”, ressalta Fix. 82
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Cuidado e responsabilidade
A maior preocupação da TETO ao desenvolver um produto hospitalar é a usabilidade do mesmo. “Tentamos atender, ao mesmo tempo, as necessidades dos clientes internos do hospital, as equipes de hotelaria, manutenção, enfermagem e higiene, que nos solicitam questões como ergonomia, assepsia e facilidade de manutenção”, conta Sérgio Fix, Diretor da TETO Mobília Contemporânea. Porém, ao mesmo tempo, a empresa procura atender às necessidades dos clientes externos do hospital, os pacientes e acompanhantes. “Esse segundo grupo solicita conforto e estética, entre outros”, diz. De acordo com Fix, um dos diferencias da TETO é entender as necessidades de cada cliente e criar produtos sob medida para as mesmas, tentando, inclusive, equilibrar as mesmas com a capacidade financeira de cada cliente.
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Infraestrutura
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Peça chave para o sucesso Diretoria de Projetos do Grupo Amil garante crescimento e qualidade das instituições da rede 84
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om mais de 25 anos de expertise em desenvolvimento de projetos e gerenciamento de obras para ambientes médico-hospitalares, a equipe da Diretoria de Projetos e Construções do Grupo Amil vem atuando na construção de diversos hospitais que compõe a rede. Além de responder por essas novas unidades, o setor também trabalha na ampliação e modernização de hospitais já existentes através de um estudo de viabilidade econômica para a implantação da nova unidade de negócio. Para tanto, o primeiro passo é o desenvolvimento de um Plano Diretor, elaborado através de um estudo da demanda e suas necessidades específicas. Soma-se a esse cenário o fundamental trabalho em conjunto de uma equipe multidisciplinar que conta com arquitetos, engenheiros, médicos, enfermeiros e administradores hospitalares. Feito isso, iniciam-se os estudos norteados pela sustentabilidade, a fim de atender aos processos de impacto ao meio ambiente, como, por exemplo, a utilização racional de água e energia, busca por fontes alternativas de redução de consumo. “Todos os projetos são pensados para privilegiar o
conforto, a conveniência e o bem-estar dos pacientes e acompanhantes através da idealização de ambientes que possuam condições de expansibilidade e funcionalidade, ideais para a perfeita utilização da equipe médica, além de prever a flexibilidade dos espaços para permitir a implantação de um novo serviço médico e a modernização das tecnologias na área da saúde”, explica Robson Szigethy, Diretor de Projetos da Amil (Assistência Médica Internacional S/A). Contudo, segundo o Diretor, umas das fases mais complexas é o gerenciamento das construções hospitalares, uma vez que é necessário nesta etapa um rigoroso acompanhamento da evolução do cronograma de execução e da análise do desempenho da construtora durante as diversas fases do empreendimento. Além disso, há a supervisão do controle do fluxo físico x financeiro da obra. “Os estudos de viabilidade econômica, através de um rigoroso planejamento financeiro dependem, cada vez mais, do controle de custos. Isso pode definir o sucesso ou o fracasso de um projeto”, salienta o Diretor. Ainda neste contexto está a busca por novos materiais, que é feita através da pesquisa junto aos diver-
sos fornecedores do setor e dos diferentes mercados no mundo. A premissa é que estes produtos atendam aos mais modernos e elevados padrões de construção, e que tenham maior durabilidade para atender as necessidades de redução dos serviços de manutenção das unidades hospitalares. “Além da preferência por produtos certificados, para que possamos contribuir com a implantação de uma rede de hospitais sustentáveis dentro do grupo, incluem-se também aspectos como vantagem econômica e um custo benefício favorável.”
Investimentos
Os principais investidores e analistas do mercado financeiro estimam que a economia passará por momentos turbulentos em 2015. E este reflexo já está sendo percebido no momento do planejamento para análise de novos investimentos, afirma Szigethy. Contudo, o Diretor ressalta que o Grupo continuará investindo no aumento da oferta do número de leitos e na melhoria do atendimento aos clientes, através da ampliação de seus hospitais, na aquisição de novas unidades e na modernização dos prédios existentes. Health ARQ
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Infraestrutura
ARQ gestão
“Com isso estaremos sempre na frente dos competidores e poderemos fazer a diferença no segmento de saúde como líder no mercado. Para tanto, a principal ação que implementamos é fazer sempre uma negociação forte junto aos fornecedores e planejar o fechamento em bloco dos contratos para contratação de serviços e materiais, e desta forma conseguir reduções nos orçamentos, através do aumento da escala junto as empresas”, ressalta Szigethy. E quanto aos investimentos, para os próximos anos, o Grupo visa concluir a construção do Hospital TotalCor em São Paulo, e a continuidade na construção de mais dois prédios no Complexo Hospitalar Américas Medical City no Rio de Janeiro. Outras unidades que estão em fase de ampliação e modernização de suas áreas, tais como os Hospitais Alvorada Moema, Ipiranga e Metropolitano, em São Paulo, e os hospitais Pasteur, Pró Cardíaco e Samaritano, no Rio de Janeiro, também estão dentro do planejamento. “Além isso, também estamos em fase de desenvolvimento de novos projetos para a região do ABC e nas cidades de Santos e Guarulhos”, afirma Szigethy. 86
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A equipe o Grupo Amil conta com o apoio de diversos profissionais e empresas para responder a crescente demanda. Como é o caso da Projob Engenharia, que já atuou em importantes obras de acréscimo e reformas do Hospital Samaritano e Pró-cardíaco, ambos no Rio de Janeiro. “Nessas instituições estamos junto com a Amil desde que eles adquiriram os hospitais, pois já trabalhávamos anteriormente para estas instituições tanto na área de projeto, como construção”, afirma José Carlos Tuton Pereira, Diretor da Projob. No Hospital Samaritano, por exemplo, a Projob atuou na construção de uma nova recepção, nas alas de emergência, unidades coronarianas, CTI e um espaço médico. Ainda neste case, incluem-se a radical reforma na área de imagem, de todo o centro cirúrgico, inclusive com mudança de área e criação de uma sala robótica, além de setores como cozinha, refeitório e vestiários gerais. “Estamos iniciando também um processo de renovação de quase toda hotelaria do hospital, incluindo a reforma de aproximadamente 70 quartos que serão feitos em etapas para minimizar as interferências.”
Já no Pró-cardíaco, a Projob participou desde o começo até a conclusão de um novo anexo que abriga o CTI e uma nova área de imagem em um prédio contíguo a edificação existente. Neste projeto foi reformulada toda área de recepção do hospital, assim como os setores de internação, como, por exemplo, as Unidades Semi intensivas, as Unidades Coronarianas, novo acesso ao Centro Cirúrgico, com a inclusão de uma Sala Hibrida, novos leitos de internação e diversas áreas de apoio como cozinha, esterilização, almoxarifado e farmácia. “O Hospital Pró-cardíaco adquiriu uma nova edificação para instalação de diversos consultórios, uma grande academia de reabilitação cardíaca e diversos exames complementares que deram maior conforto aos pacientes. Estamos iniciando um grande projeto de reformulação das áreas de internação que darão um grande salto qualitativo e quantitativo. Com isso, estamos conseguindo, junto com a Diretoria de Projetos, crescer, reformar e manter estas duas instituições no mais alto patamar de excelência e atualização em suas instalações”, finaliza Pereira.
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Mais espaço, maior estrutura Hospital na capital gaúcha investe em dois novos blocos anexos
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ais uma importante página da história do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) começou a ser escrita com o início das obras de ampliação da instituição, que a transformarão em um moderno complexo hospitalar. Com a expansão, o HCPA vai se tornar ainda melhor. O novo complexo hospitalar vai permitir a reorganização de diversas áreas e do fluxo de pacientes, auxiliando na diminuição das filas de espera do SUS, por exemplo. Por ser um hospital universitário vinculado academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a instituição também vai ampliar os espaços dedicados ao ensino e à pesquisa. Serão dois edifícios chamados de ANEXO I e ANEXO II, onde será dada especial atenção aos pacientes que necessitam de cuidados urgentes ou intensivos. A Emergência, por exemplo, que atualmente tem cerca de 1,7 mil metros quadrados, ficará com mais de cinco mil metros quadrados, podendo oferecer melhores condições de acolhimento aos pacientes. A área passará por um redesenho conceitual, com os pacientes sendo alocados em espaços específicos de acordo com o grau de risco. Já o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) passará de 54 para 110 leitos. Com os novos prédios, haverá liberação de áreas no edifício principal, proporcionando a instalação de mais 155 leitos de internação. Os dois anexos totalizam uma área de 84 mil m², sendo 54 mil m² no ANEXO I e 30 mil m² no ANEXO II. Os dois prédios terão a seguinte configuração: dois subsolos para estacionamentos e áreas de utilidades e mais sete pavimentos além da cobertura. Os edifícios foram projetados para operação ininterrupta (24h do dia) em diversas áreas e equipamentos (missão crítica), com sistema de UPS (no breaks) e sistema de geração de energia em emergência. No anexo I, está prevista ainda a instalação de um heliponto. Health ARQ
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Investimento
Sustentabilidade
Estrutura
Instalações
O projeto de fundações está baseado em estacas tipo Hélice Contínuas Monitoradas e as contenções serão realizadas em paredes diafragmas. A supra estrutura seguiu uma modulação de 7,5m X 7,5m sendo que o tipo de laje adotado foi o de laje nervurada com cubetas de 80cm X 80cm, nervuras de 30cm e capa de 7,5cm, resultando uma espessura total de 37,5cm de concreto. Os pilares terão secção transversal de 50cm X 50cm nos pavimentos acima do 2º andar. Logo abaixo do 2º pavimento, haverá uma secção de 70cm X 50cm. Nas circulações verticais a estrutura deverá ser em laje e vigas convencionais. “A concepção estrutural seguiu modulação de 7,5m x 7,5m e o tipo de laje adotado foi de laje nervurada com cubetas de 80cm x 80 cm, sendo a espessura total de concreto de 37,4 cm. A laje do heliponto também será do tipo nervurada. As marquises e cobertura do auditório serão em estrutura metálica sendo o telhado em telha sanduíche isotérmica. O volume total de concreto previsto na obra é de 22.000 m³”, explica o engenheiro Sérgio Moraes da SPM Engenharia.
As instalações elétricas terão subestações totalizando 13 MVA, sendo 8 MVA no ANEXO I e 5 MVA no ANEXO II. Além disso, haverá energia de emergência através de geradores a óleo diesel com 5 MVA no total. O sistema de energia ininterrupta será através de
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Health ARQ
no breaks totalizando 5 MVA. “O sistema de dados e voz será com cabeamento estruturado de última geração contando ainda com sistema de CFTV, sonorização e automação predial para controle, operação e supervisão das instalações”, completa Moraes.
O sistema central de ar condicionado será com sistema de água gelada/ quente, totalizando 2.500 TR (toneladas de refrigeração) nos dois Anexos. “As áreas assépticas terão filtragem absoluta com pavimento técnico especial para unidades de tratamento de ar além
Prevenção de todo o ar exterior de renovação ser previamente tratado”. Já as instalações hidrossanitárias contarão com água fria, quente, drenagem de águas pluviais e superficiais, bacia de contenção (retardo) de águas pluviais, esgoto sanitário, gorduro-
so e hospitalar além do aproveitamento de água da chuva para uso em mictórios e bacias sanitárias. O anexo contará também com sistema de tratamento de água para hemodiálise e sistema de transporte tipo correio pneumático para documentação e medicações.
Para prevenção aos incêndios, as escadas serão pressurizadas a prova de fumaça, sendo que os edifícios contarão com sistemas de combate com sprinklers, hidrantes e extintores. Além disso, está previsto um sistema de detecção de fumaça e sistema de alarme e sinalização de emergência todos endereçáveis.
“A concepção estrutural seguiu modulação de 7,5m x 7,5m e o tipo de laje adotado foi de laje nervurada com cubetas de 80cm x 80cm, sendo a espessura total de concreto de 37,4cm. A laje do heliponto também será do tipo nervurada. As marquises e cobertura do auditório serão em estrutura metálica sendo o telhado em telha sanduíche isotérmica. O volume total de concreto previsto na obra é de 22.000 m³”, Sérgio Moraes, Engenheiro da SPM Engenharia
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Sustentabilidade
Investimento
Responsabilidade ambiental O hospital preocupou-se também com as questões ligadas a sustentabilidade e ao meio ambiente quando desenvolveu este projeto. Para reduzir o impacto ambiental causado pelas obras e promover a sustentabilidade das atividades na construção dos novos prédios, a instituição primou por compras e contratações considerando aspectos ambientais e socioeconômicos; redução do consumo de água, energia, combustíveis e gases; correta identificação dos materiais, seleção dos resíduos gerados e destinação em área adequada; diminuição do impacto de materiais perigosos e poluentes sobre a saúde e o ambiente e manutenção da limpeza do canteiro de obras e suas instalações. Além de práticas para a redução dos ruídos, da erosão e da dispersão da poeira e para a conservação de ruas limpas e a adoção do conceito de “edifício verde” nos novos prédios, privilegiando, por exemplo, sistemas ener-
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Health ARQ
géticos de alta eficiência, iluminação natural em algumas áreas, uso da energia de frenagem nos elevadores para redução do consumo de energia elétrica e instalação de bacias de detenção para escoamento pluvial. Outros cuidados tomados foram quanto ao projeto paisagístico com plantio de novas árvores e criação de área de convívio, promovendo a aproximação da comunidade com
o hospital. Já os lava rodas ficam na saída dos portões e são utilizados para que os caminhões não levem sujeira para a via pública. Essa é uma questão ambiental que precisa ser respeitada. Quando saem, os caminhões param no local indicado, os pneus recebem um jato de água e o solo barreado cai em uma câmara. Depois de um tempo ele decanta e a água pode ser reaproveitada na obra.
Mais cuidados Mais de 280 árvores precisaram ser retiradas do terreno onde serão construídos os anexos I e II, porém, esses exemplares foram transplantados, pois são protegidos ou imunes ao corte, de acordo com legislações estadual e municipal. É o caso de um butiazeiro, uma figueira da folha miúda e uma figueira de folha grande. Segundo a bióloga Fernanda Sartorio, que acompanhou o processo de remoção e transplante das árvores, alguns passos precisaram ser seguidos para garantir o sucesso do procedimento. “Antes de retirar cinco dessas espécimes, fizemos um estudo do local para onde seriam transplantados. Era necessário que fosse ensolarado e com vento. Após, para a remoção das árvores, a recomendação era que se escavasse à uma distância de um metro e meio de cada lado e abaixo, para não danificar muito as raízes. Assim, o vegetal é retirado juntamente com um torrão de terra.” A bióloga explicou ainda que, depois de colocada no novo local, a árvore precisa de fertilizante e cicatrizante de raiz com fungici-
da. Além disso, é necessário que se regue todos os dias, exceto em dias de chuva. “Durante aproximadamente um ano a árvore permanece fragilizada, por isso acredito que seja um período bom para acompanhamento”, defende Fernanda. Algumas árvores removidas foram transplantadas para a área que fica à margem da Rua Ramiro Barcelos, próximo à esquina com a Av. Protásio Alves. Já para compensar os vegetais removidos, será feita uma compensação com o plantio de mais de 2,8 mil mudas. Para que o Hospital de Clínicas pudesse remover as árvores e prosseguir com a expansão, foi necessário assinar um compromisso de ajustamento de conduta junto ao Ministério Público. No documento estão previstas ações como plantio de espécies nativas e ameaçadas de extinção, acompanhamento do plantio e transplantes das árvores, destinação de recursos para recuperação de prédios inventariados, promoção de eventos de cunho cultural e adoção da Praça Major Joaquim de Queiroz.
“Antes de retirar cinco dessas espécimes, fizemos um estudo do local para onde seriam transplantada. Era necessário que fosse em um local ensolarado e com vento. Para a remoção das árvores, a recomendação era que se escavasse à uma distância de um metro e meio de cada lado e abaixo, para não danificar muito as raízes. Assim, o vegetal é retirado juntamente com um torrão de terra” Fernanda Sartorio, Bióloga
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Sustentabilidade
O que está por vir
Investimento
ANEXO I O QUE SERÁ OFERECIDO
O QUE O HOSPITAL TEM HOJE
Área construída
53.981,65 m
No local, há um estacionamento e um terreno sem ocupação
Subsolos 1 e 2
504 vagas de estacionamento Obs.: somando com anexo II, são 722 novas vagas de estacionamento
180 vagas para usuários externos (estacionamento redondo) Obs.: Para público interno, há 550 vagas abertas e 700 no prédio-garagem
Térreo
Emergência com 5.159,92 m2
Emergência com 1.717 m2, com 49 vagas para adultos e 9 para crianças
2o pavimento
Hemodinâmica: 4 salas Vestiário de barreira Anestesiologia
Hemodinâmica: 3 salas
3o pavimento
Recuperação Pós-anestésica: 90 leitos e 60 poltronas de recuperação
Recuperação Pós-anestésica: 17 leitos para adultos e 5 pediátricos / 0 poltronas de recuperação
4o pavimento
Bloco Cirúrgico + Centro Cirúrgico Ambulatorial: 41 salas de cirurgia / ressonância magnética Salas de aula e de estudos
Bloco Cirúrgico com 12 salas de cirurgia / Centro Cirúrgico Ambulatorial em 16 salas = 28 salas
5o pavimento
Centro de Material Esterilizado Laboratório de Patologia Salas de aula e de estudos
Espaços serão ampliados para atender o aumento da demanda
6o pavimento
Centro de Tratamento Intensivo: 55 leitos Salas de aula e de estudos
7o pavimento
Centro de Tratamento Intensivo: 55 leitos Nos dois andares (6o e 7o), o HCPA terá leitos de CTI
Centro de Tratamento Intensivo: 54 leitos
O QUE SERÁ OFERECIDO
O QUE O HOSPITAL TEM HOJE
Área construída
30.118 m
No local, há um terreno sem ocupação
Subsolos 1 e 2
218 vagas de estacionamento
180 vagas para usuários externos (estacionamento redondo) Obs.: para público interno, há 550 vagas abertas e 700 no prédio-garagem
Térreo
Atendimento ambulatorial Recepção e registro de pacientes
Hoje isto é feito em espaço insuficiente
2o pavimento
Endoscopia: 10 leitos Diálise: 34 leitos adultos e 2 pediátricos
Endoscopia: 5 leitos Diálise: 19 poltronas
3o pavimento
Hospital-dia: 16 leitos adultos e 4 pediátricos Novas instalações da Fisiatria
Hospital-dia: 6 poltronas, 6 salas de TMO, 1 sala de procedimentos, 1 consultório de infectologia Fisiatria com instalações insuficientes
4o, 5o e 6o pavimentos
Salas de aula Serviços administrativos Auditório
Hoje HCPA tem 30 salas de aula
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ANEXO II
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Ficha Técnica Consórcio projetista:
Projeto estrutural – concreto armado Projeto de fundações Engenheiro Civil José Júlio Alves Tavares - crea rs: 6814 rnp: 2206448211
Nedeff arquitetura, projetos e construções ltda (arquitetura) cau: 8988-5 cnpj/mf : 91.451.161/0001-57 av. carlos gomes 281 conj. 607, Porto Alegre
Projeto das instalações elétricas Engenheiro Eletricista Marcos Schneider - crea rs: 35213 rnp: 2202126805
spm engenharia sociedade simples ltda (instalações) crea/rs: 77.356 cau: 3133-0 cnpj/mf 93.711.133/0001-57 rua eça de queiroz, n.º 998, porto alegre Slab serviços de engenharia ltda - projetak (estrutura) crea/rs - 86636 cnpj/mf: 94.435.856/0001-33 av. carlos gomes, 1000 conj. 301, porto alegre Atividades desenvolvidas e profissionais responsáveis técnicos Projeto arquitetônico Projeto de paisagismo Projeto de comunicação visual Projeto de impermeabilização Arquiteto Ivo Guilherme Nedeff – cau 3552-1 Arquiteta Andrea Matzenbacher Nedeff Miranda – cau 8988-5
Projeto das instalações de climatização (ar condicionado – exaustão – ventilação - escadas pressurizadas - instalações de vapor a baixa pressão) Projeto das instalações de gases medicinais Projeto de estações de correio pneumático Projeto das instalações de tratamento de água para hemodiálise Engenheiro mecânico Vitório Presotto - crea rs: 62216 rnp: 2204011665 Projeto das instalações de prevenção e combate a incêndio Engenheiro Civil Nataniel Bridi dos Santos - crea rs: 122001 rnp: 2201605335 Projeto das instalações hidrossanitárias Arquiteta Márcia Osório Soares - cau: 30632-0 Orçamentos – planilhas de quantitativos, preços, cruva abc e cronograma fisico financeiro da obra Arquiteta Márcia Osório Soares - cau : 30632-0
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Conteúdo Exclusivo Revista Healthcare Management
Sustentabilidade
Gestão em tempos de crise Hospitais driblam a crise hídrica que se alastra por grandes cidades do País
A
lguns dizem que em tempos de crise surgem as oportunidades. A atual crise hídrica, que se alastrou nas principais cidades do País, mostra que, se as oportunidades ainda estão tímidas, no mínimo o País está, de fato, buscando alternativas para tentar corrigir o erro de décadas. Mas bem antes desta crise se alastrar, o Hospital Sírio-Libanês já se dedicava em um plano diretor voltado para a gestão hídrica da instituição. O primeiro passo, conforme explica Antônio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia do Sírio-Libanês, é a abordagem do ponto de vista da tecnologia, ou seja, priorizar o uso de aparelhos de baixo consumo, como torneiras, chuveiros e bacias sanitárias. “Isso representa uma redução de 60% a 70% de consumo. Uma válvula hídrica que antes consumia de 15 a 20 litros por acionamento foi substituída por uma que consome seis litros por acionamento”, explica. O hospital também investiu na medição de consumo de forma distribuída. Isso significa que o gestor sabe exatamente quanto é
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Health ARQ
o consumo total da instituição e também de cada setor. Neste caso, foram distribuídos 60 hidrômetros por toda a instituição que fornecem informações em tempo real de cada setor. Por exemplo, se determinada área consumiu além do permitido é possível traçar ações imediatas para corrigir os erros e, assim, não desperdiçar água. Além disso, o Sírio-Libanês também investiu em uma estação de tratamento de água e de efluentes. Na primeira, realiza-se a captação e filtração da água das
chuvas. Já na estação de efluentes, separa-se água negra (de bacias e de cozinha com gordura, por exemplo) da água cinza (chuveiro, lavatórios, pias, etc). A água é captada de forma separada, passa pela estação de tratamento e por um completo processo de filtragem. “Conseguimos uma reutilização da ordem de 100 a 120 m³ por dia de água de reuso. Esse volume é extremamente significativo, pois basicamente atende a necessidade das torres de resfriamento do sistema de ar
condicionado”, ressalta Cascão. Para essa estação de tratamento foram investidos cerca de R$ 1,2 milhão. Já a automação e a medição segmentada foi cerca de R$ 400 mil. “Isso não só garante a sustentabilidade ambiental, como também a econômica da instituição. É inquestionável que a água se tornará um recurso cada vez mais caro e restrito, por isso a urgência de usá-la com eficiência. O começo para solucionar o problema é medir de forma segregada e investir no reuso. Esse é o caminho que todos vão ter que passar”, salienta.
Planejamento
No caso do Hospital do Coração (HCor), quando termina o ano, todos os departamentos fazem um orçamento baseado no planejamento estratégico. Para a gestão hídrica, que compõe o custo institucional, são traçadas metas de consumo, baseadas no histórico e nos projetos de redução de consumo. “Mensalmente, esses dados de consumo são monitorados em forma de indicadores a fim de verificar se o consumo realizado no período está em consonância com o consumo projetado. Com esses dados é feita a análise crítica para promover as correções necessárias, cumprindo a meta conforme o planejamento”, explica Gleiner F. Ambrosio, Gerente de Engenharia do HCor. Com esse objetivo, o hospital já investiu cerca de R$ 100 mil em diversos projetos nos últimos quatro anos. “A Superintendência de Operações incumbiu a engenharia de traçar vários planos a fim de utilizar o recurso hídrico com maior eficiência. Elaboramos projetos que, hoje, se revertem em economia e melhor gestão do recurso”, explica. Com esses sistemas inovadores, foi possível evitar o desperdício de 3.500 m³ por
mês de água, o que representa uma economia anual de R$ 550.200,00. Entre os projetos estão o reaproveitamento da condensação gerada pelos equipamentos a vapor (lavanderia, autoclave, panelas a vapor) com a finalidade de reaproveitar a água que seria dispensada no sistema de captação. Houve também uma atualização tecnológica dos equipamentos a fim de diminuir o uso da água para o seu funcionamento, sendo instalados re-
dutores de vazão nas torneiras, chuveiros e bacias sanitárias, mantendo as vazões conforme norma preconizada e utilizando materiais certificados. Além de mudar equipamentos, o HCor reaproveita a condensação gerada pelos equipamentos de vapor, como as máquinas secadoras da lavanderia. O objetivo é reaproveitar a água que seria dispensada no sistema de captação, uma economia que representa 600 m³ por mês.
“É inquestionável que a água se tornará um recurso cada vez mais caro e restrito, por isso a urgência de usá-la com eficiência”. Antônio Carlos Cascão, Superintendente de Engenharia do Sírio-Libanês
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Retrofit
ARQ reforma
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Health ARQ
Transformando espaços Casarões antigos dão lugar a clínicas médicas através do Retrofit
S
endo o retrofit o recurso para adaptar uma construção às exigências de um novo ou mesmo programa arquitetônico adequando-o às normas vigentes e às novas tecnologias, este não pode ser caracterizado como uma reforma ou restauração. Neste processo, todo o edifício passa por modificações mantendo a essência arquitetônica da sua linguagem, porém renovando as instalações gerais. “Busca-se também uma adequação da linguagem arquitetônica considerando os aspectos contemporâneos além de soluções técnicas para facilitar a manutenção”, salienta Jonas Badermann, Diretor da Bader-
mann Arquitetura. Especialmente, quando esse processo é realizado para conversão de um ambiente comum em um ambiente de saúde, como no caso de casas antigas ou de serviços, deve-se avaliar com um olhar crítico todos os aspectos da construção, desde a cobertura, passando por forros, alvenarias, revestimentos, entre-pisos (normalmente nas construções antigas de madeira), esquadrias, instalações elétricas e hidráulicas, impermeabilizações até, muitas vezes, as fundações. “No caso de ambientes de saúde as exigências são ainda maiores, pois deve-se corresponder às várias exigências normativas, sendo que
as que mais impactam são as sanitárias, pela necessidade de se cumprir com os programas, dimensões e áreas obrigatórios, dotar de instalações especiais como gases medicinais e ar-condicionado e troca de ar, por exemplo”, explica Badermann. Segundo o arquiteto, além disso, deve-se observar os aspectos de acessibilidade não só relativos às rampas de acesso aos serviços, mas também à circulação de dependentes de cadeiras de rodas nos espaços interiores. Outro grande aspecto desafiador é fazer o edifício corresponder à segurança frente aos incêndios que muitas vezes exige incorporar áreas significativas.
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Retrofit
ARQ reforma
O que motiva este tipo de mudança, normalmente, é a necessidade de ampliar o mercado e de introduzir novas tecnologias e especialidades, oferecendo segurança aos clientes e aos processos. “Assim, deve-se avaliar considerando uma metodologia que analise o mercado, o programa de necessidades, a imagem do serviço, os fluxos e os custos”. Para Badermann, o retrofit se justificaria caso, após essa avaliação, percebermos que se alcançariam os benefícios com custos adequados ao lugar da demolição com uma nova construção. “Nem sempre o retrofit é recomendável; muitas vezes é preferível a demolição e a construção de algo novo”, observa. O arquiteto possui experiência no assunto, pois em seu escritório já desenvolveu inúmeros retrofits. Desde residências adaptando-as 100
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para clínicas médicas até de antigas residências que foram adaptadas para funcionarem como residenciais geriátricos. O projeto mais significativo foi o retrofit feito para a Clinionco, em Porto Alegre (RS), no qual uma antiga residência foi adaptada para funcionar como Clínica Médica. “Utilizamos praticamente todos os espaços da antiga residência admitindo novas funções, e ampliamos o volume original em direção ao jardim para que pudéssemos implantar uma cafeteria”, lembra. Criou-se no espaço um jardim de caráter oriental que junto com a cafeteria oferece um ambiente humanizado aos pacientes. Posteriormente, no jardim, uma fonte foi adotada por um sabiá que entretém os pacientes e acompanhantes. “Em frente à casa implantamos um elevador
para o transporte vertical dos pacientes. A garagem foi transformada em auditório para os programas de educação continuada e eventos científicos”, conta. A humanização foi trabalhada desde o partido arquitetônico, colocando os usuários como centro das atenções. “Além disso, propomos sempre a integração com os espaços exteriores, o aproveitamento da luz natural, a utilização de cores adequadas às atividades, etc”. Quando foram definidos os conceitos vinculados à humanização, os arquitetos consideraram um boa resolução lumínica pelo fato de que grande parte daquilo que as pessoas percebem origina-se daquilo que enxergam. “Grande parte das fadigas estão relacionadas a uma má resolução lumínica”, finaliza Jonas Badermann.
Health 101 ARQ
PAINEL ARQ
Tintas e Revestimentos
C
om o objetivo de proporcionar um ambiente mais humanizado para pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde, a Branno Tintas e Revestimentos está disponibilizando linhas voltadas especialmente para o ambiente hospitalar: Pietra Preziosa, Branni Nobile e Finezza Preziosa Naturale. Todas possuem cores clássicas e têm a luminosidade como destaque em suas linhas de texturas de parede através de um amplo leque de opções. Os produtos utilizam fragmentos de pedras semipreciosas brasileiras em sua fabricação, as texturas de parede são sustentáveis, hidrorepelente, antibactericida e antimofo. Já a cor é natural da pedra, por isso não sofre desbotamento devido as intempéries do tempo.
Teto e Paredes
A
Votorantim Cimentos está inovando através de seu lançamento Decoratta, voltado para o acabamento fino de tetos e paredes, internas e externas, que substitui a massa corrida ou o gesso. Com aspecto final liso, a principal vantagem do produto é que dispensa o lixamento depois de aplicado, o que resulta em muito mais agilidade, limpeza e economia na obra. O produto é aplicado usualmente em duas demãos, sendo de apenas meia hora o intervalo entre elas. A aplicação é feita com equipamentos já disponíveis no canteiro, não exigindo nada diferente do usual. A mão de obra não precisa ser especializada, mas deve ser treinada para que o resultado do produto seja totalmente aproveitado.
Banqueta articulável
V
isando a integração do usuário com o ambiente, a Docol acaba de lançar banquetas articuláveis. O novo produto proporciona maior conforto, autonomia e segurança para o usuário na hora do banho e foi desenvolvido em material termoplástico de fácil limpeza. Sua estrutura de alta resistência confeccionada em aço inox suporta até 150 kg. As banquetas atendem à norma brasileira de regulamentação da acessibilidade (NBR 9050). Além disso, podem ser instaladas em paredes de alvenaria e possuem alças de apoio e assento amplo que facilitam o banho de portadores de necessidades especiais. 102
Health ARQ
Health 103 ARQ
Eventos 2015 Março Evento: Feicon Batimat Feira da construção com novidades em produtos e treinamentos Local: Anhembi, São Paulo-SP Data: 10 a 14 de março
Evento: 4º Fórum de Palestras Encontro de profissionais e estudantes de arquitetura e design com a presença de Hugo França, Ricardo Julião, com atuação em importantes instituições de Saúde do País, Ricardo Cardim e Lair Reis Local: Le Jardin, Ribeirão Preto-SP Data: 19 de março
Evento: ABDEH Regional DF: Inovações e perspectivas da saúde – palestra com Arq. João Carlos Bross seguida de debate Local: Universidade Católica de Brasília, Brasília - DF Data: 24 de março
Evento: ABDEH Regional RS: Sustentabilidade da Saúde - Palestra Sustentabilidade da Saúde com Barney Pavan Data: 25 de março Informações: joao.rios@tarkett.com ou pelo fone (051) 8128-8177
Evento: Os projetos para edifícios de saúde como agentes de transformação Palestra com o Eng. Civil Norton R. Ramos de Mello Local: CAU-PR - Sala Villanova Artigas, Curitiba - PR Data: 27 de março
EXPEDIENTE Publisher: Edmilson Jr. Caparelli Diretor-executivo: Marcelo Caparelli Diretora-administrativa: Lúcia Rodrigues Diretor de Marketing e Vendas: Jailson Rainer Diretora de Eventos: Erica Almeida Alves Editora da HealthCare: Carla de Paula Pinto Editora da HealthARQ: Patricia Bonelli Editor do Saúde Online: Thiago Cruz Editora Health-IT: Thaia Duó Produtora de Arte: Valéria Vilas Bôas Diagramação: Erica Alves Gerente de Cliente: Giovana Teixeira
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Health ARQ
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