22
CANARY IN THE MINE: Wildfire and Rural Communities in the Mediterranean Hinterland: Preface
In the summer of 2017 the deadliest wildfire in Portugal’s history spread over 45,000 hectares of land, including 20,000 hectares of forest, causing 66 human deaths and hundreds of injuries, at a cost of 31 million euro.1 Officials cited ‘natural causes’ such as lightning in dry thunderstorms and heat waves as the likely reason for the wild fires. However, as is the case with most environmental calamities today, many things converge to provoke such events, including human-induced changes to the local ecosystem, including those that are epiphenomena of shifting economies and dwindling labor, loss of traditional know-how in landscape management, and the introduction of protocols and technologies that are not specific to the characteristics of the region. Occurrences of wildfires such as the one in Portugal are increasingly common around the world, in effect constituting a global threat to ecosystems, human lives, and economies. In 2017, insured losses from wildfires totaled more than USD14 billion, injuring nearly 349,000 people annually.2 Between 1997 and 2016, wildfires emitted a net average of 2 billion tons of carbon dioxide equivalent (CO2e) greenhouse gases into the atmosphere.3 A recent study projects an increase in days conducive to extreme wildfire occurrences by 20% to 50% by the end of the century in disaster-prone landscapes due to climate change, emphasizing the need to revisit the processes that lead to them as well as normative and un-questioned responses to fire management.4 The “Canary in the Mine: Wildfires and Rural Communities in the Mediterranean Hinterland” option studio directed by Associate Professor Silvia Benedito during the fall of 2020 provided the intellectual context for revisiting the history of fire management practices in the municipality of Arganil--in the Coimbra region of central Portugal--and exploring reconstruction strategies and alternative future practices to address the prevention and management of wildfires in the future.
Anita Berrizbeitia
CANÁRIO NA MINA: Incêndios e Comunidades Rurais do Mediterrâneo Interior No verão de 2017, os incêndios mais mortais da história de Portugal espalharam-se por 45.000 hectares, incluindo 20.000 hectares de floresta, causando 66 mortes humanas e centenas de feridos, a um custo de 31 milhões de euros.1 Agências do governo citaram “causas naturais”, como raios em tempestades secas e ondas de calor, como ativadores prováveis dos incêndios violentos. No entanto, como é o caso da maioria das calamidades ambientais hoje, muitos fatores convergem para provocar tais eventos. Nestes incluem-se mudanças induzidas pela sociedade no ecossistema local, e outros efeitos secundários de economias em mutação, disponibilidade de trabalho cada vez menor, perda do conhecimento tradicional na gestão da paisagem, e introdução de protocolos e tecnologias não específicas das características da região. As ocorrências de incêndios florestais como os de Portugal são cada vez mais comuns em todo o mundo, constituindo, com efeito, uma ameaça global para os ecossistemas, vidas humanas e economias. Em 2017, as perdas em incêndios totalizaram mais de US $ 14 bilhões, ferindo cerca de 349.000 pessoas anualmente.2 Entre 1997 e 2016, os incêndios florestais emitiram uma média líquida de 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2-e) gases de efeito estufa na atmosfera.3 Um estudo recente projeta um aumento de dias propícios a ocorrências extremas de incêndios em 20% a 50% em paisagens sujeitas a desastres devido às mudanças climáticas até o final do século. Este estudo enfatiza a necessidade de revisitar não só os processos que levam a estes eventos píricos como também as respostas normativas, e não questionadas, no controle e combate do fogo.4 A cadeira de projeto “Canário na Mina: