ano Xxi • nº 255 fevereiro de 2014
O ritmo de vida da mulher brasileira é fundamental para influenciar no comportamento de compra. Praticidade é a palavra que rege os hábitos das consumidoras
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O poder é nosso As mulheres são maioria no Brasil. A diferença entre o número de mulheres e homens cresce cada vez mais como se pode observar nos últimos dez anos. Existem hoje 100 mulheres para cada 96 homens. A estatística contraria a natureza. Todos os anos nascem mais meninos do que meninas, mas fatores externos como a violência fazem com que os homens morram mais cedo e a proporção entre sexos se inverta a partir dos 25 anos. Elas também apresentam maior grau de escolaridade, um dos principais fatores responsáveis pela entrada das mulheres no mercado de trabalho. Com mais dinheiro no bolso e, melhor, dinheiro próprio, a mulher detém o controle sobre grande parte das decisões de compra, deixa de ter os cuidados do lar como item número um de sua lista. Hoje, ela quer estar em todos os lugares, participar de eventos sociais e cuidar da carreira antes de ter um relacionamento estável e ser mãe. Toda essa ascensão pode trazer complicações para a saúde, já que o estresse e a falta de tempo passam a estar presentes na rotina da população feminina. Problemas típicos do gênero também preocupam, como a endometriose e o
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-chefe Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) assistente de redação Flávia Corbó EDITORa de arte Larissa Lapa Assistentes de arte Junior B. Santos e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL executivas de contas Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4
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crescente número de casos de câncer. Para captar a atenção dessas consumidoras que estão ávidas por novidades e praticidade, cabe ao varejista oferecer o melhor mix e o melhor atendimento. Elas estão de olho nas melhores propostas de qualidade e querem experimentar o novo. Estar bem fisicamente e com a aparência em dia confere a sensação de poder e elevação na carreira. A repórter Flávia Corbó apurou os detalhes desse universo, para que, no dia da mulher, comemorado em 8 de março, seu ponto de venda esteja preparado para receber essa personagem tão marcante. Veja ainda, nessa edição, os resultados do polêmico programa do Governo, “Mais Médicos”. Mesmo com tanta resistência, setor da saúde avança com a medida. Falaremos também sobre a importância do balconista de farmácia e por que o varejo tem se tornado menos atrativo aos olhos dos profissionais que estão ingressando no mercado. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe
assistentes do Comercial Juliana Guimarães e Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE assinaturas Morgana Rodrigues coordenador DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta
MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães Noemy Rodrigues Colaboradores da edição Revisão Raquel Alves Textos Adriana Bruno, Egle Leonardi, Kathlen Ramos, Rodrigo Rodrigues, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Colunistas Angela Maggio da Fonseca, Gustavo Semblano, Luiz Fernando Sambugaro, Robson Zukurov e Silvia Osso
Marketing e Projetos Luciana Bandeira
IMPRESSÃO Abril Gráfica
analista de marketing Lyvia Peixoto
capa Shutterstock
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As mulheres estão ávidas por novidade e praticidade, cabe ao varejista oferecer o melhor mix e o melhor atendimento
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
foto: shutterstock
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sumário #255 fevereiro 2014
142 34 > conjuntura A máxima de que no Brasil o ano só começa após o Carnaval é muito popular. No entanto, esperar para agir apenas depois da folia é arriscado, principalmente para o varejo
40 > debate O Programa “Mais Médicos” do Ministério da Saúde é uma medida polêmica, mas que está apresentando resultados. Além dos cidadãos, farmácias também são beneficiadas com a melhora da saúde pública
48 > atualidade A venda on-line de medicamentos vem conquistando cada vez mais adeptos, abrindo caminho para um mercado promissor. Mas, antes de aderir ao comércio eletrônico, é preciso estar ciente da legislação para não cometer infrações
54 > perfil Mesmo sem capacitação técnica, os balconistas são fundamentais para o bom funcionamento de uma farmácia. Profissionais contam como enxergam a carreira e as perspectivas de futuro
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72 > especial mulher
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As conquistas que as mulheres obtiveram nas últimas décadas provocaram mudanças profundas de comportamento. Para satisfazer os desejos dessas ávidas consumidoras, é preciso compreender o perfil da nova mulher
e mais 08 12 16 26 32 64
> Guia On-line > Entrevista > Antena Ligada > Atualizando > Guia da Farmácia Responde > ponto de vista
Caderno Saúde 104 > febre 110 > micoses 114 > diabetes 120 > doenças venosas 126 > Colesterol e triglicérides 132 > artigo 134 > beleza 138 > categoria 142 > cuidados 146 > oportunidade 150 > sempre em dia 162 > serviços
colunas 24 > cenário Luiz Fernando Sambugaro 46 > consultor jurídico Gustavo Semblano 62 > competitividade Robson Zukurov 70 > varejo Silvia Osso
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gu ia on- l i ne www.guiadafarmacia.com.br Informações exclusivas na internet
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Acesse o Portal e confira as informações complementares do conteúdo editorial da revista, além de textos exclusivos a cada edição.
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Saúde em todas as fases Com o avançar da idade, as mulheres apresentam mudanças no organismo e é preciso auxiliá-las a respeito da prevenção do surgimento de doenças típicas
Mulheres conectadas Elas estão cada vez mais familiarizadas com o universo on-line e já utilizam a internet como um importante canal de compras 8
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Vaidade feminina As mulheres não poupam gastos com beleza e manter o sortimento adequado é fundamental para deixar as consumidoras satisfeitas fotos: shutterstock
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o que rola nas redes sociais
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sua opinião é muito importante para nós Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!
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Medicamento contra Aids terá 100% de produção nacional
Descarte de medicamentos
Pioneira? Aqui em Catanduva é lei municipal a farmácia participar do descarte correto. Não é nenhuma novidade não. Pharmopatia – Farmácia de Manipulação, em resposta à nota Farmácia recolhe mais de quarto toneladas de medicamentos, publicada no dia 16 de janeiro, no Facebook do Guia da Farmácia
Avanços das pesquisas
Sanofi explorará compostos naturais em busca de antibióticos
Boa informação e importante para pacientes com a referente doença. Sara Rutt Punto Sosa, em resposta à nota Tratamento genético dá esperança para Parkinson, publicada no dia 13 de janeiro, no Facebook do Guia da Farmácia
Alerta necessário
Já estava mais do que na hora de promovermos um debate sobre anti-inflamatórios. As pessoas não estão cientes dos riscos que podem estar correndo se não consumirem de maneira adequada. Angela Corrêa, em resposta à nota EUA alerta sobre doses de paracetamol, publicada no Portal do Guia da Farmácia no dia 16 de janeiro
Cientistas criam “Viagra feminino”
Farmacêutica orienta sobre ingestão de medicamentos
Pergunte e nós responderemos!
Se você tem dúvidas ou qualquer tipo de curiosidade sobre o mercado, empresas ou sobre suas atribuições, escreva para nós! Nossos colunistas estão de plantão para atendê-lo na seção Guia da Farmácia Responde. Veja mais na pág. 32.
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Entrevista - MIP Brasil Farma
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fotos: felipe mariano
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Entrega de valor ao varejo e ao consumidor MIP Brasil Farma chega ao mercado com dermocosméticos e alimentos funcionais inéditos no país. atuação é pautada nos medicamentos isentos de prescrição
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Por Lígia Favoretto
A favor da simplicidade, da liberdade de escolha e do poder que o consumidor tenha em suas mãos a receita para o bem-estar, a MIP Brasil Farma chega ao mecado brasileiro. A empresa acredita que os consumidores podem escolher a receita para a sua própria qualidade de vida. Por isso oferece o que há de melhor e mais avançado para as pessoas se cuidarem sem complicações, com inovação e criatividade. A missão, revelada pelo CEO da companhia, Wolney Alonso, em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, é ajudar as pessoas a descomplicar a vida com opções inteligentes para o seu corpo e sua saúde, a fim de que se sintam bem, mais livres e bonitas. O executivo, de 39 anos, é casado, pai de três filhos, e natural de Ribeirão Preto (SP). Formado em Comunicação Social pela ESPM, com especialização em Marketing pela University of California – Berkeley, iniciou sua carreira em 1993, na Biosintética.
Guia da Farmácia • A MIP Brasil Farma surgiu no mercado com a oportunidade
levantada por executivos, de grande know-how no setor. Por que o segmento de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) teve a melhor avaliação? Wolney Alonso • Identificamos a oportunidade no mercado de OTC, com a proposta de introduzir produtos inovadores, desenvolver itens únicos em categorias que estavam paradas, sem inovação. Não tínhamos noção do potencial real de cada uma das marcas, mas conhecíamos o potencial do mercado. Estamos em um segmento que movimentou cerca de R$ 15 bilhões no ano passado e deve manter expansão acima de dois dígitos. Previsões do IMS Health indicam uma projeção de crescimento anual acima de 15% ao ano até 2016 no Brasil. Guia • Com a entrada da MIP Brasil Farma no mercado, os consumidores brasileiros poderão ter acesso a que tipos de produtos? Alonso • Os consumidores poderão conhecer e, acima de tudo, experimentar produtos que os ajudarão a se livrar de incômodos que trazem prejuízos ao bem-estar e à autoestima. Por exemplo: pés constantemente rachados e ásperos mesmo com o uso de cremes, lixas e esfoliantes, ou prisão de ventre, 2014 fevereiro guia da farmácia
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Entrevista - MIP Brasil Farma
que atinge uma parcela significativa da população. Trata-se de itens que já estão presentes em vários países (mais de 40 países, no caso de Footner) e com performance consolidada de vendas. Guia • De que forma a MIP Brasil Farma consegue atender às necessidades específicas do público brasileiro, já que os produtos são importados? Alonso • A marca MIP Brasil Farma tem a brasilidade como característica: trata-se de uma marca brasileira que proporciona produtos que trazem mais liberdade de escolha, simplicidade, bem-estar e qualidade de vida aos consumidores. Os produtos isentos de prescrição médica da MIP são práticos e se diferenciam dos demais pela qualidade e inovação. Simples e fáceis de manusear, podem ser usados a qualquer hora e em qualquer lugar. O foco da empresa é trazer a praticidade que incentiva o tratamento e descomplica a rotina. Vale ressaltar que a MIP Brasil Farma comercializa produtos isentos de prescrição médica e que não endossa, de maneira alguma, a automedicação. A empresa encoraja o acompanhamento médico para o tratamento de enfermidades ou problemas não cobertos pelos MIPs. Guia • O portfólio da empresa será voltado exclusivamente para produtos cosméticos e de bem-estar? Alonso • O foco da MIP Brasil Farma é a comercialização de MIPs. Não estamos olhando para nada que seja diferente disso. MIPs são produtos isentos de prescrição, sendo assim, todos os que estão focados em melhorar a qualidade de vida dos consumidores de maneira simples, prática e eficaz estão dentro da nossa estratégia. As linhas que acabamos de lançar (Footner, cosmético – para o cuidado e tratamento dos pés com calosidades e ressecamentos, e Livina Fibras, suplemento – fibra em goma, maneira mais prática de consumir fibras no dia a dia), ao mesmo tempo em que são MIPs e ajudam a melhorar a qualidade de vida dos consumidores, também trazem benefícios de ordem estética. No caso de Footner, pés macios e com pele “de bebê”; no caso de Livina Fibras, melhor funcionamento do organismo. Os produtos estão disponíveis nas principais redes de farmácias como DPSP e Netfarma. Também 14
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chegarão a todo o Brasil por meio da Servimed, uma das maiores distribuidoras do País. Guia • Por que o mercado de MIPs torna-se cada vez mais interessante? Alonso • Os números falam por si só. Acreditamos que é um mercado bastante promissor, com demanda crescente, além de ser também um mercado no qual faltam produtos inovadores. E é justamente essa lacuna que a MIP Brasil Farma vem preencher, trazendo produtos diferenciados, de qualidade, com excelente custo-benefício e resultados comprovadamente eficazes. Guia • Nesse segmento, fazer investimento em marca é mais importante do que fazer investimento no nome da empresa, certo? Alonso • Temos uma estrutura montada para armazenar, importar e distribuir. 30% do negócio tem que ser para importação da marca. Veja o exemplo da Hypermarcas. O consumidor só saberá que aquele produto é da empresa se pegar a embalagem e olhar, caso contrário, o reconhecerá pelo nome da marca. Esse é o nosso objetivo. Guia • Fábrica em território nacional não é prioridade para a MIP Brasil Farma? Alonso • Trabalhamos 100% com importação, fábrica não é prioridade dentro do estabelecido pela empresa. Esse é o modelo de negócios. Nas farmacêuticas tradicionais, os ativos são importados, não existe hoje empresa de base que ofereça matéria-prima. Tudo o que se consome é produzido na China. Existe a transferência de tecnologia, mas, para isso, é preciso massa crítica. Não importa de onde venha essa tecnologia, o que importa é oferecer a tecnologia que se tem à população. A produção local gera mais emprego, obviamente, mas, no geral, os gastos são equivalentes. Guia • Quanto custa importar um produto para o Brasil? Alonso • As estruturas tributária e operacional do Brasil são desafios extremamente difíceis para qualquer empreendedor. A carga tributária sobre os produtos isentos de prescrição, principalmente cosméticos, é uma das mais altas e representa boa parte do preço pago pelo consumidor. Existem vários estudos
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“o foco da mip brasil farma é a comercialização de produtos isentos de prescrição. não estamos olhando para nada que seja diferente disso” pelo estacionamento. Dessa forma, deixam uma margem maior que o medicamento genérico, por exemplo, não consegue.
das entidades de classe, em particular do Sindicato da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) ou Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), que reforçam essa situação. De qualquer forma, nós, da MIP, acreditamos nas oportunidades que produtos inovadores e diferenciados podem abrir, mobilizando os esforços para aumentar o volume e, consequentemente, minimizar os impactos de alta carga tributária que impacta o setor. Guia • Os produtos vêm de que países? Alonso • Tanto para a linha Footner quanto para Livina Fibras temos acordo de licenciamento exclusivo para comercialização no Brasil. A linha Footner é a marca mais vendida na Europa e Livina Fibras é a goma de fibras mais consumida na América Latina. Guia • Hoje, as pessoas decidem mais sobre o que consumir e chegam ao ponto de venda bem informadas. De que forma farmácias e drogarias podem lançar mão de alternativas de qualidade e ter suas margens aumentadas? Alonso • Esses produtos conferem margens maiores às farmácias e drogarias. As pessoas não vão ao estabelecimento somente pelo medicamento, mas para comprar um desodorante que tem preço mais atrativo que em um supermercado, sendo que na farmácia ainda existe a vantagem de não se pagar
Guia • A venda dos produtos MIP Brasil Farma precisa de orientação no ponto de venda? Alonso • Os produtos da MIP Brasil Farma são isentos de prescrição e, portanto, ficam posicionados fora do balcão da farmácia. São produtos fáceis de serem adquiridos e possuem uma proposta de uso simples, facilitando o dia a dia do consumidor. O modo de usar vem descrito em todas as embalagens, que são traduzidas para o Português. Guia • Existe uma estratégia de posicionamento dos produtos no PDV? Alonso • Temos uma estratégia bem definida para os PDVs e ela é sugerida para nossos clientes a fim de gerar uma boa visibilidade e, consequentemente, boa venda para a loja. Guia • Qual o investimento da empresa no último ano e a expectativa para 2014? Alonso • O investimento inicial (2014) é de R$ 20 milhões e a expectativa de faturamento é acima de R$ 30 milhões para este ano. Guia • Quantos novos produtos o mercado pode esperar da MIP Brasil Farma neste ano? Alonso • Neste primeiro semestre de 2014, estamos lançando novos produtos da linha Footner, a caneta contra calosidades e o foam, uma espuma hidratante para os pés, e também Spotner, um clareador para as áreas escurecidas da pele das mãos e do rosto. E já temos no nosso pipeline de lançamento novos produtos e marcas que estão alinhados ao posicionamento da nossa empresa. 2014 fevereiro guia da farmácia
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Oportunidades abertas
O segmento de farmácias e drogarias do País está em constante crescimento, o que atrai concorrência e novas oportunidades. A estimativa é de 6% de aumento no faturamento do setor em 2014 Medicamentos em alta
As empresas vinculadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) acumularam, nos primeiros dez meses de 2013, cerca de R$ 23 bilhões em vendas. O resultado representou um crescimento de 13,37% frente ao mesmo período no ano anterior. Mais uma vez, a comercialização de não medicamentos apresentou a maior alta percentual entre todas as categorias avaliadas no estudo, conduzido em parceria com a FIA-USP. • www.abrafarma.com.br 16
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Vendas no varejo
Avaliações negativas quanto ao momento atual da economia brasileira derrubaram a confiança do empresariado brasileiro do varejo em dezembro do ano passado, em relação a igual período do ano anterior – o quinto recuo mensal consecutivo, nessa comparação. No entanto, para 2014, a perspectiva é de melhora nas vendas do comércio varejista, com estimativa de 6% de aumento no faturamento do setor em 2014 – em comparação com a alta de 4,5% prevista para 2013. Em 2012, o aumento nas vendas do varejo foi de 8,4%. É o que mostrou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). • www.cnc.org.br fotos: shutterstock/divulgação/Rene Cabrales
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Novo tratamento
Um medicamento à base de maconha para o tratamento de epilepsia pode estar disponível no mercado a partir deste ano nos Estados Unidos. A expectativa é da GW Pharmaceuticals, que conseguiu junto à FDA, a agência reguladora de medicamentos do país, a aprovação para testes em humanos do Epidiolex, fórmula líquida oral com 98% de canabidiol (CBD), um dos componentes da planta Cannabis sativa (maconha). • www.gwpharm.com
Mercado farmacêutico
Com os novos parâmetros ditados pelo Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela Associação Americana do Coração, em relação aos limites aceitáveis de colesterol, que se tornaram mais rigorosos, uma mudança expressiva deve ocorrer no mercado farmacêutico nacional. O cerco ao colesterol alto deve, por um lado, elevar o uso de medicamentos para controle do LDL-colesterol (LDL-C) e, por outro, estimular os mais eficazes/ potentes. Quem deve se beneficiar com isso é a Torrent do Brasil, laboratório farmacêutico que tem em seu portfólio a rosuvastatina cálcica, comprovadamente a mais eficaz substância para reduzir o LDL-C e com baixíssimos índices de efeitos colaterais. • www.cardiol.br • www.torrent.com.br
Ação social
A Campanha de Doação de Brinquedos da Drogaria São Paulo em 2013 foi um sucesso. Em sete anos, a rede conseguiu arrecadar cerca de 640 mil brinquedos e, só nesse ano, foram arrecadados mais de 60 mil, número superior a 2012. A ação foi realizada nas unidades da Drogaria São Paulo dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. • www.drogariasaopaulo.com.br
Teste de vacina
O Ministério da Saúde está financiando um estudo que tem como finalidade indicar as áreas e os públicos prioritários a serem imunizados contra a dengue. O estudo integra as medidas preparatórias para a introdução da vacina contra a doença no Brasil e conta com recursos de R$ 5,3 milhões. A vacina brasileira contra a dengue, que já está em fase de testes em humanos, é desenvolvida pelo Instituto Butantan, com o apoio do Ministério da Saúde. A expectativa é que o imunobiológico seja administrado em uma única dose e combata os quatro sorotipos da doença (1, 2, 3 e 4) já identificados no mundo. • www.butantan.gov.br • http://portalsaude.saude.gov.br 2014 fe vereiro guia da farmácia
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Mudanças internas
Que a Brasil Pharma, negócio de varejo farmacêutico criado pelo BTG Pactual, está em reestruturação não é novidade. A empresa trouxe dois novos executivos: Álvaro Silveira Junior, que presidia a Drogaria Rosário, adquirida pela companhia em 2010, para o cargo de vice-presidente, e José Ricardo Mendes da Silva, ex-presidente do Aché, para ser o diretor financeiro da companhia. Os dois têm agora a missão de “arrumar a casa” para a venda futura do negócio, segundo fontes a par da operação. As redes americanas CVS e Walgreens e o Ultra chegaram a olhar as operações, mas não levaram o negócio adiante. • www.brph.com.br • www.drogariarosario.com.br • www.ache.com.br
Driblando a concorrência
O segmento de drogarias no País passa por um processo de crescimento e fusões. Com gigantes internacionais como CVS no cenário nacional, coordenando 80% da Drogaria Onofre, e a junção das marcas Droga Raia e Drogasil, além da união entre Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo, o panorama do segmento das drogarias tende a mudar. Com essa mudança, players de menor porte têm de se reinventar para sobreviver à concorrência, e foi o que aconteceu com a Sare Drogaria. Com apenas uma loja localizada no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, apostar nas vendas on-line foi a solução encontrada por um dos sócios da farmácia, Gustavo Amorim, para lucrar com a operação. • www.saredrogarias.com.br
Novo site
Resultado de uma parceria com a Rede Ultrafarma, o Teuto apresenta o `Teuto Online`, um site de compras exclusivo com produtos do laboratório. Nele, segundo explica o diretor de marketing da companhia, Ítalo Melo, os consumidores encontrarão o portfólio completo do laboratório a preços especiais. • www.teuto.com.br • www.ultrafarma.com.br
acordo firmado
A farmacêutica irlandesa Elan intensificou esforços para manter sua independência, ao concordar com um negócio de US$ 1 bilhão para comprar 21% dos royalties que a empresa norte-americana Theravance recebe da GlaxoSmithKline por seus medicamentos respiratórios. A Elan rejeitou uma oferta de US$ 5,7 bilhões da Royalty Pharma e elaborou uma série de medidas para seguir independente. • www.elan.com • www.theravance.com • www.royaltypharma.com 18
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PRODUTOS RASTREADOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou regras para o rastreamento de medicamentos no País. Em um prazo de três anos, o sistema que permitirá acompanhar a trajetória do medicamento, da produção até a venda, deverá estar em funcionamento. “No caso de medicamentos controlados, o sistema trará informações desde o produtor até o comprador”, afirmou o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. • www.anvisa.gov.br
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portfólio aumentado
O Laboratório Teuto/Pfizer investe diariamente em novos produtos que contribuem com a melhoria da qualidade de vida da população. De janeiro a outubro de 2013, foram 53 novos lançamentos e mais 17 em novembro e dezembro, totalizando, assim, 70 produtos no ano anterior. Na linha de genéricos, a novidade foi incrementada com grandes moléculas, como o Brometo de Pinavério, que foi o primeiro do segmento. O Levonorgestrel, a evolução da pílula do dia seguinte, com apenas um comprimido, também foi uma das novidades. • www.teuto.com.br
Farmácias solidárias
Em novembro de 2013, a cidade de Monteiro (PB) vivenciou mais uma grande promoção das Farmácias DIA & NOITE e NOVA – “A Sétima Edição da Ação Social – a Feira da Saúde”. Dentre outras ações, foi servido um café comunitário para aproximadamente 1.500 pessoas, sendo ainda oferecida uma atenção especial à saúde preventiva com a realização de teste de glicemia e medição de pressão arterial. Sucesso total para o Espaço da Beleza com cortes, tinturas, lavagem e hidratação de cabelos com profissionais dedicados. Um ambiente especial foi preparado, garantindo a alegria das crianças, com palhaços que distribuíram balas, pipocas, tudo com acompanhamento e orientação de pedagogas. O já tradicional sorteio de eletrodoméstico e uma moto 0 km foi o ponto-alvo do contentamento dos participantes. • (83) 3351 2274
Segmento de analgésicos
Comprar analgésicos pode até parecer um hábito corriqueiro para muitos brasileiros. Mas a disputa por esse bilionário segmento por trás das gôndolas das farmácias envolve multinacionais e gigantes nacionais e é acirradíssima — uma briga de titãs por míseros pontos porcentuais para ficar entre as maiores no mercado da dor. Um levantamento feito pela consultoria IMS Health mostra que a venda de analgésicos puros (para dor e combate à febre, excluídos relaxantes musculares) movimenta R$ 2,6 bilhões por ano. • www.imshealth.com 20
Produção nacional
O Brasil vem se destacando nos últimos anos na produção de aminoácidos que são importantíssimos na terapia curativa e na terapia preventiva. Em 2013, até setembro, o Brasil exportou US$ 128,2 milhões de lisina, seus sais e seus ésteres. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), US$ 28,4 milhões de antibióticos à base de virginiamicina foram remetidos ao exterior, especialmente ao Canadá. • www.abiquifi.org.br
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Rede social corporativa
A Nunesfarma, distribuidora de produtos farmacêuticos para órgãos públicos, utilizava um blog corporativo para disseminar informações internas. O espaço, administrado pelos departamentos de gestão de pessoas e marketing, não gerava muita interatividade com o restante da equipe. Para aproximar os colaboradores, a empresa optou por mudar de estratégia de comunicação interna: implantou a SocialBase e, hoje, usa a rede como um dos principais canais de informação e troca de ideias. • www.nunesfarma.com.br
Morre o diretor de varejo da rede Panvel
Diretor de varejo da Panvel há 33 anos, Luiz Antonio D’Amado dos Santos faleceu no dia 06/01 após sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto participava de uma competição esportiva em Punta del Este, no Uruguai. Com 64 anos e uma vida saudável, ele passou mal quando faltavam 100 metros para completar o percurso de 10 quilômetros da Corrida San Fernando. Formado em administração de empresas, o diretor de varejo da rede de farmácias gaúcha nasceu em Porto Alegre e estava na empresa desde 1974 – quando a Panvel adquiriu a Dimesul. Desde então, começou a conquistar espaço, até chegar à diretoria de varejo, em 1990. “O Luiz Antonio sempre foi um exemplo de determinação e liderança. Convivi com ele por 20 anos, e a paixão pelo trabalho era algo muito visível”, conta o vice-presidente da Panvel, Julio Mottin Neto, acrescentando que o colega era muito atencioso com os funcionários e extremamente dedicado à família. Além disso, Santos tinha um preparo físico invejável, cuidava muito da alimentação e, aparentemente, não tinha problemas de saúde. Casado com Maria Aparecida, deixa três filhos: Fábio, Vinicius e Bruno, além do neto Martim. • www.panvel.com.br 22
Prêmio FOX
No dia 13 de fevereiro, a Hypermarcas promoverá em Goiânia (GO) a 4ª edição do Prêmio FOX, um reconhecimento oferecido às melhores transportadoras que prestam serviço à divisão de medicamentos da empresa. Com o objetivo de incentivar o aprimoramento contínuo e premiar as transportadoras com melhor desempenho, serão avaliados itens como Performance de Entrega, Operação de Coleta, Perdas no Transporte, Informações e Logística Reversa. A iniciativa tem valorizado a busca permanente por melhorias nos serviços de entregas e operações, com rapidez, qualidade e segurança. • www.hypermarcas.com.br
Novo líder
O novo diretor-geral da Mundipharma no Brasil é o executivo Amaury Guerrero. A farmacêutica, que acabou de chegar ao Brasil, terá Guerrero como líder no País e principal responsável pelo startup da empresa na América Latina. O executivo responderá diretamente para a sede que abrange as regiões Ásia-Pacífico, Oriente Médio, Norte da África e América Latina. Com mais de 25 anos de experiência na indústria farmacêutica, Guerrero ocupou cargos de liderança no Brasil, EUA, Chile e México, e se destaca por seu forte diferencial no desenvolvimento e crescimento dos negócios, implementação de parcerias, liderança e desenvolvimento organizacional. • http://mundipharma.com.br
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cenário
O varejo em 2013:
fatos e contradições
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Site www.gateway-security.com.br
O número de shopping centers cresceu em 2013, e fechou com um total de 495 unidades. Para este ano, a previsão é que sejam inaugurados outros 41 empreendimentos. De acordo com a Serasa Experian, o volume de consultas aumentou em relação a 2012, o índice de inadimplência caiu 4% e os pedidos de falência e recuperação de empresas também. O movimento de clientes cresceu 5,2% no ano passado, principalmente nos supermercados (primeiro lugar) e na área de têxtil, calçados e acessórios. Por outro lado, os dados publicados recentemente por um estudo realizado pelo Ibevar, Nielsen e Provar demonstram que as perdas continuam a crescer. Elas passaram de 1,76% em 2011 para 1,83% em 2012, e nossa experiência diz que o índice relativo a 2013, a ser divulgado neste ano, será ainda maior. Pela primeira vez, levantou-se o estágio das perdas no segmento de pequenas empresas, com uma amostragem de 1.025 lojas, a maioria delas (96,5%) no Estado de São Paulo. Ou seja, numa área onde o processo de comunicação, a disponibilidade de tecnologia e de técnicos é muito superior a qualquer outra região do País. O que mais nos chamou a atenção foram os absurdos índices de perdas encontrados nesse segmento e a quase total desatenção aos princípios e recursos à disposição desses varejistas para a redução das perdas e ganhos adicionais para o negócio. Cito alguns exemplos: o médio e grande varejo supermercadista registrou índice de 1,95% (6,6% a mais que a média do mercado) de perdas na pesquisa anual, já entre os supermercados de pequeno e médio porte o índice foi muito além, chegando a 6,7%.
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A expansão das vendas reflete no aumento de perdas por roubos e furtos
Luiz Fernando Sambugaro Diretor de Comunicação da Gunnebo Gateway Brasil
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No setor de drogarias e afins, o índice de perdas dos grandes players foi de 0,33%, que contrasta com o absurdo 4,6% registrado entre os pequenos e médios estabelecimentos. Na área de materiais de construção, então, a situação é das piores. Enquanto os grandes varejistas registraram um índice de 1,2%, os demais acumularam inimagináveis 11,4% em perdas. Isso mesmo, quase dez vezes mais. Um dos segmentos mais ativos, principalmente em shopping centers e grandes centros comerciais, a área de confecções (vestuário) fechou com um índice de 1,02% entre as lojas dos grandes grupos, ou seja, aproximadamente 45% menor que a média registrada. E para as pequenas empresas pela primeira vez pesquisadas? Um susto. Perdas de 7,8%. Por todos esses fatores é que nas pesquisas realizadas em 2013 com membros da maioria das associações varejistas, ao responderem sobre os temas prioritários para contribuir com a melhoria do setor, apareceram três itens de muita relevância, nem sempre nessa ordem de prioridade: gestão financeira, gestão administrativa e perdas. Com isso, era de se esperar que o volume de novas lojas com proteção contra furtos e outros tipos de perdas crescesse mais que a média dos últimos anos, mas o que vimos, na realidade, foi uma desconfortável estagnação. Os bandidos agradecem. Senhores varejistas, despertem para a realidade da situação, busquem parceiros que possam lhes ajudar a diminuir esses elevados e crescentes índices de perdas, independentemente do seu tamanho. foto: DIVULGAÇãO
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Praticidade e
qualidade Laboratórios estão cada dia mais em busca de medicamentos que facilitam e ajudam na qualidade de vida dos brasileiros. Novidades chegam ao mercado farmacêutico com o objetivo de atender a diferentes idades e classes
FreeStyle Lite® Abbott
Dopcor HCT
Aspen Pharma
Um novo anti-hipertensivo, o Dopcor HCT passa a integrar o portfólio de produtos da Aspen Pharma. O medicamento, uma associação das substâncias valsartana e hidroclorotiazida, é altamente eficaz no controle da hipertensão arterial e chega ao mercado com preço bastante competitivo. Com a novidade, a farmacêutica, que já comercializa o medicamento referência em metildopa Aldomet, avança no desenvolvimento da linha cardiometabólica. Dopcor HCT possui cinco apresentações em 30 comprimidos revestidos, que proporcionam segurança e praticidade para médicos e pacientes. São elas: 80 mg + 12,5 mg; 160 mg + 12,5 mg; 160 mg + 25 mg; 320 mg + 12,5 mg; 320 mg + 25 mg. MS 1.3764.0130 www.aspenpharma.com.br 26
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Chega ao mercado o sistema de monitoramento de glicemia FreeStyle Lite®, da Abbott, que oferece a personalização em forma de adesivos supercoloridos. O monitor de glicemia FreeStyle Lite® da Abbott se destaca por usar a menor amostra de sangue por teste do mercado, o que causa menos dor aos usuários. O medidor da Abbott também não precisa de codificação, facilitando o dia a dia do usuário. O dispositivo é pequeno e permite a aplicação da segunda gota em 60 segundos, evitando a perda de tiras de teste, o que também significa economia aos seus usuários. O monitor vem pronto para usar e o resultado do teste é mostrado em 5 segundos. É o menor monitor do mercado, e pode armazenar mais de 400 testes, permitindo determinar padrões. MS 80146501734 www.abbottbrasil.com.br fotos: divulgação
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TRAVOPROSTA PLANTOLAXY (PLANTAGO OVATA) NATULAB
O Plantolaxy é um medicamento fitoterápico à base de Plantago ovata, utilizado para restaurar e manter a regularidade do intestino, promovendo o ajuste da consistência das fezes. É indicado nos casos de constipação intestinal (prisão de ventre) e diarreia. O produto será disponibilizado na apresentação de cartucho contendo 10 sachês. MS 1.38410059 www.natulab.com.br
MEDLEY
A Medley Indústria Farmacêutica, uma empresa Sanofi, faz a sua estreia no mercado nacional oftalmológico e lança uma linha de colírios genéricos. Indicados para o tratamento de glaucoma, travoprosta de 2,5 mL (0,04 mg/mL solução oftalmológica), bimatoprosta de 3 mL (0,3 mg/mL solução oftalmológica) e dextrotartarato brimonidina de 5 mL (0,2% solução oftalmológica), são altamente eficazes na redução da pressão intraocular ou pressão ocular elevadas, estabilizando as alterações observadas no campo visual. MS 1.0181.0641.001-4 (travoprosta 0,04 mg/mL solução oftalmológica de 2,5 mL) MS 1.0181.0635.002-1 (bimatoprosta 0,3 mg/mL solução oftalmológica de 3 mL) MS 1.0181.0615.001-2 (dextrotartarato brimonidina 0,2% solução oftalmológica de 5 mL) www.medley.com.br
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Centrum
Pfizer Consumer Healthcare
NUTRIVIT SHOT Naturelife
O Nutrivit é um suplemento vitamínico e mineral, contendo as vitaminas A, D, B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico, niacinamida e os minerais cobre, ferro, iodo, potássio, magnésio e zinco. Esses nutrientes são essenciais para o bom funcionamento do organismo e são indicados para suplementar ou complementar a alimentação. O produto será disponibilizado na apresentação de cartucho, contendo 10 frascos tipo shot de 15 mL. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.naturelife.ind.br
Apostando no mercado de multivitamínicos, a Pfizer Consumer Healthcare lança mais uma inovação da linha Centrum – líder mundial do segmento. Com doses ajustadas de vitaminas e minerais, Centrum Homem e Centrum Mulher compõem a primeira linha de multivitamínicos especialmente formulados para cada sexo. Com diferentes hábitos alimentares e necessidades nutricionais específicas, a partir de agora, homens e mulheres podem complementar sua alimentação com um multivitamínico adequado às suas deficiências nutricionais mais comuns. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.centrum.com.br
Vitawin Sanofi
As crianças de 4 a 10 anos estão em uma das fases mais importantes de seu desenvolvimento. Nesta idade, elas aderem a um novo ritmo de vida. Pensando nisso, a Sanofi lança Vitawin, um suplemento vitamínico criado para ajudar a suprir as deficiências de vitaminas e minerais na vida das crianças. Vitawin Kids contém as vitaminas C, D, e minerais cálcio e ferro, que auxiliam no desenvolvimento e no crescimento da criança até a formação e manutenção dos ossos. A linha Vitawin ainda conta com o Vitawin 1, que contém as vitaminas A, C e D, e com o Vitawin 2, que possui em sua fórmula as vitaminas A, C e D, ácido fólico e os minerais zinco e ferro. Para saber qual produto é o mais indicado para a criança, procure orientação médica. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.sanofi.com.br
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Cloridrato de metformina + glibenclamida Torrent
A Torrent do Brasil lança o primeiro genérico resultado da associação de dois agentes antidiabéticos: cloridrato de metformina + glibenclamida. Destinado ao tratamento do diabetes melito tipo 2, com o medicamento pode-se obter níveis satisfatórios de glicemia e HbA1c (ou açúcar no sangue), proporcionando melhor controle do paciente diabético. A associação metformina + glibenclamida será comercializada em duas apresentações: em comprimidos de 500 mg + 2,5 mg, em caixa com 30 unidades, e em comprimidos de 500 mg + 5 mg, em caixa com 30 unidades. MS 1.0525.0042.005-8 (500 mg + 2,5 mg) MS 1.05250034004-6 (500 mg + 5 mg) www.torrent.com.br
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MENOP IMUNOFLAN HERBARIUM
Imunoflan é o primeiro xarope de Pelargonium sidoides do mercado que ativa as defesas do organismo contra as infecções virais. O produto é indicado em casos de infecções agudas e crônicas do trato respiratório e orelha, infecções de nariz e garganta, como rinites, faringites, amigdalites, e sinusites. Aliando seus efeitos antimicrobianos com a modulação da resposta imunológica, o produto deve ser utilizado 2 vezes ao dia e possui sabor de laranja. MS 1.1860.0089 www.herbarium.com.br
ASPEN PHARMA
O fitoterápico Menop é indicado no tratamento para o alívio dos sintomas da menopausa. O medicamento é composto por semente de soja e tem o objetivo de tratar ondas de calor e transpiração das mulheres durante essa fase. Cada cápsula do Menop contém extrato seco de Glycine max L., a 40% de isoflavonas totais, estrutura química similar ao estrogênio ovariano. Portanto, com apenas uma ou duas cápsulas ao dia, a ação reguladora das isoflavonas é capaz de diminuir a intensidade e a frequência das ondas de calor nas mulheres que possuem tal sintoma durante a menopausa. MS 1.3764.0136 www.aspenpharma.com.br
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Cápsulas de Lambrusco
Ecco Nutrition
Todos sabem que uma taça de vinho tinto diariamente é um bálsamo para saúde, coração e também para a pele. Se o vinho for um dos melhores do mundo, como o produzido na Itália e de qualidade Lambrusco, melhor ainda. Embasado nesses conceitos milenares, a equipe técnica da ECCO® NUTRITION observou os extraordinários efeitos dos tradicionais vinhos italianos na saúde e beleza da pele para lançar, com exclusividade, as cápsulas de LAMBRUSO®, desenvolvidas a partir das antocianinas, principal componente da casca da uva, substâncias encontradas em maior quantidade nas uvas de qualidade Lambrusco e Anchelota, produzidas no norte da Itália. As cápsulas de LAMBRUSCO® são as únicas que contêm a quantidade de antocianinas equivalente a uma taça de 90 mL do vinho italiano. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.ecconutrition.com
Permetrina
prati-donaduzzi
O portfólio de genéricos da Prati-Donaduzzi acaba de ganhar mais um produto. Trata-se da Permetrina, cuja referência é o Kwell da GlaxoSmithKline. O medicamento é indicado para combater a infestação de piolhos e lêndeas e está disponível na apresentação de 10 mg/g x 60 ml na forma de loção. Contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula. Não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. MS 1.2568.0240.001-2 www.pratidonaduzzi.com.br
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Goji Berry
Grupo Natu Bell
Disponível em cápsulas na linha Katiguá, do Grupo Natu Bell, a Goji Berry fortalece o sistema imunológico, é rica em antioxidantes que neutralizam o envelhecimento celular, vitaminas, minerais e ácidos graxos insaturados. Um estudo com ratos, realizado pela Universidade de Sidney, na Austrália, mostrou que o consumo de Goji Berry é eficaz até para proteger a pele dos efeitos nocivos dos raios UV, já que seu consumo ajuda a reduzir o edema causado pela queimadura solar e a minimizar a ação do envelhecimento celular advindo da exposição ao sol. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.gruponatubell.com.br
VITERSOL D
Marjan Farma
A vitamina D da Marjan Farma está de cara nova. A marca D-FORT foi substituída por ViterSol D. Outra novidade é o lançamento da apresentação gotas (200ui cada gota), com 20 ml no sabor exclusivo de baunilha com avelã. O grande diferencial de ViterSol D gotas está em sua formulação, que elimina riscos de alergias e utiliza o óleo de arroz. A nova apresentação em gotas também traz o benefício da maior flexibilidade nas doses e um sabor muito agradável facilitando a adesão do consumidor. MS Produto isento de registro, de acordo com a RDC 27/10 www.marjan.com.br
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quais fatores devem ser levados em consideração PARA escolher uma empresa para trabalhar? 32
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envie sua pergunta, nós respondemos!
S í lv i o C e l e s t ino Sócio-fundador da Alliance Coaching
Pergunta enviada por Isabella Capellato Borin
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Na hora de escolher uma empresa para trabalhar, o profissional deve ficar atento a alguns fatores, para que não fique frustrado no novo emprego. Antes de aceitar a vaga, é preciso levantar o máximo possível de informações sobre a companhia. Sondar pessoas que trabalham na empresa, descobrir o motivo da saída do antecessor e visitar o local de trabalho são ações que podem ajudá-lo a conhecer melhor a cultura da empresa, a rotina de trabalho, o perfil dos colegas e, portanto, do novo emprego. Outro ponto importante é administrar as expectativas. É preciso saber o que quer do cargo e controlar a ansiedade, para que, durante a entrevista com o recrutador, o profissional possa fazer todas as perguntas necessárias. Alguns pontos que devem ser observados para conhecer melhor a empresa: • Procure descobrir se os valores, propósitos e a ética da empresa são similares aos seus. Esses são os elementos que possibilitam maior conexão a longo prazo com a empresa;
• Jornada de trabalho: saber o horário definido e quanto tempo é preciso ficar à disposição da empresa, além da carga horária; • Sistema de promoção da empresa: saber como funciona o plano de carreira e os modos possíveis para conseguir uma promoção; • Hierarquia: questionar sobre a posição no organograma, para saber a quais líderes vai responder; • Saber como funcionam os sistemas de avaliação e de feedback ; • Calendário de viagens: verificar as previsões anuais de viagens, para saber se estão adequadas à sua vida pessoal; • Recursos de trabalho que a empresa disponibiliza aos funcionários; • Política para o uso de internet e redes sociais; • Processo de integração na empresa e com colegas; • Observe também se a cultura da empresa tem a ver com você: há empresas mais tradicionais; outras são mais descoladas. Enfim, procure uma na qual você sinta ser capaz de desenvolver sua carreira a longo prazo. 2014 fevereiro guia da farmácia
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conjuntura
O recomeço dos negócios É comum ouvir, aqui no Brasil, que o mercado só começa a se aquecer após o Carnaval. Veja como colher os melhores frutos pós-folia e fique atento, pois nem sempre é válido agir apenas depois do fim da festa
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Por Kathlen R amos
Mal termina o ano e as expectativas da população já ficam todas voltadas para a festa mais tradicional brasileira, o Carnaval, que em 2014 será no dia 4 de março. As expectativas em torno do evento são tamanhas que não é estranho ouvir que o ano só começa após a folia. Nesse embalo, muitos
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empresários deixam, de fato, para tomar decisões ou desenvolver ações importantes após essa data. “Os primeiros meses do ano são considerados de suma importância para as áreas de recursos humanos, visto que os talentos das empresas estão tentando colocar em prática as suas expectativas levantadas no ano anterior”, afirma fotos: shutterstock
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a docente de administração e negócios do Senac 24 de Maio, Rozina Aparecida Torchio Varani. No entanto, muitos especialistas alertam para o fato de que não é saudável que o ano termine em dezembro e comece apenas em março. Para o sócio-fundador da Alliance Coaching, Sílvio Celestino, essa é uma percepção equivocada. “Os líderes devem motivar e engajar os colaboradores permanentemente. Ocorre que, após o Carnaval, é que você terá pessoas mais descansadas e mentalmente mais positivas. Portanto, é um bom momento para usar essa energia e fazê-las agir”, afirma. A palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas e consultora organizacional Meiry Kamia explica que o ideal é que as empresas reúnam seus colaboradores entre novembro e/ou dezembro de todo ano, momento no qual são apresentados os resultados do período anterior juntamente com as metas futuras. A partir daí, as ações para as novas metas iniciam-se quase que imediatamente. “Dessa forma, os funcionários não param e o movimento de crescimento é contínuo. Muitas empresas já entram no novo ano realizando treinamentos, cujas necessidades foram detectadas no final do ano anterior. Não esperam o Carnaval para fazer alguma coisa”, comenta. A professora de gestão de carreiras e coordenadora executiva do Programa de Estudo em Gestão de Pessoas (Progesp) da Fundação Instituto de Administração (FIA), Elza Veloso, também não acredita nesse “corte” do Carnaval, especialmente para o varejo farmacêutico. “Os consumidores não deixam de usar a farmácia porque é Carnaval ou algum feriado. Precisamos de medicamentos a qualquer momento, então a loja tem de funcionar bem sempre. Portanto, nesse tipo de negócio, vejo que as ações não podem parar. Além disso, com a globalização e a entrada de capital estrangeiro por aqui, essa mentalidade de começar o ano a partir do Carnaval perde ainda mais o sentido”, avalia.
Sem motivação, sem produtividade Como foi concluído pelos especialistas, agir apenas após o Carnaval não é o mais adequado. Mas, pode-se, sim, aproveitar o desejo de renovação que vem com a virada do ano e a alegria do Carnaval para motivar os colaboradores e, para tanto, criar ou enaltecer programas de motivação existentes na empresa. Para a liderança, é imprescindível se importar com a motivação de seus subordinados, pois é ela que vai impulsionar a vontade do fazer. E esses programas precisam ser diversos, já que cada
Os consumidores não deixam de usar a farmácia porque é Carnaval ou algum feriado. Precisamos de medicamentos a qualquer momento, então a loja tem de funcionar bem sempre. Portanto, nesse tipo de negócio, as ações não podem parar um tende a ter uma necessidade diferente. “A verdadeira energia do ser humano é a inspiração. Sem energia a pessoa não é capaz de manter a atenção em suas ações. Cometerá erros e, em casos mais graves, irá afetar o clima organizacional negativamente. O bom líder conhece cada um de seus colaboradores e sabe dirigir-se a ele em acordo com seus principais fatores motivacionais”, afirma Celestino, salientando que entre os principais agentes motivadores estão: crescimento, desafios, conhecimento, valorização, reconhecimento e dinheiro. “O papel do líder não é julgar esses valores, mas ser capaz de usá-los com fatores para fazer a pessoa realizar o que é preciso para a empresa, alinhado ao que ela deseja para si”, argumenta. A consultora Meiry Kamia fornece exemplos práticos. “Uma pessoa que tem necessidade de status vai trabalhar buscando reconhecimento, normalmente sonhando em ser líder. Entretanto, há pessoas que têm maior necessidade de segurança, então programas de previdência, seguro de vida, planos de saúde, a atraem, e assim por diante”, comprova. Caso a empresa decida realizar alguma ação que premie ou homenageie bons colaboradores, vale ter consciência de que tipos de comportamentos estão sendo valorizados e perpetuados pela empresa. “Ações de reconhecimento beneficiam os colaboradores que se destacaram por realizarem ações valorizadas pela empresa. Isso dá referência para os demais funcionários de como devem agir ou que tipo de comportamento é esperado deles”, argumenta. 2014 fevereiro guia da farmácia
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conjuntura
colocando em prática Com o fim do ano, ou do Carnaval, como alguns preferem, muitas novas ideias surgem com o balanço e projeções, mas nem sempre tudo que é planejado é posto em ação. “São diversos os problemas que fazem com que o planejamento não seja executado e, dentre eles, estão falta de foco, falta de valorizar a necessidade, não querer enxergar o problema ou não querer mexer na zona de conforto”, enumera Meiry. Como as resistências à mudança são inúmeras, o ideal é que a determinação venha da liderança. “Se os líderes não estiverem em acordo entre si para efetuar e manter as mudanças necessárias, e não apenas mexer naquilo que é ‘mais fácil’, dificilmente se conseguirá chegar a um resultado positivo. É muito comum líderes sabotarem até programas de desenvolvimento por medo de perderem o próprio posto de trabalho”, comenta a consultora organizacional. Dessa forma, para que as ideias não sejam deixadas de lado, é fundamental estabelecer metas e responsabilidades. “É tarefa do líder, após avaliar as novas propostas, estabelecer prioridades para a implantação das tarefas, mapear as competências de seus subordinados e estabelecer com eles uma matriz de responsabilidades”, pondera Rozina Varani, do Senac 24 de Maio. A professora Elza Veloso, da FIA, também acredita que o ponto chave para que o planejamento seja executado está no controle. “No momento do balanço e projeções feitas entre o fim e o início de ano, pode surgir uma lista de novas e boas ideias, mas ela precisa ser acompanhada, criando um ponto de controle. É fundamental estabelecer responsáveis e metas 36
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com prazos, do contrário, o dia a dia ‘engole’ o tempo das pessoas”, avisa. Além de envolver gente e data, é fundamental ser firme no propósito de colocar as ideias expostas para funcionar. “Deve-se fornecer um apoio muito grande a todos os envolvidos e ouvir as contribuições de todos. Avaliar os obstáculos e ter ações de contingência para cada um deles. Também é preciso ser firme no propósito de colocar essas ideias para funcionar”, constata o executivo da Alliance Coaching, considerando que outro passo fundamental é ser brutalmente realista na avaliação das ações. “Muitas ideias não saem do papel porque são impraticáveis”, justifica.
Oportunidades de carreira pós-folia Cercados pelo ditado de que “o ano só começa depois Carnaval”, alguns acreditam que o pós-evento também pode ser uma boa oportunidade para promoções profissionais. E, de fato, o período pode ser positivo, desde que o colaborador apresente boas propostas aos seus líderes. “O colaborador deve ser o mais sincero possível e suas intenções deverão ser colocadas em forma de propostas e novos projetos, sugerindo ainda estratégias de implantação e comprometendo-se com os resultados esperados”, aconselha Rozina Varani. No entanto, é preciso ter em mente que as oportunidades de crescimento podem ocorrer em quaisquer épocas e não somente no início do ano. “Muitas pessoas reclamam da falta de oportunidade, mas elas ocorrem o tempo todo. A questão é que pessoas pessimistas estão tão focadas em reclamar e enxergar aspectos negativos da vida que não conseguem ao
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menos perceber quando uma oportunidade está se abrindo bem na frente delas”, acredita a psicóloga Meiry Kamia.
Autoavaliação para ambos Como perceber se você está trilhando o caminho certo na empresa? Caso a farmácia não forneça uma política de desenvolvimento de carreiras estruturada, que aponte os melhores rumos, o próprio funcionário deve criar uma forma de saber se está indo bem ou não. “Deve-se realizar constantemente uma autoanálise de seu comportamento e comparar periodicamente se o seu conhecimento técnico, do negócio e comportamentos tem evoluído. Também deve-se pedir feedbacks aos colegas e chefias, porque todos os seres humanos possuem ‘pontos cegos’ que dificultam a autoanálise”, aconselha Meiry, acrescentando que já existem ferramentas de análises específicas no mercado. “A avaliação por competências, por exemplo, é uma boa estratégia, realizada de forma personalizada de acordo com as competências essenciais da empresa. Anualmente, todos os funcionários são avaliados pelos líderes e recebem feedbacks. A partir daí, é traçado um plano de desenvolvimento do colaborador. Essas ferramentas de avaliação são muito importantes, porque conseguem transformar dados da subjetividade para a objetividade”, explica. Os líderes, acostumados com a avaliação da sua equipe, também devem estar preparados para o seu próprio julgamento. Afinal, suas atitudes podem refletir o futuro da equipe. A consultora Meiry Kamia usa como exemplo os conceitos do psicólogo Albert Bandura, criador da Teoria da Aprendizagem Social, a qual diz que seres humanos aprendem muito por meio da interação com o ambiente e por meio da observação do comportamento alheio. “As empresas criam os modelos de comportamentos e nem sempre eles são positivos. Chefes arrogantes criam colaboradores arrogantes. Isso porque a arrogância é compreendida como um comportamento desejável. Em outras palavras, um funcionário que deseja ser líder observa e aprende com o comportamento de seu superior. Ele tende a imitar o líder, porque entende que são esses comportamentos que a empresa valoriza”, diz. Portanto, mais do que discursar sobre os caminhos do crescimento na empresa, é fundamental que os líderes sejam bons exemplos a serem observados e seguidos pelos demais colaboradores. 38
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Polêmico programa de contratação de estrangeiros para atuação em áreas pobres do Brasil irrita classe médica, mas já produz mudanças no atendimento à Saúde nas regiões carentes Por Rodrigo R od ri gue s
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Carro chefe da gestão de Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, o programa “Mais Médicos” caiu nas graças da população carente do País, mas ainda torce muitos narizes da comunidade médica brasileira. Com quase 6,7 mil médicos estrangeiros trabalhando em solo nacional, o programa já está presente em 2.176 municípios, abrangendo quase 23 milhões de brasileiros que agora têm ao menos um médico perto de casa. Prestes a entrar em campanha para reeleição, a presidente Dilma Rousseff adotou o programa como xodó da disputa que ocorrerá em outubro e avisou: até o mês de abril quer 13 mil médicos estrangeiros atuando no Brasil, a fim de atender todos os municípios que solicitaram a presença dos profissionais de saúde na região. “Em 2013 conseguimos atender metade dos 4 mil municípios que se cadastraram no programa, que já é bastante satisfatório, dado que apenas cinco meses se passaram desde a inscrição. Na primeira fase, foram priorizados todos os municípios em situação de extrema pobreza e regiões metropolitanas com periferias necessitadas. Conseguimos atender também todos os municípios do chamado G100, que é o grupo das cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes. A meta de 13 mil médicos em dois meses é justamente contemplar todos os municípios que pediram ajuda. Até abril deste ano, queremos chegar a 46 milhões de pacientes em potencial sendo contemplados com a presença desses médicos perto de casa”, explica o médico coordenador nacional do programa “Mais Médicos” do Ministério da Saúde, Felipe Proenço. Apesar de elogiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “exemplo de universalização de acesso à cobertura primária”, o “Mais Médicos” ainda enfrenta resistências de parte das entidades médicas brasileiras. O que antes era uma reclamação sobre a possível ameaça de empregos e reserva de vagas, hoje virou uma luta para aplicação da prova de revalidação do diploma estrangeiro no País, o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos). “É temerário que qualquer médico que atue no Brasil não seja submetido ao exame. É uma questão de segurança dos pacientes. Aquilo que é exigido dos médicos brasileiros deve ser exigido dos médicos do exterior. Sendo assim, torna-se necessária uma prova de conhecimento que comprove a qualificação para atender a população brasileira”,
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disseram concordar com a atuação dos estrangeiros no País. À medida que a população foi entendendo que não haveria demissão de médicos nem priorização de estrangeiros, a simpatia pelo programa foi aumentando explica o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Cid Carvalhaes. Em virtude da reclamação dos médicos, o Governo Federal foi ao Congresso Nacional aprovar uma medida provisória (MP) de caráter excepcional, que autoriza a emissão compulsória do registro médico temporário aos médicos estrangeiros sem a necessidade de aplicação do Revalida. A MP foi aprovada limitando a área de atuação dos médicos às atividades da atenção básica à saúde, estipulando um tempo para programa de três anos de contrato, prorrogável por mais três anos.
Guerra perdida Derrotadas na primeira grande batalha, as entidades médicas lideradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) entraram com uma denúncia formal na Organização Mundial de Saúde (OMS) e na Organização Internacional do Trabalho (OIT) alegando ilegalidades do regime de contratação dos profissionais estrangeiros no Brasil. Na ação, o CFM alega preocupação com o regime de “intermediação/exploração de mão de obra – estabelecido no contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), que receberá 5% de todos os salários dos médicos estrangeiros, sem justificativa ou previsão legal para tanto”. O Conselho questiona também o que eles chamam de “falta de transparência do contrato com os médicos e os critérios para contratação”. Segundo a entidade, “o governo desconsiderou termos do Código Global de Prática para Recrutamento Internacional de Profissionais da Saúde da OMS, do qual é signatário, desde 2010”. O Ministério da Saúde diz que não há irregularidades no regime de contratação e aponta que os contratos estão 2014 fevereiro guia da farmácia
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o mercado deve sentir um leve aquecimento das vendas nas áreas onde atuam os médicos do programa de contratação de estrangeiros. São áreas que nunca tiveram médico e agora poderão receber atendimento de acordo com as normas mundiais da OPAS e da OMS. “Na verdade não é questão de ficar com um percentual de salários. Há vários anos todos os contratos deles prevêem um valor para que a entidade possa fazer a administração desses convênios. Isso não é novo e está previsto nos contratos do mundo inteiro, para que os convênios possam funcionar. Não é novo também esse intercâmbio de profissionais. Ter o aval da OPAS e da OMS representa muito para um projeto dessa dimensão. As regras são as mesmas que o Brasil e outros países do mundo já têm com a organização em outras áreas de intercâmbio médico”, explica Proenço. Mas como aconteceu no caso da aprovação da prescrição farmacêutica chancelada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), a reclamação das entidades médicas não teve ressonância na sociedade e ganhou ares de arrogância para boa parte da população, especialmente depois que um grupo de médicos cubanos foi hostilizado ao desembarcar em Fortaleza (CE) sob vaias e gritos de “escravos, escravos”. Segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada no mês de dezembro, 74% dos brasileiros ouvidos pelo instituto disseram concordar com a atuação dos médicos estrangeiros nas áreas pobres do País. “À medida que a população foi entendendo que não haveria demissão de médicos nem priorização de estrangeiros, a simpatia pelo programa foi aumentando. Vale dizer que há cidades no Brasil que não tinham médico há 20, 30 anos, e agora têm essa oportunidade. Nesses meses nós trabalhamos intensamente para que as pessoas entendessem que haveria uma chamada de médicos brasileiros interessados em atuar nas áreas carentes e, caso não aparecessem interessados, essas vagas seriam preenchidas por estrangeiros”, conta Proenço. Vencida a batalha de informação para arrebanhar corações e mentes, o “Mais Médicos” entra agora numa segunda fase de ampliação, que deve culminar com a contratação de mais 6 mil novos profissionais para atingir a meta de 13 mil médicos. Na chamada realizada pelo Ministério da Saúde, só 14% das vagas foram preenchidas por médicos brasileiros e, portanto, a chegada de novos médicos cubanos deve acontecer em breve. Os cubanos, aliás, são a maioria dos 6,7 mil profissionais que estão no Brasil. No total, são cerca de 5.400 cubanos 42
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e outros 1.258 divididos entre espanhóis, argentinos, venezuelanos e brasileiros formados no exterior.
Reflexos para as farmácias Passado o período mais conturbado, a pergunta que se faz é: será que esse programa terá algum reflexo e benefício para o mercado farmacêutico? Na opinião do pesquisador em Farmácia da Universidade Estadual Júlio de Mesquita (Unesp), Eduardo Freitas, o mercado deve sentir um leve aquecimento das vendas nas áreas onde atuam os médicos do programa de contratação de estrangeiros. “São áreas que nunca tiveram médico e agora poderão contar, sem precisar viajar para receber atendimento. Isso estimula as pessoas a buscarem mais ajuda médica e, consequentemente, devem elevar a demanda por medicamentos. Por outro lado, não se pode esperar grandes saltos porque são áreas pobres e muito carentes. O médico não chega junto com caminhão de dinheiro. É possível supor que deve crescer um pouco a demanda por medicamentos do Farmácia Popular e até de genéricos, que geralmente são menos onerosos para o bolso do comprador”, analisa Freitas. A opinião é compartilhada pelo presidente da Associação dos Farmacêuticos Proprietários de Farmácias do Brasil e também do grupo Farma&Farma, Rinaldo Ferreira. Segundo ele, qualquer investimento em melhoria do sistema público de saúde tem reflexos no mercado. “O crescimento sustentado pelo segmento farmacêutico nesses anos todos não se deu apenas pela evolução da renda e os programas sociais, mas também pelo aumento dos gastos em saúde. Mais pessoas passaram a ter convênio médico, mais hospitais e postos de saúde foram criados pelo Governo Federal, prefeitos e governadores. Portanto, há de se supor que isso vai ajudar a equilibrar os ganhos do setor também nos próximos anos”, avalia Ferreira. O médico Felipe Proenço, coordenador nacional do programa “Mais Médicos” do Ministério da Saúde, diz que ainda é cedo para fazer um diagnóstico preciso sobre a mudança que o programa trouxe para o mercado farmacêutico em virtude do curto espaço de tempo em que está em atividade, que hoje é de cinco meses.
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debate No primeiro mês do programa, contudo, o Ministério da Saúde mandou reforçar o atendimento das farmácias do “Aqui tem Farmácia Popular” nas áreas que receberam o primeiro lote de 837 médicos estrangeiros. Por meio do cruzamento de dados inicial do programa de distribuição de medicamentos com os 580 municípios iniciais que receberam ajuda do “Mais Médicos” percebeu-se um aumento de 13,8 mil novos pacientes retirando medicamentos pelo sistema de gratuidade. Nos 580 municípios em que os profissionais do “Mais Médicos” foram alocados há 200 farmácias próprias, da rede “Farmácia Popular do Brasil”, mantida pelo governo federal, e 7.032 privadas credenciadas. O valor, segundo o Ministério, não chega a 15% da base geral desses locais. Mas já é um indício de que há reflexos no movimento do mercado, segundo o pesquisador Eduardo Freitas. “O levantamento é prematuro porque fala apenas sobre o primeiro mês do programa. Agora que oito vezes mais médicos estão atuando, os números devem ser outros. Mas é de se supor que está havendo de fato crescimento da demanda. Desconfio que não seja o caso de estimular os empresários a abrirem novas unidades nesses locais, mas certamente já dá para ver que as farmácias regionais desses pontos vão ter um acréscimo positivo nesse processo”, aponta o pesquisador da Unesp. Segundo Felipe Proenço, o Ministério da Saúde está atento ao aumento da demanda por medicação gratuita e já orientou as farmácias populares e do programa a reforçarem seus estoques.
Realidade da Saúde Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde para aluguel e alimentação, que ficam sob responsabilidade dos municípios. Como definido desde o lançamento do programa e aprovado na MP do Congresso Nacional, os médicos brasileiros formados aqui têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros. Dos profissionais que estão atuando, 4.078 (61%) estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste e 1.594 profissionais (24%) atuam no Semiárido Nordestino, segundo dados do Ministério da Saúde. Conforme já dito, o regime de contratação desses médicos é previsto pelos próximos três anos, podendo ser prorrogados por mais três. A intenção do governo é que os estrangeiros sejam substituídos gradativamente por médicos formados por meio de novas 44
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Onde estão atuando os médicos estrangeiros?
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362
2.967
Norte
1.375
Centro-oeste Sul Sudeste Nordeste TOTAL: 6.658
843
Fonte: Ministério da Saúde, dezembro/2013
vagas criadas em cursos de Medicina e de novas vagas para residência médica. Como o processo de formação de novos médicos demora cerca de seis anos, o Ministério da Saúde já admite que os contratos de atuação do “Mais Médicos’’ terão de ser automaticamente renovados, passando de três para mais três anos, conforme previsto na lei. “O Ministério da Saúde está trabalhando com a meta de criação de 12 mil novas bolsas de residência até 2018, para dar conta dessa demanda. Na graduação, o estudante brasileiro de Medicina demora o período mínimo de seis anos para se formar. Depois disso, ainda tem o período de residência, de acordo com a nova lei aprovada no Congresso, que é de no mínimo um ano. Por isso, de fato, a gente já vem trabalhando com a hipótese de prorrogar esses contratos por mais três anos além dos três que a lei que regulamenta o “Mais Médicos” prevê. Ela estabelece o período máximo de permanência dos médicos estrangeiros no Brasil. Nós estamos criando 10,5 mil novas vagas de graduação em
Medicina justamente para substituir essa demanda de recrutamento estrangeiro. São 49 novos municípios com mais de 80 mil habitantes que não contam com um curso de Medicina, mas que agora terão”, lembra o coordenador do programa. Como um dos focos de reclamação do programa era se a chegada dos estrangeiros melhoraria a infraestrutura dos postos de saúde e unidades médicas pelo País, o Ministério da Saúde esclarece que está investindo R$ 15 bilhões até este ano para melhorar a infraestrutura dos serviços gerais de saúde, sendo que R$ 7,4 bilhões estão em execução e R$ 5,5 bilhões são recursos novos, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários. Os recursos novos também compreendem R$ 4,9 bilhões para a construção de 6 mil UBS e reforma e ampliação de 11,8 mil unidades, e R$ 630 milhões para construção de 225 UPAs. 2014 fevereiro guia da farmácia
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consultor jurídico
Esquecidos
ou não queridos?
O Medicamento Órfão, a Doença Negligenciada e o Poder Público
É
G ustavo S e m blano Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 46
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É muito difícil crer que algum laboratório farmacêutico investiria milhões ou bilhões de euros na criação de medicamentos destinados a uma diminuta fração da sociedade, até porque o retorno a tais investimentos não ocorreria. Em outras palavras, determinadas doenças são tão incomuns que o custo do desenvolvimento e da introdução no mercado de medicamentos com vista ao seu diagnóstico, prevenção ou tratamento não seria amortizado pelos respectivos volumes de vendas previsíveis e, destarte, a indústria farmacêutica não teria interesse no desenvolvimento desses medicamentos em condições normais de mercado. Já os doentes que padecem de doenças raras devem ter o direito de ser tratados com medicamentos, nos mesmos moldes de acesso universal à saúde oferecido aos restantes dos acometidos por doenças, digamos, “comuns”. Em 1998 o Ministro da Saúde aprovou, por meio da Portaria MS nº 3.916/98, a Política Nacional de Medicamentos, trazendo no item 7 de seu anexo uma definição de medicamentos incomuns: os “medicamentos de dispensação em caráter excepcional”, definidos como aqueles utilizados em doenças raras, normalmente de elevado custo e cuja dispensação se destina a casos específicos. Cerca de 6 anos depois, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou a Resolução RDC nº 28/2004 que definiu tais “medicamentos de dispensação em caráter excepcional” 2014
como “medicamentos órfãos.” Já em 2008, a Anvisa editou a Resolução RDC nº 16/2008 que, alterando a Resolução RDC nº 28/2004, modernizou os conceitos das doenças raras e das doenças negligenciadas, para poder servir de parâmetro aos medicamentos órfãos. Assim, de acordo com a legislação brasileira, os “medicamentos órfãos” se destinam diretamente às “doenças negligenciadas” e às “doenças raras”. E o Poder Público, onde fica? Muito embora não exista nenhuma norma brasileira obrigando a indústria farmacêutica a produzir medicamentos órfãos (se existisse essa norma, seria de constitucionalidade duvidosa), as pessoas portadoras de “doenças negligenciadas” e de “doenças raras” não podem ser esquecidas nem deixadas de fora da proteção estatal, isto é, o dever com os doentes é do Estado. A Constituição brasileira estabelece, em seu art. 196, que a saúde é um direito de todos (inclusive, por óbvio, os portadores de “doenças negligenciadas” e de “doenças raras”) e ao mesmo tempo dever do Estado. Dessa forma, aquelas pessoas que são portadoras de “doenças negligenciadas” ou de “doenças raras” não podem ser deixadas ao relento jurídico; ao contrário, devem buscar o Poder Judiciário para que este, por meio de decisões severas, imponha ao Poder Público o cumprimento de seu dever constitucional de fornecer os “medicamentos órfãos”. foto: DIVULGAÇãO
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Acompanhe o potencial do comércio eletrônico em farmácias, o que diz a legislação e as penalidades para quem comete infrações envolvendo a venda ilegal de medicamentos Por Kathlen R amos
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I
Independentemente de crises ou desafios que o Brasil precisa vencer, o e-commerce cresce 20% ao ano no País. O fato é que a população passa a se inserir, de maneira cada vez mais intensa, no universo digital. “Hoje, metade da população navega pela internet e, dessa fatia, metade já compra através de recursos on-line. Portanto, 25% dos que navegam, compram, e 75% dos que navegam ainda não têm esse hábito”, constata a coordenadora do curso de estratégias de marketing digital da ESPM e sócia-diretora da Digitalent, Sandra Turchi. Os dados fornecidos pela especialista conferem uma boa margem de quanto o e-commerce ainda pode crescer por aqui. Segundo dados do E-bit, somente no primeiro semestre de 2013, o e-commerce no País atingiu um faturamento de R$ 12,74 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 24% em relação ao mesmo período de 2012. A quantidade de pedidos feitos pela web aumentou 20%, chegando a 35,54 milhões. “Embora esse mercado ainda possa crescer muito, sem dúvida diversas barreiras ainda precisam ser vencidas. Da parcela que não compra pela internet, muitos deles alegam insegurança, receio por propagandas enganosas, péssimas experiências anteriores ou maus relatos que já ouviram de outras pessoas”, aponta Sandra. Especificamente no canal farma, embora as experiências de empresas do setor com o e-commerce ainda sejam tímidas, de modo geral (mesmo em grandes redes as vendas de e-commerce não ultrapassam 5% do faturamento, de acordo com dados do Grupo Interplayers), a especialista da ESPM acredita que existe bastante potencial de crescimento desse novo canal de compras. “As farmácias têm um nicho de produtos que as mulheres – que estão em ascensão no mercado e entre o público consumidor – mostram-se bastante propensas, como itens de saúde, beleza e medicamentos. Além disso, os homens também passam a consumir cosméticos”, lembra. O diretor comercial do Grupo InterPlayers, Fernando Cascardo, concorda que a fatia do
Somente no primeiro semestre de 2013, o e-commerce no País atingiu um faturamento de R$ 12,74 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 24% em relação ao mesmo período de 2012 e-commerce ainda seja pequena, mas já visualiza experiências de sucesso por aqui. “A Onofre em Casa é um exemplo. É uma farmácia on-line que oferece uma grande variedade de medicamentos, vitaminas, produtos de beleza, produtos infantis, geriátricos, higiene e cuidados pessoais e já está na web há mais de 10 anos. Confiança se conquista com o tempo e quem quer entrar nesse mundo deve ter paciência e persistência, para conquistar o interesse e o respeito do consumidor”, projeta. O executivo aponta, ainda, que estudos da entidade projetam que, nos próximos cinco anos, o Brasil tenha cerca de três a cinco mil sites de e-commerce no País, pertencentes a pequenas e médias redes de farmácias.
caminho difícil Embora essas projeções pareçam bastante positivas, o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, não acredita no sucesso do e-commerce no segmento farma. “Vendemos, essencialmente, produtos que precisam de receita médica e não podem ser comercializados pela internet. Além disso, o medicamento tem sempre a necessidade do uso imediato, diferentemente de um eletrônico, que podemos esperar uma semana para receber. Imagine pegar a receita médica, pedir pela internet e esperar quatro dias para começar a tomar o medicamento?”, indaga o especialista, acrescentando que, além desse problema, existe a questão do custo, que não se adéqua à comercialização de medicamentos, pois a competitividade não deixa margem para isso. 2014 fevereiro guia da farmácia
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Principais regras para as vendas de medicamentos no e-commerce
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Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fax e internet. A apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição são imprescindíveis.
A comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto é vedada. O local onde se encontram armazenados os estoques de medicamentos para dispensação solicitada por meio remoto deverá, necessariamente, ser uma farmácia ou drogaria aberta ao público. Além disso, o pedido pela internet deve ser feito por meio do site do estabelecimento, que precisa ter o domínio ‘.com.br’. Dentre outros, o site da farmácia precisa trazer dados como razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria responsável pela dispensação, CNPJ, endereço geográfico completo, horário de funcionamento e telefone. É vedada a utilização de imagens, propaganda, publicidade e promoção de medicamentos de venda sob prescrição médica em qualquer parte do site. A divulgação dos preços dos medicamentos deve ser feita por meio de listas contendo somente o nome comercial do produto; o(s) princípio(s) ativo(s), conforme Denominação Comum Brasileira; a apresentação do medicamento, incluindo a concentração, forma farmacêutica e a quantidade; o número de registro na Anvisa; o nome do detentor do registro; e o preço do medicamento. As frases de advertências exigidas para os medicamentos isentos de prescrição devem ser apresentadas em destaque. As listas de preços não poderão utilizar designações ou imagens de cunho publicitário em relação aos medicamentos. Quanto à logística, as farmácias são responsáveis pelas entregas (mesmo que elas sejam terceirizadas) e os produtos termossensíveis devem ser transportados em embalagens especiais, a fim de preservar a conservação deles. Além disso, os medicamentos não devem ser transportados juntamente com itens ou substâncias que possam afetar suas características de qualidade, segurança e eficácia. A entrega de medicamentos via postal é permitida, desde que sejam atendidas condições sanitárias seguras. Devem ser garantidos aos usuários meios para comunicação direta e imediata com o farmacêutico responsável técnico, ou seu substituto, presente no estabelecimento. Além disso, junto ao medicamento solicitado deve ser entregue cartão, ou material impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento. Vale frisar que a presença do farmacêutico como responsável é obrigatória durante todo o horário de funcionamento do site.
Fonte: RDC 44/09, Anvisa
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um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde identificou cerca de 1.200 sites ilegais, que promoviam a venda de medicamentos controlados, anúncios enganadores e produtos não legalizados no País Crescimento compatível com a ilegalidade Promissor ou não, é fato que o e-commerce no Brasil ainda precisa vencer muitos obstáculos para crescer e o canal farma sofre um problema bastante específico: o grande número de portais ilegais que vendem medicamentos fora das regras da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), colocando os consumidores em risco. “A internet é um território sem controle por parte do Poder Público, sobretudo com a utilização de diversos sistemas de informática que impedem ou inviabilizam o rastreamento feito pela polícia e pelos demais órgãos estatais encarregados da repressão a esta conduta”, avalia o advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Rio de Janeiro (Ascoferj), Gustavo Semblano. Para o especialista, um dos motivos para o crescimento de infrações como essa está relacionado à própria demanda dos consumidores. O desespero de algumas pessoas pela busca da cura para doenças ou até mesmo por fórmulas milagrosas de beleza ou emagrecimento leva ao crescimento desse tipo de venda. “Essas pessoas buscam soluções a qualquer preço, mesmo sabendo que fogem das exigências legais”, justifica. Segundo dados fornecidos por Fernando Cascardo, do Grupo InterPlayers, um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde identificou cerca de 1.200 sites ilegais, que promoviam a venda de medicamentos controlados, anúncios enganadores e produtos não legalizados no País. De acordo com a Anvisa, a venda de forma irregular tem sido combatida por meio do monitoramento da Agência em ação conjunta com os órgãos policiais. “No caso da venda irregular pela internet, o maior problema é com medicamentos de uso controlado. As situações irregulares são tratadas em conjunto com os órgãos de vigilância sanitária local e polícias”, diz a Agência, via assessoria de imprensa. Embora essa fiscalização pareça simples, não é. “A presença de sites ilegais, clandestinos ou registrados em outros paí52
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ses dificulta a fiscalização e o controle pelos órgãos reguladores e autoridades policiais. Nesse sentido, é muito importante que os usuários relatem atividades suspeitas ou quaisquer outros problemas para suas autoridades nacionais de saúde”, lembra Cascardo.
Regras estão na RDC 44/09 Como a maior parte das leis brasileiras que se destinam ao varejo farmacêutico é antiga, não prevendo nem contemplando internet, a norma que trata do assunto não é propriamente uma lei, mas uma resolução. Trata-se da Resolução RDC 44/09, da Anvisa, que dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas, para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. “Esta norma dedica a Subseção I da Seção V do Capítulo V para tratar da ‘solicitação remota para dispensação de medicamentos’. Há diversas regras, sendo as mais exigentes direcionadas para medicamentos de venda sob prescrição médica, e as mais flexíveis para os medicamentos de venda livre”, comenta Gustavo Semblano, da Ascoferj. A resolução determina, por exemplo, que somente medicamentos de venda livre podem ser comercializados no e-commerce. A venda de produtos tarjados é proibida nesse formato. As punições para as farmácias que descumprem as regras variam de acordo com a gravidade da infração. De acordo com a Anvisa, as penalidades estão previstas na Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, que prevê multa, interdição, cancelamento de funcionamento, entre outros. Semblano confere alguns exemplos. “A farmácia pode passar por advertência; suspensão, no veículo de divulgação da publicidade, de qualquer outra propaganda do produto, por prazo de até trinta dias; obrigatoriedade de veiculação de retificação ou esclarecimento para compensar propaganda distorcida ou de má-fé; multa, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), dentre outras penalidades”, enumera.
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Existe vida atrás do balcão Eles podem não ser os responsáveis técnicos, mas os balconistas são muito importantes para a imagem da farmácia. Conheça as atribuições desses colaboradores e histórias de quem cresceu nessa carreira
O
Por Kathlen R amos
O colaborador que aborda o cliente a cada compra de medicamento, ajudando o farmacêutico na hora da dispensação e que o acompanha na assistência farmacêutica; que cuida da conservação da loja e de seus produtos; e é responsável pelo controle de estoque e das datas de validade, entre outras atribuições. Esse é um perfil resumido das responsabilidades dos balconistas.
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Tendo em vista tantas tarefas, esses profissionais devem ser considerados peças-chave para o sucesso das farmácias. Eles são os principais responsáveis pela imagem que os clientes criam do estabelecimento. O diretor-farmacêutico da Farmácia Nacional, Marcelo Honorato Borges, compartilha de opinião semelhante, reforçando que eles são cartão-postal da empresa. “Eles formam a primeira impressão do consumidor, já que são o primeiro contato da nossa fotos: shutterstock/ felipe mariano/erasmo salomão (ASCOM/MS)
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o balconista, após estar preparado e capacitado, pode desenvolver uma carreira administrativa e participar do quadro de gerência da drogaria ou, ainda, tornar-se o farmacêutico responsável após ter concluído o curso superior de Farmácia
farmácia com o cliente. Assim, nosso sucesso passa, em grande parte, pelos balconistas. Quando bem treinados, remunerados decentemente de acordo com os padrões do mercado e motivados, é sucesso garantido”, avalia. Mesmo com toda essa relevância, pelo Brasil, ainda é preciso que se invista mais na qualificação desses colaboradores. “O que observamos no mercado brasileiro é que, em alguns estabelecimentos, o farmacêutico tem espaço tanto para capacitar a equipe quanto para atender, passando informações sobre medicamentos, cosméticos e outros produtos; os principais problemas de saúde; postura profissional; alterações e cumprimento da legislação vigente; e sobre os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). No entanto, na maior parte dos pontos de venda, essa realidade ainda não existe, apesar
de ser uma exigência legal, tanto sanitária quanto farmacêutica”, alerta uma das autoras do livro Balconista de farmácia, da Editora Senac, Ana Claudia Naldinho. Felizmente, algumas farmácias fogem a esse perfil. Alguns estabelecimentos investem em capacitação, por meio de programas de reciclagem. “De forma geral, ao ser contrato, é repassado a ele todo o Regimento Interno da Empresa (direitos e deveres) e depois os treinamentos específicos para cada área, seguindo os Manuais e POPs. Alguns temas bastante debatidos e enfatizados são noções básicas de atendimento e dispensação; intercambialidade de medicamentos de referência e genéricos; como evitar erros de prescrição; dispensação de medicamentos, Portaria nº 344/98 e antimicrobianos; aplicação de injetáveis; e documentação necessária para o bom funcionamento da empresa”, descreve Borges, da Farmácia Nacional. Para as farmácias que têm essa visão, a postura dos balconistas passa a ser bastante diferenciada. “Quando a farmácia/drogaria tem apenas ‘atendentes’ no balcão, ou seja, profissionais de venda e não de dispensação, os medicamentos, cosméticos e outros produtos para a saúde passam a ser tratados como uma simples mercadoria, e os pacientes/ clientes não recebem a orientação necessária sobre como utilizar, conservar e descartar esses produtos”, lembra a também autora do livro Baconistas de farmácia, Claudia Tereza Caresatto. Outro desafio desses funcionários, além da qualificação, é a falta de reconhecimento como agentes de saúde. “Em muitos casos, esses colaboradores são valorizados pelo cumprimento das me2014 fevereiro guia da farmácia
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Quando a farmácia/ drogaria tem apenas ‘‘atendentes’’ no balcão, os medicamentos, cosméticos e outros produtos para a saúde passam a ser tratados como uma simples mercadoria, e os pacientes/ clientes não recebem a orientação necessária tas de venda apenas. Nesse cenário, seu trabalho não é valorizado e a formação na área não é estimulada”, lamenta.
Plano de carreira varia entre lojas Atualmente, grande parte das farmácias e drogarias não tem um plano de carreira para o balconista. “Muitas vezes, são contratados profissionais para exercer outras funções nos estabelecimentos, tais como caixas ou repositores, e que pela participação em cursos internos, atividades avaliativas (por exemplo: provas, exercícios, testes, etc.), somado ao desenvolvimento pessoal e postura profissional, conseguem subir hierarquicamente de posição até chegar ao balcão”, explica Ana Claudia Naldinho. Segundo ela, outras farmácias adotam categorização dos balconistas, como júnior, pleno e sênior, ou ainda por meio de numeração, 1, 2, 3, de acordo com o tempo de experiência e desenvolvimento da função. Em outros modelos, o balconista, após estar preparado e capacitado, pode desenvolver uma carreira administrativa e participar do quadro de gerência da drogaria ou, ainda, tornar-se o farmacêutico responsável técnico ou substituto do estabelecimento, após ter concluído o curso superior de Farmácia. Ainda não existe um sindicato específico para os balconistas. No Estado de São Paulo, por exemplo, o que esses profissionais têm como entidade representativa é o Sindicato dos Práticos de Farmácia e Empregados no Comércio de Drogas, Medicamentos e Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sinpra56
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Natalia Piatto, da Farma&Cia, tomou gosto pela área e hoje é farmacêutica
farma-SP). “Essa entidade tem uma convenção coletiva de trabalho onde estão presentes os salários dos diversos tipos de profissionais que atuam em farmácias e drogarias e os balconistas aparecem como ‘balconistas (vendedores) comissionistas ou não’ e ‘técnicos em farmácia com salário definido’”, comenta Claudia Caresatto.
Na vida real Felizmente, encontramos pelo Brasil diversos balconistas que trabalham nesse ramo por opção e, nele, veem uma oportunidade de crescimento profissional, bem como uma forma de se tornarem agentes de saúde. Confira algumas histórias de sucesso. Natalia Piatto, 31 anos, hoje farmacêutica da Farma&Cia, numa unidade localizada em São Bernardo do Campo (SP), começou suas atividades como balconista em outros estabelecimentos, e tomou gosto pela área. “Eu já admirava a profissão mesmo antes de começar a trabalhar nesse ramo e tive certeza de que era isso que eu queria quando, de fato, comecei a atuar numa farmácia. O contato com as pessoas, clientes e com a farmacêutica me fizeram gostar ainda mais dessa carreira”, conta. Assim, re-
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Ultimamente as pessoas andam bastante ocupadas e sem tempo, não permitindo a explicação sobre a indicação e posologia. No entanto, há aqueles clientes que precisam de uma atenção maior, como os idosos solveu se tornar farmacêutica e ingressou na universidade, formando se na área em 2007. No ano seguinte, seu sonho começava a se tornar realidade. “Quando fui contratada pela Farma&Cia, auxiliava a farmacêutica responsável no atendimento do balcão. Acompanhava seus atendimentos para poder assimilar todas as informações que me ajudassem e, dessa forma, sempre aprendi mais”, conta Natalia, acrescentando que também efetuava o controle de estoque e a entrada de mercadorias no sistema de gerenciamento. “Como farmacêutica, passei a me preocupar mais com o bem-estar do próximo e procuro atender os clientes como gostaria de ser atendida em uma farmácia. Costumo utilizar todo o conhecimento que obtive no curso, repassando aos pacientes informações adicionais a respeito da medicação receitada pelos médicos”, diz. E, de fato, essa colaboradora, que começou como balconista e se tornou farmacêutica, se mostra atuante como uma verdadeira agente de saúde. “Acredito que nosso conhecimento auxilia os clientes a se sentirem mais seguros quanto ao uso dos medicamentos indicados”, comprova. O balconista Djaime dos Santos Sousa, 47 anos, também é colaborador da unidade de São Bernardo do Campo (SP) da Farma&Cia, e atua nesta loja desde 2003. Sousa começou como office boy, no entanto, ao observar a rotina da loja, sua meta passou a ser a de estar atrás do balcão, ajudando a equipe no dia a dia e no atendimento ao consumidor. “Desde o início percebi que essa era a profissão que queria. Então me dediquei e pude crescer até chegar a balconista”, conta. E ele conseguiu. Com a sua promoção, as principais atribuições passaram a ser o atendimento ao
cliente, providenciando a medicação solicitada ou receitada. “Sempre estou atento à utilização dos produtos, dosagem e horários, com muita dedicação e cuidado”, conta o colaborador, que também é responsável pela reposição dos medicamentos na prateleira, limpeza e conservação, controle de validade, entre outras atividades. No entanto, de fato, sua grande paixão está no atendimento ao consumidor, seguindo concretamente a filosofia da empresa em que atua. “Quando o cliente chega na Farma&Cia, consigo suprir as necessidades ou dúvidas dele, muitas vezes, além do que eles esperam. Isso me dá muito orgulho. Aqui, somos orientados e treinados a resolver os problemas do consumidor”, conta, dizendo que a profissão também reserva alguns desafios, semelhantes aos daqueles profissionais que lidam diariamente com o público. “Sempre procuramos o melhor atendimento, mas, mesmo assim, alguns clientes não se sentem satisfeitos. Muitos vão ao estabelecimento apenas para comparação de preços, ou reclamam do desconto oferecido, sem levar em conta toda a orientação que é repassada”, lamenta. Djaime Souza comenta que, na Farma&Cia, os colaboradores são bastante valorizados e que a farmáDjaime dos Santos Souza, da Farma&Cia, começou como office boy e foi conquistando promoções
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Sob a supervisão do farmacêutico, o balconista está apto a... • Dispensar medicamentos e produtos para a saúde; • Participar da assistência farmacêutica, orientando os clientes sobre o uso de medicamento e atitudes para a manutenção da sua saúde; • Participar das ações relacionadas ao uso racional de medicamentos e automedicação; • Interpretar prescrições e receitas, identificando as necessidades do cliente; • Orientar os clientes sobre cosméticos e outros produtos para a saúde, auxiliando na sua escolha; • Mediar a relação entre o cliente e o farmacêutico de acordo com as necessidades individuais para a prestação do serviço de atenção farmacêutica; • Garantir as boas práticas de recebimento, conferência, armazenamento, estocagem, exposição, entrega e descarte de medicamentos e outros produtos; • Manter as condições de limpeza e armazenamento de cada produto; • Organizar os medicamentos e outros produtos de acordo com os procedimentos da empresa, exigências da legislação e ações de marketing; • Observar o prazo de validade dos produtos e seguir os procedimentos corretos para sua retirada; • Participar do controle de estoque observando a saída dos produtos, identificando alterações da movimentação e aumento da demanda; • Participar da fidelização de clientes por meio da comunicação adequada, identificação de suas necessidades, expectativas e colaboração em ações promocionais. Fonte: Ana Claudia Naldinho e Claudia Tereza Caresatto, autoras do livro Balconista de farmácia (Editora Senac)
cia promove, frequentemente, treinamentos, geralmente ligados a atendimento aos clientes e postura, além de outros relacionados a determinadas doen58
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ças ou campanhas da empresa. Com esse incentivo e valorização, Djaime não descarta a possibilidade de se graduar na sua área de atuação. “Amo o que faço e, se conseguir estudar para o curso de farmacêutico, tenho certeza de que poderei adquirir muito conhecimento, principalmente na farmacologia. Isso me permitirá fornecer ainda mais informações e conhecimento aos meus clientes”, justifica. Outra história de sucesso na profissão é a de Tatiana Cristina Gonçalves Petena, 30 anos. Ela começou a sua atuação em farmácias em 2003, em uma loja pequena, mas essa experiência foi suficiente para ter certeza do que queria para sua carreira. Com a paixão pelo que faz veio o reconhecimento profissional, afinal, em 2005, ela conseguiu uma vaga para atuar numa das maiores redes farmacêuticas brasileiras, onde está até hoje. “Entrei como auxiliar de farmácia e minhas principais funções eram auxiliar o cliente no meio da loja, atendimento de caixa, limpeza e organização de seção. Na época, não podia entrar no balcão de medicamentos para dispensá-los. Só podia vender perfumaria devido ao cargo ocupado”, relembra. Mas essa restrição não a impedia de sonhar alto e visualizar seu futuro. “Adorava aprender e ficava encantada com a variedade de medicamentos que tínhamos no mercado. Medicamentos recém-lançados eram, para mim, um novo aprendizado, e isso é o que mais me encanta até hoje”, diz. Assim, passados seis meses da contratação, Tatiana conseguiu sua primeira promoção (como atendente de farmácia 1). Após mais seis meses, veio a segunda promoção, passando a ocupar o cargo de atendente de farmácia 2. E as promoções não pararam por aí. Com o bom trabalho desempenhado nessa função, surgiu mais uma oportunidade e se tornou assistente administrativa de loja, o braço direito da gerente. “Com essa promoção veio, além da imensa vontade de estudar para me tornar uma futura farmacêutica, a condição financeira que não tive quando era mais nova para arcar com os custos da faculdade. Comecei a cursar farmácia e logo recebi a proposta de promoção para gerente”, recorda. Hoje, ela permanece no cargo e, neste ano, finaliza a graduação. Tatiana já pensa em novos desafios. “Pretendo me formar como farmacêutica e dar continuidade ao meu novo cargo, como gerente, quero, futuramente, me tornar gerente farma-
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perfil
grande parte das farmácias e drogarias não tem um plano de carreira para o balconista. Muitas vezes, são contratados profissionais para exercer outras funções nos estabelecimentos, tais como caixas ou repositores cêutica. Para que essa conquista dê certo, vou continuar batalhando a fim de que a empresa reconheça o meu esforço”, garante. Alyne Ribeiro Severo, 21 anos, começou sua relação com o universo farmacêutico por meio de um curso que realizou para conhecer e se especializar no setor. “Quando comecei a trabalhar, fazia o Curso Técnico de Farmácia, que me possibilitou entrar na Farmácia Nacional Canaan, localizada no centro de Patos de Minas (MG). Comecei na função de atendente de manipulação, sendo transferida depois de algum tempo para o balcão, que era um grande sonho que tinha”, relata, acrescentando que já está nesta loja há quatro anos. Como balconista na Farmácia Nacional, as principais atribuições de Alyne são atender bem os clientes, esclarecer dúvidas, explicar como devem fazer uso dos medicamentos e como guardá-los. Também são de sua responsabilidade ficar atenta à validade, mantendo a organização e limpeza das seções. “Me sinto realizada quando consigo atender bem um cliente, explicando corretamente como deve seguir seu tratamento, e a função de cada produto, percebendo em suas atitudes ou expressões, entendimento e prazer de ser bem atendido. Só fico insegura na hora da dispensação de medicamentos que exigem o controle especial, onde o receituário deve ser retido na farmácia. Nesses casos, tenho sempre atenção redobrada, pois são medicamentos que podem causar riscos maiores”, conta. 60
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Alyne Ribeiro Severo, da Farmácia Nacional, está realizada com a profissão
Mesmo gostando do que faz, Alyne admite que não é tarefa fácil atender, já que são exigidas boas doses de atenção, conhecimento e paciência. “Ultimamente as pessoas andam bastante ocupadas e sem tempo, não permitindo a explicação sobre a indicação e posologia. No entanto, há aqueles clientes que precisam de uma atenção maior, como os idosos, que têm dificuldades no controle dos horários e medicamentos, necessitando, assim, de cuidados especiais”, conta. Com todo o reconhecimento que tem na empresa – que apoia e incentiva os estudantes interessados na área –, a colaboradora se sentiu estimulada e, hoje, realiza graduação em farmácia. “Além de me fazer sentir mais realizada com a profissão, acredito que com essa formação terei mais segurança em esclarecer dúvidas relacionadas aos medicamentos”, avalia.
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competitividade
Planeje e se surpreenda
com os resultados
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As metas e os objetivos são a direção das empresas. eles indicam para onde devem ser direcionados os esforços do seu negócio
Rob son Z ukuro v Consultor e sócio da Roma Treinamentos 62
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Todo encerramento de ano é uma época muito agradável que traz consigo diversas particularidades. Mais do que as comemorações e a renovação das perspectivas para o ano seguinte, quero destacar alguns aspectos importantes que devem ser observados neste momento de transição, sobretudo nos dois primeiros meses. Encerramos um ciclo de trabalho, resultados, metas e objetivos, assim, para que possamos alavancar esses resultados e realmente conquistar os objetivos traçados, é necessário realizar inicialmente um balanço do ciclo que se encerrou. Dessa forma, será possível avaliar o que foi feito, quais os aspectos que foram determinantes para se chegar às metas atingidas e quais as ações que ainda não foram realizadas, analisando os motivos que podem ter comprometido no alcance de 100% delas. Realizado o balanço de 2013, devemos iniciar o planejamento para 2014, assim já começamos o ano com ações efetivas direcionadas ao alcance dos objetivos. Na fase de planejamento, quero chamar a atenção em especial para a definição das metas e dos objetivos, que costuma ser uma armadilha. As metas e os objetivos são a direção das empresas, indicam para onde devem ser direcionados seus esforços. Assim, como um barco sem rumo, uma empresa sem metas estará 2014
perdida e, consequentemente, poderá naufragar. Os objetivos devem traduzir o destino, ou seja, o que se deseja alcançar neste ano. Já as metas são parceiras fundamentais e possuem o papel de indicadores que fornecem a referência de direção. Sabendo o destino, é hora de traçar as estratégias. O planejamento pode ser comparado aos mapas de uma embarcação, e as estratégias são as rotas escolhidas para chegar aonde se deseja. Cada parte possui sua importância e terá influência no alcance dos resultados estimados. Quando realizamos um planejamento eficaz, temos a oportunidade de aprender com os nossos erros e identificar oportunidades de melhoria, estruturando os recursos humanos, financeiros e tecnológicos com objetivo de realizar cada vez mais. De maneira prática, podemos identificar quais foram as melhores práticas de atendimento ao cliente, os procedimentos que mais funcionaram, as estratégias que deram certo, assim como as ações que não tiveram o resultado esperado, desperdício de recursos, dificuldades de gestão, entre outras. Aproveitem esta fase, celebrem, comemorem, divirtam-se e façam também o seu planejamento lembrando-se dos aspectos aqui destacados, pois assim darão os primeiros passos para que 2014 supere suas expectativas. foto: DIVULGAÇãO
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ponto de vista
Última
opção
A atuação do farmacêutico no varejo é árdua e de grande responsabilidade, o que nem sempre significa reconhecimento e boas condições de trabalho P o r A d r i a na B r u no
J
Jornadas de trabalho estressantes, muitas atribuições, equipe reduzida e baixos salários são alguns dos fatores que têm levado farmacêuticos a optarem por outros segmentos para trabalhar e crescer profissionalmente. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), esse profissional pode trabalhar em diversos segmentos, somando 75 áreas de atuação. Para a consultora especialista em marketing, Tatiana Ferrara Barros, o varejo é o segmento em que o farmacêutico tem mais atribuições. “O varejo fica aberto geralmente de segunda a segunda, em feriados, em alguns casos 24
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horas, e o farmacêutico tem de acompanhar essa rotina. Assim, é comum trabalhar nos fins de semana e feriados e isso é o que mais pesa para o profissional. Outro fator é que o trabalho no varejo é feito em pé, tornando-se bastante cansativo. As responsabilidades são inúmeras, principalmente em relação ao controle dos medicamentos da Portaria 344/98. Além disso, as farmácias são resistentes a cumprir a lei e a responsabilidade sobre este ato recai sobre o profissional”, diz. Ela ainda destaca que o farmacêutico tem certo preconceito com o varejo. “Em função dos esquemas utilizados de improviso e da falta de profissionalismo adotados por alguns varejistas, os farmacêuticos fotos: shutterstock
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se dividirmos o número de farmacêuticos pela soma de todas as farmácias e drogarias, chegaremos à conclusão de que existe apenas um farmacêutico para cada um desses estabelecimentos, o que é muito pouco, pois precisam de no mínimo dois farmacêuticos para cada um deles acabam ficando com receio de trabalhar em drogarias e buscam outras áreas, como a indústria, laboratórios de análises clínicas e toxicológicas, distribuidoras, entre outros. O canal acaba sendo a última opção do profissional, infelizmente. Para dar uma ideia do panorama encontrado no Brasil, em um relatório da comissão de fiscalização do CFF, atualmente, cerca de 168 mil farmacêuticos atuam no Brasil e 12 mil novos profissionais se formam todos os anos nas 426 faculdades de Farmácia hoje existentes no País. Para uma população de 201.032.714 brasileiros, há, em média, um farmacêutico para cada 2 mil habitantes, o que é muito pouco, pois, no mínimo, dois farmacêuticos são necessários. O presidente do Sincofarma, Natanael Aguiar Costa, enfatiza que, ao terminar o curso, a maioria desses profissionais percebe que o balcão da drogaria é diferente do que imaginavam. “Essa missão de lidar com pessoas é muito complexa. Há necessidade de ‘gostar de gente’, saber relacionar-se, ser tolerante, paciente e, acima de tudo, exercitar o amor”, comenta. A questão salarial é outro fator que tem afugentado esses profissionais do segmento varejista. De acordo com Tatiana Ferrara, os Estados Unidos são o país onde uma das melhores profissões é a de farmacêutico. “O salário médio desse profissional nos EUA é de US$ 9 mil, enquanto no Brasil, de uma forma geral, o farmacêutico recebe pouco. Acredito que o salário deveria ser compatível com aquilo que o profissional entrega. Por exemplo, conheço farmacêuticos que têm salário de R$ 7 mil trabalhando em drogarias, isso é fruto de um trabalho muito bem feito com os clientes que procuram não apenas o ponto de venda mas especificamente aquele profissional e, em contrapartida, o proprietário, ao reconhecer a importância e o trabalho do farmacêutico, tem medo de perdê-lo para a concorrência. Quando a atuação se estende ao campo de dar ideias para inovar o negócio, fidelizar clientes, entre outros, ele passa a ser visto de outra forma pelo proprietário da farmácia, ou seja, não basta que
o farmacêutico entregue apenas aquilo que é exigido, ele precisa superar as expectativas e trazer resultados para a empresa e, assim, poderá negociar um salário melhor com seu empregador”, comenta. O piso salarial do farmacêutico é de R$ 2.300,00, de acordo com o presidente do Sincofarma e, quanto à carga horária, as farmácias trabalham a questão de acordo com suas políticas ou mesmo acordo com a equipe, inclusive no que diz respeito aos plantões.
Fórmula da atração Assim como se previnem e se tratam doenças, o varejista tem a capacidade de reverter esse quadro de insatisfação do farmacêutico com o segmento. As queixas são conhecidas, então adotar uma política de trabalho que favoreça o crescimento dos profissionais e, ao mesmo tempo, contribua para o bom desempenho do negócio é uma das ferramentas para atrair o farmacêutico para o varejo, estimular esse profissional a pensar no canal como primeira opção. “O varejo deve ficar atento às queixas básicas, e principalmente à política adotada por algumas lojas de ‘empurrar’ produtos para os clientes, por dois motivos: o primeiro é que a rotatividade de funcionários é péssima, tem custo elevado para a empresa e dificulta a fidelização de clientes. Em segundo lugar, a empresa pode ficar com má fama no mercado de trabalho, os farmacêuticos se conhecem e contam o que acontece na empresa para os colegas, assim sabemos quais são as boas empresas para se trabalhar e quais são as ruins. Estas últimas têm muita dificuldade para contratar farmacêuticos e, quando conseguem, a rotatividade é muito alta”, avalia Tatiana Ferrara Barros. Para ela, o empregador que deseja ter bons profissionais deve ficar atento principalmente ao esquema de folgas e carga horária. “Às vezes, não é necessário fazer alterações no salário, mas sim aumentar a quantidade de folgas, o ato pode gerar maior satisfação no trabalho. Além disso, é importante que as legislações sejam respeitadas, pois, caso contrário, podem 2014 fevereiro guia da farmácia
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ponto de vista
Seis passos para uma relação trabalhista harmoniosa
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Identifique, na contratação, os propósitos que levaram o candidato a escolher a profissão. Conhecer a missão de vida; entender quais os motivos e as renúncias da escolha de ser farmacêutico valerá muito mais que selecionar por competência.
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Alinhe os propósitos da existência desse profissional com a função que ocupa, a visão e os valores da sua loja ou rede. Há muitas queixas de distanciamento com o tomador de decisão.
Considere possibilidades de uma remuneração variável baseada no desempenho do seu profissional. Isso é mais do que um acalento; é um reconhecimento das entregas e da importância que ele tem no seu negócio e, porque não, na sua vida.
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Envolva-o nos processos decisórios. Há contribuições a serem feitas. Se não houver envolvimento, não haverá engajamento. Permita que ele ajude-o a pensar em como tornar o negócio bem-sucedido.
Lembre-se de que o seu profissional tem vida própria. Pense em formas de colocá-lo próximo da família ou de tudo que o faz se sentir vivo para além do trabalho. Turno de segunda a segunda não tem sido bem visto.
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Esforce-se para ter práticas de Recursos Humanos consistentes e contemporâneas. Saia na frente. Uma política de cargos e salários, justa, com base no desempenho, pode ser de grande valia.
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Fonte: Leme Consultoria
ao terminar o curso, a maioria desses profissionais percebe que o balcão da drogaria é diferente do que imaginavam. Essa missão de lidar com pessoas é muito complexa. Há necessidade de “gostar de gente” saber relacionar-se, ser tolerante, paciente e, acima de tudo, exercitar o amor 66
render ao farmacêutico processo ético e isso faz com que o profissional tenha receio de trabalhar em um local que não cumpre as normas legais”, diz. Mas a valorização também depende do comprometimento e da vontade de crescer junto com a empresa. “As medidas para estimular o profissional e valorizá-lo também dependem muito dos farmacêuticos: visibilidade profissional é uma situação que depende de vontade, comprometimento, busca de conhecimento, iniciativa e espírito de equipe. Sem essas virtudes não será valorizada com toda a certeza”, diz Natanael Aguiar Costa. Uma relação de trabalho saudável acontece quando os dois lados estão dispostos a dar o melhor de si, atuando em conjunto. “Ter um bom farmacêutico pode ser um grande benefício para a farmácia. O farmacêutico deve assessorar a empresa em questões sanitárias e efetuar a assistência farmacêutica, orientar os consumidores sobre
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a utilização de medicamentos e ofeA questão salarial é outro fator recer serviços que somente um farque tem afugentado macêutico pode efetuar, como a esses profissionais do segmento atenção farmacêutica. varejista O varejista deve ver o farmacêutico como um parceiro que auxilia no fortalecimento do seu negócio, oferecendo soluções legalmente adequadas e muito rentáveis. Ele pode ser uma ferramenta para fidelização de clientes e fonte de informações sobre quais categorias podem ser vendidas na drogaria. Além disso, o empresário deve verificar o nível de satisfação com o salário e carga horária, assim o varejista vai perceber que vale a pena, pois funcionários satisfeitos trabalham melhor, atendem clientes melhor e se dedicam mais à empresa”, finaliza Tatiana Ferrara Barros.
Novo posicionamento Para se falar em condições de trabalho, é essencial entender o contexto histórico brasileiro no qual as farmácias e drogarias estão inseridas. “Por muito tempo elas assumiram um papel eminentemente comercial. Esse modelo, de modo geral, favorece condições ruins para o farmacêutico: escalas exaustivas de trabalho, baixa remuneração, excesso de trabalho burocrático – que muitas vezes prejudica as atividades assistenciais, falta de autonomia técnica, desvio de função para exercer outras atividades que não são inerentes à sua função. Entendemos que a melhoria dessas condições passa por uma rediscussão desse modelo, o que já tem ocorrido em diversos países do mundo nos quais as farmácias atuam como estabelecimentos de saúde muitas vezes inseridas no Sistema de Saúde daquele país, onde o farmacêutico faz parte do ciclo de assistência à saúde da população. Esse modelo, que defendemos como correto para a sociedade brasileira, é o que chamamos de farmácia estabelecimento de saúde”, diz o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, Pedro Menegasso. Para o executivo, o Brasil está em um novo momento da profissão farmacêutica, e a melhoria das condições de trabalho do farmacêutico no varejo é apenas uma questão de tempo à medida que os empresários passam a enxergar a importância desse profissional para o seu negócio e o quanto ele pode fazer a diferença para o crescimento e a sustentabilidade da empresa. “Acreditamos que o próximo passo é tornar o farmacêutico um profissional valorizado perante a sociedade, e isto já está acontecendo de forma visível. Um desafio nos dias de hoje é que o farmacêutico possa ter mais 68
autonomia técnica dentro do estabelecimento para a tomada de decisões. Além disso, é possível criar possibilidades de remuneração variável por resultados, tornando o farmacêutico um profissional melhor remunerado e integrado à empresa. Importante salientar que essa remuneração não deve estar ligada a metas de venda de medicamentos, mas sim ao desempenho da farmácia como um todo, como, por exemplo, métricas sanitárias. O farmacêutico tem papel fundamental para deixar o estabelecimento em consonância com a legislação vigente e evitar autos de infração sanitária. Esse é um exemplo de remuneração por resultados”, diz.
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varejo varejo
Conquistando
clientes fiéis
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Atendimento de qualidade e uso das redes sociais são ferramentas que geram resultados e agregam valor ao negócio
silvia o s s o Palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo. É autora dos livros Atender Bem Dá Lucro, Programa Prático de Marketing para Farmácias e Administração de Recursos Humanos para Farmácias E-mail siosso@uol.com.br 70
Criar e planejar estratégias de fidelização de uma empresa continua a ser o grande desafio dos profissionais do varejo. Aqueles que compreendem que iniciativas isoladas de marketing ou esforços avulsos de fidelização provavelmente não trarão o resultado esperado para empresas poderão ir mais longe. Neste início de ano, é importante destacar que capacitar os funcionários e usar redes sociais são estratégias mais do que válidas para conquistar clientes fiéis. Vejamos. Um dos itens mais básicos para fidelizar os clientes é o bom atendimento em todos os sentidos. Quando um cliente entra em contato com um funcionário da empresa, sua percepção é de que está falando com a própria organização e não com o funcionário. Caso não haja um bom atendimento por parte desse funcionário, isso implica uma avaliação negativa da empresa. Estudos indicam que mais de 60% dos consumidores se afastam de empresas por considerar os atendentes indiferentes ou pouco dispostos a ajudar. Nessa hora, programas de capacitação, treinamento e motivação de funcionários, principalmente para aqueles que se relacionam diretamente com os clientes, se tornam importantes meios para a satisfação e fidelização do consumidor. Sempre que ele tiver a chance de falar com alguém que representa a empresa, precisa ter um contato relevante e positivo; por isso, os programas de capacitação e motivação devem ser constantes e fazer parte dos processos da empresa. A fidelização se inicia por uma satisfação geral com o estabelecimento que só pode ser construída a partir do bom
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relacionamento entre as pessoas. Apesar de serem muito populares, muitas organizações ainda não aderiram ao uso das redes sociais como ferramentas de marketing. Essa falta de interação na web é um ponto negativo. A rede social é uma aliada da fidelização da marca junto ao consumidor. Há dois tipos de abordagem: uma é institucional e a outra é se mostrar com sutileza. Se alguém precisar de dados da empresa, é preciso disponibilizá-los de maneira ágil, específica e aberta, facilitando a visibilidade institucional. Marcar presença com sutileza, porém, exige mais habilidade de quem o faz, a marca deve aparecer de modo espontâneo, para ganhar credibilidade. Sabe-se que as indicações em redes sociais têm muito mais força do que os anúncios. Os consumidores acreditam que o “boca a boca” seja mais confiável do que a propaganda, e cerca de 90% deles confiam nas recomendações de conhecidos, enquanto 70% confiam nas opiniões que os clientes postam na internet. Entender cada vez mais o comportamento dos clientes e ter em mente que a conectividade faz parte da vida de todos ajuda-nos a conhecer os clientes, alinhar respostas em longo prazo e conseguir maior fidelidade pelo relacionamento criado. Toda empresa precisa estar preparada para garantir produtos, serviços e atendimentos em todos os canais de comunicação com qualidade e eficiência. Tente melhorar esses dois aspectos em sua empresa e veja como pode melhorar muito a fidelização de seus clientes. Por acaso sabe como está sua empresa? foto: divulgação
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Especial Mulher
panorama
Sexo forte Além de mais numerosas, as mulheres brasileiras têm mais tempo de estudo e apresentam um crescimento de renda superior ao sexo masculino Por Flávia Co rbó
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Elas são maioria. Há dez anos a diferença entre o número de mulheres e homens vem crescendo. Hoje em dia, existem 100 mulheres para cada 96 homens, de acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, essa proporção era de 96,9 brasileiros do sexo masculino para cada 100 brasileiras. A estatística contraria a natureza. Todos os anos nascem mais meninos do que meninas, mas fatores externos como a violência fazem com que os homens morram mais cedo e a proporção entre sexos se inverta a partir dos 25 anos. Mas não é apenas em quantidade que mulheres jovens e adultas estão na frente. Elas também apresentam maior grau de escolaridade, conforme apontado também pelo censo 2010 do IBGE. A diferença já se inicia na idade escolar, quando
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a taxa de abandono precoce dos estudos – proporção de jovens entre 18 e 24 anos de idade que não haviam completado o ensino médio e não estavam estudando – é maior entre os homens (41,1%) do que entre as mulheres (31,9%). Na fase adulta, o comportamento tende a seguir o mesmo padrão. Na faixa etária de 25 anos ou mais, o percentual de homens com pelo menos o nível superior de graduação completo é de 9,9%, e o das mulheres, de 12,5%. O nível de instrução é um dos fatores responsáveis pelo aumento da presença da mulher no mercado de trabalho. De 1992 para 2010, o número de mulheres que trabalham fora de casa evoluiu de 56,7% para 64%, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). E elas seguem galgando degraus em uma velocidade muito superior à dos homens. O nível de ocupação das mulheres passou de 35,4% para 43,9% de 2000 foto: shutterstock
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para 2010, enquanto o dos homens aumentou poucos pontos percentuais, passando de 61,1% para 63,3%. Dentre as ocupações conquistadas pelas mulheres, cresceu o nível de empregos formais. Entre 1993 e 2013, a população feminina aumentou 36%, enquanto a variação do número de mulheres com carteira assinada aumentou 162%. Isso resultou no ingresso de 11 milhões de brasileiras no mercado de trabalho formal – contingente equivalente a toda a população do Rio Grande do Sul.
Onde elas trabalham? A presença da mulher no mercado de trabalho já é tão forte que existem profissões nas quais elas são maioria absoluta, principalmente nas áreas de saúde e humanas, em que o cuidado e a educação de terceiros são atividades essenciais. Das ocupações mais comuns entre a população feminina estão fisioterapeuta, enfermeira, psicóloga, pedagoga, nutricionista e fonoaudióloga. Mas o campo de atuação da brasileira não é nada restrito. De acordo com uma análise no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), houve um maior crescimento da participação das mulheres principalmente nas atividades de administração pública (210.612 empregos), restaurantes
(54.398), atividades de atendimento hospitalar (51.410), limpeza em prédios e em domicílios (50.214) e comércio varejista especializado em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (44.767). Até em setores tradicionalmente masculinos, houve crescimento no saldo de emprego de mulheres. Na área de transporte rodoviário de carga, elas já ocupam 11.768 postos. A participação da mulher na construção civil também evoluiu muito, principalmente em atividades como construção de estações e redes de telecomunicações, com crescimento de 12,96% em 2010 para 13,68% em 2011; perfuração e construção de poços de água, que passou de 11,75% para 12,31%; e montagem e instalação de sistema e equipamentos de iluminação e sinalização em vias públicas, postos e aeroportos, atividade que passou de 14,14% para 14,36% no mesmo período.
Quanto elas ganham? Ainda que se mostrem mais preparadas intelectualmente e tenham provado que conseguem ocupar cargos antes exclusivos dos homens, as profissionais do sexo feminino ganham menos que os do sexo masculino em quase todas as profissões. Em um levantamento feito
mulheres estudam mais em todas as fases da vida COMPARATIVO DE NÚMERO DE ANOS ESTUDADOS
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10 a 14 anos
15 a 17 anos
18 ou 19 anos
20 a 24 anos
25 anos ou mais
Fontes: PNAD (IBGE) 2009
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Especial Mulher
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futuro promissor EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO % 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 1950
1960
1970
1980
1990
2002
2009
0
Fontes: Estatísticas do Século XX e PNAD (ambos do IBGE)
HOMEM Diferença no salário ainda é de 13,7%
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Há, porém, muitas barreiras a superar, mulheres ainda ganham menos e não estão presentes nos cargos mais altos
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1.063
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salário Médio (em reais – R$)
MULHER
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27% dos cargos
de liderança no Brasil são ocupados por mulheres Fonte: International Business Report 2012 (IBR)
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
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Especial Mulher
panorama
Cresce rapidamente o emprego formal feminino % Crescimento da população feminina e do número de mulheres com carteira assinada (1993-2013) Variação do nº de mulheres Variação do nº de mulheres com carteira assinada 162
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11 milhões de brasileiras passaram a integrar o mercado de trabalho formal nas duas últimas décadas Contingente equivalente a toda a população do estado do Rio Grande do Sul
Fonte: Data Popular a partir da PNAD
com 500 ocupações, o Birô de Estatísticas do Trabalho dos EUA descobriu que em apenas duas os salários delas são mais altos. Uma das exceções é o serviço de conselheiro de pacientes com problemas mentais ou algum tipo de vício; outro é o de técnicos e de tecnicistas de farmácia ou de cirurgia. Segundo o estudo, na profissão de conselheira, as mulheres ganham um salário semanal médio de R$ 1.855, enquanto os homens ganham cerca de R$ 1.807. Mas essa realidade não corresponde em nada ao perfil clássico do mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o Cnae, em 2012, o salário médio real de admissão das mulheres alcançou R$ 917,87, contra 1.067,66 dos homens. Em 2011, esses valores eram R$ 874,63 e R$ 1.019,34. Enquanto no feminino o crescimento foi de 4,94%, o salário dos homens cresceu 4,74%, ou seja, a relação dos salários entre homens e mulheres passou para 85,97%. Outra contradição é que, apesar de mais instruídas, o índice de desemprego das mulheres é ainda muito superior quando comparado ao dos homens. Pelo menos 19% das brasileiras estão fora do mercado de trabalho, enquanto entre os homens esse número é 10,2%. E a situação não melhora nem nos cargos mais altos. Apenas 27% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres, também com salários inferiores aos masculinos. 76
Previsões futuras As taxas de escolarização e o nível de instrução colaboram para que o nível de renda das mulheres apresente um histórico de crescimento. De acordo com levantamento da pesquisa Tempo de Mulher, do Data Popular, nos últimos dez anos, a massa de renda dos homens cresceu 45%, enquanto a das mulheres cresceu 83%. Em 2013, o montante ganho pelas mulheres trabalhadoras atingiu R$ 1,01 trilhão. Quanto ao grande número de mulheres ainda fora de atuação profissional, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que, na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo em 2009, para 16,2%, saindo de 16,5% em 2008. “Representando 51% da população, com maior expectativa de vida e maior presença no mercado de trabalho, as mulheres têm um grande peso na economia brasileira”, aposta a diretora comercial da Kantar Worldpanel, Christine Pereira. Um dos sinais da virada de jogo que está por vir é que quase 50% dos empreendedores brasileiros são mulheres. Todo esse poder de crescimento pessoal e profissional fez com que, nos últimos sete anos, o percentual de mulheres chefes de família no Brasil passasse de 31% para 36% da população feminina, de acordo com dados do Target Group Index, do Ibope Media.
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saúde saúde
O preço da vida moderna Os avanços conquistados pelas mulheres impactaram o estilo de vida. Sem conseguir acompanhar a velocidade das mudanças, a saúde feminina vem pagando o preço
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Por Flávia Corbó
O estilo de vida das mulheres sofreu mudanças radicais com o passar da décadas. Antes criadas para serem esposas e mães dedicadas apenas ao lar, as mulheres lutaram por espaço e hoje ocupam, ao lado dos homens, seu lugar na sociedade. O marido, a casa e os filhos continuam a ser o sonho de muitas delas, mas sem abrir mão da ascensão na carreira e do convívio social. As que batalharam por essas mudanças ficariam orgulhosas das conquistas alcançadas, mas a evolução trouxe algumas consequências. E quem vem pagando o maior preço é a saúde feminina. Na década de 1960, a taxa de fecundidade no Brasil era de 6,3 filhos por mulher. O número foi sendo
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reduzido, gradativamente, à medida que a mulher ganhava às ruas – 1970 (5,8), 1980 (4,4), 1991 (2,9), 2000 (2,3), 2006 (2). De acordo com dados do Banco Mundial, em 2011 este índice já estava em 1,81 filhos por mulher. Estimativas feitas pelo estudo Projeção da Populacão do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é que em 2034 cada brasileira tenha, em média, 1,5 filho. Esse acentuado declínio pode ser explicado por diversos fatores. O primeiro deles surgiu por conta da expansão da urbanização. Em localidades rurais, as famílias tendem a desejar mais filhos, porque necessitam de ajuda nos trabalhos do campo. Nos grandes centros, o pensamento segue um raciocínio oposto. Para obter sucesso na carreira profissional, foto: shutterstock
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muitas mulheres optam por adiar a gravidez e diminuir o número de filhos por casal. Quando são considerados os grupos de mulheres com maior escolaridade e renda, vê-se que a maternidade hoje se concentra entre os 30 e 34 anos de idade, sobretudo em áreas urbanas. Há, ainda, muitas mulheres que optam por não serem mães. Entre 25 e 29 anos, o percentual de mulheres sem filhos subiu de 31% para 40,8%, entre 2001 e 2011. E, na faixa dos 30 a 34 anos, passou de 18,3% para 25,6%. Essa mudança drástica do que era antes o principal papel da mulher – ser mãe – afetou o organismo feminino. Antigamente, a mulher passava muito tempo da vida grávida ou amamentando, o que resultava em uma quantidade menor de ciclos menstruais. Hoje em dia, diante da opção pela redução do número de filhos, as mulheres sofrem por mais tempo os efeitos das menstruações. Além disso, a liberação sexual fez com que as mulheres passassem a tomar pílulas anticoncepcionais. E não só as que já estão na fase adulta. “As meninas tendem a menstruar mais novas e começam a fazer uso da pílula anticoncepcional cada vez mais cedo, sofrendo por mais tempo as ações dos hormônios”, lembra o professor doutor do Hospital das Clínicas e diretor clínico da Clinnique, Dr. Marcelo Afonso Gonçalves.
Consequências inevitáveis A conjunção desses fatores resultou no aumento da incidência de algumas doenças típicas femininas. Uma delas é a endometriose, caracterizada pela presença de células da camada interna do útero em outras regiões do corpo, como intestino, ovário e bexiga, que atinge 25% da população feminina. A presença dessas células em locais anormais leva a formações de aderências e cistos e pode causar dores na menstruação, dor pélvica crônica, em qualquer período do ciclo, e desconforto nas relações sexuais. O agravamento da doença pode acarretar a infertilidade. O tratamento de endometriose pode ser feito de duas formas: “uma delas é por meio de procedimento cirúrgico, em que os focos do problema são retirados e tenta-se reestabelecer a anatomia dos órgãos internos. Outra possibilidade é o uso de medicamentos para bloquear a ação do estrógeno, responsável pelo crescimento das células endometriais. E, claro, no momento da dor, é recomendado o uso de analgésicos e anti-inflamatórios”, detalha a professora doutora do departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Dra. Cristina Laguna.
Antigamente, a mulher passava muito tempo da vida grávida ou amamentando, o que resultava em uma quantidade menor de ciclos menstruais. Hoje em dia, diante da opção pela redução do número de filhos, as mulheres sofrem por mais tempo os efeitos das menstruações É importante que a mulher tenha em mente que nem toda cólica menstrual é sinal de problema. “Existe a dismenorreia primária, que é uma cólica própria do útero e não tem decorrência de nenhuma doença. Já a dismenorreia secundária é provocada por alguma disfunção, tendo a endometriose como principal causa”, explica o Dr. Afonso Gonçalves. Para identificar se a cólica representa alguma anormalidade, recomenda-se que a mulher procure um ginecologista para a realização de exames. O médico poderá, então, avaliar a evolução da paciente ao longo dos anos e determinar até que ponto a cólica é normal e quando pode ser um sinal de alerta. Mesmo entre as mulheres que têm cólicas consideradas normais, muitas estão recorrendo a artifícios médicos para interromper a menstruação. Um dos motivos é que, diante de uma vida corrida e atribulada, os desconfortos causados pela tensão pré-menstrual (TPM) e o sangramento trazem incômodos maiores do que anos atrás, quando a mulher saía pouco de casa. A tática adotada pelos médicos é utilizar tratamentos hormonais, muitas vezes com a própria pílula anticoncepcional – emendando uma cartela na outra – para interromper a menstruacão por alguns períodos, ou inclusive o ano todo. De acordo com o Dr. Afonso Gonçalves, quando feito com acompanhamento profissional, o procedimento não oferece nenhum risco à paciente. “Dessa maneira, é possível atenuar os sintomas da cólica, inclusive para as mulheres que possuem endometriose”, destaca o médico. Com o aumento da adoção dessa técnica, a pílula anticoncepcional ganha mais uma utilidade e torna-se ainda mais essencial. Estima-se que, no mundo, cerca de 100 milhões de mulheres façam uso de pílulas anticoncepcionais. 2014 fevereiro guia da farmácia
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Quantidade de filhos por mulher
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Quando são considerados os grupos de mulheres com maior escolaridade e renda, vê-se que a maternidade hoje se concentra entre os 30 e 34 anos de idade, sobretudo em áreas urbanas.
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Há, ainda, muitas mulheres que optam por não serem mães. O percentual de mulheres sem filhos subiu de:
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2001 Fonte: IBGE e Banco Mundial
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saúde
No Brasil, esse número chega a 12 milhões – ou seja, 25% das mulheres que fazem uso de algum tipo de método contraceptivo optam por tomar a pílula.
evidências de Câncer Outra questão que pode ter se agravado com a mudança de hábitos da população feminina é o câncer. Estudos vêm sendo realizados para tentar identificar uma possível relação entre o estilo de vida moderno e o aumento de incidência da doença. Atualmente, o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo é o de mama. No Brasil, principalmente, a informacão e o acesso a tratamentos médicos ainda são escassos em muitas localidades do País. Por isso, é importante que profissionais da saúde, como os farmacêuticos, que possuem um contato mais próximo e direto com a população, disseminem as informações necessárias. A visita anual a um ginecologista e a realização periódica de exames são fundamentais, principalmente com o avançar da idade. E, dentro de casa, é possível realizar o autoexame. “O problema é que o autoexame, normalmente, já detecta nódulos que estão em tamanho um pouco avançados. Por isso, o acompanhamento médico periódico é importante”, alerta a Dra. Cristina. Há, ainda, outras doenças que são mais simples de serem tratadas, quando diagnosticadas precocemente. O papilomavírus humano (HPV) é uma doença sexualmente transmissível (DST), que pode ser prevenida com a vacinação e o uso de preservativo nas relações sexuais. “Na maioria das vezes, o vírus é combatido pelas próprias defesas do corpo. Mas, quando isso não ocorre e a doença persiste, pode evoluir, ao longo de vários anos, para câncer no colo do útero”, ressalta. Essa evolução é comum, já que o segundo tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres brasileiras é justamente o de colo do útero.
Dificuldades para engravidar
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Diante de tantas consequências da vida atribulada que se leva atualmente, há uma boa notícia. A disseminação das informações e a preocupacão com o bem-estar aumentaram, o que faz com que as mulheres tenham mais consciência da importância de check-ups periódicos. “Em geral, elas se cuidam bem, muito melhor do que os homens”, opina o Dr. Afonso Gonçalves. Esse comportamento permite a obtenção de diagnósticos mais precoces e tratamentos mais adequados. A recomendação é que se visite o ginecologista uma vez ao ano para a realizacão de exames como papanicolau e mamografia. Fora do consultório médico também é possível ficar de olho na saúde. “A mulher deve realizar o autoexame e prestar atenção a sinais de dor, corrimento, desconforto na relação sexual, ou qualquer outra alteração”, aconselha o Dr. Afonso Gonçalves.
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Alerta importante
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Os especialistas são unânimes em dizer que um dos problemas mais comuns causados pelas mudanças de vida de mulher é a dificuldade de engravidar. Atualmente, a principal causa do insucesso é a idade. Ao priorizar outras áreas da vida, muitas mulheres deixam para ter filhos próximo ou até depois dos 40 anos. O problema é que o óvulo envelhece e não existem formas de rejuvenescê-lo. Ao longo da vida, há uma diminuição da reserva ovariana e os melhores óvulos são dispensados ao longo dos ciclos menstruais. “Existem
procedimentos como fertilização in vitro e Em reprodução assistida, que visam auxiliar geral, elas se cuidam a gestação, mas não há tratamento que bem, muito reduza o envelhecimento do óvulo. O que melhor do que a medicina oferece para mulheres com os homens idade muito avaçada é a fertilização in vitro com doação de óvulo”, esclarece a Dra. Cristina. Mas, mesmo diante dos avanços tecnológicos, há ressalvas. De acordo com o Dr. Afonso Gonçalves, quanto mais idade a paciente tiver, menor a taxa de resposta ao tratamento. “As mulheres têm uma certa ilusão de achar que podem engravidar quando quiserem, mas, depois dos 40 anos, a taxa de sucesso é bem mais restrita. E, a cada ano que passa, essa taxa cai drasticamente. Após 45 anos, é muito difícil uma mulher conseguir engravidar com seus próprios óvulos”, destaca o Dr. Afonso Gonçalves. A infertilidade – caracterizada pelos casais que tentam engravidar há mais de um ano e não conseguem – também tem outras causas clínicas, nem sempre relacionadas à idade avançada. Cerca de 30% dos casos estão ligados à endometriose. As outras causas mais comuns são infeccções pélvicas, que levam à formação de aderências e atrapalham a função das trompas, distúrbios da tuba interina e distúrbios de ovulação. Um dos fatores que podem ocasioná-lo é a obesidade, devido aos problemas metabólicos acarretados pelo excesso de peso.
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As mulheres vivem cada vez mais tempo. Conheça os problemas que as afetam com o avançar da idade. www.guiadafarmacia.com.br
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Compradoras de elite Com forte presença no mercado de trabalho e nível de escolaridade superior ao dos homens, as mulheres são as consumidoras da vez. Para garantir bons resultados, o mercado não pode desgrudar os olhos delas
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Por Flávia Corbó
Os tempos em que a vida da mulher era dedicada somente aos cuidados do lar ficaram para trás, mas resquícios desse comportamento ainda estão presentes em algumas facetas da sociedade atual. As mulheres ainda decidem a maioria dos assuntos da manutenção do lar e são elas que detêm o controle sobre grande parte das decisões de compra. Para desvendar o poder de influência feminino no mercado atual, diversas entidades de pesquisa têm se debruçado sob o tema, a fim de traçar o perfil da mulher moderna e descobrir quais são os melhores caminhos para os fabricantes e marcas se conectarem com essas consumidoras e, assim, expandirem os lucros de suas empresas.
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A partir de uma entrevista feita com 6,5 mil mulheres de diferentes geracões, residentes em 21 países, tanto desenvolvidos quanto emergentes, que representam 60% da população e 78% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a Nielsen desenvolveu o estudo Mulheres do Amanhã. Ao investigar os hábitos de consumo dessa fatia da população, pode-se observar que a maior influência na decisão de compras está relacionada, principalmente, a categorias de saúde e beleza, seguido por alimentos, cuidados com os filhos e com as roupas. A pesquisa aponta que 64% das entrevistadas creem que as mulheres são mais apropriadas para tomar decisões em relação aos produtos de saúde e beleza, 48% pensam o mesmo sobre o cuidado com os filhos, 45% sobre roupas e 43% sobre alimentos. foto: shutterstock
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donas do jogo Agente de mudanças As mulheres agem como catalisadores de mudanças fundamentais, que estão moldando não só seu próprio mundo. Influenciadoras As mulheres são potenciais fontes de crescimento, e as mudanças na forma como pensam e agem repercutem sobre a sociedade em geral e, por consequência, influenciam o consumo. Gerenciadoras do tempo As mulheres estão à procura de marcas que tragam conveniência e mais tempo livre para as suas vidas: custo x benefício. Muitas vezes, essa conveniência não é suficiente e as mulheres buscam soluções para ajudá-las a gerenciar suas demandas. Mercado do futuro Essa é uma ótima oportunidade para as empresas pensarem em produtos e serviços que solucionem o dia a dia desse mercado cada vez mais promissor, chamado MULHER. Fonte: Estudo The Women 2020 - The Futures Company 2013
O interessante é que, apesar de as mulheres controlarem a maioria dos gastos do lar, elas se sentem sobrecarregadas pelo número de decisões que precisam tomar e gostariam de compartilhar igualmente com o companheiro. Mas a realidade observada ainda não é essa. A situação mais comum dentro dos lares é que as mulheres, pelo ingresso no mercado de trabalho e aumento da renda, passaram a influenciar em decisões antes tipicamente masculinas. Para 63% delas, tanto homens quanto mulheres estão aptos a tomar decisões sobre finanças familiares. Outras 61% interferem nas compras de eletrônicos portáteis e pessoais. De acordo com o gerente de Homescan da Nielsen, Jefferson Silva, esses dados são reflexo de questões históricas. “O homem costumava ser o provedor do lar e a mulher, a responsável pela manutenção da casa. Só que hoje as mulheres estão estudando mais, estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, e isso faz como seus papéis passem a ser mais compartilhados.” Em relação aos automóveis e eletrônicos para o lar, itens apontados com larga vantagem como os mais adequados para uma decisão masculina, Silva explica:
“Nesses casos, há um pouco de paixão. Os homens sentem maior conexão com esses produtos”.
O que elas querem? O ano de 2013 foi difícil para a maioria dos setores de bens de consumo, mas foi possível perceber que as marcas que desenvolveram produtos que prometiam entregar ao consumidor praticidade, conveniência e valor agregado, voltado à indulgência, foram os responsáveis por alavancarem as vendas. Essa é uma das pistas que nos levam a descobrir o que deseja a consumidora atual. Segundo a pesquisa Woman – Evolution or Revolution, da Kantar Retail, esse é o momento para as empresas pensarem em produtos e serviços que solucionem o dia a dia desse mercado cada vez mais promissor que se tornou a mulher. De acordo com o estudo, os empresários devem ter em mente quem é a mulher atual. Um fator importante e comum a muitas delas é a falta de tempo. Ou estão focadas na carreira profissional, ou dividem seu tempo entre trabalho, filhos e cuidados com a casa. Por isso, a consumidora atual está à procura de marcas que tragam conveniência e mais tempo livre para as suas vidas: custo x benefício. Outra característica importante que deve ser levada em consideração é que as mulheres buscam qualidade, acima de qualquer outro atributo. Em 20 dos 21 países pesquisados pela Nielsen, a qualidade é o atributo mais valorizado. Apesar de preço ser um influenciador importante para as decisões de compras para a maioria das categorias, em nenhum país pesquisado o quesito aparece em primeiro lugar. Nos países desenvolvidos, inclusive, preço não está nem entre os três primeiros atributos. Já para as brasileiras, a ordem de importância é: qualidade, confiança e preço.
Onde pesquisam? Segundo dados da Nielsen, 56% dos consumidores brasileiros em geral são multimeios, ou seja, utilizam mais de uma mídia ao mesmo tempo. Com as mulheres não é diferente. A televisão ainda é o meio de comunicação mais influente, mas a internet vem ganhando terreno e já ocupa a segunda posição, seguida de rádio e jornal impresso e revista. Em relação ao universo on-line, as mulheres costumam utilizar o espaço não só para entretenimento, mas também para benefícios funcionais. A Nielsen estima que há, em média, entre 200-300 fóruns de discussão exclusivos de mulheres ao redor do mundo, em que são debatidas questões como a vida familiar, gestão de carreiras, saúde, bem-estar e compras. 2 0 1 4 fe v e r e i r o g u i a d a f a r m á c i a
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desvendando o perfil da mulher atual As gerações das mulheres exibem traços que as tornam únicas Filhas Idade média 30
Mães Otimistas Idade média 47
Mães Incertas Idade média 47
Avós Idade média 67
Compra
Mais impulsivas
Mais compras no futuro
Conscientes sobre bom valor
Compradoras mais habituais
Influência
Usuárias intensas de meios de comunicação
Gostam de propagandas
Uso mais intenso de SMS/e-mail
Boca a boca
Fonte: Estudo Mulheres do Amanhã, Nielsen 2011
Mulheres são mais cautelosas para confiar em propagandas em celulares, redes sociais e smartphones Porcentagem de mulheres declarando “não confiar muito” e “não confiar em absoluto”. Desenvolvidos
Emergentes
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Propagandas por mensagens de texto para celulares Propagandas em redes sociais Propagandas em celulares Propagandas on-line em banners Comerciais on-line em vídeo Propagandas em websites de resultados de busca Anúncios em mecanismos de busca Produtos exibidos em programas de TV Propagandas em revistas grátis Patrocínio de marcas Propagandas em jornais grátis Comerciais de TV
Outdoors e outros anúncios externos Propagandas em revistas Comerciais de rádio
E-mails cujo recebimento solicitei Websites de marcas Conteúdo editorial como artigos de jornais Opiniões de consumidores postadas on-line Recomendações de conhecidos Fonte: Pesquisa On-line Global no 1º Trimestre, Nielsen
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As mulheres de amanhã estão conectadas Penetração declarada no domicílio Desenvolvidos
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TV
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Smartphone
Celular
95% 89%
37%
Geração para geração
18% Conectando-se a elas Suporte on-line 24 horas, 7 dias por semana, perfis no Twitter e fóruns patrocinados pelas empresas. Ouvir e aprender. Acessar blogs e fóruns on-line para descobrir como as mulheres pensam e se envolvem. Esse é o caminho. Fonte: Estudo Mulheres do Amanhã, Nielsen 2011
Assim como no ponto de venda, o comportamento das mulheres na internet também se diferencia dos homens. Quando estão on-line, elas se prendem mais que os homens, passando mais tempo em menos websites durante uma única sessão. Também são usuárias mais assíduas das redes sociais e comunidades. Quanto aos smartphones, as mulheres escrevem e enviam mensagens de texto através de seus aparelhos celulares mais que os homens. Dados Nielsen mostram que mulheres falam 28% mais e enviam mensagens de texto 14% a mais todos os meses; também são usuárias 88
mais intensas das funções sociais dos aparelhos (SMS, MMS, redes sociais) em comparação aos homens. Diante de tantos dados e mídias, o importante é saber que em cada canal a consumidora busca algo específico. “O varejista deve entender isso e trabalhar a comunicação de maneira direcionada, proporcionando uma experiência dentro de cada uma delas”, aconselha Silva. “Por exemplo, na televisão, as consumidoras buscam novelas e notícias; na revista e no rádio, é mais entretenimento. Já a internet é utilizada mais por conta das redes sociais e correios eletrônicos. Os meios devem ser trabalhados de maneira complementar”, finaliza. Diante da pluralidade de canais, conquistar a simpatia e a fidelidade da consumidora tornou-se uma árdua tarefa. Entre as 22 formas de propaganda mensuradas que foram apresentadas pela Nielsen às entrevistadas, “recomendações de conhecidos” foi de longe a opção apontada como a forma mais confiável de propaganda, tanto pelas mulheres de países desenvolvidos (73%) quanto emergentes (82%). Em seguida, foram citados websites de marcas, editoriais de jornais e comentários de consumidores postados on-line.
Além das diferenças de gênero, quando se trata de hábitos de consumo há de se levar em conta a alteração de comportamento entre as diferentes gerações. Ao longo dos anos, ocorreram inúmeras mudanças culturais, econômicas e sociais, que deixaram para cada geração vivências e experiências diferentes. Para estudar essas nuances, a Nielsen dividiu as entrevistadas em três segmentos: filhas (média de idade 30 anos), mães (47 anos) e avós (67 anos), baseados em características etárias, não apenas aquelas que têm filhos. “Para a avó a prioridade é a manutenção do lar, para a mãe é a qualidade de vida, enquanto para a filha já é a ascensão pessoal”, destaca Silva, da Nielsen. Outro ponto que gera diferenças de comportamento entre as gerações é o volume de informação a que se tem acesso hoje em dia. O fato é determinante para gerar mudanças na relação com as marcas. As mães tendem a usar o mesmo produto durante anos, talvez por indicação da geração anterior. Já as filhas inicialmente podem adquirir o mesmo produto por recomendação, mas são compradoras mais impulsivas e mais propensas a experimentar novos produtos. Comprar em promoção é importante e muitas vezes elas vão a lojas diferentes para conseguir a melhor oferta. Também são as mais familiarizadas com tecnologia.
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Vaidosas assumidas A mulher brasileira gosta de se cuidar e valoriza a auto-estima. Essa característica colabora para que o mercado de beleza avance
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Para 70% das mulheres, cuidar da beleza aumenta as chances de sucesso. A declaração obtida no estudo Woman – Evolution or Revolution, da Kantar Worldpanel, é uma das explicações para a magnitude e solidez do mercado de beleza e cuidado pessoal no Brasil. Nos últimos 17 anos, o setor de cosméticos apresentou um crescimento médio de 10% ao ano no País. Somente em 2012, a indústria brasileira faturou R$ 34 bilhões. E, mesmo diante das agruras econômicas dos dois últimos anos, que deixaram um gosto amargo para muitos setores da economia, os gastos da brasileira com a cesta de higiene e beleza sofreram pouco abalo. Representando 38% das despesas no domicílio, o setor de serviços em beleza apresentou o maior crescimento no comparativo entre 2012 e 2009 com 3,3 pontos percentuais. A tendência é que em 2014 o Brasil alcance a posição de 2º colocado no ranking mundial de personal care, segundo estimativas do Instituto Euromonitor. Nem mesmo a expectativa de crescimento da inflação deve causar mudanças no cenário. Em situações onde o bolso fica mais apertado, o brasileiro prefere reduzir as despesas com alimentos, bebidas e produtos de limpeza antes de pensar em enxugar os gastos com produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPC), segundo dados da Nielsen.
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Por mais estranhamento que cause essa ordem de prioridades do brasileiro médio, o diretor de atendimento da Nielsen, Olegário Araújo, afirma que há uma lógica clara. “Com inflação em alta, você tem que abrir mão de comprar roupas, de ir ao salão de cabeleireiro e passa a manter os cuidados com a aparência em casa. Então, a mulher vai comprar aquele xampu que gosta. Algumas indulgências precisam ser mantidas. A brasileira quer preservar a auto-estima”, analisa. Essa necessidade de não abrir mão de certas regalias é uma característica marcante da classe C brasileira. Nos últimos anos, foram tantas conquistas que abrir mão delas é muito difícil. “Uma coisa é você conviver sem algo. Outra coisa é você aprender a gostar de algo, passar a consumir e se ver diante da perspectiva de perdê-lo. Com o ‘não ter’ você convive, agora, quando você muda de degrau, descer e voltar para o estágio anterior é muito difícil.” Há, ainda, outros fatores atribuídos à excelente performance dos produtos de HPC, como o aumento da expectativa de vida, a expansão da classe C e o aumento de renda do brasileiro, principalmente das mulheres, que vêm aumentando a presença no mercado de trabalho e ampliando a renda mensal. De acordo com a pesquisa desenvolvida pela Kantar, as mulheres da nova classe média brasileira movimentaram 19,7 bilhões de reais em produtos de beleza em 2010, um aumento de 228% em relação a 2002. “Quando o assunto é personal care, elas tomam a frente e vão ao PDV sozinhas, concentrando mais de 60% das idas e dos gastos totais. E, para elas, um gasto maior não é problema porque não economizam quando o assunto é beleza”, garante a diretora comercial da Kantar Worldpanel, Christine Pereira.
Onde elas gastam? O terceiro trimestre de 2013 registrou um gasto médio de R$ 169,3 com produtos de beleza, o que representa um 2014 fevereiro guia da farmácia
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Gasto médio em R$ O cabelo é a preferência nacional da brasileira, por isso os produtos dessa categoria têm um desempenho melhor:
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Antisséptico bucal
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em situações onde o bolso fica mais apertado, o brasileiro prefere reduzir as despesas com alimentos, bebidas e produtos de limpeza antes de pensar em enxugar os gastos com produtos de hpc crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre diversas categorias de higiene e beleza, a mais consolidada em solo nacional são as fragrâncias, em que, inclusive, o Brasil ocupa a primeira colocação no mercado mundial. Os produtos para cabelos vêm logo atrás, onde o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking, juntamente com produtos para banho, depilatórios e proteção solar. Em terceiro lugar, os produtos mais consumidos pelas brasileiras envolvem higiene oral e, na quarta posição, cuidados com a pele. Ainda que as categorias de produtos para cabelo não superem as fragrâncias, são as madeixas a parte do corpo que elas mais valorizam. Logo, é com os cabelos que as mulheres se mostram mais dispostas a gastar e têm maior dificuldade em trocar de marca. O produto com 92
maior penetração no lar das brasileiras são as tinturas, presentes em 48% dos lares brasileiros. Em seguida, vêm os alisantes (12%), reparadores de pontas (6%), leite para pentear (4%), óleos (3%) e ampolas (3%). A análise desses percentuais aponta que o que mais interessa à brasileira no cuidado com os cabelos são produtos que ofereçam, ao mesmo tempo, praticidade e reparação de danos. A ideia é que seja possível obter resultados profissionais em casa. De acordo com a pesquisa da Kantar Worldpanel, as marcas com apelo “salão” são as que mais crescem, junto com a maior compra de chapinhas e secadores. A tendência é confirmada pela diretora do canal de farmácias e drogarias da P&G, Luciana Sayeg. “A consumidora procurava produtos de qualidade superior no salão. Então, percebemos que podíamos trazer para o varejo esses produtos de alto valor agregado, porque ela está disposta a comprar. Ela já estava gastando, só que em outro canal. Apostamos e estamos conseguindo ter êxito.”
Desvendando desejos As mulheres já mostraram que estão dispostas a gastar para preservar a beleza e a autoestima. Cabe, então, às empresas entenderem essa consumidora e estarem prontas para suprir desejos e anseios femininos. Capacidade de investimento e inovação é o que não fal-
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Os países em desenvolvimento são uma importante fatia do mercado. Dentre eles, o Brasil se destaca
Quando o assunto é cuidados pessoais, as mulheres são as principais compradoras, concentrando mais de 60% das idas e dos gastos totais.
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FMCG: Fast Moving Consumer Goods: alimentos, bebidas, cuidado pessoal e produtos para casa
Fonte: Kantar Worldpanel e Abihpec
Do Brasil para o mundo O desempenho do mercado de beleza no Brasil é tão grande que o País passou de um mero reprodutor de tendências estrangeiras para um centro de influência, investimentos em pesquisas e lançamentos de alcance global. E a influência só deve crescer. Segundo o analista de beleza e cuidados pessoais Nicole Tyrimou, em artigo publicado pela Abihpec, apesar e o Brasil ter apresentado a primeira redução no crescimento desde 2008, o País vai ser o maior contribuidor para o crescimento do mercado nos próximos cinco anos. A Copa do Mundo e as Olimpíadas atrairão um significativo montante de investimento estrangeiro, o que fará com que o Brasil se descole do mercado europeu e a economia se fortaleça.
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que as marcas devem estar atentas para as oportunidades, aliando sua tradição à inovação, isto é, consolidar a marca e, ao mesmo tempo, inovar sempre, seja no produto, embalagem, comunicação etc.”, complementa Christine.
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ta. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), existem, no Brasil, 2.342 empresas atuando na fabricação de produtos de HPC no País. Desse total, 20 empresas são de grande porte, com ganhos acima dos R$ 100 milhões, representando 73,0% do faturamento total. “A expectativa é de que o mercado identifique o potencial de consumo desse target e ofereça, com mais frequência, serviços que atendam e solucionem suas peculiaridades, fazendo do público feminino o mais importante e promissor diante do consumo nacional”, acredita Christine, da Kantar. De acordo com a especialista, as mulheres estão cada vez mais empreendedoras e multitarefas, portanto buscam praticidade no momento da compra. Esse comportamento faz com que cresça a procura por produtos não básicos, que tragam o apelo de custo x benefício, aliando não só qualidade, mas também praticidade e economia de tempo. São esses os fatores mais influentes para as mulheres no momento de escolher em quais lojas fazer compras ou quais marcas escolher. Entretanto, segundo a pesquisa da Nielsen, quando se trata de conquistar a lealdade feminina, é a qualidade — não o preço — que as mantém voltando para comprar mais. “A shopper brasileira está mais crítica e exigente no momento da compra, portanto o custo x benefício se faz de suma importância, além do
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A mulher está disposta a gastar. Cabe ao varejista oferecer os produtos certos. www.guiadafarmacia.com.br
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Guerra contra o espelho Na busca pela forma física ideal, as mulheres estão cada vez mais à procura de substâncias aliadas, que tragam os melhores resultados, de maneira rápida
A P o r F l áv i a C or b ó
A mulher moderna vem lutando contra uma equação difícil de ser resolvida. De um lado, a tecnologia de aparelhos e botões traz cada vez mais comodidade e menos movimentação. Elevador, máquina de lavar roupa, lavadora de louça e controle remoto da televisão são alguns simples exemplos de como os eletrônicos fazem com que as pessoas se movimentem cada vez menos, reduzindo as atividades físicas e acumulando calorias ao longo do dia. De outro lado, cresce a cobrança por um corpo perfeito, sem gordurinhas em excesso e com celulite zero. Aplicativos como Instagram ajudam a reforçar o ideal inatingível, exibindo fotos e mais fotos de corpos sarados. Em meio a esse cabo de guerra, a mulher comum se vê obrigada a se esforçar para manter uma silhueta esbelta. Com a rotina corrida e uma
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vida multitarefa, o tempo para o exercício físico acaba sendo escasso e os resultados custam a aparecer. Por isso, a procura por substâncias que colaborem para o emagrecimento ou aumento da massa muscular de maneira mais rápida tem crescido muito no Brasil. Nas estações mais quentes do ano, então, essa busca dispara. A constatação já feita por médicos e especialistas, diante do aumento da movimentação nos consultórios, também pode ser provada em números. Em cinco anos, o mercado de saúde e bem-estar cresceu 82%. Até 2014, só a alimentação natural e os suplementos terão uma expansão de 40% e deverão movimentar mais de US$ 20 bilhões, segundo dados da 10ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde. O crescimento se deve muito aos não usuários de suplementos que têm interesse em começar a fazer uso de alguma substância. De acordo com o artigo “Consumo fotos: shutterstock
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Prós e contras Confira os benefícios e riscos de algumas das mais populares substâncias utilizadas na busca pela boa forma: Nutricosméticos Benefícios – nutre a Riscos – o uso sem pele de dentro para acompanhamento de um fora, combatendo profissional qualificado o envelhecimento pode representar precoce e melhorando perigo quando o o metabolismo paciente apresenta como um todo, por doenças crônicas, como meio de elementos hipertensão e diabetes, antioxidantes doenças renais ou exames como complexo B, laboratoriais que indiquem isoflavonas e colágeno. demais fatores de riscos. Polivitamínicos Benefícios – Riscos – não é são suplementos aconselhável o uso vitamínicos que indiscriminado sem complementam prescrição profissional. a ingestão diária Os perigos variam de determinado desde a sobrecarga nutriente não de órgãos como rins, suprido na dieta coração e fígado, por alugum até o surgimento motivo. de dependência. Suplementos alimentares Benefícios – são Riscos – alguns produtos produtos alimentícios são hiperproteicos e, que funcionam como se mal administrados, opções possíveis podem resultar em de complementos uma dieta inadequada, para refeições com deficiência de intermediárias ao vitaminas e ganho longo do dia. indesejado de peso. Whey Protein Benefícios – alto valor Riscos – para biológico, sendo de fácil que não haja absorção, colaborando na danos à saúde, recuperação dos músculos o consumo deve após treinos fortes. É ser proporcional à isento de gorduras, atividade de treino glúten e açúcares. desenvolvida. Fonte: membro da diretoria da Associação Paulista de Nutrição (Apan), Dulcinea Carvalho, e especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dra. Cintia Cercato
Cada suplemento deve estar prescrito de acordo com as necessidades do indivíduo, idade, atividade, rendimento físico e exames clínicos suplementos por jovens frequentadores de academias de ginástica em São Paulo”, publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, de 201 indivíduos frequentadores de academias – 84 do sexo masculino e 117 do feminino –, 61% dos avaliados (123 usuários) já fizeram ou fazem uso de algum tipo de suplemento. Sobre a possibilidade de passar a consumir esses produtos, 41% dos não usuários responderam que usariam. De acordo com as descobertas do estudo, o suplemento mais consumido, em geral, é a bebida esportiva, também citado como isotônico. Quanto ao tipo de suplemento consumido por sexo, as mulheres consomem mais bebida esportiva (61%) e vitaminas e minerais (73%).
Ação no organismo De acordo com a membro da diretoria da Associação Paulista de Nutrição (Apan), Dulcinea Carvalho, as substâncias mais procuradas hoje em dia são aquelas ricas em aminoácidos essenciais, com baixo teor glicêmico, os chamados alimentos funcionais, pertencentes à classe dos nutricosméticos. “Essa categoria tem como objetivo nutrir a pele de ‘dentro para fora’, por meio da ingestão de cápsulas e sprays que contenham em sua formulação elementos antioxidantes importantes”, explica. As substâncias mais utilizadas nas composições são complexo B, isoflavonas e colágeno, que atuam no combate ao envelhecimento precoce e melhoram o metabolismo. Conforme apontado pelo estudo, os polivitamínicos também são usados com bastante frequência pelas mulheres que buscam melhorar a saúde e a estética. A ideia é que a ingestão diária desses produtos complemente algum nutriente não suprido na dieta diária. Mas, apesar de serem vendidos em farmácias, sem a necessidade de prescrição médica, há que se ter parcimônia no consumo dessas substâncias. “Existe uso indiscriminado de polivitamínicos sem 2 0 1 4 fe v e r e i r o g u i a d a f a r m á c i a
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De 201 indivíduos frequentadores de academias – 84 do sexo masculino e 117 do feminino –, 61% (123 usuários) já fizeram ou fazem uso de algum tipo de suplemento necessidade. Na menopausa, as mulheres acreditam que precisam aumentar o consumo de cálcio, mas há estudos que mostram que a ingestão sem acompanhamento eleva os riscos de infarto do miocárdio. Recentemente, era febre utilizar suplemento de ômega 3, mas uma pesquisa mostrou um aumento do risco de câncer de próstata nos homens”, alerta a especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dra. Cintia Cercato.
Aliados importantes Outro queridinho das mulheres que correm atrás da forma ideal são os suplementos alimentares. Esses produtos alimentícios são vendidos em formatos variados – tabletes, farinhas, géis, shakes –, que têm a função de fornecem vitaminas, minerais, componentes botânicos, além de aminoácidos ou substâncias dietéticas. A intenção é que funcionem como possíveis alternativas de complemento para refeições intermediárias ao longo do dia. O objetivo é criar um balanço energético negativo, ou seja, fazer com que o consumo de calorias seja menor do que o ganho. Mas, por trás das embalagens com uma imagem de produto saudável, podem se esconder inimigos da boa forma. “Existem shakes que são aprovados para substituir uma refeição. Mas há outros que são hiperproteicos. Nesses casos, a pessoa pode fazer uma dieta inadequada, que resultará em deficiências de vitaminas. Seria, então, necessário fazer reposição de algumas delas“, afirma a Dra. Cintia. O mesmo cuidado é necessário com a novidade que vem ganhando cada vez mais adeptadas pelas academias do País: o whey protein. Feito a partir da proteína isolada do soro do leite, o produto oferece proteínas de alto valor biológico, colaborando com o ganho de massa muscular e a recuperação dos músculos após treinos fortes. Além disso, confere uma melhora glicêmica e metabólica. Mas, especialistas alertam para o consumo excessivo, que pode sobrecarregar os rins. 98
Orientação necessária Diante de tantas ressalvas feitas em relação aos produtos hoje disponibilizados no mercado, a recomendação é que as consumidoras procurem especialistas antes de ingerir qualquer substância. O profissional está apto a avaliar a real necessidade de suplementação, além de poder indicar o produto ideal e a forma correta de uso. “Cada suplemento deve estar prescrito de acordo com as necessidades do indivíduo, idade, atividade, rendimento físico, e exames clínicos”, recomenda Dra. Cíntia. Sem a orientação adequada, a mulher corre o risco de prejudicar os resultados almejados, além de comprometer a saúde. Os produtos possuem calorias e, caso não haja o gasto energético necessário, o peso na balança pode subir. O maior vilão desses equívocos são as embalagens dos produtos, que costumam ser de difícil compreensão para leigos. “A leitura e interpretação da rotulagem são imprescindíveis para o paciente, pois há suplementos que são a junção de vários componentes e nem sempre todos serão indicados para o indivíduo”, argumenta Dulcinea, da Apan. A especialista dá alguns exemplos: “chá verde não é indicado para grávidas e hipertensos, nutricosméticos com gorduras ou açúcares não são indicados para diabéticos ou para quem almeja perder peso e assim por diante”. Há ainda outros perigos à solta do mercado, como os anabolizantes, que são recriminados pelos profissionais de saúde. “No geral, as pessoas estão fazendo o uso dessas substâncias de maneira equilibrada. Mas há os equivocados que, na ânsia da remodelagem muscular, fazem uso indiscriminado de substâncias tóxicas, a exemplo dos anabolizantes, causando estresse, sobrecarga e dano para orgãos vitais como rins, fígado e coração”, adverte Dulcinea.
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De olho nelas Como a última palavra costuma ser das mulheres no momento da compra, criar mecanismos e estratégias para fidelizar o público feminino é um bom caminho para elevar as vendas e o tíquete médio
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Por Flávia Corbó
As mulheres costumam ser mais emotivas, enquanto os homens são mais práticos. Elas dão preferência a um programa a dois, enquanto eles não dispensam a companhia dos amigos. Elas reclamam da falta de romantismo e eles, do excesso de carência. Até na hora de assistir a televisão, os gostos distintos entram em conflito – futebol ou novela? Estereótipos à parte, a verdade é que homens e mulheres apresentam comportamentos e personalidades diferentes em muitos momentos do cotidiano. Não poderia ser diferente na hora de ir às compras. Seja na farmácia, no shopping ou no supermercado, é possível observar a diferença de hábito e comportamento. O varejista precisa estar
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atento a essas nuances para garantir que ambos os sexos tenham as expectativas atendidas dentro do ponto de venda (PDV). Mas, como as mulheres são as maiores decisoras das compras para o lar, vale dedicar um pouco mais de tempo em desvendá-las. O ritmo de vida da mulher atual é fundamental para influenciar no comportamento de compra. Antes, com a única função de cuidar da manutenção do lar, as compras podiam ser planejadas com mais tempo. Desde a elaboração de uma lista, até os minutos – ou horas – dedicados à escolha dos melhores produtos dentro do ponto de venda. Os tempos mudaram e as tarefas se acumularam. Casa, marido, filhos, estudo, trabalho e lazer. O resultado é que o tempo livre para ir às compras sofreu uma fotos: milton galvani
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nova shopper As consumidoras estão mais bem informadas e buscam experimentar produtos e formatos de canais, apreciando cada vez mais o momento de compra. Elas são: 2010 Valor %
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SUSCETÍVEL A PREÇO E PROMOÇÃO Procura as melhores promoções
Fonte: Kantar Worldpanel
drástica redução. Logo, praticidade é a palavra que rege os hábitos das mulheres na loja hoje em dia. As farmácias e drogarias saíram ganhando, já que oferecem uma compra muito mais rápida e objetiva do que os supermercados, com seus longos corredores e filas. Ainda que a farmácia já possua um formato mais compatível com o perfil da mulher atual, estar atento a certos detalhes é fundamental para tirar o melhor proveito desse poderoso público consumidor. Ao se descreverem para a pesquisa Woman – Evolution or Revolution?, da Kantar Wordlpanel, 24% das mulheres se classificaram como experimentadoras e 21% como apressadas, seguido de outras características como observadoras (22%), suscetíveis a preço e promoção (18%), além de decididas e práticas (15%). “São elas as responsáveis pela compra do lar, buscam não só economia em seu bolso, mas também em seu tempo. Além disso, o acesso à informação faz delas consumidoras cada vez mais exigentes em relação àquilo que compram, por isso são decisoras tanto no consumo do lar quanto nas tendências para o futuro e as regras para o comportamento de consumo geral”, complementa a diretora comercial da Kantar Worldpanel, Christine Pereira.
dentro do estabelecimento Devido ao tempo escasso e ao desejo de tomar decisões rápidas, o merchandising em farmácias é um elemento extremamente importante para estimular a compra de produtos adicionais. “Os clientes são levados às farmácias quase que compulsoriamente pela necessidade de adquirir medicamentos e produtos básicos para o cuidado com sua saúde. Porém, a compra pode ir muito além. Especialmente no caso do público feminino, a oferta de linhas de cosméticos e higiene pessoal pode gerar grande atratividade, quando bem expostas, e valorizadas no ponto de venda”, alerta. Para atrair o olhar feminino para além de medicamentos e outros itens de necessidade pontual, vale investir em ações de merchandising de fabricantes, pois, como experimentadoras, elas estão dispostas a pesquisar, comparar e descobrir lançamentos. “As mulheres são mais detalhistas e menos objetivas que os homens, além de passarem mais tempo dentro do ponto de venda. Por isso, é mais fácil conquistá-las com novidades e promoções”, garante o gerente de Homescan da Nielsen, Jefferson Silva. Além de investir em ações de merchandising, trabalhar a experimentação dentro do ponto de venda tam2014 fevereiro guia da farmácia
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Formatos visam à necessidade de proximidade e ao custo versus benefício Varejo tradicional volta a crescer e atacados se destacam. Shopper é multinacional:
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Fonte: Kantar Worldpanel
bém é algo muito atraente para as consumidoras de hoje em dia. Uma alternativa é dispor de tester – embalagens de demonstração –, que permite a possibilidade de as consumidoreas provarem os produtos, além de favorecer uma aproximação entre loja e cliente. Manter vendedoras consultivas também é um diferencial interessante a ser oferecido. Produtos de maior valor agregado como dermocosméticos requerem maior suporte para a venda. Profissionais treinados podem demonstrar e explicar tecnicamente os atributos e benefícios do produto, contribuindo para a venda adicional e o aumento de tíquete médio. “Porém, para que essas equipes tenham comportamento pró-ativo nas vendas, é preciso investir em treinamento e estabelecer metas de vendas. É importante desmembrar o valor financeiro em quantidade de produtos diários e valor médio de venda, para que as metas fiquem claras e mais factíveis de serem alcançadas”, aconselha a gerente de projetos de consultoria da GS&MD – Gouvêa de Souza, Lais Bisordi. 102
Sortimento adequado Essas características principais da mulher atual fazem com que certos canais e produtos sejam mais interessantes aos olhos dessas consumidoras. Para facilitar as decisões do dia a dia, produtos com funções múltiplas e de uso prático vêm ganhando terreno. Um exemplo são os BB creams, que conquistaram o público feminino por entregar diversas soluções em um só produto. Preço e promoção também são fatores importantes para a tomada de decisão de compra, o que faz com as embalagens econômicas ganhem destaque, alcançando 30% de crescimento. Outras ofertas promocionais como “mais por menos” apresentaram crescimento de 42%, porque são táticas bem aceitas pelas mulheres. Nesse caso, destaca-se o consumo de antisséptico bucal. A categoria ainda é considerada de acesso, mas vem ingressando nos lares brasileiros, justamente por ofecerer promoções como “pague 500 mL e leve 800 mL”, por exemplo. Além de ter o sortimento desejado pelas mulheres, a exposição dos produtos e o visual da loja como um to-
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para atrair o olhar feminino para além de medicamentos e outros itens de necessidade pontual, vale investir em ações de merchandising de fabricantes, pois, como experimentadoras, elas estão dispostas a pesquisar, comparar e descobrir lançamentos do são trunfos essenciais para garantir a venda. “Embalagens atraentes e ofertas bem destacadas em cosméticos e higiene pessoal podem ser responsáveis por grande incremento no tíquete médio das mulheres. Além disto, o layout de loja, a iluminação e a exposição do produto em equipamentos apropriados contribuem para destacar os produtos, aumentando a atratividade”, enumera Lais, da GS&MD. cado é o autosserviço, a impessoalidade. Não é para ficar igual. Apesar de competirem entre si, cada canal tem suas características”, ressalta o diretor de atendimento da Nielsen, Olegário Araújo. Além das ações no ambiente de loja, é possível contar com a ajuda da tecnologia na árdua tarefa de fidelizar as consumidoras. Uma das ferramentas existentes no mercado é o Customer Relationship Management (CRM), que significa Gestão do Relacionamento com Clientes. “Elas possibilitam armazenar os dados de compras, histórico, quantidade, além do perfil do cliente, possibilitando se relacionar de forma mais próxima com os clientes. Na venda de medicamentos, essa prática não é permitida, mas, de produtos cosméticos, pode ser uma boa aliada”, destaca Lais.
A mulher atual está cada vez mais conectado ao universo on-line. É preciso alcança-las também nesse canal.
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Todas essas estratégias citadas são uma maneira de cativar uma consumidora que não tem medo de experimentar nem de trocar de canal. As redes atacadistas, por exemplo, tornaram-se grandes concorrentes por conta das ofertas, embalagens promocionais e praticidade. “Em busca de soluções que facilitem o seu dia a dia, as mulheres têm priorizado formatos que visam à necessidade de proximidade e ao custo benefício. O varejo tradicional e as redes atacadistas apresentaram crescimento em volume no terceiro trimestre de 2013 versus o mesmo período do ano anterior, de 4,7% e 0,4%, respectivamente. Além disso, as redes atacadistas apresentaram um alto tíquete médio (R$ 63,61), enquanto a média desembolsada nos supermercados é de R$ 36,68”, revela Christine, da Kantar. Para não perder clientes, cabe à farmácia reforçar ainda mais os diferenciais ligados a proximidade, atendimento mais personalizado e produtos exclusivos. “Na drogaria, você tem uma experiência de compra diferente, ligada a um consumo mais qualificado, à beleza, ao cuidar de si. O importante é conservar o que é exclusivo, manter o diferencial. O conceito do supermer-
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Como orientar o consumidor? O aumento da temperatura corporal precisa ser visto com muita atenção. farmácias e drogarias devem estar preparadas para auxiliar os pacientes na compra de medicamentos emergenciais
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Por Tassia Rocha
Muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre o que de fato a febre representa – e em que temperatura a situação se torna preocupante a ponto de se procurar um especialista. Basta o termômetro começar a passar os 37 ºC para que a maioria das pessoas entre em desespero. A febre é o aumento da temperatura corporal acima dos níveis normais, um sinal do corpo para alertar que algo não vai bem. Mas é preciso entender que a febre não é uma doença, e sim uma reação do organismo contra alguma anomalia.
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“O organismo humano é homeotérmico, ou seja, mantém a temperatura corporal com variações mínimas (35 a 36 ºC, em média). A manutenção da temperatura corporal constante envolve mecanismos fisiológicos complexos, representados, resumidamente, pela produção de calor (fenômenos bioquímicos celulares), eliminação do calor por meio de líquidos orgânicos e respiração, pele, e da regulação exercida pelos centros térmicos situados no hipotálamo, pelos nervos da microcirculação e pelo equilíbrio endócrino. A quebra da homeostasia desse complexo sistema refotos: shutterstock
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gulatório faz com que a temperatura corporal se eleve além do normal, resultando na febre”, alerta o clínico-geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Claudio Miguel Rufino. Segundo ele, a febre se desenvolve a partir da perda da capacidade de termorregulação pelo organismo, por excitação aumentada ou por incapacidade termorreguladora desses centros.
Como medi-la? O especialista em pediatria pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp/ EPM), Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, afirma que há vários tipos de termômetros: os de mercúrio eram os mais comuns, mas têm atualmente seu uso proibido, devido à sua toxicidade. Existem também os de álcool (acrescidos de corantes, para facilitar a visualização). Os mais utilizados hoje em dia são os eletrônicos, que medem a temperatura através de radiações infravermelhas. De acordo com a médica clínica-geral do Hospital Brasil, Dra. Ariadne Stacciarini, a temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36 ºC e 36,7 ºC. Ela explica que a temperatura do corpo não fica estabilizada o dia inteiro. No final da tarde, por exemplo, ela pode alcançar valores de 37,2 ºC e tende a cair para 36 ºC durante a madrugada.
Sinais específicos A elevação da temperatura pode causar mal-estar, dor muscular, fraqueza, sonolência, irritabilidade, pele quente, aumento dos ciclos respiratórios, aumento dos batimentos cardíacos, boca seca, diminuição da
A febre é mais comum em crianças devido à sua imunidade que, durante o nascimento, é muito baixa. Tal imunidade vai sendo adquirida com as respostas que o organismo dá a infecções, produzindo anticorpos que se incorporam ao repertório imunológico da criança 106
São aceitas como indicadores de febre as temperaturas: • Axilar ou oral acima de 37,5 ºC e retal acima de 38 ºC. • Febre leve: 37,5 ºC. • Febre moderada: de 37,6 ºC a 38,5 ºC. • Febre alta: acima de 38,6 ºC.
quantidade de urina, sudorese. Crianças menores de 1 ano apresentam temperatura corporal discretamente maior que a do adulto. A febre é mais comum em crianças devido à sua imunidade que, durante o nascimento, é muito baixa. Tal imunidade vai sendo adquirida com as respostas que o organismo dá a infecções, produzindo anticorpos que se incorporam ao repertório imunológico da criança. Muitas pessoas acreditam que baixar a temperatura já seja suficiente. Mas nem sempre é assim, afinal, a febre é um alerta de que algo não está bem, por isso é preciso muita atenção. Nos quadros febris, é muito importante que os pacientes meçam a temperatura várias vezes ao dia e fiquem atentos às variações, para facilitar o diagnóstico no momento de passar com o especialista. Assim, a automedicação deve ser cautelosa. Todos os consumidores precisam de dispensação correta no ponto de venda, sobretudo no que diz respeito a doses, horários, posologia e interações. Segundo Dr. Claudio, o tratamento para febre passa pelo diagnóstico da causa da elevação da temperatura. Exemplo: febre de origem infecciosa, febre de origem secundária a hipertireoidismo.
Tratamento de controle Como a febre é uma resposta do organismo com liberação de substâncias inflamatórias na corrente sanguínea, uma série de fármacos denominados antitérmicos podem bloquear ou diminuir essa resposta, como o ácido acetilsalicílico, o acetoaminofen, o ibuprofeno e outros anti-inflamatórios ditos não hormonais. “Em nosso meio, o fármaco com efeito rápido mais utilizado é a dipirona, que pode ser ministrada por via oral ou parenteral (administração endovenosa por meio da via periférica ou central). Como todo medicamento, essas drogas podem acarretar efeitos colaterais (náuse-
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febre é um alerta de que algo não está bem, por isso é preciso muita atenção. Nos quadros febris, é muito importante que os pacientes meçam a temperatura várias vezes ao dia e fiquem atentos às variações as, vômitos, sangramento digestivo etc.), reações alérgicas e toxicidade (renal, hepática), devendo ser utilizados de preferência com indicação médica”, alerta o médico infectologista do Hospital 9 de Julho, Dr. Antonio Carlos Pignatari. Segundo informa o infectologista, o mais importante é a avaliação clínica do paciente com febre, para tentar caracterizar um processo infeccioso que necessite ou não de tratamento com antibióticos, ou internação hospitalar em casos de desidratação, consulsões ou alterações do nível de consciência. Uma atenção especial deve ser dada às crianças menores de um ano e aos idosos, além de pacientes portadores de doenças crônicas debilitantes como diabetes, cardiopatias, doenças pulmonares crônicas, transplantados e em tratamento de doenças tumorais ou neoplásicas. “O farmacêutico pode ter uma função importante na orientação inicial aos indivíduos com febre que comparecem ao ponto de venda sem receita médica. Na avaliação, pode observar se o episódio é agudo ou crônico, caracterizando indivíduos com maior risco de complicações e encaminhar para consulta médica”, diz o médico que alerta ainda que, mesmo com a utilização de medicamentos sintomáticos, em casos de dúvida, o profissional deve sempre procurar fazer o melhor para a segurança do paciente. “Um efeito prejudicial de febre elevada acima de 38,5 ºC é a desidratação pela sudorese excessiva, necessária para a dissipação do calor produzido pelo organismo. Em crianças e idosos, a desidratação pode ocorrer rapidamente e, portanto, a temperatura deve ser diminuída o mais rápido possível”, fala. A maior preocupação e desespero é com as crianças que são propensas a desencadear um quadro convulsivo, a chamada convulsão febril. Nesses casos, a temperatura corporal deve baixar rapidamente. “Na
infância, qualquer febre pode ser convulsiva, depende da suscetibilidade”, afirma o médico infectologista da Unifesp, Dr. Gustavo Johanson. Ele conta que a febre sozinha, sem nenhum outro sintoma, não preocupa tanto as pessoas, fazendo com que elas não procurem o médico, a não ser que se repita por vários dias. A infectologista do Hospital Beneficência Portuguesa, Dra. Camila Delfino, afirma que a febre não precisa gerar pânico, pois pode aparecer por diversas causas e tem suas especificidades de acordo com cada tipo de paciente. “Em crianças, por exemplo, pode ser uma reação à vacinação. Se o paciente está internado, pode ser uma suspeita de infecção hospitalar”. Para a médica, a melhor forma de ter um diagnóstico preciso e tratamento adequado é por meio da consulta ao especialista. 2014 fevereiro guia da farmácia
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Contaminação em crianças Cuidados com os pequenos são necessários para evitar a proliferação da doença. Orientação aos pais no ponto de venda é fundamental
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Todas as pessoas já sofreram com micose pelo menos uma vez na vida, mas as crianças estão mais propícias ao problema. Durante as férias, por exemplo, é normal o uso de piscinas públicas e viagens às praias do litoral brasileiro, onde muita gente circula, sendo maior a incidência da presença de fungos e bactérias.
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Manchas claras: micose ou ressecamento? As manchas esbranquiçadas podem ser manifestações de micose ou de ressecamento da pele. Essas duas condições se confundem e as diferenças são sutis, por isso o médico dermatologista é o mais indicado para avaliar esses casos e chegar ao diagnóstico. Existem inúmeros tipos de micoses. As mais comuns são as superficiais. Dentre elas, as mais frequentes são a pitiríase versicolor, que costuma se apresentar como manchas esbranquiçadas na região do tronco (chamada “pano branco”), e a dermatofitose ou tinha, que se apresenta por meio de lesões vermelhas, com bordas bem definidas e mais intensas e, geralmente, coçam muito. fotos: shutterstock
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micoses
Como orientar os consumidores
As micoses se propagam com facilidade, mas podem ser controladas com rapidez. Quanto mais cedo forem tratadas, melhor. Por isso, é importante que os clientes saibam sobre suas especificidades, riscos, formas de transmissão, além de conhecerem quais são os produtos corretos para cada tipo de infecção. Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Tatiana Jerez, o diagnóstico das micoses superficiais em crianças costuma ser feito durante a consulta, apenas avaliando histórico e exame físico. “Em casos duvidosos ou atípicos, pode-se lançar mão de exames complementares, como o exame micológico das lesões. Neste procedimento, é feita uma raspagem leve da pele a fim de conseguir material para exame em microscópio (exame direto), que será semeado em meio próprio para que se verifique o crescimento do fungo (cultura).” O especialista em pediatria pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, afirma que geralmente as micoses de pele se iniciam com um prurido (coceira) leve e clareamento da região atingida. “As micoses são infecções extremamente comuns, provocadas por fungos, e se apresentam, na grande maioria dos casos, através de manchas na pele, no couro cabeludo, nas unhas, ou em outros locais. O paciente deve receber as orientações necessárias, sempre”, alerta. 11 2
O papel de farmácias e drogarias também é fornecer dicas de tratamento e prevenção. Dentre os cuidados essenciais para evitar as micoses, estão: • Evitar deixar o corpo e a roupa de banho úmidos por muito tempo. • Secar bem a pele, principalmente as dobras. • Não usar chuveiros ou beira de piscinas coletivas sem chinelos. • Para evitar a umidade e micoses nos pés, recomenda-se sempre polvilho antisséptico ao usar calçados fechados. • Secar muito bem os pés. • Informar sobre o perigo da automedicação. • Para as roupas íntimas, indicar tecidos naturais como o algodão.
Sazonalidade propícia Nesta época do ano, é necessário atenção redobrada com as crianças. Nos períodos de calor e umidade, elas tendem a ficar mais expostas a ambiente com higiene inadequada; além disso, podem ter a resistência do sistema imunológico diminuída, o que facilita a possibilidade de contaminação. De acordo com a Dra. Tatiana, da SBD, o organismo da criança é bastante sensível a inflamações e processos infecciosos e, no geral, apresenta sintomas como a febre logo no início do quadro. “A grande maioria das micoses superficiais em crianças pode ser tratada com medicamentos antifúngicos tópicos, em forma de cremes, sprays ou xampus. Alguns casos mais extensos podem requerer o uso de medicamentos sistêmicos, administrados via oral. Faz parte do tratamento evitar fatores desencadeantes como, por exemplo, a umidade. Por isso, deve-se evitar ficar com o corpo e roupas de banho úmidos por muito tempo.” Além disso, é importante evitar, também, o compartilhamento de acessórios como toalhas.
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diabetes
Disciplina e
apoio são fundamentais Na maioria dos casos, é a família que percebe os primeiros sintomas da doença, seja em crianças ou na gestante. Conhecer os diferentes tipos do problema e orientar para a importância do tratamento é um caminho de adesão P o r V i vi a n Lou r enç o
O
O diabetes mais comum na infância é o tipo 1. Porém, de acordo com especialistas, devido ao aumento dos casos de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, a incidência do diabetes tipo 2, que ocorre por resistência à ação da insulina, vem aumentando consideravelmente. A doença do tipo 1 é autoimune, ocorre quando há uma predisposição genética e o sistema imunológico do paciente destrói as células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio
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responsável pelo controle do nível de açúcar no sangue. A do tipo 2 tem maior influência de fatores ambientais como obesidade e falta de exercícios físicos. “O tipo 1 aparece com um quadro mais abrupto e não tem idade para se manifestar, podendo atingir desde bebês até jovens”, explica a pediatra da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dra. Wilma Hossaka. O primeiro sintoma de alerta que os pais percebem de acordo com o endocrinologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará, Dr. Felipe Monti Lora, é a desidratação. fotos: shutterstock
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“Se a criança vai muito ao banheiro, tem perda de peso, muita fome e sede, é melhor procurar um especialista”. Esses sintomas ocorrem quando já existe lesão de cerca de 80% das células pancreáticas produtoras de insulina. “Mas é importante lembrar que nem todos esses sintomas estão presentes, principalmente no início do quadro”, ressalta a endócrinopediatra da ADJ Diabetes Brasil, Dra. Denise Ludovico. A manifestação do diabetes juvenil pode ser de forma lenta ou em crises, como explica o Dr. Sylvio Renan. Quando evolui lentamente, a criança apresenta muita sede, come muito, mas não consegue ganhar peso. “Já quando a manifestação inicial surge de forma aguda, a criança apresenta uma crise hiperglicêmica, com sede intensa, urinando frequentemente e em grandes quantidades, muita fome, com emagrecimento, cansaço, pele seca, cefaleia, podendo também apresentar náuseas, vômitos, sonolência excessiva, além de desconforto respiratório e hálito cetônico”. A médica endocrinologista e dialetóloga, coordenadora do Centro de Diabetes do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Christiane Nóbrega Sobral, alerta para o fato de que, como é uma doença autoimune de início rápido, na qual a criança descompensa rapidamente, ela pode entrar em coma se não for feito um diagnóstico precoce. O tratamento do diabetes tipo 1 consiste em repor o hormônio que falta, a insulina, que, atualmente, só tem aplicação subcutânea e, por isso, são necessárias as injeções. “Em crianças, o tratamento medicamentoso é a aplicação do hormônio que está diminuído pela doença. Orientações nutricionais e de atividade física são coadjuvantes no tratamento”, orienta o pediatra Dr. Sylvio Renan. O endocrinologista do Hospital Sabará, Dr. Felipe, salienta que a mudança de hábito é o que define o sucesso do tratamento. “Os horários de alimentação precisam ser programados e a reposição da insulina deve ser realizada com atenção.”
Apoio fundamental De acordo com os profissionais, o apoio da família e dos amigos é fundamental para a eficácia do tratamento. “A criança necessita de grande suporte de seus pais e cuidadores, no sentido de compreender sua doença e a importância de manter o tratamento de acordo com a orientação médica”, pontua Dr. Sylvio Renan. Tanto para crianças pequenas quanto para adolescentes o apoio deve ser o mesmo. “As crianças não sabem muito bem o que está acontecendo e podem enfrentar
A orientação farmacêutica é de fundamental importância para a continuação do tratamento e também como alerta para os primeiros sintomas da doença piadas de colegas, por exemplo. Já os adolescentes ficam mais revoltados e a parceria dos amigos é fundamental para seguir o tratamento”, alerta Dr. Felipe. Ele ressalta que a adolescência é o período em que o tratamento é menos seguido. “Alguns pacientes deixam de tomar a medicação, seja por revolta, ou por vergonha. Por isso a marcação tem que ser mais cerrada.” A forma como a família e os amigos recebem e convivem com o diagnóstico reflete em como eles irão lidar com a doença. “É necessário saber que o portador de diabetes terá que receber a aplicação de insulina e fazer o controle da glicemia, mas isso não precisa e nem deve alterar a qualidade de vida da criança ou do adolescente, muito menos de sua família”, explica a Dra. Denise. Os especialistas alertam que tratamento do diabetes tipo 1 tem melhorado muito e não há limites e restrições aos seus portadores, desde que mantenham o controle glicêmico. Além disso, a orientação em relação ao conhecimento sobre a doença também deve ser difundido entre os familiares e amigos. O entendimento sobre os cuidados necessários para o controle e a prevenção de complicações é fundamental para bons resultados. A endocrinologista da Santa Casa de São Paulo, Dra. Ana Beatriz Marques de Freitas Castro, acrescenta que os pais e cuidadores devem estar treinados a identificar sintomas de queda ou elevação dos níveis de açúcar para que possam atuar prontamente. “Capacitá-los a fazer o exame rápido de glicemia capilar e interpretar o resultado são de suma importância. A queda da glicose (hipoglicemia) requer ação imediata. A oferta de alimentos ricos em açúcar (desde que não haja perda de consciência) ou a aplicação de glucagon, conforme a orientação do médico que acompanha, são fundamentais. Quanto à hiperglicemia, identificá-la para que possa receber a orientação adequada do médico responsável ou em atendimento de urgência, evitando assim complicações graves.” 2014 fevereiro guia da farmácia
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emagrecimento, poliúria (aumento do volume urinário), sede excessiva, fadiga, náuseas/vômitos e infecções frequentes. “O maior risco para desenvolver diabetes gestacional são idade materna avançada (acima de 35 anos), obesas, gestação gemelar, casos de diabetes na família, pressão alta, e filhos que O que o paciente, usuário de insulina, não nasceram com mais de 4 quilos”, pode esquecer: explica o ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês, Dr. José • Manutenção da insulina. Carlos Sadalla. • Armazenamento da insulina. “O tratamento tende a ser • Periodicidade do uso. mais eficaz quando o diag• Transporte da insulina/monitorização glicêmica. nóstico acontece de maneira • Aplicação/administração da insulina. precoce. Muito importante • Conhecer os tipos de canetas/seringas/agulhas disponíveis o acompanhamento multino mercado. disciplinar, composto por • Conhecimentos sobre aparelhos de monitorização obstetra, endocrinologista, (glicosímetros). nutricionista e profissional • Como proceder em casos de hipoglicemia. em atividade física”, orienta o ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano, Dr. Rodrigo Pereira de Freitas. O objetivo do tratamento é manter em níveis normais a glicemia para evitar complicações maternas e fetais. “Geralmente isto é alcançado através de medidas dietéticas com reeducação alimentar. Casos mais severos (a minoria) podem necessitar de uso de insulina diária”, destaca o Dr. Sadalla. Alertas do diabetes gestacional Entre os principais riscos para a mãe e o feto, a Dra. O diabetes gestacional é a morbidade de maior Claudia Chang pontua hipertensão e doenças cardioprevalência na gestação e nos últimos anos nota-se vasculares. “Além disto, o diabetes gestacional é um um aumento significativo nos casos. Na maioria das fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo vezes, trata-se de uma patologia assintomática ou de 2 depois da gestação.” sintomas inespecíficos. “Hoje em dia, as alterações Os principais riscos para o bebê estão relacionados glicêmicas são as anormalidades endocrinológicas mais a macrossomia (aumento do tamanho do feto, o que comuns durante a gestação, podendo chegar a 13% posteriormente leva a uma grande predisposição à obede ocorrência. No Brasil, o registro é de 7,6%”, avalia sidade) e polidramnio (aumento do volume do líquido a endocrinologista, Doutora (PhD) em endocrinologia amniótico). “Dentre outras complicações destacam-se e metabologia pela Universidade de São Paulo (USP), prematuridade, malformações, aumento do número Dra Claudia Chang. de cesarianas e traumatismos relacionados ao parto”, O diabetes gestacional, diferente de quem já possui finaliza a Dra. Claudia Chang. diabetes antes de engravidar, manifesta-se geralmente após 24 semanas de gestação. Usualmente a mulher não O papel do farmacêutico apresenta sintomas. Por isso, é fundamental a realização A orientação farmacêutica é de fundamental impordo pré-natal adequado, com exames de rastreamento. tância para a continuação do tratamento e também Entretanto, os seguintes sinais podem estar presentes: como alerta para os primeiros sintomas da doença. 11 6
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A forma como a família e os amigos recebem e convivem com o diagnóstico reflete em como eles irão lidar com a doença. o portador de diabetes terá que receber a aplicação de insulina e fazer o controle da glicemia, mas isso não precisa e nem deve alterar a qualidade de vida O docente técnico em farmácia do Senac Tiradentes, Gustavo Alves, salienta que as campanhas informativas devem sempre ser coordenadas por um profissional farmacêutico, já que, em se tratando de assunto tão específico, são necessários conhecimentos sólidos. “A campanha se baseia tanto nos materiais gráficos como nas orientações. A farmácia ou drogaria pode 11 8
dispor de um local próprio para esta atividade, um espaço que oferece maior comodidade e discrição aos seus clientes”, orienta o docente. Devem ser preparados fôlderes ou panfletos com as informações mais importantes, sempre em linguagem acessível aos clientes. No ato da entrega dos planfletos, é preciso prestar sempre uma breve orientação. Os cartazes podem facilitar a identificação visual do serviço prestado, com figuras e mensagens rápidas. “Quando se fala em boca a boca, imagino a orientação formal, padronizada e feita diretamente às pessoas.” O docente ressalta que o atendimento diferenciado se dá muito mais pelo aspecto do preparo e da habilitação dos profissionais que farão o atendimento. “O diabetes infantil é uma patologia cada vez mais frequente, além de ser uma doença insidiosa. Além das orientações técnicas, há também que se ter habilidade na comunicação com os pacientes, crianças e adultos. O mesmo se aplica às gestantes. Um espaço reservado para este tipo de atendimento é sempre importante.” Os estabelecimentos farmacêuticos podem atuar como um braço do sistema de saúde, na orientação e promoção do bem-estar. “Não podem se restringir a orientar somente os clientes consumidores, mas também aqueles que buscam informações sobre a saúde. Isso fideliza e traz credibilidade para as farmácias e, principalmente, traz resultados positivos para a comunidade.”
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Doenças venosas
Muito além
da estética As varizes podem culminar com sintomas como queimação ou sensação de cansaço nas pernas e inchaço, especialmente na região do tornozelo. Conheça as causas, os tratamentos e os fatores preventivos P o r K at h len R a m os
E
Especialmente com a chegada do verão, é comum as mulheres se preocuparem com as varizes nas pernas, já que, para elas, esse é um terrível problema que prejudica o seu visual. No entanto, especialistas comprovam que esse mal vai muito além da questão estética. “As veias localizadas nas pernas são as que mais sofrem por perda de eficácia ao longo dos anos. Com o passar do tempo, elas vão perdendo a elasticidade, apresentando alteração na sua permeabilidade, e o sistema de válvulas presente nelas – que ajudam na realização da drenagem venosa – também passa a não ser tão efetivo. Assim, as veias podem causar inchaço, dor e sensação de peso em alguns pacientes, levando
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ao quadro conhecido popularmente como varizes, a doença venosa crônica”, explica o diretor médico da Servier, Dr. Abraham Epelman. O angiologista e cirurgião vascular, membro associado da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Marcelo Arriaga, conta que a busca por tratamentos contra varizes passa por diversos motivos. “A procura por médicos varia desde queixas somente estéticas, nos casos mais leves, até queixas importantes, como dor, peso, inchaços (edema), coceiras, feridas etc., com limitação até das atividades profissionais dos pacientes”, descreve. Segundo o Dr. Arriaga, o principal fator de risco para ter ou não varizes é a hereditariedade, ou seja, se alguém na família possui ou não o problema. Além disso, as mulheres são fotos: shutterstock
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o mercado disponibiliza, hoje, diversos tipos de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento de varizes. eles se destacam tanto em eficácia quanto na rapidez ao alívio dos sintomas as maiores vítimas da doença. “Elas mostram-se prejudicadas por causa dos hormônios femininos, uma vez que a progesterona favorece a dilatação das veias”, esclarece. Essa maior incidência no universo feminino é comprovada por números. “A Servier desenvolveu um grande estudo internacional, denominado Vein Consult, que mostra que até 50% das mulheres apresentam algum sinal de doença venosa crônica. Em países tropicais, onde as altas temperaturas prevalecem e podem piorar o quadro, esse número sobe para 80%”, revela o Dr. Epelman. Dados fornecidos pelo HCor mostram, ainda, que as varizes afetam 38% da população brasileira. O Dr. Arriaga acrescenta que obesidade, tabagismo, sedentarismo, pílulas anticoncepcionais, reposição hormonal e gravidez favorecem, igualmente, o aparecimento das varizes. Algumas posições do corpo também podem ser prejudiciais. “Ficar muito tempo de pé ou sentado deixa as pessoas mais suscetíveis ao surgimento de varizes”, lembra o cirurgião vascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Fábio Haddad.
tratamento correto evita complicações Para o cuidado das varizes, deve-se buscar o auxílio de um angiologista ou cirurgião vascular, médico apto a detectar e tratar esse problema. “De modo geral, o exame é clínico e, em alguns casos, o especialista solicita um exame de imagem com doppler para confirmar o diagnóstico”, esclarece o diretor médico da Servier. Além dos medicamentos e da intervenção cirúrgica (necessária em alguns casos), as meias
Orientações gerais para a prevenção das varizes Diga aos clientes da farmácia que: • Evitem o excesso de peso, adotando uma alimentação equilibrada. • Evitem usar salto alto diariamente, pois eles atrapalham a circulação do sangue. • Antes de começar um tratamento com pílula anticoncepcional, consultem um médico e peçam mais explicações. • Não fiquem o dia inteiro na mesma posição. Se for inevitável, levantem e andem, já que isso ajudará na liberação e estímulo da circulação sanguínea. • Tenham cuidado com exercícios como a musculação ou a aeróbica de alto impacto, porque provocam maior tensão nos vasos e, por consequência, a sua dilatação. • Sempre que possível, deitem com as pernas elevadas, para favorecer o retorno venoso, já que os pés ficarão mais altos que o coração. • Não fumem, pois o cigarro é prejudicial à sua saúde e, combinado com outros hábitos não saudáveis, pode ocasionar as varizes. • Usem meias elásticas. • Jamais tratem as varizes sem o acompanhamento de um cirurgião vascular. Fonte: Gilberto Narchi Rabahie, cirurgião vascular do HCor
elásticas compressivas também são uma ótima iniciativa, pois servem para diminuir os sintomas e o inchaço, conforme explica o cirurgião vascular do HCor, Gilberto Narchi Rabahie. “As meias indicadas são as de média compressão e elas devem ser colocadas pela manhã, antes mesmo de descer da cama, ou após um repouso de 5 a 10 minutos, caso não as coloque antes de levantar”, declara o cirurgião. Quando o tratamento não é realizado pelo paciente, algumas dificuldades podem surgir, conforme enumera o Dr. Arriaga. “As complicações estão relacionadas a danos estéticos, dor de intensidade variável, inchaços (edema), eczema 2014 fevereiro guia da farmácia
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Especial saúde
doenças venosas
Qual o papel das veias no organismo?
As veias são responsáveis pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração. Dessa forma, de maneira simplificada, a insuficiência venosa crônica (IVC) consiste na incapacidade de as veias das pernas bombear em um volume suficiente de sangue de volta ao coração.
Entretanto, quando se está sentado ou em pé por um longo período, o sangue das veias das pernas pode se acumular, ficar estático, e a pressão nas veias aumenta. Veias profundas e perfurantes conseguem suportar bem períodos curtos de pressão elevada. No entanto, em pessoas suscetíveis, que ficam repetidamente sentadas ou de pé por longos períodos, obesos ou pacientes com história prévia de trombose venosa profunda (TVP), pode ocorrer o enfraquecimento das paredes das veias e lesão das válvulas, levando ao AVC.
As artérias levam sangue rico em oxigênio do coração para os órgãos.
Quando se está em pé, o sangue localizado nas veias das pernas precisa vencer a gravidade para voltar para o coração. Essas veias possuem válvulas com a finalidade de evitar o refluxo do sangue durante o seu trajeto. Ao caminhar ou exercitar as pernas, esses músculos (na região das panturrilhas) se contraem, impulsionando o sangue em direção ao coração, com a abertura das válvulas venosas, simultaneamente. Quando a musculatura relaxa, as válvulas fecham e impedem o refluxo do sangue. Esse sistema é chamado de “bomba venosa”.
Fonte: gerente de marca da Boehringer Ingelheim, Thatiana Coelho
até 50% das mulheres apresentam algum sinal de doença venosa crônica. em países tropicais, onde as altas temperaturas prevalecem e podem piorar o quadro, esse número sobe para 80% 122
(coceiras), manchas marrons (dermatite ocre), endurecimento da pele (dermatoesclerose), flebites (inflamação de veias superficiais) e trombose venosa profunda (TVP), que pode culminar num quadro de tromboembolismo pulmonar. Por fim, o paciente também pode sofrer alterações psicológicas, caracterizadas por mudanças de comportamento devido à vergonha de exibir as pernas”, alerta. O Dr. Haddad lembra que, de modo geral, o problema das varizes tem controle e não cura.
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Classificação e estágios das varizes 1) As varizes podem ser classificadas em primárias e secundárias. As primárias são essencialmente de natureza heredo-familiar (apresentam um componente genético na sua gênese), enquanto as secundárias decorrem de um evento adquirido ao longo da vida, como, por exemplo, secundárias à trombose venosa profunda (síndrome pós-trombótica ou síndrome pós-flebítica) e as fístulas artério-venosas (após ferimentos traumáticos por projétil de arma de fogo ou arma branca). 2) Em relação aos estágios das varizes, no início, o paciente se queixa de peso e inchaço nas pernas. Isso passa a afetar a sua qualidade de vida, já que atividades como simples caminhadas passam a se tornar mais restritas. 3) Além disso, também pode haver infecção e quadros de erisipela, no qual a perna passa a ficar avermelhada e inchada. Isso acontece porque o sangue não é drenado e começa a infeccionar. 4) No final, o paciente desenvolve úlcera venosa, com feridas abertas de difícil cicatrização, e, muitas vezes, o tratamento precisa ser cirúrgico. Fontes: Thatiana Coelho, gerente de marca da Boehringer Ingelheim, e Dr. Abraham Epelman, diretor médico da Servier
“Com o tratamento adequado, que precisa ser contínuo, a sintomatologia some e para de progredir. Mas, mesmo com intervenção cirúrgica, as varizes podem voltar e o paciente precisa operar novamente”, reforça.
Medicamentos agem de modo rápido e eficaz O mercado disponibiliza, hoje, diversos tipos de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento de varizes. Eles se destacam tanto em eficácia quanto na rapidez ao alívio dos sintomas. A Servier, por exemplo, disponibiliza um medicamento composto por diosmina e hesperidina, nas apresentações 500 mg e 1.000 mg. “O produto atua recuperando a propriedade que 124
as veias perderam ao longo dos anos, fazendo com que voltem a drenar o sangue. Além disso, tem uma propriedade exclusiva, já que é o único do mercado que consegue reverter e tratar a inflamação venosa, comum nos casos de doença venosa crônica. Esse medicamento também é capaz de recuperar a função das válvulas que ajudam no processo de circulação sanguínea”, descreve o Dr. Abraham Epelman, acrescentando que este produto tem a propriedade de micronização. Assim, quando os comprimidos são ingeridos, se transformam em partículas microscópicas, acelerando sua absorção e chegando mais rapidamente à corrente sanguínea. Tanto que, após a primeira hora de uso, de acordo com o Dr. Epelman, o paciente já começa a sentir os primeiros resultados, como redução da dor. “As indicações ficam desde os estágios iniciais da doença venosa crônica até os estágios mais severos, incluindo a úlcera venosa”, destaca o especialista da Servier. O Aché também atua com os ativos diosmina e hesperidina. O produto é indicado no tratamento das manifestações da insuficiência venosa crônica, funcional e orgânica dos membros inferiores. Ele está disponível também na versão em sachê (diosmina 900 mg e a hesperidina 100 mg), indicado no tratamento sintomático das varizes e de outros sintomas relacionados à insuficiência vascular crônica, como dor nas pernas, sensação de queimação e inchaços. Já a Boehringer Ingelheim do Brasil dispõe de um medicamento que contém bioativo flaven, uma combinação especial de flavonoides com poder anti-inflamatório extraídos das folhas de uva vermelha ( Vitis vinifera). “Ele atua na base do problema, e não apenas combate a dor, como os analgésicos. Sua atividade anti-inflamatória fortalece as paredes das veias, melhora a circulação e reduz o inchaço. O uso do fitoterápico deve ser diário e regular”, descreve a gerente de marca da empresa, Thatiana Coelho, acrescentando que a melhora dos sintomas será notada, em média, após três semanas de tratamento, podendo haver variações. Felizmente, as contraindicações para os medicamentos citados são mínimas, e geralmente relacionadas à hipersensibilidade do paciente a algum componente da fórmula.
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colesterol e triglicérides
Mais rigidez com as taxas Os índices que eram aceitáveis anteriormente mudaram. Os cardiologistas fecharam o cerco em torno do que é razoável em termos de gordura no sangue
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Por Egl e Le onardi
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou, no final de 2013, as novas orientações sobre o limite saudável do LDL no sangue, conhecido popularmente como colesterol ruim. Antes, o normal era de até 100 mg/ dL para pacientes com alto risco de doenças cardiovasculares — aqueles que têm histórico familiar ou que associam tabagismo com hipertensão, por exemplo. Agora a luta deve ser para esse valor ficar abaixo de 70 mg. De acordo com a SBC, as doenças cardiovasculares atingem 17,1 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 82% em países de menor renda. No Brasil, mais de 300 mil pessoas morrem por ano de doenças do coração. Com a nova diretriz, cardiologistas brasileiros estão orientados a serem mais rigorosos que americanos e europeus no controle
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do colesterol. Segundo dados do Departamento de Aterosclerose da SBC, 30% dos brasileiros adultos estão no sinal vermelho do nível da gordura que gruda nas paredes das artérias, e devem procurar o médico para avaliar a probabilidade de problemas. Vale lembrar que o risco de doenças cardiovasculares é separado em três estágios: alto, intermediário e baixo. Quanto mais comportamentos e histórico genético ruins, mais se avança na escala. Para quem está no risco intermediário, o nível de colesterol deve ficar agora entre 70 mg e 100 mg e não mais entre 100 mg e 130 mg. A diretriz está mais rigorosa com mulheres: um risco superior a 10% já é considerado alto, enquanto, para homens, chega-se ao pior nível quem tem 20% de risco. O rigor com as mulheres ocorre porque, nas últimas décadas, elas têm ficado mais hipertensas e com mais excesso de peso. Com isso, as doenças cardiovasculares, como fotos: shutterstock
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infarto e acidente vascular cerebral (AVC), deixaram de ser um mal masculino e são, cada vez mais, femininos. No País, para cada dez casos de infarto, quatro já são em mulheres. Segundo o nutrólogo e consultor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Helio Osmo, o aumento dos níveis de colesterol e triglicérides é atualmente um grave problema epidemiológico no Brasil e no mundo. “Esse aumento se reflete nas altas taxas de mortalidade por problemas cardiovasculares como infarto do miocárdio e AVC, mais conhecido como derrame. A taxa de mortalidade de origem cardiovascular gira em torno de 25% no Brasil, onde cerca de 19 milhões de pessoas, principalmente na faixa superior a 50 anos, possuem aumento de colesterol e triglicérides”, fala ele. No mundo, essas proporções são semelhantes, mas um pouco superiores em países mais desenvolvidos e com predominância de população urbana. Há uma relação direta entre estilo de vida urbano, hábitos alimentares por alimentos industrializados, alto consumo de bebidas alcoólicas e sedentarismo. Ele ressalta que o controle dos níveis de colesterol e triglicérides é uma das iniciativas que os médicos adotam para tentar diminuir essas altas taxas de mortalidade cardiovascular. Na verdade, mede-se as proteínas que transportam as gorduras na corrente sanguínea. Quando essas proteínas estão aumentadas é um sinal de que há grande quantidade de gordura circulando pelo corpo. Ele explica que a gordura ingerida por meio dos alimentos é transportada por essas proteínas (lipoproteínas) no sangue na forma de colesterol. Quando há excesso de ingestão de gorduras, o corpo tem a capacidade de armazená-las ou estocá-las em células
chamadas adipócitos. Eslas estão presentes em todo o organismo, principalmente abaixo da pele. Em algumas regiões, esses adipócitos hipertrofiam, como acontece na região abdominal, coxas e nádegas. Em pessoas adultas e idosas, essas gorduras de colesterol se depositam também nas veias e artérias. Quando elas são finas e de curto calibre, como no caso das coronárias do coração, elas obstruem a passagem de sangue que alimenta o músculo desse órgão. Essa obstrução ou entupimento causa o infarto. Dependendo da extensão do músculo que deixa de receber o sangue, pode-se levar a pessoa à morte por parada cardíaca. Ainda de acordo com Osmo, os triglicérides são outro tipo de gordura fabricado no fígado. Ele é produzido a partir do aumento das taxas de glicose, ou açúcar no sangue. O consumo exagerado e contínuo de alimentos contendo altas taxas de açúcar
A adoção de hábitos saudáveis, como dietas balanceadas, baixo consumo de álcool e prática de exercício físico regular, não tem sido suficiente. Existem, atualmente, medicamentos eficazes que ajudam a regularizar as taxas de colesterol e necessitam ser prescritos por médicos
Metas lipídicas de acordo com o risco cardiovascular Nível de risco
Meta primária (mg/dL)
Meta secundária (mg/dL)
ALTO
LDL-C < 70
Colesterol não HDL <100
INTERMEDIÁRIO
LDL-C <100
Colesterol não HDL<130
BAIXO
Meta individualizada
Meta individualizada
Fonte: Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia
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Especial saúde
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Níveis recomendados de exercício físico para promoção e manutenção da saúde
Características do exercício
Benefícios à saúde
Comentário
< 150 min/semanais de intensidade leve a moderada
Algum
Algum exercício é certamente preferível ao sedentarismo
150-300 min/semanais de intensidade moderada
Substancial
Exercício de maior duração e/ ou intensidade confere mais benefícios
Adicional
Informação científica atual não delimita claramente um limite superior para os benefícios ou para que se torne danoso para um dado indivíduo aparentemente saudável
> 300 min/semanais de intensidade moderada a alta
Fonte: Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia
Tratamento burocrático Novas recomendações para a prevenção de infarto e derrame lançadas pelas duas principais associações americanas de cardiologia vão mudar a forma como os medicamentos contra colesterol são prescritos nos EUA. Segundo as novas diretrizes americanas, as estatinas devem ser prescritas para pessoas sem doença cardiovascular com um risco de 7,5% ou maior de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) nos próximos dez anos. O texto anterior, de 2002, recomendava que as pessoas só tomassem o medicamento se o risco para os próximos dez anos fosse maior do que 20%. A indicação só considerava o risco para doença cardíaca, e não derrame. As diretrizes também simplificam a avaliação de quem precisa tomar o produto. O colesterol precisa de controle rígido através de medicamentos de uso contínuo. Hoje em dia, o mercado disponibiliza vitaminas e polivitamínicos que auxiliam na prevenção. Oriente os consumidores da farmácia para a melhor adesão ao tratamento.
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Especial saúde
colesterol e triglicérides
Valores referenciais do perfil lipídico para adultos maiores de 20 anos Lipídios
LDL-C
Colesterol não HDL
Valores (mg/dL)
Categoria
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Ótimo
100 – 129
Desejável
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Limítrofe
160 – 189
Alto
≥ 190
Muito alto
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Ótimo
130 − 159
Desejável
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Alto
≥ 190
Muito alto
Fonte: Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia
levam ao aumento dos triglicérides, que, da mesma forma que o colesterol, se depositam nos adipócitos. “A preocupação dos médicos em manter o controle dos níveis de colesterol e triglicérides se justifica como uma tentativa de evitar que as pessoas tenham infartos ou derrames”, ressalta ele.
Bom e ruim O colesterol bom e o ruim são uma maneira popular de chamar o HDL (high density lipoprotein – lipoproteína de alta densidade) e o LDL (low density lipoprotein – lipoproteína de baixa densidade). “Como já afirmei, o HDL e o LDL são, na verdade, as proteínas que carregam ou transportam o colesterol pela corrente sanguínea. O LDL é a proteína que leva o colesterol para ser depositado e armazenado no corpo, por isso é chamado de colesterol ruim. O HDL é a proteína que faz o caminho inverso, levando a gordura armazenada para ser eliminada, por isso é chamada de colesterol bom”, detalha ele. Assim, quanto menor for o LDL e maior for o HDL, menor o risco de as pessoas terem uma doença cardiovascular. O especialista diz que esse problema, que é chamada dislipidemia, está relacionado a vários fatores que incluem predisposição genética e hereditária, estresse e, principalmente, estilo de vida. O padrão adotado nos países industrializados e em grandes cidades leva as pessoas a terem uma vida com alimentação não balanceada e com predominância de gorduras e açúcares. A alimentação rápida e volumosa, feita de maneira diária e regular, 130
leva com o tempo a pessoa a engordar e desenvolver diabetes. Estresse, alto consumo de bebida alcoólica, pouco sono e falta de exercício físico levam a desenvolver essa doença e, posteriormente, às complicações cardiovasculares. “É muito difícil manter uma dieta saudável e sair do sedentarismo porque os países industrializados, por exemplo, desenvolveram uma cultura de consumismo em excesso e a busca do prazer a qualquer custo. Os alimentos saborosos são ricos em gorduras. Os alimentos saudáveis são mais naturais e com pouco sabor”, lamenta ele. A vida competitiva convida as pessoas a trabalhar mais e se exercitar menos. Osmo fala que o exercício físico é uma forma de gastar as calorias em excesso consumidas durante o dia. Caminhar 30 minutos por dia é suficiente para reduzir o risco de desenvolver obesidade e dislipidemias. Ele afirma que o diagnóstico de dislipidemia só pode ser feito com exames de sangue para avaliar as taxas de colesterol e triglicérides. Isso normalmente é feito no check-up de rotina. “O diagnóstico correto é feito por meio do pedido do médico por um lipidograma completo. Isso é realizado com uma amostra de sangue”, acrescenta. “A adoção de hábitos saudáveis, como dietas balanceadas, baixo consumo de álcool e prática de exercício físico regular, não tem sido suficiente. Existem, atualmente, medicamentos eficazes que ajudam a regularizar as taxas de colesterol e necessitam ser prescritos por médicos”, finaliza o especialista.
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artigo
Menopausa
sem medo
As mulheres devem ser alertadas sobre os cuidados que precisam ter nessa etapa da vida
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Dra. A nge la Maggi o Da Fonse ca Professora associada da Clínica Ginecológica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) 132
Essa fase é inevitável e, apesar de todas as informações disponíveis atualmente, o tema ainda está cercado de tabus, atemorizando muitas mulheres. A menopausa é caracterizada pela queda dos níveis de estrogênio, que é o principal hormônio feminino, e pela perda progressiva da fertilidade. Trata-se apenas de uma nova fase da vida, um sinal de envelhecimento saudável, sendo possível aproveitar os benefícios que o período traz. Autoestima e bom humor são as palavras-chave. A atividade sexual pode ser ainda mais prazerosa, por exemplo, pois o risco de gravidez não existe mais. Ao entrarem na menopausa, as mulheres costumam estar com a vida profissional mais estável e podem se dedicar mais ao seu bem-estar e à sua saúde. O acompanhamento médico é fundamental para que os sintomas sejam amenizados, interferindo minimamente na rotina feminina. Exames como mamografias, exames pélvicos (ultrassom e papanicolau), controle de glicemia, colesterol, vitamina D e cálcio estão entre os principais a serem realizados nessa fase. Os sintomas que identificam o período podem variar de acordo com cada organismo e estilo de vida das mulheres, porém os principais sinais são as famosas
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ondas de calor ou fogachos, insônia, irritabilidade, a mucosa da vagina torna-se mais fina, podendo ocasionar a diminuição da lubrificação e, consequentemente, dor durante as relações sexuais, maior ocorrência de infecções urinárias ou corrimentos por conta da alteração do pH local. A proteção cardiovascular também fica comprometida devido à queda dos níveis de estrogênio. Esse hormônio promove a dilatação das paredes das artérias e aumenta a produção do HDL, o colesterol bom, evitando a formação de placas de gordura. Por isso é importante controlar outras doenças como diabetes, hipertensão arterial e tabagismo, uma vez que o risco de uma doença cardiovascular, como infarto do miocárdio, já é maior nesse período. A terapia hormonal é a forma de tratamento mais utilizada, pois é a única que, além da eficácia no alívio dos sintomas, também protege contra a perda de colágeno, conserva a massa óssea e reduz o risco de fraturas por osteoporose. Os produtos mais modernos disponíveis no mercado atuam também na redução da circunferência abdominal e da hipertensão arterial, diminuindo o número de eventos de infarto do miocárdio e de AVC isquêmico. foto: divulgação
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beleza
Fios bem tratados Há quatro fatores que são muito importantes para o cabelo saudável: brilho, eletricidade estática, força e pouca exposição solar P o r E g l e Le o na r di
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O verão e todas as atividades que envolvem o período, como banhos de sol, mar e piscina, acabam danificando os cabelos. Para ter as madeixas saudáveis e bonitas são necessários cuidados tão importantes como a atenção destinada à pele. A melhor maneira de prevenir e reparar as agressões aos cabelos é entender como ocorrem os danos. O fio é composto principalmente por queratina, proteína que possui alta concentração de cisteína – aminoácido responsável pela elasticidade e flexibilidade do cabelo. A camada externa é a cutícula, composta por células de queratina sobrepostas como escamas. Ela é transparente e tem a função de proteger o córtex contra agressões externas, além de manter a maciez e o brilho dos cabelos. O córtex é a parte mais importante, sendo responsável por sua elasticidade e resistência. A estrutura é composta por queratina, cuja composição tem muitos aminoácidos, entre eles a cisteína, responsável pelas pontes de enxofre, que ligam de maneira consistente a queratina à estrutura do fio. No interior do córtex, dentro das células queratinizadas, está a melanina – proteína responsável pela
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coloração. A camada mais interna do cabelo é a medula. Seu canal pode estar vazio ou preenchido por queratina esponjosa. Ao sofrer impacto por produtos químicos agressivos, pode quebrar até desaparecer. “Cabelos bonitos possuem cutícula íntegra e saudável, ou seja, suas escamas se mantêm encaixadas de forma perfeita para envolver a haste capilar, que é a parte visível do fio. Quando a cutícula é agredida, ela racha e se desprega, formando as pontas duplas. O cuidado diário é muito importante e envolve a escolha de produtos adequados ao tipo de cabelo, sempre com atenção para os que possuem aprovação dos órgãos de saúde”, ressalta a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Carolina Marçon. Embora os mais modernos penteados e cores pareçam maravilhosos, muitas mulheres estão submetendo seus cabelos a produtos químicos, secadores e chapinhas de forma excessiva, fazendo com que fiquem danificados. Com o tempo, o cabelo brilhante pode ficar opaco e frágil, precisando de uma revisão completa de cuidados para melhorar sua saúde e aparência. O mesmo é causado pelo sol, mar e piscina. Além disso, as ações que fazem o cabelo parecer lindo, como o uso de tinturas, fotos: shutterstock
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Dicas para o cuidado diário O atendimento personalizado é um diferencial na farmácia. A consultora de vendas pode identificar o problema das consumidoras e oferecer o produto mais indicado para cada necessidade. Inicialmente, essa profissional deve dar conselhos e sugestões que melhorem a qualidade dos cabelos. • Usar sempre xampu e condicionador adequados ao tipo de cabelo: oleoso, normal, seco, misto, colorido etc. • Não usar xampu demais nem colocá-lo diretamente sobre a cabeça. Deve-se espalhar o produto nas mãos e só depois esfregar os fios e o couro cabeludo, com a ponta dos dedos (nunca com as unhas). O excesso do produto pode provocar irritação, enfraquecimento da raiz, descamação e até queda. • Enxaguar bem os cabelos para retirar o excesso de xampus e condicionadores e usar um xampu antirresíduos uma vez por semana. O produto elimina impurezas e resíduos de produtos cosméticos que se depositam nos fios, roubando o brilho. • Nunca tomar banho com água quente, pois ela abre as cutículas do fio. Deve-se preferir água morna ou fria. Se puder, dar a última enxaguada com água fria, pois ajuda a fechar as cutículas e devolve o brilho dos cabelos. • Depois de lavar os cabelos, é preciso utilizar um produto leave-in que intensifica o tratamento dos hidratantes. • Antes de usar o secador, deve-se retirar o excesso de água com uma toalha, apenas espremendo os fios. Depois, é aconselhável trabalhar com o secador a uns 15 centímetros dos fios, em temperatura mínima ou média. Produtos específicos para proteger o cabelo do calor também ajudam a evitar que ele fique quebradiço. • Evitar ar-condicionado, pois ele deixa o cabelo ressecado e, consequentemente, mais frágil,
permanentes e técnicas para alisamento, também podem danificar a estrutura e afetar o aspecto.
Reações naturais Quando o cabelo sofre um dano, a camada lipídica externa protetora da cutícula, responsável por deixar os cabelos brilhantes, é removida. O resultado são cabelos secos, opacos e indomáveis no verão. Muitos produtos têm sido desenvolvidos para combater os efeitos do sol e dos tratamentos químicos excessivos, sendo a hidratação regular obrigatória.
retirando o brilho natural. Para formar uma barreira de proteção aos fios, devem-se aplicar algumas gotinhas de silicone, que ajuda também a selar as pontas duplas. • Evitar passar as mãos nos cabelos constantemente, principalmente nos oleosos. • A alimentação é um fator muito importante para manter a beleza dos fios. É preciso comer alimentos proteicos – como carnes, leite e ovos – e os ricos em vitaminas do complexo B (presentes em cereais integrais, peixes, frutos do mar e vegetais folhosos), pois eles ajudam a nutrir o couro cabeludo. • Proteger os cabelos do sol com chapéu e mantê-los hidratados. Para os cabelos ressecados e com pontas duplas: • Usar condicionadores e regeneradores de pontas após o xampu. • Evitar pentear frequentemente os cabelos. • Evitar o calor intenso dos secadores. Para os cabelos oleosos: • Não usar condicionador próximo à raiz dos cabelos ou xampus que contenham condicionadores na sua fórmula (tipo 2 em 1). • Evitar lavar a cabeça com água quente. • Ficar longe de alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas. • Beber bastante água e comer frutas, legumes e verduras. • Ter cuidado com o estresse, pois ele pode aumentar a produção de oleosidade. • Além da oleosidade, caspa e coceira pode ser sinal de dermatite seborreica. Nesse caso, é preciso procurar um dermatologista para o correto diagnóstico e tratamento.
“O calor é uma fonte comum de danos ao cabelo, pois produz uma condição conhecida como cabelo bolha. Isso ocorre quando a água presente nos fios, responsável pela flexibilidade, aquece e evapora, levando à formação de bolhas dentro da haste e consequentes áreas de perda da cutícula”, alerta a Dra. Carolina. Esses sinais indicam a ocorrência desse tipo de dano: cabelo que cheira queimado, frizz nas pontas e fios quebradiços. Uma causa comum da fragilidade dos fios é o uso do secador em alta temperatura. O aquecimento provoca a evaporação da água natural dos fios, enfraquecendo-os. 2014 fevereiro guia da farmácia
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O atendimento personalizado é um diferencial na farmácia. A consultora de vendas pode identificar o problema das consumidoras e oferecer o produto mais indicado para cada necessidade. a profissional deve dar conselhos e sugestões que melhorem a qualidade dos cabelos “Muitas pessoas têm dúvida se as substâncias modeladoras, como gel e fixador sem álcool, causam danos. Esses produtos não prejudicam e, quando são de boa qualidade, não provocam queda de cabelo”, fala a dermatologista.
Quatro fatores fundamentais Brilho: fios brilhantes sempre foram comparados com cabelos saudáveis. Esse brilho é referente à luz refletida por uma superfície lisa. Se as cutículas estão abertas, em consequência das agressões sofridas, os fios não retêm água nem proteínas e a superfície fica porosa, não refletindo a luz. Condicionadores contendo agentes que formam uma película sobre o fio podem aumentar o brilho dos cabelos 136
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e ajudar as camadas de cutículas a cobrir o eixo dos cabelos dando uma aparência mais lisa ao fio. Eletricidade estática: pentear ou escovar o cabelo faz com que os fios se tornem carregados negativamente, criando eletricidade estática e deixando-os arrepiados. Os do tipo fino são mais suscetíveis à eletricidade estática devido à maior área de superfície da cutícula. Os condicionadores que contêm amônia quaternária podem reduzir a eletricidade estática por produzirem uma carga positiva, neutralizando a eletricidade estática. Força: condicionadores com ingredientes como proteínas hidrolisadas ou queratina capilar humana hidrolisada, que possuem um baixo peso molecular, ajudam a aumentar a força dos cabelos. Essas proteínas também podem ser usadas para as pontas duplas, que surgem depois que a cutícula protetora foi desnudada das fibras do cabelo em consequência de substância química ou trauma físico, mas também pode ser um resultado de escovação vigorosa. Enquanto não há nenhum meio de reverter as pontas duplas, apará-las a cada dois ou três meses e tratamentos de condicionamento profundo ajudam a manter os fios flexíveis e com boa aparência. Exposição solar: os raios UV podem induzir a oxidação das moléculas de enxofre dentro do eixo capilar, que são importantes para a força dos cabelos. Quando ocorre essa oxidação, eles se tornam quebradiços, ressecados e ásperos. Os descoloridos ou com luzes podem também apresentar pequenas mudanças de cor quando expostos aos raios UV. Para proteger os cabelos dos danos causados pelos raios solares, deve-se usar condicionadores leave-in que contenham óxido nítrico. Outra proteção são os bonés e chapéus feitos de materiais sólidos.
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categoria
Quem disse que axila
não precisa ser bonita? Para 95% das mulheres, a aparência dessa região do corpo está associada à escolha do vestuário, segurança e, claro, sentir-se bela e atraente
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Por Adri a n a Bruno
A mulher mostra que não há mesmo limite para os cuidados com o corpo. Pesquisa global, realizada pela consultoria TNS e encomendada pela marca Dove, aponta que 95% das entrevistadas se preocupam com a aparência das axilas e ainda surpreende com a informação de que esse é um dos três fatores que fazem com que elas se sintam mais seguras, ao lado de mãos e rosto. De acordo com a pesquisa, mais de dois terços das entrevistadas afirmaram que estar confiantes sobre a beleza das axilas faz com que se sintam mais seguras e atraentes; 35% delas afirmaram, inclusive, já ter trocado a roupa por não sentir segurança quanto à aparência desta parte do corpo. No Brasil, a pesquisa mostra que as brasileiras não consideram a região sensual ou mesmo atraente, porém sua aparência é um
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fator importante. Já a segurança em relação às axilas está associada às mulheres com maior poder aquisitivo e idade. Depilação e uso de desodorantes e antitranspirantes fazem parte da rotina de cuidados dessa região, que, apesar de escondida, vem ganhando mais importância para as mulheres e, consequentemente, impulsionando o crescimento do mercado de produtos indicados. De acordo com dados Nielsen, a categoria de desodorantes é a terceira mais importante em faturamento, ficando atrás apenas de fraldas infantis e papel higiênico, considerando o último ano móvel, terminado em agosto de 2013. “É uma categoria que cresceu 5,3% em volume e 11,5% em valor (deflacionado) no último ano móvel, faturamento aproximadamente R$ 3,2 bilhões nesse período”, informa o gerente de atendimento da Nielsen, Arthur Oliveira. Ainda segundo Oliveira, o canal farma representa 33% do faturamento da categoria. fotos: shutterstock
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De acordo com o Instituto Euromonitor, o Brasil é o maior mercado de desodorantes do mundo e cresceu 20% em vendas em 2012. “Além das fortes taxas de crescimento, há uma migração para formatos e marcas mais valorizados. Isso é compreensível, já que aqui existem fatores climáticos e de hábitos que fazem com que a penetração, a intensidade e a frequência de uso de desodorantes no Brasil sejam muito altas. Por exemplo, o brasileiro começa a usar o produto muito cedo, ainda adolescente (87% com menos de 15 anos), e aplica, em geral, duas vezes por dia”, relata o gerente de Garnier Bí-O, Daniel Martins. Apesar dos dados crescentes, ainda há espaço para que esse mercado evolua. A pesquisa encomendada por Dove aponta que, apesar de reconhecer a importância das axilas, a rotina de cuidados com essa área ainda é pequena quando comparada à pele do rosto, cabelo e corpo, por exemplo.
Desodorante ou antitranspirante? Os desodorantes comuns ajudam a neutralizar os odores relacionados à transpiração. Já o desodorante antitranspirante, além de ajudar a controlar o odor, auxilia a diminuir a quantidade de transpiração. A informação é da dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional São Paulo (SBP-SP), Dra. Carla Albuquerque. “O tempo de efeito de cada um varia muito conforme a intensidade e o odor da transpiração e também conforme a composição de cada produto, mas, via de regra, o desodorante antitranspirante tende a possuir um efeito mais duradouro que o desodorante comum. A maioria dos antitranspirantes também funciona como desodorantes, mas os desodorantes comuns não funcionam como antitranspirantes. A associação de ativos hidratantes ajuda apenas a hidratar a região, mas não minimiza o potencial irritativo do produto nem aumenta seu efeito desodorante/ antiperspirante”, diz. Ainda segundo a dermatologista, os desodorantes podem causar irritações na pele, causadas por substâncias como conservantes, perfumes, sais de alumínio e antimicrobianos, presentes no produto.
Além da transpiração A pesquisa TNS/Dove revelou que o desodorante é considerado item indispensável para 96% das mulheres e que a escolha de um produto que ofereça benefícios adicionais à proteção contra a transpiração, como hidratação da pele, é cada vez mais relevante. De acordo com o estudo, mais de um terço das mulheres consideram importante optar por produtos que melhorem também a aparência das axilas e ainda sejam adequados à pele sensível. Segundo Daniel Martins, da Garnier Bí-O,atualmente, os fatores fundamentais para a compra de um desodorante são a marca, a fra-
Na gôndola Mais de 30% das vendas de desodorantes, em valor, vêm hoje das farmácias e perfumarias, de acordo com Daniel Martins, de Garnier Bí-O. Segundo informa o executivo, a farmácia foi o canal que mais cresceu em 2012 para desodorantes. Para garantir o bom desempenho da categoria na loja, o canal deve ficar atento para a forma como expõe e comunica os produtos para seus clientes. Para o gerente de marketing de Gillette, Wesley Murkin, todos os desodorantes devem ser expostos juntos, mesmo os de maior valor agregado, pois é nesse local que o consumidor vai procurar o produto que sempre usa, e, ao encontrar novas opções, pode experimentá-las. “O ideal é deixar os produtos em blocos por marcas e depois dividir por versões, sendo as mais premium na parte superior da gôndola e as de menor valor agregado na parte inferior. Confinar o produto não é uma boa opção, pois, ao tirá-lo de onde o consumidor passa, ele não considera esses produtos na hora da compra. Para desodorantes, essa solução é ainda pior, pois, para escolher o produto, o consumidor compara perfumes”, recomenda.
grância e a eficácia, praticamente empatados em primeiro lugar nas pesquisas de hábitos e atitudes. “No entanto, a proteção passou a ser um benefício esperado e obrigatório que as marcas consolidadas já oferecem. Cada vez mais, os atributos desejáveis e que geram diferenciação estão relacionados ao cuidado da pele, como clareamento das axilas e cuidado com a roupa”, afirma. A preocupação do consumidor com a pele é cada vez mais frequente e, portanto, há uma forte demanda por produtos que apresentem mais do que proteção contra o suor. Para o gerente de marketing de Gillette, Wesley Murkin, tecnologias têm sido desenvolvidas nessa área para garantir que o consumidor tenha uma pele protegida contra qualquer tipo de dano. “A evolução do mercado vem acompanhada de novas tecnologias contra o suor e o mau cheiro. Além disso, o consumidor gosta de experimentar cheiros diferentes e compara perfumes dos produtos”, comenta. A pesquisa TNS/Dove também apontou que ardor, coceira e irritação da pele estão entre as queixas apresentadas por 16% das entrevistadas após o processo de depilação e, por isso, 63% delas consideram importante a compra de um antitranspirante que também trate e cuide da pele. “O consumidor 2014 fevereiro guia da farmácia
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Hábitos e consumo
Entre as brasileiras,
35% afirmaram já Aparência da região é importante para 95% das mulheres
ter mudado a roupa escolhida para vestir por não sentir segurança com relação à aparência das axilas
Dois terços das
Ao depilar as axilas, até 36% do que é retirado é pele
entrevistadas afirmam sentir-se mais seguras e atraentes quando a região está protegida
Desodorante é importante para 96% das entrevistadas e elas primam por produtos que agreguem valores
16% das entrevistadas queixaram-se de ardor, coceira ou irritação da pele, após a depilação
Brasileiras que têm o hábito de depilar-se com lâmina somam 96%
O hábito de depilar as axilas acontece entre uma e
duas vezes
por semana, durante o ano todo
Fonte: Pesquisa realizada pela consultoria TNS para Dove
aumentou sua exigência, deixando de enxergar o desodorante apenas como produto de higiene, mas de cuidado e embelezamento da pele e das roupas. Vemos claramente um crescimento mais acelerado dos lançamentos com propriedades funcionais em detrimento de produtos tradicionais que comunicam meramente fragrância. São os antitranspirantes sem perfume, clareadores, antimanchas etc. que hoje representam mais de 18% das vendas em valor, mais do que dobrando de valor nos últimos três anos”, diz o executivo da Garnier Bí-O. Quanto a formatos, o aerossol spray está no topo da preferência entre os consumidores, segundo informa Wesley Murkin, da Gillette. “O aerossol é o que mais cresce, e o antitranspirante vem ganhando grande destaque nos últimos dois anos, porque o consumidor brasileiro busca a proteção contra o suor. A 140
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expectativa é que o mercado continue crescendo seu valor num ritmo acima de 5% ao ano.”, comenta. Segundo dados de Garnier Bí-O, o aerossol está avançando, em velocidade, duas vezes ao formato roll-on e já apresenta dois terços das vendas da categoria. E, nesse mercado dinâmico, homens e mulheres têm expectativas diferentes sobre os produtos. De acordo com Martins, entre os homens, eficácia antiodor e fragrância possuem um peso maior na decisão de compra. “Por isso, versões mais voltadas para eficácia e que têm apelo seco possuem mais força. Já as mulheres são mais exigentes, pois não basta estarem protegidas: elas também se preocupam mais com o cuidado com a pele, com as manchas nas roupas e com a própria beleza das axilas. Por exemplo, 95% das mulheres depilam as axilas, principal motivo para o seu escurecimento ao longo do tempo”, diz.
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cuidados
De cabeça
em cabeça É comum associar a infestação de piolhos à falta de higiene e, sobretudo, às baixas classes sociais, porém o inseto também gosta de cabelos limpos e não faz distinção de sexo, raça, cor e muito menos de idade P o r V i v i a n Lou r enç o
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Verão, altas temperaturas e volta às aulas significam que os pais precisam redobrar a atenção em relação ao que acontece – literalmente – na cabeça dos filhos. A infestação por piolhos ocorre muito nessa fase porque eles preferem se alojar em áreas mais quentes, como o couro cabeludo. “São insetos parasitas sem asa, logo não voam e se proliferam com facilidade. São encontrados mais
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comumente atrás das orelhas e próximo à linha de inserção do cabelo na parte posterior do pescoço”, explica o pediatra, Dr. José Mataruna. A docente do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi, Profa. Dra. Lene Garcia Barbosa, explica que a pediculose de couro cabeludo (piolho) é uma infecção de transmissão interpessoal ou por objetos infestados, sendo mais comum em crianças que frequentam escolas ou creches, podendo foto: shutterstock
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cuidados
Atenção na volta às aulas A proliferação do piolho entre crianças é mais comum porque elas ficam mais próximas na escola e compartilham objetos pessoais. Porém, isso não quer dizer que os adultos não sejam acometidos pelo inseto. Por isso, os especialistas alertam para os cuidados que os pais devem ter no início das aulas. “As complicações da pediculose podem ser preocupantes: infecção das feridas causadas pelos traumas do ato de coçar, sonolência, irritabilidade e, nos casos mais graves, até anemias e adenites cervicais (infecção dos gânglios do pescoço)”, alerta a pediatra do Hospital Alvorada Brasília, Dra. Sandi Sato. Se a criança já estiver sendo tratada, ela pode ir à escola normalmente. É importante, no entanto, avisar a professora ou a pessoa responsável pela classe para que a instituição de ensino envie um comunicado alertando os outros pais sobre a incidência de piolhos.
originar pequenas epidemias. “Porém, pode atingir qualquer faixa etária. Caracteriza-se por um intenso prurido no couro cabeludo, local onde podemos encontrar os piolhos e seus ovos (lêndeas) aderidos ao folículo piloso.” O contágio pode ser evitado fazendo a inspeção rotineira da cabeça da criança, sempre que se queixar de coceira intensa no couro cabeludo. Além disso, evitar compartilhar objetos como travesseiros, pentes, escovas, bonés e prendedores de cabelo se torna uma medida eficaz. “Se a criança aparecer com piolho, a escola e os grupos de convívio devem ser avisados, pois a fonte de contaminação está nesses locais e todos devem ser tratados para que não ocorra reinfestações. Também é importante tratar o assunto de modo muito natural, para que criança não se sinta constrangida”, relata a pediatra do Hospital Alvorada Brasília, Dra. Sandi Sato. O pediatra Dr. José Mataruna ressalta que fazer uso de medidas adequadas de higiene, como lavar os cabelos com frequência, pentear ou escovar os fios diariamente, revisar frequentemente a cabeça das crianças, principalmente atrás das orelhas e na nuca, pode prevenir a infestação. 144
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há diversos medicamentos que ajudam a combater piolhos: permetrina, deltametrina e benzoato de benzila. Porém, é válido lembrar que as medicações matam o piolho, mas não eliminam as lêndeas. A catação delas e o uso de pente FIno são fundamentais Tratamentos disponíveis De acordo com a especialista da Anhembi Morumbi, Dra. Lene, o melhor tratamento é a prevenção, ou seja, examinar frequentemente a cabeça da criança e, caso encontre o piolho, a orientação é avisar a escola e iniciar o tratamento para evitar epidemias. “Como o contágio pode ser por fômites, trocar e lavar as roupas de cama com frequência, assim como as roupas de uso pessoal, de todos da casa, e principalmente da criança contaminada por piolho”. Além desses cuidados, o pediatra Dr. Mataruna alerta que há diversos medicamentos que ajudam a combater piolhos: permetrina, deltametrina e benzoato de benzila. Porém, é válido lembrar que as medicações matam o piolho, mas não eliminam as lêndeas. “A catação delas e o uso de pente fino são fundamentais e indispensáveis. Não é recomendado jogar as lêndeas no chão; o ideal é colocá-las em potinhos com álcool e depois descartar na água corrente”, orienta a Dra. Sandi Sato. Apesar da crença popular dizer que há a necessidade de se cortar o cabelo da criança, a pediatra alerta que essa pode não ser uma medida bem aceita. “É importante lembrar que durante o tratamento as roupas das crianças, toalhas, roupas de cama devem ser trocadas diariamente e colocadas em sacos fechados com álcool a fim de matar os piolhos que ali ficaram alojados. Depois, é fundamental que as pessoas lavem tudo e passem o ferro bem quente.”
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oportunidade
Sabonetes para
todos os gostos Com tantas opções disponíveis, se a organização das gôndolas não for bem realizada, o shopper pode sair da loja sem encontrar o que procura. A recomendação é que o produto fique alocado próximo aos demais itens de uso diário
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P o r K at h len R a m os, L í g i a Fav o r etto e V i v ian Lourenço
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), hoje o Brasil é o segundo maior mercado mundial para a categoria banho. A entidade revela que o setor teve um crescimento médio de 15,7% nos últimos cinco anos. Dados da Nielsen apontam que, em 2011, o mercado de sabonetes gerou R$ 2,58 milhões, com alta de 4,4% em relação ao ano anterior. Somente no ano de 2012, a categoria de sabonetes movimentou aproximadamente R$ 2,6 bilhões. Além disso, os sabonetes em barra estão perdendo mercado para a versão líquida do produto. É o que mostra a análise do Instituto Euromonitor, que apontou que as vendas do produto em barra passaram de uma participação de 87%, em 2006, para 77%, em 2011. O crescimento acumulado da venda da versão líquida, nos últimos cinco anos, é de 19%; esse mercado tem 34,4% de penetração nos lares brasileiros, 2,2% a mais em comparação com o ano anterior.
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Outra versão que conquistou espaço nos lares brasileiros é a bactericida. Segundo levantamento da Nielsen, fornecido por Dettol, referente ao período compreendido entre janeiro e outubro de 2012, houve um faturamento aproximado de R$ 460 milhões nessa categoria. O segmento cresce a uma taxa de 15%, superior aos 10% de todo o mercado de sabonetes e, hoje, os bactericidas já representam mais de 20% do total comercializado no Brasil.
Barra ou líquido? Embalagens atraentes e o fato de serem reconhecidos como menos agressivos à pele em relação às versões em barra contribuem para o crescimento dos líquidos na categoria, que possui 99% de penetração no Brasil, ou seja, um mercado com grande potencial. A versão líquida tem penetração em 27% dos lares e uma tendência de crescimento anual em torno de 14%. Em 2011, entrou em mais de um milhão de lares. No canal farma, de acordo com a diretora de marketing e trade da BDF NIVEA, Tatiana Ponce, o destaque também fica para as versões líquidas. “A categoria barra ainda é mais desenvolvida fotos: shutterstock
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Embalagens atraentes e o fato de serem reconhecidos como menos agressivos à pele em relação às versões em barra contribuem para o crescimento dos líquidos na categoria, que possui 99% de penetração no Brasil
no canal alimentar. No canal farma, os líquidos são os mais procurados e têm mais sinergia com o shopper desse canal, por entregarem mais benefícios”, justifica. O que o varejista precisa entender é a vantagem que ele tem em dispor de produtos de alto valor agregado. Se existe espaço para expor 20 sabonetes de R$ 0,50, ele só precisa de oito para os de maior valor agregado, por exemplo, para faturar o mesmo percentual. Para a categoria de barras, o preço ainda é o fator mais importante da compra, ficando na frente de marca e fragrância, nessa sequência. Para os líquidos, a marca é o item mais decisivo, com fragrância em seguida e, por fim, o preço.
Boa exposição auxilia shopper Em meio a tantas versões, se a organização não for bem realizada, o shopper pode não encontrar o que procura. Para colher bons resultados com a categoria, a diretoria de marketing da Granado recomenda que os sabonetes fiquem alocados próximo aos demais produtos de uso diário. Outra opção, como ponto extra, é alocar 2014 fevereiro guia da farmácia
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Modelo de exposição 1) Priorizar a exposição do segmento de sabonetes líquidos que, além de estar em grande crescimento, agrega valor para a categoria. Para tal, esse segmento deve iniciar a exposição ou estar alocado logo acima dos sabonetes em barra, sempre nas áreas quentes da gôndola. 2) Priorizar a exposição de marcas com maior valor agregado, deixando-as sempre no início do fluxo e/ou na altura dos olhos, alocando, assim, as marcas de preço no fim da exposição e/ou áreas mais frias da gôndola (rodapé, por exemplo). 3) É importante que os benefícios procurados pelo shopper estejam corretamente agrupados na gôndola para facilitar a busca do produto, aumentando, assim, a satisfação dos frequentadores da categoria. Dessa forma, os principais grupos de benefícios que devem ser formados na categoria são: hidratação, antibactericidas, glicerinados, perfumados e regulares. Fonte: gerente de gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes
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os sabonetes em cestões, próximos ao checkout . Tatiana, da BDF NIVEA, fornece mais algumas soluções que funcionam bem em farmácias. “Geralmente, no canal farma, os sabonetes líquidos estão expostos nas primeiras prateleiras, perto de categorias como Cuidado Infantil. Já os sabonetes em barra são expostos no rodapé da gôndola, em cestos”, diz. Já no caso dos sabonetes íntimos, por estarem atrelados ao setor de higiene íntima, eles devem ter seu ponto natural ao lado de absorventes.
Inovação para o consumidor Apesar da elevação das vendas dos sabonetes líquidos, as marcas continuam investindo no segmento em barra, além de continuar buscando inovações que atendam às necessidades dos consumidores e as oportunidades que esse mercado apresenta. Junto do foco na qualidade da matéria-prima e dos agentes hidratantes, as empresas estão preocupadas com o padrão de qualidade e com formulações que tragam mais do que a sensação de limpeza. As empresas revelam que as pesquisas com consumidores são a base para o desenvolvimento de novos produtos. Hidratação e brilho são essenciais para que as mulheres se sintam mais bonitas e confiantes.
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Proteção para tudo e para todos A estação mais aguardada do ano exige cuidados diários com o corpo e com o rosto. Pensando nisso, as indústrias lançam produtos para que as pessoas se protejam e aproveitem as altas temperaturas
Edição limitada
O verão está em alta e, com ele, os dias ideais para aproveitar o sol, a praia e a piscina. Para não perder nenhum momento desta estação do ano, o.b.® ganha, pela primeira vez no Brasil, uma edição limitada com novas cores e identidade que vai mexer com o ponto de venda e com as consumidoras. Os três tamanhos disponíveis de o.b.® (mini, médio e super) garantem o conforto e a segurança que as mulheres procuram e elas podem escolher o mais adequado de acordo com o seu fluxo menstrual. Preço médio: R$ 6,59 (caixa com 10 absorventes) Na gôndola: higiene íntima Site: www.jnjbrasil.com.br 150
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Proteção homogênea
A marca de dermocosméticos Mantecorp Skincare lança o Episol Color Morena Mais, que é a combinação perfeita entre a proteção do FPS 30 e a base corretiva. Episol Morena Mais se torna fluido durante a aplicação para facilitar a espalhabilidade e apresenta toque seco quando finalizado. Além disso, traz uma inovadora tecnologia de dispersante de pigmentos minerais, oferecendo uma dispersão homogênea e disfarçando as imperfeições cutâneas. Preço sugerido: R$ 60,00 Na gôndola: pele/dermocosméticos Site: www.mantecorpskincare.com.br fotos: shutterstock/divulgação
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Combate ao envelhecimento
Em clima de Copa
Para celebrar o momento único que o País viverá neste ano, a Johnsons’s anuncia o lançamento da sua linha exclusiva de escovas com o tema da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. A escova Reach® Eco Essencial® é a primeira com 40% do cabo feito de material reciclado pré-consumo e agora terá suas embalagens nas cores verde e amarela, disponíveis nas versões média e macia. Já a infantil Reach® Essencial Junior® chega para animar ainda mais a escovação dos pequenos, contando agora com a estampa do Fuleco, mascote oficial do evento.
Há mais de um ano, os laboratórios La Roche-Posay conseguiram atingir a eficácia anti-idade do retinol puro sem comprometer a tolerância com o lançamento de Redermic R, hoje o produto mais prescrito pelos dermatologistas (IMS Health). Agora, além da pele do rosto, os olhos também podem se beneficiar da eficácia anti-idade do retinol sem irritação. Depois de lançar Redermic R para a região da face, a La Roche-Posay completa a gama e traz para o Brasil o Redermic R Olhos, para reforçar ainda mais o combate ao envelhecimento da pele. Preço sugerido: R$ 148,90 Na gôndola: pele/dermocosméticos Site: www.laroche-posay.com.br
Preço sugerido: Reach® Eco Essencial® – R$ 1,90 Reach® Essencial Junior® – R$ 2,50 Na gôndola: oral care Site: www.jnjbrasil.com.br
Hidratação profunda
A marca Pluii Senses amplia sua linha trazendo cremes para mãos com FPS 15 e creme para pernas e pés, para uma hidratação profunda e sensorial agradável. Disponíveis nas gôndolas das redes Droga Raia e Drogasil, os hidratantes vêm em embalagens de 50 g e apresentam três opções de fragrâncias: verde verbena, amora rosa e liss cassis. Preço sugerido: creme para mãos – R$ 17,99 creme para pernas e pés – R$ 11,99 Na gôndola: pele Site: www.pluii.com.br 152
Hidratante de banho
Monange acaba de renovar sua linha e, entre as novidades, está o Hidratante de Banho Monange Flor de Baunilha, primeiro e único no varejo a nutrir até a segunda camada da pele. O produto torna o momento do banho ainda mais relaxante, e deixa o corpo com o toque aveludado e cheiroso para aproveitar os dias quentes do verão. A fórmula do hidratante específico para banho possui alta afinidade na pele úmida, permitindo que o produto se espalhe de modo fácil e uniforme, evitando a sensação de pele ressecada que ocorre logo após o banho. Preço sugerido: R$ 7,49 Na gôndola: pele Site: www.monange.com.br
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Unhas vibrantes
Conforto para os pequenos
Para os pais que dedicam atenção redobrada aos seus pequenos nesta época do ano, a prevenção é o melhor remédio, por isso a Phisalia, referência na fabricação de produtos de higiene pessoal e cosméticos voltados para o público infanto-juvenil, oferece pomada e cremes para prevenir assaduras da linha Trá Lá Lá Baby. Além de práticos, garantem proteção extra e conforto para os pequeninos, já que são testados e aprovados por dermatologistas.
A coleção desenvolvida a quatro mãos com a Aeger Perfumes e Cosméticos traz seis cores vibrantes baseadas nas tendências de moda, que apontam para tons ligados à natureza, como laranja, rosa, azul, lilás e coral, reforçando, assim, a paixão de Ana Hickmann pela fauna e flora brasileiras. O lançamento enfatiza o tino empresarial da apresentadora, que sempre traz como referência elementos que fazem parte de seu cotidiano e estilo de vida, e os transforma em uma gama de cores vibrantes.
Preço sugerido: R$ 2,82 (9 mL) Na gôndola: cutelaria/checkout Site: www.aeger.com.br
Preço sugerido: creme para prevenir assaduras TRÁ LÁ LÁ Baby Suave – R$ 7,00 creme para prevenir assaduras TRÁ LÁ LÁ Baby Hidrata – R$ 7,00 pomada para prevenir assaduras TRÁ LÁ LÁ Baby Bem Estar – R$ 9,00 Na gôndola: cantinho do bebê/infantil Site: www.phisalia.com.br
Cuidados com a higiene Proteção aos cabelos A Arpoador Cosméticos apresenta o novo posicionamento do produto Hair Complex para o mercado. Além de proteger os fios e o couro cabeludo contra os raios solares, o produto oferece a função hidratante para o cabelo e funciona como um poderoso leave-in para uso diário. Com esse conceito, o Hair Complex se encaixa tanto na categoria de proteção solar quanto na área de cosmética, o que o torna um diferencial para marca no mercado. Preço sugerido: R$ 20,00 Na gôndola: cabelos Site: www.arpoadorcosmeticos.com.br 154
Com nova identidade visual, a linha de sabonetes Livy, novidade da Razzo, uma das maiores empresas do setor de higiene no Brasil, quer estar cada vez mais próxima das consumidoras brasileiras. Líquido ou em barra, os sabonetes Livy vão muito além da higiene. Eles cuidam da pele, hidratando e deixando o frescor das suas fragrâncias intensas. Os produtos são divididos nas linhas Família, disponíveis em barras de 90 gramas, e Premium, oferecidos em barra ou em embalagem com 350 mL de produto líquido, cujas fragrâncias são inspiradas na perfumaria fina internacional e alinhadas às tendências de mercado. Preço sugerido: sabonete de 90 g em barra – R$ 0,87 sabonete de 90 g em cartucho (caixinha) – R$ 1,30 sabonete líquido de 350 mL – R$ 10,00 Na gôndola: pele Site: www.razzo.com.br
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Extra lubrificado
A DKT do Brasil, detentora da marca de camisinhas Prudence, acaba de lançar o preservativo Extra Lubrificado Anatômico. Marcado pela inovação, praticidade, preço competitivo e discrição, o novo item da companhia chega ao mercado em embalagens com três unidades de camisinhas, acompanhadas de três sachês de lubrificante de silicone. O Prudence Extra Lubrificado é vendido em uma embalagem combo com preservativo lubrificado e sachê extra de lubrificante acoplado, oferecendo comodidade para os consumidores, pois são discretos e práticos. Preço sugerido: R$ 4,80 Na gôndola: homens/checkout Site: www.useprudence.com.br
Tecnologia exclusiva
De uma nova geração de proteção solar, o principal diferencial do produto, apresentado para o verão 2014, é a tecnologia exclusiva DuraflexTM. O protetor de alta tecnologia, desenvolvido pela equipe de pesquisadores do Coppertone Solar Research Center, nos EUA, é composto por uma combinação patenteada de polímeros que formam uma película transparente, aderindo melhor à pele e proporcionando mobilidade e duração. O produto possui fórmula resistente ao suor, não escorre nos olhos, deixando a pele respirar livremente, mesmo em condições extremas. Além disso, sua textura leve e não oleosa acompanha o movimento do corpo, sem interferir no desempenho do exercício físico. Preço sugerido: FPS 30 – R$ 38,95 / FPS 50 – R$ 43,35 Na gôndola: pele Site: www.coppertone.com.br 156
Clareamento facial
A mais recente novidade da Germed Pharma é o Lumiskin, completo clareador intensivo com exclusiva formulação, que não apenas clareia a cútis, como também promove a manutenção da melhora obtida. Sua fórmula exclusiva combina ativos como ácido glicólico, ácido kójico dipalmitato, alfa-arbutin; nicotinamida e fenil-etil resorcinol (Symwhite 377). Amplamente aclamado nos círculos científicos, o ácido glicólico é tido como o mais adequado e eficaz alfa hidroxiácido (AHA) para aplicação cosmética. Isso se deve a sua estrutura molecular, que é a menor que a maioria dos outros AHA, aumentando significativamente seu potencial de penetração na pele.
Preço sugerido: R$ 80,00 Na gôndola: pele/dermocosméticos Site: www.germedpharma.com.br
Removedores de maquiagem Lenços Removedores de Maquiagem Belliz limpam e removem completamente a maquiagem sem irritar a pele. Sua fórmula contém extrato de Aloe Vera e Vitamina B5, que proporcionam uma hidratação suave e profunda para a pele e previnem o aparecimento de rugas na pele. A embalagem que possui 25 lenços é pratica e fácil de ser carregada na nécessaire ou bolsa. Preço sugerido: R$ 13,00 Na gôndola: pele Site: www.belliz.com.br
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Cuidados com a pele
A linha Acquasome, criada pelo laboratório Porto Bianco, contém ativos de última geração que atuam de forma específica, com propriedades dermocosméticas, agindo nas camadas mais profundas da pele, a fim de promover modificações de dentro para fora. A linha toda foi elaborada com água natural obtida a partir de uma reserva nativa, rica em minerais, e enriquecida por um processo de reestruturação molecular (em laboratório), com selênio, zinco, manganês e ferro, o que potencializa o valor biológico dos ativos que, além de tratar a pele, agem de forma cumulativa e progressiva. Preço sugerido: R$ 70,00 (em média) Na gôndola: pele Site: www.acquasome.com
Fortalecedor de cílios Depois de trazer para o Brasil a revolucionária fórmula de Vichy Serum 10, que atua na transformação global da pele, Vichy complementa seu portfólio de produtos com o lançamento de Vichy Serum 10 olhos e cílios, o primeiro sérum para o cuidado simultâneo antirrugas e fortalecedor dos cílios. O produto tem em sua composição uma poderosa combinação: rhamnose a 10%, que atua na derme papilar impulsionando os processos naturais de renovação da pele e proporcionando firmeza; e ácido hialurônico, conhecido por realizar o preenchimento tópico das rugas, deixando a pele com aspecto mais uniforme. Preço sugerido: R$ 149,90 Na gôndola: pele/dermocosméticos Site: www.vichy.com.br
Pés saudáveis
A linha de produtos Micositan é distribuída para todo o Brasil com o propósito de tratar os males que acometem a saúde dos pés e das unhas. A linha Micositan conta com quatro produtos inovadores no tratamento de micoses, unhas encravadas, frieiras e calosidades. O diferencial da linha é o ativo PCN celular complex – agente antisséptico, bactericida e fungicida que atua na parede celular dos micro-organismos e provoca a oxidação das células, fazendo com que eles morram rapidamente.
Preço sugerido: amolecedor de cutícula auxiliar na remoção de unhas encravadas – R$ 28,90 fluido preventivo de fungos causadores de micose – R$ 48,90 fluido preventivo para frieira – R$ 44,20 calos e asperezas dos pés – R$ 33,90 Na gôndola: cuidados podológicos Site: www.micositan.com.br
Esponja DE LIMPEZa
Se o esmalte lascou, nada melhor do que ter a Esponja Removedora Blant. De um jeito prático e inovador, a esponja remove o esmalte de unhas naturais ou artificiais, sem ressecar a cutícula. Foi desenvolvida uma embalagem fácil de ser levada para todos os lugares, sem acetona e com vitaminas, pantenol e glicerina para hidratar as unhas. Preço sugerido: R$ 13,99 Na gôndola: cutelaria Site: www.blant.com.br
Obs.: Os preços sugeridos são informados pela indústria fabricante de cada produto. 158
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institucional – abradilan
A importância
do distribuidor
www.abradilan.com.br
MERCADO VAREJISTA E FABRICANTES não sobrevivem sem esse elo da cadeia
A
J O N Y S O U S A , Pr e s i de n te d o C ons elh o D i r eti v o d a Abr a dil an
Apesar de todo o esforço relacionado à integração da cadeia de abastecimento, o distribuidor sempre será um elo necessário e fundamental de conexão entre as empresas fabricantes e os estabelecimentos varejistas. Com essa integração, o distribuidor, também denominado “intermediário”, proporciona a minimização dos estoques no processo de abastecimento, gerando, assim, uma consequente redução na margem de erro da cadeia logística. Portanto, as pressões sobre a precisão logística e o desempenho do ciclo de distribuição são enormes, existindo diversas métricas funcionais para a sua classificação e padrões mundiais de precisão e desempenho a serem consultados. Entre as várias funções do distribuidor na cadeia de abastecimento, podem-se destacar algumas de extrema relevância, tais como a manutenção de estoques necessários
para balancear e regular a variação entre os planos de produção e demanda; a cobertura total do mercado por meio da força de vendas, contando com visitação frequente e telemarketing especializado no atendimento ao cliente; o acúmulo e a consolidação de produtos de vários fabricantes em uma única empresa, buscando combinar a venda e o embarque para clientes comuns e a assistência creditícia e financeira, possibilitando aos varejistas melhores condições e prazos para pagamentos. Podemos contar também com as vendas em pequenas quantidades pelo fracionamento da embalagem de despacho do fabricante; a redução dos custos de logística, armazenagem e distribuição incidentes sobre o produto, em função da especialidade do distribuidor; as entregas programadas com maior frequência, permitindo aos varejistas
manterem menor estoque dos produtos; a racionalização do processo de obtenção de informações sobre o mercado e seu comportamento e a análise crítica das tendências dos seus clientes, sejam eles farmácias, drogarias, hospitais, clínicas ou órgãos governamentais. Para fazer toda a operação, os custos operacionais de um distribuidor não são baixos e, como a tônica empresarial em retorno dos investimentos roga que eles devem ser permanentemente minimizados, a redução dos custos de distribuição tem sido extremamente enfatizada como um importante ponto na comercialização. Por isso, além da preocupação em atender bem o cliente, o distribuidor tem o desafio de se preocupar com a melhora na utilização dos recursos para maior otimização dos custos, o que representa quase sempre o repasse de maiores descontos aos produtos vendidos aos varejistas.
Empresas sócias colaboradoras da Abradilan 160
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serviços
A
E
I
S
Abihpec www.abihpec.org.br
E-bit www.ebit.com.br
IBGE www.ibge.gov.br
Santa Casa de São Paulo www.santacasasp.org.br
Aché www.ache.com.br
Editora Senac www.editorasenacsp.com.br
instituto euromonitor www.euromonitor.com
SBACV www.sbacv.com.br
ADJ Diabetes Brasil www.adj.org.br
ESPM www.espm.br
Abiad www.abiad.org.br Anvisa http://portal.anvisa.gov.br Antistax www.antistax.com.br Apan www.apanutri.com.br Ascoferj www.ascoferj.com.br
F Farma&Cia www.farmaecia.com.br Farma&Farma www.farmaefarma.com.br Farmácia Nacional www.farmacianacional.com.br Febrafar www.febrafar.com.br FIA www.fia.com.br
B Beneficência Portuguesa de São Paulo www.beneficencia.org.br
G
BDF Nivea www.nivea.com.br
Garnier Bí-O www.garnier.com.br
Boehringer Ingelheim www.boehringer-ingelheim.com.br
Gillete www.gillette.com.br Grupo Interplayers www.pharmalinkonline.com.br/ Interplayers
C CFF www.cff.org.br CFM www.cfm.org.br Cnae www.cnae.ibge.gov.br
GS&MD www.gsmd.com.br
H Hospital Alvorada Brasília www.hospitalalvorada.com.br Hospital Brasil www.hospitalbrasil.com.br
D Data Popular www.datapopular.com.br
Hospital das Clínicas www.hcnet.usp.br
Digitalent www.digitalent.com.br
HCor www.hcor.com.br
Dove www.dove.com.br
Hospital Infantil Sabará www.hospitalinfantilsabara.org.br Hospital Samaritano www.samaritano.org.br Hospital Sírio-Libanês www.hospitalsiriolibanes.org.br
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J Johnson & Johnson www.jnjbrasil.com.br
K Kantar Worldpanel www.kantarworldpanel.com/br
L Leme Consultoria www.lemeconsultoria.com.br
M mip brasil farma www.mipbrasilfarma.com.br Ministério da Saúde www.saude.gov.br
N Nielsen www.nielsen.com/br
O OIT www.oitbrasil.org.br OMS www.paho.org/bra
P P&G www.pg.com/pt_BR
SBC www.cardiol.br SBD www.sbd.org.br SBEM www.sbem.com.br SBD-SP www.sbd-sp.org.br Senac www.sp.senac.br SIMESP www.simesp.com.br Sincofarma www.sincofarma.org.br Sinprafarma-SP www.sinprafarmasp.org.br
U Unesp www.unesp.br Unicamp www.unicamp.br Universidade Anhembi Morumbi http://portal.anhembi.br Universidade Federal de São Paulo www.unifesp.br Universidade Metodista de Piracicaba www.unimep.br USP www5.usp.br
V Vein Consult www.veinconsult.com
R Revista Brasileira de Medicina do Esporte www.medicinadoesporte.org.br
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