Parte integrante do ANO XXIV | Nº 292 | MARÇO DE 2017
Terapêutica importante
REVISTA DIRIGIDA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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O mercado de fitoterápicos apresenta crescimento constante ano a ano. Os medicamentos de origem natural isentos de prescrição mostram bom crescimento em volume, impulsionados, principalmente, pelos baixos preços e altos descontos comerciais, o que os assemelha aos genéricos
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EDITORIAL ESPECIAL FITO – MARÇO DE 2017 Diretoria Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo contento@contento.com.br Editora-chefe Lígia Favoretto ligia@contento.com.br Assistente de Redação Vivian Lourenço Editor de Arte Junior B. Santos Assistente de Arte Giulliana Pimentel
ORIUNDOS
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DA NATUREZA
Comercial (executivas de contas) Jucélia Rezende (jucelia@contento. com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) Colaboradores da Edição Textos Flávia Corbó Revisora Maria Elisa Guedes Impressão Prol Gráfica Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
ma forte corrente que busca terapias menos agressivas, motivada até mesmo por modismos, provoca o crescimento dos medicamentos fitoterápicos no Brasil e no mundo. A OrgaRua Leonardo Nunes, 198, nização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 70% e 90% da população dos países Vila Clementino São Paulo (SP), CEP: 04039-010 em desenvolvimento, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, faça uso das plantas medici(11) 5082 2200 nais para tratamentos de saúde. www.contento.com.br Para que um produto possa ser considerado um fitoterápico, é fundamental que ele tenha sido obtido a partir do uso exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. É importante saber que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia, pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas, sim, seus derivados (tintura, óleo, suco e outros). Todos os medicamentos fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia ou são produtos industrializados. O processo de fabricação industrial evita contaminações por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso. No Brasil, para que um medicamento fitoterápico seja regular, ele deve ser registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser comercializado e seguir critérios similares aos medicamentos convencionais quanto à qualidade, segurança e eficácia. Sendo assim, essa classe medicamentosa passa a ser muito importante para os seus negócios, já que a busca por ela cresce a cada dia. Para que seu atendimento seja adequado, é importante que todas as dúvidas dos clientes sejam esclarecidas e este é o principal objetivo deste Suplemento Especial Fito. Estar munido de informação de qualidade faz com que seja possível expor os medicamentos da forma correta e orientar os pacientes sobre tudo que envolve esse universo. Conheça as principais substâncias utilizadas, patologias atendidas, demandas da população, além de curiosidades sobre plantio e extração. Saiba ainda que a flora brasileira tem grande potencial na oferta de insumos. Boa leitura. IMAGEM: SHUTTERSTOCK
Lígia Favoretto Editora-chefe
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SUMÁRIO ESPECIAL FITO – MARÇO DE 2017
06 Conceito
DEMANDA
E MAIS Acesso.....................................14 Curiosidades............................22 Indicação.................................26
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OS FITOTERÁPICOS PODEM SER UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS MAIS DIVERSAS PATOLOGIAS. POR APRESENTAREM MENOS EFEITOS COLATERAIS E COM MENOR RISCO DE DEPENDÊNCIA, É MAIS COMUM O SEU USO EM CASOS AUXILIARES PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS OU QUE EXIJAM USO PROLONGADO DE MEDICAMENTO
PONTO DE VENDA ALÉM DE TEREM DE DRIBLAR A RESISTÊNCIA DE PARTE DA CLASSE MÉDICA E A FALTA DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM GERAL, OS FITOTERÁPICOS TAMBÉM PRECISAM CONQUISTAR PRESENÇA DEFINITIVA DENTRO DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS NO BRASIL
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CONCEITO TEXTOS: FLÁVIA CORBÓ
PRÁTICA MILENAR A ORIGEM GREGA DA PALAVRA FITOTERAPIA INDICA QUE O USO MEDICINAL DAS PLANTAS SE DEU NA ANTIGUIDADE. MAS APESAR DA SABEDORIA POPULAR TER ATRAVESSADO SÉCULOS, O RECONHECIMENTO DOS FITOTERÁPICOS COMO TRATAMENTO DE SAÚDE SEGURO E EFICAZ TARDOU A CHEGAR
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tilizar as propriedades das plantas como cura para doenças é uma das mais antigas práticas terapêuticas da humanidade. As primeiras tentativas registradas datam de 8500 a.C., por isso o termo Fitoterapia deriva da antiguidade, mais precisamente do grego therapeia (tratamento) e phyton (vegetal). Do outro lado do mundo, na China, por volta 3000 a.C., os medicamentos fitoterápicos também ganharam reconhecimento quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do ginseng e da cânfora. Acredita-se que a ideia de utilizar plantas como tratamento de saúde tenha surgido a partir da observação dos animais. “Os humanos começaram a relacionar o comportamento dos animais a partir da ingestão das plantas e, então, passaram a utilizar os vegetais que os animais comiam, esperando os mesmos efeitos”, conta a professora titular e farmacêutica res-
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TIPOS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS Chá: preparação utilizada para todas as partes de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação combinada da água e do calor prolongado. Tintura: maneira mais simples de conservar os princípios ativos por longo período, pois as substâncias ativas, em sua maioria, são solúveis em álcool. Trata-se de uma maceração especial, na qual partes da planta triturada ficam macerando em álcool de cereais, ao abrigo da luz e à temperatura ambiente, por período variável. Pó: feito a partir da planta seca. Podem ser moídas folhas, hastes, cascas ou raízes, dependendo da localização do princípio ativo. Xarope: preparações líquidas, espessas, para uso interno, que contêm de 50% a 65% de açúcar e sua densidade deve ser de 1,32 g/mL. Bala: preparadas como o xarope, somente a quantidade de açúcar é maior. Suco ou sumo: o suco é obtido espremendo-se o fruto, enquanto o sumo é obtido ao triturar uma planta medicinal fresca em um pilão, liquidificador ou centrífuga. Pomada: podem ser preparadas com o sumo da planta ou chá mais concentrado misturado com banha animal, gordura de coco ou uma mistura de vaselina com lanolina. Emplastro: preparação para uso externo.
Fonte: farmacêutica bioquímica sanitarista, Elizabeth dos Santos Parise
ponsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP), Maria Aparecida Nicoletti. Apesar das fórmulas produzidas a partir de plantas in natura ou manipuladas serem produzidas há milênios, somente em 1976 a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu essa prática. No Brasil, a legitimação dos fitoterápicos como tratamento médico seguro e eficaz ocorreu ainda mais tarde. Apenas em 2006, por meio da Portaria 971, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi instituída pelo governo federal. Três anos depois, foi criado também o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. De acordo com o governo, o objetivo das medidas era “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”. Além disso, a portaria de 2006 visava inserir as plantas medicinais, os fitoterápicos, a homeopatia, a acupuntura, o termalismo e outras práticas no Sistema Único de Saúde (SUS). No caso dos medicamentos fitoterápicos, isso só veio a ocorrer em 2012, apenas com 12 substâncias.
O QUE É? Para que um medicamento possa ser considerado um fitoterápico, é fundamental que ele tenha sido obtido a partir do uso exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. É importante saber que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia, pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas, sim, seus derivados (tintura, óleo, suco e outros). “Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais”, ressalta a integrante da Comissão Assessora de Fitoterápicos e Plantas Medicinais do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP), Dra. Caroly Cardoso. Todos os medicamentos fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia ou são produtos industrializados. O processo de fabricação industrial evita contaminações por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso. No Brasil, para que um medicamento fitoterápico seja regular, ele deve ser registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser comercializado e seguir critérios similares aos medicamentos convencionais quanto à qualidade, segurança e eficácia. 7
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CONCEITO
No caso dos fitoterápicos, a reprodutibilidade e constância de sua qualidade são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações técnico-científicas ou evidências clínicas.
COMO SÃO OBTIDOS? Em um processo industrial, antes das plantas se tornarem um medicamento fitoterápico, elas são submetidas a determinados processos que avaliam uma possível potencialidade terapêutica. Para tanto, é preciso seguir algumas etapas, que envolvem botânica, farmácia, ensaios biológicos pré-clínicos e etapa clínica: • Coleta da planta; • Identificação botânica; • Estabilização da planta (secagem, congelamento, liofilização, etc.); • Moagem; • Processo de extração; • Análise qualitativa dos extratos; • Isolamento dos componentes ativos; • Purificação; • Avaliação de toxicidade. “A produção de um fitoterápico é mais complexa do que a de qualquer outro medicamento, porque a matéria-prima, neste caso, começa na planta medicinal, então o cuidado tem início já na correta identificação da espécie seguida de sua produção, no campo de cultivo”, conta a Dra. Caroly. Um dos desafios do processo é identificar qual o princípio ativo de cada planta e em qual parte do vegetal ele se encontra em maior proporção. “Às vezes, se utiliza somente a folha, ou o rizoma ou qualquer outra parte e também pode-se usar a planta inteira, se o teor de princípio ativo estiver distribuído de maneira uniforme por toda a planta”, explica Maria Aparecida, da FCF-USP. A partir daí, tem-se muitas etapas até chegar na obtenção do extrato vegetal, e para, em seguida, produzir o medicamento fitoterápico. A fabricação de um fitoterápico envolve a produção no campo e depois a produção industrial, tudo com rigoroso critério de qualidade. “Não é um processo rápido e simples porque a planta apresenta inúmeros componentes que poderão ser necessários para a produção da resposta farmacológica e será preciso identificá-los e isolá-los. O estudo demanda uma concentração de esforços no sentido das dificuldades normalmente presentes para o isolamento 8
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do(s) ativo(s), sua comprovação farmacológica, segurança e eficácia terapêutica, e quais os benefícios adicionais estariam vinculados à sua utilização”, completa.
DIFERENÇAS ESCLARECIDAS Tanto o medicamento tradicional como o fitoterápico são alopáticos – aqueles inseridos no axioma enunciado por Hipócrates. Ou seja, trabalham em cima do conceito de cura pelo contrário. “Isso quer dizer que se eu estou com uma inflamação, devo utilizar um medicamento que tenha ação contra esse problema, por isso é prescrito, então, um anti-inflamatório”, explica Maria Aparecida. Nesse sentido, o medicamento fitoterápico se assemelha aos convencionais. A diferença surge quando é analisada a composição dos fármacos. Diferente da maioria dos alopáticos, que utiliza medicamento obtido a partir de síntese química, os fitos têm origem natural. “Ambos são produtos farmacêuticos, tecnicamente elaborados, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos, no entanto, o fitoterápico só pode conter na sua formulação matérias-primas vegetais”, detalha. Pela origem natural, os fitoterápicos são comumente confundidos com produtos homeopáticos, mas trata-se de um engano. Em primeiro lugar, os medicamentos homeopáticos não são considerados alopáticos, pois seguem um sistema médico complexo de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e no uso da Lei dos Semelhantes enunciada por Hipócrates, no século 6 a.C.
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NA PRÁTICA Para exemplificar o processo de fabricação de um fitoterápico, a diretora de marketing da Natulab, Ivana Marques, revela como funciona a produção dentro da empresa.
1. O processo tem início com a seleção do extrato padronizado, que será utilizado como Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV), podendo ser de origem nacional ou estrangeira, desde que tenha sido produzido por empresas devidamente autorizadas para este fim.
2. O extrato selecionado em primeira instância passa por avaliação interna de características físico-químicas, microbiológicas e regulatórias, para averiguar se o mesmo atende a todos os pré-requisitos legais que permitam utilizá-lo como insumo na fabricação de um medicamento fitoterápico.
3. São realizados os estudos de pré-formulação, definição da composição da formulação e processo de fabricação para gerar o produto acabado.
4. Após concluir essas definições em escala laboratorial, será realizado o scale-up para manufaturar o lote-piloto (escala industrial), onde amostras serão coletadas e submetidas aos estudos e testes analíticos que gerarão as informações para fundamentar a confecção do dossiê de registro do produto, o qual será encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
5. Sendo analisado e deferido por esse órgão, a empresa estará autorizada a colocar o produto no mercado.
“Esse método terapêutico foi desenvolvido há mais de 200 anos pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que estudou, experimentou em si mesmo e descreveu diversas substâncias extraídas da natureza”, conta a farmacêutica. Outra grande diferença são as substâncias utilizadas pela homeopatia. Os medicamentos podem se originar tanto de plantas como de animais ou minerais e passam por um processo especial de preparação, denominado
“dinamização”. Portanto, medicamento homeopático e alopático são completamente distintos. Outro erro comum é considerar que plantas medicinais, capazes de aliviar ou curar enfermidades e com tradição de uso como medicamento em uma população ou comunidade, são fitoterápicos. Uma planta medicinal só pode ser considerada fitoterápico quando passar pelo processo de industrialização e, em seguida, ser registrado na Anvisa antes de ser comercializado. 9
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DEMANDA
PACIENTES-ALVO OS FITOTERÁPICOS PODEM SER UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS MAIS DIVERSAS PATOLOGIAS, MAS SÃO COMUMENTE EMPREGADOS EM CASOS DE DOENÇAS CRÔNICAS OU QUE EXIJAM USO PROLONGADO DE MEDICAMENTO, POR APRESENTAREM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MENOR RISCO DE DEPENDÊNCIA
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 70% e 90% da população dos países em desenvolvimento, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, faça uso das plantas medicinais, muitas vezes pelas práticas populares representarem o único recurso de acesso a tratamentos de saúde. Além disso, uma forte corrente que busca terapias menos agressivas, motivada até mesmo por modismos, provoca o crescimento dos fitoterápicos. De uma maneira geral, esse tipo de medicamento é mais utilizado no combate de distúrbios mais leves,
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como, por exemplo, desarranjos gastrointestinais, prisão de ventre, dores lombares, varizes, tosses, alguns tipos de inflamações ou como cicatrizantes e calmantes leves. Os fitoterápicos também são buscados por pacientes que necessitam fazer uso frequente ou contínuo de medicamentos, como no tratamento de doenças crônicas e déficits cognitivos, pois além de oferecerem a mesma segurança e eficácia dos medicamentos convencionais, provocam menos efeitos colaterais e menor chance de dependência. “Muitas vezes, o medicamento fitoterápico é escolhido prioritariamente em razão de apresentar menoIMAGENS: SHUTTERSTOCK
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PERFIL DOS USUÁRIOS DE FITOTERÁPICOS A maioria dos pacientes é de mulheres de meia idade, que buscam tratamentos mais seguros para problemas característicos, como:
• Tensão Pré-Menstrual (TPM)
• Obstipação intestinal crônica
• Ansiedade • Enxaqueca
Das formas farmacêuticas mais prescritas: • Cápsula (59%); • Solução de uso interno (16,53%); • Xarope (8,33%); foram as mais dispensadas.
• Sintomas ligados ao climatério
• Dificuldades com o sono
Entre os especialistas que mais prescrevem, encontram-se os pediatras, clínicos gerais, dermatologistas e ginecologistas.
Fontes: Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito); e Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
res efeitos colaterais e uma ação mais branda em situações de uso crônico. Considerando um processo reumático com dores intensas em um indivíduo que apresenta, por exemplo, problemas gástricos e sendo um problema crônico, apesar dos medicamentos de origem sintéticas serem mais efetivos, haverá maior manifestação de efeitos adversos o que, muitas vezes, inviabilizará sua utilização e, talvez, a opção terapêutica mais indicada seja o uso de um medicamento fitoterápico”, destaca a professora titular e farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola da Universidade de São Paulo (FCF-USP), Maria Aparecida Nicoletti. Apesar dos fitoterápicos serem indicados com mais frequência para doenças de menor gravidade e/ou de evolução crônica, existem exceções como o Viscum album, fitoterápico usado por 80% dos pacientes com câncer na Alemanha – país precursor da fitoterapia científica.
“Outro exemplo que está emergindo recentemente é o uso da Cannabis sativa (princípio ativo da maconha) em doenças graves, como a síndrome de Gravet, crises epilépticas refratárias, esclerose múltipla e câncer, entre tantas outras”, destaca o médico cofundador e primeiro presidente da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito), José Roberto Lazzarini Neves, que garante que, em breve, serão comprovados cientificamente muitos outros usos dos medicamentos fitoterápicos produzidos a partir da Cannabis. “Muita coisa tem sido pesquisada nesse campo, criando uma robustez de evidências científicas.”
ALTERNATIVA CONSIDERÁVEL Além de ser eficaz tanto no combate de males mais simples aos mais complexos, os fitoterápicos também podem ser utilizados como tratamento auxiliar ao feito com medicamentos tradicionais, 11
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DEMANDA
As plantas com maior frequência nas prescrições são: • Uncaria tomentosa (unha-de-gato): usada no tratamento de abscessos, artrite, asma, inflamações e reumatismo. • Camellia sinensis (chá verde): para tratar dores de cabeça, no corpo, auxiliar a digestão. Também funciona como desintoxificante do organismo e energizante. • Valeriana officinalis (valeriana): usada como sedativo e ansiolítico. • Casearia sylvestris (guaçatonga): eficaz contra afta, artrite, doenças de pele e diarreia. • Hamamelis: auxilia no trato de ferimentos superficiais da pele, hemorroidas, varizes ou queimaduras. • Echinacea (equinácea): para tratar doenças respiratórias, constipação e picadas de cobra. • Calendula officinalis (calêndula): ajuda no tratamento de acne, aftas, gastrite, dermatite, úlceras, psoríase, rachaduras no seio e varizes. • Garcinia cambogia (garcinia): utilizada como um moderador de apetite por quem deseja perder peso. • Chamomilla recutita (camomila): possui efeito sedativo, analgésico, anti-inflamatório e anti-séptico. • Ginko biloba: muito indicada para combater problemas psico-comportamentais de senilidade, como pouca concentração e memória fraca. • Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia): tratar insuficiência vascular como, por exemplo, úlceras venosas, hemorroidas, varizes e inflamação.
• Tribullus terrestres (abre-os-olhos): considerada um ‘Viagra’ natural. Também funciona como suplemento para melhorar o desempenho esportivo. • Gymena sylvestris (gymena): usada para controlar o açúcar do sangue, aumentando a produção de insulina. • Passiflora (maracujá): possui propriedades ansiolíticas e sedativas, muito indicadas para o tratamento da insônia. • Hypericum perforatum (hipérico): usada no tratamento da depressão leve a moderada, ansiedade e insônia. Em forma tópica, funciona como um bom adstringente. • Maytenus ilicifolia (espinheira-santa): útil no combate a dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação. • Erythrina mulungu (mulungu): eficaz no tratamento de problemas psicológicos relacionados com o estresse. • Ilex paraguariensis (pholina negra): é um indutor de saciedade que auxilia na perda de peso. • Arnica: tem efeito analgésico e anti-inflamatório, contribui para alívio de dores, inchaço e redução de hematomas. • Rhamnus purshiana (cáscara sagrada): ajudar no tratamento de prisão de ventre, inchaço abdominal, fluxo menstrual desregulado, hemorroidas, problemas de fígado e dispepsia.
Das 20 espécies mais utilizadas, dez apresentam risco de interação medicamentosa.
Fontes: Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito); e Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
desde que o profissional de saúde assegure que não há risco de interação. E mais importante que isso, é fundamental que o paciente tenha a consciência de que os fitoterápicos não são mais brandos por terem origem natural. “Para o consumidor, ainda existe o mito de que a planta é inofensiva, e este mito carrega a ilusão de que um produto fito é menos prejudicial ao organismo do que um produto de origem sintética. 12
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Ambos os produtos podem ser seguros e eficazes”, avalia a diretora comercial do Aché, Vânia Machado. Para evitar problemas devido ao desconhecimento da população, o profissional de saúde precisa explicar que os extratos vegetais apresentam substâncias químicas sintetizadas pelas plantas, com atividade farmacológica e que também podem causar efeitos indesejados, ditos colaterais, e até interações com outras substâncias.
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ACESSO
CORRIDA DE
OBSTÁCULOS ENQUANTO EM ALGUNS PAÍSES DA EUROPA OS FITOTERÁPICOS REPRESENTAM UM TERÇO DE TODOS OS MEDICAMENTOS VENDIDOS, NO BRASIL, A CATEGORIA AINDA PRECISA DRIBLAR ALGUMAS BARREIRAS PARA ALCANÇAR O DEVIDO POTENCIAL
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om mais de 50 mil espécies de plantas espalhadas pelas florestas brasileiras, o País conta com a maior biodiversidade do planeta. O conjunto da utilização dessa abundância natural poderia render R$ 2 trilhões ao ano aos cofres brasileiros, valor que corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB) atual do Brasil. No entanto, somente 10% dessa biodiversidade é conhecida e não há nenhuma iniciativa do governo voltada para a criação e coordenação de pesquisas direcionadas. Não bastasse a falta de incentivo à exploração da biodiversidade nacional, o mercado de fitoterápicos ainda precisa lidar com diversas outras barreiras. A principal delas é a resistência de boa parte da classe médica, que se mantém fiel aos medicamentos convencionais e hesita em prescrever fitoterápicos. De acordo com a farmacêutica da Universidade de São Paulo (USP) e médica especialista em clínica médica com mestrado em Saúde Coletiva pela Santa IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Casa de São Paulo, Dra. Karina Kiso, essa descrença dos médicos é proveniente da formação recebida nas universidades, aliada à forte influência da indústria farmacêutica. “A ‘medicina tradicional’ ensinada nas escolas médicas dita regras a partir de um conhecimento baseado em evidências científicas, sendo grande parte dele patrocinado pela indústria farmacêutica, sem abrir discussões mais holísticas sobre o cuidado integral do paciente e, muitas vezes, desqualificando o conhecimento cultural e tradicional sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos”, opina. A falta de adesão da classe médica cria outro obstáculo: o desconhecimento da população a respeito dessa categoria de medicamento. Segundo a diretora comercial do Aché, Vânia Machado, a resistência não se dá pela falta de percepção de eficácia. “Culturalmente em outros países, como na Alemanha, por exemplo, o uso de produtos naturais é mais difundido na classe médica, pois a fitoterapia está inserida no ensino acadêmico e na prática terapêutica. Uma vez que os médicos conheçam bem o produto, o consumidor é influenciado”, afirma. O resultado desse comportamento é nítido. Enquanto na Alemanha os fitoterápicos representam 1/3 de todos os medicamentos comercializados, no Brasil, a categoria representa apenas 2,5% do mercado farmacêutico nacional. “Ainda há uma impressão errada de que os fitoterápicos não têm qualidade ou comprovação científica, ou seja, não passaram por todas as fases de desenvolvimento antes de irem parar nas prateleiras das farmácias”, lamenta Vânia. Além de precisar do apoio da classe médica, a população poderia ser mais bem informada se o farmacêutico também dispusesse de maior conhecimento a respeito da categoria. Por apresentar diferentes padronizações e concentrações de ativos, o fitoterápico carece dessa informação. “Muitas vezes, a farmácia não sabe diferenciar a potência entre dois fitos com origem na mesma planta e, em outras ocasiões, confunde até medicamentos com não medicamentos”, alerta o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi, citando o exemplo da arnica gel. “Existem medicamentos de arnica com indicação terapêutica, mas também cosméticos à base de arnica, sem nenhuma atividade terapêutica. E ambos são frequentemente expostos lado a lado e vendidos sem distinção.”
REGRAS SOBRE VENDA E DISPENSAÇÃO DE FITOTERÁPICOS De acordo com a integrante da Comissão Assessora de Fitoterápicos e Plantas Medicinais do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Dra. Caroly Cardoso, não há diferenças quanto à dispensação dos fitoterápicos. “O farmacêutico tem o conhecimento e treinamento para orientar com segurança o paciente quanto ao uso de medicamentos, seja ele fitoterápico ou não.” Assim como ocorre com os medicamentos convencionais, existem fitoterápicos que são isentos de prescrição médica e há aqueles que necessitam da prescrição para ser dispensados. No entanto, a maioria dos fitoterápicos não necessita de indicação do profissional de saúde e fica à disposição do consumidor nas gôndolas da farmácia, ou seja, a orientação farmacêutica é primordial para assegurar o tratamento adequado ao paciente. “Há muito espaço para crescimento dos fitoterápicos, mas é preciso um maior conhecimento por parte dos farmacistas em relação à qualidade e diferenciação dos produtos, para não comprometer o futuro brilhante que os fitoterápicos podem ter no arsenal terapêutico de médicos, farmacêuticos e nutricionistas”, destaca o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi.
Os obstáculos enfrentados pelos fitoterápicos, infelizmente, não param por aí. Outro fator que dificulta uma maior expansão desse mercado são as rigorosas normas de controle impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A alta regulamentação é necessária, mas de acordo com o médico cofundador e primeiro presidente da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito), Dr. José Roberto Lazzarini Neves, é preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre normas rigorosas demais e falta de controle dos produtos que estão no mercado. 15
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ACESSO CRESCIMENTO DO MERCADO DE FITOTERÁPICOS Indústria em geral cresceu
movimentando
em
R$ 1,8 bilhão
9% 2016
e ocupando
2,5% Em
2017 do mercado farmacêutico total
a expectativa é de voltar a crescer a dois dígitos
Fonte: Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito)
HORIZONTE FAVORÁVEL
fitos estão ganhando espaço junto à medicina tradicional. Cada vez mais são reconhecidos sua importância e valor.” Apesar dos obstáculos, o mercado de fitoterápicos apresenta crescimento constante ano a ano. Os Uma prova disso foi dada pelo governo pelo Sismedicamentos de origem natural isentos de prescritema Único de Saúde (SUS), que, desde 2012, incluiu alguns fitoterápicos na Relação Nacional de Medicação mostram bom crescimento em volume, impulmentos (Rename). O único problema é que o sionados, principalmente, pelos baixos preincentivo estagnou. ços e altos descontos comerciais, o que NA “Inicialmente, eram 12 medicamentos os assemelha aos genéricos. ALEMANHA, Já no caso dos fitos que exigem e os médicos do SUS eram capacitaOS FITOTERÁPICOS indicação médica, a indistinção em dos por meio de cursos organizados REPRESENTAM 1/3 DE TODOS OS relação ao sintético tem aumenpela Sobrafito, entre outras instituiMEDICAMENTOS COMERCIALIZADOS, tado aos poucos, diminuindo a ções. Porém, já há alguns anos, não temos mais a adição de novos fitotedistância dos medicamentos étiNO BRASIL, A CATEGORIA cos de prescrição. rápicos na lista e os cursos pararam de REPRESENTA APENAS 2,5% DO Em 2016, o setor de fitoterápicos ser ministrados”, ressalva o Dr. Neves, MERCADO FARMACÊUTICO movimentou R$ 1,8 bilhão, com cresda Sobrafito. cimento aproximado de 9% em relação Mas se de um lado falta incentivo do a 2015. A diretora de marketing da Natulab, governo, as indústrias já perceberam que há Ivana Marques, é muito otimista quanto ao futuro uma imensa oportunidade de crescimento, prinda categoria no Brasil. “O mercado de fitoterápicos está cipalmente porque muitos fitoterápicos que existem em expansão e esses medicamentos têm virado uma na Europa e Estados Unidos ainda não foram lançaopção cada vez mais reconhecida pelos médicos. Os dos por aqui. 16
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PONTO DE VENDA
O FITOTERÁPICO NA FARMÁCIA EXPOSIÇÃO CORRETA E EQUIPE PREPARADA SÃO ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ALAVANCAR A VENDA DESSA CLASSE MEDICAMENTOSA NAS FARMÁCIAS BRASILEIRAS
A
lém de terem de driblar a resistência de parte da classe médica e a falta de conhecimento da população em geral, os medicamentos fitoterápicos precisam superar um terceiro obstáculo para, enfim, conquistar presença definitiva dentro do mercado de saúde no Brasil: a exposição no ponto de venda (PDV). Escondida em meio às centenas de medicamentos tradicionais que ocupam a maior parte das prateleiras de uma farmácia, a categoria de produtos de origem natural acaba tendo pouca visibilidade. Com a exposição inadequada, todos saem perdendo. O varejista deixa de explorar um nicho que apresenta crescimento constante, muito impulsionado pela tendência de produtos naturais e estilo de vida saudável. Já o consumidor segue amarrado aos medicamentos tradicionais, desconhecendo uma categoria que entrega eficiência, segurança, menos efeitos colaterais e preço inferior. “É uma categoria em expansão, mas se o consumidor não perceber o produto na exposição, a venda ficará difícil”, resume a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa.
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EXPOSIÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
FARMÁCIA DOR DE CABEÇA
GRIPES E RESFRIADOS
DOR DE GARGANTA
Medicamentos de referência, genéricos, similares e fitoterápicos devem ser sempre expostos juntos, separados por patologia e indicação.
ESPAÇO VERDE
A exposição por marca só deve ocorrer no caso de produtos já consagrados e bem conhecidos do público geral, o que normalmente ocorre com medicamentos de referência ou similar.
Caso a farmácia tenha uma área livre, vale criar o “espaço verde”, onde podem ser expostos outros produtos naturais e especiais, como chás e alimentos.
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PONTO DE VENDA
Enquanto medicamentos tradicionais contam com marcas consagradas e grandes verbas de publicidade, muitos dos fitoterápicos são lançados sem qualquer propaganda e sobrevivem apenas da informação na embalagem e da comunicação de materiais de gôndola. Logo, a boa comunicação dentro do PDV torna-se vital para um bom desempenho de venda. “Se a embalagem for ruim ou se não tiver nem uma faixa de gôndola para informar, a coisa complica”, alerta.
Caso a farmácia tenha uma área livre, vale investir na ideia de criar um “espaço verde”, onde podem ser expostos outros produtos naturais e especiais, em alta entre os consumidores.
PAPEL DO FARMACÊUTICO
A prescrição médica é fundamental para a disseminação no mercado nacional, mas o farmacêutico também exerce papel importante junto à população. “É preciso que os profissionais tenham um bom conhecimento no EXPOSIÇÃO CERTEIRA momento de indicar ao paciente o produto adequado Sempre atenta às movimentações de mercado, a para a sua necessidade”, destaca Geraldi. “O farmacêutico pode e deve colaborar com o crescidiretora de marketing da Natulab, Ivana Marques, mento desse mercado, estudando, orientando a popuacredita que as farmácias já perceberam o potencial lação e, principalmente, se assegurando que o extrato da categoria e estão buscando novas formas de expor dispensado atende aos padrões de qualidade exigidos esses produtos no intuito de captar maior atenção do consumidor e potencializar a sua visibilidade. “Esse e necessários para o uso seguro dos pacientes”, comcenário aponta para que os fitos ganhem mais plementa o médico cofundador e primeiro preespaço e o mercado continue expandindo sidente da Associação Médica Brasileira de COM nos próximos anos.” Fitomedicina (Sobrafito), Dr. José Roberto A EXPOSIÇÃO Lazzarini Neves. Os varejistas que não querem ficar de INADEQUADA, TODOS SAEM Como os cursos de farmácia e a prófora dessa oportunidade de negócio PERDENDO. O VAREJISTA DEIX A DE devem seguir alguns princípios básipria atividade profissional cotidiana cos para garantir a visibilidade que levam ao conhecimento mais profundo EXPLORAR UM NICHO QUE APRESENTA a categoria merece. a respeito dos medicamentos tradicioCRESCIMENTO CONSTANTE. JÁ O nais e não dos fitoterápicos, uma dica Em primeiro lugar, é preciso abanCONSUMIDOR SEGUE AMARRADO para aqueles que desejam obter maior donar qualquer tentativa de expor AOS MEDICAMENTOS produtos de acordo com a marca. Essa conhecimento a respeito da categoria é TRADICIONAIS técnica só tem resultado quando se tratraçar parcerias com os fabricantes. tam de itens consagrados, bem conhecidos “As indústrias que investem nos PDVs devem do público geral. “Genéricos, similares e fitoterátreinar as equipes de loja para conhecer a fundo e picos devem ser sempre expostos por patologia, porsaber ofertar os produtos. As lojas interessadas podem que é assim que o consumidor os procura”, aconsepedir esse apoio aos seus parceiros fornecedores”, orienta lha Regina, do IEV. a especialista do IEV. Para os fitoterápicos isentos de prescrição, é essenDe acordo com Vânia, do Aché, fornecer treinamentos cial que estejam expostos no autosserviço – seção de aos balconistas e farmacêuticos é fundamental, principalMedicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). “Além disso, mente, porque as dúvidas dos consumidores são mais freo varejista que apostar na organização, com frentes e quentes para esse tipo de produto. estoques corretos dos produtos e utilizando materiais A proximidade com a indústria também ajuda o farmade comunicação para que o cliente consiga encontrar cêutico a conhecer mais de perto o trabalho das emprefacilmente a categoria/produto desejada, certamente sas produtoras, certificando-se da origem dos extratos e da realização de testes de qualidade. proporcionará uma melhor experiência de compra para o cliente e aumentará o faturamento de sua loja”, orienta Geraldi, do Herbarium, destaca a importância de se traa diretora comercial do Aché, Vânia Machado. balhar somente com os produtos em que o varejista realmente confia. “Muitas vezes, a concentração e a quanOutra dica é que os medicamentos de origem natutidade de ativos de um determinado produto permitem ral não precisam estar separados dos convencionais. uma precificação muito competitiva. Porém, o item pode “O ideal é agrupar os produtos de acordo com sua apresentar eficácia ou segurança duvidosa, o que acaba indicação, lado a lado com os concorrentes não fitos”, afirma o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi. depondo contra o próprio estabelecimento e a categoria.” 20
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CURIOSIDADES
OS SEGREDOS
DOS FITOTERÁPICOS QUANDO SE TRATAM DE MATÉRIAS-PRIMAS NATURAIS, CUIDADOS NO PLANTIO, COLHEITA, MANIPULAÇÃO E PARTE DA PLANTA UTILIZADA, HÁ ALTERAÇÃO NO RESULTADO FINAL OBTIDO, POR ISSO O CONTROLE SOBRE A FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS É ALTO
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A
flora brasileira abriga uma riqueza imensurável quando se fala de tratamentos médicos naturais. As florestas do País guardam a maior biodiversidade do planeta, com mais de 50 mil espécies de plantas. Entre toda essa variedade, apenas 10% dos vegetais já têm a propriedade conhecida e explorada pelos fabricantes de medicamentos fitoterápicos. Para que seja possível extrair o melhor dessas plantas, é preciso seguir um processo rigoroso, desde o plantio até a manipulação dos extratos. Qualquer mudança dentro do processo altera o resultado final desejado. “Para cada parte da planta a ser usada, grupo de princípio ativo a ser extraído ou doença a ser tratada, existem forma de semeadura, preparo do solo, ponto de colheita e manipulação para extração mais adequados”, explica a farmacêutica da Universidade de São Paulo (USP) e médica especialista em clínica médica com mestrado em Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo, Dra. Karina Kiso. A parte da planta a ser utilizada também tem grande influência no tipo de medicamento que se quer obter, isto porque a distribuição das substâncias ativas numa planta pode ser bem irregular. Alguns grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em partes específicas: os flavonoides, de maneira geral, estão mais concentrados na parte aérea da planta. Na camomila, as substâncias estão mais concentradas nas flores. “É necessário conhecer que parte deve ser colhida para que se possa estabelecer o ponto ideal. O estágio de desenvolvimento é muito importante a fim de que se determine o ponto da colheita, principalmente, em plantas perenes e anuais de ciclo longo, em que a máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase do desenvolvimento”, complementa a Dra. Karina.
INSUMOS EM DETALHES Existem exemplos práticos que mostram como o ponto de colheita varia de acordo com o órgão da planta, estágio de desenvolvimento e época do ano e hora do dia. O jaborandi, por exemplo, planta de pequeno porte cujas propriedades auxiliam no combate ao ressecamento dos olhos, boca e pele, apresenta baixo teor de pilocarpina (alcaloide) quando jovem. Ou seja, se extraída em um estágio inicial de desenvolvimento, essa planta não terá a mesma eficácia no tratamento, pois ainda possui pouca quantidade do princípio ativo. Já o alecrim, mais comumente utilizado in natura na culinária, apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das exceções entre as plantas medicinais de um modo geral. Esse óleo tem diferentes aplicações, como combate à caspa, crescimento dos fios, alívio de sinais de acne e celulites e ainda é eficaz no tratamento
de enxaquecas, pressão baixa, retenção de líquidos e problemas no aparelho respiratório. Outro exemplo das sutilezas da utilização das plantas como medicamento é a existência da Passiflora incarnata e da Passiflora alata. O nome semelhante se deve ao fato de que ambas as substâncias são obtidas do maracujá, mas de espécies diferentes da fruta. Ambas possuem uma boa quantidade de flavonoides, por isso são indicadas para casos semelhantes, como tratamento da insônia, ou seja, com a mesma atividade farmacológica. No entanto, nem sempre espécies da mesma família botânica têm o mesmo uso. “O maior perigo é quando se usa uma espécie da mesma família botânica, mas sem as mesmas substâncias, podendo não ter a atividade esperada, ou pior, apresentar uma alta toxicidade”, alerta a integrante da Comissão Assessora de Fitoterápicos e Plantas Medicinais do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Dra. Caroly Cardoso. Outro caso que ganhou repercussão nos jornais recentemente foram os medicamentos à base de canabidiol, um dos 80 princípios ativos encontrados na maconha. Quando utilizada isoladamente, a substância apresenta resultados positivos no tratamento de certas doenças neurológicas graves. Já a planta da maconha usada em toda a integridade é considerada entorpecente e psicotrópica. Além dos cuidados no plantio e na colheita, a manipulação dos fitoterápicos também deve respeitar algumas regras importantes. As infusões, os xaropes, as tinturas, entre outros processos de fabricação, devem ser realizados em recipientes de ágata, vidro, inox, porcelana ou cerâmica. Peças de ferro e alumínio podem reagir com algumas plantas e produzir substâncias tóxicas. “O farmacêutico é fundamental para acompanhar todas as etapas dessa cadeia produtiva, trabalhando em conjunto com outros profissionais envolvidos no processo”, lembra a Dra. Caroly.
ASPECTOS REGULATÓRIOS Devido a tantas particularidades no processo de fabricação dos fitoterápicos, as normas de controle impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são bem rigorosas. Apesar de admitir que a forte regulação atrapalhe a expansão do mercado, a Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito) defende uma forte fiscalização, pois muitos extratos não conseguem manter a reprodutividade da qualidade. “Essa é uma dificuldade geral. Nos Estados Unidos e Europa, o problema é o mesmo. Fontes duvidosas dos extratos, a grande maioria dos casos de origem asiática, são suspeitas de fraude e contaminação”, conta o médico cofundador e primeiro presidente da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito), Dr. José Roberto Lazzarini Neves. 23
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INFORME PUBLICITÁRIO
FITOTERÁPICO EM ALTA NAS GÔNDOLAS s distúrbios de ansiedade atingem cerca de 20% da população, segundo dados do estudo Mental Healthy Survey, realizado em São Paulo. O ambiente competitivo, inseguro e conturbado das grandes cidades é um catalisador do problema, que apresenta os mais variados sintomas. Entre os sinais mais comuns, estão agressividade, apreensão, impulsividade, irritabilidade, medo de perder o controle, receio de morrer, pânico, prejuízo da atenção e preocupações desnecessárias e exageradas. Ciente da alta prevalência da ansiedade e do incômodo que o quadro traz ao paciente, a Herbarium possui no portfólio um medicamento formulado especialmente para combater este mal: o Maracujá Herbarium, fitoterápico fabricado a partir da Passiflora incarnata. Esse medicamento clássico é utilizado há centenas de anos ao redor do mundo, mas recentemente tem sido alvo de estudos que comprovam sua eficácia. Pesquisas confirmam que a Passiflora incarnata tem ação no sistema nervoso central, por meio de flavonoides, e no controle de uma enzima que melhora os sintomas da ansiedade e da insônia, devido à molécula de benzoflavona tri-substituída*. Tais elementos fazem parte de um fitocomplexo presente no maracujá. “Esse conjunto de substâncias é capaz de atuar farmacologicamente sobre circuitos nervosos envolvidos tanto na ansiedade quanto nos mecanismos do sono e da regulação emocional”, explica a neurologista e diretora médica da Herbarium, Dra. Jackeline Barbosa. O Maracujá Herbarium possui 320 mg de Passiflora incarnata, concentração maior que a média de mercado. “As
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IMAGENS: DIVULGAÇÃO
MARACUJÁ HERBARIUM DOBROU A DEMANDA NO ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2016 E ESTÁ ENTRE OS FOCOS DA EMPRESA PARA 2017
doses indicadas na bula do medicamento são aquelas que foram comprovadas como eficazes e seguras em diversos estudos científicos”, esclarece a Dra. Jackeline, destacando que a apresentação do Maracujá Herbarium permite uma flexibilidade no tratamento, de acordo com as necessidades de cada paciente, sem causar risco de dependência, mesmo quando sua administração é interrompida de forma abrupta.
NO PONTO DE VENDA As ações calmantes e ansiolíticas do maracujá são popularmente conhecidas, logo, contar com um medicamento com o nome Maracujá, ainda mais associado à marca Herbarium, passa segurança ao paciente e completa o mix de produtos no ponto de venda (PDV). Para melhorar ainda mais a identificação do medicamento, o Maracujá Herbarium passou por reformulação de embalagem. Antes, pertencia à linha tradicional da empresa, caracterizada pelas embalagens amarelas. Hoje, já repaginado, deve ser exposto na categoria dos calmantes naturais. O Maracujá Herbarium dobrou sua demanda no último trimestre de 2016 e está entre os focos da empresa para 2017, segundo dados fornecidos pelo laboratório. Outra informação valiosa ao varejista é que mesmo sendo fabricado a partir de matéria-prima importada e cumprindo todos padrões internacionais de qualidade, o produto chega às prateleiras com um preço acessível devido a fatores como otimização dos processos fabris, volume de produção e parceria produtiva do laboratório com os fornecedores.
* J Pharm Pharmaceut Sci 6-2:215-222, 2003.
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INDICAÇÃO
A ABRANGÊNCIA
DOS FITOTERÁPICOS
COM BOM CUSTO-BENEFÍCIO, POUCOS EFEITOS COLATERAIS E GRANDE SINERGIA COM MEDICAMENTOS TRADICIONAIS, O USO DE PRODUTOS DE ORIGEM NATURAL PODE SER UM ALIADO PARA AS MAIS DIVERSAS PATOLOGIAS
A
procura por produtos de origem natural é uma tendência mundial que engloba diversas frentes, como alimentação, vestuário e saúde. Neste terceiro nicho, os fitoterápicos se destacam e apresentam crescimento contínuo. No entanto, especialistas garantem que as vantagens de se realizar um tratamento com medicamentos fabricados a partir de plantas vão além da matéria-prima de origem natural. O benefício mais facilmente notado é o custo do produto. Por exigir menos gastos com pesquisa do que os medicamentos de substâncias sintéticas, os fitoterápicos chegam às prateleiras com um preço menor do que os produtos sintéticos. Outro ponto positivo é a boa sinergia que os fitoterápicos têm com medicamentos tradicionais, reduzindo, em muitas situações clínicas, a dosagem necessária para manejo dos sintomas. “As vantagens dos fitoterápicos estão relacionadas à incorporação da tradição popular no controle de sintomas, tendo efeito tanto científico, baseado em evidência clínica, quanto efeito placebo de melhora”, complementa a far26
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macêutica da Universidade de São Paulo (USP) e médica especialista em clínica médica com mestrado em Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo, Dra. Karina Kiso. Para pacientes que necessitam fazer uso frequente ou contínuo de medicamentos, no caso de tratamento de inflamações crônicas, déficits cognitivos, entre outros, a utilização dos fitoterápicos é altamente indicada, pois a categoria traz maior segurança no uso em longo prazo, pois, em geral, apresenta menos efeitos adversos e contraindicações quando comparada com os medicamentos de origem sintética. “Além disso, os pacientes pediátricos, muitas vezes, podem fazer uso de medicamentos fitoterápicos em patologias nas quais os médicos ainda não têm segurança para prescrever um sintético”, destaca o presidente da Herbarium, Marcelo Geraldi.
AÇÃO E PATOLOGIA Os medicamentos fitoterápicos podem ser utilizados para diversas doenças com complexidades diferentes, desde patologias mais simples até as de maior complexidade ou crônicas. Veja, a seguir, a recomendação de tratamento para alguns sintomas e males bem comuns entre a população em geral. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ANSIEDADE E ESTRESSE
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ansiedade patológica, assim como o estresse, tem alta prevalência nos tempos atuais, devido à aceleração do pensamento, ao excesso de informações, à sobrecarga de problemas, baixa resiliência e falta de treinamento em inteligência emocional. De acordo com o médico especialista em homeopatia, fitoterapia e acupuntura pela Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Roberto Debski, estima-se que cerca de 20% da população mundial, em algum momento, passará por um episódio ansioso, que comprometerá a saúde e o bem-estar. “As pessoas ansiosas vivem no futuro, preocupadas (préocupadas), imaginando problemas que ainda não ocorreram, mas que, em suas mentes, não terão solução. O ansioso tem um ‘excesso de futuro’, um futuro tenso e negativo, vivido antecipadamente e que traz sofrimento”, explica. Essa falta de percepção do presente e o desencontro entre o corpo e a mente podem ser desencadeadores de estresse. Pesquisas apontam que o estresse pode até ser algo positivo, pois nos prepara para enfrentar desafios, mas torna-se prejudicial quando há falta de preparo ou resiliência para suportá-lo. “Nessa situação, o estresse cresce e se torna crônico, desencadeando doenças, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, dores osteomusculares, entre outros males que roubam saúde e qualidade de vida”, alerta o Dr. Debski. Prevenção: há maneiras de se evitar cair nas armadilhas de um cotidiano corrido, evitando desenvolver ansiedade e estresse crônicos. Atividade física regular, alimentação saudável, sono de qualidade e boas relações afetivas são alguns dos caminhos, mas o Dr. Debski vai além: “Meditar é uma prática que ajuda muito a melhorar os sintomas e reduzir a reincidência de transtornos depressivos, ansiosos e do estresse”, garante. Tratamento: quando os males já estão instalados, é recomendável fazer uso de medicação e a fitoterapia fornece diversos recursos para se lidar melhor com a presença da ansiedade e do estresse no dia a dia. Segundo a Dra. Karina, da USP e Santa Casa, uma das indicações é a Passiflora incarnata. “Os efeitos farmacológicos são mediados via modulação do sistema GABA (tipo de neurotransmissor), incluindo afinidades aos receptores GABAA e GABAB, e sobre a recaptação de GABA.” O extrato de Valeriana officinalis também é capaz de interferir nos neurotransmissores cerebrais, e possui afinidade pelos receptores barbitúricos e receptores de GABA e benzodiazepínicos, aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica, tendo assim um efeito antiansiolítico, moderador do humor, relaxante muscular e facilitador do sono. “O extrato de Valeriana também apresentou afinidade com os receptores de serotonina e de melatonina, que têm relação com o sono, com a cognição e com a modulação do relógio circadiano (ciclo biológico de 24 horas)”, conta o Dr. Debski. Já, extrato de Rhodiola rosea tem propriedades adaptógenas, modulando a resposta ao estresse. “O uso dessa substância aumenta a capacidade de proteção do organismo contra diversos estressores, como os radicais livres, o frio, a atividade física intensa e, além disso, aumenta a capacidade física, diminui a fadiga e possui efeitos estimulantes.”
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INDICAÇÃO GRIPES E RESFRIADOS
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sses males tão comuns são causados por diferentes tipos de vírus. O resfriado é uma infecção benigna do trato respiratório superior, que, geralmente, afeta a garganta e o nariz. Pode ser causado por mais de 200 tipos diferentes de vírus, na maioria das vezes, um rinovírus, de transmissão respiratória, que entra no corpo pelas mucosas, quando levamos a mão contaminada ao rosto, ou através de gotículas no ar espalhadas pela tosse, fala ou pelos espirros. É ainda mais comum em crianças que ainda não desenvolveram bons hábitos de higiene e também durante o frio e em locais de aglomerações. Os sintomas, que englobam congestão nasal, coriza, dor de garganta, espirros, febre baixa, aparecem em até três dias após o contato e costumam durar até uma semana – podendo ser mais longo caso o acometido seja fumante. Já a gripe ou influenza é uma infecção do trato respiratório que apresenta sintomas mais graves, como febre alta acima de 38°C, dor muscular, de cabeça, de garganta, tosse seca e cansaço. O vírus causador é chamado Influenza ou H1N1 e pode causar complicações que colocam em risco a vida, principalmente em idosos, crianças, gestantes e doentes crônicos. Prevenção: os cuidados para evitar a gripe são semelhantes à prevenção do resfriado. De acordo com o Dr. Debski, deve-se incluir, no cotidiano, o hábito de lavar as mãos com água e sabão sempre que se tocar objetos de uso comum e tiver contato com outras pessoas. “Quando não for possível lavar as mãos, tenha consigo um frasco com álcool gel para a mesma finalidade.” Também é importante evitar ficar muito próximo a pessoas que estejam infectadas ou com sintomas respiratórios, como tosse, espirros ou febre, assim como não compartilhar utensílios que sejam de uso pessoal, talheres, copos, toalhas, roupas de cama. “Se estiver com sintomas, use uma máscara para evitar disseminar o vírus através das gotículas ao tossir ou espirrar, e oriente quem estiver com os sintomas a fazer o mesmo. Procure tossir ou espirrar em lenços descartáveis, de uso único”, orienta o Dr. Debski. Locais fechados e com muitas pessoas também devem ser evitados. É preferível frequentar ambientes arejados, com janelas abertas para a circulação de ar. Bons hábitos, como alimentação saudável, hidratação, atividade física regular, são fundamentais para manter uma boa imunidade. Tratamento: a Mikania glomerata age diretamente, causando broncodilatação e relaxamento da musculatura lisa respiratória, o que pode estar relacionado ao bloqueio dos canais de cálcio, acompanhado de ações anti-inflamatória e antialérgica, segundo orientação da Dra. Karina. Outros fitoterápicos podem ser úteis como coadjuvantes nesse tratamento, como o Allium sativum (ou alho), que atua no sistema imunológico. O limão e a acerola são ricos em vitamina C e auxiliam a aumentar a imunidade, enquanto o verbascum atua como expectorante e alivia os sintomas dos resfriados. A Equinácea purpurea ou angustifolia tem efeito antiviral e ativa o sistema imune.
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MENOPAUSA
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rata-se do período após a última menstruação da mulher, que marca o fim da fase reprodutiva. O episódio costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos de idade. Quando acontece antes desse período, é chamada de menopausa prematura ou precoce. Entre outras causas possíveis da menopausa, estão as cirurgias ginecológicas que incluem a retirada dos ovários. Quando os últimos óvulos são produzidos pelo corpo feminino, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, caem irreversivelmente. É devido à queda de produção hormonal que a menopausa, apesar de não ser considerada uma doença, causa diversos sintomas desagradáveis, além de interferir na vida social e sexual da mulher. Entre os sinais da menopausa estão: ondas de calor, que podem vir acompanhadas de palpitações, mal-estar e sensação de desmaio, secura da mucosa vaginal, perda da libido, diminuição dos seios, cansaço, ganho de peso, ressecamento da pele e dos cabelos, dores de cabeça, perda da elasticidade e osteoporose. O diagnóstico da menopausa só pode ser feito depois que a mulher passou doze meses sem menstruar. Já a confirmação do climatério leva em conta os sintomas, além de exames clínicos.
Prevenção: a intensidade dos sintomas varia em cada mulher, mas a prevenção se dá pelo mesmo caminho. Desde jovem, é preciso adotar um bom estilo de vida, alimentação saudável, evitar a obesidade e o sobrepeso, praticar atividades esportivas regularmente, evitar o fumo, álcool e as drogas. Tratamento: para aplacar as ondas de calor e sudorese, a Dra. Karina recomenda Glycine max (L.) Merrill, considerado um modulador seletivo de receptores estrogênicos. Para atenuar os sintomas da menopausa, também são indicados o uso dos fitoestrógenos. São eles: Soja: muito usada pelas mulheres japonesas e chinesas, que apresentam muito menos sinais e sintomas da menopausa em comparação com as ocidentais. “A isoflavona da soja tem estrutura semelhante ao estrogênio feminino e diminui a intensidade dos sintomas em até 60%. Deve ser indicada pelo médico, e não deve ser usada em mulheres que apresentem contraindicação ao uso de hormônios, por ser um fito-hormônio”, explica o Dr. Debski. Cimicifuga: também chamada de erva-de-são-cristovão ou Black Cohosh. Estudos mostram que a substância diminui os sintomas da menopausa em até 80% após algumas semanas de uso, além de agir na depressão e ansiedade comuns nesta etapa da vida da mulher. Trifolium pratensis: conhecido como trevo vermelho, possui isoflavonas que atuam na diminuição dos fogachos da menopausa. Valeriana officinalis: eficaz no combate à alteração do sono e ansiedade.
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INDICAÇÃO MEMÓRIA
É
uma capacidade ou função cognitiva superior relacionada ao processo de retenção de informações no qual armazenam-se e se integram experiências de vida, sendo possível recuperá-las quando necessário. “Utilizando a memória, elaboramos as vivências, acumulamos conhecimento e experiência e transformamos nossos relacionamentos. Criamos e desenvolvemos nossa história de vida e vivenciamos o processo de aprendizagem”, detalha o Dr. Debski. As principais causas de alterações na memória são a demência senil, de origem vascular ou metabólica, e a doença de Alzheimer – ambas ocorrem principalmente em idosos. Porém, jovens também podem sofrer alterações de memórias, relacionadas a estresse, consumo de drogas ou álcool em excesso, e outras doenças. Quando as alterações de memória afetam as habilidades diárias, podem causar acidentes, modificam a personalidade e as relações, sendo percebidas inclusive por pessoas de círculo diário de convívio. Nesses casos, é recomendável procurar ajuda médica para que um diagnóstico da causa possa ser elaborado. Prevenção: assim como todo o corpo, o cérebro necessita de nutrientes adequados para um bom funcionamento. Vitaminas, minerais, ácidos graxos poli-insaturados derivados do ômega 3, além de repouso, gerenciamento do estresse e equilíbrio emocional são fundamentais. Buscar constantemente novos conhecimentos, manter a mente ativa, adquirir novos relacionamentos e troca de experiências, e manter-se útil, com um propósito de vida, também são fundamentais. “A prevenção é muito importante para que o processo de envelhecimento ocorra de modo saudável. Não podemos evitar o envelhecimento, mas podemos retardá-lo e envelhecer bem, mantendo saúde física e mental e isto depende, principalmente, de comportamentos, de escolhas referentes à alimentação, de atividade física, do consumo de álcool ou drogas, de relações afetivas e de como se decide envelhecer”, destaca o Dr. Debski. Tratamento: segundo a Dra. Karina, o Panax ginseng induz a formação e extensão em comprimento do axónio e/ou das dendrites neuronais (efeito neurotrópico), compensando perdas de neurônios vizinhos e prevenindo, consequentemente, a perda de capacidade cognitiva. “Protege os neurônios da citotoxicidade induzida pelo glutamato e do estresse oxidativo provocado pelo H2O2, assim como promove a multiplicação do número de dendrites em cada neurônio.” Outros estudos demonstram que o Gingko biloba também pode ser utilizado em doenças e sintomas decorrentes da deficiência do fluxo sanguíneo no cérebro, nos problemas de memória e cognição, tonturas e dor de cabeça, vertigem e zumbidos, e nos estágios iniciais dos quadros de demências, como a demência senil, a doença de Alzheimer e demências mistas. “O Ginkgo biloba aumenta o fluxo sanguíneo e melhora a oferta de oxigênio para as células, protegendo os tecidos dos danos causados pela falta de oxigênio ou hipóxia, e também inibe a agregação plaquetária”, descreve o Dr. Debski.
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CIRCULAÇÃO
É
um termo muito amplo que pode englobar dezenas de patologias. As mais comuns são as doenças circulatórias venosas, como as varizes – veias que se tornam insuficientes, dilatadas, tortuosas, principalmente, nas pernas e nos pés. A causa do problema, geralmente, é genética e familiar. Além da questão estética, os sintomas das varizes costumam ser muito incômodos. São eles: dor, queimação, edema, e podem ocorrer complicações e problemas mais graves, como ulcerações, sangramentos, infecções e a trombose venosa profunda. “As mulheres, gestantes, obesas, que usam anticoncepcional e com tendência familiar são as mais predispostas às varizes e os sintomas podem se agravar durante o período pré-menstrual ou menstrual”, afirma o Dr. Debski. Prevenção: inicia-se com um estilo de vida saudável. Evitar o sobrepeso, fazer atividade física regular, não usar roupas apertadas, não passar longos períodos sentado ou em pé, ingerir muitas fibras alimentares e evitar excesso de sal são algumas das atitudes que podem ser tomadas para evitar o surgimento das varizes. Tratamento: mais uma vez pode ser indicado o uso do Ginkgo biloba. “Ele atua na estimulação de síntese de prostaglandina e ação indireta sobre as catecolaminas, causando indução na vasodilatação arterial e a diminuição da viscosidade do sangue”, detalha a Dra. Karina. Já o Pinus pinaster contém vários componentes, entre os quais os flavonoides catequinas, epicatequina, taxifolina, ácidos fenólicos e procianidinas, todos com alto poder antioxidante, protegendo contra os radicais livres de oxigênio, aumentando a resistência vascular e agindo no endotélio dos vasos danificados. “Também aumenta a resistência capilar e melhora a microcirculação, reduz a permeabilidade vascular e o edema que ocorre na insuficiência vascular crônica, reduz a agregação das plaquetas, prevenindo a trombose”, indica o Dr. Debski. Para aliviar os sintomas, também é possível realizar tratamento com Aesculus hippocastanum, a castanha-da-índia. Por conter flavoninas, saponinas, antocianina e cumarina, ela provoca o aumento da resistência capilar e tem ação anti-inflamatória, adstringente, flebotrópica e antiedematosa. A sensação de pernas cansadas é um dos sintomas mais comuns relacionado às alterações circulatórias venosas, como varizes e insuficiência vascular periférica, e pode ser combatida com essas indicações citadas.
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INDICAÇÃO DOR MUSCULAR E CONTUSÕES
É
uma queixa comum que pode envolver mais de um músculo, além de ligamentos, tendões e fáscias – tecidos moles que conectam os músculos, ossos e órgãos. Geralmente, surge após o uso excessivo de um músculo, por exemplo, durante a prática de exercício físico sem preparo. De todo o corpo, as costas são as que recebem maior número de queixas. De acordo com dados da Pesquisa Nacional da Saúde, divulgada pelo governo no fim de 2014, 18,5% dos brasileiros adultos – 27 milhões de pessoas –sofrem de doenças crônicas na coluna. Os problemas localizados na região lombar são os mais comuns, atingindo 21% das mulheres e 15% dos homens. Quando se tratam de idosos, o número sobe para 28,9%. A incidência da lombalgia é tão alta que, de acordo com o Instituto Nacional de Traumologia e Ortopedia (Into), estima que, na vida adulta, todas as pessoas sofrerão com pelo menos um episódio da dor na vida. Normalmente, as dores são provocadas pela má postura, associada a contrações musculares. Outra dor que atormenta os brasileiros com muita frequência é a de cabeça. Com base na frequência da queixa nos consultórios médicos, estima-se que ao menos 70% dos adultos sofram do problema. Entre os acometidos, muitos são vítimas da enxaqueca, que se caracteriza por uma dor mais forte, latejante, acompanhada de visão turva, enjoo e irritabilidade à luz. As causas da dor de cabeça são variadas. Podem envolver desde questões mais simples, como desidratação, indigestão, tensão, até as mais graves, como aneurismas e tumores. Prevenção: para evitar as dores musculares, a primeira iniciativa é a prática regular de atividade física, principalmente exercícios de força, que tonifiquem os músculos. Antes de qualquer esforço grande, é preciso aquecer e alongar o corpo. Beber bastante água, alimentar-se de maneira equilibrada e respeitar os limites do corpo também são fundamentais. Especificamente contra dor nas costas, recomenda-semanter uma postura adequada, principalmente durante o trabalho, local em que se passa boa parte do dia. Investir em ginástica laboral também é uma boa alternativa para as empresas diminuírem o índice de absenteísmo provocado pela dor nas costas. Já para dor de cabeça, uma boa alimentação, horário regular de sono, ingestão adequada de água e atividades que aliviem o estresse são fundamentais. Tratamento: não há um fitoterápico específico para esse sintoma que seja consagrado para esse uso, de acordo com a Dra. Karina. Mas existem alguns fitoterápicos estudados para dores articulares: Uncaria tomentosa (unha-de-gato) e Harpagophytum procumbens DC. e Harpagophytum zeyheri Ihlenf & H Hartmann (garra-do-diabo), que podem ser utilizados devido às propriedades anti-inflamatórias. Para dor de cabeça, recomenda-se o uso da capsaicina , presente em todos os tipos de pimentas. A substância ajuda a reduzir a sensibilidade à dor causada pela enxaqueca. A raiz de valeriana, devido às propriedades antiespasmódicas e sedativas, também ajuda a aliviar os sintomas.
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