Especial
Mulher
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Parte integrante do ANO XXIII | Nยบ 287 | OUTUBRO DE 2016
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CONTRACEPTIVOS Quando o assunto é contracepção, SANDOZ. qualidade é fundamental. A QUALIDADE1 POR TRÁS DA CONFIANÇA.
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Editorial
EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy Marcial Guimarães Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício Fabíola Rocha MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTE DE MARKETING E PROJETOS Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Noemy Rodrigues COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Flávia Corbó, Renata Martorelli e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Diagramação Kátia Prenholato Suplemento Especial Mulher é uma publicação anual da Contento. Impressão D’ARTHY Editora e Gráfica Ltda. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. www.guiadafarmacia.com.br
Currículo feminino A
s mulheres disputam hoje o mesmo espaço profissional que os homens. Ainda têm salários menores, mas os níveis de escolaridade são maiores. Dispostas a diminuir a discriminação existente, elas se preparam mais, uma maneira de fazer isso é se munir de informações precisas sobre tudo o que diz respeito ao meio no qual estão inseridas. Trata-se de um público que está preocupado com a qualidade de vida, beleza, energia e prevenção, em busca de longevidade. Mesmo com uma rotina atribulada, continua sendo responsável pelas compras do lar, ou seja, faz duas grandes escolhas: onde comprar e o que comprar. As brasileiras buscam produtos e novidades e têm cada vez mais acesso a eles, sem contar que estão dispostas a pagar o quanto for para que seus desejos de beleza sejam realizados. Diante deste cenário, o mercado ganha dinamismo e se expande na mesma proporção que elas. O varejo precisa estar preparado para atender às necessidades desta nova mulher. Entre os requisitos de atendimento, estão: praticidade, rapidez, apelo à saudabilidade e indulgência. Veja, ainda, neste Suplemento Especial Mulher, de que forma as mulheres ganharam ascensão profissional, quais são os cargos ocupados e de que maneira algumas empresas facilitam o desenvolvimento feminino, oferecendo às trabalhadoras a vantagem de levar seus filhos para creches dentro da própria companhia. Outro assunto de destaque fica por conta das doenças corriqueiras que acometem grande parte delas, como menopausa, osteoporose, Tensão Pré-Menstrual (TPM) e as temidas cólicas menstruais. Essas patologias têm aumentado por conta dos maus hábitos, como alimentação desregrada e ausência da prática de atividades físicas. Temas como assepsia, contracepção e secura vaginal não poderiam ficar de fora, pois geram muitas dúvidas e ainda são tidos, por muitas, como um mito. Inteirar-se sobre o comportamento deste público potencial é a melhor forma de se preparar para um atendimento de qualidade e personalizado. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-Chefe Imagem: Shutterstock
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Consumo
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A mulher é o grande cliente do varejo brasileiro. Mesmo quando as atribuições femininas estavam restritas a tarefas ligadas ao lar e à família, as mulheres já eram as responsáveis pelas decisões de compra, principalmente quando são realizadas em farmácias e drogarias
Ascensão Apesar de ainda persistir uma diferenciação por gênero dentro do mercado de trabalho, o número de executivas em cargos de alto padrão vem crescendo expressivamente
14 Atendimento Por serem grandes shoppers, a representatividade da mulher dentro do varejo é enorme. Por isso, é preciso que os gestores estejam atentos às demandas e aos desejos dessa parte da população
Saúde Ao se inserirem na mesma rotina atribulada dos homens, as mulheres observaram aumentar o índice de doenças típicas por maus hábitos de vida, como falta de exercícios e má alimentação
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Um dos maiores trunfos das mulheres são os métodos contraceptivos, seja para evitar uma gravidez indesejada ou para prevenir as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Eles são diversos e permitem o planejamento familiar, além de uma vida sexual ativa, saudável e segura
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Contracepção
Beleza
Ela sempre foi algo muito valorizado pelas mulheres, com isso, saber aconselhar as consumidoras a respeito da rotina diária de cuidados pessoais é uma impor tante estratégia de fidelização e aumento do tíquete médio da farmácia
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Secura Vaginal
Este é um distúrbio que pode atingir mulheres de todas as idades. Ele afeta de forma significativa a vida sexual, trazendo incômodo. Utilizar lubrificantes e hidratantes é a saída para resolver o problema
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Assepsia
Higienizar as mãos é um ato simples, mas de extrema impor tância para a saúde. Por isso, é fundamental que o hábito faça parte da rotina, sendo assim, deve ser incentivada desde a infância pelas mães
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Funcionária destaque Mesmo com mais escolaridade, as mulheres ainda ganham menos que os homens, no entanto, o número de executivas em cargos de alto padrão vem crescendo expressivamente Por Flávia Corbó
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entrada da mulher no mercado de trabalho se deu por necessidade. Enquanto os homens foram ao combate durante as duas Grandes Guerras Mundiais, as mulheres se viram obrigadas a trabalhar para sustentar a casa e os filhos. As fábricas também precisavam delas para seguir a produção, já que o contingente masculino estava em outra frente. No Brasil, o ingresso delas nos postos de trabalho se deu de forma mais vagarosa, a partir da década de 1970. Mas uma vez conquistado o terreno, a mulher nunca mais recuou. Até a chegada do século 21, a representatividade da mulher na População Economicamente Ativa (PEA) saltou de 21% para mais de 40%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2010, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 50% para 55%, enquanto a dos homens caiu de 80% para 76%. A diferença entre homens (76%) e mulheres (55%) profissionalmente ativos indica que há ainda um contingente de trabalhadoras que podem ingressar no mercado. E elas parecem estar focadas em se qualificar para ocupar um espaço cada vez maior no mercado de trabalho. As mulheres são maioria nas escolas, universidades e cursos de especialização. Desde o ensino médio, há mais presença feminina nas salas de aula. São 39,1% de mulheres com ensino médio completo ou incompleto, contra 33,5% de homens. Das mulheres ocupadas com 16 anos ou mais de idade, 18,8% possuem ensino superior completo, enquanto, para homens, o percentual é de 11%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014. Os números são animadores para as perspectivas da mulher, no entanto, para o gerente de novos negócios do Instituto Data Popular, Eduardo Garanhani Laurenciano, mais importante do que a média do público feminino nesses quesitos atualmente, é a evolução ocorrida nos últi6 Especial Mulher
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mos anos. “Por exemplo, em 20 anos (1993 a 2013), o número de mulheres cresceu 32%, enquanto o número delas com emprego formal, com carteira assinada, cresceu 162%. Nesse mesmo período, o número de mulheres chefes de família quase dobrou, assim como, também, quase dobrou a escolaridade”, destaca.
Renda feminina As áreas nas quais as mulheres têm mais presença são educação (83%) e humanidades e artes (74,2%). O problema é que essas são justamente ocupações com menor rendimento mensal médio entre as pessoas ocupadas (R$ 1.811 e R$ 2.224, respectivamente). Salário, aliás, é uma questão problemática para mulheres em todas as áreas de atuação. Mesmo com maior grau de escolaridade, elas ainda ganham menos que os homens. Dados do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostram que mulheres com cinco a oito anos de estudo recebem por hora, em média, R$ 7,15, e os homens, com a mesma escolaridade, R$ 9,44, uma diferença de 24%. Para 12 anos de estudo ou mais, esse gap na remuneração vai a 33,9%, com R$ 22,31 para mulheres e R$ 33,75 para homens. No comparativo entre regiões, as estatísticas da Pnad mostram que os homens ganham mais no Sudeste (R$ 5.691). Depois, vem o Centro-Oeste (R$ 5.496), o Sul (R$ 4.842), o Nordeste (R$ 3.966) e o Norte (R$ 3.841). Já as mulheres ganham mais no Centro-Oeste (R$ 4.117). Em seguida, aparecem Sudeste (R$ 3.873), Sul (R$ 2.992), Norte (R$ 2.948) e, com os índices mais baixos, o Nordeste (R$ 2.727). Analisando o salário por setor, os homens ganham mais na construção civil (R$ 9.219), depois na indústria (R$ 5.767) e, em seguida, na educação, saúde e nos serviços sociais (R$ 5.630). As mulheres da construção civil também recebem as melhores remunerações (R$ 6.197), só que 33% a menos que os homens no mesmo cargo. Em seguida, os setores mais rentáveis são de transporte, armazenagem e comunicação (R$ 4.185) e indústria (R$ 3.996).
ATENDIMENTO EFICIENTE De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das principais dificuldades para a mulher que deseja se inserir no mercado de trabalho é encontrar um lugar onde deixar os filhos. Por isso, empresas que se preocupam em oferecer esse benefício são tão valorizadas no mercado. Ciente dessa preocupação, há 20 anos, o Grupo Cimed criou a Associação Educacional Cláudia Marques, com o objetivo de atender às necessidades das mães em período de amamentação. Como desdobramento, logo surgiu a necessidade da criação de uma creche. Em 2012, houve um novo avanço. A creche acabou se tornando um Instituto Educacional, que atende, atualmente, cerca de 110 crianças de quatro meses até seis anos de idade, em período integral. “A equipe de profissionais é formada por professores, pedagogo, técnico de enfermagem, secretário escolar e monitores de berçário altamente dedicados e qualificados, que todos os dias acolhem os alunos e proporcionam às mães total segurança e tranquilidade enquanto trabalham, objetivo principal deste investimento”, conta a vice-presidente do Grupo, Karla Marques. Já dentro da Pfizer, a presença feminina em seu quadro de funcionários é estimulada por meio de benefícios, como licença-maternidade estendida de seis meses e paternidade de dez dias úteis, além de auxílio-creche para filhos de funcionárias com até 6 anos, 11 meses e 30 dias de idade. “Além disso, para as mães que precisam viajar a trabalho e ainda estão amamentando, a Pfizer oferece um suporte de viagem, de modo que a mãe possa levar junto com ela seu filho e um acompanhante, sem prejudicar ou interromper o processo de lactação”, garante o diretor de assuntos corporativos da Pfizer, Ciro Mortella. A creche do Grupo Cimed atende cerca de 110 crianças
Horizonte promissor Apesar de ainda persistir uma diferenciação por gênero dentro do mercado de trabalho, é importante ressaltar que muitos avanços foram conquistados nos últimos anos. Em 2004, ainda segundo dados da Pnad, a diferença da remuneração por hora entre homens e mulheres foi, em média, de 38,53% para trabalhadoras com 12 anos de estudo ou mais, hoje é de 5% a mais que os índices atuais. Em 1997, quando o instituto Great Place to Work (GPTW) lançou seu primeiro ranking no Brasil com as melhores empresas para trabalhar, apenas 25% da mão de obra era feminina. Atualmente, elas já representam metade do quadro de funcionários das empresas líderes da premiação. Entre cargos de gestão, esse número saltou de 11% para 41% no mesmo período. Boa parte desses resultados foi alcançada por meio da criação de políticas de igualdade de gênero dentro das empresas. Um dos exemplos se encontra na farmacêutica Pfizer. Em 2008, a companhia lançou o programa de Diversidade & Inclusão (D&I). “A iniciativa foi desenvolvida com o propósito de elaborar e aplicar políticas internas que fomentem um ambiente inclusivo. A partir da implementação do programa de D&I, as políticas internas da Pfizer foram revisadas e, desde então, as mulheres passaram a ter mais estímulos paOutubro 2016 7
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Ascensão
OCUPAÇÃO DAS MULHERES As mulheres com nível de ocupação maior têm mais acesso a creches. No entanto, nos centros urbanos, encontrar um lugar para deixar os filhos é um grande desafio. Veja no gráfico o nível de ocupação das mulheres com filhos de 0 a 3 anos de idade, segundo a frequência dos filhos na creche: Total
Urbano
Rural
60 50 40 30 20 10 0 Todos os filhos frequentam creche
Nenhum filho frequenta creche
Algum filho frequenta creche
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
ra concorrer a qualquer cargo disponível”, conta o diretor de assuntos corporativos da Pfizer, Ciro Mortella. Os resultados da iniciativa são evidentes. Passados oito anos, as mulheres representam quase metade do total de colaboradores (49%) da Pfizer. O número de mulheres ocupando cargos executivos, o que inclui gerentes e diretores, mais que dobrou nesse período, passando de 23% para 48%. Os salários dentro da empresa também são equiparados entre homens e mulheres. “Não há distinção salarial por gênero. A remuneração é definida por meio da meritocracia, levando em conta competências e desenvolvimento profissional. Mulheres e homens, quando ocupam os mesmos cargos e têm atribuições equivalentes, são remunerados da mesma forma”, garante Mortella. Política semelhante é observada dentro do Grupo Cimed, que conta com corpo de colaboradores composto por 52% de homens e
48% de mulheres. “Nossa política indefere sexo. Por conta disso, nosso quadro de funcionários é muito equilibrado e a remuneração salarial é com base, exclusivamente, em cargos, sem qualquer distinção por gênero”, diz a vice-presidente da empresa, Karla Marques, que representa a presença de mulher em cargos executivos na companhia. “Temos mulheres na vice-presidência, na diretoria executiva e na diretoria técnica; temos ainda diversas mulheres em cargos gerenciais, liderando projetos importantes para o desenvolvimento do Grupo Cimed. Nossa opinião é de que cargos devem ser preenchidos por competência, independentemente do sexo.” Dentro do Grupo Cimed, também há um equilíbrio de gêneros entre o quadro de funcionários – são 44% de mulheres e 56% de homens, que recebem o mesmo salário dentro de uma mesma função. A companhia ainda oferece benefícios pensados exclusivamente no bem-estar feminino.
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A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Entre 2000 e 2010, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 50% para 55%, enquanto a participação dos homens caiu de 80% para 76%.
39,1%
das mulh eres t êm e médi nsino o com p incom leto o 33,5%pleto, contra u de ho mens .
As áreas nas quais as mulheres têm mais presença são educação (83%) e humanidades e artes (74,2%).
“No caso das gestantes que trabalham em nosso complexo fabril, oferecemos duas paradas de 15 minutos, incluindo o lanche e acompanhamento pré-natal com nosso médico do trabalho. Também aderimos ao Programa Empresa Cidadã, do Governo Federal, que possibilita a ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses. Temos também parceria com clínicas de estética e academias de ginástica. Eventualmente, também promovemos campanhas de conscientização interna, como contra o câncer de mama”, descreve a diretora de Recursos Humanos, Madalena Ribeiro. Também há exemplos positivos dentro do varejo farmacêutico. Na rede Pague Menos, por exemplo, 57% dos cargos de chefia em todos os níveis gerenciais são ocupados por mulheres e sem distinção de salário pa-
Em 1997, as empresas analisadas pelo instituto Great Place to Work (GPTW) tinham 25% de mulheres no quadro de funcionárias. Hoje, elas já representam metade da força de trabalho. Entre cargos de gestão, esse número saltou de 11% para 41% no mesmo período.
Das mulheres ocupadas com 16 anos ou mais de idade, 18,8% possuem ensino superior completo, enquanto, para homens, o percentual é de 11%.
Para 12 anos de estudo ou mais, as mulheres recebem remuneração que chega a 33,9% a menos que os homens.
ra funcionários que ocupam a mesma posição. “Tratamos os gêneros de maneira igual dentro dos processos seletivos e de promoções. Valorizamos quem se destaca, quem está pronto. Muitas vezes, as mulheres se mostram mais preparadas”, afirma a gerente de desenvolvimento humano das Farmácias Pague Menos, Magna Castro Alves. A maior parte dos clientes de um varejo farmacêutico é de mulheres. Na Pague Menos, não é diferente, por isso características consideradas femininas são tão valorizadas dentro da empresa. “O homem, em geral, está muito focado em chegar à venda por meio da venda, do número, do lógico. A mulher também quer alcançar os resultados, mas tende a seguir um caminho diferente, com atenção ao atendimento, qualidade dos serviços prestados”, finaliza Magna. Outubro 2016 9
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Consumo
Cliente preferencial O estilo de vida de homens e mulheres está cada vez mais parecido, mas, ainda assim, está nas mãos delas a maior parte das decisões de compras do lar, principalmente quando são realizadas em farmácias e drogarias Por Flávia Corbó
Imagens: Shutterstock
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mulher é o grande cliente do varejo brasileiro. A afirmação é forte, mas há anos mostra-se como uma verdade incontestável. Mesmo quando as atribuições femininas estavam restritas a tarefas ligadas ao lar e à família, as mulheres já eram as responsáveis pelas decisões de compra. Até o século 20, os homens não frequentavam lojas, essa era uma tarefa estritamente feminina. Eles se limitavam a dar dinheiro às esposas para que elas fizessem as compras do lar. Ao longo dos anos, o papel da mulher na sociedade e, consequentemente, a dinâmica familiar mudaram muito. O grande ponto de reviravolta foi o ingresso delas no mercado de trabalho. “Em 1980, elas representavam apenas 18% da população economicamente ativa. Hoje em dia, já são 42%”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Entre 1993 a 2013, o número de mulheres cresceu 32%, enquanto a quantidade delas com emprego formal, com carteira assinada, aumentou 162%. Agora, elas não têm apenas o poder de decisão, mas contam com poder aquisitivo e um papel importante dentro da renda familiar. Também entre 1993 e 2013, o número de mulheres chefes de família quase dobrou, passando de 20% dos lares para 38%, assim como, também quase dobrou a escolaridade delas, saindo de 5,3 anos de estudo para oito anos de estudo, em média. “Isso foi acompanhado de uma redução na taxa de fecundidade e todos esses dados apontam para um maior protagonismo da mulher na sociedade brasileira em geral”, afirma o gerente de novos negócios do Instituto Data Popular, Eduardo Garanhani Laurenciano. Hoje, a população brasileira é formada por mais de 100 milhões de mulheres que, em 2015, movimentaram uma renda própria de R$ 1,35 bilhões. “Dentro da
classe média, esse protagonismo é ainda maior. Nessa classe, elas são mais escolarizadas que os homens e, além disso, chefiam mais famílias e contribuem mais para a renda familiar que as mulheres da elite. Naturalmente, com essas características, elas têm maior voz ativa na administração do orçamento doméstico e na decisão das compras da família”, complementa Laurenciano.
Mulher multitarefa De acordo com um estudo realizado pela Nielsen em 21 países, a mulher brasileira é a quarta mais estressada do mundo, pois se sente mais pressionada pelo tempo e tem raros momentos para relaxar. Uma das explicações para isso é o acúmulo de tarefas. Quando a mulher ganhou o mercado de trabalho, passou a ter uma rotina similar à dos homens. No entanto, não abandonou as tarefas de antes, seguiu sendo referência nos cuidados com o lar e com os filhos. Apesar dos homens estarem cada vez mais participativos nas atividades domésticas, as mulheres ainda são as grandes responsáveis pelas compras da família. De acordo com dados da Instituto Data Popular, quando indagados, 89% dos homens dizem que é a esposa a responsável pela decisão de compra em supermercados; 79%, decidem as viagens de férias da família; e 71%, são responsáveis até pela escolha de roupa do marido. “Até mesmo em categorias tradicionalmente mais identificadas com o masculino, são elas que têm a maior responsabilidade na decisão. Para 58% dos homens, são suas esposas que decidem sobre a escolha do carro da família e, para 53% deles, são elas que fazem a escolha do computador”, revela Laurenciano. Quando se trata de farmácias, a influência feminina segue forte. Números da Popai Brasil revelam que 65% dos clientes que consomem nesse tipo de estabelecimento são mulheres. Uma pesquisa realizada pela Outubro 2016 11
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QUEM É A MULHER BRASILEIRA? Representa
42%
Em 20 anos, a escolaridade das mulheres quase dobrou, saindo de
Entre 1993 a 2013, o número de mulheres cresceu
da população economicamente ativa
32%
enquanto o número delas com emprego formal, com carteira assinada, cresceu
162%
Em 20 anos (1993 a 2003), o número de mulheres chefes de família quase dobrou, passando de
5,3 anos
de estudo para oito anos de estudo, em média
20%
dos lares para O Brasil conta com mais
100 milhões
38%
de mulheres que, em 2015, movimentaram uma renda própria de
R$ 1,35 bilhões Fontes: Instituto Data Popular; e Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
Nielsen com três pequenos grupos de produtos corrobora a afirmação. Considerando as categorias de bebidas alcoólicas, mercearia (de consumo imediato) e itens de beleza, percebeu-se o seguinte: em bebidas alcoólicas, a penetração no mercado entre mulheres e homens é quase a mesma, diferindo apenas o gasto e a frequência de compra, que são mais baixos entre elas. Já em mercearia e itens de beleza, a mulher tem maior gasto e frequência de compra do que o sexo oposto. “Farmácias, drogarias e perfumarias possuem ainda maior participação do shopper mulher, muito em função do portfólio diferenciado. No momento da compra nesses canais, o shopper está muito mais disponível para se atentar aos detalhes do produto, realizando o ato com mais calma”, detalha o executivo de atendimento da Nielsen,
João Otávio Araújo. De forma geral, os homens são mais práticos para comprar e gastam menos tempo no ponto de venda, “com isso, o supermercado ainda é o principal canal para eles, onde podem encontrar de tudo em um só lugar”, complementa.
Consumidora em detalhes Com tamanha revolução no cotidiano da mulher, é natural que as motivações para o consumo também tenham sofrido alterações. As categorias ligadas à beleza, tais como vestuário, calçados, perfumaria e cosméticos, continuam atraindo grande interesse das mulheres, porém por razões distintas das de antigamente. De acordo com Laurenciano, para entender a mulher de hoje em dia, é necessário transcender a visão antiquada do significado da beleza para elas e entender as motivações atualizadas desse interesse.
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“Quando indagadas sobre a importância da beleza, a menção de maior concordância foi de que ‘pessoas bem arrumadas se dão melhor profissionalmente’ (85%), à frente da importância de ficar bonita para ser feliz ou para o sexo oposto. Isso demonstra que a preocupação com a beleza continua fazendo parte do universo feminino, mas também como ferramenta na busca pelo seu espaço de maior protagonismo.” A dedicação à carreira profissional mudou não só as motivações para as compras, como também os hábitos de consumo. Quando o cuidado com o lar era a principal tarefa feminina, as mulheres podiam ir ao varejo com mais tranquilidade, em qualquer dia e horário. Agora, com homens e mulheres ocupando boa parte do dia com trabalho, o varejo observa uma transformação no fluxo de consumidores. “Hoje em dia, o domingo é o dia de maior movimento por hora no varejo brasileiro. Isso é um reflexo dessa mudança da sociedade, em que todas as pessoas trabalham muito e não têm tempo para realizar as compras”, analisa Terra. Outro ponto que sofreu severas mudanças nos últimos anos foi a maneira como a mulher busca informações a respeito de produtos que deseja consumir. De acordo com o Data Popular, a TV ainda é a principal fonte de informação entre as brasileiras, mas a internet tem ganhado cada vez mais importância e já figura em segundo lugar como meio de acesso à informação. Seguindo uma tendência mundial, as mulheres estão mais conectadas, especialmente as mais jovens, por isso, portais e redes sociais passaram a ser mais valorizados quanto à formação de opinião. “Entre as mulheres de 18 a 30 anos de idade, 46% delas concordam com a afirmação de que ‘não veem suas vidas sem internet’. Elas se utilizam da internet para se informar sobre os produtos que desejam comprar, onde encontrá-los, rastreiam
A CLIENTE NÚMERO 1 Embora tenham alguns aspectos semelhantes, cada mulher possui comportamentos únicos, com suas particularidades e preferências. Diante disso, a Nielsen realizou um estudo especial analisando três grupos de produtos: bebidas alcoólicas, mercearia (de consumo imediato) e itens de beleza. Para cada um dos grupos de produtos, há consumidoras que apresentam características específicas, que permitiram a classificação de três diferentes perfis: a despojada, a prática e a vaidosa. A DESPOJADA: representa 16,7% da população feminina e gasta 82% acima da média das mulheres com produtos de teor alcoólico e com uma frequência 60% maior. A PRÁTICA: representa 56,4% da população feminina e gasta 23% acima da média das mulheres com produtos de mercearia de rápido consumo, como salgadinhos e refrigerantes em lata, e com uma frequência 21% maior. A VAIDOSA: é a grande cliente de farmácias e drogarias. Representa 36,4% da população feminina e gasta 48% acima da média das mulheres com produtos de cuidado pessoal, com uma frequência 17% maior. Ela tem de 19 a 35 anos de idade e está localizada, principalmente, no Nordeste, Leste e na Grande São Paulo. Costuma comprar mais no meio da semana e, de preferência, nos canais porta a porta, perfumaria e farmácia. Ela também pode ser engajada por promoções bem efetuadas, levando, por exemplo, um xampu maior com um condicionador menor. Nesse caso, acredita que o xampu acaba mais rápido, então, consegue perceber o custo-benefício desse tipo de embalagem. Por questões de desembolso, esses kits são mais importantes para os níveis socioeconômico mais altos.
Fonte: Nielsen
reclamações e, sobretudo, pesquisam preços”, conta Laurenciano. Apesar de estarem dispostas a buscar informações em diferentes mídias, as mulheres tendem a ser mais fiéis às marcas líderes do que os homens, especialmente quando se trata de cremes para a pele, maquiagem e perfumes. Porém, vale ressaltar que, “conforme maior a maturidade, mais propensas elas ficam a abandonar as principais marcas e preferirem experimentar outras opções”, alerta Laurenciano.
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Protagonistas das farmácias Além de importantes consumidoras, as mulheres representam a maioria dos shoppers, por isso os varejistas precisam estar atentos aos desejos e às expectativas delas Por Flávia Corbó
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uando analisada a composição da população brasileira, há certo equilíbrio entre os sexos. Dos mais de 206 milhões de habitantes, 51% são mulheres e 49%, homens, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um estudo superficial dessa composição populacional levaria à conclusão de que o mercado de consumo no País conta com uma presença quase igualitária de homens e mulheres, no entanto, a situação é bem diferente. Quando se trata de varejo farmacêutico, por exemplo, estima-se que em torno de 65% dos clientes sejam do sexo feminino. “Isso ocorre porque, quando se trata de varejo, o que mais interessa é quem compra a mercadoria, não quem a utiliza. É o que
chamamos de shopper e consumer. Crianças são consumidoras, mas não são shoppers, porque quem decide o que elas usam são os adultos. O mesmo vale para a terceira idade, em que muitas vezes são os filhos os responsáveis pelas compras. Na maior parte desses casos citados, ainda é a mulher quem vai ao ponto de venda (PDV) comprar por terceiros”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Por serem grandes shoppers, além de consumidoras, a representatividade da mulher dentro do varejo é enorme. Por isso, é preciso que os gestores estejam atentos às demandas e aos desejos dessa parte da população. Primeiro, é necessário analisar Imagem: Shutterstock
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a rotina dessa clientela especial. Boa parte delas faz jornada tripla – trabalho, filhos e marido –, por isso o artigo de maior luxo da mulher moderna é tempo. A rotina cada vez mais atribulada afeta diretamente os hábitos de compra. Hoje, a proximidade é um grande requisito para a escolha de um PDV. “A mulher valoriza a localização da loja, conveniência e praticidade e, claro, bom atendimento. Esses são os grandes pilares da atração, conversão e retenção. A mulher quer ter acesso fácil, encontrar sem problemas o que procura, navegar facilmente na loja e sair rapidamente”, afirma a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin.
Motivações de compra Quando se trata de farmácias, os medicamentos ainda são o grande motivo da visita
ATENDIMENTO EFICIENTE Com as informações em mãos, é possível trabalhar melhor os atributos mais valorizados hoje em dia pelas consumidoras: • Loja bem ambientada, setorizada, sinalizada. • Organização e limpeza. • Sortimento adequado. • Preços e promoções consistentes. • Produtos bem expostos.
Fonte: diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin
ao PDV, mas cada vez mais as categorias de dermocosméticos, produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), itens para os cuidados do bebê, entre outros, ganham destaque, impulsionados, principalmente, pela exposição diferenciada. De acordo com Fátima, o varejista precisa trabalhar uma exposição que inspire o shopper a comprar: “Sair da venda de produto para a oferta de soluções. O canal farma já transmite a imagem de saúde, beleza e bem-estar. Cabe ao varejo explorar esses apelos emocionais”, diz. Estratégias diferenciadas de exposição, sortimento e ofertas são especialmente indicadas para o público feminino, que possui uma jornada de compra mais intuitiva e emocional. “A mulher passa mais tempo no PDV do que os homens em geral. Logo, ela consegue visualizar produtos com mais atenção, analisar ofertas, se dedica a pesquisar cosméticos, conversa mais com os atendentes, esclarece dúvidas”, descreve o professor do curso Ciências Sociais e do Consumo da ESPM, Fábio Mariano Borges. Detalhes na exposição dos produtos também são fundamentais para aumentar a taxa de conversão. Em cada categoria, é preciso definir quem é o principal comprador e, a partir disto, fazer um trabalho personalizado. “A estatura do homem é maior, o que determinada a altura ideal do produto numa gôndola, a mulher é mais detalhista, os atributos de cor que a sensibilizam são diferentes daqueles que atraem os homens”, enumera Terra, lembrando que mesmo categorias de uso masculino merecem atenção especial. “Pode ser uma linha masculina, mas que a compradora é a mulher. Nesse caso, a estratégia de marketing do produto deve ser diferente da estratégia de venda na loja”, explica. Em busca de atender aos desejos da clientela feminina, também é importante investir em novidades. Não devem faltar lançamentos dentro de farmácias dispostas a cativar esse público, naturalmente mais aberto à inovação e experimentação de novas marcas. “Os homens costumam usar os mesmos produtos por questão de comodismo. Mantém Outubro 2015 15
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Atendimento
Mulheres plurais Existem diferentes tipos de shoppers entre o público feminino. É preciso conhecê-los para oferecer exatamente o que desejam. As principais clientes do canal farma, especialmente quanto à venda de não medicamentos, estão concentradas nas classes AB e C1, o que indica que há um bom espaço a ser explorado, em especial na classe C. No entanto, indicar um tipo de atendimento ou sortimento que o varejista deve seguir, com base apenas na classe social, pode ser difícil. Dentro do universo feminino, existem diferentes shoppers com diferentes perfis e necessidades. “Há quem busque preço, outras querem conveniência, há quem procure por inovações, algumas são orientadas a promoções, ou estão em busca da melhor compra a partir do acesso às informações de uso e benefício dos produtos”, elenca a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Nos dias atuais, mais do que segmentar por informações sociodemográficas e classe sociais, as segmentações mais modernas consideram estilo de vida e hábitos de consumo. “Mesmo que eu seja baixa renda e tenha um bolso limitado, se tenho um estilo de vida saudável, quero ter acesso a produtos e serviços que me permitam manter este meu estilo”, exemplifica Fátima. O melhor caminho é o varejista buscar entender o comportamento da compradora da sua loja ou de determinado produto, por meio de coleta de informações, análise de cesta de produtos, tíquete médio e outras informações que podem ser colhidas dentro de cada ponto de venda. “A partir dos dados, é possível entregar soluções que atendam a essas necessidades, seja revendo sortimento – marcas alternativas, embalagens econômicas – ou por meio de serviços diferenciados, como meios de pagamentos alternativos, etc. A própria escolha entre farmácias de bairro ou lojas de redes passam pelo perfil, necessidade e tipo e momento de compra”, explica Fátima.
aquela marca quando está satisfeito, porque tem menos disposição para buscar algo novo”, afirma Borges.
decisão é o grande desafio do varejo”, destaca Fátima.
Pontos em comum Atendimento diferenciado Dentro do canal farma, o atendimento é o grande diferencial em relação a outros canais de autosserviços. Quando se trata de clientes mulheres, então, a preocupação com o serviço prestado deve ser redobrada. “Mulheres são mais exigentes porque querem informação e detalhes sobre o que procuram ou querem consumir. Gentileza, ótima aparência e conhecimento são fundamentais”, determina a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Diante de um público criterioso, é crucial promover uma boa experiência em todas as etapas da jornada de compra – desde a atração, passando pelo engajamento e conversão, até a retenção do cliente. É fundamental manter coerência e consistência entre o que se promete e o que se entrega, cuidar de cada detalhe, ajudar o cliente a encontrar o que procura, inspirá-lo a comprar e, acima de tudo, facilitar o processo de compra e de escolha. “Nos dias atuais, onde tempo (ou a falta de) é um atributo de alto valor (na decisão de compra, diria que vale tanto quanto a moeda), facilitar o processo de compra e
Apesar de algumas características típicas de homens e mulheres, é preciso lembrar que a rotina de ambos os sexos está cada vez mais parecida, o que faz com que as diferenças de comportamento diminuam. “O processo de entrada da mulher no mercado de trabalho trouxe mais racionalidade e menos emoção na rotina de compra. A crise vivida agora ajudou a acelerar ainda mais isso. A mulher, hoje, presta mais atenção ao rótulo, preço, tamanho da embalagem, ou seja, a atributos mensuráveis”, afirma Terra. A rotina atribulada de ambos os sexos também aumentou o nível de exigência com a apresentação do PDV, que deve oferecer cada vez mais facilidades. “Todos querem uma comunicação visual impecável, já que os clientes observam e decidem em 83% pela visão. Buscam lojas bem layoutizadas, arrumadas por categorias e subcategorias juntas; espelhos para que possam se ver em meio corpo; ótima sinalização e visualização de preços; indicação correta e consistente de promoções. Todos querem profissionais capazes e com ótima apresentação pessoal”, garante Silvia.
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Nada tem o direito de tirar a liberdade das mulheres. Nem a menopausa. Libiam. A tibolona mais prescrita pelos médicos.1
• Alivia os sintomas da menopausa3 • Melhora a libido3 • Proporciona sensação de bem-estar3 • Contribui para a prevenção da osteoporose4 • Melhora a memória, a concentração e o raciocínio3 • Oferece benefícios cardiovasculares4,5 • Reduz os sintomas vasomotores3
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CONTRAINDICAÇÃO: CÂNCER DE MAMA (CONFIRMADO OU SUSPEITO). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: AMITRIPTILINA.
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Patologias características A composição do corpo feminino já deixa a mulher mais suscetível ao surgimento de certas doenças, no entanto, a adoção de maus hábitos fez com que a saúde da mulher piorasse nos últimos anos Por Flávia Corbó
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s últimas décadas foram marcadas por diversas conquistas. O direito ao voto, o ingresso no mercado de trabalho e a independência financeira foram algumas delas. No entanto, toda mudança traz uma consequência. Ao se inserirem na mesma rotina atribulada dos homens, o índice de doenças típicas, de maus hábitos de vida, como falta de exercícios e má alimentação aumentou entre elas. Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em mulheres no Brasil. Inclusive, depois dos 60 anos de idade, são elas a maioria das acometidas pelo problema. “Nos últimos anos, a incidên-
cia de doenças cardiovasculares em homens vem diminuindo de maneira mais acentuada, colocando a população feminina em maior destaque. Ou seja, a prevenção tem sido feita de maneira mais eficaz em homens”, alerta o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Dr. Otavio Gebara. De acordo com o especialista, o aumento da prevalência de doenças cardiovasculares em mulheres se deve a dois fatores: “Maior consciência da importância da doença e, consequentemente, melhoria nos diagnósticos; e estilo de vida que favorece os fatores de risco, como sedentarismo, dieta inadequada, sobrepeso e obesidade, diabetes e hipertensão”. Imagens: Shutterstock
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o site Tobacco Atlas, as mulheres brasileiras fumam 11,1% mais que as de outros países. O resultado desse comportamento nocivo é alarmante. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016, o número de mulheres com câncer para cada 100 mil habitantes é de 300.870 – índice menor que dos homens que apresentam 295.200 casos por 100 mil habitantes. Entre os tipos de câncer mais comuns para as mulheres está o de mama, que surge na primeira colocação com 28% dos casos registrados. Em seguida, aparece o de cólon e reto, com 8,6%, colo de útero, com 7,9%, o de pulmão, com 5%, seguido do de estômago, com 3,7%. A melhor saída para reduzir a incidência da doença, mais uma vez, está ligada à rotina. “Reduzir o tabagismo, evitar a obesidade, praticar exercícios, além de realizar exames de prevenção para o câncer de pele, mama e colo de útero”, enumera o oncologista do Hospital Santa Paula, Dr. Tiago Kenji.
Problemas em destaque Todos esses fatores poderiam ser controlados somente com a adoção de hábitos saudáveis, que mostram ser capazes de reduzir em mais de 60% o risco de doença cardiovascular em 20 anos. “A alimentação saudável é um dos pilares da boa saúde e é fundamental no controle e prevenção de diversas doenças cardiovasculares e metabólicas, entre elas, a hipercolesterolemia (colesterol alto), a hipertrigliceridemia (triglicérides elevados), o diabetes mellitus, a hipertensão arterial, entre outras. Ela pode ser inclusive o fator decisivo entre a necessidade ou não de uso de medicamentos para controle dessas e de outras patologias”, destaca o Dr. Gebara. Não é a apenas o aparelho circulatório que fica sobrecarregado por um estilo de vida ruim. O câncer, segunda maior causa de mortalidade entre as mulheres, também está ligado aos hábitos cotidianos. Nesse caso, um fator de risco preocupante é o tabagismo. De acordo com
Além de ter adotado hábitos nocivos à saúde, a mulher também apresenta mais incidência de algumas doenças devido a características únicas do organismo feminino. Um exemplo é a osteoporose, caracterizada pela perda de massa óssea e um aumento do risco de fraturas. A doença é mais comum durante o climatério, principalmente no início da menopausa, em que a diminuição dos hormônios femininos provoca um desequilíbrio entre a formação dos ossos e a reabsorção óssea. De acordo com a reumatologista do Hospital Santa Paula, Dra. Maria Cecília Anauate, os locais mais afetados pela perda são coluna lombar, fêmures e punhos. “Uma fratura osteoporótica é tipicamente associada a uma dor intensa e localizada acompanhada de espasmo muscular e redução do movimento articular. Já as fraturas vertebrais podem ser totalmente assintomáticas e associadas somente com uma perda de altura e uma cifose torácica progressiva. As fraturas da coluna lomOutubro 2016 19
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bar resultam em uma retificação progressiva da lordose lombar e podem desenvolver uma escoliose”, detalha. Para prevenir o surgimento do problema, aconselha-se a ingestão diária de cálcio de 1.200 mg para adultos com mais de 50 anos de idade. “Exercícios como musculação devem ser feitos; além de uma caminhada de pelo menos 40 minutos por dia, quatro dias por semana. Exercícios de alongamento, pilates ou de Reavaliação Postural Global (RPG) também podem ser recomendados. Deve ser evitada a ingestão de álcool, cafeína e fósforo”, orienta a Dra. Maria Cecília. A menopausa também pode ter outros efeitos ruins, como o surgimento da incontinência urinária e do ressecamento vaginal. A falta de estrogênio, o principal hormônio feminino, que deixa de ser produzido pelos ovários após a menopausa, leva a mudanças no funcionamento da musculatura da pelve e na genitália feminina, ocasionando a dificuldade de segurar a urina. “Existem diferentes tipos de incontinência urinária, por isso é importante o acompanhamento com um ginecologista, que vai definir o melhor tratamento para cada caso, que pode ser com medicação, fisioterapia ou até cirúrgico”, lembra a ginecologista do Horas da Vida, Dra. Luiza Riccio.
A mesma queda na produção de estrogênio também faz com que a região genital torne-se mais atrófica, ou seja, mais fina e sensível e com a lubrificação comprometida, levando aos sintomas de ressecamento vaginal. “O problema pode ser tratado com lubrificantes ou com o uso de cremes vaginais hormonais, sempre por recomendação do ginecologista”, afirma a Dra. Luiza. Outra doença que é mais comum entre as mulheres é a infecção urinária, devido a uma questão de anatomia: a uretra feminina, que é o canal por onde sai a urina, é mais curta, possui apenas três centímetros. Além disso, está próxima da entrada do canal vaginal e da região do ânus, o que facilita que as bactérias alcancem a uretra e cheguem até a bexiga, causando infecções. “A urina normalmente é estéril, ou seja, não deve conter bactérias. No momento em que elas chegam aos órgãos urinários, subindo pela uretra e atingindo a bexiga, se instalam e causam infecção, levando a uma reação inflamatória que ocasiona todos os sintomas desconfortáveis”, relata a Dra. Luiza. Há alguns comportamentos que podem reduzir a incidência do problema: beber bastante água; evitar segurar a urina por muito tempo; sempre fazer a higiene íntima no sentido da frente para trás, nunca ao contrário; sempre urinar após as relações sexuais.
Questões preocupantes A menstruação é outra característica exclusiva do organismo feminino. E junto dela podem vir alguns desconfortos, como cólica e Tensão Pré-Menstrual (TPM). Estima-se que a cólica menstrual possa atingir de 40% a 70% das mulheres com menos de 30 anos de idade. Em torno de 85% de todas as mulheres que menstruam relatam apresentar pelo menos um ou mais sintomas pré-menstruais. Porém, somente cerca de 2% a 10% relatam sintomas incapacitantes, segundo números apresentados pela Dra. Luiza. A cólica menstrual (ou dismenorreia) ocorre pela liberação de substâncias chamadas prostaglandinas durante o fluxo menstrual, que causam a contração do útero e dor. Já a 20 Especial Mulher
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TPM seria um conjunto de manifestações físicas, emocionais e comportamentais nas mulheres em idade reprodutiva, durante a chamada fase lútea do ciclo menstrual: após a ovulação e antes da menstruação. “Os sintomas e a intensidade podem variar de mulher para mulher e alteram as atividades diárias da paciente. Acredita-se que esses sintomas são decorrentes da interação entre os neurotransmissores do sistema nervoso central e os hormônios normalmente produzidos durante o ciclo menstrual”, conta a Dra. Luiza. A boa notícia é que há maneiras de amenizar os sintomas, tanto a cólica menstrual quanto da TPM. Mudanças de hábitos de vida, que incluem horas adequadas de sono, redução do estresse, alimentação balanceada e, principalmente, a realização de atividade física regular, podem ajudar a atenuar os sintomas desagradáveis. “Caso seja necessário o uso de medicamentos para aliviar a dor da cólica menstrual, os mais eficazes são os anti-inflamatórios. Se a cólica for se tornando cada vez mais intensa, não apresentar melhora com medicações simples ou vier associada a outros sintomas, como dor na relação sexual ou dor fora do período menstrual, a paciente deve procurar o seu ginecologista para uma avaliação”, alerta a Dra. Luiza. Com relação à TPM, quando a paciente tem sintomas incapacitantes e que não melhoram com essas medidas de qualidade de vida, também pode ser necessário o uso de medicações, sempre com o acompanhamento de um médico. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também podem ter consequências diferentes nos homens e nas mulheres. O HPV, ou Papiloma Vírus Humano, por exemplo, pode tornar-se um câncer do colo do útero quando não tratado corretamente. Mas a princípio, é um vírus comum. Estima-se que quase 80% das mulheres vão ter contato com o vírus HPV em algum momento da vida. E, na grande maioria das vezes, não apresentam nenhum sintoma – em quase 90% das mulheres infectadas, o pró-
prio sistema imunológico vai inativar o vírus em até dois anos. O HPV é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, como vulva, vagina, colo do útero e pênis. Sua transmissão ocorre, principalmente, por via sexual, mas vale ressaltar que qualquer tipo de contato íntimo desprotegido pode transmitir o vírus, não apenas nas relações com penetração. “O HPV também pode ser transmitido no parto, durante a passagem do bebê pelo canal vaginal. Existem mais de 200 tipos de HPV, classificados como HPV de baixo risco (causando verrugas genitais) ou alto risco (que podem causam o câncer de colo do útero)”, afirma a Dra. Luiza. Entre as mulheres, o HPV pode ser diagnosticado por meio de exames que são colhidos juntamente com o papanicolau, e as lesões causadas pelo vírus podem ser visualizadas na colposcopia, vulvoscopia, peniscopia e anuscopia. A presença do vírus sem nenhuma lesão não precisa ser tratada. Medidas que reforcem o sistema imunológico, como hábitos de vida saudáveis, evitar o estresse, alimentação adequada e prática de exercícios físicos ajudam o corpo a inativar o vírus. “Vale lembrar também que o HPV pode permanecer incubado por anos sem causar lesões, sendo difícil estimar em que momento da vida aconteceu o contágio. Caso a paciente apresente verrugas genitais ou alteração no papanicolau ou colposcopia causadas pelo vírus, estas lesões precisam ser tratadas pelo ginecologista”, diz a Dra. Luiza. Outubro 2016 21
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Contracepção
Poder de escolha Seja para evitar uma gravidez indesejada ou para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, existem diversos métodos que possibilitam um planejamento familiar e uma vida sexual ativa, saudável e segura Por Renata Martorelli e Vivian Lourenço
O
mundo passou por grandes transformações ao longo dos séculos e as pessoas conquistaram mais independência e direitos. A sociedade já não se assusta mais quando o assunto é igualdade entre homens e mulheres. Um dos maiores trunfos são os métodos contraceptivos. Se antigamente a mulher não podia decidir engravidar ou não, agora ela pode planejar sua vida de forma mais eficiente, além de manter uma vida sexual ativa e saudável. Isso reflete no aumento da expectativa de vida e no tamanho das famílias atuais. 22 Especial Mulher
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Com relação ao número de filhos, em 1980, a média era de quatro por mulher e agora é de um a dois. Elas também estão esperando mais tempo para tê-los. Entre as jovens de 25 a 29 anos de idade, em 2000, 69,2% delas tinham filhos e, em 2010, esta proporção caiu para 60,1%. Existe uma tendência de queda da taxa de natalidade. Conforme o exercício demográfico realizado pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o número de filhos por mulher vem reduzindo desde a década de 1960. Imagens: Shutterstock
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A quantidade de nascimentos caiu 13,3% entre 2000 e 2012, quando a taxa de fecundidade foi de 1,77 filho por mulher e são diversos os motivos que levaram a este quadro, como a busca por melhores posições no mercado de trabalho e uso de contraceptivos.
Métodos disponíveis Existem duas classificações para os métodos contraceptivos: os reversíveis, conhecidos como temporários, que ao terem seu uso interrompido, possibilitam a gestação; e os irreversíveis, conhecidos como definitivos, com intervenção cirúrgica, como vasectomia, no caso dos homens, e laqueadura tubária, para as mulheres; além do Essure, sem intervenção cirúrgica. “Os contraceptivos podem ser hormonais e não hormonais. Os hormonais são as pílulas anticoncepcionais, os adesivos transdérmicos, o anel vaginal, os injetáveis e os implantes subcutâneos. Os não hormonais são o Dispositivo Intrauterino (DIU); os preservativos, que também servem como barreira contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs); a laqueadura; o Essure, método contraceptivo permanente, implantado na tuba uterina, que se acomoda dentro da trompa, e esteriliza a mulher como a laqueadura, mas sem cirurgia; e a vasectomia para os homens”, explica a médica ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Alessandra Bedin. A função dos contraceptivos hormonais é bloquear a ovulação, uma vez que a mulher não engravida sem ela. Já o DIU, considerado não hormonal, deixa o ambiente uterino desagradável para o espermatozoide.
Funcionamento e eficácia O anel vaginal é feito de silicone transparente e flexível e deve ser inserido na vagina pela própria mulher, liberando os hormônios estrogênio e progestagênio continuamente, com duração de três semanas e uma de intervalo. Os dispositivos sem hormônio, DIU, e com hormônio, SIU, são introduzidos no útero pelo ginecologista e são de longa duração. O implante contraceptivo é um bastonete de 4 cm de comprimento, produzido com um
material plástico especial, chamado EVA (etileno-acetado de vinila), flexível e estéril. Contém em sua composição um tipo sintético do hormônio natural progesterona, chamado etonogestrel e muito semelhante aos presentes nas pílulas anticoncepcionais. Ele é adequado para mulheres que não desejam ou não devem usar estrogênio e têm interesse em um anticoncepcional de longa ação. A inserção do implante é rápida, com duração de aproximadamente dois minutos, e não é dolorosa. É realizada pelo médico, de forma simples, no próprio consultório, com um aplicador especialmente projetado para esta finalidade e anestesia local. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o implante subcutâneo é considerado o método anticoncepcional mais eficaz de todos, sendo que em cada dez mil mulheres que usam o implante, apenas cinco terão uma falha. Ele é mais eficaz até que a laqueadura das trompas uterinas, com cinco falhas em cada mil mulheres. Já entre os contraceptivos hormonais, como pílulas, DIU, liberador de levonorgestrel, adesivo, injetáveis e anel vaginal, o implante tem também o maior índice de eficácia: 99,95%. O efeito do método foi testado em diversos estudos internacionais e comprovado durante mais de nove anos de comercialização do produto em vários países. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) enviou recentemente à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) um dossiê solicitando a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de dois tipos diferentes de contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC, sigla em inglês) para ser usados por jovens com idades entre 15 e 19 anos. Esses anticoncepcionais, o implante subcutâneo e o Sistema Intrauterino liberador de Levonorgestrel (SIU – LNG), oferecem contracepção por três e cinco anos, respectivamente, e contribuem para a redução de gestações não planejadas entre adolescentes. A recomendação da OMS é de incluir os anticoncepcionais reversíveis de longa duração na lista básica de medicamentos ofertados pelos sistemas públicos de saúde de diversos países.
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Contraindicações: trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio ou AVC; presença, história ou sinais prodrômicos de trombose; história de enxaqueca com sintomas neurológicos focais; diabetes mellitus com alterações vasculares, trombose arterial ou venosa; hipertensão não controlada; presença ou história de pancreatite associada a hipertrigliceridemia grave; presença ou história de doença hepática grave enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal; insuficiência renal grave ou falência renal aguda; presença ou história de tumores hepáticos; diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de esteroides sexuais; sangramento vaginal não diagnosticado, suspeita ou diagnóstico de gravidez; fumantes acima de 35 anos; hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento. Precauções e advertências: intolerância à glicose, diabetes mellitus, hipertrigliceridemia persistente, pancreatite, disfunção hepática grave, sangramentos irregulares, ausência de sangramento por privação durante o intervalo de pausa, depressão, redução dos níveis séricos de folato, retenção de fluidos, tromboembolismo e trombose venosos e arteriais, complicações tromboembólicas pós-operatórias, trombose, trombofilias adquiridas e hereditárias, hipertensão, hiperlipidemias, obesidade, idade avançada, tabagismo; há maior risco de AVC em usuárias pacientes que sofrem de enxaqueca, lesões oculares, câncer cervical, câncer de mama, tumores hepáticos. Informar as usuárias de que os contraceptivos orais não protegem contra infecções causadas pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. A eficácia dos COCs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos, distúrbios gastrintestinais ou tratamento concomitante com outros medicamentos. Gravidez e lactação: categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato, ritonavir, griseofulvina e produtos contendo erva-de-são-joão: redução de eficácia do contraceptivo oral; penicilinas, tetraciclinas: redução da concentração do etinilestradiol; ciclosporina, teofilina e corticosteroides: podem ter suas concentrações plasmáticas reduzidas pelos contraceptivos orais; atorvastatina, ácido ascórbico, paracetamol, indinavir, fluconazol e troleandomicina: podem aumentar as concentrações séricas do etinilestradiol; modafinila: redução da eficácia do COC. Reações adversas e alterações de exames laboratoriais: dor abdominal repentina, severa ou contínua, cefaleia severa ou repentina, perda de coordenação, dor no peito, dor nas pernas, respiração ofegante inexplicada, alterações repentinas da visão e fraqueza: a medicação deverá ser suspensa. Intolerância a lentes de contato; náusea, vômito, dor abdominal, diarreia; hipersensibilidade; retenção de líquido, aumento ou diminuição de peso corporal; cefaleia, enxaqueca, alterações da libido, estados depressivos, alterações de humor; dor, hipersensibilidade, hipertrofia ou secreção nas mamas, secreção vaginal; erupção cutânea, urticária, eritema nodoso ou multiforme; alteração nos testes de função hepática e endócrina; aumento de protrombina e dos fatores VII, VIII e XI; aumento da TBG e redução da captação da T3 livre; hormônios sexuais ligados às proteínas elevados; HDL-C e triglicérides aumentados; diminuição da tolerância à glicose e dos níveis séricos de folato. Posologia: 1 comprimido ao dia durante 21 dias consecutivos, começando no primeiro dia de sangramento sempre no mesmo horário. Ao término da cartela, realizar pausa de sete dias e, no oitavo dia, reiniciar tratamento com nova cartela. DIMINUT® é eficaz a partir do primeiro dia de tratamento se os comprimidos forem tomados a partir do primeiro dia do ciclo, como descrito. Se a paciente não tiver utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, deve começar a tomar DIMINUT® no primeiro dia do ciclo. Iniciar DIMINUT® preferencialmente no dia posterior à ingestão do último comprimido ativo do contraceptivo anterior ou, no máximo, no dia seguinte ao último dia de pausa ou de ingestão dos comprimidos inativos. Começar em qualquer dia, no caso da minipílula, ou no dia da retirada do implante ou do SIU, ou no dia previsto para a próxima injeção. Nesses casos, é recomendada a utilização adicional de método contraceptivo de barreira nos primeiros sete dias de ingestão. Após abortamento no primeiro trimestre, pode ser iniciado imediatamente, sem a necessidade de medidas contraceptivas adicionais. Após parto ou abortamento no segundo trimestre, iniciar o COC no período entre o 21°- e o 28°- dia após o procedimento. Se começar em período posterior, a usuária deverá ser aconselhada a utilizar método de barreira adicional nos sete dias iniciais de ingestão. Reg. MS 1.0033.0084/Farm. resp.: Cintia Delphino de Andrade, CRF-SP nº- 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA./CNPJ 61.230.314/0001-75/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes - SP/Indústria brasileira/DIMINUT-MB01-13/Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. SIBLIMA® – gestodeno 60 mcg + etinilestradiol 15 mcg. Contém 1 cartela ou 3 cartelas com 24 comprimidos revestidos. USO ORAL E ADULTO. Indicações: contracepção. Embora com eficácia bem estabelecida, há casos de gravidez em mulheres que utilizam contraceptivos orais. Contraindicações: trombose venosa profunda (história anterior ou atual); tromboembolismo (história anterior ou atual); doença vascular cerebral ou arterial coronariana; valvulopatias trombogênicas, distúrbios trombogênicos, trombofilias hereditárias ou adquiridas, cefaleia com sintomas neurológicos focais, tais como aura; diabetes com envolvimento vascular; hipertensão não controlada; carcinoma de mama conhecido ou suspeito ou outra neoplasia dependente de estrogênio conhecida ou suspeita; adenomas ou carcinomas hepáticos, ou doença hepática ativa, desde que a função hepática não tenha retornado ao normal; presença ou história de pancreatite associada à hipertrigliceridemia grave; sangramento vaginal não diagnosticado; suspeita ou diagnóstico de gravidez; hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento. Precauções e advertências: intolerância à glicose, diabetes mellitus, hipertrigliceridemia persistente, pancreatite, disfunção hepática grave, sangramentos irregulares, ausência de sangramento por privação durante o intervalo de pausa, depressão, redução dos níveis séricos de folato, retenção de fluidos, tromboembolismo e trombose venosos e arteriais, complicações tromboembólicas pós-operatórias, trombose, trombofilias adquiridas e hereditárias, hipertensão, hiperlipidemias, obesidade, idade avançada, tabagismo; há maior risco de AVC em usuárias pacientes que sofrem de enxaqueca, lesões oculares, câncer cervical, câncer de mama, tumores hepáticos. Gravidez e lactação: categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: barbitúricos, fenitoína, primidona, rifampicina, rifabutina, fenilbutazona, dexametasona, topiramato, modafinila, ritonavir, griseofulvina; produtos contendo erva-de-são-joão, penicilinas e tetraciclinas: podem reduzir as concentrações do etinilestradiol; atorvastatina, ácido ascórbico, paracetamol, indinavir, fluconazol, troleandomicina: aumento das concentrações séricas do etinilestradiol. Reações adversas e alterações de exames laboratoriais: Reações muito comuns: cefaleia, incluindo enxaqueca, sangramento de escape/spotting. Reações comuns: vaginite, incluindo candidíase; alterações do humor, incluindo depressão, alterações da libido, nervosismo, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal; acne; dor, sensibilidade, aumento, secreção das mamas; dismenorreia, alteração do fluxo menstrual; alteração da secreção e ectrópio cervical, amenorreia, retenção hídrica/edema, alterações de peso (ganho ou perda). Reações incomuns: alterações de apetite (aumento ou diminuição),
CONTRAINDICAÇÃO: TROMBOSE VENOSA PROFUNDA. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ANTIBIÓTICOS (PENICILINA E TETRACICLINA).
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cólicas abdominais, distensão, erupções cutâneas, cloasma/melasma, que pode persistir; hirsutismo, alopecia, aumento da pressão arterial, alterações nos níveis séricos de lipídeos, incluindo hipertrigliceridemia. Reações raras: reações anafiláticas/ anafilactoides, incluindo casos muito raros de urticária, angioedema e reações graves com sintomas respiratórios e circulatórios, intolerância à glicose, intolerância a lentes de contato, icterícia colestática, eritema nodoso (nódulos subcutâneos vermelhos e dolorosos), diminuição dos níveis séricos de folato. Reações muito raras: carcinomas hepatocelulares, exacerbação do lúpus eritematoso sistêmico, exacerbação da porfiria, exacerbação da coreia, neurite óptica, trombose vascular retiniana, piora das varizes, pancreatite, colite isquêmica, doença biliar, incluindo cálculos biliares, eritema multiforme, síndrome hemolítico-urêmica. Reações de frequência desconhecida: doença inflamatória intestinal (doença de Crohn, colite ulcerativa), lesão hepatocelular (p. ex., hepatite, função anormal do fígado). Posologia: no primeiro ciclo, administrar um comprimido por dia, a partir do primeiro dia de sangramento, por 24 dias consecutivos, sempre no mesmo horário. Nos ciclos seguintes, observar um intervalo de quatro dias entre o último comprimido do ciclo anterior e o primeiro comprimido do ciclo que se inicia. Iniciar o tratamento com SIBLIMA® no dia seguinte à ingestão do último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ou, no máximo, no dia seguinte ao intervalo habitual sem comprimidos ou com comprimido inerte do contraceptivo oral combinado anterior. Começar a tomar SIBLIMA® no dia seguinte após a interrupção do uso da minipílula. Iniciar SIBLIMA® no mesmo dia de remoção do implante de progestogênio ou do dispositivo intrauterino (DIU). Iniciar SIBLIMA® na data de aplicação da próxima injeção programada. Em cada uma dessas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não hormonal de contracepção durante os sete primeiros dias de administração de SIBLIMA®. SIBLIMA® pode ser administrado imediatamente após abortamento de primeiro trimestre sem necessidade de adotar medidas contraceptivas adicionais. Iniciar SIBLIMA® no período de três a quatro semanas após parto ou abortamento de segundo trimestre. Se a paciente esquecer-se de tomar um comprimido de SIBLIMA® e lembrar dentro de até 12 horas da dose usual, deve ingeri-lo tão logo se lembre. Os comprimidos seguintes devem ser tomados no horário habitual. Se a paciente esquecer-se de tomar um comprimido de SIBLIMA® e lembrar mais de 12 horas após a dose usual ou se tiverem sido esquecidos dois ou mais comprimidos, a proteção contraceptiva pode estar reduzida. O último comprimido esquecido deve ser tomado tão logo seja lembrado, o que pode resultar na tomada de dois comprimidos de uma única vez. Os comprimidos seguintes devem ser ingeridos no horário habitual. Um método contraceptivo não hormonal deve ser usado nos próximos sete dias. No caso de vômito ou diarreia no período de quatro horas após a ingestão do comprimido, a absorção dos comprimidos pode ser incompleta e a paciente deve seguir as informações acima descritas para esquecimento. Reg. MS 1.0033.0102/Farm. resp.: Cintia Delphino de Andrade, CRF-SP nº- 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA./CNPJ 61.230.314/0001-75/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes - SP/Indústria brasileira/SIBLIMA-MB01-13/Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. MINIAN – desogestrel 150 mcg + etinilestradiol 20 mcg. Contém 1 cartela ou 3 cartelas com 21 comprimidos Uso oral e adulto. Indicações: contracepção oral. Contraindicações: trombose venosa profunda, embolia pulmonar, IC ou AVC; hipertensão grave, enxaqueca com sintomas neurológicos focais; diabetes mellitus com envolvimento vascular, presença de fator(es) de risco grave(s) ou múltiplo(s) para trombose arterial ou venosa, presença ou história de pancreatite associada à hipertrigliceridemia grave, presença ou antecedentes de distúrbios hepáticos graves; insuficiência renal grave ou falência renal aguda; presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos); diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de esteroides sexuais, sangramento vaginal sem diagnóstico, hiperplasia endometrial; porfiria, hiperlipoproteinemia; histórico de prurido intenso ou herpes gestacional. Suspeita ou diagnóstico de gravidez. Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento. Precauções e advertências: hipertrigliceridemia persistente; diabetes mellitus; depressão; sangramento de escape ou spotting. Cefaleias do tipo enxaqueca, com frequência e intensidade fora do habitual; perturbações visuais ou auditivas; tromboflebite, tromboembolia; angina de peito; cirurgias eletivas (quatro semanas antes da data prevista); imobilização forçada; icterícia; hepatite; prurido generalizado; hipertensão. As pacientes devem ser informadas de que o medicamento não protege contra infecção por HIV (AIDS) ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Trombose arterial, tromboembolismo e trombose venosa, lesões oculares, hipertensão arterial, neoplasia cervical, câncer de mama, neoplasia ou doença hepática, AVC (maior incidência em usuárias com enxaqueca com aura), tabagismo. Gravidez e lactação: categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: anticonvulsivantes, barbitúricos, antibióticos, determinados laxantes, erva-de-são-joão, modafinila: podem provocar sangramento irregular e comprometer a confiabilidade do contraceptivo oral combinado (COC). Diazepam, clordiazepóxido: aumento da incidência de toxicidade. Modafinila: redução da eficácia do COC. Fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, rifabutina e, possivelmente, oxcarbazepina, topiramato, felbamato, ritonavir, griseofulvina e produtos contendo Hypericum perforatum (erva-de-são-joão): aumento do clearance dos hormônios sexuais. Antibióticos (tetraciclinas, penicilinas): redução da eficácia dos estrogênios. Reações adversas e alterações de exames laboratoriais: intolerância a lentes de contato; trombose e aumento da pressão arterial; náusea, vômito, dor abdominal, diarreia; hipersensibilidade; retenção de líquido, redução da tolerância à glicose, aumento ou diminuição do peso corporal; cefaleia, enxaqueca, aumento ou diminuição da libido, estados depressivos, alterações de humor; hipersensibilidade, dor, hipertrofia ou secreção nas mamas, secreção vaginal; erupção cutânea, urticária, eritema nodoso ou multiforme, cloasma. Alteração dos testes de funções hepática e endócrinas; aumento de protrombina e dos fatores VII, VIII, e XI; aumento da TBG e redução da captação da T3 livre; hormônios sexuais ligados às proteínas elevados; HDL-C e triglicérides aumentados; diminuição da tolerância à glicose e níveis séricos de folato deprimidos. Posologia: no primeiro ciclo, a paciente deve ingerir um comprimido ao dia durante 21 dias consecutivos, sempre no mesmo horário, iniciando no primeiro dia de sangramento. Nos ciclos subsequentes deverá ser observado um intervalo de sete dias entre o último comprimido do ciclo que termina e o primeiro comprimido do ciclo que se inicia. Na troca de outro contraceptivo oral, o início do tratamento deve ser feito de preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do COC anterior ter sido ingerido ou, no máximo, no dia seguinte ao intervalo habitual sem comprimido ativo ou com comprimido inerte do COC anterior. Se a paciente estiver mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno, poderá iniciar MINIAN em qualquer dia, no caso da minipílula, ou no dia da retirada do implante ou do SIU ou no dia previsto para a próxima injeção. Reg. MS 1.0033.0098/Farm. resp.: Cintia Delphino de Andrade, CRF-SP nº- 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA./CNPJ 61.230.314/0001-75/Rua Alberto Correia Francfort, 88/Embu das Artes - SP/Indústria brasileira/MINIAN-MB01-13/Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação.
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Contracepção
Do total de partos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, 20% ocorre em meninas com idades entre dez e 19 anos, segundo divulgado pela Febrasgo.
A preferência nacional Entre os métodos contraceptivos, a pílula anticoncepcional é a mais usada pelas mulheres. “É a preferida pela facilidade com que é conseguida, pelo baixo preço, pela venda sem necessidade de receituário médico e pela sua ótima eficácia”, explica o ginecologista Dr. Jurandir Piassi Passos. O médico salienta que, como qualquer medicamento, tem seus efeitos colaterais, que podem ser desde uma leve dor de estômago ou cabeça, até quadros bem graves de trombose que podem acabar deixando sequelas na mulher. O consultor em saúde, Dr. Odair Albano, explica que a primeira pílula anticoncepcional surgiu em 1961, nos Estados Unidos. “Continha 150 mcg de mestranol e 9.850 mcg de noretinodrel. Combinava os dois hormônios femininos, um estrogênio e um progestagênio sintético, em altas concentrações.” Já no ano seguinte, em função dos efeitos adversos, principalmente cardiovasculares, foi lançado outro medicamento, com metade da concentração dos hormônios. Nos anos seguintes, a concentração de etinilestradiol foi sendo progressivamente reduzida e, atualmente, existem pílulas com apenas 15 mcg do hormônio. “Hoje, existem pílulas com concentrações até dez vezes menos de estrogênio e 164 vezes menos de progestagênio, em diferentes apresentações com 21, 22, 24 e 28 comprimidos, e ainda com possibilidade de uso estendido e que foram agregando eficácia contraceptiva, segurança e benefícios extracontraceptivos”, detalha o Dr. Albano. De acordo com o ginecologista, Dr. José Bento, com a evolução da indústria farmacêutica, a dosagem foi sendo reduzida cada vez mais e, atualmente, as pílulas causam pouquíssimos efeitos colaterais, e com diversas opções no mercado, possibilitando que sua utilização vá além da contracep-
ção. “Atualmente, existem pílulas que além da contracepção, promovem melhorias na pele, reduzem o fluxo sanguíneo, melhoram os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM).” Com a mudança do papel da mulher na sociedade, as pílulas anticoncepcionais também evoluíram. “A eficácia continua sendo importante, mas outros aspectos são considerados. A prescrição pelo médico deve ser individualizada, observando-se os Critérios de Elegibilidade da OMS e as necessidades de cada paciente”, diz. Como regra, o anticoncepcional moderno deve oferecer uma boa eficácia contraceptiva, benefícios extracontraceptivos (regularização do ciclo menstrual, redução de sintomas pré-menstruais e dos efeitos androgênicos), poucos efeitos adversos (manutenção do peso, sexualidade e baixos riscos metabólicos e tromboembolismo), segurança e boa tolerabilidade. Muitas mulheres também não desejam menstruar todos os meses, com suspensão da pausa e, neste caso, a pílula deve manter a mesma eficácia, segurança e tolerância para ter seu uso estendido. Os médicos esclarecem que existem estudos indicativos de que a pílula anticoncepcional protege a fertilidade da mulher, uma vez que diminui os riscos de endometriose, cisto no ovário, aparecimento de mioma e pólipo uterino. “Além disso, ela também protege a mulher contra o câncer do ovário e do endométrio”, ressalta o Dr. Bento. Para a eficácia, os ginecologistas dizem que a pílula anticoncepcional tem 98% de resultado positivo, desde que seja tomada corretamente, sempre no mesmo horário. Essa taxa é medida pelo Índice de Pearl, que avalia a porcentagem de falha do método e é calculada pelo número de gestações por 12 meses por 100 mulheres. A taxa de falha dos contraceptivos hormonais orais é muito baixa, oscila entre < 1% por ano com uso perfeito e < 10% por ano pelo uso atípico (erros no uso), segundo a OMS, os índices de falha são ainda menores, na média 0,3% e 3% respectivamente.
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Secura Vaginal
A importância da hidratação Distúrbio atinge mulheres de todas as idades e afeta de forma significativa a vida sexual. Uso de lubrificantes e hidratantes torna-se essencial Por Renata Martorelli
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roblema que aflige milhões de mulheres pelo mundo, a secura vaginal pode tornar desconfortável até mesmo atividades diárias, como sentar, andar e pedalar. A diminuição da lubrificação natural pode estar associada à diminuição da libido, com impacto no período de excitação, ou pela baixa produção hormonal relacionada à menopausa. A secura vaginal, também conhecida como ressecamento vaginal, é um sintoma que decorre da atrofia da mucosa da vagina. A falta de lubrificação é um dos
vários sintomas que ocorrem na chamada síndrome de atrofia urogenital, que está associada à queda progressiva dos estrogênios, chamada hipoestrogenismo. Segundo o médico ginecologista e 2o vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), Dr. Rogério Bonassi Machado, as condições que geram hipoestrogenismo e levam ao ressecamento vaginal são: menopausa natural ou após a retirada dos ovários; tratamento com radioterapia ou quimioterapia; algumas doenças autoimunes; Imagem: Shutterstock
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associando-se basicamente a um adelgaçamento (diminuição da densidade) do tecido vaginal, redução da circulação sanguínea, da elasticidade e da lubrificação vaginal. “Os pequenos lábios afinam, a entrada da vagina retrai, o meato da uretra torna-se proeminente e sensível ao trauma da mesma forma que a mucosa, que está mais afinada e com perda da flexibilidade. Isso ocorre de uma forma progressiva, variável de mulher para mulher, se não há uma intervenção adequada para a sua prevenção.”
Descoberta, prevenção e tratamento
tabagismo; medicações, como o tamoxifeno e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH); e o aumento da prolactina durante a lactação. “Todas essas condições clínicas têm como elemento central a falta do estrogênio. Esse hormônio é absolutamente necessário para manter o trofismo vaginal, por ação direta na mucosa da vagina e também propiciando a ação dos lactobacilos, favorecendo o pH baixo no local”, esclarece o Dr. Machado. O médico ginecologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Dr. Eddy Nishimura, afirma que as alterações anatômicas e fisiológicas na vagina e bexiga associadas com a menopausa estão diretamente relacionadas à redução dos níveis circulantes de estrogênio e ao envelhecimento,
Segundo o site inglês Daily Mail, em 2013, foi realizada uma pesquisa que ouviu duas mil pessoas. O resultado concluiu que 20% das mulheres se sentem depressivas devido à secura vaginal; 25% delas disseram ser “menos femininas” por causa do problema; quase metade disse se sentir mais “velha” por isso; e 50% afirmaram não ter relações sexuais de jeito nenhum devido ao problema. A dor causada pela falta de lubrificação diminui a excitação e a sensação de prazer, reduzindo ainda mais a capacidade de lubrificação. A causa também pode estar relacionada a problemas ginecológicos mais sérios, desequilíbrios na flora vaginal e questões psicológicas. Outros fatores que contribuem são o estresse, a ansiedade, o cansaço e o medo, que acabam prejudicando a lubrificação das paredes vaginais, bloqueando a excitação sexual e a umidificação. O problema pode atingir mulheres de todas as faixas etárias, mas ocorre com mais frequência em mulheres na menopausa, idosas, ou que não estejam preparadas para a relação sexual. Os primeiros sintomas que devem ser observados segundo o coordenador do Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Edilson Ogeda, são: dor e ardor durante as relações sexuais e, algumas vezes, sangramento. De acordo com o Dr. Nishimura, a diminuição do trofismo do tecido vaginal e o aumento da friabilidade também predispõem a traumas com a atividade sexual, causando dor vaginal, queimadura, fissuras, irritação e hemorragia após o sexo. “Coexistem problemas urinários, tais como aumento da frequência de micção, urgência e ardor ao urinar e infecções urinárias recorrentes”, diz o médico. Existem diversos tratamentos disponíveis para o ressecamento vaginal, hormonais e não hormonais, sob a fórmula de pílulas, cremes, supositórios, pomadas ou géis, além do uso de hidratantes e lubrificantes. Outubro 2016 29
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Beleza
O poder da estética Saber aconselhar as consumidoras a respeito da rotina diária de cuidados pessoais é uma importante estratégia de fidelização e aumento do tíquete médio da farmácia Por Flávia Corbó 30 Especial Mulher
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A
beleza sempre foi algo muito valorizado pelas mulheres. Antigamente, era preciso cuidar da aparência para ser desejável aos olhos de um bom partido. Ao longo das décadas, as prioridades femininas mudaram, mas a beleza seguiu como um item valorizado. Se hoje casamento não é a prioridade, sucesso na carreira está no topo da lista. E, mais uma vez, os cuidados pessoais são considerados um aliado para o alcance dos objetivos, pois conferem um ar de competência e profissionalismo.
Em meio a essas mudanças da dinâmica da sociedade, os homens estão cada vez mais vaidosos e dispostos a gastar dinheiro com itens de beleza, no entanto, são elas ainda as grandes consumidoras de cosméticos – 70% do total, segundo a consultoria Boston Consulting Group (BCG). Esse percentual tem uma representatividade importante, já que, somente no Brasil, o mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) movimentou R$ 23,4 bilhões entre junho de 2015 e maio de 2016. Imagens: Shutterstock
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Nas grandes redes de farmácias, a venda desses artigos já representa 34% do total do faturamento das lojas, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Devido à tamanha importância, é fundamental que o varejista esteja atento aos principais lançamentos e conheça os desejos da sua consumidora quando se trata de beleza. De maneira geral, uma das maiores preocupações da brasileira é manter-se jovem e com o corpo em dia, segundo revela a assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Caroline Assed Saad. “Tratamentos rejuvenescedores são feitos cada vez mais cedo e, por sermos um país tropical, o culto ao corpo é sempre ressaltado. Por isso, tratamentos corporais para flacidez, celulite, gordura localizada devem sempre ser inovados.” Já a farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos, Mika Yamaguchi, chama a atenção para diferentes necessidades em regiões distintas do País. “No Rio de Janeiro, por exemplo, há uma preocupação grande para tratamentos corporais e na Região Sul, para os tratamentos faciais. A regionalização dos produtos pode fazer uma grande diferença no público-alvo.”
Ritual diário Quando se trata de beleza, além de oferecer um sortimento alinhado ao que a mulher deseja, é preciso contar com uma equipe preparada para tirar possíveis dúvidas das consumidoras. Saber qual deve ser a rotina ideal de cuidados com a pele e o corpo ajuda no momento de indicar os produtos corretos e a melhor forma de usá-los. De acordo com dermatologistas, os cuidados com a beleza devem começar pela manhã, com a combinação de limpeza, tonificação, hidratação e fotoproteção. “Deve-se lavar o rosto com sabonetes específicos para cada tipo de pele, usar cremes rejuvenescedores, antioxi-
dantes e tônicos prescritos pelo dermatologista e aplicar filtro solar diariamente nas áreas expostas, independentemente de estar sol ou não”, aconselha a Dra. Caroline. Ao longo do dia, o protetor solar facial deve ser reforçado. Esse cuidado deve existir desde a infância, pois a exposição excessiva ao sol ou mais de três queimaduras durante o período da infância podem levar ao câncer de pele na vida adulta. “É fundamental iniciar a proteção da pele desde muito cedo, assim poderemos nos prevenir. O sol também é um fator importante no processo de envelhecimento e formação de manchas”, destaca Mika. As brasileiras parecem estar seguindo à risca às orientações médicas já que o protetor solar é o produto cosmético mais vendido nas farmácias do País, segundo dados do IMS Health. A consciência da importância da fotoproteção fez com que o produto deixasse de ser sazonal para virar rotineiro. À noite, os cuidados com a pele do rosto mudam, mas também devem ser levados à risca. “Deve ser feita a limpeza da pele (solução mineral + sabonete), além da aplicação de cremes noturnos (clareadores, anti-idade, estimulantes) na face, nas pálpebras, no pescoço e colo”, orienta a especialista em clínica médica, dermatologia, medicina estética e cabelo (tricologia), Dra. Cristiane Braga L. Kanashiro. Para o corpo, a hidratação também é um passo essencial, que deve ser realizado logo após o banho. Evitar banhos quentes, excesso de sabões e buchas também são atitudes benéficas. Cremes para as mãos podem ser aplicados várias vezes ao dia, enquanto produtos para os pés devem ser usados à noite. Todos os itens de cuidados corporais têm boa aceitação no mercado e se configuram na terceira colocação dos itens de beleza mais vendidos no Brasil. Outubro 2016 31
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*Base PMB MIX (auditoria de demanda nacional no canal farma) – junho/2016 – R$ CH (Preço ao Consumidor) MAT (Moving Annual Total – Movimento Anual Total, em português, que significa ano móvel acumulado) IMS Health Confidential 06/2016 ** Base PMB MIX – junho/2016 – Unidades MAT Fonte: IMS Health
No entanto, vale lembrar que além de cosméticos, uma boa alimentação e atividade física regular influenciam muito no cuidado do corpo. Esses fatores são fundamentais no tratamento de um dos maiores pesadelos feminino: a celulite. “É um processo multidisciplinar e deve ser feito associando atividade física, boa alimentação e tratamentos estéticos, como laser e drenagem linfática, por exemplo”, afirma a Dra. Caroline. Já as estrias podem ser tratadas com cremes e, quanto mais cedo, melhores resultados. “Cremes com ácido retinoico e seus derivados são os mais eficazes.” Dentro do ritual de beleza ideal, não podiam ficar de fora os cabelos, grande preocupação das brasileiras – xampus e os produtos de tratamento pós-xampu ocupam a quarta e quinta colocação, respectivamente, dos itens preferidos das mulheres. O tratamento correto consiste
em lavar os fios com xampu específico para cada tipo de cabelo e, em seguida, fazer hidratação com máscaras e leave-in. A Dra. Cristiane dá outras dicas: lavar os cabelos em dias alternados com água morna para fria, aplicar condicionador somente nas pontas (poupar o couro cabeludo) e usar máscaras hidratantes mais profundas a cada 15 dias.
Outros cuidados A atenção das consumidoras e boa parte dos lançamentos das indústrias estão concentrados em produtos para o rosto, corpo e cabelo. No entanto, há outras áreas mais sensíveis que precisam de cuidados diários para que não se tornem uma dor de cabeça. Os lábios, por exemplo, estão tão expostos aos efeitos nocivos dos raios solares quanto à pele do rosto, inclusive podem desenvolver câncer. Por is-
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PRODUTOS IDEAIS PARA CADA ÁREA DO CORPO
Cabelo: xampu e condicionador específico para cada tipo de cabelo, máscaras e leave-in. A cada 15 dias, máscara de hidratação profunda
Lábios: sticks ou cremes hidratantes, com proteção solar labial
Unha: Acetona, removedor, esmalte, hidrante para unhas e cutículas. Kit pessoal de cutelaria
Rosto: sabonetes específicos para cada tipo de pele, cremes rejuvenescedores e antioxidantes, tônicos e filtro solar
Corpo: hidratante e cremes anticelulite, que devem ser combinados com boa alimentação, exercícios físicos e tratamentos estéticos
so, devem estar sempre bem cuidados. “Além de estar hidratado, o lábio deve ser protegido do sol. Existem hidratantes com protetor solar labial, na forma de sticks ou em cremes, que devem ser usados diariamente”, sugere a Dra. Caroline. Outra área, que muitas vezes passa despercebida, são as unhas. Apesar de a brasileira ter o cuidado de mantê-las sempre esmaltadas, se esquece de seguir rituais que ajudam a deixá-las saudáveis. De acordo com a Dra. Caroline, é permitido pintar as unhas todas as semanas,
contanto que o esmalte seja retirado um dia antes da ida à manicure e receba hidratação.“É importante optar por removedores ao invés de acetonas. Outra ressalva é sempre levar seu próprio material para a manicure, a fim de evitar contaminações por vírus, bactérias e fungos. A principal forma de contágio de micoses nas unhas é na manicure.” Vale manter esses produtos secundários próximos à área de exposição dos esmaltes e oferecer essas orientações para aumentar o tíquete médio da categoria. Outubro 2016 33
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Assepsia
Hábito fundamental Higienizar as mãos com frequência é um ato simples, mas de extrema importância para a saúde, que deve ser incentivado desde a infância pelas mães
Por Flávia Corbó
N
a década de 1860, o médico austríaco Ignaz Philipp Semmelweis decidiu investigar por que a clínica obstétrica onde trabalhava tinha uma taxa de mortalidade das pacientes três a dez vezes maior que outra unidade onde as mulheres eram atendidas por parteiras. Após certo período de estudo, o médico concluiu que a única diferença entre os partos realizados pelos profissionais da clínica e pelas parteiras era a higienização das mãos. Decidiu, então, exigir que os médicos da clínica passassem a realizar a assepsia das mãos antes do parto. O resultado foi impressionante: a taxa de mortalidade das parturientes, que girava em torno de 40%, caiu para 3%. Foi a partir dessa descoberta que a importância de manter uma boa higienização foi disseminada entre os profissionais de saúde e, posteriormente, entre a população. É um ato simples, mas de extrema importância para a saúde, conforme explica o infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. José Ribamar Branco: “A mão é um dos principais veículos de transmissão de doenças. Se você tem uma gripe e espirra, você utiliza as mãos para cobrir o espirro. Em seguida, você toca na mesa, no telefone. Isso facilita a transmissão para outras pessoas que vão pegar nos mesmos objetos”. Quando se fala da importância da higienização das mãos para evitar a proliferação de doenças, as gripes e os resfriados são os problemas mais citados. No entanto, mãos mal lavadas também podem colaborar para a transmissão de outras doenças, como endobactérias, que provocam diarreia, e 34 Especial Mulher
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dentro de ambientes hospitalares, infecções provocadas por bactérias multirresistentes. Diante de tantos riscos, é fundamental que a higienização das mãos faça parte da rotina. “Sempre depois de ir ao banheiro, antes de manusear alimentos, ao chegar da rua”, exemplifica o Dr. Branco, lembrando que o hábito deve ser ensinado desde criança, daí a importância de uma mãe presente e atenta. “É preciso educar as crianças a lavar as mãos. E os pais têm de dar o exemplo. Isso é muito importante, porque as crianças imitam muito os pais. Não adianta mandar lavar, se os pais não lavam”, alerta o Dr. Branco, lembrando que os pequenos estão mais suscetíveis a infecções, por isso precisam ser acompanhados de perto. Um dos grandes debates que ocorrem em torno da maneira correta de se higienizar as mãos é sobre a escolha entre sabonete e álcool em gel. De acordo com o Dr. Branco, não há razão para discussão, já que ambos os processos de higienização são igualmente eficientes. “A diferença é que o álcool em gel está mais disponível, pode ser levado a qualquer lugar.” De acordo com o diretor comercial da Hi Clean, Igor Malatesta, o álcool em gel é capaz de eliminar 99,9% das bactérias. “O ideal é que seja aplicado cerca de 1,3 ml de álcool em gel na palma da mão.” As embalagens pump já são programadas para liberar a quantidade correta de produto. “Quando se higieniza com o sabão, a limpeza correta leva em torno de 40 segundos. Já com o álcool em gel, é mais rápido, em torno de 20 segundos”, descreve o Dr. Branco. Imagem: Shutterstock
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