GENÉRICOS
REVISTA DIRIGIDA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
ANO XXIV |Nº 294 | MAIO DE 2017
ESPECIAL
Parte integrante do
BOAS PRÁTICAS Assim como qualquer outro medicamento, o genérico precisa passar por testes rigorosos de certificação de qualidade
PANORAMA Os genéricos movimentaram R$ 23,5 bilhões no ano móvel de fevereiro de 2017. Crescimento se explica no binômio qualidade e preço
PODER CADA VEZ MAIOR
Mesmo com crescimento anual de dois dígitos, o potencial dos genéricos no Brasil ainda é enorme. Há 18 anos no mercado, consolidam-se como a opção mais econômica em momentos de crise, com eficácia e segurança inquestionáveis
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DITORIAL
FATORES DE FORTALECIMENTO
EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel
A
té os genéricos chegarem ao consumidor final, a indústria precisa garantir que diversos padrões de qualidade sejam aprovados pelos órgãos reguladores em todos os processos de produção. E, nessas etapas, o mais importante é assegurar que o genérico produzido seja, de fato, intercambiável com um medicamento de referência. Por lei, precisam passar por testes de bioequivalência e testes de equivalência farmacêutica. Graças a eles, os medicamentos genéricos são intercambiáveis, podendo substituir os de referência indicados nas prescrições médicas. Não há dúvidas, há segurança em todo o processo. Segundo dados da QuintilesIMS, os genéricos movimentaram R$ 23,5 bilhões no ano móvel de fevereiro de 2017 (acumulado de março de 2016 a fevereiro deste ano), alta de 13,80% em relação ao mesmo período do ano anterior, e de 95,78% na comparação com 2013. Esse crescimento é superior ao registrado pelo mercado total de medicamentos, que aumentou 12,77% de 2016 para 2017, e 64,58% de 2013 para 2017. Em volume (unidades), no ano móvel de fevereiro de 2017, os genéricos contabilizaram 1,149 bilhão de unidades vendidas, acréscimo de 11,95% em relação ao mesmo período
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do ano anterior. A alta também é maior do que a atingida pelo mercado total de medicamentos, que alcançou apenas 3,86%. São diversos os motivos que fazem os genéricos se fortalecerem cada vez mais. Entre eles, o aumento da expectativa de vida e o momento de instabilidade econômica, que faz com que os brasileiros tenham de fazer concessões para continuar seus tratamentos de saúde. Contra fatos não há argumentos. Os genéricos devem ser sempre uma aposta certeira em seus negócios. Boa leitura.
DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri
MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Kathlen Ramos Revisão Maria Elisa Guedes Impressão Prol
> www.guiadafarmacia.com.br Suplemento Especial Genéricos é uma publicação anual da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 Tel.: (11) 5082 2200 E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora.
Lígia Favoretto Editora-chefe
O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
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UMÁRIO
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14 MERCADO
PANORAMA Segmento de genéricos cresce acima do mercado geral de medicamentos e se destaca em ano de crise. Reajuste de preços marca o início de 2017 e como os novos preços podem influenciar o setor
18 INDÚSTRIA Os investimentos das farmacêuticas e seus padrões de fabricação são essenciais para que os genéricos tenham qualidade, eficácia e segurança comprovadas nos testes de equivalência farmacêutica e da bioequivalência 6
Além das diferenças de preços entre os medicamentos genéricos e os de referência, o consumidor encontra discrepância altíssima entre os próprios genéricos por conta da prática de descontos
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BOAS PRÁTICAS
ADESÃO
O Certificado de Boas Práticas de Fabricação é um documento concedido após inspeção e que garante que os produtos estão sendo consistentemente produzidos e controlados
Genérico é a opção mais atrativa para os consumidores diante da crise econômica do País. Em doenças crônicas e medicamentos de uso contínuo, tem papel importante no acesso à saúde
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ANORAMA
UMA ALTERNATIVA DE QUALIDADE DIANTE DA CRISE Com o bolso apertado, brasileiros realizam concessões para seguir seus tratamentos de saúde, fazendo com que os genéricos se tornem uma ótima opção. Nessa toada, seguem em crescimento e com muito potencial no País
TEXTOS: KATHLEN RAMOS
T
rês mil e oitocentos registros, em 21,7 mil apresentações disponíveis. Este é o total de medicamentos genéricos ofertados no País, que contam com opções para praticamente todas as doenças conhecidas. Apesar de ainda serem um mercado discreto quando comparados a outros países no mundo, os genéricos comprovam, por números, que ganharam a aprovação popular. Segundo dados da QuintilesIMS (antigo IMS Health), os genéricos movimentaram R$ 23,5 bilhões no ano móvel de fevereiro de 2017 (acumulado de março de 2016 a fevereiro deste ano), alta de 13,80% em relação ao mesmo período do ano anterior, e de 95,78% na comparação com 2013. Esse crescimento é superior ao registrado pelo mercado total de medicamentos, que aumentou 12,77% de 2016 8
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para 2017, e 64,58% de 2013 para 2017. Em volume (unidades), no ano móvel de fevereiro de 2017, os genéricos contabilizaram 1,149 bilhão de unidades vendidas, acréscimo de 11,95% em relação ao mesmo período do ano anterior. A alta também é maior do que a atingida pelo mercado total de medicamentos, que alcançou apenas 3,86%. São diversos os motivos que fazem os genéricos se fortalecerem no mercado de medicamentos. Entre eles, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros que, com a idade mais avançada, demandam por mais tratamentos de saúde. Outra razão, mais recente, se justifica pelo momento de instabilidade econômica, que faz com que os brasileiros tenham de fazer concessões para continuar seus tratamentos de saúde. “Medicamento é um item essencial, com o IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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REALIDADE GLOBAL Mesmo com crescimento anual de dois dígitos, o potencial dos genéricos no Brasil ainda é enorme. No País, esses medicamentos estão no mercado há cerca de 18 anos e, portanto, ainda há muitas oportunidades futuras de expansão, tendo em vista as patentes de medicamentos de referência que ainda estão para expirar. A partir da análise do que já acontece em outros países, onde esse mercado já é mais maduro, é possível ter noção do crescimento que o Brasil ainda pode atingir, conforme afirma o diretor da divisão de genéricos da Merck, Eduardo Lima.“Nos Estados Unidos, por exemplo, os genéricos já estão no mercado há 30 anos e a variedade destes medicamentos, por lá, já é muito grande”, diz. O diretor de marketing e Inteligência de Mercado da Sandoz, Guilherme Barsaglini, lembra que a participação dos genéricos no mercado farmacêutico brasileiro corresponde a apenas 30% do total de medicamentos. Na União Europeia, os genéricos representam 70% do mercado total; nos Estados Unidos, equivalem a 75%; e, no Canadá, a 90% do geral. “Isso demonstra que ainda há muito espaço a ser conquistado no mercado de genéricos brasileiro”, finaliza Barsaglini.
DEZ MEDICAMENTOS GENÉRICOS MAIS VENDIDOS EM VALOR (R$)
qual o consumidor não pode ficar sem. E em tempos de crise, os genéricos tendem a crescer acima do mercado farmacêutico total em razão, principalmente, da migração de demanda dos medicamentos de referência para esta classe, já que se busca economizar com produtos de qualidade”, comenta o farmacêutico do setor de lançamentos do Teuto, Thiago Lobo Matos. A presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles, reforça que o crescimento do setor se explica no binômio qualidade e preço. “Por lei, os genéricos precisam ser, no mínimo, 35% mais baratos que os medicamentos de referência. Mas, na prática, esses valores chegam a ser, em média, 60% menores por conta da competição entre as empresas”, explica.
RANKING
PRODUTO
FABRICANTE
1.
Citrato de Sildenafila
Neo Química
2.
Losartana Potássica
Neo Química
3.
Citrato de Sildenafila
Eurofarma
4.
Sinvastatina
Sandoz do Brasil
5.
Losartana Potássica
EMS Pharma
6.
Pantoprazol
Aché
7.
Losartana Potássica
Medley
8.
Omeprazol
Teuto do Brasil
9.
Losartana Potássica
Teuto do Brasil
10.
Losartana Potássica
Eurofarma
Fonte: QuintilesIMS (antiga IMS Health). Ranking de Produtos Genéricos, em Valores R$, a Preço Lista, no canal varejo/farmácia, ano móvel fev.17 (acumulado dos meses de mar.16 a fev.17)
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Ciência, tecnologia e saúde. Palavras que da marca líder em medica men Marca forte
O Brasil conhece. Maior investimento em mídia. Presente em 80% dos lares.2
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Maior complexo farmacêutico da América Latina
Capacidade de produzir mais de 55 milhões und./mês, atingindo recordes de produção.
Confiança
Medicamento eficaz e seguro. Laboratório mais vendido no Brasil.1
Referências consultadas: 1. IMS Health PMB unidades Fev./2017. 2. Pesquisa Milward Brown, 2016. 3. IMS Health ED. Fev./2017. Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99
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vras que definem bem a forma de pensar dica mentos genéricos do País¹. Disponibilidade
Presente em 91,5% das farmácias brasileiras.3
Tradição
57 anos de mercado.
Altos padrões de qualidade
Investimento contínuo em capacitação e melhorias.
Alto nível tecnológico
O mais moderno e avançado centro de pesquisa e desenvolvimento da América Latina.
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ANORAMA
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
REAJUSTE DE PREÇOS Desde o dia 31 de março último, os brasileiros contam com uma nova tabela de preços dos medicamentos, que passaram pelo reajuste anual. E com os genéricos também vale a regra. “A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu os percentuais de reajustes de preços de medicamentos e os genéricos tiveram aumento de 1,36%”, constata a presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles. Mas mesmo com o reajuste, os genéricos seguem com preços, no mínimo, 35% inferiores aos medicamentos de referência. “O percentual de diferença entre o medicamento genérico e o de referência não é determinado pelo mercado e, sim, pela força da lei. Portanto, é obrigatório”, esclarece o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto.
DEZ MEDICAMENTOS GENÉRICOS MAIS VENDIDOS EM VOLUME (UNIDADES) RANKING
PRODUTO
FABRICANTE
1.
Dipirona Sódica
Neo Química Neo Química
2.
Losartana Potássica
3.
Citrato de Sildenafila
Neo Química
4.
Losartana Potássica
Teuto do Brasil
5.
Levotiroxina Sódica
Merck
6.
Losartana Potássica
EMS Pharma
7.
Maleato de Enalapril
Teuto do Brasil
8.
Citrato de Sildenafila
Eurofarma
9.
Hidroclorotiazida
EMS Pharma
10.
Hidroclorotiazida
Teuto do Brasil
Fonte: QuintilesIMS (antiga IMS Health). Ranking de Produtos Genéricos, em unidades, no canal varejo/farmácia, ano móvel fev.17 (acumulado dos meses de mar.16 a fev.17)
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Para a indústria, os genéricos têm potencial de se desenvolverem ainda mais no País, por diversas razões. Entre elas, a possibilidade de tratar a maioria das doenças conhecidas e o vencimento de patentes de grandes laboratórios, que possibilitam a expansão das linhas de tratamento, segundo explica o presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni, indicando outras perspectivas de expansão para a classe. “Sabemos que o potencial de crescimento dos genéricos é muito maior e enxergamos oportunidades em medicamentos para o tratamento de doenças, como Alzheimer, Parkinson e câncer”, acrescenta. Além dos nichos citados pelo executivo da Prati-Donaduzzi, há outros que podem ser explorados, especialmente entre o desenvolvimento de produtos de alta complexidade, de difícil desenvolvimento e produção. E a EMS reforça o desejo em apostar neste segmento a partir de genéricos inalatórios, já que são poucas as empresas que dominam tal tecnologia. “Visamos ser um desses laboratórios em breve. O mercado de inalatórios no mundo, considerando os produtos com patentes a expirar, deve movimentar US$ 18 bilhões entre 2014 e 2018”, revela o diretor comercial da unidade de Genéricos da empresa, Aramis Domont. Apesar de todas as oportunidades, é preciso pontuar que esse mercado também têm desafios importantes a ser vencidos para que possa prosperar mais no País. Um deles é a morosidade na análise dos pedidos de patentes pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), cujo tempo tem sido, em média, de 12 anos. “Essa demora propicia aos detentores das patentes um benefício maior que os 20 anos definidos por lei. Como a fila é grande no INPI, o intervalo entre o depósito e a análise se prolonga”, lamenta Telma. Outra dificuldade diz respeito à sobreposição de funções entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o INPI na análise de patentes, que também tem sido um fator de demora nas aprovações. Mas um novo acordo, recém-firmado entre os dois órgãos, deve amenizar essa difícil realidade. “O novo formato de análise determina que a Anvisa fará a análise de dados relacionados à saúde e, o INPI, a avaliação de dados de patenteabilidade (inovação, atividade inventiva e utilidade industrial). E para temas considerados de fronteira, será criado um grupo intersetorial, com representantes tanto da Anvisa, quanto do INPI”, indica Telma, salientando que a expectativa é de que o acordo traga maior agilidade para as análises de pedidos de patentes, visto que pelo menos 21 mil processos relacionados a medicamentos estão acumulados no INPI e na Anvisa desde 2010.
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FATURAMENTO DO MERCADO FARMACÊUTICO TOTAL EM VALOR (R$)* MAR.12 A FEV.13
MAR.13 A FEV.14
MAR.14 A FEV.15
MAR.15 A FEV.16
MAR.16 A FEV.17
TOTAL
53.801.811.125
60.882.211.195
68.195.906.517
78.518.950.449
88.551.645.471
MARCA
24.065.075.829
27.728.079.512
31.077.772.078
35.672.362.353
40.520.307.459
REFERÊNCIA
17.445.608.511
18.474.324.357
19.902.232.611
21.797.063.632
24.066.336.143
GENÉRICO
12.005.364.746
14.342.958.386
16.854.832.708
20.654.323.600
23.505.137.905
SIMILAR
285.762.039
336.848.940
361.069.121
395.200.864
459.863.964
FATURAMENTO DO MERCADO FARMACÊUTICO TOTAL EM VOLUME (UNIDADES)** MAR.12 A FEV.13
MAR.13 A FEV.14
MAR.14 A FEV.15
MAR.15 A FEV.16
MAR.16 A FEV.17
TOTAL
2.835.056.095
3.078.899.191
3.298.639.912
3.563.268.627
3.701.087.833
MARCA
1.362.857.213
1.513.229.917
1.620.565.785
1.736.655.411
1.760.662.902
GENÉRICO2
728.709.547
823.139.551
906.270.655
1.027.174.284
1.149.923.348
REFERÊNCIA3
711.996.444
704.613.116
730.115.411
752.451.580
738.031.908
SIMILAR 4
31.492.891
37.916.607
41.688.061
46.987.352
52.469.675
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*Fonte: QuintilesIMS (antiga IMS Health), auditoria de mercado farmacêutico Pharmaceutical Market Brazil, base de fev.17. Demanda em valores (R$) a Preço Lista [preço máximo de um medicamento regulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)], no canal varejo, total Brasil **Fonte: QuintilesIMS (antiga IMS Health), auditoria de mercado farmacêutico Pharmaceutical Market Brazil, base de fev.17. Demanda em Unidades, no canal varejo, total Brasil 1. Marca: é chamado de marca similar ou cópia. Não é considerado um genérico porque tem uma marca comercial e não tem comprovação de testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Exemplo: Anador. 2. Genéricos: pela lei, é considerado um medicamento genérico quando provada a sua bioequivalência e for aprovado em testes de biodisponibilidade comparado com uma determinada referência. Geralmente são produzidos após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade. Exemplo: Dipirona Sódica. 3.Referência: é um produto de marca pura e inovadora para o mercado, ou seja, o primeiro medicamento aprovado e comercializado com determinada molécula ou combinação de moléculas. Exemplo: Novalgina. 4. Similar: é chamado de genérico similar ou similar sem marca, pois é um produto que não possui uma marca comercial e não é considerado genérico pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido a não possuir testes comparativos de bioequivalência e biodisponibilidade. Exemplo: Eucaliptol.
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ERCADO
PRODUTOS IGUAIS, PREÇOS DIFERENTES Genéricos podem apresentar valores bastante distintos entre os laboratórios e pontos de venda. Entenda por que essa variação acontece
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abe-se que, entre os medicamentos genéricos e os de referência, pode haver uma grande disparidade de preços, que variam, em média, entre 35% e 60%. Mas entre os próprios genéricos, o consumidor também pode encontrar discrepâncias entre os valores ofertados pela indústria e praticados nas farmácias. Segundo explica o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto, o mercado de medicamentos é regulado pelo Estado e a Lei 9.787, de 1999, determina, apenas, que o genérico deverá sempre ser 35% mais barato em comparação ao preço 14
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de lista do medicamento de referência. Exceto essa ressalva, o valor final oferecido nas farmácias pode variar e depende de diversas variáveis. “Cada fabricante, distribuidor e ponto de venda (PDV) pode oferecer mais descontos com base em diversos fatores, como a relação entre oferta e demanda, as negociações da cadeia farmacêutica, a concorrência do medicamento e outros aspectos”, explica. Entre os laboratórios, o preço pode variar de acordo com a especialidade de cada um deles, segundo mostra o diretor da divisão de genéricos da Merck, Eduardo Lima. “Nossa fábrica, no Rio de Janeiro, produz metformina para o Brasil, México e Europa, por exemplo. Então, IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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nossa escala de compras é muito maior e, pelo volume, conseguimos um custo menor ao consumidor”, justifica. Para o farmacêutico, professor, palestrante e consultor de empresas, Pedro Dias, a diferença de preços na indústria também pode estar atrelada a questões estratégicas no posicionamento dos produtos. “Se a indústria (A) opta por comercializar produtos com Preço Fábrica (PF) menor, e a indústria (B) por PF maior, esta última pode ter escolhido posicionar seu produto como premium. Em tese, os produtos da indústria (B) possuem melhor posicionamento e esta percepção para o consumidor fica evidente”, exemplifica. A mesma situação pode acontecer no dia a dia das drogarias. No Brasil, há diversos posicionamentos de lojas, desde as independentes, nos bairros, até aquelas grandes lojas conceitos, nos grandes centros. “Estamos sujeitos a encontrar divergências de preços de um mesmo produto, do mesmo laboratório, em drogarias distintas. Portanto, acredito que as palavras ‘posicionamento’ e ‘preço’ caminham lado a lado”, acrescenta Dias.
PREÇO X QUALIDADE Seja qual for a estratégia da indústria ou do varejo, a competição entre os canais é bastante saudável para os usuários de medicamentos, segundo avalia o presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni. “Os laboratórios que produzem genéricos vivem, hoje, uma grande concorrência entre eles. E quem ganha com isso é o consumidor, que pode optar pelo preço mais barato”, diz. A presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles, também vê essa variação de forma positiva. “O vigor do varejo frente às negociações com os fabricantes, associado a estratégias concorrenciais acirradas e provocadas pela demanda crescente dos genéricos, tem imposto um ritmo virtuoso ao mercado. Podemos concluir, assim, que os genéricos são um grande provocador e gerador de benefícios para o consumidor”, opina. Mas é importante que, no PDV, o consumidor entenda que a diferença de preços entre os genéricos não está relacionada com a qualidade dos produtos. São apenas questões mercadológicas. “Conforme determina a lei e sua subsequente regulação, os medicamentos genéricos estão submetidos ao rigor da regulação sanitária brasileira que é comparável às normas internacionais mais robustas. Os testes de qualidade realizados, lote a lote, pelas empresas fabricantes, garantem a eficácia pretendida. As regras de qualidade são iguais para todos os fabricantes e não há diferenças nas exigências que determinam o cumprimento das normas sanitárias”, garante Telma.
NOVA MODALIDADE: DESCONTOS EM PARCERIA COM PLANOS DE SAÚDE As grandes redes têm apostado em parcerias com diversos planos de saúde para aplicar descontos nos medicamentos ao consumidor. Para o farmacêutico, professor, palestrante e consultor de empresas, Pedro Dias, essa é uma estratégia que contribui para melhorar a experiência de compra dos usuários dos planos e também das drogarias. “Um vez que sou associado ao plano de saúde A e este plano tem uma parceria com a drogaria B, por meio desta parceria, eu, como consumidor, consigo preços diferenciados. Essa relação B2B (business to business − drogaria-plano de saúde) impacta, diretamente, na experiência de compra do usuário”, analisa, acrescentando que, além disso, essa relação traz um cliente com potencial latente para adquirir não só os medicamentos, como também outros artigos disponíveis no ponto de venda (PDV), colaborando para o aumento da performance dos resultados. Somado a esse modelo de negócios, outras parcerias comerciais com indústrias e distribuidoras, por exemplo, são saudáveis e podem garantir um preço atrativo dos medicamentos genéricos para a população. “Parcerias que acontecem entre PDVs e planos de saúde podem acabar despertando o início de novas relações entre farmácias e outras empresas”, prevê Dias. E seja qual for a forma escolhida pelo varejista para aplicar o desconto num produto, é fundamental, antes de tudo, entender o comportamento dos consumidores, a fim de identificar se o público-alvo do estabelecimento, de fato, busca por preço, pois nem sempre isto acontece. “Entendendo o consumidor, podem ser criadas estratégias que impactam, diretamente, na experiência de compras e que tornam o preço um fator irrelevante”, finaliza o consultor.
Assim, os medicamentos, desde que sejam produzidos segundo exigências regulatórias, com alto nível de segurança e eficácia, são produtos considerados de qualidade, independentemente do preço praticado no mercado. “A Sandoz, como divisão de genéricos e biossimilares da Novartis, acredita que a qualidade oferecida aos pacientes de forma acessível seja o maior valor de seus produtos”, reforça o diretor de marketing e Inteligência de Mercado da Sandoz, Guilherme Barsaglini. 15
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ERCADO
COMO CALCULAR O MARKUP COM OS GENÉRICOS? A formação de preços dentro do ponto de venda (PDV) é complexa devido à quantidade de variáveis existentes. Embora seja uma tarefa difícil, calcular o markup (índice aplicado sobre o custo de um produto ou serviço para a formação do preço de venda) é algo indispensável ao negócio, afinal, estes cálculos permitem que o varejista tenha a margem de lucros desejada. • BASES: primeiramente, para calcular o markup do produto, é preciso definir as despesas e os custos fixos e as variáveis da loja. É preciso, ainda, estipular o percentual de lucro desejado.
• ANÁLISES: para saber qual margem a loja terá com determinado produto, será necessário definir a metodologia de custeio e aplicá-la nas mercadorias, incluindo despesas, como impostos, frete, etc. • PRÁTICAS DO MERCADO: não se pode esquecer que o markup também precisa estar adequado aos preços praticados no mercado. Assim, em muitos casos, o lucro da loja está baseado na sua eficiência operacional. • OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA O CÁLCULO: 1. Tomar cuidado com as descrições tributárias, por exemplo, o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), a ser preenchidas na informação da Nota Fiscal (NF) no sistema. 2. Sempre perguntar, ao vendedor, os detalhes tributários envolvidos na negociação e como a NF virá para sua conferência. Vale, ainda, dialogar com o contador, a fim de avaliar as notas fiscais recebidas, cadastro de produtos e atualizações contábeis. 3. Ter um bom sistema Enterprise Resource Planning (ERP, sigla em inglês para Planejamento dos Recursos da Empresa) e cadastro de produtos preenchidos de forma correta. 4. Definir bem custos e despesas e ter controle rígido sobre os gastos. 5. Calcular e interpretar o markup e diferentes ferramentas, como margem bruta e margem líquida. • FORMAÇÃO DO CÁLCULO* • Identifique o percentual de despesas variáveis atribuído a cada unidade de produto ou serviço vendido; • Identifique o percentual que representam as despesas fixas do período para cada unidade de produto ou serviço; e • Defina o percentual de lucro pretendido para cada unidade de produto ou serviço. • Para o cálculo do markup, pode-se adotar a fórmula: 100/[100-(DV+DF+LP)] Onde: • 100 representa o preço unitário total de venda em percentual; • DV para Despesas Variáveis; • DF para Despesas Fixas; e • LP para Margem de Lucro Pretendida. Exemplo prático: considerando que o produto custa
R$ 20,00, e que você tem os seguintes índices:
DV=10%, DF=10% e LP=10% Markup = 100/[100-(10+10+10)] Markup = 100/(100-30) Markup = 100/70 • Markup = 1,4286 Assim, para se obter o preço de venda, basta multiplicar o valor que representa o custo direto unitário da mercadoria pelo índice encontrado. Ou seja: Preço de Venda = R$ 20,00 x 1,4286 = R$ 28,57 Fonte: farmacêutico, professor, palestrante e consultor de empresas, Pedro Dias *Endeavor
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medicamentos na sua mão
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Busca por nome ou princípio ativo
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Laboratório
Similares
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
NDÚSTRIA
Farmacêuticos investem, em larga escala, em projetos para garantir a modernização de parques fabris e otimizar a produção de genéricos a fim de garantir os padrões de qualidade exigidos no País
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té os genéricos chegarem ao consumidor final, a indústria precisa garantir que diversos padrões de qualidade sejam aprovados pelos órgãos reguladores em todos os processos de produção. E, nessas etapas, o mais importante é assegurar que o genérico produzido seja, de fato, intercambiável com um medicamento de referência. 18
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“Por lei, precisam passar por testes de bioequivalência e testes de equivalência farmacêutica. Graças a eles, os medicamentos genéricos são intercambiáveis, podendo substituir os de referência indicados nas prescrições médicas”, diz o diretor comercial da unidade de Genéricos da EMS, Aramis Domont. Assim, os investimentos entre os laboratórios que atuam no setor são maciços para que não se interrompa o ciclo IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ENTENDA OS TESTES DE QUALIDADE
NO QUE CONSISTEM OS GENÉRICOS? São cópias de medicamentos inovadores/ referência, cujas patentes já expiraram. Conforme determina a legislação, só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência, estes últimos realizados em seres humanos. Esses testes garantem que os medicamentos genéricos possuam o mesmo grau de eficácia, qualidade e segurança dos medicamentos de referência.
TESTE DE BIOEQUIVALÊNCIA Os testes de bioequivalência exigidos para os genéricos são realizados em voluntários sadios e obedecem a três fases distintas: • Clínica: administração do medicamento genérico e de referência em períodos distintos, com a coleta de amostras de sangue ou urina em tempos determinados. • Analítica: quantificação do fármaco nas amostras por meio de método específico. • Estatística: cálculo dos parâmetros farmacocinéticos e análise estatística para determinar a bioequivalência ou o comparativo das biodisponibilidades, ou seja, a concentração do fármaco no sangue do voluntário.
GARANTIA DE INTERCAMBIALIDADE A intercambialidade consiste na prerrogativa dos médicos em substituir os medicamentos de referência/inovadores prescritos por medicamentos genéricos. Segundo determina a legislação, a troca pode ser realizada pelo profissional farmacêutico, no momento da venda.
TESTE DE EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Comprovam que os genéricos possuem os mesmos fármacos, na mesma dosagem e forma farmacêutica encontradas nos medicamentos de referência, além de cumprirem com as mesmas especificações físicas e físico-químicas relativas ao controle de qualidade.
PROVAS PRÁTICAS A equivalência dos genéricos em relação aos medicamentos de referência precisa se dar não apenas no que se refere às concentrações de princípios ativos nas formulações, mas também à extensão e velocidade de absorção dos mesmos no organismo humano.
EXCEÇÕES À REGRA Nos casos de produtos que são dispensados da comprovação da bioequivalência, como soluções injetáveis ou soluções orais, a equivalência farmacêutica e o restante da documentação apresentada para registro são suficientes para garantir a intercambialidade. A isenção de bioequivalência nessas formas farmacêuticas decorre das características desses produtos, que por serem administrados diretamente na corrente sanguínea ou por não precisarem de absorção sistêmica para sua ação terapêutica, propiciam uma total biodisponibilidade de seus princípios ativos.
Fontes: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos)
de lançamentos. “A cada dez medicamentos vendidos, três são genéricos. E a cada ano surgem novos lançamentos, assim que as patentes dos medicamentos de referência são expiradas, trazendo mais acessibilidade à população em relação aos seus tratamentos”, afirma o diretor da divisão de genéricos da Merck, Eduardo Lima.
Ele afirma que, neste ano, a empresa lançará quatro moléculas (em oito apresentações) e, no início de 2018, lançará mais quatro, em quatro apresentações. Além disso, a Merck, que hoje tem 15% do faturamento total representado pelo mercado de genéricos, tem desenvolvido diversas estratégias para crescer ainda mais nesse setor. 19
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NDÚSTRIA
“Passamos por uma recente mudança nas nossas embalagens, a fim de que os consumidores identifiquem, com mais facilidade, os genéricos da Merck. Também desenvolvemos um time com 30 representantes comerciais para esses produtos, com perfil de consultores, e realizamos uma reavaliação dos preços de alguns produtos da marca, a fim de torná-los mais acessíveis e mais competitivos”, afirma.
APORTES CONTÍNUOS O Laboratório Teuto também investe na área de genéricos. Somente nos últimos anos, foram R$ 200 milhões em expansão produtiva dentro dos mais altos padrões de qualidade. Um esforço que resultou na ampliação da capacidade de produção do setor de sólidos, que saltou de 640 milhões para um bilhão de unidades/mês, e na inauguração de uma nova unidade de injetáveis, cuja produção saltou de 17 milhões de unidades/mês para 35 milhões de unidades/mês. “Hoje, a empresa possui um amplo portfólio com 126 produtos genéricos em 197 apresentações de medicamentos genéricos. Atualmente, a empresa é líder em importantes moléculas desse mercado”, afirma o farmacêutico do setor de lançamentos do Teuto, Thiago Lobo Matos, acrescentando que, nos últimos dois anos, a companhia lançou 35 apresentações de genéricos no mercado farmacêutico. Entre eles, meropeném, pantoprazol, ropivicaína, midazolam. “Vários lançamentos genéricos, que são estratégicos para a companhia, estão previstos para ser lançados nos próximos anos. Para 2017, a empresa já possui 18 apresentações de genéricos aprovados e em fase final de lançamento, e manterá o mesmo ritmo de lançamentos de genéricos para os próximos anos”, revela Matos.
ESTRATÉGIA PARANAENSE Os genéricos também são investimentos incessantes na Prati-Donaduzzi. Afinal, por lá, essa classe de medicamentos representa 90% do faturamento da empresa, que hoje conta com um portfólio com 1.158 apresentações de genéricos registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o presidente da companhia, Eder Maffissoni, às expectativas são positivas para os próximos anos. “Esperamos crescer 15% em relação ao ano passado. Estamos com previsão de lançamento de novas moléculas que somarão ainda mais para nosso crescimento em genéricos. Paralelo a isso, temos previstos investimentos para a modernização do parque fabril, visando ao aumento da produção, produtividade e qualidade de nossos produtos”, diz. 20
OPÇÕES DE TRATAMENTO Com mais de cinco décadas no mercado farmacêutico, a Neo Química também segue suas apostas no mercado de genéricos. Hoje, a empresa contabiliza mais de 100 moléculas e 170 apresentações nessa classe de medicamentos e segue investindo no lançamento de novos medicamentos, com o objetivo de aumentar o acesso da população a diferentes tipos de tratamento, segundo afirma a diretora executiva da empresa, Vivian Angiolucci. “Recentemente, a marca trouxe ao mercado uma linha para prevenção de doenças cardiovasculares, com moléculas, como cloridrato de sotalol, hidroclotiazida e bissulfato de clopidrel, além de outros medicamentos relevantes ao setor, como olmesartana, tadalafila, succinato de metoprolol, furosemida e cloridrato de metformina”, enumera.
MOLÉCULAS INÉDITAS Já a EMS possui um portfólio com cerca de 500 apresentações na área de genéricos. “É o maior portfólio do Brasil e o maior portfólio de genéricos. Mais de 200 moléculas já foram registradas e 96% das classes terapêuticas são atendidas por elas”, comemora Domont, acrescentando que, em 2016, a unidade de genéricos da EMS trouxe grandes lançamentos inéditos. Entre eles, o antidepressivo trazodona, o relaxante muscular lisina + ciclobenzaprina e os indicados para hipertensão anlopidino + losartana e lercanidipino. Também se destacaram o micofenolato de sódio para combater a rejeição de órgãos transplantados; a galantamina, para o tratamento da doença de Alzheimer; e ezetimiba + sinvastatina, que combate o colesterol alto. “Juntos, apenas esses lançamentos de novos genéricos representam um mercado de, no mínimo, R$ 500 milhões em faturamento”, calcula o executivo da empresa.
PORTFÓLIO DIVERSIFICADO Mais uma empresa que se dedica ao crescimento dos genéricos no País é a Sandoz, que registrou alta de vendas de 18% neste setor de 2015 para 2016. “A Sandoz vem crescendo com constância no País. Entre 2013 e 2016, o crescimento das vendas de genéricos foi de 33,7%, enquanto o mercado cresceu 17,2%”, comemora o diretor de marketing e Inteligência de Mercado da companhia, Guilherme Barsaglini. O executivo comenta que a diversificação e ampliação de portfólio é uma das prioridades estratégicas da Sandoz no Brasil. “Em 2016, lançamos 16 produtos para diferentes classes terapêuticas e a estimativa para 2017 é de manter este patamar de lançamentos”, afirma.
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OAS PRÁTICAS
ATESTADO DE QUALIDADE
Não são apenas os medicamentos que passam por testes de qualidade na hora de colocar um genérico no mercado. A indústria também precisa de certificações que garantam uma produção consistente
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ssim como qualquer medicamento que circula no mercado, os genéricos também precisam passar por uma certificação de qualidade. Mas não são apenas os medicamentos que precisam desse reconhecimento. A indústria responsável pela produção do genérico precisa obter o Certificado de Boas
ESTUDOS DE COMPARAÇÃO Quando entrou em vigor, a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 31, de 11 de agosto de 2010, que dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo, reduziu as dúvidas da indústria em relação aos testes realizados nos centros de equivalência farmacêutica e métodos de comparação. Pelas normas, as fabricantes de genéricos devem, obrigatoriamente, comprovar a equivalência terapêutica do produto ao medicamento referência por meio de dois testes: de bioequivalência (equivalência farmacêutica); e o de biodisponibilidade (dissolução). Confira, a seguir, um trecho dessa resolução. TESTE DE EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Constata-se a equivalência farmacêutica quando dois medicamentos possuem o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características.
Práticas de Fabricação (CBPF), junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para se manter em operação. Esse documento, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), é concedido após inspeção e garante que os produtos estão sendo consistentemente produzidos e controlados. O CBPF assegura, ainda, que o produto não apresentará diferenças entre lotes e manterá a mesma qualidade que apresentava por ocasião do registro como genérico, garantindo sua característica principal: a intercambialidade. O Programa Nacional de Verificação da Qualidade dos Medicamentos (Proveme), instituído pela Anvisa e outras ferramentas de controle de qualidade e segurança, como o Sistema de Informações de Acidentes de Consumo (SIAC), criado pelo Ministério da Justiça (MJ) e pelo Ministério da Saúde (MS), também contribuem para garantir a qualidade dos genéricos. Assim, para a aprovação de um medicamento genérico, as fabricantes precisam cumprir padrões relevantes e requisitos legais, segundo reforça o presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni. “As indústrias de medicamentos genéricos estão empenhadas em cumprir todos os requisitos, com o objetivo de assegurar que os pacientes só recebam medicamentos seguros e eficazes. E nosso marco regulatório é considerado um dos mais modernos e exigentes do mundo, equiparando-se ao FDA (Food and Drug Administration), EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e Japão”, garante Maffissoni, descrevendo que a Prati-Donaduzzi, por exemplo, segue as normas internacionais de Good Manufacturing Practices (GMP), de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos, e tem certificação da Anvisa. “Além disso, nossa planta nova foi construída de acordo com os padrões FDA”, acrescenta. Portanto, são diversas frentes que atuam para garantir a segurança dos medicamentos no País e a indústria respeita, criteriosamente, cada uma das diretrizes. “As empresas são auditadas pela Anvisa e, além disto, existem vários processos aos quais o produto precisa ser submetido antes de ter aprovação para produção. Portanto, são, sim, medicamentos confiáveis”, defende o diretor da divisão de genéricos da Merck, Eduardo Lima. Diante do rigor para a aprovação dos genéricos, a qualidade desses medicamentos é, inclusive, reconhecida por outros países. “Os medicamentos produzidos aqui são exportados para outras regiões do mundo. Uma multinacional tem processos de qualidade que atendem a todas as exigências de qualidade previstas em região do mundo”, comprova Lima. 23
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PAPEL SOCIAL
DESÃO
Total de recursos que os usuários de medicamentos deixaram de gastar ao optar pelos genéricos já soma quase R$ 90 bilhões, valor que representa acessibilidade aos tratamentos de saúde
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esmo diante da crise econômica, o desejo do brasileiro em cuidar da saúde continua. Mas algumas concessões precisaram ser feitas para que seus objetivos fossem concluídos, com destaque para o valor total do tratamento. Essa realidade reforça o papel social que os genéricos têm conquistado
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neste momento, já que a população busca alternativas mais econômicas nos seus cuidados. “O aumento da procura dos brasileiros por genéricos no momento de crise é decorrente da migração de demanda para produtos que geram mais economia ao bolso do consumidor, e que, ao mesmo tempo, possuem a mesma qualidade dos medicamentos de referência. Isso faz com que IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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os genéricos tenham se tornado a primeira opção de compra pela população”, analisa o farmacêutico do setor de lançamentos do Teuto, Thiago Lobo Matos. De fato, a economia proporcionada pelos genéricos aos consumidores já chega perto dos R$ 90 bilhões, desde que começaram a ser produzidos no País, em 1999. “Esse é total de recursos que os consumidores deixaram de gastar com medicamentos ao optarem pelos genéricos disponíveis no mercado. A economia diária é percebida na hora da compra do medicamento, quando a opção é pelo genérico”, comenta a presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles. Segundo Telma, no caso dos anti-hipertensivos, por exemplo, as vendas de genéricos em unidades cresceram 38% nos últimos três anos (de 2014 a 2016), contra uma expansão de 26% dos similares e de 10% entre os medicamentos de referência no mesmo intervalo de tempo. Já os genéricos antilipêmicos, voltados para o controle do colesterol, registraram expansão de 29% entre 2014 e 2016, em unidades. No mesmo período, os similares cresceram 12% e os medicamentos de referência contabilizaram contração de -10%. “Esses são exemplos bastante claros de como os genéricos crescem na crise por oferecerem qualidade, segurança, eficácia e preços mais baixos para os consumidores”, reforça a executiva da Pró Genéricos.
DOENÇAS CRÔNICAS Sem dúvida, a situação socioeconômica pode influenciar a adesão ao tratamento em casos de usuários com baixo poder aquisitivo, segundo comenta o presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni. “Como os medicamentos genéricos são mais baratos, auxiliam na adesão dos pacientes ao tratamento, melhorando a saúde e diminuindo os custos das terapias”, justifica. No caso das doenças crônicas, que são aquelas que exigem medicamentos de uso contínuo, o papel dos genéricos ganha ainda mais expressividade, já que o tratamento não pode ser interrompido. Hoje, esse público é, de fato, bas-
tante favorecido, já que mais de 30% dos genéricos vendidos são produtos para o controle de patologias, como hipertensão, diabetes e colesterol alto. “No Brasil, o consumo de medicamentos para o tratamento de diabetes, por exemplo, cresceu mais de 900% nos últimos 18 anos, ou seja, desde que os genéricos chegaram ao mercado”, comprova Telma, acrescentando que, no mesmo período, o consumo de medicamentos para tratamento de pressão arterial avançou mais de 500%; e para o tratamento de colesterol, cresceu 1.840,35%.
PAPEL ATIVO DE FARMÁCIAS E INDÚSTRIA Os portadores de doenças crônicas merecem atenção especial dos profissionais da saúde considerando que, muitas vezes, acabam negligenciando a administração de medicamentos pelo entendimento de que o problema de saúde apresentado não tem cura, segundo alerta a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. Assim, os farmacêuticos também precisam atuar para o esclarecimento sobre todas as consequências possíveis que uma doença crônica não controlada pode trazer à qualidade de vida das pessoas. “Uma hipertensão não controlada poderá levar a danos nos vasos, coração, rins e cérebro, e envolve não somente a administração de medicamentos (tratamento farmacológico), mas também tratamento não farmacológico, como a mudança dos hábitos de vida”, exemplifica. Para a especialista da USP, os farmacêuticos fazem uma enorme diferença em relação à Educação em Saúde à população e, para tanto, eles contam com uma ferramenta efetiva e, muitas vezes, decisiva para a orientação correta do uso de medicamentos: a interação direta com o paciente. “O resgate da função assistencial do farmacêutico vem sendo feito a partir de um novo modelo denominado Atenção Farmacêutica (AF). O maior benefício da implantação dessa prática está no restabelecimento da relação terapêutica entre o farmacêutico e o paciente”, comenta. 25
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DESÃO
A IMPORTÂNCIA DO PREÇO PARA OS MEDICAMENTOS
• 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos. • No momento em que saíam das farmácias • Apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar. • 31% modificaram parte da compra.
• 45% dos consumidores trocam os produtos que procuravam por genéricos ou similares de menor preço.
nas quais efetuaram a compra, dos entrevistados que foram às farmácias, 72% adquiriram os medicamentos.
Fonte: pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC)
Diante da importância da disseminação de informações sobre saúde entre a população, até mesmo a indústria tem se envolvido na capacitação de balconistas e os farmacêuticos. “Em 2016, mais de 11 mil pessoas foram treinadas por meio da Universidade Sandoz, entre farmacêuticos, balconistas, distribuidores e profissionais de saúde, ajudando a melhorar os serviços em estabelecimentos farmacêuticos e levando informação qualificada a pacientes”, comenta o diretor de marketing e Inteligência de Mercado da Sandoz, Guilherme Barsaglini. 26
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Além de desenvolver treinamento próprio, a companhia também possui parcerias com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade de São Paulo (USP) para realização de cursos e capacitação profissional. A Merck também enxerga a importância dos farmacêuticos para a população. “Esses profissionais estudaram Farmácia e a farmacopeia dos produtos e conseguem ser multiplicadores para dar atenção aos pacientes. Assim, desenvolvemos fóruns em muitas das 72 mil farmácias espalhadas pelo País, a fim de garantir que prestem um serviço
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melhor à população”, conta o diretor da divisão de genéricos da Merck, Eduardo Lima. E não são somente as farmácias que podem envolver a população na adesão ao tratamento por meio da Educação em Saúde. A indústria de medicamentos também tem contribuído nesse sentido. A Sandoz, por exemplo, mantém diversos programas. Um deles, que acontece desde 2015, é o Cuidamos da Saúde de Sua Família (www.cuidamosdasaude.com.br), desenvolvido para levar conhecimento que ajude na educação sobre o uso responsável dos antibióticos. A empresa também promove outros dois programas de orientação ao paciente, o Somar e o Bem-Estar. “Eles auxiliam na aplicação e adesão ao tratamento, conscientizando o paciente sobre a necessidade do tratamento e auxiliando-o em situações que apresentem dúvidas”, afirma Barsaglini.
USO RESPONSÁVEL A grande diferença em relação à conscientização do paciente é o contato direto do farmacêutico com o usuário de medicamento, considerando que cada paciente tem necessidades individuais. E essa atuação precisa ser cada
vez mais intensificada na dispensação de medicamentos, para que a Educação em Saúde seja uma rotina nas farmácias/drogarias. “Essa ação pode contribuir para o entendimento da população quanto ao uso racional de medicamentos, desde questões mais simples até as mais complexas no universo da terapia medicamentosa”, constata Maria Aparecida. Segundo a especialista da USP, a população precisa de informações a respeito dos tipos de medicamentos disponibilizados na dispensação, formas farmacêuticas, posologia, via de administração, duração do tratamento, reações adversas, entre outras informações de desconhecimento geral. “É importante que o farmacêutico estabeleça uma linguagem que seja de entendimento do paciente para que o medicamento possa ser utilizado com segurança e de forma efetiva”, aconselha. E as informações transmitidas do farmacêutico para o paciente também devem esclarecer o papel, os benefícios e as vantagens dos genéricos. “Esses profissionais devem orientar o paciente no uso desses medicamentos, trazendo credibilidade ao produto e segurança ao consumidor”, opina Maffissoni, da Prati-Donaduzzi. 27
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A INOVAÇÃO POR TRÁS Na liderança do mercado há mais de uma década e do segmento de genéricos há quatro anos, laboratório investe em medicamentos de alta complexidade
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EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, além de ocupar a liderança do mercado há mais de dez anos consecutivos, é líder isolada também em genéricos desde junho de 2013. Em 2016, a unidade de genéricos da empresa cresceu 35% em faturamento em comparação com 2015, encerrando o ano na primeira posição deste segmento com aproximadamente 17% de market share em reais e em unidades. Para alcançar esses resultados, o laboratório, que possui o maior portfólio de genéricos do País, com cerca de 500 apresentações de produtos, continua investindo em pes28
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quisa e desenvolvimento, reforçando o histórico de contribuição para a expansão do acesso a medicamentos no Brasil. Mesmo diante de um cenário em que os blockbusters tendem a ser cada vez mais escassos, a meta da EMS é prosseguir na liderança desse segmento, principalmente, lançando de maneira pioneira genéricos ainda inéditos – como em 2010, quando disponibilizou o primeiro genérico para disfunção erétil, repetindo depois o feito com a atorvastatina, a olanzapina e outras moléculas – e, além disto, ocupando fatias importantes de mercado com medicamentos genéricos de alta complexidade, de difícil desenvolvimento e produção. Com mais de 50 anos de história, a EMS busca a manutenção da liderança em genéricos como parte de seu plano IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK
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DOS GENÉRICOS DA EMS www.ems.com.br
de crescimento, que visa, ainda, ao fortalecimento e à liderança em todas as áreas de atuação, incluindo a de medicamentos de prescrição, de marca, Over the Counter (OTC) e hospitalar. Outras importantes frentes da empresa para se consolidar no setor incluem o investimento em inovação incremental, com o lançamento de produtos com tecnologias exclusivas e inéditas. A inovação radical segue também como foco estratégico da EMS, que anunciou em, 2013, a criação da empresa Brace Pharma nos Estados Unidos. Como uma das farmacêuticas nacionais acionistas da joint venture Bionovis, a EMS investe ainda, decisivamente, no segmento de medicamentos biotecnológicos, considerados o futuro da indústria farmacêutica. A EMS, que possui mais de 90 patentes pelo mundo, também é proprietária de mais de 400 registros de medicamentos no exterior. Além disso, a empresa exporta produtos para mais de 40 países, reforçando o padrão de qualidade internacional adotado.
QUALIDADE EM PRIMEIRO LUGAR Todos os medicamentos genéricos disponibilizados no Brasil obedecem a rigorosos padrões de controle de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por lei, só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes de bioequivalência realizados em seres humanos (o que garante que serão absorvidos como os medicamentos de referência) e equivalência farmacêutica (que garante que a composição do produto é tão boa quanto a do medicamento de referência). Graças a esses testes, os medicamentos genéricos são intercambiáveis com (podem substituir) os medicamentos de referência indicados nas prescrições médicas. Os critérios técnicos para registro desses medicamentos no Brasil são semelhantes aos adotados em países, como Canadá e Estados Unidos, entre outros centros de referência de saúde pública no mundo. Desde que chegaram ao Brasil, em 2000, graças à iniciativa pioneira da EMS, os genéricos sempre foram uma importante estratégia para ampliação do acesso da população a medicamentos. A EMS, que segue rigidamente as normas de GMP – Good Manufacturing Practices (Boas Práticas de Fabricação) e é certificada pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos), ao longo de sua atuação no
setor farmacêutico, tem feito do “acesso a medicamentos” um de seus principais compromissos, e vem investindo na produção e desenvolvimento de medicamentos de alta complexidade, com excelência na qualidade, como a ciclosporina microemulsão, imunossupressor utilizado por pacientes no combate à rejeição de órgãos transplantados, produzido exclusivamente pela EMS em toda a América Latina há mais de 16 anos, um dos principais produtos exportados pelo laboratório.
DIÁLOGO COM DIFERENTES PÚBLICOS Visando à prestação de serviços para os pontos de venda (PDVs) de todo o País, a EMS, por meio de sua unidade de genéricos, também investe em ações que se tornaram referência no setor farmacêutico. O ACADEMS, projeto de consultoria e capacitação profissional em que consultores altamente qualificados realizam pessoalmente treinamentos com profissionais do setor – gestores e funcionários de farmácias – e consultoria a proprietários de drogarias, já capacitou mais de 70 mil participantes. Com o intuito de promover a saúde e tornar cada vez mais acessível o medicamento genérico a todos os lugares do País, a unidade de genéricos da EMS está presente em quase 90% dos PDVs espalhados pelo Brasil. 29
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LIDERANÇA NO A Neo Química se tornou grande referência nesse segmento, estando presente em mais de 90% das farmácias e 80% dos lares dos brasileiros
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om 57 anos de tradição, a Neo Química é líder em unidades no mercado de genéricos¹ e se tornou uma das principais forças do setor desde 2009, quando a Hypermarcas adquiriu o negócio. Desde então, a empresa investiu em pesquisa e desenvolvimento para expansão do portfólio de moléculas e também em marketing para construção da marca como grande expoente 30
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nacional. Apostou, ainda, em iniciativas para constante aproximação com consumidores e o varejo. Com relevante investimento em mídia, a Neo Química está, hoje, presente em 91,5% das farmácias brasileiras² e em 80% dos lares do País. Possui o menor nível de rejeição entre as marcas do segmento e é a segunda colocada em menções espontâneas entre os consumidores de medicamentos genéricos³.
1.IMS Health PMB Unidades fev./2017 – 2.IMS Health ED fev./2017 – 3.Pesquisa Milward Brown, 2016 IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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MERCADO DE GENÉRICOS www.neoquimica.com.br
medicamento de referência. Na prática, esse desconto tende a ser maior para o consumidor final. Hoje, o portfólio da Neo Química abrange medicamentos de diversas classes terapêuticas, como antidepressivos, ansiolíticos, anti-hipertensivos, antibióticos, entre outros. Ao todo, são 100 moléculas e 170 apresentações.
GARANTIA DE QUALIDADE Os medicamentos da Neo Química são desenvolvidos e produzidos no mais moderno e avançado centro de pesquisas e desenvolvimento e no maior complexo industrial farmacêutico da América Latina. A qualidade dos genéricos desenvolvidos é garantida por rigorosos testes realizados em conformidade com a regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O teste de bioequivalência, um desses requerimentos, é realizado em um grupo de humanos para comparação entre a ação do medicamento genérico e o de referência, para definir se os dois têm os mesmos efeitos sobre o organismo, dentro de limites estatísticos. E, se a conclusão do teste for positiva, os medicamentos são considerados intercambiáveis, podendo, assim, substituir os originais.
EMPRESA PARCEIRA DO PONTO DE VENDA
A força da empresa nesse mercado é mais exaltada quando se analisa a importância social que os genéricos assumiram na vida dos brasileiros. A Neo Química considera que esses medicamentos representam o acesso da população a tratamentos médicos, principalmente de pacientes em condições crônicas, como nos casos de hipertensão e colesterol alto. Um dos fatores que contribuem para o sucesso dos genéricos é o custo que, por lei, deve ser pelo menos 35% abaixo do preço do
A fim de que prestem um bom atendimento ao consumidor que procura por genéricos no ponto de venda (PDV), é importante que farmacêuticos e balconistas conheçam, com profundidade, diversas questões técnicas do dia a dia das lojas, como prescrição, dispensação, classes terapêuticas e tipos de medicamentos. Assim, torna-se fundamental que os profissionais estejam aptos a tirar todas as dúvidas do shopper e a indicar o tratamento com o genérico ideal. Outro ponto importante é que o profissional reforce a segurança desses medicamentos e lembre os consumidores que os genéricos são equivalentes aos medicamentos de referência, porém com preço muito mais acessível. Ciente do papel fundamental que o varejo exerce no mercado de genéricos, a Neo Química lançou, em 2016, dois cursos on-line, gratuitos, para profissionalização de balconistas de farmácias: a Universidade Neo Química e o Por Dentro da Farmácia. As aulas abordam temas, como estrutura de lojas, relacionamento com o consumidor, vendas e características das classes de medicamentos. O conteúdo pode ser acessado gratuitamente no site www.neoquimica.com.br. 31
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SANDOZ ANUNCIA NOVA
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Programa Qualidade Profissional Sandoz leva conhecimento qualificado a profissionais de farmácias com o reconhecimento dos participantes de destaque
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Sandoz, divisão de genéricos e biossimilares da Novartis, acaba de anunciar o lançamento do programa Qualidade Profissional Sandoz, uma plataforma de treinamento on-line que levará conhecimento para profissionais farmacêuticos e de atendimento do varejo farmacêutico de todo o País, reconhecendo os participantes com melhor performance e engajamento. O programa faz parte da estratégia da companhia de levar educação continuada a profissionais ligados à saúde, contribuindo com a ampliação do acesso à informação qualificada para a população. “No Brasil, há mais de 70 mil farmácias com milhares de profissionais envolvidos no atendimento a pacientes. Levar acesso à capacitação a esses profissionais significa levar acesso a um melhor serviço para os estabelecimentos e melhor informação aos pacientes. O Qualidade Profissional Sandoz vem para reforçar esse compromisso com a educação continuada que a 32
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Sandoz apoia há muito tempo”, afirma o diretor de marketing e Inteligência de Mercado da Sandoz, Guilherme Barsaglini. O treinamento trata de temas ligados às principais classes terapêuticas existentes, abordando conhecimentos sobre seis áreas: cardiologia, sistema nervoso central, anti-infecciosos, gastro, saúde feminina e saúde masculina. Os conteúdos são oferecidos em forma de textos, videoaulas e games – estes últimos aplicados para fixação do conteúdo –, em uma plataforma digital focada 100% no perfil do público. Os interessados já podem acessar a página do programa (www.qualidadeprofissional.far.br) e começar a acessar os conteúdos e participar dos games. “Desenvolvemos um material adaptado a profissionais de farmácias, com uma linguagem apropriada e um formato móvel e interativo, adequado ao modelo de serviço dessas pessoas. Dessa forma, conseguiremos possibilitar uma maior aprendizagem dos conteúdos de maneira mais estimulante”, explica Barsaglini. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK
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PLATAFORMA DE TREINAMENTO ON-LINE www.sandoz.com.br
DESTAQUES A PROFISSIONAIS Colaboradores de farmácias poderão participar do programa em duas categorias: profissionais farmacêuticos e profissionais de atendimento. Os participantes deverão se cadastrar no Portal Qualidade Profissional Sandoz, acessar os conteúdos e responder aos games que somam pontos. Os finalistas de cada regional em cada categoria avançam para a segunda fase, na qual será realizada votação aberta para definição de dez ganhadores – um de cada categoria para cada uma das cinco regionais do País. Os vencedores serão convidados a participar de uma visita à fábrica da Sandoz em Cambé, no estado do Paraná. Os profissionais farmacêuticos vencedores ganharão ainda um curso de Farmácia Clínica, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). A faculdade é considerada a melhor instituição de ensino estadual da Região Sul e uma das 20 mais bem conceituadas do País, segundo o QS University Rankings: Latin America 2016.
EDUCAÇÃO DIGITAL A Sandoz, alinhada às novas tecnologias e tendências em educação continuada, aposta na área digital para comunicar-se de forma mais atrativa e interativa com seus públicos. O Qualidade Profissional Sandoz é um ótimo exemplo de como o conteúdo on-line pode facilitar a capacitação e o compartilhamento de informações relevantes, seja com profissionais de saúde, clientes, fornecedores ou pacientes. A companhia continua investindo em novas plataformas digitais, que devem ser lançadas em breve. Desde 2015, a empresa promove a Universidade Sandoz, que oferece acesso à qualificação profissional para profissionais de farmácias e distribuidores. Em 2016, a companhia capacitou mais de 11 mil pessoas em todo o País, praticamente dobrando o número de treinamentos em relação a 2015.
FASE 1
Cadastrar-se no Portal qualidadeprofissional.far.br
FASE 2
Acesse conteúdos e games
Os finalistas avançam para a segunda fase
Votação aberta para definição dos vencedores por regional
Reconhecimento dos vencedores
www.qualidadeprofissional.far.br
Os vencedores, com mais números de votos na segunda fase, serão convidados a participar de uma visita à fábrica da Sandoz no Brasil – Cambé (PR)
Os vencedores farmacêuticos participarão de um curso de Farmácia Clínica na UEL
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ERVIÇOS
A AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) portal.anvisa.gov.br ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS (PRÓ GENÉRICOS) www.progenericos.org.br ASSOCIAÇÃO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DE PESQUISA (INTERFARMA) www.interfama.com/en
E EMS www.ems.com.br
I INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) www.inpi.gov.br
M MERCK www.merck.com.br
N NEO QUÍMICA www.neoquimica.com.br
P PRATI-DONADUZZI www.pratidonaduzzi.com.br
Q QUINTILESIMS www.quintilesims.com
S SANDOZ www.sandoz.com.br
L LABORATÓRIO TEUTO www.teuto.com.br
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20 de maio Dia Nacional do Medicamento Genérico A Sandoz agradece sua confiança e compromisso de promover o acesso1 a medicamentos de alta qualidade2.
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Presente em mais de 160 países3
Mais de 1.100 moléculas e 24.000 apresentações3
Medicamento Genérico - Lei 9.787/99 Referências: 1. Base ABC Farma Abril/2017. 2. CBPF publicado no DOU em 11/07/2016 - RESOLUÇÃO-RE nº 1.806, 08/07/2016. 3. sandoz.com.br Abr/ 17 - BR1704625884
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