Especial mulher 2015

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Especial

Mulher R E V I S T A

D I R I G I D A

A O S

P R O F I S S I O N A I S

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Desejos femininos A busca pela beleza aquece a movimentação da indústria, que atende um público informado, exigente e com poder de compra

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Parte integrante do ANO XXII | Nº 275 | OUTUBRO DE 2015


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Editorial

EXPEDIENTE DIRETORIA Gustavo Godoy Marcial Guimarães Vinícius Dall’Ovo EDITORA-chefe Lígia Favoretto assistente de redação Tassia Rocha Estagiária de redação Carine Pessoas EDITOR de arte Junior B. Santos Assistentes de arte Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL executivas de contas Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) assistente do Comercial Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE assinaturas Morgana Rodrigues Coordenador de circulação Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha Marketing e Projetos Luciana Bandeira Assistente de marketing e projetos Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães e Noemy Rodrigues PROJETO GRáfico Rodolpho A. Lopes Colaboradores da edição Textos Kathlen Ramos Revisão Mônica C. Galati Suplemento Especial Mulher é uma publicação anual da Contento. IMPRESSÃO Prol Gráfica Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 Tel.: (11) 5082 2200 E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. www.guiadafarmacia.com.br

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Potencial único

s mulheres disputam hoje o mesmo espaço profissional que os homens. Ainda têm salários menores, mas os níveis de escolaridade são maiores. Dispostas a diminuir a discriminação que existe, elas se preparam de uma forma melhor. Essa é a maneira encontrada de se munir de informações precisas sobre tudo o que diz respeito ao meio no qual estão inseridas. São mulheres que estão preocupadas com qualidade de vida, beleza, energia e prevenção, em busca de longevidade. Apesar de trabalharem fora, continuam sendo as responsáveis pelas compras do lar, ou seja, elas fazem duas grandes escolhas: onde comprar e o que comprar. Elas detêm 80% das decisões de compra no Brasil. Quando o assunto é cosméticos, esse índice ultrapassa 90%. A participação dos homens nesse mercado tem crescido nos últimos anos, mas ainda significa menos de 10% do público feminino. As questões que as preocupam são aquelas em que o comprometimento da saúde é mais acentuado, podendo prejudicar a vida diária, o trabalho, o relacionamento social e até mesmo a vida. O aumento da carga ativa da mulher não trouxe necessariamente mais doenças, o que mudou foi o perfil

Foto: Shutterstock

das queixas, mas também mudou o acesso à medicina preventiva. No campo da beleza, elas desejam se sentir bem e é justamente dentro dessa vertente que a indústria cosméstica atua. Dessa forma, a loja tem que se adaptar e conhecer a representatividade dessa consumidora e não deixar faltar o que normalmente ela busca. A estratégia do ponto de venda é dispor do portfólio que a consumidora deseja. Com o poder de compras nas mãos, as mulheres são uma oportunidade lucrativa ao canal farma. Para atendê-las da melhor forma possível e garantir a fidelidade dessas consumidoras, é preciso pensar em cada detalhe do negócio, partindo do público-alvo, lembrando que, dependendo da localização da loja, o perfil e hábitos são diferentes. Por isso, este Suplemento Especial inteiro o ajuda a desvendar todos os detalhes do universo feminino. Com certeza você deve ter inúmeras clientes em sua farmácia. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-Chefe

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Sumário

12 Saúde

Menstruação, menopausa, fertilidade, cólica, endometriose, TPM, hipertensão, diabetes, problemas do coração, doenças sexualmente transmissíveis e câncer de mama. Conheça as doenças e os desafios enfrentados pelas mulheres

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20 Tendência Além de evitar a gestação indesejada, o uso de métodos contraceptivos também pode ser prescrito para regularizar o ciclo menstrual, tratar de sintomas perimenstruais, minimizar acnes, melhorar o humor e a sexualidade

Panorama De que forma as mulheres brasileiras encaram a saúde? Com que frequência buscam ajuda médica, realizam exames preventivos e procuram se manter saudáveis? Saiba como o público feminino se cuida

Suplementação As necessidades do corpo por vitaminas, proteínas e carboidratos no cardápio diário mudam de acordo com a faixa etária. Veja quais são os principais nutrientes na infância, adolescência, fase adulta e terceira idade

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Cuidado e proteção

A higiene íntima é capaz de deixar a mulher menos suscetível a algumas doenças. A correta higienização evita infecções, corrimentos e lesões. Entenda como trabalhar essa categoria e ofereça um mix completo para a consumidora

Consumo Acompanhe qual o comportamento de consumo das brasileiras em farmácias e drogarias nas categorias de saúde e beleza. Elas buscam por prestação de serviços e uma ampla oferta de produtos

Beleza

das A categoria da beleza é uma das mais impulsiona pelas mulheres e, assim, torna-se um nicho para 2015, impor tante para farmácias e drogarias. De 2014 ando avanç mesmo diante da crise, esse setor seguiu

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Serviços



Panorama

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Ilustração: Shutterstock


Elas são a maioria

Representando 51% da população, mulheres que crescem no mercado de trabalho têm consciência das práticas de prevenção à saúde, mas dispõem de pouco tempo para cuidar de si mesmas diante de tantas responsabilidades Textos Kathlen Ramos

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s mulheres constituem, hoje, pouco mais de 51% da população brasileira. E seu único posto de "dona de casa", marcante há algumas décadas, vai sendo esquecido pela sociedade para dar lugar a um outro perfil. Agora, elas são grandes responsáveis no ambiente de trabalho, crescem em suas carreiras e acumulam essas funções com as obrigações do lar. Portanto, para cumprir tantas tarefas diárias, a atenção à saúde desse público torna-se fundamental. “As mulheres reconhecem a necessidade de se manter com boa saúde a fim de desempenhar todas as suas funções com eficiência”, afirma a ginecologista da a+ Medicina Diagnóstica, uma das marcas do Grupo Fleury, Dra. Paula Faggion Doin. Entretanto, por vezes, diante de tantas tarefas, não sobra tempo para priorizar bons hábitos. “As mulheres têm consciência da importância do diagnóstico precoce e da prevenção de doenças. No entanto, apesar dessa consciência, elas são muito solicitadas por outras demandas, o que pode deixar esses cuidados de lado. Até meados do século passado, elas tinham apenas a atribuição de ser esposas e cuidadoras do lar. Hoje, têm uma vida profissional e não abrem mão disso”, comenta o professor titular da disciplina de Ginecologia do Departamento de

Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e presidente eleito da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dr. César Eduardo Fernandes. Um reflexo desse fenômeno é a gravidez tardia, muitas vezes acima de 35 anos de idade, e o sedentarismo, por alegar falta de tempo para a prática de atividades físicas. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de adultos classificados na condição de insuficientemente ativos (não praticaram atividade física ou praticaram por menos de 150 minutos por semana) no Brasil foi de 46%. Entre as mulheres, foram observadas frequências mais elevadas, variando de 50,3% na região Sul a 56,4% na região Norte.

Perspectiva aumentada As taxas de mortalidade feminina têm caído nas últimas décadas. Segundo dados do estudo Saúde Brasil, do Ministério da Saúde (MS)*, entre 2000 e 2010, o País reduziu esse índice em 12%. Assim, a taxa de mortalidade caiu de 4,24 óbitos por mil mulheres para 3,72. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “essa redução mostra que o País tem qualificado a assistência à mulher,

* Dados extraídos do Portal Planalto (www.planalto.gov.br)

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Panorama

O perfil das brasileiras 51,03% mulheres

Demografia (2010)

Etnia (2013)

Total:

190,7

53,6 milhões negras

49,1 milhões brancas

milhões de habitantes

357 mil indígenas

Fecundidade (2013)

15 a 19 anos

89,3% não possuem filhos

45 a 49 anos

Viviam com companheiro

12,5% não possuem filhos

Total:

8,2 milhões

Nível superior Total

15,6 milhões 9 milhões

42,7% trabalhos formais

17,5% não possuem filhos

54,7 milhões homens

Total:

40,7 milhões mulheres

95,4

milhões de trabalhadores

57,3% trabalhos informais

No período, os setores responsáveis por empregar os maiores percentuais de mulheres eram: educação, saúde e serviços sociais (18,6%), seguido por comércio e reparação (17,6%) e serviços domésticos (14,7%). Quanto às horas trabalhadas, 42,6% das mulheres trabalhavam de 40 a 44 horas semanais, 27,3%: de 15 a 39 horas, 11,2%: de 45 a 48 horas semanais, 9,8%: 49 horas ou mais e 9,1% até 14 horas semanais. No período de 2003 a 2013, a taxa de desocupação das mulheres caiu de 11,6% para 8,5%.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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16,6% não possuem filhos

Mercado de trabalho (2013):

Analfabetas

16,2 milhões

Viviam (ou não) em união estável


Proporção de homens e mulheres no País Hoje, no Brasil, vê-se que as mulheres contabilizam 51,03% do total da população. Segundo o professor titular da disciplina de Ginecologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e presidente eleito da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dr. César Eduardo Fernandes, esse número se justifica pela maior longevidade dessa fatia da população. “As mulheres se cuidam mais, enquanto os homens só procuram o médico quando incentivados pelo público feminino”, comenta. Confira, a seguir, a proporção entre mulheres e homens nas cinco regiões brasileiras.

Grandes regiões e unidades da Federação

Homens (Total)

Mulheres (Total)

Total de homens e mulheres

Percentual de mulheres

Total Brasil

93.406.990

97.348.809

190.755.799

51,03%

Região Norte

8.004.915

7.859.539

15.864.454

49,54%

Região Nordeste

25.909.046

27.172.904

53.081.950

51,19%

Região Sudeste

39.076.647

41.287.763

80.364.410

51,38%

Região Sul

13.436.411

13.950.480

27.386.891

50,94%

Região Centro-Oeste

6.979.971

7.078.123

14.058.094

50,35%

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censo Demográfico 2010

mas também demonstra que temos de continuar priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama”. O levantamento apontou que todas as regiões brasileiras tiveram as taxas reduzidas de mortalidade da mulher. A maior queda foi registrada na região Sul (-14,6%), seguida pelas regiões Sudeste (-14,3%), Centro-Oeste (-9,6%), Nordeste (-9,1%) e Norte (-6,8%). O estudo Saúde Brasil também mostrou que a taxa de mortalidade materna de 2010 chegou a 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Na comparação com os últimos 20 anos (1990 a 2010), a razão da mortalidade materna no Brasil caiu 50%. A expectativa de vida das mulheres também aumentou. Segundo dados da Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil – 2012, divulgada pelo IBGE, a expectativa de vida das brasileiras passou de 77,7 para 78,3 anos entre 2011 e 2012. E esse índice supera a esperança de vida entre os homens que, em 2012, atingia 71 anos. “Muito mais preocupadas com a saúde do que os homens, as mulheres têm um médico de confiança, com destaque ao ginecologista, que visitam, em média, uma vez ao ano. Com ele,

estabelecem vínculos fortes e esse especialista passa a tratar não apenas das doenças ginecológicas, mas também fornece toda a atenção primária a esse público. Os homens não têm o mesmo hábito”, justifica o presidente da Febrasgo.

Motivos múltiplos De acordo com o Dr. Fernandes, são diversas as razões que fazem as mulheres terem maior expectativa de vida e menores taxas de mortalidade. “Hoje, o Brasil apresenta melhores cuidados quanto à saúde da população ou ao tratamento farmacológico. Não se morre mais de uma infecção grave, por exemplo, por falta de alternativas. Pode-se, ainda, controlar o diabetes, adotar medidas preventivas ao câncer e prescrever vacinas que eliminam o risco de diversas enfermidades. Isso sem contar as melhorias no País em relação ao saneamento básico”, enumera o Dr. Fernandes. O avanço na classe dos medicamentos é outro grande ganho. O progresso dos anticoncepcionais, por exemplo, trouxe benefícios significativos. “A evolução mais marcante dos contraceptivos orais combinados co-

Muito mais preocupadas com a saúde do que os homens, as mulheres têm um médico de confiança, com destaque ao ginecologista

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Panorama

Ascensão profissional As mulheres mudaram seu papel na sociedade. Se, no passado, a grande maioria trabalhava apenas para suprir parte das despesas domésticas, hoje elas têm assumido, cada vez mais, o papel de responsáveis pelo sustento da família. “Dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, revelam que cerca de 40,9% das mulheres contribuem para a renda das famílias do País”, comenta a diretora de diversidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil), Jorgete Lemos. A especialista acredita que são diversos os motivos que levaram à ascenção profissional da mulher. “Pode-se destacar o acesso à educação, via meios de ensino tradicional e/ou virtual, mudança do desenho da estrutura familiar e da divisão de poder, aumento da dissolução conjugal e atitude: querer fazer parte efetiva da sociedade, protagonismo e mais autonomia”, diz. Tem se fortalecido, inclusive, o número de mulheres empreendedoras. Segundo dados do Serasa Experian, elas já somam 5,6 milhões, o que representa 8% da população feminina do País. Isso significa que 43% dos donos de negócios do País são do sexo feminino. “Somente no Estado de São Paulo, existem mais de 1,3 milhão de microempreendedores individuais (MEI) e, nesse universo, 48% são mulheres. Esses números mostram que as mulheres optam por empreender, visando o sustento da família ou a independência financeira”, considera a analista de negócios do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), escritório Capital Centro, Denise Weinstock. Assim, mais independentes e com renda própria, as mulheres passam a trazer ganhos ao País sob diversos aspectos. “Elas beneficiam a economia, seja via injeção de recursos financeiros pela entrada de maior percentual de consumidoras, seja pelo aumento da renda familiar. Tanto que, hoje, as mulheres são as principais responsáveis pelas compras em supermercados e representam mais de 80% do público frequentador e, em 85% das vezes, é ela a responsável pela decisão da compra*”, mostra Jorgete. O mesma realidade pode ser observada no canal farma. Afinal, estimativas apontam que 75% do público que frequenta esses canais é formado pelo universo feminino e, além de medicamentos, elas se abastecem de itens de higiene pessoal e beleza.

*Fonte: Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio)

meçou entre a década de 1970 e 1980, com cialista em ginecologia e obstetrícia pela Asa drástica redução nas doses dos compo- sociação Médica Brasileira (AMB), Dr. Sérgio nentes hormonais e consedos Passos Ramos, apesar quente diminuição dos efeido movimento de mulheres O avanço na classe tos colaterais, determinannaturalistas que são contra dos medicamentos é o uso de anticoncepcionais do maior segurança e toleoutro grande ganho. alegando riscos, ele considerabilidade para as usuárias”, O progresso dos relembra o especialista em ra que esses medicamentos anticoncepcionais, ginecologia e obstetrícia pesão um passo muito imporpor exemplo, lo Hospital das Clínicas da tante na liberdade feminina. trouxe benefícios Faculdade de Medicina da “É um retrocesso de séculos, significativos Universidade de São Paulo depois de tantos avanços, (FMUSP) e médico consulfalar que os anticoncepciotor da Libbs Farmacêutica, Dr. Achilles Cruz. nais fazem mal”, reforça. Posteriormente, novas formulações trouxeOutras classes de medicamentos tamram substâncias mais próximas à progeste- bém merecem destaque pelo desenvolvimenrona natural. E os avanços não pararam por to. “Um avanço importante foi o das estatiaí. “Nos anos 2000, surgiram modificações nas, dedicadas ao tratamento do colesterol. no regime de administração das pílulas, seja Houve também o desenvolvimento de medipor meio da diminuição do período da pau- camentos eficazes para controlar colesterol, sa, seja pela eliminação da mesma”, mostra. diabetes e hipertensão, somados aos bons Segundo o médico formado pela Universida- fármacos dirigidos ao tratamento da osteopode Estadual de Campinas (Unicamp) e espe- rose”, mostra o Dr. Fernandes, da Febrasgo. 10 Especial Mulher


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Saúde

Sexo forte Cólica menstrual, sintomas da menopausa ou endometriose são alguns problemas característicos do universo feminino. No entanto, graças ao avanço da medicina, a qualidade de vida da mulher pode ser preservada e elas querem, cada dia mais, longevidade

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S

er mãe, profissional, esposa, estudante e responsável pelo lar são algumas das tarefas que as mulheres acumulam ao longo da vida. Portanto, elas precisam ter a saúde garantida para desempenhar, com maestria, tantas funções. Acompanhe, a seguir, os principais problemas que podem colocar a saúde da mulher em risco ao longo da vida e conheça informações que podem ser úteis para esclarecer dúvidas no ponto de venda.

Cólica menstrual A dismenorreia, conhecida popularmente como cólica menstrual, é uma das reclamações mais comuns entre as mulheres. “A maioria delas começa a ter esse problema durante a adolescência”, constata a ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, Dra. Bárbara Murayama. Ela explica que a cólica menstrual se dá porque as prostaglandinas (substâncias químicas que são formadas no

revestimento do útero durante a menstruação) geram contrações musculares no órgão, provocando dor e diminuindo o fluxo de sangue e oxigênio para o útero. A dor da dismenorreia é, geralmente, localizada na parte inferior do abdômen, conhecida como “pé da barriga”. “Algumas mulheres também sentem dor nas costas ou coxas. A dor geralmente se inicia um pouco antes ou quando há o sangramento menstrual e diminui de maneira gradual ao longo de um a três dias. Ela também pode variar de intensidade: de leve a incapacitante”, explica a Dra. Bárbara, acrescentando que náuseas, diarreia, tonturas, fadiga, dor de cabeça e uma sensação semelhante à da gripe, como cansaço e mal-estar, também podem acompanhar as cólicas menstruais. De acordo com a especialista do Hospital 9 de Julho, os tratamentos para esse problema podem variar, dependendo das causas, passando por medicações anti-inflamatórias não-esteroides (classe de fármacos muito eficazes na redução da dor associada com dismenorreia); pílulas Fotos: Shutterstock


anticoncepcionais; tratamentos não farmacológicos (com aplicação de calor no local da dor); tratamentos dietéticos; ingestão de vitaminas e ervas (várias terapias nutricionais têm sido estudadas para o alívio da dismenorreia); exercício (em alguns estudos, a atividade física parece reduzir os sintomas menstruais, incluindo a dor); e medicina alternativa (há algumas evidências de que as práticas da medicina complementar, como ioga ou acupuntura, são eficazes na redução dos períodos dolorosos). “Se a investigação diagnosticar uma causa específica, como endometriose ou adenomiose, é preciso tratá-la para melhora dos sintomas. Seja qual for o tratamento, o médico precisa ser procurado”, avisa.

Tensão Pré-Menstrual (TPM) A Síndrome Pré-Menstrual (SPM), também conhecida por TPM, refere-se a um grupo de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem durante a segunda metade do ciclo menstrual. “É geralmente uma condição crônica e pode ter um sério impacto sobre a qualidade de vida de uma mulher. Felizmente, uma variedade de tratamentos e medidas de autocuidado pode efetivamente controlar os sintomas”, afirma a Dra. Bárbara. Entre os principais sintomas da TPM, segundo destaca a médica, estão raiva, irritabilidade e tensão, que são graves o suficiente para interferir nas atividades diárias. Fadiga, inchaço e ansiedade são comuns e podem ser somados à tristeza, desesperança ou sentimentos de inutilidade; além de humores variáveis com ​​ choro frequente; diminuição do interesse em atividades usuais; dificuldade de concentração; alterações no apetite; sono excessivo ou dificuldade em dormir; sentimentos de se sentir oprimido ou fora de controle; dores de cabeça, de articulação ou nos músculos; e ganho de peso. A ginecologista afirma que os tratamentos conservadores para a TPM podem envolver exercício físico regular e técnicas de relaxamento. No entanto, se essas terapias não trouxerem alívio suficiente, outras alternativas podem ser utilizadas com auxílio de um profissional. Entre elas, a médica indica o uso de vitaminas e suplementos minerais (a vitamina B6 pode propiciar um pequeno benefício para as mulheres com TPM suaves), de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (tratamentos

altamente eficazes para os sintomas da TPM) ou de anticoncepcionais.

Osteoporose Trata-se de uma doença que causa enfraquecimento progressivo dos ossos, aumentando o risco de fraturas. “Na maioria dos casos, é uma condição relacionada ao envelhecimento”, pondera o ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Marco Aurélio Neves. Ele lembra que, para essa doença, existem alguns fatores de risco, como pessoas magras, baixas e de pele clara; descendentes de asiáticos (orientais); baixa exposição à luz solar; histórico familiar da doença; sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e alimentação deficiente de vitamina D; uso de medicações, como corticoides; e imobilizações por tempo prolongado. O mais alarmante é que o enfraquecimento dos ossos ocorre de forma lenta e silenciosa. “Ao contrário do que se pensa, a osteoporose raramente causa dor. Em boa parte dos casos, ela é diagnosticada depois que ocorre uma fratura por fragilidade óssea”, adverte. O especialista do São Camilo afirma que alguns medicamentos podem ajudar o organismo e reter ou absorver cálcio. Outros ajudam na fixação do cálcio nos ossos. “Há várias classes de medicamentos que são usados, conforme o quadro de cada paciente, como hormônios e moduladores de receptores hormonais; bisfosfonados (alendronato é o mais comum); e calcitonina. No entanto, apesar do tratamento, vale frisar que a doença não tem cura, apenas prevenção. “Uma vez diagnosticada, o controle não apenas impede que o quadro progrida rapidamente, mas também evita fraturas”, esclarece o ortopedista.

As mulheres, têm três vezes mais chances de sofrer incontinência. A maior predisposição ao problema pode estar relacionada à fragilidade do assoalho pélvico feminino, às gestações e partos e às alterações hormonais

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) Adquiridas por meio de relações sexuais sem o uso de preservativos, as DSTs envolvem clamídia, gonorreia, micoplasma, HPV, herpes genital, treponema pallidum, haemophilus ducreyi e klebsiella granulomatis. A enfermidade pode ser tanto sintomática (com corrimentos ou dor na relação), quanto assintomática. Algumas DSTs podem apresentar riscos severos aos pacientes. “A clamídia pode causar uma doença inflamatória Outubro 2015 13


Saúde

pélvica e até a infertilidade. A sífilis, cuja origem é pelo treponema pallidum, se não tratada, pode trazer alterações até em sistemas nervoso, cardiovascular, ocular e ósseo e, se não diagnosticada no pré-natal, pode culminar em malformações ao feto”, alerta a médica a ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, Dra. Carla Kikuchi. O tratamento das DSTs, de forma geral, variam de acordo com o agente (bacteriano ou viral). “Cada agente pede um tratamento específico. Podem ser necessários, por exemplo, cremes vaginais ou cauterização de verrugas”, destaca, salientando que algumas delas têm cura, como a sífilis, mas outras têm apenas controle, como o HPV. “A principal forma de prevenção é o uso de preservativos do início ao fim do ato sexual”, finaliza a Dra. Carla.

Câncer de mama Cerca de 90% dos casos de câncer de mama ocorrem de forma esporádica, ou seja, não são associados a fatores hereditários. “A causa exata não é conhecida, pois é uma doença de origem multifatorial. Porém, alguns fatores de risco são bem estabelecidos, como envelhecimento, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (não ter filhos), não amamentar, além de fatores associados ao sedentarismo e sobrepeso”, enumera a oncologista do Hospital Santa Paula, Dra. Anezka Ferrari. Ela explica que, nos estágios iniciais, as mulheres podem ser totalmente assintomáticas, com nódulos em mamas a princípio não palpáveis, detectados somente na mamografia e outros exames de imagem. “Com a evolução da doença, esse nódulo pode se tornar palpável, se transformar em uma massa e ocorrer o aparecimento de nódulos nas axilas. Em doenças avançadas, pode haver sintomas associados a metástases, como dores nos ossos, emagrecimento, falta de ar e icterícia”, conta a Dra. Anezka. Felizmente, os quimioterápicos têm evoluído nas duas últimas décadas, com surgimento de drogas mais eficazes e com menos efeitos

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colaterais. A especialista do Hospital Santa Paula lembra, ainda, que existem terapias com alvo molecular que apresentam impacto significativo na sobrevida de alguns tipos de câncer de mama. O alerta fica para a importância do diagnóstico precoce. “Em estágios que ainda não existam metástases, pode-se realizar tratamentos potencialmente curativos”, lembra a oncologista. Assim, indica-se a realização de mamografia anual, além de visitas de rotina ao ginecologista para mulheres a partir dos 40 anos de idade.

Incontinência urinária Trata-se da perda involuntária da urina pela uretra, que afeta pessoas de ambos os sexos em diferentes faixas etárias. A doença aumenta, progressivamente, com a idade, e um em cada três indivíduos idosos apresenta algum problema com o controle da bexiga. As mulheres, contudo, têm três vezes mais chances de sofrer incontinência. “A maior predisposição das mulheres ao problema pode estar relacionada à maior fragilidade do assoalho pélvico feminino, às gestações e partos e às alterações hormonais decorrentes da menopausa”, afirma a enfermeira consultora da SCA do Brasil, Maria Alice Lelis. Segundo explica a diretora de cuidados adultos da Kimberly-Clark Brasil, Samia Chehab, os primeiros sintomas estão relacionados


com a perda involuntária de urina, normalmente percebida em um momento de esforço. “As mulheres relatam que perceberam, pela primeira vez, que tinham incontinência ao espirrar, tossir ou rir. Muitas mencionam, ainda, a perda de urina ao carregar algum objeto pesado ou durante a prática de exercícios físicos”, conta. A incontinência tem, além do fator físico, consequências emocionais, psicológicas e sociais. “Com receio de passarem por um ‘acidente’ e, assim, terem sua condição revelada para outras pessoas, elas se tornam mais reclusas”, resume.

Obesidade Segundo definição da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. A entidade explica que, para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do

Índice de Massa Corporal (IMC), que precisa estar acima de 30 para que se possa considerar a obesidade. A endocrinologista do Hospital do Coração (HCor), Dra. Laura Frontana, afirma que são diversos os fatores que podem levar a essa doença. “Falta de tempo para ter uma boa alimentação ou praticar atividades físicas são alguns dos motivos”, afirma. Além disso, a própria fisiologia da mulher facilita esse processo. Sabe-se, por exemplo, que a ação do estrogênio reduz a habilidade de queimar energia após a alimentação. A gravidez também pode levar ao aumento de peso. “De modo geral, quanto mais a mulher tem filhos, mais chances têm de ganhar peso”, comenta. O maior problema da obesidade é que essa doença vai muito além de ser uma questão simplesmente estética. “Tanto em homens quanto em mulheres, a obesidade pode levar à hipertensão, doença vascular arterial, cânceres, maior incidência


Saúde

de diabetes, síndrome de ovário policístico, apneia do sono e doenças articulares, por exemplo”, enumera a Dra. Laura. Em relação aos tratamentos medicamentosos para emagrecimento, no Brasil, as substâncias mais usadas continuam sendo a sibutramina e o orlistate. “Esses medicamentos são indicados para pessoas que tenham complicações com a obesidade ou sobrepeso. Quando o uso é feito com indicação médica, eles são bastante seguros”, analisa a médica.

Hipertensão

antagonistas de canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina II e os bloqueadores de receptores da angiotensina II”, enumera. A doença, quando não tratada, pode trazer consequências desastrosas para a saúde do paciente. O Dr. Bortolotto aponta que algumas delas podem ser insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal e deficit da função cognitiva. “Também aumentam-se muito as chances de ocorrer infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral”, acrescenta.

Diabetes

É uma doença crônica caracterizada por auTrata-se de uma doença crônica caracterimento da resistência dos vasos frente à contrazada pelo aumento do açúcar (glicose) no sanção do coração, tornando a pressão maior dentro gue, causada pela falência na produção de indas artérias. Segundo o coordenador do Centro sulina pelo pâncreas e/ou pela dificuldade de de Hipertensão do Hospital Alemão Oswaldo funcionamento da insulina. A endocrinologista Cruz, Dr. Luiz Bortolotto, são vários os fatores do Centro de Obesidade e Diabetes (COD), do que contribuem para o aparecimento da doenHospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Claudia ça. “O principal é o genético, Ochiai, explica que os sintocom alterações dos sistemas mas dependem de cada caCerca de 90% dos que normalmente controlam so. “A maioria das pessoas casos de câncer de a pressão diária das pessoas. com diabetes tipo 2 são asmama ocorrem de Os outros fatores são ambiensintomáticas, mas, assim coforma esporádica, tais: excesso do consumo de mo no diabetes tipo 1, elas ou seja, não são sal, obesidade, estresse, sepodem apresentar os sintoassociados a fatores mas clássicos, como aumendentarismo, excesso da inhereditários gestão de álcool. O enveto do volume urinário, aulhecimento também é mento da sede e perda inexcausa de pressão plicável de peso”, adverte. Sobre o tratamento, ele vai depender do tialta”, esclarece. A maioria dos pacientes hipertensos não relatam po do diabetes. No caso do diabetes tipo 1, sesintomas, mas alguns podem ter gundo explica a Dra. Claudia, ele se dá por meio sinais da doença. “Cefaleia (dor de de insulina, tanto de ação prolongada, quanto cabeça), tonturas, sangramento de ação rápida, aplicada antes das principais renasal, falta de ar, dor no peito feições. Já no diabetes tipo 2, o tratamento poou palpitações são alguns dos de agir sob diversas frentes. “Nesses casos, exissintomas que podem ocorrer. tem várias medicações que auxiliam no controle Muitos dos problemas podem da glicemia e que atuam em diversos pontos: no aparecer quando já existem funcionamento da insulina produzida no organisalterações de órgãos nobres mo, na estimulação do pâncreas para secretar escomo o coração, cérebro se hormônio e na eliminação de açúcar pela uriou rins”, adverte o médina. Em casos mais graves e avançados da doença, o uso de insulina pode ser indicado”, relata a co, relatando que, hoje, há um grande arsenal médica. A endocrinologista do Oswaldo Cruz lemterapêutico para trabra que, quando o diabetes não é devidamente tar e controlar a prestratado, pode levar a uma série de complicações. são. “Os mais eficaEntre elas, a aumento do risco de doença cardiozes são os diuréticos, vascular, como infarto do miocárdio e o Acidente betabloqueadores, Vascular Cerebral (AVC). 16 Especial Mulher


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Saúde

A Síndrome PréMenstrual (SPM), também conhecida por TPM, referese a um grupo de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem durante a segunda metade do ciclo menstrual

Endometriose As mulheres que se queixam de dor durante a relação sexual, cólica menstrual, dificuldade para engravidar e dor pélvica podem ter indícios de endometriose. “O endométrio consiste no tecido que reveste a parte interna do útero. A cada 28 ou 30 dias, dependendo do ciclo da mulher, ele é eliminado na menstruação. A endometriose ocorre quando esse tecido se desenvolve em outros órgãos, como nos ovários, tubas uterinas e parte posterior do útero, podendo atingir a bexiga e intestino”, explica a ginecologista e obstetra pós-graduada em sexologia pela Universidade de São Paulo (USP), Dra. Erica Mantelli. O ginecologista do Hapvida, Dr. Elson Almeida, afirma que o tratamento vai depender da gravidade da doença. “O tratamento pode ser um anti-inflamatório simples, um anticoncepcional de uso contínuo para que a mulher não menstrue, medicamentos mais complexos que levam a amenorreia, até mesmo cirurgia. A escolha dependerá de cada caso”, diz, acrescentado que, quando a mulher entrar na menopausa, o problema tende a ser sanado. O diagnóstico precoce mostra-se imprescindível, já que a doença pode incapacitar a mulher. “Pode-se perder a qualidade de vida, o emprego, a vida sexual ou até o convívio social por conta da dor. Portanto, é fundamental que o tratamento se inicie quanto antes”, analisa o Dr. Almeida.

Doenças cardiovasculares As mais comuns entre mulheres são o AVC e o infarto, que acontecem em razão da obstrução de artérias no cérebro ou coração. “Essas são as duas principais causas de mortes entre mulheres no Brasil. Ao ano, duas mil mulheres morrem por conta desses problemas”, 18 Especial Mulher

conta a cirurgiã cardiovascular do Hospital do Coração (HCor), Dra. Magaly Arrais. Ela explica que, entre as razões para esses problemas, estão os fatores não controláveis, como herança genética ou familiar; e os controláveis (que se pode evitar o aparecimento), como obesidade, sedentarismo, pressão arterial aumentada, diabetes ou Síndrome Metabólica (várias doenças juntas). Estima-se que oito milhões de mulheres no mundo sofram por doenças cardiovasculares e, no Brasil, esse número alcance 20 mil pessoas do sexo feminino. “Esses números crescem pelos fatores controláveis. Hoje, uma a cada cinco mulheres tem riscos de desenvolver essas doenças”, comenta. A especialista do HCor lembra que, para o infarto, os principais sintomas são dor no peito que irradia para o pescoço ou no pescoço, náuseas, mal-estar e sudorese fria. No entanto, muitas mulheres podem não sentir os sintomas clássicos. “Pode-se sentir cansaço, fraqueza, dor nas costas ou dor no estômago, por exemplo”, alerta. Já no AVC, os sintomas podem passar por dormência ou fraqueza na face, braço ou perna de um dos lados do corpo, confusão subida, perda de visão em um dos olhos, perda da coordenação e dor de cabeça sem causa aparente. “Quando o AVC é hemorrágico, os sintomas tendem a ser súbitos”, acrescenta a Dra. Magaly. Os medicamentos que agem preventivamente para evitar esses problemas evoluíram muito, na análise da especialista do HCor. “Como exemplo, destacam-se as estatinas, usadas para reduzir o colesterol, bloqueando a formação de placas no interior das artérias”, exemplifica.


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Tendência

Mais independência e qualidade de vida Métodos contraceptivos são múltiplos e podem atender a diversos perfis e necessidades, trazendo muitas outras funções que se somam a de impedir a gravidez indesejada

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uando a mulher ou seu parceiro sexual não apresentar patologias nem alterações clínicas, o casal estiver na idade fértil e a mulher se encontrar no período de fertilidade, se não houver a ação de um contraceptivo, as chances de gravidez são próximas a 100%, segundo afirma o ginecologista do Hospital Bandeirantes, Dr. Eliseu Tirado. No entanto, ao longo dos anos, esses métodos desempenham, na vida da mulher, uma função muito maior, que vai além de impedir a gestação, como no caso dos anticoncepcionais. “Pode-se utilizar, por exemplo, um anticoncepcional hormonal para controle de dismenorreia ou de cistos ovarianos”, ressalta o ginecologista, obstetra, especialista em

reprodução humana e diretor da Clínica Mãe, Dr. Alfonso Massaguer. Além de evitar a gestação indesejada, o uso de contraceptivos também pode ser prescrito para regularizar o ciclo menstrual, tratar de sintomas perimenstruais, minimizar acnes, melhorar o humor e a sexualidade, entre outros. Já os métodos de barreira, conforme aponta a professora do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cristina Laguna Benetti Pinto, constituem um dos principais caminhos para prevenir as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). “O uso de preservativos também está indicado para diminuir o risco de doenças como aids, sífilis ou gonorreia, por exemplo”, justifica. Foto: Shutterstock Ilustrações: Shutterstock


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Tendência A melhor escolha Os métodos contraceptivos devem ser selecionados de acordo com as queixas, o perfil, a segurança e as preferências das usuárias no período. Uma mulher com pressão alta tem contraindicação a alguns métodos ou que a que esquece de tomar comprimidos deve ser orientada a usar outros contraceptivos que não a pílula. Acompanhe, a seguir, as características dos principais deles:

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1. Métodos de barreira − preservativos masculinos e femininos Indicação: os preservativos masculinos e femininos são indicados tanto para reduzir o risco de DSTs, como também para evitar a gravidez. Por ficar dentro do canal vaginal, a camisinha feminina não pode ser usada ao mesmo tempo que a masculina. Vantagens: a principal delas é a proteção contra DSTs, como gonorreia, sífilis, clamídia, aids e tricomoníase, cuja transmissão ocorre, principalmente, por meio do contato entre sêmen e o conteúdo vaginal. Outro benefício é que o uso pode ser interrompido a qualquer momento. O mesmo acontece com os preservativos femininos, que previnem aids, hepatites virais e outras DSTs. Assim como a opção masculina, eles também evitam uma gravidez não desejada. São feitos de poliuretano, um material mais fino que o látex do preservativo masculino. São, também, mais lubrificados. Desvantagens: o grau de eficácia e o risco de uso, já que, em muitos casos, são utilizados de forma inadequada. Além disso, pode haver efeitos colaterais por conta de hipersensibilidade ao látex, substância que compõe a maioria dos métodos de barreira, provocando ardor, hiperemia e edema vulvovaginal. Eficácia: com preservativos masculinos, ocorrem de três a 14 gestações/100 mulheres no primeiro ano de uso (primeiro número para uso 100% correto e consistente; o segundo número para o uso rotineiro do método). Tendências: nos últimos anos, são vários os lançamentos em diversos segmentos. Dentre eles, os preservativos masculinos com efeito prolongado (para retardar a ejaculação), os que são ultrassensíveis (que proporcionam mais sensibilidade, por serem mais finos) e os que têm sabores (que exploram os aromas como morango, tutti-frutti, entre outros). Já para os preservativos femininos, além das versões em látex, há opções em poliuretano, material fino e macio que permite melhor transferência de calor, sem comprometer a sensibilidade. 22 Especial Mulher

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2. Métodos hormonais − anticoncepcionais de uso oral, injetáveis, transdérmicos (adesivos) ou anel vaginal Indicação: pode ser usado por mulheres de qualquer idade durante o menacme (período fértil), com necessidade de anticoncepção, se não houver contraindicação a um dos componentes (estrogênio ou progestagênio). A escolha depende de vários fatores, como idade, presença de sintomas físicos e/ou emocionais, doenças associadas e necessidades ou expectativas individuais. Vantagens: a eficácia é alta e também melhora a acne e a cólica menstrual, reduz e controla a menstruação, diminui a Tensão Pré-Menstrual (TPM) , atenua o volume menstrual (importante em pacientes anêmicas), alivia a dor proveniente da dismenorreia e dos miomas uterinos, minimiza a incidência de gravidez ectópica, protege contra o câncer do endométrio e o do ovário (essa proteção dura 15 anos após a suspensão do uso) e ajuda a evitar não apenas os cistos ovarianos funcionais, mas também as doenças mamárias benignas, como cistos e tumores benignos. Desvantagens: nas versões orais, a usuária precisa lembrar de tomar todos os dias e o medicamento pode sofrer a interferência de algumas medicações. Além disso, esses fármacos não protegem contra DSTs e não devem ser usados durante a amamentação, tampouco em mulheres com trombose, doenças arteriais, enxaqueca, diabetes, doença do pâncreas ou fígado, câncer, hipertensão arterial e insuficiência renal. Eficácia: 0,1 a 8 gestações/100 mulheres no primeiro ano de uso (primeiro número para uso 100% correto e consistente; e o segundo número para o uso rotineiro do método). Inovações e tendências: hoje, os anticoncepcionais combinados podem ser administrados também pela via intramuscular (injetáveis), transdérmica (adesivos) ou vaginal (anel vaginal), evitando o fenômeno de primeira passagem hepática e permitindo menor interferência no metabolismo hepático e redução da dose dos hormônios.


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3. Métodos contraceptivos de longo prazo – Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre ou com levonorgestrel

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Indicação: pode ser usado por mulheres que necessitem de anticoncepção segura, porém mantendo a possibilidade de reversibilidade. Vantagens: o DIU de cobre é um método de longa duração, muito eficaz e reversível. Pode ser usado na amamentação e independe de ação frequente da usuária. Ele também não apresenta os efeitos colaterais relacionados aos hormônios. Já o DIU hormonal, com levonorgestrel, reduz o volume e cólicas menstruais. Desvantagens: entre os efeitos colaterais do DIU de cobre, estão a menorragia, dismenorreia e aumento do risco de Moléstia Inflamatória Pélvica Aguda (MIPA) em pacientes com DSTs. Já o DIU com levonorgestrel pode acarretar irregularidade menstrual, acne, cefaleia e sensibilidade mamária. Seja qual for o DIU, é importante frisar que esse método é contraindicado em casos de gestação, infecção genital, deformidades uterinas, sangramentos vaginais obscuros, câncer de colo ou endométrio e doença trofoblástica gestacional. Eficácia: com o DIU de cobre é de 0,6 a 0,8 gestações/100 mulheres no primeiro ano de uso (primeiro número para uso 100% correto e consistente; o segundo número para o uso rotineiro do método).

4. Método natural – coito interrompido Indicação: casais que não aceitam ou não querem outro método. Vantagem: não tem custo. Desvantagens: pouco eficaz e requer participação do cônjuge ou parceiro. Eficácia: 1-9 a 20 de gestações/100 mulheres no primeiro ano de uso (primeiro número para uso 100% correto e consistente; o segundo número para o uso rotineiro do método).

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5. Método definitivo – laqueadura Indicação: indicado para quem tem prole completa. Vantagens: é eficaz e permanente. Desvantagem: depende de um procedimento cirúrgico. Eficácia: 0,5 a 0,5 gestações/100 mulheres no primeiro ano de uso (primeiro número para uso 100% correto e consistente; o segundo número para o uso rotineiro do método).

6. Contracepção de emergência

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Indicação: relação sexual sem método ou contra a vontade (estupro), erro ou esquecimento no uso de outro método (por exemplo, não reiniciou a pílula no dia correto e teve relação sexual). Vantagem: reduz o risco de gestação indesejada. Desvantagens: a anticoncepção de emergência não deve ser encarada como uma forma rotineira de contracepção. Além disso, a paciente pode ter algumas reações adversas, por exemplo, efeitos colaterais gastrointestinais frequentes, como náuseas e vômitos. Já o esquema de levonorgestrel está associado a menos efeitos colaterais. Eficácia: existem duas formas de oferecer a anticoncepção de emergência. A primeira, conhecida como regime ou método de Yuzpe, que consiste na combinação de um estrogênio e um progestágeno sintético, administrados até cinco dias após a relação sexual desprotegida. A outra é o uso de levonorgestrel, ambos por via oral. Seja qual for a opção, a eficácia é de 75% se utilizado nas primeiras 72 horas após a relação desprotegida, caindo progressivamente até 120 horas.

Fontes: professora do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cristina Laguna Benetti Pinto; ginecologista, obstetra, especialista em reprodução humana e diretor da Clínica Mãe, Dr. Alfonso Massaguer; Portal da Saúde, do Ministério da Saúde; Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde; especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e médico consultor da Libbs Farmacêutica, Dr. Achilles Cruz

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Cuidado e proteção

Mais segurança na intimidade feminina Produtos para higiene íntima se fortalecem no mercado, trazendo uma opção a mais para as mulheres que querem se sentir seguras e prevenir doenças. Entenda a evolução da categoria

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anter o corpo saudável exige uma série de cuidados e, entre eles, destaca-se a higiene íntima, capaz de deixar a mulher menos suscetível a algumas doenças, conforme explica a diretora de marketing de Lucretin, Jurema Aguiar de Araújo. “A transpiração faz com que a região genital fique mais úmida e quente, favorecendo um ambiente propício para o crescimento e a proliferação de fungos e bactérias”, descreve. Assim, a correta higienização é capaz de proteger a mulher de infecções, corrimentos, lesões na vagina ou na vulva, além de evitar odores ou doenças mais graves. Esses cuidados podem começar logo na adolescência, período em que ocorre a primeira menstruação. Para que a higiene íntima traga toda a proteção que a mulher precisa e espera, são diversos passos que precisam ser seguidos, a começar pela lavagem de toda genitália externa com água corrente e sabonete íntimo. “Deve-se rea-

lizar movimentos circulares e suaves, lavando todas as dobras, enxaguar bem e secar toda a área com toalha macia, tomando cuidado para não ferir a região”, ensina a ginecologista assistente do ambulatório de infecções genitais femininas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre e doutora pelo Departamento de Tocoginecologia da Unicamp, Dra. Joziani Beghini, acrescentando que a frequência ideal de higiene varia entre uma a três vezes ao dia, na dependência do clima, atividade física, tipo de pele (ressecada ou oleosa) e grau de transpiração da mulher. Nesse processo, a indicação fica para o uso de produtos formulados especificamente para a região genital feminina. O sabonete comum geralmente é produzido em barra, sendo muitas vezes compartilhado com outras pessoas. Além disso, possui pH neutro ou alcalino, não sendo compatível com o pH da pele, e faz muita Foto: Shutterstock


Diversas opções de proteção Com o desenvolvimento da categoria e com seu crescimento entre o universo feminino, as mulheres passaram a contar com diversos produtos que hoje compõem a cesta de higiene íntima. Acompanhe, a seguir, alguns deles: • Sabonetes íntimos: diferentemente dos sabonetes comuns, as versões íntimas foram desenvolvidas para manter o pH ácido da região vaginal, mantendo-a limpa, saudável e livre de microrganismos considerados nocivos. Alguns lançamentos do mercado já garantem sensação de bem-estar por 24 horas e com formulação bastante eficaz no controle de odores. Podem ser encontrados, ainda, produtos específicos para cada fase da mulher, passando pela adolescência, fase adulta, gestantes ou para aquelas que estão no período da menopausa. • Lenços umedecidos: têm a função de higienizar a região íntima quando o uso de água corrente e do sabonete íntimo não é acessível naquele momento. É o caso de mulheres que estão em seus locais de estudo, trabalho ou usam banheiros públicos. Entre os destaques do mercado, estão produtos hipoalergênicos e com fragrância delicada. As novas versões também são bastante práticas. Algumas delas, inclusive, chegam com embalagem ideal para ser carregada na bolsa. • Protetores diários: as versões “respiráveis” (sem película plástica) estão bem indicados para mulheres que apresentam transpiração excessiva na área genital, por reduzirem a umidade local. Alguns desses produtos já contam com fibras superabsorventes e aroma delicados, ajudando no controle de odores.

Fonte: estudo ''Mulheres do Amanhã'', Nielsen 2011

espuma, podendo agredir a camada protetora da pele. “Os sabonetes comuns em barra possuem pH alcalino, enquanto que os íntimos apresentam o pH levemente ácido, por isso são indicados para a limpeza da região, já que não modificam seu pH, mantendo-o mais seguro”, constata Jurema, de Lucretin, Todas essas características tornam o sabonete íntimo mais adequado às necessidades da região. “Eles possuem formulação líquida, portanto são descartados após o uso, não entrando em contato com outras pessoas. Também possuem pH ácido semelhante ao da pele e sua baixa detergência permite a remoção do excesso de oleosidade e da sujidade local, sem, contudo, alterar a barreira protetora da pele”, justifica a especialista da Unicamp. Caso a mulher esteja no período menstrual, a higiene íntima deve ser feita em um intervalo menor, com destaque para a troca frequente dos absorventes. “Como nesse período existe aumento de umidade e acúmulo de material orgânico, a higiene mais frequente promoverá a remoção mecânica dos resíduos, melhorará a ventilação genital e diminuirá a umidade”, explica a Dra. Joziani. Afinal, o sangue menstrual, a maior produção de secreções e o uso prolongado de absorventes com película plástica externa são fatores agravantes da irritação vulvar.

O que é higiene íntima? É o conjunto de ações que visam remover o excesso de resíduos, como células mortas, secreções, sangue menstrual, restos de urina, papel e fezes na área genital feminina. O objetivo é promover o bem-estar e conforto da mulher, além de prevenir infecções genitais. A higiene íntima compreende não só a lavagem e secagem da região, como também cuidados com os pelos, o uso de absorventes e os hábitos de vestimentas.

Fonte: ginecologista assistente do ambulatório de infecções genitais femininas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre e doutora pelo Departamento de Tocoginecologia da Unicamp, Dra. Joziani Beghini

Mercado promissor A rotina da mulher moderna, bastante atribulada e com diversos afazeres, por vezes, prejudica seus hábitos de higiene íntima, gerando preocupações em situações sociais, reuniões de trabalho e, principalmente, em atividades sexuais não programadas. Por esse motivo, a mulher busca medidas para se sentir confiante e segura quanto à higiene pessoal, em especial, a higiene íntima. Jurema, de Lucretin, aponta mais alguns motivos para o crescimento desse mercado. “O sabonete íntimo passou a ser um hábito para as mulheres, que reconhecem que o cuidado íntimo é diferente do cuidado com o restante do corpo e exige um produto específico”, afirma. Segundo ela, a recomendação médica é um fator que contribui para o crescimento da categoria, bem como o recente aumento da oferta de produtos, que tem elevado a penetração dentro de todas as classes sociais, a qual ainda é relativamente baixa. Esses fatores, em conjunto, possibilitam que esse mercado cresça relevantemente no País. Segundo dados do IMS Health, no acumulado de junho de 2015 (MAT junho/2015), esse mercado movimentou R$ 303,6 milhões, alta de 7,06% em relação ao mesmo período do ano passado (MAT junho/2014) e de 50,1% quando comparado com 2011 (MAT junho/2011). Outubro 2015 25


Suplementação

Necessidades diferentes em cada fase da vida A

De acordo com a idade, as prioridades nutricionais mudam e, nem sempre, o público feminino consegue atingir suas metas somente com a alimentação

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s mulheres precisam de uma dieta balanceada e um cardápio equilibrado para conquistar não apenas o bom funcionamento do organismo e a tão sonhada qualidade de vida, mas também para evitar diversos males. Afinal, as deficiências nutricionais podem deixar o corpo suscetível a doenças, conforme alerta a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Cintya Bassi. “Os exemplos mais comuns de deficiências são: anemia, hipovitaminose A e desnutrição energético-proteica”, lembra. Sabe-se, inclusive, que as necessidades da mulher mudam de acordo com as fases da vida e, caso a alimentação não seja suficiente para sanar essas carências, elas podem contar com suplementos alimentares e nutricionais que, com auxílio de um especialista,

podem cumprir esse papel. Acompanhe, a seguir, as principais necessidades nutricionais, de acordo com a idade.

Infância Nessa fase, a carência de ferro e, consequente anemia, é o cenário mais comum e pode causar prejuízos ao desenvolvimento motor e cognitivo da criança. O zinco também é importante para manter o apetite das crianças, bem como para garantir o desenvolvimento físico e cognitivo.

Adolescência Nesse período, existe um requerimento maior de proteína para o desenvolvimento da massa muscular e a maturação sexual, porém dificilmente os jovens possuem essa deficiência. Foto: Shutterstock Ilustração: Shutterstock


Cálcio, um capítulo à parte A necessidade de cálcio prevalece em qualquer fase da vida, já que o mineral é essencial para a formação do feto e para o desenvolvimento do esqueleto do bebê, por exemplo. No período da adolescência, essa importância continua. Afinal, é nessa fase que tanto mulheres quanto homens ganham a maior parte da massa óssea que terão na vida adulta. Por isso, o consumo de cálcio trará benefícios futuramente e poderá diminuir os riscos de que desenvolvam osteoporose ou outras doenças ósseas. Na fase adulta, as mulheres precisam ingerir 1000 mg de cálcio diariamente. Na gravidez e na amamentação, especificamente, há uma carência maior desse mineral, pois o corpo o absorve mais dos alimentos e, caso ele não seja ingerido pela alimentação, para suprir a necessidade do feto, o organismo retira o cálcio dos ossos da mãe. A partir da menopausa, a ingestão de cálcio também ajuda a evitar a perda rápida de massa óssea. Por fim, na terceira idade, o cálcio é um dos nutrientes mais importantes para a dieta diária da mulher, pois esse é um período em que há mais riscos de quedas e fraturas em um esqueleto mais fragilizado. Quando a ingestão necessária não pode ser atingida somente por meio da alimentação, a suplementação do mineral é indicada. Fonte: diretora técnica da divisão de saúde e da divisão de medicina física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Dra. Pérola Grinberg Plaper

Os substitutos da alimentação Na busca pelo emagrecimento, muitas mulheres têm optado por sopas ou shakes para ajudar nessa meta. “Esses produtos devem ser incluídos na alimentação sempre como substitutos de refeição para emagrecer ou manter a forma”, explica a gerente de produto do Grupo Cimed, Erika Almeida. Segundo ela, para emagrecer de forma rápida e saudável, a indicação fica para a substituição de duas refeições ao dia. “O consumo de shake é a forma mais rápida e prática de emagrecer. Uma refeição comum tem, em média, de 600 a 700 calorias, enquanto um copo de 300 ml de shake com leite possui apenas 200 calorias”, destaca. Assim, de acordo com a indústria, o usuário troca as calorias, mas mantém o sabor e consome as vitaminas e minerais necessários para uma refeição completa e com garantia de resultados. “Temos relatos de pessoas que emagreceram oito quilos em um mês. O resultado é rápido e efetivo”, assegura.

O ferro continua sendo importante em razão das perdas menstruais e, também, da expansão de volume sanguíneo pela massa muscular. O zinco e a vitamina A são igualmente necessários para manter um crescimento adequado e amadurecer os tecidos.

Fase adulta Para esse grupo, não apenas a vitamina D e o magnésio devem estar presentes, pois auxiliam na fixação desses minerais nos ossos, mas também as fibras, já que a mulher tem maior tendência à constipação. Na fase que antecede a menopausa, é importante incluir fontes de isoflavona para minimizar os sintomas comuns nesse período. Outra carência do corpo que se dá na fase adulta (a partir dos 25 anos) é a diminuição da produção de colágeno. Estudos mostram que, em um ano, perde-se cerca de 1% dessa proteína. Esse é um dos fatores que faz as pessoas perceberem as mudanças na pele relacionada à elasticidade e à flacidez. O colágeno é responsável pela formação dos tecidos, mantém a firmeza e elasticidade da pele, contribui para saúde dos cabelos e unhas, previne o envelhecimento precoce e fortalece as articulações e ossos.

Terceira idade Nessa faixa etária, o destaque fica para a necessidade de incluir as fontes de antioxidantes para combater os radicais livres, a vitamina C para reforçar o sistema imunológico, a vitamina D para preservar a saúde óssea e as vitaminas do complexo B, que possuem diversas funções, entre elas, a de manter o apetite, absorver os nutrientes e efetuar a síntese proteica. Outubro 2015 27


Beleza

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Movidas pela vaidade A categoria de higiene pessoal e beleza é uma das que se mantém crescendo no mercado, mesmo em períodos de crise. Conheça as inovações e como potencializar as vendas no canal farma

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nquanto o mercado em geral amarga os frutos da crise política e econômica do País, o setor de Higiene & Beleza (H&B) parece imune a esse cenário. Algumas categorias seguem em crescimento e outras caem menos do que a média geral, graças a seu poder de indulgência. Afinal, diante de queda ou restrição de renda, a consumidora retira diversos produtos da cesta de compras, mas garante um espaço para alguns “mimos”, como um batom ou um hidratante. A ideia é deixar de lado as compras com valor alto, mas adquirir produtos de baixo preço, que possam aumentar a autoestima. Frente a esse comportamento, as farmácias que apostam nesse nicho podem garantir bons resultados. Nas redes da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os não medicamentos, categoria na qual Higiene & Beleza está inserida, já representam 35% das vendas das lojas. Somente em junho de 2015, esses produtos movimentaram, entre as empresas associadas à entidade, R$ 938,3 milhões, alta de 15,97% em relação a junho de 2014. No primeiro semestre deste ano, a movimentação chegou a atingir R$ 5,73 bilhões. O faturamento da indústria também cresce a passos largos, segundo dados do IMS Health. Algumas delas, de 2011 para este ano, apresentaram alta próxima ou superior a 300% em valor, como no caso dos anticaspas e outros produtos para o tratamento dos cabelos, esmaltes e nutricosméticos. De 2014 para 2015, mesmo diante da crise, as categorias seguiram avançando. Acompanhe, a seguir, as inovações e tendências presentes em algumas das mais importantes categorias que representam o setor e, também, veja como potencializar os resultados no ponto de venda (PDV).

Tinturas e colorações Assim como já acontece em diversas categorias do universo de beleza, as tinturas e

colorações oferecidas no mercado dispõem de atributos que vão muito além da proposta principal. “Em Garnier, além dos benefícios como 100% de cobertura de brancos, e cor rica e brilhante, o Novo Nutrisse Creme possui um grande diferencial: a blindagem Nutritiva que, por meio da reparação e selagem dos fios, garante fixação da cor por mais tempo”, exemplifica a gerente de grupo Coloração Garnier, Camila Ribeiro. A aposta em cores que acompanham as tendências da moda é outro investimento da indústria. “Imédia Excellence apresenta a nova coleção Fashion Paris. Inspirada na moda das passarelas e no estilo Boho Chic da capital francesa, o produto tem quatro nuances exclusivas: preto Alta Costura, louro Flash, chocolate Passarela e vermelho Glamour”, resume a gerente de grupo Coloração L’Oréal Paris, Gisele Valle. E, atendendo os pedidos das consumidoras que não querem seus fios desbotados, surgem fórmulas específicas que agem nesse problema. “A ação do Reativador de Cor, de Koleston, dura até oito lavagens e ajuda a disfarçar os fios brancos, reativando a sensação do primeiro dia da coloração”, destaca a gerente de marketing de Koleston, Marjorie Teixeira. O primeiro passo para garantir boas vendas é oferecer um mix completo. “Ter o sortimento correto com variedades de nuances é fundamental, pois a farmácia é muito estratégica para a categoria. As consumidoras ficam mais de um minuto na frente da gôndola (muito mais que outras categorias) e, se elas não encontram a marca nem a cor que costumam utilizar, 40% não efetuam nenhuma compra e 35% buscam o produto em outra loja”, alerta Marjorie. Outro ponto importante é garantir a organização da gôndola, já que a compra da categoria de coloração é planejada e decidida. “Quando vão às compras, mais de 80% das mulheres já sabem a marca, a cor e o tipo de produto que desejam”, Outubro 2015 29


Beleza conta a gerente de gerenciamento de categoria da Divisão de Produtos de Grande Público (DPGP) da L’Oréal Brasil, Elaine Rocha. Assim, para facilitar o processo de compra, é importante que a exposição esteja de acordo com a árvore de decisão da categoria. “A primeira divisão se dá por funcionalidade (colorações permanentes e tonalizantes); depois, por marcas e variedade de nuances”, resume Marjorie. E, por fim, em cada marca, a exposição é orientada pela numeração das caixas, abrindo a gôndola com as nuances que têm o número menor.

Dermocosméticos Essa categoria já oferece tantas opções que o caminho encontrado pela indústria para se diferenciar é por meio da inovação. “O público está cada vez mais consciente, buscando produtos sem ativos irritantes ou sensibilizantes, como fragrâncias ou corantes”, destaca a coordenadora de comunicação científica da Divisão Cosmética Ativa (DCA) da L'Oréal, Miriam Szrajbman. Outra aposta tem sido pela praticidade na aplicação dos produtos, já que as mulheres se preocupam com a beleza, mas, por vezes, têm pouco tempo para seus rituais. “Elas desejam produtos práticos, que não causem efeitos colaterais, como vermelhidão ou oleosidade, e com resultados rápidos e visíveis”, reforça Miriam. As mulheres que apresentam sinais mais avançados da idade também foram contempladas com novos benefícios. “A RoC® lançou a plataforma Pro-Define, formulada por meio de uma combinação única dos ativos THPE e Bugrane, que agem em três dimensões: sustentação, densidade e hidratação profunda”, descreve a cientista da Johnson & Johnson, Cristina Vendruscolo. Para potencializar as vendas, de modo geral, muitas empresas do setor trabalham com mobiliários próprios. “Trabalhamos com a exposição da marca sempre sendo a primeira a ser posicionada a partir do balcão de medicamentos”, conta o coordenador de merchandising Divisão Cosmética Ativa (DCA) da

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L’Oréal, Bruno Barreto Soares. Caso a loja não disponha desse espaço, segundo a gerente shopper e gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes, o primeiro passo é blocar os produtos por marca e, na sequência, organizá-los por rosto e corpo. Depois disso, é necessário agrupar por linha de produto e, dentro das linhas, colocá-los por rotina: limpeza, hidratação e proteção solar, nessa ordem. Ainda de acordo com Patrícia, algumas combinações de vendas casadas podem ser promovidas, como antirrugas + algum produto para a limpeza do rosto (tônico, sabonete ou demaquilante); protetor solar facial + protetor solar para o corpo; e tratamento para a acne + esfoliante, adstringente ou sabonete antiacne. E lembre-se: para essa categoria, a ambientação especial faz toda diferença para as vendas, bem como a presença de dermoconsultoras no espaço.

Hidratantes Texturas mais adequadas ao clima brasileiro e customizadas para o corpo ou rosto. É com essas preocupações que surgem os novos hidratantes, trazendo composição mais leve e com diversas propriedades. “A maioria das fórmulas são multifuncionais, agregando outros benefícios além de hidratação, como estímulo à renovação celular e agentes antioxidantes”, resume Cristina. Os hidratantes corporais NEUTROGENA Norwegian e os facias Ultra Light, por exemplo, prometem evitar o ressecamento da pele, proteger contra a poluição, melhorar a luminosidade facial, retardar o envelhecimento precoce, controlar o brilho da oleosidade, além de tonificar a pele. E a multifuncionalidade pode ser acompanhada por vários produtos dessa categoria. Para garantir tais resultados, a indústria aposta em diversos ativos eficazes, como a glicerina (reduz descamações e rachaduras) e o D-Pantenol ou pró-vitamina B5 (torna a pele mais elástica e lisa). Componentes considerados naturais também passam a participar dessas composições, a exemplo de algumas plantas, como camomila e calêndula. Patrícia, da Johnson & Johnson, orienta que, seja na gôndola, seja no móvel da indústria, é importante blocar os produtos por marca, separando as versões de rosto ou de corpo e agrupando-os por linha. Dentro das


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Beleza linhas, é importante colocar os itens por rotina: limpeza, tonificação, demaquilante, hidratação, tratamento e proteção solar, nessa ordem. Ela também indica que as combinações ideais para o desenvolvimento de vendas casadas são: creme para contorno dos olhos + hidratante básico e, também, tratamento para a acne + esfoliante ou adstringente ou sabonete antiacne. Ações de cross-merchandising podem ser igualmente desenvolvidas. “Essa técnica pode ser aplicada em categorias correlatas, como sabonetes líquidos, produtos faciais ou protetores solares”, sugere a diretora comercial da Weleda do Brasil, Leticia Hara, acrescentando que é importante disponibilizar atendentes e farmacêuticos bem treinados, capazes de indicar o produto mais apropriado a cada necessidade.

Celulites e estrias A reclamação por celulites e estrias é uma constante entre boa parte do universo feminino. No entanto, o mercado traz soluções bastante eficazes para esses problemas. O NIVEA Óleo Firmador Antiestrias Q10, por exemplo, conta com a coenzima Q10 e o óleo de macadâmia, que proporciona nutrição intensiva, firma a pele, melhora a sua elasticidade e reduz, visivelmente, as marcas de estria. Já o NIVEA Bye Bye Celulite Firmador Q10 atua diretamente nas células de gordura, ajudando a melhorar o aspecto e firmeza da pele, além de manter a elasticidade e ajudar na prevenção contra novas celulites. “A partir de duas semanas de uso contínuo, sem necessidade de massagem, já é possível sentir os resultados do produto”, garante a diretora de marketing da NIVEA Brasil, Tatiana Ponce. Muitos produtos disponíveis no mercado também apostam na ação preventiva. “Bio-Oil ajuda a evitar estrias, pois uma pele bem hidratada fica mais elástica e, com isso, pode se adaptar melhor às rápidas mudanças do corpo, como a gestação ou o crescimento na adolescência. O produto ainda ajuda a amenizar as estrias existentes, brancas e vermelhas”, descreve a gerente da marca, Adriana Araújo. Para a categoria de cuidados corporais, o varejista deve separar os segmentos por blocos, por exemplo, óleos corporais e hidratantes. “Dentro dos segmentos, 32 Especial Mulher

é necessário blocar as marcas e, na sequência, é preciso agrupar os produtos por tipo de pele ou fragrância”, indica o diretor de vendas e shopper e customer da NIVEA, Theodoro Oliveira. Segundo ele, também é válido que os espaços em gôndola reflitam a participação de mercado dos segmentos e marcas. “As marcas de maior valor agregado devem ser expostas nas prateleiras ao alcance das mãos, enquanto as marcas de giro devem ser posicionadas nas prateleiras inferiores”, acrescenta Oliveira. Ações de cross-merchandising também podem ajudar no incremento dos resultados. “Com a chegada do verão, há uma preocupação maior quanto a mostrar o corpo, e produtos que amenizem celulites e estrias juntos, sem dúvida, geram interesse”, sugere a especialista da Bio-Oil.

Filtros solares Ter a pele saudável e protegida da ação nociva do sol, mas com “a cor do verão” é o desejo de boa parte das brasileiras, por isso, a indústria desenvolve fórmulas capazes de cumprir essa demanda. O SUNDOWN® Gold Loção Spray FPS 15 e 30, por exemplo, alia a proteção confiável da marca a ingredientes naturais, como urucum e buriti, que proporcionam aparência de bronzeado, protegendo a pele das radiações ultravioletas (UV). As fórmulas de muitos lançamentos do mercado também passam a apresentar mais resistência à água e ao suor, além de toque seco, adaptando-se


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ATENÇÃO ÀS CICATRIZES Cicatrizes de acne, rugas (leves e profundas) ou flacidez são problemas comuns na pele do rosto. No entanto, em diversos casos, essas marcas podem ser evitadas com ação preventiva, antes que se tornem definitivas. “Utilizar produtos que contribuam para uma cicatrização rápida, eficiente e de qualidade é fundamental na prevenção”, considera a farmacêutica da PharmaSpecial, Riedi Nogueira. A farmacêutica e consultora técnica da Biotec Dermocosméticos, Mika Yamaguchi, reforça que uma boa reestruturação do tecido auxilia a evitar esses problemas. “Utilizar cremes que formem a segunda pele ajuda muito, quando eles estão associados a ativos que estimulam a produção de colágeno e elastina e, ainda, hidratam a região”, destaca. Caso haja uma lesão que precise de limpeza, também é importante apostar em produtos que ajudem na assepsia do local, também como ação preventiva a cicatrizes ou outros males. “Uma lesão infeccionada apresenta dificuldade de cicatrização, portanto, higienizar o local é fundamental”, alerta Riedi. Mika também destaca a importância da ação de um antisséptico. “Esses produtos são importantes para manter o local higienizado e diminuir as chances de infecções, pois, se isso ocorrer, o processo de cicatrização será afetado”, finaliza.

melhor à pele das brasileiras. “O Heliocare Max Defense FPS 30 Oil Free é capaz de reduzir a oleosidade nas primeiras duas horas e controlá-la por até seis horas”, afirma a representante de marketing da Melora, Isabela Assis. Os protetores solares podem, inclusive, ser um aliado das mulheres contra os sinais da idade. “Além da fotoproteção, auxiliam na ação antienvelhecimento, por meio de propriedades antioxidantes, e melhoram a pigmentação por meio de ação uniformizadora”, afirma o médico dermatologista do Aché Laboratórios e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Alexandre Fabris. Para trabalhar a exposição da categoria de proteção solar de maneira estratégica, a recomendação da 34 Especial Mulher

executiva da Johnson & Johnson, Patrícia, é a de blocar os produtos por marca e, dentro delas, agrupar os segmentos e linhas de maior valor agregado, que devem ser posicionados na altura dos olhos. Em seguida, agrupar as linhas regulares mais procuradas (geradoras de tráfego), na parte inferior da gôndola. Dentro dos segmentos/linhas, a indicação da J&J fica para a exposição em ordem decrescente de FPS (do maior para o menor), conforme o fluxo do corredor. E, nas épocas de sazonalidade, vale apostar na visibilidade. “Nos períodos de pré-verão e verão é importante dar destaque à categoria, garantindo sua presença em locais de alto fluxo, por meio de pontos extras, para facilitar a lembrança e decisão de compra”, orienta Patrícia. Ela destaca, ainda, ações de cross-merchandising que podem ser realizadas, aliando protetores solares com hidratantes ou repelentes. Já os protetores faciais podem ser explorados ao lado de outros produtos para o rosto ou maquiagens.

Esmaltes A multifuncionalidade também chegou à categoria de esmaltes, que trazem benefícios extras às usuárias. “Eles chegam com ativos, como vitamina E, silicone, D-Pantenol, hidrolisado de queratina e macadâmia, que tratam as camadas mais profundas das unhas”, destaca a gerente de marketing da Impala, Soraia Arraes. Somada a esses benefícios, sem dúvida, está a completa coleção de cores, que reflete as estações do ano e os calendários da moda pelo mundo. Além disso, a cobertura desses produtos também foi aprimorada. “Os benefícios que as consumidoras mais procuram são brilho e duração, que permitem um acabamento profissional e mais durabilidade da cor. Também temos cores que chamamos de efeitos especiais, como a cobertura fosca, que deixa qualquer cor com acabamento mate”, afirma a gerente de desenvolvimento de marketing Colorama e Maybelline NY, Ligia Monteiro. Para facilitar a interação da consumidora com os esmaltes, o ideal é criar uma


setorização clara, dando destaque aos lançamentos e às linhas de tratamento (como preparo e finalização), e posterior exposição dos demais produtos, conforme orienta a gerente de marketing da Colorama, Vanessa Queto. “Como cerca de 50% das usuárias veem como principal atributo de compra a cor, é importante criar um dégradé não só para facilitar a localização do tom desejado, mas também para criar um apelo visual e aumentar o interesse”, ensina. Outra sugestão da gerente de marketing da Impala, Soraia, é desenvolver um local específico para a categoria pés e mãos. “Nesse espaço, a consumidora encontrará itens como hidratantes e removedores de esmaltes, próximos a bases e esmaltes”, justifica. Ela também indica o desenvolvimento de ações de cross-merchandising, aplicando, próximo às gôndolas da categoria, um display com sprays secantes. “Outra ideia destaca as ações promocionais: na compra de um alicate para cutícula, ganha-se um esmalte, por exemplo”, mostra Soraia. Diante de um sortimento tão vasto, é importante saber identificar os produtos indispensáveis para a consumidora. “O ideal é ter sempre os lançamentos e os produtos de tratamento, já que são sempre os itens mais procurados. Além disso, é importante ter as tonalidades mais vendidas, como os brancos, os vermelhos e os rosas”, ensina a gerente de marketing de Colorama.

de marketing da Sundown Naturals, Aline Germano, entre as principais inovações observadas na categoria, ganham destaque as substâncias para auxiliar na saúde da pele, do cabelo e das unhas, graças às concentrações de vitaminas, minerais, e nutrientes funcionais que auxiliam nos processos de regeneração do organismo. “Entre os nutricosméticos para a pele, existem aqueles voltados para o combate à celulite, outros para rejuvenescimento celular, outros para melhorar o bronzeado, e assim por diante”, exemplifica o diretor comercial da Veeva, Sergio Bruni. Segundo orientação da especialista da Sundown Naturals, Aline, a melhor forma de exposição dos nutricosméticos seria a blocada, na vertical, e agrupada por benefícios, para que o consumidor tenha melhor compreensão dos produtos. De acordo com Bruni, a categoria precisa estar próxima aos produtos de beleza, já que tem objetivos finais similares. Pode-se, ainda, explorar materiais educativos. “Sugerimos a apresentação de um folder informativo, pois assim o cliente entende melhor o funcionamento e os benefícios dos produtos”, reforça. Como os nutricosméticos são categorias que estimulam o conceito de um produto que não promove apenas a beleza, mas também uma melhor qualidade de vida associada a hábitos saudáveis, nas gôndolas, vale correlacioná-los com itens que tenham finalidade similar. “Os melhores pontos da farmácia para uma exposição cruzada estão em áreas como cuidados com os cabelos, pele, alimentação funcional, regularização do funcionamento intestinal e aparelhos de saúde”, adianta Aline.

Nutricosméticos O universo de nutricosméticos tem crescido a passos largos no País. De 2011 até 2015, segundo dados do IMS Health, a alta já é superior a 400% em valor. Segundo a gerente

Beleza na gravidez Durante a gestação, a mulher passa por um momento de grandes alterações hormonais e estruturais no corpo, que podem culminar em Outubro 2015 35


Beleza

prejuízos à pele. “Na primeira fase da gestação, o problema é o estiramento, que pode estar ou não associado ao desencadeamento das estrias. As estrias são para a vida toda, por isso, são tão temidas. Assim, a prevenção é essencial nesse período, para minimizar os danos”, conta a pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), dermatologista e consultora da Libbs Farmacêutica, Dra. Érica Monteiro, acrescentando que, no pós-parto, o grande receio das mulheres fica para o excesso de pele que pode ocorrer. Para suprir essa demanda, hoje o mercado apresenta produtos seguros, que podem ser usados durante e após esse período gestacional, sem trazer riscos à mulher ou ao bebê. A Libbs Farmacêutica, por exemplo, acaba de lançar o Umiditá Gestante Corpo, que previne o surgimento das estrias e protege a pele contra o estiramento, e o Umiditá Mamãe Pós-Parto, que restaura a pele ajudando a melhorar sua firmeza. O Grupo Cimed também aposta nesse mercado e apresentou, recentemente, o Memê Care, elaborado para ajudar na proteção da pele no período gestacional. Ele hidrata intensivamente e estimula a formação de colágeno e elastina. Para garantir a visibilidade desses produtos no ponto de venda, vale alocá-los próximos a outros dermocosméticos, como sabonetes para o rosto e protetores, gerando vendas agregadas.

Cabelos As inovações nessa categoria atendem, diretamente, o compor36 Especial Mulher

tamento da mulher, que busca soluções, de fato, eficazes, e cada vez mais personalizadas a seu tipo de fio. A praticidade também é palavra de ordem. “A Embelleze elaborou, por exemplo, fórmulas para a marca Novex que agem com profundidade em apenas dois ou três minutos”, conta a gestora da categoria de tratamento e de marketing da Embelleze, Fabiana Luna. A busca por uma formulação cada vez mais leve e natural também é tendência. Seda, por exemplo, apresentou a linha Recarga Natural, com variantes de extratos naturais e raízes de plantas que ajudam a recuperar a vitalidade dos fios. “O chá verde tem propriedades antioxidantes que diminuem a ação destrutiva dos radicais livres, tendo um efeito antienvelhecimento. Já os extratos cítricos são conhecidos por fornecer ativos adstringentes”, explica o gerente de marketing de Seda, Diego Guareschi, ao citar as propriedades da versão para cabelos oleosos. Produtos diferenciados e que prometem resultados rápidos e mais profundos, como os de salão, constituem outro investimento da indústria. Seguindo essa linha, a Elseve, por exemplo, apresentou o Serum Booster Arginina Resist X3, que garante cabelos cinco vezes mais resistentes. Segundo Guareschi, a ordem de escolha do consumidor para essa categoria sempre é: xampu, condicionador e cremes de tratamento. Então, a recomendação fica para que os produtos sejam agrupados e colocados na sequência de maior para menor valor agregado, de acordo com fluxo principal do corredor e espaço disponível na gôndola. “As marcas de xampu, condicionador e cremes de tratamento deverão ser blocadas dentro de seus respectivos segmentos, obedecendo à ordem das subcategorias. Por fim, as embalagens deverão ser dispostas do tamanho menor para as embalagens de tamanho maior”, ensina. Vale, ainda, explorar ações que façam a consumidora interagir com o produto. “Experimentação e experiência são potencializadoras de vendas. Ter a equipe afiada em relação aos benefícios e diferenciais de cada produto é fundamental”, analisa Fabiana, da Embelleze.


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Consumo

Hábitos e preferências do público feminino Pesquisas da Nielsen apontam o comportamento de consumo das brasileiras em farmácias e drogarias, com foco nos produtos de saúde e beleza. Acompanhe as principais práticas e demandas

38 Especial Mulher

É

fato que a realidade da mulher mudou e muitas delas, além de cuidarem dos afazeres da casa, também trabalham e estudam, por vezes cumprindo tripla jornada. O perfil atual traz, consigo, uma nova demanda no ponto de venda (PDV): oferecer soluções que atendam as consumidoras sem tempo e sobrecarregadas. Assim, segundo o estudo da Nielsen “Mulheres do Amanhã”, de 2011, um dos grandes desafios para os varejistas nesse século é o de oferecer soluções para uma mulher com pouco tempo, sobrecarregada e sem tempo para relaxar. Para o setor farmacêutico, especificamente, outro grande desafio é o de oferecer o que elas esperam desse PDV: um canal especializado. “Nas farmácias, mulheres buscam ter prestação de serviço e um amplo mix

de produtos. Se ela entrar na loja e não encontrar o que procura, é uma grande frustração, já que deseja um sortimento completo, aliado a uma consultoria de vendas”, aponta a analista de mercado da Nielsen, Mariana Morais, acrescentando que, nas farmácias, elas, de modo geral, fazem suas compras de beleza particulares, enquanto em supermercados compram os produtos de abastecimento para toda a família. Outro destaque é que, para as compras de produtos das categorias de saúde e beleza, nos países emergentes, onde o Brasil está inserido, as mulheres são consideradas por 71% dos entrevistados as mais capacitadas para essas decisões. A mesma concepção é tida com a categoria de medicamentos com ou sem prescrição médica. Foto: Shutterstock


Conforme as capacitações aumentam, também sobem os níveis de estresse

Homem ou mulher? Quem é mais apropriado para tomar decisões sobre as compras? Homens Igualmente Mulheres

Com frequência não tenho tempo

54% 62% Raramente tenho tempo para relaxar

37%

Alimentos

8%

43% 48%

Saúde/beleza

4%

25% 71%

Roupas

6%

48% 46%

Eletrônicos para o lar

46% 45%

9%

Eletrônicos portáteis/ pessoais

40% 52%

8%

5%

6%

Automóveis

55% Me sinto estressada/sobrecarregada a maior parte do tempo

38% 49% Desenvolvidos Emergentes

40%

Medicamentos com/ sem prescrição médica

13% 56% 31%

Finanças familiares

33% 53% 14%

Seguros

40% 49% 11%

Cuidado dos filhos em casa

4%

37% 60%

Cuidado dos filhos fora de casa

9%

44% 47%

Atividades sociais/clubes

21% 61% 18%

Locais para atividades sociais

16% 63% 21%

Fonte: estudo "Mulheres do Amanhã", Nielsen 2011

Para cada idade, um perfil Três movimentos devem marcar o futuro: a redução da taxa de natalidade, a preponderância das mulheres e o aumento da longevidade. Constata-se, por exemplo, que os shoppers de 50 anos de idade representavam 29% da população brasileira. Vê-se, também, que em 2020 o excedente de mulheres em relação aos homens no Brasil será de quase 5 milhões, e vivendo mais. Para o canal farma, esse novo perfil demográfico pode ser bastante positivo, já que as donas de casa de 51 anos ou mais se destacam em categorias de maior tíquete médio. “Nessa idade, essas consumidoras são bastante exigentes com o sortimento e valorizam as marcas premium. Entre os produtos que elas mais adquirem, estão tinturas, cremes para pele e

filtros solares”, comenta Mariana. Além dos itens citados, outros bastante procurados nessa faixa etária são os cremes para o rosto e sabonetes líquidos. Já as mulheres mais jovens (até 25 anos), juntamente com as mais maduras (de 26 a 30 anos), agrupam-se apresentando o menor gasto e menos idas ao ponto de venda. Por fim, as mulheres de 31 a 40 anos e as de 41 a 50 anos formam o grupo com maior frequência de compra e maior gasto.

Pouca fidelidade entre canais Diante de tanta concorrência, com o passar dos anos as consumidoras tornam-se cada vez menos fiéis entre os pontos de venda que frequentam. Assim, além dos tradicionais supermercados, os gastos passam a Outubro 2015 39


Consumo Porcentagem de penetração nos canais Apenas nas categorias de Higiene & Beleza

Todas as categorias auditadas pela Nielsen 100 100

Autosserviço 81 83

Pequeno varejo

Padaria Atacadista

43 44

Pequeno varejo

36 40

Perfumaria

53 57

Farmácia

56 60

Farmácia

64 66

Porta a porta

73 75

Porta a porta

99 99

Autosserviço

35 40

Perfumaria

30 33

15 19

Atacadista YTD 10 YTD 11

23 27

Três principais atributos que a tornam leal a uma marca em particular Brasil

1. Qualidade

2. Confiança na marca

3. Preço

China

1. Qualidade

2. Eficácia

3. Familiaridade

Índia

1. Qualidade

2. Preço

3. Inovação

Malásia

1. Qualidade

2. Preço

3. Confiança na marca

México

1. Qualidade

2. Preço

3. Eficácia

Fonte: penetração dos canais Year-to-Date (YTD) 11 X YTD 10 (até setembro). Base: 14 Categorias de produto da cesta de Higiene & Beleza (H&B) – Total Brasil – Fonte: Nielsen | Shopper Visions Nota: Year-to-Date, em tradução livre significa acumulado do ano

ser divididos e outros canais ganham penetração. “O shopper não é fiel. Assim, se um PDV não entregar o que ele precisa, a troca é imediata”, reforça Mariana. Nas categorias de Higiene & Beleza, a penetração tem crescido anualmente no canal farma. Entre as marcas, pode-se dizer que, no Brasil, o que as torna fiel a um produto são qualidade, confiança e preço, respectivamente.

Força na vaidade brasileira Segundo pesquisa da Nielsen, as categorias de Higiene & Beleza crescem impulsionadas pelo aumento do tíquete médio da cesta. Em 2010, por exemplo, o gasto total do shopper na cesta no acumulado de 2010 foi R$ 267,70; no ano seguinte, esse gasto passou a R$ 293. Esse aumento é percebido em praticamente todas as categorias da cesta e esse cenário apresenta maior impacto nos canais 40 Especial Mulher

especializados, como o farma. Neles, apesar de as compras serem menos frequentes quando comparadas ao autosserviço, os tíquetes são maiores. “Mesmo com a crise, a cesta de Higiene & Beleza continua estável. O canal farma, por exemplo, cresceu 1,3% em volume com esses produtos. Vemos que os brasileiros são muito vaidosos. Assim, diante de alguma dificuldade financeira, eles cortam outros itens em detrimento daqueles de beleza e cuidado pessoal. É a indulgência. Por não poderem adquirir um produto supercaro, pelo menos um batom pode continuar na sua lista”, analisa. Entre as categorias mais importantes no faturamento das grandes redes de farmácias, considerando a cesta de Higiene & Beleza, destacam-se os produtos para tratamento da pele, fraldas descartáveis, bronzeadores, desodorantes e sabonetes (em barra e líquidos), respectivamente.


AS PREOCUPAÇÕES, DEMANDAS E CARACTERÍSTICAS DAS MULHERES 1) Entre as gerações, as mulheres são semelhantes de muitas formas, mas também são únicas. De filhas a mães ou avós, há alguns pontos em comum entre os comportamentos de compras e audiência, mas são as diferenças singulares que os profissionais de marketing precisam entender. 2) Mídias sociais tornaram-se ferramentas indispensáveis. Além de carreiras e lares, as mulheres têm influenciado decisões tanto nos negócios quanto na política para beneficiar outras pessoas. E elas estão aproveitando as redes sociais para resolver problemas, fazer perguntas e formar comunidades. 3) Elas confiam em quem conhecem. Quando se trata de propaganda, as mulheres acreditam nas recomendações de conhecidos acima de todas as outras formas. Elas se mostram mais reticentes em confiar em anúncios vindos de mensagens no celular, por exemplo. E, se confiam em uma empresa, isso significa muito. 4) TV é a fonte preferida para obter informações sobre novos produtos e serviços. As mulheres confiam na televisão para obter dados sobre produtos, porém, na medida em que o cenário dos meios de comunicação continua a se fragmentar, planos de marketing complementares e integrados têm importância vital. 5) Em 95% dos países, qualidade é o acionador “nº 1” da lealdade à marca. Em 20 dos 21 países, qualidade é o acionador primordial da lealdade à marca entre 17 fatores. “Preço mais baixo” sequer figura entre os três principais critérios nesses países.

Fonte: estudo "Mulheres do Amanhã", Nielsen 2011

Muitas oportunidades Os shoppers das farmácias optam por esses estabelecimentos para compras de categorias não básicas quando comparado com o autosserviço, com destaque para o creme para a face e protetor solar. E, mesmo entre as categorias mais básicas, escolhem marcas de maior valor agregado. Dos cremes para a pele, por exemplo, nas farmácias, os destaques ficam para as versões exclusivas para a

As dez categorias de Higiene & Beleza mais representativas para o faturamento das farmácias Categoria

Variação de vendas 2014 X 2013

Produtos para o tratamento da pele

17,0%

Fraldas descartáveis

45,7%

Bronzeadores

12,3%

Desodorantes

17,9%

Sabonetes sólidos + líquidos

9,8%

Xampus

6,4%

Tinturas para cabelos

5,6%

Produtos para o tratamento dos cabelos/condicionadores

-0,8%

Absorvente higiênico

12,7%

Lâminas de barbear

7,4%

Fonte: Nielsen. Total Brasil Scantrack – Farmácias cadeias

face. O canal autosserviço tem perdido espaço nas vendas das categorias de Higiene & Beleza. Pode-se dizer que as farmácias de cadeia são as grandes impulsionadoras do crescimento da cesta de Higiene & Beleza. Segundo a especialista da Nielsen, uma grande oportunidade está no desenvolvimento de ações de cunho promocional. “Packs promocionais e outros que as mulheres considerem ganhos na compra são bastante valorizados pelo público do canal farma. O preço também vem se tornando bastante importante, especialmente em épocas de crise”, diz. Outra sugestão da analista fica para o investimento no espaço de exposição. “As gôndolas ainda são um grande desafio. Vejo que as farmácias têm uma exposição muito blocada e são poucas as que entregam uma solução completa ao shopper. Por exemplo, muitas ainda oferecem os xampus separados do condicionador, o que dificulta e não estimula as compras. Temos de nos desenvolver nesse sentido”, mostra Mariana. Outra deficiência citada pela analista é a falta de praticidade e rapidez, pois os shoppers têm dificuldades de encontrar o que procuram no PDV. “Fazer o consumidor caminhar pela loja toda para encontrar um produto é uma visão antiga. Com pouco tempo disponível, o que ele mais precisa é encontrar rapidamente o item desejado. Assim, é fundamental o desenvolvimento de espaços dedicados ao banho ou à beleza, por exemplo, com todos os produtos em um único espaço”, conclui.

Fontes da matéria: • Nielsen Homescan Latam e Brasil, 2009. • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/ Estudo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)/ Revista Super Interessante. • T. Brasil (7 áreas Nielsen) – Year-to-Date 2011 até setembro. Matriz de hábitos X idade da dona de casa. T. 14 categorias de H&B. Fonte: Nielsen | Homescan. • Índice de penetração relativa Farmácia X Autosserviços. 14 categorias de H&B – Fonte: Nielsen | Shopper VisionsTM. • Nielsen Retail Index – YTD 2011 até setembro. • Importância dos canais na comercialização da cesta de Higiene e Beleza, considerando 14 categorias. YTD 2010 e YTD 2011 até setembro. Fonte: Nielsen Shopper Visions. • estudo "Mulheres do Amanhã", Nielsen 2011

Outubro 2015 41


Serviços A

ABRAFARMA www.abrafarma.com.br

ABRH BRASIL www.abrhbrasil.org.br

Abihpec www.abihpec.org.br

Associação Médica Brasileira (AMB) www.amb.com.br

B

Body Health Brasil www.bodyhealthbrasil.com

C

Clínica Mãe www.clinicamae.com.br

Colorama www.coloramaesmaltes.com.br

Criogênesis www.criogenesis.com.br

D

Delboni Medicina Diagnóstica www.delboniauriemo.com.br

E

Embelleze www.embelleze.com

F

Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) www.fmabc.br

Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) http://portal.fmu.br

Farmácia Escola da Universidade de São Paulo (USP) www.fcf.usp.br

Febrasgo www.febrasgo.org.br 42 Especial Mulher

Fecomercio www.fecomercio.com.br

G

Garnier www.garnier.com.br

Grupo Cimed www.grupocimed.com.br

Grupo Fleury www.domgrupofleury.com.br

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) www.ibge.gov.br

Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) www.iothcfmusp.com.br

J

Johnson & Johnson www.jnjbrasil.com.br

H

K

www.hapvida.com.br

www.kimberly-clark.com.br

Hapvida Hospital 9 de Julho www.hospital9dejulho.com.br

Hospital Alemão Oswaldo Cruz www.hospitalalemao.org.br

Hospital Bandeirantes www.hospitalbandeirantes.com.br

Kimberly-Clark Koleston – Wella www.wella.com/ retail/pt-BR/home

L

Libbs

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP)

www.libbs.com.br

www.hcnet.usp.br

Lucretin

Hospital do Coração (HCor) www.hcor.com.br

Hospital Maternidade São Cristóvão www.saocristovao.com.br

Hospital Samaritano www.samaritano.org.br

Hospital Santa Joana

L'Oréal www.loreal.com www.lucretin.com.br

M

Maybelline www.maybelline.com.br

Ministério da Saúde www.saude.gov.br

Hospital Santa Paula

N

www.santapaula.com.br

www.nielsen.com/br/pt.html

www.hmsj.com.br

I

Impala

Nielsen Nivea www.nivea.com.br

IMS Health

P

www.imshealth.com

www.pharmaspecial.com.br

www.impala.com.br

INCA www.inca.gov.br

PharmaSpecial

R

Rede de Hospitais São Camilo www.saocamilo.com

S

SCA do Brasil www.scabrasil.com.br

Seda www.seda.com.br

Serasa Experian www.serasaexperian.com.br

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) www.sbd.org.br

Sundown Naturals Vitaminas www.sundownvitaminas. com.br

U

Universidade de Campinas (UNICAMP) www.unicamp.br

Universidade de São Paulo (USP) www5.usp.br

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) www.ufrj.br

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Weleda www.weleda.com.br


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