BRASILEIRO RENDE MENOS QUE A MÉDIA MUNDIAL Somente com conhecimento do negócio é possível avaliar o nível de produtividade, que consiste em conseguir melhores resultados a partir dos mesmos recursos, trabalhando bem a equipe, controlando as finanças e investindo em tecnologia
ANO XXIV • Nº 297 AGOSTO DE 2017
ATENDIMENTO Ninguém gosta de perder tempo para efetuar uma compra simples, por isso, agilidade e eficiência são fundamentais
PREVENÇÃO Cerca de 65% dos casos de melanoma estão relacionados à exposição solar excessiva. É fundamental que a preocupação com a saúde da pele aconteça desde o início da vida
Novas embalagens Natulab: por fora fazem a diferença na sua gôndola, por dentro, na saúde dos seus clientes.
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EDITORIAL
Quanto rende um trabalhador brasileiro? Para calcular a produtividade de um país, basta realizar uma conta simples: dividir o Produto Interno Bruto (PIB) pelo número de pessoas no mercado de trabalho. Quando esse cálculo é aplicado à realidade brasileira e, em seguida, comparado ao resultado de outros países, os números preocupam. Cada trabalhador brasileiro produz, em média, 1/9 do que produz um sul-coreano, enquanto um americano faz o mesmo trabalho que quatro brasileiros. Aspectos culturais são alguns dos motivadores para essa baixa eficiência. No Brasil, atrasos são mais tolerados e há falta de objetividade nas reuniões, que perdem o foco rapidamente, quando outros assuntos alheios ao trabalho entram em pauta. Há ainda uma defasagem educacional crônica, que faz com que os trabalhadores cheguem ao mercado de trabalho pouco capacitados. Todos esses fatores atingem os mais diferentes segmentos da economia. No varejo farmacêutico, não é diferente. Devido à baixa produtividade, toda operação de uma farmácia requer um nú-
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel COMERCIAL (EXECUTIVAS DE CONTAS) Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) IMAGEM: SHUTTERSTOCK
mero maior de pessoas, demanda mais etapas e enfrenta constantes refações, que atrasam toda a cadeia. Veja na reportagem de capa desta edição que, para solucionar a questão, um dos caminhos é investir em uma gestão profissionalizada, que tenha na ponta do lápis informações sobre rendimento. Outro destaque fica por conta da agilidade e eficiência que um atendimento deve ter. Ninguém quer perder tempo, desnecessariamente, para efetivar uma compra simples. As farmácias que possuem processos simples e bem treinados junto aos seus colaboradores saem à frente e atuam de forma mais assertiva. Veja ainda que o câncer de pele é o mais agressivo ao maior órgão do corpo e um dos únicos que pode ser prevenido com hábitos simples, como o uso de proteção solar e atenção desde o início da vida. Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe
ASSISTENTE COMERCIAL Mariana Batista Pereira
MARKETING DIGITAL Bianca Pereira
ASSINATURAS Morgana Rodrigues
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Laura Martins e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Gustavo Semblano, Marcelo Cristian Ribeiro, Marcos Lobo de Freitas Levy, Olegário Araújo, Silvia Osso e Silvia V. Fridman
COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues
IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock
No Brasil, atrasos são mais tolerados e há falta de objetividade nas reuniões, que perdem o foco rapidamente
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.
2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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SUMÁRIO #297 AGOSTO 2017
60 E MAIS 06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 12 > ANTENA LIGADA 20 > ATUALIZANDO 24 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 36 > PESQUISA 42 > PREVENÇÃO 50 > ATENDIMENTO 64 > SORTIMENTO
46 > DESEMPENHO CAPA
O colaborador brasileiro apresenta produtividade muito menor do que a média mundial. O problema é prejudicial para todo o negócio, principalmente no desperdício de recursos e falta de competitividade
54 > PONTO DE VENDA Farmacêuticos precisam estar preparados para sanar as dúvidas dos pacientes quanto aos genéricos. Troca de medicamentos, desconfianças e dúvidas sobre formulação são alguns dos questionamentos que podem surgir
ESPECIAL SAÚDE 68 > CEFALEIA 74 > HIPERTENSÃO 80 > HOMEOPATIA
86 > ESPECIAL VITAMINA C 94 > ATUALIDADE 98 > SEMPRE EM DIA 104 > EVENTO
ARTIGOS 60 > CATEGORIA Os anti-inflamatórios geraram mais de R$ 2 milhões em 2016, de acordo com o QuintilesIMS. Segmento é considerado um dos mais importantes para o canal farma, já que representa 5% do mercado de medicamentos
88 > MIX Mercado de suplementos vitamínicos está em constante crescimento no Brasil. Correria e busca por vida mais saudável são alguns dos responsáveis pela busca dos produtos 4
GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
26 > VAREJO Silvia Osso 28 > EM PAUTA Olegário Araújo 30 > CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano 32 > GESTÃO Marcelo Cristian Ribeiro 34 > OPINIÃO Marcos Lobo de Freitas Levy e Silvia V. Fridman IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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Fraldas são os produtos de entrada dos pais em uma farmácia. Categoria deve ser trabalhada com sabedoria para que não somente esse item seja comprado, mas outros – como lenços umedecidos e chupetas – aumentem o tíquete médio.
O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS A IMUNIDADE É UMA DAS ALIADAS DA SAÚDE, EVITANDO QUE UM PACIENTE SOFRA COM DOENÇAS. CONFIRA COMO A QUEDA DELA PODE SER PREJUDICIAL AO PACIENTE.
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A hidratação da área das axilas é tão importante quanto em qualquer outra parte do corpo. Cuidados antes e depois da depilação ajudam a prevenir problemas na pele da região.
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Casos de erros de profissionais de saúde que vão à justiça são cada dia mais comuns. Seguro protege farmacêuticos e farmácias de gastos e problemas em decorrência de erros e processos judiciais.
SAÚDE MERCADO
O Brasil está entre os países que mais oferecem descontos aos seus consumidores. Produtos de Higiene & Beleza (H&B) estão entre os mais comprados quando há queda de preço. 6
GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
A maior parte das amputações feitas no País é em decorrência de diabetes. Apesar disso, a doença ainda é bastante negligenciada e, se tratada da maneira correta, pode não ser tão prejudicial à saúde. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK
ENTREVISTA - MUNDIPHARMA
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GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
IMAGEM: FABIANO VIANA
Pilar de crescimento MUNDIPHARMA ADQUIRE PORTFÓLIO DE GLAUCOMA DA MSD. COMPANHIA PRETENDE REALIZAR O POSICIONAMENTO DOS PRODUTOS DE FORMA MAIS COMPETITIVA, TENDO EM VISTA QUE O MERCADO DE OFTALMOLOGIA DEVE CRESCER EM TORNO DE 7% EM 2017
É
POR LÍGIA FAVORETTO
É bastante compreensível que as pessoas fiquem assustadas diante da perspectiva da cegueira. Ainda mais do glaucoma, uma doença sem causa definida, que pode afetar todas as faixas etárias. Sem tratamento correto, o quadro pode se agravar, levando o paciente à perda da visão de forma irreversível. Assintomática e crônica, a doença exige tratamento contínuo, a adesão não é tão fácil quanto se possa imaginar. Pensando nisso e com a missão de aliviar substancialmente a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e consumidores, a Mundipharma decidiu investir na área de Oftalmologia e adquiriu um vasto portfólio de medicamentos da MSD, para o tratamento do glaucoma. O diretor de marketing de Oftalmologia da Mundipharma Brasil, Cleomar Aliane, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmárcia e revela todos os trâmites que envolveram a operação, bem como a importância do farmacêutico na contribuição do tratamento efetivo da patologia. Acompanhe! Guia da Farmácia • A Mundipharma anunciou a compra do portfólio de glaucoma da MSD. Por que a empresa fez esse investimento?
Cleomar Aliane • A entrada da Mundipharma no mercado de glaucoma aconteceu no início de 2016. Para a companhia, a aquisição foi uma entrada estratégica no setor de oftalmologia global, com uma base forte e comprovada de confiáveis produtos. Queremos reposicionar o portfólio de forma mais competitiva, tendo em vista que o mercado de oftalmologia deve crescer em torno de 7% em 2017. Guia • Quais as expectativas com a aquisição? Aliane • Com oftalmologia, o negócio da Mundipharma dobrou de tamanho. Os produtos já tinham bons resultados e temos trabalhado para fortalecê-los ainda mais no mercado. Para reforçar a presença em todo o País, ampliamos nossa força de vendas em 27%. Guia • Quanto foi investido e em quanto tempo o retorno é esperado? Aliane • A aquisição aconteceu globalmente e, por questões políticas da companhia, que é privada, não abrimos valores de investimento. O que temos de retorno atual é que a Mundipharma no Brasil dobrou de tamanho a partir desse movimento, e a oftalmologia é um dos pilares mais importantes para a empresa em 2017, ao lado do fortalecimento do portfólio de dor. Guia • A MSD continuará fabricando e a Mundipharma fará a venda? Como funcionará a operação? 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ENTREVISTA - MUNDIPHARMA
Aliane • Sim. Por enquanto, o acordo prevê essa estrutura para o Brasil, com a MSD atendendo à nossa demanda. Guia • Haverá transferência do nome MSD para Mundipharma? Quando isso acontecerá? Aliane • Haverá transferência do registro dos produtos que estão em nome da MSD para a Mundipharma. Isso depende dos trâmites normais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por isso, não podemos estimar uma data exata. Guia • A Mundipharma trabalha, em sua maioria, com aquisições. Por que esse modelo de negócios é mais interessante para vocês? Aliane • A Mundipharma tem centros de pesquisas nos Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Ásia, de onde saem grandes inovações para o tratamento de dor, câncer e cuidados pessoais. Com o objetivo de crescer rapidamente sua participação no cenário farmacêutico, algumas aquisições se fazem necessárias, para entrarmos em algumas áreas terapêuticas em que não temos o devido conhecimento ou tecnologia, como foi o caso da oftalmologia. Guia • Quais são os medicamentos envolvidos na negociação? Aliane A negociação envolveu todos os medicamentos indicados para glaucoma: COSOPT®, SAFLUTAN®, TIMOPTOL®, TIMOPTOL XE® e TRUSOPT®. Guia • Os produtos são destinados ao tratamento do glaucoma. Qual a importância dessa doença? Aliane • O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo. A primeira é catarata, que pode ser revertida por procedimentos cirúrgicos. O glaucoma, em sua forma mais comum, não origina sintomas e passa despercebido para o paciente até suas fases mais avançadas, quando a cegueira está próxima. Guia • Temos quantos acometidos pelo problema hoje, no Brasil? Por que os números crescem a cada dia? Aliane • Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 2,4 milhões de novos casos anualmente, somando 60 milhões de pessoas em todo o mundo1 e uma estimativa de 1 milhão de brasileiros acima de 40 anos de idade sofrendo da doença2 . É realmente um número bastante representativo. Guia • O acometido precisará fazer uso contínuo de colírio. De que forma a Mundipharma trabalha a adesão ao tratamento?
Aliane • Para atender às necessidades dos pacientes que, de fato, terão de seguir o tratamento de forma contínua, a Mundipharma lançou o Programa Cuidar. A plataforma busca ampliar o acesso à saúde, ao aproximar os medicamentos de um número cada vez maior de pacientes. Desde junho de 2016, o programa fornece aos participantes descontos sobre os medicamentos de oftalmologia. A adesão é gratuita. Para participar, o paciente pode se cadastrar na plataforma pelo site ou call-center, tendo em mãos a prescrição médica e os dados pessoais. Após o cadastro, basta procurar a farmácia mais próxima pelo site e informar o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para fazer a compra com benefício. Guia • Por que as pessoas abandonam o tratamento? É caro? Aliane • Fazer com que o paciente com glaucoma siga o tratamento adequadamente é complicado, porque é uma condição assintomática e crônica – ou seja, a pessoa precisa se tratar continuamente, sem necessariamente sentir algum sintoma ou incômodo específico. Estima-se que 30% dos pacientes não sigam o tratamento proposto. Alguns estudos sugerem que não seguir corretamente o tratamento é responsável por 10% das perdas de campo visual. Outra questão é que o paciente com glaucoma provavelmente já está em tratamento para outras doenças crônicas, que também demandam investimento. Acaba sendo um conjunto de fatores que, infelizmente, contribuem para o abandono. Guia • Qual a importância do farmacêutico na venda de produtos oftalmológicos? Como deve ser a dispensação dos colírios? Aliane • O farmacêutico tem um papel fundamental na efetividade do tratamento do paciente com glaucoma. Ele certifica que as informações da receita estejam sendo seguidas corretamente, e orienta a pessoa para o melhor produto. Existe a ideia no senso comum de que colírio é “tudo a mesma coisa”. O farmacêutico é essencial para desfazer esse mito e esclarecer o comprador. Ainda mais no glaucoma crônico, que é o tipo mais comum da doença. O paciente precisa usar colírio a vida toda. Ir à farmácia faz parte da rotina. Ter um farmacêutico de confiança pode fazer toda a diferença na vida dessas pessoas, tornando a convivência com o glaucoma mais fácil e garantindo a eficácia do tratamento.
Disponível em: http://drauziovarella.com.br/noticias/silencioso-glaucoma-atinge-1-milhao-de-pessoas-no-brasil/. Acesso em: 30/05/2016. 2. Disponível em: http://www.cbo.com.br/novo/medico/pdf/02-cegueira.pdf. Acesso em 30/05/2016.
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GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
BIO C® (ácido ascórbico) Indicado como suplemento vitamínico auxiliar do sistema imunológico. MS 1.0497.0247. BIO-C® ZINCO (ácido ascórbico + zinco) MS 1.0497.0021. Ref. 1. Bula do Produto. 2. Fonte: IMS/PMB MAT junho/17 (marca 1g unid.). SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - agosto 17. BIO-C® E BIO-C® ZINCO CONTÊM ÁCIDO ASCÓRBICO. NÃO USE ESTES MEDICAMENTOS EM CASO DE DOENÇA GRAVE DOS RINS.
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ANTENA LIGADA
APROVAÇÕES INOVADORAS
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA BUSCA SOLUÇÕES PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA E FACILITAR O DIA A DIA DOS PACIENTES. NOVIDADES FOCAM EM DIVERSAS ÁREAS DA SAÚDE POR LAURA MARTINS
AUTOTESTE DE HIV EUROPA APROVA BIOSSIMILAR
A Sandoz, divisão da Novartis, anunciou que a Comissão Europeia (CE) aprovou o etanercepte biossimilar para comercialização na Europa. O medicamento foi aprovado para uso em todas as indicações do medicamento de referência, Enbrel®. O medicamento foi aprovado para artrite reumatoide, espondiloartrite axial (espondilite anquilosante e espondiloartrite axial não radiográfica), psoríase em placas e artrite psoriásica, bem como para artrite idiopática juvenil e psoríase em placas pediátrica. O produto está disponível em uma seringa pré-preenchida e uma caneta autoinjetora, a SensoReady®, que foi projetada para dar segurança, conforto e conveniência ao paciente. • www.sandoz.com.br 12
GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
O primeiro autoteste rápido para HIV (vírus da imunodeficiência humana) acaba de ser lançado no Brasil. Desenvolvido pela OrangeLife, ACTION diagnostica de maneira simples e rápida anticorpos contra HIV 1/2 por punção digital. O produto funciona com a coleta de gotas de sangue, semelhante aos testes já existentes para medição de glicose por diabéticos. O resultado aparece com linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do vírus. Caso haja a presença, significa que a pessoa foi exposta ao vírus que provoca a Aids. O produto foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%. A presença do vírus só pode ser confirmada 30 dias depois da exposição ao vírus – seja por relação sexual, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas ou demais formas de transmissão. • www.orangelife.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
SUPER-HERÓI CONTRA DOENÇA
A Takeda Farmacêutica Brasil lança a campanha DII Sem Máscaras, em apoio à Doença Inflamatória Intestinal (DII), em colaboração com a Marvel Custom Solutions. A campanha apresenta um novo time de super-heróis, uma série de ilustrações gráficas desenvolvidas pela Marvel e um painel internacional de pacientes para destacar os desafios físicos e emocionais de se viver com a doença. O novo time e a série de história estão disponíveis no site www.diisemmascaras.com.br, que apresenta quizzes interativos, fatos, infográficos, perguntas e respostas. • www.takedabrasil.com
“MEMÓRIA” DAS CÉLULAS E DIABETES
Diabetes afeta mais de 61 milhões de brasileiros e, mesmo assim, muitos dos acometidos ainda têm resistência ao tratamento, renegando o problema. Para que o paciente tenha sucesso no controle da doença, é importante que haja entendimento da importância da adesão ao tratamento, que previne as complicações crônicas. Porém, um dos assuntos menos conhecidos sobre o diabetes é a memória metabólica: quando uma pessoa é diagnosticada com o diabetes, o açúcar no sangue já está elevado e este excesso na fase inicial da doença pode marcar a “memória” de suas células. Após um longo período sem o controle do açúcar no sangue, essa “memória” já está comprometida, facilitando a evolução da doença. • www.astrazeneca.com.br
APLICATIVO DA PFIZER
Para que o paciente siga corretamente a prescrição médica, é necessário que ele conheça melhor o medicamento, consulte a bula e entenda seu mecanismo de ação. Pensando nisso, a Pfizer lançou o aplicativo Pfizer Meds, que oferece informações precisas sobre os produtos e as enfermidades tratadas, além de dicas de saúde e qualidade de vida. A ferramenta está disponível para smartphones e tablets dos sistemas operacionais iOS e Android. O aplicativo também permite que o usuário configure alertas diários ou semanais para lembrar os dias e horários corretos de tomar a medicação. Ao clicar no botão calendário, o paciente poderá visualizar os lembretes previstos e anotar as doses já utilizadas. • www.pfizer.com.br
SITE REPAGINADO
A AstraZeneca Brasil acaba de reformar seu site institucional para que clientes, médicos e consumidores tenham acesso a seu portfólio completo de produtos, além de bulas e demais informações institucionais sobre a empresa. A plataforma apresenta novo projeto gráfico e estreia um novo modelo de design responsivo, com melhor navegabilidade em dispositivos móveis, como tablets e smartphones. As diferentes áreas que tinham conteúdo na versão antiga foram envolvidas no projeto. Os usuários têm acesso a informações sobre a atuação da companhia no Brasil e no mundo, além da área de responsabilidade social. • www.astrazeneca.com.br AGOSTO 2017 GUIA DA FARMÁCIA
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Simbioflora® é composto por uma formulação de frutooligossacarídeo (prebiótico), Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei e Bifidobacterium lactis (probióticos). Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei e Bifidobacterium lactis contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Consumir somente a quantidade indicada na embalagem. Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir esse produto sob orientação de nutricionista ou médico.O CONSUMO DESTE PRODUTO DEVE SER ACOMPANHADO DA INGESTÃO DE LÍQUIDOS. NÃO CONTÉM GLÚTEN. Reg. MS. 6.7239.0004. Probiatop® é composto por uma formulação de Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei e Bifidobacterium lactis (probióticos). Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus paracasei e Bifidobacterium lactis contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Consumir somente a quantidade indicada na embalagem. Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir esse produto sob orientação de nutricionista ou médico. O
CONSUMO DESTE PRODUTO DEVE SER ACOMPANHADO DA INGESTÃO DE LÍQUIDOS. NÃO CONTÉM GLÚTEN. Reg. MS. 6.7239.0003.Referência: (1) [02/02/17 06:52:34] Vinicius Guieleu: 1. Patel R et al. New Approaches for Bacteriotherapy: Prebiotics, New-Generation Probiotics, and Synbiotics. Clinical Infectious Diseases. 2015;60(S2):S108-121. (2) Sobieszczanska BM. The influence of intestinal dysbiosis on human`s health. Gastroenterologia Polska. 2008;15:287. (3) Dados de registro disponível em http://consultas.anvisa.gov.br/#/ alimentos/q/?nomeProduto=L.%20ACIDOPHILUS,%20RHAMNOSUS,% 20PARACASEI,%20B.%20LACTIS%20C%252F%20FRUTOLIGOSSACARIDEOS%20EM20%EM%20SACH%C3%8AS-Acessado em 12/12/2016. (4) Nagpal R, Yadav H, Puniya AK, et al. Potential of probiotics and prebiotics for synbiotic functional dairy foods. International Journal of Probiotics and Prebiotics. 2017;2:75-84. (5) Gibson GR, Roberfroid MB. Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing the concept of prebiotics. J Nutr, Cambridge, Inglaterra, v.125, n.6, p.1401. 1412, 1995 (6) Fortes RC et al. Efeitos da suplementação dietética com frutooligossacarídeos e inulina no organismo humano: estudo baseado em evidências. Com. Ciências Saúde. 2009;20(3):241-252.
ANTENA LIGADA
TEUTO/PFIZER GANHA PRÊMIO
O Laboratório Teuto/Pfizer acaba de receber o troféu “Maiores de Goiás”. O prêmio, concedido pelo jornal O Popular em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), elege as 500 companhias goianas com maior arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Como resultado dos investimentos em modernização e qualidade, a empresa subiu do 57º para o 49º lugar. Nos últimos anos, o Teuto investiu mais de R$ 200 milhões na expansão da capacidade produtiva. No setor de sólidos, a produção saltou para um bilhão de unidades produzidas por mês. No segmento de injetáveis, a capacidade foi para 35 milhões de unidades por mês, com a inauguração da nova área de produção. • www.teuto.com.br
PANVEL APRESENTA CRESCIMENTO
O Grupo Dimed apresentou resultado positivo no primeiro trimestre de 2017, com faturamento de R$ 580 milhões. Os principais impulsionadores foram o bom desempenho das vendas no varejo e a expansão das lojas Panvel. As vendas nas lojas, em canais on-line e aplicativo cresceram 16,6% na comparação trimestral. Esse desempenho está acima da média obtida pelas grandes redes de farmácias (9,26%), segundo dados da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). No último ano, a empresa abriu 34 estabelecimentos. • www.panvel.com
FARMACÊUTICOS EMPREGADOS
As contratações de farmacêuticos em farmácias cresceram 23% nos últimos dois anos, até maio último. O número de profissionais no período passou de 16.191 para 20.021 distribuídos por 6.436 lojas – média superior a três por estabelecimento, de acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Um dos incentivos está relacionado ao investimento no modelo de assistência farmacêutica. Amparados pela criação da Lei 13.021/14, os estabelecimentos começaram um movimento de abertura de salas de orientação clínica nos pontos de venda (PDVs) – hoje já são 1,2 mil espaços do gênero. • www.abrafarma.com.br 16
GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
GRUPO DPSP GANHA PREMIAÇÃO
COLAR CÂNDIDO FONTOURA
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) homenageou 31 empreendedores e profissionais do segmento farmacêutico e pesquisadores da área da saúde com o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico, em evento ocorrido em maio último. O presidente do Sindusfarma, Cleiton de Castro Marques, frisou a capacidade realizadora do Brasil, citando as superações em crises, além de revelar sua aposta em atividades de alto potencial de geração de conhecimento e desenvolvimento tecnológico. • www.sindusfarma.org.br
O Convênio Farmácia DPSP recebeu o prêmio Fornecedores de Confiança 2017, pelo segundo ano consecutivo. A premiação, realizada pela editora Segmento a partir da metodologia Net Promoter Scores (NPS), demonstra o grau de comprometimento de clientes em relação a uma empresa. O programa é um benefício para as companhias contratantes e para os colaboradores. Ao realizar a adesão, a empresa passa a ceder ao funcionário um valor mensal para compras em farmácias. O custo é automaticamente debitado na próxima folha de pagamento. • www.drogariasaopaulo.com.br • www.drogariaspacheco.com.br
FOCO CONSTANTE
A biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb está mudando a maneira como seus altos cargos são distribuídos. Por meio do programa Diversidade & Inclusão, atualmente, as mulheres representam 57% da força de trabalho total, 56% dos cargos de liderança e 67% no comitê diretivo. Dentro da estratégia do programa, há os PBRGs (People & Business Resource Groups), grupos de colaboradores que atuam em conjunto em uma das dimensões da diversidade para ajudar a orientar as prioridades globais de Diversidade e Inclusão focadas nas estratégias da força de trabalho, do local de trabalho e do mercado. • www.bristol.com.br AGOSTO 2017 GUIA DA FARMÁCIA
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BEPANTOL® BABY
O produto, disponível no mercado na forma farmacêutica pomada, inclui agora a apresentação creme. O produto à base de cetoconazol, betametasona e neomicina é de uso tópico, utilizado no tratamento de doenças de pele em que se exigem ações anti-inflamatória, antibacteriana e antimicótica, como as dermatites de contato, atópicas e seborreicas. MS 1.0370.0700.001-9 • www.teuto.com.br
O creme antiassaduras da Bayer, Bepantol® Baby, está com uma edição limitada de 30 gramas com 15% a mais do produto. O item, que é ideal para cuidados preventivos diários, tem o mesmo custo da embalagem com 30 g. Bepantol® Baby hidrata, protege e ajuda na recuperação da pele sensível dos bebês, mantendo-os livres de assaduras. MS 2.02607.8 • www.bepantolderma.com.br
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BAYER
IMAGENS: DIVULGAÇÃO
LISON®
CIFARMA
Lison®, medicamento fitoterápico, é composto pelo extrato de Silybum marianum. O produto é um hepatoprotetor que auxilia no tratamento de distúrbios digestivos, problemas de fígado e vesícula biliar, atuando na proteção das células do fígado contra toxinas. Além disso, é capaz de regenerar as células hepáticas danificadas. MS 1.1560.0176.013-8 • www.cifarma.com.br
NOUVE
MANTECORP SKINCARE
Marcando a entrada da Mantecorp Skincare no mercado de nutricosméticos, Nouve combina colágeno hidrolisado, vitaminas e minerais de forma sinérgica para garantir uma ação antienvelhecimento para a pele, além de melhorar a estrutura da cútis. O produto possui colágeno hidrolisado, cobre, zinco, manganês, selênio, vitaminas A, B, C, D e E e óleo de linhaça. MS 6.5204.0118.001-7 • www.mantecorpskincare.com.br
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CARDOMARIN NATULAB
A Natulab apresenta as versões em cápsulas e comprimidos do Cardomarin. O medicamento tem como princípio ativo o Silybum marianum (L.), um extrato natural de origem alemã, indicado em casos de distúrbios digestivos e problemas hepáticos. As novas apresentações que complementam a linha são: caixa com 20 comprimidos revestidos e caixa com 20 cápsulas. O produto já estava no mercado na versão suspensão oral 100 mL. MS 1.3841.0061 • www.natulab.com.br
Para contribuir com a reposição de nutrientes vitais para o corpo, a Abbott lança no mercado brasileiro o Stetic Sculp, suplemento rico em iodo e magnésio. Sua fórmula conta com o SpeedyMix, composto de vitaminas do complexo B e minerais, como selênio e magnésio. Contém ainda vitamina D, ácido fólico, biotina, zinco e ferro que, em conjunto, auxiliam no metabolismo de gorduras e carboidratos, atuando como um aliado natural de uma dieta equilibrada. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 • www.abbottbrasil.com.br 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ATUALIZANDO
DORFLEX® SANOFI
ÔMEGA 3 LITEÉ
O produto é composto por cápsulas gelatinosas que contêm óleo de peixe, rico em ômega 3. A formulação é extraída de peixes de águas profundas em mares gelados, de fornecedores de países com certificado de pureza, sem contaminação de mercúrio e outros metais pesados. É indicado para o sistema vascular, aumento do bom colesterol e redução de triglicérides. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 • www.litee.com.br
Dorflex®, analgésico e relaxante muscular, traz uma nova apresentação. A indicação do número de compridos por embalagem ficou mais evidente, já que o pack vem com três blisters de 12 comprimidos cada, totalizando 36 unidades. A caixa foi posicionada na horizontal e seu layout é azul, dando destaque à logomarca de Dorflex® em vermelho. MS 1.1300.0183 • www.sanofi.com.br
BISSULFATO DE CLOPIDOGREL LABORATÓRIO TEUTO/PFIZER
O bissulfato de clopidogrel é indicado para a prevenção dos eventos aterotrombóticos, como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) – Infarto do Miocárdio (IM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) – derrame e morte vascular em pacientes adultos que apresentaram IM ou AVC recente ou uma condição conhecida como doença arterial periférica. O genérico possui em sua fórmula o bissulfato de clopidogrel e pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como antiplaquetários. MS 1.5167.0046.007-5 • www.teuto.com.br 22
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COMO DEVO CONTAR A VALIDADE DE UMA RECEITA MÉDICA CONTROLADA? PERGUNTA ENVIADA POR SIDEONE BASTOS – FEIRA DE SANTANA, BAHIA (BA)
E
Em geral, o prazo de validade das prescrições é de 30 dias, iniciando a contagem a partir da data em que o documento foi emitido. As prescrições de medicamentos que estão sob o controle da Portaria do Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde (MS/ SVS) 344, de 12 de maio de 1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), subdividem-se em notificação e receita, que apresentam peculiaridades. Para se alcançar resultados farmacoterapêuticos positivos, é necessário que, inicialmente, o problema de saúde esteja bem diagnosticado. A partir daí, devem-se traçar quais os objetivos a ser alcançados para recuperar e manter a saúde do indivíduo. Para que isso aconteça, recomenda-se o estabelecimento de uma prescrição
adequada, seja com medidas medicamentosas ou não, com a prestação das informações corretas e orientações ideais para cada tipo de paciente e, por último, o monitoramento dos resultados, para prosseguir com os ajustes requeridos. Essencialmente, uma prescrição é composta pelos seguintes dados: 1. Cabeçalho: impresso que inclui nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha (clínica ou hospital); registro profissional e número de cadastro de pessoa física ou jurídica, podendo conter, ainda, a especialidade do profissional. 2. Superinscrição: constituída por nome e endereço do paciente, idade, quando pertinente, e sem obrigatoriedade do símbolo RX*, que significa: “receba”; por vezes, este último é omitido e, em seu lugar, se escreve:
“uso interno” ou “uso externo”, correspondentes ao emprego de medicamentos por vias enterais ou parenterais, respectivamente. 3. Inscrição: compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração. 4. Subscrição: designa a quantidade total a ser fornecida (número de comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), de acordo com a dose e a duração do tratamento; para fármacos de uso controlado, essa quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos, escritos por extenso, entre parênteses. A via de administração, o intervalo entre as doses, a dose máxima por dia e a duração do tratamento. 5. Adscrição: é composta pelas orientações do profissional para o seu paciente.
*Sobre o RX (“R” cortado), é um símbolo usado por alguns médicos no início de sua prescrição. Existem várias teorias explicativas sobre sua origem, porém, nelas há em comum um pedido de proteção para a prescrição. Não há obrigatoriedade do seu uso na receita médica. 24
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IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
6. Data e assinatura e número de inscrição no respectivo conselho de Medicina, Medicina Veterinária ou Odontologia ou Farmácia: – Dados Facultativos: peso, altura, dosagens específicas, como as usadas na pediatria. O verso do receituário pode ser utilizado para dar continuidade à prescrição, aprazamento de consulta de controle e para as orientações de repouso, dietas, possíveis efeitos colaterais ou outras informações referentes ao tratamento. Sobretudo, a prescrição deve ser clara, legível e em linguagem compreensível; escrita sem rasura, em letra de forma, por extenso e legível, utilizando tinta e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais. O documento não deve trazer abreviaturas, códigos ou símbolos. Não é
permitido abreviar formas farmacêuticas (“comp.” ou “cap.” ao invés de “comprimido” ou “cápsula”), vias de administração (“VO” ou “IV”, ao invés de “via oral” ou “via intravenosa”), quantidades [“1 cx.” Ao invés de “01 (uma) caixa”] ou intervalos entre doses (“2/2 h” ou “8/8 h” ao invés de “a cada 2 horas” ou “a cada 8 horas”). As principais normas que versam sobre a prescrição de medicamentos são a Lei Federal 5.991, de 17 de dezembro de 1973 e o Decreto 3.181, de 23 de setembro de 1999 que regulamenta a Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, bem como a Resolução – CFF 357, de 20 de abril de 2001, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que define as Boas Práticas em Farmácia e mais recente, a Resolução 586 de 29 de agosto de 2013 que regula a prescrição farmacêutica.
REFERÊNCIA: MADRUGA, Célia Maria Dias. Manual de orientações básicas para prescrição médica/Célia Maria Dias Madruga, Eurípedes Sebastião Mendonça de Souza – 2ª ed. rev. ampl. Brasília: CRM-PB/CFM, 2011.
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CAMILA DE ALBUQUERQUE LUIZ ANTONIO DE LIMA MONTENEGRO Farmacêutica industrial, especialista em Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica, Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (PgPNBS) e Professora Adjunta da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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VAREJO
Categoria de rentabilidade
T
HÁ MUITO AINDA PARA SE FALAR SOBRE OS MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO, MAS AGORA É FATO, É PERMITIDO
SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 26
Trabalhar bem essa categoria é conseguir retirá-la de trás do balcão para a área de vendas. Apesar de em farmácias de grandes redes os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) já estarem arrumados do lado de fora dos balcões, o correto posicionamento e de seus subgrupos é que determina o sucesso. Para quem ainda não trabalha dessa forma, deixo algumas recomendações: Mix e sortimento: para a passagem da parte interna (atrás do balcão) para a externa (gôndolas laterais), deve ser feito um estudo levando em consideração a curva ABC, por subgrupo, de forma a compor um sortimento adequado que atenda às necessidades dos clientes e exclua aqueles que não têm giro na farmácia. Os produtos devem ser agrupados por indicação e separados nos subgrupos para definir seu espaço e colocação nas gôndolas. Sua arrumação segue a ordem decrescente de saída, por subgrupo, fazendo, portanto, com que os de maior giro apareçam sempre mais bem colocados que os de menos saída. Os subgrupos mais comumente usados são os a seguir, mas sua arrumação vai depender do espaço físico que se tem na área de vendas: • Dor, analgésicos e febre. • Gripes e resfriados. • Gastrointestinais. • Vitaminas, minerais e suplementos. • Cuidados olhos e boca. • Cuidados do sistema circulatório. • Cuidados do sistema urinário e do sistema reprodutivo. • Calmante e humor.
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• Perda de peso. • Primeiros socorros. No mínimo, os quatro primeiros subgrupos devem estar às mãos dos clientes. Posicionamento: o local ideal para a arrumação é nas gôndolas laterais, próximo ao balcão de medicamentos, pois assim permite que os clientes possam pedir ajuda dos balconistas ou estes os possam ajudar quando os veem indecisos. Sinalização visual: a arrumação correta e a sinalização visual do equipamento é suficiente e visualmente orientadora para permitir que o cliente encontre o que procura. Sazonalidade: há medicamentos típicos de inverno (antigripais, antitérmicos, xaropes, etc.) e típicos de verão (antiácidos, analgésicos e remédios para enjoo) –, sua arrumação não precisa obedecer à sazonalidade e, sim, à indicação. O que acontece é que, no período de inverno, os produtos terão maior quantidade e os de verão menos; mudando o período, as opções se invertem. Alguns itens sazonais podem ser colocados também no checkout e sobre os balcões como ponto extra. Atenção Farmacêutica: essa ferramenta é uma forma de conscientização sobre uso correto de MIPs no ponto de venda (PDV), é uma atitude cidadã e também uma possibilidade para atrair e fidelizar clientes. A inclusão de orientações em folhetos de ofertas; folders orientadores e utilização de mídias sociais para conscientizar os clientes são interessantes e trazem ótimo retorno. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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EM PAUTA
Programa de fidelidade: a caderneta repaginada para o século 21 A SEGMENTAÇÃO MELHORA A EXPERIÊNCIA DOS CLIENTES COM A LOJA E LEVA AO ENGAJAMENTO
D
OLEGÁRIO ARAÚJO Pesquisador do GVcev – Centro de Excelência em Varejo da FGV EAESP, coordenou o seminário “Programa de Fidelidade, Fideliza?”, em maio de 2017, evento que reuniu executivos do varejo (D’Avó, Drogal e GPA) e fornecedores citados no texto. O Guia da Farmácia apoiou o evento. E-mail: olegario.araujo@fgv.br 28
Diferentes forças colocam o varejo sob pressão: competidores diretos e indiretos; negociações; promoções com base no preço; clientes mais exigentes e com mais opções; etc. Os impactos são constatados no número de clientes por loja no tíquete médio, na área de influência da loja, na frequência de visita e na rentabilidade. É dentro desse contexto que os programas de fidelidade ganharam espaço. A massificação do consumo trouxe padronização, escala e distanciou as empresas dos clientes. A tecnologia promete essa reaproximação. Eficiência, produtividade e engajamento foram tópicos destacados por Danilo Nascimento da Dotz, durante evento Programa de Fidelidade ,Fideliza?, organizado pelo Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getulio Vargas (GVcev-FGV EAESP), em maio último. Temos uma concorrência intensa e um consumidor mais complexo. Junta-se a isso o papel da tecnologia que traz mais velocidade, maior capacidade de armazenamento de dados e uma grande quantidade de dados disponíveis. Entretanto, há aspectos que limitam o uso dos dados que não estão na coleta nem na informação, mas na ope-
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ração, ou seja, na execução da gestão do relacionamento com os clientes e envolvem decisões, ações e resultados. A segmentação melhora a experiência dos clientes com a loja e leva ao engajamento e essas ações precisam ser feitas por meio de recomendação de produtos de forma personalizada. Duas perguntas se destacam: 1) Qual o efeito da inclusão de um produto na cesta ou carrinho de compra? 2) Qual produto influencia mais o gasto mensal do cliente? Fernando Gibotti da GS group ressaltou o caminho para a construção do engajamento e os desafios da execução. Programas de recompensa não geram fidelidade e os passos do engajamento dos clientes são: conhecimento, relacionamento, fidelidade e engajamento com recompensas. A implementação de um programa de engajamento tem suas barreiras que são a captação eficiente, escalabilidade e compreensão do comportamento de compra do cliente; a segmentação, formato da mensagem, conteúdo e momento da mensagem; a experiência que está relacionada com a adequação da oferta, o valor do cliente ao longo do tempo, a apuração de custos e rentabilidade. IMAGENS: DIVULGAÇÃO
Há um ecossistema de engajamento que passa pela tecnologia (captura, interação, incentivo, abrangência e automação); inteligência (modelos estatísticos, geográficos e análises descritivas, preditivas e prescritivas); comunicação (pessoalidade, relevância, automação e mensuração). Christian Vincent da Izio abordou a transição do marketing massificado, passando pela sua segmentação e, finalmente, personalização. No marketing massificado, as promoções e ofertas são iguais para todos os clientes. O marketing segmentado se caracteriza por oferecer promoções e ofertas para grupos de clientes e, por fim, no marketing personalizado, as promoções e ofertas são feitas cliente a cliente. Vincent defendeu ofertas em termos de cliente e que os avanços do programa de fidelidade passarão pela combinação do cashback como pagamento com o uso de modernas tecnologias para tratar um grande volume de dados e poder usá-los para comunicação e oferta segmentada, com dinheiro de volta. Conhecer os hábitos de consumo e segmentar são aspectos vitais. Adriano Araújo da Symphony EYC abordou as tendências globais que vão além do programa de fidelidade e exemplificou: 1) O hub de serviços que se constitui em uma plataforma em que os clientes tem uma melhor experiência de compra, o que inclui meios de pagamento, pedidos com geolocalização e programas de recompensas; 2) Criação de mecânicas alternativas, sem pontos; 3) Recompensa por comportamentos como hábitos saudáveis e por postagem no Instagram; 4) Tratar o cliente como indivíduo. A elaboração de um programa de fidelidade passa por descontos para membros, considera ofertas personalizadas, atenção ao conteúdo, surpreende e proporciona prazer. A execução leva em conta: 1) Entendimento detalhado do tema (mapear as
melhores referências no mundo, entendimento do cliente e o que direciona suas escolhas, e entrevistas com as partes interessadas; 2) Workshop para definir a proposição de valor e opções estratégicas; 3) Elaboração de um plano de negócio com o entendimento dos custos e retornos; 4) Plano de lançamento, implementação com fases e acompanhamento ao longo do tempo. Para Gustavo Ferreira da Netpoints, o programa de fidelidade é uma ferramenta poderosa com papel fundamental na fidelização do cliente. Possuir um time com cultura de dados e uma plataforma tecnológica capaz de coletar, processar e analisar a imensidão de informações é preponderante para entender o comportamento do consumidor e tratá-lo de forma única, informando o que realmente é relevante e diversificando as experiências, com opções de descontos, vouchers e pontos para acesso a um catálogo mais amplo de produtos e serviços. Nesta estratégia, impulsionam-se os resultados, trazendo a indústria, que promociona seus produtos para alavancar market share e ter informação de quem é o seu consumidor e também os meios de pagamento que contribuem, distribuindo pontos aos associados que utilizam seus cartões. O programa de fidelidade por si só não consegue fidelizar o cliente. É imprescindível que a equipe de loja seja promotora do programa e que a experiência de compra seja a melhor possível. Portanto, um programa de fidelidade é um meio para colocar o cliente no centro das decisões de forma personalizada. O programa precisa ser relevante, simples, ter conexão emocional com o cliente, considerar os elos da jornada de compras e todos os departamentos. São fatores críticos de sucesso o benefício estratégico, foco do cliente, engajamento e treinamento dos colaboradores, competências analíticas e disciplina na execução. 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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CONSULTOR JURÍDICO
Fiscalização em farmácias e drogarias ME e EPP: peculiaridades GRANDE PARTE DO VAREJO FARMACÊUTICO BRASILEIRO É COMPOSTA POR FARMÁCIAS E DROGARIAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
A
GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, pós-graduado em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 30
A definição legal é encontrada no artigo 3º da Lei Complementar Federal 123/06, sendo a principal distinção a receita bruta anual: Microempresa (ME) (até R$ 360.000,00) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) (entre R$ 360.000,01 e R$ 4.800.000,00). Essa norma, no entanto, traz uma considerável vantagem às farmácias e drogarias que sejam ME ou EPP: a fiscalização em determinadas áreas. O artigo 55 da Lei Complementar Federal 123/06 diz que, em regra, a fiscalização em algumas matérias deve ter como prioridade a orientação e não a punição. As áreas são: • Fiscalização trabalhista (ex.: auditores fiscais do trabalho). • Fiscalização metrológica [ex.: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)]. • Fiscalização sanitária [ex.: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos locais de vigilância sanitária]. • Fiscalização ambiental (ex.: secretarias de meio ambiente). • Fiscalização de segurança. • Fiscalização de relações de consumo [ex.: Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon)]. • Fiscalização de uso e ocupação do solo.
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O principal ponto de destaque nesse tratamento favorável às drogarias e farmácias ME ou EPP se dá pelo critério denominado “dupla visita para lavratura de autos de infração”. Vejamos um exemplo: Um fiscal do Procon verifica que uma drogaria não disponibiliza ao consumidor a lista de preços dos medicamentos. Verificando que a farmácia ou drogaria inspecionada é ME ou EPP, em regra, o fiscal deve orientar, admoestar sobre como evitar a reiteração daquela conduta. Somente em uma segunda inspeção sobre respeito às relações de consumo, verificando que a situação se repete, é que pode ser lavrado um auto de infração. A proteção às MEs e EPPs é tamanha que o parágrafo 6º do artigo 55 da Lei Complementar Federal 123/06 considera nulo o auto de infração, se for desrespeitado o critério de “dupla visita”. É lógico que cada caso é um caso, sendo naturalmente possível a imediata lavratura de autos de infração em caso de fiscalizações quando o que for constatado for grave e tiver repercussões sérias à própria coletividade, como, por exemplo, se verificar que uma drogaria se encontra vendendo medicamentos fora do prazo de validade ou possui empregados sem a carteira de trabalho assinada. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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AS PESSOAS SÃO O INGREDIENTE MAIS IMPORTANTE PARA QUE TUDO FUNCIONE BEM DENTRO DE UMA FARMÁCIA
O ritmo e a complexidade das atividades desenvolvidas nas farmácia vêm aumentando significativamente ao longo dos últimos anos. Uma exigência em se fazer mais com menos, mais rápido, com menor custo e tudo de maneira organizada e controlada. Não importa se é Farmácia Popular, PBM (Pharmacy Benefit Management, em português Gestão de Programas de Benefícios em Medicamentos), convênios, cartões fidelidade, sistemas de compras, vendas, equipes multidisciplinares que necessitam se interligar, rentabilidade... Para tudo isso, existe um processo, sendo ele estruturado ou não, a farmácia funciona por processos. Estes podem padronizar, otimizar e gerar eficiência empresarial, outros, no entanto, ao invés de ajudar, acabam prejudicando. Um exemplo, é o processo de remuneração em muitas farmácias que não privilegiam algumas categorias, como a de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC). Os processos na farmácia são importantes, bem como todas as ferramentas de gestão, no entanto, cabe lembrar, neste artigo, que outro ingrediente é importante para que todo processo seja eficiente – as pessoas. Uma gestão eficiente sabe e conta com as pessoas interligando cada elo dos processos no mais alto comprometimento. Esse Fator H (Fator Humano) é imprescindível para que haja eficiência, produtividade, competitividade e diferenciais de valor para a farmácia.
MARCELO CRISTIAN RIBEIRO Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento
A REGRA DOS 3 PS: PESSOAS + PROCESSOS = PERFORMANCE
Abordamos, agora, a importância das
pessoas para a geração de performance. Existe um efeito colateral quando não levamos esses protagonistas em conta: 1. Farmácia estruturada com foco apenas no operacional. 2. Equipes que só fazem o que mandam, não possuindo autonomia, iniciativa e criatividade. 3. Ausência de geração de “experiência de compra” ao cliente, sendo oferecido apenas e tão somente o mecânico. 4. Atendimento robotizado. 5. Equipes com alto turnover, por não se sentirem parte do todo, por não serem ouvidas quando necessário. 6. Outro efeito é a rigidez que faz com que a tomada de decisão não leve em conta todos os fatores, perdendo escala, produtividade e eficiência. SETE DICAS PARA QUE SUA FARMÁCIA PROGRIDA:
1. Possua os melhores processos, mas sempre coloque as pessoas para criticarem, analisarem e sugerirem melhorias. 2. Faça reuniões antes de implantar processos, ouvindo a respeito daquilo. 3. Lembre-se de treinar cada um dos colaboradores em todas as etapas. 4. Mostre sempre os objetivos finais para cada processo (atendimento, mais tempo dedicado a clientes, diminuição disso, aumento daquilo). 5. Lembre-se de acompanhar se os processos estão ajudando e não ouse mudar. 6. Pessoas sendo ouvidas fará com que o processo seja valorizado. 7. Não perca de vista seu cliente... ele determina se o processo é bom ou ruim. Se pensar em melhorar para ele... as coisas serão facilitadas. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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OPINIÃO
O diabo está nos detalhes EMBORA A ANVISA TALVEZ DESEJE, NÃO TEM NEM DEVERIA TER O PODER DE INTERFERIR NA FORMA COMO AS EMPRESAS ESTRUTURAM SUAS OPERAÇÕES COMERCIAIS, A MENOS QUE TAL OPERAÇÃO APRESENTE OU POSSA APRESENTAR POTENCIAL RISCO SANITÁRIO
A
MARCOS LOBO DE FREITAS LEVY Sócio sênior do escritório A. Lopes Muniz Advogados Associados
SILVIA V. FRIDMAN
Diretora executiva e sócia fundadora da Silvia V. Fridman e Associados 34
Até o ano de 2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizava a transferência da titularidade dos registros de produtos sujeitos à vigilância sanitária por seus detentores a outras empresas, por meio de um procedimento específico. Os principais requisitos regulatórios para tais transferências eram (1) que o novo detentor do registro (sucessor) detivesse todas as autorizações e licenças legais e regulatórias necessárias e que (2) todas as condições aprovadas no registro e pós-registro do produto em questão não fossem alteradas no processo de transferência da titularidade. Nem a Lei 6.360/76 e respectivas alterações, nem o Decreto 8.077/13 (ou o Decreto 79.094/77 que vigorou até agosto de 2013) que tratam da vigilância sanitária no Brasil, impõem qualquer restrição ou regramento à transferência de titularidade de produtos, restringindo-se a regular apenas a concessão do registro. Desde dezembro de 2001, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 221/01, a Anvisa decidiu regular o processo de transferência de titularidade também no âmbito das operações comerciais entre os detentores de registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária, qualificando as operações comerciais e
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restringido o procedimento apenas para os casos de “operações societárias” de fusão, cisão, incorporação, ou sucessão de empresas. As revisões da RDC 221/01, especificamente, as RDC 246/02 e RDC 22/10 mantiveram não apenas as restrições até então impostas para o procedimento, como também, os entraves burocráticos e a carga de trabalho associados, com impacto negativo na Anvisa e nas empresas. Embora, a Anvisa talvez deseje, não tem nem deveria ter o poder de interferir na forma como as empresas estruturam suas operações comerciais, a menos que tal operação apresente ou possa apresentar potencial risco sanitário. A regulamentação antes citada, simplesmente desconsiderava as formas mais comuns de cessão de produtos entre as empresas do segmento farmacêutico, ou seja, a venda e o licenciamento do produto. Não incluir esses casos entre os que autorizam a transferência da titularidade criou um vácuo regulatório. A peculiar e kafkaniana solução encontrada pela Anvisa foi permitir que, nos casos de operações comerciais envolvendo o licenciamento de produto, as empresas requeressem, de forma concomitante: (1) cancelamento do registro do produto pela empresa sucedida e (2) requeIMAGENS: DIVULGAÇÃO
O Licenciamento é utilizado, por exemplo, por empresas que têm um novo produto em área de mercado diversa ao seu foco de negócio e estrategicamente, licencia o produto para uma empresa com expertise naquele produto. Outro exemplo, são empresas que decidem criar novas empresas com foco específico em determinados tipos de produtos, mas que desejam manter o controle sobre eles. 1
rimento de registro do mesmo produto (incluindo o dossiê de registro já cadastrado na Anvisa quando da concessão do registro original), pela empresa sucessora. Essa “solução”, além de gerar estresse desnecessário com um possível desabastecimento do mercado caso as publicações referentes ao cancelamento e à concessão do registro em nome do novo titular não ocorressem simultaneamente, também exigia um número de contratos e acertos paralelos entre as empresas envolvidas para garantir a distribuição do produto no mercado durante a revisão dos mencionados requerimentos por parte da Agência. Considerando que as RDC 221/01, 246/02, e 22/10, conforme desenhadas, restringiam a realidade dos negócios no segmento farma, a Anvisa iniciou um processo de revisão da norma, concluído em 2016 e oficialmente publicado por meio da RDC 102/16. Entretanto, a RDC 102/16 corrige, apenas parcialmente, as restrições impostas à realização do procedimento de transferência de titularidade por parte dos detentores de registros de produtos. A nova RDC, embora admita a transferência de titularidade do registro também nos casos das operações comerciais, define estas operações, no seu Artigo 4º, inciso VII, como aquela da qual “resulte a venda de ativos ou de um conjunto de ativos, sem a ocorrência de qualquer operação societária”. A redação da nova Resolução escolheu ignorar: (1) que grande parte das transações comerciais que envolvem produtos sujeitos à Vigilância Sanitária não é de operações de venda e compra, mas operações de Licenciamento¹. No Licenciamento de produtos não há venda e, por consequência, nenhuma transferência de ativos entre as partes contratantes; e (2) que o registro de um produto sujeito à vigilância sanitária é, do ponto de vista legal, uma chancela da autoridade competente para a comercialização do produto. Portanto, esse registro não é um ativo da empresa e, em tese, não se enquadra na definição apresentada na norma. É razoável permitir a transferência da titularidade de produtos somente em razão de venda e compra do produto, olvidando completa-
Fonte: Migalhas (www.migalhas.com.br)
mente as operações de licenciamento? Em nossa opinião, não. Essa exigência configura, de fato, ingerência indevida na administração dos negócios das empresas, pois a mera transferência de titularidade não representa, em si, risco sanitário. Aliás, da forma como está redigida, a Resolução não permitiria, em princípio, nem a transferência de registro resultante de eventual doação do produto de uma empresa a outra. Se determinado produto, devidamente aprovado para comercialização, que manterá a mesma marca, a mesma formulação, o mesmo fabricante e mesmas indicações terapêuticas, passar a ser comercializado por outra empresa que atende a todos os requisitos sanitários e regulatórios em vigor no País, qual a justificativa para que a Anvisa exija que a alteração da titularidade do registro se faça por este ou aquele ato jurídico? A Anvisa parece ter um desejo latente de interferir na forma como as empresas escolhem dirigir seus negócios. Apenas para lembrar, em março de 2007, foi publicada a RDC 25/07, impondo restrições injustificáveis à terceirização, por parte de fabricantes, importadores e armazenadores de medicamentos de determinadas atividades, que desde então tem criado empecilhos e custos totalmente desnecessários, certamente refletidos nos preços dos medicamentos. Naquela Resolução, que deveria ter se limitado à terceirização da produção, a Anvisa decidiu restringir também a terceirização do armazenamento e do controle de qualidade em clara interferência na administração do gerenciamento dos negócios das empresas. A Resolução determina, por exemplo, que uma fabricante ou uma importadora, apenas podem terceirizar a armazenagem de seus produtos quando têm seu próprio armazém. A Anvisa já reconheceu publicamente, na voz de seus diretores, que a RDC 25/07 precisa ser atualizada. Hoje, a Agência tem todos os instrumentos necessários para regular apenas com base nos preceitos de qualidade, eficácia e segurança, sendo desnecessário (e inapropriado) entrar no âmbito estratégico gerencial das empresas. A Agenda Regulatória da Anvisa prevê várias revisões relevantes. O Setor Regulado continua no aguardo das adequações prementes. 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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Compra consciente ESTUDO DE COMPORTAMENTO DE CONSUMO DO BRASILEIRO REVELA QUE, DIANTE DA CRISE, CONSUMIDOR PASSA A TER NOVAS PREFERÊNCIAS, PEDINDO MAIS ATENÇÃO AO VAREJISTA
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POR KATHLEN RAMOS
São muitos os estudos que têm sido realizados recentemente para tentar entender o comportamento do consumidor diante da crise e como o varejo pode reagir para não perder vendas. Entre as pesquisas, uma análise inédita da Kantar Worldpanel observou o comportamento de consumo dos brasileiros nos últimos anos. E o levantamento revela que, após o período de bonança experimentado entre 2009 e 2014, a população não está mais tão otimista quanto costumava ser. Questionados sobre a situação econômica do País em relação ao ano anterior, 80% dos domicílios estavam entusiasmados com o momento em 2011. Hoje, são apenas 32%.
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Em relação à sua situação pessoal, 86% dos lares faziam uma avaliação positiva há cinco anos. O índice atual é de 67%. Além disso, a queda real de 5,36% na renda, na comparação de 2015 com o ano anterior, o aumento da inflação e da taxa de desemprego contribuíram para gerar um cenário de incertezas. Assim, pouco animado, o consumidor está menos propenso a comprar. E também mais consciente, engajado e exigente na hora de eleger suas despesas, o que atinge as atividades varejistas. “Mais inseguro, o consumidor evita parcelar porque ‘não sabe o dia de amanhã’ e isto impacta alguns setores do varejo com mais intensidade, em especial, o de eletroeletrônicos. Mas insisto que há pessoas que estão tendo dificuldades para a compra de medicamentos. EsIMAGENS: SHUTTERSTOCK
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se medo do consumo também impacta, enormemente, a população em questões básicas, como cuidar da saúde”, lamenta o diretor da Consultoria Inteligência em Varejo, Olegário Araújo. Para este ano, as expectativas sinalizam para um ambiente um pouco mais promissor, mas ainda haverá cautela e a consciência com as compras deve continuar. “Há uma leve melhora no Índice de Confiança do Consumidor (ICC – FGV) e isso tem impactado, positivamente, o consumo domiciliar. No entanto, os lares ainda procuram soluções econômicas e categorias mais básicas”, pondera a executiva de Contas Sênior da Kantar Worldpanel, Ana Cristina Simões. E mesmo com crescimento do consumo domiciliar, alguns indicadores ainda se retraem, como frequência de compra, tíquete médio e outros. “Em muitos casos, os brasileiros adiam as compras, viagens, alteraram seu orçamento e evitam assumir novas dívidas, justamente pelo medo do futuro – sobretudo de perder emprego”, ob-
serva a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Constata-se, então, que esse comportamento mais consciente do consumidor é gerado por um motivo muito palpável: a redução do faturamento. “A renda real do consumidor ficou mais comprometida com despesas permanentes, como, por exemplo, serviços públicos, transporte e habitação. Nesse sentido, tem-se menos dinheiro para gastar e prioriza-se o consumo de alimentos, enquanto as outras categorias perdem importância no carrinho de compras”, analisa a especialista da Kantar Worldpanel, complementando que o consumidor também busca opções de pagamento diferenciadas, com crescimento de cartão de crédito ou misto (dinheiro + cartão) e canais com mais promoções. Há, ainda, um movimento de racionalização das compras. “O consumidor passa por preservar a marca preferencial e procurar ofertas; busca comprar produtos em canais alternativos, onde isto seja possível; compra em quantidade menor; muda de marcas; e, por fim, faz cortes”, mostra Araújo.
PRATICIDADE PARA ALIVIAR O ESTRESSE
PROVISÓRIO QUE VIROU TENDÊNCIA Passado o período de instabilidade e recuperando a renda e a insegurança, muitos esperam que o consumidor volte a comprar como fazia antes do cenário de crise. No entanto, esse comportamento de compras mais consciente, considerado provisório para o momento, pode, sim, se perpetuar com uma nova tendência entre alguns lares. “Com o prolongamento da crise econômica, vemos que o consumidor tem incorporado smart choices no seu dia a dia (marcas mais baratas, tamanho diferenciados e busca de promoção). O que vemos em países, como Espanha (que vive um período de recuperação econômica), é que alguns aprendizados da crise se perduram”, mostra a executiva de Contas Sênior da Kantar Worldpanel, Ana Cristina Simões.
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O cenário de instabilidades política e econômica, combinado ao caos urbano, excesso de trabalho e de informação, levaram o Brasil ao posto de um dos mais estressados do mundo, segundo dados da Kantar Futures. Enquanto 46% da população mundial se considera vítima do cansaço, no País, a taxa vai a 49%, com as mulheres sofrendo mais intensamente com o problema – 54% versus 44% dos homens. Esses dados explicam a razão de o Brasil ser líder global na busca pela vida mais simples. De acordo com o levantamento, 83% dos brasileiros estão em sintonia com esse pensamento, enquanto o mundo registra 70%. Não por acaso, a Kantar Worldpanel constatou que a busca por produtos práticos, prontos e semiprontos ganharam importância. Esse movimento de procura pela praticidade, facilmente observado no setor da alimentação, também já pode ser verificado em outras categorias, como as de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), conforme mostra Fátima. “Uma tendência nessa linha são os produtos de beleza antes restritos aos salões, que agora são disponibilizados em farmácias e supermercados para ser usados em casa. A promessa é ter resultados similares ao de salão mesmo sem ter tempo para ir a um deles”, diz. Os esforços em suprir as necessidades do consumidor na busca pela praticidade não precisam vir apenas da indústria. O varejo também pode participar desse movimento. Afinal, segundo explica Araújo, a funcionalidade pode pas-
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sar pela rapidez com que o shopper compra o que precisa, contemplando informação, sinalização da loja, agilidade do caixa e ausência de ruptura; ao encontrar uma solução no ponto de venda para cuidar do cabelo ou das unhas; no caso dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), ao proporcionar linguagem do dia a dia do shopper para sinalizar as gôndolas, facilitando a localização dos produtos; entre outras ações. “Simplificar é expor os produtos de forma que este processo seja mais intuitivo. O desafio do executivo do varejo é se colocar no lugar de seu público-alvo e organizar a loja desta forma”, conclui o diretor da Consultoria Inteligência em Varejo.
OPORTUNIDADES DIANTE DA CRISE Análises da Kantar Worldpanel afirmam que, de todas as marcas que tiveram ascensão no Brasil, 81% ganharam penetração (atraíram mais consumidores) no ano móvel outubro 2015 versus outubro 2014. Das que se retraíram, 76% perderam penetração no mesmo período. Outra conclusão do estudo foi a de que mesmo as marcas líderes, que já atingem boa parte dos lares, têm oportunidades de crescimento – 11% da população não compra o creme dental líder, por exemplo, o que equivale a seis milhões de lares. Nesse sentido, a inovação é fundamental para estar presente entre as preferências do consumidor. “As principais inovações são aquelas capazes de atrair novos adeptos para uma marca ou categoria (penetração). Assim, lançamentos fortemente positivos são capazes de aumentar penetração e frequência, gerando vendas incrementais e mais duradouras, contribuindo para o desenvolvimento da marca”, afirma Ana Cristina. E a indústria de higiene pessoal no País está atenta a esse movimento. Segundo a pesquisa, essa categoria se destaca em lançamentos quando comparada a outros países, como Reino Unido ou China. Seguindo na análise das oportunidades, o estudo apurou que 2,7% de toda a cesta de 2014 era composta de lançamentos. No ano seguinte, o número quase dobrou, chegando a 5,3%. Os dados referentes a 2015 são do NPD, novidade da Kantar Worldpanel que avalia o nível de inovação no Brasil. As primeiras conclusões do produto apontam que a maior parte dos lançamentos no País são elementos novos para a categoria, aqueles diferentes dos existentes (47,5%); seguidos de nova combinação, que compreendem os que já existem na categoria e surgem sob outra marca (43,9%); e não novo, que trazem alguma alteração, como mudança de tamanho de embalagem (8,7%). 40
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“EU MEREÇO” Além da busca pela vida simples, outra forma encontrada para enfrentar o estresse é a procura por diversão e indulgência. E, segundo a pesquisa da Kantar Worldpanel, o Brasil é líder nesse quesito, o que favoreceu o avanço de gastos com lazer desde 2006, por exemplo. Nesse mesmo conceito, algumas categorias de produtos também foram favorecidas, como as de Higiene & Beleza (H&B). “Em épocas de crises financeira, normalmente, há um forte apelo para a indústria de beleza. Com o bolso apertado e inúmeras restrições, a compra de um produto dessa categoria passa a ser uma forma de autogratificação. O pensamento da consumidora é o seguinte: ‘abro mão de tanta coisa que, ao menos, meu creme para o cabelo e o batom continuam’”, exemplifica a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin. Nesse sentido, o diretor da Consultoria Inteligência em Varejo, Olegário Araújo, afirma que as farmácias, por exemplo, além de terem os produtos básicos, se favorecem por ter produtos premium. “Esses itens mais sofisticados e também as novidades são produtos que podem cumprir o papel da indulgência”, conclui.
Aliás, diante da crise, o consumidor também ficou mais criterioso para decidir por qual embalagem irá optar na hora da compra. Assim, aquelas que unem conveniência e que trazem maior acessibilidade, seja por menor desembolso ou por tamanho econômico, ganham importância. “As embalagens maiores – conhecidas como econômicas – se destacam porque o consumidor desembolsa mais num primeiro momento, mas o produto sai por um valor unitário inferior. Na embalagem menor, o consumidor gasta menos na hora da compra, levando para casa uma quantidade reduzida de produtos, muitas vezes para não ter de abandonar a categoria”, explica Fátima. Ana Cristina cita que, entre algumas das embalagens que tiveram destaque, estão a do tipo refil em sabonete líquido (+500 mil novos lares); e promopacks para xampu e condicionador (+1,5 milhões de novos lares), comparando o ano móvel junho 2016 versus 2015.
PREVENÇÃO
Atenção à pele MELANOMA É O CÂNCER MAIS AGRESSIVO AO MAIOR ÓRGÃO DO CORPO E, AINDA ASSIM, É BASTANTE NEGLIGENCIADO. EXPOSIÇÃO SOLAR É PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELA DOENÇA
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POR LAURA MARTINS
Nada na oncologia é melhor do que a prevenção. Apesar de essa máxima ser uma verdade na vida das pessoas, a prática é um pouco diferente e as atitudes preventivas ainda são falhas. O câncer de pele é visto, muitas vezes, como uma doença de soluções simples, mas nem sempre isto é verdade, como o melano-
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ma, tipo mais agressivo e que, se não descoberto e tratado precocemente, traz grandes chances de metástase e óbito. O melanoma ocorre devido ao crescimento anormal dos melanócitos (células responsáveis pela produção de melanina, que dá a cor e pigmentação à epiderme) e, apesar de ser o menos comum, é o mais agressivo entre os cânceres de pele. No Brasil, IMAGEM: SHUTTERSTOCK
PREVENÇÃO
são registrados todos os anos, 5.560 novos casos da doença e 1.547 mortes, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “As pessoas ainda confundem uma pinta comum, que pode ser retirada no consultório, com câncer. O melanoma é uma doença grave que pode avançar para os nódulos linfáticos e outros órgãos do corpo, como cérebro, pulmões, ossos e fígado. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante”, explica o oncologista especialista em melanoma do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Dr. Rodrigo Munhoz. Segundo o médico, os principais sinais de alerta são manchas e/ou pintas assimétricas, com bordas irregulares, colorações escuras, diâmetro acima de seis milímetros e elevação. Menos comuns, mas também possíveis de estarem presentes, são sangramentos, coceira, queimação, dor e ulceração. Para evitar a doença, o mais importante é a exposição solar correta. “Incorporar o protetor solar no dia a dia, com o Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de 30. Ele deve ser usado de manhã e na hora do almoço, além de ser adequado de acordo com a exposição (se se estiver dentro da água, deve ser aplicado mais vezes, por exemplo)”, comenta o Dr. Munhoz. O grande problema é que a falta de proteção passa pela falta de conscientização da população. A proteção é ainda mais importante na fase infantil e adolescente, apesar de ser raro ver pais que protegem seus filhos diariamente. Um estudo publicado na Cancer Epidemiology, Biomakers & Prevention (CEBP) revelou que, em uma população de mais de 108 mil mulheres brancas analisadas nos Estados Unidos, aquelas que sofreram ao menos cinco incidentes de queimaduras solares graves entre 15 e 20 anos de idade apresentaram risco 68% maior de desenvolver carcinoma basocelular ou espinocelular e 80% maior de desenvolver melanoma. A maior parte dos casos (65%) está relacionada à exposição solar excessiva. Por isso, a prevalência da doença é maior em pessoas brancas, de peles e olhos claros, com muitas sardas. Porém, há tipos 44
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específicos de melanoma mais comuns em pessoas negras ou em áreas do corpo não expostas ao sol, como couro cabeludo ou solas dos pés. “É fundamental que a preocupação com a saúde da pele aconteça desde o início da vida. Há estudos que mostram que determinadas alterações genéticas relacionadas ao melanoma são derivadas de exposição solar excessiva e repetitiva, ou seja, significa que a exposição ao sol foi inadequada diversas vezes”, diz o oncologista. Além da proteção, é importante evitar a exposição – principalmente no horário de pico, quando o sol está mais forte. Os horários menos prejudiciais são antes das 9 e 10 horas da manhã e após às 15 horas e 16 horas, apesar do oncologista frisar que não existem estudos que provem que haja exposição solar totalmente segura.
NOVOS TRATAMENTOS Atualmente, os tratamentos contra melanoma estão bastante avançados e, se descoberto precocemente, a chance de cura é bastante alIdentifica e ataca ta. Antes, com quimioterapia, a cura alexclusivamente cançava somente 10% dos acometidos ou quase exclusivamente as pelas doenças, mas a IMUNOTERAPIA e células tumorais, a TERAPIA-ALVO aumentaram reduzindo os esse número para 70%. Estimula danos às células Para que a terapia-alvo pos- o sistema saudáveis. sa ser usada, é preciso que imunológico haja alteração genética, sendo a muta- para que o próprio corpo ção V600, ocorrida no gene BRAF, a mais lute contra o comum (cerca de 50% dos casos apre- câncer. sentam a modificação). “Hoje, existem opções terapêuticas voltadas para pacientes com melanoma que apresentam essa mutação, incluindo terapia-alvo e imunoterapia. São terapias que atuam em um alvo específico dentro do gene, oferecendo mais chances de sucesso no tratamento. Por isso, é fundamental que o paciente, ao receber o diagnóstico, faça também o teste genético para verificar a existência de alguma mutação. Assim, o tratamento mais efetivo pode ser descrito”, finaliza.
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NOAFTA É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
DESEMPENHO
Produtividade no vermelho ÍNDICES GLOBAIS MOSTRAM QUE O TRABALHADOR BRASILEIRO RENDE MUITO MENOS QUE A MÉDIA MUNDIAL; O PROBLEMA LEVA À FALTA DE COMPETITIVIDADE E AO DESPERDÍCIO DE RECURSOS
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POR FLÁVIA CORBÓ
Quando se trata de varejo, o Brasil é referência em muitos aspectos, principalmente no atendimento. A simpatia e a cordialidade características da população fazem com que o cliente seja tratado com atenção especial quando comparado a outros países, inclusive mercados consumidores mais maduros, como Estados Unidos e Europa. No entanto, essa mesma personalidade amistosa é apontada como um dos causadores de um grave problema, que não atinge só o varejo, mas todos os setores da economia no País: a baixa produtividade do trabalhador. Pesquisas realizadas globalmente apontam que o brasileiro produz, em média, 1/9 do que um sul-coreano. Um americano rende quatro vezes mais, enquanto brasileiros produzem apenas 74% que um argentino. Esses números são medidos a partir da divisão do Produto Interno Bru-
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to (PIB) pelo número de pessoas no mercado de trabalho, mas existem outras pesquisas mais específicas que chegam ao mesmo resultado. “Em uma experiência, um grupo de americanos, um de indianos e outro de brasileiros receberam a tarefa de criar um código de programação. Os brasileiros levaram exatamente quatro vezes mais que os americanos para fazer a mesma tarefa. Nossa baixa produtividade é real. Trabalhamos mal e produzimos muito pouco”, avalia o sócio fundador da Alliance Coaching, Silvio Celestino. As consequências desse baixo rendimento têm impacto direto na competitividade do País. “Com a produtividade ruim, é necessário um número maior de funcionários e mais etapas ao longo da cadeia, que frequentemente necessitam passar por uma refação. Com isso, nosso produto fica mais caro, não conseguimos exportar ou damos brecha para que outros vendam seus produtos aqui por terem preços mais competitivos. Isso afeIMAGENS: SHUTTERSTOCK
ta toda a cadeia, enfraquece a indústria local e desencoraja investimentos estrangeiros”, descreve o executivo da Rearch Consultoria, Marcelo Braga.
RAIZ DO PROBLEMA Para entender o porquê de o Brasil apresentar baixa produtividade, é preciso começar a análise pelos aspectos culturais. A famosa simpatia do povo brasileiro, que tanto ajuda no atendimento ao cliente, é prejudicial em outros momentos e, inclusive, vista como falta de objetividade em outros países. “O brasileiro quer sempre ser amigo, criar vínculos. Na Europa e nos Estados Unidos, eles são mais objetivos, mais pragmáticos. Não entram em assunto pessoal e respeitam o tempo do outro”, observa Braga. Já no Brasil, é comum que antes de iniciar uma reunião, sejam discutidos assuntos triviais, como o trânsito, o resultado do jogo de futebol ou a principal notícia do dia. “Os funcionários começam a ‘viajar’ e acabam não resolvendo nada. Até tratam de assuntos relacionados ao trabalho, mas desfocam do objetivo da reunião. Se o líder não redireciona as pessoas, elas se perdem”, afirma a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Maria Terezinha Peres. Com isso, a reunião agendada para as 9h, se inicia, de fato, às 10h e, sem que alguém se dê conta, uma hora de trabalho é desperdiçada. Muito dessa postura descompromissada que o brasileiro mantém dentro da empresa é devido a uma questão moral, segundo Celestino. “O brasileiro médio acha que trabalho é algo essencialmente ruim. Em qualquer país do mundo, uma pessoa sabe que tem o dever moral de se sustentar. Aqui, achamos que alguém tem de fazer isso por nós. Falta apreço pelo trabalho. Com essa visão negativa, ninguém se prepara.” Além dos aspectos culturais, problemas socioeconômicos também acabam por refletir em falta de rendimento. Com uma base educacional ruim, é comum que os brasileiros entrem nas empresas com defasagem em conhecimento. Em geral, o brasileiro sabe pouco de muitos assuntos, mas tem dificuldade de se aprofundar nas tarefas por falta de conhecimentos específicos. “Ainda assim, se posiciona como se soubesse, se vende, assume responsabilidade e depois pena porque faltou conhecimento em um detalhe necessário”, afirma Braga. Essa postura acaba por demandar mais tempo na execução da tarefa e resulta em erros. “Quando essa falha não é percebida, é preciso que alguém refaça a tarefa em algum outro momento da cadeia, gerando retrabalho por não ter sido benfeito em um primeiro momento.”
COMO REVERTER? As raízes da questão da baixa produtividade são profundas, mas segundo os especialistas, é possível trabalhar para sanar ou, pelo menos, minimizar o problema. Em primeiro lugar, é preciso investir na gestão da empresa para que se compreendam o grau da falta de rendimento e os prejuízos causados por isso. Já nessa etapa inicial, surge um obstáculo, pois o empreendedor brasileiro não está acostumado a ter na ponta do lápis todos os números que envolvem seu negócio. “Não gostamos de processo. Aplaudimos o improviso”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, alertando que a falta de informações costuma ser ainda mais grave dentro do varejo. “Culturalmente, o varejo tende a acreditar no esforço, na dedicação, na famosa ‘barriga no balcão’. Isso é importante, mas não é mais suficiente. É preciso trabalhar com dados.” Somente com conhecimento do negócio é possível avaliar o nível de produtividade, que consiste em conseguir melhores resultados a partir dos mesmos recursos, trabalhando bem a equipe, controlando as finanças e investindo em tecnologia. “Ouvimos falar que as pirâmides e o Coliseu foram grandes obras de engenharia, mas na verdade foram grandes obras de administração. Para que essas estruturas fossem erguidas, foram geridos milhares de trabalhadores. Não adianta contar com os melhores técnicos, se eles não forem bem administrados. Quando a gestão é ruim, a produtividade vai ser baixa”, ressalta Celestino. Uma boa gestão, capaz de estimular a produtividade, deve, necessariamente, envolver uma liderança forte, capaz de reverter fraquezas características do trabalhador brasileiro em pontos fortes. “Somos mais comunicativos, mais emotivos, mas é possível tirar proveito dessa situação. As características culturais brasileiras têm seu lado positivo, quando o líder sabe direcionar e não deixa a equipe sair do foco”, orienta Maria Terezinha. Também é importante que a liderança se autoavalie. Antes de cobrar maior produtividade dos funcionários, a empresa precisa estar certa de que está oferecendo todas as condições para que um bom trabalho seja desenvolvido, afinal, há uma correlação direta entre produtividade e engajamento da equipe. “As pessoas têm de se sentir incluídas. Você conhece os funcionários pelo nome? Eles te conhecem? O respeito se conquista com um tratamento próximo”, questiona Terra. 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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DESEMPENHO
O BRASILEIRO PRODUZ, EM MÉDIA:
• 26% a menos que um argentino
• 1/4 de um americano
Experiência: Um grupo de americanos, outro de indianos e outro de brasileiros receberam a missão de montar um código de programação. Os brasileiros levaram quatro vezes mais tempo que os americanos para fazer exatamente o mesmo trabalho.
Essa análise deve ser feita com sinceridade e cabeça aberta, pois não é fácil reconhecer que existem problemas de gestão no primeiro escalão. “O que chama a atenção é que quando propomos uma mudança de comportamento ao dono da empresa, ele acredita que não há razão para mudar, que está certo. É complicado rever a forma como se tratam os funcionários”, avalia Maria Terezinha. Além de rever alguns comportamentos, o líder pode ajudar a equipe a entender a importância da empresa e o valor que ela entrega para as pessoas. “Uma farmácia que fica aberta 24 horas por dia, por exemplo, oferece a possibilidade de solucionar emergências. É um negócio que resolve problemas. Ter consciência do propósito da empresa e de que cada departamento existe para cumprir este propósito deixa claro qual a importância de cada indivíduo”, destaca Celestino. 48
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• 1/9 de um sul-coreano
O consultor ainda aconselha que o líder apresente à equipe exemplos que mostrem o valor do trabalho, por meio de artigos, livros ou romances que contem histórias de pessoas que obtiveram sucesso devido ao trabalho. “Nós precisamos de autores brasileiros que falem sobre isso para que as pessoas tenham referências. Não é uma coisa que vamos mudar de uma hora para outra, precisamos trabalhar isso, mostrar que o trabalho é um valor intrínseco ao ser humano”, critica Celestino. Vale lembrar que essas atitudes não terão valor ou resultado se a postura e o desempenho do líder não forem um exemplo de produtividade. E isso nada tem a ver com o volume de horas trabalhadas. “É estar presente no trabalho, fazendo o que você foi pago para fazer. Se uma empresa anunciar que vai pagar 90% do salário, haverá uma greve, um rebuliço, mas existe muita gente que trabalha 60% do que ganha e nada acontece”, diz Celestino.
ATENDIMENTO
Agilidade e eficiência UM SERVIÇO EFICAZ ESTÁ RELACIONADO, PRINCIPALMENTE, EM APRENDER A OUVIR O CONSUMIDOR. TER PACIÊNCIA E GOSTAR DE PESSOAS É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR QUE ELE SE SINTA CONFORTÁVEL NO MOMENTO DA COMPRA POR VIVIAN LOURENÇO
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têm agilidade no atendimento são aquelas que possuem sempre processos definidos e treinados junto aos seus colaboradores. “Eles sabem o que, como e quando tomar uma atitude apropriada. As grandes redes são especialistas nesses treinamentos e cuidados; já os demais nem sempre dedicam atenção e investimento para isso.” Para ter essa agilidade, a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros, destaca que é necessário que os produtos sejam organizados de tal forma que o funcionário consiga localizar os itens rapidamente. Outros processos, como a análise de receitas e preenchimento, devem ser padronizados para facilitar o trabalho. Para Dantas, um dos motivos da demora no atendimento é pelo nível dos serviços agregados que as farmácias e drogarias possuem. “Hoje, pedem-se Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), plano de saúde, de fidelidade, etc., além dos serviços extras que compõem tanto o atendimento no balcão, quanto no caixa. Esse processo deixa tudo mais lento e muitos acabam abandonando as compras por essas dificuldades. Esse também é um dos motivos de cada vez mais consumidores preferirem o e-commerce.”
RAPIDEZ NO ATENDIMENTO
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São diversos os motivos que fazem o shopper preferir um estabelecimento em detrimento de outro. E entre esses fatores, a qualidade do atendimento é um diferencial. Ninguém gosta de perder tempo desnecessariamente para efetuar uma compra simples, por isso, agilidade e eficiência no atendimento farmacêutico são fundamentais. Segundo o sócio e líder do núcleo de Insights do Grupo Toolbox TM, Fernando Dantas, é preciso tomar cuidado para não generalizar o tipo de consumidor do estabelecimento, já que muitos não têm reclamação alguma do atendimento e gostam muito do ambiente da loja, já outros procuram atendimento rápido e não gostam quando isso não acontece. De acordo com a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, as farmácias que
Não basta apenas otimizar o processo de compra do shopper, é preciso atenção, saber ouvir e falar. “O pessoal de atendimento precisa conhecer muito bem as características dos produtos, preços e políticas da empresa para conseguir argumentar com o cliente e esclarecer as dúvidas que surgem”, ressalta Tatiana. Para isso, Silvia também destaca que a equipe necessita de competência profissional: lendo, estudando participando de palestras e treinamentos e, principalmente, ouvindo com atenção as dúvidas do shopper. “As farmácias devem ter lugar correto para tudo. A arrumação separada por categorias e subgrupos define a possibilidade de encontrar com muita agilidade os produtos, tanto para guardá-los quanto para vendê-los”, completa a consultora especializada em varejo farmacêutico. Outro ponto destacado por Dantas é que o varejista precisa conhecer quem é o shopper que vai à loja. “Ver o que ele valoriza e como é entregue o produto que ele quer. Depois dessa análise, você saberá como não perder tempo com ferramentas erradas para a característica do seu consumidor.” Quando o varejo caminha de acordo com a vontade do shopper, o sócio e líder do núcleo de Insights do Grupo Toolbox TM ressalta que a percepção de tempo que ele tem dentro da farmácia muda, já que o processo de compra e atendimento se tornou muito mais agradável. 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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ATENDIMENTO
O TRIPÉ BÁSICO DO ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA Uma das perguntas mais recorrentes é: “Como minha equipe deve receber o cliente?”. O palestrante motivacional, especialista em vendas, consultor e autor dos livros A Divertida Arte de Vender, Motivação Nota 10 e 21 soluções para potencializar seu negócio, Erik Penna, enumera os três passos básicos para quando os clientes chegarem: 1- Olho no olho É preciso olhar nos olhos das pessoas. Hoje, com a correria do cotidiano e tamanha tecnologia para roubar nossa atenção, às vezes, nos esquecemos de fazer o básico: olhar nos olhos das pessoas de forma receptiva e com brilho nos olhos. Apenas recomendo cuidado para que o olhar não seja intimidador. 2- Sorriso no rosto O segundo passo é acolher com um sorriso genuíno no rosto, algo leve, mas que demonstre alegria por sua presença. O sorriso pode ser sutil, mas lembre-se de que o objetivo não é flertar, mas, sim, atender bem e vender. 3- Saudação animada Faça uma saudação inicial animada, ou seja, com alma. Fale de forma entusiasmada: “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Seja bem-vindo”. Expresse algo que o cliente perceba que você, de fato, está querendo dizer as palavras que pronunciou. Esses passos são tão básicos que a maioria dos vendedores se esquece de utilizar em seu dia a dia diante do cliente. O básico de um atendimento de excelência já foi feito. Se quiser ir além e criar uma empatia ainda maior, passe a chamar o cliente pelo nome dele. Para finalizar, ao realizar um atendimento de excelência, busque assuntos positivos para conversar com o cliente. Evite ficar falando de problemas e fatos negativos, seja um mensageiro do otimismo.
DE OLHO NAS FALHAS Toda essa agilidade diminui as filas, entretanto, Tatiana alerta que nem sempre é possível eliminá-las. Nesse caso, é preciso administrar o tempo de espera do cliente. Mostrar que ele foi visto, dar alguma distração para ele e informá-lo que logo será atendido são formas de administrar a espera. No balcão, é possível reduzir as filas, segundo Silvia, utilizando senhas para organizar o atendimento e proporcionar inclusive prioridade aos preferenciais. “No caixa, organizando as filas ou usando as ‘filas incentivadas’ que fazem com que as pessoas permaneçam em seu lugar. Para ambos os casos, em horário de pico ou muito fluxo, trabalhar com muita atenção e agilidade para dar velocidade ao atendimento sem cometer falhas.” É possível usar um sistema integrado ou então fazer algo manual mesmo. “Por exemplo, se no balcão foi perguntado o CPF, este pode ser anotado em um papel 52
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para que o caixa não tenha de perguntar novamente”, orienta a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni. Outro ponto que merece destaque, como mostra Dantas, é que muitas redes estão fazendo o atendimento fora do balcão. “Funcionários percorrem as gôndolas, corredores e já vão atendendo aquele público, sem que ele necessite esperar o atendimento do balcão.” No caixa, Dantas destaca que é muito difícil realizar vendas e que o checkout deve ser utilizado apenas para pagamento. “Todo o trabalho de venda deve ser realizado antes desse processo.” A equipe deve ser distribuída de forma que haja pessoal suficiente durante os horários de pico. “Funcionários bem treinados também são mais ágeis. Além disso, investir em um bom hardware e um bom software pode auxiliar a agilidade dos processos”, finaliza Tatiana.
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PONTO DE VENDA
Dispensação segura NA HORA DE ENTREGAR O GENÉRICO AO CONSUMIDOR, OS FARMACÊUTICOS PRECISAM ESTAR APTOS A ENTENDER AS DÚVIDAS DOS USUÁRIOS E TAMBÉM A COMPREENDER AS NORMAS DE INTERCAMBIALIDADE
A
POR KATHLEN RAMOS
Atender consumidores que chegam às farmácias cheios de dúvidas relacionadas aos genéricos é algo bastante comum no ponto de venda (PDV). Saber se podem trocar o medicamento de referência sem a autorização médica; ter desconfiança com os preços dos genéricos, geralmente bastante inferiores; ou receio sobre os efeitos e eficácia destas apresentações são algumas das questões e inseguranças recorrentes dos usuários e que, portanto, pedem balconistas e farmacêuticos aptos a atendê-las, a fim de garantir a satisfação do cliente e não perder vendas. A começar pela intercambialidade entre medicamentos de referência e genéricos, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo
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(CRF-SP) lembra que somente o farmacêutico pode fazer esta troca, conforme determina o Regulamento Técnico para Medicamentos Genéricos, aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 16/07. A entidade esclarece que, ao praticar esse ato, esse profissional deverá indicar a substituição realizada na prescrição, carimbar com seu nome e número de inscrição do CRF, datar e assinar. Mas existem algumas ressalvas, conforme lembra a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. “A intercambialidade pode ser feita desde que não haja contraposição do profissional prescritor”, diz. Assim, o médico pode influenciar na intercambialidade. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
PONTO DE VENDA
PASSO A PASSO DO ATENDIMENTO: TIRE AS DÚVIDAS DOS CONSUMIDORES 1. Como identificar os genéricos pela embalagem? Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê “Medicamento Genérico”. Além disso, deve constar na embalagem a frase “Medicamento Genérico Lei 9.787, de 1999”. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento. 2. O medicamento genérico tem o mesmo efeito do medicamento de marca? Sim. A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico é garantida por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, por meio de estudos de equivalência farmacêutica; e in vivo, com os estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 3. Como devem atuar os médicos, no momento da prescrição da receita? A prescrição com a denominação genérica do medicamento é obrigatória somente no serviço público, no Sistema Único de Saúde (SUS). Nos demais casos, ficará a critério do profissional responsável, podendo ser realizada sob nome genérico e/ou comercial. 4. Se na farmácia não tiver o medicamento genérico, como o usuário deve proceder? A substituição do medicamento prescrito pelo medicamento genérico correspondente somente pode ser realizada pelo farmacêutico responsável pela farmácia ou drogaria, e deverá ser registrada na prescrição médica. 5. Qual a vantagem de comprar o medicamento genérico? • Disponibilizar medicamentos de menor preço, uma vez que o medicamento genérico deve ser, no mínimo, 35% mais barato que o de referência; • Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos concorrentes (genéricos); • Contribuir para aumento do acesso aos medicamentos de qualidade, seguros e eficazes. 6. Por que a compra do medicamento pelo princípio ativo fará baixar o preço do medicamento? O preço do medicamento genérico é menor, pois os fabricantes destes medicamentos não precisam realizar todas as pesquisas necessárias quando se desenvolve um medicamento inovador, visto que suas características são as mesmas do medicamento de referência, com o qual são comparados. 7. É preciso receita médica para comprar um medicamento genérico? Sim. Com exceção dos medicamentos de venda livre, qualquer outro medicamento – de referência, similares ou genéricos –, deve ser vendido mediante prescrição médica. A automedicação é uma prática perigosa.
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PONTO DE VENDA
Segundo reforça a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o médico poderá restringir a substituição do medicamento de referência pelo genérico, mas esta orientação deverá ser escrita de próprio punho, de forma clara e legível. Além disso, a troca também pode ser feita caso essa seja a vontade do paciente. “O usuário de medicamento deverá ter ciência em relação à legislação vigente, ser consultado sobre sua intenção, e se manifestar quanto ao desejo ou não de intercambialidade”, acrescenta.
DISPENSAÇÃO ATIVA Sabe-se que o entendimento do paciente em relação ao seu tratamento é um passo importante e, muitas vezes, determinante, para que siga ou não as orientações médicas. E a falta de conhecimento do farmacêutico pode agravar esse cenário, levando à insegurança do usuário ou à falta confiança nos medicamentos propostos. Assim, é fundamental que esse profissional esteja sempre atento e apto a proporcionar a Educação em Saúde aos usuários de medicamentos, considerando a grande falta de conhecimento que parte da população apresenta em relação ao uso racional destes produtos. “A população precisa entender, também, a razão das diferenças de custo existentes entre os medicamentos e isto envolve a explicação da fundamentação do que é um medicamento novo, referência, similar e genérico”, reforça a especialista da USP.
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COMO AGIR EM CASOS DE RECLAMAÇÕES AOS GENÉRICOS? Quando o profissional detecta que o paciente está utilizando o medicamento genérico da forma correta, conforme prescrito, e não está obtendo o resultado esperado, uma das condutas a ser adotadas pelo farmacêutico é notificar o problema à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que esta entidade, que tem a atribuição de regular e fiscalizar a produção de medicamentos genéricos no País, possa adotar as providências cabíveis. Também é função do farmacêutico garantir a procedência dos medicamentos que são colocados à disposição do paciente nas farmácias. Esse profissional precisa estar atento aos desvios de qualidade informados pelas autoridades sanitárias. Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP)
Também é dever do profissional, segundo explica o CRF-SP, explicar, detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou usuário, bem como fornecer toda a orientação necessária ao consumo racional do genérico. A entidade também afirma que o farmacêutico é o profissional de saúde capacitado para acompanhar o tratamento do paciente de forma sistemática, contínua e documentada, no intuito da melhoria de sua saúde e qualidade de vida. Por meio desse acompanhamento, é possível verificar, entre diversas questões, se está ocorrendo o resultado desejado. No caso do balconista, Maria Aparecida esclarece que este é o profissional que atua, diretamente, sob a supervisão do farmacêutico, portanto, deverá executar as atividades estabelecidas por este profissional e em seu grau de competência. “O atendente deverá ter formação compatível com as atividades a ser executadas, além de treinamentos frequentes. As atividades do balconista estão sob a responsabilidade do farmacêutico que estará atuando de acordo com o Código de Ética da Profissão Farmacêutica”, afirma.
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CATEGORIA
Saúde assegurada SOMENTE OS ANTI-INFLAMATÓRIOS REPRESENTAM 5% DO MERCADO TOTAL DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO. ELES GARANTEM TRATAMENTO SEGURO E EFICAZ, PROMOVENDO MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA POR VIVIAN LOURENÇO
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IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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O canal farma é um dos que não pode reclamar. O mercado fecha mais uma vez em alta, apesar da crise econômica brasileira ainda fazer parte do cenário nacional. Somente no ano de 2016, o setor farmacêutico movimentou R$ 84,6 bilhões (QuintilesIMS) e a projeção para este ano é de um aumento em torno de 10%. O segmento está em pleno crescimento por diversos fatores: envelhecimento da população, aumento da distribuição de renda e por conta dos programas de acesso aos medicamentos (Farmácia Popular, por exemplo), entre outros, como destaca o farmacêutico, professor, palestrante e consultor de empresas, Pedro Dias. Entre os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), a classe dos anti-inflamatórios representa 5% do mercado total. “Devido à importância dessa categoria para as drogarias e à população, acredito que seja necessário um atendimento personalizado pelo farmacêutico para suprir todas as dúvidas que possam surgir na compra desses produtos”, alerta.
IMPORTÂNCIA NOTÁVEL A manifestação de dor e febre são sintomas comuns a muitas enfermidades e é importante que se trate a causa corretamente, além de aliviar os sintomas presentes, como destaca a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. Normalmente, em gripes e resfriados, as pessoas vão em busca de analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas que causam muito desconforto. Os analgésicos não opioides são os utilizados para as dores menos intensas e mais corriqueiras, durante um período de tempo curto. Estes medicamentos apresentam propriedades analgésica, antipirética, antitrombótica e anti-inflamatória.
A DISPENSAÇÃO É UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE CONTATO DIRETO COM O USUÁRIO DO MEDICAMENTO. ASSIM, AS FALHAS NO CONHECIMENTO PODEM SER IDENTIFICADAS E A PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS FEITA “Saliente-se que todos os analgésicos não opioides são Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINE) – excetuando-se o acetaminofeno (paracetamol)”, explica. Pesquisas recentes demonstraram que do público que consome anti-inflamatórios MIPs, 60% são mulheres com faixa etária de 25 a 40 anos de idade. “Nesse sentido, entender o comportamento desses consumidores pode ser fundamental para desenvolver estratégias e realizar ações para o ponto de venda (PDV) e a toda população”, completa Dias.
CUIDADOS COM A VENDA Os anti-inflamatórios são uma classe de medicamentos bastante utilizada pela população em geral. Maria Aparecida destaca que a identificação do cenário do usuário de medicamento deve ser levantada para que as orientações possam ser fornecidas corretamente, que além de atender, possam ir ao encontro das necessidades do paciente. A importância de se “entender” o paciente em suas necessidades irá direcionar como a informação deverá ser colocada a fim de que possa ser compreen-
DADOS DE VENDAS EM PREÇO AO CONSUMIDOR CLASSE TERAPÊUTICA ANTI-INFLAMATÓRIOS
2014 R$ 1.932.841.361
2015 R$ 2.327.453.044
2016 R$ 2.452.645.506
Fonte: QuintilesIMS
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CATEGORIA
DIFERENÇA ENTRE ELES Anti-inflamatórios não esteroides: Exemplos: ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e dipirona sódica.
Indicação: utilizados para as dores menos intensas e mais corriqueiras, durante um período de tempo curto. Ação: inibição da enzima ciclo-oxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico, diminuindo a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor (nociceptores).
Anti-inflamatórios esteroides: Exemplos: corticoides.
Indicação: doenças como asma e as inflamatórias autoimunes.
Ação: inibem as prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório.
Fontes: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti; e Conselho Federal de Farmácia (CFF)
dida para ser seguida; caso isto não ocorra, a proposta não será bem-sucedida. “As pessoas precisam ter acesso à educação em saúde. A dispensação é uma ótima oportunidade de contato direto com o usuário do medicamento. Assim, as falhas no conhecimento podem ser identificadas e a promoção do uso racional de medicamentos feita. Isso envolve a questão das interações medicamentosas ou com alimentos, melhor horário de administração em relação à rotina do paciente, as possíveis reações adversas, posologia e o cum62
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primento do período de tempo estabelecido, entre todas as outras questões que poderão ser abordadas durante a dispensação”, orienta. Algumas populações demandam uma atenção maior. Por exemplo, os idosos, já que, muitas vezes, as próprias condições físicas colaboram para os problemas decorrentes da utilização de medicamentos, ou seja, algumas interações que poderão ocorrer estão relacionadas à condição que o paciente apresenta (por exemplo, problemas renais ou hepáticos).
SORTIMENTO
Segurança ao sorrir A APREENSÃO NO USO DE DENTADURAS PODE SER DIMINUÍDA COM A APLICAÇÃO DOS FIXADORES. CATEGORIA AINDA PRECISA SER MAIS BEM EXPLORADA PELO CANAL FARMA POR LAURA MARTINS
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Aproximadamente 11% da população brasileira não possui dentes e 23% perderam 13 ou mais dentes, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, em torno de 12 milhões de usuários de prótese total nunca fizeram uso de um fixador, revelando-se uma grande oportunidade de crescimento. O mercado de fixadores é composto pelos segmentos de pós, cremes e fitas adesivas. “De modo geral, todos possuem ingredientes adesivos que, em contato com a umidade, ativam a adesividade, fixando as próteses nas gengivas. O que muda é o excipiente. No creme, os adesivos são dissolvidos em um excipiente cremoso; no pó, são dispersos em excipientes secos; e nas películas, são adicionados entre tramas de
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um tecido, para evitar que escorram”, explica a gerente de marketing da Combe, Priscila Ariani. Ainda que todos os produtos tenham ação fixadora, o creme merece atenção especial. A gerente shopper marketing Oral Care da GSK, Alice Amigo, afirma que o diferencial dos cremes é que eles dificultam a entrada das partículas de alimento na prótese durante o processo de mastigação. “O fixador em pó é, muitas vezes, escolhido devido ao seu menor preço. Porém, em mercados mais maduros, é um produto considerado antiquado, não tendo muita procura”, segundo Priscila. A executiva informa ainda que a fixação do creme é maior no contato imediato, mas não tão duradoura. Assim, atende às pessoas que querem uma sensação de fixação imediata ou que não se importam em realizar reaplicações ao longo do dia. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
SORTIMENTO
Já a película serve tanto para quem deseja prevenir o contato da superfície da prótese com a gengiva quanto para quem busca fixação prolongada ao longo do dia. Embora a sensação de fixação não seja tão forte imediatamente se comparada a do creme, ao longo do dia, a fixação se mantém. “Orienta-se aplicar os cremes em pequena quantidade para evitar transbordamento. Já para os fixadores em formato de fitas adesivas, deve-se aplicar pequenas tiras, não muito perto das bordas. No formato em pó, recomenda-se retirar o excesso”, comenta a executiva da GSK.
NO PONTO DE VENDA Uma das maiores barreiras do consumidor é a dificuldade de encontrar os produtos nas gôndolas. “Como a situação de pedir um fixador a algum funcionário na loja e, com isto, revelar que faz uso da prótese pode ser uma situação que gere um desconforto ao shopper, é fundamental que a categoria esteja exposta com boa visibilidade e acessibilidade na loja”, explica Alice. De acordo com Priscila, da Combe, os fixadores de dentaduras devem ser expostos junto com outros produtos de cuidados orais. Além disso, devem ser agrupados em ordem: por marca, forma de apresentação e tamanho.
APROXIMADAMENTE 11% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA NÃO POSSUI DENTES E 23% PERDERAM 13 OU MAIS DENTES, DE ACORDO COM A PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS) 2013, REALIZADA PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). APESAR DISSO, EM TORNO DE 12 MILHÕES DE USUÁRIOS DE PRÓTESE TOTAL NUNCA FIZERAM USO DE UM FIXADOR, REVELANDO-SE UMA GRANDE OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO 66
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Alice complementa recomendando a exposição da categoria na primeira prateleira da gôndola de Oral Care, com fácil alcance e visibilidade. Usar materiais de ponto de venda (PDV) para destacar as marcas e a categoria como um todo é recomendado para atrair a atenção do shopper. “Uma grande oportunidade para agregar na receita do trade é estimular o segmento de limpadores de prótese. Em torno de 33 milhões de brasileiros que fazem uso total ou parcial da prótese nunca usaram um limpador de dentadura. Ganhar penetração com foco nesse consumidor é uma grande oportunidade de aumentar as vendas”, diz. Os consumidores de fixadores de dentadura são muito sensíveis a preço e almejam encontrar uma boa relação de custo-benefício. “Ao longo dos últimos anos, a categoria vem crescendo muito em unidades sem, no entanto, acompanhar em valor, com um aumento de vendas de produtos de baixo preço”, salienta Priscila. Segundo a executiva, ao mesmo tempo em que é importante que o canal farma apresente variedade de marcas, produtos e formas para atender a todos os segmentos de consumidores, também é importante que conheça os detalhes da categoria para poder oferecer explicações completas ao público consumidor. “O canal farma hoje, sem dúvida, é aquele onde o shopper procura a categoria. Para acelerar o crescimento e a penetração da categoria, é fundamental manter os produtos não confinados, expostos com boa visibilidade e acessibilidade na loja”, finaliza Alice.
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CEFALEIA
Por dentro da cabeça AS DORES ACOMETEM QUASE QUE TODA A POPULAÇÃO E INCOMODAM OS PACIENTES DE DIFERENTES MANEIRAS. ENTENDER O QUE DESENCADEIA A DOENÇA É UM PRIMEIRO PASSO PARA O TRATAMENTO POR LAURA MARTINS
É
É praticamente impossível encontrar uma pessoa que nunca tenha se queixado de dores de cabeça. E essa sensação não é à toa: 93% dos homens e 99% das mulheres já sofreram com cefaleia ao menos uma vez na vida, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), além de 76% do sexo feminino e 57% do masculino terem ao menos uma ocasião de dor por mês. Embora o tratamento mais comum seja o uso de analgésicos, é necessário que o paciente entenda o porquê da dor de cabeça estar presente. A Sociedade Internacional de Cefaleia classifica as cefaleias em três principais grupos: primárias (quando a dor de cabeça é a “doença”); secundárias (dor acontece em decorrência de algum outro proble-
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ma, como infecções e traumatismos); e aquelas que não se enquadram em nenhuma das anteriores. “As cefaleias primárias, que são as mais comuns, têm na própria dor o problema a ser tratado. Estão incluídas nesse grupo, a enxaqueca, a cefaleia do tipo tensional e a cefaleia em salvas, além de outras menos comuns. Já nas cefaleias secundárias, a dor de cabeça é apenas uma manifestação da causa subjacente, como, por exemplo, um tumor, um problema circulatório, infecção, efeito colateral de medicamentos, trauma craniano, doenças inflamatórias, entre outros”, explica o neurologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eli Faria Evaristo. As mulheres sofrem mais, principalmente, de enxaqueca. Ao comparar com os homens, o público feminino sofre três vezes mais, segundo o neurologista do Hospital IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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Moriah, Dr. Antônio Barata. Isso não acontece nas cefaleias tensionais. “Isso ocorre porque o hormônio feminino é um fator agravante nas dores nessa doença. O uso de anticoncepcional hormonal também piora o quadro de dor”, complementa o neurologista responsável pela Clínica de Dor do Hospital CEMA, Dr. Joel Augusto Ribeiro Teixeira. Outro fator de risco é a genética, por isso é importante que haja um estudo familiar para ajudar no diagnóstico da doença. Estar atento a fatores desencadeantes também é essencial para evitar e diminuir as crises. O neurologista do Hospital Moriah cita alguns deles: período perimenstrual, alguns alimentos (chocolate, condimentos, álcool, entre outros), perfumes, estresse, privação de sono e jejum. Apesar de incômoda, a dor nem sempre é o principal motivo de preocupação. “A dor sozinha nem sempre é um sinal de alarme, mas outros aspectos, como uma dor de cabeça completamente diferente, nova. Paralisia, perda de consciência, desmaio, convulsão, febre e outros sintomas devem ser observados”, frisa o neurologista da Unidade de Atendimento à Cefaleia do Hospital Samaritano, Dr. Marcelo Calderaro. Para o neurologista do Hospital Moriah, 90% dos casos de cefaleia primária têm um bom resultado somente com o tratamento medicamentoso e mudanças de hábitos. Ainda que o tratamento para dor seja de fácil acesso, é necessário que o paciente tenha cuidado na automedicação exagerada. A farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti, adverte que o uso abusivo de medicamentos poderá desencadear a cefaleia por uso inadequado de medicação, classificada entre as cefaleias secundárias. “Os tratamentos podem ser divididos em tratamentos da crise aguda e tratamentos preventivos, também chamados de profiláticos. Os de crise incluem o uso de analgésico e anti-inflamatórios, além de tratamentos mais específicos para certos tipos de cefaleia. Nas cefaleias secundárias, além do tratamento da crise de dor, geralmente com analgésicos, faz-se necessário tratar a causa específica”, adverte o Dr. Evaristo.
ENXAQUECA: A MAIS COMUM A enxaqueca é uma das categorias mais comuns de dores de cabeça, sendo considerada a terceira doença mais prevalente e a sétima causa específica de incapacidade no mundo, de acordo com o Global Burden of Disease Survey 2010. O Dr. Calderaro explica que os principais sintomas da 70
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PARA ACABAR COM A DOR A prescrição de medicamentos depende da intensidade, origem, localização da dor, entre outros. Porém, os analgésicos não opioides são os usados para as dores menos intensas e mais corriqueiras, durante um período de tempo curto. Possuem propriedades analgésica, antipirética, antitrombótica e anti-inflamatória. Entre os princípios ativos analgésicos não opioides: ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, dipirona sódica e paracetamol. Os três primeiros, considerados analgésicos anti-inflamatórios não esteroides, inibem a enzima ciclo-oxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico, diminuindo a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor. O mecanismo do paracetamol não está totalmente determinado, ele pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas no nível do Sistema Nervoso Central (SNC) e, em menor grau, bloqueando a geração do impulso dolorido no nível periférico. Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti
doença são a dor unilateral da cabeça, latejante, dor que costuma ser moderada a intensa, piora com esforço físico, náuseas e incômodo na luz e em barulhos. “Em alguns casos, chamados de enxaqueca com aura, sintomas neurológicos, especialmente visuais, podem ocorrer alguns minutos antes do início da dor de cabeça, trazendo uma pista bastante importante para o diagnóstico”, reforça o neurologista do Sírio-Libanês. As crises de enxaqueca costumam durar entre quatro e 72 horas e, apesar de ser difícil evitá-la, pode ter fatores desencadeantes, como alguns tipos de alimentos, exposição à luz ou a perfumes que podem ser evitados para diminuir a frequência das crises. “A enxaqueca pode ter tratamento profilático, ou seja, tomar medicamentos todos os dias para evitar crises. No entanto, esse tratamento é proposto quando a dor é muito frequente e atrapalha o trabalho e a qualidade de vida do paciente”, comenta o neurologista do Hospital CEMA.
ESPECIAL SAÚDE
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De acordo com Maria Aparecida, se a intensidade da dor for de leve a moderada, normalmente, são administrados analgésicos ou anti-inflamatórios não esteroides tanto para enxaqueca com ou sem aura.
NÚMEROS DA CEFALEIA Maior recorrência
Enxaqueca
especialmente mulheres na fase de adolescência e juventude
DOR PELO ESTRESSE
Cefaleia em salvas
Cefaleia por arterite temporal
homens de meia idade
mulheres acima dos 60 anos de idade
Tempo das crises
Enxaqueca
Cefaleia em salvas
Cefaleia por arterite temporal
quatro a 74 horas
meia hora a algumas horas do dia
15 a 180 minutos
Porcentagem de acometidos no Brasil
15,2% Enxaqueca 13% Cefaleia tensional 6,9% Cefaleia crônica diária Fontes: neurologista do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Eli Faria Evaristo; Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC); e Classificação Internacional de Cefaleias, 3ª edição, da Sociedade Internacional de Cefaleia
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A cefaleia tipo tensional é bastante comum, com prevalência ao longo da vida da população geral entre 38% e 78%, segundo a Classificação Internacional de Cefaleias, 3ª edição. “De maneira geral, são dores com as quais as pessoas não se incomodam tanto. As dores são como um peso, na cabeça inteira, não costumam ser intensas a ponto de incapacitar o paciente, não dão náuseas e não pioram com o esforço físico”, cita o neurologista do Hospital Samaritano. Diferente da enxaqueca, a cefaleia tensional costuma durar pouco – sendo comuns episódios de apenas meia hora ou algumas horas do dia. Para se tornar frequente, é preciso que haja ao menos dez episódios de cefaleia entre um e 14 dias, por mais de três meses. Em casos de episódios diários ou contínuos, a doença passa a ser considerada crônica. “Crises de cefaleia tensional podem ocorrer no contexto de situações de maior estresse ou de privação de sono, além em alterações do estado de humor, às vezes de forma mais prolongada, como os quadro depressivos. Técnicas de relaxamento e atividade física podem ser úteis na prevenção desses casos”, diz o neurologista do Hospital Sírio-Libanês.
CEFALEIA EM SALVAS Marcada pelas crises em uma determinada época da vida do paciente, por isso chamada em salvas, a doença tem crises de dor bastante fortes associadas à hipertemia conjuntival ipsilateral, lacrimejo, congestão nasal, rinorreia, sudorese da região frontal e da face, miose e inquietação da pálpebra. De acordo com o Dr. Evaristo, a dor é mais localizada na região dos olhos, normalmente de certo lado, de forma muita intensa, às vezes descrita como uma sensação de facada. “Costuma ocorrer, em certo paciente, com caráter mais sazonal (certa época do ano), período em que alguns fatores desencadeantes se tornam de maior risco para essa ocorrência, o que é especialmente visto com o uso de bebidas alcoólicas”, completa. A dor muito forte costuma acontecer entre 15 a 180 minutos (se não tratada) e uma crise pode durar semanas ou meses. Dados da Classificação Internacional de Cefaleia revelam que 10% a 15% dos pacientes possuem cefaleia em salvas crônica.
HIPERTENSÃO
Assintomática e perigosa
A HIPERTENSÃO ARTERIAL É UMA DOENÇA SILENCIOSA E QUE JÁ ATINGE 30% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. SEM HORA CERTA PARA CHEGAR, ELA É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS QUE PODEM MATAR
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POR ADRIANA BRUNO
No Brasil, quando o assunto é hipertensão arterial, os números não são animadores, pelo contrário, preocupam. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que 47,5 milhões de brasileiros são hipertensos e que, deste total, apenas 19,6% estão com os valores pressóricos controlados. A SBC aponta ainda que a hipertensão mal controlada ou sem diagnóstico reduz em média 16,5 anos na expectativa de vida do portador da doença e alerta para o fato de que 35,5 milhões de brasileiros a têm, mas não se cuidam. Nos Estados Unidos, o quadro é bem diferente, sendo que 53% dos hiperten-
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sos têm a pressão controlada. Já no Canadá, o índice chega a 68%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, a hipertensão causa 7,6 milhões de óbitos de pessoas em todo o mundo, cerca de 80% em países em desenvolvimento como o Brasil, mais da metade na faixa de 45 a 69 anos de idade. A hipertensão é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares que são as principais causas de morte no Brasil, contabilizando 350 mil óbitos, todos os anos. Ela ainda é o gatilho responsável por 57,5 mil mortes anuais em decorrência dos infartos e 63 mil óbitos anuais por Acidente Vascular Cerebral (AVC), segundo a SBC. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ESPECIAL SAÚDE
HIPERTENSÃO
A DOENÇA Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença democrática, ou seja, não “escolhe” raça, cor nem idade para se manifestar. Ela atinge 30% da população adulta brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no País. A doença é multifatorial, e para o cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Dr. Rogério Krakauer, a maioria dos hipertensos tem origem na genética familiar, mas conhecidos fatores de risco são responsáveis também pela precocidade ou intensidade, como a obesidade, o excesso no consumo de sal, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e avanço da idade. “Esses fatores de risco agem na vasoconstricção e/ou retenção de sódio, além da aterosclerose vascular”, explica. Já o fator hereditário, segundo o Dr. Krakauer, aumenta em 30% a chance do indivíduo herdar a doença dos pais. “Assim, quando houver casos na família, os cuidados preventivos devem ser ainda mais enfatizados”, ressalta. Para entender o que é a hipertensão, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) explica que, normalmente, o sangue bombeado pelo coração, para irrigar os órgãos ou movimentar-se, exerce uma força contra a parede das artérias. Quando a força que esse sangue precisa fazer está aumentada, isto é, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue, há hipertensão arterial. Ainda de acordo com a SBH, considera-se como um valor ótimo de Pressão Arterial (PA): <120 x 80 mmHg (12 por 8); valor normal de PA: < 130/85 mmHg; e valor ideal de PA para pessoas com risco de diabetes e doença renal: <130 x 80 mmHg; sendo que o valor máximo diz respeito à pressão máxima ou sistólica (quando o coração se contrai) e o menor, à pressão mínima, ou diastólica (quando o coração se dilata). “O indivíduo é caracterizado como hipertenso quando, excluídos outros fatores agregados que possam levar ao quadro, a pressão fica acima de 140/90 mmHg, ou 14 x 9, repetidamente”, comenta o Dr. Krakauer. Segundo ele, na maioria dos pacientes, a doença é assintomática, mas alguns podem eventualmente queixar-se de cefaleia, tontura, cansaço fácil a esforços, alterações visuais e outros sintomas inespecíficos. O médico explica que mais da metade dos casos é diagnosticada somente a partir de 55 anos de idade. “Essa disfunção acomete, principalmente, homens a partir dos 40 anos de idade. As mulheres costumam apresentar mais incidência na menopausa, quando perdem a proteção do hormônio estrógeno”, diz. 76
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ATUAÇÃO DOS ANTI-HIPERTENSIVOS NO ORGANISMO Os anti-hipertensivos, quando administrados isolados ou em associações, reduzem a Pressão Arterial (PA), apresentando ação hipotensora. A atuação desses fármacos ocorre por seus efeitos sob a resistência periférica e/ou débito cardíaco, ou seja, há aqueles que inibem a contrabilidade (força extrema do músculo) do miocárdio ou reduzem a pressão do ventrículo do coração. O mecanismo de ação desses medicamentos irá depender da classe à qual pertencem. Vejam os principais: • Diuréticos: aumentam o volume e o grau do fluxo da urina. • Bloqueadores beta adrenérgicos: antagonizam os receptores beta da noradrenalina. • Bloqueadores do canal de cálcio: são capazes de reduzir a excitabilidade cardíaca e também a frequência, promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e redução da resistência vascular periférica. • Vasodilatadores: produzem vasodilatação e reduzem a resistência periférica. • Inibidores da enzima conversora da angiotensina II: atuam bloqueando a produção de angiotensina II que é um vasoconstritor. Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti
O fato de acometer muitas pessoas sem que as mesmas se deem conta disto torna a hipertensão tão perigosa e capaz de expor os indivíduos a doenças graves e fatais como o infarto de miocárdio e o AVC, também conhecido como derrame.
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ESPECIAL SAÚDE
HIPERTENSÃO
“Ao longo da vida, a hipertensão pode afetar todos os vasos sanguíneos do corpo, principalmente os do cérebro, dos rins, do coração, dos olhos, dos vasos da perna e aorta, acarretando lesões nos chamados órgãos-alvo com sinais e sintomas próprios, como a perda da visão, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, aneurisma da aorta, entre outros”, explica o Dr. Krakauer. Ele ainda afirma que o controle da PA reduz em 42% o risco de derrame e em 15%, o de infarto.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO A hipertensão não tem cura e, portanto, seu tratamento acompanhará o indivíduo pela vida toda. A mudança de hábitos diários é tão importante para o hipertenso quanto o tratamento medicamentoso. Aliás, a adoção de uma vida saudável, com controle do peso corporal, prática regular de exercício físico, abandono do cigarro, consumo moderado de álcool e sal, por exemplo, contribui de forma preventiva para afastar o risco tanto da hipertensão como de outras doenças cardiovasculares e da obesidade. Para o Dr. Krakauer, essas ações atenuam, inclusive, os riscos hereditários para a hipertensão. “Também é importante realizar a aferição da PA tanto de pacientes como de seus familiares. Além disso, quem tem sintomas ou fatores de risco deve procurar um médico”, comenta o cardiologista. Ainda segundo ele, o tratamento não medicamentoso é indicado para todos os indivíduos, já os medicamentos são receitados de forma criteriosa, incluindo história, exame físico, sintomas, risco cardiovascular global do paciente e nível de PA encontrado em medida casual, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ou Medida Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Entre as classes de medicamentos utilizados para o tratamento da hipertensão, estão os betabloqueadores, assim como diuréticos, inibidores da enzima de conversão, antagonistas, entre outros.
ADESÃO QUE SALVA A adesão ao tratamento de doenças crônicas é um tema sempre em pauta no Brasil e com a hipertensão não 78
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é diferente. Segundo a SBH, apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença, sendo que 36% não fazem controle algum e 41% abandonam o tratamento, após melhora inicial da PA. O presidente da SBC, Dr. Marcus Bolívar Malachias, comenta que 80,4% dos hipertensos negligenciam a doença no País, não tomam regularmente o medicamento prescrito e, consequentemente, não controlam seus níveis pressóricos. Os dados fazem parte da compilação de 14 estudos populacionais feitos nos últimos 15 anos. “O índice de quem não se trata pode ser ainda maior, já que os estudos analisados são bastante heterogêneos e com baixa abrangência em áreas rurais, onde existe menor cobertura do Programa de Saúde da Família”, explica o Dr. Malachias. Aceitar a doença é o primeiro passo para o sucesso do tratamento e sua consequente adesão. Porém, para a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti, isso nem sempre é fácil. “Na maioria das vezes, há rejeição da informação, fato que prejudicará o seguimento da terapia medicamentosa”, comenta. Segundo ela, é necessário que o profissional da saúde explique detalhadamente as características da doença em questão, principalmente, em relação aos benefícios da qualidade de vida que o indivíduo terá se aderir ao tratamento quer seja medicamentoso ou não. “Quando o paciente sabe o que está acontecendo, sua responsabilidade em relação à saúde e que ele tem mecanismos de controle que proporcionam qualidade de vida, muito provavelmente, ele vai colaborar”, acrescenta. Para ela, o contato direto do farmacêutico com o usuário de medicamento torna a atuação deste profissional de abrangência única no preenchimento das lacunas de falta de informação do indivíduo. “Essa atuação precisa ser cada vez mais intensificada na dispensação de medicamentos para que a educação em saúde seja uma prática disponibilizada como rotina nas farmácias/drogarias e, desta maneira, possa contribuir para o entendimento da população quanto ao uso racional de medicamentos”, reforça.
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MAIS FORTE CONTRA GRIPE
AGO 17 MS. 1.0370.0345.007-9 INDICAÇÃO: O produto é constituído por uma associação dos seguintes componentes: dipirona - analgésico e antitérmico; maleato de clorfeniramina - anti-histamínico; cafeína - estimulante. Indicado para alívio dos sintomas decorrente da gripe e resfriado, como dores de cabeça, Febre, etc. Os sinais de melhora nos sintomas podem ocorrer em um prazo variável de dias, após o início do tratamento. CONTRAINDICAÇÕES: O PRODUTO É CONTRAINDICADO PARA PACIENTES QUE APRESENTAREM ANTECEDENTES DE HIPERSENSIBILIDADE A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DA FÓRMULA. O USO DE DIPIRONA, EM CASOS DE AMIGDALITE OU QUALQUER OUTRA AFECÇÃO DA BUCOFARINGE, DEVE MERECER CUIDADO REDOBRADO. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: A ADMINISTRAÇÃO DO PRODUTO DEVE SER CUIDADOSA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS, SOB RIGOROSA SUPERVISÃO MÉDICA. NÃO DEVEM SER UTILIZADAS DOSES SUPERIORES ÀS RECOMENDADAS. A INTERRUPÇÃO REPENTINA DESTE MEDICAMENTO NÃO CAUSA EFEITOS DESAGRADÁVEIS, NEM RISCO, APENAS CESSARÁ O EFEITO TERAPÊUTICO. ADVERTÊNCIAS: A ADMINISTRAÇÃO DO PRODUTO DEVE SER CUIDADOSA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS, SOB RIGOROSA SUPERVISÃO MÉDICA. NÃO DEVEM SER UTILIZADAS DOSES SUPERIORES ÀS RECOMENDADAS. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS: EM PACIENTES SENSÍVEIS, INDEPENDENTEMENTE DA DOSE, A DIPIRONA PODE PROVOCAR REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE.
“NÃO USE ESTE MEDICAMENTO DURANTE A GRAVIDEZ E EM CRIANÇAS MENORES DE TRÊS MESES DE IDADE”
“ESTE É UM MEDICAMENTO, SEU USO PODE TRAZER RISCOS, PROCURE O MÉDICO OU O FARMACÊUTICO.”
HOMEOPATIA
Terapia
alternativa
A TÉCNICA BUSCA UM REEQUILÍBRIO DO ORGANISMO, MEXENDO NA FORMA COM QUE O PACIENTE REAGE A ALGUNS ESTÍMULOS. O PRIMEIRO PASSO É ENTENDER SEUS PRINCÍPIOS E COMO ESSES MEDICAMENTOS FUNCIONAM
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POR VIVIAN LOURENÇO
Buscar novas formas de prevenção e tratamento, que contenham menos componentes artificiais e mais naturais. A mudança do estilo de vida da população faz com que novas terapias sejam uma alternativa de escolha e ganhem espaço nas gôndolas de farmácias e drogarias, como os medicamentos homeopáticos. A homeopatia é uma opção terapêutica desenvolvida a partir de um método criado pelo médico Samuel Hahnemann (1755-1843), que consiste em aplicar uma substância alta-
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mente diluída capaz de produzir efeitos semelhantes aos que o paciente apresenta. No Brasil, é também uma especialidade médica reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB). Baseia-se na Lei dos Semelhantes ou Lei Natural da Cura em que se observa que o “semelhante pode curar o semelhante”. De acordo com o pediatra e homeopata formado pelo Centro de Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia (Cepah) com título de especialista em homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Dr. Moises Chencinski, a homeoIMAGENS: SHUTTERSTOCK
ESPECIAL SAÚDE
HOMEOPATIA
patia é um tratamento (do grego homós = semelhante, pathós = sofrimento ou doença), que busca transformar o estado de doença em saúde, administrando, em doses mínimas, substâncias capazes de provocar, no homem são e sensível (experimentação com anotação e sistematização dos sintomas apresentados), manifestações semelhantes (não iguais, não as mesmas, segundo a Lei dos Semelhantes) àquelas apresentadas pelo próprio paciente.
PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA A homeopatia é embasada em quatro pilares básicos: Lei dos Semelhantes; Experimentação em homem são e sensível; Doses infinitesimais; e Medicamento único. Para esclarecer cada um dos princípios, a diretora farmacêutica da Boiron Brasil, Maria Isabel de Almeida Prado, explica como eles funcionam: Lei dos semelhantes: é uma lei natural de cura que foi observada por Hipócrates no século 5 a.C. e que foi amplamente estudada por Hahnemann. As substâncias que, em doses ponderáveis, tóxicas ou fisiológicas, forem capazes de provocar no indivíduo aparentemente sadio, porém sensível, um conjunto sintomático determinado, podem, igualmente, em outros indivíduos doentes e sensíveis, fazer desaparecer os sintomas semelhantes, se forem utilizadas em doses hipofisiológicas. Em outras palavras, a homeopatia estimula a reação do organismo de forma similar aos sintomas da doença. Segundo o princípio da cura pelo semelhante, se um indivíduo receber um medicamento sem ter uma patologia, ele passará a apresentar sintomas. Mas se receber o mesmo medicamento estando doente, esses sintomas serão anulados.
Experimentação em homem são e sensível: a homeopatia não faz testes em animais, pois cada espécie possui uma reação própria, diferente da reação dos seres humanos. Hahnemann iniciou os testes dos medicamentos primeiramente em si mesmo. As drogas são testadas em dose hipotóxica e em dose dinamizada, além do conhecimento adquirido por meio das intoxicações, de maneira a revelar todos os sintomas. Dessa forma, são observados todos os sintomas apresentados no experimentador, sejam eles físicos, funcionais, emocionais ou mentais. As sensações resultantes são compiladas; a esse conjunto de manifestações apresentadas pelo indivíduo sadio e sensível, durante a experimentação da droga, foi dado o nome de patogenesia. E o conjunto de quadros experimentais devidamente catalogados, ou patogenesias, constitui uma matéria médica homeopática. Doses infinitesimais: para evitar o agravamento inicial dos sintomas, Hahnemann passou a diluir as substâncias numa escala centesimal progressiva. Assim, obteve ótimos resultados, pois os medicamentos preparados por essa técnica, além de apresentarem uma redução das agravações dos sintomas observadas nas doses maciças, adquiriram maior potencial curativo. Esse processo farmacotécnico, denominado por ele de dinamização, promove curas mais rápidas e suaves. Medicamento único: ao observar e estabelecer sua metodologia de experimentação em homem sadio, Hahnemann estudou cada medicamento isoladamente a fim de obter as patogenesias dos fármacos. Por isso, eram administrados isoladamente, um por vez, por ser mais racional e para evitar interações entre diferentes fármacos.
QUEM CONSOME A HOMEOPATIA A grande maioria dos consumidores conhece bem a homeopatia e já faz tratamento utilizando esses produtos. Assim, o paciente já busca algo específico. Mas há um público que se destaca, como mostra a gerente de marketing da Boiron Brasil, Camila Fuscaldo. “Na sua maioria são mulheres. Isso porque elas geralmente são as responsáveis por comprar medicamentos para a família”. Existe também, hoje em dia, uma tendência das mães em procurarem medicamentos com menos riscos e efeitos colaterais para seus filhos e isto inclui os homeopáticos. Além disso, são mulheres preocupadas com bem-estar, saúde e segurança na hora de tomar medicamentos que são eficazes e não agridem o organismo.
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ESPECIAL SAÚDE
HOMEOPATIA
COMO TRABALHAR A CATEGORIA A homeopatia é uma categoria que vem crescendo no varejo farmacêutico. Por esse motivo, a gerente de marketing da Boiron Brasil, Camila Fuscaldo, destaca que é importante que as lojas tenham uma categoria de homeopatia definida e treinamentos frequentes para que os farmacêuticos e balconistas tenham segurança na hora da indicação. “Recentemente, por exemplo, a Boiron realizou uma ação na rede de drogarias Araújo, em Minas Gerais, e disponibilizou ‘homeoconsultores’ para dar dicas e explicar mais detalhes sobre tratamento e prevenção de doenças com homeopatia.” Para a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros, essa categoria é bem diferenciada. A filosofia da homeopatia é diferente, bem como o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos. “Assim, o primeiro passo é entender os princípios da homeopatia e como os medicamentos funcionam. Outro ponto é a exposição desses produtos, pois o cliente precisa saber que a farmácia oferece esta opção.”
ESCOLHENDO O TRATAMENTO A homeopatia é reconhecida por ser uma boa forma terapêutica preventiva, mas, de acordo com o Dr. Chencinski, cada caso é um caso e precisa ser avaliado individualmente. Além disso, Maria Isabel destaca que cabe ao profissional de saúde, médico ou farmacêutico, orientar o seu uso. No caso de doenças agudas, os medicamentos homeopáticos atuam rapidamente, como, por exemplo, na gripe. São também eficazes em doenças crônicas, atuando no terreno do paciente e no seu modo reacional, exigindo acompanhamento clínico. “Para um paciente em crise de asma aguda, podemos usar a homeopatia (desde que avaliado por um médico, em consulta). E a ação desse medicamento é rápida. Já para que um paciente tenha seu quadro de asma controlado (doença crônica), pode ser indicado outro medicamento, mas que, devido ao fato de ser uma situação mais antiga, pode requerer um tempo maior e acompanhamento”, esclarece a especialista. Por ser uma terapêutica reacional, ela depende da capacidade do paciente em reagir aos estímulos do medicamento. “O tempo de tratamento homeopático pode variar. Cada caso é individual e deve ser avaliado em função da gravidade e melhora dos sintomas”, avalia Maria Isabel. Cada paciente tem uma forma particular de reagir aos estímulos que dependem de vários fatores (idade, outras doenças associadas, doenças anteriores, tratamentos anteriores que já foram usados, etc.). 84
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“Se um indivíduo tem uma dor de cabeça há 15 anos e for tratado com homeopatia, necessitaremos, em média, de dois anos de tratamento para que haja um reequilíbrio e não precise mais tomar medicamentos para isso. Isso não quer dizer que a pessoa ficará tomando medicamentos durante todo esse tempo e nem que terá dores de cabeça por todo o período. Isso significa que precisará passar por consultas, acompanhamento e, quem sabe, fazer uso de medicamentos para não ter mais este incômodo”, explica o Dr. Chencinski. Mas se a pessoa está com uma dor de cabeça agora, não dá para esperar dois anos para reequilibrar o organismo para cuidar desta patologia. Assim, a homeopatia também age nessa área, com medicamentos que podem ser iguais ou diferentes do “medicamento de fundo”, mas administrados com a mesma fundamentação, à base da semelhança, apenas em forma diferente (método plus, doses repetidas várias vezes ao dia, etc.) para atingir o objetivo mais rapidamente, às vezes, do que com outro tipo de tratamento medicamentoso ou não. “Concluindo: não confunda demorado com prolongado. O fato de dizermos que o tratamento pode ser longo não quer dizer que o paciente terá sintomas durante esse tempo todo. É possível melhorar bem rapidamente, em pouco tempo de tratamento. Porém, poderá ser necessário manter o tratamento por um tempo prolongado para retornar ao seu equilíbrio, sem necessidade de usar qualquer medicamento continuadamente”, finaliza o especialista.
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Diferentes apresentações
Mercado aquecido
Foco no inverno
O mercado de vitamina C possui diversas apresentações, adaptadas para públicos e necessidades distintas. O formato efervescente é conhecido pela facilidade de adesão devido aos sabores, como laranja e lima-limão. Em forma de comprimidos revestidos, há leve proteção contra oxidação por causa do filme de celulose. O formato em gomas ou balas gelatinosas tem foco na adesão do público infantil. Podem ser encontradas em sabores, como o de laranja.
Indicada tanto para melhorar a saúde como a beleza, a vitamina C é uma ótima oportunidade de vendas para o canal farma. De acordo com dados do QuintilesIMS, no MAT Ago./13 (Moving Annual Total Movimento Anual Total), agosto (ano móvel acumulado de setembro do ano anterior a agosto do ano analisado), a categoria apresentou cerca de R$ 315 milhões, subindo para R$ 324 milhões no MAT Ago./14 e R$ 366 milhões no MAT Ago./15.
Os meses frios aumentam a incidência de doenças e alergias respiratórias, crescendo, também, a procura pela vitamina C. Por isso, é importante que os produtos estejam em evidência nos pontos de venda (PDVs), nas áreas centrais da gôndola, na altura dos olhos e em áreas de maior concentração. Atenção ao checkout, onde o shopper está mais propício a fazer compra por impulso.
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MIX
Opções mais práticas A CORRERIA DO DIA A DIA, A BUSCA POR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL E O BEM-ESTAR SÃO ALGUNS DOS PRINCIPAIS IMPULSIONADORES DO BOM MOMENTO DE SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL NO PAÍS
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POR KATHLEN RAMOS
O mercado de suplementos vitamínicos está crescendo a largos passos no Brasil. Nos últimos cinco anos, a categoria de vitaminas teve alta de 45,62%, enquanto os produtos à base de fibras alimentares subiram 95,85% e os energéticos esportivos, +148,21%, de acordo com dados da QuintilesIMS. Em valor, no mesmo período, os produtos à base de fibra alimentar registraram saldo positivo de 354,99%; outros produtos, 184,60%; energéticos, 78,17%; e vitaminas, 61,94%. O segmento de multivitamínicos, por exemplo, conta, atualmente, com mais de 200 marcas e é o top 6 no mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) em reais, segundo números fornecidos pela Pfizer.
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“As pessoas têm se conscientizado de que não consomem a quantidade necessária de frutas e verduras todos os dias, principalmente, devido à correria da vida moderna e a um aumento no consumo de itens industrializados. Essa conscientização sobre a importância de se alimentar bem tem feito com que as pessoas busquem aliados para uma nutrição completa”, analisa a diretora de marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana da Fonseca. O gerente sênior de marketing da divisão Consumer Health da QuintilesIMS, Rodrigo Akio Kurata, explica que a farmácia se destaca como um dos pontos de venda (PDVs) que ajudam no crescimento do setor. Segundo ele, os clientes consideram as lojas um canal confiável, já que há profissionais de saúde que podem auxiliar na compra do produto correto, além da grande gama de itens oferecidos.
PONTO DE VENDA PREPARADO Não só as já tradicionais vitaminas, mas shakes, nutricosméticos, chás emagrecedores e suplementos especiais são buscados pelos clientes nas farmácias. “O consumidor de mutivitamínicos, vitaminas e suplementos nutricionais, normalmente, prefere adquirir seus produtos na farmácia devido à oferta de marcas líderes, amplo sortimento e fácil acesso às redes de drogarias”, diz o diretor de vendas e trade marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Silvio Silva. Por isso, é ideal que a farmácia ofereça um mix amplo de produtos, não se esquecendo dos diferentes tipos de apresentações (pó, cápsulas ou prontas para uso) e suas finalidades. Vale, ainda, explorar ações e novas formas de atrair o consumidor, tanto para a loja quanto para a experimentação desses itens. “Faixas de gôndola para organizar os produtos, folhetos educacionais e wobblers (materiais de merchandising colocados em frente às prateleiras para orientar o consumidor em relação a lançamentos ou vantagens de um determinado produto) ajudam na navegação pela gôndola e na educação do consumidor”, explica Silva. O diretor de unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias, mostra outras possibilidades de explorar a categoria no PDV com itens correlacionados. “As vitaminas para mulheres, por exemplo, podem estar posicionadas próximas aos produtos para cabelo, artigos para unha e pele, pois a consumidora que compra um destes itens está mais propensa a também comprar o outro. O mesmo ocorre com as vitaminas de uso comum, como a vitamina C, perto de produtos para gripe ou próximas ao checkout, já que normalmente são vendas de oportunidade”, finaliza.
Os produtos devem ser explorados de maneira educativa para os shoppers. Considerando a gama de subcategorias, é preciso que sejam bem organizadas e comunicadas, para que os consumidores entendam suas necessidades e façam a escolha correta. De acordo com o gerente de vendas nacional da Millipharma, Silvio Pecora, as segmentações podem ser dispostas, por exemplo, como Suplementação Diária Adultos, Suplementação Diária Crianças e Adolescentes, Suplementação Esportiva, Gestantes, Prevenção Cardio, Prevenção Ossos e Músculos, Proteção e Imunidade, Pele – Unha – Cabelo, entre outros.
PERDA OU GANHO DE PESO Suplementos vitamínicos são um dos grandes aliados para quem quer mudar seu corpo com ajuda de exercícios físicos e alimentação balanceada. “Suplementos nutricionais esportivos são utilizados como recurso importante na busca por uma melhor forma física, saúde e bem-estar, além de proporem incremento de performance atlética. Na grande maioria das vezes, quem consome tem como objetivo principal mudar a composição corporal, diminuindo a gordura e ganhando mais massa muscular magra, o que faz do suplemento um potente aliado estético”, avalia o diretor de marketing da Integralmédica, Carlos Tomaiolo. Porém, a busca por um corpo perfeito faz com que muitos brasileiros usem suplementos esportivos sem orientação de um especialista, deixando a saúde em segundo plano. “Quando ingeridos indevidamente, esses produtos podem prejudicar a saúde, gerando taquicardia, deficiência da função renal, aumento do acúmulo de gordura corporal e hepática, hipervitaminose, entre outros”, avisa a nutricionista do Clinic Check-up do Hospital do Coração (HCor), Maria Fernanda Vischi D’Ottavio. Outro cuidado que os usuários devem ter é no uso de suplementos hormonais, também conhecidos como anabolizantes, que muitas vezes são confundidos com suplementos esportivos. “É normal escutar de pessoas que não possuem conhecimento que suplementos são iguais a bombas e aos anabolizantes”, constata o gerente de produto do Grupo Cimed, Diego Amorim. Assim, é importante que o PDV desmistifique o assunto. Enquanto os suplementos hormonais são indicados em situações específicas, os suplementos vitamínicos servem para complementar a dieta diária de uma pessoa saudável. 2017 AGOSTO GUIA DA FARMÁCIA
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FIQUE POR DENTRO • Vitamina A: auxilia na prevenção da anemia e cegueira noturna, além de fortalecer os dentes e o sistema imunológico. • Vitamina C: potente antioxidante. Suas propriedades melhoram a circulação do fluxo de oxigênio, fazendo dela uma ótima vitamina para cabelos e unhas. • Vitamina D: regula a absorção intestinal de cálcio e fósforo e estimula a mineralização óssea. Os ossos podem ficar frágeis em decorrência da deficiência. • Vitamina B9: também conhecida como ácido fólico, participa na formação dos glóbulos vermelhos do sangue, no crescimento dos tecidos e na produção de energia. • Vitamina B12: previne a anemia, beneficia as células do trato gastrointestinal, ajudando na digestão e absorção dos alimentos. • Cálcio: importante para a saúde dos ossos e dos dentes e para o bom funcionamento dos músculos e dos nervos. Em caso de déficit, pode prejudicar o crescimento na criança. • Ferro: a carência do mineral pode alterar o crescimento e o desenvolvimento infantil, inclusive a capacidade de aprendizagem. • Zinco: imprescindível para o sistema imunológico, saúde da pele, das unhas, do cabelo e para a cicatrização de feridas. Sua falta provoca atraso no crescimento na maturação sexual. • Biotina (vitamina H ou B7): essencial para saúde da pele, do cabelo e das unhas, pois atua no metabolismo de carboidratos, proteínas (principalmente a queratina) e gorduras. • Luteína: carotenoide que protege os olhos contra os danos da luz. Ajuda a diminuir os efeitos acumulados da exposição à luz e das toxinas ambientais. Emagrecedores • Fibras alimentares: aumentam a saciedade e colaboração para a redução da ingestão de alimentos. Atualmente, diversos tipos de fibras são comercializados em pó e cápsulas. • Substitutos de refeições (shakes): formulados e elaborados de forma a apresentar composição adequada a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais do indivíduo. • Hipercalóricos: são usados em função da demanda aumentada de energia e de aporte de nutrientes que se pretende adicionar à dieta. São indicados, usualmente, para exercícios intensos e de longa duração. • CL-LA: um óleo rico em ômega 3 e ômega 9, substâncias que desempenham um papel importante para o metabolismo e que são encontradas nos alimentos do dia a dia. Ganho de massa muscular • Proteínas: voltadas para aumentar o aporte protéico e de massa muscular no organismo. Hoje, a mais usada é o wheyprotein, proteína do soro do leite de alto valor biológico. • Aminoácidos: são precursores da proteína. Os mais consumidos são BCAA, glutamina e creatina. O BCAA é um composto formado por três aminoácidos – leucina, isoleucina e valida – que são captados e depositados no músculo e no tecido adiposo. As concentrações de glutamina após a atividade física intensa são reduzidas, por isso a sua suplementação colabora para a melhora do sistema imune. Já a creatina é mais usada em exercícios de repetição com a mesma carga. • Termogênicos: são indicados para aumento do gasto energético e da oxidação de gordura e entre os mais comuns, estão cafeína e chá verde. Fontes: nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fernanda Maluhy; e nutricionista do Clinic Check-up do Hospital do Coração (HCor), Maria Fernanda Vischi D’Ottavio
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O equilíbrio da flora intestinal
SABOR LARANJA
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LEIBA® (Lactobacillus acidophilus liofilizado) MS 6.6325.0004.001-9 / 6.6325.0001.001-2 / 6.6325.0003.001-3. Deve ser associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. SAC 0800 11 15 59 | www.uniaoquimica.com.br | agosto 2017.
M
rial de PD ate V
MIX
CUIDADOS COM A BELEZA Os chamados nutricosméticos – doses de vitaminas que ajudam nos cuidados estéticos – ganham atenção especial na categoria. Por isso, é importante estar atento ao perfil e aos desejos do público consumidor, para que a exposição, atendimento e mix sejam corretos. De acordo com a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, o shopper desses produtos é, na grande maioria, formado por mulheres entre 25 e 55 anos de idade, economicamente ativas e vaidosas. “Estão sempre procurando uma forma de retardar os efeitos do envelhecimento e melhorar a qualidade dos cabelos. Também procuram a praticidade nos tratamentos”, descreve. As consumidoras que já utilizam os nutricosméticos entendem que é um tratamento que leva um tempo para que os resultados sejam visíveis. Dessa forma, apesar de ter um desembolso relevante, reconhecem que vale a pena o investimento. Por outro lado, há as mulheres que desconhecem a categoria e a funcionalidade, tendo um pouco de resistência em gastar uma quantia que, por vezes, pode ser alta.
DE ACORDO COM A IDADE Durante cada fase da vida, a suplementação deve ter uma atenção diferenciada. As crianças precisam da mesma suplementação que os adultos, mas com dosagens distintas. Entre as vitaminas mais importantes estão A, C, D 92
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e E, que servem como base no fornecimento dos nutrientes necessários para a vida saudável. São elas que cuidam do crescimento dos ossos, visão, cérebro, músculos e dão energia vital para toda criança iniciar suas atividades físicas. A nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fernanda Maluhy, explica que os jovens crescem rapidamente, causando efeitos no esqueleto ósseo, entre outras modificações orgânicas. Por isso, o cálcio é essencial, tendo necessidade de consumo diária aumentada. Alguns adolescentes deixam de beber leite e alimentos fontes de cálcio, precisando de uma dose regular de cálcio e magnésio para se manterem saudáveis. Na fase adulta, uma das principais deficiências é a vitamina D, importante não somente para a manutenção do metabolismo do cálcio, mas para fortalecer o sistema autoimune e atuar na secreção de insulina. A substância é produzida na pele, mas é ativada nos rins. Doentes com insuficiência real também precisam de suplementos dessa vitamina. Os idosos voltam a precisar de doses extra de cálcio. O fósforo e magnésio também desempenham papel importante contra a osteoporose. A dieta ainda precisa estar adequada em relação a zinco, proteínas, vitaminas D, B12, A e E. A ausência desses minerais e vitaminas pode contribuir com o aparecimento de fraturas, fragilidade óssea e baixa imunidade.
ES Õ S IÇ PO D U ON GR C A TE AR L SU IS P N A CO ECI P ES
A TECNOLOGIA REPRESENTARÁ 12% DO CORPO HUMANO NO FUTURO. E 62% DOS TEMAS DESTE ANO /KEYNOTE SPEAKERS
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Fundador e diretor do Centre for Health and Human Performance
Sócio Diretor na Doblin, Consultoria de Inovação da Deloitte
Diretor de Inovação da Oracle Health Sciences
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14/08
JUDICIALIZAÇÃO E A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA ARNALDO HOSSEPIAN
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Ministério Público de Estado de São Paulo e Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça
Ministro do Superior Tribunal de Justiça
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BIG DATA NA SAÚDE: DA TEORIA À PRÁTICA
CUSTOS, QUALIDADE E MODELOS DE REMUNERAÇÃO
EXPERIÊNCIAS INOVADORAS NA GESTÃO DA SAÚDE
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ATUALIDADE
Farmácias e suas práticas replicáveis VAREJO É AVALIADO EM PESQUISA QUE CATEGORIZOU TIPOS DE LOJA E RESPECTIVA ATUAÇÃO
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O Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) realizou, entre janeiro e abril de 2017, o Estudo do Mercado Farmacêutico e as Categorias de Farmácias, que buscou analisar o varejo farmacêutico nacional e categorizar os tipos de farmácias de acordo com o posicionamento estratégico. O estudo, que foi apresentado pelo Instituo na última Assembleia Febrafar, ocorrida em abril passado,
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oferece importantes diretrizes a ser tomadas pelas farmácias diante o posicionamento estratégico de suas categorias. Para a realização dos estudos, foram definidas, primeiramente, cinco categorias de farmácias e foram selecionadas estratégias de negócios que podem ser tomadas por estas e que atendem ao requisito de replicação, para ver quais são as ideais de ser utilizadas ou não para cada categoria, chamadas de Práticas Replicáveis. IMAGEM: SHUTTERSTOCK
ATUALIDADE
As categorias de farmácias estabelecidas no estudo foram: Farmácias Independentes, Franquia/ Licenciamento de Marca e Associativismo, Farmácias Populares, Grandes Redes e Redes Regionais. Já as práticas foram: • Estratégia de precificação para Medicamentos Propagados. • Estratégia de precificação para Medicamentos Genéricos e Trade Equivalente. • Gestão dos principais indicadores de desempenho. • Layout Externo da farmácia atualizado. • Layout Interno da farmácia atualizado. • Sortimento de medicamentos completo (Propagados, Trade Equivalente e Genéricos). • Sortimento de produtos de Higiene & Beleza (H&B) compatível com posicionamento estratégico. • Programa de fidelização e de relacionamento. • Instrumentos de comunicação com consumidores (tabloide/ banners /ofertas). • Serviços de delivery. • Modernas técnicas de merchandising e de gerenciamento de espaços. • Setorização de produtos com espaço dedicado (infantil/diabetes/suplementos). • Setorização de produtos de nicho com alto valor agregado (dermo). • Serviços farmacêuticos (pressão/aplicações/ orientação farmacêutica). 96
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Assim, para cada tipo de farmácia, foram estabelecidas práticas que condizem ou não com sua característica. Definindo farmácias com estratégias, como as que adotam as práticas compatíveis com a categoria a que pertencem. E as sem estratégicas, como as que não adotam as principais práticas de sua categoria. O estudo também teve como conclusão que, entre as 14 práticas replicáveis identificadas, todas as categorias de farmácia que possuem estratégia bem definida possuem sete atributos em comum. Esses são: estratégia de precificação para Medicamentos Propagados; estratégia de precificação para Medicamentos Genéricos e Trade Equivalente; gestão dos principais indicadores de desempenho; Layout Externo da farmácia atualizado; Layout Interno da farmácia atualizado; sortimento de medicamentos completo (Propagados, Trade Equivalente e Genéricos); e sortimento de produtos de H&B compatível com posicionamento estratégico. As demais práticas variam de acordo com cada categoria conforme consta na íntegra do estudo que está disponível aos filiados à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) na área restrita do site: http://febrafar.com. br/area-restrita. O estudo foi realizado com o apoio do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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A importância do sorriso DENTES LIMPOS E COM APARÊNCIA MAIS BRANCA SÃO PRIORIDADES DO BRASILEIRO. NÃO À TOA, MARCAS BUSCAM INOVAÇÕES EM PRODUTOS DE ORAL CARE POR LAURA MARTINS
DENTES BRANCOS
Colgate® Luminous White inova ao lançar uma escova com caneta branqueadora. A caneta, que vem acoplada à escova, possui peróxido de hidrogênio, o mesmo ingrediente usado em consultórios pelos dentistas, que começa a agir em pouquíssimo tempo. O branqueamento acontece em três passos: escovação; enxágue e aplicação da caneta – que deve ser feita na arcada superior e inferior dos dentes.
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IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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LIVRE DE ACNE
Apesar de estar presente na vida da maior parte dos adolescentes, a acne pode ser tratada e seus problemas diminuídos. Esse é o foco da Linha Theracne, da TheraSkin, composta por Sabonete Líquido, Sabonete em Barra e Gel Esfoliante. Enquanto ambos os sabonetes devem ser usados diariamente, para a higiene do rosto, colo e dorso, o esfoliante deve ser aplicado entre uma e três vezes por semana. Entre as substâncias presentes nos produtos estão pantenol (acelera o reparo da barreira cutânea); zinco PCA (antibacteriano, antifúngico e antisseborreico); e lactoferrina (regulariza a produção do sebo). • www.theraskin.com.br
PARIS É TENDÊNCIA
Inspirada na cosmética francesa, a Phytoervas relança a linha Paris, um clássico da marca. Composta por xampu, máscara de hidratação e condicionador, a linha é indicada para todos os tipos de cabelos. Sem nenhuma adição química, Paris foi desenvolvida a partir de Cosmética Integral, processo da empresa que extrai os ativos da natureza em sua forma mais pura, potencializando seus efeitos. • www.phytoervas.com.br
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A linha Anthelios, da La Roche-Posay, ganha mais um produto: Anthelios [XL] – Protect™ Fator Protetor Solar (FPS) 30 e 60. Os itens unem um sistema filtrante de amplo espectro que filtra a radiação ultravioleta UVB, UVA curto e UVA longo. O lançamento conta, ainda, com um complexo antioxidante, enriquecido com água termal, que trabalha na neutralização dos radicais livres responsáveis pelo envelhecimento da pele. • www.laroche-posay.com.br
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CONTRA CÁRIES
LISTERINE® acaba de agregar um novo produto à sua linha: o enxaguante bucal LISTERINE® ANTICÁRIES. O produto oferece dentes duas vezes mais fortes, por conter duas vezes mais flúor do que os outros itens da marca, além de ter quatro óleos essenciais – mentol, timol, eucaliptol e salicilato de metila –, zero álcool e sabor de menta. Está disponível nas versões 250 mL, 500 mL e 1,5 L. • www.listerine.com.br
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Com comunicação baseada na sétima arte, a Embelleze lança a Família Novex Meus Cachos de Cinema, com produtos feito com um mix de óleos conhecido como Vitaoleos plus (girassol, coco, linhaça, abacate, argan, macadâmia e oliva). No total, são cinco produtos: xampu, tratamento condicionante, creme de tratamento, creme de pentear e manteiga restauradora. Os dois primeiros devem ser usados diariamente, assim como o creme de pentear, que define os cachos. • www.embelleze.com
DEPILAÇÃO PROTEGIDA
A irritação na pele é uma das principais preocupações femininas. Por isso, a BIC ® lançou um novo depilador, o BIC ® Soleil® Sensitive. O produto distribui melhor a pressão no momento da depilação, proporcionando depilar mais macio e com menos irritação. Além disso, possui três lâminas, dupla fita lubrificante e cabeça móvel, para se adaptar às curvas do corpo. O produto está disponível nas cores azul e rosa-claro. • www.bicworld.com/pt
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O NIVEA VIVA 2017, projeto musical da NIVEA, é tema de uma edição limitada da marca. Os produtos NIVEA Milk Loção Deo-Hidratação e o desodorante NIVEA Protect & Care Aerossol ganharam embalagens com desenhos exclusivos inspirados no projeto. No total, são três novas estampas: flamingo, abacaxi e flores. • www.nivea.com.br
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EVENTO
Nova diretoria ABRADILAN APRESENTA SEU NOVO PRESIDENTE, JULIANO VINHAL, PARA O BIÊNIO 2017-2019. CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS É FOCO DO CONSELHO
E
POR LAURA MARTINS
Em evento realizado em junho último, em São Paulo (SP), Associação Brasileira de Distribuição e Logística (Abradilan) apresentou os novos representantes de seu Conselho Diretivo. O Biênio 2017-2019 será presidido por Juliano Vinhal que, até então, era o vice-presidente de Francisco Chagas. Fazem parte da nova fase Vinicius Andrade (vice-presidente), Jony Sousa (diretor financeiro), João Marchiori (dire-
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tor de relações institucionais), Téo Machado (diretor secretário) e Zanone Junior (diretor secretário adjunto). Na ocasião, Chagas frisou a importância dos últimos anos, uma vez que o País se encontra em uma crise política e econômica que se iniciou em 2011. Apesar disso, o número de associados pulou de 138 para 146. Foi inaugurada, também, uma nova sede para a instituição, mais moderna e aconchegante. IMAGENS: DIVULGAÇÃO
Seja voluntário do Programa Adotei um Sorriso. E descubra que não existe recompensa melhor do que a alegria.
Adote um Sorriso. Seja voluntário da Fundação Abrinq. Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, nutricionista, oftalmologista e apaixonado pelo que faz pode fazer parte da equipe de voluntários da Fundação Abrinq e se dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença.
EVENTO
AGENDA ABRADILAN MÊS
DATA
EVENTO
LOCAL
SETEMBRO
14 E 15/09
2º FÓRUM ABRADILAN DE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL
HOTEL BOURBON IBIRAPUERA
OUTUBRO
07 A 14/10
VTI – VIAGEM TÉCNICA INTERNACIONAL
LISBOA, PORTUGAL
NOVEMBRO
01 A 06/11
CONVENÇÃO ANUAL ABRADILAN
RIVIERA MAYA, MÉXICO
“Nossos pilares sempre estiveram baseados em promover a troca de experiências para que todos saiam fortalecidos e façam o setor crescer de uma maneira sustentável. Por isso, esperamos que seja capacitado o maior número de pessoas dentro da Associação nos próximos anos, perseguindo sempre a excelência na gestão, pois precisamos utilizar todos os recursos de forma inteligente”, ressalta o presidente da Abradilan, Juliano Vinhal, em entrevista exclusiva. Para aumentar a troca de informações, desde o ano passado, há o Fórum Abradilan de Desenvolvimento Empresarial. A Abradilan criou e organizou, ainda, com a Federação Brasileira das Redes Associativas e Independentes de Farmácias (Febrafar), a Conferência de Líderes do Mercado Farmacêutico. De acordo com Vinhal, os distribuidores associados da Abradilan atendem a 78% das farmácias brasileiras (dados do QuintilesIMS). “Quando temos um país como o Brasil, com grande extensão territorial, nossos distribuidores têm papel fundamental, pois são eles que facilitam a chegada do medicamento em muitos lugares distantes, de difíJantar ocorrido na capital paulista apresentou nova diretoria da Abradilan
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GUIA DA FARMÁCIA AGOSTO 2017
O diretor da Contento Comunicação, Vinícius Dall’Ovo (ao centro) recebeu a homenagem na categoria Rubi
cil acesso, tornando o negócio viável”, ressaltando sobre a importância dos distribuidores. O presidente ainda não pode adiantar as novidades da Feira Abradilan 2018, mas revela que será realizada em março de 2018, no São Paulo Expo, com uma estrutura ainda maior do que a deste ano. “Nossa intenção é continuar promovendo a capacitação e conhecimento com muitas trocas de experiências e efetivação de negócios”, finaliza. A cerimônia contou com uma homenagem aos colabores Rubi e Diamante da Feira Conexão Farma, como Aché, Delta, Fitoway, Prudence, Valda, Medley, entre outros. O diretor da Contento Comunicação, Vinicius Dall’Ovo, representou a empresa no recebimento da consagração.
Chegou
VISITAÇÃO MÉDICA
A solução para problemas recorrentes mais prescrita pela classe médica1 acaba de ficar ainda melhor.
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CONTATOS MÉDICOS
POR MÊS
Apresentação
Recomendação de uso
30 comprimidos
2 comprimidos 1x ao dia
www.herbarium.com.br • 0800 723 83 83 NÃO CONTÉM GLÚTEN. MS: 6.6282.0004 O Ministério da Saúde adverte: não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças. JUL17 1. Close Up Market - Período considerando as marcas CranB CR e Cranberry CR do Herbarium.
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