GUIA DA FARMÁCIA !! NTO CO DES
DES CON TO!! DE SC ON TO !!
DESCONTO!!
ENTREVISTA
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Nova medida, publicada na resolução número 2 da CMED, retira a necessidade de fixação de preço-teto para os MIPs
ESPECIAL HOT Com a proximidade do Dia dos Namorados, preservativos e géis lubrificantes ganham destaque na gôndola e nas campanhas promocionais das lojas
VANTAGENS ESTRATÉGICAS Aderir aos Programas de Benefícios de Medicamentos é uma alternativa que traz proveito para toda a cadeia. Isso porque mais do que oferecer desconto, essa ferramenta gera relacionamento e fidelização dos clientes
ANO XXVI • Nº318 MAIO DE 2019
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EDITORIAL
Oferta de benefícios O gasto com medicamentos é a primeira despesa em saúde das famílias brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse sempre foi um dos principais gaps do modelo de saúde brasileiro. Na maioria dos países, os medicamentos prescritos pelos médicos têm algum tipo de subsídio, quer seja pelo estado ou pelo setor privado. O gasto médio entre as pessoas que fazem uso de medicamentos contínuos é de R$ 138,32 por mês, sendo que este valor aumenta para R$ 194,97 entre os indivíduos acima dos 55 anos de idade. Sete em cada dez brasileiros declararam ter gasto algum valor com a compra de medicamentos nos últimos três meses. Esse cenário é perfeito para que a população saia em busca de descontos e é para isso que existem os Programas de Benefícios de Medicamentos (PBMs). Nesses programas, os descontos são primordialmente custeados pela indústria, sendo a condição de reposição das unidades vendidas pré-negociadas com o varejo optante. Mais do que beneficiar o
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo DIRETORA DE CONTEÚDO Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Renata Bardelli EDITOR DE ARTE Junior B. Santos COMERCIAL (EXECUTIVAS DE CONTAS) Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)
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consumidor, eles também se apresentam como ferramentas eficazes de fidelização. Leia a matéria de capa desta edição do Guia da Farmácia na íntegra e veja que o mais importante é que todos os players envolvidos, seja a indústria, o varejo ou o consumidor final, passem a ter um olhar mais amplo sobre o tratamento e o engajamento. Muito mais do que desconto, o programa ajuda a conectar consumidores, médicos e farmacêuticos. Outro destaque importante fica por conta da temporada de alergias respiratórias que acomete grande parte da população nos meses mais frios do ano. Nesta época, além de o nariz ter de enfrentar o ar gelado, seco e poluído, as pessoas costumam frequentar ambientes fechados, ficar muito próximas uma das outras, aumentando as chances de infecções virais. Algumas atitudes simples podem prevenir e minimizar o problema. A dica é abastecer duas gôndolas com itens típicos da sazonalidade, como os higienizadores nasais.
Nos Programas de Benefícios de Medicamentos, os descontos são primordialmente custeados pela indústria
Boa leitura! Lígia Favoretto Diretora de Conteúdo
ASSISTENTE COMERCIAL Mariana Batista Pereira
ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues
ASSINATURAS Morgana Rodrigues
COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Fabiana Grillo, Laura Martins e Renata Bardelli Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Luiz Marins e Marcelo Cristian
COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri FINANCEIRO Cláudia Simplício e Misleine Brito ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira
IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.
2019 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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SUMÁRIO #318 MAIO 2019
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E MAIS 28 > OPORTUNIDADE CAPA
Ir além dos descontos em medicamentos é importante para a indústria farmacêutica fidelizar clientes de maneira diferente. O setor da saúde se reinventa e investe em programas bastante atrativos para o seu público
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ESPECIAL SAÚDE - DOR MUSCULAR
De acordo com a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), 80% das pessoas já sentiram ou se queixaram de dores musculares ou mialgias alguma vez na vida. Diversos tipos de analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados
80 > ESPECIAL HOT Com a proximidade do Dia dos Namorados, é nas farmácias e drogarias que o shopper se sente mais à vontade para realizar suas compras de preservativos e géis. Aproveite a sazonalidade e amplie seu mix de produtos
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06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 12 > ANTENA LIGADA 18 > ATUALIZANDO 22 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 34 > PONTO DE VENDA
ESPECIAL SAÚDE 40 50 64 72
> ALERGIAS RESPIRATÓRIAS > NEUROPATIA PERIFÉRICA > OSTEOPOROSE > ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
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SEMPRE EM DIA
ARTIGOS 24 > OPINIÃO Luis Marins 26 > GESTÃO Marcelo Cristian
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GUIA ON-LINE INFORMAÇÕES NA INTERNET
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CONTEÚDO NO PORTAL CFF CAPACITA FARMACÊUTICOS EM MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS E BIOSSIMILARES
ESTUDO INTERNACIONAL APONTA NOVOS BENEFÍCIOS DA VITAMINA D
O Conselho Federal de Farmácia (CFF), em parceria com a Roche, oferece aos 220 mil farmacêuticos brasileiros a oportunidade de capacitação gratuita em assuntos técnicos relacionados aos medicamentos biológicos e biossimilares, destinados ao tratamento de doenças, como o câncer e o diabetes.
A pesquisa, da Escola de Medicina da John Hopkins University, financiada pelo Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental (NIEHS), publicada no Journal of Allergy e Clinical Immunology (Jornal de Alergia e Imunologia Clínica) descobriu que a vitamina D pode ser protetora para crianças asmáticas obesas que vivem em ambientes urbanos com alta poluição do ar em ambientes fechados.
O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS Roche encerra produção de medicamentos no Brasil Em linha com sua estratégia global de inovação e com as transformações do seu portfólio de medicamentos, a Roche anunciou o encerramento das atividades de sua fábrica no Rio de Janeiro (RJ).
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Hipertensão pode ser controlada na farmácia A medida da pressãp arterial deve ser feita com o paciente sentado, em ambiente tranquilo. Se estiver acima de 140 mmHg por 90 mmHg, é considerada alta.
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ENTREVISTA-ABIMIP
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Valores destravados GOVERNO LIBERA OS PREÇOS-TETO PARA OS MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO. CERCA DE TRÊS MIL PRODUTOS SERÃO ATINGIDOS PELA NOVA NORMA. OBJETIVO É FLEXIBILIZAR A CONCORRÊNCIA E GARANTIR ECONOMIA AO CONSUMIDOR POR LÍGIA FAVORETTO
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O governo iniciou um processo de ampla liberalização dos preços dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). A medida, publicada na resolução número 2 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), retira a necessidade de fixação de preço-teto. A visão é de que há grande concorrência nesse mercado e que não deve haver alta de preço. A vice-presidente executiva da Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), Marli Sileci, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, ressaltando que a medida é saudável tanto do ponto de vista econômico para o consumidor, como para agilidade em processos regulatórios.
Cerca de três mil produtos estão englobados, mas ainda não se sabe ao certo quais serão os impactos para o varejo farmacêutico. Mesmo tendo liberado os preços, o governo irá monitorar. É preciso aguardar o comportamento do mercado e, se necessário, acontecerão ajustes. Guia da Farmácia • De que forma a medida, publicada na resolução número 2 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que retira a necessidade de fixação de preço-teto para MIPs, impacta o mercado farmacêutico? Marli Sileci • Acreditamos que, acima de tudo, o consumidor será beneficiado. É importante lembrar 2019 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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ENTREVISTA-ABIMIP
que os MIPs são produtos escolhidos diretamente pelo usuário, o que faz com que as decisões de compra sejam muito sensíveis às variações de preços. Com a principal lei de regulação do mercado – a da oferta e da procura –, deve ocorrer uma autorregulamentação dos preços dos MIPs, o que fará da concorrência algo saudável. Considerando que o mercado cresce por volume e por inovação, podemos supor que o controle de preços de MIPs nos últimos anos pode ter limitado a chegada de novas formas farmacêuticas que pudessem beneficiar o consumidor, inibindo a inovação, que deve ser sempre estimulada. A liberação de preços permite que as empresas inovem, fixando preços compatíveis com isso. Guia • Trata-se de uma conquista para o País? Por quê? Marli • A liberação de preços é um assunto de interesse nacional e um pleito antigo do setor. A atual política de regulação parcial de preços (MIPs controlados e liberados) está vigente desde 2003. Esse controle parcial de MIPs pode gerar distorções de mercado e competição desigual. Até hoje, essa experiência mostrou um comportamento de preços dos produtos liberados em linha ou até abaixo da inflação, como é o caso dos analgésicos. Acreditamos que o mercado está maduro suficiente para essa mudança gradual e que o consumidor está preparado para fazer suas escolhas, tornando-se, desta forma, um grande beneficiado por essa conquista. Guia • De que forma a ABIMIP se posiciona em relação a isso? Marli • Alguns elementos comprovam os benefícios da liberação de preços aos consumidores brasileiros. A ABIMIP entende que o momento atual é de cooperação e de integração para identificarmos as melhores alternativas para o desenvolvimento do setor, fortalecendo os MIPs como uma ferramenta acessível de autocuidado e de propagação de qualidade de vida para os brasileiros. 10
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Importante destacar que a CMED vem conduzindo essa questão de modo impecável, cumprindo seu papel institucional, sem perder de vista seu foco no benefício do consumidor. Guia • Você acredita que pode haver uma alta nos preços ou se manterão estáveis? Marli • É fundamental evidenciar que a liberação do controle não implica, necessariamente, em aumentos. O mercado de MIPs é bastante pulverizado e preços acima do que o consumidor está disposto a desembolsar diminuem a participação daquela marca, levando-o a adquirir produtos concorrentes, que o ajudem, igualmente, na resolução de seu problema. Adicionalmente, uma série de estudos econômicos encomendados pela ABIMIP comprova a influência positiva da principal lei de regulação do mercado – a da oferta e da procura. De qualquer forma, acompanharemos a reação do mercado para avaliar a evolução do processo. E entendemos que o governo, com o tempo, e se necessário, irá fazer ajustes na precificação. Guia • Há risco para a indústria farmacêutica? Marli • Acreditamos mais em desafios e ajustes do que em riscos. Nos últimos anos, a introdução e a difusão de medicamentos genéricos são exemplos da forma como o setor se posiciona, inclusive quando falamos de competição. A nova legislação, quando implantada, facilitará a inovação e a concorrência, além de corrigir as assimetrias existentes no mercado. Guia • Qual a previsão para que todos os produtos do mercado estejam englobados na medida? Marli • Os prazos e as quantidades devem ser definidos pela CMED, por ser o órgão governamental que regula o mercado e estabelece critérios para definição e ajuste de preços de medicamentos. Estamos acompanhando e trabalhando em parceria com todos os atores envolvidos para que a liberação seja efetiva e bem-sucedida.
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ANTENA LIGADA
PROCESSOS SIMPLIFICADOS
GRANDES CONQUISTAS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA GERAM RESULTADOS POSITIVOS PARA O SETOR E PARA A POPULAÇÃO, SOBRETUDO QUANDO ETAPAS BUROCRÁTICAS PASSAM A SER MAIS PRÁTICAS POR RENATA BARDELLI
PARA SIMPLIFICAR
Farmácias e drogarias de todo o País deverão seguir procedimentos mais simples para conseguir a concessão, a alteração e o cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE) e de Autorização Especial (AE). É que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) do dia 11 de abril último, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 275/19, que atualiza o marco regulatório sobre esse tema. Uma das mudanças importantes foi a delimitação do prazo improrrogável de 30 dias para deliberação da Agência sobre um pedido de concessão dessas autorizações e a consequente possibilidade de concessão automática de AFEs e de AEs, nos casos de não observância desse prazo. • www.portal.anvisa.org.br
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ANVISA DIVULGA RESULTADOS ALCANÇADOS EM 2018
Está disponível no Portal da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Relatório de Gestão da Anvisa, que traz os resultados obtidos pela instituição em 2018. Um dos principais dados apresentados é o registro de 827 medicamentos em 2018, sendo dez deles para o tratamento de doenças raras e 21 novos (antivirais, tratamento de infecções, câncer, entre outros), ampliando as opções terapêuticas no Brasil. O Relatório também destaca a regularização de 5.780 produtos para a saúde, 51.259 cosméticos e 7.337 saneantes. De acordo com o documento, outras ações importantes, que mostram o compromisso da gestão com a eficiência, foram a eliminação e a redução das filas para registro de medicamentos, alimentos e produtos para saúde. • www.portal.anvisa.org.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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ANTENA LIGADA PEDRO GALVIS É O NOVO PRESIDENTE DA MERCK
A Merck anunciou a nomeação de Pedro Galvis como novo presidente da Merck no Brasil e gerente-geral da divisão de Biopharma. Até então, o executivo ocupava a posição de presidente da Merck México e gerente-geral de Biopharma no país. Na Merck Brasil, o executivo terá o desafio de manter o crescimento sustentável das vendas da empresa no País e entregar os lançamentos previstos para os próximos anos em Oncologia, Neurologia e Imunologia e General Medicines. • www.merckgroup.com.br
ALCON AGORA É UMA EMPRESA INDEPENDENTE
A Alcon, líder global em tratamento oftalmológico, anunciou estreia como empresa independente de capital aberto e a conclusão da separação da Novartis. As ações da empresa começam a ser negociadas na SIX Swiss Exchange e New York Stock Exchange (NYSE) sob o símbolo “ALC”. Com presença global em 74 países e atendendo pacientes em mais de 140 mercados, a Alcon tem a mais ampla gama de ofertas de produtos para os olhos da indústria, com artigos que podem tratar distúrbios oculares em cada fase da vida. • www.alcon.com
DECISÃO JUDICIAL
As distribuidoras de medicamentos devem manter a presença e assistência de técnico responsável farmacêutico inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua jurisdição durante todo o período de funcionamento do estabelecimento [art. 15 da Lei 5.991/73 e Medida Provisória (MP) 2.190]. Foi o que decidiu o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), José Amílcar Machado, ao julgar o agravo de instrumento interposto pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) contra decisão anterior favorável à Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). “Não podemos e nem devemos permitir que medicamentos sejam armazenados e transportados sem a supervisão permanente do farmacêutico”, disse o presidente do CFF, Walter Jorge João. • www.cff.org.br 14
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PLATAFORMA PARA PORTADORES DE DOENÇA VENOSA CRÔNICA
O website de Cedraflon é uma plataforma moderna que vai além de conteúdo sobre o produto, foi desenvolvida para dar suporte e trazer novidades aos pacientes que sofrem com os sintomas de pernas cansadas/pesadas. Entre as principais funcionalidades, pode-se destacar dicas de saúde e bem-estar para a saúde das pernas, com um blog interativo, onde os pacientes podem trocar e compartilhar informações. Entre os conteúdos disponíveis, estão explicações sobre a Doença Venosa Crônica, mostrando o que é a enfermidade, fatores de risco e principais cuidados. Além disso, o website oferece o serviço de localização de pontos de vendas (PDVs) mais próximo ao CEP do paciente/consumidor, para que eles possam encontrar o creme revitalizante voltado para pernas cansadas – o Cedraflon -, disponível com mais facilidade, além do link para os principais e-commerces parceiros. • www.cedraflon.com.br.
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ANTENA LIGADA
DIAS CONTADOS PARA AS PRESCRIÇÕES ILEGÍVEIS
A iniciativa do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) em criar uma área no Portal para receber as prescrições ilegíveis já tem mostrado bons resultados. Após a entidade começar a encaminhar ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) as prescrições ilegíveis, a entidade informa que já foram assinados 11 Termos de Ajustamento de Conduta com médicos e instaurados dois processos éticos. Para enviar uma prescrição ilegível, o farmacêutico deve preencher um formulário no portal do CRF-SP (www.farmaceuticosp. com.br/prescricoesilegiveis/), digitalizar ou fotografar a prescrição, e efetuar o upload. Após o recebimento, o CRF-SP encaminhará as informações ao Conselho Regional pertinente para que sejam promovidas ações educativas e preventivas junto aos profissionais de saúde e para a população em geral. • www.crfsp.org.br
ASPEN PHARMA RENOVA PARCERIA COM O INSTITUTO RONALD MCDONALD Para aumentar as chances de cura e ajudar no diagnóstico precoce e no tratamento de crianças e adolescentes, a Aspen Pharma Brasil repete, em 2019, a sua parceria social com o Instituto Ronald McDonald, iniciada no ano passado. Para este ano, a Aspen Pharma apoiará diversas ações ao longo de 2019 para arrecadar fundos para ajudar o Instituto Ronald a realizar suas metas e desafios, uma delas é chegar em dez anos no mesmo patamar de chances de cura de países, como Estados Unidos e Canadá, que corresponde a 85%. Hoje, as chances de cura estão em torno de 64% no Brasil. • www.aspepharma.com.br
UNILEVER ANUNCIA NOVA MARCA
CRESCIMENTO DA NISSEI
A rede de Farmácias Nissei inaugurou, no início do mês de abril último, sua terceira unidade em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Localizado no bairro Santa Helena, o ponto tem cerca de 310 m2 e foi construído seguindo o novo modelo da marca, que valoriza a experiência de compra do consumidor. No portfólio, a loja conta com medicamentos, produtos de Higiene & Beleza (H&B), perfumaria, dermocosméticos e conveniência. O espaço gerou 12 novos postos de trabalho. A rede paranaense, que também atua nos estados de São Paulo e Santa Catarina, tem mais de 280 lojas. • www.farmaciasnisseai.com.br 16
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Acaba de chegar ao Brasil a Love Beauty and Planet, primeira marca de beleza vegana da Unilever. Com o propósito de democratizar a beleza e os produtos veganos, a marca quer reunir uma comunidade de consumidoras que querem ficar bonitas enquanto fazem o bem. Com preços mais acessíveis e competitivos, os produtos chegam aqui em três categorias: cuidados com o cabelo, sabonetes e desodorantes, todos com certificados PETA e Vegan Act, e não testados em animais. Sustentável em seu DNA, Love Beauty and Planet tem o objetivo de reduzir ao máximo sua pegada ambiental de maneira holística, prestando atenção a todos os aspectos da jornada do produto, incluindo ingredientes e embalagens. Todos os frascos são 100% recicláveis, e feitos a partir de 100% de plástico reciclado - vindo de garrafas pet coletadas por cooperativas locais. • www.unilever.com.br
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ATUALIZANDO
OPORTUNIDADES PARA O SEU NEGÓCIO ANTENADOS NAS NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES, OS LABORATÓRIOS APRESENTAM SUAS NOVIDADES POR RENATA BARDELLI
CALSUPRE D®
TEUTO
O laboratório Teuto lança no mercado o Calsupre D®, um medicamento na forma de comprimido indicado como suplemento vitamínico e mineral. O produto atua, por exemplo, na prevenção do raquitismo e da perda de minerais nos ossos nas fases pré e pós-menopausa. O produto, que é isento de açúcar e glúten, está disponível em embalagem com 60 comprimidos, deve ser usado uma vez ao dia na dose de um ou dois comprimidos após as refeições. Em crianças, a dose indicada é de um comprimido apenas, durante as refeições. Cada comprimido de Calsupre D® possui 1.250 mg de carbonato de cálcio, equivalente a 500 mg de cálcio elementar, e 400 UI de vitamina D3 (colecalciferol). MS Medicamento de notificação simplificada. RDC 199/06 AFE nº 1.00370-7 • www.teuto.com.br
DISFOR® CAPS
BIOLAB FARMACÊUTICA
A Biolab Farmacêutica lança o Disfor® Caps, um suplemento nutricional à base de colágeno tipo II, não hidrolisado, que auxilia na manutenção da cartilagem articular. O colágeno tipo II auxilia na regulação da resposta inflamatória, pois atua na modulação imunológica, melhorando a mobilidade das pessoas. A família Disfor® conta também com dois outros produtos, à base de peptídeos de colágeno (Peptan®), o Disfor® e Disfor® Artro. Disfor® Caps está disponível em embalagens com 30 cápsulas gelatinosas moles. MS 6.7198.0070 • www.biolabfarma.com.br
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TRAVOPROSTA TEUTO
HIDRAFEMME® GEL HIDRATANTE INTRAVAGINAL FQM FARMA
A FQM Farma produz o Hidrafemme® Gel Hidratante Intravaginal, com selo “Hidra Extra Care”, composto por três polímeros, que aumentam a adesividade à mucosa e a eficácia na hidratação, e o lactato de sódio, que tem efeito tampão regularizando o pH vaginal, promovendo equilíbrio no microbioma vaginal com apenas duas aplicações semanais. Tem ação de longa duração e aplicação discreta, não tem odor, não tem cor e não escorre. É recomendado para uso contínuo, uma vez que não possui hormônio em sua fórmula. MS 80225200026 • www.fqmgrupo.com.br
O Laboratório Teuto traz de volta o genérico Travoprosta, uma solução oftálmica para diminuir a pressão intraocular. Esse medicamento é indicado para redução da pressão intraocular em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado, em pacientes submetidos previamente à iridotomia e hipertensão ocular. O medicamento reduz a pressão intraocular aproximadamente duas horas após a aplicação e o efeito máximo é atingido após 12 horas. O produto, que é de uso tópico ocular, deve ser usado duas vezes ao dia, aplicando uma gota no(s) olho(s) afetado(s), está disponível para adultos na apresentação com 0,04 mg/mL em frasco de 2,5 mL. MS 1.0370.0632.001-1 • www.teuto.com.br
PROPOVIT BIONATUS
A Bionatus acaba de aumentar a sua linha de produtos de mel e derivados com o lançamento do Propovit Extrato de Própolis em Cápsulas. Devido ao grande número de ingredientes ativos presentes, como flavonoides, ácidos fenólicos, terpenos e óleos essenciais, o extrato de própolis é utilizado por seus efeitos terapêuticos, principalmente pela ação estimulante sobre o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. Suas propriedades ainda incluem ações antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória. A caixa contém 60 cápsulas. O benefício deste novo formato é que, ao contrário do extrato de própolis líquido, ele não apresenta odor ou sabor intenso, tornando o consumo mais fácil e prático, além de não conter álcool em sua fórmula. Recomenda-se a ingestão do produto duas vezes ao dia e ele deve ser indicado somente para adultos. MS Produto isento de registro conforme RDC 27/10 • www.bionatus.com.br
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MELOXICAM PODE SER TOMADO JUNTO COM O NIMESULIDA? PERGUNTA ENVIADA POR PATRÍCIA DA SILVA MOTA – CONSELHEIRO LAFAIETE (MG)
A
Analisando-se as informações descritas, a seguir, em bula do medicamento de referência contendo meloxicam e, também, do medicamento de referência contendo nimesulida, não é aconselhável o uso concomitante de meloxicam e nimesulida. a) Fármaco: meloxicam O fármaco meloxicam é indicado para o tratamento dos sintomas da artrite reumatoide e osteoartrite aliviando a dor e a inflamação. Age inibindo preferencialmente o funcionamento da enzima responsável pela inflamação COX-2, e da COX-1 em menor extensão. O meloxicam não deve ser usado se a pessoa tiver úlcera ou perfuração gastrintestinal ativa ou recente; doença inflamatória intestinal ativa (doença de Chron ou colite ulcerativa); sangramento gastrintestinal ativo; sangramento cerebrovascular recente ou distúrbios de sangramento sistema estabelecidos; mau funcionamento grave do fígado
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e dos rins; mau funcionamento grave e não controlado do coração. O meloxicam pode apresentar interação com medicamentos que atuam nas prostaglandinas [como corticoides e Ácido Acetilsalicílico (AAS)] e aumentar o risco de úlceras e sangramentos gastrintestinais. O meloxicam não deve ser usado juntamente com outros anti-inflamatórios (como AAS, diclofenaco de sódio, nimesulida). Idosos precisam de cuidado especial, pois as funções dos rins, do fígado e do coração podem estar alteradas. b) Fármaco: nimesulida O fármaco nimesulida é destinado ao tratamento de uma variedade de condições que requeiram atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética. Sua ação envolve vários mecanismos e inibe a enzima cicloxigenase que está relacionada à produção da prostaglandina (essa inibição faz com que a dor e a inflamação diminuam). O uso de outros Anti-Inflamatórios
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MARIA APARECIDA NICOLETTI
Farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP)
Não Esteroides (AINEs) durante o tratamento com nimesulida não é recomendado. Durante o tratamento com nimesulida, os pacientes devem evitar o usar os AINEs, pois há risco de somação de efeitos, inclusive efeitos adversos. Informação adicional: Também consultando a base científica de dados Micromedex® (Truven Health Analytics. MICROMEDEX® Solutions, Greenwood Village, Colorado, EUA), está descrito que paciente utilizando fármacos AINEs pode resultar em falso positivo o teste de hemocultura fecal devido a sangramento gastrintestinal induzido pelos AINEs. Os AINEs são divididos em várias classes químicas e esta diversidade é responsável por uma ampla variedade de características farmacocinéticas. Os AINEs são, em sua maioria, altamente metabolizados, alguns pelos mecanismos de fase I, seguida de fase II, e ou-
tros por glicuronidação direta (fase II) apenas. O metabolismo ocorre, em grande parte, pelas famílias CYP3A ou CYP2C das enzimas P450 do fígado. Em razão das informações levantadas e descritas, não é aconselhável a utilização de nimesulida e meloxicam concomitantemente. Saliente-se ainda que os medicamentos anti-inflamatórios citados apresentam tarja vermelha indicando “venda sobre prescrição médica”, considerando que o prescritor deverá avaliar as condições clínicas do paciente, bem como analisar se há administração de outros medicamentos concomitantemente (por exemplo, medicamentos de uso crônico) para a segurança do paciente. Os fármacos nimesulida e meloxicam apresentam várias interações com outros fármacos, além de inúmeras contraindicações, razão pela qual a sua utilização deverá ocorrer somente após consulta e indicação do prescritor.
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OPINIÃO
Onde o futuro é maior que o passado
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O BRASIL SÓ NÃO SE DESENVOLVERÁ SE CONTINUAR FECHADO E COM PROCESSOS BUROCRÁTICOS. AS OPORTUNIDADES SÃO ENORMES E DEVEM SEGUIR EM RITMO ACELERADO
LUIZ MARINS Antropólogo, escritor e consultor www.marins.com.br 24
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Escrevo este artigo da Europa, onde estou realizando encontros e palestras com clientes e investidores de vários países. É enorme o interesse pelo Brasil. A verdade é que todos os europeus têm consciência das dificuldades de seu continente, que cresce pouco, tanto econômica como demograficamente. A União Europeia passa por momentos turbulentos com o Brexit e com vários governos, como a Itália, desafiando as regras do Banco Central Europeu. A grande dificuldade é que a Europa não tem mais como crescer, uma vez que é um mercado maduro, em que o consumo já atingiu perigosos níveis de estabilidade em quase todos os setores e a solução imigratória é vista como mais geradora de problemas do que soluções por muitos europeus. Assim, o Brasil é tido como uma terra de grandes oportunidades em quase todos os setores em que a Europa tem capital e tecnologia e onde o futuro é maior que o passado, frase que gostam muito de repetir. O problema é que o País há anos é percebido como hostil às empresas, ao empreendedorismo e ao investimento externo. “Investir no Brasil, trabalhar no Brasil, empreender no Brasil é quase impossível pelas barreiras políticas, fiscais e burocráticas que os governos nos impõem”, afirmaram vários empresários italianos.
“Temos muito a contribuir para gerar emprego e renda para o brasileiro, mas a impressão que temos é de que o Brasil não nos quer e prefere se manter isolado e empobrecido”, completaram outros, inclusive franceses e espanhóis. O investidor e o empresário estrangeiro, ávidos por investir no Brasil, sabem exatamente onde estão as maiores dificuldades para fazer negócios em nosso País: “O emaranhado de leis e regulamentos faz com que até mesmo a tarefa de pagar tributos seja a mais cara do mundo”, afirmou um empresário português com negócios em São Paulo (SP). O que se vê agora é uma grande esperança de que o Brasil se abra para o mundo, para novos investimentos e para a geração de emprego e renda. “Com a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária, a desburocratização e ausência de hostilidade ao empresário, o Brasil poderá crescer 6-7% ao ano”, afirmaram representantes de fundos de investimento interessados em investir em infraestrutura no Brasil. Assim, o que me parece claro é que o Brasil só não crescerá se não quiser e se mantiver fechado, burocrático e hostil ao investimento. Tudo dependerá das opções que fizermos como povo e nação. Pense nisso. Sucesso! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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GESTÃO
Um balconista competente
E
ESSE IMPORTANTE PROFISSIONAL PRECISA ENTENDER DE SER HUMANO E QUE A FARMÁCIA NÃO É UM LUGAR QUALQUER
MARCELO CRISTIAN Farmacêutico, diretor da Desenvolva Consultoria, uma empresa que atua em desenvolver farmácias pelo País há mais de 12 anos 26
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Entende-se por competências o conjunto de conhecimentos, habilidades e todas as atitudes para que o balconista seja o melhor para o cliente e para a farmácia. Quem é esse que o mercado valoriza, que o cliente ama e que tem sido tão bem recompensado? O balconista, que antes estava apenas no balcão, focado em vender e não se preocupava com nada além de entregar o que o cliente pediu, já não é mais o completo, o agregador e o competente. Veja, a seguir, novas e inovadoras funções para o balconista que tem visão 360º: • Guardar a mercadoria, para ser mais rápido e saber onde está a solicitação do cliente; • Limpar os espaços condizentes com o trabalho dele para que o cliente receba o melhor serviço; • Influenciar no departamento de compras, para auxiliar na compra do produto certo e na quantidade correta; • Entender de fidelização de cliente, para fazer com que o cliente compre mais de uma vez com ele; • Saber sobre regras, assuntos regulatórios, para não prejudicar a farmácia aberta e atendendo a todas as normas; • Entender tudo sobre diferencial competitivo, de atendimento encantador, pois o concorrente já atende bem e ele precisa atender de maneira a sobressair o atendimento. Ele sabe que o medicamento é o mesmo e a única diferença é ele mesmo... o restante é tudo copiável; • Conhecer o sistema da farmácia e todos os serviços, como Programa de Benefícios de Medicamentos (PBM), Programa Farmácia Popular, passar uma venda, entre outras funções e serviços;
• Observar muito o comportamento do cliente para oferecer o melhor serviço. Aqui, incluímos a empatia, a regra do olhar, a observação do tipo de produto a ser entregue; • Saber sobre técnicas de venda, de persuasão, de abordagem, de fechamento, de repertórios para que possa, a partir do cumprimento dos passos da venda, fazer o seu melhor; • Ter conhecimentos de rentabilidade, pois é ela que paga as contas, para isso, o perfeito ajuste da escolha do produto correto para que o cliente seja muito bem atendido e a farmácia também; • Saber de branding, de marketing pessoal, de imagem..., pois ele é a primeira coisa a ser vendida; • Conhecer sobre marketing, pois a rede social tem sido muito utilizada na farmácia; • Entender de layout, de planograma, de setorização, de categorias, de Gerenciamento por Categorias (GC). Enfim, um profissional que entenda de ser humano, de que farmácia não é um lugar qualquer que basta ter um produto, alguém para comprar e pronto. Farmácia é um lugar especial, que tem um cliente com necessidades especiais e que se vende de maneira diferente. E observe que nem comentamos sobre o conhecimento do produto, não daquele conhecimento basal que o Google saberia informar muito mais, mas do conhecimento que tira dúvidas, que encanta, que estabelece rapport e confiança com o cliente e com o produto. Ter esses profissionais completos já não é mais possível sem o apoio de um excelente programa de treinamento e desenvolvimento humano, de uma estratégia focada em resultados e de muito foco. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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OPORTUNIDADE
Múltiplos benefícios
MAIS DO QUE OFERECER PREÇOS MENORES, OS PROGRAMAS DE DESCONTOS EM MEDICAMENTOS ABREM OPORTUNIDADES PARA A FIDELIZAÇÃO E PARA ESTREITAR O RELACIONAMENTO ENTRE INDÚSTRIA, VAREJO E CONSUMIDOR FINAL POR ADRIANA BRUNO
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Com o custo de vida cada vez mais alto e o orçamento no limite da renda, a palavra desconto se tornou música para os ouvidos de muitos brasileiros. Especialmente quando o cliente chega ao balcão da farmácia, seja para aquela compra de rotina ou para uma despesa inesperada. “O gasto com medicamentos é a primeira despesa em saúde das famílias brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse sempre foi um dos principais gaps do modelo de saúde brasileiro. Na maioria dos países, os medicamentos prescritos pelos médicos têm algum tipo de subsídio, quer seja pelo estado ou pelo setor privado”, diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Programa de Benefícios em Medicamentos (PBMA), Luiz Monteiro. Divulgada em janeiro de 2018, a pesquisa Gastos dos Brasileiros com Saúde apontou que mais de um quarto
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da população (26,6%) faz uso de medicamentos contínuos ou periódicos, com maior frequência entre as classes A e B (31,8%) e à medida que aumenta a idade do entrevistado. O gasto médio entre os que fazem uso de medicamentos contínuos é de R$ 138,32 por mês, sendo que este valor aumenta para R$ 194,97 entre pessoas acima dos 55 anos de idade. A pesquisa ainda revelou que sete em cada dez entrevistados (69,0%) declararam ter gasto algum valor com a compra de medicamentos nos últimos três meses anteriores ao questionamento. E se algumas despesas podem ser cortadas do orçamento familiar, o medicamento não se encaixa na lista. E para que a conta feche no fim do mês, aderir aos Programas de Benefícios de Medicamentos (PBMs) é uma alternativa que traz vantagens para toda a cadeia, da indústria ao consumidor final. Isso porque mais do que oferecer desconto, esses programas são verdadeiras ferramentas de relacionamento e fidelização de clientes. IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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OPORTUNIDADE
PROGRAMAS DE DESCONTOS ATIVOS Abbott – a:care www.abraceavida.com.br
Chiesi – Programa AcessAR www.programaacessar.com.br
Merck – Merck Cuida www.merckcuida.com.br
Aché – Cuidados Pela Vida www.ache.com.br/produtos/ cuidados-pela-vida/
EMS – EMS Saúde www.emssaude.com.br
Mundipharma – Programa Cuidar www.portalcuidar.com
Allergan – Viver Mais Allergan www.vivermaisallergan.com.br
Enfagrow – Programa de Vantagens Enfagrow enfagrow.com.br
MSD – Receita de Vida www.receitadevida.com.br
Apsen – Sou mais Vida www.soumaisvida.com.br
Germed – Siga Germed www.sigagermed.com.br
AstraZeneca – FazBem www.programafazbem.com.br
GSK – Viver Mais GSK www.vivermaisgsk.com.br
Bayer – Bayer para Você www.bayerparavoce.com.br
Lilly – Melhor para Você lilly.tc2b.net.br
Bausch+Lomb – Saúde em Foco programasaudeemfoco.com.br
L’Oréal – DermaClub www.dermaclub.com.br
Biolab – Saúde em Evolução www.saudeemevolucao.com.br
Lundbeck – Programa Viva Bem programavivabem.com.br
Torrent Pharma – Programa Longevidade www.programalongevidade.com.br
Boehringer Ingelheim – Programa Saúde Fácil www.programasaudefacil.com.br
Mantecorp – Programa Vida Mais vidamaisprograma.com.br
Zodiac – Viver Zodiac viverzodiac.com.br
“Nesses programas, os descontos são primordialmente custeados pela indústria, sendo a condição de reposição das unidades vendidas pré-negociadas com o varejo optante”, explica. Ele acrescenta que os PBMs significam, para a indústria, uma proteção às suas marcas e a manutenção do market share das mesmas e também do hábito prescritivo dos médicos. “Para os consumidores, esses programas representam a possibilidade de adesão aos tratamentos a preços mais acessíveis”, comenta.
ALÉM DO DESCONTO Com a modernização dos PBMs, as farmacêuticas passaram a oferecer mais do que preços atrativos e incluíram benefícios extras para quem adere, como orientação nutricional, assistência por telefone, oferta de descontos em atividades culturais, gastronômicas e assessoria esportiva, além de portais com informações de saúde que sejam de utilidade pública. “Acreditamos que o mais importante dos programas de suporte ao paciente é que todos os players envolvidos, seja a indústria, o varejo ou o consumidor final, passem a ter um olhar mais amplo sobre o tratamento e o engajamento no 30
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Novartis – Vale Mais Saúde www.valemaissaude.com.br Pfizer – Mais Pfizer www.maispfizer.com.br Ranbaxy – Ranbaxy com Você ranbaxycomvoce.com.br Sanofi – Programa Viva www.programaviva.com.br
mesmo pelas pessoas”, comenta o diretor de Suporte ao Negócio da Sanofi no Brasil, Ricardo Malaquias. Para o executivo, esse tipo de abordagem permite que o paciente possa se engajar no tratamento, em linha com a prescrição médica e com as orientações e os apoio necessários. Por meio de sua assessoria, a Bayer destaca que um dos pilares do programa de relacionamento é contribuir para uma maior aderência ao tratamento médico. A gerente de Inovação e Experiência do Cliente da Abbott, Vivian Low, ressalta que muito mais do que desconto, o programa ajuda a conectar consumidores, médicos e farmacêuticos. “Trata-se de um canal de gerenciamento da saúde que oferece recursos para adesão ao tratamento e informações sobre bem-estar e saúde”, comenta. Aliás, o conteúdo disponibilizado pelas farmacêuticas nos sites dos programas visa ofertar dicas sobre qualidade de vida, bem-estar, prevenção e saúde de um modo geral. “O programa de benefícios também abre a possibilidade de fornecer conteúdos que auxiliem os pacientes no gerenciamento de sua própria doença e, com isto, é possível fortalecer o engajamento e, consequentemente, os resultados
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no tratamento do paciente”, diz o diretor de TI e Inovação Comercial da AstraZeneca, Bruno Pina. Com o leque de oportunidades cada vez mais aberto, Monteiro conta que, inicialmente, havia um sentimento de que os programas de descontos seriam primordialmente direcionados a produtos de marca cuja patente ao vencer passavam a receber concorrências de genéricos e similares. Com essa visão, imaginava-se finito o segmento. “O que se tem observado é que o sucesso do segmento e as crescentes adaptações dos PBMs às necessidades mercadológicas das indústrias acabaram por viabilizar programas voltados para outros segmentos até no de Higiene & Beleza (H&B). Assim, parece que as fronteiras se abrem ao invés de estreitar”, avalia. Segundo ele, em pesquisa recente realizada pela PBMA, foram identificados mais de 50 PBMs, sendo que algumas indústrias mantêm mais de um.
OS PROGRAMAS Uma particularidade que os programas de benefícios, descontos, relacionamento ou fidelização de clientes têm em comum é que apenas algumas classes ou medicamentos fazem parte deles. Os critérios variam de acordo com a política de cada empresa. Conforme Malaquias, os medicamentos que fazem parte do programa foram definidos conforme as demandas do mercado e estratégias das marcas. “Resumindo, é o que de fato podemos oferecer de valor para permitir que o paciente se engaje no tratamento”, comenta. Segundo ele, para que o benefício se torne cada vez mais efetivo, é preciso alinhar a comunicação entre os canais. “A comunicação tanto de indústria, quanto do varejo, precisa ser alinhada e sempre visando à melhoria da experiência e do engajamento do paciente no tratamento, para que haja facilidade de acesso ao programa e que o processo de venda seja cada vez mais rápido”, diz. O executivo acrescenta que a negociação é realizada direto com as redes de farmácia, farmácias independentes ou distribuidores, assegurando o preço final ao paciente, que precisa obrigatoriamente estar inscrito no programa. Vale ressaltar ainda que, para o varejo, há a possibilidade de maior fidelização do paciente ao realizar o cadastro na loja. Segundo a Bayer, a adesão ao tratamento (compra recorrente) e os descontos oferecidos não impactam a margem da loja, visto que há reembolso integral para a empresa. Já Pina acrescenta que o ecossistema de saúde é complexo e necessita do envolvimento de todos para que se possa contribuir com o desenvolvimento e melhoria da saúde 32
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COMO PARTICIPAR Varejo Cada laboratório tem suas próprias diretrizes para o cadastro dos pontos de venda (PDVs). Esse cadastro deve obedecer os acordos comerciais entre a indústria e o varejo. De uma forma geral, as farmácias precisam atender a requisitos técnicos de compatibilidade geográfica, tecnológica, comerciais e legais, estabelecidos pelas empresas. No próprio site das farmacêuticas, há informações disponíveis sobre o programa e como participar. Consumidor Para o cliente, a farmácia é o principal canal de informação sobre os descontos oferecidos pelos laboratórios em determinados medicamentos. É no balcão que ele fica sabendo se o medicamento que precisa comprar faz parte de algum programa de benefícios ou desconto e para fazer o cadastro, o cliente precisa ter em mãos a prescrição médica e seus dados pessoais, como o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), por exemplo. O cadastro no programa de descontos pode ser feito no próprio PDV, com o auxílio do balconista ou farmacêutico, ou diretamente pelo cliente através do site da farmacêutica que estiver oferecendo o benefício.
no Brasil. “Dessa forma, é essencial a sintonia de todos para que, no fim das contas, o paciente possa ser beneficiado”, comenta Pina.
ADESÃO DO VAREJO Para que o consumidor final tenha conhecimento e acesso aos PBMs, é preciso que o varejo esteja atento e engajado a esse movimento da indústria. De uma maneira geral, a adesão do ponto de venda (PDV) ao programa acontece via acordos comerciais, mas também é preciso atender a requisitos preestabelecidos pela indústria, especialmente na integração de sistemas de automação. Para o consumidor final, uma vez realizado o cadastro, no próprio PDV ou pelo site dos programas de cada farmacêutica, só é necessário informar o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) a cada nova compra.
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PONTO DE VENDA
Categoria de rentabilidade FARMÁCIAS ESTÃO SE TORNANDO UM LOCAL PARA MÚLTIPLAS SOLUÇÕES DE SAÚDE E BEM-ESTAR; PARA SEGUIR ALINHADOS COM ESSA NOVA TENDÊNCIA, OS VAREJISTAS, QUE TIVEREM INTERESSE, DEVEM AUMENTAR O ESPAÇO DADO AOS PRODUTOS ORTOPÉDICOS POR FLÁVIA CORBÓ
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Especialistas em varejo acreditam que o futuro da farmácia no Brasil é tornar-se um ponto de venda (PDV) cada vez mais completo que, por meio de um sortimento abrangente, oferecerá múltiplas soluções de saúde e bem-estar para o shopper em um mesmo espaço. Essa revolução teve início há alguns anos, quando os itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) ocuparam as prateleiras e de lá nunca mais saíram. Agora, é a vez dos chamados correlatos ganharem cada vez mais relevância. Itens de cuidados com a saúde como medidores de pressão, aferidores de glicose, termômetros, inaladores,
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vaporizadores e massageadores já estão mais consolidados; mostraram ter bom giro e alta rentabilidade por ter maior valor agregado do que outros produtos vendidos em farmácias. No entanto, há outra brecha que ainda não é explorada da melhor maneira por muitos PDVs: artigos ortopédicos. A oportunidade em aberto é grande, visto que a categoria engloba os mais variados segmentos: itens de mobilidade como bengalas e muletas; confort care como almofadas anatômicas e travesseiros; acessórios ortopédicos como, por exemplo, palmilhas e colar cervical; de estética, que seriam malhas de proteção a queimados e IMAGENS: SHUTTERSTOCK/LEO MUNIZ
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PONTO DE VENDA
modeladores; de esporte e lazer como bolas para exercício e faixas elásticas; até soluções para compressão que envolvem meias-calças, produtos antitrombose etc. Ao todo, a categoria de ortopédicos abrange cerca de três mil SKUs (a sigla que representa o termo Stock Keeping Unit, em português, Unidade de Manutenção de Estoque, é definida como um identificador único de um produto e é utilizada para manutenção de estoque), mas uma minúscula parcela é vista em farmácias – ou simplesmente nenhuma opção é encontrada. Pode parecer difícil trabalhar com um segmento tão amplo, mas o grau de investimento a ser feito deve levar em conta algumas variáveis, como o tamanho da loja e a concorrência ao redor. Em regiões onde não há lojas especializadas em ortopedia nas redondezas, essa é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. “A categoria deve ser muito bem explorada por essas farmácias por dois motivos principais: os ortopédicos têm muito a ver com o segmento farma e, quando bem trabalhados, propõem uma rentabilidade com percentuais bem acima do de muitas categorias”, garante o diretor comercial da Metalfarma, Régis Rodero. Já lojas que possuem concorrentes diretos próximos precisam escolher muito bem o sortimento e investir em boa exposição e comunicação ao shopper. “Infelizmente, as farmácias não enxergaram o potencial da categoria. Expõem os produtos ortopédicos de maneira confinada, o que prejudica o desempenho, pois o cliente tem de pedir para o balconista pegar o produto”, lamenta o responsável pela comunicação e brand da Divisão de Cuidados Pessoais da 3M do Brasil, Emerson Mota.
ESTRATÉGIA CORRETA Muitas farmácias deixam de apostar na categoria de ortopédicos por encontrar obstáculos como, falta de espaço e pouca verba disponível para investir em produtos com alto valor. Essas barreiras existem, de fato, mas podem ser contornadas com decisões inteligentes e práticas. O primeiro ponto é avaliar o sortimento da loja como um todo. “Muitas farmácias têm um mix de produtos repetidos com muitas marcas, o que poderia ser otimizado com as mais procuradas, ainda que proporcionando uma margem menor, porém com volume de venda mais agressivo, para assim criar espaços para outras categorias menos exploradas como a de ortopédicos”, sugere Rodero. Ao conseguir otimizar o sortimento e ganhar espaço, é preciso fazer uma triagem entre tantos SKUs e definir quais itens têm maior apelo junto ao público-alvo da farmácia. 36
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RETORNO X INVESTIMENTO Medicamentos ainda são o principal destino dos clientes de farmácias. Eles trazem bom retorno em volume de vendas, mas, por conta do sistema de regulação de preços, muitas vezes apresentam uma baixa margem de lucro. Além disso, como todas as farmácias costumam ter sempre o mesmo sortimento medicamentoso, a necessidade de vencer a concorrência por meio de descontos acaba tirando a rentabilidade do varejista. Por conta deste cenário é que os produtos ortopédicos aparecem como uma boa saída para aumentar o tíquete médio e o faturamento da loja. Apesar de exigirem um investimento inicial mais alto, pois se tratam de produtos com preços mais elevados, tendem a trazer bons resultados quando bem trabalhados. Hoje, os correlatos representam em torno de 32% do faturamento das grandes redes e de 17% nas médias e pequenas farmácias, segundo a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso.
Em um bairro com uma população mais idosa, que conta com a presença de clínicas de repouso próximas, ou ainda que seja carente de lojas específicas desse ramo, a farmácia pode fazer um investimento mais alto em itens voltados para esta faixa etária, como bengalas e muletas, e abrir mão de produtos voltados para atletas, por exemplo. As escolhas devem sempre depender do espaço e da oportunidade gerada pelo entorno da loja, mas é recomendável que a categoria esteja presente em algum nível, variando a intensidade de acordo com o perfil da loja. Para aqueles que pretendem iniciar o investimento aos poucos, Mota dá uma dica: “Os produtos que costumam ter melhor saída em farmácias são os mais básicos, como munhequeiras e joelheiras elásticas.”
EXPOSIÇÃO CORRETA Uma vez definido o sortimento que será trabalhado, é hora de pensar de que maneira os ortopédicos serão expostos para obter bons resultados de venda. Como não se
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PONTO DE VENDA
TENDÊNCIA CONSOLIDADA A rentabilidade da categoria de ortopédicos vem chamando a atenção tanto de redes de atuação regional quanto de abrangência nacional. No fim de 2017, a Rede Drogal, presente em diversas cidades do Estado de São Paulo, inaugurou uma loja sustentável, com tecnologia disponível para propiciar uma nova experiência de compra aos clientes. Dentro de um ponto de venda (PDV) de vanguarda, um dos destaques é a criação de um setor ortopédico em que cadeiras de rodas, muletas, talas, meias de compressão, entre outros itens, ganharam exposição de destaque. Cerca de quatro meses após a inauguração da loja, a rede deu mais um passo em direção ao formato de farmácia do futuro A rede Drogal começou a trabalhar com e ingressou no universo e-commerce. Entre os cerca de 12 mil itens ortopédicos em sua loja sustentável, itens disponíveis, oito são de ortopedia, como imobilizadores, meia em Piracicaba (SP) elástica, tornozeleira e joelheira. As redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo também estão apostando na categoria. Ampliaram a oferta de sortimento disponível pelo e-commerce e incluíram itens voltados à prática esportiva. Além de vitaminas e suplementos, luvas, munhequeiras, palmilhas e meias de compressão, entraram para o portfólio on-line.
trata de uma categoria destino, é importante que esteja bem exposta e ao alcance do shopper. O ideal é que a farmácia conte com um setor exclusivo, devido à quantidade vasta de produtos. “Os itens devem ser separados por partes do corpo, como por exemplo, joelho, cotovelo, tornozelo etc. Como são produtos específicos, a experimentação é um método eficaz para uma venda melhor”, orienta o executivo da 3M. Nas farmácias em que não é possível criar um corner específico para os produtos ortopédicos, o caminho é investir em uma exposição organizada e com comunicação clara. De acordo com Silvia, a categoria deve ser exposta considerando os subgrupos relacionados acima (mobilidade, confort care, ortopédicos, estética, esporte e compressão). “Caso os aparelhos de cuidados para a saúde sejam agrupados na mesma gôndola, o número de subcategorias aumenta, surgindo itens como medidores de pressão e de glicose, termômetros, inaladores, vaporizadores, massageadores e outros”, enumera. Vale lembrar que alguns itens da categoria de ortopédicos podem ser expostos junto a vitaminas e suplementos. Por também serem utilizados por praticantes de esportes, artigos como joelheiras, cotoveleiras, luvas e munhequeiras geram mais oportunidades de venda quando ganham um ponto extra de exposição dentro da loja. 38
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Segundo informa a Metalfarma, existem inúmeras possibilidades de organização, que se adequam a qualquer tamanho de PDV. “Em lojas menores, por exemplo, é possível trabalhar bem uma gôndola central com composição de acessórios pensada para o gerenciamento dessa categoria, permitindo trabalhar de uma forma mais enxuta a linha básica de produtos ortopédicos e respeitando a necessidade de cada produto, desde os encartelados até os suportes para bengalas”, explica Rodero. Independentemente do espaço a ser concedido para os ortopédicos dentro da farmácia, os resultados tendem a ser mais certeiros quando são utilizados móveis específicos para a apresentação desses produtos. O mobiliário adequado leva em conta a profundidade da área de exposição para possibilitar a criação de nichos que permitam a apresentação de produtos montados, como cadeiras de rodas e macas, e que facilitem a experimentação. “Infelizmente, as farmácias não enxergaram o potencial da categoria. Por serem produtos um pouco maiores, os varejistas acabam deixando-os confinados para não perder espaço de gôndola para outras categorias. Isso prejudica muito a venda, pois além de dificultar a compra e a experimentação, o confinamento parece muitas vezes ofensivo ao shopper, que está acostumado a pedir somente medicamentos ao balconista do setor”, alerta Mota.
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ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
Sintomas típicos da temporada MUDANÇAS BRUSCAS NA TEMPERATURA SÃO AS INIMIGAS NÚMERO 1 DOS ALÉRGICOS; TRATAMENTO VAI DESDE LAVAGEM NASAL AO USO DE ANTIBIÓTICOS POR FABIANA GRILLO
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Para quem é alérgico, a chegada das estações mais frias do ano apresentam riscos para o desenvolvimento de crises de rinite, sinusite, faringite e asma. No outono e no inverno, os espirros, a tosse e o nariz entupido podem incomodar com mais frequência. Nesta época do ano, as pessoas enfrentam o ar frio, seco e poluído, ambientes fechados, ficam muito próximas uma das outras, aumentando as chances de infecções virais e, talvez, o pior para as vias respiratórias: usar roupas e cobertores que estavam guardados há muitos meses sem higienizá-los corretamente. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ESPECIAL SAÚDE
ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
Segundo o pneumologista e diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dr. Mauro Gomes, a alergia respiratória é uma reação do sistema imunológico ao ter contato com tipos de alérgenos, como ácaros, poeira doméstica, mofo, fumaça, pelos de animais e pólen. Sendo assim, quanto maior o contato com os causadores da alergia, maiores as chances de crises. “Outros fatores também podem causar ou piorar as reações alérgicas, entre eles, a presença de infecções virais, como gripes e resfriados, comuns nesta época. Por isso, é necessário orientar o paciente sobre a importância da vacinação e da adesão ao tratamento correto das alergias respiratórias durante o ano inteiro, duas simples atitudes que por si só são capazes de minimizar significativamente as ocorrências de crises.” Mas, afinal, alergia respiratória é diferente de infecção respiratória? A resposta é, sim! Embora ambas comprometam o funcionamento das vias aéreas superiores e inferiores e desencadeiem quase que os mesmos sintomas, as infecções respiratórias são causadas por vírus, enquanto o gatilho para as alergias é o contato com substâncias alergênicas. Segundo a alergista e imunologista e diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, há algumas formas simples de diferenciar o quadro viral de uma crise alérgica. “Muitas vezes, o paciente chega ao consultório com a queixa de repetidas gripes e resfriados durante o ano, o que chamamos de gripe de repetição, só que, na realidade, ele tem rinite alérgica e não trata. Embora os sintomas sejam bem parecidos, na alergia respiratória, há muita coceira no nariz e nos olhos, mas o paciente não costuma ter dor no corpo, como acontece com a gripe. Pode até acontecer de ele se sentir mais cansado, mas isto costuma ser reflexo de uma noite mal dormida por conta do nariz entupido.” O pneumologista acrescenta que outra diferença do quadro viral e alérgico é a presença ou ausência de febre. “A febre é um sinal de que o corpo está combatendo alguma infecção viral ou bacteriana e, como nos quadros alérgicos não há infecção, o paciente não vai apresentar aumento da temperatura corporal.” 42
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A QUEDA DA TEMPERATURA, O AR MAIS FRIO E SECO PODEM DESENCADEAR CRISES ALÉRGICAS NA POPULAÇÃO. OS HIGIENIZADORES NASAIS SÃO BONS ALIADOS PARA ALÍVIO DOS SINTOMAS
ATENÇÃO: ASMA É DIFERENTE DE BRONQUITE No rol das alergias respiratórias mais impactantes estão a asma e a bronquite e elas também acontecem com mais frequência na temporada das estações mais frias. É verdade que tanto a bronquite como a asma são caracterizadas pela inflamação dos brônquios, mas o Dr. Gomes alerta que os pacientes costumam usar os termos como sinônimos, o que é incorreto, já que os quadros apresentam gatilhos totalmente diferentes. “Existem dois tipos de bronquite: a aguda que, na maioria dos casos, já aparece na infância, é causada por vírus ou bactéria e, geralmente, vem acompanhada de gripe ou resfriado, e a crônica, que tem o cigarro como seu principal responsável, por isso costuma se manifestar após os 40 anos de idade.” Segundo o pneumologista, a bronquite não tem relação com alergia, como no caso da asma. Sem cura, as primeiras crises asmáticas costumam se manifestar na infância, uma vez que a doença conta com fatores genéticos e ambientais, como fumaça, poluição, pelo de animais de estimação, poeira e acúmulo de brinquedos e livros no quarto da criança. “Os asmáticos têm brônquios hipersensíveis e esses fatores ambientais, assim como o ar frio e seco do outono e do inverno, atuam como elementos irritantes aos brônquios, que inflamam e provocam falta de ar, dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito, chiado e tosse”, enumera o diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da SPPT. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem
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ESPECIAL SAÚDE
ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
SINAIS PARECIDOS, DOENÇAS DIFERENTES
Rinite
Asma
Sinusite
Faringite
Fatores desencadeantes
Infecções virais e exposição a alérgenos, como poeira, pólen, pelo de animais, ácaros e fungos
Infecções virais e exposição a alérgenos, como poeira, pólen, pelo de animais, ácaros e fungos
Quadros de infecções virais, como gripes e resfriados, ou bacterianas
Quadros de infecções virais, como gripes e resfriados
Sintomas
Espirros, tosse, congestão nasal, coceira nos olhos, nariz, ouvido e garganta, coriza de cor clara
Falta de ar, dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito, chiado e tosse
Dor de cabeça, congestão nasal, tosse e dor/pressão na face
Dor de garganta, dificuldade para deglutir os alimentos, febre, dor no corpo e dor de cabeça
Tratamento
Evitar os fatores desencadeantes, lavagem nasal e antialérgicos (na crise)
Evitar os fatores desencadeantes, uso diário de corticoide inalatório e lavagem nasal
Uso de antibióticos e lavagem nasal com solução salina
Uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios
Prevenção
Evitar o contato com as substâncias alergênicas, manter os ambientes limpos e arejados e lavar o nariz diariamente com solução salina 0,9%
Fontes: alergista e imunologista e diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Alexandra Sayuri Watanabe; e o pneumologista e diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dr. Mauro Gomes
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Higienizar bem as mãos, beber água, Tomar a vacina contra evitar ambientes Higienizar o nariz gripe, higienizar fechados e o contato com solução salina, as mãos, evitar hidratar o organismo com pessoas doentes, ambientes fechados com água e evitar o cobrir o nariz e a boca e o contato com ao espirrar ou tossir cigarro pessoas doentes e não compartilhar objetos de uso pessoal
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ESPECIAL SAÚDE
ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
COMO TRATAR AS CRISES DE ASMA? Muitas pessoas, mesmo durante as crises alérgicas, optam por não tomar o medicamento apropriado com receio de ter sono, apresentar taquicardia ou desenvolver vício pela medicação. Na verdade, antigamente, era comum que algumas drogas pudessem trazer mais efeitos colaterais do que benefícios, mas, atualmente, com a evolução dos fármacos, isto não deveria ser considerado mais um inconveniente. “É claro que todo medicamento pode causar efeitos indesejados, principalmente se for administrado sem prescrição médica adequada e por um período prolongado, mas pior do que isto é a inconstância ou desistência do tratamento de qualquer alergia respiratória”, adverte o pneumologista e diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dr. Mauro Gomes. “Essa atitude é extremamente prejudicial para o paciente. Quando a asma é tratada adequadamente, é possível controlar os sintomas e garantir qualidade de vida e nenhum impacto na rotina do paciente.” Segundo o médico, a base do tratamento da asma envolve o uso continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, com destaque para os corticosteroides inalatórios. “Por ser administrado via inalatória, a dosagem de corticoide é pequena e fica depositada dentro dos brônquios, ou seja, não entra em contato com a corrente sanguínea, deixando o paciente isento de ganho de peso ou de problemas no coração.” O especialista esclarece que esses efeitos indesejados só vão aparecer quando o paciente não faz o tratamento adequado de controle da asma e usa de forma regular o corticoide em comprimido ou injetável por causa das inúmeras crises asmáticas que apresenta ao longo da vida. “Já nos momentos de crise, costumamos associar medicamentos de efeito broncodilatador, que, como o próprio nome sugere, atuam como um dilatador dos brônquios, podendo ser administrados por via oral, nasal ou injetável (neste último caso, somente em ambiente hospitalar).” Ainda falando sobre o tratamento da asma, a alergista e imunologista e diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, lembra que, em casos mais graves, há os imunobiológicos que, de acordo com a fisiopatologia da doença, atuam como bloqueadores dos efeitos inflamatórios da asma.
de asma. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) indica que 10% da população é asmática e a doença é responsável por 400 mil internações hospitalares. “A boa notícia é que, quando tratada adequadamente e sem interrupção, os sintomas e limitações da asma são controlados, garantindo qualidade de vida e nenhum impacto na rotina do paciente”, garante o pneumologista. “Por isso, é preciso quebrar alguns mitos, como o de achar que a bombinha faz mal ao coração ou que os corticoides causam muito ganho de peso. É fato que, se a crise é frequente, há grandes chances de o paciente estar negligenciando o tratamento, nesses casos, precisa conversar com o médico para ajustar a medicação.” 46
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ASMA E RINITE ALÉRGICA SÃO QUASE IRMÃS Preste atenção neste dado: “A asma e a rinite alérgica são doenças concomitantes em 70% dos pacientes, por isso, devem ser tratadas simultaneamente”, adverte o pneumologista da SPPT. “Assim como a asma, a rinite também conta com fatores ambientais irritantes, ou seja, é desencadeada pela exposição frequente e repetida aos alérgenos inaláveis e agravada pelos poluentes”, enfatiza a diretora da Asbai. “O paciente de rinite alérgica tem a mucosa inflamada e os fatores irritantes são os gatilhos para iniciar os sintomas. Por outro lado, vale lembrar que, mesmo os pais não sendo alérgicos, viver em
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ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
grandes metrópoles, onde o índice de poluição é mais elevado, também é um fator considerado de risco, ou seja, 17% dos pacientes sem histórico familiar podem apresentar rinite ou asma.” A especialista acrescenta que, no caso de quem já tem genética para rinite, a chance de ter de lidar por longas gerações com aquela incômoda sequência de espirros, obstrução nasal, coriza de cor clara e coceira no nariz, olhos, garganta e ouvidos, é grande. “Quando os dois pais têm asma ou rinite, a chance de o filho apresentar a alergia é de 70%. Quando apenas um dos pais tem a doença, essa porcentagem cai para 40%.” Exatamente por ser uma doença hereditária, não há como prevenir seu aparecimento, mas os especialistas garantem que é possível amenizar os sintomas e evitar as crises com algumas medidas preventivas, entre elas, ficar longe da fumaça de cigarro e da poluição; evitar ambientes com muita poeira e ácaros; não conviver com animais domésticos, especialmente gatos e cachorros; proteger-se das mudanças bruscas de temperatura; prevenir-se contra gripes e resfriados; praticar atividade física regularmente; além de fortalecer o organismo com boa alimentação e hidratação adequada. Outra dica da Dra. Alexandra é fazer a limpeza nasal diária com soluções salinas a 0,9% pela manhã e à noite, pois esta higienização vai ajudar a eliminar qualquer acúmulo de secreções, mantendo a boa respiração. “Além disso, é fundamental seguir o tratamento preventivo proposto pelo médico durante a vida toda, sem interrupções.”
PRESSÃO NA CABEÇA E GARGANTA IRRITADA Apesar de a asma e a rinite liderarem o ranking das alergias respiratórias, é muito comum, nesta época do ano, o consumidor buscar analgésicos e anti-inflamatórios para dor de cabeça com sensação de peso e pressão ou irritação na garganta. De acordo com a otorrinolaringologista da clínica MedPrimus, Dra. Maura Neves, o surgimento da sinusite e da faringite (popularmente chamada de dor de garganta) não está diretamente ligado à exposição de alérgenos, mas pode ser caracterizado como quadro secundário a uma infecção viral, co48
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mo a gripe, ou até mesmo consequência de quadros alérgicos. “Os pacientes com rinite estão mais suscetíveis à instalação de processos infecciosos, já que a inflamação das vias respiratórias caracterizada neste quadro facilita a entrada de vírus e bactérias, podendo desencadear a sinusite ou até mesmo a faringite.” “A sinusite é a inflamação da mucosa dos seios da face e não à toa alguns pacientes relatam sentir a cabeça pesada, o rosto a ponto de explodir e lutam para combater aquela secreção esverdeada que sai do nariz”, esclarece a médica. “Esses sintomas caracterizam a sinusite aguda, que também pode desencadear alteração de olfa-
RINITE SOB CONTROLE O tratamento de manutenção da rinite também consiste em administrar corticoides inalatórios. Já os anti-histamínicos, popularmente conhecidos como antialérgicos, são prescritos apenas para o tratamento da crise, diferencia a alergista e imunologista e diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Alexandra Sayuri Watanabe. “Eles devem ser administrados durante um período de cinco a dez dias para bloquear todos os sintomas alérgicos. Além disso, recomendamos intensificar a lavagem nasal com solução salina a 0,9% e, dependendo do quadro, usamos até uma solução mais concentrada a 3%.” A médica acrescenta que os descongestionantes nasais, disponíveis para utilização via oral ou tópica, podem ser utilizados desde que com critério, sob orientação médica e por prazo determinado. “Eles proporcionam alívio quase que imediato, porque contêm substâncias vasoconstritoras em sua fórmula. Entretanto, o uso indiscriminado pode provocar o efeito rebote, ou seja, o nariz volta a entupir e o paciente fica dependente do produto.”
to e febre. Além disso, o paciente não só apresenta secreção no nariz, como também o muco escorre pelo fundo do nariz para a garganta.” O tratamento da sinusite exige o uso de antibiótico e lavagem nasal diária com solução salina a 0,9%. Se os sintomas persistirem por mais de 90 dias, a Dra. Maura alerta que o quadro pode ter evoluído para uma sinusite crônica. “Nesse caso, além dos medicamentos, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia e fica curado. Felizmente, a minoria dos casos apresenta difícil tratamento e requer cuidados pela vida toda.” Por outro lado, de fácil manejo, a popularmente conhecida dor de garganta, é frequentemente causada por infecções virais, como gripes e resfriados. Por conta disso, o tratamento envolve apenas medicamentos analgésicos para aliviar os sintomas e antitérmicos, na presença de febre. A médica acrescenta que a amígdala é uma estrutura que faz parte da faringe e também pode ser atacada por vírus ou bactérias. “Além de dor, o paciente pode apresentar placas brancas e amareladas nas amígdalas, dor de cabeça e febre. Se for causada por bactéria, o tratamento exige antibiótico.” Aos pacientes alérgicos, a otorrinolaringologista adverte que não adianta lançar mão somente de remédios e continuar exposto aos fatores que causam a alergia.
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NEUROPATIA PERIFÉRICA
Quando os nervos sofrem EMBORA INCÔMODOS, NEM SEMPRE O PACIENTE É CAPAZ DE TRADUZIR OS SINTOMAS COMO FORMIGAMENTO E DORMÊNCIA PARA O MÉDICO, O QUE ATRASA O DIAGNÓSTICO E, CONSEQUENTEMENTE O INÍCIO DO TRATAMENTO
A
POR FABIANA GRILLO
A neuropatia periférica, como o próprio nome sugere, é uma condição que afeta um ou mais nervos periféricos, exatamente aqueles que ficam nas extremidades do corpo, como os nervos dos dedos dos pés ou das mãos. Esses nervos são responsáveis por transportar mensagens do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo. Entendendo tamanha importância dos nervos periféricos, qualquer lesão significa que as mensagens que transitam entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e Periférico (SNP) são interrompidas. Como consequência disso, o
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paciente começa a apresentar os primeiros sintomas, que vão variar de acordo com o tipo de nervo afetado. As neuropatias podem ter evolução lenta ou progressiva, sem sintomas graves no começo do quadro, ou podem ter acometimento incapacitante e restritivo, necessitando de hospitalização desde os primeiros sinais. Os sintomas podem aparecer ao longo de dias, semanas, meses ou anos e sua duração vai depender do nervo afetado. Por isso, é fundamental diagnosticar a causa e o grau de evolução da doença para começar o tratamento correto o mais cedo possível. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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NEUROPATIA PERIFÉRICA
SINTOMAS DA NEUROPATIA PERIFÉRICA
Disfunção da bexiga
Extrema sensibilidade à dor
Maior sensibilidade ao toque
Sensação de alfinetadas e agulhadas
Pulsação aumentada
Dor aguda
Dormência
Sudorese aumentada
Sensibilidade reduzida à dor
Formigamento
Sentido de toque reduzido ao quente e frio
Dor ardente
Fraqueza muscular
Cãibras musculares
Dificuldade para caminhar e subir escadas.
Espasmos
Tontura
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“Muitas vezes, a falta de sensibilidade nos pés passa despercebida pelo paciente, o que resulta em demora em diagnosticar o problema e, logo, atraso no início do tratamento”, lamenta a neurologista e secretária do Departamento Científico de Neuropatia Periférica da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Raquel Campos Pereira. A especialista ressalta que o comprometimento do nervo pode surgir por consequência de doenças endócrino-metabólicas, entre elas, o diabetes, como também por deficiências de vitaminas do complexo B, infecções virais e bacterianas, efeitos colaterais a certos medicamentos provenientes da quimioterapia e da radioterapia, abuso no consumo de álcool, toxinas ambientais, como fumaça do cigarro, Síndrome de Guillan-Barré e até por fatores genéticos. “Por isso, uma avaliação clínica completa com histórico de doenças pré-existentes e hereditárias, infecções recentes e crônicas, medicações de uso frequente, assim como exames físico e neurológico detalhados são o ponto inicial para o diagnóstico e reabilitação dos pacientes.”
ENTENDA A CLASSIFICAÇÃO DA NEUROPATIA PERIFÉRICA Existem vários critérios para classificar as neuropatias periféricas, que podem ser divididas de acordo com o tipo de nervo afetado (motor, sensorial ou autônomo), ou também pela quantidade de nervos lesionados: mononeuropatia (apenas um nervo danificado) e polineuropatia, quando vários nervos estão comprometidos, diferencia a médica da ABN. “Um exemplo comum de mononeuropatia é a lesão do nervo mediano no segmento do punho que corresponde a Síndrome do Túnel do Carpo”, explica a Dra. Raquel. Ela acrescenta que, apesar de menos frequente, há ainda a mononeuropatia múltipla, que se caracteriza pela lesão de vários nervos em diferentes áreas do corpo, simultaneamente ou sequencialmente. O início e a evolução do quadro também classificam a neuropatia como aguda ou crônica. No primeiro caso, o início é relativamente rápido, com recuperação em até 12 meses. Já em quadros crônicos, tipo mais comum da doença, o desenvolvimento é gradual, com sintomas persistentemente intermitentes por anos. Por isso, é importante que o paciente não se acostume com os sintomas. Embora a neuropatia periférica não tenha cura, o tratamento é fundamental 52
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VITAMINAS DO COMPLEXO B AJUDAM NA REDUÇÃO DOS SINTOMAS DA NEUROPATIA O objetivo do tratamento da neuropatia periférica é tratar a causa que desencadeou a lesão do Sistema Nervoso Periférico (SNP), controlar os sintomas, prevenir as sequelas graves e restituir a independência funcional do paciente. Para que isso seja possível, é fundamental que o tratamento envolva suporte clínico, nutricional, psicológico e fisioterápico. Os pacientes em tratamento da neuropatia periférica devem interromper o consumo de álcool ou outras drogas completamente e, se necessário, realizar alterações na dieta alimentar, como fazer a reposição de vitaminas do complexo B, especialmente B1, B6 e B12, importantes para a saúde dos nervos. • B1: facilita a propagação do impulso nervoso. • B6: promove a neurotransmissão. • B12: regenera as fibras lesadas. “A deficiência dessas vitaminas, causadas por inúmeras condições, como dietas restritivas, síndromes de má absorção, alcoolismo crônico, pós-cirurgia do trato gastrointestinal, entre outras, pode levar a danos no SNP”, explica a neurologista e secretária do Departamento Científico de Neuropatia Periférica da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Dra. Raquel Campos Pereira. No caso do paciente com diabetes, acrescenta a médica, é imprescindível fazer o controle rigoroso da glicemia, assim como manter o tratamento correto de outros distúrbios endócrinos, neoplasias e infecções crônicas. Recentemente um estudo comprovou que a combinação das vitaminas B1, B6 e B12 é capaz de reduzir em até 63% os sintomas da neuropatia periférica, com resultados ainda melhores nos diabéticos (-66%)1. Em alguns casos, o paciente também pode precisar de cirurgia para interromper a lesão no nervo. 1. NENOIN – Neurobion Non-Interventional Study
para controlar a evolução do quadro e proporcionar mais qualidade de vida. Campanhas de esclarecimento são importantes para ajudar os pacientes a identificar os sintomas. Saiba mais em: www.escuteseusnervos.com.br e facebook.com/escuteseusnervos.
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Músculo também dói
MIALGIA, OU DOR MUSCULAR, É MAIS COMUM DO QUE SE PENSA. COM DIAGNÓSTICO APENAS FÍSICO, ELA ESTÁ CADA DIA MAIS RELACIONADA ÀS ATIVIDADES COTIDIANAS E AO ESTRESSE FÍSICO E EMOCIONAL POR ADRIANA BRUNO 54
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Embora não haja estatísticas específicas sobre a incidência de dores musculares no Brasil e no mundo, sabe-se que aproximadamente 80% das pessoas já sentiram ou se queixaram deste tipo de dor alguma vez na vida. A informação é da médica fisiatra e membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Dra. Lin Tchia Yeng. Ela revela ainda que em torno de 65% dos atendimentos no Hospital das Clínicas (HC) têm como referência dores musculoesqueléticas. “As dores musculares ou as mialgias são muito comuns e diagnosticadas com exame físico. É preciso destacar a importância da avaliação clínica para determinar a causa IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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DOR MUSCULAR
e a origem da dor, evitando até tratamentos desnecessários”, comenta a Dra. Lin. Exercício físico intenso, traumas e infecções virais estão entre os principais desencadeantes. “A maioria das causas é benigna e limitada, mas, por vezes, pode estar associada a condições clínicas maiores e capazes de comprometer significativamente a qualidade de vida”, diz o médico reumatologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Dr. Cristiano B. Campanholo. O problema é tão comum que é até difícil encontrar quem nunca tenha experimentado uma dor muscular na vida, mesmo na infância. A dor muscular se manifesta por uma sensação desagradável percebida na topografia de um ou mais grupos musculares. Pode ser uma pontada, queimação, sensação de peso e ardência e, segundo o Dr. Campanholo, várias condições clínicas podem resultar em dor muscular, o que dificulta o agrupamento de todas para ser estudadas conjuntamente. “O estilo de vida moderno com maior sobrecarga de trabalho e menor tempo e prática de atividades físicas certamente contribui para o fato”, diz. Segundo ele, homens e mulheres podem sofrer de dores musculares e novamente não existem estatísticas genéricas a respeito. “Se você falar em fibromialgia, que é uma das causas de dores musculares crônicas e difusas, sendo a segunda doença mais frequente na reumatologia (a primeira é osteoartrite), a prevalência na população fica em torno de 2,5%, sendo a maioria mulheres e aproximadamente 40% na faixa etária entre 35-44 anos de idade”, comenta. E são as mulheres apontadas como o público que mais sofre com dores musculares. De acordo com a Dra. Lin, as causas estão na rotina diária que chega a ser dupla e até tripla. “Lombalgias, ou dor na lombar, cervicalgias, ou dores na coluna cervical e Lesão por Esforço Repetitivo (LER), são muito comuns nas mulheres e tudo isto está relacionado à carga de atividades que ela desempenha no dia a dia, somam-se a isto fatores hormonais que podem sensibilizar mais a tolerância à dor. Também destacamos que as mulheres são mais atentas à saúde, então procuram mais diagnósticos do que os homens”, ressalta. A médica explica que muitas vezes a causa da dor muscular está relacionada a fatores posturais, estresse e até mesmo à condição de sono do indivíduo. 56
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CAUSAS DA DOR MUSCULAR Quanto ao padrão de acometimento da dor muscular, as causas de mialgia difusa podem ser: • Infecções sistêmicas bacterianas ou virais (exemplo: dengue, febre amarela); • Doenças reumáticas, especialmente polimialgia reumática, miosites autoimunes (dermatomiosite ou polimiosite); • Condições não inflamatórias, como fibromialgia, síndrome da fadiga crônica; • Resultantes de uso de medicamentos como os da classe das estatinas (medicamentos utilizados para redução do colesterol); antibióticos (classe das quinolonas – exemplo: ciprofloxacina); medicamentos da classe dos bisfosfonatos (medicamentos utilizados para tratamento da osteoporose, inibidores da aromatase); e medicamentos utilizados no tratamento do câncer de mama; • Doenças do fígado, como infecções crônicas pela hepatite C; • Doenças endócrinas como alterações do funcionamento da tireoide (hipo e hipertireoidismo) da paratireoide (hiperparatireoidismo); • Doenças psiquiátricas, como depressão. Entre as causas de mialgia localizada estão: • Exercícios extenuantes ou sobreuso; • Doenças de partes moles, como tendinites ou bursites; • Infecções de determinados grupos musculares; • Infarto muscular ou síndrome compressiva chamada Síndrome Compartimental. Fonte: médico reumatologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Dr. Cristiano B. Campanholo
“Quando recebemos uma queixa de dor muscular, tudo isso precisa ser investigado. Um colchão ruim, um travesseiro ruim, um sono ruim, podem resultar em dores na musculatura. E simples mudanças podem resolver o problema. O sono é reparador e revigora não somente o físico como o mental. Du-
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ALÉM DOS MEDICAMENTOS ORAIS Entre as formas de apresentação de medicamentos que são absorvidos pela pele ou causam relaxamento da região afetada estão:
• Adesivos térmicos: a disponibilização de adesivos térmicos, particularmente, o que fornece calor, poderá manter aquecido o local por aproximadamente oito horas.
• Bolsas térmicas: para alívio imediato de dores e do inchaço decorrentes de torções, contusões, traumas e pancadas.
É comum encontrar na composição desses medicamentos de uso tópico: • Salicilato de metila: que apresenta ação revulsiva local, promovendo uma ação local irritativa, com efeitos indiretos de atividade sobre músculos. • Cânfora: possui ação irritativa cutânea revulsiva, útil nos processos dolorosos de estruturas profundas, como fibrosite, mialgia e lumbago, e produz ainda leve anestesia local. • Mentol: possui capacidade de ativar os sensores responsáveis pela sensação de frio. Aplicado localmente, causa sensação de frio por estímulo específico dos receptores e, em seguida, anestesia discreta. • Diclofenaco de dietilamônio: com propriedades analgésica, anti-inflamatória e antipirética. A inibição da síntese de prostaglandinas é o mecanismo de ação primário do medicamento.
• Bolsas de gelo instantâneo tipo “icebag”: são descartáveis, de uso imediato e apresentam tempo de uso de até 40 minutos. Depois de ativada, a temperatura abaixa até, aproximadamente, -3°C.
• Sprays e aerossóis (uso tópico): normalmente, são compostos por fármacos anti-inflamatórios que promovem um alívio na região e são de uso tópico. Geralmente, atuam promovendo analgesia e hiperemia da pele no local aplicado, com o desencadeamento de sensação de frio e vasodilatação local.
Em relação às bolsas é importante salientar que: • Bolsa de gelo é utilizada para o alívio de dores, inchaços, torções, distensões, contusões logo após o episódio e repetida por duas a três vezes, durante dois dias. • O frio diminui a sensibilidade à dor, o inchaço, o sangramento interno e o processo inflamatório. • Nunca usar bolsa de água quente logo após uma lesão ou se o local apresenta sinal de inflamação. O calor irá contribuir para a piora do quadro. • As bolsas de água quente são indicadas para alguma tensão muscular crônica, isto é, algum músculo tenso, o calor vai aliviar a contração muscular excessiva apenas temporariamente, e o real motivo dessa tensão deve ser diagnosticado e tratado por um profissional.
Fonte: farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti
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DOR MUSCULAR
rante o sono, acontecem várias reações, como a liberação do hormônio do crescimento e a própria recuperação muscular”, conta a médica. As causas de dores musculares podem ainda ser classificadas quanto à forma de início, aguda ou progressiva, e quanto ao padrão de acometimento, difuso ou focal. “As formas agudas, geralmente, estão relacionadas com traumas e realização de exercícios físicos extenuantes. Formas de início progressivas podem resultar da não resolução de traumas prévios ou estarem associadas a condições clínicas relacionadas com outras doenças”, explica o Dr. Campanholo.
IMPACTO NO DIA A DIA Estresse e condições inadequadas de ergonomia, seja para o trabalho ou para o lazer, são causas de dores musculares que, num primeiro momento, podem ser agudas e se não devidamente tratadas, podem se cronificar e resultar em menor produtividade. “Atentas a essa realidade, muitas empresas têm se preocupado com a saúde de seus colaboradores e implementado projetos para supervisionar e intervir, quando necessário, sobre o estresse coletivo no ambiente de trabalho”, comenta o Dr. Campanholo. Segundo ele, orientação de práticas de exercícios durante a jornada de trabalho visando quebrar o ciclo de esforços repetitivos, somada ao cuidado com mobiliário e distribuição dos equipamentos por meio de planejamento de medidas ergonômicas, também contribuem para redução das dores musculares nos colaboradores. A dor muscular, especialmente a lombalgia, já é uma das principais causas de afastamento do trabalho e das atividades rotineiras no País, de acordo com o médico ortopedista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Fabiano Nunes. Ele explica que entre 60% e 80% das pessoas terão dores lombares em algum momento de suas vidas. “Esse tipo de dor é bastante incapacitante e traz prejuízos não só para a saúde, mas também impactos econômicos negativos”, comenta. O Dr. Nunes destaca que os problemas posturais estão entre os fatores causadores da dor e que podem ser resolvidos com mudanças simples. “Fazer pequenos intervalos no trabalho, por exemplo, andar um pouco a cada uma hora, fazer alongamento e nos casos em que se necessita correção pos60
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tural, Reeducação Postural Global (RPG), pilates, natação, ajudam a resolver o problema”, comenta. Além disso, a melhoria no ambiente de trabalho, por exemplo, também pode impactar diretamente na incidência das dores musculares. “Hoje em dia, a pressão no trabalho é muito grande. Pressão por resultados, pessoas querendo o seu cargo e por aí em diante. Tudo isso pode resultar em dores tensionais. A questão é que a proteção não caminha na mesma velocidade da pressão e é preciso investir em ambientes de trabalho mais adequados e saudáveis”, diz. Aliás, o estresse é apontado como um grande componente físico e psicossocial causador de dores musculares, especialmente as tensionais, entre elas as dores no pescoço, no trapézio e na lombar.
LESÕES ESPORTIVAS As dores causadas por atividades físicas de alto impacto ou em excesso também são comuns e podem causar alguma incapacitação temporária. “É um tipo de dor comum, mas que geralmente passa após alguns dias. É um problema muito pontual
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DOR MUSCULAR
e que acontece em menor escala quando comparado às dores tensionais, por exemplo”, comenta a Dra. Lin. A atividade física é muito recomendada como prevenção das dores e também coadjuvante na redução do estresse. “Claro que pessoas com nível de atividade física mais intensa têm maiores chances de apresentarem dores musculares no pós-exercício, mas, por outro lado, quem pratica atividade tem a musculatura melhor e menor chance de ter dor por fadiga ou estresse”, comenta o Dr. Nunes. Para prevenir as dores pós-atividade física, o médico recomenda a preparação para o exercício, ou seja, alongar e aquecer os músculos e depois alongar novamente para evitar contraturas.
AÇÃO DOS MEDICAMENTOS Os analgésicos e anti-inflamatórios são os medicamentos mais prescritos para o tratamento dos sintomas e causas das dores musculares. Conforme diz o Dr. Campanholo, esses medicamentos atuam impedindo o acionamento do mecanismo causador da dor, seja reduzindo o estímulo resultante da inflamação local, seja bloqueando a percepção pelo receptor da dor ou ainda diminuindo a transmissão da informação dolorosa do Sistema Nervoso Periférico (SNP) ao Sistema Nervoso Central (SNC). Já a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti, explica que os medicamentos mais utilizados para traumas e contusões são os Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs). Ela ressalta que, normalmente, os analgésicos não opioides são os utilizados para as dores menos intensas e mais corriqueiras, durante um período de tempo curto. “Esses medicamentos apresentam propriedades analgésica, antipirética, antitrombótica e anti-inflamatória. Saliente-se que todos os analgésicos não opioides são AINEs – excetuando-se o acetaminofeno (paracetamol)”, diz. Ainda segundo a farmacêutica, para dores musculares, os medicamentos também podem apresentar outros fármacos em sua composição que atuam como relaxantes musculares. “Um fármaco que apresenta ação como relaxante muscular atua no músculo esquelético diminuindo o tônus muscular e é usado para aliviar os sintomas, como espasmo muscular e dor”, explica. 62
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Segundo informa a especialista, deve ser salientado também que há alguns procedimentos de uso doméstico que são adjuvantes no tratamento de contraturas, torcicolos e lombalgias, como o uso de compressa de alecrim e alfazema. “Tomar banho de água bem quente ou a utilização de bolsa de água quente na região dolorida poderá ser também usado para alívio do desconforto. A massagem com óleos essenciais poderá também aliviar a contratura muscular”, orienta. A farmacêutica comenta ainda que a orientação sobre o uso racional de medicamentos deve ser, sempre, o foco de qualquer dispensação. “O usuário do medicamento deve estar seguro a respeito do entendimento de todas as informações necessárias e suas dúvidas devem estar sanadas”, comenta Maria Aparecida.
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OSTEOPOROSE
Ossos frágeis O RISCO DE QUEDAS E CONSEQUENTES FRATURAS ASSUSTAM OS IDOSOS – E PRINCIPALMENTE AS MULHERES – QUE SOFREM COM A DOENÇA DECORRENTE DA FALTA DE CÁLCIO OU VITAMINA D. A PREVENÇÃO COMEÇA NA JUVENTUDE POR LAURA MARTINS
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O atendimento aos idosos revela uma preocupação bastante recorrente: cair e fraturar um osso. Claro, existe a fragilidade normal da idade, mas uma doença silenciosa pode piorar ainda mais a situação: a temida osteoporose. Ela é uma doença sistêmica caracterizada por menor massa óssea e alterações em sua microarquitetura, levando à fragilidade do esqueleto e ao maior risco de fraturas, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, a fratura é a principal consequência clínica da doença. “Quando a perda de massa óssea é pequena, é chamada de osteopenia, e quando ela é mais
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relevante, é denominada osteoporose. O paciente pode ter osteopenia e mantê-la sob controle a vida inteira, ou a doença pode evoluir para o quadro mais grave”, explica o ortopedista da BP – A Beneficência Portuguesa, de São Paulo, Dr. Fabiano Nunes. Além de perigosa, a osteoporose é assintomática. Seus sinais podem passar despercebidos por muitos anos e, normalmente, os casos são diagnosticados em uma fase mais adiantada da doença, quando o paciente já apresenta fraturas por fragilidade. Para diagnosticá-la, é necessário fazer um teste de densitometria óssea, que detecta a redução da massa óssea. O resultado, medido com “T-Score”, é interpretado da seguinte maneira: IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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OSTEOPOROSE
• Normalidade: 0 a -1,0 DP (desvio-padrão); • Osteopenia: -1,0 a -2,4 DP; • Osteoporose: -2,5 ou menos. A principal causa da osteoporose é a diminuição do nível de estrógeno, motivo pelo qual as mulheres na menopausa são o grupo de maior risco. Ainda que não exista uma estatística 100% correta, estima-se que a cada quatro mulheres, um homem é acometido. Mas elas não são a única preocupação. De acordo com a endocrinologista do Hospital Santa Catarina, Dra. Priscila Cukier, a desnutrição, principalmente com baixa ingestão e/ ou absorção de cálcio, e a hipovitaminose D, também são importantes causas, além de outras doenças, como hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, artrite reumatoide, hipogonadismo, o uso de algumas medicações, tabagismo e etilismo. “A incidência é maior em mulheres e na população branca, em relação a outros grupos raciais. Além da idade e da deficiência dos hormônios sexuais, tanto em homens quanto em mulheres, outros fatores de risco incluem: antecedente familiar de osteoporose; baixo peso; menopausa precoce; doenças crônicas que tenham acometido jovens dos dez aos 18 anos de idade (fase mais importante para a aquisição da massa óssea); dieta pobre em leite e derivados; tabagismo; alcoolismo; sedentarismo; doenças renais, hepáticas e pulmonares crônicas; quimioterapia; AIDS; e doenças intestinais de má absorção”, complementa a coordenadora do Núcleo de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Cynthia Maria Álvares Brandão.
PREVININDO DESDE CEDO A prevenção da doença acontece muito antes dela ser um risco. A reserva de massa óssea é feita até aproximadamente os 30 anos de idade, segundo o Dr. Nunes, e é ela que ajudará os ossos a não enfraquecerem na terceira idade. Em geral, três fatores são importantes: a ingestão de cálcio regularmente, o nível de vitamina D adequado e a prática de atividade física de carga, como caminhadas. Fazer exercícios na piscina, por exemplo, apesar de fortalecer os músculos, não são tão úteis para a saúde óssea. Isso porque o corpo usa o cálcio para diversas coisas, sendo o principal reservatório o osso. É necessário ingerir cálcio para que o corpo não precise usar o que está “guardado” no osso. E, para que ele seja absorvido pelo organismo, depende da vitamina D. Em resumo, a ingestão correta de vitamina D é tão importante quanto a do cálcio. 66
GUIA DA FARMÁCIA MAIO 2019
CÁLCIO É PRIORIDADE O cálcio é um dos principais componentes da hidroxiapatita, que confere força e resistência óssea, além de ser fundamental para várias funções celulares. Se há deficiência de cálcio no organismo, este será removido do osso, onde 98% do cálcio total do corpo se encontra, para normalizar os níveis circulantes. Fonte: endocrinologista do Hospital Santa Catarina, Dra. Priscila Cukier
“A recomendação da OMS é de que crianças de um a dez anos de idade ingiram cerca de 1 mg de cálcio ao dia; dos 11 aos 18 anos, que é a fase crítica de massa óssea, cerca de 1.200 mg; e os adultos, 120 mg. O cálcio está presente, basicamente, no leite e em seus derivados”, complementa a Dra. Cynthia. Já a atividade física estimula a formação óssea e fortalece a musculatura e, consequentemente, o esqueleto. Recomenda-se que a criança e o adolescente tenham uma vida bem ativa, seja qual for a atividade ou esporte praticado. Aos adultos, são indicados exercícios com peso e de impacto, como correr, caminhar e pedalar. E ainda que isso não pareça importante na juventude, a osteoporose é um dos principais fatores que levam à fratura óssea em idosos, o que leva à enorme morbimortalidade, com importante impacto na qualidade de vida. De acordo com a Dra. Priscila, em torno de 40% das pessoas com osteoporose sofrerão alguma fratura de fragilidade na vida. “A fratura femoral é a mais temida complicação da doença, pois resulta em grande morbidade (dor, deformidade e incapacidade física) e mortalidade, com enormes repercussões socioeconômicas. Sua incidência tem aumentado em todo o mundo, em função da maior sobrevida e do envelhecimento da população mundial”, alerta a coordenadora do Hospital Sírio-Libanês. Há heterogeneidade no risco de fraturas em diferentes países, sendo que na Europa, os países do norte chegam a ter uma incidência dez vezes maior do que os países do Mediterrâneo. As razões para esta variação estão
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ESPECIAL SAÚDE
OSTEOPOROSE
A PREVENÇÃO DA DOENÇA ACONTECE MUITO ANTES DELA SER UM RISCO. A RESERVA DE MASSA ÓSSEA É FEITA ATÉ APROXIMADAMENTE OS 30 ANOS DE IDADE E É ELA QUE AJUDARÁ OS OSSOS A NÃO ENFRAQUECEREM NA TERCEIRA IDADE. EM GERAL, TRÊS FATORES SÃO IMPORTANTES: A INGESTÃO DE CÁLCIO REGULARMENTE, O NÍVEL DE VITAMINA D ADEQUADO E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DE CARGA, COMO CAMINHADAS
relacionadas a fatores genéticos e hábitos de vida, como níveis de atividade física e de exposição solar (diretamente ligada à vitamina D). A mortalidade no primeiro ano após uma fratura de fêmur em um idoso pode chegar a 20% e metade dos pacientes não voltará a andar sem auxílio.
O TRATAMENTO O primeiro passo para que o paciente possa se tratar é definir a causa da osteoporose. O ortopedista da BP exemplifica dizendo que se a doença acontece por deficiência de ingestão de cálcio, será receitada a suplementação com o mineral. Se o problema é a vitamina D, será a suplementação da vitamina. Se há uma deficiência de cálcio por um problema que não seja a menopausa, precisa tratar a doença que está causando a deficiência. Existem medicamentos que ajudam a “puxar” o cálcio para dentro do osso e algumas mulheres acabam fazen68
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OS NÚMEROS DA OSTEOPOROSE Cerca de
10 MILHÕES de pessoas sofrem com a doença no Brasil. Além disso, de cada
3 PACIENTES que sofreram fratura no quadril,
1 TEVE diagnóstico de osteoporose. Aproximadamente
40% DAS MULHERES caucasianas são acometidas pela doença e, entre a população caucasiana,
1 A CADA 3 MULHERES e
1 A CADA 8 HOMENS
terá uma fratura osteoporótica a partir dos
50 ANOS DE IDADE. Fontes: coordenadora do Núcleo de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Cynthia Maria Álvares Brandão; endocrinologista do Hospital Santa Catarina, Dra. Priscila Cukier; e Fundação Internacional da Osteoporose (IOF)
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ESPECIAL SAÚDE
OSTEOPOROSE
POR DENTRO O osso apresenta dois compartimentos: trabecular e cortical.
Já a parte cortical é mais compacta, predominante nos ossos longos. A parte trabecular tem aspecto esponjoso, é predominante nos corpos vertebrais e na porção mais proximal dos fêmures. O osso com osteoporose apresenta trabéculas afiladas, às vezes desconectadas, afilamento das corticais, maior número ou maior atividade das células responsáveis pela reabsorção óssea e menor grau de mineralização.
A velocidade de perda óssea depende do que a está causando, podendo ser lenta, como no envelhecimento do indivíduo saudável, ou muito rápida, como nos pacientes usuários crônicos de corticosteroides. Fonte: coordenadora do Núcleo de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Cynthia Maria Álvares Brandão
do terapia hormonal, principalmente quando entram na menopausa precoce, mas a alternativa pode causar muitos efeitos colaterais. Normalmente, o tratamento é feito por toda a vida. Porém, depois de um período de aproximadamente cinco anos, o medicamento puxa tanto cálcio para dentro do osso que cria uma matriz de colágeno que o deixa como uma cerâmica – extremamente duro, mas que quebra fácil. Então o medicamento é dispensado por um tempo, mas depois é retomado seu uso. 70
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“Mas, além do tratamento medicamentoso, o diagnóstico precoce, a mudança de hábitos de vida e o controle de outras doenças que provocam perda óssea são fatores importantes na evolução da osteoporose. Cerca de 90% das fraturas em idosos acontecem em casa. Desta forma, evitar pisos e tapetes escorregadios, não andar pela casa no escuro, descer escadas sempre apoiado no corrimão, usar sapatos adequados, ter apoios no chuveiro, utilizar bengala ou andador são medidas úteis”, finaliza a Dra. Cynthia.
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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Mais fibras nas refeições SUPLEMENTAÇÃO É ALTERNATIVA PARA PACIENTES QUE NÃO ATINGEM A META DIÁRIA POR MEIO APENAS DOS ALIMENTOS POR FABIANA GRILLO
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Com a rotina corrida, fica cada vez mais difícil realizar as refeições de maneira adequada e balanceada. A recomendação dos nutricionistas para alcançar as necessidades diárias de micro e macronutrientes é investir em um prato muito colorido e recheado de vegetais, leguminosas, proteínas, carboidratos (de preferência, integrais) e frutas, deixando de lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares. Na teoria, montar esse cardápio diariamente pode até parecer simples, mas na prática,
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é mais fácil recorrer a restaurantes e redes de fast-food. De acordo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), pessoas que não possuem o hábito de realizar a primeira refeição do dia tendem a ingerir quantidades insuficientes de vitaminas, ácido fólico, cálcio, ferro e outros nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Segundo a nutricionista e consultora do Glúten Free Brasil, Caroline de Aquino Guerreiro, os macronutrientes são representados pelos carboidratos, proteínas e gorduras, ou seja, são aqueles que o IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ESPECIAL SAÚDE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
organismo necessita em maiores quantidades, logo estão presentes em grandes concentrações nos alimentos. Por outro lado, os micronutrientes são representados pelas vitaminas e minerais, mas estão presentes em menores quantidades nos alimentos. “Entretanto, ambos devem fazer parte de uma alimentação saudável, assim como as fibras, que embora não sejam consideradas nutrientes, uma vez que não são absorvidas pelo organismo, devem ser consumidas diariamente, pois são essenciais para o bom funcionamento do intestino, prevenção de câncer de colo de intestino e doenças cardiovasculares, redução dos níveis de colesterol, controle glicêmico, promoção da saciedade e até perda de peso.” A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é consumir pelo menos 25 g de fibras por dia. Segundo a nutricionista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP), Érica de Oliveira da Silva, essa quantidade equivale a ingerir quatro porções de vegetais, três porções de frutas e carboidratos integrais diariamente: “Caso o paciente não atinja essa meta, é recomendável usar suplementos à base de fibras todos os dias. Hoje em dia, o mercado oferece opções em cápsulas, pó, geleia, bala de gelatina, que podem inclusive ser misturadas na comida ou bebida.” A falta de fibras na alimentação impacta diretamente na qualidade de vida do paciente, com desconfortos intestinais, entre eles, flatulência, diarreia ou até prisão de ventre e alterações de humor. Aliás, é importante ressaltar que o intestino preso não pode ser encarado como algo natural e normal. É considerado saudável evacuar de três vezes por dia até uma vez a cada três dias. Se isso não acontece, é importante consultar o médico.
POR QUE O INTESTINO É CONSIDERADO O SEGUNDO CÉREBRO? “Nos últimos anos, o sistema digestivo tem sido alvo de muitos estudos e entre as descobertas dos pesquisadores, é que sua função vai além da digestão. O intestino humano, considerado o maior órgão endócrino do organismo, abriga trilhões de bactérias e reúne o maior número de neurônios fora do cérebro”, conta Caroline. De acordo com a nutricionista, a comunicação do eixo cérebro e intestino exerce funções ligadas à 74
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POR QUE A PIRÂMIDE ALIMENTAR BRASILEIRA MUDOU? “Os grupos alimentares e as porções recomendadas da antiga pirâmide alimentar cederam espaço para o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde (MS), que tem como objetivo mostrar caminhos viáveis para se alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada”, conta a nutricionista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP), Érica de Oliveira da Silva. “É uma versão mais moderna da pirâmide alimentar que virou referência no mundo, embora só o Brasil tenha. Ele foi muito bem recebido por outros países porque vai além das escolhas dos alimentos.” Dividido em cinco capítulos, o Guia explica os princípios que nortearam sua elaboração, aborda a importância da escolha dos alimentos, traz informações de como preparar a refeição, destaca a importância do ato de comer, da regularidade de horário e de ambientes apropriados, assim como sugere maneiras de driblar os obstáculos do cotidiano, como falta de tempo e inabilidade culinária, para manter um padrão alimentar saudável. De acordo com a nova edição do Guia, o prato do brasileiro deve ser composto por alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas). Com essas orientações, o MS defende que a boa alimentação é capaz de promover saúde, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o País, e prevenindo doenças em ascensão, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.
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ESPECIAL SAÚDE
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NO PRATO DO BRASILEIRO
EVITAR Alimentos ultraprocessados – macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos recheados e refrigerantes.
PREFERIR Alimentos in natura e minimamente processados – frutas, legumes, verduras, raízes, tubérculos, ovos, arroz, feijão, leite e carne.
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MODERAR Óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos.
LIMITAR Alimentos processados – conservas de legumes, compotas de frutas, enlatados, extrato ou concentrado de tomate, queijos e pães.
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ESPECIAL SAÚDE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
produção hormonal e de neurotransmissores, à motilidade e secreção de substâncias essenciais para a digestão, bem como a ativação do sistema imune. Chamado de microbiota, o intestino é povoado por milhões de microrganismos, compostos por bactérias, vírus e fungos, que ajudam na absorção dos nutrientes dos alimentos e também no reforço da imunidade e do adequado funcionamento intestinal. Está aí mais um motivo para investir em uma alimentação saudável. “Consumir alimentos in natura e minimamente processados e beber água são medidas que favorecem a proliferação e o desenvolvimento de bactérias que atuam a nosso favor. Além disso, a inclusão de alimentos e produtos prebióticos e probióticos, sob orientação profissional, também pode contribuir para modular positivamente a microbiota intestinal”, ensina Caroline. Segundo ela, cada vez mais estudos apontam para a influência do intestino no desenvolvimento de inúmeras patologias, como câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, ansiedade, depressão, entre muitas outras. “Além disso, a desregulação da microbiota intestinal pode causar constipação intestinal ou diarreia, formar fezes em formatos e/ou consistências que não consideradas normais (cilíndricas, compridas e de aspecto macio), ter dores ao evacuar, apresentar distensão abdominal e formar gases excessivamente.”
FIBRAS SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS Comumente encontradas em vegetais, frutas, leguminosas e grãos integrais, as fibras são divididas em duas categorias: solúvel (que se dissolve facilmente na água) e insolúvel (que não se dissolve na água), diferencia Érica. “Por ter grande capacidade de retenção hídrica, a fibra solúvel é transformada em uma substância tipo um gel, que aumenta a saciedade, ajuda a reduzir a absorção de gorduras, além de contribuir para o controle glicêmico e o aumento do volume das fezes.” Entretanto, a especialista acrescenta que, nas pessoas que apresentam constipação intestinal, o 78
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NOS ÚLTIMOS ANOS, O SISTEMA DIGESTIVO TEM SIDO ALVO DE MUITOS ESTUDOS E ENTRE AS DESCOBERTAS DOS PESQUISADORES, É QUE SUA FUNÇÃO VAI ALÉM DA DIGESTÃO. O INTESTINO HUMANO, CONSIDERADO O MAIOR ÓRGÃO ENDÓCRINO DO ORGANISMO, ABRIGA TRILHÕES DE BACTÉRIAS E REÚNE O MAIOR NÚMERO DE NEURÔNIOS FORA DO CÉREBRO consumo excessivo de fibras solúveis pode acabar fazendo o efeito contrário e prender o intestino. “A maçã, aveia e jabuticaba, por exemplo, são alimentos tão ricos em fibras solúveis que, inclusive, devem ser consumidos em casos de diarreia.” Como o próprio nome sugere, as fibras insolúveis, presentes nos grãos, cereais integrais, bagaço e casca das frutas, permanecem inalteradas no trato gastrointestinal e ajudam a prevenir a prisão de ventre, estimulando o movimento intestinal e o processamento de resíduos. No entanto, para que as fibras, provenientes dos alimentos in natura ou de suplementação, exerçam adequadamente sua função no organismo, é imprescindível beber bastante água, já que o líquido facilita o trânsito intestinal e a expulsão das fezes. O aumento do consumo de fibras sem beber água pode causar efeito contrário, como prisão de ventre e até gases, alertam as especialistas.
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Prazer e segurança na gôndola O DIA DOS NAMORADOS ESTÁ CHEGANDO E COM ELE CRESCE A PROCURA POR PRESERVATIVOS E GÉIS LUBRIFICANTES. INVESTIR NA EXPOSIÇÃO DA CATEGORIA É UMA ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR O TÍQUETE MÉDIO DO SHOPPER
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POR ADRIANA BRUNO
O calendário sazonal e comemorativo é sempre uma oportunidade para o varejo farmacêutico trabalhar determinadas categorias. Com a proximidade do Dia dos Namorados, preservativos e géis lubrificantes ganham destaque na gôndola e nas campanhas promocionais das lojas, aproveitando, inclusive, o fato desse mercado ainda estar aquecido. De acordo com a Nielsen Retail 2.0, nos meses de janeiro, fevereiro e março, há um aumento em volume de um milhão de preservativos. Além disso, é um mercado que fatura anualmente R$ 380 milhões, de acordo com a gerente de marketing da LifeStyles, detentora das marcas Blowtex e SKYN, Verônica Garcia. Ela destaca que o brasileiro não está tão consciente em relação ao uso do preservativo, especialmente entre os jovens e que é preciso destacar que o produto é eficiente como contraceptivo, contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e contra AIDS.
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IMAGEM: SHUTTERSTOCK
“Além disso, reforçar que relações sexuais podem ser muito mais divertidas com as diversas opções de preservativos presentes no mercado”, diz Verônica. Segundo ela, a farmácia é o principal canal de comercialização do produto, concentrando aproximadamente 80% das vendas. “O canal alimentar é potencial, mas tem baixa participação. Já o farma é o de maior importância. Isso porque o consumidor está habituado a encontrar e comprar preservativos na farmácia. Por isso é importante manter o estoque abastecido, especialmente durante o fim da semana – a partir de quinta-feira à noite – que é quando a demanda aumenta exponencialmente”, orienta. Apesar do canal farma figurar na liderança das vendas de preservativos e géis lubrificantes, outras categorias, como a de acessórios íntimos, ainda deixam a desejar. “As vendas de acessórios íntimos em farmácias não evoluiu, mas pode ser que, mais para frente, ocorra. No momento, é zero”, afirma o gerente de marketing da BLAU Farmacêutica, Moacir Sánchez. Segundo ele, o público que vai à farmácia está preocupado com a prevenção de doenças, para evitar a gravidez. É um cliente mais voltado para a questão da saúde. “Já nos sexy shops, por exemplo, o cliente se sente mais à vontade para buscar outros produtos”, afirma. Ele destaca que o mercado de preservativos no Brasil, assim como no mundo, oferece uma vasta gama de opções de tipos de produtos, modelos, dimensões, materiais e preços.
ÁRVORE DE DECISÃO De acordo com o gerente de marketing da BLAU Farmacêutica, Moacir Sánchez, o shopper considera os seguintes critérios no momento de realizar a compra: a) Marca. b) Variante (mais finos, para adolescentes, para quem tem alergia). c) Quantidade na embalagem. d) Preço.
Diante disso, o varejista deve ficar atento e oferecer mix e sortimento adequados às necessidades e à demanda dos clientes. Sánchez conta que muitos clientes são fiéis às marcas, considerando fatores, como conforto e até limitações, como compradores com alergia ao látex e que buscam produtos feitos de poliuretano.
A COMPRA Por meio de uma pesquisa realizada em fevereiro de 2018 pelo instituto Sandra Beaham & Associates (SBA), a LifeStyles concluiu que a porcentagem de consumidores fiéis a apenas uma marca de preservativo é de 25%. “Já 39% dos usuários entrevistados atestaram trocar de marca caso a preferida não esteja disponível e 26% costumam experimentar várias marcas sem se fidelizar a apenas uma”, revela Verônica. Segundo ela, o consumidor procura primeiramente as marcas conhecidas, por isso é importante ter as já consagradas no Brasil. “Em seguida, ele vai atrás do descritivo da embalagem, qual tipo de preservativo ele quer usar (com sabor, com textura, mais sensibilidade, etc.). E por fim, ele verifica se o preço está adequado”, conta. Ainda de acordo com a gerente de marketing da LifeStyles, os homens são o principal público-alvo, mas cada vez mais as mulheres têm participado ativamente na decisão de compra de preservativos. “A cada ano, o tabu diminui devido ao grande crescimento do consumo de preservativos pelas mulheres. Além disso, o consumidor, cada vez mais, vê o preservativo como 2019 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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item de prazer, além de proteção. Por isso é observado o crescimento de linhas especiais, como Hot, Turbo, Skyn e Sensitive”, diz.
PONTO DE VENDA O varejo farmacêutico costuma ser o local em que o shopper se sente mais à vontade para comprar e entre as razões, estão a diversificação dos produtos, desde marcas até tipos, como preservativos mais finos, texturizados, com efeito retardante, à base de poliuretano, com sabor, entre outros e também o fácil acesso aos itens, permitindo mais liberdade de escolha. “Destacamos o fato de que quase 80% das lojas do canal farma possuem distribuição de preservativos, contra apenas 25% do canal alimentar; e por possuírem um mix maior de produtos, oferecendo ao consumidor uma ampla variedade de benefícios”, afirma Verônica. É na farmácia que o shopper encontra sua marca e seu modelo preferidos e, segundo Sánchez, a maioria dos clientes não pede informação sobre os produtos e faz a escolha de acordo com o seu interesse. “No canal farma, é prático comprar preservativo, até porque muitos produtos ficam próximos ao caixa”, comenta. Em relação ao perfil do shopper, 80% do consumo de preservativo é feito pelo homem, portanto, é essencial que o produto esteja na área “masculina” da loja, próximo de itens pertinentes, como barbeador, lâmina de barbear, entre outros. “Além disso, preservativo é classificado como compra por impulso, portanto, ter este produto na fila do caixa traz muito retorno para a marca. É importante posicionar o produto no checkout”, orienta a executiva. Aliás, manter os produtos em pontos diferenciados da loja é uma estratégia que vale a pena ser usada nessa categoria. “Existem algumas pessoas que têm uma ponta de vergonha ou receio de observação crítica por parte de terceiros. As pontas de gôndola e o display de caixa são lugares bastante procurados, porém, de custo alto, para um tipo de produto que oferece uma margem bastante apertada e pequena de rentabilidade. Para as empresas que podem arcar com esse custo adicional, essas opções são sempre uma boa estratégia”, avalia Sánchez. Para ele, é fundamental que as farmácias e drogarias tenham um planejamento e invistam na comunicação, principalmente nas datas mais sugestivas, como Dia dos Namorados, carnaval, férias. “Essa é sempre uma forma de atrair olhares para os produtos. O ideal é que eles fiquem com mais destaque no ponto de venda (PDV)”, comenta. 82
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DIA DOS NAMORADOS Depois do carnaval, o Dia dos Namorados é a data mais importante para a venda de preservativos e géis lubrificantes. Com o clima de paixão mais exacerbado no ar, inclusive pelos meios de comunicação, a data é uma oportunidade para o canal ampliar a venda dos produtos, ressaltando que a data tem um forte apelo sensual e de relacionamento afetivo. “Isso faz com que os olhos dos consumidores estejam voltados para produtos que estimulem a criatividade e o convívio a dois. Por isso, é fundamental que o varejo farmacêutico esteja preparado para a demanda. Sabemos que a concentração de frequência no motel é altíssima nesse período do ano e, antes disso, o consumidor se prepara na farmácia”, comenta Verônica. Segundo ela, preservativos, géis, lubrificantes íntimos, que estimulam a intimidade no relacionamento a dois, brinquedos e acessórios que deixam o encontro mais divertido precisam ter destaque na gôndola. “Gôndolas 100% abastecidas, além de pontos extras dentro loja com decoração adequada ao clima de romance são fundamentais. Importante também planejar ações e compras antecipadas com a indústria para garantir abastecimento do estoque, sortimento e materiais de exposição”, orienta.
AÇÕES IMPORTANTES Para expor os preservativos, o ponto natural é sempre na prateleira junto à categoria de artigos masculinos, porém a criação de locais de exposição extras é bem-vinda, sendo que o checkout ou uma ponta de gôndola são os melhores lugares para essa “promoção”. No checkout, além da exposição bem visível, o importante é sinalizar com frases estratégicas que podem ser românticas ou até “um pouco apimentadas”. Uma boa estratégia para potencializar as vendas de preservativos é elaborar um “Kit Namorados”, incluindo as camisinhas, os lubrificantes e até Medicamentos Isentos de Prescrição (MPIs), como antiácidos, anti-histamínicos e analgésicos, e expô-los na ponta de gôndola com cartazetes chamativos estimulando que o Dia dos Namorados vem aí”, orienta a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso Ela recomenda ainda que o varejo planeje alguma “brincadeira”, como, por exemplo, o “biscoito da sorte”. “É preciso elaborar algumas frases sugestivas para o cliente sortear e se tiver algo como desconto de X% em preservativo, ele ganha essa oportunidade”, explica.
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A NATI desenvolveu, em edição limitada, a coleção, Lá vem a noiva! Os acabamentos e as tonalidades delicadas, suaves e românticas criam um visual chique e elegante para as mãos na hora de subir no altar. Os nomes escolhidos para as cores reafirmam de forma bem divertida as tradições que envolvem esse grande dia. # Eu Aceito – rosê suave perolado; # Anel Perfeito – dourado suave perolado; # Chuva de Arroz – branco perolado; # Joga o Buquê – nude rosê cremoso; # Hora do Sim – branco ultraglitter. • www.nati.com.br
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A Palmolive aposta em uma nova variante de Natureza Secreta, que entrega fragrância e hidratação. Composta por Pitaya, a novidade chega para reforçar o portfólio da linha, que foi lançada em 2017 e vem ganhando força e notoriedade entre as consumidoras. Famosa entre os consumidores, a Pitaya foi escolhida pelas suas propriedades relaxantes, suavizantes e anti-inflamatórias. A linha traz uma deliciosa fragrância, capaz de transformar o momento de uso em uma experiência sensorial marcante e renovadora. Além do aroma, os sabonetes proporcionam uma sensação de hidratação, reduzindo o ressecamento da pele desde a sua primeira aplicação. Para os cabelos, Palmolive Natureza Secreta Pitaya promete uma nutrição intensa, com 15 vezes mais nutrientes, além de brilho e o combate ao frizz. • www.palmolive.com.br
IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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Ligia Kogos Dermocosméticos apresenta produtos com inúmeros benefícios durante o ano todo. Um dos queridinhos da marca é o Creme Hidratante para as Mãos que contém Fator de Proteção Solar (FPS) 15 e proteção contra os raios ultravioleta UVA e UVB. Ele lubrifica a superfície e trata as fissuras da pele, refina, amacia, acalma e cicatriza, além de proteger contra a desidratação. O Creme Restaurador para os Pés possui ação de hidratação profunda, amacia e descansa a pele, além de remover a pele grossa e as asperezas. Os dois produtos possuem ativos como ureia e ácido glicólico. Já o Protetor Labial Ligia Kogos Dermocosméticos está disponível em bastão e possui proteção solar UVA + UVB e FPS 15. Ele lubrifica e hidrata intensamente, removendo imediatamente o incomodo e a sensação de lábios rachados, além de evitar o ressecamento. O Hidratante Facial para Pele Seca faz parte das novidades no portfólio da marca. Ele auxilia na redução de rugas e flacidez da pele. Sua composição conta com ativos, como óleo de avelã e óleo de coco, que possuem propriedades antissépticas e anti-inflamatórias. Sua fórmula é rica em vitaminas e ômega 9. O destaque vai para a proteção solar FPS 15. Outro lançamento diferenciado é o Hidratante Facial para Pele Oleosa que possui toque seco e hidrata sem pesar na pele. Entre os ativos estão a famosa vitamina E e o instensyl, que resultam na suavidade do relevo cutâneo e minimizam a aparência de rugas, além de contar também com proteção solar FPS 15. • www.ligiakogosdermocosmeticos.com.br
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A linha de banho da Condor cresceu. A empresa de São Bento do Sul (SC) traz para o mercado novos modelos de esponjas que auxiliam no cuidado com a pele. São elas: Esponja Extra Suave, Bucha para Banho Vegetal e a Bucha Vegetal Atoalhada. A meta da empresa é oferecer produtos de qualidade, versáteis, com cores atrativas e delicadas. A nova linha de esponjas é completa e possui preços acessíveis. • www.condor.ind.br
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LINHA COMPLETA DA LAVANDA BIO EXTRATUS
Elaborado com ativos naturais, os cosméticos possuem grande concentração de lavanda, que tem alto poder relaxante e é rica em antioxidantes. Outros ingredientes são o óleo de oliva, que promove hidratação profunda, nutrição e proteção à pele; hydromanil, suavizante cuja ação imediata retém e assimila a água da epiderme, promovendo o antienvelhecimento; e tecnologia natural que prolonga a ação hidratante do produto. Sua linha completa é: Sal Esfoliante Corporal: hidratante e purificante. Promove uma esfoliação eficiente, estimulando a renovação celular; Creme Hidratante: proporciona hidratação profunda, nutrição e toque sedoso, é desodorante e relaxante; Sabonete Líquido: elaborado com ingredientes naturais, promove uma limpeza suave, além de perfumar e hidratar a pele; Manteiga Corporal: com fórmula rica em nutrientes e ativos hidratantes que recuperam a umidade natural da pele, garante uma agradável sensação de bem-estar. • www.bioextratus.com.br
PRODUTO REPAGINADO
Woman ISDIN chega ao Brasil. O produto, antes conhecido como Velastisa Antiestrias, está de cara nova, com novo nome, novo posicionamento e embalagem totalmente repaginada. Woman ISDIN Antiestrias é um hidratante que previne e reduz estrias recentes; além de potencializar a elasticidade da pele, ele estimula a síntese de colágeno e elastina e possui rápida absorção. Também contém ativos como centella asiática, óleo de rosa mosqueta, glicerina, vitamina E, entre outros. A marca realizou estudo com mais de 500 mulheres para chegar a um produto que atendesse a mulher em todas as fases da vida. Ele ainda é indicado para as estrias no período da gestação, na fase de crescimento e devido às alterações de peso. A outra novidade é o Woman ISDIN Reafirmante. Hidratante reafirmante, é indicado para firmeza diária, firmeza no pós-parto e firmeza devido à perda de peso. Ele reafirma e tonifica a pele, melhorando a flacidez cutânea. Além disso, possui proteosilano, centella asiática, óleo de rosa mosqueta, entre outros ativos que ajudam também na intensa hidratação. • www.isdin.com
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COLEÇÃO LIMITADA DA CLESS
Há 15 anos promovendo a “beleza que completa”, a Cless acredita que o empoderamento feminino pode mudar o mundo. Com 62% do quadro de funcionários composto por mulheres, o grupo acaba de lançar a campanha #EmpoderarParaCrescer, para conscientizar a todos sobre a importância do respeito à mulher e do poder de participação equivalente entre todos os gêneros na sociedade. Para disseminar essa luta, a empresa usou um de seus itens mais vendidos, o Charming Black, em uma coleção limitada, para ilustrar atitudes que representam esse movimento tão relevante. Resistência, respeito, igualdade, coragem, força e poder, são algumas das palavras que marcam essa ação e estampam o produto. Com ação duradoura de 72 horas de fixação, o produto, com seu jato seco, não umedece os fios. Por conter silicone, forma uma película protetora no cabelo e evita a ação da umidade e do vento, que podem atrapalhar o penteado. Com substâncias microencapsuladas, promove brilho intenso e recupera a cutícula dos fios. • www.cless.com.br
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INSTITUCIONAL – ABRADILAN
O consumidor constrangido nas farmácias e drogarias
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www.abradilan.com.br
P OR M A R I A C R I S T I N A A M OR IM – DIR ETOR A EXECUTIVA DA A SSO C IAÇ ÃO B RASILEIRA D E D ISTRIB UIÇ ÃO E LO GÍSTIC A D E PRO D UTO S F AR M A C Ê U T I C O S ( A B R A D ILA N )
Nas farmácias e drogarias, consumidores de preservativos, testes de gravidez, pílula do dia seguinte, gel íntimo, produtos para disfunção erétil, anticoncepcional e até mesmo de laxantes e absorventes são pessoas constrangidas. E o constrangimento é uma emoção importante na decisão de compra. O comportamento do consumidor pode ser classificado em dois grupos: racional e emocional. Trata-se apenas de classificação para facilitar pesquisas, não há compra absolutamente racional ou emocional, mas há as predominantemente racionais ou emocionais. As emocionais estão ancoradas em sensações agradáveis ou desagradáveis. Na lista das desagradáveis, está o constrangimento. Isabella, Barros e Mazzon, pesquisadores da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo
(FEA-USP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), fizeram um estudo em farmácias e drogarias para identificar o comportamento dos consumidores constrangidos. Mostraram seis tipos de atitudes. 1. Quanto maior o grau de constrangimento, maior a chance de abandonar a compra ou a loja. 2. Se o produto for urgente (preservativos, pílula do dia seguinte, por exemplo), mesmo constrangido, finaliza a compra. 3. Se for necessário recorrer ao balconista, prefere do mesmo sexo. 4. Tende a escolher rapidamente, sem ler instruções. 5. Permanece pouco tempo na loja. 6. Prefere marcas conhecidas que não exijam atenção na escolha. Há duas lições nesse estudo. Primeira, prestar atenção nas diferenças comportamentais do consumidor dos diferentes produtos – quem diria que, na sociedade
das redes sociais e de privacidade zero, ainda existam seres que se constranjam. A segunda, procurar aumentar o conforto desse consumidor. Tudo quanto o constrangido deseja é reduzir sua exposição, assim, a velocidade é a chave para atenuar seu sofrimento: facilitar a compra deixando produtos no autosserviço ou, se o balconista for imprescindível, ter homens e mulheres treinados para atender com rapidez e discrição. A regra é o menor contato pessoal. Não deixar filas demoradas no caixa também conta. Como a principal necessidade do consumidor é a rapidez, as marcas conhecidas e a pequena opção de produtos são mais adequadas, e o preço não é determinante na escolha. Para pensar: na sua loja, onde estão e como são comercializados os produtos que podem causar algum constrangimento na hora da compra?
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