ano Xx • nº 242 janeiro de 2013
atuação dinâmica O desempenho do farmacêutico exige qualificação. Todo o ciclo de vida do medicamento é de responsabilidade dele, desde a extração do insumo até a dispensação. Esse profissional é a última fonte de informação antes que o consumidor faça uso do produto
editorial
Com o pé direito
Não poderia haver um período melhor para se comemorar e consequentemente homenagear os profissionais farmacêuticos. O primeiro mês do ano traz reflexões de erros e acertos, da prosperidade profissional e dos negócios. Responsável por todo o ciclo de vida do medicamento, desde a extração do insumo até a dispensação, o papel do farmacêutico é de extrema importância para a sociedade, mas no varejo parece faltar o reconhecimento necessário. De certa forma, a população brasileira caminha para a conscientização da importância das orientações desse profissional para o maior sucesso possível nos tratamentos. O Guia da Farmácia ouviu importantes representantes da área: acadêmicos, varejistas e estudantes, e pela primeira vez na história da publicação, parte desta equipe estampa a capa da revista. De acordo com projeções oficiais do governo, 2013 promete ser um ano próspero para a eco-
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-chefe Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) assistente de redação Karina Dacol EDITORa de arte Mariana Sobral Assistentes de arte Larissa Lapa e Junior B. Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL executivas de contas Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4
nomia brasileira. O Ministério da Fazenda estima aumento de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o Ministério do Planejamento projeta aumento do investimento público e o Banco Central prevê manutenção da taxa básica de juros no atual patamar de 7,5%, o mais baixo da história do País. Além disso, nos próximos anos o Brasil sediará os maiores eventos esportivos mundiais. Para aproveitar o bom momento, o empresário deve estar atento à gestão do negócio e a ações de marketing que possam ajudar a alavancar as vendas. Por isso, preparamos 15 dicas para que o seu faturamento seja ainda maior. Acompanhe também um panorama sobre a saúde dos brasileiros e a nova prorrogação do prazo para o cadastro das vendas de antibióticos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
O primeiro mês do ano traz reflexões de erros e acertos, da prosperidade profissional e dos negócios. De acordo com projeções oficiais do governo, 2013 promete ser rentável para a economia brasileira
Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe
coordenador DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri
Colaboradores da edição Revisão Maria Stella Valli Textos Adriana Bruno, Egle Leonardi, Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio e Rodrigo Rodrigues Colunistas Fernando Passos de Freitas, Gustavo Semblano, Luiz Sambugaro, Maria Aparecida Nicoletti, Silvia Osso e Wagner Bastos
DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício
IMPRESSÃO IBEP
ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta
capa Felipe Mariano
assistentes do Comercial Juliana Guimarães e Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE assinaturas Morgana Rodrigues
Marketing e Projetos Luciana Bandeira
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
analista de marketing Lyvia Peixoto
guia da farmácia janeiro 2013
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sumário #242 janeiro 2013
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10 > Entrevista
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Brás Aparecido Barbano, revela em entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, entre outros assuntos, por que o artigo 10 da RDC 44/10 foi revisto
32 > panorama O Brasil é a única nação entre as mais populosas do planeta que possui sistema público de saúde universal e gratuito. Apenas em 2011, mais de sete milhões de pessoas foram beneficiadas pelo programa Farmácia Popular
38 > debate A Anvisa prorrogou novamente o prazo para que a escrituração eletrônica dos antibióticos passe a ser obrigatória no País através do SNGPC. Veja como fica a situação para as farmácias independentes
44 > Desafios 2013 promete ser um ano muito próspero para a economia brasileira. Para aproveitar o bom momento, é preciso ficar atento à gestão do negócio e a ações de marketing que possam ajudar a alavancar as vendas e elevar o faturamento no próximo exercício
CAPA
54 > Especial farmacêutico Os desafios da profissão são inúmeros, mas a satisfação é garantida. Acompanhe um panorama sobre a atuação do farmacêutico no Brasil e a opinião de acadêmicos, varejistas e estudantes
e mais 08 16 18 26 80 90 98 106
> Cartas > guia on-line > Antena Ligada > Atualizando > gestão – processo seletivo > gestão – comprometimento > ponto de venda > atendimento
Caderno Saúde 110 > excesso de sol 116 > sono 126 > artigo 128 > alimentação 134 140 146 152 162
> oportunidade > categoria > evento > sempre em dia > serviços
colunas 24 > varejo Silvia Osso 78 > A voz do farmacêutico Maria Aparecida Nicoletti 96 > cenário Wagner Bastos 104 > mercado Luiz Sambugaro 144 > consultor jurídico Gustavo Semblano
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ca r ta s Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!
sua opinião é muito importante para nós
Informação na medida certa
Acompanho o Guia da Farmácia todos os meses e, por isso, gostaria de parabenizálos pelo excelente trabalho. O conteúdo trazido é exatamente o que o profissional e o varejista precisam saber para melhor atender os consumidores do estabelecimento e também para se manterem informados sobre o mercado e o universo da saúde. Denis Laion, Guarulhos (SP)
Produtos indispensáveis
A revista e a lista de preços são indispensáveis para o meu trabalho. É através delas que me mantenho atualizada para melhor exercer minha função de farmacêutica. As discussões promovidas pelo Guia da Farmácia estão sempre atualizadas e de acordo com as necessidades do mercado da nossa área. Izabel Freitas, Feira de Santana (BA)
Revista para todos Como dono de uma farmácia do interior do Rio de Janeiro, preciso dizer que, desde que passei a acompanhar a revista Guia da Farmácia, estou muito mais atualizado e preparado para fazer as melhores escolhas pensando no meu negócio. A equipe da revista não se esquece de pensar no pequeno varejista, que possui necessidades completamente diferentes das existentes nas grandes redes de farmácia, e é isso que mais valorizo na publicação. Muito obrigado por me manterem sempre por dentro de tudo. Luiz Araújo, Teresópolis (RJ) 8
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entrevista - dirceu brás aparecido barbano, anvisa
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Pronta para
o diálogo
A Anvisa aperfeiçoou normas regulatórias, reviu algumas decisões e está aberta ao debate com o setor farmacêutico e a sociedade Por Marcelo de Valécio
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem se moldando às novas necessidades de desenvolvimento do Brasil sem perder de vista a segurança da saúde da população, revela seu diretor-presidente, Dirceu Brás Aparecido Barbano. Mantendo o foco no controle das práticas de produção, determinando normas técnicas e padrões de produção, a Agência vem se abrindo para o diálogo, visando criar novos canais com a sociedade e o meio empresarial. “A vigilância sanitária passa por um momento bastante especial no Brasil. Uma das mudanças que estamos verificando é a capacidade da
Anvisa de dialogar com os diversos setores da sociedade para construir um cenário mais seguro do ponto de vista da saúde e favorável ao desenvolvimento do País”, afirma. Nesta entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia, Barbano conta também por que a Agência reviu a restrição à comercialização de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) nas farmácias, fala das novas regras de controle das vendas de antibióticos e comenta sobre a revisão recente da legislação que pode ampliar significativamente a oferta de medicamentos biológicos no mercado. 2013 janeiro guia da farmácia
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proo de to?
entrevista - dirceu brás aparecido barbano, anvisa
Guia da Farmácia • Quais foram as principais conquistas da Anvisa ao longo de 2012 e quais são as metas da entidade para este ano? Dirceu Barbano • A vigilância sanitária passa por um momento bastante especial no Brasil. Uma das mudanças que estamos verificando é a capacidade da Anvisa e do sistema nacional de vigilância em dialogar com os diversos setores da sociedade para construir um cenário mais seguro do ponto de vista da saúde e favorável ao desenvolvimento do País. Começamos o ano pautados por uma proposta de alinhamento das ações da Anvisa aos programas Brasil Maior e Brasil Sem Miséria, do governo federal. Assim, a regulação sanitária federal quer propor uma forma de trabalho em que a vigilância sanitária seja, antes de tudo, uma aliada do desenvolvimento brasileiro. A semana nacional da vigilância que promovemos no Congresso foi um momento marcante ao levar para lá um debate fundamental para a saúde. Este certamente foi um grande passo. Não temos dúvida de que a atuação da Anvisa tem sido um catalisador para o desenvolvimento da indústria nacional de fármacos e produtos para saúde. O aperfeiçoamento das normas regulatórias tem elevado os padrões nacionais e aberto novos mercados para o País. Também tivemos avanços significativos na melhoria da gestão da Anvisa, com novos padrões de autoavaliação. Para os próximos 12 meses, esperamos repetir essas iniciativas de sucesso e começar a ver os primeiros resultados do esforço que estamos empreendendo. Guia • Há pouco mais de um ano, um assunto polêmico envolveu parecer dado pela Advocacia-Geral da União (AGU) restringindo o poder da Anvisa na análise dos pedidos do direito de propriedade intelectual sobre medicamentos. Como ficou essa questão? Barbano • Não é uma polêmica e não houve restrição às atribuições da Anvisa. O parecer da AGU é de 2011 e apenas manteve o entendimento anterior de que a Anvisa e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) possuem atividades distintas, no que concerne à análise de concessão de patentes, exigindo desses órgãos uma sinergia para que a análise de patentes atenda às necessidades do País. Dessa forma, o posicionamento contido no parecer da AGU abriu caminho para orientar os trabalhos da Anvisa e do Inpi para que a concessão de patentes de medicamentos fosse conduzida pelas duas instituições com foco no melhor resultado para a saúde pública e o acesso a medicamentos. A questão está sanada, havendo hoje um fluxo de trabalho bastante tranquilo entre as duas instituições. 12
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Guia • Outra decisão que foi muito discutida nos últimos anos foi a de colocar os MIPs atrás do balcão (RDC 44/09). No ano passado, a Agência reviu essa determinação e voltou a permitir que tais medicamentos possam ser colocados ao alcance do consumidor na farmácia. O que levou a Anvisa a mudar de posição? Barbano • A Anvisa trabalha em um cenário bastante complexo no qual o resultado de suas decisões deve ser avaliado a todo momento. Desde o início havia uma determinação da Agência de acompanhar o impacto da medida em relação à saúde das pessoas. Temos evidências concretas que mostram um prejuízo maior ao consumidor e paciente a partir da decisão de colocar os medicamentos isentos de prescrição atrás do balcão. Nos últimos meses, onze estados criaram leis para reverter a decisão da Anvisa. A incerteza no ambiente regulatório levou a Agência a fazer uma reavaliação da RDC 44/09. Um grupo de trabalho apresentou à Diretoria Colegiada da Anvisa estudo que avaliou o marco regulatório dos medicamentos isentos. O resultado foi que a RDC 44/09 não contribuiu para reduzir o número de intoxicações no País. O levantamento apontou também uma maior concentração de mercado, o que evidencia a redução do poder de escolha do cidadão no momento da compra dos produtos. No mês de abril de 2012, a Agência submeteu a questão à apreciação da população por meio da Consulta Pública 27/2012. A maioria das contribuições recebidas apontou para a alteração da RDC 44/09.
Guia • A liberação dos MIPs nas gôndolas teve algum cuidado adicional em relação ao que ocorria antes da proibição? Barbano • Esses medicamentos foram liberados para serem ofertados fora do balcão, obviamente em estabelecimentos farmacêuticos, que são os locais adequados e definidos por lei como exclusivos para a venda de medicamentos. Guia • Como está a questão da proibição de venda de produtos de conveniência nas farmácias? O que pode e o que não é permitido ser comercializado? Barbano • Não houve mudanças significativas nesse debate desde a edição da RDC 44/09. A questão foi judicializada com alguns entendimentos a favor do texto da norma e outros divergentes. Guia • Quais são as medidas que a Anvisa está tomando ou pretende tomar para reduzir os índices de intoxicação por medicamentos? Como os laboratórios e as farmácias podem ajudar nisso? Barbano • A intoxicação por medicamento é um problema multifatorial. Dessa forma, é uma questão que precisa ser enfrentada em várias frentes, não há uma solução única. A recente discussão lançada pela Anvisa sobre o consumo de medicamentos de tarja vermelha é um exemplo. Se a agência e o setor de medicamentos forem capazes de dar uma resposta a esse desafio, certamente teremos um impacto positivo contra as intoxicações. Por isso fizemos o convite às entidades para discutir o problema. Outro caminho que está sendo trilhado é o da construção de um modelo de recolhimento de medicamentos que permita à população descartar com segurança produtos vencidos ou sem uso. Estratégias como essa é que permitirão ao País reduzir os casos de intoxicação por medicamentos. Guia • A partir deste mês, as farmácias terão de registrar obrigatoriamente as vendas de antibióticos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Qual o balanço que a Anvisa faz da adesão ao sistema? O índice de aderência está sendo o esperado? Quais os problemas detectados? Barbano • O SNGPC é, antes de tudo, um programa inovador e que trouxe impactos positivos para a sociedade. Do lado do cidadão, temos um instrumento que permite frear o consumo indiscriminado de medicamentos controlados. Em relação ao varejo, é uma iniciativa que valoriza o papel da farmácia como um espaço de saúde e dá ao setor um ambiente
mais seguro para o desenvolvimento de suas atividades. É uma inovação real. No início de 2012, tínhamos mais de 47 mil estabelecimentos no programa, o que demonstra a solidez do SNGPC. Nesse momento ainda não temos uma avaliação completa da adesão, pois as farmácias que não vendem medicamentos controlados somente farão sua efetiva aderência para escrituração dos antimicrobianos a partir deste mês. Tivemos um prazo bastante adequado para o ajuste do setor e temos certeza de que o varejo farmacêutico está comprometido com este controle. Não podemos perder de vista que a finalidade por trás desta iniciativa é um controle real do consumo de antibiótico no País. Se não formos capazes de enfrentar esse problema, teremos cada vez menos alternativas terapêuticas em face de um aumento da resistência microbiana. Guia • A farmácia que ainda não conseguiu se enquadrar está impedida de vender antibiótico a partir de janeiro? Há previsão de prorrogação do prazo de adesão? O que fazer nesses casos? Barbano • A perspectiva de prorrogação do prazo não está colocada neste momento. Atualmente estamos passando por um período de testes, que se iniciou no dia 30 de setembro de 2012, para que os desenvolvedores de softwares de controle utilizados pelas farmácias possam avaliar o envio das informações e localizar possíveis falhas. A partir da análise do relatório dessa fase poderemos ter outros desdobramentos. Guia • A Anvisa atualizou as regras para definição de medicamentos de referência, de forma a facilitar o acesso dos laboratórios a esses produtos para a realização de testes de bioequivalência. A medida facilitou a chegada de novos genéricos ao mercado? Existe algum estudo semelhante para medicamentos biossimilares? Barbano • O processo de desenvolvimento de um medicamento possui etapas complexas e isso tem um grande impacto no tempo de chegada do produto ao mercado. Será preciso um período maior de tempo para observar as mudanças. Certamente é uma medida positiva, pois vai ao encontro do desejo de criar mecanismos que aumentem a oferta de opções terapêuticas para os usuários. Nos medicamentos biológicos, fizemos uma revisão completa do marco regulatório do produto. Neste caso não podemos falar em bioequivalência, pois não é um conceito que se aplica a este tipo de medicamento. Mas temos certeza de que a revisão recente da legislação vai ampliar significativamente a oferta de opções, já que temos regras claras para permitir a chegada de biológicos não novos ao mercado, em condições seguras. 2013 janeiro guia da farmácia
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conteúdo extra no portal Na gôndola O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRFSP), Dr. Pedro Eduardo Menegasso, orienta sobre a disponibilização de medicamentos sem prescrição nas gôndolas. Acesse a entrevista completa e esteja preparado para os consumidores no Carnaval.
Guia da Farmácia Entrevista Está disponível no Portal Guia da Farmácia o vídeo da entrevista que a editora-chefe Lígia Favoretto fez com Pablo Muñoz de Cote, presidente das Marcas de Renome do Brasil. Nele, o executivo fala sobre a importância de dermocosméticos específicos para a mulher brasileira. Assista e comente!
Vendas registradas Em breve, todas as farmácias e drogarias do Brasil precisarão, obrigatoriamente, registrar as vendas de antibióticos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), que só poderão ser dispensados em estabelecimentos credenciados no Sistema. O prazo ainda não foi definido, mas assim que entrar em vigor, não haverá mais escrituração em livros. Saiba mais sobre a medida.
Atenção farmacêutica A atenção farmacêutica é fundamental no ponto de venda, tanto para o sucesso do negócio quanto para a saúde dos pacientes atendidos. Esse tipo de serviço gera relação de confiança entre profissionais e clientes. Hoje em dia, apostar na tática é essencial. Acompanhe as dicas para melhorar o atendimento.
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ANTENA LIGADA
Atuações ampliadas Redes de farmácias e drogarias e operadores logísticos investem em crescimento orgânico e em área física para uma atuação maior e mais consistente no Brasil C
Pague Menos dispensa R$ 150 milhões em expansão
Mesmo sem concluir o processo de IPO (Initial Public Offering), a rede de farmácias Pague Menos lucrou R$ 58 milhões no terceiro trimestre do ano. Os investimentos em projetos de expansão da rede somam cerca de R$ 150 milhões. A rede pretende fechar o ano com 600 pontos de venda no Brasil, e em 2017 ultrapassar a marca de mil lojas, com a abertura de 100 unidades em média por ano. Do total de novas unidades, 76 foram abertas e outras 24 entraram em funcionamento em dezembro de 2012. • www.paguemenos.com.br 18
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Ativa investe em novo centro de distribuição
Com a meta de crescer 18% ainda em 2012, a Ativa Logística – um dos maiores operadores logísticos brasileiros nos segmentos de medicamentos e cosméticos – dobrou o tamanho do centro de distribuição em São Paulo. Com um espaço de mais de 25.300 m² e cerca de 13 mil m² de área construída, o novo CD abriga 24 docas para carregamento, 14 para descarregamento e 14 para transferência. A montagem da nova estrutura foi projetada para atender o sistema de distribuição e permite que a mercadoria recebida seja redirecionada de forma mais ágil, sem armazenagem prévia. • www.ativalog.com.br fotos: shutterstock/divulgação
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Nova atuação para líder em genéricos
A farmacêutica EMS está se preparando para entrar no segmento de medicamentos novos. Para isso, pretende expandir o braço de pesquisa e desenvolvimento da empresa para os Estados Unidos, em parceria com universidades e laboratórios do país. A meta é que o plano esteja pronto já na metade de 2013. • www.ems.com.br
Evonik inaugura laboratório para a área farmacêutica
A Evonik inaugurou um laboratório exclusivamente dedicado ao segmento farmacêutico, localizado na cidade de Guarulhos (SP), junto ao Centro de Distribuição da empresa. O investimento reforça o compromisso da Evonik em se posicionar como parceira estratégica da indústria farmacêutica. O laboratório de aplicação foi projetado para dar suporte aos clientes durante o desenvolvimento de seus projetos na área de revestimentos de formas farmacêuticas sólidas, e para a realização de treinamentos e palestras. As atividades são focadas na área de revestimentos funcionais. • http://corporate.evonik.com.br GuiaGuia de Farmácia.pdf de Farmácia.pdf 1 01/10/2012 1 01/10/2012 11:42:50 11:42:50 Guia de Farmácia.pdf 1 01/10/2012 11:42:50
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Brazil Pharma tem lucro de R$ 7,6 mi
A Brazil Pharma, holding de farmácias do banco BTG Pactual, teve lucro líquido de R$ 7,6 milhões no terceiro trimestre. De acordo com a empresa, o montante é inferior ao resultado proforma de R$ 14,1 milhões obtido no ano anterior. Em termos ajustados, descontando o efeito de itens não recorrentes e amortização de intangíveis, o lucro líquido totalizou R$ 26,9 milhões, 12% acima dos R$ 23,9 milhões registrados um ano antes. • www.brph.com.br
Pesquisa deve gerar 2 bilhões de Euros à Bayer
A indústria farmacêutica alemã Bayer iniciou pesquisa sobre os males cardiovasculares para pessoas que lançam mão de estratégias de anticoagulação. Este será o maior estudo clínico já realizado sobre o seu medicamento oral, o anticoagulante Xarelto, e deve gerar receita adicional de 2 bilhões de euros às vendas anuais do medicamento. Para promover a pesquisa, a Bayer terá a colaboração do Instituto de Investigação da Saúde da População (PHRI, na sigla em inglês), e contará com aproximadamente 20 mil pacientes, em mais de 450 centros de pesquisa distribuídos em mais de 25 países pelo mundo. • www.bayer.com.br
Hepatite C pode ser erradicada
Mais de oito mil médicos de todo o mundo se reuniram no Congresso da Associação Americana para Estudos de Doenças do Fígado (AASLD) para debater os avanços da medicina no combate à hepatite C. O arsenal de novos medicamentos desenvolvidos pode erradicar a doença nos próximos anos. O grande destaque são drogas como o telaprevir (já disponível pelo Sistema Único de Saúde – SUS). Com as novas opções, o esquema posológico ficará muito mais confiável. • www.saude.gov.br 20
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Venda de genéricos cresce menos no 3º trimestre
Entre os meses de julho e setembro de 2012 as vendas de medicamentos genéricos alcançaram 179,7 milhões de unidades, aumento de 17% sobre o mesmo período de 2011, de acordo com o levantamento da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), com base nos dados da consultoria IMS Health. Apesar do aumento robusto, o setor registrou nesse trimestre a menor expansão para o período desde 2001, quando as vendas de genéricos passaram a ser auditadas. • www.progenericos.org.br
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ANTENA LIGADA
Fiocruz desenvolve novo tratamento para malária
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveram um novo tratamento para malária que faz uso de um menor número de comprimidos. O ASMQ é tomado em apenas uma única dose diária e pode ser utilizado a partir dos seis meses de idade. A formulação compreende uma dose fixa de duas drogas, o artesunato e o mefloquina. De acordo com os pesquisadores envolvidos na sua criação, quando se têm duas drogas associadas é garantida a cura radical da doença e previne-se o aparecimento de cepas resistentes. • www.fiocruz.br
Hypermarcas e mantecorp A compra do laboratório nacional Mantecorp pela Hypermarcas recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A decisão do colegiado foi unânime e sem restrições. A operação foi anunciada em dezembro de 2010 e é estimada em R$ 2,5 bilhões. A Mantecorp é fabricante de medicamentos, como o antialérgico Coristina D, e de dermocosméticos, como o protetor solar Episol e o hidratante Epidrat. • www.cade.gov.br • www.hypermarcas.com.br
Netshoes e indústria farmacêutica criam Netfarma
Empresários da indústria farmacêutica se uniram a Márcio Kumruiam, criador e presidente do site de venda de artigos esportivos Netshoes, para lançar a Netfarma, uma farmácia on-line. A loja virtual começou a funcionar em novembro de 2012, com entregas em todo o Brasil. Por enquanto, a Netfarma oferece prazo de entrega de até quatro horas na cidade de São Paulo e em sua região metropolitana, mas o objetivo é estender esse tempo-limite para todas as capitais o quanto antes. • www.netfarma.com.br
Raia Drogasil em crescimento
A rede de farmácias Raia Drogasil obteve um lucro de R$ 34,7 milhões no terceiro trimestre de 2012, com aumento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2011. Já a receita líquida atingiu R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, com alta de 22,6% na comparação anual. Essa comparação foi feita com base em dados ajustados, pois a fusão entre a Droga Raia e a Drogasil foi concluída apenas no ano passado. • www.raiadrogasil.com.br 22
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varejo
Funcionários
felizes e produtivos
Um bom resultado só se consegue com funcionários bem adaptados e em ambientes agradáveis. Conhecer os objetivos e anseios de cada um é primordial
silvia os s o Palestrante e consultora especializada em treinamento, desenvolvimento e marketing de varejo. É autora dos livros Atender Bem Dá Lucro, Programa Prático de Marketing para Farmácias e Administração de Recursos Humanos para Farmácias E-mail siosso@uol.com.br 24
É início de ano, esqueça as alternativas mirabolantes que muitos dizem que dão certo quando se trata de transformar sua farmácia em um ambiente mais feliz e produtivo. Quando os funcionários estão felizes, ficam, consequentemente, mais produtivos. O desafio é como fazê-los felizes mesmo em cenários em que palavras como promoções e aumentos estão abolidas da realidade da empresa. Sugiro abaixo algumas dicas que podem ajudar de forma simples: 1. Foque menos os resultados Por falta de tempo, e algumas vezes de amadurecimento para gerir pessoas, é comum que os coordenadores de equipes deixem de lado seus funcionários e passem a controlar apenas os números, métricas e resultados. Um investimento que pode trazer retornos rápidos, mas nem um pouco sustentável em longo prazo. É preciso conhecer as habilidades dos membros da equipe. Esse é o maior investimento que se pode fazer. Um bom resultado só se consegue com funcionários bem adaptados e em ambientes agradáveis. Nosso meio empresarial tem sido muito crítico para com os profissionais, muitas vezes não os informa nem forma, mas exige uma capacitação acima dos padrões normais. Resultados são feitos por gente e não por números. 2. Saiba aonde quer chegar e diga como O gestor precisa mostrar quais competências espera de sua equipe ou de uma pessoa individualmente; no que precisa melhorar e onde já avançou ou precisa avançar. Sabendo que há um caminho claro
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para crescer na empresa, o funcionário se sente interessado em perseguir os objetivos e seus sonhos fazendo o melhor. Perseguir objetivos só faz sentido se a empresa ou a área tiver regras claras e justas de desempenho e também se houver espaço para que os funcionários falem abertamente sobre o assunto. Sem se preocupar em conhecer sua equipe, muitos gestores pecam em não alinhar as expectativas da empresa com a de seus funcionários. Cada profissional do time tem um sonho, um objetivo profissional, é preciso que os gestores conheçam bem essas pessoas para saber como ajudá-las a chegar aonde querem e, assim, cumprir a missão de desenvolvê-las, com base no desempenho e nos objetivos individuais. 3. Incentive o cooperativismo Muitas farmácias preferem avaliar os funcionários por meio de metas individuais, sem pensar no risco de instaurar um clima de guerra interna. Objetivos individuais não motivam o trabalho em grupo. O ideal é que o gestor estabeleça objetivos mistos para fazer com que a equipe entenda que é preciso ter a colaboração de todos para chegar às metas. Quando a pessoa faz parte de uma equipe agradável, mais leve e unida, é fato que se comprometa mais e também se sinta mais feliz. Excesso de medo só atrapalha o profissional e, por consequência, o gestor e a farmácia. 4. Elogie a equipe Pessoas que trabalham e geram resultados gostam de ser elogiadas. Faça isso com competência e sabedoria. Não elogie apenas resultados numéricos; elogie atitudes. foto: DIVULGAÇãO
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Manutenção
da saúde melhorias nos processos de fabricação e novas embalagens garantem o acesso da população a tratamentos de ponta
SHAKELIFE MILK
ALCACHOFRA Aspen Pharma
O Shakelife Milk da Naturelife chega ao mercado como opção saudável para substitutir refeições. Pode ser preparado em qualquer lugar, basta adicionar água. Está disponível nos sabores baunilha, morango, chocolate, banana e coco e reúne em sua formulação proteínas derivadas do leite e da soja, colágeno, linhaça dourada, fibras prebióticas, além de 22 minerais e vitaminas essenciais para a manutenção de uma boa saúde.
A Alcachofra, produzida pela Aspen Pharma, uma das 20 maiores fabricantes de medicamentos similares do mundo, é um tradicional fitoterápico conhecido por seus benefícios na regularização das funções digestivas. Com a maior concentração de extrato seco de Cynara scolymus (Alcachofra - 312,5 mg) do mercado, o produto não contém açúcar, o que possibilita o consumo por diabéticos. Em termos nutricionais, a Alcachofra é rica em vitaminas do complexo B, vitamina A e minerais, como ferro, cálcio e fósforo. O produto vem em embalagens com 30, 100 e 200 comprimidos.
MS Produto isento de registro conforme RDC 27/10 www.naturelife.ind.br
MS 1.3764.0116 www.aspenpharma.com.br
Naturelife
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fotos: divulgação
BEPANTOL DERMA Bayer
Bepantol Derma Creme possui dexpantenol em sua formulação. Em contato com a pele, origina o ácido pantotênico (vitamina B5). Possui ação hidratante, anti-inflamatória e apresenta efeito regenerativo sobre a pele, agindo em quadros de ressecamento. A linha é composta pelas versões creme, com bisnaga de 20 g, e solução, com frasco de 50 ml. Pode ser aplicado nos lábios, em áreas de atrito constante, áreas depiladas, unhas e cutículas, além de regiões tatuadas e de fricção. Já a versão solução pode ser utilizada para hidratar os cabelos e as áreas depiladas, inclusive no pós-barba. MS Produto isento de registro conforme RDC 343/05 www.bayer.com.br
CONFIRME FERTILIDADE Confirme
Com o objetivo de permitir que as mulheres identifiquem seu pico hormonal, de 24 a 48 horas antes da ovulação, a Linha Confirme traz para o mercado o autoteste Confirme Fertilidade, um teste seguro, que pode ser feito em casa. Assim, é possível saber os dias em que se deve tomar mais cuidado com a proteção nas relações sexuais. Através de uma amostra de urina, o teste detecta o aumento do hormônio LH (Hormônio Luteinizante) com precisão de 99%. MS 10252080083 http://confirmefertilidade.com.br
HYLO-COMOD e HYLO-GEL ACEBROFILINA Teuto
O Laboratório Teuto disponibiliza mais um fármaco genérico ao mercado. A novidade é o medicamento genérico que possui a Acebrofilina como princípio ativo e está disponível na forma farmacêutica de xarope, nas concentrações de 25 mg/5 mL (uso pediátrico) e 50 mg/5 mL (uso adulto). A Acebrofilina é indicada como broncodilatador, mucolítico e expectorante, facilitando a eliminação do muco das vias respiratórias. O produto é comercializado em embalagens de 120 mL + copo medida. O produto é de uso oral e possui sabor de framboesa. MS 1.0370.0462.013-1 (Adulto) MS 1.0370.0462.009-1 (Pediátrico) www.teuto.com.br
Pfizer
A Pfizer trouxe ao Brasil os lubrificantes oculares Hylo-Comod (hialuronato de sódio 0,1%) e Hylo-Gel (hialuronato de sódio 0,2%), indicado para melhorar a lubrificação da superfície do olho em pessoas com sensação de secura, fadiga ou desconforto. Livre de prescrição médica, sem conservantes e fosfatos, os lançamentos são comercializados em frascos com tecnologia exclusiva.As embalagens impedem a contaminação dos lubrificantes e evitam o desperdício: apenas uma micro-gota é liberada a cada aplicação. MS 80.249.290.032 (Hylo-Comod) MS 80.249.290.033 (Hylo-Gel) www.pfizer.com.br 2013 janeiro guia da farmácia
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TRAYENTA Boehringer Ingelheim/Eli Lilly
BROMETO DE PINAVÉRIO Teuto
O Laboratório Teuto apresenta ao mercado mais um genérico exclusivo. Trata-se do medicamento que possui o Brometo de Pinavério como princípio ativo e está disponível na forma farmacêutica de comprimidos revestidos na concentração de 50 mg. O Brometo de Pinavério é o primeiro genérico disponível no mercado do Dicetel (Abbott), indicado para tratar cólicas, distúrbios funcionais do intestino e normalizar a frequência de evacuações. O medicamento genérico é comercializado em embalagens com 10, 20, 30 e 60 comprimidos revestidos. MS 1.0370.0581.001-3 (10 comprimidos) MS 1.0370.0581.002-1 (20 comprimidos) MS 1.0370.0581.003-1 (30 comprimidos MS 1.0370.0581.004-8 (60 comprimidos) www.teuto.com.br
PROLOPA Roche
A Roche lançou uma nova apresentação do Prolopa (levodopa + benserazida), para tratamento da Doença de Parkinson. O Prolopa BD (100 mg de levodopa + 25 mg de benserazida) controla os sintomas motores da doença, promovendo mais qualidade de vida aos pacientes e cuidadores. A nova apresentação é a dose certa para o início do tratamento e para o ajuste fino da medicação na fase de manutenção, além de auxiliar nos casos de intolerância à levodopa. A embalagem possui 60 comprimidos. MS 1.0100.0064.015-0 www.roche.com.br 30
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Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2011, Trayenta (linagliptina), fruto da aliança Boehringer Ingelheim e a Eli Lilly, é a última geração dos inibidores da DPP-4 (enzima dipeptidil peptidase 4) para o tratamento do diabetes tipo 2. O produto age conforme a quantidade de glicose na circulação, evitando, assim, o inconveniente das hipoglicemias (níveis de açúcar no sangue abaixo do normal). O medicamento apresenta eficácia ao reduzir a hemoglobina glicada (parâmetro de controle da glicose no sangue) e ao ajudar a controlar o diabetes, com pouca chance de causar ganho de peso, náuseas e outros incômodos gastrintestinais. MS 1.0367.0167.001-730 www.boehringer-ingelheim.com.br
BETACAROTENO Sundown
A Sundown Naturals lança o Betacaroteno, um produto em cápsulas que estimula e otimiza o processo natural de bronzeamento. Indicado para jovens e adultos e, principalmente, para as peles mais sensíveis, o produto promete um bronzeado que prolonga o brilho dourado, mesmo depois da exposição ao sol. O Betacaroteno da Sundown Naturals também auxilia na proteção contra o envelhecimento precoce, fortalece o sistema imunológico, auxilia no desenvolvimento e na manutenção dos tecidos da pele. O Betacaroteno é precursor da vitamina A, que é um micronutriente com função antioxidante que clareia e previne rugas. O produto deve ser consumido um mês antes de tomar sol, para preparar a pele, e durante o período de exposição ao sol. MS Produto isento de registro conforme RDC 27/10 www.sundownvitaminas.com.br
panorama
País convive com moléstias típicas de regiões pobres enquanto vê crescer doenças comuns em nações ricas. Diminui a mortalidade infantil e cresce o acesso a medicamentos, mas atendimento médico ainda é insuficiente P o r M a r c elo de V a léc i o
Saúde em transição
E
no Brasil
Entre as nações mais populosas do mundo, o Brasil é o único país que possui sistema público de saúde universal e gratuito. Segundo o Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), são promovidos por ano mais de 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais, 500 milhões de consultas médicas e 30 milhões de procedimentos oncológicos. Mais de um milhão de internações são feitas todos os meses e o País realiza o maior número de transplantes em órgãos públicos do mundo. Em uma década, o montante de cirurgias desse tipo saltou de 10.428 procedimentos (2001), para 23.397 (2011) – aumento de 124%. No que diz respeito ao programa de vacinação, 90%, que abrange todo o território nacional, é feito pelo SUS. Na última década, a mortalidade infantil foi reduzida em
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47% – a taxa nacional, em 2000, era de 29,7/mil nascidos vivos – de cada mil crianças nascidas vivas, 29,7 morriam até o primeiro ano de vida. Em 2010, a taxa caiu para 16,4/mil. O programa brasileiro de tratamento e prevenção da Aids é tido como modelo de política de saúde pública no exterior, por promover acesso universal à terapia antirretroviral. Cresceu substancialmente o acesso a medicamentos nos últimos anos. Atualmente, o SUS distribui gratuitamente cerca de 560 tipos de medicamentos nas unidades públicas de saúde espalhadas pelo território nacional. O programa Farmácia Popular, lançado em 2004, tem contribuído para ampliar a oferta de medicamentos à população brasileira ao expandir os pontos de retirada. Apenas em 2011, mais de sete milhões de pessoas foram benefifoto: shutterstock
realidade brasileira doenças por região
Predominância das arboviroses Doença de Chagas Casos de esquitossomoses Dengue, cólera e doenças crônicas Há crescimento de doenças crônicas também nas regiões Norte e Nordeste. Não são raros os casos de índios com hipertensão.
Cinco principais causas de morte Doenças do aparelho circulatório
Neoplasias (câncer)
Causas externas (acidentes, violência) Doenças do aparelho respiratório Moléstias infecciosas e parasitárias Enfermidades como a tuberculose, malária, Aids e outras infecciosas representam carga importante e alta mortalidade no Brasil.
ciadas pelo programa, que oferece 113 tipos de medicamentos, segundo o Ministério da Saúde. A ação Saúde Não Tem Preço, que distribui gratuitamente medicamentos contra diabetes, hipertensão e asma nas unidades do Farmácia Popular, desde fevereiro de 2011, quando foi lançada, aumentou em 400% o número de beneficiados, que passaram de 853 mil para mais de 4,3 milhões de pessoas atendidas em julho do ano passado. Com a incorporação de novos medicamentos para prevenção de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), houve a redução de 41% na mortalidade por doenças cardiovasculares no País nos últimos 20 anos. “Doenças como sarampo e poliomielite são exemplos de situações vencidas com um bem-sucedido programa de imunizações”, afirma a pesquisadora do Núcleo de Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fio-
um dos maiores desafios para a saúde pública brasileira é encarar a fase de transição epidemiológica que o país experimenta. ao mesmo tempo em que não venceu moléstias típicas de nações subdesenvolvidas, como esquistossomose, malária, tuberculose, tem de conter doenças crônicas e degenerativas comuns em regiões desenvolvidas, como hipertensão, diabetes e câncer cruz), Vera Lucia Luiza. “Aids é outro excelente exemplo da capacidade brasileira de resposta, que juntou esforços governamentais à mobilização da sociedade civil, freando a epidemia com bem-sucedidos esforços de enfrentamento”, acrescenta a pesquisadora. Apesar dos dados superlativos, há muitos obstáculos a serem vencidos para que a saúde pública atinja o nível de abrangência e qualidade pelo qual a população brasileira anseia. O Índice do Desempenho do SUS (IDSUS), criado pelo governo para avaliar o desempenho dos serviços públicos de saúde no Brasil, considerando os diferentes níveis de atenção (básica, especializada, ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência), teve nota 5,47 em 2012, bem abaixo da média estipulada – 7, em uma escala que vai de zero a 10. O levantamento, realizado entre 2008 e 2010, aponta que 93,8% dos muni2013 janeiro guia da farmácia
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panorama
dimensão do sus • 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais por ano. • 500 milhões de consultas médicas anuais. • 1 milhão de internações por mês. • 30 milhões de procedimentos oncológicos. • 23.397 transplantes de órgãos – recorde mundial em rede pública. • 90% do mercado de vacinas movimentado pelo SUS. • 2,05 milhões de cirurgias eletivas (catarata, tratamento de varizes e retirada de amígdalas) realizadas em 2011. • 11,4 milhões de exames papanicolau feitos em 2011. • 3,9 milhões de mamografias de rastreamento realizadas em 2011. Fonte: Ministério da Saúde
cípios tiveram nota inferior à média. A maior parte deles ficou abaixo do regular: 47% (2.616, entre 5.563 municípios) receberam notas entre 5 e 5,9; 2,4% (132 municípios) tiveram notas variando de 0 a 3,9 e apenas seis cidades ficaram com nota acima de 8, entre elas, nenhuma capital. A intenção do ministério é atualizar o resultado a cada três anos.
Um país, duas realidades Um dos maiores desafios para a saúde pública brasileira é encarar a fase de transição epidemiológica que o Brasil experimenta. Ao mesmo tempo em que não venceu moléstias típicas de nações subdesenvolvidas, como esquistossomose, malária, tuberculose, o País tem de conter doenças crônicas e degenerativas comuns em regiões desenvolvidas, como hipertensão, diabetes e câncer. “A população está vivendo mais e os hábitos alimentares estão mudando e, com isso, cresce a incidência de enfermidades crônicas”, afirma a professora do Grupo Interdepartamental de Economia da Saúde, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paola Zucchi. “Ao mesmo tempo, as doenças infectocontagiosas típicas de países pobres continuam atingindo a população. Nos últimos anos, houve recrudescimento da incidência da tuberculose, impulsionada pelos casos de Aids. O gestor de saúde pública tem de lidar com esses resultados epidemiológicos diversos em um país continental como o Brasil, onde o perfil demográfico é diferente de uma região para outra.” No Norte, predominam as arboviroses, no Nordeste, os casos de esquistossomose são maiores. Já no Centro-Oeste e no Norte de Minas Gerais ocorrem muitos casos de doença de Chagas, enquanto no Sul e no Sudeste há mais casos de dengue, cólera e doenças crônicas. A professora revela que as mudanças 34
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de perfil socioeconômico de todas as regiões brasileiras também influenciam na incidência de moléstias. “Há crescimento de doenças crônicas também nas regiões Norte e Nordeste. Não são raros os casos de índios com hipertensão. Eles estão comendo mais produtos industrializados, calóricos, em detrimento do peixe que sempre predominou em sua alimentação”, diz Paola. Segundo o Datasus, as cinco principais causas de morte no País são as doenças do aparelho circulatório, neoplasias, causas externas (acidentes, violência), doenças do aparelho respiratório e moléstias infecciosas e parasitárias. “Enfermidades como a tuberculose, malária, Aids e outras infecciosas representam carga importante e alta mortalidade no Brasil”, diz Vera Lucia Luiza, da Fiocruz. Mas, segundo a pesquisadora, as doenças crônicas não transmissíveis representam relevante problema de saúde pública e tendem a crescer no Brasil. “Hipertensão e diabetes, enfermidades silenciosas em sua fase inicial, sendo nesta etapa negligenciada por seus portadores, constituem desafio importante para a saúde pública no País. Sua prevenção, assim como a redução do ritmo de avanço dependem fortemente de aspectos comportamentais ligados à dieta, exercícios físicos e outros hábitos de vida”, acentua. Segundo o Ministério da Saúde, 48,5% da população das capitais brasileiras está com excesso de peso e 23,3% são hipertensos. “Cerca de 260 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos com uma alimentação adequada”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, estudos indicam que 22% das doenças cardíacas, de 10% a 16% dos casos de diabetes tipo II e de cânceres de mama, cólon e reto poderiam ser evitados por meio da realização de quantidade suficiente de atividade física. “Uma vez instaladas, essas doenças acompanham os indivíduos por longo tempo, em geral toda a vida, requerendo tratamentos progressivamente mais caros. Se inadequadamente tratadas, implicam perda da qualidade de vida com complicações, muitas vezes, incapacitantes, que provocam sofrimento aos portadores e suas famílias”, diz a pesquisadora da Fiocruz, lembrando também dos ônus sociais e econômicos envolvidos na questão. “A adesão a tratamentos prolongados é um desafio, requer tratamento ininterrupto e, muitas vezes, de alto custo. Ademais, muitas são agravadas com o avançar da idade, quando os indivíduos já estão fora do mercado de trabalho, comprometendo sua renda de forma importante.” Uma vez que as doenças crônicas degenerativas são problema importante também nos países desenvolvidos, há, segundo Vera Lucia, grande investimento das empresas multinacionais
panorama
saúde não tem preço – pessoas atendidas (milhões - jan/11-jul/12) 4,3
4,5 4,0 3,4
3,5
3,6
2,8
3,0 2,5 2,0
1,8
1,5 1,0
0,853
0,5 0 Jan/11
Abr/11
Jul/11
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Jan/12
Jul/12
Fonte: Ministério da Saúde
no desenvolvimento de novos medicamentos. “O desafio para países como o Brasil é viabilizar financeiramente a produção e os mecanismos de financiamento.” Paola Zucchi, da Unifesp, revela, contudo, inquietação com as doenças negligenciadas pelos países desenvolvidos, como chagas, malária, tuberculose. “A tecnologia para tratamento de tuberculose não mudou muito nos últimos anos. Não interessa aos países desenvolvidos investir nesse tipo de doença”, afirma. Vera Lucia faz coro à colega. “Aqui há outro tipo de desafios: se essas moléstias não representam mercado atraente às empresas multinacionais, os países do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) têm papel diferenciado pelo seu potencial de desenvolvimento tecnológico. Nesse conjunto, o Brasil se destaca pela capacidade instalada de laboratórios oficiais e mecanismos públicos de investimento”, observa a pesquisadora da Fiocruz, adicionando que o País tem sido inovador no grupo de países de mesmo nível de renda nos investimentos em programas ligados a hábitos de vida, como as Academias da Saúde. Segundo o Ministério, existem 2.711 academias habilitadas para construção em todo o País, da meta de quatro mil até 2014. “O programa nacional de imunizações é modelar e vale citar os programas de taxação do tabaco, a chamada Lei Seca, as legislações quanto à composição dos alimentos, os investimentos em saneamento básico”, destaca Vera Lucia. Mas a pesquisadora revela preocupação com os casos de doenças mentais e as chamadas causas externas, que in36
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cluem acidentes (Brasil ocupa o 5º lugar no mundo em mortes provocadas pelo trânsito), violência e o consumo de entorpecentes – 30,3% da população das capitais relatam consumo abusivo de álcool e o crack é considerado uma epidemia. “O uso de drogas emerge como um desafio importante, onde os programas públicos estão ainda andando com dificuldades.” Na questão do acesso a medicamentos, Paola Zucchi afirma que houve avanço importante nos últimos anos. “Assistência farmacêutica evoluiu muito desde o final da década de 1990. Primeiro, com a introdução dos genéricos, depois com o Farmácia Popular. Ainda não temos dados consolidados, mas certamente essa evolução influirá na queda dos casos de AVC, infarto e outras doenças. É um investimento bom, porque ajuda o SUS a gastar menos com internação”, salienta. Para Vera Lucia, o País tem feito uma série de ações importantes nessa área, regulando o acesso, ressignificando o conceito de medicamentos essenciais e ampliando os investimentos. “Há avanços nos mecanismos de financiamento e provisão, que vêm mostrando resultados particularmente quanto aos medicamentos básicos. Porém, os medicamentos necessários aos tratamentos de média e alta complexidade são um desafio a ser vencido”, diz a pesquisadora da Fiocruz.
debate
Sistema
unilateral
Em 2013 todas as farmácias e drogarias do país terão de registrar as vendas de antibióticos no SNGPC. Os estabelecimentos que não se enquadrarem nas determinações da Anvisa poderão receber multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão ou sofrer interdição e até cancelamento de licença
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P o r m a r c elo de v a léc i o
Em mais uma atitude para controlar as vendas de antimicrobianos (comumente conhecidos como antibióticos), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que a escrituração eletrônica do medicamento seja obrigatória para as farmácias e drogarias do País. Na prática, significa que todas as entradas e saídas de antibióticos deverão ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), operado pela Anvisa desde 2008. O SNGPC é o sistema pelo qual os órgãos de vigilância sanitária fiscalizam os procedimentos de movimentação de compra (entrada) e venda (saída) de medicamentos controlados em farmácias e drogarias. Até a entrada dos antibióticos, o SNGPC monitorava apenas medicamentos de controle especial (psicotrópicos) e a pre-
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visão é de que ele atinja outros segmentos, como a escrituração para hospitais e clínicas. O prazo para que as farmácias iniciassem o registro e concluíssem a adesão ao sistema para os antibióticos terminava em abril do ano passado. A Anvisa o prorrogou para 16 de janeiro de 2013 e no último dia 10 de dezembro de 2012 anunciou uma nova prorrogação, mas sem data definida até o fechamento desta edição. “As farmácias e drogarias que não estejam no sistema não poderão comercializar antibióticos”, enfatiza a coordenadora do SNGPC, Márcia Gonçalves. Os estabelecimentos que não se enquadrarem nas determinações da Anvisa poderão receber multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, dependendo do caso. Sem contar que a farmácia poderá sofrer interdição e até cancelamenfotos: shutterstock
to de licença se infringir as regras. A nova prorrogação ocorreu devido à necessidade de um maior tempo para fase de testes entre Anvisa e farmácias e drogarias privadas, uma vez que a Gerência Geral de Tecnologia da Informação identificou instabilidade do ambiente de homologação do SNGPC para a versão 2.0 do sistema e, em consequência da impossibilidade dos desenvolvedores de completarem seus testes, é necessário prorrogar o prazo para essa fase de testes. Diante disso, o prazo previsto no item III do Art. 2º da Instrução Normativa nº 07/2011 que previa o início da escrituração de antimicrobianos no SNGPC a partir de 16 de janeiro de 2013 será prorrogado. O período da prorrogação será publicado em breve por meio de uma Instrução Normativa. Os estabelecimentos que já comercializam medicamentos e substâncias da Portaria 344/98 e escrituram essas movimentações no SNGPC deverão continuar da mesma forma; quanto aos estabelecimentos que comercializam somente os medicamentos antimicrobianos, devem continuar a dispensar esses medicamentos com a retenção da segunda via da receita, conforme prevê a RDC 20/11. Caso surjam dúvidas, deve-se entrar em contato com a Anvisa por meio de sua Central de Atendimento 0800 0649782 ou digitar a dúvida neste link: http://www.anvisa.gov. br/institucional/faleconosco/FaleConosco.asp. Márcia lembra às farmácias que ainda não trabalham com o sistema que o primeiro passo é atualizar o cadastro do estabelecimento na Anvisa. Essa é condição obrigatória para qualquer farmácia ou drogaria operar no Brasil. “Sem o cadastro é impossível fazer o credenciamento no sistema”, adverte a coordenadora do SNGPC. Após a etapa cadastral, a farmácia deverá realizar o credenciamento no SNGPC para que possa iniciar o envio das informações por meio eletrônico para a Anvisa. O credenciamento inclui três etapas: inclusão do estabelecimento farmacêutico no sistema específico da Anvisa, atribuições de perfis dos usuários no sistema de segurança da agência e associação do farmacêutico responsável técnico pelo responsável legal no SNGPC. A coordenadora do SNGPC explica que não é necessário pagar qualquer taxa e que o credenciamento pode ser feito de forma simples no Portal da Anvisa. “Tanto o cadastramento quanto o credenciamento têm roteiro no site da Agência para auxiliar os usuários (www.anvisa.gov.br/sngpc.)” Desde o final de 2010, 2013 janeiro guia da farmácia
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debate
O responsável pela inserção dos dados no sistema é o farmacêutico. Ele pode fazer o envio das informações de uma vez por dia até uma vez por semana. Para estabelecimentos que trabalham com grande volume de vendas o envio uma vez por dia pode ser mais prático o controle de antibióticos vem sendo feito pela Anvisa, com a exigência de retenção do receituário pela farmácia. As receitas são emitidas pelo médico em duas vias, sendo que a primeira via fica retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda é devolvida ao paciente, com carimbo para comprovar o atendimento. Tal medida continuará necessária mesmo depois da obrigatoriedade da escrituração no SNGPC. “As receitas continuarão sendo retidas e arquivadas por dois anos. Já a escrituração manual acaba com o início da eletrônica. Do dia 16 em diante, não haverá mais escrituração em livros”, diz Márcia. A coordenadora do SNGPC destaca também que ter computador e acesso à internet é essencial para acessar o sistema e isso é necessário em todas as filiais de uma rede. Não existe um programa de computador específico definido pela Anvisa. O que é exigido é que a informação seja encaminhada nos padrões definidos.
As independentes já estão preparadas? A farmacêutica responsável da drogaria Agafarma, de Porto Alegre (RS), Flávia Pederiva, acredita que no início pode haver dificuldade, como ocorreu quando foi implantado o registro de psicotrópicos no SNGPC, mas, aos poucos, será assimilado. O sistema já vem sendo testado na farmácia e ela acredita que não terá problemas nesse aspecto. Seu receio é que o Portal da Anvisa não dê conta das novas inclusões. “O Portal sai do ar ocasionalmente; esperamos que isso seja resolvido antes de começarem as inclusões dos antibióticos, quando vai aumentar muito o acesso”, diz. O proprietário da drogaria Farmafort Santana, de Sorocaba (SP), Rogério Lopes Júnior, também tem receio de que o site não aguente. “Será que o sistema da Anvisa vai suportar a quantidade de informação que irá circular, tendo em vista que a venda de antibióticos é muito grande?”, questiona. Do outro lado da história, no cotidiano das farmácias, Lopes Júnior prevê transtornos com o grande volume de informações que será gerado com a venda de antibióticos. “Provavelmente, teremos de contratar um funcionário para atender a essa nova demanda de produtos para processar.” O empresário revela que o sistema já está sendo testado na sua loja e nas demais farmácias do sistema Far40
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mafort, e não espera surpresas de última hora. Já o proprietário da drogaria Nova Parapuã, de São Paulo, Saulo Antonio Gilio, afirma não ter dúvidas quanto ao processo e acesso ao sistema da Anvisa. “Será apenas uma adaptação ao que vinha sendo feito antes com os psicotrópicos”, diz. Para ele, o problema maior é econômico. “Tivemos uma queda no faturamento com a exigência da retenção da receita dos antibióticos. Agora, com as novas determinações, a demanda de serviço irá aumentar sem a contrapartida da receita”, pondera. A farmacêutica responsável pela Multidrogas de São José do Rio Preto (SP), Luciana Favero Carvalho, diz não ter todas as informações necessárias ainda e que a implantação do sistema está sendo discutida pela cooperativa. “Sabemos que teremos de incluir os dados no sistema, mas não temos a informação completa de como será feita essa transmissão. No nosso caso não será centralizado, cada loja se responsabilizará pelo envio das informações para o site da Anvisa. Mas estaremos discutindo os detalhes na próxima assembleia da cooperativa”, sinaliza. A farmacêutica responsável pela Drogaria Sil, de Goiânia (GO), Neurismar Nunes Pereira, prevê que a nova determinação vai provocar transtornos no cotidiano da farmácia, gerando novos custos. “Provavelmente, terei de contratar um funcionário para atender ao aumento da demanda de escrituração. Um serviço burocrático que tomará tempo e gerará custos extras”, acredita. A farmacêutica critica também o suporte de informações da Anvisa. “Não me considero totalmente informada sobre as mudanças. Liguei na Agência e me pediram para ler a RDC. Mas nem todas as respostas estão na resolução ou no site. Não sei, por exemplo, se será necessário trancar os antibióticos em armários especiais, como é feito com os psicotrópicos”, salienta. Essa é também uma das dúvidas da farmacêutica responsável pela Drogatur, de Angra dos Reis (RJ), Jenifer Brasil dos Santos, que faz coro para as críticas em relação à difusão de informações feita pela Anvisa. “Será que terei de separar todos os antibióticos dos demais medica-
fique atento
Como é feito o credenciamento? – No site da Anvisa há um roteiro para auxiliar os usuários: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/ Anvisa+Portal/Anvisa/Setor+Regulado/Como+Fazer/ Cadastramento+de+Empresa É preciso pagar alguma taxa? – Não. Quem será o responsável na farmácia pelas movimentações no SNGPC? – O farmacêutico (responsável técnico cadastrado). Na ausência dele, o seu substituto, que deverá também estar cadastrado no sistema. Como se dará o registro das informações? – Todas as entradas e saídas de antibióticos deverão ser registradas no SNGPC.
A retenção da receita continuará a ser obrigatória? – Sim, a retenção de uma via da receita continuará a ser exigida. O ambiente do SNGPC é seguro? – Sim. Segundo a Anvisa, somente usuários cadastrados poderão acessar o sistema por meio de senha pessoal, sigilosa e intransferível. Os antibióticos terão de ficar em área restrita ou em armários trancados como é feito com os psicotrópicos? – Não, eles poderão ficar junto com outros medicamentos e não precisarão estar em armários específicos e trancados.
Para mais esclarecimentos, acesse o SNGPC no Portal da Anvisa (www.anvisa.gov.br/sngpc) ou ligue para a Central de Atendimento da Agência: 0800 6429782.
O problema, segundo ele, é a capacidade do próprio SNGPC em suportar a demanda. Além disso, o sistema foi construído de modo unilateral, sem discussão com as entidades do setor varejista, tampouco empresas de desenvolvimento de sistemas utilizados no mercado. “Lembro-me do dia em que fomos chamados na Anvisa, na gestão anterior, para sermos apresentados ao sistema. Apontamos uma série de falhas, inconsistências, erros conceituais e de projeto. Mas já estava tudo pronto e seria ‘democraticamente’ implantado. É um sistema importante. Mas foi concebido errado”, diz Barreto. O executivo ressalta, contudo, que houve alguns avanços posteriores. “Por pressão do setor, foi criado um comitê de acompanhamento que muito contribuiu para aparar arestas. A área técnica da Anvisa, incluindo a coordenação do SNGPC, é sensata e parceira no diálogo. É assim que deve ser”, destaca.
E CO N TEÚDO
mentos, em um armário com chave?”, indaga. “A Agência precisa informar melhor as farmácias, explicar os detalhes.” Segundo a Anvisa, não será necessário separar os antibióticos de outros medicamentos, tampouco trancá-los em armários específicos. Outra dúvida que tem surgido é com quais dados deve-se alimentar o SNGPC, do comprador ou do paciente? “No caso dos antibióticos será necessário alimentar com os dados do paciente. Afinal, esta é uma medida que tem como foco reduzir o abuso de antibióticos e o consequente aumento da resistência microbiana”, afirma Márcia Gonçalves, da Anvisa. O responsável pela inserção dos dados no sistema é o farmacêutico. Ele pode fazer o envio das informações de uma vez por dia até uma vez por semana. “Para estabelecimentos que trabalham com grande volume de vendas o envio uma vez por dia pode ser mais prático e evitar arquivos muito grandes”, pondera a coordenadora do SNGPC. As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no País, com exceção dos que têm uso exclusivo em hospital. Para o presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, a inclusão dos dados no SNGPC é uma boa medida, mas faz algumas ressalvas. “Se já retemos receitas, o registro é um passo natural. A Abrafarma apoia a medida, mas acredito que iremos esbarrar no limite tecnológico”, pondera o executivo.
O envio das informações terá de ser feito diariamente? – Pode ser feito de uma vez por dia até uma vez por semana.
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Para as farmácias que ainda não trabalham com o SNGPC o que elas têm de fazer? – O primeiro passo é verificar se o cadastro do estabelecimento na Anvisa está atualizado. Após essa etapa, a farmácia deverá realizar o credenciamento específico no SNGPC.
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Confira no Portal do Guia da Farmácia um checklist completo com todos os esclarecimentos sobre o SNGPC. www.guiadafarmacia.com.br
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Anopróspero e gordo Para entrar no Novo período com vocação para crescer, o Guia da Farmácia selecionou 15 dicas sobre como elevar os rendimentos do seu negócio, conquistando mais clientes e vendendo com eficácia
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P o r r o d r i g o r o dr i g u es
2013 promete ser um ano bem-sucedido para a economia brasileira, segundo as projeções oficiais do governo. O Ministério da Fazenda estima aumento de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o Ministério do Planejamento projeta aumento do investimento público e o Banco Central prevê manutenção da taxa básica de juros no atual patamar de 7,5%, o mais baixo da história do País. O próximo ano também marcará o início dos eventos esportivos, com a realização da Copa das Confederações em seis capitais: Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte. Com tantos fatores favoráveis, o próximo exercício deve
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ser decisivo para a consolidação do crescimento do setor varejista brasileiro, que mesmo no contexto de crise atingiu avanço de dois dígitos em 2012. Nas previsões do IMS Health este mercado deve dobrar de tamanho até 2017, atingindo R$ 87 bilhões e fechando 2012 com faturamento de R$ 45 bilhões. Para aproveitar o bom momento, o empresário deve estar atento à gestão do negócio e a ações de marketing que possam ajudar a alavancar as vendas e elevar o faturamento no próximo exercício. Para tanto, o Guia da Farmácia ouviu vários especialistas do setor para ajudar o pequeno e o microvarejista a venderem mais. fotos: shutterstock/divulgação
Gestão profissionalizada e planejamento Antes de tomar qualquer decisão de marketing, o comerciante deve ter as contas em dia e entender completamente a dinâmica da loja. Dominar o fluxo de caixa, entender a sazonalidade do produto, ter controle de estoque e perdas, saldar as dívidas e pagamentos de impostos e empregados são extremamente importantes para o varejista que deseja planejar o futuro e traçar metas para o negócio. “O grande problema das farmácias de pequeno porte é que ainda impera uma gestão ineficiente que as impede de mensurar seus resultados financeiros, e sem indicadores de atividade
essas empresas não conseguem estabelecer uma política de precificação que garanta competitividade no mercado”, afirma o sócio-diretor do Instituto Bulla de Goiânia, Cadri Awad, cujo objetivo é treinar e capacitar farmacêuticos e empresários para a gestão de farmácias. “O empresário de pequeno porte deve colocar a gestão do negócio em primeiro lugar, pois assim terá condições de desenvolver uma boa política de preços, e finalmente somar a isso um bom atendimento, mix de produtos e estratégias comerciais que diferenciem o seu negócio da concorrência”, completa.
entenda o cliente e a vizinhança Para elevar as vendas, o varejista também precisa entender como se dá o comportamento do seu cliente na hora da compra. Ele gasta por impulso? Qual o valor do tíquete médio e das possíveis vendas casadas (cross-selling) que ele faz? O comprador médio é mulher, homem, idoso, jovem? Essas informações são de extrema importância para o comerciante guiar suas ações de marketing. Estabelecer um perfil do comprador médio pode ajudar a elaborar ações que induzam o cliente a consumir mais durante a experiência de compra. “Conhecer os aspectos
positivos do ponto de venda também é essencial para atrair mais clientes para dentro da loja. Traçando um perfil do shopper, as ações promocionais tornam-se mais eficazes. Gasta-se menos dinheiro e os resultados são mais direcionados”, avalia a professora do Núcleo de Estudos sobre o Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e diretora da Shopfitting Consultoria, de São Paulo, Heloisa Omine. Para obter esses dados, três ou quatro perguntas durante o pagamento do produto podem ajudar na tarefa de identificar o comprador médio da loja.
entenda a dinâmica das vendas Saber quais os produtos que vendem mais e os meses em que isso acontece também é um passo extremamente importante para alavancar as vendas e manter a loja abastecida. A dinâmica do estoque ajuda o varejista a criar promoções, kits de vendas e diminuir os prejuízos com compras erradas. Os especialistas aconselham o comerciante a trabalhar com produtos de alta saída, apostando principalmente nos genéricos, que têm preço mais acessível e se popularizado entre os consumidores. No início de novembro, a Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) divulgou uma lista dos medicamentos mais vendidos nas farmácias do País. A relação feita em parceria com o IMS Health pode
servir de referência para o farmacêutico na hora de promover uma mudança no mix de sortimentos da loja. “Dependendo do grau de divulgação na mídia, da qualidade do produto, preço e da orientação de especialistas, alguns produtos são mais populares que outros. É importante que o comerciante estreite suas relações com os fornecedores para se antenar às novidades e campanhas, a fim de oferecê-las ao cliente. Produtos de maior giro dão sustentação às vendas e possibilitam ao comerciante recursos para investimentos em produtos de maior valor agregado”, orienta o professor do departamento de marketing da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Lupoli Jr. & Consultores Associados, José Lupoli Jr.
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mudanças no layout Poucos comerciantes se dão conta, mas a disposição dos produtos na loja estimula a compra por impulso e ajuda na escolha de produtos de maior valor agregado, especialmente no que se refere aos itens de higiene pessoal e cosméticos. Dispor de gôndolas temáticas para exposição de itens da estação ou do mês, além de espaços especiais para kits e promoções, gera grande impacto nas vendas, segundo os especialistas. Eles indicam, inclusive, a adoção de espaços para a presença de consultores e dermoconsultores, a fim de divulgar marcas e produtos no ambiente de compra, além de espaços de ofertas próximo aos caixas. “Mexer no layout é uma forma de renovar a loja sem ter grandes custos, principalmente na área de perfumaria. O comerciante deve aproveitar ao máximo o espaço interno das gôndolas e vitrines para promover os produtos. Se há espaço para levar os medicamentos controlados para dentro do estoque e usar as vitrines para outros objetivos é ainda melhor. Com o acirramento da concorrência, os itens de Higiene Pes-
soal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) ganham ainda mais importância na construção das margens de lucro e precisam ser valorizados”, afirma o consultor de marketing do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), José Carmo Vieira de Oliveira. O consultor Cadri Awad, do Instituto Bulla, alerta, contudo, para a importância de o empresário verificar a viabilidade orçamentária na hora de rever o layout e promover mudanças que geram custos: “Muitos gestores investem em mudanças físicas sem sequer analisar os resultados financeiros da empresa, acreditando que tais intervenções melhorarão o desempenho de seu negócio, e tais decisões acabam por agravar ainda mais o que talvez não esteja indo tão bem. Sabemos que uma loja bonita, bem iluminada e com layout compatível ao seu mercado consumidor atual, é muito importante. Mas fica um alerta: o empresário só deve tomar esta decisão após verificar em seus demonstrativos de lucros e perdas a viabilidade de tais investimentos”, avisa.
parcerias com indústria e fornecedores Não é de hoje que o relacionamento entre indústria e varejista vem se estreitando. Buscando cada vez mais o diálogo com o consumidor final, os fabricantes têm utilizado os pontos de venda para promover suas marcas e produtos e reforçar os laços da cadeia produtiva. Por isso, o varejista pode buscar parcerias com os fabricantes não apenas para obter descontos, mas também oferecer serviços e informações ao comprador. “Abrir espaço para ações no ponto de venda tem impacto significativo entre as consumidoras, principalmente, e servem de diferencial para a loja”, diz a professora Heloisa Omine, da ESPM. Além das ações de merchandising, as grandes indústrias farmacêuticas oferecem programas de desconto em medicamentos para pacientes de doenças crônicas, câncer, entre outros. Esses programas ajudam a fidelizar o cliente e dependem do varejista para acontecer.
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ofertas e promoções Apesar de muitos consultores apontarem o atendimento como fator primordial para a sustentação no mercado, pesquisas indicam que o cliente do canal farma ainda é muito comprometido com bom preço, ofertas e promoções. Para não ficar à mercê apenas de compradores oportunistas, que só se interessam por ofertas e promoções, os especialistas consultados pelo Guia da Farmácia afirmam que elas devem fazer parte de uma estratégia ampla de marketing e precificação. Embora as ofertas e promoções sejam essenciais para a vida diária do comércio, os especialistas afirmam que elas precisam ter dia e hora para começar e terminar, sob o risco de comprometerem o negócio. Segundo José Lupoli Jr., professor da USP, os varejistas farmacêuticos precisam e devem utilizar kits de “pague 2 leve 3”, ao cestão de ofertas de preço único e os descontos sazonais sempre que necessário, mas dentro de uma estratégia que não com-
prometa a saúde da empresa. “Essas ofertas e promoções precisam acontecer por um período de tempo apenas. Não podem ser permanentes. O ideal é fazer um calendário, encaixando as ações ao longo do mês ou de qualquer outro período, com prazo para terminar. Essas promoções não podem ser permanentes se a loja está trabalhando com margens pequenas de lucro, para não prejudicar o fluxo de caixa”, avalia o especialista. O consultor de marketing do Sebrae-SP, José Carmo Vieira de Oliveira, concorda com premissa e diz que o melhor momento de realizar oferta é quando o comerciante consegue uma compra com desconto vantajoso e ganho de escala considerável, além de afastar o risco de ruptura no estoque. “Toda a ação promocional deve ser bem calculada e dentro de uma estratégia ampla, para não comprometer as contas no final do exercício”, aponta.
treinamento e renda variável olho no calendário A dica de Heloisa Omine, da ESPM, é seguir o calendário de festividades, aliando as ações promocionais aos dias especiais de maior consumo, como Dia das Mães, Natal, Páscoa, etc. “O cliente que frequenta a drogaria corriqueiramente também quer ser surpreendido. Aliar a decoração a essas datas e trazer promoções especiais de verdade é um ótimo jeito de surpreender. Gastando pouco ou quase nada, ele pode aliar-se aos fornecedores para oferecer os kits e ações no lançamento de novos produtos e nas novas campanhas de marketing promovidas pelos fabricantes”, reitera. É nas datas comemorativas que as lojas estão cheias e os consumidores, dispostos a gastar, comprando muitas vezes além do que foi planejado. O comércio lucra justamente com o estímulo às compras por impulso. “Além de preparar a loja, com decoração específica para cada data, lembre-se: por maior que seja o esforço, de nada valerão as ações planejadas se não houver produtos disponíveis nas prateleiras. Para aproveitar o calendário promocional do comércio, é preciso se programar com antecedência e evitar falta de produtos nas gôndolas”, alerta a professora.
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O grande aliado da promoção e ações de marketing é a capacitação dos empregados, segundo os especialistas consultados. Para eles, sem orientação adequada e estímulo ao comprometimento, o negócio não evolui. Além de treinamentos periódicos de atendimento, é sugerido que os empresários criem condições de evolução do funcionário no negócio, para que ele se sinta prestigiado e abrace com determinação as ações implantadas. Além de plano de cargos e salários, passando pela linha balconista I, II e III, farmacêutico I, II e III, etc,, a dica é criar estímulos extras para o período promocional, como folgas, ganhos adicionais para o cumprimento de metas e até prolongamento de férias. “Dentro da estratégia de promoções e ofertas do período, o empresário precisa estimular o empregado a oferecer os produtos promocionais e encantar o cliente para que, mesmo no período de preços normais, ele se sinta confortável a voltar à loja”, comenta Lupoli Jr. Sobre os ganhos extras, os consultores sugerem estipular metas para que os empregados cumpram coletivamente ou individualmente durante os períodos promocionais. Caso não seja viável oferecer percentual por cada venda, os especialistas defendem um aporte fixo no salário naquele período para aqueles que cumprirem o objetivo. Se ainda assim o estímulo financeiro não for viável ao comerciante, a sugestão é trabalhar com prolongamento de folgas ou férias, ajuda de custo para cursos e viagens. “Funcionário satisfeito e estimulado faz tão bem ao negócio quanto contas e impostos em dia”, brinca José Carmo Vieira.
mix variado e gerenciamento por categorias Conforme representado em outras edições do Guia da Farmácia, a diversificação do mix de produtos é uma arma cada vez mais poderosa entre os varejistas farmacêuticos, especialmente no que diz respeito aos itens de higiene pessoal e cosméticos. Uma das ferramentas mais utilizadas pelos varejos de todos os portes é o gerenciamento por categorias (GC), cujo objetivo é facilitar a vida do consumidor por meio da organização das mercadorias de mesma categoria (ou afinidade de uso) em prateleiras próximas, em vez de deixá-las dispersas em diferentes pontos da loja. Na prática isso significa juntar todos os itens cuja compra estimula outras compras. Ou seja, a mãe que vai comprar fraldas certamente deve querer levar lenços umedecidos, leite, chupeta ou mamadeira para o seu filho. O GC garante justamente que esses itens estejam próximos para estimular a compra e elevar o tíquete médio do cliente. Com o constante lançamento de produtos inovadores de HPC, o gerenciamento por categorias ganha importância ainda maior na geração de novas receitas para o varejista. “Os produtos de HPC constituem uma das grandes razões do crescimento do faturamento no canal farma. O consumidor brasileiro está mais exigente e consumindo produtos cada vez melhores. As farmácias de pequeno porte precisam estar atentas a esta necessidade, pois isso gera aumento de tíquete médio e do número de clientes atendidos, ou seja, na prática aumenta vendas”, diz Cadri Awad, do Instituto Bulla. Para entender os itens puxadores de venda de outros itens, vários softwares disponíveis no mercado podem fazer essa análise para o varejista, assim como diversas consultorias especializadas no assunto. Em muitos casos, o próprio fabricante dos produtos ajuda o comerciante nessa organização, seja executando o serviço na hora da reposição do estoque, seja orientando e dando cursos para balconistas e farmacêuticos. As experiências no varejo com a implantação do sistema mostram um crescimento médio de 30% nas vendas. “Gerenciar o estoque de acordo com a dotação orçamentária definida no demonstrativo de resultados da empresa. Algumas farmácias não conseguem aumentar vendas, porque não possuem estoque compatível com sua venda bruta, o que limita o aumento de faturamento”, pontua Awad.
fidelização A regra número um de quem planeja crescimento é não perder receita e o que já conquistou. Para tanto, a palavra fidelização é um mantra que precisa ser repetido cotidianamente e sempre ser incluído no planejamento empresarial. “Cuidar do cliente que já frequenta a loja é um desafio tão grande quanto atrair novos compradores”, diz Lupoli Jr. “Cada comércio vive uma realidade diferente. Mas nenhum deles pode deixar de dar atenção para o cliente que já vem demonstrando gratidão pelos serviços prestados. É uma via de mão dupla, que tem de ser percorrida pelo comerciante, tendo ou não dinheiro para investir”, completa o professor da USP. Por isso, os especialistas sempre indicam ações para agradar especificamente a esse grupo. Criar cartões de fidelidade que geram pontos para adquirir novos
produtos, descontos nas próximas compras e até facilidades de pagamento são algumas dicas dadas pelos consultores. Algumas redes grandes já oferecem caixas especiais para cliente fidelizado, serviços de entrega gratuito e até orientação pessoal e acompanhamento de tratamento. “Fazer uma ligação semanal para acompanhar o tratamento e orientar o cliente é tão ou mais eficaz que oferecer prêmios. Os clientes que frequentam a loja, especialmente os mais velhos e que estão em tratamento contínuo, precisam de atenção redobrada e condições especiais para voltarem no mês seguinte”, avalia Lupoli Jr. Além dos cartões de bônus, sorteio de prêmios ou descontos, outra dica é isentar o cliente fiel das taxas de atenção farmacêutica e entrega; é opção igualmente aceita e gera satisfação, segundo os analistas ouvidos.
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anúncios e ações de marketing Outro grande dilema do farmacista é sobre a campanha de marketing externo para atrair novos clientes. De acordo com os especialistas, qualquer ação que divulgue o ponto de venda e chame atenção para os atrativos da loja é bem-vinda. A grande prioridade, segundo eles, é a viabilidade econômica do projeto. Por exemplo, ao planejar um caderno de ofertas, o comerciante precisa verificar se o investimento vale a pena. O público-alvo do bairro lê? “Às vezes, uma caixa de som ou um carro anunciando as ofertas pelas ruas do bairro pode ser mais eficaz que gastos com anúncios em rádio, TV ou impresso. Tudo depende da realidade do comerciante. Muitas vezes patrocinar o time do bairro, doando camisas e patrocinando um festival, funciona muito melhor”, avalia José Carmo Vieira, consultor do Sebrae-SP. No caso dos cadernos de oferta, a dica é criar
um mailing com o endereço dos clientes mais assíduos e enviar uma mala-direta, seja eletronicamente ou por correio. Outra dica dos consultores é buscar parcerias para a impressão, já que muitas vezes o fornecedor tem interesse em dividir as despesas para publicar seu produto e vender mais. “A regra é saber o que cabe no orçamento e o que pode ser feito por parceria, a fim de minimizar os impactos financeiros. Uma faixa ou um banner na frente da loja anunciando novas condições de pagamento e oferta têm um grande impacto e não custam quase nada. O varejista tem de agir. Só não pode esperar que o cliente entre na loja por milagre”, brinca Vieira. A promoção de palestra em escolas, associações de bairro e entidades de classe sobre saúde também é uma opção para o farmacêutico divulgar a marca a um custo apenas humano, mas que pode torná-lo referência em saúde e aproximação com a comunidade.
adoção de tecnologia A adoção da tecnologia na gestão do negócio é outro item essencial para o varejista. Além de softwares de gestão de caixa e estoque, o comerciante pode usar a tecnologia como aliada para a relação com o cliente. A construção de um site na internet é ferramenta fundamental para atrair a nova geração de compradores. Serve para estreitar a comunicação com ela e anunciar as ações. Embora o impacto ainda seja pequeno nas vendas, José Carmo Vieira, do Sebrae-SP, acredita que é um item adicional que pode ser usado numa estratégia panorâmica de marketing da loja. “Além de espaço para anunciar as ofertas, o comerciante pode usar a página como orientadora de tratamentos, de dúvidas sobre uso correto da medicação e até de vendas e pedidos”, vislumbra. “Ter uma página na internet hoje é como ter um RG, uma identidade empresarial e um cartão de visita on-line”, completa Vieira. O consultor também diz que a formação de mala-direta para comunicação por e-mail com os clientes é muito boa. Além de enviar ofertas, com duas ou três perguntas na hora da compra, é possível saber os gostos do cliente e sua data de nascimento, para envio posterior de congratulações e acompanhamento do tratamento. “Pensar na frente e fazer diferente pode render bons frutos no futuro”, filosofa o representante do Sebrae-SP. “A maioria das farmácias de pequeno porte utiliza softwares deficientes que não permitem bom monitoramento dos resultados da empresa”, pondera Cadri Awad, líder do Instituto Bulla.
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adoção de serviços desafios associe-se e ganhe lucro Os consultores ouvidos pelo Guia da Farmácia também orientam o empresário a buscar parcerias para ajudar na negociação com fornecedores e fabricantes. Seja uma associação independente de bandeiras, seja no esquema associativismo coletivo, as parcerias ajudam na orientação operacional do negócio e na economia de gastos com compra de equipamentos. “Essas associações de bandeiras permitem a compra coletiva em grande escala e ajudam na obtenção de descontos. Além do ganho significativo, o empresário ainda consegue trocar experiências e aprender a adotar estratégias vencedoras na própria loja”, avalia o consultor do Sebrae-SP.
onde estão as oportunidades? top 10 – medicamentos mais vendidos no País entre agosto/2011 e agosto de 2012 Nome 1. Neosoro 2. Ciclo 21 3. Microvlar 4. Salonpas 5. Puran T4 6. Dipirona Sódica 7. Buscopan Composto 8. Rivotril 9. Dorflex 10. Hipoglos
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
top 8 – mips mais vendidos do Brasil entre agosto/2011 e agosto de 2012 Nome Dorflex Gero Vital Benegrip Neosaldina Buscopan Composto Renu Plus Engov Targifor C
Fontes: IMS Health e Abimip
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Normatizados há três anos pela RDC 44/09, os serviços de atenção farmacêutica são cada vez mais um diferencial para as farmácias e drogarias. A adoção desses serviços pode ajudar na estratégia de qualificação do atendimento e fidelização, segundo os especialistas consultados. Antes da implantação, o comerciante deve analisar as normas técnicas sanitárias e a viabilidade de reservar um espaço físico na loja para o atendimento clínico, como prevê a norma da agência reguladora. “Um serviço só é viável se o cliente está disposto a pagar por ele. Antes da implantação afobada, é preciso análise da freguesia e planejamento de custos. O mesmo vale para serviços de delivery ou internet. O limite das ideias é a viabilidade econômica”, avalia o professor da USP. A adoção de serviços destaca a valorização do farmacêutico e a transformação do ponto de venda em unidade de saúde e orientação. Há pesquisas de mercado que revelam que cerca de 60% dos clientes procuram atendimento nas farmácias. “O serviço é o que difere uma drogaria pequena de sucesso das grandes bandeiras. É um diferencial que precisa ser aplicado para ajudar na queda de braço dos preços”, comenta Heloisa Omine, da Shopfitting Consultoria e da ESPM.
verticalização do estoque O gestor das farmácias de pequeno porte não faz parcerias e perde muito tempo com as compras, o que o impede de planejar ações para melhorar o perfil de venda dos grupos de produtos que influenciam no lucro operacional de forma marcante, diz Cadri Awad, do Instituto Bulla. “ Estabelecer parcerias com os fornecedores. Essa é a palavra de ordem. É hora de verticalizar os estoques, para garantir melhores condições comerciais nas compras”, destaca.
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Qualificação para
maior competitividade
OS DESAFIOS DA PROFISSÃO SÃO INÚMEROS, MAS A SATISFAÇÃO É GARANTIDA. ACOMPANHE O PANORAMA DA ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO BRASIL E A OPINIÃO DE PROFISSIONAIS, PROFESSORES E ESTUDANTES SOBRE ESSA ARTE P o r e g l e leo na r di 54
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Em 20 de janeiro é celebrado o Dia do Farmacêutico. Há muito o que comemorar, mas também há uma sinuosa trilha a ser seguida para que o patamar de excelência desenhado pelos especialistas do mercado seja atingido. A função do farmacêutico é importantíssima para a sociedade, mas no varejo, de modo geral, parece faltar justamente o reconhecimento desse valor para a melhoria da qualidade de vida da população. O profissional tem 74 possibilidades de atuação e o desempenho no varejo representa algumas delas. Todo o ciclo de vida do medicamento é de responsabilidade dele, desde a extração do insumo, a indusfotos: shutterstock/felipe mariano
macêutico por formação, e o estudante, que será um futuro profissional a atuar nos diversos segmentos, formam um conjunto que determinará a qualidade da prestação do serviço futuro à comunidade. O meio acadêmico também tem muito a comemorar, já que desenvolve papel essencial na oferta de novos profissionais ao mercado. No entanto, a falta de consistência curricular e sua aplicabilidade na prática farmacêutica ainda é um desafio a ser superado. De certa forma, no varejo, a população brasileira caminha para a consciência da importância das orientações desse profissional para o maior sucesso possível em seu tratamento. A saúde pública tem cada vez mais exigido o farmacêutico nas ações básicas de saúde, para que sua atuação possa diminuir os gastos, desafogar as unidades de atendimento e efetuar uma gestão econômica do medicamento com competência e conhecimento técnico. Em sua previsão de futuro próximo, o presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária (SBFC), Amilson Álvares, confia que o mercado está caminhando para o tratamento individualizado, sendo que cada paciente terá o seu medicamento customizado, com a substância mais adequada para aquele organismo, na dosagem correta para a massa corporal e com o mínimo de efeitos adversos possíveis. Com isso, os farmacêuticos especializados serão fundamentais para atender à maior exigência da população por uma vida saudável, por longevidade e principalmente por estética e bem-estar. “Acredito muito em uma excelente perspectiva do panorama traçado para o profissional farmacêutico. Aliás, nos países mais desenvolvidos ele já tem seus melhores salários na área de saúde, devido à importância de atuação na qualidade de vida dos seres humanos”, compara ele. trialização ou manipulação e, por fim, a dispensação, lembrando que esse profissional é a última fonte de informação antes que o consumidor faça uso do produto. Nos vários setores de atuação, a evolução é muito dinâmica. Por conta disso são exigidos, cada vez mais, qualificação e novos conhecimentos para atender à demanda do setor de saúde. Os maiores avanços na cura de pacientes e na descoberta de novos tratamentos, na maioria das vezes, são obtidos pelas ações do farmacêutico no acompanhamento dos pacientes. A qualificação exigida pelo mercado apresenta dois novos personagens que interagem em sala de aula: o professor e o aluno. O educador, normalmente um far-
VIÉS MERCADOLÓGICO Apesar desse otimismo, Álvares é bem franco ao criticar a situação atual, que ele chama de competitividade canibalesca. Ele explica que há o desejo de monopolizar o mercado e aumentar o volume de vendas para justificar financeiramente os descontos cada vez mais altos. Com isso, segundo o presidente, jamais as farmácias independentes terão condições de competir com as grandes redes. Dessa maneira, o cliente tem a ilusão de estar ganhando nos descontos, pagando cada vez menos, e levando, cada vez menos também, informações ou orientações 2013 janeiro guia da farmácia
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farmacêutico 7 estrelas Na Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária existe um programa que irá selecionar os profissionais que se interessam em se qualificar e se destacar no mercado. É destinado exclusivamente para o farmacêutico comunitário já formado. O presidente da SBFC, Amilson Álvares, se baseia na Resolução 4712 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que cria o Farmacêutico 7 Estrelas. O documento estabelece as sete qualidades básicas para prestar um bom serviço de assistência farmacêutica à comunidade. “A cada 20 horas de curso o farmacêutico recebe um selo de qualificação, e com isso ele terá de ganhar 60 selos em três níveis, Bronze, Prata e Ouro, perfazendo um total de 1.400 horas-aula para chegar ao ponto máximo de qualificação pela SBFC. Ele só irá manter sua certificação com mais 40 horas anuais de atualização.” O esquema, segundo Álvares, vai dar maior segurança à população e forçar o profissional a se qualificar, para não perder a concorrência para outro mais preparado. Os detalhes estão no site da SBFC (www.sbfc.org.br). “Nós apostamos muito na prestação dos serviços farmacêuticos e na gestão da farmácia para poder crescer nesse mercado altamente competitivo. Vale lembrar que, sem sucesso, em breve teremos apenas uma rede de farmácias dominando todo o mercado e atuando da forma que lhe convier para aumentar cada vez mais seus lucros”, alerta Álvares.
sobre como usar o medicamento, de seus efeitos nocivos ou as reações que pode causar se não usado adequadamente. “É o famoso barato que sai caro. Um farmacêutico disponibilizaria, ao menos, dois ou três minutos para fazer uma orientação básica ao usuário. A média de atendimento de um cliente em uma grande rede está em torno de 45 segundos, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)”, lamenta Álvares. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald Ferreira dos Santos, o farmacêutico é um profissional que atua em vários setores estratégicos para a saúde da população. Seja em postos de gestão, 56
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de produção, de atendimento ao usuário de medicamentos ou de fiscalização, ele é um profissional que possui uma formação ao mesmo tempo diversificada e focada no bem-estar da sociedade. No entanto, ele critica o fato de o País, infelizmente, ainda tratar o medicamento e as farmácias com forte viés mercadológico, contribuindo para alimentar uma cultura de automedicação muito recorrente. “Contar com a presença do farmacêutico nos vários espaços de dispensação – seja nos postos de saúde e principalmente nas farmácias e drogarias – é um quesito indispensável para evitar o uso indevido dos medicamentos, que pode trazer efeitos graves à saúde”, alerta Santos. Há prós e contras na atuação em farmácias. Santos defende que o varejo tem se constituído num dos principais campos de trabalho para o farmacêutico. Sua presença nos estabelecimentos é fundamental. Ele ressalta que, muitas vezes, as pessoas recorrem primeiramente à farmácia para tentar solucionar algum problema de saúde. Sem um profissional habilitado para orientá-las, os efeitos da automedicação – já bem graves no Brasil – seriam ainda piores. “A Fenafar considera que ainda há muito a ser conquistado para valorizar o profissional farmacêutico e lhe dar as melhores condições para o exercício de sua profissão em todas as áreas de atuação, seja no varejo, na indústria ou no serviço público. Defendemos, por exemplo, a redução da jornada de trabalho do profissional para 30 horas semanais, sem redução de salário. Também lutamos para conquistar um piso salarial nacional para a categoria”, revela o presidente da entidade. Álvares também tem visão diferenciada sobre o assunto. Ele ressalta que o varejo farmacêutico é uma malha de distribuição muito bem ramificada em todo o País, tendo concentrações de estabelecimentos nos grandes centros e diversas unidades nas periferias e em pequenos municípios distantes. “Dessa forma, sempre há uma farmácia para o atendimento e fornecimento do medicamento ao usuário, que geralmente não é atendido pela rede pública em sua totalidade. Isso dá grandes chances ao poder público de usar a rede privada para levar acesso a toda população brasileira. Assim, pode ser usado como modelo melhorado do convênio ‘Aqui tem farmácia popular’ com posterior repasse dos valores pelo poder público, como já acontece na Europa”, defende ele.
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matérias disponíveis nos cursos brasileiros Os cursos não apresentam uniformidade nas disciplinas oferecidas, bem como carga horária correspondente. De maneira geral, apresentam uma grade curricular com disciplinas básicas: Bioestatística, Anatomia, Matemática, Biologia Celular, Histologia, Embriologia, Fisiologia, Química Orgânica, Química Inorgânica, Microbiologia Básica, Parasitologia Básica, Imunologia Básica etc. Estas servirão para subsidiar as disciplinas específicas da graduação: Tecnologia Farmacêutica e de Cosméticos, Controle de Qualidade Físico-químico, Toxicologia, Farmacologia, Química Farmacêutica, Farmacotécnica, Bioquímica Clínica, Bioquímica de Alimentos, Biotecnologia de Alimentos, Bromatologia, Citologia Clínica, Enzimologia, Tecnologia das Fermentações, Farmácia Hospitalar, Farmacognosia, Homeopatia, Hematologia Clínica, Imunologia Clínica, Microbiologia Clínica, Parasitologia Clínica, Toxicologia de Alimentos e outras. Cabe salientar, também, os conteúdos do campo intermediário de conhecimentos transdisciplinares como: Bioética, Deontologia e Legislação, Farmacologia, Genética, Operações Unitárias, Patologia, Saúde Pública, entre outras que são voltadas a medicamentos, alimentos e análises clínicas e toxicológicas. “Nesse contexto ressalto a importância da interdisciplinaridade e a aplicabilidade dos conceitos estabelecidos entre as diversas disciplinas que compõem a grade curricular”, diz a professora da USP Maria Aparecida Nicoletti. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou a obra Os desafios da educação farmacêutica no Brasil (2008) em que aborda diferentes modelos das matrizes de cursos de graduação farmacêutica. Nesse estudo, dentre todos os aspectos levantados, observouse que há necessidade de revisão de conteúdos e estabelecimento de padrões mínimos para a organização curricular, que garantam a capacitação profissional além de que as estruturas apresentadas não têm um mínimo de padronização de conteúdos, por área de conhecimento. “Em face desta realidade, torna-se imprescindível uma reflexão, bem como ações sobre o estabelecimento de níveis de qualidade satisfatórios que possam ser disponibilizados aos graduandos”, finaliza a professora.
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atividades a serem exercidas por farmacêuticos 1. Acupuntura 2. Administração de laboratório clínico
e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental
3. Administração farmacêutica
23. Controle de vetores e pragas urbanas
4. Administração hospitalar
24. Cosmetologia
5. Análises clínicas
25. Exames de DNA
6. Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares
26. Farmacêutico na análise físico-química do solo
7. Atendimento préhospitalar de urgência e emergência
42. Farmacoepidemiologia
63. Toxicologia ambiental
43. Fitoterapia
64. Toxicologia de alimentos
44. Gases e misturas de uso terapêutico 45. Genética humana 46. Gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde
65. Toxicologia desportiva 66. Toxicologia farmacêutica 67. Toxicologia forense 68. Toxicologia ocupacional
47. Hematologia clínica
27. Farmácia antroposófica
69. Toxicologia veterinária
48. Hemoterapia
28. Farmácia clínica
70. Vigilância sanitária
49. Histopatologia
29. Farmácia comunitária
71. Virologia clínica
50. Histoquímica
72. Diálise
51. Imunocitoquímica
73. Pesquisa clínica
10. Banco de cordão umbilical
30. Farmácia de dispensação/ fracionamento de medicamentos
52. Imunogenética e histocompatibilidade
11. Banco de leite humano
31. Farmácia dermatológica
74. Análise e quantificação de fármacos e metabólitos em amostras biológicas
12. Banco de sangue
32. Farmácia homeopática
13. Banco de sêmen
33. Farmácia hospitalar
14. Banco de órgãos
34. Farmácia industrial
15. Biofarmácia
35. Farmácia magistral
16. Biologia molecular
36. Farmácia nuclear/ radiofarmácia
8. Auditoria farmacêutica 9. Bacteriologia clínica
17. Bioquímica clínica 18. Bromatologia 19. Citologia clínica 20. Citopatologia 21. Citoquímica 22. Controle de qualidade
53. Imuno-histoquímica 54. Imunologia clínica 55. Imunopatologia 56. Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social 57. Micologia clínica
37. Farmácia oncológica
58. Microbiologia clínica
38. Farmácia pública
59. Nutrição parenteral
39. Farmácia veterinária
60. Parasitologia clínica
40. Farmácia-escola
61. Saúde pública
41. Farmacocinética clínica
62. Toxicologia clínica
Fonte: CFF
CARREIRA Atualmente há 416 unidades de Cursos de Farmácia no Brasil, ou seja, um número considerável. No mundo o total aproximado é de dois mil cursos. Esse é um referencial muito importante em função da quantidade de formandos colocados no mercado de trabalho anualmente. Certamente haverá um momento de saturação. Em qualquer segmento no qual o profissional se desenvolva, a competitividade estará presente. “É uma condição natural e inevitável que funciona como um crivo no sentido de preservar os bons profissionais na empresa e dispensar os que não estão respondendo à altura dos desafios propos-
tos. Além da capacitação há uma questão também decisiva para o perfil do profissional: integridade de caráter”, evidencia a Farmacêutica responsável pela Farmácia Escola, do departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti. Ela explica que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Farmácia (Resolução CNE/CES nº 02, de 19/02/2002) estabelecem para a formação do acadêmico de farmácia que ele apresente o seguinte perfil: tenha formação ge2013 janeiro guia da farmácia
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é esperado do estudante que ao terminar a faculdade possa atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde
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SALÁRIO
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Apesar de o farmacêutico, por conta da formação, poder atuar em 74 áreas diferentes no mercado nacional, ele ainda prefere se fixar no varejo, onde entre 70% e 80% dos profissionais trabalham atualmente. Entretanto, o movimento no sentido da indústria tem crescido. Para Santos, da Fenafar, parte dos profissionais recém-formados são atraídos pela indústria, principalmente, pelos salários que muitas vezes são mais interessantes do que em outros segmentos, como o do varejo e o público. “Além disso, existe a possibilidade de diversificação da atuação dentro das indústrias, onde se pode trabalhar nas etapas de produção, controle de qualidade, fiscalização, gerência de processos e até na gestão administrativa”, diz ele. Para Álvares, existe o chamado sonho de trabalhar em uma grande empresa, principalmente em multinacionais, em busca da estabilização financeira. “Esse sonho está cada vez mais distante devido à quantidade de faculdades existentes no Brasil, com mais de 400 cursos de Farmácia, e a má qualidade do ensino de muitas faculdades particulares”, diz ele, que complementa: “algumas instituições não focam o mercado de trabalho de seus formandos, apenas a entrega do diploma de nível superior, mesmo sem capacidade de atuação profissional”, reclama ele. O salário do farmacêutico é regulado por meio de piso estabelecido pelos sindicatos da categoria. Os pisos são regionais. A boa notícia é que apenas o piso é regulado, mas não há teto. Dependendo da qualificação do profissional, ele pode perceber salários altos, independentemente da sua área de atuação. Portanto, a educação é o caminho.
E CO N TEÚDO
neralista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Esteja capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos e aos medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas, e ao controle, produção e análise de alimentos, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade. Maria Aparecida diz ainda que é esperado desse estudante que ao terminar a faculdade possa atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética. Deve também reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência (individual ou coletiva). Por fim, precisa exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição coletiva. Para que esses universitários possam atender a esses requisitos, eles devem se submeter a períodos de treinamento prático. Assim, o estágio é uma ferramenta importantíssima e necessariamente deverá fazer parte da formação do aluno, considerando que é o momento em que ele poderá vivenciar situações reais do cotidiano. Cada situação será um novo desafio para o estudante buscar o conhecimento adquirido para a resolução de problemas. Os estágios estão incluídos na área das ciências farmacêuticas, com uma carga horária de 20% da carga total de conteúdos curriculares. Segundo Álvares, a SBFC quer levar qualificação a todos os farmacêuticos já formados do País, seja por meio de curso presencial ou não presencial. O objetivo é dar condições para que os profissionais se qualifiquem e adquiram conhecimentos suficientes para prestar todos os serviços de que a comunidade necessita e que são exigidos por lei. “Temos de deixar de focar somente os ganhos financeiros para pensar um pouco nos ganhos de qualidade de vida da população. Devemos auxiliar as classes C, D e E, mais desinformadas, no sentido de oferecer assistência farmacêutica adequada para contribuir com o crescimento do País e a saúde populacional”, preconiza ele.
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A arte
de ensinar Embora desgastante, a missão de propagar conhecimento gera gratificação e orgulho aos farmacêuticos professores
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Ser professor de Farmácia, uma das possibilidades de atuação, exige renovação constante, seja de conhecimento, seja de experiência, pois é ele quem irá lidar com jovens ávidos por informação. Os educadores são responsáveis por formar o novo profissional farmacêutico, experiência de grande responsabilidade. “Nós envelhecemos e os nossos alunos não. A cada ano recebemos jovens com diferentes ideias, culturas e necessidades. Isso se torna um desafio de atingir esse público de forma diferente”, diz o professor coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Alexsandro Macedo Silva. Ele comenta que, dessa forma, precisa fotos: shutterstock/leandro kendy/felipe mariano
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“Verifica-se com grande frequência que o aluno absorve a informação, mas não sabe utilizála na resolução de problemas que a ele são colocados, ou seja, a informação fica deslocada, perdida e não será resgatada como ferramenta na análise crítica e proposição de resoluções das situações requisitadas profissionalmente”
atualizar aulas, renovar a forma de avaliação e de lidar com o outro. É uma experiência gratificante e de grande responsabilidade, pois compete aos professores formar o novo profissional farmacêutico que deverá atender às necessidades da sociedade. “Para ser professor em faculdade de Farmácia, é preciso amar o que se faz e ter a consciência da importância de formar profissionais que irão construir um mundo melhor, que poderão fazer o diferencial na área farmacêutica para atender às necessidades da sociedade quanto à promoção da saúde.” Já a professora da USP e da UnG, Maria Aparecida Nicoletti, acredita que ser professor é uma missão de educação permanente, independentemente de onde se esteja exercendo a atividade. “Amo profundamente tudo o que faço. Não posso deixar de mencionar que há momentos desgastantes, tensos e difíceis, mas também há momentos em que o retorno não é mensurável em felicidade”, orgulha-se. 64
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Nome: Maria Aparecida Nicoletti Idade: 56 anos Empresa: UnG – Universidade Guarulhos/USP – Faculdade de Ciências Farmacêuticas Cargo: Professora Titular/Farmacêutica Responsável pela Farmácia Escola Contribuição para a sociedade: deixar o entendimento da necessidade da humanização em saúde Missão como profissional: promoção da ética, da qualidade e da competência como pilares da atividade profissional e pessoal Desafios como educador: contribuir para a formação de um profissional pleno Segredo do sucesso: tornar a atividade profissional um grande prazer na sua realização
a faculdade não é o fim. O farmacêutico deve ter educação continuada e precisa se reciclar continuamente. O importante é ficar atualizado quanto aos novos conhecimentos e criar oportunidades Ela comenta que ser professor permite uma situação de responsabilidade extrema, ou seja, o educador entra na vida de muitas pessoas. Isso inclui também os familiares dos alunos que torcem, sofrem e ficam felizes a cada degrau que ele transpõe, seja em uma prova, um trabalho ou um semestre que finalizou. “O professor, em inúmeras vezes, se torna o grande referencial de ajuda nos problemas pessoais dos alunos. Quando isso acontece, me acho uma pessoa privilegiada pela confiança em mim colocada”, comenta. Ela revela que, a cada grupo de alunos com que tem contato, um novo mundo começa a se desvendar e cada sala de aula é única. Ela admira a força de vontade de seus estudantes e destaca que ajudá-los em seus anseios, suas dificuldades e a falta de tempo para estudar, já que muitos se dedicam a outras atividades profissionais para manter a família e tantas outras situações, a faz crescer como pessoa. Apesar disso, ela lamenta que a qualidade dos cursos de Farmácia no Brasil não esteja satisfatória. Um indicador citado é o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) que tem demonstrado, por meio dos exames aplicados aos acadêmicos de todos os cursos universitários, um quadro nacional insuficiente. “Para que tenhamos uma formação plena dos universitários, concordo totalmente com a citação de Edgar Morin (Morin, 1993. Apud Pimenta e Anastasiou, 2002, p.162).” As referências são as seguintes: ‘a universidade conserva, memoriza, integra e ritualiza uma herança cultural de saberes, ideias, valores, que acaba por ter um efeito regenerador, porque a universidade se incumbe de reexaminá-la, atualizá-la e transmiti-la. Gera saberes, ideias e valores que, posteriormente, farão parte dessa mesma herança. Por isso, a universidade é conservadora, regeneradora e geradora. Uma função que vai do passado ao futuro por intermédio do presente’. De acordo com Maria Aparecida, lamentavelmente, nem todos os cursos de Farmácia estão preparados para desempenhar este papel da universidade. Eles devem estar adequados para a sua aplicação à realidade social, ter no seu corpo docente profissional apto
ao ensino novo e às novas tecnologias de aprendizado, estabelecer indicadores de desempenho e apresentar continuamente ações que resultem em melhoria de qualidade. Afinal, os modelos educacionais são processos dinâmicos nos quais existe a necessidade de continuar em seu redesenho para que as metas educacionais propostas sejam alcançadas. Silva ressalta que em termos de qualidade dos cursos de Farmácia, o Ministério da Educação (MEC) faz o papel de avaliá-los e divulgá-los. O órgão vem tornando os critérios mais rígidos para garantir a qualidade esperada pela sociedade. “O curso que tem qualidade é o que possui a matriz com as disciplinas fundamentais e importantes, é o que realiza os estágios supervisionados e é o que consegue ter os alunos reconhecidos pelo mercado”, defende ele. Além disso, o professor confia que se o curso se preocupa com a formação humana e ética dos alunos já tem um importante diferencial: o profissional será capaz de atuar de forma multiprofissional e respeitando o paciente, que é o objeto principal da área da saúde. No entanto, o profissional ressalta que a faculdade não é o fim. O farmacêutico deve ter educação continuada e precisa se reciclar continuamente. “A nossa área é dinâmica e os conhecimentos são sempre renovados”, informa ele. O importante é ficar atualizado quanto aos novos conhecimentos e criar oportunidades de conquistar novos cargos e posições no mercado. Mesmo diante de um mercado competitivo, Silva acredita que o farmacêutico responsável, ético e que sempre se atualiza não tem o que temer. Maria Aparecida, da USP, diz que um dos grandes problemas para uma carreira de sucesso é a falta de um currículo integrador. O conhecimento é um processo de construção contínua que estabelece relações com o mundo no qual o indivíduo está inserido e, portanto, a informação que o aluno recebe deverá estar relacionada com as demais disciplinas da grade curricular. “Verifica-se com grande frequência que o aluno absorve a informação, mas não sabe utilizá-la na resolução de problemas que a ele são colocados, ou seja, a informa2013 janeiro guia da farmácia
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“Nós envelhecemos e os nossos alunos não. A cada ano recebemos jovens com diferentes ideias, culturas e necessidades. Isso se torna um desafio de atingir esse público de forma diferente”
Nome: Alexsandro Macedo Silva Idade: 42 anos Empresa: Centro Universitário São Camilo Cargo: coordenador do Curso de Farmácia Contribuição para a sociedade: ser ético, com práticas humanizadas, capaz de promover a saúde da população seja pelo uso racional de medicamento ou pela oferta de serviços e produtos com qualidade Missão como profissional: valorizar a carreira farmacêutica, estando envolvido na promoção e divulgação da profissão Desafios como educador: contribuir para a formação de profissionais com capacidade técnico-científica, com senso crítico e reflexivo para resolver problemas relacionados às ciências farmacêuticas Segredo do sucesso: ser feliz 66
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ção fica deslocada, perdida e não será resgatada como ferramenta na análise crítica e proposição de resoluções das situações requisitadas profissionalmente”, ressalta. A professora ensina que a formação é edificada durante toda a vida profissional e pessoal. Muito se estabelece somente a respeito da face profissional, mas sem o crescimento pessoal não ocorrerá maturidade e, portanto, grande parte das decisões a serem tomadas não terá sustentação. “É necessário que a atualização seja inserida na rotina diária do profissional para que ele consiga acompanhar informações que possibilitem maior e melhor conhecimento, além de permitir que seu desempenho profissional esteja respondendo às necessidades apresentadas”, alerta ela. E conclui: “A educação continuada é uma necessidade para o profissional se manter no mercado, dada a competitividade estabelecida e a necessidade de frequente atualização”. No que diz respeito a ser um farmacêutico, de fato, o professor Alexsandro Macedo Silva comenta que o grande desafio é se atualizar e se renovar frente às novas tendências da área. “É importante manter o aprendizado para se destacar no mercado e principalmente para a sociedade.” Para ele, se o farmacêutico ocupar cargos importantes, prestar serviços de qualidade, mostrar conhecer bem a sua área e souber resolver problemas, a sociedade se sentirá segura e confiará em seus profissionais farmacêuticos, promovendo a profissão e dando a ela o merecido respeito. “Portanto, servir às pessoas sem discriminação, com ética e de forma humanizada, é desafiador”, evidencia.
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Reconhecimento
e credibilidade no varejo A PROFISSÃO É VISTA COM RESPEITO PELA SOCIEDADE E PELA CLASSE MÉDICA. POR MEIO DE SEU CONTATO COM O PACIENTE, O FARMACÊUTICO CONSEGUE PROMOVER A SAÚDE E GARANTIR O SUCESSO DO TRATAMENTO
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A competitividade na profissão é grande, mas a força de vontade de ser cada vez melhor, o trabalho sério, o comprometimento e o bom relacionamento com as habilidades construídas são diferenciais que permeiam uma carreira de sucesso. Para a gerente farmacêutica da Farma & Cia, Carla de Godoy Girotto, não há competitividade que resista a um bom sorriso, carinho e muito amor na-
fotos: shutterstock/felipe mariano
quilo que se faz. “A profissão oferece desafios importantes, mas o maior deles é a conquista no mercado de trabalho e o reconhecimento da importância que esse profissional tem para a sociedade.” De fato, Carla tem excelentes expectativas: “Farmacêutico é a profissão do futuro. Atualmente, diferente de um passado não tão distante, essa profissão está sendo vista com respeito e por que não dizer como 2013 janeiro guia da farmácia
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“Para atuar na área é preciso gostar de gente. O sucesso desse profissional é mostrar sempre para o cliente que ele é importante e que faz toda a diferença em qualquer ocasião”
Nome: Carla de Godoy Girotto Idade: 39 anos Empresa: Farma & Cia Cargo: gerente farmacêutica Contribuição para a sociedade: orientação consciente Missão como profissional: promover a qualidade de vida Desafios como educador: concorrência Segredo do sucesso: comprometimento
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parceira do núcleo da saúde”. Ela ressalta que os farmacêuticos no varejo são o diferencial na orientação, pois estão habilitados quanto ao conhecimento técnico. Eles devem ser detalhistas e, ao mesmo tempo, práticos. Uma vez que os profissionais se tornam mais interessados são vistos como peça fundamental. “Para atuar na área é preciso gostar de gente. O sucesso desse profissional é mostrar sempre para o cliente que ele é importante e que faz toda a diferença em qualquer ocasião.” A farmacêutica acredita que a população vê na figura do farmacêutico a extensão do consultório médico, pois só ele tem uma visão geral da reação e da finalidade de cada medicamento. Para isso, o farmacêutico deve explicar ao paciente, com uma linguagem simples, tudo o que for possível sobre o medicamento prescrito pelo médico, para que sejam evitadas eventuais complicações e a medicação obtenha os resultados desejados. O farmacêutico responsável pela Farmácia Malheiro e Biofarma Natural, José Roberto Malheiro, complementa: “O farmacêutico é um importante profissional para a população porque se configura como o elo entre médico e o paciente”. Na opinião do especialista, as atribuições mais relevantes do farmacêutico para o usuário de medicamentos são a adesão ao tratamento e esclarecimento científico com informações corretas e conscientes. “O profissional contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, ocupando espaços nas farmácias, drogarias, UBS e hospitais.” Segundo ele, cabe ao farmacêutico fornecer infor-
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Nome: José Roberto Malheiro Idade: 60 anos Empresa: Farmácia Malheiro e Biofarma Natural Cargo: diretor e farmacêutico responsável de uma das unidades Contribuição para a sociedade: relacionamento com foco nos clientes Missão como profissional: coerente com a missão da farmácia Desafios no varejo: ter liquidez, estar atualizado e vencer nesse mercado Segredo do sucesso: dedicação, foco, gostar do que faz, preparação em gestão empresarial e marketing e reciclagem frequente
“é preciso se reciclar frequentemente. A formação se constitui de três fases: a faculdade, o aprendizado prático e a reciclagem e atualização constantes” mação sobre o uso racional de medicamentos, além de seu acompanhamento e avaliação. É fundamental também participar em programas de educação e colaborar com outros membros da equipe de atenção à saúde. “Acredito que um dos maiores desafios da ocupação de farmacêutico é fazer entender que esta função está relacionada com a saúde”, revela ele. Entre suas expectativas com relação à profissão as mais importantes são a maior visibilidade e credibilidade perante a população. Por estar em contato com o usuário, o farmacêutico exerce uma função importante que é a de atuar como orientador em saúde. “Para isso é preciso se reciclar frequentemente. A formação se constitui de três fases: a faculdade, o aprendizado prático e a reciclagem e atualização constantes”, insiste o especialista. Ele fi72
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naliza dizendo que em poucos anos este será um mercado saturado devido à liberação de muitas faculdades cuja competência, às vezes, é até duvidosa. Carla de Godoy Girotto, da Farma & Cia, concorda e diz que a formação acadêmica não basta. Temos de estar constantemente interessados naquilo que o mercado impõe. Os cursos de aperfeiçoamento são importantes e enriquecedores, além da leitura de bons artigos e do estudo da legislação”, destaca. Ela comenta que em termos financeiros, dependendo da atuação, são pagas comissões ou salários diferenciados para outras funções que o farmacêutico venha a exercer. “A tendência é que muitos profissionais assumam a gerência das lojas para que fiquem mais completas e bem estruturadas”, finaliza.
Essência polivalente ESTUDAR FARMÁCIA OFERECE UMA ENORME GAMA DE POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO. O DESAFIO É ESCOLHER QUAL CAMINHO SEGUIR. EXERCER A ATENÇÃO FARMACÊUTICA É O CERNE DA PROFISSÃO E SEU CONHECIMENTO NÃO DEVE SER SUBAPROVEITADO fotos: shutterstock/ divulgação/felipe mariano
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“O farmacêutico é um profissional multifuncional. Dentro de tantas atuações, poderia citar a atenção farmacêutica que, sem dúvidas, contribui na melhoria da qualidade de vida da população”, destaca a estudante do quarto ano de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG) e analista de Farmacovigilância do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Karen Sacomam Barbosa. 2013 janeiro guia da farmácia
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“Acredito que a profissão do farmacêutico ainda não esteja totalmente difundida no imaginário social. Algumas pessoas acreditam que o profissional não está habilitado para prestar assistência ao paciente de forma precisa” A aluna sabe que uma das vantagens da graduação em Farmácia é o extenso leque de opções a sua disposição. “Quero continuar atuante em Farmacovigilância, área em que ingressei há dois anos, mas não descarto a possibilidade de conhecer o lado do varejo”, comenta ela. Ela acredita que o farmacêutico é um profissional importante para a população, e cita Monteiro Lobato, quando diz: “’O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quanto vital’, e o lema é realmente servir. Servir a humanidade sem discriminação de raça ou de cor. O farmacêutico está presente na promoção, proteção e recuperação da saúde da população”. Segundo ela, poderá contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população exercendo a profissão com excelência e trabalhando a partir do pressuposto de que a humanização é base para o atendimento de qualidade, seja no varejo, indústria, análises clínicas ou qualquer outra área. Embora ainda não tenha se iniciado na carreira como profissional formada, Karen sabe que entre seus maiores desafios futuros está o de mostrar aos médicos, demais profissionais de saúde e, sobretudo, aos pacientes a importância do seu papel. “Acredito que a profissão do farmacêutico ainda não está totalmente difundida no imaginário social. Algumas pessoas acreditam que o profissional não está habilitado para prestar assistência ao paciente de forma precisa.” Karen carrega nas suas expectativas o frescor da juven74
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Nome: Karen Sacomam Barbosa Idade: 22 anos Instituição de ensino: Universidade de Guarulhos (UnG) Ano do curso: 4º ano Empresa: Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A Cargo: analista de Farmacovigilância Sua contribuição para a sociedade: promoção, proteção e recuperação da saúde Sua missão como profissional: zelar pela saúde da humanidade Desafios na profissão: “separar as laranjas boas das ruins” e mostrar qual o poder das boas Ferramentas para o sucesso: dedicação, persistência e, acima de tudo, humildade
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“Eu já adoro a minha profissão, porém sinto por estar entrando em uma área que não tem ideia do seu valor. Gostaria que meus colegas não se rendessem às pressões comerciais e lutassem para encontrar um equilíbrio entre as necessidades do mercado e aquilo que é o melhor para a população e para si mesmos”
Nome: Karen Cristina de Carvalho Borges Idade: 29 anos Instituição de ensino: Universidade de São Paulo (USP) Ano do curso: 6° ano (último ano) Sua contribuição para a sociedade: transformar conhecimento em ato Sua missão como profissional: agir de forma ética e não negligenciar qualquer oportunidade de oferecer melhorias na qualidade de vida das pessoas Desafios na profissão: mostrar que o farmacêutico pode contribuir com muito mais do que é cobrado dele atualmente Ferramentas para o sucesso: respeito ao próximo e exercer cada atividade, por menor que seja, com paixão. O resto é consequência 76
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tude. Ela se apaixonou por essa profissão aos 16 anos: “A cada dia mais minhas expectativas aumentam. O desejo de conhecer, aprender e inovar cresce a cada manhã”. A reciclagem é essencial na sua área, pois as mudanças e novas descobertas são constantes. Segundo Karen, como o próprio nome já diz, reciclar é reaproveitar materiais, neste caso, aproveitar os conhecimentos já adquiridos para construir um novo produto. Apesar dos desafios de trabalhar e terminar os estudos ao mesmo tempo, ela não pensa em descansar: “Pretendo ingressar numa especialização já no segundo semestre de 2013. Depois disso, não há nada planejado. Nesse meio há muita inovação e temos de nos manter atualizados sempre. Atualmente posso pensar num tema e amanhã este já estar ultrapassado. Então, é melhor seguir o ritmo do mercado para não ficar para trás”. A estudante do último ano de Farmácia na Universidade de São Paulo (USP) Karen Cristina de Carvalho Borges lembra-se de que antes de entrar na faculdade tinha uma vaga ideia das possibilidades, mas acabou se surpreendendo com relação à quantidade de opções. “Eu entrei sabendo que queria produzir medicamentos e que também poderia trabalhar em drogarias e hospitais. E qual não foi a minha surpresa quando vi que
O trabalho realizado pelo farmacêutico no varejo é fundamental, pois com ele os pacientes podem tirar dúvidas sobre os cuidados que devem ter ao ingerir sua medicação, relatar eventos adversos e até mesmo receber o incentivo para cumprir o tratamento poderia atuar também em laboratórios de análises clínicas e citopatológicas, órgãos regulatórios, indústrias alimentícias e de produtos veterinários, polícia científica, além de muitas outras áreas.” Entre os estágios que ela realizou na faculdade, com o que mais se identificou foi a pesquisa clínica, portanto é a área que pretende seguir. Atuar no varejo ainda não está descartado, já que ela trabalhou na Farmácia Universitária da USP por cerca de um ano e meio e, nesse período, pôde entender o quanto essa atividade é importante e gratificante. “O trabalho realizado pelo farmacêutico no varejo é fundamental, pois com ele os pacientes podem tirar dúvidas sobre os cuidados que devem ter ao ingerir sua medicação, relatar eventos adversos e até mesmo receber o incentivo necessário para seguir corretamente a orientação médica, a fim de obter sucesso no tratamento”, comenta Karen. É esse o melhor momento para exercer a atenção farmacêutica que, para ela, é a essência do farmacêutico, independentemente do setor em que atue. O fato de um estudante ter de trabalhar é um desafio que muitos precisam suplantar. Porém, Karen precisou se demitir para poder se dedicar inteiramente à sua formação, já que precisava encerrar as matérias que faltavam, finalizar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e realizar o último estágio obrigatório. Ela sabe que os desafios estão apenas começando. Depois de formada, virão outros. A estudante demonstra a inquietude dos recém-formados. “Não me conformo em ver como o conhecimento do farmacêutico é subaproveitado. As pessoas acham que ele serve
O fato de um estudante apenas para entregar o medicamenter de trabalhar to.” Ela não quer que os seus seis é um desafio que anos de estudo sejam engavetados muitos precisam suplantar para atuar mecanicamente. “Meu desafio pessoal é colocar em prática, em qualquer ramo em que eu atuar, toda essa bagagem e lutar para que tenhamos um reconhecimento maior”, defende ela. A graduação fornece as bases teóricas essenciais para exercer a profissão. Entretanto, o profissional precisa adquirir conhecimentos mais específicos de acordo com a área que seguir e se atualizar conforme as mudanças nos conceitos oriundos das novas descobertas científicas. Portanto, a continuação dos estudos é imprescindível, segundo a universitária. O final do período de graduação de Karen está próximo, então o passo imediato é ela conseguir uma vaga efetiva em pesquisa clínica. Conseguindo isso, continuará com os estudos em outras línguas (requisito básico para a área) e buscará alguns cursos voltados para melhorias comportamentais e gestão de pessoas. “Eu já adoro a minha profissão, porém sinto estar entrando em uma área que não tem ideia do seu valor. Gostaria que meus colegas não se rendessem às pressões comerciais e lutassem para encontrar um equilíbrio entre as necessidades do mercado e aquilo que é o melhor para a população e para si mesmos”, defende a universitária, que continua: “temos um conhecimento riquíssimo que não pode ser guardado com o diploma, nós somos profissionais de saúde. A valorização não virá de fora para dentro; nós é que devemos dar o primeiro passo”. 2013 janeiro guia da farmácia
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a voz do farmacêutico
Caminhos a trilhar apesar de vivermos em coletividade e partilharmos momentos, somos únicos neste mundo e, talvez, a insegurança de sermos únicos, querendo ou não, nos faz responsáveis por nossas decisões
mar ia apare cid a nicolet ti Farmacêutica responsável pela Farmácia Escola, do departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG) 78
A
As dúvidas fazem parte de nossas vidas, de nosso crescimento pessoal e surgem, principalmente, em alguns momentos decisivos desta trajetória. Momentos em que a vida assume uma cor, uma tonalidade, um som e uma textura únicos; por vezes ásperos por vezes macios e aconchegantes, com cores vibrantes ou suaves, que deixamos em nossa memória. Sim, são sempre momentos únicos, mas continuam as dúvidas. Passamos por ciclos de vida e, em cada um deles, estamos fazendo nosso caminho e sempre nos perguntando: Seria esse o caminho que deveríamos percorrer? Apesar de vivermos em coletividade e partilharmos momentos, somos únicos neste mundo e, talvez, a insegurança de sermos únicos, querendo ou não, nos faz responsáveis por nossas decisões. Escolhas, escolhas e mais escolhas... Qual delas seria a melhor? Novamente, únicos como somos, tomaremos nossa decisão. Somos humanos e, se retornarmos no tempo, vamos nos lembrar de que fomos feitos à semelhança do Criador, nosso modelo! Sempre buscamos modelos para balizar nossas decisões. Às vezes acertamos e às vezes não. Talvez, no erro, não tivéssemos tido a capacidade de perceber que o momento não era aquele. Então, diante do caminho a seguirmos na nossa vida profissional, as respostas e certezas pairam em nossas mentes por um tempo imensurável e continuam mesmo após a realização da nossa escolha e se intensificam quando esse ciclo da vida chega ao seu final, que é a graduação. Seremos profissionais! E que mo-
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delos utilizaremos para seguir em nossa vida profissional? Será possível que exista este modelo? Sim, acho que sim. Sejamos como as árvores! Tiremos nossa força vital da terra que irá nos nutrir para que possamos crescer com todos os nutrientes necessários para produzirmos troncos firmes, galhos com muitas folhas verdes que possam renovar não somente o ar que respiramos, mas também o do mundo; galhos que possam ser o início de outras vidas, com ninhos, local seguro para o sono das aves, marca de nomes de pessoas que selam compromissos de vida. Que possamos produzir frutos para a nossa alimentação e da vida animal, adubo para a terra e boas sementes para o plantio, e assim perpetuarmos nossa continuidade e a do mundo, sabendo que não estaremos mais aqui, mas os filhos de nossos filhos estarão dando continuidade em nossa árvore. Que nossa árvore tenha o verde das folhas da esperança, que o marrom do tronco seja o porto seguro da terra, que a cor dos frutos produzidos seja a cor de nossos sonhos, que estes frutos amadureçam e com as sementes brotem outras vidas. Que o bem que produzimos hoje seja maior que o de ontem e menor que o de amanhã. Sejamos, sim, árvores! Não importa se formaremos bosques com diferentes espécies, diferentes flores e sementes, mas sejamos árvores, na imensidão do seu significado de VIDA! É o que eu acho da profissão que abracei e torço para que seja o significado para todos os farmacêuticos que são como as folhas verdes da árvore da vida. foto: leandro kendy
gestão – processo seletivo
Contratação
correta
Escolher os melhores profissionais que o mercado oferece se torna uma ação cada vez mais estratégica e fundamental para as farmácias, o que exige assertividade e qualidade P o r E g l e Le ona r di
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A
A formação superior do profissional farmacêutico permite atuação em 74 áreas diferentes no mercado nacional. Apesar de tantas opções a preferência ainda é de se fixar no varejo, onde trabalham entre 70% e 80% dos profissionais atualmente. Cerca de 12 mil novos farmacêuticos saem das faculdades a cada ano. Dessa forma eles compõem um contingente de mais de 123 mil pessoas aptas a exercer a função nas 72 mil farmácias e drogarias distribuídas pelo território nacional, segundo dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF). fotos: shutterstock
gestão – processo seletivo
A preferência pelo varejo ocorre por conta do piso salarial da categoria, definido por meio dos sindicatos regionais, que não é considerado baixo. Para se ter uma ideia, o órgão responsável por esse parâmetro nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra instituiu o piso salarial dos farmacêuticos em R$ 2.759,32, um dos maiores do País, sendo que a média geral para o Estado de São Paulo é de R$ 2.100,00. Para que os perfis corretos (farmacêuticos iniciantes ou já experientes) sejam colocados nas vagas certas, é fundamental que um processo seletivo consistente seja implementado nos estabelecimentos que têm posições em aberto. Isso pode ser feito por empresas contratadas ou em um processo interno. O importante é descrever as necessidades da vaga de forma clara e conhecer os parâmetros a serem avaliados no momento da contratação. A psicóloga especializada em Gestão de Pessoas (RH), que atua no varejo farmacêutico, Ana Letícia Caressato, explica que o processo seletivo deve ser constituído por fases. Primeiramente é necessário medir as competências necessárias para cada função e, após a avaliação, mapear a real necessidade
Etapas da seleção Um processo seletivo se compõe de vários passos. O número de etapas e sua sequência irão variar, não somente com a organização, mas também com o tipo e o nível de cargos a serem preenchidos. As etapas em geral são eliminatórias:
1. Triagem. 2. Pesquisa de referências. 3. Avaliação de conhecimentos, aptidões e habilidades. 4. Análise de perfil comportamental e da entrevista (testes situacionais, testes de personalidade, dinâmicas de grupo e entrevistas). 5. Laudos ou pareceres de entrevista. 6. Exame médico. Fonte: Silvia Osso
ma Trindade, destaca que, como o varejo farmacêutico é voltado ao público, um dos aspectos importantes é que os candidatos gostem de estar com pessoas. “Também é essencial que os profissionais tenham uma boa comunicação e curiosidade, já que é uma área que trabalha com uma gama de produtos muito extensa, por isso ele deve entender e conhecer o maior número possível deles”, observa ela.
a base para um profissional farmacêutico é ter comprometimento, atitude, postura ética, comunicação expressiva, didática para o atendimento e agilidade, além de possuir valores pessoais alinhados com os valores organizacionais para que a seleção tenha estrutura e foco: “Esse processo deve estar alinhado à necessidade do cargo, portanto deve se basear em entrevistas, provas, testes e dinâmicas”. Ela afirma que a base para um profissional farmacêutico é ter comprometimento, atitude, postura ética, comunicação expressiva, didática para o atendimento e agilidade, além de possuir valores pessoais alinhados com os valores organizacionais. Já a executive search da Case Consultores, Fáti82
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O QUe AVALIAR
Segundo o sócio-fundador da consultoria Wpharhma, Samuel Jerônimo, é preciso ser avaliado, desde o momento em que o gestor lança uma vaga até o momento em que decide quem contratar. “Se o candidato reúne as competências necessárias ao bom desempenho da função, se tem formação adequada, se possui domínio de idiomas quando for o caso, e se preenche os requisitos quanto ao tempo de experiência, sexo, disponibilidade de horário etc.”, esclarece o empresário. O período para essa avaliação deve variar de acordo com a complexidade do cargo e a existência desse profissional no mercado, mas Jerônimo prevê de 15 a 20 dias úteis, prazo suficiente para entrevistar e sugerir às farmácias clientes de três a cinco candidatos para a posição. Já Ana Letícia acredita que é fundamental avaliar o tempo previsto para contratação, as características solicitadas
gestão – processo seletivo
Fontes mais utilizadas Para fazer uma boa seleção é preciso efetuar um bom recrutamento. Alguns profissionais podem ser encontrados em: • Banco de currículos. • Sites de emprego. • Anúncios em jornais ou revistas especializadas. • Indicação dos funcionários. • Rede de contatos ou rede de relacionamentos. • Escolas e universidades. • Cadastro de ex-empregados. • Associações de profissionais ou cursos técnicos. Fonte: Silvia Osso
e alinhar esses parâmetros com os perfis (currículos), além de compreender as atividades, acompanhando a ficha de descrição de função e manter a estrutura da seleção com o objetivo (seguindo um padrão preestabelecido). Para ela, não existe prazo exato para isso acontecer. “Deve-se levar em consideração cada vaga em aberto e cada tipo de seleção por função. Alguns processos levam um mês, outros uma semana. Vai depender do banco de currículos, das etapas estabelecidas por função e do contato com candidatos.” De acordo com a especialista, a realidade do varejo requer características flexíveis, tais como disponibilidade, dinamismo, verbalização adequada, conhecimento técnico e operacional, desenvolvimento 84
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para as áreas da saúde, atualizações e vontade de fazer o melhor (atendimento).
NA PRÁTICA Em seu livro Administração de Recursos Humanos para Farmácia, a consultora Silvia Osso detalha o processo de recrutar e selecionar colaboradores para os pontos de venda. Ela explica que, primeiramente, deve-se buscar os candidatos nas diversas fontes disponíveis. “Nas farmácias independentes ou nas redes pequenas, o gerente da loja é quem, geralmente, faz o recrutamento e as entrevistas. Cabe a ele se profissionalizar e orientar os demais envolvidos no processo”, diz Silvia. Mesmo quando há um departamento de RH na empresa ou uma agência de emprego, a decisão final é do gerente. “Para selecionar eficientemente os colaboradores é necessário que, em primeiro lugar, se saiba com clareza quem, que tipo de profissional se está procurando, isso significa traçar o perfil do futuro colaborador”, ressalta ela. Feito isso, parte-se para a triagem dos profissionais e, posteriormente, realiza-se a pesquisa de referências de cada um. O próximo passo é a avaliação de conhecimentos, aptidões e habilidades dos candidatos. Depois disso, segue-se para a análise de perfil comportamental e para as entrevistas e os possíveis testes situacionais, de personalidade e dinâmicas de grupo. A etapa seguinte é composta pela elabo-
gestão – processo seletivo
Sugestões de perguntas para uma entrevista produtiva Quais são os aspectos mais importantes de seu último trabalho (ou do atual)?
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Conte-me sobre o tipo de trabalho que fazia no último emprego.
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Quais as realizações que considera mais destacadas em sua carreira até agora?
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Que tipo de problemas enfrentou em seu último emprego? Quais problemas resolveu com sucesso?
O que o interessa neste trabalho e por quê?
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O que aprendeu com o último trabalho?
Existe algum aspecto de sua carreira que não foi comentado nesta entrevista, mas que acha importante mencionar?
Quais são seus pontos fortes?
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O que dizem ser seus pontos fracos?
Fonte: Silvia Osso
ração de laudos ou pareceres sobre a entrevista e a escolha do profissional a ser contratado, que deverá ser encaminhado aos exames médicos exigidos.
Como realizar entrevistas A realização de uma entrevista requer planejamento em termos de conteúdo, duração, estrutura e uso das perguntas. Silvia Osso oferece dicas de como concretizar entrevistas de sucesso. De modo geral, a forma eficaz de entrevistar pode ser resumida em três Cs: 1. Conteúdo: as informações que se quer saber e as perguntas que devem ser feitas para obtê-las; 2. Contato: a capacidade de iniciar e manter um bom contato com os candidatos, estabelecendo a confiança que os encorajará a falar livremente, revelando seus pontos fortes e fracos. 3. Controle: a capacidade de dominar a entrevista de modo a obter as informações que deseja. “É importante que o gerente da loja tome muito cuidado com essas dicas, pois elas podem facilitar uma melhor observação do candidato”, diz a especialista, que continua, dizendo que a entrevista deve ser realizada em local isolado de interferências externas (telefones, trânsito de pessoas, excesso de ruídos) e, como regra prática, sua duração deve ficar entre 20 minutos a 40 minutos. ”Uma forma rotineira de fazer entrevista é utilizar o método biográfico, isto é, usar o currículo como base. Conversar primeiro sobre os dados pessoais, de86
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pois sobre empregos, começando do último para os iniciais”, organiza ela. Silvia aconselha também a iniciar a conversa com trivialidades, a fim de deixar o candidato mais à vontade. O entrevistador deve falar sempre menos que o candidato ao cargo e deve fazer perguntas curtas e objetivas, que desencadeiem respostas longas. É importante que o entrevistador certifique-se dos cargos ocupados pelo candidato em empregos anteriores, os motivos de desligamento e a opinião sobre as empresas em que trabalhou. É desaconselhável ao entrevistador emitir opiniões pessoais, interromper o raciocínio do entrevistado ou concluir suas frases. “Antes de encerrar o encontro é importante perguntar sobre a disponibilidade do candidato, quando estará apto para começar e posicioná-lo sobre os próximos passos da seleção. Isso evita que o candidato saia da entrevista sem saber o que acontecerá com ele”, recomenda Silvia.
Perfil do farmacêutico sete estrelas Para definir o perfil do farmacêutico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional Farmacêutica (FIP) desenvolveram um manual de prática farmacêutica, em 2006. Nele, estão descritas as principais competências do farmacêutico e os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para sua atuação no mercado. Esse tópico é chamado Farmacêutico 7 Estrelas e estabelece as atitudes na prática da
gestão – processo seletivo
farmácia ao redor do mundo inteiro. Pode ser uma ferramenta a ser usada no momento de descrever o cargo no processo seletivo. As sete competências são: 1. Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde: a equipe de saúde é formada pelos profissionais responsáveis pela assistência ao paciente. O farmacêutico tem um importante papel nesse contexto, devendo integrar sua prática continuamente com os outros profissionais. Ele deve adaptar seu conhecimento, habilidades e atitudes para prestar serviços farmacêuticos de alta qualidade. 2. Capaz de tomar decisões: consiste na habilidade em avaliar, sintetizar informações e decidir qual a melhor e mais apropriada direção a seguir. Na base dessa competência, o farmacêutico deve levar em conta o mais efetivo e seguro custo dos recursos disponíveis com pessoal, medicamentos, equipamentos, procedimentos e práticas. Suas decisões também precisam ser tomadas considerando prioridades, que são definidas a partir do monitoramento e acompanhamento ao paciente. 3. Comunicador: o farmacêutico está entre o prescritor e o paciente. Esta é uma posição privilegiada para a comunicação de informações sobre saúde e medicamentos. E para que isso ocorra, é necessário ter confiança e conhecimento seguro para interagir com os outros profissionais de saúde e os pacientes. Essa com88
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petência envolve comunicação verbal, não verbal, escrita e a habilidade de ouvir. 4. Líder: numa equipe multidisciplinar, em que os cuidados de outros profissionais de saúde são pouco disponíveis ou inexistentes, o farmacêutico é obrigado a assumir a liderança e a responsabilidade pelo bem-estar da comunidade e do paciente. 5. Gerente: o farmacêutico deve saber gerenciar recursos humanos, físicos e financeiros. Sua meta é garantir a qualidade dos medicamentos e gerir, com responsabilidade, a informação e a tecnologia relativas à saúde. 6. Atualizado permanentemente (pesquisador): o profissional precisa assumir um compromisso com a aprendizagem constante ao longo da carreira. Ele deve atualizar seus conhecimentos constantemente e compartilhar suas experiências para contribuir com uma melhor assistência farmacêutica. Como pesquisador, o farmacêutico poderá fornecer informações cientificas inovadoras ao público e aos outros profissionais, contribuindo com o avanço da saúde. 7. Educador: o farmacêutico tem a responsabilidade de fornecer educação e treinamento para as futuras gerações de profissionais e ao público em geral. A participação como professor envolve não apenas a transmissão de conhecimento, como também a oportunidade de dividir experiências e habilidades.
gestão – comprometimento
Valorização profissional Gestão de pessoal e retenção de talentos são o maior desafio do setor varejista, principalmente entre os farmacistas. Saiba como deixar o funcionário motivado e comprometido, faturando mais e diminuindo os prejuízos
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P o r r o d r ig o r o dr i g u es
O setor varejista é um dos que mais empregam no Brasil, ao lado da indústria e do setor de serviços. Em todo o País, o comércio é responsável por mais de oito milhões de trabalhadores, correspondendo a cerca de 16% do mercado de trabalho brasileiro. Só no ano passado, o comércio foi responsável pela geração de mais de 25% dos novos postos de trabalho abertos no Brasil, criando 460 mil novos empregos. Com tamanha robustez, em muitas épocas do ano, como o Natal, o setor chega a atingir o pleno emprego e a quantidade de trabalhadores em busca de vagas é menor que o número de postos gerado pelo mercado. Com isso, o setor adquire uma característica de alta
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rotatividade que preocupa empresários do setor e governo. Segundo levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o comércio tem um índice de rotatividade de 41,6% todos os anos. Isso quer dizer que dos mais de oito milhões de postos de trabalho do setor, cerca de 3,2 milhões passam por mudanças corriqueiramente. Os motivos para a alta rotatividade são vários, segundo o levantamento do MTE: rescisão sem justa causa por iniciativa do empregador (52,1%), por iniciativa do empregado (19,4%), término de contrato (19,2%), transferência do empregado dentro da mesma empresa (5,9%) e rescisão com justa causa, por iniciativa do empregado ou do empregador (1,3%). O número que mais preocupa empresários e agentes do governo é justamente o de desligamentos por iniciativa do empregado, que atingiu quase 30% dos desligamentos de trabalhafoto: shutterstock
gestão – comprometimento
comportamento empregado x empregador Motivos da rotatividade
1,3%
• Rescisão com justa causa, por iniciativa do empregado ou do empregador
5,9%
• Transferência do empregado dentro da mesma empresa
19,4%
19,2%
• Término de contrato
• Por iniciativa do empregado
• Rescisão sem justa causa por iniciativa do empregador
52,1%
Desligamentos por iniciativa do empregado
30%
• Atingiu quase 30% de trabalhadores do comércio no primeiro semestre de 2012
16,8% • Em 2003, as saídas voluntárias da empresa somavam 16,8% de todas as demissões
2011
28,3%
2012
+4,5%
• Na média do ano passado, esse número saltou para 28,3%, ou seja, esses desligamentos cresceram 4,5% em média em relação ao mesmo período de 2011
Entre os segmentos do comércio que tiveram a maior taxa de crescimento dos desligamentos, estão: • Farmácias e perfumarias
• Supermercados
• Lojas de vestuário e calçado
4,7% 5,1% Fontes: MTE e Fecomercio
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6,3%
Por conta da especificidade do trabalho, nas farmácias os empregados precisam passar por treinamentos mais rigorosos e processo de reciclagem, em virtude da legislação sanitária. Isso obriga o comerciante a investir mais na capacitação. Ele treina, ensina e o empregado vai embora, deixando um sabor amargo de prejuízo para o comerciante dores do comércio no primeiro semestre de 2012, segundo dados do ministério. No primeiro ano de divulgação desse levantamento, em 2003, as saídas voluntárias da empresa somavam 16,8% de todas as demissões. Na média do ano passado, esse número saltou para 28,3%. “Com as mudanças do mercado de trabalho nos últimos anos, o trabalhador não se sente mais preso ao emprego. Ao menor sinal de ruptura na confiança que ele deposita no trabalho, vai embora por qualquer R$ 100 a mais no salário. O trabalhador moderno precisa de uma motivação para sair de casa todos os dias. Mas empresas e chefes diretos não estão conseguindo despertar esse interesse”, aponta Meiry Kamia, psicóloga e consultora organizacional. Estudo divulgado em agosto de 2012 pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) aponta que esses desligamentos cresceram 4,5% em média em relação ao mesmo período de 2011. Entre os segmentos do comércio que tiveram a maior taxa de crescimento dos desligamentos, segundo o estudo, estão as lojas de vestuário e calçado (6,3%), supermercados (5,1%) e farmácias e perfumarias (4,7%).
Quadro varejista Apesar de o varejo farmacêutico ocupar apenas a terceira colocação do ranking, ele é o mais prejudicado. “Por conta da especificidade do trabalho, nas farmácias os empregados precisam passar por treinamentos mais rigorosos e processo de reciclagem, em virtude da legislação sanitária. Isso obriga o comerciante a investir mais na capacitação. Ele treina, ensina e o empregado vai embora, deixando um sabor amargo de prejuízo para o comerciante”, opina o professor do departamento de marketing da Universidade de São Paulo (USP) e proprietário da Lupoli Jr. & Consultores Associados, José Lupoli Jr. Segundo ele, a alta rotatividade no varejo é uma característica do setor, mas de fato é preocupante por mostrar desarmonia nas relações de trabalho entre patrões e empregados. “O comércio sempre foi a porta de entrada do jovem no mercado de trabalho. À medida que ele vai adquirindo experiência e formação acadêmica, ele sai em busca de novas oportunidades. Mas fatores como baixos salários, falta de perspectivas e escalas de trabalho aos fins
O crescimento de semana certamente também estão da oferta de entre os fatores que têm contribuído emprego faz com que o trabalhador para esse aumento”, avalia. busque novas A opinião é compartilhada pelo conoportunidades sultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), José Carmo Vieira de Oliveira, a quem 70% dos pedidos de demissão são de responsabilidade do empresário, que não oferece condições satisfatórias de trabalho para os empregados. Ele cita a falta de folgas, de plano de carreira e benefícios como os vilões da retenção de talentos dentro do comércio, especialmente nas farmácias. “O crescimento da oferta de emprego faz com que o trabalhador vá atrás das oportunidades que melhor satisfarão suas necessidades. O desafio do empregador é tornar o clima dentro da loja o mais agradável e rentável possível para reter os talentos”, avisa. Com experiência de 12 anos no Sebrae-SP, Oliveira diz que é preocupante a situação de descaso do comércio em relação ao treinamento e capacitação do empregado. Segundo ele, de cada 100 funcionários, apenas 15 passam por algum tipo de curso para melhorar o atendimento e as técnicas de venda. “O funcionário que não se recicla também não se dedica ao negócio, porque sente que não há contrapartida de desenvolvimento do lado do patrão. Quando ele sente que há investimento do empregador, ele se dedica mais e pensa mais antes de deixar o emprego pela primeira oportunidade que aparece”, comenta Oliveira. De acordo com uma pesquisa realizada pela Consultoria Millennium Assessoria em Recursos Humanos, de São Paulo, 87% dos empresários do setor de farmácia se mostram preocupados com a melhoria na capacitação dos empregados e na imagem na comunidade. O estudo ouviu 234 farmácias e drogarias de todo o Brasil, e apurou que 73% dos donos de farmácias pretendem investir mais em treinamento e incentivos aos empregados. É o mesmo percentual dos que disseram ser importante a implantação de um plano de gestão de pessoas. Entre os comerciantes que pretendem elevar os investimentos na administração de pessoal, 82% dos entrevis201e janeiro guia da farmácia
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mesmo para as farmácias menores e familiares, é possível fazer ações de baixo custo que estimulem a participação maior do empregado. premiações anuais, placas de comprometimento e fotos de funcionário do mês são válidas para estimular a participação dos trabalhadores tados da pesquisa disseram que pretendem fazer isso para aumentar a produtividade e qualidade do trabalho na loja, enquanto 54% também assumiram que a intenção é melhorar a imagem frente ao mercado e à comunidade local, além de agilizar os processos e serviços internos da empresa. Sobre os benefícios aos empregados, 77% pretendem aumentar a capacitação profissional através de treinamentos, 70% acham que aumentarão o comprometimento, 62% a satisfação interna e 52% consideram que os novos investimentos vão estimular a integração entre os colaboradores. “Manter o empregado motivado é o principal desafio para o comerciante nesses tempos de alta do emprego. O empregador já tem tomado consciência de que é preciso ser criativo e fazer investimentos se quiser cativar essa nova geração que chega todos os anos no mercado de trabalho. Muitos desconhecem tempos de vacas magras, hiperinflação. Chegaram ao mercado de trabalho num momento muito positivo do País e prezam, sobretudo, a qualidade de vida”, reflete o consultor do Sebrae-SP. Para diminuir a evasão de empregados, as palavras de ordem entre os especialistas são investir e agir. Implantar plano de cargos e salários, incentivar o estudo e a formação, aplicar um plano de remuneração por resultados e até criar escalas de folga aliadas ao plano estratégico da empresa. “Essas decisões têm de fazer parte do planejamento de crescimento da empresa. O comerciante pode aliar o plano de aumento de vendas com participação nos resultados para os empregados. Tudo depende de planejamento, boa vontade e ação 94
guia da farmácia janeiro 2013
prática do empregado”, diz José Lupoli Jr., da USP. Mesmo para as farmácias menores e familiares, os consultores afirmam que é possível fazer ações de baixo custo que estimulem a participação maior do empregado. Premiações anuais, placas de comprometimento e fotos de funcionário do mês são válidas para estimular a participação dos trabalhadores, de acordo com o consultor José Carmo Oliveira, do Sebrae-SP. “Tal como o empregado, o empregador não pode se acomodar. Têm de partir dele as iniciativas de mudança do clima no ambiente de trabalho. Ações pequenas como essas ajudam muito. Até a promoção de um churrasco mensal para estimular a troca de experiências entre os empregados é indicada”, avalia. Segundo os especialistas, é preciso que toda empresa tenha um plano de cargos e salários bem definido, para que o empregado tenha a certeza, desde o início do contrato de trabalho, das possibilidades de ascender dentro da loja. Traçar planos de cargos e salários e até ajuda de custo para manter a faculdade, a pós-graduação ou os cursos esporádicos também contribuem muito, de acordo com os analistas. Se isso ainda não for possível, trabalhar resultados com um plano de folga maior, férias mais esticadas e premiação simbólica ao final do período também é indicado. “Ser empresário também é ser criativo, principalmente no trato com pessoas. Não importa a ação ou a forma de incentivo. O que importa de fato para os trabalhadores é ter alguma forma de ser prestigiado. É o que todo profissional almeja”, diz o consultor José Lupoli Jr. Além de implantar políticas recreativas e de premiação, a psicóloga organizacional Meiry Kamia destaca a necessidade de investimento na capacidade de gestão do supervisor, do gerente ou da pessoa que lida diretamente com os empregados e tem a missão de mantê-los motivados. O papel do líder, segundo ela, é perceber de antemão a insatisfação dos empregados e tentar administrar os anseios de cada peça do xadrez trabalhista. “O empregado que é ouvido corriqueiramente pensa mais antes de deixar o posto de trabalho. O líder tem a missão de ouvir as demandas e tentar atendê-las dentro das possibilidades que se apresentam, administrando as ansiedades antes que as mudanças aconteçam de fato. Ele é o responsável por dar a motivação de que o empregado precisa para sair todos os dias de casa e mostrar as possibilidades de futuro”, avalia. Segundo Kamia, a avaliação dos líderes e gerentes se faz necessária justamente pela relação entre eles e os empregados serem, muitas vezes, o fator que leva alguém a procurar um novo emprego. “Não adianta ter uma política linda de RH com uma liderança negativa, que gera estresse desnecessário, assédio moral e até ajuda a desenvolver do síndrome do pânico em alguns trabalhadores, como se vê hoje em dia. Avaliar a liderança antes de promover as mudanças necessárias é certeza de eficiência”, acrescenta.
cenário
O merchandising
atrás do balcão
D
A prática impacta em maior poder de influência por parte dos balconistas e farmacêuticos, que além dos produtos de prescrição hoje podem interferir na opção de compra também dos MIPs
Wagner Bastos Especialista em marketing promocional e merchandising, palestrante e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas) 96
Diferentemente dos canais alimentares, onde o merchandising é mais padronizado, respeitado e praticado, o varejo farma neste quesito encontra muitas dificuldades na prática das técnicas de aceleração de vendas. O fato é que, além da concorrência extremamente acirrada, alguns fatores complicam ainda mais o cenário e dificultam a eficiência das ações e técnicas mais conhecidas. Os principais: • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com constantes novas determinações e orientações; • Os diversos tipos e tamanhos de farmácias, cada qual com layout e políticas de merchandising próprios. Pequenas, médias e grandes lojas concorrem diretamente entre si; • As recentes e iminentes mudanças nas estruturas das lojas como os gaveteiros que extinguem as prateleiras e diminuem a necessidade espacial; • A influência técnica dos balconistas e farmacêuticos. Embora os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) tenham tido autorização para voltar às gôndolas, ao alcance do consumidor, após revisão do artigo 10, da RDC 44/09, muitas farmácias os mantiveram nas prateleiras porque acomodaram outros produtos de perfumaria em seus antigos lugares e uma nova mudança significaria um exaustivo redesenho do espaço, desinteressante para muitos. Isso significa um maior poder de influência por parte dos balconistas e farmacêuticos, que além dos produtos de prescrição hoje podem interferir na opção de compra também dos MIPs. E assim o desafio dos fabricantes também aumentou. O que fazer para garantir que os altíssimos investimen-
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tos da indústria farmacêutica em pesquisa, desenvolvimento, treinamento e marketing não se percam no momento da compra e efetivamente se convertam em negócios? Uma das possibilidades é o trabalho de merchandising nas prateleiras para onde foram encaminhados esses produtos, para que os clientes continuem encontrando-os, mesmo atrás do balcão, e para que a lembrança do item seja facilitada, a visualização e o alcance do profissional da farmácia. Mas isso não é tão simples em função da cultura organizacional de A a Z nas prateleiras, dificultando a exibitécnica. Nos casos do uso de gaveteiros, então, essa técnica é impossível. A solução mais indicada – e cada vez mais praticada – é o velho e bom marketing de relacionamento, que neste caso pode ser considerado também uma ferramenta valiosíssima do merchandising, o mais poderoso aliado do canal farma. Não se trata de incentivos de vendas, e sim de respeitar e estreitar o relacionamento com aqueles de quem nossos resultados dependem diretamente, com aqueles que interferem na consecução dos resultados de investimentos milionários. Simpatia e respeito são obrigatórios, mas valorizar o ser humano com treinamento e informações é imprescindível. É o momento de repensarmos o que chamamos de merchandising farma. Precisamos rever conceitos e lembrar que nesse mercado a confiança e a credibilidade são pilares essenciais tanto no sell-in como sell-out. Buscar a transformação dos modelos de trabalho no PDV certamente é um caminho sem volta num mercado já muito comoditizado e cujos profissionais da linha de frente são o principal gatilho gerador de resultados, depois da classe médica. foto: DIVULGAÇãO
ponto de venda
O risco do abuso
Aumentar o preço dos medicamentos fora do patamar estabelecido pelos órgãos competentes causa insatisfação no consumidor e faz com que ele deixe de comprar naquele estabelecimento, além de gerar multas e sanções ao comerciante irregular Por rodrigo rodrigu e s
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Varejistas que costumam aumentar o preço dos medicamentos acima dos valores estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) precisam ficar atentos: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos de defesa do consumidor estão de olho e podem atrapalhar o bom andamento da loja, caso o comerciante insista em trabalhar na ilegalidade. Segundo pesquisa feita pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) em 135 pontos de venda em dez cidades brasileiras, os preços dos medicamentos podem variar até 235% acima da média de preços estabelecida pelo CMED. O levantamento realizado em parceria com o Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC) apurou 91 preços diferentes para cada um dos 24 itens que foram analisados nas farmácias. Na cidade de Campinas, interior de São Paulo, uma pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor
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(Procon) local constatou uma diferença ainda mais gritante: 640% de diferença de um ponto de uma farmácia para outra. Essa diferença se dá, principalmente, entre os medicamentos genéricos. Entre os alimentos diet e light a pesquisa também observou variações de até 168% nos valores cobrados pelos estabelecimentos. Segundo a diretora do Procon de Campinas, Viviane Belmont, a cobrança abusiva de preços fere a livre concorrência e o código de defesa do consumidor, principalmente nos casos onde os valores são cobrados acima do Preço Máximo ao Consumidor (PMC), estipulado pela CMED. “O comerciante que cobra acima dos índices estabelecidos por lei está cometendo uma ilegalidade que pode render multa que varia de R$ 400,00 a R$ 6 milhões, dependendo do caso e da reincidência. Ao ser constatada a cobrança abusiva, ele tem um tempo de defesa. Mas, ao final do processo, pode ter sanções adfotos: shutterstock
O comerciante que cobra acima dos índices estabelecidos por lei está cometendo uma ilegalidade que pode render multa que varia de R$ 400,00 a R$ 6 milhões, dependendo do caso e da reincidência ministrativas que comprometem a renovação das licenças de funcionamento da loja”, explica. Na pesquisa feita pela Fundação, nenhuma farmácia foi autuada porque receberam o alerta e a orientação dos fiscais de campo da entidade e, ao serem fiscalizadas pela segunda vez, reduziram os preços e se adequaram às normas, segundo a entidade. “Nossa política é sempre a orientação antes das sanções. O levantamento não chegou a uma conclusão específica, mas observamos que em certas regiões os preços são maiores que a média. Se a farmácia fica numa área nobre ou muito afastada do centro, observamos uma tendência de cobrança maior de preços”, conta Viviane Belmont. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) avalia que mesmo entre as farmácias e drogarias que não ultrapassam o teto estabelecido pelo CMED há cobrança abusiva. A advogada da entidade, Joana Cruz, chama atenção para as discrepâncias de preços cobrados até pelas grandes bandeiras dentro dos valores estipulados pelo governo. “Para qualquer consumidor é difícil entender por que um medicamento custa mais de 200% de um lugar para o outro. Mesmo que as condições de negociação com os fabricantes não sejam as mesmas, é estranho que nas grandes redes um medicamento seja cobrado pelo teto máximo e em outras farmácias não”, questiona Cruz. A afirmação da advogada do Idec é sustentada pelos números da última pesquisa de preços da entidade. Segundo os dados, o antibiótico genérico Azitromicina (Laboratório EMS), por exemplo, foi encontrado por R$ 19,28 nas unidades de uma grande rede, enquanto o mesmo produto custava R$ 5,75 em outra rede. O Idec apurou que o preço médio desse medicamento entre todas as farmácias nas demais unidades era de cerca de R$ 11,56. Outro exemplo de genérico é o Atenolol, que custava R$ 12,05 em uma farmácia e R$ 5,17 em outra, com variação de 133,08%. O preço médio do medicamento no mercado é R$ 8,26. No caso da Amoxicilina (Laboratório EMS), o preço mais alto identificado pelo Idec foi nas lojas da mesma grande rede, que cobrava R$ 20,09 por unidade, enquanto em uma terceira rede, o mesmo medicamento foi encontrado por R$ 6,03 e a média de preços é de R$ 11,38. É importante salientar que, apesar das diferenças enormes
Lista de preços da Contento Há 19 anos, a Contento (antes Editora Price) publica, junto da revista Guia da Farmácia, sua tradicional lista de preços. O objetivo é orientar farmácias e consumidores sobre os preços dos medicamentos, ou seja, constam no material: preço de fábrica (preço que o fabricante cobra da farmácia) e o preço máximo que a farmácia pode cobrar do consumidor, além de lançamentos. Todas as farmácias e drogarias devem ter em seus balcões a lista de preços. Trata-se de uma obrigatoriedade da Resolução nº 2, artigo 8, que diz: “As unidades de comércio varejista deverão manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de defesa as listas dos preços de medicamentos atualizadas, calculados nos termos desta Resolução”. Ao lançar um novo produto, os laboratórios mandam à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) os preços que querem praticar; caso sejam aprovados, podem colocar no mercado. A lista impressa é atualizada todo mês e o Guia Digital duas vezes ao mês: www. guiadafarmaciadigital.com.br.
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de preços, nenhuma das farmácias mencionadas cobrava acima do PMC estipulado pelo governo. Mas nos três casos os valores eram exatamente o teto estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. “Ficou claro através da análise dos preços médios que os fabricantes têm conseguido praticar preços muito mais baixos que o teto estabelecido pelo governo. Não há motivo para a CMED manter o PMC tão alto. Isso contribui para essas distorções de preço, que só prejudicam o consumidor”, avalia a advogada Joana Cruz.
Responsabilidade das distorções Em resposta oficial ao Idec, Juan Carlos Lijos, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma), atribui a distorção dos preços à concorrência na região, aos custos de funcionamento de cada loja e até à política de vendas dos laboratórios, que oferecem descontos diferentes para cada empresa, dependendo do volume de compra. Lijos também acredita que a fixação de preços pela CMED contribui para aumentos exagerados. O Idec discorda da hipótese de fim da fixação de preços sugerida pelo Sincofarma e afirma que a normatização de preços foi estipulada pelo governo justamente pela incapacidade do mercado de se autorregular. “Entendemos que a CMED deve fixar valores do PMC que sejam mais compatíveis com os preços atualmente praticados no mercado, ou seja, que haja a diminuição dos valores dos preços-teto. Isso fará com que haja menor variação de preços, pois a possibilidade de um aumento muito acima do valor efetivamente praticado não existirá mais, uma vez que o preço-teto não será mais tão alto”, comenta Joana Cruz. Além da queda dos preços máximos praticados pela CMED, as entidades de defesa do consumidor defendem maior fiscalização das farmácias que praticam preços abusivos. “O ranking é uma forma de o consumidor basear suas escolhas e obriga as empresas a agirem e a respeitarem mais os diretos dos consumidores”, diz Viviane Belmont. “Não vale apenas para as grandes farmácias e empresas. Vale para todos que prestam serviço ao consumidor”, adverte a diretora da entidade campineira. Para o professor do departamento de marketing da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Lupoli Jr. & Consultores Associados, José Lupoli Jr., o comerciante deve evitar de qualquer maneira figurar nas listas de infração das entidades de defesa do consumidor, para não ser estigmatizado como “a loja cara”, o “comerciante ladrão”, etc. “Respeitar as regras de consumo é o mínimo que o cliente espera de um comércio. Ser rotulado como um estabelecimento ‘que vende caro’ custa alto para o comerciante e prejudica especialmente os menores comerciantes, que não têm recursos para ações de marketing de grande impacto”, alerta. 100
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“Se os empresários praticam descontos de até 80% em relação ao preço máximo, é sinal de que esse máximo pode ser diminuído consideravelmente. Essa variação enorme deixa o consumidor inseguro, sem saber se poderia ou não pagar muito mais barato em outra drogaria. Além disso, quando o teto é muito elevado, como observamos, há um risco de aumento abrupto de preços que pode prejudicar o tratamento dos pacientes, especialmente os de menor renda”, defende a advogada do Idec. “Com tanta liberdade para diminuir e aumentar o preço dos medicamentos, o consumidor fica sujeito a alterações repentinas, o que coloca em xeque a efetividade da regulação do setor”, critica Joana Cruz. Apesar das críticas do Idec, os representantes dos fabricantes e varejistas garantem que não há risco de descontrole de preços e aumentos repentinos, em virtude da grande concorrência entre as redes e demais farmácias do País, que vêm diminuindo as margens de lucro. A Anvisa, por sua vez, diz que a fiscalização é tarefa das Vigilâncias Sanitárias de Estados e Municípios e, por isso, não é possível saber a quantidade de farmácias autuadas nacionalmente por irregularidades de preço durante o ano. Por meio de nota, a agência reguladora lembra que caso a farmácia ou farmacêutico sejam flagrados vendendo produtos fora do valor fixado pelos órgãos de controle, estarão sujeitos a várias sanções estabelecidas pela Lei de Infração Sanitária 6.437/1977. A lei prevê suspensão de vendas, interdição do estabelecimento comercial e multa que pode chegar a até R$1,5 milhão. Mesmo com a garantia das entidades representativas e dos órgãos oficiais do governo, as entidades de defesa do consumidor afirmam que continuam a campanha
ponto de venda
diferença entre preços genérico azitromicina
Drogaria com preço mais alto
R$ 19,28
Drogaria com preço mais baixo
R$ 5,75
Preço médio nas demais unidades
R$ 11,56
genérico atenolol Drogaria com preço mais alto
R$ 12,05
Drogaria com preço mais baixo
R$ 5,17
Preço médio nas demais unidades
R$ 8,26
amoxilina Drogaria com preço mais alto
Drogaria com preço mais baixo
R$ 20,09
R$ 6,03
Fonte: Procon/Idec
de fiscalização e pressão para diminuição dos valores máximos dos medicamentos. “Consideramos os preços acima dos valores da CMED como abusivos. Por isso deve haver a fiscalização dos órgãos competentes, mas é importante também que os consumidores tenham ciência de que existem os preços máximos permitidos para os medicamentos e, ao verificar a venda acima des102
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Preço médio nas demais unidades
R$ 11,38
ses valores, denunciem os estabelecimentos ao Procon e à CMED”, evoca a representante do Idec. “Com o advento das redes sociais e da internet, é mais fácil para o consumidor denunciar e garantir os seus direitos. O comerciante que não quiser ver o seu estabelecimento nos rankings de denúncia precisa usar o bom-senso e o respeito ao consumidor”, sentencia Viviane Belmont, do Procon de Campinas.
mercado
O crescimento dos
“não medicamentos”
Produtos correlatos e itens de higiene pessoal e beleza somam aproximadamente um terço do faturamento e começam a gerar mudanças significativas na gestão da loja
L uiz Fer nand o Samb ugaro Diretor de Comunicação da Gunnebo Gateway Brasil Site www.gateway-security.com.br 104
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Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), entre outros, indicam um crescimento significativo do canal farma. As condições sociais e econômicas em evolução e o crescimento dos planos de saúde geram um consumo crescente, porém, muito aquém de nossas reais necessidades. Somente considerando as filiadas da Abrafarma, aproximadamente 3.300 farmácias e drogarias, com mais de 10 mil checkouts em uso, o crescimento de 2011 sobre 2010 foi de 16,45% na venda de medicamentos e de 26,95% de “não medicamentos”, representando um crescimento total de 19,42%. O que isso quer dizer? Que os “não medicamentos”, hoje, já somam aproximadamente um terço do faturamento e começam a gerar mudanças significativas na gestão da loja, seja na arquitetura mais arrojada, um ambiente mais clean ou na melhoria do atendimento e serviços. Esse mercado está sendo cobiçado por multinacionais. O que gera uma maior proximidade das empresas norte-americanas, que precisam, pelas atuais circunstâncias, investir fora de seu país, e sem sombra de dúvidas o Brasil seria o potencial mais atrativo. Por outro ponto de vista, esse crescimento significativo de “não medicamentos” ocasiona consequências esperadas, pois cada vez mais produtos de pequeno tamanho e alto valor agregado precisam ser expostos e estarão disponíveis aos já conhecidos “furtantes”,
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externos e internos, pela atratividade de produtos como cremes, xampus ou um lápis para olhos. Isso tudo faz com que surja uma nova necessidade, já que gestores de uma drogaria e farmácia tradicionais até então possuíam procedimentos completamente diferentes. Câmeras, etiquetas de proteção e treinamento adequado são fundamentais, e por que não dizer uma relação diferente entre funcionário e empresa, modificando-se naquilo a que já estavam acostumados anteriormente. Algumas empresas têm evoluído significativamente nesses quesitos, com mudanças drásticas em sua política e filosofia de trabalho. O exemplo atual e mais representativo de tudo o que temos falado, tanto do ponto de vista de fusão quanto do crescimento de “não medicamentos”, é uma clara política de prevenção de perdas, que deve estar sempre em constante evolução. Hoje, nas maiores redes americanas e francesas, é comum o mobiliário de autosserviço ser desenhado e equipado com sistemas de proteção, que impedem o furto de grandes quantidades, do tipo “limpar um gancho”, pois apenas um item de cada vez poderá ser retirado e alguns fazem um ruído a cada retirada, alertando a segurança quando vários produtos são retirados sequencialmente, indicando uma ação de furto. Lembre-se de que a ocasião faz o ladrão. Velho chavão que cada vez mais é atual. foto: divulgação
atendimento
Influências ou ações mútuas entre fármacos e medicamentos geram reciprocidade benéfica ou prejudicial P o r L í g i a fav o r etto
Resposta
medicamentosa
I
Interação medicamentosa é o evento fisiológico, farmacológico ou reação química que ocorre entre os medicamentos e entre medicamentos e alimentos. A interação pode diminuir, aumentar ou anular a ação de um fármaco, prejudicando de forma significativa os resultados almejados. Farmácias e drogarias devem atuar de forma ativa, pesquisando a vida do cliente, sobretudo para identificar se já faz uso de outros medicamentos e de que forma costuma ingeri-los. O objetivo é que a absorção da substância atinja os padrões estabelecidos.
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De acordo com o professor coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Alexsandro Macedo Silva, a interação medicamentosa pode ser farmacocinética ou farmacodinâmica. “A interação farmacocinética interfere na absorção, distribuição e excreção do medicamento e acontece principalmente com alimentos. Já na interação farmacodinâmica, a ação farmacológica de um fármaco pode ser comprometida através de uma ação sinérgica ou antagônica. Esta interação acontece principalmente entre fármacos que, por apresentar interação química, competem pelo mesmo recepfoto: shutterstock
tor na célula, provocando ação antagônica, ou sinérgica.” A farmacêutica responsável pela Farmácia Escola, do departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, explica que as interações são ações recíprocas dos fármacos dos medicamentos. Os efeitos resultantes podem ser benéficos ou prejudiciais. Segundo ela, são consideradas interações benéficas quando melhoram a eficácia terapêutica ou reduzem os efeitos adversos, e prejudiciais quando aumentam exageradamente os efeitos farmacológicos dos fármacos ou quando estes se antagonizam a ponto de anular parcialmente ou não seus efeitos terapêuticos. “Não podemos confundir interação medicamentosa com incompatibilidade medicamentosa. Essa última ocorre quase sempre fora do organismo, quando se misturam dois ou mais medicamentos para uma administração única como, por exemplo, a verificação na mistura final de alteração de cor, presença de precipitado, turvação, etc. Essa situação sim é denominada de incompatibilidade medicamentosa.”
Ela lembra que a ingestão de sucos de frutas cítricas com medicamentos não é recomendada considerando a possibilidade da alteração de pH, prejudicial à dissolução de fármacos, assim como pela atuação sobre o transporte ativo no intestino. “Da mesma forma, o chá e alimentos que contenham tanino devem ser evitados porque precipitarão certos fármacos, como os alcaloides.”
Recomendação de uso Para definir como um medicamento deve ser consumido, se com água, leite ou suco, de estômago cheio ou em jejum, a primeira iniciativa é ler a orientação descrita em bula sobre como o fabricante recomenda a administração daquele medicamento específico, já que é detentor dos resultados de todos os testes. A professora da USP comenta que existem algumas interações clássicas em relação aos alimentos. “Estas devem ser já sabidas, para que se oriente o usuário do medicamento.” De acordo com Maria Aparecida, uma
Farmácias e drogarias devem atuar de forma ativa, pesquisando a vida do cliente, sobretudo para identificar se já faz uso de outros medicamentos e de que forma costuma ingeri-los. O objetivo é que a absorção da substância atinja os padrões estabelecidos Com os alimentos, dependendo do medicamento, podem aumentar ou diminuir a absorção, ou seja, podem aumentar ou diminuir a excreção de um fármaco. Segundo informa Silva, o medicamento deve sempre ser ingerido com água. “A água é um solvente neutro, que não reage com os fármacos e nem interfere na sua absorção. O suco, o leite, o chá podem interferir na absorção de certos fármacos.” Ele complementa: “De forma geral, os medicamentos devem ser tomados nos intervalos das refeições, para que os efeitos dos alimentos sejam minimizados. Mas alguns fármacos, que estimulam a secreção gástrica ou irritam a mucosa, devem ser administrados próximo das refeições.” Maria Aparecida ressalta que é preciso ter informação correta sobre a administração concomitantemente ou não às refeições porque podem ocorrer situações nas quais a característica da composição dos alimentos ingeridos irá influenciar positivamente no processo de absorção. “É, por exemplo, o que se verifica com alimentos ricos em carboidratos e proteínas e a administração de fármacos como diazepam, griseofulvina, hidroclortiazida, com metoprolol, nitrufurantoina, etc., que são mais bem absorvidos.”
maneira prática de se ter informação rápida na drogaria é dispor de um sistema de base de dados sobre interações medicamentosas que facilita a informação ao usuário do medicamento ou então quadros orientativos que disponibilizem as principais interações observadas com os fármacos mais consumidos, que facilitam a busca pela informação. “Dependendo do tipo de alimento ingerido, a velocidade de esvaziamento gástrico poderá sofrer variações, o que afetará na absorção de um fármaco. Por exemplo, uma dieta hiperproteica interferirá na absorção da levodopa (antiparkinsoniano), porque os aminoácidos competem pelos sítios que estão envolvidos na ação da substância.” O professor Alexsandro Macedo Silva, do Centro Universitário São Camilo, alerta que os antibióticos de tetraciclina, normalmente, têm interação com leite e queijos, ou seja, alimentos ricos em cálcio, além de minerais, ferro, manganês, zinco, porque há formação de quelatos insolúveis (formação de um complexo) que são excretados pelas fezes. “A tetraciclina apresenta uma estrutura molecular capaz de interagir com o cál2013 janeiro guia da farmácia
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atendimento
cio presente no leite e derivados. Ao interagir com o cálcio, a tetraciclina perde solubilidade e não é absorvida.” Ele recomenda que para investigar cada caso e orientar o paciente no ponto de venda deve-se fazer o seguimento farmacoterapêutico para identificar tais interações, através de uma análise farmacêutica da receita. “Muitas vezes, ajustando o horário de tomar o medicamento, é possível diminuir as interações medicamentosas. Diante de situações mais graves, deve-se entrar em contato com o prescritor e discutir o caso.” Maria Aparecida Nicoletti aponta outra interação considerada clássica: inibidores da monoaminoxidase (MAO) e tiramina. “A tiramina é encontrada em vinhos, queijo e cerveja, promovendo a liberação de norepinefrina das terminações das fibras adrenérgicas que levará a constrições arteriolares e hipertensão. Disso podemos entender que não deverão ser administrados medicamentos que são inibidores da MAO com ingestão concomitante de alimentos que contenham tiramina, porque haverá o risco de crise hipertensiva.” De uma maneira geral, as populações de risco para interações com alimentos são: idosos, pacientes que apresentam doenças crônicas, mulheres grávidas, lactantes e fetos em desenvolvimento. A composição da dieta e o tipo de alimentação podem alterar a absorção dos medicamentos, aumentando a potencialização dos efeitos colaterais, diminuindo-a (o fármaco poderá não atingir o nível terapêutico necessário) ou retardando-a. A professora assegura ainda que o tabagismo altera o metabolismo hepático de alguns fármacos e, como consequência, o efeito terapêutico esperado: dipirona, paracetamol, lidocaína têm metabolismo aumentado; insulina tem o metabolismo reduzido. “Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, inalados pelo ato de fumar, aceleram o metabolismo de fármacos que utilizam o Citrocromo P-448 (uma das famílias do Citocromo P-450).” Ela acrescenta também que a interação de álcool e tabaco aumenta a incidência de câncer do trato digestivo superior. “Cabe salientar a utilização de álcool, que é a substância psicoativa mais consumida mundialmente e se tornou um problema de saúde pública. O consumo excessivo e crônico ocasiona comprometimento cerebral e de órgãos como o fígado, coração, pâncreas, além de inúmeros outros comprometimentos. Tanto o consumo agudo como crônico interferem com as doses requeridas de medicamentos como os hipoglicemiantes, os antibióticos, os anticoagulantes, os anti-histamínicos, os diuréticos e muitos outros. As interações decorrentes do álcool e fármacos levam a alterações de parâmetros farmacocinéticos e/ou farmacodinâmicos, resultando em
A questão da ocorrência de interações é complexa e demanda uma análise criteriosa
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Interações e sua classificação Os mecanismos envolvidos nas interações medicamentosas levam a denominações específicas. Acompanhe: Físico-químicas: geralmente ocorrem no trato digestivo entre um fármaco e outro fármaco ou então entre um fármaco e nutrientes. Exemplo: adsorção envolvendo carvão ativo e alcaloides. Farmacocinéticas: interações em que um dos fármacos modifica a cinética (processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção) de outro administrado concomitantemente, podendo também haver ações recíprocas com a modificação da cinética de ambos. Exemplo: antiácidos à base de alumínio + diazepam (aumenta a absorção do diazepam) ou antiácidos à base de alumínio + isoniazida (redução da absorção da isoniazida). Farmacodinâmicas: ocorrem com o envolvimento de dois ou mais fármacos através de seus próprios mecanismos de ação, ou competindo junto aos receptores específicos ou independentemente de receptores. Exemplo: potencialização de toxicidade na associação de canamicina + diurético como o ácido etacrínico. Bioquímicas: normalmente estão enquadradas no grupo das interações farmacocinéticas, contudo os mecanismos envolvidos estão relacionados aos sistemas enzimáticos. Exemplo: isoniazida e fenitoína. Fonte: Maria Aparecida Nicoletti, da USP e UnG
aumento ou diminuição dos efeitos farmacológicos e colaterais do álcool e de outros fármacos.” A profissional assegura que a questão da ocorrência de possíveis interações é complexa e demanda uma análise criteriosa dos medicamentos que estão sendo administrados ao indivíduo. “A busca por informações na literatura científica torna-se uma condição praticamente obrigatória para uma orientação correta quanto ao uso do medicamento com segurança. Os usuários de medicamentos estão potencialmente suscetíveis à ocorrência de interações, que devem ser tratadas de maneira individualizada. As bases de dados disponíveis sobre interações se constituem em uma ferramenta valiosíssima para a análise e posterior informação correta.”
excesso de sol
Somente o melhor
do verão
Quando em excesso, o sol pode culminar em diversos problemas para o corpo, como queimaduras na pele, fotoenvelhecimento, desidratação e verminoses P o r k at h len r a m os
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Num país tropical como o Brasil, as temperaturas máximas em alguns estados podem ultrapassar os 40 graus. Mesmo com esse clima que sempre remete a muita diversão e que coincide com o período de festas e férias de muitas pessoas, é fundamental que a população tome alguns cuidados para não ter surpresas desagradáveis que podem prejudicar a saúde. fotos: shutterstock/divulgação
Quando os sinais do fotoenvelhecimento surgirem nos clientes da farmácia, diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos. Os mais comuns são os cremes e loções à base de retinoides e alfa-hidroxiácidos Atenção às queimaduras do sol Apesar de hoje a importância de se ter cuidados com a pele, especialmente quando exposta à radiação solar, ser mais difundida, ainda não deixa de ser comum ver muitas pessoas, inclusive crianças, tomando banhos de sol intensos, na praia ou na piscina, sem proteção. Mas, infelizmente, problemas como esse podem deixar marcas por toda a vida, como queimaduras de pele. E, em alguns casos, os problemas podem ultrapassar a descamação estética. “Além de bolhas, os sintomas podem passar por ardência, sensação de incômodo, vermelhidão, queimação e eliminação da pele. Quando a bolha se forma, a epiderme se rompe. Estes são os principais sintomas. Se for um caso de insolação, pode haver febre, hipertermia e desidratação”, conta a dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Meire Parada. “O paciente pode, ainda, apresentar dor de cabeça, náuseas e vômitos”, acrescenta a dermatologista Vanessa Penteado, médica da Clínica Pantheon. E quanto mais branca for a cútis, maiores os riscos de sofrer queimaduras. “As peles mais claras, que ficam vermelhas ao se expor ao sol, são as mais propensas. As peles que ficam bronzeadas e não vermelhas são menos suscetíveis, contudo, também correm risco dependendo do horário e tempo de exposição solar. Da mesma forma que as peles mais claras são mais propensas às queimaduras, pessoas com esse biotipo também têm mais chances de desenvolver câncer de pele”, alerta a Dra. Meire. Se as queimaduras acontecerem, é fundamental a procura de um médico, que orientará para o melhor
tratamento dependendo da gravidade do caso. “É importante a ingestão de bastante água, a hidratação da pele e compressas frias, que troquem calor com a área queimada. Há, ainda, anti-inflamatórios adequados, que podem ser indicados nesses casos”, esclarece a dermatologista da SBD. “Em O Dr. Alexandre Okubo, da queimaduras, geralmente SBD, diz que o usam-se produtos que tefotoenvelhecimento nham princípios calmané um processo lento e progressivo tes como base, como por exemplo, aloe vera e lidocaína”, complementa a Dra. Vanessa Penteado. Vale, ainda, alertar os consumidores que buscam fórmulas naturais para o bronzeado desejado, como limão, Coca-Cola, óleo de cozinha, óleo de urucum, parafina ou outros ingredientes sem nenhuma comprovação científica. Os riscos podem ser muito altos. “Ao usar esses produtos, ao invés de ter uma pele bronzeada e saudável, a utilização de bronzeadores caseiros pode resultar em manchas e queimaduras, tanto superficiais quanto profundas, além de danos irreversíveis, como o câncer de pele”, alerta a médica da Clínica Pantheon. Outro risco é tratar queimaduras com elementos caseiros, como pasta de dente. “ O produto pode levar a uma sensação boa, de frescor, quando colocada em contato com a pele, contudo, ao ser retirada, é possível que a pele fique ainda mais machucada, por não sair facilmente”, adverte a Dra. Meire.
Envelhecimento também se dá pela ação do sol Não é apenas a passagem dos anos que pode trazer os sinais da idade. A falta de cuidados com a pele quando exposta ao sol também pode culminar em problemas de envelhecimento precoce. “O fotoenvelhecimento, conhecido como envelhecimento extrínseco, é um processo lento e progressivo de envelhecimento da pele devido ao efeito cumulativo dos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol”, explica o dermatologista membro da SBD, Dr. Alexandre Okubo. “O envelhecimento da pele tem um avanço visível a partir dos 20 anos de idade, que é quando a taxa de colágeno começa a diminuir também. 2013 janeiro guia da farmácia
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Especial saúde
excesso de sol
fotoenvelhecimento: entenda a ação do sol na pele Os raios ultravioleta (UV) provocam degeneração de colágeno e elastina. “Pessoas mais jovens têm mecanismos eficientes de recomposição do colágeno danificado. Mas, com a idade, os mecanismos vão se tornando menos eficientes e os sinais de envelhecimento, mais aparentes”, explica o dermatologista Alexandre Okubo. Isso acontece porque a luz ultravioleta age nas células alterando o DNA celular. “Essa mutação traz como consequência um desajuste nessas células quanto à capacidade de regular a pigmentação e a capacidade de regeneração da pele, surgindo então as manchas, que podem ser escuras, por excesso de pigmentação, ou claras por ausência do pigmento. Também surgem lesões ásperas elevadas, ou até mesmo cancerosas”, esclarece a Dra. Miriam Sabino.
Mas a partir da quarta década de vida, os sintomas tornam-se mais intensos, podendo trazer manchas e flacidez”, acrescenta a dermatologista Miriam Sabino. Dentre os principais sinais do fotoenvelhecimento estão ressecamento e atrofia (afinamento) da pele, o surgimento de vasinhos (telangiectasias); alteração na textura; aparecimento de rugas e flacidez; além de manchas acastanhadas (melanoses) e brancas (leucodermias). “Entre os 35 e 40 anos de idade, o fotoenvelhecimento começa a se manifestar. O início de aparecimento e velocidade de progressão depende da cor da pele e predisposição genética”, avisa o Dr. Okubo. Quando os sinais do fotoenvelhecimento surgirem nos clientes da farmácia, diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos. “Os mais comuns são os cremes e loções à base de retinoides (tretinoína e adapaleno) e alfa-hidroxiácidos (ácido glicólico); além dos peelings químicos e físicos; laser ablativos e não ablativos; preenchimento; voluminadores com ácido hialurônico e hidroxiapatita de cálcio; e toxina botulínica para rugas de expressão”, enumera.
Cuidados com a falta de água no organismo Outro grande risco dos dias de muito sol e calor está no desenvolvimento da desidratação, que se caracteriza pela baixa concentração de água e sais minerais no organismo. 11 2
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“A perda de líquidos pode ocorrer devido a excesso de calor atmosférico. Essa perda também pode acontecer por diarreia e vômitos, ou pela falta de ingestão de líquidos por período prolongado”, descreve o infectologista, chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Santa Paula, Dr. Marcelo Mendonça. Os sintomas são diversos. “O acometido pode apresentar sede, tonturas, mucosas secas, perda do turgor da pele, olhos encovados. Em casos extremos ocorrerão hipotensão arterial e o estado de choque, que podem levar à morte”, esclarece. O médico assistente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Claudio Miguel Rufino, lembra que o paciente pode passar por mialgia (dores musculares), cansaço, fraqueza e dificuldades de raciocínio, e lembra, ainda, que o grupo de risco fica para crianças (até cinco anos) e idosos. O tratamento, nesse caso, se dá, justamente, com a reposição de líquidos no organismo. “Isso pode ser feito por soro de hidratação, por via oral ou via venosa, dependendo do grau da desidratação”, acrescenta o infectologista do Hospital Santa Paula. “Somente o médico pode avaliar, por meio de exames, qual a forma de reposição mais adequada”, adverte o Dr. Rufino. Para evitar desidratação durante os dias mais
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excesso de sol
prevenção Dentro das farmácias e drogarias, varejistas podem orientar os clientes, dando algumas dicas para que evitem queimaduras e os malefícios do fotoenvelhecimento, como: 1) Usar filtros solares desde os seis meses de idade. 2) O FPS sempre deve ser igual ou maior que 15. 3) Utilizar protetor solar 30 minutos antes da exposição e reaplicá-lo a cada duas ou três horas, ou após molhar-se. 4) Utilizar chapéus, óculos escuros e camisetas para complementar a proteção. 5) Evitar o horário de pico da exposição solar, que é das 10 até as 16 horas. 6) Consultar periodicamente um dermatologista para análise do tipo de pele, bem como fazer uma avaliação do tipo de proteção, que pode evitar a progressão do fotoenvelhecimento. Fontes: Dr. Alexandre Okubo e Dra. Miriam Sabino
quentes do ano, vale recomendar aos clientes da farmácia que usem roupas leves e bebam água e outros líquidos com frequência. “Se a causa for por diarreia ou vômitos, medicamentos poderão ser necessários”, acrescenta o Dr. Mendonça. Mas antes que o problema ocorra, vale a prevenção. “O ideal é a ingestão de, no mínimo, dois litros de líquidos por dia”, avisa o Dr. Rufino. Já as bebidas alcoólicas devem ser evitadas. “O álcool potencializa a desidratação, já que aumenta a diurese”, lembra o médico assistente da Unifesp. Para evitar períodos de desidratação no calor recomenda-se não ingerir alimentos gordurosos, bem como não se expor excessivamente ao sol, especialmente entre 10h00 e 16h00.
Verminoses e bactérias Durante a estação mais quente do ano, crianças brincam em contato com a terra e areia da praia. Mas, infelizmente, se nesses locais houver contaminação por esgoto e baixas condições de saneamento, essas crianças podem ser contaminadas por verminoses. “A ver11 4
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minose é caracterizada como uma doença causada por parasitas, conhecidos como vermes, que passam a viver dentro do corpo de animais e humanos”, descreve o chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Santa Paula, Dr. Marcelo Mendonça. As verminoses mais A Dra. Vanessa comuns são a Ascaris (lomPenteado, da briga), Tênia (solitária), AnClínica Pantheon, explica que em cilostomíase (amarelão), queimaduras usamEsquistossomose e Estronse produtos com giloidíase. Quando está princípios calmantes com verminose, o paciente costuma apresentar dores abdominais, emagrecimento, desnutrição e anemia. Alimentos mal acondicionados, especialmente durante o verão, também podem trazer grande risco à saúde. “Sem armazenamento em temperatura adequada, algumas bactérias encontram o ambiente ideal para proliferação, se multiplicando e podendo causar problemas como vômitos, diarreias, febre, dor abdominal e prostração. Os alimentos mais propensos a esse tipo de problema são molhos como maionese e mostarda, além de carnes e bolos”, explica o médico assistente da Unifesp. Os tratamentos variam de acordo com o caso. Quando diagnosticada a verminose, existem vermífugos específicos que devem ser indicados pelo médico após o diagnóstico, que passa pelo exame de fezes. Já a intoxicação alimentar tende a ser autolimitada. “Os sintomas costumam durar cerca de dois dias, e os medicamentos são usados apenas de forma sintomática, para melhorar a flora intestinal, e também para hidratar o corpo. Casos mais graves pedem tratamento por antibióticos, mas é preciso avaliação médica”, esclarece. Para preveni-las, a higiene é o único caminho. “A assepsia pessoal e do domicílio, associada a um saneamento básico adequado, como esgoto e água tratada, previniria a grande maioria das infestações que ocorrem em nosso País”, acredita o infectologista do Hospital Santa Paula. A higiene também é determinante para evitar casos de intoxicação. Para tanto, é fundamental ter alimentos bem acondicionados e lavados, além de manter as mãos sempre limpas.
sono
Equilíbrio, saúde e bom rendimento
Problemas para dormir, além de reduzirem a qualidade de vida dos acometidos, podem culminar no aumento do risco de doenças cardiovasculares e em alterações no funcionamento do sistema imunológico
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Por Kathlen R amos
São muitos os motivos que podem levar à insônia, condição comum entre brasileiros. De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital São Camilo, Dr. José Antonio Pinto, esse é um problema bastante relacionado à modernidade, em que as pessoas naturalmente passam a dormir menos, devido ao estresse acumulado durante o dia, longas jornadas de traba-
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lho, ansiedade, ambientes perturbadores, alimentação incorreta. “Especialmente os mais jovens, sempre ligados à televisão ou internet, ficam mais tensos, levando ao déficit de sono e suas consequências, como alterações no sistema imunológico.” A pneumologista especialista em medicina do sono e fotos: shutterstock/divulgação
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sono
médica do Instituto do Sono, Dra. Luciana Palombini, revela que 63% da população adulta do Brasil tem alguma queixa relacionada ao sono. Em São Paulo, 25% dos indivíduos relatam ter dificuldade para dormir, 27% acordam precocemente e 36% têm dificuldade de manter o sono. A Dra. Christina M. F. Coelho, da Santa Casa Seja qual for o motivo, é de São Paulo, explica comprovado que o sono que o som do ronco insatisfatório pode reduzir, é provocado pela dificuldade da passagem e muito, a qualidade de vida do ar pelas vias dos acometidos. “Em curto respiratórias altas prazo pode-se apresentar sintomas como sonolência, cansaço, mau humor, dificuldade de concentração e irritabilidade”, descreve a Dra. Luciana. Além disso, pessoas com período prolongado de insônia também se mostram mais suscetíveis a doenças, já que dormir não é apenas uma necessidade de descanso físico. Nesse período ocorrem diversos processos metabólicos no organismo que, quando alterados, podem desencadear algumas doenças. “Há uma maior dificuldade em controlar o estresse, tendência de descontrole do diabetes e maior incidência de hipertensão. Obesidade, fadiga crônica e envelhecimento precoce são mais comuns em quem dorme pouco. A perda de memória também ocorre a curto e longo prazo”,
alerta a médica otorrinolaringologista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em medicina do sono pela Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP), que fomenta o Instituto do Sono, Dra. Ângela Beatriz Lana.
Atenção especial ao ronco e apneia do sono Além da insônia que pode ser provocada por diversos fatores, existem, ainda, pessoas que apresentam distúrbios do sono causados pelo ronco. E, quando não tratado, esse problema pode evoluir para uma apneia, doença crônica que pode estar relacionada a outros problemas, como hipertensão, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2. “Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o ronco não é algo normal. É um sinal de obstrução do sistema respiratório e deve ser avaliado e, se necessário, tratado por um otorrinolaringologista. Essa condição impacta, de forma significativa, a saúde e a qualidade de vida tanto do paciente quanto de familiares. O diagnóstico correto e a orientação médica com relação ao tratamento são fundamentais”, constata o Dr. José Antônio Pinto. A médica do Departamento de Medicina da Santa Casa de São Paulo, neurologista, com subespecialidade em neurofisiologia (eletroencefalograma e epilepsia) e docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa na disciplina de Neurologia, Dra. Christina M. F. Coelho, explica que o som do ronco é provocado pela dificuldade da passagem do ar pelas vias respiratórias altas (nariz, faringe, laringe) parcialmente obstruídas por vários motivos, como: desvio
Solução cirúrgica para apneia leve O Instituto de Ensino e Pesquisa e o Serviço de Otorrinolaringologia da Rede de Hospitais São Camilo apresentaram, no Brasil, uma técnica inédita para o tratamento do ronco e da apneia leve: o implante de palato. Aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o implante de palato permite até 80% de melhora em casos de ronco na região do palato mole e apneia leve. O procedimento, diferente de outros recursos utilizados até o momento no País, é minimamente invasivo, pode ser realizado no próprio consultório e tem, em média, 30 minutos de duração. “São implantados pequenos fragmentos de polietileno no palato mole, produzindo fibrose, ou seja, o enrijecimento da região, que promove a redução da vibração dos tecidos que causam o ronco. O procedimento é feito sob anestesia local ou geral, com um mínimo de complicações e permitindo ao paciente dieta normal e retorno à suas atividades no mesmo dia”, explica o otorrinolaringologista do Hospital São Camilo e responsável pelo curso, Dr. José Antônio Pinto. Bastante conhecida no exterior, essa técnica pode ajudar muito os pacientes na redução dos riscos do ronco e da apneia leve à saúde. “Após um mês, o paciente já começa a sentir melhoras”, garante o especialista.
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sono
estágios do sono
Sono REM
• Atividade cerebral mais rápida e baixa amplitude • Movimentos oculares rápidos • Relaxamento muscular máximo • Predomina na segunda parte da noite
Sono não REM
• Sono mais lento • Concentra-se na primeira parte da noite • Dividido em três fases ou estágios, segundo a progressão da sua profundidade
São identificados no sono dois estados distintos: o sono mais lento, ou sono não REM, e o sono com atividade cerebral mais rápida, ou sono REM (do inglês, movimentos rápidos dos olhos). O sono não REM é dividido em três fases ou estágios, segundo a progressão da sua profundidade. Já o sono REM caracteriza-se pela atividade cerebral de baixa amplitude e mais rápida, por episódios de movimentos oculares rápidos e de relaxamento muscular máximo. Além disso, este estágio também se caracteriza por ser a fase onde ocorrem os sonhos. Em um indivíduo normal, o sono não REM e o sono REM alternam-se ciclicamente ao longo da noite. O sono não REM e o sono REM repetem-se a cada 70 a 110 minutos, com quatro a seis ciclos por noite. A distribuição dos estágios de sono durante a noite pode ser alterada por vários fatores, como idade, ritmo circadiano, temperatura ambiente, ingestão de drogas ou por determinadas doenças. Mas, normalmente, o sono não REM concentra-se na primeira parte da noite, enquanto o sono REM predomina na segunda parte. “Se os estágios do sono forem interrompidos, fica-se com a sensação de que não se dormiu bem, apresentando cansaço no dia seguinte, bem como lentidão de raciocínio”, afirma a Dra. Ângela Beatriz Lana. Fonte: Instituto do Sono
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de septo nasal, desproporção buco-lingual ou faciais, hipertrofia das amígdalas, inflamações rino-faríngeas. No momento do sono, quando ocorre um relaxamento muscular, a obstrução se completa, promovendo a apneia obstrutiva (pausa respiratória). “A apneia culmina com o desA Dra. Ângela Beatriz pertar breve para inspiração Lana, da UFMG e da AFIP, diz que obesidade, e não é recordada pelo infadiga crônica e divíduo. A frequência dos envelhecimento precoce eventos apneicos pode vasão mais comuns em quem dorme pouco riar em duração e frequência (leve, moderada ou grave). Isso leva ao sono interrompido e não reparador. Essa própria ocorrência favorece a secreção de melatonina (substância favorecedora do sono), levando a um ciclo vicioso perpetuador e agravador, com comprometimento de outros sistemas em efeito cascata”, explica. O esforço para vencer a obstrução respiratória promove um trabalho cardíaco muito maior, que com o tempo favorece o desenvolvimento de doença miocárdica, hipertensiva, acidente vascular cerebral e distúrbios hormonais. “O aumento da prevalência de morbidades e o risco de morte ocorrem tanto pelo sono entrecortado como pelo comprometimento da qualidade de vida durante o período de vigília. Pode ocorrer perda da atenção na execução de tarefas, levando a acidentes com lesão grave e fatal no trabalho, e no trânsito os riscos são triplicados”, avisa a Dra. Christina Coelho.
Tratamento pode aliar medicamentos e terapias alternativas O tratamento para os distúrbios do sono depende diretamente da causa do problema. “Temos tratamentos medicamentosos, psicológicos, acupunturas, cirurgias. O ideal é avaliar cada caso individualmente”, afirma a Dra. Ângela Beatriz Lana. “Para ronco e apneia, por exemplo, o tratamento envolve medidas gerais de perda de peso, tratamento de problemas nasais, uso de aparelhos como CPAP (máscara que manda ar para manter a via aérea aberta), aparelho intraoral (aparelho usado na boca, tipo placa, que puxa a mandíbula para a frente) e, em alguns casos específicos, a indicação de cirurgia”, descreve a Dra. Luciana Palombini. Já a insônia deve ser avaliada individualmente. O tratamento pode envolver mudança de hábitos 122
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e de horários e, por vezes, uso de medicação que varia de acordo com o quadro. Se houver necessidade de uso de medicamentos indutores do sono, que são aqueles que ajudam a iniciá-lo, eles podem auxiliar quando usados em combinação com tratamento comportamental. Mas a pessoa com insônia deve entender que a medicação isoladamente não é a solução. “São necessárias sempre mudanças de comportamentos, atitudes e muitas vezes tratamento de ansiedade ou depressão. Os produtos tradicionais, usados para dormir, podem levar à tolerância. Assim, com o uso contínuo, o efeito não se mantém e, com isto, acaba-se tendo de aumentar a dose ou trocar para uma medicação mais forte. Por isto a importância de aliar o uso de medicamentos ao tratamento comportamental”, adverte a Dra. Luciana Palombini. Especialistas alertam para a tolerância psicológica que os medicamentos podem causar. “Encarar a medicação como uma solução prática para o mal-estar e acomodar-se, sem buscar a reeducação dos hábitos, rever os conceitos, descobrir as falhas de atuação ou tentar aperfeiçoar-se é o maior risco”, diz a Dra. Christina Coelho, da Santa Casa de São Paulo. Dependendo do caso, o uso de fitoterápicos ou homeopáticos pode ser eficaz. “Eles podem apresentar um efeito relaxante e auxiliar na indução do sono. Se o indi-
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sono
orientações disponíveis Para os pacientes que chegam à farmácia buscando ajuda e algum tipo de alternativa para que consigam dormir bem, recomende que: Tenham horários regulares para deitar e acordar
Deitem-se somente quando estiverem sonolentos
Criem um ritual de relaxamento antes de dormir (banho, meditação, diminuir a luminosidade do quarto). Evitem cochilos durante o dia No indivíduo com estresse excessivo e não equilibrado ocorre um aumento da ansiedade e da agitação mental. Com esta agitação, ocorrerá uma dificuldade em iniciar e manter o sono A posição de dormir também pode influenciar. Isso pode ser solucionado com um travesseiro que mantenha o pescoço esticado. O ronco e apneias também podem piorar na posição de barriga para cima; o melhor é dormir de lado
A maior parte das pessoas precisa entre sete e oito horas de sono; outras ficam bem com cinco horas; e alguns precisam de nove horas Reduzam a ingestão de substâncias cafeinadas e evitem refeições copiosas e gordurosas à noite. Tomem leite morno e comam carboidratos antes de dormir Eliminem fatores perturbadores no quarto, como telefone, televisão, rádio, revista, livros, número de pessoas, ruídos, relógio, luzes, poeira Saiam da cama e procurem outros ambientes, se demorar um tempo superior a 15 minutos para dormir. Procurem atividade pouco estimulante até que o sono reapareça Procurem fazer atividades físicas regularmente, porém até seis horas previamente ao horário de dormir
Fontes: Dra. Luciana Palombini e Dra. Christina M. F. Coelho
víduo nunca usou medicação alopática para esse tratamento, pode tentar, inicialmente, um fitoterápico que talvez associado ao tratamento comportamental seja suficiente”, constata a pneumologista especialista em medicina do sono e médica do Instituto do Sono.
Crianças também sofrem O ronco e a apneia do sono são problemas frequentes em crianças. No entanto, muitas vezes não são reconhecidos pelos pais. “Às vezes tratadas como hiperativas, 124
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podem ter distúrbios do sono não diagnosticados. Eles podem ser inúmeros e vão desde pesadelos, sonambulismo, terror noturno, a ronco e apneia. Alguns tipos de epilepsia também ocorrem durante o sono”, destaca a Dra. Ângela Beatriz Lana. É comum também a criança não conseguir dormir à noite. Este tipo de problema é mais ligado a hábitos e organização que os pais fazem com o esquema de sono da criança. “A regra é disciplinar”, afirma o Dr. José Antônio Pinto.
artigo
Acne neonatal O surgimento do problema é muito comum e normalmente ocorre entre a terceira e a quarta semana de vida da criança, podendo perdurar até seis meses. Além disso, ela está presente em cerca de 30% dos recém-nascidos
Dr. fernando passos de freitas Dermatologista, com experiência na área pediátrica. Possui consultório nos bairros: Jardim América, Vila Mariana, Alphaville e Perdizes Site www.drfernandofreitas.com.br 126
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O que fazer quando o bebê está com espinhas ou cravos nas bochechinhas e no queixo? A maioria das mães fica preocupada e não sabe como agir, mas o surgimento da acne é muito comum e normalmente ocorre entre a terceira e a quarta semana de vida da criança, podendo perdurar até seis meses. Além disso, ela está presente em cerca de 30% dos recém-nascidos. A acne neonatal surge devido à predisposição genética, após os hormônios maternos serem liberados durante a gestação e no estágio pós-parto. “Esse tipo de quadro provoca o surgimento de espinhas e pequenos cravos, mas não é aconselhável espremê-los, sendo que não são graves e não deixam cicatrizes. Normalmente, os cravos são pretos ou brancos e as espinhas são avermelhadas e elas podem desaparecer facilmente. É importante alertar as mães para que não usem óleos ou pomadas para tratar a acne no bebê, pois esses produtos podem agravar o estado da pele. As acnes que surgem durante os primeiros 30 dias de vida do bebê se apresentam com mais intensidade do que a acne infantil que pode aparecer depois do terceiro mês de vida. Esse tipo de acne ocorre por causa do entupimento do folículo pelo excesso de sebo produzido pelas glândulas sebáceas; esse fechamento é levado para a superfície da pele, oca-
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sionando as espinhas e cravos no rosto ou nas costas. É importante a realização de um diagnóstico com o pediatra para verificar se o caso é grave. Se aparecerem bolhas, espinhas com pus, o bebê deve ser examinado para descobrir causas, incluindo herpes viral. Caso as espinhas continuem no rosto da criança, o correto é buscar ajuda de um dermatologista para que prescreva medicamentos leves que possam amenizar o problema. As espinhas também podem aparecer em crianças menores de oito anos. Neste caso, procure um dermatologista para desvendar as causas da acne ou se pode existir algum problema hormonal. A acne também é menos persistente nas crianças e desaparece igual à acne neonatal. O tratamento para a acne infantil é muito diferente em relação ao dos bebês. Em algumas crianças os procedimentos variam de reposição hormonal à utilização de produtos que diminuam o espessamento da pele. Assim como nos adolescentes, o tratamento da acne infantil envolve limpeza e cuidado diário da pele. O tratamento dependerá da idade e da intensidade das espinhas. Caso estiverem inflamadas e incomodando, podem exigir tratamento específico. Para cuidar da pele do bebê, é recomendado cremes à base de peróxido de benzoíla ou ácido retinoico (baixas concentrações). Manter os cuidados diários pode ajudar a amenizar as espinhas, como lavar o rosto do bebê uma ou duas vezes ao dia com sabonete hidratante específico e secar cuidadosamente. foto: DIVULGAÇãO
alimentação
Dieta equilibrada em período de festa Mesmo parecendo difícil, é possível comer bem e sem restrições. O mais importante é balancear os alimentos, sem exageros P o r K at h len R a m os
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Com a proximidade do período de férias e Carnaval, as pessoas tendem a deixar de lado dietas e programas de reeducação alimentar para aproveitar o melhor que esse momento oferece. Refrigerantes, bebidas alcoólicas, doces e alimentos gordurosos são algumas das tentações que o período traz. No entanto, os excessos podem trazer algumas consequências ao organismo. “Eles geram alterações fisiológicas resultando numa lentidão no metabolismo, alteração da pressão arterial, dificuldade ou maior espaçamento na evacuação, desconforto gástrico, má absorção de nutrientes, retenção hídrica, indisposição, preguiça, cansaço, sono, dificuldade de concentração, alteração de humor, pirose, flatulência, distensão abdominal e gorduras corporais indesejadas”, enumera a nutricionista esportiva do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, Vivian Ragasso. Os excessos são ainda mais perigosos para alguns grupos, fotos: shutterstock/divulgação
Dieta pós-abusos O endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Luciano Giacaglia, faz algumas recomendações de como deve ser uma dieta pós-abusos e que, segundo ele, não deve ser muito diferente de uma dieta saudável habitual. Veja a seguir as dicas do especialista e converse com os clientes da farmácia:
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Hidratar-se bastante, preferencialmente com água. Com relação a chás, escolher aqueles com menor teor de cafeína, como erva-doce, camomila e ervacidreira (capim-santo). A água de coco é alternativa, mas sem exageros. Aumentar a ingestão de hortaliças e frutas, para repor minerais e vitaminas. Evitar alimentos que sobrecarreguem o fígado, como álcool e proteínas em excesso (principalmente as carnes gordurosas, como a bovina, suína e caprina), dando preferência a carboidratos integrais (entendendo-se como integrais as fontes que mantêm a casca, alimentos pouco processados ou cozidos).
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Reduzir o sal. Evitar gorduras em geral, especialmente as saturadas e as “trans”, como carnes, queijos, manteiga, embutidos, sorvete de massa, margarinas, salgados e biscoitos. Evitar alimentos industrializados, com conservantes e corantes. Utilizar probióticos para restabelecer a flora intestinal. Nunca compensar os abusos com jejum prolongado.
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como diabéticos, hipertensos e pessoas com predisposição a doenças cardiovasculares. “Como geralmente os pratos no período de festas são ricos em gordura (como carnes assadas), açúcares (sobremesas) e sal (receitas com queijo, embutidos e o próprio sal usado O Dr. Maximo Asinelli, nutrólogo, revela nos temperos) os riscos que os riscos da podem ser maiores para alimentação com essas pessoas”, acrescengorduras são maiores para diabéticos ta o Dr. Maximo Asinelli, e hipertensos médico com especialização em nutrologia, vigilância sanitária e epidemiologia. Mas os indivíduos não precisam se privar de todos esses alimentos. De acordo com o Dr. Maximo, pode-se comer de tudo, sim, porém em pouca quantidade e com uma boa distribuição dos grupos alimentares. É importante recomendar a todos que escolham opções mais saudáveis, como as carnes magras, saladas e frutas, além de evitar molhos gordurosos, frituras e tomar bastante água. Depois das festas de fim de ano, vem o Carnaval, quando é comum gastar muita energia pulando e dançando. Por conta do gasto excessivo de calorias, também é preciso ter cuidado com a alimentação, especialmente para evitar a desidratação. “O ideal é fazer três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) incluindo alimentos leves, de forma equilibrada (salada colorida, carboidratos integrais, verduras, legumes e carnes magras). Deve-se, ainda, realizar pequenos lanches nos intervalos (à base de frutas, leite/derivados ou cereais integrais); e manter a hidratação em dia, com água ou líquidos, de preferência sem açúcar, durante todo o dia”, esclarece a nutricionista clínica do Hospital Sírio-Libanês (HSL), Silvia Cristina Gasparini.
Bebidas alcoólicas Além dos cuidados com a alimentação, é fundamental ter cautela com as bebidas, especialmente as que contêm álcool. “Em momentos de descontração e celebração, o consumo de bebidas alcoólicas se torna uma forma de interação social. A ingestão moderada e não frequente dessas bebidas não traz grandes problemas à saúde. Porém, por serem extremamente calóricas, elas podem sabotar 130
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Como comer bem em períodos de festa? Para que os períodos comemorativos sejam aproveitados com bem-estar, alguns procedimentos são fundamentais. Oriente sua clientela para que: • Durante o dia, façam uma alimentação leve, com carnes magras, frutas, verduras, hortaliças e legumes. • Na hora da ceia, prefiram preparações assadas e grelhadas. • Comecem a refeição pelas saladas. Quanto mais colorido o prato, mais balanceado. • Escolham os pratos de que mais gostam e peguem uma pequena porção de cada. Assim é possível saborear cada delícia sem exagerar. Priorizem as escolhas. • Comam devagar. Assim irão comer o suficiente para ficam satisfeitos. • Evitem repetir o prato, afinal, ainda tem a sobremesa pela frente. • Evitem tomar líquidos durante a refeição. Eles prolongam o tempo de digestão, dificultando o processo. O ideal é tomar suco ou água meia hora antes ou meia hora depois. • Na hora de comer a sobremesa, deem preferência às frutas. Fontes: Dr. Maximo Asinelli
dietas e dificultar a perda de peso”, alerta a diretora-executiva do Centro de Medicina Ocupacional (CEMO), centro de cursos e consultoria de saúde do trabalho, Priscila Maia. “As bebidas alcoólicas prejudicam o fígado, causam dores de cabeça, fadiga, desidratação, náuseas, vômitos e diarreia. Dependendo da quantidade de bebida consumida e do organismo, pode ocorrer um coma alcoólico. Além disso, a bebida alcoólica estimula o apetite, aumentando ainda mais os exageros”, alerta o Dr. Maximo Asinelli. Os riscos aumentam quando bebidas alcoólicas são ingeridas com o estômago vazio. “Além do efeito tóxico no corpo, o álcool em demasia agride inicialmente a parede do esôfago e do estômago. Quando consumido em jejum, sua absorção no sangue é muito rápida, causando imediata sensação de embriaguez. O corpo fica em desequilíbrio metabólico e o resultado é uma queda enorme da força muscular, dor de cabeça, tontura (pois afeta o cérebro), enjoo e cansaço. Quanto maior a dosagem alcoólica maiores os danos e a ressaca”, alerta a nutricionista do HSL.
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Além de evitar exageros com álcool, vale, ainda, procurar tomar um copo de água entre um drinque e outro, pois isso ajuda a manter o corpo hidratado e reduz os efeitos nocivos dessas bebidas.
Antiácidos promovem alívio dos sintomas Os antiácidos são medicamentos que estimulam a contração estomacal, fazendo com que os alimentos e os líquidos saiam mais rápido do estômago e não haja refluxo. Tecnicamente, eles aumentam o pH gástrico, neutralizando o ácido clorídrico (HCl) liberado pelas células gástricas e são usados, basicamente, para promover alívio rápido da azia, queimação, acidez estomacal e reduzir os sintomas da má digestão. “Esses medicamentos ajudam a proteger a mucosa do estômago, mas nem sempre evitam complicações. Eles podem atuar de três maneiras básicas: neutralização do ácido gástrico, formação de uma película protetora da mucosa ou inibição da secreção de ácido pelo estômago”, resume o endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Luciano Giacaglia. “Os antiácidos atuam neutralizando o ácido clorídrico liberado pelas células gástricas, elevando o PH, causando alívio dos sintomas da hiperacidez”, reforça a nutricionista clínica do HSL, salientando que as composições mais comuns são os sais de magnésio e de alumínio. As apresentações desses medicamentos hoje também são diversas, passando de pó efervescente a comprimidos mastigáveis, e alguns deles já podem ser adquiridos com sabores, como limão ou guaraná. “Sabe-se que o gás carbônico contido nos comprimidos efervescentes dilata o estômago, acelerando a passagem do alimento para o intestino, na tentativa de reduzir o mal-estar momentâneo, e as pastilhas ou comprimidos mastigáveis são de fácil manuseio e transporte”, explica Silvia. No entan132
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to, esses medicamentos precisam ser usados com cautela, já que alguns deles podem provocar efeitos adversos (os sais de magnésio podem provocar diarreia e os sais de alumínio, constipação, por exemplo). Os antiácidos também podem interagir com outros medicamentos, reduzindo a eficáPaula Fernandes cia de anti-inflamatórios ou Castilho, da Sabor ácido acetilsalicílico. PortanIntegral Consultoria to, é importante consultar em Nutrição, diz que, se realizados de forma um médico, especialmente incorreta, as dietas em caso de uso contínuo e acarretam perda de de sintomas persistentes. “O massa óssea autodiagnóstico, com subsequente automedicação, é perigoso por causar má absorção de nutrientes, flatulência, desequilíbrio eletrolítico, formação de cálculos renais, osteoporose (pois interfere na absorção do cálcio) e, mantido este problema, pode resultar em uma úlcera péptica ou neoplasia estomacal. Dessa forma, é imprescindível consultar um médico para investigar a real causa do problema”, alerta a especialista do HSL.
Dietas desintoxicantes funcionam? Após os exageros do período de festas, muito se ouve falar em dietas desintoxicantes. “Acredita-se que a dieta desintoxicante purifica o sistema digestório e elimina do organismo substâncias tóxicas proinflamatórias nas células por meio da ingestão de alimentos específicos que facilitam o funcionamento intestinal”, explica a nutricionista clínica do HSL, Silvia Cristina Gasparini. Durante essa dieta, dentre as principais substâncias que devem ser evitadas estão o álcool, a cafeína, o fumo, gorduras (principalmente as de origem animal), o sal, produtos industrializados e o açúcar. Enfatiza-se a ingestão de líquidos (água e sucos naturais, principalmente) e de alimentos ricos em fibras como as frutas, vegetais e legumes. “Essa dieta pode ser iniciada antes e depois das festas. Geralmente dura entre três e quatro semanas, com acompanhamento nutricional”, alerta Silvia. “Quando realizadas de forma incorreta e sem acompanhamento de um nutricionista, essas dietas podem acarretar perda de massa óssea”, adverte a especialista em nutrição clínica pelo GANEP Nutrição Humana e diretora da Sabor Integral Consultoria em Nutrição, Paula Fernandes Castilho.
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Prepare as gôndolas
de MIPs para o Carnaval
Com o verão e as festas de final e início de ano, algumas classes terapêuticas de MIPs têm mais demanda nas farmácias. Esteja com as gôndolas e o atendimento em dia para o consumidor P o r K at h l en R a m o s 134
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Com a chegada do verão, é importante que as farmácias estejam preparadas para aproveitar as oportunidades que a estação oferece. E não é somente na categoria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos que as estratégias devem estar focadas. Os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) também devem ganhar atenção no período, já que algumas classes terapêuticas tendem a ser mais procuradas pelos confotos: shutterstock/divulgação
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sumidores nessa época do ano. “Os MIPs representam 30% do mercado total de medicamentos no Brasil e as farmácias refletem esses números”, afirma o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Aurélio Saez. A importância de alguns produtos tende a aumentar durante os meses próximos ao Carnaval, por isso é preciso estar com a farmácia preparada. “No Carnaval observamos muitos excessos, principalmente
de bebidas alcoólicas, além de A importância muita exposição ao sol, alimende alguns produtos tação pesada e pouco tempo tende a aumentar durante de repouso. Por isso, os proo Carnaval dutos que atendem a essas necessidades devem ganhar destaques principalmente nas entradas das lojas”, lembra o especialista em marketing promocional e merchandising, palestrante e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas),
Ação terapêutica Antiácidos A ação esperada é a redução da acidez estomacal por meio do uso de sais ou bases. “São indicados para acidez, desconforto e queimação estomacal, além de azia; e contraindicados para pacientes com insuficiência renal ou que apresentam qualquer tipo de reação de hipersensibilidade a qualquer substância contida na fórmula”, afirma o tutor farmacêutico do Portal Educação, Marcelo Dias, salientando que entre os antiácidos mais comuns estão o hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonado de sódio. “Alguns antiácidos à base de sais de magnésio podem ter um efeito laxativo e causar diarreia. Já antiácidos à base de sais de alumínio podem causar constipação e levar à obstrução intestinal”, avisa. “O bicarbonato de sódio também faz parte desse grupo e, quando usado em excesso, pode causar alcalose metabólica”, alerta o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Alexsandro Macedo Silva. Analgésicos Normalmente, além do efeito analgésico são associados a antitérmicos. “O uso contínuo de analgésicos em dores gerais pode mascarar diversas patologias. Além disso, devem ser administrados com cuidado em alguns casos como o de pacientes hipertensos ou com problemas cardíacos; no caso de exames de sangue, já que alguns analgésicos e antipiréticos podem levar a alterações nos resultados; e para pacientes com insuficiência renal e hepática, que devem ter cuidado com o uso contínuo desses medicamentos”, diz Marcelo Dias. “Esses fármacos podem causar distúrbios gastrointestinais, lesões cutâneas, efeitos renais”, acrescenta Silva. Alguns exemplos são dipirona, paracetamol e ácido acetilsalicílico.
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Anti-histamínicos São medicamentos utilizados para o alívio dos efeitos alérgicos. “Os anti-histamínicos isentos de prescrição estão indicados para aliviar a obstrução nasal, no tratamento de alergias simples, e também em casos de coriza, prurido, urticária, picada de inseto e eczemas”, descreve o tutor do Portal Educação. Os efeitos indesejáveis dependem do uso do fármaco, mas de modo geral causam sonolência. O coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo lembra outros possíveis efeitos. “Também podem causar tonteira, tinido e fadiga. Doses excessivas podem levar a excitações e convulsões em crianças”, observa. Fazem parte dessa classe, ativos como cloridrato de dexclorfeniramina, loratadina e fexofenadina. Hepatoprotetores “São utilizados como colagogos, coleréticos e no tratamento sintomático de distúrbios gastrointestinais espásticos”, explica o tutor do Portal Educação, acrescentando que podem ser úteis no tratamento de dispepsias, náuseas e vômitos, afecções causadas por excessos alimentares e enxaquecas digestivas. Também são coadjuvantes nas hepatopatias tóxicas por abuso do álcool e nas hepatites. “Alguns hepatoprotetores não devem ser utilizados na gravidez e na lactação, a não ser sob orientação médica. Nos casos de hipersensibilidade a qualquer substância hepatoprotetora o medicamento deve ser suspenso e o paciente encaminhado para o médico”, explica Marcelo Dias. São hepatoprotetores Peumus Boldus, compostos com citrato de colina, betaína, metionina, entre outros.
as classes terapêuticas de antimicóticos, antitérmicos, antialérgicos, gastrocinéticos, colírios, hepatoprotetores e antidiarreicos são muito procuradas. os medicamentos considerados sazonais de verão apresentam demanda até 35% maior nesse período, que começa em novembro – pré natal – e vai até fevereiro, com o final do carnaval
Wagner Bastos, revelando que as classes terapêuticas de antimicóticos, antitérmicos, antialérgicos, gastrocinéticos, colírios, hepatoprotetores e antidiarreicos são muito procuradas. “Os medicamentos considerados sazonais de Marcelo Dias, do Portal verão apresentam deEducação, diz que o farmacêutico não é manda até 35% maior responsável por colocar nesse período, que coos MIPs fora do balcão meça em novembro – pré Natal –, e vai até fevereiro, com o final do carnaval”, acrescenta o diretor-executivo da divisão farma da Hypermarcas, Walker Lahmann.
regras de exposição De acordo com a RDC 41/12, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – resolução que surgiu em revisão ao artigo 10, da RDC 44/09 –, os medicamentos de venda livre devem ficar em área segregada à destinada aos produtos correlatos, como cosméticos e produtos dietéticos. “Os medicamentos de ven2013 JaNEIRO guia da farmácia
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para a farmácia e satisfação do consumidor. “Quanto mais organizado o PDV, mais fácil o consumidor encontrará os produtos que procura”, observa Walker Lahmann.
dúvidas dos consumidores
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E CO N TEÚDO
da livre devem estar organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação pelos clientes. Além dessa organização, a resolução também exige que, na área, sejam colocados cartazes contendo a seguinte orientação: “MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”, lembra Marcelo Dias, fazendo apenas um alerta. “O farmacêutico não será responsabilizado por colocar os MIPs fora do balcão, mas poderá ser responsabilizado pelo mau uso dos medicamentos. Por esta razão é imprescindível a presença dele durante todo o horário de funcionamento”, observa. O bom atendimento e a correta organização da gôndola podem reverter em resultados satisfatórios
Wagner Bastos da
PUC-CAMP, revela que É fundamental que no Carnaval observao farmacêutico estese excessos, por isso, produtos que atendem ja preparado para a essas necessidades atender os consumidevem ganhar destaques dores de MIPs, especialmente nos casos em que eles não sabem ao certo o que precisam. “A função do farmacêutico é orientar sobre o uso correto dos medicamentos evitando, com isso, danos futuros para a saúde da população. No caso dos MIPs, cuja prescrição não é obrigatória, o farmacêutico deve usar o bom-senso e todo o seu conhecimento para oferecer a melhor orientação. Portanto, deve sempre fazer uma boa anamnese (entrevista/ investigação) do paciente, questionando se tem algum tipo de doença, se faz uso de outros medicamentos, seus hábitos, dentre outras informações importantes. Somente após esses questionamentos é que ele poderá orientá-lo”, afirma Marcelo Dias. “O farmacêutico tem de levar em consideração a presença de doenças crônicas, hepáticas e renais e o consumo de álcool. O MIP não pode comprometer o estado de saúde do paciente ou gerar uma nova doença”, adverte o coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, professor Alexsandro Macedo Silva.
XT T RA NO POR
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No tom certo
para o verão A novidade em bronzeamento são as pílulas da beleza, que atuam preparando e protegendo a pele, de dentro para fora
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Por adriana bruno e lígia favoretto
O mercado de beleza é muito dinâmico e ávido por inovações relevantes e que representem maior valor agregado aos produtos. Com o aumento da expectativa de vida, a população busca produtos que atuem de forma preventiva e que mantenham a beleza da pele e dos cabelos por mais tempo. De olho nas necessidades das consumidoras, indústrias cosméticas e farmacêuticas lançam opções promissoras, como os nutricosméticos, que agem de dentro para fora. A adesão a este tipo de produto aumenta cada vez mais, devido à praticidade que proporciona à mulher moderna. Os resultados de evolução da categoria são animadores. Segundo o gerente nacional de vendas da Nutrilatina, Marcelo Fernandes, o segmento tende a crescer e ganhar cada vez mais espaço em todo o mundo. “No Brasil, a expectativa é dobrar as vendas nos próximos quatro anos. Em 2012, esteve em primeiro lugar no ranking, com evo-
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fotos: shutterstock
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a cor do verão é o dourado e para estar no tom da estação, muita gente recorre a métodos auxiliares, como cremes autobronzeadores ou nutricosméticos, já que expor-se ao sol com responsabilidade é fundamental para manter a pele saudável
lução acima de 60%. Tem potencial para se desenvolver ainda mais no País e abre uma série de oportunidades para o canal farma, já que são geradores de tráfego, o que resulta em rentabilidade ao ponto de venda. A preocupação com beleza e estética é um dos fatores que impulsionam esse crescimento, uma vez que os consumidores estão em busca de soluções eficazes e reais para seus problemas, não apenas superficiais. Os nutricosméticos, com o conceito “beauty from within” (beleza de dentro para fora), atingem essa necessidade. Existem no mercado produtos disponíveis para: reposição nutricional, redução de medidas, firmeza da pele, fortalecimento de cabelos e unhas e os que auxiliam no bronzeamento. Segundo informações da Nutrilatina, a diferença entre um nutricosmético que bronzeia a pele e um que atua no emagrecimento, por exemplo, está na composição dos produtos e na sugestão de uso dos mesmos. Cada fórmula combina um conjunto diferente de ingredientes voltados a uma determinada função para que o consumidor alcance o objetivo desejado. Ou seja, um nutricosmético com função anti-idade contém uma combinação de nutrientes específicos voltados ao retardamento do envelhecimento cutâneo, à reestruturação cutânea e ao restabelecimento de colágeno e elastina na pele; já um produto para cabelos e unhas dispõe de outros nutrientes, essenciais para a restauração, o crescimento e a pigmentação dos cabelos, o fortalecimento das unhas, etc. Elas atuam no mecanismo metabólico relacionado à função do produto. Por exemplo, uma fórmula que combate a flacidez contém nutrientes que estimulam a síntese de colágeno e elastina, promovendo firmeza e elasticidade da pele. Por se tratar de alimentos, não precisam de prescrição para serem adquiridos.
Em benefício do bronzeado A cor do verão é o dourado e para estar no tom da estação, muita gente recorre a métodos auxiliares, como cremes autobronzeadores ou nutricosméticos, já que expor-se ao sol com responsabilidade é fundamental para manter a pele saudável. Há produtos que começam a agir antes mesmo da exposição, preparando a cútis para receber o sol e que continuam atuando posteriormente, protegendo e prolongando o bronzeado. Segundo informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os nutricosméticos contêm algumas vitaminas, sais minerais e até mesmo aminoácidos que ajudam o organismo fornecendo nutrientes adequados para o aumento da defesa às agressões da radiação solar, efeito antioxi142
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atendimento primoroso As dermoconsultoras são grandes responsáveis por alavancar as vendas da categoria. No momento da compra, elas podem dar diversas informações, como: • Informar sobre as tendências mundiais e de mercado, explicando a categoria “beauty from within”. • Explicar que os nutricosméticos são suplementos orais que melhoram o estado e as condições da pele e anexos. • Dizer que são aceitos como adjuvantes, mas não substituem tratamentos tópicos. • Acrescentar que atuam de forma preventiva e corretiva. • Falar detalhadamente sobre a função e como agem os ativos. • Explicar que proporcionam praticidade à mulher moderna, já que para o uso basta ingerir. • Orientar que cada fórmula combina um conjunto diferente de ingredientes voltados a uma determinada função. • Esclarecer que o consumidor pode fazer uso de mais de um nutricosmético diferente ao mesmo tempo. • Deixar claro que não é polivitamínico. • Assegurar que os resultados podem ser observados em três meses de uso. Fontes: Nutrilatina, Nutricé e SBD
dante e aceleração da produção de melanina. Como as substâncias ajudam a barrar parte dos raios ultravioleta A, responsáveis pelo envelhecimento da pele, os sinas da agressão também tendem a ser amenizados, como o ressecamento da pele, melhora da hidratação, clareamento, brilho e viço. A L´Oréal aposta no Inneóv Solar, que age estimulando a regeneração das células de defesa através de uma indução do sistema imunológico. Além disso, dispõe de uma associação de carotenoides para atuar como antioxidante e uniformizar o tom da pele. Segundo informa a diretora da marca, Júlia Séve, a pele possui defesas celulares que contribuem para combater os danos gerados pelos raios UV. No entanto, são necessários 10 dias, em média, para que essas defesas se regenerem após a exposição ao sol. A pele, então, torna-se mais seca e perde elasticidade, e o aparecimento de rugas e manchas se acelera. “O bronzeado, por sua vez, também não mostra as qualidades desejadas: falta luminosidade, a aparência é heterogênea, ficando visíveis as marcas de estrias, de ressecamento e rugas finas. Presente pela primeira vez em um preparador solar, Skin-Probiotic acelera a regeneração das defesas celulares da pele contra os raios UV.” De acordo com a executiva, o produto deve ser usado, no mínimo, quatro semanas antes e durante o período de exposição solar. A Nutrilatina proporciona fotoproteção e ativação do bronzeado em cápsulas, com concentração de licopeno, betacaroteno, zinco e vitaminas C e E. Já a Nutricé também aposta em produtos que preparam a pele para o sol e combatem a celulite, com tecnolgia exclusiva Cellu Care Intense, aliada a um mix de vitaminas e minerais.
Exposição Os nutricosméticos devem ser expostos na sequência dos cosméticos mais sofisticados, com grande valor agregado, próximo aos dermocosméticos que muitas vezes possuem seus próprios expositores iluminados. “O ideal é que também tenham seu expositor exclusivo, o que facilita o momento da compra e o entendimento do conceito, mas as redes de farmácias ainda estão tímidas na colocação desses produtos. Seus funcionários ainda não possuem a capacitação ideal para vender os benefícios. Para o Grupo Cimed, isso se deve ao fato de a categoria estar em formação no Brasil. 2013 janeiro guia da farmácia
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consultor jurídico
Defesa e recurso em
decorrência do Farmácia Popular A atual norma matriz do Programa é a Portaria MS nº 971/12, editada pelo Ministério da Saúde, órgão da União Federal
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E-mail gustavo@semblano.com.br
A Constituição brasileira assegura no inciso LV de seu artigo 5º a todo e qualquer litigante, seja em processo judicial (tramitando no Poder Judiciário), seja em processo administrativo (não tramitando no Poder Judiciário), o direito ao contraditório e à ampla defesa, bem como aos meios e aos recursos inerentes. O direito ao contraditório significa que a parte envolvida em um processo administrativo ou judicial deve ter a oportunidade de se manifestar sobre as alegações e provas produzidas por outra parte; o direito à ampla defesa, como textualmente se constata, permite que sejam utilizados os mecanismos para que a defesa não seja superficial, perfunctória, mas efetiva e concreta. A atual norma matriz do “Programa Farmácia Popular” é a Portaria MS nº 971/12, editada pelo Ministério da Saúde, órgão da União Federal. A Portaria MS nº 971/12 permite em seu artigo 42 que outro órgão da União Federal, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, decida pelo descredenciamento do estabelecimento farmacêutico em que for constatada irregularidade. No entanto, a Portaria MS nº 971/12 é omissa quanto ao direito de recorrer. Art. 42. O DAF/SCTIE/MS decidirá sobre o descredenciamento do estabelecimento, por meio de decisão fundamentada, sem prejuízo da imposição das penalidades previstas no art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993,
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Gustavo S e m blano Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Rio de Janeiro (Ascoferj), OAB/RJ 113655
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nas seguintes hipóteses: I – após o recebimento do relatório conclusivo do procedimento instaurado pelo DENASUS; ou II – constatadas irregularidades e os documentos constantes nos autos demonstrem autoria e materialidade. Parágrafo único. O DAF/SCTIE/MS poderá, ainda, quando julgar cabível, encaminhar cópia dos autos à Polícia Federal e ao Ministério Público para a adoção das providências pertinentes, tendo em vista a atuação desses órgãos na apuração das infrações penais em detrimento de bens, serviços e interesses da União. Ainda bem que o administrado (particular submetido às regras da Administração Pública) pode se utilizar do direito de recorrer previsto na Lei Federal nº 9.784/99. Sim: o Ministério da Saúde nada menciona na Portaria MS nº 971/12 sobre o direito de recorrer em caso de descredenciamento do “Programa Farmácia Popular”, mas a Lei Federal nº 9.784/99 dedica o capítulo XV para tratar do “Recurso Administrativo e da Revisão”, mencionado em seus artigos 56 e 59. Assim, caso seu estabelecimento farmacêutico seja descredenciado do “Programa Farmácia Popular”, você pode, sim, apresentar um recurso administrativo contra esta decisão, com o objetivo de submeter dita decisão a um novo julgamento, em obediência aos preceitos estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil. foto: DIVULGAÇãO
EVENTO – LUPA DE OURO
Prêmio do marketing farmacêutico Com o objetivo de reconhecer e premiar os melhores talentos do ano, O Grupemef realizou a 36ª edição do Lupa de Ouro P O R l í g i a fav oretto
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A oportunidade de homenagear profissionais do marketing farmacêutico que desenvolvem as melhores campanhas promocionais é o objetivo do Grupemef, com o prêmio Lupa de Ouro, que está em sua 36ª edição. A abertura foi inspirada no otimismo resgatando o orgulho de ser brasileiro. O tema escolhido pela entidade: “O mundo agora é verde e amarelo” traduz o importante momento vivido pelo País e pelo setor farmacêutico. O mestre de cerimônias fotos: divulgação
EVENTO – LUPA DE OURO
prêmios e categorias Empresa
Categoria
Produto/Projeto
Responsável
Zodiac
Campanha Institucional
Campanha Pare a Dor
Markus Silva
Takeda
Sustentabilidade
Consolidando um modelo de responsabilidade social
Viviane Mansi
Takeda
Campanha OTC/OTX
Eparema
Bruno Gallerani
Aché
Campanha Hospitalar/Oncologia
Neo Decapeptyl
Thais Silva Araújo
Takeda
Campanha Lançamento Prescrição
Daxas
José Arthur Lorenzetti
Takeda
Inteligência de Mercado
Early Adapters
Vanessa Naomi Takashio Abe
Merck
Produtividade
Projeto TER
Julio César Sandre Rocha e Agnaldo Medeiros
Merck
Campanha Prescrição Sistema Cardiometabólico
Glifage XR
André Marques
Bayer
Campanha Prescrição Sistema Genitourinário
Yaz
Júlio Silva e Flávia Passoni
Mantecorp
Campanha Prescrição Sistema Músculo-Esquelético
MaxSulid
Márcio dos Santos Alvarenga
Merck
Campanha Prescrição Demais Classes
Floratil
Milene Sant´Anna
Aché
Performance Empresarial
Medley
Performance Genéricos
foi o apresentador do programa Globo Esporte, da Rede Globo de Televisão, Ivan Moré. O diretor-geral do Grupemef, Humberto Katori, abriu o evento e falou que o Brasil está hoje no centro das atenções do mundo inteiro. “Passamos por uma fase inédita, vivemos dias de desenvolvimento consistente e respeito crescente da comunidade internacional.” O executivo comentou ainda sobre a expectativa feita pelo IMS Health de que até 2017 o mercado farmacêutico dobrará de tamanho.
Dinâmica da premiação Mantendo-se alinhada às transformações do País e atendendo a solicitações dos laboratórios, o 36º Lupa de Ouro incorporou importantes inovações. Para tornar a votação ainda mais dinâmica e moderna, o Grupemef anunciou uma nova metodologia para apresen148
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tação das campanhas e avaliação das categorias, cujo grande diferencial foi o uso de recursos digitais. Assim, em vez de apresentações presenciais, cada inscrito gravou previamente um audiovisual, seguindo roteiro preestabelecido em regulamento, com uniformidade de formato e tempo, para defender a campanha ou o projeto, tal como seria presencialmente. Feito isso, os vídeos foram enviados para avaliação da comissão julgadora, formada por médicos e profissionais da área de saúde, selecionados por categoria e conforme as especialidades de indicação de cada produto, sem qualquer interferência do Grupemef. Outra novidade em 2012 foi a redução do número de categorias. Para tornar a premiação mais competitiva e valorizar o trabalho dos profissionais inscritos, o Grupemef definiu 13 categorias: Campanha Prescrição, Campanha Lançamento de Prescrição, Campanha OTC/OTX, Cam-
EVENTO – LUPA DE OURO
Evento premia projetos de destaque em áreas de atuação específica
panha Hospitalar/Oncologia, Campanha Institucional, Projeto Inteligência de Mercado, Projeto Produtividade e Efetividade, Projeto Sustentabilidade, Performance Empresarial e Performance Empresarial Genéricos, Sistema Cardiometabólico, Dermatológico, Sistema Nervoso Central, Aparelho Respiratório e Demais Classes Terapêuticas.
Vencedores A Takeda foi o grande destaque da noite. Concorrendo em cinco categorias, levou quatro troféus: Sustentabilidade, Inteligência de Mercado, Melhor Cam150
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panha de OTC, com Eparema, e Melhor Campanha de lançamento de Prescrição, com Daxas. Zodiac, Aché, Merck Serono, Merck, Mantecorp/Farmasa, Bayer e Medley também foram premiados nas categorias: Campanha Institucional, Campanha Hospitalar/Oncologia e Performance Empresarial, Produtividade, Campanha Prescrição Sistema Cardiometabólico e Campanha Prescrição Demais Classes, Campanha Prescrição Sistema Músculo Esquelético, Campanha Prescrição Sistema Genitourinário, Performance Empresarial Genéricos, respectivamente.
sempre em dia
proteção constante O início do verão promete altas temperaturas, exposição ao sol e a exigência do uso dos fotoprotetores. Abasteça as gôndolas e ofereça aos consumidores as melhores opções
NOVO FATOR O Gel Creme FPS 45 e o Fluido FPS 45 são as novidades do último lançamento da linha de dermocosméticos da Biolab. Os diferenciais estão no novo fator de proteção e na tecnologia Nanophoton, responsável pela eficácia e fotoestabilidade do produto, que é capaz de criar um filtro solar híbrido que absorve e reflete a luz solar simultaneamente. É resistente à água e possui embalagem com aplicador spray. Já a vitamina E contribui para a prevenção do fotoenvelhecimento cutâneo. Preço médio: R$ 75,00 (Gel Creme) - R$ 80,00 (Fluido Spray) Na gôndola: dermocosméticos e proteção solar Site: www.biolabfarma.com.br 152
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toque seco
Os laboratórios L’Oréal Paris desenvolveram o Solar Expertise Facial Toque Seco: um filtro solar ideal para ser usado diariamente, inclusive sob a maquiagem. Exclusivamente para o mercado brasileiro, a fórmula contém a associação dos filtros Mexoryl SX+XL, que garante alta proteção contra os raios UVA e UVB. Além disso, proporciona controle da oleosidade e redução imediata do brilho da pele, enquanto previne o envelhecimento solar, as rugas e as manchas. Preço médio: R$ 29,00 (FPS 30) R$ 38,00 (FPS 60) Na gôndola: dermocosméticos e proteção solar Site: www.loreal-paris.com.br fotos: shutterstock/divulgação
PELE MOLHADA A Sundown lançou o primeiro protetor solar que pode ser aplicado na pele molhada, com tecnologia exclusiva e filtros que atravessam a água, garantindo uma proteção contra os raios UVA/UVB tão eficaz quanto se aplicado na pele seca. Assim, o produto se fixa sobre a pele e forma uma película protetora imediatamente após a aplicação, permitindo que a fórmula não escorra e não deixe a pele esbranquiçada. O lançamento foi formulado no Brasil e chega ao mercado em três versões: FPS 15, FPS 30 e o primeiro FPS 50 spray da Sundown. Preço médio: R$ 29,00 (FPS 15) – R$ 36,00 (FPS 30) – R$ 43,00 (FPS 50) Na gôndola: pele/proteção solar (exposição original) e no checkout Site: www.sundown.com.br
NOVIDADES PARA O PDV
A Neutrogena apresenta a nova linha de proteção solar Sun Fresh. Desenvolvida no Brasil, ela conta com uma fórmula não oleosa e vem nas versões FPS 15, 30, 50 e 60. A loção pode ser usada no corpo e no rosto. A marca anuncia também uma parceria exclusiva com a estilista Juliana Jabour, que criou cangas para a ação promocional “Comprou, Ganhou”. Ao adquirir qualquer item da linha, o consumidor leva o brinde assinado pela estilista. As peças – faixa de gôndola, tag do produto, tester, gôndola, biombo, display de balcão, wobbler – seguem o conceito do produto.
Preço médio: R$ 28,00 (FPS 30) – R$ 40,00 (FPS 60) Na gôndola: dermocosméticos e proteção solar Site: www.neutrogena.com
HIDRATAÇÃO E BRILHO
Com o objetivo de repor a umidade natural dos cabelos, a Tânagra lançou o Shampoo e o Condicionador Reparação Total Óleo de Macadâmia, da linha Hair Health. O óleo de macadâmia promete, através da sua hidratação profunda, fortificar a estrutura dos fios, deixando-os mais fortes, macios e saudáveis. Preço médio: R$ 25,00 (xampu) – R$ 26,00 (condicionador) Na gôndola: cabelos Site: www.tanagra.com.br 2013 janeiro guia da farmácia
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CHEIRINHO PROLONGADO
A Johnson’s baby lançou a linha Cheirinho Prolongado, com xampu, condicionador e a colônia para cabelos. Sua fórmula é enriquecida com Vitamina E e traz a tecnologia Essência Fix, com aroma frutal. O lançamento é destinado à faixa etária de crianças de dois a cinco anos. Os produtos são dermatologicamente testados e hipoalergênicos, além de contarem com a tecnologia “chega de lágrimas”, que é suave para os olhos de bebês e crianças. A marca disponibiliza também um aplicativo para celular e tablet. Trata-se de um recurso para as crianças brincarem e interagirem com o personagem da campanha, o “Reloginho”, por meio da música e da dança.
Preço médio: R$ 7,00 (xampu) – R$ 8,00 (condicionador) – R$ 15,00 (colônia) Na gôndola: infantil/cantinho do bebê Site: www.cheirinhoprolongado.com.br
Produto COMPACTO
Um estojo compacto de maquiagem é fácil de carregar na bolsa, não ocupa muito espaço e é de grande utilidade para quem precisa estar maquiada durante todo o dia. Pensando neste público, a Markwins oferece estojos com opções diversas, como o Bésame Mucho, um kit de brilhos labiais composto por cinco cores de gloss e um estojo com espelho. Preço médio: R$ 28,00 Na gôndola: maquiagens (gôndola original) e no checkout Site: www.markwins.com
007 NAS PRATELEIRAS A Divisão Prestige da P&G assinou um contrato de licença para fabricar e distribuir perfumes masculinos com o nome de 007 James Bond. Segundo o vice-presidente da empresa, Bill Brace, James Bond tem os ingredientes certos para encantar os homens com uma fragrância que é atemporal, aspiracional, icônica. A franquia de 007 é a mais antiga da história do cinema, com 22 filmes produzidos desde 1962. A parceria com a P&G Prestige oferece sua primeira fragrância masculina em 2012 e comemora o 50º aniversário da franquia. Preço médio: R$ 80,00 (30 ml) – R$ 100,00 (50 ml) – R$ 130,00 (75 ml) Na gôndola: homens (exposição original) e no checkout Site: www.pg.com./pt_BR 154
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MANIA COLORIDA
A Artdeco desenvolveu uma nova coleção de maquiagem em edição limitada, nomeada “Color Mania”, com a proposta de trazer um novo jeito de combinar cores vibrantes. A coleção inclui duas cores de blush, de tonalidade forte e que ornam com vários tipos de pele; oito cores de sombra mate; oito cores de esmalte – iguais às das sombras –, com fórmula livre de formaldeído; um lápis delineador e três cores de batom, com pantenol, vitamina E, e o exclusivo ingrediente ativo Maxi Lip, que deixa os lábios com a aparência de maior volume, firmes e macios.
Preço médio: R$ 54,00 (blush) – R$ 31,00 (sombra) – R$ 40,00 (lápis) – R$ 70,00 (batom) – R$ 30,00 (esmaltes) Na gôndola: maquiagens (gôndola original) e no checkout Site: www.artdeco.de
Tendência MULTIFUNCIONAL
CHEIA DE VIDA
A nova loção deo-hidratante Johnson’s softlotion Pele Cheia de Vida possui poder antioxidante e revitalizante da vitamina E, hidratando e perfumando a pele do corpo. O produto conta, ainda, com o princípio ativo Olus Oil, um óleo de origem vegetal que, em conjunto com a glicerina, forma uma camada protetora contra a perda de água. Preço médio: R$ 6,00 (200 ml) – R$ 11,00 (400 ml) Na gôndola: pele/hidratantes (gôndola original) e no checkout Site: www.pelejohnsons.com.br 156
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A Biomarine acaba de lançar seu BB Cream. Trata-se do Sun Marine Color FPS 40, que promete deixar a pele mais bonita e saudável. BB Cream é um produto que, ao mesmo tempo, assume diversas funções: base, hidratante, protetor solar e anti-idade, deixando a pele mais luminosa e cobrindo as imperfeições. O novo produto está disponível nas cores bege e natural, é formulado com silício orgânico, que favorece a respiração celular e protege moléculas como a elastina e o colágeno, fundamentais para manter a pele jovem e saudável. Graças à sua tecnologia multidimensional, auxilia na síntese do colágeno, recupera a pele e tem ação antiglicante, que evita a morte das células, deixando a pele hidratada, viçosa e bem nutrida. Preço médio: R$ 70,00 Na gôndola: dermocosméticos e proteção solar Site: www.biomarinecosmobeauty.com.br
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HORA DO BANHO
A Depilart desenvolveu o Creme Depilatório para Banho com Manteiga de Karitê, um produto recomendado para eliminar os pelos indesejáveis das regiões das pernas, da virilha, dos braços e das axilas. O creme depilatório age em três minutos durante o banho, proporcionando um resultado rápido e eficaz. A manteiga de karité age na hidratação da pele após o processo depilatório. Preço médio: R$ 16,00 Na gôndola: depilatórios Site: www.depilart.com.br
COMBATE À OLEOSIDADE
Pensando nas necessidades específicas das mulheres com pele oleosa, a La Roche- Posay lança o Effaclar Mat. O produto é um tratamento antioleosidade com dupla ação: efeito matificante e redutor de poros, podendo ser utilizado como um primer. A inovação da fórmula está no ativo Sebulyse, patenteado pelos laboratórios da L’Oréal. Esse ingrediente age na origem da oleosidade da pele para diminuir o brilho e o tamanho dos poros. Com textura oil-free, hipoalergênica e sem parabenos, enriquecida com água termal La Roche-Posay, perlite e microesferas absorventes, garante efeito antiumidade e tom mate. Preço médio: R$ 80,00 Na gôndola: dermocosméticos Site: www.laroche-posay.com.br 158
guia da farmácia janeiro 2013
livre de pelos A BIC traz ao mercado dois lançamentos exclusivos: as espumas femininas para depilação BIC Comfort for Women, com opções para pele seca e pele delicada. Desenvolvidos para preparar e condicionar a pele da mulher para a depilação, facilita o deslizamento da lâmina. O produto para pele seca possui fórmula desenvolvida com manteiga de karité. Já o para peles delicadas contém aloe vera, conhecida por suas propriedades calmantes e protetoras. Preço médio: R$10,00 Na gôndola: depilatórios (exposição original) e checkout Site: www.bicworld.com
sempre em dia
ESTIMULANDO OS SENTIDOS
CABELOS DE VERÃO
O verão se aproxima e, com ele, vem a vontade de mudar. As principais nuances de Revlon ColorSilk são capazes de fazer a cabeça de todos os estilos. Na gama dos loiros, o tom manteiga – ou dourado – é a promessa para a estação. Na dos vermelhos, a cor da atriz Emma Stone, o ruivo médio, é a aposta da marca. Sempre na moda, os tons de castanho ganham notoriedade em nuances marrom chocolate, como o castanho dourado escuro.
Além de fazer parte de uma rotina de higiene e beleza, o banho também pode ser um momento de renovação. Pensando nisso, a Johnson’s apresenta uma nova linha de sabonetes líquidos. Os produtos apresentam quatro fragrâncias sensoriais. As embalagens com cores vivas apresentam um visual moderno e feminino. Preço médio: R$ 4,00 Na gôndola: corpo/sabonetes Site: www.jnjbrasil.com.br
Preço médio: R$13,00 Na gôndola: tinturas e coloração Site: www.revlon.com
DEPILAÇÃO EM CASA
REDUTOR DE PELOS ENCRAVADOS A marca DepiRoll lançou a Linha Verde, que contém diversos produtos para a preparação e finalização da remoção dos pelos. Entre eles está o Redutor de Pelos Encravados. Capaz de eliminar as células mortas e evitar que os pelos encravem, o produto também esfolia, limpa, refresca, hidrata e amacia a pele. Pode ser utilizado em casa e é ideal para quem deseja manter a aparência saudável nas próximas estações. Preço médio: R$ 15,00 Na gôndola: depilatórios Site: www.depiroll.com.br 160
guia da farmácia janeiro 2013
A marca Veet lança Veet Cera Quente Oriental. A fórmula de Veet Cera Quente Oriental é à base de açúcar e óleos essenciais. Ideal para a remoção dos pelos das pernas, virilha, buço ou axilas. O produto pode ser aquecido em banhomaria ou no micro-ondas e vem com uma espátula inteligente e formato adaptável a diferentes partes do corpo. Preço médio: R$ 32,00 Na gôndola: depilatórios Site: www.veet.com.br
serviços
a
e
i
s
abimip www.abimip.org.br
ems www.ems.com.br
idec www.idec.org.br
sabor integral www.saborintegral.com
abrafarma www.abrafarma.com.br
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ims health www.imshealth.com
sbd www.sbd.org.br
instituto bulla www.institutobulla.com.br
santa casa de são paulo www.santacasasp.org.br
instituto cohen www.institutocohen.com.br
sebrae www.sebrae.com.br
instituto do sono www.sono.org.br
shopfitting www.shopfitting.com.br
aché www.ache.com.br agafarma www.agafarma.com.br Anvisa http://portal.anvisa.gov.br associação fundo de incentivo à pesquisa www.afip.com.br
f faculdade de medicina da santa casa www.fmscsp.edu.br farmácia malheiro www.malheiro.com.br farma&Cia www.farmaecia.com.br farmafort santana www.farmafort.com.br
b banco central www.bcb.gov.br bayer www.bayer.com.br bril cosméticos www.brilcosmeticos.com.br
federação internacional farmacêutica www.ifpma.org fenafar www.fenafar.org.br fiocruz http://portal.fiocruz.br futura biotech www.futurabiotech.com.br
c case consultores www.caseconsultores.com.br centro de medicina ocupacional http://cemo.com.br centro universitário são camilo www.saocamilo-sp.br CFF www.cff.org.br clínica pantheon www.clinicapantheon.com.br crf-sp www.crfsp.org.br
g ganep nutrição humana www.ganep.com.br granado www.granado.com.br grupemef www.grupemef.com.br grupo cimed www.grupocimed.com.br
h hospital oswaldo cruz www.hospitalalemao.org.br
d datasus www.datasus.gov.br droga raia www.drogaraia.com.br drogaria nova parapuã www.drogarianovaparapua.com.br
hospital santa paula www.santapaula.com.br hospital sírio-libanês www.hospitalsiriolibanes.org.br hypermarcas www.hypermarcas.com.br
drogaria onofre www.onofre.com.br drogasil www.drogasil.com.br drogatur http://drogatur.com
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l l’oréal www.loreal.com.br lupoli jr. consultores http://lupolijrconsultores.com.br
m merck www.merck.com.br millenium rh www.millrh.com.br ministério da saúde www.saude.org.br multidrogas www.redemultidrogas.com.br
n nivea www.nivea.com.br nutricé www.nutrice.com.br nutrilatina www.nutrilatina.com.br
o oms www.who.int
p procon www.procon.sp.gov.br puc-campinas www.puc-campinas.edu.br
sincofarma-sp www.sincofarma.org.br sociedade brasileira de cirurgia dermatológica www.sbcd.org.br sociedade brasileira de farmácia comunitária www.sbfc.org.br
t takeda www.takedabrasil.com
u ufmg www.ufmg.br unifesp www.unifesp.br universidade guarulhos www.ung.br usp www5.usp.br
w wpharma www.wpharma.com.br