ano Xxii • nº 270 maio de 2015
Economia em queda Instabilidade do cenário econômico brasileiro respinga no setor farmacêutico que reduz seus investimentos e enfrenta população mais cautelosa em suas opções de consumo
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Situação nociva? O registro de crescimento de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano de 2014, não é novidade e evidencia aquilo que empresários e economistas já previam desde a eleição do ano passado: 2015 será um ano de recessão e mau desempenho da economia brasileira. A grande novidade fica por conta do pior desempenho bimestral do setor desde 2010. De acordo com dados do IMS Health, as vendas da indústria, até fevereiro último, cresceram 8,33%, atingindo R$ 5,1 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Os números indicam uma desaceleração gradual da atividade setorial, o que gera preocupações. Nos últimos anos, o setor foi mais resistente às crises em virtude do dólar mais baixo e do nível de emprego e é justamente isso que causa maior desconforto. Se o governo conseguir manter o emprego no atual patamar ao longo deste e do próximo ano, o setor deve ter menos reflexo que os demais. Os investimentos, como um todo, também devem diminuir. Acompanhe a reportagem de capa desta edição na íntegra e veja de DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-chefe Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br)
que forma será possível contornar estes cenários de incertezas. Especialistas acreditam que sobreviverá no mercado quem tiver ousadia, foco e cumprir prazos. Falando em possíveis demissões, essa é uma situação constrangedora para todas as partes envolvidas. Pensando nisso, preparamos uma matéria que mostra o melhor caminho para que a tarefa seja menos árdua. Uma das alternativas é fazer uso de uma comunicação clara e sem exposição da pessoa. É aconselhável explicar ao colaborador o motivo do desligamento, inclusive para evitar falsas impressões que, invariavelmente, tendem a criar uma animosidade desnecessária, que alimenta grande parte das demandas judiciais, em que o ego supera verdadeiramente a busca por Direitos Trabalhistas. Veja ainda de que forma a governança corporativa e a Inteligência de Mercado podem ser ferramentas estratégicas em seu negócio.
Lígia Favoretto Editora-chefe
DEPARTAMENTO COMERCIAL executivas de contas Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) assistentes do Comercial Juliana Guimarães e Mariana Batista Pereira
Editora-assistente Flávia Corbó
DEPARTAMENTO DE assinaturas Morgana Rodrigues
Estagiária de Redação Carine Pessoas
coordenador DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri
EDITOR de arte Junior B. Santos
DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício
Assistentes de arte Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes
ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta Marketing e Projetos Luciana Bandeira
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Vendas da indústria atingiram pior patamar desde 2010
Boa leitura.
analista de marketing Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães e Noemy Rodrigues Colaboradores da edição Revisão Maria Elisa Guedes Textos Adriana Bruno, Egle Leonardi, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio, Nayara Figueiredo, Rodrigo Rodrigues, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Colunistas Giovani Henrique, Luiz Fernando Sambugaro, Silvia Osso, Tatiana Ferrara Barros e Valéria Carinhato
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.
IMPRESSÃO Abril Gráfica capa Shutterstock foto: shutterstock
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O remédio da família brasileira.
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E mais
82 44 > economia CAPA
Especialistas acreditam que o setor farmacêutico não será tão fortemente abalado pela crise econômica, mas a instabilidade do País já gera redução de investimentos e não reposição do quadro de pessoal da indústria farmacêutica
62 > Sustentabilidade Em tempos de crise energética e de água, indústria e varejo criam maneiras de economizar estes recursos tão necessários
72 > Negócios A contratação de um seguro empresarial garante proteção contra os riscos previstos na apólice e o segmento de farmácias e drogarias vem apostando nesse recurso como forma de prevenção
88 > Recursos Humanos É preciso saber a melhor maneira de demitir um colaborador, para evitar desconfortos e erros na comunicação
120 > Ações Para não amargar prejuízos, o varejista precisa estar atento aos detalhes que envolvem o planejamento de vendas e de promoções na loja
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8 > Guia On-line 12 > Entrevista 18 > Antena Ligada 26 > Atualizando 34 > Guia da Farmácia Responde 36 > Atualidade 38 > Ranking 50 > estratégia 58 > Mercado 78 > Carreira 82 > Debate 94 > E-commerce 100 > Digital 106 > Ponto de Venda 114 > Marketing 120 > Ações
Especial saúde 128 > Olhos 136 > Alergias respiratórias 142 > Contracepção 150 > Beleza 154 > Categoria 164 > Oportunidade 172 > Pele 178 > Sazonal 184 > Cabelos 190 > Evento 196 > Sempre em Dia 202 > Serviços
ARTIGOs 40 > Treina PDV farma Tatiana Ferrara Barros 42 > Varejo Silvia Osso 70 > Cenário Valéria Carinhato 92 > tecnologia Giovani Henrique 104 > Segurança Luiz Fernando Sambugaro 194 > regulatório Cláudia de Lucca Mano
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CONTEÚDO EXTRA NO PORTAL (A PARTIR DO DIA 15 DE CADA MÊS) CALENDÁRIO SAZONAL Quais as maiores vantagens de se investir em ações especiais para datas comemorativas?
O PAPEL DA CHEFIA Um bom líder deve saber conceder promoção ao funcionário certo, para a função mais adequada e no momento ideal. 8
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DE OLHO NO ESTOQUE Confira qual o nível do varejo brasileiro em relação a mercados mais maduros quando se fala de ruptura no estoque. FOTOS: SHUTTERSTOCK
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o que rol a na s redes sociais
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Medicamento do ‘sexo’ ainda enfrenta tabu
Pneumonia: a vilã do inverno tem prevenção
sua opinião é muito imp ortante par a nós Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!
Elogios à coluna
Olá! Boa tarde! Acabei de ler o artigo Você sabe delegar?, publicado no Guia da Farmácia edição 267, pág. 66. Ótimo! Estou com um trabalho pioneiro em drogarias/farmácias, treinando balconistas. O maior problema hoje é o que foi mencionado: os proprietários negociam com laboratórios, enchem as prateleiras, mas não têm quem dispense estes produtos. E quando têm, é feito com uma falta de comprometimento sem tamanho. A qualidade ainda faz a diferença, treinamento com pessoas que trabalham e entendem do ramo, principalmente com líderes. Acabei de fazer treinamento em uma drogaria, em que meu foco foi o pós-vendas. A dificuldade de um líder em conversar e orientar seu cliente por telefone é assustadora. Rubens Eduardo Camargo Junior, em e-mail enviado à colunista do Guia da Farmácia, Silvia Osso
Causas da automedicação
Antialérgico popular pode ser opção barata para tratar hepatite C
Aberta consulta para proposta de enquadramento de Medicamentos Isentos de Prescrição
Se houvesse acesso rápido a médicos competentes, não se iria à farmácia para comprar o “remedinho” que fez bem pra vizinha! Lucila K. Vaz, em resposta à nota Medicamentos intoxicam mais que agrotóxicos, publicada no dia 22 de abril no Facebook do Guia da Farmácia
Pergunte e nós responderemos!
Se você tem dúvidas ou qualquer tipo de curiosidade sobre o mercado, empresas ou sobre suas atribuições, escreva para nós! Nossos colunistas estão de plantão para atendê-lo na seção Guia da Farmácia Responde. Veja mais na pág. 34.
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ENTREVISTA - DANONE NUTRIÇÃO ESPECIALIZADA
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FOTOS: PAULO PAMPOLIN
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Necessidade suprida O mercado brasileiro de nutrição especializada é de R$ 1 bilhão. Em 2014, a Danone ocupou 36% do mercado, liderando esse segmento
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P o r L í g i a Fav o r e t t o
A Danone Nutrição Especializada é uma divisão do grupo Danone, líder em Nutrição Clínica, presente em mais de 30 países, com 100 anos de experiência em pesquisa e desenvolvimento de produtos nutricionais. A missão da companhia está voltada para o estabelecimento da nutrição especializada como parte integral da promoção da saúde, oferecendo o melhor cuidado e atenção em tudo o que faz. Em 2007, o Grupo Danone adquiriu a Royal NUMICO mundialmente. A Royal NUMICO era uma holding de várias empresas especializadas em Nutrição Clínica e Infantil (Nutricia, Support, Milupa, SHS, Dúmex, Merlin, Cow & Gate) que se enquadrava perfeitamente à missão do Grupo. No Brasil, a Divisão Medical Nutrition é a Danone Nutrição Especializada, e não Nutricia, como em outros países. A Divisão tem o objetivo de crescer em torno de 7,5% mundialmente. Em relação ao Brasil, a perspectiva de crescimento é de 20%. A divisão Medical Nutrition conta com uma inigualável linha de produtos para Nutrição Enteral (hospitalar), Oncológica, Pediátrica, Envelhecimento Ativo e Saudável e Fórmulas Especiais para pacientes com Alergia Alimentar e Doenças Metabólicas. Os produtos vendidos em farmácia e drogarias são: Nutridrink, Fortifit PRO, Souvenaid, Fortini, Neocate e Stimulance. Dos lançamentos, por enquanto, o único que será comercializado nas redes é o Neocate Spoon. Em julho de 2013, a Danone comprou a Nutrimed, fundada, em 1993, no Ceará. Até então, a divisão não tinha fábrica nacional para nutrição especializada. O mercado brasileiro de Nutrição Especializada é de R$ 1 bilhão, de acordo com estudos feitos
pela Danone. Em 2014, a Danone ocupou 36% do mercado, liderando esse segmento. O presidente da Danone Nutrição Especializada Brasil e Latam Exports, Miguel Devoto, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revela de que forma é possível garantir maior acesso da população aos produtos que são de alto valor agregado. O executivo é argentino, casado e pai de quatro filhos. A família inteira veio para o o Brasil para acompanhá-lo nessa empreitada. Guia da Farmácia • O que você tem sentido no Brasil? É muito diferente do que você já tinha administrado antes? Miguel Devoto • Trata-se de um mercado gigante. Tem muito desenvolvimento no canal hospitalar, nutrição especializada, o grupo de terapia nutricional também está muito evoluído aqui, no Brasil. O canal farmacêutico, que é muito importante, também tem um desenvolvimento muito forte, muito maior do que na Argentina, por exemplo. E em algumas outras áreas mais de nicho, ainda precisa evoluir um pouco. Mas em hospitais e farmácias está muito desenvolvido. Esse mercado é muito concorrido, muito ativo, dinâmico e interessante. Guia • E como ele se enquadra na história da Danone Nutrição Especializada? Devoto • Já faz muitos anos que a Danone começou a focar muito mais em saúde, no papel do alimento para trazer saúde às pessoas. Dentro desse foco em saúde, a Danone comprou uma companhia holandesa, a Nutricia, que é uma empresa de mais de cem anos, que está muito focada em nutrição de hospitais principalmente, tanto de idosos como de crianças. Aqui no Brasil, a Nutricia já tinha presença local no momento em que a Danone fez a aquisição. Agora, já faz dois anos que estamos trabalhando com o nome “Danone Nutrição Especializada”. O negócio aqui come2015 maio guia da farmácia
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Entrevista - Danone nutrição especializada
çou pequeno, crescendo muito, já tem muitos anos de crescimento forte. Em algum momento, o crescimento desacelerou um pouco, mas, no ano passado, conseguimos crescer muito mais fortes, de novo. Crescemos acima de 20%, foi um ano de resultados positivos, muito sucesso. E agora a expectativa para o próximo ano é manter esse nível, por volta de 20%. Guia • Esse é um mercado de 1 bilhão, como um todo, a Danone detém 36%, certo? Você sabe me dizer desses 36% quanto é de farma? Onde os produtos estão instalados, em farmácia, lojas especializadas, para venda? Devoto • Como eu falava minutos atrás, na divisão médica, oficialmente seu foco começou nos hospitais. É uma divisão que tinha historicamente muito mais foco em hospitais do que em farmácias. Farmácia é uma questão um pouco mais nova para a divisão e o Brasil é um dos países mais avançados. Mas nos últimos dez anos, esse foco se expandiu também para o varejo, para os pacientes que normalmente precisam utilizar produtos fora do hospital. Então, o trabalho é como o de qualquer companhia, de licitação médica, prescrição, recomendação e a compra do produto na farmácia. Em termos de faturamento, entre 15% e 20% da renda é oriunda do canal farmacêutico. Guia • Trata-se então de uma boa porcentagem do total, certo? Devoto • Está sendo uma porcentagem excelente. Ultimamente está crescendo muito, o ritmo de crescimento é muito interessante. Temos produtos bem inovadores, que conseguem ser muito fortes. Então, isso está se tornando cada vez mais importante. 16
Guia • Antes a gente ouvia falar mais no consumo de produtos de nutrição especializada para pessoas que estavam hospitalizadas e tiveram alta, ou para bebês que têm alguma carência, a parte oncológica que precisa também de dieta especial. Hoje ouvimos falar de prevenção, como a Danone trabalha isso? Devoto • Sim, é uma coisa nova. Se você olha o modelo de envelhecimento de 30 anos atrás, é muito diferente da atualidade. As pessoas querem se manter ativas, muito mais conectadas, com o esporte, com a natureza, elas querem manter o estado de espírito forte, ativo e saudável. Então, para fazer isso, a nutrição tem papel fundamental, é muito importante completar a alimentação normal. Guia • A população tem buscado isso por livre e espontânea vontade ou sempre tem uma recomendação por trás? Devoto • Normalmente tem uma recomendação médica, mas também há a procura espontânea. E no Brasil, acho que essa procura espontânea é maior. Guia • Os brasileiros estão mais conscientes no que diz respeito à prevenção? As pessoas querem viver mais? Devoto • Sim, as pessoas querem viver mais, há uma cultura maior aqui, no que diz respeito à suplementação, cerca de 25% das vendas de nutrição especializada em farmácias e drogaria são de procura espontânea. Mas a demanda de nutrição por pessoas que já apresentam alguma patologia é maior. Guia • E a alimentação infantil? Continua imbatível? Devoto • São áreas diferentes. A parte pediátrica cresceu muito, especialmente com os diagnósticos de alergia a leite de vaca. A intolerância à lactose não era muito conhecida, não era muito identificada, diagnosticada, tratada. Anos atrás, com a revolução do conhecimento, essa patologia se espalhou muito bem entre os profissionais. Então existem fórmulas específicas para que essas crianças consigam se alimentar quase que normalmente e ter uma qualidade de vida melhor. Guia • Falando agora um pouquinho de acesso. Esses produtos não são produtos de acesso para qualquer pessoa. Como vocês pretendem promover um acesso maior da população a esse tipo de produto? Devoto • Falando do canal farmacêutico, o paciente paga mais pelos produtos. Em alguns casos, em algumas fórmulas infantis ou produtos pediátricos mais específicos pode haver alguma cobertura. Então é importante, obviamente, dar alternativas, facilidades para os pacientes
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acelerarem esses tratamentos. Oferecemos algumas facilidades para os pacientes, temos descontos se eles comprarem em uma quantidade maior. E também trabalhamos com as prefeituras, os estados para tentar favorecer a cobertura do sistema público também. Guia • Essa cobertura para parte nutricional existe só pelo sistema público? Devoto • Sim, em hospitais. E nesse sentido, por exemplo, o Brasil está um pouco atrasado. Os outros países possuem uma cobertura parcial do medicamento, de 30% a 40%. Alguns casos para idosos, por exemplo, têm cobertura total do medicamento, a Argentina oferece cobertura completa para idosos. Então ainda é preciso encontrar formas para melhorar o acesso. Nós trabalhamos em conjunto. Guia • Por que é um produto caro? A parte de pesquisa de desenvolvimento leva muito tempo? Devoto • Sim. Você tem produtos mais baratos, de menor complexidade, mais básicos. E outros produtos muito mais especializados, com uma combinação de nutrientes que passaram por diversos estudos científicos, o que encarece. Obviamente, quando o produto vem de fora para o Brasil, não é barato. Guia • A grande maioria dos produtos é importada, ainda hoje? Devoto • Cada vez menos, nós estamos trabalhando forte e as prioridades para trabalharmos localmente crescem. Dois anos atrás, compramos uma companhia que tinha uma planta em Fortaleza (CE), para apresentar pelo menos 10% do portfólio. Agora, por exemplo, estamos fabricando produtos que no passado eram produzidos na Argentina e importados para o Brasil. Inclusive, estamos exportando para ajudar a Argentina. Então, o componente de produção local é muito maior agora e o plano é continuar trabalhando para ter mais produção local. Isso vai facilitar o acesso para os pacientes com a consequente melhora dos custos dos itens. Guia • Como vocês trabalham no sentido de identificar uma necessidade de mercado? Precisa lançar mais um alimento para uma patologia infantil? Ou para uma patologia específica? Devoto • Esse desenvolvimento de produtos historicamente era mais global, não era feito aqui no Brasil. No ano passado, nós tínhamos um time de pesquisa e desenvolvimento local, porque o Brasil já virou um dos países principais na divisão, está entre os cinco países principais, junto com a Argentina e outros. Então, agora, temos uma
capacidade de desenvolver produtos mais das necessidades locais. Mas o jeito de trabalhar é muito parecido com o que a divisão fazia. Temos pesquisas quase permanentes, estamos monitorando as necessidades do mercado e trabalhado para desenvolver produtos para atender a essas necessidades que ainda não estão bem satisfeitas. Guia • As necessidades do Brasil são muito diferentes? Devoto • Algumas coisas, sim. Aqui existe um foco maior em manter o músculo, a saúde, a prevenção de um jeito muito mais pró-ativo. A nutrição é uma coisa mais de último recurso, quando o paciente está realmente doente. Guia • Vocês têm alguma estratégia de trabalho no ponto de venda? Devoto • A categoria é nova em farmácias e drogarias. No passado, ainda havia um pouco de confusão entre os segmentos, muitas lojas colocavam os produtos todos juntos. Agora, a tendência é separar os produtos pediátricos dos produtos adultos e expor melhor os itens na loja. Nós temos capacitação de pessoal de farmácia feita por representantes que visitam os estabelecimentos. A partir deste ano, teremos um time só para visitar farmácias, focado. Guia • De que forma vocês trabalharão para aumentar a participação de mercado? Devoto • Economizando impostos de importação e tendo muito mais agilidade nas respostas de mercado, com a possibilidade de desenvolver produtos específicos, para necessidades locais. As companhias internacionais só têm produtos iguais, o mesmo produto para todos os mercados, nós estamos tentando desenvolver produtos específicos aqui. Além disso, os recursos humanos são muito importantes, trabalhamos com pessoas muito especializadas. Outra preocupação é melhorar a qualidade das embalagens. Tínhamos embalagens plásticas que não conseguiam preservar o produto por muito tempo e, obviamente, para o canal farmacêutico, é importante a validade do produto. Então, nós conseguimos produzir mais, preservar o produto por mais tempo, fato que faz com que ele seja muito mais fácil de trabalhar no canal farmacêutico, especialmente. Guia • Há muita confusão, por parte da população, com os produtos do portfólio da Danone, as pessoas sabem reconhecer o que não é iogurte? Devoto • Os produtos são suplementos nutricionais bebíveis, mas não são iogurtes, eles não precisam ficar refrigerados e toda informação disseminada em nossos canais ajuda na formação e orientação cada vez maior. 2015 maio guia da farmácia
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consumidor. Se o checkout permitir (espaço e segurança), itens de maior valor agregado podem ser colocados de modo a lembrar o consumidor da sua necessidade
Marketing para a data
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Aumentando o tíquete médio Quando as campanhas promocionais são benfeitas (compras focadas na ocasião com vantagens negociadas com fornecedores ou com cooperação dos mesmos) e os kits bem criados, chegam a obter um acréscimo de vendas em até 20%, avalia Silvia. É difícil precisar valores de tíquete médio porque, em cada local e público, há um tipo de kit e valor. Porém, a consultora e especialista em varejo destaca que o Dia dos Namorados não é uma das datas que fazem com que aumente significativamente a venda na maioria das farmácias. “Na minha opinião, isso ocorre porque não há uma preparação para a data em relação a mix de produtos específicos e criação de atmosfera que remeta ao dia”, explica Tatiana. Um atendimento inteligente pode propiciar a venda desses itens, portanto deve ser feito por outra mulher de uma forma bem descontraída, quase como uma confidência, como se fossem amigas conversando. Identificar as consumidoras mais propícias a esse tipo de assunto também é um desafio. “O atendimento deve ter como objetivo mostrar um produto como se fosse uma novidade que chegou à loja, algo interessante sem demonstrar interesse na venda. Depois de iniciar uma conversa sobre outros itens e perceber que a cliente pode se interessar, a atendente pode dizer algo como ‘você viu o produto novo que recebemos especialmente para o Dia dos Namorados?’ e se perceber interesse, continuar mostrando esses produtos e discutindo possibilidades”, finaliza Tatiana
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Para o Dia dos Namorados, é interessante criar um clima romântico. Não precisa ser na loja toda. Pode ser em alguma gôndola ou ponta de gôndola que contenham produtos relacionados à sensualidade. O maior resultado para a farmácia é se mostrar aos clientes como uma opção para compra de produtos nessa época. Os principais investimentos são em um mix específico e na ambientação da farmácia. Outra opção, como destaca Silvia, é o lojista utilizar uma decoração voltada para o fato; usar banners alusivos; ações via internet; cupons de oferta com descontos; brincadeiras, tipo estoure o balão e ganhe um desconto para o kit do seu amor; entre outros. Um ponto comum e muito positivo é ambientar a loja, ou seja, “vestir” a loja com o tema da época. A ambientação gera uma experiência positiva no shopper. “Qual a ação mais adequada? Qual o tipo de promoção e comunicação que inspire o shopper a comprar? Quanto maior foi o seu conhecimento sobre o seu shopper e suas motivações e decisões, mais efetividades nas ações. Não se esqueça de avaliar custos e mensurar os resultados”, pondera Fátima. Como dica, a diretora da Connect Shopper, para se destacar, a ideia é tentar oferecer alguns produtos dife-
renciados, exclusivos ou personalizáveis. Criar listas com sugestões de presentes, investir em pontos extras, com algumas alternativas de produtos presenteáveis, e soluções aos shoppers, entre outros. “Além disso, os consumidores querem cada vez mais informação e conteúdo rico para ter a certeza da melhor compra. Portanto, sinalize adequadamente a loja e os produtos.”
Confra as vantagens de se investir em ações especiais nas datas comemorativas. AL
para obter bons resultados, são imprescindíveis um planejamento bem detalhado e minucioso e uma execução extremamente eficiente, considerando: sortimento, a loja em si (ambiente), os serviços, a equipe, as ações de marketing, merchandising e promoções
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Genéricos nas grandes redes
Em 2014, os medicamentos genéricos representaram 17,21% do volume total de vendas de medicamentos nas redes associadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), de acordo com levantamento da entidade em parceria com a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP).A comercialização de genéricos chegou a R$ 3,73 bilhões no ano passado, índice 6,38% superior ao de 2013. • www.abrafarma.com.br
Nov par
Laboratório aumenta aporte
A Bionovis, joint venture formada pelas farmacêuticas Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, vai transferir a construção de sua fábrica para São Paulo e ampliar o investimento de R$ 500 milhões para R$ 740 milhões. A decisão ocorreu devido a dificuldades técnicas no terreno em Jacarepaguá, no Rio, que atrasariam o cronograma de instalação da planta. • www.ache.com.br • www.ems.com.br • www.hypermarcas.com.br • www.uniaoquimica.com.br
Novos mercados
O comando da Raia Drogasil, maior grupo de varejo de farmácias no País, informou, no dia 2 de março último, que não pretende entrar em novos mercados neste ano, após anunciar a abertura de primeiras lojas em cinco estados do Nordeste em 2014. “Não estamos vendo novos mercados para 2015. Vamos explorar aqueles que já estamos desenvolvendo, inclusive no Nordeste”, disse o presidente da empresa, Marcílio Pousada. • www.raiadrogasil.com.br
Pesquisa IntroDia
A pesquisa IntroDia, desenvolvida pela Federação Internacional de Diabetes e com apoio da Boehringer Ingelheim e da Eli Lilly, revelou que médicos acreditam que mais da metade dos seus pacientes com diabetes do tipo 2 não seguem suas recomendações. IntroDia é a maior pesquisa mundial sobre diabetes tipo 2 já realizada, com foco nas primeiras conversas entre médicos e pacientes sobre a doença, fornecendo importantes informações sobre como eles interagem nesses dois momentos de tratamento – o diagnóstico e quando outra medicação oral pode ser necessária para manter os níveis de glicose no sangue. • www.boehringer-ingelheim.com.br • www.lilly.com.br 2 0 1 5 maio g u i a d a f a r m á c i a
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faturamento da abradilan
O setor farma, que tem perspectivas de dobrar suas vendas nos próximos anos, de acordo com dados do IMS Health, no ano passado, alcançou um faturamento de R$ 65,7 bilhões, apresentando crescimento de 13,28% em relação ao ano anterior. Já o faturamento dos associados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), no ano de 2014, alcançou R$ 9,6 bilhões, que representa um crescimento de 20,2% em relação ao ano de 2013. • www.imshealth.com • www.abradilan.com.br
Medicamento brasileiro será lançado no México
O Aché Laboratórios fechou um acordo com a farmacêutica mexicana Silanes para lançar o medicamento brasileiro Acheflan no México. A expectativa do laboratório é de que o Acheflan tenha uma participação de mercado de 1,9% em seu lançamento no México, chegando a 6,1% em cinco anos. O produto é usado no tratamento de tendinite, dores musculares e em quadros inflamatórios envolvendo traumas, como entorses e contusões. No Brasil, o produto tem fatia de mercado de 25% segundo o Aché. • www.ache.com.br
R$ 1 bi em 2015
O laboratório União Química pretende ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2015, com expansão acima do projetado para o mercado nacional de medicamentos. Enquanto as vendas de medicamentos no País devem crescer perto de 8%, a empresa estima alcançar um crescimento superior a 20%, ritmo que perseguirá nos próximos três anos. Assim, prevê dobrar de tamanho até 2018 e faturar R$ 2 bilhões. • www.uniaoquimica.com.br 20
Receita dos genéricos
A forte presença dos genéricos no mercado brasileiro está refletida no peso que estes medicamentos alcançaram no faturamento das dez maiores farmacêuticas do País. Nos últimos 12 meses, a categoria representou 25,34% das receitas desse grupo de empresas, que juntas somaram US$ 22,14 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). • www.progenericos.org.br
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Freio no setor farmacêutico
Depois de atingir crescimento de 13% na receita nominal em 2014, com faturamento na casa dos R$ 68 bilhões e expansão de 12% nas exportações em janeiro deste ano, a indústria farmacêutica se prepara para uma frenagem, forçada, em sua produção nos próximos meses. O cenário de pessimismo fez os empresários projetarem, para este ano, um crescimento real igual a zero, e nominal em torno de 8%. Taxa próxima à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 90% dos insumos vindos do exterior e preços dos produtos controlados pelo governo, a escalada do dólar — que chegou aos R$ 3,30 — tem se transformado em um desafio a mais. Também ronda o setor o fantasma do aumento dos custos com energia, frete e mão de obra, em função do corte das desonerações da folha de pagamento. • www.ibge.gov.br
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Terapias atraem investimento
Prescrição Farmacêutica: novo curso grátis no Treina PDV Farma
Em abril deste ano, a Contento lançou mais um curso rápido gratuito na plataforma online Treina PDV Farma! Trata-se do curso Prescrição Farmacêutica, que traz os conceitos e benefícios, etapas e aspectos práticos, além dos medicamentos passíveis de prescrição e todos os conhecimentos necessários ao farmacêutico prescritor. O curso em vídeo é gratuito e pode ser acessado a qualquer hora e em qualquer lugar: basta fazer o cadastro no site www.treinapdvfarma.com. br. Além desse, há ainda diversos outros cursos gratuitos disponíveis. O Treina PDV Farma é a plataforma de cursos on-line da Contento Comunicação para o varejo farmacêutico, onde é possível encontrar também um programa de capacitação composto por 12 módulos, ferramentas interativas, avaliações e certificados. O programa de capacitação requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Já para acessar os cursos rápidos, não é necessário nenhum investimento: basta se cadastrar. Para conhecer e experimentar, acesse: • www.treinapdvfarma.com.br Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200 22
George Soros, Michael Milken e David Bonderman são alguns dos grandes investidores se beneficiando das apostas iniciais que fizeram num setor bastante aquecido: empresas jovens desenvolvendo medicamentos que combatem o câncer, usando o sistema imunológico do próprio corpo. O interesse na nova abordagem, conhecida como imunoterapia, deslanchou após o sucesso da Yervoy e da Opdivo, duas drogas desenvolvidas pela gigante farmacêutica Bristol-Myers Squibb Co. Os medicamentos podem gerar US$ 8,5 bilhões em receitas anuais até 2020, prevê o Credit Suisse, ou mais da metade dos US$ 15,9 bilhões que a empresa americana faturou em 2014. • www.bristol.com.br
Vacina contra diabetes
Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, anunciaram, em março deste ano, um passo importante em direção à primeira vacina contra o diabetes. Os cientistas criaram um imunizante que se mostrou eficaz para controlar, em humanos, o tipo 1 da doença, que ocorre porque o sistema imunológico do próprio corpo passa a atacar as células beta, situadas no pâncreas, que fabricam a insulina. O hormônio permite a entrada, nas células, da glicose circulante na corrente sanguínea. Com menos insulina, há um acúmulo de açúcar no sangue, o que caracteriza a diabetes. O outro tipo, o 2, é resultado de alterações promovidas principalmente pela obesidade. • www.stanford.edu
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Genéricos Medley. PresençA mArcAnte nA mídiA e no diA A diA dos brAsileiros. A Medley acredita e investe na saúde e em parcerias como a nossa. Por isso, a marca de genéricos mais confiável para os médicos1, farmacêuticos2 e consumidores3 também vai ser uma das mais divulgadas em 2015.
Confira a Campanha dos Genéricos Medley nos principais meios de comunicação do país.
Assista aqui o vídeo da campanha de mídia.
1 Serviço de Informações Medley
0800 7298000
www.medley.com.br
1) Pesquisa realizada com Instituto IBOPE Inteligência entre 1/10 e 10/11/2014 com 1.000 médicos, por telefone, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belém e Florianópolis. 2) Pesquisa realizada com Instituto IBOPE Inteligência entre 1/10 e 10/11/2014 com 1.000 farmacêuticos, por telefone, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belém e Florianópolis. 3) Revista Seleções “Marcas de Sucesso”, setembro/2014. Medicamento Genérico - Lei 9.787/99 ©Medley 2015. ®Marca Registrada. Material destinado aos farmacêuticos - GNRC ANUNCIO MIDIA GUIA DA FARMACIA - 50701270 - 17/04/2015.
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Medley: o genérico de confiança e escolha dos médicos.1
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Viagra feminino
Medicamentos para tratar disfunção sexual são comuns no mercado, desde a descoberta do Viagra há 17 anos, mas ainda não há disponível nenhum tipo de composto destinado a mulheres. A empresa farmacêutica Sprout Pharmaceuticals anunciou que vai reenviar para aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos nos Estados Unidos, um fármaco para tratar o baixo desejo sexual feminino. • http://sproutpharma.com • www.fda.gov
Anulação de patente
A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) conseguiu anular, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a patente do medicamento bevacizumabe, usado no tratamento de alguns tipos de cânceres. É a primeira vez que a entidade ingressa com uma ação de reversão de patente no órgão. Cada dose custa cerca de R$ 10 mil e é encontrada somente em hospitais particulares ou na rede pública por meio de ações judiciais. • www.progenericos.org.br • www.inpi.gov.br
Grupo Natulab lança 45 novos produtos
A participação do Grupo Natulab na Abradilan Farma & HPC 2015, que aconteceu de 18 a 20 de março último, em São Paulo (SP), foi marcada pelos lançamentos de produtos que representam o investimento da companhia em novas formas de atender às necessidades dos consumidores. De acordo com o presidente da empresa, Marconi Sampaio, a resposta dos distribuidores aos lançamentos foi muito positiva, ele atribui a receptividade do mercado devido “à qualidade e à inovação, que sempre fizeram parte da história da Natulab”. Além de produtos da linha farma, foram lançados suplementos alimentares da Naturelife, produtos de nutrição esportiva da linha Max Force Sport Nutrition, enterais e dermocosméticos. • www.natulab.com.br 24
Preservação ambiental
Em 2015, pelo 2º ano consecutivo, a Cifarma recebeu o Certificado de Destaque e Preservação Ambiental. A pesquisa feita pelo Jornal do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, junto aos principais órgãos ambientais nacionais, apontou como excelente o trabalho da Cifarma nas áreas de preservação e educação ambiental. Essa conquista é fruto do que foi plantado ao longo do ano de 2014, com destaque especial para a Semana de Meio Ambiente. • www.cifarma.com.br
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Novas apresentações A indústria farmacêutica inova e oferece medicamentos reformulados para atender às diferentes necessidades de médicos e pacientes Por Tassia Rocha
Omeprazol Neo Química
A Neo Química aumentou a família de Omeprazol, trazendo ao mercado uma nova apresentação: 20 mg com 56 cápsulas. O medicamento é indicado para tratar determinadas condições em que ocorra muita produção de ácido no estômago, e para tratar úlceras gástricas (estômago), duodenais (intestino) e refluxo gastroesofágico (quando o suco gástrico do estômago volta para o esôfago). Já está disponível em todas as farmácias do Brasil e completa a linha Omeprazol já existente, com apresentações de 10 mg com 14 cápsulas; e 20 mg com 14, 28 e agora 56 cápsulas. MS 1.5584.0419 ■■www.neoquimica.com.br 26
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Lacrima® Plus Alcon
A lágrima artificial Lacrima® Plus: Solução Oftálmica Lubrificante Estéril ganhou embalagem e rótulos mais modernos. A nova embalagem destaca as indicações do produto e remete à ideia de hidratação e conforto proporcionados pela lágrima artificial, que não teve sua composição alterada. O Lacrima® Plus é uma lágrima artificial indicada para o alívio temporário da irritação e ardor devidos ao olho seco e do desconforto devido a pequenas irritações do olho ou à exposição ao vento ou sol. O produto está no mercado brasileiro desde 1991 e é um dos produtos da Alcon® mais conhecidos pelos pacientes. MS 1.0068.1101.001-1 ■■www.br.alcon.com fotos: divulgação
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Baclofeno Teuto
O portfólio de medicamentos genéricos do laboratório Teuto acaba de ganhar mais um integrante, o Baclofeno, único no mercado. Trata-se de um medicamento usado para reduzir e aliviar a rigidez excessiva e/ou espasmos nos músculos que podem ocorrer em várias condições, tais como a esclerose múltipla, doenças ou lesões na medula óssea e certas doenças cerebrais. Devido ao relaxamento do músculo e consequente alívio da dor, Baclofeno melhora a habilidade de se movimentar, torna mais fácil o gerenciamento das atividades diárias e facilita a fisioterapia. Baclofeno é apresentado na forma de comprimidos de 10 mg em caixas contendo 20 comprimidos. Contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao baclofeno ou aos demais componentes da formulação. MS 1.0370.0613.001-6 ■■www.teuto.com.br
Jardiance®
aliança Boehringer Ingelheim e Eli Lilly
Os pacientes que convivem com o diabetes tipo 2 ganham mais um aliado no Brasil, o Jardiance® (empagliflozina), desenvolvido pela aliança Boehringer Ingelheim e Eli Lilly. Trata-se de um inibidor da SGLT2, uma proteína transportadora que atua na reabsorção da glicose filtrada pelos rins, impedindo que ela seja eliminada pela urina. Ao impedir essa reabsorção, a empagliflozina elimina o excesso de açúcar que seria reabsorvido pelo rim, permitindo que, diariamente, haja a eliminação de cerca de 78 gramas de glicose, em média, o que equivale a aproximadamente seis colheres de sopa de açúcar, ou 312 calorias. MS 1.0367.0172 ■■www.boehringer-ingelheim.com.br ■■www.lilly.com.br
Termômetro Clínico Infravermelho - TCI100 Incoterm
Com uma completa linha de termômetros, a Incoterm apresenta mais uma novidade. O novo termômetro digital auricular infravermelho TCI100 é leve, compacto e apresenta design anatômico, o que faz com que a medição seja mais prática e confortável. Entre os diferenciais, o termômetro auricular é extremamente rápido, medindo a temperatura em quatro segundos por meio do sensor de infravermelho. Além disso, apresenta smiles com carinhas diferentes que mudam conforme a temperatura que aparece no visor. MS 10343209018 ■■www.incoterm.com.br
Kollangel FF grupo Natulab
Os exageros do dia a dia e os maus hábitos alimentares acabam ocasionando o surgimento de dores no estômago, azia e queimação, má digestão e náuseas. Para auxiliar no combate a esses sintomas, o Grupo Natulab acaba de lançar o antiácido efervescente Kollangel FF. O medicamento age reduzindo o excesso de ácido gástrico produzido pelo estômago por meio de uma reação química de neutralização, reduzindo assim a acidez estomacal. O produto está disponível na apresentação de caixa com 50 sachês, nos sabores laranja e abacaxi, possui absorção mais rápida, provocando um rápido alívio dos sintomas. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº 199/2006. AFE Nº 1.03.841-3 ■■www.natulab.com.br 2015 maio guia da farmácia
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Aciclovir Teuto
O laboratório Teuto apresenta o medicamento genérico que possui o Aciclovir como princípio ativo e está disponível na forma farmacêutica de comprimido, na concentração de 200 mg. O medicamento Aciclovir é indicado como antiviral muito ativo contra o vírus do Herpes simplex (HSV), tipos 1 e 2, Vírus da Varicela zoster (VVZ), Vírus Esptein Barr (VEB) e Citomegalovírus (CMV), bloqueando os mecanismos de multiplicação destes vírus. O Teuto, que já possui em seu portfólio o Ezopen, medicamento similar que também possui o Aciclovir como princípio ativo, agora disponibiliza o medicamento genérico ao mercado, o qual é comercializado em embalagens com 25 comprimidos. MS 1.0370.0610.001-1 ■■www.teuto.com.br
Pasta D’água Natulab grupo Natulab
O Grupo Natulab lança no mercado a linha de Pastas D’água. O produto é indicado como antisséptico secativo e cicatrizante e está disponível nas apresentações tradicional (óxido de zinco 25%), com enxofre e mentol. O medicamento age também em brotoejas, escabioses, irritações na pele após depilação e para aliviar os ardores causados pelos raios solares. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº1.03.841-3 ■■www.natulab.com.br
Acniben® Rx ISDIN
Oxalato de Escitalopram Medley
Indicado para o tratamento da depressão e ansiedade, o Oxalato de Escitalopram (10 mg e 20 mg), medicamento genérico, é a mais nova novidade no portfólio da Medley Indústria Farmacêutica, uma empresa Sanofi. O Oxalato de Escitalopram faz parte da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs). Esse tipo de medicamento do grupo dos antidepressivos corrige no cérebro as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causa os sintomas da doença. O medicamento chega às farmácias de todo o País em caixas com 30 comprimidos de 10 mg e 20 mg, e 35% mais barato que o medicamento de referência. MS 1.0181.0645 ■■www.medley.com.br 28
A acne é um problema de pele associado às alterações hormonais, que resulta no aumento da produção de sebo. Dessa forma, o sebo não consegue ultrapassar os poros e causa inchaço, vermelhidão e pus. A acne afeta a qualidade de vida e a autoestima das pessoas e atinge de 70% a 90% dos adolescentes, 8% dos jovens e aproximadamente 3% dos adultos. Atento a essa necessidade, o laboratório ISDIN, empresa de origem espanhola, especializada no tratamento da pele, desenvolveu a linha Acniben® Rx, indicada como adjuvante no cuidado da pele sob tratamento antiacne e no cuidado diário da pele oleosa ou pele sensível. Possui o exclusivo Calmoactive, complexo que ativa as defesas cutâneas, reduz a sensibilidade e ressecamento, minimiza e previve a vermelhidão, o ardor, a coceira e a descamação. MS 2.1864.0266.001-8 ■■http://www.isdin.com
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Puran T4® Sanofi
Chegam às farmácias de todo o Brasil, quatro novas apresentações de Puran T4® (levotiroxina sódica), da Sanofi, para o tratamento do hipotireoidismo. Com dosagens de 12,5 mcg, 37,5 mcg, 62,5 mcg e 300 mcg, a linha passa a oferecer mais opções para auxiliar médicos na administração de doses de acordo com o perfil de cada paciente em tratamento contra a doença. Presente no Brasil há mais de 35 anos, a linha Puran T4® é indicada para o tratamento do hipotireoidismo e conta agora com 14 opções de dosagens: 12,5 mcg, 25 mcg, 37,5 mcg, 50 mcg, 62,5 mcg, 75 mcg, 88 mcg, 100 mcg, 112 mcg, 125 mcg, 150 mcg, 175 mcg, 200 mcg, 300 mcg. MS 1.1300.1023 ■■www.sanofi.com.br
Deltalab® Multilab
A Multilab traz seu produto líder de categoria no combate aos piolhos e à sarna em nova embalagem. O Deltalab® tem como princípio ativo a deltametrina, que atua como pediculicida e escabicida e é indicado para tratamento e profilaxia da pediculose (piolhos), da ftiríase (chatos), da escabiose (sarna) e das infestações por carrapatos em geral. Possui duas apresentações: Loção, indicada para uso no corpo, e Xampu (acompanha pente fino) para aplicação nos cabelos. Ambos possuem aroma maçã verde. MS 1.1819.006 ■■www.multilab.com.br
Acneliv® Gel grupo Natulab
A acne é uma doença inflamatória causada pelo acúmulo de impurezas e bactérias, formando as indesejáveis espinhas e cravos. O Grupo Natulab apresenta para o mercado o Acneliv® Gel, produto composto de peróxido de benzolla a 5%, que age dentro dos poros inflamados causadores das acnes, matando as bactérias (efeito bactericida), limpando as impurezas (efeito antisséptico), agindo como esfoliante e secando as espinhas. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº1.03.841-3 ■■www.natulab.com.br
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Bioargi c
União Química
União Química lança BioArgi C, seu novo aliado contra o cansaço físico e mental. BioArgi C é um suplemento vitamínico para quem precisa de disposição para acompanhar um ritmo acelerado. BioArgi C possui aspartato de arginina 1 g que contribui para a recuperação de energia, atua na cicatrização de feridas, no sistema imunológico e tem ação antioxidante, combatendo os radicais livres; associado à vitamina C 1 g que atua no sistema imunológico e nas defesas do organismo. BioArgi C será comercializado em tubo com 16 comprimidos efervescentes sabor laranja. MS 1.0497.1382 ■■www.uniaoquimica.com.br
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Oxiberry União Química
Baby-D® e Baby-D® Menina grupo Natulab
A pele do bebê é fina e sensível, ficando mais vulnerável ao aparecimento de assaduras. O contato prolongado com a urina e as fezes cria um meio de cultura para fungos e bactérias, que provocam irritação, inflamações e assaduras. O Grupo Natulab lança as pomadas Baby-D® e Baby-D® Menina, que protegem o neném das assaduras e brotoejas. Sua fórmula contém vitaminas A e D, incorporadas a agentes penetrantes, emoliantes e hidratantes que protegem a pele. A apresentação menina possui cheiro doce e agradável. MS Medicamento de notificação simplificada RDC Anvisa Nº199/2006. AFE Nº1.03.841-3 ■■www.natulab.com.br
A União Química lança no mercado Oxiberry, o Cranberry ( Vaccinium macrocarpom) em pó para preparo de bebida. Cranberry é um fruto com grande concentração de vitaminas A, C e E, além de antioxidantes, como flavonoides e ácidos fólicos, conhecidos por seu potencial na prevenção de doenças do trato urinário. Oxiberry possui em sua formulação a maior concentração de proantocianidina tipo A (PAC 10%) do mercado. Estudos demonstram que essa substância é 20 vezes mais potente que a vitamina C e 50 vezes mais potente que a vitamina E. Será comercializado em embalagem com 30 sachês de 5 g. MS Medicamento isento de registro, conforme RDC 27/10 ■■www.uniaoquimica.com.br
Tadalafila Eurofarma
Tadalafila é o mais novo lançamento da Eurofarma, medicamento genérico indicado para o tratamento de disfunção erétil e sintomas da HPB (Hiperplasia Prostática Benigna). Para médicos e pacientes, isso representa uma nova opção de tratamento, com preço bastante acessível. A Tadalafila Eurofarma está disponível nas apresentações 20 mg com 2 comprimidos, e 5 mg com 30 comprimidos (Uso Diário). MS 1.0043.1103.006-6 (5 mg X 30 comprimidos) MS 1.0043.1103.009-0 (20 mg X 2 comprimidos) ■■www.eurofarma.com.br 32
Menocol Multilab
A Multilab, uma empresa do Grupo Takeda, lança no mercado o Menocol. O medicamento, que possui a sinvastatina como princípio ativo, é indicado para reduzir os níveis de colesterol no sangue e reduzir os riscos decorrentes das doenças cardiovasculares. O produto faz parte da linha RX e está disponível em quatro apresentações: 10, 20, 40 e 80 mg. MS 1.1819.0147 ■■www.multilab.com.br
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Por que há tanta diferença de preço entre similar e genérico? Por que a eficácia dos similares é questionada por muitos médicos? Existe algo errado com OS similares? 34
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envie sua pergunta, nós respondemos!
M a r i a Apa r e c i d a N ic o l et t i
Pergunta enviada por Nilze Machado, representante farmacêutica, de curitiba (PR)
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Farmacêutica responsável pela Farmácia-Escola do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e professora titular do curso de Farmácia da Universidade de Guarulhos (UnG)
Qualquer que seja o medicamento, ele deve ser seguro, efetivo e apresentar qualidade como estabelece a Política Nacional de Medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa todas as informações necessárias para emitir a autorização de comercialização e, portanto, a segurança terapêutica deve estar assegurada em todos os medicamentos comercializados. O medicamento de referência é o medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por meio de apresentação de estudos clínicos. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no País, apresentando a mesma segurança, podendo, com este, ser intercambiável. De acordo com a definição legal, medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas à tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veícu-
lo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. A Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 58/14, que estabelece os procedimentos para a intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. Pela nova regra, os similares que já tenham comprovado equivalência farmacêutica com o medicamento de referência da categoria poderão declarar na bula que são substitutos ao de referência. Saliente-se, entretanto, que a intercambialidade poderá ser realizada entre medicamento genérico e referência, ou entre similar e referência, desde que cumpridas as exigências legais. Não poderá ser realizada a intercambialidade entre medicamento genérico e similar. Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência. Para o registro de ambos os medicamentos, genérico e similar, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica. A bioequivalência consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental. Será considerado intercambiável o medicamento similar cujos estudos de equivalência farmacêutica, biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou bioisenção tenham sido apresentados, analisados e aprovados pela Anvisa. 2015 maio guia da farmácia
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Novos preços dos medicamentos já estão em vigor
Neste ano, Anvisa e Ministério da Saúde anunciaram mudanças na maneira de calcular o reajuste
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Por Flávia Corbó
No dia 31 de março último, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicou, no Diário Oficial da União, a resolução que estabelece os reajustes dos medicamentos neste ano. A Cmed determinou três faixas de aumento, que variam de 5% a 7,7%, de acordo com o produto. O reajuste mais alto deve ser aplicado aos medicamentos da classe em que a participação dos genéricos no faturamento é igual ou superior a 20% – mais da metade dos medicamentos está nesta categoria. Na segunda categoria, estão produtos de classes com participação de genéricos entre 15% e 20%, cujo aumento será de 6,35%. Nela, está o menor número de fármacos, cerca de 2,5% do total. Por último, com 43% dos produtos vendidos, está a classe com participação de genéricos com faturamento abaixo de 15%, em que o reajuste será de 5%. A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, o índice se manteve abaixo da inflação dos últimos 12 meses, cujo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de março de 2014 até fevereiro de 2015 foi de 7,7%. A diferença é que, para 2015, a Agência Nacional de
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Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde anunciaram algumas alterações no modelo de cálculo percentual do reajuste. As mudanças apresentadas em fevereiro último incluíram sugestões da consulta pública realizada pela Cmed em 2014, com a participação de entidades que representam mais de 150 indústrias farmacêuticas. A maior novidade é que a fixação do valor passou a levar em conta critérios técnicos já previamente definidos na Lei Federal 10.742/2003, os quais consideram a produtividade da indústria, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor, além da inflação do período. Os três níveis de reajuste de preço passaram a ser definidos conforme a concorrência dos grupos de mercado, classificados como não concentrados, moderadamente concentrados e altamente concentrados. A ampliação do grupo autorizado a fazer o menor reajuste de preço ocorre porque o novo cálculo adotará o modelo internacional para a medição do poder de mercado individual de empresas ou grupos econômicos – o Índice Herfindahl-Hirschman (IHH). Outra novidade é que, a partir de agora, a atualização de dados por parte da indústria será semestral, com a intenção de facilitar o monitoramento de mudanças e tendências no mercado. Ilustração : shutterstock
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Pódio farmacêutico Abrafarma destaca as redes de drogarias com maior faturamento e número de lojas do País
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A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), entidade que reúne as 28 maiores redes de varejo farmacêutico no País, concentradas em 25 empresas, divulgou mais um ranking de desempenho das empresas associadas. No levantamento realizado pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), que leva em conta a performance obtida pelas redes em 2014, a Raia Drogasil (SP) lidera em faturamento. Em seguida, aparecem as Farmácias Pague Menos (CE), Drogaria São Paulo (SP), Drogarias Pacheco (RJ) e Big Ben/Guararapes (PA), respectivamente. O estudo elencou os grupos também pelo número de lojas, lista encabeçada novamente pela Raia Drogasil (SP), com as Farmácias Pague Menos (CE) na segunda colocação, a Drogaria São Paulo (SP) na terceira, Drogarias Pacheco (RJ) na quarta e Panvel (RS) em quinto lugar.
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Quando analisados em grupos farmacêuticos, a Raia Drogasil (SP) também lidera o ranking de faturamento, seguida por Drogarias Pacheco São Paulo (DPSP), Farmácias Pague Menos (CE), BR Pharma e Drogaria Araújo (MG). Entre os grupos, o ranking pelo número de lojas tem nos cinco primeiros lugares, respectivamente, Raia Drogasil (SP), Drogarias Pacheco São Paulo, Farmácias Pague Menos (CE), BR Pharma e Panvel (RS).
Comparativo anual O ranking não apresentou mudanças significativas em comparação ao ano passado. Já em 2013, a Raia Drogasil ocupava a primeira posição, seguida pelo grupo formado pelas Drogarias Pacheco São Paulo (DPSP), com a Pague Menos em terceiro lugar. A ausência de mudanças pode ser explicada pela consolidação de movimentos de fusões e aquisições presentes no setor há alguns anos. Passado esse período de turbulências e adaptações, em que alternâncias de posições eram mais comuns, o foto: shutterstock
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Faturamento
Número de Lojas
Somatório de vendas (12 meses/até 31 de dezembro de 2014)
Quantidade de PDVs em 31 de dezembro de 2014
2014 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
2013 1 2 3 4 5 6 7 8 10 9 12 11 13 14 15 16 17 20 18 21 19 23 24 25 22
Grupos Econômicos Raia Drogasil Drogarias Pacheco São Paulo Farmácias Pague Menos BR Pharma Drogaria Araújo PanVel Drogarias Nissei Extrafarma Drogaria Venancio Drogaria Onofre Drogal Farmacêutica Farmácias Walmart Farmácias Indiana Farmabem Drogão Super Drogasmil/Farmalife Farmácia Permanente Drogaria Moderna A Nossa Drogaria Farma Ponte Drogaria São Bento Redepharma Drogaria Minas Brasil Farmácias Vale Verde Farmácia Santa Lúcia
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mercado agora se encontra em uma fase de acomodação, com poucas mudanças. “Esse ranking reflete o momento que estamos vivendo. O mercado é como uma escada, tem uma fase de crescimento e depois de estabilidade. Geralmente, quem faz uma aquisição, passa por um processo de fusão ou muda o status acionário, enfrenta um período de adequação, de ajustes de processos internos. Estamos nesta fase agora”, relata o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Antes desse assentamento, o ranking também era estático, mas as primeiras colocações tinham outros protagonistas. Drogaria São Paulo e Pague Menos disputavam o primeiro lugar, com a Droga Raia logo atrás. “Com a fusão Raia Drogasil, o cenário mudou totalmente e o grupo assumiu a liderança. Já a Pague Menos caiu para terceiro com a união da Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo. No meio de campo, presenciamos as aquisições da BR Pharma, que catapultou a empresa para uma posição de muito mais destaque”, descreve Mena Barreto.
2014 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
2013 1 2 4 3 5 6 7 8 9 10 12 11 15 13 14 17 18 16 19 20 23 22 21 24 25
Grupos Econômicos Raia Drogasil Drogarias Pacheco São Paulo Farmácias Pague Menos BR Pharma PanVel Farmácias Walmart Drogarias Nissei Extrafarma Drogaria Araújo Drogal Farmacêutica Farma Ponte Drogaria São Bento Farmácias Indiana Farmácia Permanente Drogão Super Drogaria Moderna Farmabem Drogasmil/Farmalife Drogaria Onofre Farmácias Vale Verde Drogaria Venancio Redepharma Farmácia Santa Lúcia Drogaria Minas Brasil A Nossa Drogaria
UF SP SP+RJ CE BR RS SP PR PA MG SP SP MS MG AL SP RJ AM RJ SP PR RJ PB ES MG RJ
Futuro incerto Uma nova movimentação no ranking deve ser observada quando o processo de internacionalização do varejo farmacêutico se iniciar. Especulações dão conta de que isso não deve tardar a acontecer. A CVS, que já está presente no País, com 80% do controle da Onofre, tem mantido negociações com o grupo DPSP, enquanto a Brasil Pharma, braço de varejo de farmácias do banco BTG Pactual, estaria em busca de compradores de alguns ativos, a fim de gerar caixa e recuperar o negócio. Além das especulações de bastidores, a expansão de empresas para além de suas fronteiras é uma tendência global. E o Brasil não está de fora dos interesses estrangeiros. Há três anos, apenas 12 das Top 250 varejistas do mundo atuavam em solo brasileiro. Em 2014, esse número passou a ser de 35 empresas – mais que o dobro, de acordo com o último relatório da Deloitte. 2015 maio guia da farmácia
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A prescrição farmacêutica pode ser considerada um tema da moda na atualidade do setor farmacêutico. É um alvo de constantes discussões e dúvidas, principalmente, após a publicação da Resolução nº 586 de 2013 pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) que regulamenta a prescrição farmacêutica no Brasil. A indicação de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) sempre foi uma prática comum e legal que ocorre todos os dias na rotina de uma farmácia. A partir da regulamentação da prescrição farmacêutica, este processo é efetuado com maior segurança tanto para a farmácia quanto para o paciente. Para o farmacêutico há maior valorização da profissão e maior responsabilidade quanto aos cuidados com os clientes. Além disso, há aumento do acesso aos medicamentos e redução dos custos do sistema de saúde. O processo de prescrição abrange recomendações sobre a opção terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos, ou o encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde. Entretanto, por ser uma novidade e também pela recente legislação, os farmacêuticos têm diversas questões
sobre a prescrição farmacêutica. É importante entender quais são os medicamentos passíveis de prescrição pelo farmacêutico; as classes e possibilidades de medicamentos para prescrição são bem grandes. Além disso, a atualização de conhecimentos é fundamental para efetuar prescrições. A responsabilidade pela segurança do paciente faz com que o farmacêutico busque informações atualizadas sobre diversos temas que o auxiliem a tomar decisões sobre a melhor conduta a ser seguida. Entender as etapas da prescrição, bem como os aspectos práticos e adequação à legislação é vital para esse processo. A prescrição farmacêutica é um tema abordado no conteúdo em vídeo do Treina PDV Farma. Essa iniciativa da Contento Comunicação traz um programa de capacitação, desenvolvido especialmente para os profissionais que atuam no varejo farmacêutico, contribuindo para a qualificação e atualização destes profissionais. Por meio de uma linguagem prática, acessível e de fácil aplicação, é possível esclarecer diversas dúvidas e implementar a prescrição farmacêutica imediatamente após o curso. foto: divulgação
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Ano difícil para alguns; mas de oportunidades para outros. Pensar positivo faz bem; mas agir faz mais bem ainda
silvia os s o Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 42
Uma regra básica para os pequenos ou médios empresários é aprender a pensar como os grandes! Nem sempre é fácil, mas eis algumas sugestões a perseguir com perseverança: 1. ACERTEM NA ESCOLHA DO MIX Conhecem bem sua clientela e o objetivo das vendas de sua empresa? Sabem para quem vendem? Se realmente sim; já têm meio caminho andado para definir um mix lucrativo de produtos. Para compor o mix, use o resultado dos estudos das saídas dos produtos por meio da Curva ABC. Estude aqueles produtos que mais saem e que mais contribuem para a margem de lucro da farmácia. Também é necessário levar em conta o giro de cada item. Combine itens de giro maior e margem menor com os de giro menor e margem maior. Com tal combinação, um rigoroso controle de estoque e relatórios detalhados do que vende, em que dia e qual quantidade, é possível compor um mix desejável. 2. CALCULEM A MARGEM DE CADA PRODUTO da loja Muitos calculam seus lucros pela média em vez de identificar a margem de cada produto que comercializam. Péssima estratégia. A média é uma das piores formas de estatística. O perigo de efetuar esse tipo de cálculo é que ele pode mascarar itens que dão prejuízo. Com a ajuda de um bom software, que calcule a margem de lucro de cada um dos itens à venda em sua empresa, é que o cálculo deve ser feito. Considere também o rateio das despesas comuns, como o pagamento de funcionários, aluguel e despesas com água, luz e outros. O rateio pode ser proporcional à parti-
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cipação de cada um deles no faturamento. O importante é conhecer individualmente a margem por produto. 3. TRACEM METAS E ESTRATÉGIAS claras DE VENDAS Uma vez definido o que oferecer à clientela, é hora de melhorar os resultados das vendas e concretizar os negócios. A combinação de metas de desempenho com incentivo aos funcionários ajuda bastante nessa tarefa. Todo mês tracem metas para a farmácia; por exemplo, criem objetivos como vender 3% a mais que a média do período do trimestre anterior; ou outra. Conforme os resultados atingidos, os funcionários recebem bônus que variam de acordo com o salário ou uma premiação adicional em bens ou valores. Para vender mais, acostume-se a ouvir sugestões dos funcionários; geralmente eles têm ideias que podem implementar iniciativas de marketing, ajudando a organizar promoções, sorteios de brindes ou outras ações. 4. REDUZAM CUSTOS COM AUMENTO DA PRODUTIVIDADE Na busca de lucros maiores, não adianta vender mais. É preciso também gastar menos. Racionalizar rotinas de trabalho é uma boa forma de “cortar” despesas. Muitas empresas reduziram as despesas ao reorganizar o quadro de funcionários, suas rotinas e horários de trabalho. Muitas vezes, não só economizaram com mão de obra, como aumentaram a produtividade. O caso pode servir de lição para muita gente. É preciso analisar os processos de ponta a ponta em busca de mais produtividade. foto: divulgação
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Cautela, palavra do momento
Crise econômica ainda não atingiu fortemente o setor farmacêutico, mas já gera redução de investimentos e não reposição do quadro de pessoal da indústria farmacêutica. Especialistas analisam que ousadia e foco em prazos podem ajudar o varejo neste momento de pessimismo Por Rodrigo Rodrigues 44
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O crescimento de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2014 evidenciou aquilo que empresários e economistas já previam desde a eleição do ano passado: 2015 será um ano de recessão e mau desempenho da economia brasileira. Afetado principalmente pela performance ruim da indústria nacional, que acumulou retração de 1,2% no ano passado, o resultado do PIB mostra um país estagnado, à beira de uma crise que pode resultar em retração ainda mais acentuada da economia nacional. As previsões de analistas e do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que, neste ano, o Brasil tenha uma queda de 1% do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País. Na previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entretanto, essa queda deve ser ainda mais acentuada: 1,2%. Mas até que ponto essas previsões tenebrosas para a economia brasileira devem afetar a indústria de medicamentos e o varejo farmacêutico? Segundo o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, as perspectivas não são boas para o segmento, apesar da estabilidade relativa da demanda industrial do setor. De acordo com dados do IMS Health, as vendas da indústria até fevereiro último cresceram 8,33%, atingindo R$ 5,1 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da alta significativa, esse foi o pior desempenho bimestral do setor desde 2010. Os números indicam uma desaceleração gradual da atividade setorial que gera preocupações, avalia Mussolini. “Nos últimos anos, o setor foi mais resistente às crises em virtude do dólar mais baixo e do nível de emprego. A situação agora nos parece mais nociva. O que nos preocupa são justamente as taxas de desemprego. Se o governo conseguir manter o emprego no atual patamar ao longo deste e do próximo ano, o setor deve ter menos reflexo que os demais. Porque um trabalhador desempregado que sente dor de cabeça entra no quarto, dorme e espera a dor passar. Já o que
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA SERÁ MENOS AFETADA DO QUE OUTROS SEGMENTOS. OS CONSUMIDORES DE MEDICAMENTOS MANTERÃO O VIGOR DO VAREJO FARMACÊUTICO EM 2015 tem emprego vai à farmácia e compra um medicamento, porque precisa continuar o dia de trabalho”, comenta. O Sindusfarma afirma que até julho deste ano o segmento deve reavaliar o quadro econômico nacional e decidir se dispensa ou não empregados para readequar os custos. No curto prazo, a maior preocupação do setor reside no que Mussolini chama de “queda da rentabilidade e do faturamento” do setor. Segundo ele, desde 2011, a rentabilidade dos laboratórios vem caindo, mas mascarada até então por sucessivos aumentos de receita e demanda do setor.
HISTÓRICO DOS FATOS Em 2014, a indústria farmacêutica cresceu 13%. Faturou R$ 65,7 bilhões, com 3 bilhões de embalagens vendidas, de acordo com os números da entidade. Porém, para 2015, essa curva parece sinalizar para encolhimento do lucro dos fabricantes e aumento dos custos de produção e com folha de pagamento. “Desde o ano passado, 90% dos insumos usados para fabricação de produtos tiveram aumentos significativos, bem acima do índice médio de reajuste de preços aprovado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) neste ano, que é de 6%. Isso prejudica a atividade do setor, que já reduz os planos de investimento, não repõe o quadro de funcionários e trabalha com a hipótese de redução iminente de pessoal”, alerta Mussolini. Segundo o Sindusfarma, em 2014, os custos de produção e insumos farmacêuticos cresceram 15% em média. Para 2015, algumas empresas do segmento já estimam gastar até 20% mais na produção e compra de insumos importados para fabricação de produtos. Como se sabe, a maioria dos insumos usados na fabricação de medicamentos no Brasil é importada e, portanto, submetida à variação cambial. Nos cálculos da 2015 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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entidade, entre janeiro de 2012 e janeiro de 2015, o dólar subiu mais de 44%. No período entre abril de 2014 e abril de 2015, o dólar saltou de R$ 2,24 para R$ 3,06, aumento de 36% em 12 meses. De acordo com Mussolini, as empresas do setor vêm sinalizando que cortarão ao menos 50% dos investi-
HAVERÁ UMA READEQUAÇÃO E REDIRECIONAMENTO DE PRODUTOS POR PARTE DO CONSUMIDOR, SUBSTITUINDO CADA VEZ MAIS OS MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIA POR SIMILARES OU GENÉRICOS, QUE HISTORICAMENTE CABEM MAIS NO BOLSO 46
mentos em pesquisa e desenvolvimento já neste primeiro semestre de 2015. O setor também revisou para baixo as expectativas de crescimento para o período, que não devem atingir os dois dígitos, como vinha acontecendo nos últimos anos. A expectativa inicial era de avanço entre 9,5% e 10%, mas deve ser revisada brevemente.
ATITUDES ESPERADAS Para o economista e professor do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rodnei Domingues, os empresários optam por trilhar o caminho mais óbvio e fácil para se protegerem do atual momento econômico do País. “A solução para enfrentar as dificuldades atuais é não se intimidar e não deixar de investir. Em 2009, diante da crise que abalou os Estados Unidos e a Europa, muitas empresas do ramo de medicamentos (indústria e comércio) não se intimidaram e foram elas que ganharam mais participação de mercado e aumentaram seus lucros. Vejo agora que a situação se repete”, afirma Domingues.
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O professor da Unicamp não descarta problemas na demanda da indústria farmacêutica neste ano, mas afirma que o setor deve ter um impacto muito menor do que outros segmentos da economia nacional. “Acredito que a palavra crise pode ser muito forte para expressar o momento de dificuldade que o Brasil está enfrentando. Não acredito que essas dificuldades irão durar muito tempo. A indústria farmacêutica será menos afetada do que outros segmentos, como construção civil, metal mecânica, autopeças e montadoras, por exemplo. Os consumidores de medicamentos manterão o vigor do varejo farmacêutico em 2015. Certamente não haverá o mesmo índice de crescimento de anos anteriores, mas mesmo assim o segmento manterá sua atratividade”, analisa Domingues. Embora um pouco menos otimista, a opinião é compartilhada pelo professor do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), José Lupoli Júnior. Segundo ele, o atual momento brasileiro tem muito mais relação com o cenário político do que necessariamente com fundamentos da economia. “A atual crise é acima de tudo uma crise de confiança, que exigirá um tempo de superação que pode ser curto ou longo, dependendo de como forem encaminhados os protestos de rua contra o governo e as negociações no Congresso para aprovação do Ajuste Fiscal proposto pela equipe econômica. Com o enfraquecimento dessa oposição política nas ruas e no Congresso, o pessimismo tende a se dissipar. A melhora, porém, também depende da lição de casa do governo em mostrar bons números em relação à queda da inflação e ao nível de desemprego”, avalia Lupoli Júnior. Apesar do otimismo, o professor do Provar-FIA avalia que ainda viveremos um processo de piora do cenário econômico antes de observar uma reação substancial do mercado local que permita a retomada das forças do mercado interno brasileiro. “Dois mil e quinze não será um ano fácil, porque o processo de incentivo do consumo gerou um efeito colateral até aqui que é o alto endividamento das famílias. Com o crescimento do desemprego, esse endividamento tende a se acentuar e gerar um efeito espiral que dificulta a retomada no curto prazo. Apesar do setor farmacêutico comercializar produtos de primeira necessidade para as pessoas, não deve registrar uma queda brusca de encomendas ao longo do ano. Mas, com certeza, haverá uma readequação e redireciona48
mento de produtos por parte do consumidor, substituindo cada vez mais os medicamentos de referência por similares ou genéricos, que historicamente cabem mais no bolso”, adverte o economista. Na visão do empresário e presidente da Associação dos Farmacêuticos Proprietários de Farmácias do Brasil (AFPFB) e da rede Farma & Farma, Rinaldo Ferreira, a situação atual é também sinônimo de oportunidades. Ele defende que os varejistas pequenos e independentes usem o momento de apreensão para cativar e conquistar os clientes. “O paciente que precisa de remédio deixa de comer ou comprar um alimento para dar conta do tratamento medicamentoso. Isso gera um alento que impede nosso segmento de sentir as crises e os sobressaltos econômicos de forma mais dura. Contudo, o cliente se sente mais cativado se observar que o comerciante oferece oportunidades fora dos padrões nestes momentos de dificuldade. Alargar prazos de pagamento, oferecer linha de crédito ou descontos maiores são atrativos que certamente farão o cliente retornar à loja nestes tempos de desconfiança”, comenta Ferreira.
O QUE SE ESPERA A solução definitiva para a atual situação, segundo Mussolini, é o governo federal ampliar a participação no financiamento público da saúde em estados e municípios, além de reduzir a carga tributária média de 33% que incide sobre os medicamentos, hoje, no País. O executivo defende ainda uma revisão dos índices de reajuste dos medicamentos, para que a indústria nacional seja mais competitiva e moderna e consiga sair da defensiva. “A legislação atual de preços não dá conta da realidade do mercado. Entre 2006 a 2013, para reajuste de preços acumulado de 35,76%, a inflação geral atingiu 49,13% [Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)] e os aumentos de salário concedidos pelo setor somaram 67,77%. Fica evidente que o modelo de regulação econômica do mercado farmacêutico precisa ser revisto. E não apenas para garantir o equilíbrio econômico-financeiro das empresas. O modelo deve mudar para contemplar também a correta remuneração dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento. Nosso setor exige investimentos de alto risco. O governo fala muito em criar uma indústria nacional de medicamentos que exporte patentes, mas sem as condições necessárias, ninguém vai fazer investimentos dessa natureza. Ficaremos sempre na rabeira dos mercados internacionais”, declara o presidente executivo do Sindusfarma.
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Governança corporativa O sistema de administração visa determinar e controlar a direção e o desempenho de organizações. Empresas do setor farmacêutico têm incorporado o conceito visando aprimorar decisões estratégicas
G Por Marcelo de Valécio
Governança corporativa pode ser definida como o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre acionistas e proprietários, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal, com a finalidade de aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua longevidade segundo a definição do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). “É um sistema que tenta conciliar os interesses dos acionistas, melhorar a relação entre os proprietários, tudo com vistas ao futuro da organização, de forma que
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ela valha mais e garanta sua perenidade”, afirma o coordenador da Comissão de Governança em Saúde do IBGC, Luiz de Luca. “O principal objetivo desse sistema é regular as relações entre os fornecedores de recursos financeiros – investidores ou proprietários – e as corporações, visando assegurar o retorno do investimento”, acrescenta o sócio da AAD Consultores, Adriano Arthur Dienstmann. “Na prática, representa a separação da governança exercida pelos proprietários do capital, dos temas da gestão do negócio para que se assegure autonomia aos executivos na busca dos resultados definidos pelos proprietários”, completa o professor e diretor de cursos do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Admifotos: shutterstock Ilustração: shutterstock
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nistração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), Carlos Eduardo Furlanetti. A origem dos debates sobre governança corporativa, segundo o IBGC, remete a conflitos inerentes à propriedade dispersa e à divergência entre os interesses dos sócios, executivos e ao melhor interesse da empresa. Ao longo do século 20, a economia de diferentes países tornou-se cada vez mais marcada pela integração aos dinamismos do comércio internacional, assim como pela expansão das transações financeiras em escala global. Nesse contexto, as companhias foram objeto de sensíveis transformações, uma vez que o acentuado ritmo de crescimento de suas atividades promoveu uma readequação de sua estrutura de controle, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. O sistema ganhou projeção a partir dos anos 1990, com os escândalos financeiros de grandes empresas norte-americanas, como Enron e Worldcom, que abalaram a credibilidade do mercado de capitais dos Estados Unidos. Percebeu-se, então, que um novo sistema de controle sobre a gestão das companhias, sobretudo as que tinham ações em bolsa de valores, seria necessário. Um dos marcos das mudanças que resultaram na aceitação da governança corporativa nos Estados Unidos foi a promulgação do Sarbanes-Oxley Act (SOX), em 2002, pelo Congresso norte-americano, que definiu regras rígidas de contabilidade e divulgação de informações pelas empresas. A lei visa à criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, incluindo regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas atividades e operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrem, garantindo a transparência na gestão das empresas. Com a responsabilização e aplicação de sanções para os gestores que não cumprirem as regras de divulgação das informações financeiras das empresas, a SOX representou uma nova era na regulamentação das companhias, influenciando a aplicação de sistemas de governança corporativa nos Estados Unidos e em outros países. “É preciso considerar que, na economia globalizada, o capital não conhece fronteiras físicas. As empresas nacionais e transnacionais precisam captar recursos para financiar seus projetos de expansão de investi-
apesar de a governança corporativa ser preferencialmente implantada nas grandes empresas, seus princípios – transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa – são indicados para firmas de qualquer porte e tipo de composição societária mentos que querem segurança jurídica e institucional que assegure o retorno dos seus investimentos”, observa Dienstmann. Com o passar do tempo, a governança corporativa foi além de determinar controles e levantar possíveis fraudes, tornando-se uma ferramenta para alavancar o desenvolvimento das empresas. “Ela representa a relação entre os investidores e é utilizada para determinar e controlar a direção estratégica e o desempenho de organizações. Em seu aspecto central, a governança corporativa preocupa-se com a identificação de maneiras para garantir que as decisões estratégicas sejam tomadas eficientemente. Pode ser imaginada como um meio utilizado pelas corporações para estabelecer ordem entre as partes, cujos interesses possam estar em conflito”, esclarece o professor e coordenador do Curso de Administração da Faculdade de Engenharia de São Paulo (Fesp-SP), Hernan E. Contreras Alday. O foco preliminar da governança tem sido a análise dos objetivos das companhias, tendo em vista suas interfaces com as demandas e os direitos de outros ‘constituintes organizacionais’, definidos genericamente como stakeholders, o que constitui um grande benefício para as organizações. “Assim, para os clientes e fornecedores, integrantes dos stakeholders externos, fornecedores diretos e integrantes distantes da cadeia de suprimentos, bem como para as partes interessadas, é um grande benefício integrar a cadeia de negó2015 maio guia da farmácia
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cios com uma empresa que mantém uma governança corporativa ativa”, revela Alday.
Resultados nos processos Ao separar a gestão do negócio dos interesses dos donos do capital, as práticas de governança corporativa ajudam a melhorar a gestão e os resultados no longo prazo das empresas. “É preciso separar a propriedade da empresa e a sua administração. Com isso, as decisões passam a ser do interesse da organização como um todo e não dos sócios em particular”, afirma Furlanetti, do Provar-Fia. “O administrador passa a ser um funcionário que presta serviço em nome dos sócios, maximizando a riqueza de cada um deles e investindo na perenidade da companhia”, complementa. “Normalmente, o dono do capital tem interesse em obter o maior retorno possível no menor tempo para seu investimento. Enquanto o executivo precisa zelar pela competitividade do negócio no longo prazo. Esses interesses podem ser conflitantes. Nas práticas da boa governança corporativa, os direitos dos acionistas estão claramente estabelecidos, assim como as responsabilidades dos administradores”, sustenta Dienstmann. O ambiente e os atores da governança corporativa podem ser subdivididos em quatro blocos interligados: propriedade, controle, administração e auditoria e fiscalização. A assembleia geral é o órgão soberano da sociedade, cabem-lhe deliberações de alto impacto nos destinos da companhia. Fazendo 52
parte integrante da administração é que se estabelece o conselho de administração que, com seus comitês e a auditoria independente, atuarão como órgãos guardiões dos interesses dos proprietários. A diretoria executiva exerce a gestão das áreas funcionais e de negócios da companhia, interagindo com o conselho de administração no exercício dos poderes e funções que lhes são atribuídos. “A governança corporativa se estabelece pela interação de propriedade, conselho de administração e direção executiva. No Brasil, o tipo praticado pelas grandes companhias listadas em bolsa aproxima-se mais do modelo dos Estados Unidos”, explica Alday.
Aplicação prática De acordo com os especialistas, apesar de a governança corporativa ser preferencialmente implantada nas grandes empresas, seus princípios – transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa – são indicados para firmas de qualquer porte e tipo de composição societária. “Não há contraindicações”, diz Dienstmann. “Empresas de qualquer porte podem e devem utilizar as boas práticas da governança corporativa. Porém, as que pretendem abrir seu capital, captar investidores e obter empréstimos bancários precisam aperfeiçoar ainda mais suas práticas de gestão, formalizar seus mecanismos de controle, se adequar aos padrões contábeis internacionais e à legislação específica”, pondera o consultor. “Mesmo com todos
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O ambiente e os atores da governança corporativa podem ser subdivididos em quatro blocos interligados: propriedade, controle, administração e auditoria e fiscalização os controles, exemplo recente como o da Petrobras, empresa de capital aberto com ações comercializadas em bolsas internacionais, demonstra como a atuação irresponsável do acionista majoritário pode prejudicar a credibilidade e os resultados da companhia”, completa o consultor. Quem tem mais dificuldade para aplicar os princípios da governança corporativa são as empresas familiares. “Isto se deve a questões culturais. Há uma crença entre os principais acionistas ou fundadores de que eles podem tudo, transformando a empresa numa espécie de parque de diversão particular”, afirma Dienstmann. Nas firmas familiares, “a separação entre propriedade e controle administrativo pode ser problemática”, aponta Alday. “Problemas podem surgir quando um executivo toma decisões que resultam na perseguição de metas que conflitem com as dos controladores”, resume. “Os erros e as dificuldades em relação à implantação das boas práticas da governança corporativa estão relacionados a superar a ‘síndrome de dono’, isto se consolida na dificuldade dos acionistas em prestar contas de forma transparente para os demais públicos de interesse da organização, inclusive seus funcionários”, completa Dienstmann. As mudanças nas relações entre as corporações e a sociedade, com a consequente revisão dos objetivos corporativos, têm ampliado o escopo da boa governança. Concepções de conteúdo mais amplo, não apenas derivadas de pressões de ativistas, mas também das diferenças culturais e institucionais entre os países, têm levado a pelo menos quatro abordagens, segundo o professor Alday, derivadas da abrangência dos interesses geridos. Os mais sintonizados com os processos e os objetivos de alta gestão que se observam nas corporações podem ser resumidos em quatro grupos, que olham 54
a governança de formas diferentes: como guardiã de direito, sistema de relações, estrutura de poder, e sistema normativo. “No caso das empresas familiares, a situação não é muito diferente”, diz Alday. Segundo os especialistas, não se tem como medir diretamente a influência da governança corporativa no resultado financeiro e no crescimento de uma empresa, contudo, uma organização bem gerida, com transparência em seus atos e com imagem positiva junto aos públicos interno e externo, tem maior capacidade de gerar lucro do que uma companhia que não segue boas atitudes de gestão. “Observadas as práticas da governança corporativa, os resultados financeiros tendem a ser muito mais reais do que os das empresas que não possuem seus balanços patrimoniais auditados por empresas independentes”, explica Dienstmann.
Ramo específico O setor farmacêutico tem incorporado cada vez mais os conceitos de governança corporativa, principalmente o ramo industrial. A maioria dos grandes laboratórios já utiliza as boas práticas da governança corporativa, porque ou são empresas transnacionais ou têm ação em bolsa de valores – uma exigência do mercado de capitais é ter o sistema. Segundo Alday, um dos exemplos bem-sucedidos da adoção do sistema é da Roche do Brasil. A empresa mantém estruturas de governança distintas para as divisões Farmacêutica e Diagnóstica, de acordo com a organização jurídica de seus negócios. A unidade Farmacêutica é uma sociedade anônima de capital fechado e não possui ações negociadas no mercado de capitais; já a divisão Diagnóstica opera como empresa limitada. “Nas duas unidades, os respectivos diretores atuam com grande autonomia no processo de tomada de decisão, sempre alinhados às diretrizes estratégicas estabelecidas pela matriz, sediada na cidade de Basileia, na Suíça”, diz Alday. “O varejo farmacêutico também vem assimilando o conceito e o aplicando em suas empresas”, afirma de Luca, do IBGC. “Grandes redes já possuem governança corporativa há algum tempo e as que ainda não têm estão adotando o conceito, pois mesmo que não pretendam abrir seu capital, o fato de ter um sistema de gestão mais transparente facilita o acesso a financiamentos e negociações com outras empresas.” O sistema não precisa ser
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Fique por dentro • Os papéis são claramente definidos na governança corporativa e os mecanismos de gestão se sofisticam. Os sócios assumem o conselho de administração, vão pensar as estratégias de longo prazo da companhia, enquanto a diretoria faz a gestão do negócio. • Para iniciar o processo, o primeiro passo é a incorporação e aceitação da ideia de se afastar do dia a dia da empresa por parte dos sócios ou proprietários. Em seguida, a empresa pode contratar consultores ou empresas especializadas em implantar a governança corporativa. • Cada caso é único e depende das condições da empresa, mas, em média, o processo de implantação da governança corporativa leva dois anos. • Os custos não são elevados, mas também não é barato implantar o sistema. A empresa deve ver isso como investimento e não como diminuição do lucro. • Devem-se definir bem os diferentes níveis de poder na organização para o processo dar certo: assembleia geral, conselho de administracão e diretoria executiva, principalmente, junto com o conselho fiscal, o comitê de auditoria e auditoria independente. Fontes: sócio da AAD Consultores, Adriano Arthur Dienstmann; professor e diretor de cursos do Programa de Administração de Varejo/Fundação Instituto de Administração (Provar-FIA), Carlos Eduardo Furlanetti; professor e coordenador do Curso de Administração da Faculdade de Engenharia de São Paulo (Fesp-SP), Hernan E. Contreras Alday; e coordenador da Comissão de Governança em Saúde do IBGC, Luiz de Luca
exclusivo de grandes companhias, lembram os especialistas. “Mesmo as empresas menores podem adotar os princípios da governança corporativa, pois mostram ao mercado que a firma possui um sistema de controle que tende a ser mais responsável pelo que faz. As transações com fornecedor, por exemplo, são facilitadas, pois ele se sente mais seguro nas operações. Para o consumidor também é melhor, pois ele enxerga uma empresa mais bem estruturada e que não vai decepcioná-lo”, observa de Luca. “Tudo que melhore a gestão e amplie a transparência agrada ao mercado, aos fornecedores e clientes, pois diminui o risco da organização, aumentando sua credibilidade”, adiciona Furlanetti. “Com isso, a empresa consegue taxas mais baixas de financiamento, prazos maiores de pagamento com fornecedores, renova a intenção de investidores”, completa o professor. 56
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Inteligência estratégica É FUNDAMENTAL SUPRIR OS GESTORES COM INFORMAÇÕES RELEVANTES QUE PODEM COLOCAR A EMPRESA EM UMA SITUAÇÃO VANTAJOSA FRENTE A SEUS CONCORRENTES
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POR EGLE LEONARDI
A Inteligência de Mercado (IM) é exercida nas empresas de qualquer porte, ainda que de forma artesanal. Um exemplo são os relatórios de campo preenchidos por representantes nas suas visitas aos médicos, ou as reuniões com as equipes de venda, em que se tratam sempre das ações dos concorrentes quanto à precificação ou à promoção de produtos. A questão é que esses dados estão sempre perdidos ou não estruturados e, quando existem formalmente, ficam isolados em cada área, sem que haja uma base comum e alguém responsável por gerar relatórios inteligentes que apresentem esses dados e informações trabalhadas para auxiliar o processo decisório, seja dos vendedores, seja dos representantes ou dos gestores.
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De acordo com a doutora em Economia de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Dra. Luciana Florêncio de Almeida, a Inteligência de Mercado é o processo sistemático de captura, armazenamento e análise de dados primários e secundários sobre o mercado e a concorrência, com objetivo principal de desenhar um mapa de oportunidades e ameaças, e alimentar o processo de planejamento estratégico e a tomada de decisão gerencial. “A inteligência está em realizar uma curadoria consistente e assertiva dos dados e informações que são relevantes para construir uma vantagem competitiva sustentável no mercado em que se está inserido”, explica ela. ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK
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FINALIDADE DA IM A Inteligência de Mercado (IM) serve a diversos propósitos, sendo o principal, suprir os gestores da empresa de informações relevantes que podem colocar a empresa em uma situação vantajosa frente a seus concorrentes, além de minimizar a incerteza sobre acontecimentos futuros. Assim, utiliza-se a IM para: 1. Analisar os ambientes externos à empresa e extrair oportunidades e ameaças, a fim de prepará-la para os desafios ou ainda identificar tendências de consumo. Exemplos de ambientes são: ambiente tecnológico, ambiente sociocultural, ambiente econômico, ambiente internacional, ambiente legal, etc. 2. Analisar a indústria em que se está inserido, avaliando as forças competitivas que atuam sobre as empresas, como fornecedores, barreiras à entrada, rivalidade, etc. 3. Analisar a concorrência sob todos os aspectos, identificando possíveis lacunas do mercado, ou ainda benchmarkings que podem servir à companhia para aperfeiçoar seus processos internos. 4. Conhecer mais profundamente o cliente potencial e o atual, seja por meio de pesquisas de mercado ou por meio da utilização de ferramentas de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português). 5. Conhecer as práticas internas, identificando as forças e competências da empresa que podem ser geradoras de vantagem competitiva, bem como as fraquezas, que devem ser minimizadas ou eliminadas. Fonte: doutora em Economia de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Dra. Luciana Florêncio de Almeida
A ferramenta serve a diversos propósitos, sendo o principal, suprir os gestores da empresa de informações relevantes que podem colocá-la em uma situação vantajosa frente a seus concorrentes, além de minimizar a incerteza sobre acontecimentos futuros. É utilizada, basicamente, para analisar os ambientes externos à empresa e extrair oportunidades e ameaças, a fim de prepará-la para os desafios ou ainda identificar tendências de consumo. No caso da indústria, a ferramenta avalia as forças competitivas que atuam sobre as empresas. Em posse dos dados, também é possível avaliar a concorrência sob todos os aspectos, identificando possíveis gaps ou lacunas do mercado, ou ainda benchmarkings que podem servir para aperfeiçoar seus processos internos. “A Inteligência de Mercado ajuda a conhecer mais profundamente o cliente potencial e o atual da empresa, seja por meio de pesquisas de mercado ou ainda pela utilização de ferramentas de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português)”, lembra a especialista. Ela acrescenta que os dados ajudam também a conhecer as práticas internas, identificando as forças e competências da companhia, os quais podem ser gerados de vantagem competitiva, bem como as fraquezas que devem ser minimizadas ou eliminadas.
NA PRÁTICA Uma forma simples de se iniciar um projeto de IM é construir o que se chama de Sistema Gerencial de Informação, 60
que basicamente deve ser composto por quatro elementos: Pesquisa de mercado, Análise do ambiente externo, Análise do ambiente interno e Inteligência de marketing. “Essa última consiste nas diversas formas com as quais a empresa pode capturar informações relevantes de mercado, utilizando seus mais diversos stakeholders, começando pelos próprios funcionários (como a equipe de vendas), passando pelos fornecedores. Trata-se de promover a coleta de informação que não aparece nos relatórios, mas pode ser obtida, por exemplo, em um café da manhã com médicos de uma determinada especialização”, explica a Dra. Luciana. As fontes do projeto de IM podem ser múltiplas, e esta é a complexidade que se impõe: como reunir e gerenciar todas as informações vindas de fontes tão diversas. Exemplo de fontes: serviço de atendimento ao cliente, relatórios de institutos de pesquisa comprados ou públicos, rede sociais, equipe de vendas, pesquisas realizadas pela empresa, CRM, etc. “Há outro aspecto que vale ressaltar, que a estratégia de marca de uma empresa é sempre um trabalho de longo prazo e que não é facilmente medido em situações factuais, como o desempenho de vendas. Mas é possível estabelecer algumas correlações, como o impacto de uma nova campanha sobre o volume de vendas pós-campanha e comparar com os dados de vendas anteriores à campanha”, acrescenta ela.
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Um problema de todos Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico. Em tempos de crise energética e de água, economizar estes recursos é função de todos, inclusive das empresas
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Por Vivian Lourenço
Se algumas poucas horas sem água ou energia elétrica já são capazes de estressar qualquer um e trazer os mais diversos prejuízos, imagine ficar o dia todo, ou a semana toda, até um mês sofrendo constantemente com a falta destes recursos essenciais. Nos últimos anos, o alerta para a escassez desses recursos tem sido constante. Com o crescimento populacional mundial, não é somente o Brasil que enfrenta a crise hídrica; diversos países já estão em busca de alternativas para não ficar sem esse bem tão precioso. O relatório Gestão da Água sob Risco e Incerteza, publicado pela Organização das Nações Uni-
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das (ONU), em 2012, diz que a água é um recurso natural crítico, do qual dependem todas as atividades econômicas e ecossistemas. Sua gestão requer arranjos de governança apropriados que permitam tirar a discussão das margens do governo e levá-la para o centro da sociedade. A preocupação se reflete no Brasil. A Agência Nacional da Água (ANA) publicou, em 2013, o seu relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, que mostrou que, entre 2006 e 2010, houve o aumento de cerca de 30% na retirada de água do País. E o Brasil é o líder de reserva de água no mundo. No planeta, há apenas 3% de reservas hídricas. Desse total, somos detentores de 13% das reservas de água doce. Segundo fotos: shutterstock/divulgação Ilustrações: Shutterstock
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os ambientalistas, foi essa abundância, além da dimensão continental do País, que deram a falsa impressão de que a água seria um recurso inesgotável por aqui. A elevada taxa de desperdício de água no Brasil, 70%, comprova essa despreocupação. Além disso, estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1.700 m³ de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela ONU. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050, um total de 4,8 bilhões de pessoas estará em situação de estresse hídrico. E a falta de água caminha de mãos dadas com a de energia elétrica. Sem eletricidade, não temos água. Sem água, não temos energia. Historicamente, o Brasil optou pela construção de usinas hidrelétricas como forma de obtenção de energia, aproveitando a grande quantidade de rios. Em 2013, por exemplo, 70% de toda eletricidade gerada no País veio de hidrelétricas.
Economia inevitável Várias campanhas têm sido realizadas no sentido de mostrar a importância de se reduzir o consumo de água e energia. Principalmente pelas empresas. E a redução, além de ajudar na preservação do planeta, também gera economia para o empresário, que enfrenta uma situação econômica complicada neste ano. De acordo com o presidente do Programa de Administração de Varejo/Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Provar/Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo, estamos enfrentando uma economia com inflação de 8%, que já está sendo repassada ao consumidor. “As condições para o comércio são evidentes e impactam até em áreas que possuem bons resultados, como os produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC).” O impacto do aumento das tarifas de água e energia é apenas mais um dos problemas que o varejista está enfrentando. “Este ano é um ano de ajustes, com o declínio das vendas. A redução vai ser inevitável”, alerta Felisoni de Angelo. Um exemplo da preocupação das indústrias com a escassez de água e energia vem da Medley Indústria Farmacêutica, uma empresa Sanofi. Eles estão adotando uma série de medidas para reaproveitar e estimular o uso racional da água. A meta da empresa é de, até 2020, diminuir em 25% o consumo de água em relação a 2010. Esse índice está bem próximo de ser atingido, pois, de 2010 a 2014, a empresa diminuiu em 22,2% o consumo de água.
“A preocupação com o uso racional da água é antiga na Medley. Estamos trabalhando intensamente para reduzir nossos gastos e tornar, a cada dia, mais sustentável o nosso processo de fabricação, sem afetar a qualidade dos nossos produtos”, adianta o diretor-geral do laboratório, Wilson Borges. Em 2010, a Medley consumia um pouco mais de 79.355 m3. A empresa fechou o ano de 2014 com 53.406 m³. Somente ao longo de 2014, uma série de ações reduziu em 14% o total de água consumido pela empresa. Na unidade de Campinas, a água imprópria para o consumo (rejeitada no processo de tratamento de osmose reversa) é reutilizada nos vasos sanitários, na limpeza das áreas externas e na irrigação do jardim. Assim, a economia chega a 600 mil litros/mês. Até a água que seria descartada pelo sistema de ar-condicionado está sendo captada e reaproveitada, gerando uma economia de 30 mil litros/mês.
Combate à crise e educação aos funcionários Visando driblar a crise energética e hídrica, além de reduzir os gastos, as farmácias e drogarias têm adotado medidas de economia, principalmente de energia. Um dos exemplos é o da Rede FarmaFort Santana de Sorocaba (SP). De acordo com o farmacêutico e administrador de empresas, diretor da empresa, conselheiro da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e consultor no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec), Rogério Lopes Junior, o consumo de água do estabeleci-
A Rede FarmaFort Santana de Sorocaba (SP) aposta em conversas esclarecedoras com os integrantes da equipe
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Dicas de economia ajudam a reduzir até 15% do consumo mensal O uso de equipamentos elétricos, como computadores, impressoras, telefones, televisores, elevadores, entre outros, contribui significativamente no consumo de energia em empresas e pequenos comércios. Por isso, a AES Eletropaulo reuniu algumas dicas que podem ajudar a reduzir em até 15% o consumo mensal de energia. Confira: Decoração
• Dê preferência às cores claras para paredes e tetos porque refletem melhor a luminosidade; • Use lâmpadas fluorescentes ou de LEDs (Diodo Emissor de Luz, em português) que consomem 80% menos energia em relação às lâmpadas convencionais; • Instale sensores de presença em corredores e áreas de menor circulação.
Ar-condicionado
• Mantenha portas e janelas fechadas enquanto estiver utilizando o ar-condicionado; • Outra dica é fazer a limpeza/manutenção periódica nos filtros do ar para evitar sobrecargas no equipamento.
Elevadores
• Utilize as escadas para subir um andar ou descer dois. Isso faz com que os colaboradores pratiquem mais exercícios e economizem energia com a utilização do elevador. Outra dica é chamar apenas um elevador por vez.
Torneiras
• Dê preferência às torneiras automáticas. Além de economizar água, reduzem o consumo da bomba elétrica.
Equipamentos eletrônicos
• Utilize aparelhos de baixo consumo energético. Na hora da compra, verifique se o equipamento possui etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia/ Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Inmetro/Procel) (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de eletrônicos importados); • Não deixe aparelhos na tomada em stand by. Conecte o equipamento na tomada apenas quando for utilizar. A função stand by utiliza de 0,1 a 18 W de potência, dependendo do equipamento e da idade; • Desligue o computador caso for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo, e o monitor, a partir de 15 minutos; • Utilize aparelhos de LCD (em inglês, Liquid Crystal Display) ou LED que são mais econômicos.
mento é muito baixo, porém, ele tem reuniões mensais com a equipe, para conversar sobre a importância da utilização racional, não somente na farmácia, mas também nas residências dos colaboradores. 64
“Com relação à energia, passamos para eles a importância do uso racional e mostramos o quanto foi alterado o valor nos últimos 12 meses (aqui cerca de 60%), e criamos uma escala de utilização no ar-condicionado (alter-
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fique de olho nas taxas Para saber o consumo mensal de qualquer equipamento, deve-se identificar a potência do equipamento em W (Watts) – valor está disponível nas embalagens dos produtos – multiplicar o valor pela quantidade de horas em que o equipamento fica ligado durante um mês, e depois dividir o número obtido por mil. Assim terá o consumo em kWh/mês.
Consumo = (Potência em Watts x Tempo em horas no mês)/1.000
Consumo = kWh/mês
Impressora Impressora média 50 W = 6 kWh/mês (30 dias por 4h)
Ar-Condicionado Aparelho de janela de 9 mil a 14 mil BTUs = 180 kWh/mês (30 dias por 8h) Aparelho tipo Split de 15 mil a 20 mil BTUs = 293 kWh/mês (30 dias por 8h)
Iluminação Lâmpada Fluorescente Compacta de 23 W = 5,5 kWh/mês (30 dias por 8h) Luminária Fluorescente Tubular 2 X 40 W = 22,5 kWh/mês (30 dias por 8 h)
Computador Computador + monitor LCD (em inglês, Liquid Crystal Display) (150 W) = 36 kWh/mês (30 dias por 8h)
nando com o modo “ventilador”) e iniciando a utilização uma hora mais tarde e, nessa hora, deixamos abertas janelas menores e portas”, explica o diretor. O estabelecimento, gasta, mensalmente, 4.200 kW de energia e 8 m³ de água. Para chegar a esses números, a farmácia fez campanhas junto aos colaboradores no sentido de fazer o uso racional dos equipamentos. “A maior contribuição vem do uso do ar condicionado e da iluminação. Na nossa cidade, a cobrança de taxa mínima de água é a partir de 10 m³, gastamos apenas 8 m³”. Os dois banheiros, com sanitários e pias, mais a pia na sala de aplicação de injetáveis, além da limpeza diária nas áreas de atendimento e vendas são os responsáveis pelo consumo de água. “Desde o ano passado, abolimos a 66
Refrigerador Média de consumo de 25 a 50 kWh/mês (30 dias) com selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) de Eficiência Energética
lavagem externa da farmácia que era feita toda semana e, agora, realizamos a varredura da área externa.” Os colaboradores recebem orientações para não fazer desperdício. Por exemplo, no local, os “lixos”, com plástico, papelão, latas e vidros, são armazenados e retirados por uma pessoa, que os utiliza para reciclar. E a economia já pode ser sentida pela empresa. “O consumo de água caiu pela metade, após a tomada de decisão de não mais ‘lavar’ a área externa. Em relação à energia, como tivemos longo período de altas temperaturas, a redução foi na ordem de 10% após fazer um escalonamento no uso do ar condicionado (são dois equipamentos de 60 mil BTUs) e substituir algumas lâmpadas consideradas mais econômicas.”
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O presidente da Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós, investiu R$ 7 milhões para o consumo da energia gerada pelo condomínio solar
Investindo na economia Pensando na redução do consumo na loja, as Farmácias Pague Menos firmaram um contrato com a empresa da multinacional de energia Enel, a Prátil, para a utilização de todos os lotes disponíveis na fase inicial do primeiro condomínio solar do Brasil. A energia gerada pelo empreendimento será utilizada para atender a 40 lojas da rede no estado do Ceará até dezembro deste ano. Nessa primeira etapa, foram investidos R$ 7 milhões e o contrato prevê a utilização de 1.750 MegaWatts/hora (MWh) por ano. A energia gerada pelo condomínio solar será injetada na rede da Companhia Energética do Ceará (Coelce), que por sua vez fará a compensação de kWh na conta de energia das lojas das Farmácias Pague Menos, resultando em uma economia de 8% por mês. “A iniciativa não apenas vai ao encontro do nosso compromisso com práticas sustentáveis, mas também contempla um dos tripés das Farmácias Pague Menos, que é o da inovação”, afirma o presidente da Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós. A intenção da rede é ampliar esse acordo para as próximas etapas do projeto tão logo estejam disponíveis. “Hoje, demos somente o passo inicial. Nossa ideia é expandir essa ação para atender a todas as lojas e aos três Centros de Distribuição (CDs)”, informa o presidente. Além disso, o gerente de manutenção das Farmácias Pague Menos, Paulo Carvalho, explicou que a rede está com a implantação, em todas as filias, mais de 750 em todo Brasil, do projeto de iluminação com lâmpadas de LED (Diodo Emissor de Luz, em português). A expectativa é de uma economia de 30%, tanto no consumo, quanto em manutenção (durabilidade do produto). No Centro de Distribuição de Hidrolândia (GO), além de lâmpadas de LED, há o reuso de água para aparelhos sanitários e jardins. 68
Várias campanhas têm sido realizadas no sentido de mostrar a importância de se reduzir o consumo de água e energia. Principalmente pelas empresas. E a redução, além de ajudar na preservação do planeta, também gera economia para o empresário, que enfrenta uma situação econômica complicada neste ano A ideia surgiu da comunhão de iniciativas. Quanto à energia solar, depois de várias reuniões com a Enel, o presidente da rede começou a pesquisar sobre empresas que usavam energia solar e descobriu que grandes redes do varejo mundial, como Walmart e Walgreens, a utilizavam. A informação foi ponto decisivo para fazer a parceria. “Já a troca das lâmpadas comuns pelas de LED, aconteceu quando três diferentes fornecedores procuraram as Farmácias Pague Menos para apresentar o novo tipo de iluminação. Foi feito um teste no CD e em uma loja em Fortaleza e o resultado foi positivo. Agora, o sistema está em expansão para todas as filiais do País”, salientou Carvalho.
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Otimismo em tempos de crise
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Em um momento de fraco crescimento econômico, o poder de compra dos consumidores tende a cair e prejudicar o segmento de bens de consumo
Valéria Carinhato Diretora para o segmento de Life Scienses da Fesa, consultoria de busca e seleção de altos executivos 70
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Mesmo com o encolhimento da atividade econômica, o ano de 2015 será de crescimento para o mercado de saúde. Independentemente do cenário que este ano apresentará, o setor estará no Top 5 dos segmentos que mais crescerão na economia brasileira, segundo conversas com os principais executivos do mercado. Em um momento de fraco crescimento econômico e com a alta da inflação, uma das primeiras coisas que se comprometem é o poder de compra dos consumidores, atingindo de imediato o segmento de bens de consumo. Assim, as pessoas deixam de comprar o que parece supérfluo, como produtos de higiene e beleza, cosméticos e roupas, porém, não deixarão jamais de comprar medicamentos. Frente a este cenário, pode-se esperar para 2015 um crescimento da indústria farmacêutica na casa de dois dígitos. Para isso, muitos laboratórios estão trazendo lançamentos de novas moléculas, além do desenvolvimento de drogas de alto custo com foco em tratamentos de doenças específicas, bem como novas vacinas. Adicionalmente a esse movimento farma, os setores de medical devices, produtos odontológicos e equipamentos médico-hospitalares também têm se
mostrado um importante pilar da economia nacional para 2015, uma vez que o Brasil ainda é um país que carece de inovação nos sistemas de saúde. As empresas do setor estão atravessando um período de consolidação global, seguindo uma ampliação da presença nos mercados emergentes, o que vem refletindo diretamente na indústria brasileira. Um movimento de aquisições e instalação de plantas produtivas vem sendo observado no mercado interno, o que amplia a importância do Brasil nas estratégias globais dessas companhias e crescimento altamente significativo. Nesse sentido, os executivos que atuam na área de saúde vivem um bom momento profissional e com oportunidades desafiadoras em vista. Temos acompanhado importantes movimentações em posições de liderança e, mesmo em um ano incerto para a economia, muitos dos profissionais ouvidos pela Fesa demonstraram motivação para assumir o risco de mudar de empresa em 2015. Apesar de muitos empregadores não pretenderem investir em contratações devido à incerteza política e econômica que vivemos, devemos ter um ano fortemente marcado por substituição de profissionais e reposição de importantes posições mais altas. foto: divulgação
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Patrimônio protegido A contratação de um seguro empresarial garante proteção contra os riscos previstos na apólice e o segmento de farmácias e drogarias vem apostando nesse recurso como forma de prevenção Por Adriana Bruno
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O mercado de seguros empresariais está em evolução no Brasil, principalmente quando o foco são pequenas e médias empresas. Os riscos inerentes a cada segmento de varejo têm levado muitos empresários a consultar e contratar seguros empresariais. “O seguro é uma ferramenta muito prática e versátil para atender à boa parte dos riscos a que estão expostos os bens materiais das empresas, de baixo custo e, portanto, viável para trazer necessária tranquilidade ao empresário. O mercado de seguros disponibiliza dois importantes produtos para atender ao segmento empresarial brasileiro que são: Seguro Compreensivo Empresarial destinado a amparar micro, pequenas e médias empresas e Seguro de Risco Operacional/Risco Nomeado com foco em grandes empresas”, diz o diretor da Global Gold Corretora de Seguros e responsável pela
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área de Seguros Patrimoniais do site Tudo Sobre Seguros, Adelson A. Cunha. Nos últimos cinco anos, o ramo cresceu 62,9%, ou seja, média de 12,5% ao ano. A informação é do gerente de ramos elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros. “Cada vez mais empresas se conscientizam da importância do seguro empresarial para o funcionamento e até sobrevivência de suas operações. Entretanto, estudos recentes indicam que cerca de 83% das pequenas e médias empresas ainda não contam com seguro e ainda existe uma grande parte a ser explorada”, conta Medeiros. A maior profissionalização e qualificação, tanto do negócio como dos empresários, e o crescimento no número de pequenas e médias empresas no Brasil também vêm estimulando a procura pela contratação de seguros empresariais. Segundo a superintendente executiva de ramos elementares da SulAmérica, Erika Medici, hoje temos, fotos: shutterstock
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segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 8,9 milhões de empresas, sendo que a taxa de sobrevivência delas é de 76%, bem mais elevada quando comparado ao índice de 50% registrado pelo Sebrae há 10 anos. “Quando falamos do segmento de farmácias e drogarias, notamos, em 2014, um aumento de 52% no número de cotações. Um percentual considerável em relação ao mesmo período do ano anterior, o que demonstra o interesse desses estabelecimentos comerciais por uma maior proteção patrimonial, com destaque para o aumento da procura por garantias relacionadas a roubo e furto. Observamos ainda, um crescimento significativo em número de itens e em prêmios”, conta Erika. A SulAmérica lançou, no ano passado, um seguro específico para farmácias e drogarias que conta, entre outros, com proteção contra a deterioração de mercadorias armazenadas em ambiente frigorificado, roubos ou furtos de mercadorias e objetos, quebra de vidros, mármores e granitos (incluindo balcões e vitrines) e ainda, responsabilidade civil do profissional farmacêutico, que assegura o estabelecimento no caso de danos causados a terceiros durante o exercício das atividades do profissional, por exemplo, em caso de erro na interpretação de uma receita médica. “O setor farmacêutico vem apresentando crescimento contínuo nos últimos anos, cujos pontos de vendas estão cada vez mais modernos, com ampliação dos produtos expostos, e voltados a um consumidor com maior poder aquisitivo e uma expectativa de vida cada vez mais elevada”, diz Erika.
Por que contratar? Seja para uma pessoa física ou empresa, a decisão de contratar um seguro se dá pela necessidade de reparação em caso de perdas ou danos ao bem ou negócio e esta é exatamente a função essencial de um seguro. “À medida que cumpre esse papel, o seguro colabora com os segurados para perenidade do seu negócio, permitindo que, mesmo atingido por um infortúnio imprevisto, possa ter os seus bens repostos e dar continuidade aos negócios, preservando empregos e cumprindo o seu papel dentro da sociedade”, diz Cunha. As coberturas desse produto visam abranger diferentes tipos de eventos que podem interromper ou até 74
Ao contratar um seguro, o empresário deve verificar: • Se as importâncias seguradas estão adequadas ao valor do risco proposto. • Se as garantias adquiridas atendem a suas necessidades de proteção. • Quais as condições gerais do produto: o que garante e o que não garante. • E solicitar ao corretor todas as opções de produtos existentes no mercado para o seu modelo de negócio, inclusive a seguradora com melhores condições para assumir o risco. Fonte: diretor da Global Gold Corretora de Seguros e responsável pela área de Seguros Patrimoniais do site Tudo Sobre Seguros, Adelson A. Cunha
Ao buscar uma seguradora, é preciso: • Contratar um corretor de seguros. • Ter em mente quais coberturas adicionais estão mais alinhadas com as necessidades do negócio. • Conhecer a reputação e credibilidade da empresa. Fontes: gerente de ramos elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros e a superintendente executiva de ramos elementares da SulAmérica, Erika Medici
mesmo encerrar as atividades da empresa. “Ele garante desde roubo de medicamentos, no caso de farmácias, até incêndios que podem consumir o prédio, o maquinário e as mercadorias. Eventos desse porte podem abalar financeiramente esse segmento, inclusive ocasionando o fechamento de empresas menores que não contam com uma grande reserva para recompor essas perdas”, comenta Medeiros. Segundo Cunha, os seguros disponíveis para as empresas são anuais e de prêmio fixo, com várias opções de parcelamento, objetivando adequar o fluxo de pagamento às necessidades de cada empresa. “Quando contrata uma apólice, você oferece à seguradora um
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Cada vez mais empresas se conscientizam da importância do seguro empresarial para o funcionamento e até sobrevivência de suas operações. Entretanto, estudos recentes indicam que cerca de 83% das pequenas e médias empresas ainda não contam com seguro rol de informações acerca do negócio. É com base nesses dados que é definida a aceitação do risco proposto. Assim, durante toda a vigência do seguro, havendo qualquer alteração nas condições do risco, a seguradora deve ser avisada para permitir a reavaliação da aceitação e eventualmente da precificação da apólice”, explica Cunha. 76
E por falar em preço, segundo Cunha, o seguro é calculado levando-se em conta as coberturas contratadas, o valor segurado de cada uma delas, o local onde se localiza o estabelecimento e o tipo de construção do imóvel. “O valor do prêmio é fruto de uma taxa que representa essas variáveis e aplicada a cada garantia adquirida. O custo representa muito pouco em relação ao valor em risco”, explica. Comparado com outras modalidades de seguro, o produto empresarial é relativamente baixo. “O preço médio para uma farmácia de médio porte fica em torno de R$ 1.200,00 ao ano”, diz Medeiros. De uma forma geral, os seguros compreensivos empresariais são do tipo multirriscos, ou seja, em uma mesma apólice, é possível comprar cobertura de incêndio, queda de raio e explosão, única obrigatória, e inúmeras outras que venham a atender à necessidade de proteção para cada tipo de estabelecimento. “Assim, é possível agregar ao seguro outras opções de coberturas, tais como danos elétricos, roubo de bens e mercadorias, arrastão em estabelecimento comercial, vendaval, furacão, tornado, granizo, lucros cessantes, responsabilidade civil, alagamento e inundação, quebra de vidros, instalação em novo local e muito mais”, diz Cunha.
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Aprenda a reter seus talentos Muitas vezes, os pequenos varejos não têm como garantir voos altos aos seus colaboradores e eles acabam deixando o projeto por falta de perspectiva de crescimento profissional Por Egle Leonardi
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É muito comum que um profissional que deseja ascensão relacione seu sucesso à atuação em grandes organizações. Isso acontece com frequência, especialmente quando o colaborador é de uma pequena ou média empresa, em que há falta de mobilidade interna e de perspectiva de crescimento. Isso frustra funcionários, compromete a produtividade e, com frequência, faz o varejo perder seus melhores quadros.
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O fato é que a maioria dos negócios de varejo farmacêutico não tem como criar inúmeros níveis hierárquicos. Primeiro porque, nesse caso, nem há tantos cargos verticais e, depois, o excesso de níveis hierárquicos poderia onerar a folha de pagamento e inviabilizar o negócio. Os especialistas defendem que há saídas para a questão, sobretudo se for levado em conta o que o profissional espera de uma empresa. As pequenas e médias fotos: shutterstock
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também podem contribuir para o crescimento tanto técnico como em termos de habilidades e competências. No entanto, é preciso avaliar se o cenário em que a empresa está inserida tem potencial de ascensão, se o momento do segmento do negócio é favorável e se a companhia investe em inovações para se sobressair perante a concorrência. O panorama mais comum é ver os pequenos e médios varejos atuarem com equipes reduzidas para manter o negócio. Consequentemente, cada membro acaba acumulando mais de uma função. A situação é favorável para entender o negócio como um todo e, com isso, aprimorar conhecimentos técnicos e competências, como flexibilidade, versatilidade e trabalho em equipe. Como os pequenos negócios são menos hierarquizados e a burocracia é menos acentuada do que nas grandes empresas, o profissional também tem mais liberdade para realizar o seu trabalho e fazer com que suas ideias sejam aceitas com mais facilidade. De acordo com o senior consultant da divisão Healthcare & Life Sciences da Michael Page, Daniel Greca, no caso do varejo farmacêutico, entre as pequenas empresas, sempre há aquelas que serão celeiros e formadoras de mão de obra. Trata-se de algo natural e importante se for avaliada toda a cadeia: “a leitura correta do cenário em que o empregado trabalha pode fazer a diferença, ou seja, ele deve avaliar de que forma pode agregar para a companhia, pensando no que está fora do descritivo de cargos. Isso seria um diferencial”. Normalmente, em empresas menores, há espaço para acúmulo dessas tarefas. Quanto mais o profissional se desenvolve nessa fase – entendendo como todo o negócio funciona –, mais fácil será sua mobilidade para empresas maiores, caso esta seja sua intenção. É fato que muitos profissionais se demitem de empresas pequenas para trabalhar em companhias maiores, ganhando o mesmo salário ou, às vezes, até um pouco menos. “Claramente o mercado tem provado que remuneração não é a principal variável que o profissional avalia quando está em transição de carreira. Embora ela tenha seu peso, podemos afirmar que, em 80% dos casos de entrevistas realizadas com candidatos nessas situações, a necessidade de mudança vem motivada por problemas de gestão com o superior direto ou está relacionada a chances de carreira no curto e médio prazos”, destaca Greca.
Diminua o desejo de o talento mudar de empresa • Tenha um plano de carreira; • Estimule competências; • Proporcione qualificação; • Valorize as iniciativas dos colaboradores; • Permita a participação em decisões estratégicas; • Avalie processos e ofereça mais oportunidades aos funcionários; • Privilegie novas ideias; • Ofereça participação nos lucros e plano de benefícios mais atraente, sempre que possível.
Ele diz que as pessoas que atuam em companhias menores optam por fazer a migração porque, na maioria das vezes, apenas as maiores conseguem oferecer modelos de gestão bem definidos e oportunidades de carreiras mais claras.
Perspectiva de crescimento Infelizmente, a falta de perspectiva de crescimento em uma empresa é um dos principais motivos para a perda de talentos. “Isso ainda fica mais evidente nas gerações mais recentes que são mais ansiosas no que diz respeito à carreira progressiva”, fala Greca. A oxigenação de um profissional dentro da mesma organização é fundamental para que ele se mantenha engajado. Novos desafios, projetos, regras claras e bem definidas são cruciais para que isso aconteça. Nesses casos, e pensando em uma estrutura com administração familiar, a implantação de governança corporativa colabora não só para toda parte sucessória e societária, mas também descentraliza a tomada de decisão do acionista. Greca diz que, automaticamente, essas ações tornam a empresa familiar mais corporativa, gerando oportunidades internas. Não se trata de um processo simples e rápido. No entanto, a governança corporativa pode ser o grande diferencial para manter e atrair profissionais, garantindo a perpetuação do negócio. Para isso, é fundamental que a pequena corporação tenha um plano de carreira bem realista. Greca alerta 2015 maio guia da farmácia
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muitos profissionais se demitem de empresas pequenas para trabalhar em companhias maiores. Infelizmente, a falta de perspectiva de crescimento é um dos principais motivos que desenhar algo que foge do alcance da organização só vai gerar, no médio prazo, mais frustração para ambos os lados. Ainda que a profissionalização seja um caminho longo, ter claro o plano da empresa para os próximos anos (juntamente com regras e metas bem definidas) fornece, automaticamente, um norte para o profissional que nela trabalha. Fazer isso exige maturidade e conhecimento do mercado. Para o profissional, o fato de existir tal plano (e se ele estiver inserido no projeto) pode ser um grande diferencial para ele se manter engajado e dentro da organização. “Ainda pensando em ser realista, ambos os lados devem enxergar que as condições para oportunidades de carreira podem ser alteradas de acordo 80
com variáveis que, dependendo dos casos, estão fora do controle do empregado ou empregador”, alerta.
Transparência efetiva É fundamental deixar claro aos colaboradores quais são as oportunidades na empresa. Segundo Greca, uma vez que se tem criado e detalhado o plano de negócios para os próximos anos, deve-se, por meio dele, explicar a todos os profissionais da empresa onde cada um se encaixa e as metas coletivas e individuais que devem ser atingidas para garantir que o objetivo seja atendido. É importante nessa hora considerar todos os fatores externos, entendendo as oportunidades e ameaças de mercado, assim como toda a inteligência interna da organização, fazendo a leitura das fortalezas e fraquezas. Vale salientar que maturidade corporativa é essencial para que essa comunicação flua e ocorra com eficiência. “Uma das grandes barreiras das empresas de menor porte é buscar bons profissionais e descentralizar a tomada de decisão. Existe uma resistência muito grande dos fundadores, proprietários e das gerações seguintes que assumem responsabilidade em confiar e descentralizar a tomada de decisão”, delibera Greca. Ele afirma que, ao mesmo tempo, não se pode ignorar todo know-how que o acionista tem e é responsabilidade dele replicar o conhecimento para diretores, gerentes e gerações futuras da administração familiar. Todo esse plano deve ser elaborado com cautela, respeitando o tempo de mudança de cultura.
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Por força da lei Tribunal Superior do Trabalho começa a dar ganho de causa para farmacêuticos que reivindicam na Justiça o direito de receber adicional de insalubridade por aplicar injeções e trocar curativos
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Por Rodrigo Rodrigues
No último mês de janeiro, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu ganho de causa a um ex-auxiliar de farmácia que buscava na Justiça o direito de receber adicional de insalubridade pelos serviços de aplicação de injeções na drogaria onde trabalhava. Por unanimidade, o plenário da corte decidiu que o empregado tinha direito ao pagamento extra em virtude da natureza do trabalho que desenvolvia na empresa, abrindo mais uma vez o debate público sobre o pagamento desse benefício aos empregados do varejo farmacêutico.
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De acordo com o entendimento do ministro Caputo Bastos, relator do processo no TST, mesmo não sendo submetido durante todo o período de trabalho a agentes insalubres, o auxiliar estava de alguma maneira exposto a agentes nocivos e bactérias durante o contato esporádico que tinha com os pacientes, no momento de aplicação de medicação intravenosa. A nova decisão vem amparada por outra de outubro de 2013, em que o mesmo tribunal reconheceu o direito de um farmacêutico de Minas Gerais de receber o adicional de 20% no salário durante todo o período que se manteve na empresa de Belo Horizonte, trabalhando igualmente nas aplicações de injeções e curativos. foto: shutterstock
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Segundo especialistas da área, as duas decisões indicam que a Justiça não mais fará vistas grossas sobre a necessidade de pagamento da insalubridade para farmacêuticos e balconistas que trabalham com serviços de Atenção Farmacêutica, obrigando o mercado varejista como um todo a repensar as posturas que tiveram até aqui em relação ao tema. De acordo com o prestador de serviços jurídicos para o Sindicato dos Farmacêuticos de Santa Catarina (SindFar-SC), o advogado Victor Hugo Coelho Martins, especializado em Direito Trabalhista, cerca de 80% de todos os contratos de homologação que chegam à entidade mensalmente não contemplam o pagamento do benefício para os empregados. “Atentos aos direitos que têm, os trabalhadores estão indo cada vez mais em maior número à Justiça para tentar reaver o benefício que lhes é negado pelo empregador. Essas recentes decisões do TST abrem caminho para novas vitórias dos empregados nos tribunais, obrigando as empresas a se prevenirem em relação ao acúmulo de perdas. Isso pressupõe incorporar o ganho já na contratação do trabalhador, para evitar que uma decisão judicial imponha correções e juros por tempo de serviço que prejudiquem a saúde financeira da empresa”, avalia Coelho Martins. O advogado do SindFar-SC afirma que, há cinco anos, a entidade tenta incorporar o pagamento da insalubridade farmacêutica na convenção coletiva do setor, mas os representantes patronais que acatam a consideração ainda são uma minoria. “Diante do impasse, não nos resta outra coisa a não ser orientar o trabalhador a judicializar a questão e procurar registrar essa atividade diária em fotos, relató-
Sobre a base de cálculo da insalubridade, que ainda é uma dúvida entre os empresários, a lei permite a interpretação de que o benefício deve ser aplicado no salário mínimo, no salário-base da categoria e até no salário total 84
rios e protocolos de atendimento, na tentativa de ajudar a convencer a Justiça desse direito adquirido”, explica o jurista. Na visão do presidente da Associação de Farmacêuticos Proprietários de Farmácias do Brasil (AFPFB) e da rede Farma & Farma, Rinaldo Ferreira, o não pagamento da insalubridade acontece por uma interpretação errada dos varejistas em relação à prestação dos serviços de Atenção Farmacêutica. “Alguns proprietários de farmácia não pagam a insalubridade porque acreditam que ela supostamente onera a folha de pagamento. Mas nós sempre orientamos nossos associados a identificar um ou dois empregados para desempenhar essa função dentro da loja e, desta forma, estender esse benefício apenas àqueles que executam o trabalho. Outra tecla que a gente sempre toca é que os serviços de Atenção Farmacêutica precisam ser cobrados do cliente, mesmo que simbolicamente, para ajudar no pagamento desse adicional ao empregado e valorizar o atendimento que está sendo prestado”, analisa Ferreira.
Norma clara O adicional de insalubridade existe na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde a criação dela, em 1943. Antes disso, em 1936, já há registros de pagamento do benefício, que antes da CLT funcionava no País como um adicional para ajudar os trabalhadores a comprar comida e sustentar suas famílias. Nos dias de hoje, a Norma Regulamentadora 15 do Ministério do Trabalho prevê três categorias de pagamento da insalubridade, que vão de 10% a 40% de adicional para os trabalhadores enquadrados nas categorias insalubres de atividade, como médicos, enfermeiros e trabalhadores de hospitais, por exemplo, que estão todo o expediente expostos a pessoas doentes, além de a vírus e bactérias. As últimas duas decisões judiciais do TST que deram ganho de causa aos trabalhadores encaixam os farmacêuticos e trabalhadores de farmácia na categoria de média periculosidade, em que o empregador deve conceder 20% a mais de salário bruto ao empregado que desempenha as funções de contato com pacientes, troca de curativos e aplicação de injetáveis. A justificativa dos ministros do TST é de que “o contágio (do trabalhador) pode ocorrer num espaço
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Tudo que você precisa saber sobre insalubridade O que é insalubridade? Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é considerada atividade insalubre aquela em que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saúde acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Como é determinada a atividade insalubre? A Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, é que define o que é atividade insalubre, dividida em graus mínimo, médio e máximo. No caso dos farmacêuticos de hospitais ou do varejo farmacêutico que aplicam injetáveis e fazem curativos, para dar ganho de causa, a Justiça tem considerado o anexo 14 dessa norma no MTE, em que é definido como “os trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infectocontagiante em: hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados de saúde humana”. Qual a diferença de insalubridade e periculosidade? É considerada atividade perigosa aquela em que o trabalhador não está diretamente exposto a agentes
nocivos, mas corre risco de sofrer ferimentos ou de morrer. Nesse caso, o adicional é calculado sobre 30% do salário-base. Os adicionais de periculosidade e de insalubridade não são cumulativos: ou o trabalhador recebe um ou recebe outro. Como é calculado o adicional de insalubridade? O trabalhador que atua com atividade insalubre no grau mínimo recebe 10% de adicional de insalubridade. Quem atua com grau médio recebe o percentual de 20%. No grau máximo, o percentual é de 40%. Qual a base de cálculo para o benefício? A definição da base de cálculo é polêmica. Há diferentes decisões judiciais que determinam o cálculo sobre o salário mínimo, sobre o salário-base do trabalhador, sobre o piso da categoria ou sobre a remuneração total. Quem nunca recebeu e julga ter o direito ou quem considera equivocada a base de cálculo utilizada pode questionar na Justiça? Sim. Nesse caso, a ação só tem efeito retroativo de cinco anos e só pode ser protocolada até dois anos depois do desligamento do empregado na empresa.
Fontes: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
de tempo extremamente curto ou até mesmo por um contato mínimo” com sangue ou pacientes infectados com alguma doença, diz a decisão do relator do tribunal. Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ), Marcus Áthila, a decisão da Suprema Corte do Trabalho significa o que ele chama de “vitória do direito adquirido”. “É impensável nos dias de hoje que ainda haja empregador que olhe a qualidade de vida do empregado apelas pela ótica do lucro. Esse tipo de decisão judicial coroa um esforço de anos da categoria, que tenta e se esforça para adquirir algo que já é seu há anos, por direito e força de lei. O reconhecimento disso é a vitória do direito adquirido e vai ajudar a criar jurisprudência, para que outros trabalhadores que têm processo semelhante na Justiça passem a ganhar o benefício sem que o processo tenha de chegar ao TST e perder anos na burocracia judiciária”, destaca Áthila. 86
Sobre a base de cálculo da insalubridade, que ainda é uma dúvida entre os empresários, a lei permite a interpretação de que o benefício deve ser aplicado no salário mínimo, no salário-base da categoria e até no salário total. Existem decisões judiciais que utilizaram as três formas de cálculos. Os especialistas ouvidos pelo Guia da Farmácia indicam que o piso ou salário-base da categoria seja o mais correto de se calcular. No Brasil, esse salário-base muda de estado para estado e de categoria para categoria, como farmacêuticos e balconistas, por exemplo. Na visão de Ferreira, da Farma & Farma, em caso de dúvida, o melhor sempre é consultar as entidades e os sindicatos representantes dos trabalhadores para saber a forma e interpretação mais correta com que a entidade tem trabalhado, para evitar processos de correção no futuro. “Dialogar com as entidades de representação não é crime nem pecado e só estreita a relação com o trabalhador”, diz Ferreira.
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RECURSOS HUMANOS
Momento delicado DEMITIR UM FUNCIONÁRIO É SEMPRE UMA TAREFA INCÔMODA. A MANEIRA COMO A COMUNICAÇÃO ACONTECE PODE EVITAR DESCONFORTOS E DEVE SER FEITA PELO GESTOR DA EQUIPE DE FORMA CLARA E SEM EXPOSIÇÃO DA PESSOA
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POR ADRIANA BRUNO
Falhas no atendimento, atrasos constantes, indisponibilidade para trabalhar em plantões ou aos fins de semana, baixa produtividade, falta de empatia com o público, contratação temporária, vinculada à sazonalidade ou por momentos em que as vendas estão mais aquecidas, como Natal, Dia das Mães, entre outros, são alguns dos motivos que levam o empresário a demitir no varejo. Aliás, esse é um segmento famoso pela rotatividade de funcionários, o que não é bom, uma vez que contratar e demitir gera custos e desgastes desnecessários para a empresa. Mas quando a demissão é inevitável, é preciso saber como conduzir esse processo. O advogado
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e especialista em direito tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Sylvio Alkimin, indica formalidade no momento da demissão. Ele ainda diz que é aconselhável explicar ao colaborador o motivo do desligamento, inclusive para evitar falsas impressões que, invariavelmente, tendem a criar uma animosidade desnecessária, que alimenta grande parte das demandas judiciais, em que o ego supera verdadeiramente a busca por Direitos Trabalhistas. Já quanto ao momento, infelizmente não existe aquele ideal para se fazer uma demissão. Profissionais da área de Recursos Humanos (RH) sugerem que esse anúncio seja feito pelo superior imediato do funcionário, é a ele que cabe a função de esclarecer os motivos da medida tomada FOTO: SHUTTERSTOCK
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se apresenta ao trabalho, para que ele não se sinta prejudicado por ter trabalhado o dia todo. Mas, se isso tiver de ocorrer ao final do expediente, faça-o ainda dentro do expediente, liberando-se, imediatamente após, o empregado, para que possa recolher seus pertences pessoais e mesmo despedir-se adequadamente de seus colegas de trabalho, se isto for possível, sem atrapalhar o expediente dos demais”, recomenda. Também é importante evitar a exposição do funcionário, escolhendo um local apropriado para a conversa. “A comunicação de demissão, como parte do processo, deve ser feita em um ambiente restrito, preferencialmente em uma sala do RH onde as partes possam conversar abertamente sobre o tema sem exposição do funcionário”, diz o professor coordenador do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Alexandre J. Bernardo. O professor do Senac atribui a falta de uma melhor política de remuneração e de preparo dos gestores à rotatividade no setor. “Especificamente no farmacêutico, o índice de rotatividade é muito alto, devido principalmente à remuneração baixa, se comparada com outros setores, e à falta de preparo de muitos gestores da área que não conseguem enxergar no funcionário o verdadeiro ativo da empresa”, diz.
MOTIVO DA DEMISSÃO SÓ INTERESSA AO DEMITIDO
pela empresa. “Por óbvio, a comunicação deve ser feita de forma individual e em caráter reservado, colocando-se à disposição do empregado para eventuais orientações e esclarecimentos necessários, os quais podem ser feitos posteriormente pelo setor de RH da empresa”, recomenda o diretor jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Brasil, Wolnei Ferreira. Para ele, deve-se evitar que esse comunicado seja feito no fim do dia de sexta-feira, pois é o momento mais tenso da semana e pode sugerir aos demais empregados que “toda sexta-feira” é dia de demissões, criando uma lenda indesejada. “Afora isso, se a dispensa estiver decidida no dia anterior, comunicar logo pela manhã quando o empregado
Um erro que não deve ser cometido na empresa é divulgar para os demais funcionários os motivos que levaram à demissão de alguém. Para Ferreira, a comunicação deve sempre ser feita de forma transparente e objetiva, sem transparecer motivos que possam denegrir a imagem do demitido. “A comunicação verbal é a mais apropriada e adequada, não havendo sentido colocar-se qualquer aviso em quadro, por exemplo. A comunicação por e-mail ou intranet, desde que atinja a todos, também pode ser feita, comentando sinteticamente o desligamento (não se faz necessário declinar os motivos) e, se for possível e cabível, agradecer os serviços prestados e desejar sucesso nos novos rumos do ex-empregado”, indica. O recomendado é levar a situação ao conhecimento do restante da empresa de forma natural. Nunca expondo o funcionário demitido, por pior que sejam as razões da demissão. “Sugiro que o processo seja feito preferencialmente em reuniões com representantes dos grupos, assim evitando que se crie um clima de demissões ou teorias conspiratórias. Em alguns casos, o motivo da demissão até pode 2015 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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RECURSOS HUMANOS
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em casos de dispensa sem justa causa e com tempo de serviço superior a um ano, o funcionário terá direito a: 1) Aviso prévio indenizado. 2) Férias e 1/3 constitucional. 3) 13º salário. 4) Residual de salário. 5) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e multa de 40%. 6) Reflexos de férias e 13º salário. 7) Vantagens da categoria. 8) Chaves de conectividade para entrada no seguro-desemprego (se preencher os requisitos legais). Caso a demissão seja por justa causa, apenas terá direito aos dias em aberto do salário. Fonte: advogado e especialista em direito tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Sylvio Alkimin
ser exposto, mas isto precisa ser julgado com muito cuidado pelo RH da empresa”, diz Bernardo.
TIPOS DE DEMISSÃO E DIREITOS DO TRABALHADOR
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Além de saber como dispensar um funcionário, o líder precisa reconhecer aquele colaborador que merece uma promoção.
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Para efeitos trabalhistas e legais, a demissão obedece a uma classificação. Segundo Ferreira, as mais comuns são as sem justa causa, ou seja, a dispensa é promovida por desejo ou necessidade da empresa, mas pode também ocorrer por vencimento de contrato de experiência, por exemplo. Outro tipo de demissão é a por justa causa, ou seja, quando o empregado pratica algo previsto no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Esses são os tipos mais comuns, mas há ainda: demissão por causa indireta, quando o empregado rescinde por descumprimento de obrigação pelo empregador; por causa recíproca, quando a empresa e empregado cometem algum deslize; pedido de demissão pelo empregado (voluntariamente); falecimento do empregado ou falência do empregador; aposentado-
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DIREITOS DO TRABALHADOR
ria definitiva do empregado ou invalidez permanente do empregado”, explica Ferreira. Ele ainda diz que se o empregado for dispensado sem justa causa, ele pode ter direito ao seguro-desemprego, conforme o tempo de casa que acumulou. “Além disso, ele permanece vinculado à Previdência Social por um determinado tempo, de 12 a 36 meses, conforme o tempo que já contribuiu, de forma que, se ficar doente, terá atendimento e também receberá auxílio”, diz. Vale ainda reforçar que o pedido de demissão pode ser feito pelo colaborador ou pelo empregador. “No caso de justa causa, fatores que podem levar a isso são atos, como furto, abandono de emprego, prisão do colaborador, embriaguez habitual ou em serviço, entre outros (artigo 482/CLT). Já a demissão sem justa causa, prevista no artigo 7º, inciso I da Constituição Federal e artigo 477/ CLT, é aquela aplicada sem qualquer motivo grave pela empresa ao contrato de trabalho do empregado”, comenta Alkimin, da PUC-SP. Já o cálculo da demissão precisa ser feito por um funcionário do departamento pessoal com base em vários fatores, como tempo de casa, valor do salário, tipo de demissão, se o mesmo tem ou não férias vencidas, etc. “Sempre nesse caso, vale a pena que o cálculo seja feito por um profissional da área a fim de se evitarem erros”, recomenda Bernardo. Falando genericamente, o cálculo rescisório depende da causa, porém, em geral, segundo Ferreira, calcula-se: aviso prévio (indenizado ou não), saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, 13º salário proporcional, benefícios adicionais devidos por norma sindical, depósitos devidos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), inclusive multa por dispensa. “Existem algumas multas possíveis, em caso de atraso no pagamento (um salário) ou ainda quando a dispensa ocorre no mês que antecede à data-base da categoria (um salário)”, finaliza o diretor jurídico da ABRH Brasil.
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Caminhos rápidos e seguros para direcionar lançamentos Indústria farmacêutica busca soluções inovadoras que apontem onde é possível melhorar suas operações
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Giovani Henrique MBA em Gestão Empresarial na FGV, especialização em marketing e estratégia de negócios na Kellogg School of Management - Northwestern University nos Estados Unidos, além de formação em engenharia elétrica 92
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Qual seria um dos maiores desejos de um CEO da indústria farmacêutica? Uma recente pesquisa da PwC mostrou que esses executivos, entre outras coisas, querem soluções tecnológicas inovadoras que apontem, com qualidade e rapidez, quais os caminhos a seguir e onde a tecnologia pode melhorar suas operações e trazê-los para mais perto de seus consumidores. A maioria dos CEOs tem investido nessas soluções com o objetivo de criar valor para esses novos caminhos, liderados por uma economia cada vez mais digital. Eles acreditam que soluções móveis para engajar os clientes, associadas à inteligência de negócios, podem representar um grande benefício para a indústria. Ou seja, eles querem entender o comportamento do consumidor. Mesmo atuando em uma indústria que cresce dois dígitos ao ano, a tarefa desses executivos não tem sido fácil. Para que se tenha uma ideia, o Brasil deve alcançar em 2016 a quarta colocação no ranking mundial da indústria farmacêutica em volume de vendas. Entre 2010 e 2014, a indústria farmacêutica realizou 87 operações de fusão e aquisição. O pico da dinâmica aconteceu em 2012, quando foram registradas 25 operações envolvendo laboratórios nacionais e internacionais. Mas existe uma série de desafios para essa indústria, como a desvalorização do real frente ao dólar (90% dos insumos usados pelas farmacêuticas são importados da China e da Índia); reajuste de preços feito pelo governo, que deve ser
abaixo da inflação; além da discussão sobre a contribuição à Previdência Social, que pode aumentar de 1% do faturamento para 2,5% da receita bruta (um aumento de 150%). Na outra ponta está o consumidor, que mergulhou de cabeça na busca pelos medicamentos genéricos e bons preços. A economia acumulada pelos consumidores brasileiros que optaram por substituir os produtos de referência pelos genéricos, de 2000 a 2013, já atingiu a cifra de R$ 43,4 bilhões. A quebra de patentes, lançamento de novas moléculas, segmentação de estratégias, concorrência, entre outros, passaram a ter um peso cada vez maior para a indústria. A indústria farmacêutica tem demandado estudos de mercado que reúnam qualidade da informação associada à tecnologia, com plataforma, não apenas em planilhas em Excel. A DapX tem apoiado a indústria farmacêutica com importantes indicadores aplicados em seus estudos extraídos de vidas (mais de 1,5 milhão de pacientes) em tempo real. Esse formato qualitativo de captação tem como foco pacientes, procedimentos, diagnósticos e medicamentos, permitindo à indústria obter informações estratégicas para o melhor entendimento do comportamento de consumo no mercado. A empresa tem disponibilizado ao mercado farmacêutico um conjunto de produtos e serviços que também envolvem pontos de vendas e estabelecimentos de saúde, com informações do canal privado e público. foto: divulgação
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Loja virtual na prática MUITO SE FALA SOBRE A URGÊNCIA EM ESTAR PRESENTE NO AMBIENTE ON-LINE. MAS, AFINAL, O QUE É PRECISO FAZER PARA QUE O PLANO SAIA DO PAPEL?
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POR FLÁVIA CORBÓ
Basta uma rápida pesquisa para se convencer de que estar presente no ambiente virtual é uma necessidade para qualquer varejista atualmente. Muitos já compreenderam o cenário, tanto que o comércio eletrônico brasileiro já é composto de 450 mil lojas virtuais ativas que, juntas, faturaram R$ 35,8 bilhões e cresceram 24% em relação a 2013. Outros empresários, ainda que convencidos da magnitude do chamado e-commerce, não sabem por onde começar para criar uma loja virtual. De acordo com o consultor de e-commerce, Felipe Fontes, no caso do varejo farmacêutico, o
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caminho é simples e envolve três passos principais: loja física, delivery e atendimento. Isso porque, segundo legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma farmácia só pode ter um comércio on-line quando já contar com uma loja física. Logo, ter um estabelecimento no formato tradicional é o primeiro passo para ingressar no formato virtual. Contar com uma estrutura física é fundamental para dar o passo seguinte, que envolve a entrega em domicílio. “A única infraestrutura que a farmácia precisa ter previamente é um serviço de televendas ou delivery, pois isto irá facilitar a logística da vendas feitas por meio do e-commerce. A loja on-line só precisa ser integrada FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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a esse sistema de delivery”, explica o CEO da Vannon (empresa de soluções web, responsável pela plataforma de comércio eletrônico da Onofre, Drogarias Nissei, Poupafarma, entre outras), Bernardo Giovannone. Ou seja, primeiro é preciso contar com um sistema de entrega para então pensar em um e-commerce. “A farmácia que já possui delivery precisa fazer uma loja virtual urgente. Ela está perdendo tempo, é um complemento, mais uma forma de atender o público de maneira mais rápida.” Garantida a logística de entrega em domicílio, é hora de dar o passo final: contratar um software e capacitar um funcionário para operá-lo. Para isso, o varejista pode optar por contratar uma consultoria, que ficará encarregada da instalação do software integrado ao delivery, assim como do treinamento do colaborador responsável pela gestão do site – a criação da página na internet também está inclusa nos serviços oferecidos pela consultoria. “Nosso software não precisa ser instalado em máquina, é totalmente on-line, assim como a maioria dos módulos de delivery. É feita uma integração automática, como se alguém tivesse ligado para realizar um pedido. Quando a compra surgir na tela, o próprio sistema já vai definir se a entrega deve ser feita por motoboy ou Correio. A praça de entrega já vai estar toda configurada”, detalha Giovannone.
Regra estabelecida Além da parte estrutural, é preciso estar atento às normas da Anvisa para não cometer nenhum infração durante a comercialização de medicamentos na internet. A legislação brasileira estabelece que somente farmácias e drogarias regulares, abertas ao público e com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fax e internet. É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por esses canais não presenciais. A norma também proíbe a venda de controlados por esses meios. De acordo com a RDC 44/99 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em sites de farmácias e drogarias on-line, é vedada a utilização de imagens, propaganda, publicidade e promoção de medicamentos de venda sob prescrição médica em qualquer parte da página. 96
O CEO da Vannon, Bernardo Giovannone, acredita que toda farmácia deveria ter um serviço especial de atendimento, como televenda e e-commerce. Segundo ele, formas rápidas de entrega são sempre bem-vindas
A divulgação dos preços dos medicamentos disponíveis para compra na farmácia ou drogaria deve ser feita por meio de listas, nas quais devem constar somente: nome comercial do produto; o(s) princípio(s) ativo(s); a apresentação do medicamento, incluindo a concentração, forma farmacêutica e a quantidade; o número de registro na Anvisa; o preço do medicamento. As listas de preços não poderão utilizar designações, símbolos, figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação aos medicamentos. As frases de advertências exigidas para os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) devem ser apresentadas em destaque. As farmácias e drogarias que realizarem a dispensação de medicamentos solicitados por meio da internet devem informar o endereço do seu endereço eletrônico na Autorização de Funcionamento (AFE) expedida pela Anvisa. Caso qualquer uma das normas seja desrespeitada, as farmácias estão sujeitas a punições. A penalidade sanitária para casos desse tipo estão previstas na Lei 6.437/77, que prevê multa, interdição, cancelamento de funcionamento, entre outras.
Quem compra no e-commerce? Depois de garantir que todas as normas legais estejam sendo cumpridas, o varejista também deve estar familiarizado com o perfil do consumidor do e-commerce para traçar as estratégias certeiras de vendas. Segundo dados
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Confira alguma das regras que devem ser seguidas no comércio eletrônico de medicamentos: • Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a liberação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fax e internet. • O pedido pela internet deve ser feito por meio do site do estabelecimento ou da respectiva rede de farmácia ou drogaria. O site deve utilizar apenas o domínio “.com.br”, e deve conter, na página principal, os seguintes dados e informações: • Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria responsável pela venda, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço geográfico completo, horário de funcionamento e telefone; • Nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico Responsável Técnico; • Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; • Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
da E-bit, no Brasil, as classes A e B representam maior parte do público consumidor nas plataformas on-line, com 49% de representatividade em 2014. As classes C e D não estão longe disso e são 44% do público total. A renda média do consumidor de e-commerce é R$ 4.378,00. Quanto ao gênero dos consumidores, observa-se o aumento do público feminino no e-commerce. As mulheres já representam a maioria das e -consumidoras. Cada vez mais ocupadas com a correria do dia a dia, elas encontram, nas lojas virtuais, preço e comodidade para comprar seus cosméticos. No Brasil, 61,6 milhões de pessoas já fizeram alguma compra on-line. Dessas, 51,5 milhões fizeram pelo menos uma compra em 2014 e as demais (10,1 milhões) não compraram pela internet no último ano. Considerando que foram feitos 103,4 milhões de pedidos no ano passado, chega-se a uma média de duas compras 98
Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; • Link direto para exibir informações adicionais, como nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico; mensagens de alerta e recomendações sanitárias determinadas pela Anvisa; condição de que os medicamentos sob prescrição só serão dispensados mediante a apresentação da receita e o meio pelo qual deve ser apresentada. •
Atenção! • É vedada a oferta de medicamentos na internet em site que não pertença a farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas pelos órgãos de vigilância sanitária competentes. • Não se podem utilizar imagens, propaganda, publicidade e promoção de medicamentos de venda sob prescrição médica em qualquer parte da página. • É vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitado por meio remoto. • Todos os pedidos para dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto devem ser registrados.
por consumidor no decorrer de 2014, representando 10,2 milhões de pessoas. Além do preço mais baixo, variedade de produtos e a conveniência da entrega em casa, outro fator que pode pesar na decisão da compra de um produto – ou pelo menos a favorece – é a oferta do frete grátis. No primeiro semestre de 2014, o recurso se mostrou mais disponível do que os últimos seis meses do ano, mesmo não se tornando grande maioria entre os e-commerces brasileiros. De acordo com o levantamento da E-bit, em média, 50% dos players do varejo on-line adotaram essa prática em sua estratégia de vendas nesse período, sendo o registro mais alto, 52%, em abril de 2014. Já no segundo semestre de 2014, a adesão baixou entre os lojistas. Em julho de 2014, a prática foi realizada por 41% do mercado, mantendo-se muito próxima disto nos meses seguintes e terminando o ano com 43%.
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Zapping no trabalho A geração Z já nasceu inserida do mundo digital, agora, ela está causando burburinho no mercado de trabalho
A Por Claudia Manzzano
A geração Z nasceu quando o boom tecnológico já era uma realidade consolidada. É um Z quem nasceu depois dos anos 1990. Portanto, o pensamento analógico não faz parte da vida dessa geração. Eles dominam muito bem as multitelas, suas funções e não conseguem se imaginar sem elas. A responsável pela gestão de pessoas e projetos do Ideia de Marketing, Mariana Melissa, conta que “a relação pessoal com essa geração acaba ficando até um pouco comprometida, pois prefere se comunicar através de seus dispositivos ao invés do tão familiar (para nós) olhos nos olhos”.
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Já a psicóloga da área de treinamento, Fernanda Recedive, explica que as gerações Y e Z são muito parecidas, mas enquanto a geração Y teve de se adaptar à tecnologia, a geração Z já nasceu com ela, conectada, ‘zapeando’ (por isso Z) e, principalmente, em um mundo sem fronteiras. O mundo deles é digital e, por isso, convivem em um ambiente de grande agilidade e velocidade, com muita informação, sem barreiras. Eles conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo, mesmo assistindo à televisão, já estão conectados, vendo o que está acontecendo na internet e nas redes sociais, tudo isto sem deixar de ouvir música. “Eles vivem experimentando coisas novas, e viver em mundo foto: shutterstock
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Mas além de impulsivos, ansiosos, seletivos, em sua maioria, são ousados e dinâmicos. E eles têm uma característica em particular. Como possuem a possibilidade de falar com qualquer pessoa no mundo virtual, eles não entendem muito bem as hierarquias que existem, sobretudo no mundo corporativo. Fernanda ressalta que, para isso não atrapalhar a relação com as outras gerações, é importante que o líder se coloque em uma postura também de aprendizado e proporcione uma gestão participativa, além de propiciar um ambiente de diversidade, com todas as gerações, pois um complementa o outro, e esta desigualdade traz evolução profissional para todos e a entrega de resultados mais efetiva.
Conflito x aprendizado
digital, como as redes sociais, faz parte da vida deles”, diz Fernanda. Segundo a psicóloga, ainda não existem muitos estudos sobre essa geração, portanto, o mundo corporativo ainda está aprendendo ao mesmo tempo em que convive com os profissionais atuando. E não é surpresa nenhuma que a relação entre essa juventude digital e as gerações mais analógicas tem apresentado conflitos. “Assim como seus antecessores Y, a geração Z também é muito inquieta e ansiosa. Podemos dizer que essas duas gerações são muito parecidas, porém os Zs possuem essas características mais acentuadas, devido à facilidade e à imersão na tecnologia”, diz Mariana.
Ainda que exista um esforço para melhorar a interação entre as gerações, os conflitos podem aparecer. Nesse caso, diz Mariana, é necessário realizar um trabalho interno com todas as gerações existentes no ambiente. “Conflitos de gerações não é um tema novo. É comum que ele apareça quando houver mais de uma geração envolvida no processo. É necessário trabalhar a ansiedade dos mais jovens, assim como a centralização dos ‘jovens há mais tempo’; cada geração tem muito o que compartilhar, basta respeito de ambas as partes para que um trabalho harmonioso possa surgir.” Fernanda explica que as dificuldades acontecem devido ao conflito de valores. Cada geração tem uma vivência diferente e cada um percebe o mundo conforme as suas experiências. E como a geração Z tem a principal característica de ter crescido em um ambiente em que a tecnologia está em sua vida desde o nascimento, as novidades tecnológicas não a surpreende. A boa convivência entre geração Z e as outras gerações só será possível se os gestores usarem sua experiência de vida e maturidade para conseguir entender os valores dessa garotada e desenvolver um ambiente de trabalho que possibilite a ela colocar em prática esses valores, um ambiente dinâmico, sem burocratizações, processos mais rápidos e descomplicados. “O desafio dos gestores nesse caso é controlar a ansiedade e impulsividade tão características dessa geração sem deixá-la desconfortável, acredito que é o grande ensinamento dos gestores para essa geração”, pontua a psicóloga. Para Mariana, “é necessário fazer um trabalho intenso para minimizar os conflitos de épocas e estilos”. O que para as gerações passadas pode parecer absurdo, 2015 maio guia da farmácia
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Conflitos de gerações não é um tema novo. É comum que ele apareça quando houver mais de uma geração envolvida no processo, basta respeito de ambas as partes para que um trabalho harmonioso possa surgir
explica, aos mais novos, não há problemas, e o inverso também acontece. “Dessa forma, as empresas precisam estar atentas a esses movimentos e criar programas para integrar todas as gerações presentes a fim de que o trabalho e as relações não sejam desgastadas.” Mas como em todas as situações, os pontos positivos também existem. Os profissionais da geração Z possuem uma rapidez de pensamento interessante, afinal, estão acostumados a fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo. “As novas tecnologias são sempre muito familiares a eles, já que possuem grande facilidade para utilizá-las. Esses jovens estão entrando agora para o mercado de trabalho e, assim como no mercado em geral, no farmacêutico, também será necessário trabalhar alguns pontos importantes, como a relação interpessoal e a comunicação sem o apoio de dispositivos tecnológicos”, sugere Mariana. Fernanda complementa afirmando que, como esses jovens vivem em um mundo sem fronteira, isto influencia a criatividade de fazer as coisas de uma maneira simplificada, sem burocratização; a possibilidade na tecnologia é infinita, melhorando a vida das pessoas, ainda mais com as facilidades de um mundo sem fronteiras. Uma das reclamações mais frequentes dos gestores é com relação ao tempo excessivo que os mais jovens passam conectados com as redes sociais e outros meios de se comunicar com os amigos. Mariana acredita que, de certa forma, esse costume pode de fato atrapalhar a produtividade. “Essa geração não se vê sem um dispositivo que possa conectá-la com o resto do mundo. Mas assim como qualquer outra coisa, o excesso acaba sendo prejudicial, e se não for equilibrado, pode prejudicar a produtividade.” Mas a especialista não condena a prática, pelo contrário, ressalta o lado positivo. “Vendo por outro ângulo, esses jovens conseguem dedicar sua atenção para mais de uma atividade ao mesmo tempo. O que para um integrante da geração X pode ser um grande absurdo fazer um relatório ouvindo música, por exemplo, para essa nova geração, isto não é empecilho algum, aliás, pode até ser favorável. A palavra de ordem aqui é o equilíbrio.” 102
Fernanda revela que esse é o grande desafio para quem trabalha como a geração Z. “Acredito que o problema não é ela ser conectada e, sim, possibilitar dentro do ambiente de trabalho uma forma mais dinâmica, dando a ela a possibilidade de reinventar um mundo diferente, colocando outro olhar na produtividade. Exemplo: por que irei digitar se posso buscar um aplicativo que faça isso sozinho? Assim a produtividade aumenta e sobra tempo para aprender e fazer outras coisas. A geração Z não entende porque as empresas bloqueiam as redes sociais, para ela, navegar faz parte de sua vida.”
Tudo agora Entre os desafios das empresas em lidar com os integrantes da geração Z, está o de mantê-los engajados. Diferente das gerações passadas, os jovens de hoje não se sentem atraídos por longas carreiras estáveis e sem muita movimentação. É necessário criar dinâmica durante a trajetória deles na empresa. “Lembrem-se de que um ano em uma única empresa para eles é muito tempo”, lembra Mariana. Para que eles não se cansem do trabalho, oferecer desafios constantes é uma opção. “Ofereça possibilidade de participação em novas ideias, lhes dê voz, faça com que eles se sintam parte da empresa e não apenas mais um funcionário. Se você deseja atrair um jovem para sua empresa, faça-o sentir-se desafiado, não afrontado.” Fernanda alerta que a geração Z precisa de um ambiente de trabalho que faça sentido para ela. Um ambiente com mais autonomia e que possa criar, com uma gestão mais participativa em que o líder possa desenvolver uma comunicação mais próxima, com constantes feedbacks, promovendo o crescimento profissional mais personalizado para cada pessoa, isto se torna um atrativo para a geração Z.
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Segurança
Prevenção de perdas é retorno certo para o setor farmacêutico
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É preciso identificar as áreas mais críticas da loja e fazer investimentos em melhorias
Luiz Fernando Sambugaro Diretor de Comunicação da Gunnebo 104
Prevenção de Perdas (P&P) no “lato senso” não se restringe apenas ao furto, seja este interno ou externo. Como também não se restringe o “furtante” às classes menos favorecidas. No livro, Employee Theft: The Profit Killer (2000), são definidos alguns fatores que levam alguém a furtar, entre eles: necessidade econômica, revide, drogas, tédio, excitação, impunidade, perdas não detectáveis e a percepção na empresa de que “ninguém dá a mínima para isso”. Poucas são as diferenças entre as diversas classes de varejo, os objetivos do ”furtante” são sempre os mesmos; o prejuízo causado pelo furto hoje representa 1,7% do faturamento em média e mais de 4% nas pequenas drogarias. É exatamente por isso que Prevenção de Perdas é investimento com retorno certo. Deve ser executada e dirigida de cima para baixo e cada vez mais fazer parte da estratégia da empresa e tornar-se cultural ao longo do tempo. O objetivo de todos deveria ser: prevenção. Alguns pontos são básicos para o sucesso dessa empreitada: conscientização, planejamento, normas e procedimentos, tecnologia, ação e finalmente acompanhamento. Algumas áreas são mais específicas em farmácias: cosméticos, lâminas de barbear, perfumaria e bronzeadores. Esses são os
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itens mais visados pelo amigo do alheio. Também é preciso Identificar as áreas ou os produtos de maior risco, considerando-se o tamanho da loja, sua localização, seu histórico de perdas, etc. Áreas mais críticas a ser monitoradas: compras, recebimento, estoques, devolução, troca de mercadorias, na logística, no cartão de fidelidade, tesouraria, cancelamento de cupons fiscais no caixa, fechamento de caixa e transporte do dinheiro e outras mais que cada área da empresa deve identificar. Algumas medidas simples são tomadas pelas empresas, tais como: câmeras, nos setores mais visados, nos caixas, estoque, espelhos convexos podendo ser observados por todos, sacolas especificamente criadas para o transporte dos medicamentos do balcão até o caixa. Esses itens têm a finalidade de inibir o furto, mas se não monitorados, ajustados constantemente e os procedimentos não forem 100% cumpridos, o furto externo estará inibido, porém abrem-se caminhos para o furto interno. Por esse motivo é que recomendamos a absoluta e contínua participação dos executivos de P&P em todos os níveis de atividades da empresa. Só assim eles poderão evitar preventivamente o furto e ser considerados pela equipe comercial como parceiros e não “alguém que só traz problemas” para a área comercial. foto: divulgação
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PONTO DE VENDA
Tecnologia como aliada no controle O IDEAL É QUE TODAS AS LOJAS TENHAM UM SISTEMA DE GESTÃO QUE APONTE A CURVA DE VENDAS BASEADA NO HISTÓRICO, ALÉM DE OBSERVAR ATENTAMENTE A SAZONALIDADE DOS PRODUTOS. TUDO ISSO É NECESSÁRIO PARA ORGANIZAR OS RELATÓRIOS COM AS RUPTURAS DIÁRIAS POR VIVIAN LOURENÇO
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É preciso ter atenção aos produtos oferecidos no estabelecimento, assim como o correto atendimento ao cliente e a reposição rápida e eficiente das categorias para não deixar nada faltar. Somam-se a isso as preocupações com as finanças, os colaboradores e demais encargos que o varejista tem. Com a correria do dia a dia, nem sempre é possível ficar atento a todos os detalhes que a farmácia ou drogaria precisa. Ainda mais quando o assunto é controle do estoque. Apesar das inúmeras ferramentas tecnológicas existentes no mercado para auxiliar o varejista, a ruptura ou o excesso de produtos ainda é o grande vilão do varejo – que pode trazer consequências indesejáveis.
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Para se ter um controle eficiente do estoque, o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, destaca que, neste caso, o varejista está trabalhando com dois elementos: comprar e gerenciar bem o estoque e ter um controle do mesmo. “O controle pode ser feito a partir de um sistema de gestão tradicional, com base no inventário, que é fundamental, e o varejista precisa analisar se vai fazer o processo internamente ou externamente e qual a periodicidade”, destaca Terra. O varejista deve levar em consideração, sempre, a sua demanda e a realidade de mercado, completa a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora FOTOS: SHUTTERSTOCK ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK
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ALERTA RUPTURA IDENTIFICADA
acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti. Muito mais do que analisar os dados históricos e fazer a projeção das tendências, deve-se atentar para as sutilezas da mudança do comportamento do consumidor, adequando os números à realidade local e intenção de compra daquele público, que, muitas vezes, somente se reflete depois nos números. Para o diretor do segmento de varejo da TOTVS, André Veiga, o controle eficiente do estoque se dá por meio de tecnologia e pessoas. Pessoas capacitadas, fazendo uso de ERP (abreviatura de Enterprise Resource Planning – nome genérico dado a sistemas informatizados e completos para gestão de empresas) ágil, tornam-se essenciais e fundamentais para qualquer negócio. Isso faz os negócios fluírem melhor.
O QUE É MAIS PREJUDICIAL Excesso de produtos no estoque ou falta deles nas prateleiras? De acordo com Veiga, ambos os assuntos deveriam trazer preocupação ao varejista. Já que, no excesso de estoque, o dinheiro fica parado e, na ruptura, o varejista perde a venda, correndo o risco de perder o consumidor para o concorrente. “Quando se fala nisso, lembro-me do velho exemplo do jornaleiro: Qual seria a melhor métrica para que o jornaleiro saiba se a demanda de jornais foi atendida naquele dia? Quantos jornais deveriam sobrar na banca no final do dia? Pois é, apenas um jornal. Por quê? Se sobrarem dois, houve excesso de estoque e o dinheiro ficou parado. Se sobrar 0 (zero) e ele não teve registro das demandas não atendidas, foi ruptura e, neste caso, perdeu vendas.” 2015 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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Patricia complementa analisando que o excesso de estoques tem um custo financeiro alto, tanto no que diz respeito ao armazenamento quanto à possibilidade de vencimento dos produtos. As rupturas, por sua vez, impactam na sensação do consumidor de atendimento de suas necessidades e, necessariamente, na escolha da loja como um local de preferência para compras futuras (além de representar, é claro, uma “venda” perdida). O equilíbrio desses dois mundos é a chave para o sucesso que o varejo tenta buscar há alguns anos. Não há uma resposta certa, mas a melhor saída ainda considera uma gestão concisa e coerente junto aos fornecedores, de maneira a diminuir custos e impactos para ambos os lados da cadeia.
CAUSAS DA RUPTURA O aumento da quantidade de categorias de uma loja influencia diretamente no processo de ruptura. Um sortimento adequado traz mais segurança na operação, já que a quantidade de estoque está dimensionada para atender àquela demanda específica. Por isso é importante um software de gestão adequado para auxiliar no sortimento e no balanceamento de estoques, avalia Veiga. Segundo Terra, da SBVC, o controle dos estoques depende do sortimento, já que cada um precisa de um monitoramento específico, de acordo com a sazonalidade, giro, etc. “O segredo da gestão do estoque é a lupa, o zoom, não adianta olhar apenas os mais vendidos.” Cada item de compra possui um tipo de comportamento de compra específico. Com o aumento do sortimento, o varejista se vê obrigado a analisar não só categorias, mas também, por vezes, itens de compra, já que seus comportamentos se apresentam de maneira distinta junto ao consumidor. “O desafio passa, então, a ser maior. Por outro lado, o aumento do sortimento pode trazer uma solução interessante, haja vista a complementaridade e substituição natural de alguns produtos, o que diminui em parte os efeitos negativos de uma possível ruptura”, alerta Patricia. Quando se aumenta a quantidade de categorias trabalhadas, o que chamamos de amplitude, é necessário 108
A GESTÃO DE ESTOQUES É A ÁREA MAIS DESAFIADORA NO VAREJO. AS DIFICULDADES SÃO DEVIDO À FALTA DE CONTROLE, GESTÃO NÃO EFICIENTE, NÃO UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS, AO DESCONHECIMENTO EM RELAÇÃO AO CONSUMIDOR E À DINÂMICA DO MERCADO abrir mão da profundidade, ou seja, a variedade dentro da mesma categoria. Devido ao tamanho das farmácias, é muito difícil aumentar tanto a amplitude quanto a profundidade das categorias e, neste caso, é necessário abrir mão de estocar alguns itens. O consultor da GS&AGR (divisão da GS&MD – Gouvêa de Souza), Marcelo Menta, complementa que se o aumento do sortimento refletir em um estoque horizontal (larga variedade e rasa quantidade de unidades disponíveis), pode, sim, gerar ruptura. O estoque do ponto de venda (PDV) é um espaço físico limitado, portanto, a composição deste é um movimento de escola para o varejista. “Produtos de alto giro devem ter estoques profundos (maior quantidade de unidades disponíveis), portanto, a definição do mix deve sempre respeitar a profundidade do estoque para um sortimento perfeito.”
CONTROLE EFICIENTE Nos últimos 30 anos, o número de lançamentos de produtos vem se multiplicando, tornando quase impossível o controle manual, via “ficha”. Paralelo a isso, a indústria da informática se desenvolveu, criando diversos programas de gestão. Por intermédio desses modernos sistemas de gestão, é possível administrar tudo isso, destaca a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina
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Blessa. E principalmente quando se consegue ter um sistema internacional que se mantém atualizado, garantindo que o varejista receberá sempre o que tem de mais moderno no mundo, não tendo que, de repente, fazer atualizações para tirar o atraso. Para ajudar nesse controle, o coordenador do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Newton Paiva, Leandro Silva, analisa que a tecnologia propiciou várias evoluções quando se trata de gestão no varejo farmacêutico: maior controle de estoques, contas a pagar e receber, fluxo de caixa, definição do mix. Antes, tudo isso era feito de forma manual e pelo feeling do gestor. Hoje em dia, existem diversos sistemas não só de controle de estoque e fluxo em loja, como também de monitoramento e indicação em tempo real da necessidade de reposição. “O varejista tem à mão uma série de ferramentas que podem ajudar na hora de controlar seus estoques e disponibilidade de produto em loja de forma atrelada ao consumo e atendimento, com aviso aos vendedores, hierarquização de reposições e novas compras, etc.”, salienta Patricia. 11 0
As ferramentas de gestão de demanda e central de compras ajudam o cliente no dimensionamento correto, para comprar a quantidade adequada a cada loja, ou seja, a fim de balancear o estoque que já existe na sua rede e, assim, ter um ajuste fino do mix de produtos por região. “A satisfação do cliente se dá por dois fatores, encontrar o produto que ele busca por meio de uma boa experiência de compra”, pontua o diretor do segmento de varejo da TOTVS. Além do investimento em tecnologia, também é necessário investir em conhecimento, por meio de treinamentos ou materiais para que os funcionários entendam melhor como podem diminuir as rupturas e o excesso de estoques. “A gestão de estoques é, na minha opinião, a área mais desafiadora no varejo. As dificuldades são devido à falta de controle, gestão não eficiente, não utilização dos recursos tecnológicos, ao desconhecimento em relação ao consumidor e à dinâmica do mercado”, enfatiza a farmacêutica especializada em marketing de varejo, da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros.
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Tipos de ruptura • Cadastro do produto (não existe o produto na loja, nem no estoque); • Abastecimento; • Gôndola; • Fantasma (produto está na loja, mas está mal exposto). Fonte: presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra
Retendo clientes
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Um cliente-padrão de uma farmácia espera encontrar todos os produtos de sua cesta em um único ponto de venda (PDV); caso esse PDV não tenha um dos SKUs procurados, todos os outros itens da cesta serão transferidos para o próximo PDV que possua toda a cesta, orienta o consultor da GS&AGR. Caso essa experiência se repita, esse cliente, além de não considerar mais sua visita a esse PDV, não irá indicar a farmácia a seus conhecidos, além de, possivelmente, repassar essa informação para seus conhecidos. Como exemplo prático, Veiga, da TOTVS, analisa que, primeiramente, o impacto é perder a venda naquele momento em que o consumidor buscava o produto. Aqui é mais fácil de mensurar o prejuízo, exemplo: em um produto com tíquete médio de R$ 50,00 e margem de 5%, se eu deixar de atender 100 clientes, deixo de
vender R$ 5.000 naquele período de ruptura. E a margem líquida foi impactada em R$ 250,00. Num segundo momento, o impacto é uma possível perda do cliente. Naquele momento em que o cliente precisava do produto e foi buscar no concorrente, ele pode ter tido uma boa experiência de compra e voltar sempre lá como sua próxima opção de compra. O consumidor não quer esperar para ter a solução de seu problema. Antigamente, existiam poucas marcas e muita demanda, o que fazia com que o consumidor se visse obrigado a esperar pelo atendimento de suas expectativas. “No mundo atual, com a massificação das produções e comoditização dos produtos, um significativo número de marcas e lojas está cada vez mais disponível. A conveniência de compra e o rápido atendimento da necessidade tornam-se, então, palavras da vez”, destaca Patricia, do Ibevar. Cativar e fidelizar um cliente é um processo longo e trabalhoso. Uma ruptura, um atendimento malfeito, filas entre outros pontos que impactam a experiência de compra, podem ser sérios malefícios para um PDV ou até mesmo para a rede a que este PDV pertença. “Não basta ter as informações refinadas, deve-se saber absorvê-las e aplicá-las com excelência”, avalia Menta.
Confira como o varejo brasileiro trabalha a ruptura em comparação a mercados estrangeiros. AL
Entre as ferramentas que o varejista pode utilizar para evitar esse problema, Menta destaca sistemas de gestão de frente de loja, câmeras de monitoramento de taxas de visitas X compras, monitoradores de produtos deixados em loja, ferramentas de controle de rupturas, etc. Mas, acima de tudo, Regina destaca que controle é a questão. Se não existe programa, é preciso controlar com fichas e mais gente. Mas hoje em dia, no século 21, é mais negócio adquirir um sistema e seguir os processos. “Seja ‘Customer-Centric’, isto é, coloque a satisfação do seu consumidor à frente dos seus negócios. Coloque-se sempre no lugar do seu consumidor. Atenda seus clientes nem que para isso você tenha de comprar os produtos no seu concorrente e mandar entregar mais tarde.”
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Hora de conhecer COMO INTERPRETAR AS NECESSIDADES E OS ANSEIOS DO CONSUMIDOR NO PEQUENO VAREJO
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POR NAYARA FIGUEIREDO
Um dos atributos-chave para o bom desempenho do empreendedor de pequeno e médio porte é o conhecimento. Saber o que pretende fazer, a quem deve atingir, aonde quer chegar e quais serão as estratégias que o levam ao caminho do sucesso. E o shopper? Ele é a alma do negócio, o operador da ação de compra, o principal divulgador do estabelecimento. É sobre ele, principalmente, que se deve conhecer. A identificação das necessi-
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dades e anseios do consumidor é fruto de atributos técnicos e sensoriais. Uma boa percepção, observação atenta acerca do comportamento do comprador, não custa nada e sinaliza peculiaridades. Por outro lado, vale utilizar a abordagem direta, porém, consciente dos limites impostos por uma linha tênue entre a pesquisa eficaz e a inconveniência. O Brasil é um dos países com mais estabelecimentos de pequeno e médio porte no mundo. Isso se explica por causa do tamanho do País, do númeFOTO: SHUTTERSTOCK
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marketing
ro de municípios e bairros. O CEO da Hello Group, conglomerado de agências de marketing e pesquisa, Rodrigo Drysdale, conta que isso é um ponto positivo visto que o consumidor conhece os responsáveis e os atendentes e cria vínculos com uma facilidade muito maior, em relação aos empreendimentos maiores. Para o especialista, essa proximidade já é uma das ferramentas de auxílio ao comerciante na hora de entender o cliente, pois existe a possibilidade de conversar informalmente com ele. “Uma dica é sempre perguntar se existe alguma coisa em falta. Até os grandes varejistas fazem isso, é um jeito de fazer pesquisa. Outra coisa é perguntar sobre a satisfação do serviço, o ambiente, o conforto, pode ser informal mesmo por se tratar de pequenos. Treinar os vendedores para que todos tenham essa mesma filosofia de perguntar se o cliente está satisfeito. Isso é uma cultura muito americana, de questionar na saída, mas melhorar os serviços e os produtos à venda é a melhor forma de suprir as necessidades do consumidor”, afirma Drysdale. Para o coordenador do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM, Ricardo Pastore, o método intuitivo é o mais praticado pelo proprietário deste nicho, embora não seja o mais eficaz. “A gente não costuma perceber pesquisas mais elaboradas, a não ser das redes maiores, que utilizam práticas de marketing já estabelecidas. O melhor seriam os métodos convencionais de pesquisa. Não é porque é uma microempresa, com gestão familiar, que deixará de ser necessária a utilização de técnicas de marketing”, avalia Pastore. O coordenador conta que, por diversas vezes, quando é feita uma avaliação do consumidor, a ideia parte de especialistas autônomos – como do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Drysdale explica que as pesquisas formais se aplicam melhor quando a rede é um pouco maior, assim a abordagem é feita a todas as lojas no intuito de investir em uma padronização, mas é possível aplicar em um único estabelecimento. Nessa técnica, o importante é a possibilidade de mensuração mais efetiva por meio de uma amostra dos clientes. Deve-se fazer um questionário objetivo, com foco nos pontos principais do estabelecimento. “Não adianta fazer um questionário muito longo, cinco a dez perguntas são suficientes. Diferente 11 6
Uma boa percepção, observação atenta acerca do comportamento do comprador, não custa nada e sinaliza peculiaridades do que muitos pensam sobre a impossibilidade da abordagem direta no pequeno varejo, em lugares menores, os consumidores vão se sentir bem mais à vontade para ser abordados. Sendo com poucas perguntas, não gasta muito tempo da pessoa. Você faz um questionário bem simples, com respostas claras e deixa uma parte com questões adicionais ou sugestões. É só fazer programado e bem organizado que dá para representar um público geral”, enfatiza o CEO.
A percepção A consultora e autora do livro Afeto com Marketing, Beth Penteado comenta que não só o proprietário deve ter percepção sobre o comportamento dos clientes, como também deve-se treinar os funcionários para que estejam atentos às ações do cliente. Muitas vezes o consumidor não fala, mas ele reage. “Há uma série de situações acontecendo diariamente dentro do seu negócio. Tem de treinar o seu funcionário para observar isso e, a partir daí, ter informações. O seu cliente tem necessidade de comparar o preço? Tocar o objeto? Não precisa perguntar nada disso para ele, as respostas são intuitivas e vão depender de cada perfil”, diz a consultora. Sem abordagem direta, de acordo com Drysdale, uma forma primária de perceber as necessidades do cliente é por meio do volume de vendas. Essa já é uma maneira de identificar a satisfação do consumidor, pelos produtos de mais saída. É importante observar onde eles ficam mais, perceber se um corredor com muitas pessoas não está congestionado. Estar sempre com as pessoas na loja, junto com os consumidores, andando com eles, observando seu comportamento durante toda a ação de compra.
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MARKETING
SEIS PASSOS DA ABORDAGEM DIRETA Passo 1: Treinamento: treinar bem a pessoa que vai fazer a pesquisa, para que ela seja gentil, afável e não como se fosse uma gravação. Passo 2: Clareza: deixe claro ao cliente que o intuito não é “bisbilhotar”, mas conhecer suas necessidades sem ser invasivo. Isso faz parte da formulação das perguntas. Passo 3: Momento: o primeiro ponto é saber qual o momento certo da abordagem, verificar se a pessoa tem disponibilidade para responder. Passo 4: Objetividade: nenhum cliente gosta de perder tempo! Seja objetivo na abordagem para que o consumidor dê respostas efetivas e aproveitáveis. Passo 5: Profissionalismo: é importante mostrar ao cliente que aquele é um trabalho profissional, a fim de que ele entenda que está contribuindo para a melhoria do negócio. Passo 6: Resultado: é importante que o consumidor saiba qual foi o resultado da pesquisa e sinta as melhorias no estabelecimento em que foram feitas a partir da colaboração que ele deu. Isso é que faz toda a diferença. Fonte: consultora e autora do livro Afeto com Marketing, Beth Penteado
UMA FORMA PRIMÁRIA DE PERCEBER AS NECESSIDADES DO CLIENTE É POR MEIO DO VOLUME DE VENDAS. ESSA JÁ É UMA MANEIRA DE IDENTIFICAR A SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR, PELOS PRODUTOS DE MAIS SAÍDA. SEM FAZER ABORDAGEM DIRETA, É IMPORTANTE OBSERVAR ONDE ELES FICAM MAIS, PERCEBER SE UM CORREDOR COM MUITAS PESSOAS NÃO ESTÁ CONGESTIONADO Depois de identificadas as necessidades do cliente, é hora de aplicar melhorias na loja. Desde princípios básicos ao atendimento das solicitações do consumidor. “Sempre aprendi que todo varejo tem pontos quentes e áreas mais frias. Ações básicas, como colocar os produtos com mais rotação mais para o fundo da loja. Fazer um bom mapeamento de onde fica cada produto. Pontas de gôndola para promoções ou novidades. Negociações com fornecedores e distribuidores. Manter sempre os produtos com precificação, isso é o ‘beabá’ do marke11 8
ting”, lembra o especialista. Apostar na finalização também é vital. Cartazes, promoções com destaques especiais. Comunicação visual, tanto dentro da loja quanto na entrada da mesma, quem fizer melhor isso vai se beneficiar nas vendas. “O pequeno precisa investir em ações que o diferenciem. Tem de pesquisar, abordar, ser amigo do cliente, compreendê-lo. Fazendo uma analogia ‘se você não pode dar um presente caro, tem de ser criativo’, ou seja, se o varejista de menor porte não pode competir com o grande pelo preço, variedade de produtos e infraestrutura, precisa apostar nos detalhes, na comodidade, no serviço. Identificou um índice alto de público feminino com crianças? Abra um espaço para um DVD infantil, brinquedos, preste um serviço fora do óbvio. Tem de ser aquele local visto como uma ‘gracinha’, inovador”, completa Beth.
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Ações
O custo de uma promoção O varejista desavisado costuma não prestar atenção aos detalhes que envolvem o planejamento de vendas e de promoções no ponto de venda. Dessa forma, ele acaba amargando prejuízos
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Por Egle Leonardi
A regra “quanto maior o investimento melhor é o retorno” não é tão verdadeira quando se trata de promoção de vendas. Muitas promoções caríssimas não obtiveram sucesso, devido à sua complexidade ou à falta de adequação com a cultura local. Por outro lado, a simplicidade e a perfeita sintonia com as motivações comuns do público sempre estão presentes nas promoções vencedoras.
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Os problemas considerados mais frequentes nas promoções basicamente são a construção de uma mecânica complicada ou sem inovação, com muitas exigências; comunicação falha; benefícios ou descontos pouco atrativos e que não motivam à participação; duração muito longa e sorteios pouco confiáveis; entre outros. Embora a criatividade e o pioneirismo sejam difíceis de dimensionar, estes são fatores que afetam diretamente os resultados das ações promocionais. Fotos: shutterstock
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Ações
Vale lembrar que promoção de vendas pode ser definida como um conjunto de métodos e recursos que visam aumentar o volume de vendas de um produto ou serviço durante um período de tempo determinado. Ela está praticamente ao alcance de qualquer empresa, independentemente do ramo de atividade, porte ou localização geográfica, pois, na maioria dos casos, não depende de grandes investimentos. Para aumentar o nível de vendas, a promoção deve proporcionar ao consumidor um benefício concreto, sensibilizando-o naquele momento. Portanto, não se deve prolongar uma campanha por muito tempo, pois o benefício adicional pode incorporar-se ao produto ou serviço, reduzindo o impacto e os resultados da ação promocional. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveu a cartilha intitulada Saiba Mais – Promoção de Vendas, em que ensina de maneira didática como executar uma promoção bem-sucedida. No documento, o varejista aprende o que é promoção de vendas e para que serve, o que determina o sucesso de uma promoção e como é o planejamento e o passo a passo para se criar uma promoção de sucesso e que gere rentabilidade. De acordo com o CEO Latam da Smollan, Jefferson Cheriegate, o varejista deve entender a necessidade do consumidor, identificar o perfil do shopper e propor ações e mix de produtos coerentes com a expectativa e o anseio do consumidor. “Para tanto, é preciso garantir que os processos de execução dentro da loja estejam de acordo com o planejamento de vendas e de atendimento idealizado pela gestão do ponto de venda (PDV). O field marketing é uma ferramenta que auxilia no processo de gestão, execução e entrega de resultados junto ao consumidor”, diz o especialista. Para uma ação promocional bem-sucedida, o varejista deve se preparar e, principalmente, se atentar à reposição imediata do mix de produtos, exposição, ao atendimento, layout e à ambientação, atração e retenção do shopper no ponto de venda. “O field marketing é um conceito novo, que está chegando ao Brasil e vem justamente com a proposta de aplicar a estratégia do planejamento no ponto de venda. A ferramenta une gestão à execução (o que inclui a promoção) e garante a operacionalização do ponto de venda de acordo com a proposta e me122
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Problemas mais frequentes nas promoções • Mecânica complicada; • Muitas exigências para participação; • Comunicação falha: mensagem, meios de comunicação ou frequência insuficientes; • Benefício pouco atrativo; • Falta de sintonia com as motivações do público-alvo; • Duração muito longa; • Descontos pequenos demais; • Sorteios pouco confiáveis; • Uso de fórmulas já saturadas; • Pouca ou nenhuma inovação ou criatividade. Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
tas traçadas pelo varejista e pela indústria”, comenta Cheriegate. Para ele, as promoções oferecem uma dinâmica muito interessante ao ponto de venda. O shopper que entra na farmácia está extremamente aberto a descobrir coisas novas e o PDV deve se preocupar em oferecer uma experiência de compra positiva e agradável. Assim, as promoções trazem inovação ao estabelecimento e não deixam que o shopper se acostume a ver sempre a mesma disposição de layout. Isso se torna atrativo. O shopper vai até o ponto de venda com a proposta de ver o que há de novo. No entanto, a promoção deve ser bem planejada para que atenda à relação adequada de custo-benefício. O que não podem faltar, de forma alguma, são as promoções nas datas comemorativas, tais como Dia das Mães, dos Namorados e também o Natal, que são excelentes oportunidades de explorar o ponto de venda com novidades e surpreender o shopper com as ações promocionais. “Disponibilizar consultoras para orientar o consumidor no ponto de venda, principalmente com cosméticos e produtos de beleza, traz sempre um retorno positivo para o varejista”, acrescenta Cheriegate. De acordo com a consultora e especialista em varejo farmacêutico, Silva Osso, os pequenos e médios
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Ações
Promoção – passo a passo
Análise da situação atual (faturamento, preços, concorrência, conjunturas)
Determinação dos alvos
Definição do período de realização, canais de distribuição, área geográfica
Alocação de recursos econômicos, financeiros, humanos e logísticos
Escolha da técnica promocional
Verificação da viabilidade jurídica
Elaboração da mecânica
Desenvolvimento da forma de comunicação (peças, materiais, meios, etc.)
Determinação dos instrumentos de medição e dos parâmetros de avaliação
Treinamento das equipes internas e externas
Lançamento
Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
Para uma ação promocional bemsucedida, o varejista deve se preparar e, principalmente, se atentar à reposição imediata do mix de produtos, exposição, ao atendimento, layout e à ambientação varejos farmacêuticos, para competir com as grandes redes, devem considerar que nem sempre descontos e prazos são importantes. Muitos clientes privilegiam o atendimento e a gentileza. “Eles também têm opor124
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tunidades de receber prazos e descontos da indústria ou dos distribuidores. O problema é que não sabem ou não querem repassar o que recebem para os clientes, pois não são organizados e não fazem controles corretos de suas margens e resultados”, acredita ela. Ela defende que a melhor alternativa para as farmácias atraírem consumidores é oferecer, juntamente com as promoções, também atendimento e serviços, já que os dois são alicerces das farmácias, desde as redes até as independentes.
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Ações
Características da ação Promoções
Calcule os preços Cheriegate lembra que, ao planejar a promoção, deve-se atentar a um dos principais problemas encontrados no varejo, que é a ruptura. O ponto central é não permitir que isso aconteça. Ele ensina que combinar práticas modernas de execução com exposição e atendimento diferenciados possibilita um retorno maior para o varejo. É claro que o custo com o planejamento e a execução de uma promoção tem de estar previsto no preço do produto. O lojista compra xampus para repor o estoque e precisa calcular o preço com que irá vendê-lo na prateleira. Parece simples: ele pega o valor da nota fiscal e adiciona o percentual relativo à margem de lucro desejada. Pronto! O preço está feito, no entanto, está incorreto e pode gerar amargos prejuízos. Esse erro frequente – calcular custos e adicionar markup arbitrário para chegar ao preço final – é repetido pela maioria dos gestores, que parece ser pouco eficiente na fixação de preços dos seus produtos. Vale lembrar que nada pode ser mais importante para o lucro da empresa do que a precificação correta. No período de crise, a regra é evitar o desperdício, porém, não há maior desperdício de receita do que a fixação de preços abaixo dos que devem ser cobrados. Isso se caracteriza pela expressão pagar para vender – típico de uma promoção mal planejada. 126
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Objetivo
Aumentar o volume de vendas em situações específicas.
Público
Qualquer comprador, independentemente do seu perfil.
Recompensa para o cliente
De curto prazo.
Duração
Prazo determinado.
Fonte: ROCHA e VELOSO (1999:56)
A estratégica básica é saber o quanto realmente esse produto vai custar para a empresa. Não se deve levar em consideração apenas o preço em si (prática rotineira pelos varejistas), mas o quanto esse produto vai custar, levando em consideração impostos, custos operacionais, comissões, promoções e possíveis descontos no ato da venda. A partir do momento em que esses valores são analisados, fica muito mais fácil elaborar uma margem de lucro confiável para o produto. O mais importante é medir o custo real do item, saber o quanto representa do faturamento e conhecer os preços dos principais concorrentes para que o estabelecimento ofereça promoções competitivas no mercado. Esses são os principais fatores para uma elaboração de preço coerente. É importantíssimo o formador de preço conhecer bem os impostos que estão inseridos na compra desse item, os custos que ele irá trazer na venda, como a comissão do vendedor e o desconto ao cliente, e qual o índice de custo sobre o faturamento geral. Levando essas variáveis em consideração, o risco de formar preço que não cubra, pelo menos, os custos diminui efetivamente.
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Capacidade visual A SAÚDE OCULAR NEM SEMPRE É PRIORIDADE ENTRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA. ALGUMAS ALTERAÇÕES GRAVES PODEM APRESENTAR-SE INICIALMENTE ASSINTOMÁTICAS
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POR TASSIA ROCHA
As doenças da visão podem aparecer em qualquer momento da vida, desde o nascimento à terceira idade. Assim como o corpo, o olho também envelhece e, por isso, é necessário conhecer os problemas que mais atingem a população. De acordo com a publicação de 2013 Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância: detecção e intervenção precoce para a prevenção de deficiências visuais do Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que existem aproximadamente 1,4 milhão de crianças com
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deficiência visual no mundo, sendo que cerca de 90% vivem em países em desenvolvimento ou muito pobres. A cada ano, aproximadamente, 500 mil crianças ficam cegas e em torno de 60% morrem na infância. Cerca de 80% das causas de cegueira infantil são preveníveis ou tratáveis. Especialistas informam que é importante que os pais fiquem atentos desde a infância; já nos primeiros anos de vida, é possível notar se existe algum problema visual, em especial, quando as crianças apresentam baixo aproveitamento na escola. Elas devem fazer a avaliação ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK FOTO: SHUTTERSTOCK
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Você sabia que a boa alimentação é essencial para a uma visão saudável? Teste seus conhecimentos sobre vitaminas e minerais e seu impacto para a saúde dos olhos. Veja as respostas no final da página. 1 Quais alimentos são mais ricos em A
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luteína e zeaxantina? Cereais integrais, como linhaça, aveia, arroz e trigo, e alimentos derivados, como pães integrais. Alimentos verde-escuros, como espinafre, e amarelo-alaranjados, como cenoura.
A luteína e a zeaxantina são carotenoides, que filtram a radiação solar e protegem a retina, retardando o envelhecimento ocular. No colostro, o leite materno da primeira mamada, são encontradas altíssimas quantidades de luteína, mostrando como o nosso organismo dá extrema importância à proteção visual.
3 As principais fontes de ômega 3 são: A
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A vitamina A atua na formação dos pigmentos visuais e na manutenção das células da córnea e da conjuntiva. A deficiência de vitamina A compromete a imunidade ocular e aumenta o risco de xeroftalmia, que é a cegueira noturna.
alimentamos com: Carboidratos complexos e carnes com baixo percentual de gordura, como filé de frango grelhado e sem pele. Óleos vegetais em geral (milho, soja, girassol), azeite e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas).
A vitamina E é um dos principais antioxidantes e sua função no olho é proteger o globo ocular e mantê-lo hidratado.
4 O zinco pode ser encontrado nos
2 Você sabe quais são as principais A
A
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Os ácidos graxos ômega 3 são muito importantes para a retina, para a transmissão do estímulo visual e agem também como um antiinflamatório natural, prevenindo os olhos secos e ajudando a manter a qualidade das lágrimas.
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fontes de vitamina A? Alimentos de origem animal, como vísceras, especialmente o fígado, gemas de ovos e leite integral e seus derivados. Frutas, verduras, legumes, ou seja, todos os alimentos de origem vegetal.
Peixes de águas frias, como atum e salmão. Carnes vermelhas e vísceras, como fígado e coração.
5 Consumimos vitamina E quando nos
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seguintes alimentos: Carnes vermelhas, ostras, semente de abóbora e girassol, oleaginosas, como amêndoa, noz-pecã e castanha-do-pará; Frutos do mar em geral, como polvo, caranguejo e peixes grandes do topo da cadeia alimentar.
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É hora de desacelerar o relógio do envelhecimento ocular. Contém: • Antioxidantes; • Luteína / Zeaxantina; • Ácidos graxos ômega 3. 1-3
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Referências: 1. Norkus EP, Norkus KL, Dharmarajan TS, Schierle J, Schalch W. Serum lutein response is greater from free lutein than from esterified lutein during 4 weeks of supplementation in healthy adults. J Am Coll Nutr. 2010 Dec;29(6):575-85. 2. Vide embalagem do produto 3. Age-Related Eye Disease Study 2 Research Group. Lutein + zeaxanthin and omega-3 fatty acids for age-related macular degeneration: the Age-Related Eye Disease Study 2 (AREDS2) randomized clinical trial. JAMA. 2013 May 15;309(19):2005-15. Erratum in: JAMA. 2013 Jul 10;310(2):208. ©2015 Novartis AP3:BR1504320518-PH-ABR/2015 Registro ANVISA nº 4.5141.0969.001-3 Respostas: 1-B, 2-A, 3-A, 4-A, 5-B.
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ESPECIAL SAÚDE
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da acuidade visual anualmente, principalmente até os sete anos de idade, período em que o processo de desenvolvimento da visão está se completando. Já os adultos devem passar por acompanhamento médico com maior regularidade. Se possível, anualmente, principalmente após os 40 anos de idade, fase em que algumas doenças oculares têm uma maior prevalência. De acordo com os dados fornecidos pelo oftalmologista da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, especialista em retina e vítreo pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e atual presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), Dr. André Gomes, segundo o Censo 2010, 45,6 milhões de brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência física ou mental. O número representa 23,9% da população do País. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas e chegou a 35,7 milhões de pessoas. Pelo estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato. “Os sinais do tempo podem ser detectados por meio da presença da presbiopia, chamada também de vista cansada. A catarata é a mais comum entre as condições do envelhecimento, acometendo pessoas especialmente após os 50 anos de idade, com influência da exposição solar. Outra patologia comum é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), como o próprio nome diz, também está relacionada ao envelhecimento dos olhos. Com o aumento da expectativa de vida, a tendência é termos mais incidência dessas doenças”, informa a oftalmologista consultada pela Alcon, Dra. Samantha de Albuquerque.
DIAGNÓSTICO PRECISO A oftalmologista e gerente médica da Johnson & Johnson Vision Care, Dra. Wânia Freire, informa como diferenciar as principais doenças que atingem e preocupam os pacientes: • Catarata: opacificação do cristalino, lente natural do olho. Tem diversas causas, podendo ser congênita ou adquirida. Mais frequentemente relacionada ao processo natural de envelhecimento do olho. • Síndrome do olho seco: é bastante complexa e pode ter várias causas, separadas basicamente em dois grandes grupos: diminuição da produção e excesso de evaporação. A produção das lágrimas pode ser influenciada por diversos elementos, como a poluição, os hormônios e traumas. Mulheres que fazem uso de contraceptivos orais ou aquelas que estão na menopausa, pessoas com doença 130
UMA VIDA SAUDÁVEL É MUITO IMPORTANTE PARA A SAÚDE OCULAR. NO CASO DE REPOSIÇÃO DE VITAMINAS, UMA SOLUÇÃO MUITO USUAL É A UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS autoimune ou que utilizam certos fármacos, como antidepressivos, anti-histamínicos, diuréticos, tranquilizantes, entre outros, são mais susceptíveis a sofrer dessa síndrome. Fatores ambientais podem influenciar na causa evaporativa. Indivíduos que trabalham com computador em ambientes com ar condicionado são comumente acometidos por essa afecção, assim como crianças que passam muito tempo na frente de video games. Os sintomas clínicos são relativamente leves, como irritação, coceira, queimação, fotofobia, hiperemia, visão borrada – que melhora após piscar – e lacrimejamento em excesso. Este quadro normalmente piora após longos períodos em frente à TV ou com a leitura, bem como em ambientes de baixa umidade. • Miopia: é uma ametropia ou erro de refração que afeta principalmente a visão a distância. Nela, a imagem é focada à frente da retina porque o globo ocular é grande ou porque a convergência das lentes naturais do olho (córnea e cristalino) é muito grande. • Hipermetropia: outro tipo de ametropia que provoca, principalmente, uma dificuldade de visão para perto. A imagem, nesse caso, é focada atrás da retina quando, em um olho normal, deveria ser focada na retina. • Alergias: estão entre as inflamações mais comuns e corriqueiras, pois podem acometer qualquer pessoa que se exponha a algum alergênico. Poeira e pólen são os mais conhecidos, porém devem-se apontar produtos com os quais o paciente tem contato em casa como potenciais gatilhos de alergias, como o cloro usado na piscina, pelo de animais, principalmente se estes entram no quarto ou dormem na cama, e alimentos específicos, principalmente os corantes. Os sintomas da alergia ocular são semelhantes com os da conjuntivite: olhos vermelhos, pálpebras inchadas, lacrimejamento e secreção mucosa. Mas, no caso da conjuntivite alérgica, destacam-se o prurido ocular e o histórico de alergias.
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Especial saúde
olhos
O tratamento mais importante é o afastamento do causador da alergia e, na fase inicial, é indicado o uso de compressas geladas várias vezes ao dia para diminuir o inchaço das pálpebras de forma eficiente. O uso de colírios antialérgicos por um período prolongado, não só para tratar a crise aguda, mas também para evitar novas recidivas, é uma das formas de terapia medicamentosa. Já nos casos de crises severas ou crônicas, a inclusão de colírios de natureza esteroide pode ser usada para interromper o processo inflamatório e, assim, aliviar os sintomas. • Astigmatismo: quando a superfície do olho (a córnea) ou o cristalino atrás dele apresentam maior curvatura em um eixo, esta irregularidade pode gerar o astigmatismo. Em vez de ser redondo, o globo ocular tem um formato ovalado. Dessa forma, os raios de luz não chegam ao mesmo ponto na retina e são direcionados em várias direções, o que faz com que a imagem levada ao cérebro se torne deformada, distorcida ou desfocada. • Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): é caracterizada por alterações na mácula, região da retina responsável pela visão de detalhes. É uma doença que se caracteriza por perda visual significativa e, em geral, acomete pessoas acima dos 50 anos e se apresenta de duas formas basicamente: a DMRI atrófica (seca), mais frequente e a DMRI exsudativa (úmida). • Retinopatia da prematuridade: é uma doença que aparece nos bebês que nascem prematuros e com o desenvolvimento incompleto dos vasos da retina. Esse desenvolvimento fora do útero pode acontecer de forma anormal, destruindo a estrutura da retina e levando à cegueira. 132
Quanto menores o período de gestação e o peso ao nascimento, pode ocorrer um maior risco de aparecimento da doença e potencializar sua gravidade. É importante que essas crianças sejam acompanhadas por um oftalmologista durante os períodos de risco, até o momento em que o perigo praticamente desapareça. • Glaucoma: é uma doença definida pelo dano progressivo ao nervo óptico, frequentemente associado ao aumento da pressão intraocular, mas nem sempre. Na maioria dos casos, não há dor e o paciente com glaucoma, muitas vezes, nem percebe que está perdendo de forma gradativa e irreversível a visão. O diagnóstico precoce pode preservá-la e um exame oftalmológico anual para todas as pessoas é muito importante, principalmente para indivíduos com histórico familiar. • Retinopatia Diabética: o diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos de todo o corpo, inclusive do olho, provocando hemorragias e exsudação (vazamentos) que podem levar a uma perda visual severa e irreversível. Por esse motivo, é importante que o paciente diabético faça o acompanhamento com um oftalmologista, de preferência com exames anuais de Mapeamento de Retina. • Estrabismo: é um tipo de alteração ocular quando os olhos não estão paralelos e se voltam para direções diferentes. O desvio dos olhos pode ser constante e sempre percebido, assim como podem ocorrer períodos normais e outros com olhos desviados. São seis pares de músculos extraoculares, presos do lado de fora de cada globo ocular, que controlam os movimentos dos olhos. Para alinhar e focalizar um ponto, por exemplo, todos os músculos oculares devem estar
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Especial saúde
olhos
Tempos modernos Assistir à televisão de perto e ficar muito tempo em frente ao computador podem causar cansaço ocular. Algumas queixas, como ardor, lacrimejamento, ressecamento, hiperemia e embaçamento, podem ser apresentadas. Ocorre uma diminuição do movimento do piscar e a má lubrificação do olho, podendo ainda estar associado à presbiopia (dificuldade para enxergar de perto devido à idade), fatores ambientais (poluição, ar condicionado), agravando os sintomas citados. A Computer Vision Syndrome (CVS), ou Síndrome da Visão do Computador, pode afetar qualquer pessoa que, com muita frequência, passa mais de duas horas diante do PC, sem pausa, gerando o ressecamento dos olhos, miopia transitória, etc. Algumas mudanças em relação aos monitores e TVs podem ajudar o paciente que apresenta alguma dificuldade na visão.
Saiba como orientar: • Posicionar os eletrônicos abaixo da altura dos olhos, pois ao dirigir o olhar para baixo, o movimento das pálpebras diminui a exposição dos olhos, evitando, assim, a maior evaporação da lágrima. • Programar intervalos regulares no uso do computador. • Colocar algum objeto que chame a atenção na lateral do monitor para desviar o olhar da tela. • Manter o ambiente bem iluminado, porém evite reflexos de janelas na tela. • Deixar o monitor a uma distância de 50 a 65 centímetros dos olhos. • Piscar com frequência, mesmo que voluntariamente, para lubrificar os olhos.
Fontes: tecnóloga em oftalmologia e coordenadora de treinamentos de Vision Care da Bausch + Lomb, Viviane Nishida; oftalmologista e gerente médica da Johnson & Johnson Vision Care, Dra. Wânia Freire; e o oftalmologista consultado pela Allergan, Dr. Luiz Adolfo Elia
num equilíbrio perfeito de forças. O estrabismo é mais comum em crianças, mas também atinge adultos, homens e mulheres, de forma equivalente.
Os tipos mais conhecidos de estrabismo são: • Esotrópico: quando um ou ambos os olhos desviam para dentro; • Exotrópico: quando um ou ambos os olhos desviam para fora (o paciente olha para longe ou em situações de desatenção e cansaço). Nos adultos, o estrabismo pode ter alguns fatores envolvidos, como o caráter familiar, por exemplo. Outras causas também devem ser estudadas, como doenças neurológicas, tumores cerebrais, diabetes, doenças de tiroide e acidentes.
Medidas preventivas Uma alimentação adequada e uma vida saudável são tão importantes para a saúde de um modo geral, quanto para a saúde ocular. No caso de reposição de vitaminas, uma solução muito usual é a utilização de suplementos vitamínicos. Porém, o aproveitamento de seus benefícios é bem melhor quando utilizado junto 134
com outros alimentos. Os suplementos são indicados em casos específicos em que a dieta não é suficiente para essas vitaminas. Segundo o oftalmologista consultado pela Allergan, Dr. Luiz Adolfo Elia, existem quatro grupos principais de nutrientes que são considerados bons para a saúde dos olhos: • Vitaminas antioxidantes: as vitaminas A, C e E contêm antioxidantes que ajudam a manter as células e os tecidos saudáveis nos olhos, ajudando assim a retardar a progressão da DMRI. A vitamina C também é considerada na redução do risco de desenvolvimento da catarata. • Luteína e zeaxantina: muitos estudos mostraram que esses nutrientes antioxidantes, chamados carotenoides, reduzem o risco e retardam a progressão das doenças crônicas dos olhos, como a DMRI. • Ômega-3: considera-se que este ácido graxo essencial desempenhe uma função importante no desenvolvimento visual dos bebês e crianças. Uma dieta pobre em ômega-3 foi associada com doenças nos olhos e DMRI. A síndrome do olho seco, uma condição que afeta a função de produção de lágrimas de seus olhos, também foi ligada à deficiência do ômega-3. • Minerais: os minerais, zinco e cobre, ajudam o corpo a absorver os nutrientes e as vitaminas.
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alergias respiratórias
Vias congestionadas Entre o outono e o inverno, a incidência de problemas respiratórios pode crescer até 40%, aumentando, assim, o fluxo de pessoas com esses problemas nas farmácias. Prepare-se para proporcionar um bom atendimento
E
Por Kathlen Ramos
Espirros, obstrução nasal, respiração prejudicada e idas mais frequentes aos postos de saúde para buscar ajuda são alguns dos sinais que, junto com o frio, sinalizam a chegada do outono/inverno. Afinal, é neste período que começam a se intensificar os quadros de alergias respiratórias. Com a aproximação dos meses mais frios, o ar se torna mais seco e poluído, e costuma acontecer uma sensível redução das chuvas. Também é o período de tirar as roupas mais quentes do armário e que, por vezes, foram impregnadas pelo mofo, ácaros ou poeira. Todos esses fatores somados, e aliados a ambientes mais fechados, que propiciam a disseminação de vírus e bactérias, são agentes responsáveis pela redução da qualidade de vida dos acometidos nesta época do ano. “O inverno é a estação em que os alérgicos mais sofrem, sobretudo pelas bruscas mudanças climáticas e pela alta exposição a alérgenos. Estima-se
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que as alergias respiratórias aumentem 40% durante a estação”, avalia o alergista e coordenador técnico do projeto social Brasil Sem Alergia, Dr. Marcello Bossois. Os sintomas variam de acordo com a doença respiratória, mas podem passar por coriza, prurido nasal ou coceira, espirros e obstrução nasal (nariz entupido), na rinite, e dispneia (ou falta de ar), tosse seca e chiado no peito, especialmente nos casos de asma ou bronquite. Mas, segundo os especialistas, as doenças alérgicas podem ser prevenidas e controladas. E essa prevenção pode ter início desde cedo, na infância, evitando, assim, o desvio do sistema imune para o desenvolvimento do problema. “Medidas simples, como aleitamento materno exclusivo até os seis meses e evitar a exposição à fumaça do cigarro, particularmente na gravidez e na infância, podem auxiliar na prevenção de doenças, como a asma, por exemplo”, alerta a especialista em alergia e imunopatologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Elaine Miranda.
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Segundo o pneumologista e membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dr. André Luís Albuquerque, também é importante que se atue diretamente na causa da alergia, reduzindo a exposição aos agentes desencadeantes. “O primeiro passo é o paciente evitar o contato com possíveis alérgenos. Se o agente causador são perfumes fortes, por exemplo, sempre devem-se evitá-los”, orienta. Vale, ainda, estar em dia com os principais cuidados ambientais. “Na residência, o mais importante é priorizar a limpeza, evitar o acúmulo de pó ou mofo e manter o ambiente sempre arejado”, aconselha o otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Dr. Valter Hirome Tanaka.
Evolução no tratamento Caso as crises respiratórias apareçam, há diversas formas eficazes de tratamento. “Na fase aguda, ajudam muito os anti-histamínicos via oral e os corticoides tópicos nasais”, descreve o Dr. Tanaka. Já para situações
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nas quais o paciente sofre por obstrução nasal, os descongestionantes também podem ser usados por tempo limitado, na fase aguda da doença. “Esses medicamentos agem por meio de vasoconstritores e provocam uma retração da mucosa”, explica. Seja qual for o tratamento escolhido, é importante reforçar a evolução pela qual os medicamentos para esse fim passaram ao longo dos anos, seja na composição ou no modo de uso. “Existem anti-histamínicos com atividade anti-inflamatória que atuam, por exemplo, no bloqueio da histamina, uma das responsáveis pela sintomatologia da rinite”, comprova a alergologista do Fleury Medicina e Saúde, Dra. Barbara G. Silva. “Ainda relacionado à rinite, os corticoides nasais também evoluíram, seja na variedade de formulações disponíveis ou na utilização de dispositivos diferentes e fáceis de usar”, acrescenta, destacando que, para casos de asma brônquica, existem os corticoides orais (para aspiração), que, à semelhança dos nasais, também possuem dispositivos fáceis de ser utilizados, com
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alergias respiratórias
Panorama das patologias Rinite É a inflamação da mucosa do revestimento nasal. A rinite alérgica se parece muito a um resfriado e se constitui como a mais comum das alergias respiratórias, afetando de 10% a 40% da população mundial ao longo da vida, especialmente as crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 400 milhões de pessoas sofrem de rinite. Vale lembrar, ainda, que cerca de 80% dos pacientes com asma têm rinite alérgica. Embora não seja considerada grave, a doença pode se tornar muito incômoda, causando espirros repetidos, coriza líquida e abundante, com coceiras no nariz, olhos, ouvidos e garganta. Sinusite É a inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Na forma aguda, costuma trazer dor de cabeça, que pode ser forte, em pontada, pulsátil, sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, surge obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, e/ou sanguinolenta, dificultando a respiração. Febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite costumam estar presentes. Faringite É a inflamação da faringe, geralmente viral. Causa febre e dor na deglutição com ou sem foco bacteriano.
Asma/Bronquite São complicações respiratórias, mas patologias distintas. A asma é uma doença genética com forte componente alérgico, mas tendo ocorrência condicionada também pela interação do indivíduo com o meio ambiente. A bronquite se divide em dois tipos: a aguda, geralmente causada por vírus e bactérias ou inalação de substâncias irritantes; e a crônica, caracterizada pela tosse produtiva diária por mais de três meses. Segundo a OMS, estima-se que 235 milhões de pessoas sofram de asma em todo mundo. No Brasil, ela acomete cerca de 10% da população e também é responsável por elevados gastos com hospitalizações. Em 2014, foram 112.772 internações por asma, constituindo uma das principais causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando todos os grupos etários. Ainda no País, o número de mortes evitáveis por asma é estimado em cerca de 2.500 pessoas, anualmente. Em estudo com asmáticos em tratamento na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi estimado um custo médio (direto e indireto) da asma de quase R$ 2 mil/ paciente-ano, com um incremento de 12% para os asmáticos com rinite associada. Seja na asma ou na bronquite, os sintomas mais comuns são a intensificação da tosse que pode ser acompanhada com produção de catarro, falta de ar e chiado no peito. Muitos pacientes acordam à noite com falta de ar e chiado, visto que os sintomas da asma tendem a piorar durante a noite.
Fontes: otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Dr. Valter Hirome Tanaka; diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia, Dr. Rodrigo Athanazio; Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde; e o especialista em alergia e imunopatologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dr. Eduardo Costa
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Especial saúde
alergias respiratórias
Caso as crises respiratórias apareçam, há diversas formas eficazes de tratamento. Na fase aguda, ajudam muito os anti-histamínicos via oral e os corticoides tópicos nasais
entre os corticoides por inalação/aspiração via oral, o que melhorou foi a sensação de ardência. Ela lembra, no entanto, que independentemente do tipo de dispositivo, é necessário que a técnica de administração seja sempre revista. “A melhora do paciente depende do medicamento e da correta utilização. A aplicação incorreta pode levar a alguns efeitos colaterais, seja a não melhora do quadro clínico ou o surgimento de candidíase oral. Por isso, se recomenda o ‘gargarejo’ com água após a administração”, finaliza.
um maior número de classes diferentes disponíveis (diferentes potências). Há, ainda, os novos medicamentos, como os monoclonais. “Eles agem em diferentes pontos do sistema imune, diminuindo a frequência das crises, controlando-as e melhorando, assim, a qualidade de vida dos pacientes”, explica a médica. Os efeitos colaterais também foram reduzidos. Entre os anti-histamínicos, por exemplo, os mais utilizados há alguns anos eram os de primeira geração, considerados sedantes, que exercem um efeito calmante, levando à sonolência. Hoje, os usuários podem se livrar desses efeitos. “Os mais utilizados, atualmente, são os de segunda geração, não sedantes”, constata a Dra. Barbara. A alergologista do Fleury também recorda que os broncodilatadores, no início, se resumiam apenas aos de curta duração, fazendo com que o paciente tivesse de levar ‘bombinhas’ para todos os lugares. Essa realidade também mudou. “Agora, com broncodilatadores de longa duração, isso não é mais necessário na maioria dos casos”, mostra a especialista, acrescentando que,
As alergias respiratórias podem afetar pessoas de quaisquer idades. Entretanto, em alguns grupos, a atenção precisa ser redobrada. Em crianças, por exemplo, as chances de evolução do quadro alérgico para pneumonia são muito maiores. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), fornecidos pelo Dr. Bossois, mais de 300 milhões de pessoas sofrem de asma em todo o mundo, sendo que as crianças representam mais metade dos casos. Mas seja qual for a faixa etária, é importante estar atento aos primeiros sinais. Afinal, uma simples alergia pode se tornar algo bastante preocupante, já que a doença aumenta muito as chances de uma infecção secundária. De acordo com o Dr. Bossois, uma alergia de fundo respiratório mal tratada pode provocar, por exemplo, uma grave pneumonia crônica, caso a inflamação da mucosa respiratória e o acúmulo de secreção nas vias respiratórias se mantenham por um longo período. “Aproximadamente 35% da população mundial sofre de algum tipo de alergia, então é muito importante que todos estejam atentos aos primeiros sinais de uma alergia respiratória, que poderá se manifestar por meio de espirros constantes, tosses e/ou falta de ar”, adverte.
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HÁ UM CONJUNTO DE QUESTÕES QUE DEVEM SER OBSERVADAS QUANDO SE PRETENDE ESCOLHER UM CONTRACEPTIVO POR TASSIA ROCHA
Não adianta o paciente saber que existem diversos métodos contraceptivos se ele não souber como funcionam, como agem, sua eficácia, vantagens e desvantagens. O uso de contraceptivos tem a função de inibir uma gravidez indesejada, mas também possui diversos benefícios para a saúde da mulher. Entre eles estão: o controle de irregularidades no ciclo menstrual, o tratamento e alívio das cólicas durante a menstruação, o equilíbrio hormonal, a minimização dos sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM), além do controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Eles são
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essenciais para o planejamento familiar e devem ser adotados por homens e mulheres em idade fértil com vida sexual ativa. “A partir do momento em que a vida sexual é iniciada, é preciso se prevenir. Não somente da gravidez indesejada quanto de doenças sexualmente transmissíveis (com camisinha), e a escolha do melhor método será definido pela paciente com o auxílio do ginecologista para garantir os cuidados necessários à saúde”, afirma o ginecologista e obstetra dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz, Dr. José Bento. O Dr. Bento informa que os métodos contraceptivos possuem ações específicas e, em alguns casos, o retorno FOTOS: SHUTTERSTOCK
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desejado é diferente de uma paciente para outra, pois são organismos diferentes. O que é natural acontecer. “Muitas vezes, a paciente deseja um tipo específico de contracepção, porém o seu corpo não se adapta e é preciso ter uma nova recomendação. O profissional, na hora de realizar a indicação, deve analisar o quadro clínico em que a paciente se encontra e investigar também o histórico familiar. Além disso, a rotina e os objetivos são levados em conta na hora da escolha”, completa o especialista. O Dr. Bento alerta que, ao contrário do que muitos dizem, os métodos contraceptivos hormonais não comprometem a fertilidade, eles protegem, pois evitam os cistos do ovário, os miomas e a endometriose. Mas somente os métodos hormonais. Uma pesquisa do Instituto Resulta com a Libbs Farmacêutica, realizada em 2013 em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, com 340 voluntárias, apontou um número expressivo de mulheres jovens (entre 18 e 30 anos) que consideram a ideia de não menstruar: 40% disseram que gostariam de interromper o ciclo, mas apenas 19% revelaram já ter feito uso de algum método de supressão menstrual. A baixa adesão, segundo os pesquisadores, é justificada pela falta de informação a respeito dos métodos e pelo desconhecimento de possíveis efeitos colaterais. O contraceptivo mais usado no mundo é o oral combinado (pílula combinada). É o método preferido pelas mulheres por ser um medicamento seguro, de fácil acesso e que está disponível em diferentes formulações, o que permite a individualização do tratamento de acordo com o perfil de cada usuária. De acordo com o médico especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Achilles Machado Cruz, são muitos os métodos atualmente disponíveis no mercado e, para facilitar o entendimento, pode-se dividi-los em hormonais e não hormonais.
OS MÉTODOS HORMONAIS APRESENTAM ALTA EFICÁCIA CONTRACEPTIVA E SÃO REPRESENTADOS POR: Pílula anticoncepcional combinada: a pílula, também conhecida como Contraceptivo Oral Combinado (COC), é composta da combinação de dois hormônios parecidos com os que são produzidos pelo corpo da mulher, um estrogênio e um progestagênio. Age ini144
bindo a ovulação e torna o muco cervical espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides para o interior do útero. A pílula combinada pode ser administrada com pausa de 4 ou 7 dias entre as cartelas ou de forma contínua (cartelas com 28 comprimidos ativos). Algumas pílulas podem conter 28 comprimidos, mas nem todos são ativos, ou seja, apresentam comprimidos de placebo no final da cartela. Com percentual alto de eficácia (91% a 99,7%), é o método anticoncepcional mais usado pelas mulheres, mas sua eficácia depende muito da disciplina e colaboração da mulher. Para que a pílula cumpra seu papel, a paciente tem de tomá-la da maneira correta, diariamente e, de preferência, no mesmo horário. Pílulas só de progestagênio: também denominadas de minipílulas por conter só o componente progestagênio – um derivado sintético da progesterona. São indicadas principalmente para mulheres que estão amamentando ou que apresentam contraindicação ao uso de pílulas combinadas devido ao componente estrogênio. São apresentadas em cartelas de 28 comprimidos e a tomada é diária sem pausa entre as cartelas. A eficácia das pílulas mais modernas de progestagênio é similar à das pílulas combinadas. Anticoncepcional injetável trimestral: as indicações são as mesmas das pílulas só de progestagênio, uma vez que apresentam apenas o componente progestacional. Requer a aplicação intramuscular a cada
OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS POSSUEM AÇÕES ESPECÍFICAS E, EM ALGUNS CASOS, O RETORNO DESEJADO É DIFERENTE DE UMA PACIENTE PARA OUTRA. MUITAS VEZES, A PACIENTE DESEJA UM TIPO ESPECÍFICO DE CONTRACEPÇÃO, PORÉM O SEU CORPO NÃO SE ADAPTA E É PRECISO TER UMA NOVA RECOMENDAÇÃO
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três meses por profissionais capacitados. O índice de falha é de 0,2% a 6%. O hormônio é liberado diariamente e, geralmente, cessa a menstruação. Anticoncepcional injetável mensal: o anticoncepcional injetável mensal é semelhante à pílula combinada, uma vez que é composto de um estrogênio e um progestagênio. É prático, pois não exige que seja administrado diariamente, mas requer a aplicação intramuscular mensal por profissionais capacitados. O índice de falha é similar ao do injetável trimestral. Os hormônios são liberados diariamente e a menstruação ocorre normalmente. Adesivo transdérmico: o adesivo transdérmico é semelhante à pílula combinada, uma vez que é composto de um estrogênio e um progestagênio. Deve ser colado na pele (braços, nádegas ou abdômen) e deixado durante 7 dias; no oitavo, é removido e outro é aplicado imediatamente. Após 21 dias de uso, a mulher descansa uma semana e volta a usá-lo. Os hormônios são liberados aos poucos no organismo da mulher, o que promove o bloqueio da ovulação e dificul146
ta a passagem dos espermatozoides para o interior do útero. A eficácia é similar à da pílula combinada. No entanto, pode estar reduzida em pacientes com peso superior a 90 kg. Anel vaginal: trata-se de um anel de silicone para ser inserido pela própria mulher no canal vaginal e que libera diariamente estrogênio e progestagênio. Cada anel é destinado a um ciclo de uso que compreende três semanas de utilização, seguidas de uma semana sem o anel. A eficácia é similar à da pílula combinada. Sistema Intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU): também é conhecido como endoceptivo. É um dispositivo de plástico, semelhante ao Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, que contém um reservatório com progestagênio que é liberado diretamente no interior do útero. Deve ser inserido por profissional médico treinado e capacitado. É um método muito eficiente com índice de falha de 0,2%. Atua por meio da ação do progestagênio, impedindo que os espermatozoides fertilizem o óvulo. O efeito dura até 5 anos e o retorno à fertilidade é imediato após a sua retirada.
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Uso contínuo Da mesma forma que a contracepção oral em regime tradicional, o Contraceptivo Oral Combinado (COC) contínuo pode ser usado por mulheres saudáveis desde a adolescência até a perimenopausa. As contraindicações ao uso da pílula contínua são as mesmas associadas à pílula de uso convencional. A pílula em regime contínuo pode beneficiar mulheres com sintomas menstruais, como cefaleia, dismenorreia (cólica menstrual), menorragia (sangramento excessivo causado por disfunção hormonal), doenças do útero (mioma e adenomiose), doenças hematológicas e anemia. Outra indicação é para aquelas pacientes com desejo de suspensão da menstruação por conveniência ou simplesmente pela preferência pessoal em não menstruar. Para suprimir a menstruação, os métodos hormonais mais comumente adotados são a pílula combinada de uso contínuo, a pílula só de progestagênio, o injetável trimestral, o implante hormonal e o sistema liberador de levonorgestrel. Em geral, os efeitos colaterais da pílula contínua são os mesmos observados com o uso das pílulas em regime convencional. Em alguns casos, a menstruação não chega a ser suspensa totalmente e as mulheres podem apresentar sangramento irregular do tipo spotting (mancha menstrual) ou sangramento de escape. O sangramento irregular tende a diminuir ou desaparecer com a continuidade do tratamento. Todo medicamento deve ser tomado sob orientação médica. Estudos recentes mostram que a contracepção contínua usada no longo prazo não provoca efeitos diferentes daqueles observados com o uso de pílulas no regime tradicional com pausa. Não existe um prazo definido para a contracepção contínua. Ela pode ser adotada pelo tempo que for necessário, respeitando a indicação e as necessidades individuais. Fonte: médico especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Achilles Machado Cruz
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Implante hormonal: trata-se de uma cápsula de um material plástico que é inserida embaixo da pele da face interna do braço e que libera diariamente uma pequena quantidade de progestagênio. O efeito dura até 3 anos e o retorno à fertilidade é imediato após a sua retirada. Da mesma forma que os demais métodos só de progestagênio, pode ser usado durante a lactação e por mulheres com contraindicação ao estrogênio. É um método altamente eficaz com taxa de falha de 0,05%. É frequente a presença de irregularidade menstrual, principalmente durante o primeiro ano de uso.
Entre os principais métodos não hormonais, que apresentam boa eficácia contraceptiva, estão: Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU): trata-se de um dispositivo de plástico e cobre, em geral, no formato de T, que é inserido pelo médico no interior do útero. É um método muito eficiente e o índice de falha é de 0,6% a 0,8%. Atua por meio da ação espermicida do cobre, impedindo que os espermatozoides fertilizem o óvulo. O efeito dura até 5 anos e o retorno à fertilidade é imediato após a sua retirada. Camisinha masculina ou preservativo: capa de látex que deve ser colocada sobre o pênis antes do contato sexual. Auxilia na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e o índice de falha é de 2% a 18%. Camisinha feminina: assim como a camisinha masculina, trata-se de um método de barreira que impede que o espermatozoide entre em contato com o corpo feminino, protegendo contra as doenças sexualmente transmissíveis. Feita de um material plástico mais fino que a camisinha masculina, uma extremidade é inserida na vagina e a outra recobre a vulva. A taxa de falha é um pouco superior ao da camisinha masculina, 5% a 21%. Diafragma: também é um método de barreira, formado por estrutura de látex para ser colocado e retirado da vagina pela usuária. Para ser eficiente, deve ser colocado duas horas antes da relação sexual e retirado entre quatro e seis horas após o sexo. Deve ser combinado com gel espermicida. A melhor conduta antes de iniciar o uso de métodos hormonais, é que a paciente tenha uma boa conversa com o médico, um bom exame clínico e se houver qualquer risco de ter algum fenômeno tromboembolico, por exemplo, o médico vai saber orientar quais os exames de sangue específicos para chegar a algum diagnóstico.
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Transformações no corpo e na pele Alterações hormonais fazem com que a pele se torne mais sensível durante a gestação, estando suscetível a estrias, celulites e flacidez. Conheça os métodos preventivos
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Por Kathlen Ramos
Mais oleosidade na pele e maior propensão a manchas, celulites, estrias e flacidez. Além da preocupação para uma boa gestação, as mamães também precisam ter atenção redobrada com a pele nesse período para que não ocorram danos permanentes. Segundo a tecnóloga em estética e autora do livro Gestantes – Cuidados Estéticos Durante a Gravidez, Isabel Luiza Piatti, devido às modificações hormonais normais desta fase, a pele torna-se mais sensibilizada. Assim, no rosto, podem ocorrer tanto alterações transitórias, como oleo-
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sidade excessiva; quanto definitivas, como manchas e cicatrizes de acne. No corpo, estrias, celulites e flacidez são as maiores ocorrências. Mas grande parte desses problemas pode ser evitada. “Durante a gestação, o corpo passa por diversas transformações, sendo que muitas delas podem se tornar motivo de desconforto. A boa notícia é que hoje já é possível unir maternidade, bem-estar, saúde e beleza”, afirma Isabel. Acompanhe, a seguir, os cuidados preventivos com estrias e celulites e fique por dentro das linhas específicas para gestantes que podem ajudar a atenuar, controlar e prevenir estes problemas.
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Estrias, um reflexo do estiramento da pele Durante a gestação, a pele tem a capacidade de se estender e voltar ao normal, sem deixar sequelas. No entanto, é preciso ter alguns cuidados para que não haja danos. “Estria é um tipo de cicatriz. As fibras colágenas e elásticas se rompem, levando à formação de cicatrizes na pele. Normalmente, são as estrias rubras que acometem as gestantes”, explica a dermatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, Dra. Thais Pepe. A dermatologista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Érica Monteiro, explica que as estrias acometem entre 70% e 90% das gestantes, especialmente a partir da 24ª semana de gravidez. “Há associação significativa entre o aparecimento de estrias e o excesso de peso dos bebês e das mães. Estudos mostram que as estrias são apontadas como um dos maiores incômodos relatados pelas gestantes”, constata a especialista. E algumas áreas do corpo costumam ser mais afetadas, conforme afirma o consultor médico em ginecologia e obstetrícia da Biolab Farmacêutica, Dr. Ricardo Lencioni Mazzei. “O problema aparece mais comumente no abdômen e ao redor da cicatriz umbilical. Acomete, também, algumas mulheres na região do quadril e flancos, e as mamas, nas regiões laterais”, descreve. De modo geral, as estrias podem ser classificadas em duas fases. A primeira delas é a inflamatória, caracterizada como o estágio inicial, comum na gravidez e capaz de responder melhor a tratamentos. Nessa etapa, elas se apresentam vermelhas e elevadas. A outra fase é a tardia e, nela, é característico o aspecto esbranquiçado e mais plano da estria. Segundo a gerente médica da Bayer, Dra. Juliana Machado, as medidas preventivas devem ser tomadas desde a descoberta da gravidez, com atenção especial para o segundo trimestre da gestação. “A partir do quinto para o sexto mês, quando a barriga começa a crescer com mais evidência, é que a mãe deve redobrar os cuidados com a hidratação da pele, justamente para tentar evitar o aparecimento das estrias nesta fase”, avisa, complementando que as gestantes mais jovens tendem a apresentar mais estrias do que mulheres na fase madura. O Dr. Mazzei reforça a importância da hidratação intensa da pele com cremes e loções hidratantes, principalmente em grávidas com histórico familiar de estrias.
seja qual for o tratamento escolhido, é fundamental certificar-se de que o produto pode ser usado por gestantes. a hidratação deve ser reforçada com itens específicos “Devem-se beber pelo menos oito copos grandes de água por dia e evitar engordar demais e, rapidamente, eliminando doces e gorduras da dieta e praticando exercícios físicos regularmente”, aconselha.
Celulites, um reflexo das alterações hormonais A celulite é um problema que gera insatisfação em muitas mulheres e o problema é ainda mais agravado entre as gestantes. “Ela consiste no acúmulo de gordura, falta de circulação no local e aparecimento de septos fibrosos, levando às depressões”, explica a Dra. Thais, reforçando que o problema costuma se agravar a partir do primeiro trimestre da gravidez, atingido, especialmente, as nádegas. Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), oito em cada dez mulheres possuem algum grau do problema. Alguns hábitos alimentares influenciam no desenvolvimento da celulite, como o excesso de doces e, principalmente, de bebidas gasosas. “O gás carbônico presente neste tipo de bebida se transforma em ácido carbônico que, em excesso na derme e hipoderme, leva à acidificação dos tecidos. Com essa alteração, ocorre o endurecimento das fibras proteicas (colágenas e elásticas), que perdem sua elasticidade e a capacidade de reter líquido”, explica Isabel.
Hidratantes ajudam na prevenção Fórmulas hidratantes são muito prescritas pelos médicos para prevenção das estrias e celulites nas gestantes. “Alguns cosméticos são capazes de manter a barreira de hidratação da pele. Existem estudos científicos comprovando que a centelha asiática e o óleo de amêndoas ajudam na prevenção”, pontua a Dra. Thais. 2015 maio guia da farmácia
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Durante a gestação, o corpo passa por diversas transformações, sendo que muitas delas podem se tornar motivo de desconforto. A boa notícia é que hoje já é possível unir maternidade, bem-estar, saúde e beleza E o mercado disponibiliza diversas opções que são voltadas para gestantes e que, assim, não oferecem riscos. A Libbs Farmacêutica, por exemplo, acabou de lançar o Umiditá Gestante Corpo, um hidratante que combina ativos que retêm a umidade natural da pele e também que absorvem a água das camadas profundas da derme, atraindo-a para a camada superficial. “Os ingredientes são totalmente isentos de fragrância e odor, conferindo segurança total para a mãe e o bebê. O lançamento foi desenvolvido especialmente para a gestante, para ajudar na prevenção do surgimento 152
de estrias”, conta a Dra. Érica. A linha Umiditá Gestante também traz o creme gel Umiditá Gestante Pernas & Pés, que refresca e reduz a sensação de pernas cansadas; e o Umiditá Gestante Pós-Parto, que restaura a pele no pós-parto, ajudando a melhorar a firmeza cutânea. A Biolab Farmacêutica também oferece hidrantes corporais com foco nas gestantes. Entre eles, o Materskin®, que pode ser usado durante a gestação e o Materskin® PG, que auxilia na melhora da celulite após a gravidez. Materskin® contém três óleos que auxiliam na hidratação: o óleo de amêndoas doces, o óleo de macadâmia e o óleo de calêndula. A Bayer também apresenta soluções específicas para o período de gestação e pós-gestação, com o Bepantol® Mamy. “Dermatologicamente testado e sem conservantes e corantes, o creme estimula a produção de colágeno, pela presença da centelha asiática, e deixa a pele da gestante hidratada, firme e elástica”, descreve a Dra. Juliana. E seja qual for o tratamento escolhido, é fundamental certificar-se de que o produto pode, de fato, ser usado por gestantes. “Por maiores que sejam o estresse emocional e o impacto psicossocial que esses problemas causem, só devem ser indicados procedimentos e ingredientes sabidamente isentos de efeitos nocivos à gestante”, finaliza a Dra. Érica.
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1 HENGELTRAUB, S.F.; MONTEIRO, E.O. Avaliação da atividade anti-inflamatória do Umiditá AI creme e do Umidità AI loção em cultura de queratinócitos humanos normais expostos a agente surfactante irritante. Rev Bras Med, março, 2014. n press. (Edição Especial Dermatologia e Cosmiatria).
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Pontos de venda multivitaminados Polivitamínicos garantem ótimos resultados às farmácias, portanto, é importante estar preparado para atender às demandas dos consumidores e abastecer as gôndolas, favorecendo a visibilidade desses produtos
A Por Kathlen Ramos
As vitaminas e os minerais são elementos indispensáveis para a dieta considerada saudável. Mas manter a Ingestão Diária Recomendada (IDR – veja box) nem sempre é uma tarefa fácil, já que exige uma dieta variada. Por vezes, seja por conta do dia a dia atribulado, que exige alimentação à base de congelados, lanches ou fast-foods; por restrições alimentares ou hábitos alimentares (como é o caso de veganos ou vegetarianos); ou até mesmo pela falta de condições financeiras para manter uma boa dieta, são muitos os motivos que podem levar o brasileiro a apresentar carência nutricional. Assim, seja qual for a ocasião, o uso de polivitamínicos (também conhecidos por multivitamí-
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nicos) é cada vez mais indicado pela classe médica ou procurado pela população, por conta própria. “Nos últimos anos, a busca de forma espontânea tem crescido muito, acompanhando a procura de melhor qualidade de vida. Hoje, os suplementos vitamínicos e minerais não precisam de indicação médica desde que a IDR dos ingredientes não ultrapasse 100%”, destaca o gerente de produto do Grupo Cimed, Josué Vida. A nutricionista do Hapvida Saúde, Tanara Ferreira, lembra alguns dos sintomas comuns que fazem os consumidores recorrerem aos polivitamínicos. “Geralmente, eles procuram esses produtos por conta de unhas fracas, queda de cabelo, sonolência ou fraqueza. E, de modo geral, não procuram auxílio de um especialista”, pontua. fotos: shutterstock
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alguns pontos extras da loja podem ser explorados, a fim de reforçar a presença dos polivitamínicos na loja Esse cenário se reflete em números. Segundo dados do IMS Health, no acumulado de março de 2014 a fevereiro de 2015 (ano móvel), o mercado de polivitamínicos (com ou sem minerais) movimentou R$ 1,042 bilhão, alta de aproximadamente 80% ante o mesmo período de 2011. Em volume, no mesmo período, foram contabilizadas 28,076 milhões de unidades, alta de 51% quando comparado a 2011. Os resultados também se mostram bastante favoráveis para o canal farma, conforme analisa a gerente de produto Centrum, Priscila Gama. “O segmento de multivitamínicos conta com 135 marcas e é o Top 3 do mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP). Isso significa que tem uma importante contribuição no faturamento”, justifica, acrescentando que a preocupação do brasileiro com a qualidade da nutrição e o aumento do poder aquisitivo das classes C e D geraram um crescimento nas vendas de multivitamínicos e sua consequente importância nas farmácias.
Apresentações personalizadas A variedade de polivitamínicos oferecida ao mercado é bastante variada, podendo ser, hoje, encontrados sob a forma de cápsulas, comprimidos, pós ou líquidos. E seja qual for a apresentação, é fato que o grande foco da indústria está na personalização desses nutrientes. “Temos os tradicionais, focados na complementação nutricional do homem e da mulher; como temos os polivitamínicos desenvolvidos para crianças; e os produtos focados no cuidado capilar, das unhas e da pele. Além disso, também temos uma crescente busca por polivitamínicos desenvolvidos para pessoas acima de 50 anos”, resume Vida. A marca Centrum segue essa tendência e apresenta um multivitamínico para cada necessidade. Alguns exemplos são o Centrum Control (desenvolvido para aqueles que se preocupam com os níveis do colesterol); Centrum Mulher (contém doses ajustadas de vitaminas e minerais que ajudam a manter a aparência e a saúde da pele, unhas e cabelo); e Centrum Homem (ajuda a manter a saúde muscular e o funcionamento adequado do sistema imunológico).
Atenção ao PDV Para que as farmácias consigam conquistar bons resultados com a categoria, o primeiro passo é garantir um bom atendimento, identificando quais os principais benefícios de cada vitamina associada aos produtos. “A
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raio-x dos polivitamínicos Entenda o IDR Sigla para Ingestão Diária Recomendada, a IDR é a quantidade de vitaminas, minerais e proteínas que precisam ser consumidas diariamente para atender às necessidades nutricionais. Esse valor varia para crianças, lactantes (mulheres que estão amamentando) e gestantes. A última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que menos de 10% da população atinge as recomendações de consumo de frutas, verduras e legumes. A maioria dos multivitamínicos não precisa de prescrição médica, embora o ideal seja buscar a ajuda de um profissional (como nutrólogo ou nutricionista) que possa indicar o melhor produto para cada caso. Vale lembrar que eles não substituem a alimentação, portanto, devem ser consumidos junto a uma dieta balanceada e, de preferência, acompanhados por atividades físicas regulares. E embora não sejam substitutos alimentares, segundo afirma a nutricionista da Clínica Faciall, Viviane Scheifer, eles podem agir combatendo os radicais livres de uma dieta inadequada, baseada em fast-foods ou congelados. Ela reforça, ainda, que os multivitamínicos não engordam. “Tendo em vista que a obesidade, em muitos casos, ocorre devido a uma alimentação pobre em vitaminas e minerais e rica em açúcares e gordura, vitaminas e minerais irão beneficiar no emagrecimento, regulando o metabolismo”, analisa. A nutricionista do Hapvida Saúde, Tanara Ferreira, explica por que essa confusão sobre o ganho de peso acontece. “Esses produtos podem influenciar no apetite por conta de uma deficiência vitamínica. Mas esses nutrientes não engordam, são isentos de calorias. As calorias estão presentes apenas em carboidratos, proteínas e gorduras”, esclarece.
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Algumas das vitaminas presentes nos compostos • Vitamina A: contribui para a manutenção da visão normal. • Vitamina D: contribui para regular a absorção e utilização do cálcio. • Vitamina E: atua como agente antioxidante. • Vitamina K: atua na coagulação normal do sangue. • Vitamina C: contribui para o normal funcionamento do sistema imunológico; atua como agente antioxidante; é indispensável para a síntese de colágeno; auxilia na manutenção das funções glandulares e de crescimento, proteção contra infecções; e mantém imunidade e prevenção contra o câncer. • Ácido fólico: contribui para o metabolismo dos aminoácidos e para a formação normal das hemácias. • Cálcio: necessário para a manutenção de ossos normais. • Magnésio: contribui para o funcionamento muscular. • Ferro: importante para formação de glóbulos vermelhos. • Zinco: contribui para o funcionamento do sistema imune e para a manutenção de pele, unhas e cabelos normais. • Vitaminas do Complexo B (1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9): atuam na saúde do sistema nervoso e circulatório; na formação de células vermelhas do sangue e anticorpos; melhoram a circulação sanguínea; atuam na construção de anticorpos, redução de triglicérides e colesterol; reduzem o risco de doenças cardíacas; combatem as infecções; agem na manutenção do sistema imunológico; e mantêm a saúde do cabelo e da pele. • Vitamina B12: atua na síntese de células vermelhas do sangue; manutenção do sistema nervoso; e auxilia no crescimento e desenvolvimento do corpo. Fontes: gerente de produto Centrum, Priscila Gama; e gerente de marketing da Sundown Naturals, Aline Germano
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representatividade da categoria mercado de polivitamínicos (com e sem minerais) Os polivitamínicos podem ser indicados para: • Pacientes com deficiência na ingestão de alimentos ricos em nutrientes, como frutas e verduras. • Aumento da imunidade de pacientes que, frequentemente, sentem-se resfriados ou gripados e em alguns casos de herpes, candidíase e micoses. • O emagrecimento, para que o metabolismo funcione de maneira rápida e adequada. • Prevenção de doenças, como câncer, diabetes, colesterol e hipertensão.
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Polivitamínicos (com e sem minerais) mais vendidos Em valor
Em volume
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Gerovital (EMS Pharma)
Gerovital (EMS Pharma)
2
Natus Gerin (Legrand)
Centrum Gender (Pfizer Consumer)
3
Centrum Gender (Pfizer Consumer)
Power Vita (Cimed)
4
Centrum Nf (Pfizer Consumer)
Protovit (Bayer Consumer Care)
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Pharmaton (Boehringer Ingelheim)
Adeforte (Gross)
6
Materna (Pfizer)
Centrum Nf (Pfizer Consumer)
7
Centrum Select (Pfizer Consumer)
Natus Gerin (Legrand)
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Natele (Bayer Pharma)
Materna (Pfizer)
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Lavitan (Cimed)
Natele (Bayer Pharma)
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Power Vita (Cimed)
Pharmaton (Boehringer Ingelheim)
Fonte: IMS Health – Brasil PMB – Fev./2015
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categoria
Para que as farmácias consigam conquistar bons resultados com a categoria, o primeiro passo é garantir um bom atendimento, identificando quais os principais benefícios de cada vitamina associada aos produtos variedade de multivitamínicos é muito grande e é preciso que o atendente entenda as diferenças entre eles. Nesse caso, é fundamental investir em treinamento para auxiliar o consumidor a sanar dúvidas sobre composição e concentração de vitaminas e minerais”, avalia Priscila. A gerente de marketing da Sundown Naturals, Aline Germano, fornece alguns esclarecimentos básicos sobre os benefícios desses produtos que podem ser repassados ao consumidor. “É importante que os usuários saibam que eles são capazes de fortalecer o sistema imunológico, oferecendo maior resistência ao organismo; que combatem o estresse físico e mental; que ajudam 162
a suprir a deficiência do organismo de vitaminas e minerais com apenas um comprimido ao dia; e que oferecem mais vitalidade e energia para o dia a dia”, resume. O segundo passo é desenvolver um bom modelo de exposição, que garanta visibilidade. Priscila aconselha a implementação de um modelo que reúna os produtos por categoria ou subcategorias, deixando juntas as monovitaminas, os suplementos de cálcio e vitamina C. “Para os multivitamínicos, é recomendável organizá-los por marca”, acrescenta. Já na opinião de Aline, a melhor forma de expor esses produtos seria de uma maneira blocada na vertical e distribuídos próximos a produtos correlatos para que o consumidor não tenha dificuldade de encontrá-los nas gôndolas. E o cross-merchandising também pode ser explorado, conforme afirma Vida. “A exposição próxima aos antigripais é uma boa sugestão devido aos problemas de imunidade”, opina. Além do ponto natural, alguns pontos extras da loja podem ser explorados, a fim de reforçar a presença dos polivitamínicos no ponto de venda (PDV). “A colocação em cima do balcão ajuda na hora da compra por impulso e na indicação do balconista. Além disso, a aplicação de displays de chão traz um ‘respiro’ para os produtos, facilidade de reposição e controle de estoque, e ajuda o consumidor a localizar os polivitamínicos com mais facilidade”, aconselha Vida.
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Oportunidade
Hiperpigmentação da pele Os riscos que a prática da exposição solar excessiva pode trazer à saúde são inúmeros. Saiba como orientar o consumidor e quais os produtos são mais indicados para acabar com as manchas
Por Tassia Rocha
N
Num país tropical como o Brasil, ter a pele bronzeada virou sinônimo de saúde e beleza. Mas é preciso muito cuidado com a exposição excessiva ao sol, afinal, após os dias ensolarados, os prejuízos costumam aparecer. Durante a chegada da temporada de outono/inverno, consumidoras procuram por tratamentos e produtos que possam acabar com as marcas indesejadas, causadas, muitas vezes, pelo simples fato não fazer uso da proteção solar. A proteção solar é o mais importante cuidado com a pele. Economizar no filtro na esperança de conquistar um bronzeado mais
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rápido e bonito acaba se tornando uma opção errônea para as consumidoras que desejam prolongar a cor perfeita. Antes do varejista atender um consumidor, é preciso esclarecer alguns termos. Apesar de, frequentemente, serem chamadas de “manchas” as lesões hiperpigmentadas da pele, é importante ser cuidadoso com este termo, pois, muitas vezes, uma “mancha” pode ser um câncer de pele, uma doença crônica, que precisa ser acompanhada e tratada por um dermatologista. “Sendo assim, pode-se usar o termo hiperpigmentação da pele, que abrange três principais diagnósticos: o melasma, as melanoses solafotos: shutterstock/divulgação
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res e a hiperpigmentação pós-inflamatória”, afirma a gerente médica da TheraSkin, Dra. Patricia Pertel. Melasma é a hiperpigmentação que ocorre principalmente na face: região das bochechas, testa e buço. Pode estar relacionada com variação hormonal, como o uso de anticoncepcionais e a gravidez, e acomete mais as mulheres jovens. Melanoses solares ou manchas senis são as diversas hiperpigmentações pequenas, de cor marrom, que aparecem na face, dorso das mãos e área do decote; principalmente acima dos 50 anos. Hiperpigmentação pós-inflamatória ocorre após acne ou picada de inseto, por exemplo. Todas as
hiperpigmentações da pele estão diretamente relacionadas com a exposição solar. De acordo com a dermatologista pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Érica Monteiro, a cor da pele decorre de inúmeros pigmentos, como a coloração alaranjada do tecido gorduroso, o vermelho-vivo do sangue oxigenado dos vasos da pele e a cor vermelho-vinhosa do sangue venoso (pouco oxigenado). Esses fatores dão os diferentes tons da pele, pois o que predomina é a coloração da melanina que é um pigmento castanho-enegrecido produzido por uma célula especial, o melanócito (célula que pigmenta a pele). “Quando o melanócito funciona anormalmente, como nos casos de doenças como o melasma e a hipercromia pós-inflamatória (manchas escuras pós-inflamação), o pigmento anormal se deposita em forma de mancha escura. Fatores internos e externos contribuem para a formação das manchas. Entre os internos, as variações hormonais da idade, da gestação, de doenças que alteram os hormônios, etc. Entre os fatores externos, as agressões do meio ambiente, como poluição, estresse e, o mais importante, as radiações ultravioletas do sol”, completa a Dra. Érica. Para prevenir o melasma ou as melanoses solares, é preciso se proteger do sol. A proteção deve ser diária, e não somente no verão ou na praia. O uso diário de fotoprotetor, boné/chapéu, roupa adequada, assim como guarda-sol, é importante. A exposição aos raios solares faz com que o corpo se defenda naturalmente por meio do estímulo na produção de melanina (pigmento considerado uma defesa natural contra a radiação). Com o passar do tempo e com a exposição crônica, ocorre um excesso na produção desse pigmento, levando ao aparecimento de manchas. Vale ressaltar ao consumidor que o sol pode provocar não só manchas, mas também lesões cancerígenas. Por isso, é fundamental a indicação do fotoprotetor diariamente.
TRATAMENTOS COSMÉTICOS Para acabar com esses efeitos desagradáveis causados, muitas vezes, pela exposição ao sol, é preciso, primeiramente, que o consumidor procure por um especialista, pois é ele que avaliará o grau do problema e informará qual o melhor produto a ser usado. 2015 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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OPORTUNIDADE
A BOA VISIBILIDADE DE UM PRODUTO NA PRATELEIRA É MUITO IMPORTANTE, VALORIZA A RECEITA DO MÉDICO, ATRAI A CURIOSIDADE DOS CONSUMIDORES E CONVERTE A PRESCRIÇÃO EM VENDA. O PONTO DE VENDA PRECISA OFERECER OPÇÕES DE MARCAS E PREÇOS O aumento da produção de melanina e seu depósito na pele causam as hiperpigmentações. Os medicamentos e cosméticos destinados a esse fim têm, como objetivo, diminuir a produção de melanina, assim como, fazer uma renovação da pele, com leve descamação. Atualmente, a associação de ativos anti-inflamatórios ou calmantes da pele nos produtos clareadores tem tido resultados excelentes. “Os tratamentos para as hiperpigmentações são diversos, dependendo da abordagem do dermatologista para cada paciente. Entre as opções atuais, temos os medicamentos, como a hidroquinona ou a tríplice combinação, produtos clareadores cosméticos, que possuem, na maioria das vezes, associações de ácidos, como o glicólico ou retinaldeído, com ativos clareadores, como o arbutin, a nicotinamida, derivados da soja. Os antioxidantes estão sendo muito associados a tratamentos clareadores, principalmente a vitamina C, que é um potente antioxidante com ação clareadora”, informa a Dra. Patricia. Se o uso de protetor solar no rosto e nas outras áreas expostas ao sol virar rotina, vários tipos de manchas já estarão sendo prevenidas, isso porque os raios solares têm efeito cumulativo e mesmo que na hora não aconteça nada, em alguns anos, as manchas podem surgir. De acordo com o analista do ClariSkin e do Nixoderm, Vinícius Tolotti da Kley Hertz, contar com um bom cosmético clareador é fundamental para o consumidor combater as manchas na pele. “Elas podem ser provenientes de diversos fatores, tais como a 168
ação do sol, idade, alterações hormonais e gravidez. Porém, antes do cliente se atirar no primeiro clareador de pele no mercado, é preciso estar atento aos ativos das fórmulas, tendo em vista que alguns são fotossensíveis e com potencial irritativo e alergênico.” Segundo Tolotti, a hidroquinona é o princípio mais conhecido e difundido no mercado. “Ela é um composto orgânico aromático utilizado para clarear manchas escuras na pele, funcionando como uma substância despigmentante, ajudando a inibir a produção de melanina pelas células e bloqueando seu acúmulo. Prometendo resultados mais rápidos, a hidroquinona pode causar uma hipersensibilidade da pele ao contato da luz solar, o que significa que ela estará mais propícia a desenvolver novas manchas, além de certa vermelhidão na pele, coceira e ressecamento.” Mas será somente o sol o grande vilão da história? De acordo com a gerente de comunicação científica de La Roche-Posay, Gisele Canavaci, o melasma, por exemplo, certamente é o principal tipo de manchas existentes. É uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, afetando frequentemente as mulheres. “Não há uma causa definida, mas muitas vezes está relacionada ao uso de anticoncepcionais, à gravidez e principalmente à exposição solar. Na grávida, as manchas são comuns, também conhecidas como cloasma. Além dessas, temos as sardas, as manchas senis (causadas pelo fotoenvelhecimento) e as hiperpigmentações pós-inflamatórias causadas em pacientes com acne ou que passaram por algum tipo de inflamação ou utilização de medicamentos fotossensibilizantes sem o uso de fotoprotetores.”
PORTFÓLIO PRECISO A boa visibilidade de um produto na prateleira é muito importante, valoriza a receita do médico, atrai a curiosidade dos consumidores e converte a prescrição em venda. Para garantir bons resultados e atrair as consumidoras, o ponto de venda (PDV) precisa oferecer opções de marcas e preços. O shopper dessa categoria está sempre atento às novidades do mercado e procura pelo item que atender melhor a suas necessidades e seu bolso. O farmacêutico pode ser um grande aliado do dermatologista nos tratamentos da pele. Se for para
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orientar sobre a hiperpigmentações da pele, o varejista pode esclarecer a forma de utilização do produto, orientar os consumidores sobre possíveis reações com o uso de determinados ativos, por exemplo, a descamação que ocorre com a aplicação de ácido retinoico e seus derivados. O farmacêutico pode, ainda, reforçar a importância da utilização de um protetor solar associado aos tratamentos dermatológicos. Atualmente, existem no mercado diversos produtos antimanchas, que podem ser classificados como dermocosméticos e medicamentos. Considerando essa gama de produtos, pode-se levar em conta que um bom portfólio para produtos antimanchas deve conter dermocosméticos com ação mais completa possível na inibição da produção de melanina, associados a um ácido ou medicamento que provocam uma renovação celular, complementando com um fotoprotetor preferencialmente com cor e Fator de Proteção Solar (FPS) no mínimo 50. Alguns produtos já contêm em sua fórmula FPS, o que significa praticidade, enquanto outros são vendidos em kits com o próprio protetor solar da 170
marca. Recomenda-se o uso do creme e do protetor durante o dia, à noite, apenas o creme. Muito por causa disso, os produtos devem ser alocados no PDV visíveis ao consumidor ao lado dos demais produtos para pele, em especial os protetores solares, tendo em vista que o uso destes últimos é complementar ao clareador. Importante também as redes farmacêuticas disponibilizarem promotoras que expliquem o funcionamento correto do produto, bem como seus benefícios, pois o consumidor ainda tem certo receio quanto ao uso de clareadores para a pele. Cientes desse cenário, muitas marcas disponibilizam o tratamento completo ao consumidor, com creme clareador, protetor solar ou os 2 juntos, o que acaba por se caracterizar como o melhor portfólio de produtos antimanchas. Para aproveitar as inúmeras opções que a indústria da beleza oferece, farmácias e drogarias devem abastecer as gôndolas com produtos que são sucesso de vendas nesta estação. Fique por dentro e conquiste ainda mais consumidores.
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Sensorial marcante2
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Referências (1) Kosmoscience. Avaliação da hidratação da pele por corneometria. 2012. Data on file. (2) Rotulagem do produto Dermovance S. (3) IMS Health - PMB Jun/14 (em Reais), comparativo DERMOVANCE LOC S P SECA 200 ML x CETAPHIL RESTORADE LOC CORP HID 295 ML. AFE Nº 2.03.540-1 Registro Nº 25351.751627/2013-13 Abril 2015
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A estação pede proteção Com a chegada do inverno, alguns cuidados não podem ser deixados de lado. Durante essa época, é natural que a cútis fique mais ressecada e suscetível a rachaduras e escamações, por isso, vale intensificar o uso de hidratantes para o corpo todo
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Não é somente a pele oleosa a grande vilã dos consumidores. A tez ressecada também preocupa homens e mulheres durante as mudanças bruscas de temperatura. Embora pareça difícil, é possível prevenir alguns danos causados pelos dias mais frios. O clima seco e a baixa umidade do ar são fatores de agressão à pele, que levam a uma diminuição da proteção da mesma, com consequente aumento da perda de água. Uma tez
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desidratada apresenta-se ressecada, opaca, podendo apresentar descamação e, em casos de ressecamento extremo, como é observado nos pés, até mesmo rachaduras e fissuras. A pele tem uma barreira protetora formada por uma camada de óleo e a eliminação dessa proteção oleosa leva ao ressecamento da derme. Esse tipo de problema pode ser causado por diversas situações. Sabendo identificar a origem, o consumidor conseguirá hidratar e alcançar bons resultados. fotos: shutterstock
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Entre os motivos, destacam-se fatores, como uso inadequado do sabonete, consumo de menos de dois litros de água por dia, ficar exposto a um ambiente muito seco, sob vento ou ventilador, praticar esportes na água com muito cloro, como natação e hidroginástica, efeito colateral de medicamentos, como estatinas e diuréticos e o uso de hidratante para determinadas regiões do corpo na área facial. As mulheres também agridem muito a pele com uso de cosméticos com ácidos e maquiagem, sendo muito importante a correta limpeza da pele e sua hidratação. No inverno, em específico, a tez fica ainda mais seca em virtude, principalmente, dos banhos com água muito quente. A temperatura elevada retira o manto hidrolipídico da derme. “Geralmente, os dias mais frios são acompanhados de baixa umidade relativa do ar. Dessa forma, a água que fica nas camadas superficiais da pele evapora para o meio ambiente. Esse fenômeno é pior quando acompanhado de vento, pois acelera a perda de água da pele para o meio ambiente. A pele fica seca, com aspecto áspero e opaco por falta da água nas camadas superiores da pele (camada córnea da epiderme)”, informa a dermatologista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Érica Monteiro. Para cuidar da derme da melhor forma possível, é importante que o consumidor esteja sempre atento aos produtos utilizados. O primeiro passo é consultar um dermatologista para avaliar as causas do problema de ressecamento, pois a indicação de um dermocosmético mais específico também dependerá de cada tipo de pele.
COMO ESCOLHER Os hidratantes devem ser escolhidos para a necessidade individual e por área de aplicação. Vale destacar que, nesse caso, os hidratantes funcionais (dermocosméticos) são os mais indicados, pois possuem ativos mais potentes capazes realmente de restaurar a barreira de proteção natural da pele capaz de reter sua umidade de forma mais eficaz. Geralmente, as áreas expostas ao meio ambiente, aquelas não cobertas pela vestimenta, como rosto, pescoço, e extremidades, como as mãos, são as mais prejudicadas durante os dias mais frios. Locais que são lavados frequentemente com água e sabão também, como as mãos. 174
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DIFERENTES TIPOS Como a escolha de um hidratante depende de vários fatores, como idade, área ressecada, tipo de pele, textura, é importante que o consumidor tenha opções no momento da compra. É importante que o farmacêutico conheça a necessidade de cada um para oferecer a melhor opção. O hidratante recupera a barreira cutânea, aumentando a quantidade de água nas camadas mais superficiais da pele e mantendo ou aumentando a hidratação. A pele hidratada é mais bonita, brilhante, de toque agradável e mais protegida de agressões e infecções. As brasileiras preferem produtos que espalham rápido, que ofereçam rápida absorção e toque seco, que não sejam oleosos ou gordurosos, que deixem a pele macia, mas sem ficar oleosa ou engordurada, já que a maior parte do País tem clima quente e úmido na maior parte do ano. Hidratantes faciais precisam ser escolhidos de acordo com o tipo de pele: os de textura mais fluida (como gel creme) para a pele oleosa e os em loção ou creme para a pele seca. Os hidratantes faciais geralmente não possuem fragrância ou têm fragrância suave, e podem ter antioxidantes ou outros ativos antienvelhecimento associados. Os hidratantes corporais devem ser de fácil espalhabilidade, e a preferência costuma ser pelas loções que secam rapidamente. Para as consumidoras de pele muito seca ou áreas específicas, como os pés, joelhos e cotovelos, as apresentações em creme são as indicadas. Para as consumidoras que usam perfume diariamente, é importante a escolha de um hidratante de fragrância suave para não haver uma mistura de cheiros. Hidratação para crianças: optar por produtos infantis, que podem ser em loção ou creme (maior poder hidratante), dependendo da necessidade. Nesta época mais seca, é importante orientar a consumidora evitar esfoliar o corpo com frequência. No máximo uma vez por semana, para não agredir demais. O hidratante pode ser usado logo após o banho. Além de entrar na rotina diária e tornar a hidratação um hábito, deixa o fim do banho muito mais gostoso. Fonte: gerente médica da TheraSkin, Dra. Patricia Pertel
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• Não se esquecer da hidratação dos lábios, que ressecam muito no frio e no calor extremo. Pessoas mais velhas já têm uma perda natural de hidratação na pele, portanto devem redobrar os cuidados. Quem tem a pele naturalmente mais seca também. “Peles oleosas sofrem menos e devem apostar em hidratantes em gel. Peles masculinas são mais oleosas, porém devem ser cuidadas de acordo com a necessidade de cada indivíduo”, informa o diretor executivo da empresa Bee Cosméticos, Francisco Molina. Até a quantidade de água ingerida nessa época é menor, o que naturalmente favorece à pele mais seca. Então, sem a camada de proteção proporcionada pelo hidratante, a pele fica mais suscetível a infecções, principalmente as regiões da face, dos lábios e das mãos, que ficam mais expostas. “Esse ressecamento evidencia rugas, manchas e favorece a formação de feridas (piriricados)”, completa Molina. Seja qual for o tipo de pele da consumidora, seca, mista ou oleosa, é importante reforçar o uso de hidratantes durante esta época do ano e garantir a beleza da cútis.
COMO A ESCOLHA DE UM HIDRATANTE DEPENDE DE VÁRIOS FATORES, COMO IDADE, ÁREA RESSECADA, TIPO DE PELE, TEXTURA, É IMPORTANTE QUE O CONSUMIDOR TENHA OPÇÕES NO MOMENTO DA COMPRA Algumas dicas ajudam muito a manter a hidratação da pele, assim como aumentar a hidratação diária: • Evitar banhos prolongados e muito quentes, pois a água quente resseca a pele. • Não usar esponjas para o banho, porque retiram a proteção natural da pele. Espalhar o sabonete com as mãos. • Optar por sabonetes com hidratantes, de preferência os líquidos. Evitar sabonetes detergentes, produtos que levem álcool na formulação, pois são ativos que têm como característica ressecar a pele e podem estar presentes em vários produtos. • Usar hidratante diariamente, após o banho. • Evitar exposição ao sol ou ao frio intenso. 176
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Romantismo que gera lucro O Dia dos namorados está chegando. Realize a ambientação da loja e ofereça kits promocionais que inspirem o shopper a antecipar a compra Por Vivian Lourenço
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As datas festivas como, carnaval, Páscoa, Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais ou Natal, se bem preparadas e executadas são, sem dúvida, impulsionadores de vendas do varejo e da economia como um todo, já que movimentam dezenas de milhares de empregos temporários. O varejo é beneficiado com a criação de kits de presentes, que são muito atrativos para o consumidor. Eles costumam ter maior demanda, como no Dia dos Namorados. O mais importante nessa época, segundo os especialistas, é o planejamento com antecedência das compras e ações promocionais dos itens e das categorias, além de possuir estoque e estabelecer sistema de reposição para evitar as rupturas. É fundamental também ter em mente que, quando as pessoas vão às lojas, elas compram além do que foi planejado, assim o comércio lucra com o estímulo às compras por impulso. Dessa forma, estratégias diferenciadas ajudam a alavancar os negócios. No Dia dos Namorados, em específico, a sensualidade e a paixão podem ser o foco do trabalho de divulgação, de acordo com a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros. Cremes de massagem, óleos corporais e produtos voltados para sexualidade, como lubrificantes íntimos, têm grande saída. Alguns produtos são desenvolvidos especialmente para a data e podem ser trabalhados na farmácia. Além de trabalhar com os kits já prontos, o varejista pode ele mesmo investir em kits próprios, como orienta a consultora e especialista em varejo, Silvia Osso. “É possível montar kits como os sensuais, onde podem ser colocados um sabonete íntimo ou lenços umedecidos íntimos, com preservativos e gel lubrificante; os mais ‘contidos’, com cremes para o corpo e perfumes ou desodorante; artigos de maquiagem e nécessaires; entre outros.” Para os masculinos, há uma infinidade de combinações desde as mais picantes, como pequenos brinquedinhos eróticos + gel lubrificante + preservativos; até loções de barba + aparelhos + cremes para barbear; cremes depilatórios + cremes hidratantes; etc.
Venda casada A princípio, o varejista deve se preocupar em formar um mix especial para esse dia e os que o antecedem principalmente. As farmácias têm uma possibilidade ótima, entretanto subaproveitada, de acordo com Tatiana, de oferecer mix de produtos relacionados à sensualidade e ao erotismo. As pessoas, em especial mulheres, têm vergonha de ir à sex shops, assim a farmácia é uma alternativa discreta para que elas conheçam e comprem produtos sensuais. Existem diversos produtos no mercado, principalmente na linha de cosméticos eróticos que deveriam compor o mix nessa época e talvez até ser mantidos ao longo do ano. Porém, a diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin, orienta que, para obter bons resultados, são imprescindíveis um planejamento bem detalhado e minucioso e uma execução extremamente eficiente, considerando: sortimento, a loja em si (ambiente), os serviços, a equipe, as ações de marketing, merchandising e promoções. Em especial, diante do cenário atual e das expectativas futuras nada animadoras, e frente a um consumidor com um orçamento mais apertado, endividado e receoso de perder emprego. E que, para não abrir mãos das conquistas, está mais seletivo e vem racionalizando suas compras, fazendo malabarismos e buscando alternativas – de canais, produtos, marcas, embalagens para cumprir seu orçamento. Como dica para montar os kits para a venda casada, Silvia destaca que cada loja deve observar o seu público em específico. “Eu prefiro em embalagens mais sofisticadas, tipo caixas para presentes; alguns nécessaires utilizando papel de seda para acomodar os produtos do que nas cestas ou em papel celofane que está muito ‘batido’ e que empobrece o kit.” Porém, não basta somente ter uma embalagem atraente ou produtos chamativos, Tatiana ressalta que os kits devem conter itens que os façam atrativos. Também devem ser correlacionados. O preço também deve ser mais atraente do que os produtos separados.
Localização dos kits Para o varejista colocar produtos em destaque em ilhas e nas pontas de gôndolas, alguns quesitos devem ser observados. Para uma ilha, o número de itens deve ser proporcional ao seu tamanho, e a resistência 2015 maio guia da farmácia
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Sugestões de kits
• Lançamento com novidades anunciadas em revistas com temas picantes costumam chamar a atenção (preservativo, sais de banho e lubrificantes). Nessa data, os produtos com conotação sexual ganham mais espaço.
• Itens para cabelo.
• Hidratante, sabonete líquido e algum produto com conotação sexual, como um lubrificante íntimo.
• Kits com perfumes e desodorantes.
do produto deve ser observada: sabonete líquido, kits de sabonetes (promocional), itens de higiene, cuidados com a pele e o cabelo, maquiagem, etc. Já a ponta de gôndola comporta artigos mais diferenciados, como os kits para presentes. Produtos que neces180
• Suplementos alimentares para namorados que gostam de musculação.
sitam de provador (perfumes, dermocosméticos) se acomodam melhor em balcões. Na área dos caixas, devem ficar os produtos mais baratos, custando até R$ 10,00 e os de tamanho reduzido. Eles devem ser de venda simples e precisam despertar imediatamente o interesse do
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HYPERMARCAS, O PRAZ P PRAZER ZER DA LIDERANÇA. Participação das Marcas
Crescimento da Categoria
Jontex + Olla + Lovetex
Fabricante B
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Fabricante C
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YTD14 Outros
Fonte: ACNielsen Retail Index T. Brasil INA+INFC – Vendas em Valor YTDND
Fonte: ACNielsen Retail Index T. Brasil INA+INFC S/Exp Geo - Share Valor ND14
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Compra de Impulso: 10 segundos em frente da gôndola e alta fidelidade à marca.*
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TRADICIONAIS
Como ap aproveitar o crescimento da categoria:
Importância da marca
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Garan Garanta, no mínimo, 50% de participação na gôndola para a Hypermarcas. Jontex e Olla são as marcas p líderes** lídere e mais tradicionais do mercado, e Lovetex é a marca de acessibilidade.
2
Aprov p Aproveite a dupla exposição nas seções de produtos de higien higiene íntima feminina, oferecendo comodidade e discri discrição no momento de compra da mulher. E, nas seçõe seções de produtos masculinos, gerando compra por impul impulso de Jontex e Olla.
3
Facili a compra rápida e não planejada. É de extrema Facilite impo importância a exposição no check-out das marcas líderes (Jonte (Jontex e Olla), pois este é o principal momento de compra da cat categoria. * Fonte: Pesquisa Pe de Shopper In/Situm 2011 ** Fonte: ACNielsen Retail Index T. Brasil INA + INFC S/Exp. Geo – Vendas em Valor
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consumidor. Se o checkout permitir (espaço e segurança), itens de maior valor agregado podem ser colocados de modo a lembrar o consumidor da sua necessidade
Marketing para a data
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Aumentando o tíquete médio Quando as campanhas promocionais são benfeitas (compras focadas na ocasião com vantagens negociadas com fornecedores ou com cooperação dos mesmos) e os kits bem criados, chegam a obter um acréscimo de vendas em até 20%, avalia Silvia. É difícil precisar valores de tíquete médio porque, em cada local e público, há um tipo de kit e valor. Porém, a consultora e especialista em varejo destaca que o Dia dos Namorados não é uma das datas que fazem com que aumente significativamente a venda na maioria das farmácias. “Na minha opinião, isso ocorre porque não há uma preparação para a data em relação a mix de produtos específicos e criação de atmosfera que remeta ao dia”, explica Tatiana. Um atendimento inteligente pode propiciar a venda desses itens, portanto deve ser feito por outra mulher de uma forma bem descontraída, quase como uma confidência, como se fossem amigas conversando. Identificar as consumidoras mais propícias a esse tipo de assunto também é um desafio. “O atendimento deve ter como objetivo mostrar um produto como se fosse uma novidade que chegou à loja, algo interessante sem demonstrar interesse na venda. Depois de iniciar uma conversa sobre outros itens e perceber que a cliente pode se interessar, a atendente pode dizer algo como ‘você viu o produto novo que recebemos especialmente para o Dia dos Namorados?’ e se perceber interesse, continuar mostrando esses produtos e discutindo possibilidades”, finaliza Tatiana
E CO N TEÚDO
Para o Dia dos Namorados, é interessante criar um clima romântico. Não precisa ser na loja toda. Pode ser em alguma gôndola ou ponta de gôndola que contenham produtos relacionados à sensualidade. O maior resultado para a farmácia é se mostrar aos clientes como uma opção para compra de produtos nessa época. Os principais investimentos são em um mix específico e na ambientação da farmácia. Outra opção, como destaca Silvia, é o lojista utilizar uma decoração voltada para o fato; usar banners alusivos; ações via internet; cupons de oferta com descontos; brincadeiras, tipo estoure o balão e ganhe um desconto para o kit do seu amor; entre outros. Um ponto comum e muito positivo é ambientar a loja, ou seja, “vestir” a loja com o tema da época. A ambientação gera uma experiência positiva no shopper. “Qual a ação mais adequada? Qual o tipo de promoção e comunicação que inspire o shopper a comprar? Quanto maior foi o seu conhecimento sobre o seu shopper e suas motivações e decisões, mais efetividades nas ações. Não se esqueça de avaliar custos e mensurar os resultados”, pondera Fátima. Como dica, a diretora da Connect Shopper, para se destacar, a ideia é tentar oferecer alguns produtos dife-
renciados, exclusivos ou personalizáveis. Criar listas com sugestões de presentes, investir em pontos extras, com algumas alternativas de produtos presenteáveis, e soluções aos shoppers, entre outros. “Além disso, os consumidores querem cada vez mais informação e conteúdo rico para ter a certeza da melhor compra. Portanto, sinalize adequadamente a loja e os produtos.”
Confra as vantagens de se investir em ações especiais nas datas comemorativas AL
para obter bons resultados, são imprescindíveis um planejamento bem detalhado e minucioso e uma execução extremamente eficiente, considerando: sortimento, a loja em si (ambiente), os serviços, a equipe, as ações de marketing, merchandising e promoções
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Cuidados durante a estação A CASPA TENDE A SE PROLIFERAR COM O FRIO E ATINGE METADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL. SAIBA COMO ORIENTAR O CONSUMIDOR A SE PREVENIR, CUIDANDO DOS FIOS E DO COURO CABELUDO POR TASSIA ROCHA
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Com sintomas como coceira, que varia de moderada a intensa e os pontinhos brancos que teimam em cair na roupa, causando constrangimento, a dermatite seborreica, ou caspa, como é mais conhecida, é um mal que afeta 50% da população mundial. Segundo a head & shoulders, o Brasil é o país da América Latina com maior incidência de caspa, com cerca de 40% dos brasileiros sofrendo do problema. Desencadeada por diversos fatores, alguns ainda desconhecidos, a doença ainda não tem cura. Mas é possível controlá-la com tratamento adequado. E é nesta época do ano, com a chegada do inverno, que o problema tende a se agravar. Roupas escuras são as mais pedidas da estação e ficam mais elegantes, porém, para quem sofre com a caspa, é exatamente nesta época do ano que a doença tende a piorar e o problema aparece com mais facilidade. O uso inadequado de cosméticos, uso do secador, o estresse, as disfunções nas glândulas sebáceas e a alimentação, uma vez que se consome comida com maior teor de gordura do que no verão, também são fatores que desencadeiam o surgimento da caspa. Mas não é somente no inverno que ela surge. Existem outros fatores que podem desencadear ou agravar a caspa, como alterações hormonais, alguns medicamentos, quadros de doenças neurológicas, certos tipos de alimentos, acúmulo de resíduos e oleosidade no couro cabeludo, além de lavagem inadequada dos cabelos. Para recomendar bons produtos, é preciso entender o problema. Caspa é uma descamação do couro cabeludo, devido à multiplicação de células epiteliais. As causas podem ser inúmeras: descamação por agressão física (secador quente ou água quente), agressão química (progressiva, xampu, coloração, condicionador), reação do organismo por estresse ou alteração hormonal. Outra manifestação possível da caspa é por um fungo de origem natural, denominado Malassezia globosa, que se encontra no couro cabeludo de praticamente todas as pessoas. Esse fungo alimenta-se da oleosidade natural do couro cabeludo e fabrica subprodutos e ácidos que provocam
O BRASIL É O PAÍS DA AMÉRICA LATINA COM MAIOR INCIDÊNCIA DE CASPA, COM CERCA DE 40% DOS BRASILEIROS SOFRENDO DO PROBLEMA. DESENCADEADA POR DIVERSOS FATORES, ALGUNS AINDA DESCONHECIDOS, A DOENÇA AINDA NÃO TEM CURA. MAS É POSSÍVEL CONTROLÁ-LA COM TRATAMENTO ADEQUADO irritação no couro cabeludo. Só quem já sofreu, ou sofre com o problema, sabe o quanto ele incomoda e causa situações constrangedoras, já que, para a maioria das pessoas, a caspa é sinônimo de falta de higiene.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO Lavar os cabelos frequentemente e com produtos suaves a fim de impedir o acúmulo de oleosidade é o primeiro passo para se evitar a caspa. Além disso, deve-se evitar dormir ou prender os cabelos molhados, pois isso aumenta a umidade do couro cabeludo, favorecendo a proliferação de fungos. É importante também evitar tratamentos químicos muito agressivos. Quando já se tem um quadro de caspa, é fundamental procurar um dermatologista para que ele recomende o tratamento adequado, com produtos que diminuam a formação de escamas e que possuam antifúngicos em sua composição. Um estudo realizado por head & shoulders demonstrou que a combinação do xampu com 1% de Piritionato de Zinco (ZPT) e condicionador com 0,5% de ZPT é 24% mais eficaz na redução do Malassezia globosa que a utilização sozinha do xampu. Além disso, essa combinação é 78% mais eficaz que a utilização do xampu anticaspa mais um condicionador sem ingrediente anticaspa. Portanto, o uso combinado de xampu e condicionador que possuam um ingrediente ativo anticaspa (como o ZPT), aumenta a eficácia do tratamento. 2015 MAIO GUIA DA FARMÁCIA
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AUXÍLIO NA ESCOLHA DO PRODUTO Quadros mais leves podem ser tratados com o uso de xampus e condicionadores anticaspa com sucesso. Em casos mais avançados, é essencial a consulta a um especialista, para que ele avalie e recomende o melhor tratamento para combater o problema. Os xampus de uso livre possuem uma cosmética semelhante aos xampus normais e, em geral, uma ou duas medicações antifúngicas em concentração baixa, sendo que os xampus de prescrição podem ser manipulados e conter outros ativos, como derivados do coaltar, antibióticos e corticosteroides tópicos. A princípio, mesmo os xampus de prescrição podem ser comprados sem receita médica. Algumas vezes, a mesma formulação tem um nome comercial para prescrição e outro para o público geral por motivos de mercado, preço, etc. De forma geral, os xampus de prescrição têm uma concentração maior de alguns princípios ativos e os de prescrição manipulados abrem a possibilidade de se customizar a receita conforme a demanda específica de cada paciente. Fonte: dermatologistas e membros da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Tatiana Gabbi e Dr. José Rogério Regis
MITOS E VERDADES Quanto mais bem informada sobre a caspa a população estiver, maiores serão suas chances de prevenir e combater o problema. Especialistas de head & shoulders esclarecem as principais dúvidas dos consumidores. Lavar a cabeça todos os dias pode causar caspa. MITO. Apesar de a caspa ser um distúrbio conhecido há anos, suas causas não são 100% claras. Os especialistas observaram, porém, três fatores principais que podem facilitar a presença da doença, como: suscetibilidade genética (ou seja, uma tendência congênita de a pele ter uma resposta inflamatória no couro cabeludo), sebo (óleos presentes naturalmente e que servem de “alimento” ao fungo causador da caspa) e o fungo propriamente dito, o Malassezia globosa, que se desenvolve em condições favoráveis. 186
Escova progressiva pode provocar o surgimento da caspa. MITO. Algumas pessoas podem apresentar irritação no couro cabeludo, provocada pelo uso do produto. Essa irritação causa descamação da região, que pode ser confundida com a caspa. O couro cabeludo também pode inflamar, porque a irritação, a vermelhidão ou a coceira podem diminuir a resistência da pessoa, levando a um processo inflamatório. A caspa é sazonal. DEPENDE. Estudos clínicos têm mostrado que, nas pessoas que sofrem do problema, tanto a presença das escamas quanto a do fungo, que contribui para a piora da caspa, é constante durante o ano todo. Na verdade, onde o ar é frio e seco, os flocos de caspa parecem mais brancos (por isso, mais aparentes). No entanto, a maioria dos casos é relatada durante as estações mais quentes, com a proliferação do fungo. Por isso é importante que a pessoa mantenha o tratamento anticaspa durante o ano todo. Os homens têm mais propensão à caspa que as mulheres. FALTA COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA. Temos a impressão de que a caspa acomete muito mais os homens do que as mulheres. Mas as causas da caspa estão associadas à suscetibilidade genética (que favorece uma resposta inflamatória ao ácido oleico), à produção de sebo (óleos presentes naturalmente e que servem de “alimento” ao fungo provocador da caspa) e ao fungo Malassezia globosa, que se desenvolve em condições favoráveis. Não existe comprovação científica de que esses fatores sejam mais prevalentes em homens do que em mulheres. Pessoas com cabelo oleoso têm maior probabilidade de desenvolver o problema. VERDADE. O cabelo oleoso, por produzir uma quantidade maior de óleo, é propício para o aparecimento da doença (a proliferação do fungo Malassezia globosa). De acordo com a médica, o que geralmente essas pessoas apresentam é a descamação do couro cabeludo devido ao ressecamento, não estando associada ao Malassezia globosa. A falta de higiene pode desencadear a condição. MITO. A falta de higiene não é um fator condicionante para que apareça a caspa.
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Caspa e dermatite seborreica são a mesma coisa. MITO. A caspa é uma manifestação mínima da dermatite seborreica. Porém ambas as condições têm algo em comum: o fungo Malazzesia globosa, independentemente de a doença ser de intensidade leve ou severa. A dermatite seborreica, às vezes, vem acompanhada de eritema e tem sintomas mais intensos. Os lugares mais comuns são couro cabeludo, face e partes que apresentam grande concentração de glândulas sebáceas (responsáveis pela produção do sebo, ambiente apropriado à proliferação do fungo Malassezia globosa).
LAVAR OS CABELOS FREQUENTEMENTE E COM PRODUTOS SUAVES A FIM DE IMPEDIR O ACÚMULO DE OLEOSIDADE É O PRIMEIRO PASSO PARA SE EVITAR A CASPA. ALÉM DISSO, DEVE-SE EVITAR DORMIR OU PRENDER OS CABELOS MOLHADOS, POIS ISSO AUMENTA A UMIDADE DO COURO CABELUDO Usar xampu anticaspa previne o aparecimento da doença. VERDADE. Uma das substâncias mais eficazes para o combate da caspa é o Piritionato de Zinco. A substância é capaz de agir diretamente no fungo (Malassezia globosa), combatendo-o e diminuindo a tendência à inflamação de forma efetiva. A caspa é contagiosa. MITO. A caspa não é contagiosa, pois o surgimento da condição depende da predisposição individual e de outros fatores combinados (estresse, cansaço, mudança de temperatura, excesso de oleosidade). Ainda que a quantidade do fungo Malassezia globosa esteja aumentada nas pessoas com caspa, ele não é transmitido de uma pessoa para outra. A caspa pode gerar calvície. DEPENDE. A caspa não é responsável pela calvície. A calvície está associada à predisposição genética. No entanto, a inflamação constante do couro cabeludo, como a provocada pela caspa, coopera para o agravamento da calvície. Não há cura para a caspa. VERDADE. Infelizmente, a caspa só pode ser controlada e o tipo de tratamento varia conforme a gravidade do problema. Casos mais severos devem ser tratados sob a orientação de um dermatologista. Quadros mais leves podem ser controlados com o uso regular de um sistema de tratamento que alie xampu e condicionador específicos. Com o tratamento adequado, há casos em que a caspa fica anos sem aparecer.
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Crescimento em valor 2014 vs. 2013
ü Em 2014, o segmento anticaspa cresceu 6% (2014 vs. 2013) em valor, enquanto H&S cresceu 20% no mesmo período; ü Este crescimento veio através de consumidores que deixaram de usar cosméticos de baixo valor agregado e migraram para H&S; ü Esta movimentação aumenta o ticket médio da categoria, trazendo mais rentabilidade para as lojas. Isto ocorre porque o preço médio do segmento anticaspa é 2x maior que o cosmético.
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Prevenção Contra Queda
1 Cálculo da P&G baseado em vendas no mundo, reportadas pela Nielsen no seu serviço de Retail Audit, para a categoria de shampoo, no período de Jul’12 a Jul’13. Copyright © 2012, The Nielsen Company. P&G - Abril/2015 - Imagens meramente ilustrativas.
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Prestígio da feira Abradilan Farma & HPC 2015 registra a estratégia das principais indústrias farmacêuticas em momento de retenção e otimiza relacionamentos Por Flávia corbó, tassia rocha e vivian lourenço
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Havia uma expectativa de como seria a 11ª edição da Abradilan Farma & HPC, já que ela ocorreu em um momento econômico e político delicado do País. Aparentemente, os laboratórios farmacêuticos e fabricantes de produtos de higiene e beleza ainda não sofreram grandes impactos, pois marcaram forte presença no evento. Mais de 100 expositores disputavam a atenção dos visitantes que circularam no Expo Center Norte durante os três dias de feira, em março deste ano. O sucesso do evento no setor é tão grande que, além de diretores e gerentes de empresas, alguns líderes de grandes empresas também fizeram questão de marcar presença. O diretor-geral da Sandoz Brasil, André Brázay, foi um deles. “É uma feira muito tradicional para o mercado, em que aproveitamos para estreitar relacionamentos, buscar vendas e observar os concorrentes.” A importância do evento é tamanha que nem mesmo a alta do dólar e outras questões desfavoráveis à indústria não desanimaram a empresa. “Não vamos deixar de participar e acreditamos que não
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teremos queda nas vendas, mas um provável impacto na rentabilidade, principalmente por conta da carga tributária, que consome boa parte do valor final do medicamento.” O diretor comercial da Neo Química, Fernando Marinheiro, também esteve presente. Não só para prestigiar o evento, como para parabenizar a equipe, já que a empresa passou da terceira para a segunda posição entre os maiores laboratórios do Brasil. “Há dois anos e meio, ocupávamos a sexta posição. Hoje, estamos em segundo lugar, ao lado de players de alta qualidade. Agora, o desafio é manter esse desempenho, por isso, estamos buscando maneiras de melhorar nossos custos de produção para amortizar os efeitos negativos da queda do dólar e do aumento do dissídio. Queremos absorver essas questões internamente para seguirmos competitivos.” Para driblar o mau momento do País, outros laboratórios apostam em lançamentos que devem movimentar o mercado, já que, na ponta da cadeia de consumo, a retração ainda não é tão grande. A estratégia do Laboratório Catarinense é apostar em prevenção. “A expectativa do brasileiro vem aumentando. Hoje, o consumidor quer chefotos: divulgação
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gar aos 50 anos de idade com tudo em cima. Por isso, estamos trabalhando com produtos à base de colágeno, cálcio, ômega 3. Enxergamos esse potencial, já que o Brasil é o segundo lugar no mundo com mais academias e o primeiro com maior número de corredores de rua. Há muito espaço para crescer”, acredita o gerente de marketing da empresa, Paulino Duarte. Também apostando em um crescimento intenso, apesar dos fatores externos desfavoráveis, a União Química esteve presente na feira para comunicar lançamentos e reposicionamento de marcas já existentes. Neste ano, a empresa está trabalhando com cerca de 15 novos produtos, além da mudança na embalagem de algumas linhas. “A empresa tem apresentado desempenho superior às médias de mercado e vamos continuar a crescer gradativamente e de maneira saudável, procurando cumprir as metas”, diz a gerente de produto da União Química, Aline Souza. Além de um espaço para estreitar relacionamento e prospectar futuros negócios, o evento também foi palco para comemorações. Presente em todas as edições do evento, inclusive como patrocinador, o laboratório Medquímica montou um estande especial para comemorar os 40 anos da companhia. “É o momento ideal para reunirmos toda a nossa equipe, conversar com nossos melhores clientes e darmos início às novas estratégias comerciais da empresa, que foram discutidas em uma convenção poucos dias atrás”, conta a gerente de marketing do laboratório, Cibele Ferraz. Enquanto algumas empresas são presença cativa na Abradilan Farma & HPC, outras são quase estreantes, como a Eurofarma, que esteve presente como expositor na feira pela segunda vez. “Como já tínhamos orçado nossa participação em 2014, decidimos vir mesmo com o cenário de instabilidade”, explica o gerente regional da Eurofarma, Donino Scherer. Além de trabalhar o relacionamento com os clientes, a companhia aproveitou o evento para divulgar o genérico Cialis, lançado no início de ano, com forte aceitação no mercado. “Para 2015, temos a previsão de outros oito lançamentos. Três deles até o primeiro semestre.” O evento tem o propósito de estreitar o relacionamento entre os visitantes e a indústria e promover novos negócios, como é o caso do laboratório Teuto/Pfizer, patrocinador máster da feira, que apresentou os mais de 700 produtos da companhia, além de estreitar o relacionamento com seus parceiros e também gerar novos e promissores negócios. “Nós estamos lançando 70 produtos por ano, em produtos diferenciados que agreguem mais valor tanto para a indústria e a farmácia, quanto para o consumidor e nós estamos atualizando nosso portfólio de maneira geral, de uma forma muito rápida. Em um momento em que todos
Aparentemente, os laboratórios farmacêuticos e fabricantes de produtos de higiene e beleza ainda não sofreram grandes impactos com a crise econômica, pois marcaram forte presença no evento. Mais de 100 expositores estiveram na feira
estão falando de crise, estamos na contra-mão, acreditando e investindo. Segundo dados do IMS Health, até 2018, o Brasil será o 4º maior mercado do mundo, então, dentro deste contexto, estamos nos preparando para essa oportunidade”, informa o diretor de marketing do Teuto, Ítalo Melo. A companhia trouxe este ano, para agitar o estande, o Motion Sphere, um simulador realista de carros de corrida, além do iZuttO, um totem fotográfico que publica as imagens em tempo real nas redes sociais. Em paralelo ao evento, o Teuto/Pfizer realizou um jantar para seus parceiros, na ocasião, apresentou seus resultados e principais novidades.
Oportunidade para todos Para as empresas de menor porte, a decisão de estar presente em uma feira de tamanho porte exigiu ainda mais planejamento estratégico. “Fizemos um esforço para estar aqui. Foi apertado, mas a participação vale a pena para buscar novos contatos e parcerias”, garante a gerente administrativa do laboratório Sobral, Paula de Carvalho Sobral, destacando que a crise é especialmente preocupante para eles, que têm a classe C como principal público consumidor. Em meio aos grandes laboratórios, estavam presentes estandes com serviços ainda não tão conhecidos do grande público. É o caso da Multifar, empresa criada para auxiliar drogarias a gerir o programa Aqui tem Farmácia Popular. Além de auxiliar o varejista no processo de adesão, cuidando de toda parte referente à legislação e documentação, a empresa fornece um software para o arquivamento de receitas médicas, uniforme para a equipe de trabalho e 2015 maio guia da farmácia
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Espaço do Conhecimento foi um dos principais destaques
um sistema que lembra os clientes, por meio de SMS, que o medicamento comprado está chegando ao fim e é preciso ir à farmácia adquirir mais. Para continuar com esse crescimento expressivo, as empresas do setor investem em pesquisas de novos produtos e maciçamente na ampliação do portfólio da marca, como acontece com a Pharlab, que tem atualmente 50 produtos e planeja aumentar esta quantidade com as pesquisas. “Nosso foco são os genéricos e os equivalentes. Até mesmo essa mudança na norma veio a nos beneficiar, já que comprova a qualidade para o consumidor. Foi maravilhoso e fundamental”, destaca o diretor de marketing da Pharlab, Vinicius Medeiros. A pretensão da empresa é triplicar as vendas para esse ano, já que 20% da receita da empresa é só com a venda das fitas e dos fios. “É o quarto ano que participamos da feira e temos presença garantida na do ano que vem. Pretendemos superar os negócios realizados no ano anterior”, comenta Medeiros. Dedicar tempo ao varejista se mostrou um diferencial para as empresas expositoras, que o veem como parceiro e não apenas como um meio de vendas. Para estreitar esses laços, a analista de trade do laboratório Waldomiro Pereira, Juliana Rosa, destaca que é preciso fazer uma campanha diferenciada dos produtos, voltada para o varejista. “Nossa tendência é crescer 15% em comparação a 2015.” Já para o gerente de marketing da Althaia, Ricardo Ferrari, as novidades do mercado e o investimento nos 192
medicamentos genéticos também devem ajudar no cenário positivo do setor. Como novidade, a empresa lançou o concorrente do Viagra, o Blupill, com uma embalagem mais discreta, com 20 flow-packs e que podem ser vendidos separadamente. A aposta da Bioland foi a apresentação da marca própria da empresa. “Temos 31 anos de mercado, com foco em produtos para saúde, principalmente nas linhas de medidores, termômetros e umidificadores”, explica o gerente de vendas da Bioland, Ramon Bertotti. Outra empresa que aproveitou o evento para divulgar os lançamentos foi a Soniclear, que aposta em produtos nacionais, com mais praticidade e com fácil manuseio. “Nós gostamos muito de participar, pois é o mercado com o qual buscamos nos aproximar, que é o distribuidor, então queremos expandir o nosso negócio, já estamos nas principais redes de farmácia e hoje nós queremos atingir mais a farmácia independente, ajudá-la a aumentar o mix de produtos, pois geralmente elas só trabalham como uma opção de inalador e umidificador”, aponta o presidente e diretor da Soniclear, Roberto Haushahn. A Cifarma também já é uma empresa aguardada nas edições da Abradilan e, em 2015, a companhia levou uma equipe numerosa para atender da melhor forma os visitantes do estande. “A Abradilan ajuda na visibilidade, vêm clientes de todos os estados, então é uma excelente oportunidade para relacionamento com os clientes”, informa a vice-presidente da Cifarma, Sônia Silveira Braga.
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regulatório
Registro de cosméticos no Brasil
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Novas regras pretendem dar mais agilidade ao setor e permitir que a Anvisa concentre suas análises nos produtos de maior risco
Cláudia De Lucca Mano Advogada, sócia fundadora da banca De Lucca Mano, e consultora empresarial na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios 194
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou recentemente uma atualização sobre as regras de cosméticos. Segundo a nova medida, a Resolução (RDC) 07/15, os produtos cosméticos passam a ser isentos de registro, mas sujeitos à comunicação prévia antes de sua comercialização. De acordo com a regra, a exceção são os produtos enquadrados como bronzeadores, itens de alisamento capilar, protetor solar, repelente de insetos, gel antisséptico para as mãos e os produtos infantis. Estes continuarão sendo analisados pela Agência, tendo em vista o seu maior risco associado. O objetivo da norma é dar mais agilidade ao setor e permitir que a Agência concentre suas análises nos produtos de maior risco e substituir uma regra anterior, publicada no ano passado, que separou os produtos cosméticos em três categorias para liberação ao mercado. São elas: a) isentos, sujeitos à notificação, b) registro simplificado, sujeito ao registro eletrônico automático, e c) o registro, que seria liberado após avaliação tradicional pela equipe da Anvisa. Para apoiar essa iniciativa, a Agência lançou um sistema automático de registro por meio do qual todos os pedidos seriam feitos eletronicamente pela indústria. O objetivo foi o de aliviar a equipe da Anvisa para se concentrar na análise técnica dos produtos que oferecem maior risco à saúde, e dar uma resposta mais rápida a novos lançamentos da indústria. No entanto, a tecnologia não foi aperfeiçoada antes do lançamento, o que é, infelizmente, quase um padrão, quando se tratam de novos procedimentos na Anvisa. O novo software verifica cada ingrediente declarado, comparando-o com os regulamentos vigentes, o que tornou o sistema lento e ineficien-
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te. Ou seja, trabalhou contra a sua própria finalidade de agilizar e modernizar as aprovações. Havia rumores de que a Agência estaria considerando a terceirização da Tecnologia da Informação (TI) para esse software, como uma admissão embaraçosa da sua incapacidade para gerir o problema. Agora, a Anvisa revogou o regulamento de 2014, a RDC 4, revogando também a lista tríplice. A partir deste momento, a indústria deve categorizar cosméticos em duas classes distintas: isento, agora submetido à comunicação prévia, e de registro, o mesmo procedimento pelo qual os técnicos checam cada pedido individualmente. Há anos, reclamações da indústria sobre o atraso da Anvisa em relação à liberação de novos produtos são recorrentes. Cosméticos foram os primeiros produtos mais afetados, por causa do grande número de novos lançamentos a cada ano. Desde 2005, existe a notificação de produtos grau de risco 1, mas mesmo assim milhares de produtos esperam na fila para aprovação. Parece que a Agência está finalmente convencida de que não é como você chama uma determinada categoria de produto que irá oferecer mais ou menos segurança para o procedimento, mas o próprio procedimento. Duas categorias diferentes parecem suficientes para separar produtos por seu risco e definir o grau de envolvimento da Anvisa na checagem de fórmulas, rótulos e testes de segurança e/ou eficiência antes de lançar um produto no mercado. No entanto, o novo regulamento não parece resolver o problema real da tecnologia arcaica que ainda mantém a indústria no gargalo burocrático, sem nenhum benefício aos consumidores, para a frágil economia ou mesmo à imagem da Anvisa. foto: divulgação
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Feito para elas No mês em que é celebrado o Dia das Mães, nada melhor que selecionar os melhores produtos para deixar as consumidoras renovadas das unhas até os cabelos. Confira as dicas do Guia da Farmácia e prepare o ponto de venda Por Tassia Rocha
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Seguro e eficaz
Tripla proteção
A tecnologia exclusiva de Imédia Excellence respeita a textura, o grau de porosidade e a necessidade de revitalização da fibra capilar, além de garantir tripla proteção aos cabelos durante o processo de coloração: o Serum Protetor, tratamento pré-coloração, trata e protege os cabelos; o creme colorante fortalece, protege, preenche e revitaliza os cabelos durante a aplicação; e o tratamento pós-coloração prolonga a proteção até a próxima aplicação do produto. www.loreal.com.br
Unhas resistentes
Assim como os cabelos, as unhas também precisam de hidratação intensa e cuidados redobrados. A esmaltação semanal e o uso de acetona e removedores tornam as unhas quebradiças, opacas e com descamações. Pensando nesse problema, a DNA Italy apresenta o Kit Hidra Mask para prevenir o ressecamento e melhorar a resistência de unhas fracas e finas. dnaitaly.com.br
Mosquitos e pernilongos são motivos de preocupação para os pais. Com a epidemia da dengue, a atenção deve ser redobrada já que proteger seus filhos é uma das coisas mais importantes para eles. Pensando nisso, Johnson’s®, oferece a Loção Antimosquito para ajudar nessa batalha contra os insetos. Trata-se do primeiro repelente do mercado seguro e eficaz para bebês a partir de seis meses, que protege de mosquitos, pernilongos, borrachudos e até mesmo o transmissor da dengue, o Aedes aegypti. www.jnjbrasil.com.br 2015 maio guia da farmácia
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Apaga danos
Ação prolongada
RoC® Pro-Sublime contém ativos retinol e ácido hialurônico presentes na fórmula que possuem duplo mecanismo de ação para reverter rugas profundas na delicada área do contorno dos olhos, por meio do estímulo da renovação celular e da produção de colágeno e elastina. Com exclusiva tecnologia de liberação repositória dos ativos, promove ação prolongada e profunda na pele. Disponível na versão: Pro-Sublime Antirrugas para a região dos olhos (15 mL), é indicado para todos os tipos de pele.
Para ajudar as brasileiras a alcançar uma pele lisa e perfeita imediatamente, L’Oréal Paris apresenta Revitalift Blur Mágico, o primeiro alisador instantâneo da pele lançado no varejo massivo brasileiro. Revitalift Blur Mágico não é um hidratante e é mais que um primer: ele apaga a aparência de linhas expressão, brilho, poros e rugas imediatamente. www.loreal.com.br
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Hiperpigmentação da pele
As manchas de pele são um problema que incomoda 1 em cada 3 mulheres. Elas podem ser provocadas por diferentes fatores, como a exposição solar sem proteção adequada, gravidez, uso de pílula anticoncepcional e envelhecimento intrínseco, aquele provocado pela idade. Para atender a essa necessidade, os Laboratórios Dermatológicos Avène trazem para o Brasil o D-Pigment, um cuidado clareador que possui resultados comprovados na eficácia do combate ao melasma e lentigo. www.eau-thermale-avene.com.br 198
Nova tecnologia
Pampers inova e traz a nova geração de Toalhinhas Umedecidas Pampers com avançada tecnologia: textura Soft Grip. Graças a essa exclusiva textura, 4 vezes mais resistente e 15% mais grossa que a marca líder de mercado, as novas Toalhinhas Umedecidas Pampers limpam delicadamente a pele do bebê com menos passadas, de maneira muito mais eficaz e suave. www.pampers.com.br
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Combinação de ingredientes
Doença inflamatória crônica de pele, a dermatite atópica atinge entre 10% a 15% da população e é caracterizada pelo aparecimento de lesões avermelhadas e coceira em graus variáveis dependendo se o paciente está em crise ou com a doença controlada. Desenvolvida por uma equipe multidisciplinar composta por dermatologistas, bioquímicos e farmacêuticos, a linha de dermocosméticos Umiditá Hidratantes é composta por quatro produtos em sete apresentações que restauram a barreira cutânea e sua capacidade natural de reter água. Além disso, contam com uma combinação de ingredientes ativos especialmente selecionados para cada fase da doença: estabilização da crise, controle e manutenção. www.libbs.com.br
Cuidados com as mãos
Desenvolvido pelo Grupo Cimed, Hidrat Luva de Silicone tem como objetivo criar uma camada protetora e atuar contra o ressecamento da pele das mãos causado por agentes externos, como baixa temperatura, sabonetes e produtos de limpeza. O silicone, conhecido por formar uma película que preserva e reduz a perda de água da pele, é a melhor solução para quem busca hidratação prolongada, maciez e um delicioso perfume nas mãos durante muito mais tempo www.grupocimed.com.br
Banho de leito
Produtos diferenciados
Jontex apresenta uma novidade que vai aguçar os sentidos e gerar novos momentos de intimidade e descobertas a dois: sua inovadora linha de géis 3 em 1. Jontex Gel 3 em 1 é o único do mercado brasileiro que oferece três benefícios em um só produto: lubrificante íntimo com fórmula à base d’água, textura ideal para massagem (não deixa a pele grudenta), com aromas e sabores.
Especializada na comercialização e distribuição de produtos médico-hospitalares no País, a Tagmed amplia o seu portfólio e apresenta sua linha de produtos para higiene pessoal, como as luvas de higiene corporal, touca com xampu e lenços umedecidos para banho de leito que proporcionam cuidados e higiene completa ou parcial, substituindo o banho tradicional. www.tagmed.com.br
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A importância de saber negociar
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Quando você tiver uma posição vantajosa, deve aproveitar a oportunidade não só para obter um bom resultado de curto prazo, mas também para construir relacionamentos e fortalecer parcerias
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P o r G e r a l do M o ntei r o – di r etor ex ec u ti v o da A bradilan
Qual é sua imagem de um bom negociador? É aquela pessoa que explora o máximo de cada oportunidade e consegue até o último centavo em suas negociações com clientes e fornecedores? Ou aquele que se coloca em uma posição dura, que nunca cede espaço em uma negociação? Se você pensa que esses exemplos são o retrato de um bom negociador, sugiro que tenha cuidado. Quando não se levam em consideração as necessidades e objetivos da outra parte, corre-se o risco de estar destruindo um bom relacionamento e ter maiores complicações no longo prazo. Uma negociação em que somente um lado ganha, é uma negociação malsucedida. Para ambas as partes. Isso não é somente no sentido de manter a ética nos negócios. É uma questão de benefícios de longo prazo para a empresa, construção de parcerias e bons relacionamentos e redução do risco. Aquela pequena porcentagem adicional que se con-
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seguiu apertando um fornecedor até o limite provavelmente será cobrada com altos juros quando você precisar dele. Um bom negociador é aquele que consegue um ótimo resultado para sua empresa, até o limite em que a outra parte também tenha benefícios. Esse equilíbrio é a grande dificuldade das negociações. Um grande diferencial para atingir esse objetivo é a informação. Quem tem mais dados sobre a situação e as necessidades da outra parte, assim como suas próprias restrições e objetivos, estará em vantagem na negociação. Antes de negociar, você deve pesquisar o quanto puder sobre o que seu cliente ou fornecedor procura. Pesquise seu mercado, os padrões de preço da concorrência, a situação financeira da empresa e a relação que eles têm com os seus concorrentes. Ao iniciar a negociação, use os primeiros momentos para cobrir as lacunas de sua informação e sentir as intenções da outra parte.
Não tenha medo de perguntar: “O que você gostaria de obter como resultado desta negociação?”. Essa pergunta é muito útil para dar um claro sinal ao outro de que você está procurando um resultado ganha ganha. Essa estratégia é eficiente porque reduz o risco de seu posicionamento (já que está baseada em fatos pesquisados e não “achismo”). Além disso, muitas vezes, a negociação pode ficar concentrada em um ponto (por exemplo, preço), enquanto o que seu cliente ou fornecedor realmente quer é outra vantagem (por exemplo, prazo de pagamento, investimento em marketing, etc.). Muitas vezes, sua empresa pode ceder em uma área que o outro deseja para atingir seu objetivo principal na negociação. Pense nisso, não somente no sentido das negociações empresariais, mas também em todas suas negociações na vida profissional e pessoal.
Empresas sócias colaboradoras da Abradilan
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Seja do Seja voluntário voluntário do Programa um Sorriso. Sorriso. Programa Adotei Adotei um EE descubra existe recompensa recompensa descubra que que não não existe melhor a alegria. alegria. melhor do do que que a
Adoteum umSorriso. Sorriso.Seja Sejavoluntário voluntário da da Fundação Fundação Abrinq. Adote Abrinq. Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, nutricionista, nutricionista,oftalmologista oftalmologistaee apaixonadopelo peloque quefaz fazpode podefazer fazer parte parte da da equipe equipe de apaixonado de voluntários voluntáriosda daFundação FundaçãoAbrinq Abrinqeesese dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. em sorrisos. Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença. Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença.
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serviços
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Abradilan www.abradilan.com.br Abrafarma www.abrafarma.com.br ABRH www.abrhnacional.org.br AFPFB www.farmaefarma.com.br Alcon www.alcon.com Althaia http://althaia.com.br ANA www2.ana.gov.br Anvisa http://portal.anvisa.gov.br Asbai www.asbai.org.br
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Libbs Farmacêutica www.libbs.com.br
FIA-USP www5.usp.br/tag/fia Fleury Medicina e Saúde www.fleury.com.br FMUSP www.fm.usp.br
Hapvida Saúde www.hapvida.com.br head & shoulders www.headandshoulders.com.br Hospitais Albert Einstein www.einstein.br Hospital e Maternidade Santa Joana www.hmsj.com.br Hospital São Luiz www.saoluiz.com.br
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M Medley www.medley.com.br Michael Page www.michaelpage.com.br Ministério da Saúde www.saude.gov.br
N Neo Química www.neoquimica.com.br
O ONU www.onu.org.br
P Pague Menos http://portal.paguemenos.com.br
Global Gold Corretora de Seguros www.goldcorretora.com.br
Pharlab www.pharlab.com.br
Grupo Cimed www.grupocimed.com.br
Porto Seguro www.portoseguro.com.br
I Ibevar www.ibevar.org.br
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Kley Hertz www.kleyhertz.com.br
FEA/USP www.fea.usp.br
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Eurofarma www.eurofarma.com.br
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IMS Health www.imshealth.com Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar www.ifpri.org
SBD www.sbd.org.br SBRV www.sbrv.org.br Sebrae www.sebrae.com.br Senac www.senac.br Sindusfarma www.sindusfarma.org.br Soniclear www.soniclear.com.br SPPT www.sppt.org.br SulAmérica http://portal.sulamericaseguros.com.br Sundown Naturals www.sundownnaturals.com
T Teuto/Pfizer www.teuto.com.br TheraSkin www.theraskin.com.br
U UFLA www.ufla.br União Química www.uniaoquimica.com.br Unicamp www.unicamp.br Unifesp http://unifesp.br
V Vannon www.vannon.com.br
Provar http://provar.org PUC-SP www.pucsp.br
S Sandoz Brasil www.sandoz.com.br Santa Casa de Misericórdia de São Paulo www.santacasasp.org.br
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