271 Jun/15 Novo padrão de consumo

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ano XXii • nº 271 junho de 2015

O QUE VAI

PARA A CESTA? Estudo Mudanças no Mercado Brasileiro 2015, da Nielsen, revela que os consumidores conquistaram um novo padrão de consumo. Indústria e varejo terão de ser precisos em suas ações

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EDITORIAL

Hábitos repensados Nos últimos anos, os consumidores brasileiros conquistaram novos patamares, adquirindo categorias de produtos que não tinham oportunidade de consumir antes. Para não perder essa conquista, diante da possível crise econômica que amedronta o País, a população repensa seus hábitos e muda algumas características comportamentais. Isso é o que revela o estudo Mudanças do Mercado Brasileiro 2015, da Nielsen, apresentado na íntegra na reportagem de capa desta edição. Cerca de 13% dos brasileiros já passaram a economizar para pagar contas atrasadas. Contudo, o consumo de bens primários, como alimentos e medicamentos, apresentou uma variação positiva de 12% no último ano. O consumidor preza muito pela saúde e pela qualidade de vida. Pensar melhor sobre os hábitos de compra faz com que o consumidor mude algumas decisões. E isso não implica apenas nas categorias que vão entrar na cesta, mas também no canal e na frequência da compra. Assim, os varejistas precisam otimizar as suas vendas. O que não se pode deixar de olhar é quais estratégias precisam ser bem planejadas e bem estruturadas DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br)

para conseguir se destacar em meio a esses desafios. Outro destaque fica por conta da pesquisa de intenção de compra realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). Segundo os números levantados a partir da entrevista com 500 pessoas na cidade de São Paulo, o índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis no período de abril a junho de 2015 é de 46,6%. Esse indicador é 3 pontos percentuais (p.p.) menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2015, que foi de 49,6%. Já na comparação com o segundo trimestre do ano passado, quando se registrou 53,2%, o índice apresenta queda ainda maior, 6,6 p.p. Fique de olho nesses e em outros dados do mercado para determinar os rumos e estratégias do seu negócio.

Lígia Favoretto Editora-chefe

DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira

EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó

DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues

ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri

EDITOR DE ARTE Junior B. Santos

DEPARTAMENTO FINANCEIRO Fabíola Rocha e Cláudia Simplício

ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia e Antônio Gambeta MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

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GUIA DA FARMÁCIA JUNHO 2015

O consumidor preza muito pela saúde e pela qualidade de vida. Pensar melhor sobre os hábitos de compra faz com que ele mude algumas decisões

Boa leitura.

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto MARKETING DIGITAL Andrea Guimarães e Noemy Rodrigues COLABORADORES DA EDIÇÃO Revisão Maria Elisa Guedes Textos Adriana Bruno, Claudia Manzzano, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Marcelo de Valécio, Rodrigo Rodrigues, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Colunistas Gustavo Semblano, Silvia Osso e Talita Cabrera IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #271 JUNHO 2015

E MAIS 8

66 44 > DEBATE Alvo de várias pesquisas contraditórias ao longo dos últimos anos, o paracetamol está mais uma vez no centro das discussões científicas do mercado farmacêutico

52 > PESQUISA CAPA

A crise econômica faz com que o brasileiro adote um novo padrão de consumo. O estudo Mudanças no Mercado Brasileiro 2015, da Nielsen, revela que ele não está disposto a abandonar hábitos conquistados nos últimos anos

70 > FERRAMENTA Fazer uso da tecnologia que está sempre às mãos do consumidor, como os celulares, é uma das técnicas que o varejista pode utilizar para atrair um público cada vez mais seletivo e exigente

76 > ESTRATÉGIA Ter um bom trabalho de marketing no varejo é ao mesmo tempo essencial para o sucesso do negócio e um desafio diário, já que é o responsável por mapear a jornada de compra do consumidor

144 > AÇÃO Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Porém no País, o número de doadores ainda é baixo e poucos sabem da importância deste ato 6

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GUIA ON-LINE

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ENTREVISTA

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ANTENA LIGADA

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ATUALIZANDO

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GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE

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>

ASSOCIATIVISMO

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ATUALIDADE

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>

E-COMMERCE

ESPECIAL IDOSOS 84

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PANORAMA

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ATENDIMENTO

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SAÚDE

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ASMA E BRONQUITE

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SORTIMENTO

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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MIX

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FIXADORES DE DENTADURAS

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BELEZA

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CABELOS

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EVENTO

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SEMPRE EM DIA

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SERVIÇOS

ARTIGOS 36

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VAREJO Silvia Osso CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano

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OPINIÃO Talita Cabrera

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CONTEÚDO EXTRA NO PORTAL (A PARTIR DO DIA 15 DE CADA MÊS) ATENÇÃO À OPORTUNIDADE Em momentos de crise, o consumidor costuma recorrer ao e-commerce. Confira alguns números do setor.

DÉCADA DE HISTÓRIA Saiba como o associativismo foi criado dentro do varejo brasileiro. 8

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BOLSO APERTADO Entenda quais são os principais fatores econômicos e sociais que vêm refletindo no comportamento do consumidor. FOTOS: SHUTTERSTOCK

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O QUE ROL A NA S REDES SOCIAIS

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FARMÁCIAS DRIBLAM DIFICULDADES E CRESCEM EM RITMO ACELERADO ANVISA JÁ APROVOU DEZOITO NOVOS GENÉRICOS EM 2015

SUA OPINIÃO É MUITO IMP ORTANTE PAR A NÓS Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!

AMEAÇA ESTRANGEIRA

Só beneficia grandes redes! Fato! O pequeno empreendedor vai à falência! Farmácia tem de ser estabelecimento de saúde! Rodrigo Gonçalves Ribeiro, em resposta à nota Especialistas discutem se modelo americano de farmácia é viável no Brasil, publicada no dia 2 de maio no Facebook do Guia da Farmácia

FAVORÁVEL AO COMÉRCIO

Se farmácia for somente estabelecimento de saúde, tem de ser isenta de impostos e este não é o caso, então ainda é um comércio, depende de vendas e quanto maior for o mix de produtos e serviços que possa comercializar e prestar para a sociedade, melhor será para todos. Alex Esteves, em resposta à nota Especialistas discutem se modelo americano de farmácia é viável no Brasil, publicada no dia 2 de maio no Facebook do Guia da Farmácia

OPINIÃO COM RESSALVA ESPECIALISTAS DISCUTEM SE MODELO AMERICANO DE FARMÁCIA É VIÁVEL NO BRASIL

AUTOMEDICAÇÃO PODE PROVOCAR INTOXICAÇÕES. FARMÁCIAS E DROGARIAS TÊM PAPEL FUNDAMENTAL NO CONTROLE

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Com o sistema de saúde que possuímos? Jamais. José Carlos Araújo, em resposta à nota Especialistas discutem se modelo americano de farmácia é viável no Brasil, publicada no dia 2 de maio no Facebook do Guia da Farmácia

PERGUNTE E NÓS RESPONDEREMOS!

Se você tem dúvidas ou qualquer tipo de curiosidade sobre o mercado, empresas ou sobre suas atribuições, escreva para nós! Nossos colunistas estão de plantão para atendê-lo na seção Guia da Farmácia Responde. Veja mais na pág. 32.

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ENTREVISTA - MERCK CONSUMER HEALTH

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Novidade para o Brasil A MERCK TRAZ PARA O BRASIL A PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO DE PROBIÓTICO, 12 VITAMINAS E 8 MINERAIS DO PAÍS. OBJETIVO É OFERECER ALTERNATIVA PARA MICROBIOTA DA POPULAÇÃO

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P O R L Í G I A FAV O R E T T O

Uma empresa líder em produtos inovadores de alta tecnologia nos setores de Produtos Farmacêuticos, Ciências da Vida e Materiais de Performance, a Merck tem seis negócios – Merck Serono, Consumer Health, Allergopharma, Biosimilares, Merck Millipore e Materiais de Performance – e gerou vendas de 11.3 bilhões em 2014. Aproximadamente 39 mil funcionários trabalham em 66 países para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, promover o sucesso dos clientes e ajudar a atender aos desafios globais. Trata-se da empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca da Merck. As únicas exceções são o Canadá e os Estados Unidos, onde a empresa é conhecida como EMD Serono, EMD Millipore e EMD Performance Materials. Marcas da divisão Consumer Health da Merck, como Citoneurin®, Floratil®, Bion® e Cebion®, são líderes em mercados importantes, apoiadas pela ciência e pela confiança dos consumidores. A divisão Consumer Health conta com aproximadamente 2 mil funcionários globalmente em mais de 40 mercados. Desde 2014, o portfólio compreende marcas com receita anual total de mais de US$ 1 bilhão. Consumer Health é uma divisão do Grupo Merck com sede mundial em Darmstadt, Alemanha. O Guia da Farmácia conversou com exclusividade com o gerente-geral da divisão Consumer Health da Merck no Brasil, Boris Sandoval, que revela a entrada da companhia no mercado de probióticos. Guia da Farmácia • Qual a importância do Brasil dentro dos negócios do Grupo Merck? Boris Sandoval • Sem dúvida, o Brasil é um dos países mais relevantes para a estratégia do Grupo Merck, nos três setores em que atuamos: Healthcare, Life Science e Performance Materials; sendo que, no

primeiro, o Brasil está entre os três países mais importantes do mundo para a Merck. Falando especificamente da divisão de Consumer Health, em 2014, a participação dos mercados emergentes, dos quais o Brasil faz parte, representou 50% das vendas globais, ultrapassando pela primeira vez o mercado europeu, em que nossa presença é bastante sólida. Um ótimo exemplo, que reflete a relevância do Brasil para a companhia, foi o crescimento de dois dígitos em 2014 apresentado pelo nosso antidiarréico Floratil®. Um excelente resultado que esperamos dar continuidade em 2015 também. Guia • A Merck é uma das farmacêuticas mais antigas do mundo. Qual o segredo do sucesso e como sobreviver em um mercado tão competitivo? Sandoval • A Merck é a empresa da área farmacêutica e química mais antiga do mundo, com origem na Alemanha. Prestes a completar 350 anos de existência, com cerca de 39 mil funcionários pelo mundo e atuação em 66 países, desde 1668, a marca Merck é sinônimo de inovação, qualidade, sucesso nos negócios, pautada pela atuação ética e sustentável. Durante todo esse tempo, tivemos a inovação em nosso DNA, bem como a construção e sustentabilidade de produtos e marcas bastante consagradas, como Cebion®, Floratil®, Alginac®, o que nos permite ter sucesso ao longo dos anos neste mercado tão competitivo. Guia • Por que o mercado farmacêutico continua sendo interessante? Sandoval • Primeiramente, porque somos responsáveis por desenvolver e entregar produtos inovadores que impactam diretamente a saúde das pessoas, melhorando substancialmente a qualidade de vida. Além disso, esse é um mercado de crescimento contínuo e sustentável em todo o mundo. Nos últimos quatro anos, a média de crescimento do mercado farmacêutico no Brasil foi de dois dígitos e se deu especialmente em função do crescimento do acesso à 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA - MERCK CONSUMER HEALTH

saúde pela população, e combinado ao desejo das pessoas de se sentirem mais saudáveis e jovens. Guia • Qual a importância da divisão Consumer Health para o Grupo Merck? Sandoval • Em 2014, a divisão Consumer Health (CH) foi responsável por 7% das vendas globais do grupo e é um dos pilares de crescimento mais relevantes da Merck, em especial nos mercados emergentes, como o Brasil. Nossa ambição global em CH é obter 3% de market share, até 2021, em todos os mercados-chave em que atuamos, incluindo o Brasil. Guia • Como os produtos que acabam se tornando marcas próprias são trabalhados junto à população e o que faz com que as pessoas escolham por elas? Sandoval • O processo de construção e diferenciação de uma marca passa por investimentos no relacionamento com o consumidor final, com médicos e boa ativação do ponto de venda (PDV). No entanto, o essencial é trazer diferenciais relevantes para o consumidor em relação à concorrência. Guia • A população está apta a escolher que medicamento/vitamina/probiótico utilizar? Sandoval • Para o caso de multivitamínicos, creio que sim. Trata-se de um mercado consolidado, sobre o qual a população já vem sendo informada e obtendo conhecimento há bastante tempo. Já no caso da categoria de probiótico, trata-se de um mercado relativamente novo e ainda em construção, porém com excelentes perspectivas de crescimento e que requer ainda muito conhecimento à população sobre todos os seus benefícios. Guia • Como se dá o trabalho da Merck no PDV? Sandoval • A Merck Consumer Health aposta em um mix de comunicação para o consumidor por meio de investimento em mídia de massa, ativações no ponto de venda (PDV), além de um grande suporte em propaganda médica. Podemos destacar o case de Floratil®. Estudos de shopper foram feitos para entender um ponto crucial: o quanto os consumidores entendiam sobre os diferenciais de Floratil® versus demais concorrentes diretos e correlatos. Os resultados comprovaram que os shoppers conhecem as diversas subcategorias de medicamentos gastrointestinais e as consomem de formas distintas, e, a partir disto, desenhamos nossas estratégias de comunicação e planograma no PDV. Entre os pontos-chave para o sucesso de Floratil®, estão uma boa comunicação e visibilidade no PDV, alinhadas à mídia vigente, entre outros. Guia • Quais os maiores desafios hoje no varejo farmacêutico para alavancar as vendas de medicamento/vitamina/probiótico? Por que e como superá-los? 16

Sandoval • Os desafios incluem o grande número de produtos da categoria, a limitação do espaço no autosserviço e a capacidade de dar visibilidade aos diferenciais do produto por meio de ativações no PDV. Para superá-los, investimos em ações que aumentem a demanda, fazendo com que o varejo entenda a importância do produto e contribua para sua visibilidade. Guia • Por que esse nicho de mercado, do qual o Bion®3 , probiótico que é o lançamento da Merck, faz parte, é importante? Sandoval • O mercado de vendas de multivitamínicos é um dos maiores no segmento Over The Counter (OTC), com alto grau de exigência por parte do consumidor, e que vem apresentando uma boa dinâmica de crescimento com o passar dos anos. Como dito anteriormente, por termos o único produto que associa probiótico, vitaminas e minerais, estamos em uma posição privilegiada perante o mercado de multivitamínicos brasileiro. Guia • Os brasileiros, de uma forma geral, não “cuidam” de sua flora intestinal? Quais as maiores deficiências e em quais problemas elas podem desencadear? Sandoval • As bactérias que vivem no intestino, a microbiota intestinal, desempenham um papel importante na saúde humana, como: o fornecimento de nutrientes essenciais, síntese de vitaminas, no auxílio da digestão da celulose, e promovendo um sistema imunológico e digestivo saudável. No entanto, a alteração desta microbiota, a disbiose, está associada a doenças inflamatórias crônicas, como diabetes, obesidade, além de doenças do trato digestivo, como a doença inflamatória intestinal. Vários fatores contribuem para a alteração da microbiota, como: utilização de antibióticos, estresse, envelhecimento, maus hábitos alimentares e estilo de vida. Guia • Por que o produto configura-se como uma inovação? O que é ser inovador para a Merck? Sandoval • Bion®3 é a primeiro multivitamínico do mercado brasileiro que associa probiótico, vitaminas e minerais. Essa combinação é essencial para garantir mais imunidade e energia ao consumidor, com a ingestão de uma drágea por dia, que possui uma tecnologia exclusiva, desenvolvida pela Merck, que não precisa de refrigeração para manter os micro-organismos vivos até a chegada ao intestino. Ser inovador é ser único, entregar qualidade e diferenciação para o consumidor e trazer conveniência e facilidade para seu dia a dia. Desejamos aumentar a qualidade de vida de pacientes, promover o sucesso dos nossos clientes e ajudar a enfrentar os desafios globais.

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NÚMEROS DO SETOR O AUMENTO DO CONSUMO ATRAVÉS DO E-COMMERCE FORTALECE OS ÍNDICES DO CANAL FARMA. TERAPIAS INOVADORAS, SERVIÇOS, PARCERIAS E AQUISIÇÕES CONTRIBUEM COM OS RESULTADOS POSITIVOS

VENDAS ON-LINE

A Drogaria Nova Esperança, um dos maiores varejistas do setor de medicamentos, tem apostado no mercado corporativo para expandir seus negócios pelo Brasil. Atualmente, o carro-chefe de vendas da empresa é o e-commerce. O comércio eletrônico brasileiro é composto de 450 mil lojas virtuais ativas, entretanto, apenas 15% das companhias possuem endereços físicos. “Temos apenas uma loja física que está situada em Pirituba, em contrapartida, conseguimos atender todo o Brasil através do nosso e-commerce”, comenta o diretor da Drogaria Nova Esperança, Marcos Dávida. • www.drogarianovaesperanca.com.br 18

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RITMO ACELERADO

Enquanto o comércio varejista vê suas vendas despencarem em quase todos os segmentos, o setor de farmácia e perfumaria consegue crescimento expressivo, movido por diversos fatores, que vão da necessidade por produtos básicos até o desenvolvimento do setor de cosméticos. O faturamento do setor cresceu cerca de 8% em um ano. Em 2014, o varejo farmacêutico faturou R$ 1,48 bilhão no litoral de São Paulo, que agrupa 23 municípios da Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Ribeira. Em 2013, esse montante chegou a R$ 1,37 bilhão. Para o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Guilherme Dietze, a alta está relacionada ao atual momento econômico do Brasil. “Quando um País entra em crise, a tendência é que exista uma migração no consumo. Então, produtos que necessitam de financiamentos, como carros e eletrônicos, têm quedas nas vendas.” • www.fecomercio.com.br FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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CURSO GRÁTIS SOBRE PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA

Confira no Treina PDV Farma o curso rápido gratuito com o tema Prescrição Farmacêutica. O curso em vídeo apresenta os conceitos e benefícios, etapas e os aspectos práticos, além dos medicamentos passíveis de prescrição e todos os conhecimentos necessários ao farmacêutico prescritor. O Treina PDV Farma é a plataforma de cursos on-line da Contento Comunicação para o varejo farmacêutico, onde estão disponíveis ainda diversos cursos rápidos gratuitos, além de um programa de capacitação composto por 12 módulos, ferramentas interativas, avaliações e certificados. O programa de capacitação requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. A plataforma também possui cursos rápidos gratuitos. Para acessar, basta preencher um pequeno cadastro! Para conhecer e experimentar, acesse: • www.treinapdvfarma.com.br • Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200

NOVA OPÇÃO

Acaba de chegar ao Brasil a Vacina Quadrivalente contra Gripe da Sanofi Pasteur, a Divisão de Vacinas da Sanofi, que oferece proteção mais ampla à população brasileira contra o vírus influenza B e é a única vacina quadrivalente licenciada no Brasil para crianças com idade entre 6 e 36 meses. A nova versão conta com duas cepas A (subtipos H1N1 e H3N2) e duas cepas B (linhagem Victoria e Yamagata), uma linhagem de vírus B a mais que a opção tradicional usada no País. A vacina contra Gripe da Sanofi Pasteur já foi aprovada nos Estados Unidos, em 2013. Inicialmente, estará disponível nas clínicas de vacinação privadas no Brasil e nas empresas com interesse em imunizar seus funcionários. • www.sanofi.com.br

SOLUÇÃO MOBILE

A InterPlayers, grupo líder no desenvolvimento de soluções para a cadeia de saúde e bem-estar, preparou uma oferta integrada para a força de vendas da indústria farmacêutica atuar com mais eficiência e inteligência junto ao varejo. A solução permite ao representante acessar informações sobre as movimentações de negócios, como faturamento, demanda e potencial de seus clientes in loco no momento da execução da venda. Dessa forma, as decisões de negócios poderão ser tomadas a partir de dados mais confiáveis e atualizados, inclusive com indicadores de performance de venda. De acordo com o gerente corporativo de produtos do Grupo InterPlayers, Tales Godoy, “o mercado farmacêutico busca continuamente maior proximidade com os pontos de venda para garantir a demanda de seus produtos de forma mais efetiva”. “Por isso, o acesso ágil à informação é um diferencial competitivo nos processos de vendas”, informa o executivo. • http://interplayers.com.br/site 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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algumas farmácias ficavam assim na hora de recomendar um hidratante para gestante.

Chegou Umiditá. Uma linha completa de hidratantes pensada e desenvolvida especifícamente para a gestante e a mamãe. Produtos hipoalergênicos. Formulação com uso exclusivo de substâncias seguras na gestação, pós gestação e para o bebê. Tem tudo o que é mais importante. Principalmente a recomedação que elas mais precisam: a do médico de confiança.1-12 Referências: 1.LIPOTEC. Vanistryl® Barcelona: Poligon, Ago, 2010. 2.ASHLAND. Prolipid™ 141: lamellar gel. Multi-functional personal care lammelar gels that seal, shield and feel. 2013. 3.AJINOMOTO. AJIDEW: amino acid based humectant, 2000. 4.CPN. Hylsink®. Dolní Dobrouč: CPN, 2009. 5.BAUMANN, L. Glycerin. In: Cosmeceuticals and cosmetic ingredients. New York: McGrawHill, 2015. Cap.56, p.182-7. 6.BAUMANN, L. Tocopherol(Vitamin E). In: Cosmeceuticals and cosmetic ingredients. New York: McGrawHill, 2015. Cap.25, p.74-76. 7.PROVITAL GROUP NATURAL EFFICACY. Legactif. Barcelona: Provital. 8.PROVITAL. Centella Asiática Eco. Barcelona: Provital 9.SYMRISE. Frescolat x cool. São Paulo: SYMRISE Brasil. 01/2012. 10.AAK-AARHUSKARLSHAMM SWEDEN AB. Lipex Shea Tris: the natural bioactive ingredient for functional skin care. Suécia: AAK. 11.CHEMYUNION. Revinage: the real retinoid-like. São Paulo: Chemyunion. Disponível em: http://www.alfa-chemicals.co.uk/Libraries/Sucragel/Revinage.sflb.ashx. Acesso em: Abr.2015. 12.GIANNOCARO, R.G. et al. Aplicação dos triglicérides de cadeia média (TCM) no tratamento da dermatite amoniacal. Pediatria Moderna, v.31, n.2, p.141-54, 1995.

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mas agora ficam assim ao recomendar o que existe de melhor para ela.

e e .

®. Dolní Cap.25, ea Tris: OCARO,

O HIDRATANTE CHEGOU AO FUTURO.

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ANTENA LIGADA

LANÇAMENTO GSK

NOVIDADE PARA O COMBATE AO LINFOMA

A Takeda acaba de trazer para o Brasil o Adcetris (brentuximabe vedotina), um medicamento para o tratamento do Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma Anaplásico de Grandes Células (LAGC) em pacientes que não respondem mais ao tratamento tradicional. O medicamento é a primeira nova terapia em mais de 20 anos a oferecer melhora geral significativa em pacientes com esses tipos de câncer. Trata-se de um conjugado anticorpo-droga que atinge células cancerosas positivas para CD30, uma proteína expressa na superfície das células do câncer. Diferentemente das terapias quimioterápicas tradicionais, que afetam as células saudáveis, o Adcetris demonstrou ter ação alvo inovadora, ligar-se ao CD30 e destruir as células nocivas acometidas pelo câncer. www.takedabrasil.com

DE SAÍDA

A Celesio, uma das maiores distribuidoras mundiais de medicamentos, anunciou, em maio último, que colocou à venda suas operações no Brasil, como parte de uma estratégia para aumentar o foco em mercados e clientes europeus. A companhia opera no Brasil pelas empresas Panpharma, que detêm 15% de participação do mercado de distribuição nacional de medicamentos, e a Oncoprod, voltada a medicamentos de alta complexidade. A Celesio havia incluído a Panpharma em seu grupo em 2012 e completado a aquisição de 40% da Oncoprod em agosto do ano passado. • www.celesio.com • www.panpharma.com.br • www.oncoprod.com 22

A GSK acaba de trazer para o Brasil a primeira vacina para prevenir a meningite B do País. Conhecida internacionalmente como bexsero, a nova imunização chega para preencher a lacuna relacionada à proteção contra a Doença Meningocócica Invasiva (DMI) causada pelo meningococo B (MenB). A vacina é a única recomendada no Brasil para lactentes, crianças, adolescentes e adultos, dos 2 meses aos 50 anos de idade. “Presente nos Estados Unidos e na União Europeia, a chegada de bexsero ao Brasil, primeiro país na América Latina a ter acesso a esta importante possibilidade de prevenção, representa um marco na imunização do País, que tradicionalmente é uma referência em seu Programa Nacional de Imunização (PNI). A vacina preenche uma lacuna e beneficia vários públicos, principalmente as crianças”, explica o gerente médico de vacinas da GSK, Felipe Lorenzato. • www.gsk.com.br

IX JOGOS SINDUSFARMA TÊM INÍCIO

Os IX Jogos Abertos Sindusfarma tiveram início no último dia 16 de maio com a tradicional Caminhada da Solidariedade. O ex-jogador da seleção brasileira, Müller, é o padrinho desta edição dos Jogos. Neste ano, as empresas que levassem mais participantes para a Caminhada somariam pontos na tabela de classificação. A Eurofarma, com 84 participantes, somou 16 pontos. Logo atrás, com 81 participantes, o Butantan somou 12 pontos, a Bayer levou 9 participantes e somou 8 pontos. Como acontece todos os anos, participantes e empresas presentes à Caminhada doaram alimentos que serão entregues pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) a oito entidades sociais da Grande São Paulo. Os atletas competirão em 11 modalidades, que se iniciaram no dia 30 de maio e se encerrarão no dia 1º de dezembro com a realização da ‘Noite das Estrelas’. • www.jogossindusfarma.com.br

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ATUALIZANDO

VITAMINAS E SUPLEMENTOS EM ALTA ENTRE OS BRASILEIROS, OS PRODUTOS VÊM GANHANDO CADA VEZ MAIS ESPAÇO NAS GÔNDOLAS DE FARMÁCIAS E DROGARIAS. SAIBA QUAIS SÃO AS NOVIDADES DA INDÚSTRIA E ABASTEÇA O PONTO DE VENDA POR TASSIA ROCHA

FORTIFIT DANONE

Pessoas acima de 50 anos que buscam bem-estar, uma nutrição balanceada e a manutenção da saúde muscular podem contar com um produto dedicado à sua idade: o FortiFit PRO, da Danone Nutrição Especializada. Sempre atenta às necessidades de seus consumidores, a multinacional promoveu essa segmentação para que o público-alvo identifique facilmente o produto nas gôndolas. De acordo com uma análise da marca, esse target reclama que precisa se adaptar a produtos de outras faixas etárias. FortiFit PRO é um suplemento alimentar cujos elementos nutricionais auxiliam na manutenção da saúde dos músculos e ossos. MS 665770090 (FortiFit PRO baunilha) MS 665770092 (FortiFit PRO morango) ■ www.danonenutricao.com.br 24

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DEFORCE

ZYDUS NIKKHO

Deforce é a vitamina D3 de 200 UI para regular a absorção de cálcio e fósforo nos ossos e facilitar o funcionamento do sistema imunológico. O produto é apresentado na forma de minicomprimidos mastigáveis e com delicioso sabor morango. Além disso, possui embalagem econômica, com 120 minicomprimidos. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ www.nikkho.com.br FOTOS: DIVULGAÇÃO

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EXCALV® TEUTO

Chega ao mercado o mais novo medicamento similar do Laboratório Teuto. Trata-se do Excalv®, produto que possui a finasterida como princípio ativo. O medicamento, na forma de comprimido revestido, é um agente utilizado no tratamento da calvície masculina, reduzindo especificamente os níveis de Di-hidrotestosterona (DHT), a causa principal de queda de cabelo de padrão masculino. Dessa maneira, a finasterida ajuda a reverter o processo da calvície, levando ao aumento do crescimento capilar e à prevenção de perdas adicionais de cabelo. É contraindicado para uso por mulheres e crianças e não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Não se deve tomar Excalv® se o paciente for alérgico a algum de seus ingredientes. Está disponível em embalagem contendo 30 e 60 comprimidos revestidos de 1 mg. MS 1.0370.0593.008-6 (30 comprimidos) ■ www.teuto.com.br

ADDERA A D3 FARMASA

Estima-se que 80% da população do meio urbano tenha níveis inadequados de vitamina D no organismo. A carência da substância pode ser uma das causas de doenças, como diabetes, aterosclerose, infecções respiratórias, problemas gástricos e até mesmo alguns tipos de câncer. Addera D3, pioneira no lançamento da vitamina D isolada na versão gotas, oferece também a versão comprimidos como uma opção na suplementação da vitamina D. O medicamento conta com três apresentações em dosagens diferentes: 1.000 UI e 7.000 UI (doses diárias e semanais) e 50.000 UI (doses de ataque), a última exclusiva no mercado brasileiro. MS 1.7817.0028 ■ www.hypermarcas.com.br

WHEY REFORCE INTEGRALMÉDICA®

Considerado um dos suplementos de fundamental importância aos atletas e praticantes de atividades físicas em geral, a proteína, em sua principal atividade, participa na reconstrução e no desenvolvimento do tecido muscular, além de elevar os níveis de aminoácidos do organismo e aumentar a capacidade de combate dos antioxidantes. Com o objetivo de auxiliar esse público a atingir seus objetivos de performance e qualidade de vida, a Integralmédica® apresenta ao mercado brasileiro o Whey Reforce 1,8 kg, elaborado com a mais alta concentração de proteínas e indicado para aumentar o ganho de força e massa magra durante os exercícios. MS Produto isento de registro, conforme RDC 27/10 ■ www.integralmedica.com.br

BION®3 MERCK

O cotidiano agitado pode levar as pessoas a diminuir a atenção para aquilo que é mais importante: a saúde. Pensando nisso, a Merck traz para o Brasil Bion®3, a primeira associação de probiótico, 12 vitaminas e 8 minerais do País. Bion®3 traz o benefício complementar das vitaminas e do probiótico no mesmo produto. O uso diário potencializa a energia fornecida pelos alimentos, oferecendo uma performance mais satisfatória do organismo. MS 4.1077.0305.001-5 ■ www.merck.com.br 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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TOPIREX UNIPRAZOL®

UNIÃO QUÍMICA

O Uniprazol® (omeprazol), da União Química, que o consumidor já conhece, agora está de cara nova, em embalagem diferenciada e sendo comercializado em blister. Além disso, agora com preço mais atrativo. Uniprazol® será comercializado em caixa com 28 cápsulas (2 blisters x 14 cápsulas). MS 1.0497.1196 ■ www.uniaoquimica.com.br

VENOCEL

MULTILAB

Na linha dos corticoides, a Multilab lança o Topirex. O medicamento é indicado para tratamento de psoríase e outras doenças inflamatórias de pele. Possui as seguintes apresentações: solução tópica capilar (50 g) e creme dermatológico (30 g). Além do Topirex, o genérico propionato de clobetasol, que além das apresentações anteriormente referidas, também possui apresentação em pomada dermatológica (30 g). MS 1.1819.0123 (Creme) MS 1.1819.0094 (Solução tópica capilar) ■ www.multilab.com.br

CIFARMA

A Cifarma lança no mercado o Venocel, medicamento fitoterápico composto por castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum) em cápsulas. Venocel cápsulas é indicado para o tratamento de varizes e hemorroidas e combate a sensação de dor e peso nas pernas. O produto aumenta a resistência vascular periférica e melhora o retorno do fluxo venoso. Venocel é apresentado em caixa com 30 e 60 cápsulas. MS 1.1560.0179.001-0 (30 comprimidos) MS 1.1560.0179.003-7 (60 comprimidos) ■ www.cifarma.com.br

DECONGEX PLUS ACHÉ

Com o objetivo de combater os principais sintomas das alergias e os causados pelo resfriado e pela gripe e proporcionar bemestar e alívio rápido aos acometidos, o Aché Laboratórios Farmacêuticos desenvolveu o Decongex Plus. Disponível em comprimidos, xarope e gotas, o medicamento associa maleato de bronfeniramina (antihistamínico) com cloridrato de fenilefrina (descongestionante nasal de uso sistêmico), que, juntos, descongestionam e diminuem a secreção nasal de forma rápida e eficiente. MS 1.0573.0231 ■ www.ache.com.br 28

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EFICENTUS MEDLEY

DORIL ENXAQUECA HYPERMARCAS

Doril, marca presente no mercado farmacêutico há quase 80 anos, apresenta Doril Enxaqueca, um lançamento para o tratamento de um dos problemas que mais incomodam os brasileiros: a dor de cabeça. Estima-se que 70% das mulheres e 50% dos homens apresentem pelo menos um caso de cefaleia ao mês. Por isso, Doril Enxaqueca combina dois analgésicos – ácido acetilsalicílico e paracetamol – que, segundo estudos clínicos, combate melhor as dores de cabeças, até as mais fortes. A fórmula conta também com a cafeína, que potencializa a ação analgésica para diminuir a dor. MS 1.7817.0123 ■ www.hypermarcas.com.br

A Medley, uma empresa do Grupo Sanofi, amplia seu portfólio na área da neurologia/psiquiatria, ao disponibilizar no mercado o antidepressivo Eficentus (oxalato de escitalopram). O medicamento chega às farmácias de todo o País em caixas com 15 ou 30 comprimidos sulcados de 10 mg e em embalagens com 30 comprimidos de 20 mg. O medicamento, da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), é indicado para o tratamento, a prevenção e a recorrência da depressão, do transtorno do pânico, do transtorno de ansiedade generalizada e da fobia social. MS 1.0181.0647.002-5 (10 mg com 15 comprimidos) MS 1.0181.0647.004-1 (10 mg com 30 comprimidos) MS 1.0181.0647.010-6 (20 mg com 30 comprimidos) ■ www.medley.com.br

ATENOLOL

GRUPO CIMED

ARLIVRY RLIVRY

NATULAB LABORATÓRIO FARMACÊUTICO

O Natulab Laboratório Farmacêutico está lançando a apresentação do Arlivry (Hedera helix), com seringa dosadora. O medicamento fitoterápico é indicado para o tratamento de tosse, especialmente acompanhada de hipersecreção de muco viscoso nas vias respiratórias. Indicado também para tratamento sintomático de doenças inflamatórias crônicas, como bronquite, o produto está disponível em frasco com 100 mL, nos sabores mel e cereja. A seringa dosadora permite que as mães usem a quantidade adequada para o bebê/criança, facilitando a administração do medicamento. MS 1.3841.0047 ■ www.natulab.com.br

A Cimed apresenta o Atenolol Genérico, medicamento indicado para o controle da hipertensão arterial (pressão alta), controle da angina pectoris (dor no peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio. O Atenolol é encontrado nas apresentações de 25 mg e 50 mg, ambas com 30 comprimidos. MS 1.4381.0168.001-3 (25 mg) MS 1.4381.0168.003-1 (50 mg) ■ www.grupocimed.com.br

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QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS PARA ABERTURA DE UMA DROGARIA, EM QUAL ÓRGÃO PROCURO ESSAS INFORMAÇÕES? EXISTE ALGUM CONSULTOR COM QUEM EU POSSA TIRAR DÚVIDAS? 32

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FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ENVIE SUA PERGUNTA, NÓS RESPONDEMOS!

G U S TAV O S EMB L ANO

PERGUNTA ENVIADA POR VANDILSON MOURA, PROPRIETÁRIO DA VANDILSON AUTO PEÇAS, DE SANTANA DO MATOS (RN)

1 Código Civil, artigos 1.052 a 1.087 2 Lei nº 6.404/76 e Lei nº 10.303/01

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Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal)

A abertura de uma drogaria pressu pressupõe o preenchimento de diversos requi requisitos legais, entre os quais a metragem do imóvel (a depender da legislação lo local), a obrigatória contratação de um farmacêutico que será o responsável técnico do estabelecimento, a apresentação de atos constitutivos (contrato social, estatuto social, etc.). Falando em atos constitutivos, deve-se optar, antes de qualquer coisa, por um dos enquadramentos legais de constituição empresarial (há diversos, apresentando os quatro mais comuns no varejo farmacêutico): i) Sociedade Limitada (LTDA.) 1 ii) Sociedade Anônima (S.A.) 2 iii) Microempreendedor Individual (MEI) 3 iv) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) 4 A importância da escolha acima irá refletir no órgão público em que será realizado o registro do devido ato constitutivo, como a Junta Comercial, o Registro Civil de Pessoas Jurídicas, etc. Uma vez aberta formalmente (“no papel”) a drogaria, será necessária a obtenção da Certidão de Regularidade Técnica expedida pelo Conselho Regional de Farmácia, a obtenção da licença sanitária com a vigilância sanitária local e da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão mais adequado para ser consultado antes de se pensar em abrir uma drogaria é o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

3 Lei Complementar nº 128/08 4 Código Civil, artigos 44, inciso VI, 980-A e 1.033, parágrafo único

(www.sebrae.com.br), que tem expertise neste tema. O Sebrae ensina que “abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público e planejar bem o negócio”. Isso porque não basta querer abrir uma drogaria: é necessário verificar se você possui o perfil de empreendedor (nem todos possuem este perfil e, assim, por vezes, naufragam logo no início das atividades). Além disso, deve-se verificar se aquela localidade onde se pretende abrir uma drogaria é a mais adequada a este fim, se não há outros estabelecimentos farmacêuticos (o que poderia dificultar a angariação da clientela). Pense, também, no modelo mais adequado à abertura da drogaria: será uma loja independente? Pertencerá a uma franquia? Ou ao modelo do associativismo? A drogaria independente seria mais bem localizada na periferia e no interior ou nos grandes centros? Qual seria o regime tributário mais coerente: o lucro presumido? O lucro real? O Simples Nacional? Quanto ao consultor, o ideal seria uma consultoria composta, pelo menos, de um advogado e um contabilista, ambos com conhecimento sobre o assunto. Todavia, como nem sempre é possível por causa do custo – que pode ser elevado –, sugiro a busca de um escritório de contabilidade que já possua experiência no varejo farmacêutico e tenha em seus quadros pelo menos um advogado. 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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VAREJO

Vendas

sem desconto

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NÃO É PRECISO ABAIXAR PREÇOS O TEMPO TODO E COMPROMETER A RENTABILIDADE DA EMPRESA. SE O VAREJISTA SOUBER DAR ATENÇÃO A ALGUNS FATORES, VAI OBTER UM EXCELENTE RESULTADO

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 36

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O pior que pode acontecer a uma empresa é entrar numa guerra de preços com algum concorrente. Afinal, se o empresário abaixa constantemente seus preços ou dá desconto em cima de desconto, o lucro do negócio vai “pelo ralo”. Muitos especialistas em técnicas de vendas e motivação compartilham dessa minha crença: é possível aumentar os ganhos sem apelar para os descontos. O diferencial hoje está na prestação de serviços. Se quiser vender sem dar descontos, tem de oferecer valor agregado, qualidade, benefícios. Veja algumas dicas para vender sem abaixar os preços. Rapidez, simplicidade, facilidade e diminuição da burocracia Clientes, de forma geral, estão dispostos a pagar mais quando alguém os ajuda a economizar tempo. Muitos optam por comprar em lojas pequenas e especiais, apenas porque a procura pelos produtos pode ser mais rápida e eficaz. Quem de nós nunca passou em um mercadinho perto de casa e não comprou o primeiro produto de que precisava, sem nem mesmo olhar a marca ou o preço, quando estava com pressa? Este é o novo consumidor: uma pessoa disposta a pagar mais para economizar tempo. A manutenção da fidelidade do cliente depende de resolver suas necessidades imediatamente. Simpatia Para conquistar um cliente, a maior importância deve ser dada ao atendimento. Um sorriso sincero, um elogio verdadeiro e a atenção dedicada quando chamamos o cliente pelo seu nome abrem várias portas.

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Cortesias e gentilezas Uma vaga no estacionamento, um café quentinho, uns brindes rendem mais do que se imagina. O cliente valoriza esse “algo mais”, o que facilita a tarefa de vender sem abaixar os preços. Benefícios Pessoas não compram apenas produtos, mas o que eles fazem por elas. Os clientes não estão muito atentos às características do artigo e, sim, aos benefícios que ele oferece. Procure ressaltar o que o produto ou serviço podem fazer (agilizar, simplificar, embelezar, etc.) pelo cliente. Valor relativo Procure mostrar a qualidade do produto ou serviço, status, grife, estilo, prestígio. Venda tudo aquilo que é intangível e o cliente não pode pegar. Desejos satisfeitos Quanto mais o seu produto ou serviço se aproximam do desejo do cliente, menos importância terá o seu preço. Quer um exemplo? Um torcedor fanático chega a gastar 40% do seu salário para comprar a camisa de futebol do seu time do coração. Uma mulher, um creme antirrugas que “funcione”! Lustrar o ego Fica mais fácil vender quando você coloca o ego do cliente lá em cima. Pense numa vendedora que fala para a cliente: “Usando esta tintura, chamará atenção de seu marido... Como vai ser bom vê-lo dizer que você ficou maravilhosa!”. É uma ferramenta poderosa para fazer o cliente pagar mais. Que tal exercitar as técnicas e obter sucesso sem dar tanto desconto? Experimente. FOTO: DIVULGAÇÃO

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ASSOCIATIVISMO

Sucesso em números DURANTE A COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE 15 ANOS DA FEBRAFAR, O IMS HEALTH APRESENTOU NÚMEROS QUE COMPROVAM O BOM DESEMPENHO DESSE MODELO DE NEGÓCIO POR FLÁVIA CORBÓ

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Em abril último, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) comemorou 15 anos de existência com um jantar para os associados e convidados da entidade. Na ocasião, além de homenagens e discursos emocionados, os presentes puderam acompanhar uma apresentação do IMS Health, que mostra o desempenho que o associativismo vem apresentando no varejo farmacêutico ao longo dos anos. O diretor de relacionamento com provedores de informações da América Latina do IMS Health, Edu Rocha, iniciou a exposição

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de dados ressaltando a fatia de mercado que o associativismo ocupa no mercado brasileiro hoje. Com mais de 9,1 mil lojas associadas, que dispensam 6 mil unidades de medicamentos por mês cada uma, as redes associativistas ligadas à Febrafar respondem atualmente por 9,6% do mercado, atingindo R$ 6,9 bilhões em vendas. Apesar das grandes redes reterem maior parte da lucratividade do mercado, o modelo associativista vem mostrando maior fôlego de crescimento. Enquanto o mercado de farmácias em geral cresceu 7% em 2014, as redes associadas à Febrafar elevaram suas vendas em 25% no mesmo período. DesFOTOS: DIVULGAÇÃO

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O MODELO ASSOCIATIVISTA VEM MOSTRANDO MAIOR FÔLEGO DE CRESCIMENTO. ENQUANTO O MERCADO DE FARMÁCIAS EM GERAL CRESCEU 7% EM 2014, AS REDES ASSOCIADAS À FEBRAFAR ELEVARAM SUAS VENDAS EM 25% NO MESMO PERÍODO

de 2011, a entidade dobrou seu tamanho, atingindo crescimento de 103%. Somente de 2013 para 2014, foi alcançado um crescimento 27,2%. “Todo mundo fala das grandes redes, mas apesar de estarem em outro patamar de maturidade, no ano passado, cresceram 8% e, de 2011 a 2014, 43%. No mesmo período, as independentes cresceram 6% e, no ano passado, 21,8%. Estar sozinho nesse mercado é difícil”, ressalta Rocha. Boa parte dessa atuação expressiva se deve à capilaridade das lojas associativistas, que estão presentes em diversas regiões brasileiras. Até 2014, as lojas associadas à Febrafar estavam em 2.311 municípios, onde atendem quase metade da população brasileira e respondem a 10,5% das vendas do varejo farmacêutico. Entre os pontos mais fortes de atuação, estão as regiões Nordeste e Sul, que corres-

pondem por 14% e 26% das vendas, respectivamente. Por outro lado, são as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte que crescem acima da média geral.

DINÂMICA DAS LOJAS ASSOCIADAS À FEBRAFAR – 2011 A 2014 As lojas que migraram para a Febrafar apresentam crescimento acima dos concorrentes, já as que saíram apresentam queda nas vendas.

TAXA DE CRESCIMENTO (UN)

NÚMERO DE LOJAS 2.250

29% 22%

1.907 19%

17%

LOJAS QUE MIGRARAM PARA A FEBRAFAR

17% 431

7% 2011-2012

2012-2013

2013-2014

2012

TAXA DE CRESCIMENTO (UN) 22%

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2014

NÚMERO DE LOJAS

19% 7%

LOJAS QUE SAÍRAM DA FEBRAFAR

-3% 2011-2012

-2% 2012-2013

590

440 156

-14% 2013-2014

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Fonte: Estudo de Distribuição do Mercado Farmacêutico – IMS Nota: Concorrência = Pontos de venda (PDVs) localizados em New Brick com loja Febrafar, excluindo as que

FEBRAFAR

CONCORRÊNCIA

abriram ou fecharam

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Yaz®24+4 oferece benefícios QUE VÃO ALÉM DA CONTRACEPÇÃO1 Evita a retenção hídrica2 Auxilia na redução da acne3

Betadex5

Tomada diária4 YAZ®24+4-ETINILESTRADIOL COMO CLATRATO DE BETACICLODEXTRINA E DROSPIRENONA. REG. MS – 1.7056.0069.003-3 INDICAÇÕES: CONTRACEPTIVO ORAL, COM EFEITOS ANTIMINERALOCORTICÓIDE E ANTIANDROGÊNICO QUE BENEFICIAM TAMBÉM AS MULHERES QUE APRESENTAM RETENÇÃO DE LÍQUIDO DE ORIGEM HORMONAL E SEUS SINTOMAS. TRATAMENTO DE ACNE VULGARIS MODERADA. CONTRA-INDICAÇÕES SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. PRESENÇA OU HISTÓRIA DE PROCESSOS TROMBÓTICOS ARTERIAIS OU VENOSOS; SINAIS PRODRÔMICOS DE TROMBOSE; PRESENÇA DE UM FATOR DE RISCO GRAVE OU MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO PARA A TROMBOSE ARTERIAL OU VENOSA; HISTÓRIA DE ENXAQUECA COM SINTOMAS NEUROLÓGICOS FOCAIS; DIABETES MELLITUS COM ALTERAÇÕES VASCULARES; PRESENÇA OU HISTÓRIA DE PANCREATITE ASSOCIADA À HIPERTRIGLICERIDEMIA GRAVE; DOENÇA HEPÁTICA GRAVE; INSUFICIÊNCIA RENAL GRAVE OU AGUDA; PRESENÇA OU HISTÓRIA DE TUMORES HEPÁTICOS; DIAGNÓSTICO OU SUSPEITA DE NEOPLASIAS DEPENDENTES DE ESTERÓIDES SEXUAIS; SANGRAMENTO VAGINAL NÃO DIAGNOSTICADO; HIPERSENSIBILIDADE ÀS SUBSTÂNCIAS ATIVAS OU A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DO PRODUTO. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: O RISCO DE PROCESSOS TROMBÓTICOS AUMENTA COM: IDADE; OBESIDADE; HISTÓRIA FAMILIAR; IMOBILIZAÇÃO PROLONGADA, CIRURGIA DE GRANDE PORTE, QUALQUER INTERVENÇÃO CIRÚRGICA EM MEMBROS INFERIORES OU TRAUMA EXTENSO; TABAGISMO; DISLIPOPROTEINEMIA; HIPERTENSÃO; ENXAQUECA; VALVOPATIA; FIBRILAÇÃO ATRIAL. OUTRAS CONDIÇÕES: DIABETES MELLITUS, LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA, PATOLOGIA INTESTINAL INFLAMATÓRIA CRÔNICA (DOENÇA DE CROHN OU COLITE ULCERATIVA) E ANEMIA FALCIFORME. A CAPACIDADE DE EXCRETAR POTÁSSIO PODE ESTAR LIMITADA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL. HIPERTRIGLICERIDEMIA OU HISTÓRIA FAMILIAR. FOI DESCRITA A OCORRÊNCIA OU AGRAVAMENTO DAS SEGUINTES CONDIÇÕES: ICTERÍCIA E/OU PRURIDO RELACIONADOS À COLESTASE; FORMAÇÃO DE CÁLCULOS BILIARES; PORFIRIA; SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA; COREIA DE SYDENHAM; HERPES GESTACIONAL; PERDA DA AUDIÇÃO RELACIONADA COM A OTOSCLEROSE, ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO, DISTÚRBIOS AGUDOS OU CRÔNICOS DA FUNÇÃO HEPÁTICA, PODE OCORRER CLOASMA. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: ANTIBIÓTICOS (PENICILINAS E TETRACICLINAS), INDUTORES ENZIMÁTICOS (FENITOÍNAS, BARBITÚRICOS, PRIMIDONA, CARBAMAZEPINA, RIFAMPICINA E TAMBÉM OXCARBAZEPINA, TOPIRAMATO, FELBAMATO, GRISEOFULVINA E PRODUTOS CONTENDO ERVA DE SÃO JOÃO), MEDICAMENTOS TIPO HIV PROTEASE (RITONAVIR) E INIBIDORES NÃO NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (NEVIRAPINA), CICLOSPORINA E LAMOTRIGINA. EXISTE UM POTENCIAL TEÓRICO PARA AUMENTO NO POTÁSSIO SÉRICO EM USUÁRIAS DE YAZ®24+4 QUE ESTEJAM TOMANDO OUTROS MEDICAMENTOS QUE PODEM AUMENTAR OS NÍVEIS SÉRICOS DE POTÁSSIO (ANTAGONISTAS DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA I , DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO E ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA). POSOLOGIA: A INGESTÃO DEVE OCORRER NA ORDEM INDICADA NA CARTELA, POR 28 DIAS CONSECUTIVOS, MANTENDO-SE APROXIMADAMENTE O MESMO HORÁRIO E, SE NECESSÁRIO, COM PEQUENA QUANTIDADE DE LÍQUIDO. CADA NOVA CARTELA É INICIADA SEM PAUSA, DURANTE A INGESTÃO DOS COMPRIMIDOS BRANCOS DEVE OCORRER SANGRAMENTO POR PRIVAÇÃO HORMONAL. PARA MAIORES INFORMAÇÕES CONSULTE A BULA COMPLETA DO PRODUTO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SAC 0800 702 1241.

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ASSOCIATIVISMO

Diretores eleitos para gerir a Febrafar 2015 – 2019 tomaram posse em jantar de comemoração dos 15 anos da entidade

DESAFIOS E EXPECTATIVAS

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Os bons números mostram que o associativismo vem trilhando um bom caminho dentro do varejo farmacêutico, mas, ainda assim, há alguns pontos de atenção que devem ser trabalhados em prol de um crescimento sustentável. De acordo com Rocha, um dos desafios dos associativistas é melhorar o preço médio. “Vocês ainda trabalham com um preço médio 8,5% menor do que o mercado em geral, aí este ganho de produtividade vocês precisam ter nos melhores produtos, melhores preços.” Um dos caminhos para alcançar tal objetivo deve ser investir no aumento do sortimento de itens de Higiene, Beleza e Nutrição (HBN), pois se tratam de produtos de maior valor agregado, responsáveis

pelo aumento do gasto médio dos consumidores em uma farmácia. “Quando analisamos as grandes redes, os não medicamentos chegam a representar 35% a 40% das vendas em unidades, na Febrafar, esse é o calcanhar de aquiles.” Alguns varejistas associativistas já perceberam essa necessidade, tanto que os produtos HBN ganharam mais espaço nas prateleiras em 2014, enquanto que, nas independentes, o percentual caiu. No entanto, a grande força das lojas associadas à Febrafar ainda se concentra nos medicamentos com prescrição médica. Dentro desse segmento, o crescimento se deve aos genéricos e produtos ligados ao programa Farmácia Popular, já o desempenho de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) foi impulsionado pelos similares. Para melhorar o quadro quanto à venda de artigos de HBN, em 2014, a Febrafar iniciou uma aproximação com os grandes players de HBN para mostrar quem é a entidade, o potencial da capilaridade das lojas. Caso a estratégia se consolide, a expectativa é de que a Febrafar atinja 11% de participação de mercado no fim de 2015, com demanda de mais de 500 milhões de unidades e faturamento de R$ 4,7 bilhões.

Conheça a história de como o associativismo foi implementado no varejo farmacêutico brasileiro. AL

Além de boa representatividade nas regiões do País, a Febrafar também flutua bem entre todas as classes sociais, aumentando a participação em todos os perfis de renda. No entanto, o maior avanço ocorreu junto aos consumidores da classe média e baixa. Talvez, porque o grande destaque das redes associativistas sejam as vendas de produtos ligados ao programa Farmácia Popular. Outro dado que chama atenção quanto ao desempenho do modelo associativista de farmácia é a respeito das lojas independentes que migraram para a Febrafar. Segundo o IMS Health, as que foram para a entidade nos últimos dois anos, hoje, já respondem por 20% da importância da associação. Todas elas cresceram acima da concorrência, enquanto que as redes que optaram por deixar o sistema associativista apresentaram evolução menor que a média.

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Alvo de contestações EXISTEM MUITOS QUESTIONAMENTOS SOBRE A EFICÁCIA DO PARACETAMOL CONTRA A DOR. MÉDICOS E FARMACÊUTICOS BRASILEIROS MINIMIZAM POLÊMICAS E ALERTAM PARA O USO RACIONAL DA SUBSTÂNCIA

A

Alvo de várias pesquisas contraditórias ao longo dos últimos anos, o paracetamol (acetaminofeno) está mais uma vez no centro das discussões científicas do mercado farmacêutico. Estudo publicado no último mês de março pelo The British Medical Journal (BMJ), do Reino Unido, afirma que uma das substâncias mais consumidas no mundo para controle da dor é ineficaz no tratamento de dores na coluna lombar e na artrose do quadril e dos joelhos. Conduzido por pesquisadores do The George Institute for Global Health, da Universidade de Sydney, na Austrália, o estudo comparou e eficácia do paracetamol com um mesmo número

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POR RODRIGO RODRIGUES

de pessoas que utilizaram placebo para o tratamento das mesmas dores. A conclusão, segundo publicou o BMJ, é de que os pacientes que disseram ter tido melhora clínica das dores nas costas usando placebo foi a mesma dos pacientes que ingeriram o paracetamol. Conduzida por sete diferentes cientistas, a pesquisa submeteu 1.652 participantes, com idade média de 45 anos e divididos em três grupos, a ingestão de dois tipos de medicamentos três vezes ao dia, durante quatro semanas. Ao fim do período, segundo a publicação britânica, não houve diferença no tempo de recuperação entre os três grupos. Os voluntários que ingeriram apenas ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK FOTOS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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paracetamol levaram, em média, 17 dias para se livrarem do desconforto lombar, enquanto os que tomaram placebo demoraram 16 dias. Com isso, os cientistas concluíram que a eficácia do paracetamol é semelhante ao placebo. Ou seja, nula em relação às três doenças focalizadas pelo grupo de trabalho. “O paracetamol é um analgésico de primeira linha, recomendado para dor lombar aguda em várias partes do mundo. No entanto, nenhuma evidência de alta qualidade apoia essa recomendação. Nosso objetivo foi avaliar a eficácia do paracetamol tomado regularmente ou conforme o necessário para melhorar o tempo de recuperação do paciente que sente dor lombar, na comparação com placebo. Nossos resultados sugerem que, tomado regularmente ou conforme a necessidade de dosagem, o paracetamol não afeta o tempo de recuperação em comparação com o placebo em dor lombar. Questionamos a aprovação universal do paracetamol neste grupo de doentes”, justificou para as agências de notícia um dos autores do estudo, o cientista Christopher Williams. Em 2014, outra publicação científica britânica, o jornal The Lancet, já tinha chamado a atenção para os resultados do estudo australiano, indicando, inclusive, que o uso em excesso do paracetamol pode causar, ainda, efeitos colaterais graves, como problemas cardíacos e renais, além de ser ineficaz para as dores mencionadas. Em fevereiro do ano passado, um relatório publicado pela revista médica JAMA Pediatrics, dos Estados Unidos, alertou que as crianças nascidas de mulheres que usaram o analgésico em excesso durante a gravidez podem ter risco maior de desenvolver Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outros problemas comportamentais. Os pesquisadores estudaram 64 mil mães dinamarquesas e seus filhos nascidos entre 1996 e 2002. A cada trimestre, todas tinham de dizer se haviam tomado paracetamol nos três meses anteriores. Quando as crianças completaram 7 anos, os cientistas avaliaram o comportamento delas, assim como o uso de medicamentos para TDAH. O uso do paracetamol durante a gravidez foi associado com risco quase duplicado do problema e outras desordens relacionadas com hiperatividade. O efeito 46

SEGUNDO O IMS HEALTH, NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, A VENDA DE MEDICAMENTOS À BASE DE PARACETAMOL CRESCEU CERCA DE 80% NO BRASIL, ATINGINDO FATURAMENTO DE R$ 507 MILHÕES POR ANO mais forte foi em mulheres que tomaram o analgésico durante todos os trimestres. O professor de epidemiologia respiratória da London School of Medicine, Seif Shaheen, que conduziu a pesquisa, disse, na época, que há a preocupação de que o paracetamol possa aumentar o risco de crianças desenvolverem também a asma. “Desde que o nosso primeiro estudo com mães e crianças indicou que esse pode ser um problema, mais 20 estudos em todo o mundo descobriram ligações semelhantes. Entretanto, mais pesquisas precisam ser realizadas para comprovar a teoria”, afirmou Shaheen. Esses estudos recentes abriram discussão também na comunidade médica do Brasil e do mundo a respeito da medicação: há motivos para temer o paracetamol?

O FÁRMACO E A DOR De acordo com o anestesiologista do Núcleo de Dores do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. George Freire, não há motivos para alarde e preocupação com o medicamento. Segundo ele, a medicina brasileira trata os diversos tipos de dores baseados na escala analgésica da Organização Mundial de Saúde (OMS) que foi instituída em 1986, inicialmente para dores oncológicas, mas que serve também para dores não oncológicas. “O que se faz com essa escala é que, para dores leves, usamos medicamentos com potencial mais leve. Algumas medicações são justamente para esse tipo de dor leve. A partir do momento em que você tem uma dor mais intensa, também essa medicação pas-

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sa a ser mais potente. A dor geralmente acompanha o potencial da medicação. A dipirona, que é muito utilizada no Brasil juntamente com o paracetamol, inibe a intensidade da dor no mesmo patamar. Eles são utilizados para as dores leves e podem ser associados a dores mais fortes, mas junto com outras medicações para poder fazerem o efeito desejado. Eles sozinhos nunca resolveram mesmo certos problemas. Com cuidado, eles têm de ser associados a outras medicações para ter um efeito mais eficaz”, afirma o Dr. Freire. A opinião é compartilhada pela professora e médica coordenadora do Ambulatório de Dor do Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Rioko Kimiko Sakata. De acordo com ela, desde sempre, a medicina brasileira trata o paracetamol com as ressalvas preconizadas pelas principais organizações de saúde do mundo. “A incidência da dor é muito grande, ocorrendo em inúmeras doenças. É muito complexa, envolvendo vários mecanismos, de forma que é impossível que um medicamento ou um procedimento sejam eficazes para todos os tipos de dores e indivíduos. O paracetamol é indicado somente em alguns tipos de dor. Além disso, é indicado para dores de intensidade leve”, afirma a médica. A Dra. Rioko também alerta para a necessidade de avaliação médica em qualquer incidência de dores lombares crônicas que venham a aparecer nos pacientes. Na avaliação dela, trata-se de uma região extremamente delicada, que exige atenção redobrada e diagnóstico preciso antes de tomar qualquer medicação. “Não é possível prescrever um medicamento único ou um procedimento para dor lombar crônica. É necessário fazer uma avaliação por meio de histórico e exame físico para saber o diagnóstico correto e, assim, indicar o tratamento mais adequado para aquela síndrome e para aquele paciente”, avalia a médica.

DADOS REVELADORES Segundo o IMS Health, nos últimos cinco anos, a venda de medicamentos à base de paracetamol cresceu cerca de 80% no Brasil, atingindo faturamento de R$ 507 milhões por ano. Nos Estados Unidos, mesmo com as restrições da FDA (Food and Drug Administration, na sigla em inglês, da agência re48

guladora de medicamentos dos Estados Unidos), esses valores chegam a R$ 3,8 bilhões em receita, de acordo com dados do Information Resources Inc, um dos serviços norte-americanos de medição do mercado farmacêutico daquele país. No mundo, analgésicos à base de paracetamol O anestesiologista aparecem na lista dos dez do Núcleo de Dores medicamentos mais vendo Hospital Israelita didos, inclusive no Brasil. Albert Einstein, Nos Estados Unidos, enDr. George Freire, tretanto, estima-se que afirma que não há o medicamento seja resmotivos para alarde ponsável pela morte indie preocupação com o reta de pelo menos 1.500 uso do paracetamol pacientes na última década, segundo informações vazadas do governo norte-americano pela Organização Não Governamental (ONG) de jornalistas “Pro Publica”, premiada com dois prêmios Pulitzer (o maior prêmio do jornalismo mundial) por suas investigações.

NO MUNDO TODO, ANALGÉSICOS À BASE DE PARACETAMOL APARECEM NA LISTA DOS DEZ MEDICAMENTOS MAIS VENDIDOS, INCLUSIVE NO BRASIL. NOS ESTADOS UNIDOS, ENTRETANTO, ESTIMASE QUE O MEDICAMENTO SEJA RESPONSÁVEL PELA MORTE INDIRETA DE PELO MENOS 1.500 PACIENTES NA ÚLTIMA DÉCADA

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As investigações da “Pro Publica” levaram a FDA a exigir que a dose máxima permitida da substância seja de 325 mg associada a outros medicamentos. A regra tenta resolver o problema de pessoas que usam pílulas que combinam algum medicamento com o paracetamol, sem saber da presença do analgésico na fórmula e acabam tomando outro medicamento que também tenha o paracetamol ao mesmo tempo, o que os estudos indicam que pode causar sérios problemas de fígado nos pacientes. A norma passou a vigorar em 2014 e a FDA admitiu que casos graves de danos ao fígado ocorreram nos Estados Unidos em pacientes que tomaram mais de um medicamento com paracetamol ou uma dose maior do que a recomendada em 24 horas (3 g) e ingeriram álcool com o medicamento, por exemplo. “Há anos, os hospitais brasileiros já sabem que certas medicações têm o chamado ‘efeito teto’. Ou seja, você aumenta a dose e eleva o efeito. Mas em certos níveis de intensidade da dor, você aumenta a dose, mas só eleva os efeitos colaterais. O paracetamol, a dipirona e os anti-inflamatórios, em geral, são medicamentos que, se você chega a uma dose acima de 3 g, corre o risco de ter efeitos hepáticos, causando no paciente, inclusive, insuficiência hepática. O que não ocorre quando você dá uma morfina. É um tipo de medicamento em que você aumenta a dose e eleva o efeito da substância, sem o risco hepático no paciente”, avalia o Dr. Freire, do Hospital Albert Einstein. Sobre a mistura de medicamentos com outras substâncias, o farmacêutico e mestre do curso de Farmácia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Eduardo Freitas, alerta para os riscos dessa ingestão durante o tratamento químico. “Pouca gente leva a sério, no Brasil, as recomendações médicas e farmacêuticas de restrição ao uso de álcool e outras substâncias durante o tratamento medicamentoso. O risco existe e as pesquisas, dia após dia, reforçam esta tese. Medicação, seja ela qual for, não é brincadeira. Médicos precisam se atentar ao receituário para não haver duplicidade de doses e, principalmente, os pacientes devem informar ao médico ou farmacêutico se estão tomando outros medicamentos para outros problemas no ato da consulta ou compra. Transparência, disciplina e diálogo salvam mais vidas do que se imagina”, sentencia Freitas. 50

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Menos dinheiro, as mesmas categorias AS MUDANÇAS ECONÔMICAS DO PAÍS ESTÃO MEXENDO NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR. MAS ELE NÃO VAI ABANDONAR HÁBITOS ADQUIRIDOS NOS ÚLTIMOS ANOS POR CLAUDIA MANZZANO

C

Com a crise econômica batendo à porta, o consumidor brasileiro teve de rever o padrão de consumo conquistado. O estudo Mudanças no Mercado Brasileiro 2015, da Nielsen, revelou que esse consumidor não está disposto a abandonar seus hábitos. Mas para isso, já está fazendo algumas mudanças nas suas escolhas de consumo. Até 2010, explica a analista de mercado da Nielsen, Gloria Tittoto, dois grandes motores impulsionavam a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro: o consumo interno e os investimentos por parte da indústria.

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De 2010 a 2013, a economia começa a se tornar muito dependente, principalmente, do consumo das famílias. E todo esse cenário de desaceleração de crescimento acarretou um dos menores investimentos da indústria. Portanto, “não temos estimativa de uma melhora de crescimento de longo prazo, sobretudo porque a nossa população, nossa força de trabalho é pouco qualificada e nós não temos uma infraestrutura desenvolvida no País”. A razão pela qual a dependência no consumo é negativa já se mostra evidente: o endividamento. Ainda que a renda média das famílias continue crescendo, esta renda está comprometida com o pagamento de díviILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK FOTO: SHUTTERSTOCK

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das. O estudo da Nielsen mostra que 13% dos brasileiros já passaram a economizar para pagar contas atrasadas. “Então, temos uma inflação que sai do décimo lugar do ranking de preocupações do brasileiro e vai para o segundo lugar”, enfatiza Gloria. E com razão. A previsão de inflação para 2015 está em 7,93%. E não apenas fatores macroeconômicos ameaçam o controle da inflação, a crise hídrica, por exemplo, pode afetar a irrigação e o processo produtivo, impactando no preço das categorias de consumo não duráveis. “O consumo de água impacta no processo produtivo como um todo, então temos um aumento nas catego-

rias. Apesar de estarmos falando de crise hídrica, não conseguimos mensurar o impacto de preço e oferta de produtos”, lembra Gloria.

CRISE É OPORTUNIDADE Ainda que o cenário seja de desaceleração, o consumo de bens primários, como alimentos e medicamentos, apresentou uma variação positiva de 12% no último ano. Gloria salienta que o consumidor brasileiro preza muito pela saúde e pela qualidade de vida. Na comparação da média dos consumidores da América Latina, por exemplo, o Brasil se destaca na valoriza2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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PESQUISA

O CONSUMIDOR NÃO É SÓ CONSUMIDOR DA PORTA PARA DENTRO, ELE PRECISA SE LEMBRAR DA SUA MARCA E DE SUA LOJA DA PORTA PARA FORA. PARA GERAR FIDELIZAÇÃO, É PRECISO OLHAR PARA OS INVESTIMENTOS E PENSAR NO AMBIENTE VIRTUAL

ção de saúde, bem-estar e qualidade de vida acima da média. Nos últimos anos, eles conquistaram novos patamares, adquirindo categorias de produtos que não tinham oportunidade de consumir antes. Para não perder essa conquista, o brasileiro pensa em deixar de consumir fora do lar para prezar pelo abastecimento do domicílio. Segundo Gloria, 64% dos consumidores afirmaram que vão diminuir o lazer fora de casa para poder economizar, vão deixar o abastecimento do lar para ser um dos últimos pilares afetados no aumento de racionalização de gastos. “É por isso que vemos esse aumento da variação do gasto primário”, complementa a analista de mercado da Nielsen, Mayane Soares. Pensar melhor sobre os hábitos de compra faz com que o consumidor mude algumas decisões. E isso não implica apenas nas categorias que vão entrar na cesta, mas também no canal e na frequência da compra. “Diante desse cenário, observamos que as famílias brasileiras passam a mudar os hábitos de compra, já que elas estão com o bolso um pouco mais apertado. Vemos que os shoppers começam cada vez mais a diversificar os canais, e eles têm acesso a canais diferentes.” Em 2006, consumidor frequentava em média três canais para realizar suas compras, em 2014, este número foi para 4,5. Nesse processo, os consumidores diminuíram a ida ao ponto de venda e, a cada ida, passaram a gastar um pouco mais. Em 2014, houve uma queda de 4,7% no número de visitas ao ponto de venda, com aumen54

to do tíquete médio em 5,6% a cada visita, ou seja, as compras estão sendo mais planejadas. Para Mayane, esse é o desafio do varejista. Se o consumidor vai menos até ele, o varejista precisa otimizar as suas vendas. “O que não podemos deixar de olhar é quais estratégias precisam ser bem planejadas e bem estruturadas para nos destacarmos em meio a esses desafios.” Mayane separou esses desafios em dois grandes blocos. O primeiro é o da diversificação de canais e regiões, já que o consumidor cada vez mais modifica o modo de como ele vai ao ponto de venda e as compras que ele realiza; e existem regiões superaproveitadas no País, um dos pontos mais abordados no ano passado e que volta agora é o fato do interior crescer a taxas mais altas do que as capitais. O segundo bloco é a excelência na execução, de ficar atento onde se está (sejam canais ou regiões), quais são as ações de acordo com as categorias em que os fabricantes atuam e qual tipo de loja que os varejistas têm. Na previsão para 2015 da Nielsen, a renda varia na mesma proporção de 2014, no mesmo patamar de crescimento, mas o cenário macroeconômico está impactando em uma proporção ainda mais negativa, ou seja, para 2015, o papel de execução vai ser ainda mais fundamental. “Estamos falando de um ano em que existem canais menores ganhando importância, então a execução dentro deles é ainda um desafio maior, porque não cabe um sortimento tão grande, a disputa pelo espaço da loja é maior”, aponta Gloria. O importante na execução são as categorias de atuação, porque as estratégias de execução não são verdade absoluta para todo mercado. A execução precisa ser ajustada por canal, por categoria, por consumidor. Existe toda uma estratégia clara que precisa ser definida. No reagrupamento feito pela Nielsen para detalhar a importância da execução, quando se fala do grupo de benefício promocional (grupo altamente dependente de promoção, composto de xampu, creme dental, escova dental...), a importância de promoções para essa categoria é mais do que o dobro de importância nos demais grupos. Temos também o grupo de abastecimento, em que as embalagens econômicas ganham muita importância. “O consumidor sabe que ele tem um desembol-

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32%

CRISE É OPORTUNIDADE Variação Gasto Médio

12%

Primário Secundário

5%

dos brasileiros afirmaram que saúde e qualidade de vida são suas maiores preocupações (vs. média LatAm: 24)

64%

10%

Terciário

% variação do gasto médio por tipo de gasto – 2014 vs. 2013 (não deflacionado. IPCA – P:5,90%, IPCA – S: 8,94%; IPCA – T: 5,58%) Fonte: 360º Consumer View, Nielsen | Homescan Preocupação e Hábitos dos Brasileiros – Fonte Nielsen | Estudo de Confiança do Consumidor 2014

dos brasileiros afirmaram que diminuem lazer fora do lar para economizar (vs. média LatAm: 53)

SIMILARIDADES EM EXECUÇÃO AGRUPAM CATEGORIAS

Higiene e beleza

Benefício promocional

Bebidas alcoólicas

Bebidas não alcoólicas

Abastecimento

Perecíveis

Consumo ocasional

Outros

Básico sofisticado

Mercearia doce

Mercearia salgada

Impulso

Limpeza caseira

Cerveja e refrigerante

Fonte: Mudanças no Mercado Brasileiro 2015

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bricantes e varejistas determinarem essa definição de promoção. Quais promopacks devo ter na loja, quais causam o maior impacto, o que, de fato, afeta a percepção do consumidor na questão de promoção.” Portanto, toda ação de preço precisa ser bem definida, bem monitorada, para que se tenha mais lucratividade e, de fato, se obtenha o crescimento que se busca. E mais difícil do que começar a crescer é manter o crescimento. Por isso, os varejistas precisam buscar um equilíbrio nas ações de curto prazo e nas de longo prazo, ganhando a confiança do consumidor, fidelizando e garantindo o crescimento por mais tempo.

NA MEMÓRIA DELES

so maior de dinheiro na hora de pagar o produto com embalagem maior, mas ele tem a vantagem de estar pagando menos”, diz Mayane. O grupo de benefícios promocionais desenvolveu muito o segmento high tier (premium), ou seja, marcas de alto valor agregado. Isso aconteceu principalmente devido aos promopacks. A importância do high tier para esse grupo é de 42% diante 36% para a média dos outros grupos. De todos, foi o grupo que conseguiu se desempenhar melhor na promoção de sofisticação. No entanto, com tantas promoções, o consumidor passa a perder a percepção de preço. Gloria explica que, em média, 14% de tudo o que o consumidor compra é de promoção. Mas, em 2014, esse número passou para 12,7%. Ou seja, muitas vezes, o consumidor nem percebe mais que ele está comprando um promopack, pois, para ele, aquele já é o preço regular. “Então o que queremos deixar de principal recomendação para esse grupo é o quão importante é aos fa58

O consumidor não é só consumidor da porta para dentro, ele precisa se lembrar da sua marca e de sua loja da porta para fora. Para gerar fidelização, é preciso olhar para os investimentos e pensar no ambiente virtual. “Então o grande desafio é chegar a esse equilíbrio, não olhar só ações de in store, mas também pensar que é preciso fazer a construção da minha marca, trazer a comunicação e o posicionamento muito claro para que o consumidor se lembre de mim. Na hora em que ele entrar na loja, que ele já tenha minha marca na cabeça e seja ativado por todas as ações que já mostramos”, explica Mayane. Portanto, não se pode deixar de pensar na execução. Se ela foi decisiva em 2014, com o cenário de crise atual, ela será ainda mais decisiva em 2015. O levantamento e precisão nas ações são essenciais, então, mais uma vez, pensando em um cenário econômico desfavorável, as ações precisam ser assertivas para que não se coloque investimento onde não é relevante, não exista uma alavanca de crescimento. “E, principalmente, as ações compartilhadas do varejo e indústria, quando o fabricante e o varejo entram em um interesse em comum, conseguem traçar estratégias focadas, um planejamento que tenha ações positivas que tragam um resultado ainda melhor, isso é muito importante.” Por outro lado, pensar na construção da marca, principalmente o posicionamento, a mensagem que você passa com ela. O equilíbrio entre as ações, pensando na balança e no crescimento sustentável; as duas alavancas, os dois pilares, precisam andar juntos. Os investimentos não podem ser pesados só de um lado da balança. E, por último, pensar nas ações de construção de marca com qualidade e eficiência. Pensando em quem é o consumidor, qual é o shopper, a comunicação alinhada e, também, nos investimentos.

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ATUALIDADE

Desânimo operante PREOCUPAÇÃO COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO, TAXA DE JUROS ALTA E COMPROMETIMENTO DA RENDA FIZERAM COM QUE A INTENÇÃO DE COMPRA DO BRASILEIRO ATINGISSE O NÍVEL MAIS BAIXO DESDE 2004

H

POR FLÁVIA CORBÓ

Há ainda quem rejeite a ideia de crise no Brasil, mas o fato é que os consumidores estão preocupados com os rumos da economia do País, como apurou a Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra (abril-junho 2015) realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar).

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Segundo os números levantados a partir da entrevista com 500 pessoas na cidade de São Paulo, o índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis no período de abril a junho de 2015 é de 46,6%. Esse indicador é 3 pontos percentuais (p.p.) menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2015, que foi de 49,6%. Já na comparação com o segundo trimestre do ano passado, quando se registrou 53,2%, o índice apresenta queda ainda maior, 6,6 p.p. ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK

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ATUALIDADE

As categorias cujos produtos possuem maior valor agregado – eletroeletrônicos, informática, cama, mesa e banho, cine e foto, móveis, telefonia e celulares, material de construção, linha branca, vestuário e calçados, automóveis e motos, imóveis, eletroportáteis e viagens e turismo – são as que mais devem sofrer impacto ao longo deste ano. O valor médio da expectativa de gasto com bens duráveis desses consumidores, de R$ 2.311,00, também é menor que os valores do primeiro trimestre deste ano, R$ 2.577,00, e do segundo trimestre do ano passado, R$ 2.466,00. “Nem mesmo importantes datas do calendário comercial deverão elevar a expectativa de compras”, argumenta o presidente do Conselho do Provar/FIA e presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo. Costuma-se dizer que o varejo farmacêutico é o último a sentir os reflexos de uma retração no consumo, já que as pessoas tendem a comprar medicamentos mesmo diante de uma queda de renda e sentem desejo de cometer pequenas indulgências, como a compra do creme preferido, para compensar a necessidade de cortar gastos em outras áreas. A afirmação é ver-

dadeira e observada desde 1929, quando os Estados Unidos enfrentaram a queda da bolsa de Nova York e uma enorme recessão. No entanto, no Brasil de hoje, o comprometimento de renda das famílias é muito alto, o que permite que somente 6,1% da renda total seja aplicada em novos gastos. O crediário passou a ocupar mais espaço na renda das famílias, chegando a 23,1%. Já os gastos com educação equivalem a 19,6%; as despesas com alimentação atingem 19%; com habitação, 12,6%; e gastos com transportes chegam a 8,3%. Para artigos de saúde e cuidados pessoais, sobra somente 4% da renda da família média brasileira, que perde apenas para vestuário, com o índice de 3,4%.

MOVIMENTO NÍTIDO Apesar de 21,7% dos entrevistados terem conseguido poupar em média R$ 1.608,00, no primeiro trimestre de 2015, e de ter havido um crescimento de 0,17% ao mês no índice de geração de empregos em relação ao período de fevereiro de 2005 a fevereiro último, os consumidores seguem receosos, principalmente em relação à empregabilidade e ao próximo

QUAL É O ÂNIMO? INTENÇÃO DE COMPRA E-CONSUMIDORES Categoria

Intenção de compra no trimestre (%)

Variação no trimestre (p.p.)

2º/14

1º/15

2º/15

2º/15 - 2º/14

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Eletroeletrônicos

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Informática

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Telefonia e celulares

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Produtos para casa

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Fonte: Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra (abril-junho 2015)

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ATUALIDADE

QUAL É O ÂNIMO? INTENÇÃO DE COMPRA 58,0%

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Fonte: Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra (abril-junho 2015)

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DESAFIOS À VISTA

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A reação instintiva de um empresário diante de um momento de crise é se retrair e esperar a maré ruim passar para voltar a buscar caminhos a fim de crescer. Para Felisoni, esse comportamento não é o ideal e fará com que a fase ruim se prolongue ainda mais. Para o especialista, o caminho da recuperação está no investimento e não no incentivo ao consumo. “Cerca de 80% do esforço fiscal imposto pelo governo vem do bolso das famílias, então não há espaço para imaginar melhora no consumo. Investimento deve vir na frente, para gerar renda, que irá gerar consumo. Sem investimento, o crescimento econômico é anabolizado e não sustentável.” Mas como investir em tempo de tanta incerteza? Para o diretor de atendimento ao atacado e varejo da Nielsen, Olegário Araújo, a resposta se encontra mais perto do que muito varejista imagina, está dentro da própria operação da loja. “Se o bolo não cresce, é preciso aumentar a competitividade. Se não há cliente novo, é preciso pegar do concorrente.” Para isso, é preciso entender o comportamento do consumidor diante de uma crise. “A tendência é de que o cliente saia em busca de embalagens econômicas, diversifique os canais de compra e reduza o número de visitas ao ponto de venda, diminuindo as compras por impulso.”

E CO N TEÚDO

trimestre. Por isso, a projeção das vendas do segundo trimestre de 2015 deverá sofrer uma queda de 1,5% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Em um comparativo entre abril de 2014 e de 2015, o Índice de Consumidores do Varejo Mensal (ICV 30) divulgado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a Virtual Gate, empresa especializada no monitoramento de tráfego de pessoas em lojas, registrou uma queda de 4,9%. No entanto, a análise demonstra que o quarto mês deste ano apresentou o segundo maior fluxo de 2015, ficando atrás de janeiro último. O fluxo de pessoas em lojas apresentou alta de 5,6% na comparação com o mês anterior. É o primeiro mês no ano que o número se apresenta positivo, com curva similar a 2014, mas com percentual de alta maior. De acordo com o presidente da SBVC, Eduardo Terra, os números apurados pelo ICV 30 já eram esperados. “Vivemos um movimento parecido em 2014, ou seja, as pessoas são mais cautelosas para comprar nos primeiros meses, devido aos encargos fixos do período. Esse quadro se ameniza à medida que chegamos ao meio do ano”, considera. A situação deve ser ainda mais otimista para o comércio eletrônico. Enquanto para as lojas físicas, a intenção de compra de bens duráveis apresenta queda em quase todas as categorias – com exceção de material de construção e informática –, no comércio eletrônico, os números são ligeiramente mais animadores, inclusive para cosméticos, perfumaria e saúde, que apresentam variação positiva de 0,8% entre o primeiro e segundo trimestre de 2015. “Quando há um quadro de dificuldade de compra, o consumidor passa a buscar o comércio eletrônico em busca de menor preço e maior oportunidade de comparação de ofertas”, explica o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti.

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O consumidor está com o bolso mais apertado. Veja quais são os principais fatores econômicos e sociais responsáveis pela mudança de comportamento. www.guiadafarmacia.com.br

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WEB/REDES SOCIAIS

ENCARTE

CAMPANHAS EM TV NACIONAL

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SOMAdeideias

AÇÕES INOVADORAS

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E-COMMERCE

Solução 360º PLANEJADA PARA SER UMA FÁBRICA DE SOFTWARE, A VANNON OUVIU AS NECESSIDADES DO MERCADO E PASSOU A DESENVOLVER PLATAFORMAS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO COMPLETAS POR FLÁVIA CORBÓ

Q

Quando foi fundada em 1997, a Vannon visava atuar como uma fábrica de softwares, mas, com o passar dos anos, o mercado de tecnologia foi apresentando novas demandas, que obrigaram a empresa a expandir os horizontes de atuação. Para isso, a Vannon montou uma equipe de profissionais multidisciplinares, capaz de desenvolver plataformas de e-commerce completas, que oferecem soluções de tecnologia a empresas que desejam ampliar os pontos de contato com seus clientes – seja em vendas ou em prestação de serviços. “Hoje, conseguimos trabalhar com clientes de grande, médio e pequeno porte. Desde aqueles que querem ingressar no comércio eletrônico até os que desejam aprimorar uma plataforma já existente”, garante o CEO da Vannon, Bernardo Giovannone. “O grande objetivo é trabalhar o conceito chamado omni-channel, que consiste em integrar os canais de relacionamento que a empresa tem e disponibilizar várias praças de aten-

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dimento. Site, chat, mobile commerce, para atender mais rapidamente à satisfação do cliente.” Para alcançar o nível de qualidade a que se propõe, a Vannon trabalha com cinco modelos de plataformas para implementação de um e-commerce a fim de assegurar que todo modelo de negócio tenha uma solução adequada. Ao enxergar uma carência de tecnologias voltadas especificamente para o varejo farmacêutico, a Vannon desenvolveu um produto especial, que atende a todas as particularidades deste mercado tão fortemente regulado. Hoje, artigos de perfumaria, cuidados pessoais e saúde estão em segundo lugar entre os produtos mais vendidos pela internet no Brasil. No entanto, o número de redes que trabalham com vendas on-line ainda é baixo. “O ramo farmacêutico ainda não identificou o quanto esse canal é importante, mas a procura está crescendo. Ainda existe deficiência em termos de serviço no mercado, por isso buscamos oferecer qualidade e inovação. Nossas plataformas permitem que o Programa de Benefícios de Medicamentos (PBM) seja integrado ao sistema, FOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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BENEFÍCIOS DA PLATAFORMA VANNON • LAYOUT PERSONALIZADO O design é o primeiro passo para a conversão de vendas na plataforma. • LAYOUT MOBILE VISUALIZAÇÃO APP Pensando sempre na experiência do usuário, oferecemos uma aplicação mobile. • CHECKOUT EM UMA ÚNICA TELA Vender com a nossa plataforma é muito rápido e prático. • MEIOS DE PAGAMENTOS Diversas formas de pagamento, flexíveis, seguras e completas. • OMNI-CHANNEL Gestão centralizada dos canais de vendas. • CONFIGURAÇÃO E IMPLANTAÇÃO Serviço de consultoria em e-commerce para configuração e implantação da plataforma.

trabalhamos com convênios, desconto em folha de pagamento“, detalha Giovannone. No processo de implantação ou aprimoramento da plataforma de e-commerce, a Vannon também se responsabiliza pelo layout do site, criado de acordo com as características do setor. “Na área de farmácia, procuramos desenvolver um layout leve, que remeta à saúde e que as informações sejam expostas de uma maneira clean”, explica Giovannone, que acrescenta uma sugestão aos varejistas que estão à procura de soluções on-line. “Está crescendo a procura por blogs, em que, além de vender, a farmácia pode prestar serviço, compartilhando informações a respeito de saúde. Os clientes vão fazer mais que compras. Prestação de serviço que fideliza o cliente.” Cabe também à solução 360º oferecida pela Vannon promover a gestão da entrega dos produtos. “O mercado farma tem uma característica peculiar. Quem está precisando de medicamento não pode aguardar muitos dias para o recebimento do pedido. É preciso pensar em formas de atender o cliente

o mais rápido possível. Por isso, é importante estabelecer um raio de atuação em regiões próximas.” Nas redes associativistas, a adoção do software da Vannon é ainda mais eficiente quando se trata da gestão de entrega de medicamentos. A entidade fica responsável pela manutenção da plataforma e consegue administrar a entrega de pedidos conforme a disponibilidade do produto e proximidade da loja. Dessa forma, mesmo os varejistas menores conseguem fazer vendas on-line. Além da parte estrutural, a plataforma oferecida pela Vannon respeita todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o comércio eletrônico de medicamentos. A legislação brasileira estabelece que somente farmácias e drogarias regulares, abertas ao público e com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fax e internet. É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de me2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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E-COMMERCE

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E CO N TEÚDO

dicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por esses canais não presenciais. A norma também proíbe a venda de controlados por esses meios. Ter um software e um site que respeita todas as normas é essencial para não cometer nenhuma infração durante a comercialização de medicamentos na internet. Apesar de todas as regulações que impedem a comercialização de anúncios de medicamentos nos sites das farmácias e drogarias, é possível estabelecer parcerias com laboratórios farmacêuticos a fim de dar destaque a empresas parceiras. A consultoria oferecida pela Vannon se encarrega da colocação de banners, divulgação nas mídias sociais, ferramentas de busca no Google, etc.

O e-commerce é uma alternativa buscada pelo consumidor que sofre com os reflexos da crise econômica. AL

O CEO da Vannon, Bernardo Giovannone, garante que uma plataforma de e-commerce pode ser montada por varejos de qualquer tamanho

Uma vez implementado o sistema de compra on-line, a Vannon também fica encarregada de manter os serviços de manutenção e atualização do site. O varejista pode optar por contratar uma consultoria, que ficará encarregada da instalação do software integrado ao delivery, assim como do treinamento do colaborador responsável pela gestão do site. Além das soluções para computador, a Vannon também desenvolve plataformas voltadas ao mobile commerce, que permitem aos clientes realizarem pesquisas e compras pelo smartphone. “O consumidor consegue visualizar de maneira rápida, sem muitos cliques. É um diferencial muito competitivo. Quando uma loja oferece uma entrega diferenciada, muitas vezes o cliente nem pesquisa ofertas. Ele quer preço bom, mas, mais que isto, busca qualidade no serviço.” Entre os clientes do varejo farmacêutico, a Vannon tem redes de grande expressão no mercado nacional, como Onofre, Farmácias Associadas, Drogarias Farmelhor, Poupafarma, Bifarma, Farmácias Nissei e o laboratório Sanofi. Para Giovannone, o sucesso se deve ao conceito 360 graus oferecido pela empresa. “Quando um cliente contrata nossa plataforma, recebe a loja on-line pronta para começar a vender. É como se estivesse recebendo uma loja física com balcão, medicamentos expostos, tudo montado. É um plano completo, que combina plataforma e consultoria.”

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FERRAMENTA

A diversão que gera lucratividade DESAFIOS, COMPETIÇÃO E RECOMPENSAS. ESTES TRÊS ELEMENTOS APLICADOS APLICA POR MEIO DOS JOGOS PODEM SE TORNAR UM FATOR FORTEMENTE MOTIVA MOTIVADOR PARA QUEM PARTICIPA. E O VAREJO COMEÇA A CONHECER O POTENCIAL DE USAR ESSA AÇÃO DOS OS GAMES PARA ATRAIR MAIS CLIENTES

S

POR VIVIAN LOURENÇO

Seja no celular, tablet, computador, videogame ou no tabuleiro. Não há quem nunca tenha participado de algum jogo na vida. Seja para distrair, aprender ou ape apenas para passar as horas, jogar faz parte do dia a dia da maioria das pessoas. Ainda mais com os celulares, smartphones e tablets que proporcionam que você jogue em qualquer lugar. Não é raro ver as pessoas no transporte público ou até dentro de uma loja com os celulares em punho, ten tentando passar de fase. O que o varejista ainda não sabe – ou está conhecendo agora – é que os jogos são aliados do estabelecimento

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e não vilões, como muitos pensam. Eles não distraem o shopper, ao contrário disto e podem fazer com que ele se torne cliente fiel do estabelecimento. Para isso, é necessário aplicar a gamificação, conceito ainda novo no mercado, mas que já tem mostrado bons resultados. Segundo o doutorando na área de tecnologia e design na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professor da PUC, Mackenzie e Sustentare Escola de Negócios, Claudir Segura, a gamificação pode ser traduzida como o acesso à informação adquirida com uma característica de games. “Gamificação é um anglicismo originário da palavra gamefication, em inglês, e significa a aplicação dos conceitos, elementos e design de jogos em ambientes que não os dos jogos eletrônicos ou aplicativos para jogos dos smartphones, tablets ou PCs”, detalha o gerente-geral da K&G Negócios, Processos e Tecnologia, Enio Klein. De acordo com os especialistas, essa é uma ideia que vem sendo utilizada já há algum tempo em áreas específicas, tais como: marketing, ambientes educacionais corporativos ou não, para efeitos de capacitação ou motivação, e em desafios de impacto social de modo a obter a adesão de mais pessoas. O objetivo é instruir, influenciar no comportamento e incentivar resultados práticos. Já se pode observar isso sendo utilizado em estratégias de marketing para campanhas nos mais variados segmentos, seja para o consumidor, ou por departamentos de Recursos Humanos de empresas, com foco na motivação dos colaboradores para garantir maior engajamento, complementa a consultora especialista em varejo e marketing digital e off-line, Fátima Bana.

COMO SURGIU Essa estratégia, de acordo com Fátima, surgiu nos Estados Unidos, e é muito usada por lá. No Brasil, o primeiro projeto de que se tem conhecimento foi o Oásis, em Santa Catarina, que reuniu voluntários para ajudar as vítimas das chuvas de 2008. Por meio de gincanas on-line e presenciais, eles fizeram pontes, creches e outros. Hoje, o Oásis Mundi leva a ideia para outros locais. Para Klein, essa é uma forma nova ou ferramenta para desenvolvimento de atividades que são feitas normalmente, porém com o objetivo de trazer para o ambiente corporativo, por exemplo, o efeito dos jogos eletrônicos: concentração. Seja para vencer um concorrente, seja para ultrapassar desafios ou mesmo chegar ao fim de um projeto. “Acredita-se que trazendo isso para o mundo corporativo, consegue-se melhorar a concentração, dedicação e o uso da inteligência em certas atividades.”

Segundo Segura, um exemplo de gamificação são os aplicativos estilo do Waze, que dão acesso à informação com elementos do jogo. “A grande sacada aqui é adquirir um caráter lúdico para algo necessário. Para isso é que se usa a interface do jogo.” O professor de marketing e varejo do Mackenzie, Carlos Eduardo Santos Silva, cita o exemplo de uma loja do varejo feminino que lançou um jogo para os maridos se entreterem enquanto as mulheres fazem as compras. “A estratégia aqui é estreitar o relacionamento com o público, mesmo que ele não seja o público-alvo. O game é uma forma de encantar o consumidor.” O intuito, segundo os especialistas, é trazer o shopper para mais perto dos produtos da loja. “A partir do momento em que a necessidade da informação aumentou, a interface do jogo se fez necessária para auxiliar”, complementa Segura.

APLICAÇÕES NO VAREJO Seja no varejo, ou em qualquer outra atividade, em ambientes onde são necessários a capacitação, o engajamento e a fidelização, seja de funcionários, seja de clientes, a gamificação pode ser uma boa forma de implementação. Na prática, as empresas vão oferecer recompensas para quem participar. Os participantes realizam tarefas determinadas pelo varejista e voltadas para recomendação, divulgação e captação de novos clientes. “Uma boa ideia são carrinhos de compras interativos, vídeos, apps (aplicativos) que facilitam o acesso aos produtos, etc. A grande parceria entre os apps são os que funcionam melhor, como, por exemplo, propagandas no Waze (indica locais perto de onde você está passando e que podem te interessar)”, completa Segura. O próximo passo, de acordo com o professor de marketing e varejo do Mackenzie, é ver o perfil do público do estabelecimento e assim definir o estilo do game e como ele será aplicado. “Tomar cuidado também com o regulamento que precisa ser respeitado, ainda mais no sorteio de brindes”, destaca. Depois, envolve-se a definição de tarefas de acordo com o objetivo da empresa, acrescenta a consultora especialista em varejo e marketing digital e off-line. As recom2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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pensas são pelas interações dos usuários, que podem ser incentivos virtuais, medalhas (badgets) e até prêmios físicos. “Isso é bom porque instiga duas características fortes do ser humano: a cooperação e a competitividade.” Os elementos-chave são sempre: desafios, competição e recompensas. Estes, aplicados por meio dos elementos dos jogos em cada um desses grupos de atividades, trazem a cada um os pontos de atração que existem nos jogos. E isso pode ser um fator fortemente motivador para quem participa. As recompensas, de acordo com o gerente-geral da K&G Negócios, Processos e Tecnologia, são uma das coisas mais importantes do processo. Quer dizer, elas representam uma demonstração ao “jogador”, seja ele cliente ou funcionário, de que ele está no caminho certo. “Com isso, você consegue, por meio dos ‘jogos’, levar funcionários e clientes aos pontos do interesse de sua empresa, associando-os a questões do interesse deles – a recompensa”. As ações são criadas de acordo com os objetivos de cada empresa. É uma forma interessante não só para engajar e fidelizar, como também ensinar ao cliente a consumir o seu produto. Não se pode esquecer jamais das recompensas que poderão ter diversos formatos: pontos, medalhas, objetos colecionáveis, reconhecimento, descontos, por exemplo.

FIDELIZANDO SHOPPER E FUNCIONÁRIO A gamificação não é usada somente como estratégia de marketing para conquistar novos clientes. As empresas também a podem usar para engajar os funcionários. “Não só engajamento, nas questões relacionadas ao seu desempenho, mas também em sua capacitação”, salienta Klein. Aprender por meio dos jogos é bem mais interessante do que pelas formas convencionais, principalmente se estiver lidando com um público mais jovem. Já para o shopper, o gerente-geral destaca que a fidelização se dá da mesma forma como um jogo eletrônico fideliza os jogadores. Quem joga o Candy Crush não larga de jeito nenhum. Da mesma forma, um jogo que vicie o cliente na sua marca e o estimule ao consumo, certamente, fideliza. “A cooperação e a competitividade fazem com o que o cliente se fidelize, dependendo do objetivo da campanha”, completa Fátima.

CUIDADOS E RESULTADOS PRÁTICOS Com a indústria de games no Brasil muito forte, como destaca Silva, do Mackenzie, há muito potencial para o 72

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desenvolvimento de games como estratégia de fidelização de clientes. Nesse caso, a dica do doutorando em tecnologia e design é não ter medo da tecnologia e procurar por apps com processos interessantes, não somente pelo design bonito. “Precisa ter funcionalidade, senão, não adianta”, esclarece Segura. O principal cuidado é não se esquecer dos componentes tradicionais do negócio, acreditando que um empacotamento criativo e uma boa ideia resolvem problemas estruturais. É muito comum os empresários e executivos utilizarem uma ferramenta muito boa, fantástica ou imbatível para determinado objetivo e esquecerem-se dos princípios básicos que regem o próprio negócio, alerta Klein, como se, por exemplo, um excelente jogo fosse capaz de suprir a falta de conteúdo em um programa de capacitação ou um ótimo jogo para fidelidade acompanhado de um serviço pós-vendas sofrível. Além disso, a consultora especialista em varejo e marketing digital e off-line cita que é necessário conhecer muito bem o perfil do target a ser atingido, estudando muito bem, antes, o comportamento do seu consumidor, para oferecer os prêmios certos. “No marketing, já vimos estratégias funcionarem para engajamento e criação de marcas parceiras importantes, bem como em lançamento de produtos. E temos casos em sociedade (como o Oasis) que mostram que esse tipo de estratégia dá muito certo”, finaliza Fátima. Esta é uma ferramenta poderosa e pode abranger na prática qualquer tópico nos negócios. No varejo em particular, melhora o engajamento de clientes em campanhas de marketing, além de possibilitar uma melhor assertividade dos funcionários na oferta dos produtos, maior índice de recompra pelos clientes, redução nos custos das vendas. A gamificação estimula o aumento do desempenho, destaca as conquistas e eleva o reconhecimento da marca e da organização pelo cliente por meio de um processo dinâmico e motivador.

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CONSULTOR JURÍDICO

Distribuidoras: todas necessitam de farmacêutico? Em horário integral?

AS RESPOSTAS REQUEREM UMA ANÁLISE DA DEFINIÇÃO LEGAL SOBRE ESTA CATEGORIA DE NEGÓCIO

O

GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 74

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O que mais se fala no País sobre o farmacêutico é em relação à necessidade de sua responsabilidade técnica e sua presença em horário integral em farmácias e drogarias.Mas e as distribuidoras? Bem, a resposta não é automática, sendo necessário, em primeiro lugar, analisar a definição legal sobre elas. O inciso XVI do artigo 4º da Lei Federal nº 5.991/73 define a distribuidora como sendo a empresa que exerça direta ou indiretamente o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais, insumos farmacêuticos e de correlatos. Observe que a norma diz que as distribuidoras podem exercer o comércio atacadista de: medicamentos em suas embalagens originais, insumos farmacêuticos e correlatos. Dessa forma, podemos ter distribuidoras de medicamentos (em suas embalagens) originais, distribuidoras de insumos farmacêuticos e distribuidoras de correlatos. Em relação às distribuidoras de correlatos (apenas de correlatos), não há maiores dificuldades, pois a presença de farmacêutico como responsável técnico se dá apenas de forma parcial, isto é, por pelo menos cinco horas semanais, conforme atual redação do artigo 3º da Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) nº 365/01, dada pela Resolução CFF nº 515/09: Já nas distribuidoras de medicamentos, a história é diferente se a Lei Federal nº 5.991/73 apenas diz que a presença integral deve ocorrer em farmácias e dro-

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garias, não abrangendo as distribuidoras? Muitos leem e estudam a Lei Federal nº 5.991/73 sem analisar o restante da legislação sanitária e, por isso, não se recordam da Medida Provisória nº 2.190-34/01, que determina, em seu artigo 11, a aplicação do disposto no artigo 15 da Lei Federal nº 5.991/73 às distribuidoras de medicamentos. Assim, a presença física do farmacêutico nas distribuidoras de medicamentos é obrigatória e em horário integral, entendimento este recentemente confirmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento, a seguir, mencionado: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS. MANUTENÇÃO DE PROFISSIONAL FARMACÊUTICO. OBRIGATORIEDADE, A PARTIR DA VIGÊNCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA 2.190-34/01, EM VIRTUDE DO DISPOSTO EM SEU ART. 11. PRECEDENTES. 1. As Turmas componentes da 1ª Seção consolidaram o entendimento segundo o qual, com a entrada em vigor da Medida Provisória 2.190-34/01, tornou-se obrigatória a presença de profissional farmacêutico nas distribuidoras de medicamentos durante todo o período de funcionamento, uma vez que o art. 11 da referida MP estendeu a aplicação do art. 15 da Lei 5.991/73 a estas empresas (“Art. 11. Às distribuidoras de medicamentos, aplica-se o disposto no art. 15 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973”). Por isso, fique sempre atento à legislação sanitária e farmacêutica! FOTO: DIVULGAÇÃO

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ESTRATÉGIA

Seu cliente se sentindo único O MARKETING DE RELACIONAMENTO PROPORCIONA PROXIMIDADE COM O CONSUMIDOR E FAZ COM QUE ELE SE SINTA ESPECIAL

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POR CLAUDIA MANZZANO

Fazer um bom trabalho de marketing no varejo é ao mesmo tempo essencial para o sucesso do negócio e um desafio diário. Entre os vários conceitos que compõem essa área da comunicação, o marketing de relacionamento é um dos mais presentes e eficazes. A técnica consiste em mapear a jornada do consumidor – desde a razão pela qual ele realiza uma compra, tem interesse em um produto, até seu critério para escolher uma loja e recomendar

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a mesma. “É trabalhar de forma preventiva para entender o interesse do consumidor”, afirma o EVP Business Development and COO da E/OU-MRM, Fábio Souza. Com a aplicação do marketing de relacionamento, cada cliente deve se sentir como se fosse único, é o marketing one-to-one, explica o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Haroldo Eiji Matsumoto. “Quanto mais concorrência houver no mercado, mais importante se torna essa técnica, a fim de que o cliente se sinta ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK

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ESTRATÉGIA

importante e não deixe de frequentar a sua loja para ir à concorrência.” O marketing voltado ao relacionamento deve atrair, conhecer, entender e beneficiar os clientes por meio da criação da oferta de produtos e serviços/serviços agregados de forma personalizada (que atendam a interesses específicos). Tudo isso agrupando novos valores, e que estes sejam percebidos por meio do compartilhamento dos benefícios. “De uma forma mais ampla, o marketing de relacionamento, hoje, se incorpora à própria ciência do marketing, uma vez que é inviável atuar nos mercados de maneira estratégica sem o conhecimento e entendimento prévios mais aprimorados dos interesses dos consumidores”, complementa o docente da área de administração e negócios do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Consolação, Alexandre de Assis. O professor também alerta que esse conceito não se limita tão somente ao pós-venda, como muitos acham, mas faz parte das estratégias de relacionamento que se iniciam muito antes mesmo da concepção dos produtos ou serviços. Afinal, o objetivo do marketing de relacionamento é criar subsídios para a vantagem competitiva e maior percepção da atuação dos mercados, inseridos num mundo em constantes mudanças. “Quanto mais uma empresa se relaciona com seus clientes, mais ela os conhece e melhor os atende, gerando a fidelização e a propagação, itens estes que farão com que as empresas estendam sua permanência no mercado, se contextualizem (criatividade e inovação) e tenham saúde financeira”, explica Assis.

VANTAGENS NOTÁVEIS Não é de hoje que o cliente procura por experiência. Para Souza, é o melhor método a fim de que o cliente se sinta satisfeito e gere recomendações. Portanto, favorecer a experiência é importante. Assis afirma que marketing de relacionamento é cultura. “A empresa deve estar engajada e deve ter seus esforços voltados à satisfação do cliente e estruturar todos os seus processos para tal. É importante que tenha o entendimento de que o consumidor moderno é exigente, informado e não quer só comprar por comprar. Ele quer ter uma experiência positiva.” 78

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Esse conhecimento viabiliza a implantação de sistemas computacionais que colhem informações embasadas nos objetivos da empresa e que norteiam as estratégias a ser adotadas (tomada de decisão), o que gerará vantagem competitiva. O uso do marketing de relacionamento e suas ferramentas sem embasamento cultural, por si só, explica Assis, não gera vantagem alguma, só intensifica a ‘miopia’ de marketing. O uso adequado do marketing de relacionamento proporciona à empresa um trabalho mais efetivo, norteado por informações, melhor compreensão do mercado de atuação, do consumidor, decisões mais acertadas, clientes satisfeitos e engajados, clientes fidelizados e que propagam a ideia da companhia. “Como consequência, a empresa perceberá que poderá reduzir seus investimentos em propaganda e é sabido que, nos dias de hoje, quanto mais impessoal for uma campanha, menor o resultado.” O especialista também lembra que as empresas não aculturadas no relacionamento perdem o seu potencial de mercado e só se mantêm nele devido aos grandes investimentos em propagandas focadas na prospecção de mercado. Prospectam clientes, mas não os fidelizam, caracterizando uma política não sustentável.

NO VAREJO Antes de tudo, o varejo farmacêutico precisa entender a motivação de compra do seu consumidor, em seguida, deve se aculturar na política de personalização, ou seja, individualização de atendimento. Assis, do Senac Consolação, explica que profissionais treinados, capacitados e motivados completam o curso das ações. E habilidades de comunicação são fundamentais ao profissional de atendimento. O professor lembra que o varejo farmacêutico enfrenta algumas turbulências, como gamas diferentes de produtos (genéricos, de referência, similares), diversificação do mercado (supermercados que vendem medicamentos); ambiente da loja sóbrio (sem atrativos aos olhos dos clientes), entre outros itens que podem prejudicar o resultado financeiro do setor. Além disso, existe uma característica muito marcante que é a impessoalidade e a padronização de atendimento. Em contrapartida, o cliente que vai a uma farmácia tem outro estilo de motivação de compra: muitas vezes, carrega o peso de uma doença e está abalado emocionalmente. Aí que o marketing de relacionamento deve entrar em ação. Souza, da E/OU-MRM, explica que o varejo precisa de informação, pois as pessoas querem que suas vidas sejam

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ESTRATÉGIA

FERRAMENTAS DISPONÍVEIS Conhecer as ferramentas e as possibilidades de cada conceito de marketing é um princípio básico para aplicá-lo de forma correta. Veja, a seguir, as mais utilizadas no marketing de relacionamento. CRM Sistema computacional abastecido de informações relevantes dos clientes (do que gostam, tipo de serviço que usam), que, sendo trabalhadas, geram outras informações que sustentarão as tomadas de decisões da empresa. O Sistema CRM traduz as estratégias de CRM. De nada adianta ter um CRM se não houver convergência com outras formas de relacionamento com o consumidor. Por exemplo, se um cliente liga para reclamar de um serviço e tem de explicar o seu caso para várias pessoas diferentes até chegar ao setor responsável, isto vai deixar o cliente ainda mais nervoso. O ideal é que só explique uma vez, mesmo tendo passado o caso a outra pessoa. Mas para isso dar certo, os funcionários devem estar treinados para atender bem. Todos eles precisam entender o conceito de relacionamento com o cliente.

pois a estratégia em si pode “forçar” o cliente a manter-se na empresa. Isso não gera fidelização. Existe uma grande lacuna na visão do que sejam retenção e fidelização de clientes. Os “programas de fidelidade” de empresas de telefonia, que exigem que o cliente cumpra uma carência de doze meses, por exemplo, são caracterizados como retenção. A fidelização é resultante de uma experiência positiva que o cliente obteve na empresa, baseada principalmente na excelência de atendimento atrelada à solução de problemas ou ao benefício que obteve com o uso do produto/serviço. Redes sociais O consumidor está na internet e lá é um bom local para colher informações. Além disso, facilita o engajamento e a propagação da ideia. Benchmarking Ferramenta usada para monitorar as boas práticas realizadas no mercado. Com o benchmarking, é possível entender o seu desempenho e implementar diferenciais.

SAC e SAC 2.0 Atendimento a reclamações na empresa e na internet (mídias digitais): deve estar atrelado ao sistema CRM e à Coleta de Sugestões.

Marketing Direto Mala direta, catálogos personalizados, telemarketing e marketing direto on-line que se resume em envio de e-mails personalizados, propaganda nas redes sociais, remarketing.

Sistema de Benefícios Progressivos Quanto mais o cliente fizer uso dos produtos e serviços da empresa, mais benefícios ele terá. Os varejistas devem ficar atentos a essa ferramenta,

Pesquisa de Satisfação Tão ignorada pelas empresas, a pesquisa de satisfação pode trazer informações muito úteis, fundamentais para a melhoria dos processos num todo.

facilitadas, e só sabendo sobre a vida de cada cliente, é possível fazer isto. A partir das informações, o varejista pode pensar o que pode criar para deixar o dia a dia do cliente mais fácil. E ele alerta que os serviços a ser oferecidos estão cada vez mais no âmbito do serviço móvel. “Quando falamos em personalização, devemos colocar o consumidor no início e no fim da cadeia de valor. O sistema produz o que eles realmente valorizam, o que eles realmente querem. Daí surge o termo “prosumer”: o consumidor que produz ao mesmo tempo”, complementa Assis. 80

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Matsumoto, do Sebrae-SP, exemplifica, lembrando que quando um cliente chega com receita de medicamento de uso contínuo, a farmácia precisa saber quando o mesmo paciente vai precisar novamente do produto e avisá-lo com antecedência para comprar o item. A terceira idade também pode se beneficiar muito com o marketing de relacionamento. Grande parte dos idosos faz algum tratamento específico e precisa de medicamentos e serviços próprios. A farmácia pode oferecer delivery, tratá-los pelo nome, ter histórico de seus problemas para oferecer conforto e segurança aos pacientes.

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Indicações: Cólicas biliares, renais, dismenorreia, tenesmos, espasmos gastrintestinais e do aparelho genital feminino. Reg. M.S. nº 1.5584.0075. MAIO/2015.

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO

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OPINIÃO

Gestão de qualidade eficiente PARA SATISFAZER O CLIENTE, É PRECISO USAR FERRAMENTAS A FIM DE PREVENIR E CORRIGIR POSSÍVEIS ERROS

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TALITA CABRERA Farmacêutica do Departamento de Qualidade da Ativa Logística 82

Um dos desafios e desejos no segmento de logística e transporte é o reconhecimento da eficiência do serviço prestado. Para se atingir a eficiência, a alta qualidade é um pré-requisito. No entanto, é necessário que haja integração entre os setores da empresa e que essa cadeia de suprimentos trabalhe de forma coordenada. Satisfazer o cliente, prevenindo e recuperando defeitos e possíveis desvios, é missão da qualidade, e ações corretivas e preventivas podem ser utilizadas como ferramentas para a melhoria contínua. Na área da qualidade, é possível identificarmos as não conformidades que, segundo a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 16 de março de 2013, são um não atendimento a um determinado requisito previamente especificado, ou seja, estão relacionadas a processos que geram resultados insatisfatórios ou um produto que não atenda a todas as exigências e características técnicas necessárias para seu uso. A não conformidade é um resultado indesejado, porém, a possibilidade da identificação assertiva do motivo desta ocorrência pode representar, por meio de medidas corretivas, a melho-

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ria de um processo, o desenvolvimento dos profissionais envolvidos e a melhoria do relacionamento com o cliente. A ação preventiva caracteriza-se por atitudes tomadas para garantir que uma potencial falha não venha a ocorrer; aquela, quando identificada, é extremamente vista com bons olhos, afinal, melhor do que conseguir consertar uma falha é evitar que ela ocorra. São características de uma gestão de qualidade eficiente: resultados de trabalho previsível, organização no ambiente de trabalho, revisão e melhoria dos procedimentos internos, redução de desvios internos, melhoria da rotina de trabalho, maior participação dos funcionários e melhoria do relacionamento com o cliente. A qualidade precisa ser administrada, e não há outra forma de prestar este serviço a não ser pela conscientização das pessoas, pois, por meio delas, identificaremos a causa das ocorrências e as ações corretivas para as mesmas e, para esse sucesso, é fundamental que haja comprometimento de todos envolvidos, desde a alta direção até os auxiliares, gerando assim uma liderança eficaz, um bom trabalho em equipe, qualidade e eficiência no serviço prestado. FOTO: DIVULGAÇÃO

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Especial Idosos

PANORAMA

Terceira idade

mudará mercado ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO IMPLICA EM MUITOS DESAFIOS, MAS FAZ ELEVAR A RENDA DO PAÍS E CRIA OPORTUNIDADES A QUEM ATUA COM O CONSUMIDOR SÊNIOR

A

P O R M A R C ELO DE V A LÉC I O

A população brasileira está vivendo cada vez mais. Neste ano, a expectativa de vida ao nascer subiu para 75 anos, um acréscimo de 3,7 anos em uma década. Se comparado aos últimos quinze anos, o aumento é de seis anos. “Longevidade pode ser apontada com uma das maiores conquistas dos últimos cem anos no País”, afirma o presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC, na sigla em inglês), Alexandre Kalache. Para se ter ideia, em 1900, a expectativa de vida do brasileiro era de 33 anos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima em 77,8 anos a expectativa de vida do brasileiro em 2025 e de 81,2 anos em 2060.

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Atualmente, a quantidade de pessoas com mais de 60 anos atinge 12% da população total do País, que é de 201 milhões de habitantes, representando, portanto, cerca de 24 milhões de pessoas, contingente que supera a população do Chile (18 milhões de habitantes). Enquanto, em 1940, os idosos correspondiam a 4% da população brasileira, em 2025, esse contingente representará 16% do total de habitantes ou 35,4 milhões de pessoas. Desse grupo, perto de 6 milhões serão de pessoas “muito idosas”, aquelas com mais de 80 anos. Enquanto isso, os números da população mais jovem têm caído seguidamente nas últimas décadas, tendência que deve se manter nos próximos anos. Em 2000, 30% da população tinha menos de 14 anos (52 miFOTOS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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lhões de pessoas), passando para 23% neste ano (47 milhões), devendo atingir 19% (41 milhões) em 2025 e não passando de 13% em 2060 (28 milhões). Em 2010, de acordo com o IBGE, o Brasil registrou pela primeira vez o contingente de crianças menor do que a de idosos: contabilizou 13,8 milhões de crianças de até 4 anos contra 14 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Isso se explica também pela variação na taxa de fecundidade. Se no começo dos anos 1960 a mulher brasileira tinha mais de seis filhos, atualmente tem menos de dois, devendo chegar a 1,5 em 2020, abaixo, portanto, do nível de reposição das gerações. Conforme estimativas do IBGE, a partir de 2042, o número absoluto da população brasileira deve começar a cair. A população que se mantém mais estável em termos proporcionais é a de jovens e adultos (entre 15 e 60 anos), que representava 28% do total (49 milhões) em 2000, passou

para 25% (51 milhões) neste ano e deve chegar a 22% (49 milhões) em 2025. Contudo, se forem somados os maiores de 50 anos, o contingente de mais velhos representa, hoje em dia, 38% da população. A Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que existem, atualmente, no mundo, perto de 800 milhões de pessoas com mais de 60 anos. E projeções da entidade indicam que esse contingente populacional deve atingir 2 bilhões de pessoas em 2050, o que representará 25% do total de habitantes do planeta. Ou seja, uma pessoa em cada cinco será idosa nos próximos 35 anos. Nesse período, o mundo deverá ter mais pessoas com idade superior a 60 anos do que menores de 15. No Brasil, essa mudança é esperada antes, em meados de 2030. Poucos países terão uma inflexão no perfil populacional tão rápido quanto o nosso. A se confirmarem os números, em 2050, o País será o nono em número de idosos no mun-

DIFÍCIL DE ENCONTRAR (% SEGUNDO IDOSOS CONSULTADOS) Rótulos com informações claras

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Embalagens fáceis de abrir

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Embalagens menores

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Alimentos para dietas

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Rótulos fáceis de ler Propaganda para idosos Muita luz

51

10

Atendimento cortês Sinalização com letras maiores

20 21 22

Rampas Prateleiras fáceis de alcançar

23

Banheiros para deficientes

23

Promoções para famílias menores

25

Seções mais largas

25 29

Bancos para descansar Caixas para deficientes

33

Seções exclusivas

34

Carrinhos elétricos 0

10

41 20

30

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Fonte: Nielsen

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Especial Idosos

PANORAMA

HÁ MUITO A SER FEITO PARA ATENDER OS IDOSOS, QUANDO AS EMPRESAS ENTENDEREM ISTO, ACONTECERÁ UMA REVOLUÇÃO NO MERCADO. TEMOS DE PREPARAR OS MARQUETEIROS E DESIGNERS PARA ELES, E TREINAR OS LOJISTAS PARA ATENDÊ-LOS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL do – hoje ocupa a 15ª posição. Em pouco mais de três décadas, o Brasil passará por uma mudança que a França levou um tempo quatro vezes maior para chegar e terá um contingente de idosos semelhante ao que Japão, Itália e Alemanha, países com mais idosos no mundo, têm hoje. Boa parte das causas para o envelhecimento da população é reflexo das políticas públicas de saúde preventiva, como as campanhas de vacinação que, no caso do Brasil, contribuíram para que a mortalidade infantil caísse de 20 por mil nascidos em 2000 para 14 por mil neste ano, devendo chegar a 11 por mil em 2015, segundo levantamento do IBGE. Outro fator de destaque se deve, principalmente, aos avanços da medicina moderna que permitem melhores condições de saúde à população com idade mais avançada, fato que se repete em vários países. Mas a longevidade rápida traz desafios importantes para o País. De acordo com Kalache, que dirigiu o programa de envelhecimento da OMS, o País avançou na distribuição de medicamentos, como as drogas para doenças crônicas (diabetes e hipertensão), o que tem contribuído para a longevidade, mas as necessidades do público idoso serão um desafio para ser atendido. “O Brasil está envelhecendo com grandes dificuldades socioeconômicas. Já os países desenvolvidos enriqueceram antes de envelhecer”, afirma Kalache. “O Canadá tem o dobro de idosos que o Brasil, mas lá os grandes problemas de infraestrutura, educação e saúde foram resolvidos, enquanto aqui, não. Além disso, envelhecemos muito rápido. Se hoje o Canadá tem 24% de idosos, em 2050, terá 30%. Já o Brasil parte de 12% para 30%, no mesmo período. Se a longevidade não for planejada adequadamente, teremos problemas sociais imensos nos próximos 50 anos.” 86

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Para a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, o rápido envelhecimento da população terá impacto sobre as perspectivas de crescimento econômico, devido à força de trabalho reduzida. “As despesas públicas relacionadas à idade serão aumentadas fortemente e o governo ainda não tomou providência, nem tem estudos avançados para enfrentar este desafio”, frisa Silvia.

ROTA ALTERADA O envelhecimento da população do Brasil forçará o País a buscar uma adequação das políticas públicas voltadas para o idoso. “E terá de ser uma providência urgente, porque o processo de envelhecimento está acontecendo num ritmo acelerado”, sustenta o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João. “É uma transformação socioeconômica profunda, que está levando o Brasil a deixar de ser um País relativamente jovem para abrigar uma população predominantemente idosa. Isso é muito complexo e reflete em todas as áreas.” Autoridades sanitárias no mundo inteiro, e no Brasil não seria diferente, estão preocupadas com a crescente expectativa de vida das populações, porque ela representa um custo sanitário elevado. “Seguramente, os idosos demandarão mais serviços médicos e consumirão mais medicamentos. Para se ter ideia do tamanho do problema, basta dizer que, no Brasil, há aproximadamente 10 milhões de diabéticos. Desses, 50% não estão diagnosticados. Dos pacientes diagnosticados, grande parte não inicia o tratamento. Dos que iniciam o tratamento, muitos o abandonam. Além disso, dos pacientes em tratamento, menos de 20% alcançam um controle glicêmico adequado. Idosos, em grande parte, têm problemas crônicos e degenerativos”, explica o presidente do CFF.

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA Outro problema é quem vai cuidar dos mais velhos. Em 20 anos, o número de idosos vivendo sozinhos mais que triplicou no Brasil, passando de 1,1 milhão, em 1992, para 3,7 milhões em 2012. “O Brasil está fazendo muito pouco para dar suporte à população idosa”, afirma o sócio diretor da Right at Home, empresa norte-americana de cuidados em domicílio, Eduardo Chvaicer. “Não temos sequer uma boa infraestrutura hospitalar e de atendimento básico de saúde, quanto mais serviços públicos de cuidadores”, observa Chvaicer, lembrando que, no Brasil, a profissão de cuidador de idosos não é regulamentada. “Existem vários projetos de lei para resolver isso, mas todos estão ainda distantes de ser aprovados. Com isso, não existem normas, por exemplo,

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Especial Idosos

PANORAMA

DISPERSÃO DE CLASSES SOCIAIS NO GRUPO DE IDOSOS ESTILOS DE VIDA DIFERENTES, OPORTUNIDADES DIFERENTES classe A

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classe B

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classe C

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% poulação 50+ anos

% gastos 50+ anos

atividades de casa férias meta promoção marcas preço

maduros tradicionais

maduros bem-sucedidos

poucas não viver o dia a dia busca mesmas determinante

sim diversos qualidade de vida busca sempre habituais/conhecidas importante

Fonte: Nielsen Homescan Estruturas dos Lares 2013

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COMPORTAMENTO DE COMPRA PECULIAR

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Ciclo rápido!

MAIS VISITAS AO PONTO DE VENDA

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Ciclo de compra visita ao PDV a cada x dias

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TÍQUETE MÉDIO R$/ ato de compra

R$ 50,52 ATÉ 30 ANOS

R$ 54,27 31 a 50 ANOS

R$ 50,49 51+ ANOS

Fonte: Nielsen Homescan 2012 – tíquetes

HORÁRIO COMERCIAL, COMPRAS PLANEJADAS E FATORES DE ESCOLHA DO PDV 38% durante a semana: tarde/noite 34% durante a semana: manhã 28% aos fins de semana

9 Não levo lista e improviso o que tenho de comprar na loja 16 Levo uma lista com os produtos que não posso esquecer, os demais, escolho na hora

30 Levo uma lista com tudo que preciso comprar para não me esquecer de nada 44 Não levo lista, mas tenho na cabeça tudo o que eu vou comprar

24% das donas de casa com mais de 50 anos costumam sentir-se TENTADAS A COMPRAR NOVIDADES que veem; outras 10% compram novidades quando recomendadas 46% acham propaganda essencial para conhecer as marcas; outras 23%, para terem mais informações Comportamento de compras % dos lares idade 50+anos – Nielsen Homescan Shopper Visions 2011

Fonte: A Melhor Idade – Estudo Realizado por Homescan Brasil – Nielsen

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Especial Idosos

PANORAMA

quanto à qualificação desses cuidadores, desde os que exercem atividade remunerada até os cuidadores familiares.” Em países, como Canadá, Inglaterra e Japão, destaca Chvaicer, os governos possuem políticas públicas que fornecem serviços de cuidadores profissionais aos idosos ou oferecem remuneração ao familiar que se encarrega de cuidar de um idoso. “Já no Brasil, o serviço profissional de cuidadores tem de ser totalmente pago pelas famílias, sem qualquer auxílio do governo, nem mesmo dos planos de saúde. Precisamos, portanto, de políticas públicas que regulem a profissão, maior infraestrutura – casas de repouso e instituições de longa permanência, e até mesmo uma melhor conservação das vias públicas, hoje uma grande causa de acidentes entre os idosos”, finaliza.

CATEGORIAS RELEVANTES Segundo o Global AgeWatch Index 2013, produzido pela Organização Não Governamental (ONG) Help Age International, que luta pelos direitos dos idosos, o Brasil ocupa a 31ª posição no ranking dos países que oferecem melhor qualidade de vida e bem-estar a pessoas com mais de 60 anos. Os indicadores consideraram quatro áreas-chave: garantia de renda, saúde, emprego e educação e ambiente social. O Brasil obteve nota 58,9 e seu melhor desempenho foi na categoria garantia de renda, em que ocupou a 12ª posição, graças às transferências de renda implementadas pelo governo brasileiro, como forma de reduzir a desigualdade social. No entanto, no quesito emprego e educação para pessoas entre 55 e 64 anos empregadas, e o grau de instrução dos idosos, o País teve o seu pior desempenho, ficando em 68º lugar. Já nas categorias saúde e ambiente social, obteve as 41ª e 40ª colocações, respectivamente. Mas não existem apenas idosos convalescentes ou dependentes no País. Boa parte da população acima de 60 anos no Brasil está bem mais ativa agora do que em décadas passadas. Muitos, inclusive, continuam trabalhando, não raro, sustentando suas famílias, o que é muito comum nas periferias das grandes cidades e em municípios do Nordeste. “Mais idosos são o esteio da família hoje do que em décadas passadas e influem nas decisões de compra”, afirma o professor de estratégia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ricardo Franco Teixeira. Outros trabalham não porque precisam, mas por julgarem ter o que oferecer em termos profissionais. Fazem parte desse contingente profissionais liberais, executivos, especialistas, consultores. Estudo do Instituto Data Popular indica que 25% dos idosos não vivem somente de aposentadoria, continuam tra90

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balhando. Segundo o IBGE, quase 6 milhões das pessoas com mais de 60 anos trabalham, representando 30,9% do total. Mesmo na faixa com 70 anos, o percentual é significativo: 18,4% têm atividade remunerada. O total de pessoas com mais de 60 anos responde atualmente por 20% do consumo nacional, ou seja, um quinto da renda do País passa pelas mãos desse grupo. Segundo a FGV, esse montante praticamente dobrou em 23 anos – em 1992, o consumo dos idosos representava 10,8% da renda nacional. Vale lembrar que metade dos idosos tem poupança e quase 60% usam cartão de crédito, diz o estudo do Data Popular. Se forem incluídas as pessoas com mais de 50 anos na conta, o contingente salta para 38% da população e abocanha 40% da renda nacional, segundo levantamento da Nielsen. Essa faixa da população desponta como novo filão de mercado para empresas de produtos e serviços, sobretudo os que estão nas faixas de renda mais altas. Com independência financeira, vontade de gastar e consciência sobre como e o que consumir, os idosos começam a chamar a atenção do mercado para a importância do atendimento personalizado e da fidelização.

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NOVO COMPORTAMENTO Os idosos de hoje não são mais figuras que ficam apenas em casa vendo TV. Eles possuem vida ativa e são consumidores de quase tudo. O que precisam é de produtos e de atendimento de acordo com suas necessidades e limitações. É nesse ponto que há muito ainda a fazer. De acordo com a analista de mercado da Nielsen, Mariana Morais, uma pesquisa global da instituição: A Melhor Idade – Estudo Realizado por Homescan Brasil – agosto 2013, revela que a maioria dos idosos se sente frustrada com a falta de conveniências de produtos e das

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PANORAMA

lojas para facilitar sua experiência de compra. Mais da metade dos entrevistados da América Latina tem dificuldade para encontrar rótulos fáceis de ler (59%), informações nutricionais fáceis de entender (54%), embalagens com porções menores (54%) e embalagens de produtos fáceis de abrir (51%). Mais de 40% dos latino-americanos acreditam que A analista de mercado da as lojas de varejo não têm Nielsen, Mariana Morais, seções exclusivas para prorevela que os idosos se dutos voltados às necessidasentem frustrados com des dos idosos (45%), seções a falta de conveniência com caixas para deficientes de produtos e lojas físicos (43%) ou bancos para descansar (49%). Um em cada três entrevistados globais diz que varejistas não oferecem seções exclusivas de produtos voltados às necessidades dos consumidores mais idosos. “Oportunidade com as preocupações básicas com esse público e investir em acessibilidade, como rampas, elevadores, iluminação da loja, seriam atitudes para melhorar a experiência de consumo dos mais velhos”, sugere Mariana. Embalagens mais fáceis de abrir e rótulos que facilitem a leitura também são necessidades a ser atendidas, diz a especialista. Metade dos entrevistados ao redor do mundo afirma que é difícil encontrar rótulos de produtos que sejam fáceis de ler e 43% têm dificuldade para encontrar embalagens que sejam fáceis de abrir. Outros dados da pesquisa Nielsen revelam que faltam produtos para atender às necessidades nutricionais específicas dos mais velhos. Mais de quatro em cada dez entrevistados não conseguem encontrar alimentos que satisfaçam necessidades especiais de alimentação (45%). Embalagens que contenham porções menores de alimentos (44%) ou que tragam informações nutricionais claras nas embalagens (43%) também são pontos não atendidos segundo os idosos entrevistados. Com o gasto mundial de consumidores maduros projetado para atingir US$ 15 trilhões ao ano até o final desta década, de acordo com a consultoria norte-americana A.T. Kearney, este segmento crescente tem dinheiro e disposição para gastar. Segundo o IBGE, os idosos são responsáveis pela manutenção de 25% das casas no País e 92

possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro do da média nacional. Algumas características fazem dos idosos um público especial na hora da compra. Eles são mais fiéis à tradição, têm pouca tolerância à demora e ao barulho e reagem extremamente bem à oferta de produtos que saciem suas necessidades. O idoso é um cliente que quer ser encantado por um diferencial. “A empresa que perceber isso e transformar em ação vai se sair melhor com esse público”, afirma Teixeira. Uma loja que ofereça facilidade no carregamento da cesta de compras, auxiliando desde sua entrada até a colocação dos produtos no carro, certamente terá a preferência desse público, mesmo que cobre preços mais altos que seus concorrentes. “Mas ainda são poucas as experiências inovadoras voltadas para a terceira idade. O foco ainda são os jovens”, completa Teixeira. Uma característica do idoso, segundo Mariana, é que seu ciclo de compra é mais rápido e ele vai mais vezes ao ponto de venda. Na maioria das vezes, durante a semana, no horário comercial. Apesar de não gastar mais do que outros públicos, ele está aberto a novidades – 24% das donas de casa com mais de 50 anos, por exemplo, costumam se sentir tentadas a comprar novidades, outras 10% compram novidades quando recomendadas, revela estudo da Nielsen. Entre os idosos, 46% acham propaganda essencial para conhecer as marcas, outros 23%, para terem mais informações. Mas eles não se sentem representados na publicidade. Mais da metade (51%) dos entrevistados ao redor do mundo na pesquisa Nielsen diz que a propaganda não reflete consumidores mais velhos. Outros citam a falta de conveniência nas lojas como dificuldade para as compras. Aproximadamente um em cada quatro consumidores diz que os varejistas não estão equipados com bancos para descansar (29%), vagas suficientes para deficientes (25%), banheiros para deficientes (23%), prateleiras fáceis de alcançar (23%) ou rampas e portas para deficientes (22%). Há muito a ser feito para atender os idosos, quando as empresas entenderem isto, acontecerá uma revolução no mercado. “Temos uma grande faixa entre os 60 e 85 anos que não é dependente de ninguém e que vem crescendo a passos largos no Brasil. Temos de preparar os marqueteiros e designers para eles, e treinar os lojistas para atendê-los da melhor forma possível. Isso mudará o mercado”, avalia a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa.

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Papel da farmácia com o idoso PÚBLICO SÊNIOR É MAIS EXIGENTE E SELETIVO. CONSEGUIR CATIVÁ-LO E AJUDÁ-LO NOS TRATAMENTOS PODE SER TAMBÉM UM BOM NEGÓCIO, POIS ELE É UM CONSUMIDOR FIEL E DOS MAIS ASSÍDUOS

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POR MARCELO DE VALÉCIO

Enquanto em 1940 os idosos no Brasil correspondiam a 4% da população brasileira, em 2025, representarão 16% do total de habitantes ou 35,4 milhões de indivíduos. Hoje, as pessoas com mais de 60 anos já correspondem a 12% do total de brasileiros. Além da representatividade numérica, esse contingente também é um importante consumidor. Os idosos respondem, atualmente, por 20% do consumo nacional, ou seja, um quinto da renda do País passa pelas mãos desse grupo. Além disso, segundo pesquisa do Data Popular, metade das pessoas com mais de 60 anos de idade tem poupança e quase 60% usam cartão de crédito.

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O setor farmacista tem à disposição um consumidor potencial muito grande. Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolvida na região metropolitana de Belo Horizonte aponta que 72,1% dos idosos consomem medicamentos. “Em todo o mundo, as pessoas idosas usam mais os serviços médico-hospitalares e consomem mais medicamentos. Essa realidade não é diferente no Brasil”, sustenta o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. De acordo com o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João, mais de 80% dos idosos fazem uso diário de algum tipo de fármaco. “O produto é um poderoso processo de intervenção com o FOTOS: SHUTTERSTOCK

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A ELEVAÇÃO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO É UMA REALIDADE MUNDIAL E ACENDE UM SINAL DE ALERTA PARA UM PROBLEMA QUE VEM CRESCENDO NOS ÚLTIMOS ANOS: O AUMENTO CONSIDERÁVEL NOS CUSTOS COM SAÚDE NA FAIXA ETÁRIA ACIMA DOS 60 ANOS objetivo de melhorar o estado de saúde dos pacientes idosos. Vale ressaltar que um quarto dos medicamentos é prescrito para os idosos, que consomem três vezes mais medicamentos que os pacientes jovens”, revela. De acordo com Mussolini, vários estudos internacionais de farmacoeconomia mostram que o aumento da expectativa de vida está relacionado com o desenvolvimento de medicamentos inovadores, cada vez mais eficazes e seguros. Estudo da consultoria IMS Health – “Generic Medicines: essential contributors to the long-term health of society” – constatou que os países da Europa com maior expectativa de vida são os que mais consomem medicamentos. Segundo Mussolini, a indústria farmacêutica instalada no Brasil mapeou as necessidades de tratamento do público idoso e já oferece grande parte dos medicamentos para as doenças prevalentes nessa faixa etária. Entre eles, os produtos para o controle das doenças cardíacas, dos diversos tipos de câncer, das doenças degenerativas (como Alzheimer e Parkinson) e da diabetes. “Atualmente, o principal objetivo dos laboratórios, além, é claro, de descobrir novos princípios ativos, é encontrar formas de tornar seus produtos mais acessíveis à população mais velha. Nesse sentido, os programas de fidelização (adesão ao tratamento) têm cumprido um papel muito importante”, pondera Mussolini.

MAIOR NÚMERO, MAIOR NECESSIDADE Mas é preciso também aumentar o acesso aos tratamentos. “Essa é a grande questão. Por isso, o Sindusfarma vem defendendo há anos algumas medidas que 96

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podem ampliar significativamente o acesso da população aos medicamentos, com ênfase no segmento idoso: a redução da carga tributária incidente sobre o produto, a agilização do processo de incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) e a modernização do modelo de regulação do mercado farmacêutico. São medidas que, além de expandir a base de consumidores, contribuiriam para diminuir as despesas das famílias e liberar recursos para o custeio da saúde pública”, acredita o presidente do Sindusfarma. É necessário ter atenção redobrada nos tratamentos com uso de medicamentos a idosos, adverte Jorge João. “Há um aspecto importante no aumento da expectativa de vida que precisa estar no centro das atenções das autoridades brasileiras. Apesar de o medicamento ter relevância na recuperação da saúde em todas as faixas etárias, é entre os mais velhos que ele precisa de uma atenção muito especial. Os idosos necessitam de Assistência Farmacêutica plena, tanto no âmbito público, como no privado. Isso porque grande parte dos idosos faz uso de polifarmácia (uso concomitante de vários medicamentos), fato que aumenta o risco de interações medicamentosas indesejáveis, intoxicações, reações adversas, entre outros problemas que, muitas vezes, levam o paciente a buscar o médico para novas consultas, ou até são levados a hospitalizações evitáveis. Cerca de 19% das admissões hospitalares entre pacientes idosos tem origem nas reações adversas a medicamentos”, explica Jorge João. Ele frisa ainda que, em pacientes dessa faixa etária, os efeitos tóxicos dos medicamentos podem acontecer com mais intensidade por causa da diminuição das funções hepática e renal. Associados a outros fatores, como prescrições inadequadas, não observância dos esquemas terapêuticos, alterações fisiológicas, a tendência é de que a situação de saúde do idoso se agrave. O envelhecimento da população do Brasil forçará o País a buscar uma adequação das políticas públicas voltadas para o idoso, argumenta Jorge João. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as autoridades de saúde disponibilizem mecanismos de controle de doenças crônicas não transmissíveis que mais atacam os idosos, como as cardíacas, o diabetes e as pulmonares. A maioria das enfermidades típicas da terceira idade pode ser prevenida ou tratada com baixo custo. Medida acertada tomada pelo governo foi a distribuição gratuita de medicamentos para diabetes e hipertensão.

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“Mas não basta quadruplicar o acesso aos medicamentos disponíveis. É preciso qualificar o atendimento, com a efetiva participação do farmacêutico nos procedimentos de orientação e acompanhamento dos pacientes”, salienta o presidente do CFF. “Para se ter ideia do tamanho do problema, basta dizer que, no Brasil, há aproximadamente 10 milhões de diabéticos. Desses, 50% não estão diagnosticados. Dos pacientes diagnosticados, uma grande parte não inicia o tratamento. Dos que iniciam o tratamento, muitos o abandonam. Além disso, dos pacientes em tratamento, menos de 20% alcançam um controle glicêmico adequado. Idosos, em grande parte, têm problemas crônicos e degenerativos. O farmacêutico tem papel fundamental na garantia de um envelhecimento saudável, segundo Jorge João. “É de sua competência fazer a triagem, a prescrição, o acompanhamento terapêutico, a promoção da adesão ao tratamento, a conciliação dos medicamentos e a orientação sobre o seu uso correto, além da aferição da pressão arterial. A Assistência Farmacêutica deve estar no centro do planejamento que está sendo feito na saúde, com vistas ao bem-estar dos idosos. Estudos provam o impacto positivo da atuação clínica do farmacêutico no controle das doenças que acometem os idosos”, afirma o executivo. 98

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FOCO EM PREVENÇÃO Mas além de tratar de doenças, o consumidor mais velho está preocupado em não ficar doente. “Cuidar da saúde em todas as idades é uma característica de nossa época. É o ideal sintetizado na expressão qualidade de vida. E essa preocupação naturalmente aumenta quando as pessoas envelhecem, independentemente de haver ou não uma doença associada”, observa Mussolini. “O interessante é que os mais velhos estão procurando atividade física não apenas por prazer e saúde, mas também por vaidade, diferente de anos atrás”, acrescenta a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, destacando que o treinamento funcional pode ser um verdadeiro parceiro dos idosos, pois visa desenvolver as qualidades físicas e os movimentos básicos necessários no dia a dia, como força, resistência e equilíbrio. “Mais ativos e muito mais vaidosos, sobretudo aqueles com maior poder aquisitivo, os integrantes da terceira idade também perderam o medo de hospitais, salas de cirurgias e de agulhas e fazem de tudo para acabar com os desconfortos estéticos. A maioria quer melhorar a flacidez e retirar os excessos de pele e as rugas”, completa Silvia. “Os idosos das classes A e B+ nessa fase da vida passam a comprar mais produtos para saúde e bem-estar,

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COMO ATENDER BEM O IDOSO • Atendentes devem estar preparados para explicar a utilização dos medicamentos, escrevendo os detalhes nas embalagens, e esclarecer sobre outros produtos. • Confiança: em geral, o idoso é fiel, escolhe uma farmácia perto de casa, faz amizade com o farmacêutico e compra sempre lá. Valorizar isso é fundamental. • Cadastrar doentes crônicos, visando ao atendimento personalizado, é uma boa atitude. • A disposição dos produtos nas gôndolas deve ser bem arrumada e na altura dos olhos, facilitando a busca pela loja. • Separar por categoria os produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) e anunciar corretamente as promoções são ações que ajudam na hora da compra. • Desenvolver corredores sem obstáculos, de modo a facilitar a locomoção. • Criar espaços de descanso e oferecer banheiro são atitudes simpáticas e que podem fazer a diferença. • Os idosos não gostam de ser tratados como incapazes. Ser cortês é fundamental.

pois o restante já foi alcançado. Eles não têm mais gastos com casa, automóvel e filhos, daí podem usufruir o que melhor lhes convém. Podem se cuidar bem”, adiciona a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa, fazendo, contudo, uma observação do papel social da farmácia. “Para a população de média e baixa renda, a conversa é outra. Eles que sofreram mais do que os que trabalharam em condições melhores, e se aposentam com salários menores. Então seu padrão de consumo é outro. Essa população depende tremendamente da farmácia para remediar suas dores medianas, pois o SUS só atende aos casos mais graves ou crônicos. A farmácia torna-se o seu reduto para alguns cuidados com a saúde”, avalia Regina. Para o presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC, na sigla em inglês), Alexandre Kalache, o problema é que os idosos das classes mais baixas são mais propensos a doenças crônicas e demências por conta de uma alimentação pouco saudável. “Um 100

idoso de 70 anos, no Brasil, equivale a uma pessoa de mais de 80 anos no Canadá. Isso porque sua dieta é rica em pastas, doces e refrigerantes e pobre em frutas, legumes e vegetais, em muitos casos, ele também consumiu ou consome muito álcool. E esse público não está na lista de prioridades do governo federal. Na verdade, faltam políticas sociais para os idosos em todos os níveis de governo”, enfatiza Kalache. Saúde preventiva ainda é pouco usual no País, segundo Kalache. “Não caminhamos na linha certa da prevenção. Evitar a doença é melhor do que tratá-la, não apenas para o bem-estar do paciente, mas como economia ao País.” Para isso, segundo o especialista, precisaríamos mudar o enfoque que é dado hoje na saúde. “É preciso que as pessoas sejam monitoradas. Não adianta o paciente passar por uma consulta de poucos minutos com o médico. É preciso tempo para avaliá-lo. Entender como tem evoluído seu estado de saúde, fazer relações entre as queixas atuais e os tratamentos anteriores a que o paciente se submeteu”, destaca. “O foco das universidades brasileiras ainda é a saúde do jovem adulto. Aprende-se medicina como há 40 anos, com enfoque nas infecções. Não se estudam as doenças que acometem o idoso. Outro aspecto é que a medicina brasileira cada vez mais segue o modelo norte-americano de fracionar o corpo humano nos tratamentos. É um modelo errado e mais caro. O paciente vai a diversos especialistas e cada um deles receita um remédio diferente. Não por acaso 17% do Produto Interno Bruto (PIB) americano vem do setor de saúde, com um consumo de medicamentos altíssimo. É um modelo caro e que não resolve as carências de saúde. O modo de fazer europeu é mais inteligente, focado no médico de família, o profissional conhece o paciente, acompanha seu histórico de saúde. Assim, ele não precisa recorrer com tanta frequência ao sistema de saúde. Isso explica em grande parte porque a expectativa de vida do americano é menor do que a de um europeu”, conclui Kalache.

O QUE ESTÁ POR VIR A elevação da expectativa de vida da população é uma realidade mundial e acende um sinal de alerta para um problema que vem crescendo nos últimos anos: o aumento considerável nos custos com saúde na faixa etária acima dos 60 anos. “A grande questão, atualmente, é como gerenciar uma política de saúde pa-

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O FARMACÊUTICO TEM PAPEL FUNDAMENTAL NA GARANTIA DE UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL. É DE SUA COMPETÊNCIA FAZER A TRIAGEM, A PRESCRIÇÃO, O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO, A PROMOÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO, A CONCILIAÇÃO DOS MEDICAMENTOS E A ORIENTAÇÃO SOBRE O SEU USO CORRETO, ALÉM DA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ra uma população que vive mais a cada ano que passa. Estamos vivendo uma alteração de conceito, focada na promoção de saúde e prevenção de doenças”, pondera o diretor executivo da AxisMed, empresa de Gestão de Saúde Populacional (GSP), integrante do Grupo Telefônica, Fábio de Souza Abreu. “Campanhas de prevenção de doenças, mudanças de hábitos comportamentais e alimentares, programas de condicionamento físico para combater o sedentarismo e a obesidade têm se mostrados bastante eficazes”, revela Abreu. Para Kalache, não é preciso grandes orçamentos a fim de se contribuir para o bem-estar dos idosos. “Aprimorar a acessibilidade, oferecer informação e atenção já ajudam a melhorar a vida dos mais velhos. As farmácias são redutos muito frequentados pelos idosos, as empresas desse setor poderiam adotar medidas simples, como oferecer bancos de descanso ou banheiros nas lojas. Isso pode não parecer, mas faz uma diferença enorme. Realizamos um trabalho com esse público em Nova York e suas principais queixas estavam relacionadas ao fato de não terem banheiros públicos adequados às suas necessidades e pontos de descanso. Eles gostam de andar, mas precisam parar mais para descansar, muitos têm incontinência urinária. Outra questão importante é ter pessoas bem treinadas para prestar informações sobre os medicamentos, sobre a forma de seguir o tratamento. Nas farmácias brasileiras, é uma vergonha, não há quem saiba responder a um questionamento”, sublinha Kalache. “Como entender a confusão de categorias em uma farmácia? Como lembrar aqueles pavorosos nomes dos genéricos? Como enxergar preços mínimos? E as prateleiras altas ou baixas demais?”, questiona Regina. 102

“Tudo parece meio óbvio, mas muitas lojas se esquecem disso na hora de fazer seus planogramas de gôndola. Canso de ver pomadas para dor nas costas na última prateleira de baixo. Se você tivesse 80 anos e não enxergasse bem, se curvaria para pegar algo lá embaixo? No varejo, se não aprendermos pelo respeito, deveremos aprender pelo interesse em fidelizar um público valioso. O idoso é o melhor cliente da farmácia. É o que mais faz visitas e o que mais vai consumir a cada ano”, enfatiza Regina. Segundo Silvia, os idosos costumam ir, em média, duas vezes por semana à farmácia e apresentam um tíquete médio de R$ 60,00. “Isso é uma característica do idoso em vários países”, revela a analista da Nielsen, Mariana Morais. Seu ciclo de compra é mais rápido e ele vai mais vezes ao ponto de venda. Na maioria das vezes, durante a semana e no horário comercial. “O idoso, principalmente o de classes mais altas, apresenta o denominado consumo compensatório”, observa Silvia. “É uma forma de autorrecompensa pelos sacrifícios e economias que tiveram de fazer durante a vida enquanto tinham de trabalhar duro e criar os filhos. Para fidelizar esse cliente, o importante é caprichar no atendimento personalizado, com atenção e cuidados especiais. Cabe às farmácias aumentar a visibilidade do farmacêutico e atendentes de forma a destacar sua ajuda e capacidade de efetuar Assistência Farmacêutica de maneira cada vez mais profissionalizada”, sustenta. “Ao lidar com um idoso, é importante ter calma e paciência. Atendentes que não sabem identificar as necessidades, que não adaptam sua linguagem e seu tom de voz e que não respeitam os mais velhos não têm vez com esses consumidores”, complementa o sócio diretor da Right at Home, empresa norte-americana de cuidados em domicílio, Eduardo Chvaicer.

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Um novo perfil O IDOSO DO SÉCULO 21 ESTÁ DEIXANDO DE LADO O ESTIGMA DE QUE COM O AVANÇO DA IDADE SÓ SURGEM DOENÇAS, ELE SE MOSTRA MAIS ATIVO E COM AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA

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POR ADRIANA BRUNO

A população da terceira idade (pessoas acima dos 60 anos de idade) vem crescendo no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, que foi divulgada, no fim de 2014, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País tem 26,1 milhões de idosos. Apesar de boa parte da sociedade associar o envelhecimento a doenças e fragilidade, os idosos do sécu-

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lo 21 têm um novo perfil, estão mais ativos e apesar de muitos serem portadores de doenças crônicas, conseguem melhor qualidade de vida quando praticam atividades físicas, por exemplo. “Estudos têm demonstrado que o exercício proporciona muitos benefícios à saúde dos idosos. O exercício físico regular protege contra doenças crônicas, melhora o humor e reduz as chances de lesão. Devem-se levar ILUSTRAÇÕES: SHUTTERSTOCK FOTO: SHUTTERSTOCK

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N em conta as limitações de cada um e incorporar à rotina práticas físicas e culturais adequadas à realidade individual. Muitas condições médicas são melhoradas com o exercício, incluindo a doença de Alzheimer e demência, doenças cardíacas, diabetes, pressão alta e obesidade. Além disso, ser fisicamente ativo também pode ajudar os idosos a ficar fortes e aptos o suficiente para continuar fazendo as coisas de que gostam, com autonomia”, afirma o geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. João Bastos Freire Neto. Veja a seguir, as principais doenças que mais acometem a população idosa brasileira e de que forma as pessoas estão lidando com elas:

HIPERTENSÃO ARTERIAL A hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial que se caracteriza por níveis elevados de Pressão Arterial (PA). A pessoa é considerada hipertensa quando a PA sistólica ou máxima for ≥ 140 mmHg e⁄ou de PA diastólica ou mínima for ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. “O diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo menos, três ocasiões”, diz o cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Dr. Carlos Alberto Machado. De acordo com ele, na maioria das vezes, não existe uma causa, na hipertensão primária, o principal fator é o hereditário, outro é a etnia. “Os negros têm um risco maior de apresentar hipertensão, nestas situações, ela não tem cura e o tratamento é por toda a vida. A hipertensão secundária é a situação em que a pessoa tem uma doença de base que pode levar ao aparecimento de hipertensão, que quando diagnosticada e tratada pode ser curada”, diz. A hipertensão arterial ou pressão alta é o principal fator de risco para derrames, doenças do coração, como infartos, paralisação dos rins, lesões nas artérias e alterações no olho. “Ela atinge 32,5% (36 milhões) de brasileiros adultos, mais de 60% dos idosos, sendo responsável por 80% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), 60% dos infartos do miocárdio, 40% dos casos de insuficiência cardíaca e 37% das insuficiências renais terminais que precisam de diálise. Entre os gêneros, a prevalência foi de 35,8% nos homens e de 30% em mulheres, semelhante à de outros países. Revisão sistemática quantitativa de 2003 a 2008, de 44 estudos em 35 países, revelou uma prevalência global de 37,8% em homens e 32,1% em mulheres”, diz o Dr. Machado. 106

A hipertensão arterial aumenta sua prevalência com a idade, quando maior a idade maior o risco de desenvolver hipertensão. “As 7 Diretrizes Americanas de Hipertensão afirmam que se até os 55 anos a pessoa não teve hipertensão, ela tem um risco de 90% de chance de apresentá-la a partir desta idade”, comenta o Dr. Machado.

DIABETES Dados do Atlas do Diabetes 2014, da International Diabetes Federation, adaptado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), apontam que, na América Latina, cerca de 25 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos têm a doença e a estimativa é de que, em 2035, esse número salte para 38 milhões. Falando de Brasil, são mais de 11 milhões de pessoas dentro da mesma faixa etária, sendo que um a cada 12 adultos têm a doença. Os casos não diagnosticados somam 3,2 milhões. O diabetes mellitus é uma doença que ocorre quando há o aumento da glicose no sangue. “O diabetes é classificado em tipo 1 e 2. O tipo 1 que é o mais grave e ocorre principalmente em crianças e adultos jovens, sendo necessário o tratamento com aplicações de insulina. Corresponde a entre 5% a 10 % dos casos de diabetes. Já o diabetes tipo 2, que é o mais frequente, está associado à resistência à insulina provocada pela obesidade e sobrepeso e aparece em indivíduos a partir dos 45 anos”, explica o endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Airton Golbert. Segundo informa o especialista, o diabetes tipo 1 é causado pelo surgimento de autoanticorpos contra as células produtoras de insulina no pâncreas do paciente, que destroem essas células e provocam um quadro agudo e grave de cetacidose diabética se não tratado. Existem grupos de risco para a doença, entre eles, pessoas com familiares diabéticos, mulheres que tiveram filhos com mais de quatro quilos, portadores de hipertensão e doenças cardiovasculares e aqueles acima do peso. Para o Dr. Golbert, em idosos, o excesso de peso é uma das maiores causas do diabetes tipo 2, o que exige cuidados ainda maiores com a alimentação e a prática regular de alguma atividade física.

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A FRAGILIDADE DOS OSSOS A perda de minerais, como o cálcio, e a deficiência de vitamina D são fatores que contribuem para o surgimento de doenças, como a osteoporose, tão comum em idosos

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OUTROS MALES TÍPICOS

Perda da audição: com o avançar da idade, a pessoa começa a apresentar um processo natural de envelhecimento de seus órgãos, incluindo o sistema auditivo. O envelhecimento do ouvido humano é resultado dos efeitos cumulativos de vários fatores extrínsecos ao sujeito, tais como a exposição a ruídos, nutrição, estresse e uso de medicamento, somados ao envelhecimento. A perda auditiva decorrente desse quadro é conhecida como presbiacusia, que consiste na perda da sensibilidade auditiva e na redução da inteligibilidade de fala, comprometendo seriamente o processo de comunicação no idoso.

Visão: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, obstrução venosa retiniana, degeneração macular relacionada à idade são alguns dos problemas que podem prejudicar a visão do idoso. Esses problemas também podem ser secundários a doenças sistêmicas que aparecem com a idade, como diabetes (retinopatia diabética) ou aterosclerose (obstrução venosa).

Impotência sexual: diferentemente de uma “falha” ocasional, a Disfunção Erétil (DE) incapacita o homem, de forma permanente, em ter ou manter uma ereção peniana suficiente para uma relação sexual satisfatória. O problema pode estar associado a outras doenças, entre elas, principalmente: diabetes, pressão alta, dislipidemia, doenças neurológicas e o envelhecimento.

Fontes: especialista em gerontologia e diretora presidente do Instituto Alzheimer Brasil (IAB), Dra. Elizabeth Piovezan; fonoaudióloga do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Flávia Salvaterra; coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Antônio de Moraes Júnior; professor do Setor de Distúrbios do Movimento e Neurologia Comportamental do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Vitor Tumas; oftalmologista e diretor do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Dr. Mauro Nishi

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Mal de Alzheimer: doença degenerativa do cérebro, que piora com o tempo de modo lento, afetando o funcionamento intelectual e as atividades da vida diária. Ocorrem algumas alterações com umas proteínas no cérebro que matam os neurônios e prejudicam a comunicação entre as células. A idade é o principal dos fatores. Quanto mais idade, mais chances de desenvolver a doença, porém não dá para relacionar a velhice com a demência, porque muitas pessoas envelhecem bem e são saudáveis, mantendo-se ativas até em idades bem avançadas.

Doença de Parkinson: é causada pela morte progressiva de células nervosas no cérebro, mas especialmente de um grupo particular que produz dopamina. O interessante é que a degeneração desses neurônios começa talvez dez ou mais anos antes dos sintomas aparecerem. A doença atinge cerca de 3% das pessoas com mais de 64 anos de idade e a frequência aumenta em idades cada vez mais avançadas. Ela atinge de forma parecida os dois sexos. Os sintomas característicos da doença são os tremores, a pobreza e lentidão dos movimentos, rigidez muscular e o aparecimento progressivo de desequilíbrio e dificuldade para a marcha. Outros problemas também ocorrem e são frequentes, como: urgência para urinar quando a bexiga está cheia, intestino preso, perda do olfato, problemas com o sono, sonolência durante o dia.

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Especial Idosos

SAÚDE

APESAR DE BOA PARTE DA SOCIEDADE ASSOCIAR O ENVELHECIMENTO A DOENÇAS E FRAGILIDADE, OS IDOSOS DO SÉCULO 21 TÊM UM NOVO PERFIL, ESTÃO MAIS ATIVOS E CONSEGUEM MELHOR QUALIDADE DE VIDA QUANDO PRATICAM ATIVIDADES FÍSICAS e mulheres na menopausa. Crônica, a doença torna os ossos tão frágeis que podem se quebrar mesmo sem causa aparente. “O simples ato de tossir pode resultar em uma fratura nos casos mais severos da doença”, diz o geriatra e membro da diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Rubens de Fraga Jr. Segundo o médico, 4 a cada 10 mulheres terão osteoporose e 1 a cada 8 homens também. “Para prevenir a doença, é importante ter uma alimentação equilibrada e rica em cálcio e vitamina D”, recomenda. A critério médico, o paciente também pode receber suplementação. As fraturas mais comuns em idosos com problemas ósseos são de punho, fêmur e coluna. Além dos ossos, as articulações também sofrem com o envelhecimento do corpo. Dois dos problemas mais comuns são artrite e artrose. Segundo a reumatologista e médica do NARe – Núcleo Avançado de Reumatologia do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Flora Marcolino, a artrite é um sintoma de um processo inflamatório em qualquer uma das 68 articulações. “Ou seja, a artrite que se caracteriza por dor aguda, inchaço, vermelhidão, aumento do volume local e limitação da articulação manifesta-se em algumas doenças reumatológicas ou não, lúpus, artrite reumatoide, gota, anemia falciforme, entre outras”, explica. Já a artrose significa um comprometimento das juntas por processo degenerativo. “O sintoma da artrose é a dor mais crônica, com maior tempo de duração, de início insidioso e que melhora muitas vezes somente com repouso e uso de analgésicos, diferente da artrite que, por ser um processo inflamatório agudo, necessita de medicação anti-inflamatória”, diz a Dra. Flora. 11 0

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Especial Idosos

ASMA E BRONQUITE

Cuidados fundamentais no inverno

A ASMA MATA SETE PESSOAS POR DIA NO BRASIL E ESTIMA-SE QUE 10% DA POPULAÇÃO SEJA PORTADORA DA DOENÇA. O QUADRO DAS CRISES SE AGRAVA NOS DIAS MAIS FRIOS E SECOS, PELO CONTATO COM AGENTES ALÉRGICOS POR VIVIAN LOURENÇO

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Os dias mais frios trazem sinal de alerta com relação aos cuidados com a saúde. É nesta época do ano que a população é mais acometida por doenças, principalmente as respiratórias, que, em sua maioria, estão relacionadas com problemas alérgicos, típicos do comportamento do brasileiro durante o inverno. Duas das enfermidades mais comuns no período são a asma e a bronquite, caracterizadas pela dificuldade de respiração. Estima-se que, no Brasil, existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos. A asma é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho. Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), ligado ao Ministério da Saúde, ocorrem, no Brasil, em média, 350 mil internações anualmente. A asma está entre a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total). A doença é considerada crônica e atinge todas as faixas etárias, sendo que o primeiro episódio acontece 90% das vezes nos primeiros 5 anos de vida.

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Apesar de alguns especialistas caracterizarem asma e bronquite como sendo semelhante, o pneumologista do Hospital Bandeirantes, Dr. André Suzuki, diverge, falando que existe um grande erro conceitual quando o assunto é asma e bronquite; são doenças completamente distintas. A vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Dra. Norma de Paula Motta Rubini, complementa explicando que a asma é caracterizada por obstrução do fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento, inflamação das vias aéreas, hiperresponsividade brônquica e episódios recorrentes de sibilância (“chiado”), tosse, dispneia (“falta de ar”) e/ou aperto no peito. Já a bronquite é uma inflamação da árvore brônquica e pode ser aguda ou crônica. A bronquite aguda é causada, em geral, por vírus, mas pode ser decorrente também de infecções bacterianas. É mais frequente nos meses de outono e inverno. A bronquite crônica é um termo antigo, substituído hoje pela designação Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que engloba a bronquite crônica e o enfisema. “Entre os leigos, é comum a utilização FOTOS: SHUTTERSTOCK

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ASMA E BRONQUITE

O CONTROLE DE AMBAS AS DOENÇAS É DIRIGIDO AO CONTROLE DE SINTOMAS. NOS PACIENTES ASMÁTICOS, A NORMALIZAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR É OBJETIVADA. A ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA VAI DEPENDER DA GRAVIDADE DA DOENÇA INDIVIDUAL DE CADA PACIENTE, BEM COMO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO do termo ‘bronquite’ para designar os casos de asma leve em crianças. Contudo, essa utilização é incorreta”, destaca a Dra. Norma. Já para outros especialistas, o termo asma é empregado para a doença mais crônica, enquanto bronquite pode ser um quadro mais agudo. A bronquite, em adultos, está também associada ao uso do tabaco e a outros poluentes ambientais. “Esse é um acometimento sazonal, hoje é considerado sinônimo e caracterizado pela inflamação dos brônquios. A enfermidade atinge 35% da população brasileira e a alergia é a causa mais comum, porém não a única que causa asma e bronquite”, salienta o médico alergista, coordenador técnico do Brasil Sem Alergia e pesquisador assistente do cientista canadense Jacques Tremblay, do Departamento de Genética da ULAVAL, no Canadá, Dr. Marcello Bossois.

FAIXA DE RISCO Asma é uma doença incurável que habitualmente acomete crianças maiores de 5 anos, adultos e idosos. A bronquite (DPOC) acomete os adultos e os idosos, uma vez que é necessária exposição prévia a partículas ou gases tóxicos, sendo o tabagismo o principal agente agressor. Porém, o pneumologista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Dr. Adalberto Rubin, alerta que qualquer faixa etária pode apresentar asma, embora seja mais prevalente na infância. Os idosos que começam a ter sintomas somente na vida adulta devem buscar uma causa externa, como tabagismo ou exposição a materiais poluentes. Tanto asma quanto DPOC são doenças que merecem atenção e devem ter acompanhamento médico, pois podem causar morte quando não tratadas adequadamente. “Todas as faixas etárias sofrem quando a doença não está controlada. O mais importante é consultar um especialista para que ele possa fazer 11 4

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o diagnóstico correto e tratar”, analisa o Dr. Suzuki. Estima-se que 10% da população é portadora da asma. Desses, 5% tem uma asma mais severa, chamada de asma de difícil controle, com maior mortalidade. “Falta de ar, chiado no peito, tosse e incapacidade de realizar atividades físicas são alguns dos sinais de que a asma não está controlada. Nesses casos, deve-se revisar ou iniciar um tratamento apropriado, seja para controle dos sintomas como prevenção das crises”, observa o Dr. Rubin. Quanto à DPOC, é importante ressaltar que aproximadamente 20% das pessoas que fumam irão desenvolvê-la, sendo uma doença subdiagnosticada ainda hoje, aponta o pneumologista do Hospital Bandeirantes. Além disso, a Dra. Norma explica que a asma e DPOC são doenças independentes, contudo, podem coexistir em um mesmo paciente. Atualmente, utiliza-se o termo síndrome asma-DPOC “overlap” para designar pacientes que apresentam um quadro de sobreposição de asma e DPOC. “Ambas as patologias podem cursar com alta morbidade e grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e familiares, quando não tratadas adequadamente. A asma e DPOC, sem tratamento, cursam com agravamento progressivo. Desse modo, podem ter maior impacto na população de adultos e idosos”, salienta a vice-presidente da Asbai.

O QUE DESENCADEIA UMA CRISE? Os principais sintomas da asma são crises de dispneia (“falta de ar”), sibilos (“chiado”) e tosse. Os principais sintomas da DPOC são a tosse produtiva (com secreção), praticamente diária, e dispneia relacionada aos esforços físicos, com agravamento progressivo. Os pacientes com DPOC também podem apresentar sibilos. Os principais fatores desencadeantes de crises de asma são a exposição aos alérgenos inaláveis (ácaros, fungos, pelos de animais, pólens, alérgenos ocupacionais, etc.) e aos poluentes intradomiciliares e extradomiciliares (fumaça de cigarro, odores fortes, poluentes da combustão de veículos, poluentes industriais, etc.). Contudo, outros agentes/fatores também podem ocasionar crises de asma em determinados indivíduos, tais como exercício físico, medicamentos, infecções respiratórias, alimentos e estresse emocional, explica a Dra. Norma.

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Especial Idosos

ASMA E BRONQUITE

SINTOMAS DE ALERTA Asma • Falta de ar. • Tosse seca. • Chiado no peito (associado ou não a dor local), principalmente durante expiração.

Principais cuidados Asma é crônica, mas existem fases na vida em que ela é mais presente, pois está muito ligada aos hábitos de vida da população

Bronquite (DPOC) • Tosse seca ou produtiva. • Falta de ar e chiado. • Geralmente após infecções das vias aéreas por vírus. Pode ser acompanhada por febre.

PANORAMA GERAL

35%

da população é alérgica

A prevalência global da Já a bronquite prevalece em torno de

10,5% a 14,5%

asma é em torno de

7% a 18,4% da população

mundialmente

Asma e bronquite

Estima-se que

têm aumento de

50% no inverno

Aproximadamente

20%

das pessoas que fumam

10%

da população brasileira seja portadora de asma

irão desenvolver DPOC

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Especial Idosos

ASMA E BRONQUITE

Apesar de ser consideradas doenças sem cura, elas exigem cuidados. O Dr. Bossois explica que essas enfermidades levam ao remodelamento do brônquio. “Por exemplo, quando você se corta, aparece uma cicatriz. Isso acontece com o brônquio, levando a troca do tecido por tecido cicatrizante, que não tem a mesma elasticidade, o que faz com que haja uma restrição e a diminuição da capacidade respiratória.” A condição pode causar até problemas cardíacos, se não tratada adequadamente.

FORMAS DE TRATAMENTO O controle de ambas as doenças é dirigido ao controle de sintomas. Nos pacientes asmáticos, a normalização da função pulmonar é objetivada. A estratégia terapêutica vai depender da gravidade da doença individual de cada paciente, bem como da resposta ao tratamento. “Alguns cuidados servem para ambas as doenças, como vacinação contra o vírus influenza anualmente, e para aqueles usuários do tabaco, a cessação é obrigatória”, complementa o Dr. Suzuki. De modo geral, a Dra. Norma explica que o tratamento da asma inclui medidas de controle ambiental, tratamento medicamentoso e imunoterapia (“vacinas”). O controle ambiental visa à prevenção da exposição aos alérgenos e poluentes ambientais. O tratamento medicamentoso subdivide-se em tratamento das crises e tratamento intercrise. Nas crises, utilizam-se, de acordo com a gravidade do caso, beta-agonistas de ação curta por via inalatória 11 8

e corticosteroides sistêmicos (via oral ou endovenosa). Na intercrise, também de acordo com a gravidade da doença e faixa etária, estão indicados os corticosteroides inalados, beta-agonistas de ação prolongada via inalatória, antileucotrienos, cromoglicato, corticosteroides orais, anti-IgE e terapia imunossupressora. A imunoterapia específica está indicada nos casos em que há sensibilização alergênica comprovada aos alérgenos inaláveis. O tratamento da DPOC inclui a terapia não medicamentosa e medicamentosa. A terapia não medicamentosa engloba a interrupção do tabagismo, reabilitação pulmonar e suporte nutricional. A terapia medicamentosa inclui agentes beta-agonistas de ação curta e prolongada via inalatória, agentes anticolinérgicos de ação curta e prolongada via inalatória, corticosteroides via inalatória, inibidores da fosfodiesterase e oxigenioterapia, de acordo com a gravidade da doença. Em casos selecionados, pode haver indicação para o tratamento cirúrgico. Os pacientes com DPOC devem ainda fazer uso das vacinas anti-influeza (antigripal) e anti-pneumocócica, visando à prevenção de infecções associadas à exacerbação da DPOC. Além disso, o pneumologista da PUCRS complementa observando que o asmático, quando bem tratado, deve ter uma vida normal. Os cuidados são os mesmos da população em geral, como presença de doenças infecciosas (especialmente a gripe), atividades físicas e boa alimentação.

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Cuidados redobrados com a respiração COM A QUALIDADE DO AR CADA VEZ PIOR E AS BAIXAS TEMPERATURAS, AS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS SE MANIFESTAM COM MAIS FREQUÊNCIA E A INALAÇÃO TEM SIDO UTILIZADA PARA AMENIZAR OS SINTOMAS DESAGRADÁVEIS DESTA ÉPOCA DO ANO

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POR VIVIAN LOURENÇO

Os dias mais frios trazem com eles, além do declínio da temperatura, a falta de chuvas e, consequentemente, a baixa umidade do ar, o que dificulta a respiração, além de aumentar a quantidade de problemas respiratórios alérgicos. É nesta época do ano que se agravam também as alergias respiratórias, tosses, ressecamento dos olhos e da pele, das mucosas do nariz, inflamações na garganta e acentuam-se os episódios de gripes, resfriados, rinites, sinusites e até pneumonia, comprometendo a saúde e o bem-estar das pessoas.

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Para atenuar esse tipo de problema, uma das soluções é repor a umidade do ar, por meio de umidificadores e utilizar os inaladores para amenizar os problemas respiratórios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 600 milhões de pessoas no mundo já sofrem com diferentes tipos de doenças respiratórias. No Brasil, esse contingente ultrapassa a casa de 18 milhões, o que representa mais de 90 mil internações e 15 mil mortes (50% dos óbitos por pneumonia em idosos) a cada temporada. As infecções respiratórias ocorrem mais frequentemente nos meses de inverno, quando a temperatura é FOTO: SHUTTERSTOCK

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baixa. Isso acontece porque, na ausência de raios ultravioleta, os vírus conseguem sobreviver tempo suficiente para ser transmitidos de uma pessoa a outra. Além disso, é uma época em que temos maior agrupamento de pessoas em ambientes fechados. Mas quando o mal-estar se instala, é necessário fazer uso de outros artifícios para amenizar os sintomas dos problemas respiratórios, como o uso de aparelhos de inalação. Um dos principais fatores é a comodidade. Com a utilização do inalador em casa, não é preciso se deslocar até o hospital ou clínica, realizando o procedimento da forma mais conveniente e segura. Atualmente, os umidificadores de ambiente já fazem parte da linha de utensílios domésticos, principalmente em famílias em que há crianças, idosos ou pessoas com algum tipo de alergia respiratória. “No sudeste e centro-oeste do Brasil, o inverno é normalmente seco, por isso a venda de umidificadores se intensifica neste período. As vendas também são boas quando o verão é seco, pois o aumento da umidade ambiente cria uma sensação maior de bem-estar”, explica o diretor de produto e comércio exterior da Mondial, Jacques Ivo Krause.

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A procura pelos umidificadores de ar cresce, pois os dias mais frios e secos aproximam problemas de saúde, como rinite, sinusite, bronquite e asma, como relata o gerente comercial da NS Indústria de Aparelhos Médicos, Maurício Parizi.

COMO ELES FUNCIONAM De acordo com o gerente, os umidificadores NS possuem sistema de funcionamento ultrassônico, produzindo uma névoa fria e homogênea que umidifica ambientes fechados ou climatizados por ar condicionado. Krause, da Mondial, explica que os umidificadores têm a função de pulverizar água no ar por meio da quebra das partículas de água, transformando a água em uma névoa úmida, que é lançada no ambiente através de um pequeno ventilador interno. “Um umidificador coloca no ambiente até 320 mL de água por hora, quando em sua capacidade máxima.” O uso do umidificador é importante porque a umidade do ar mantém a saúde em dia e evita problemas mais sérios, como alergias e doenças graves. Isso é explicado pelo fato de o ar seco deixar todo o sistema

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respiratório igualmente seco e irritado, e a poeira do ambiente prolifera mais bactérias e ácaros. A umidificação do ambiente atua, segundo Parizi, de forma eficaz na prevenção de doenças respiratórias; quando o nível da umidade relativa do ar fica abaixo de 40%, há ressecamento das mucosas, o que, segundo alguns estudiosos, reduz os anticorpos, deixando o organismo predisposto a infecções. São por esses motivos que os umidificadores amenizam os problemas respiratórios, pois eles ajudam a manter a umidade do ar, evitando assim os desconfortos que a baixa umidade traz. “Além de melhorar o bem-estar geral do ser humano nos ambientes”, complementa Krause.

ORIENTAÇÃO DE USO Para que os umidificadores ajam de forma eficiente, é necessário que o farmacêutico oriente o consumidor para a escolha do melhor produto e a maneira mais eficiente de utilizá-lo. O gerente comercial da NS explica que depende da necessidade do ambiente. “Por exemplo, em ambientes climatizados, o ideal é utilizar o umidificador para manter a umidade do ar, já em outros ambientes, é preciso ficar atentoà umidade relativa do ar.” O uso dos umidificadores não tem horário, alerta o diretor de produto e comércio exterior da Mondial. Se está seco, é importante ligar o aparelho para aumentar a umidade ambiente. Ele também deve ser utilizado em ambientes climatizados. O ar condicionado também reduz a umidade ambiente.

REPRESENTATIVIDADE DA CATEGORIA De acordo com as indústrias do setor, a representatividade do sortimento vem aumentando nos últimos anos, pois, antigamente, era comum utilizar bacias com águas ou toalhas molhadas para umidificar o ambiente, mas com o desenvolvimento de novos recursos e tecnologias, foi possível criar aparelhos portáteis de fácil manuseio para simplificar a utilização, como informou Parizi. A empresa Soniclear registrou um crescimento de 13% em 2014. O que mostra a aceitação do produto pelo consumidor. Por conta dos aumentos das vendas da categoria, Krause alerta que o ideal é expor o produto funcionando, deixando claro sua forma de trabalho e trazendo a sensação de frescor no ambiente próximo a ele. “Caso isso não seja possível, deixar sempre um 122

CUIDADOS COM A HIGIENE Pouco se fala sobre o risco de contaminação por higiene inadequada. Além da solução medicamentosa, a máscara e o copo reservatório são consideráveis fontes de contaminação quando não realizada a limpeza ideal. Aliás, são autênticas portas de entrada para uma doença respiratória. Uma das bactérias que pode se instalar no inalador é o Pseudomonas aeruginosa, responsável por infecções respiratórias e pneumonias. Chega a contaminar 35% dos nebulizadores de portadores de fibrose cística. Os dados dos usuários contínuos reforçam a preocupação: apenas 15% dos pacientes crônicos, portadores de fibrose cística, utilizam rotineiramente alguma técnica de desinfecção de seus nebulizadores. Já entre os asmáticos, 62,5% deles limpam seus aparelhos e acessórios diariamente. A ação do nebulizador é transformar o medicamento em pequenas partículas e possibilitar a sua penetração nos pulmões. Se não houver uma higienização correta, fungos e bactérias podem acompanhar a medicação. Então, o que deveria servir de aliado no tratamento pode virar um grande vilão.

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produto na prateleira e sua embalagem mostrando os benefícios do mesmo.” O ideal também é deixar um mostruário que sirva como demonstração e expô-lo de forma visível, principalmente quando a umidade do ar estiver abaixo do recomendado. A gerente de marketing da Soniclear, Talita Almeida, ressalta que o treinamento é fundamental. “Abrir o produto na frente do cliente, ensinar como utilizar em casa é um diferencial. O varejista precisa ter isto em mente.” “É necessário que o cliente fique atento à umidade relativa do ar para utilizar sempre que necessário e por tratar-se de um produto voltado para o bem-estar e saúde, fazer frequentemente a higienização do aparelho”, finaliza Parizi.

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IN CON TINÊN CIA URINÁRIA

Sem controle COMUM COM O AVANÇO DA IDADE, A PERDA INVOLUNTÁRIA DE URINA SE CARACTERIZA COMO UM PROBLEMA QUE ATINGE 18% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POR ADRIANA BRUNO

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Um espirro é o suficiente para que o desconforto de não ter controle sobre a urina se manifeste. Incontinência urinária é a denominação que se dá para a perda involuntária de urina pela uretra, canal que conecta a bexiga ao meio externo. Ela pode ser classificada por incontinência de esforço, de urgência e mista. “A perda aos esforços costuma ocorrer como consequência da ruptura dos ligamentos pélvicos que mantêm a uretra em posição. Dessa forma, diante de esforços físicos, como tosse, espirro, corrida, entre outros, a uretra se desloca para baixo e a incontinência ocorre. A perda de urgência está associada a uma condição médica chamada de ‘Bexiga Hiperativa’. Nesses casos, a perda ocorre concomitantemente a uma sensação desconfortável e súbita de urinar, que é difícil de controlar (chamada de urgência miccional). A bexiga hiperativa pode estar relacionada ao processo de envelhecimento, à deficiência de hormônios, por exemplo, após a menopausa, e também pode ser classificada como idiopática (sem causa definida)”, explica o chefe do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Márcio Averbeck. Ainda segundo o Dr. Averbeck, estima-se que 18% da população brasileira apresente sintomas compatíveis com bexiga hiperativa. Outro dado aponta que cerca de 35% das mulheres após a menopausa irão desenvolver incontinência urinária e até 40% das mulheres também podem apresentar perda involuntária de urina em algum momento ao longo da gestação ou logo após o parto.

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“Entre os homens, estima-se que até 5% a 10% dos pacientes irão apresentar incontinência urinária persistente um ano após a realização de prostatectomia radical (cirurgia para o tratamento dos tumores de próstata)”, comenta o Dr. Averbeck.

AVALIAÇÃO MÉDICA E TRATAMENTO A incontinência urinária é um problema crônico, mas também pode ser um sinal de outras patologias, como, por exemplo, infecção urinária, pedras ou tumores na bexiga, prolapso de órgãos pélvicos (bexiga caída), problemas neurológicos, entre outros, portanto, a avaliação médica é imprescindível para que se chegue ao diagnóstico da doença. Além disso, segundo o Dr. Averbeck, há evidências sugerindo que a incontinência urinária e os sintomas do trato urinário inferior possam ser mais frequentes em indivíduos com obesidade, diabetes e em fumantes. “A incontinência urinária pode acometer indivíduos de diversas faixas etárias, incluindo crianças, adultos e idosos. Entretanto, ela é muito mais comum em idosos. O processo de envelhecimento, a menopausa (em mulheres), o aumento da próstata (em homens) e outras doenças crônicas podem estar relacionados ao surgimento da incontinência urinária na terceira idade”, explica. Com o passar dos anos, há uma tendência de alterações na estrutura da bexiga e dos ligamentos que mantêm os órgãos pélvicos em posição. Essas alterações podem predispor à incontinência urinária. A boa notícia é que é possível tratar o problema. Segundo o Dr. Averbeck, o tratamento inicial é o conservador, que inclui exercícios do assoalho pélvico e o uso de medicamentos. FOTO: SHUTTERSTOCK

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Especial Idosos

MIX

Discrição desde os primeiros momentos

MANTER UMA EQUIPE DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS, ENTENDER AS INFORMAÇÕES DESCRITAS NAS EMBALAGENS E DISPOR DE MATERIAIS DE APOIO SÃO ALGUMAS DAS AÇÕES QUE TÊM COMO OBJETIVO AUXILIAR O PROCESSO DE ACEITAÇÃO DAS FRALDAS DESCARTÁVEIS PARA ADULTOS

A

POR VIVIAN LOURENÇO

A população brasileira está envelhecendo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030, o número de idosos já será maior do que o de crianças até 14 anos. Graças aos avanços na medicina e aos cuidados mais frequentes com a saúde, o idoso tem se tornado cada vez mais ativo em uma sociedade que ainda não está adaptada para recebê-lo. Ter de usar produtos da categoria adult care (ou descartável adulto) pode causar certa vergonha no consumidor. E é papel das farmácias e drogarias proporcionar o melhor atendimento a esse shopper. A coordenadora farmacêutica da Ultrafarma, Marcela N. Silva Oliveira, explica que, assim como os demais clientes, o atendimento desse público deve ser realizado com muito respeito e atenção. Deve haver também um cuidado especial e tratar com naturalidade, se atentando às necessidades fí-

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sicas do paciente, sem causar constrangimento. “Devemos entender que pode haver um estado de carência e fragilidade envolvido, pelo qual qualquer um poderá passar.” Essa categoria terá um crescimento muito grande nos próximos anos. “Não chame mais de fraldas geriátricas adulto porque é uma denominação antiga e ‘pejorativa’. Isso se deve ao fato de muitos adultos que não estão na idade geriátrica usarem em virtude de ter efetuado cirurgias para próstata, de hemorroidas e outras, além dos demais usos mais corriqueiros, como incontinência urinária e fecal”, explica a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso.

RENTABILIDADE DA CATEGORIA De acordo com a marca Plenitud, da Kimberly-Clark, o adult care é uma categoria que está em constante crescimento e que possui grande potencial de mercado no Brasil. FOTO: FELIPE MARIANO

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 10 milhões de brasileiros possuem disfunções do trato urinário, sendo mais frequente em mulheres. As causas mais comuns são pós-operatório, obesidade, genética, envelhecimento, gestação ou até mesmo a prática de esportes. Além disso, pesquisas indicam que cerca de 66% das pessoas que têm incontinência urinária possuem vida ativa. “O envelhecimento da população brasileira está criando uma oportunidade interessante para o mercado de descartáveis adultos e o sortimento deve proporcionar ainda mais qualidade de vida para este público, que necessita de cuidados especiais”, explica a diretora de marketing de Bigfral, Jurema Aguiar. Ela complementa dizendo que o principal objetivo é fazer com que as pessoas sintam na pele o que é ser idoso na nossa sociedade e se sensibilizem para as dificuldades e sensações experimentadas por eles em situações cotidianas. Algumas coisas podem parecer fáceis de executar, como descer escadas, fazer compras no supermercado ou pegar um ônibus, mas com o uso da roupa, os participantes podem sentir toda a dificuldade e mudar a forma como veem e tratam esse público.

ATENDIMENTO DIFERENCIADO De acordo com Silvia, hoje há em muitas farmácias uma categoria arrumada na gôndola com o título Descartável Adulto. Nela, há desde calcinhas e cuecas até as fraldas. Quando o cliente já usa, ele próprio se serve. Quando ainda, muitas vezes procura ajuda no balcão para saber qual é a mais adequada e acaba sabendo que há opções mais interessantes, como as cuecas ou calcinhas. Além disso, Silvia aponta que, no caso de o consumidor ter mais de 60 anos e receituário para fraldas, pode usufruir da Farmácia Popular e receber de “graça”. Para que o benefício seja liberado, é preciso apresentar uma receita médica de um profissional da rede pública ou privada e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do paciente no momento da compra.

O QUE O MERCADO OFERECE Atualmente, o mercado oferece produtos, como absorventes geriátricos, fraldas descartáveis, roupa íntima. Existe ainda protetor de cama descartável. “O idoso deve escolher o produto que mais se adapta à sua necessidade e que possibilite conforto e segurança a fim de melhorar sua autoestima e confiança”, declara Marcela, da Ultrafarma.

ASSIM COMO OS DEMAIS CLIENTES, O ATENDIMENTO DESSE PÚBLICO DEVE SER REALIZADO COM MUITO RESPEITO E ATENÇÃO. DEVE HAVER TAMBÉM UM CUIDADO ESPECIAL E TRATAR COM NATURALIDADE, SE ATENTANDO ÀS NECESSIDADES FÍSICAS DO PACIENTE, SEM CAUSAR CONSTRANGIMENTO Segundo a diretora de marketing da Bigfral, o segmento de fraldas geriátricas continua crescendo em números absolutos em volume e valor por ser uma solução que oferece maior segurança, performance e a melhor relação custo-benefício para o uso contínuo, direcionado para pessoas com incontinência moderada à severa. Já as roupas íntimas descartáveis têm um custo em média 54% acima das fraldas, o que as torna pouco acessíveis à maior parte da população, sendo um produto de uso eventual por pessoas com incontinência moderada. E por fim, o absorvente para incontinência, desenvolvido para pessoas com incontinência leve à moderada. É muito importante que o consumidor saiba que existem diferentes tipos de produtos para cada necessidade de incontinência e que cada um deles foi desenvolvido a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas, para então poder avaliar qual produto se adapta melhor à sua necessidade. Os profissionais devem escutar o cliente para entender a realidade do problema antes de fazer qualquer sugestão. O tipo de incontinência, volume de urina, atividades cotidianas da pessoa, ambientes que ela frequenta, etc. Depois disso, devem guiar o comprador recomendando o tipo de produto ideal para cada necessidade. 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Idosos

FIX A DO RES DE DENTADURAS

Sorriso

seguro O USO DE PRÓTESE DENTÁRIA NÃO É BEM-VISTO POR BOA PARTE DA POPULAÇÃO. AS PESSOAS SENTEM VERGONHA E, MUITAS VEZES, NÃO COMPRAM PRODUTOS QUE AUXILIAM NA FIXAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO

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P O R K AT H LEN R A M OS E TA SSI A RO C H A

O sorriso é o cartão de visita das pessoas saudáveis, já diria o ditado popular. Ter dentes brancos e bonitos é uma das maiores preocupações dos brasileiros, tanto que o consumo de produtos de oral care aumentou nos últimos anos. Segundo dados da Oral-B, no sortimento de cuidados dentários, hoje, os produto mais repre-

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sentativos no faturamento da categoria são os cremes dentais, com 48%; seguidos das escovas manuais (27%); antissépticos (17%); fio dental (5%); white strips (2%); e produtos para assepsia de dentaduras (1%). Ainda segundo a empresa, as farmácias, drogarias e perfumarias são responsáveis por 24% FOTOS: SHUTTERSTOCK

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número de usuários. O ponto de venda (PDV) precisa estar preparado e disponibilizar todos os itens.

NOVO NICHO Além dos fixadores, existem também os limpadores específicos para a manutenção. As dentaduras são mais macias do que os dentes e escová-las com creme dental pode arranhá-las. O consumidor não consegue ver os arranhões microscópicos, mas eles criam condições ideais para o crescimento de bactérias que podem causar irritações ou mau hálito. A maior concentração de usuários de prótese parcial e total está acima dos 45 anos de idade. Hoje, no Brasil, existem mais de 44 milhões de usuários de prótese dentária (dentadura) que podem ser totais ou parciais. A categoria de fixadores é bastante rentável no PDV, uma vez que todos os usuários utilizam, ou vão precisar usar, o produto. Oferecer variedade e preços compatíveis ao mercado fideliza os clientes. Segundo o gerente de Algasiv, Mauricio Zotarelli, o mercado obteve um grande salto nos últimos cinco anos, alcançando um crescimento de, aproximadamente, 65% de 2009 a 2013, numa média de 14% ao ano, indo de pouco mais de 3,6 milhões de unidades para 6 milhões. Mensalmente, esse segmento movimenta quase 500 mil unidades. “A exposição dos produtos do segmento de fixadores de dentadura costuma estar associada aos de cuidados bucais. Dessa forma, encontram-se próximos a cremes, escovas dentais e enxaguantes bucais”, completa.

ORIENTAÇÃO DE USO

das vendas da categoria (o grande varejo representa 40% das vendas e o pequeno varejo, 36%). “Atualmente, 31% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), usa algum tipo de prótese dentária. O objetivo é mostrar que elas não podem ser uma barreira para uma vida plena”, comenta o diretor de marketing da GSK, Luiz Couto. Por isso, a indústria dessa categoria vem se desenvolvendo cada vez mais, oferecendo produtos de qualidade que promovem segurança e bem-estar aos usuários. É possível encontrar soluções em cremes, películas, pós e fitas adesivas. As diversas opções garantem uma aceitação de um maior

O fixador de dentadura, quando utilizado pela primeira vez, deve ser aplicado em uma pequena quantidade. O excesso de adesivo pode causar transbordamento, neste caso, recomende ao consumidor aplicar menos da próxima vez. Podem ser necessárias algumas tentativas para ajustar a quantidade adequada de adesivo para a prótese. O consumidor deve aplicar uma vez ao dia para garantir adesão. Se for preciso, aplicar mais e procurar orientação do dentista. Além disso, próteses mal adaptadas podem ser prejudiciais à saúde. A ingestão de pequenas quantidades do produto, se usado conforme o recomendado, pode ocorrer, mas não apresenta riscos. As empresas do setor recomendam que o consumidor lave e seque a prótese dental, depois aplique o fixa2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Idosos

FIX A DO RES DE DENTADURAS

UTILIZAÇÃO CORRETA Alguns erros podem acontecer durante o uso dos fixadores. Oriente o consumidor de forma simples o que é, ou não, permitido durante a aplicação: • Não usar o produto mais de uma vez ao dia. • Não utilizar uma quantidade grande na primeira vez. Pode levar algum tempo até encontrar a quantidade apropriada ao consumidor. • Não usar o produto em excesso para dentaduras mal ajustadas. Não há nenhum benefício na fixação ao aplicar mais produto que o indicado. • Encostar o bico da bisnaga sobre uma dentadura molhada pode entupir a saída. Manter o bico da bisnaga seco e fechar para evitar entupimentos. • Para ajudar na limpeza das gengivas, utilizar uma escova de dente macia e água morna. • Consultar o dentista regularmente para garantir o formato adequado das dentaduras. O farmacista deve estar ciente de que, quando o consumidor começa a utilizar uma prótese dentária, ele passa por uma série de adaptações, desde gengiva, língua e músculos faciais, até como se alimentar e falar, por isso, o uso de fixadores se faz necessário.

dor não muito perto das bordas, enxague e coloque corretamente na boca. Feito isso, informe ao cliente para que pressione firmemente e morda por alguns segundos. Já para remover a prótese, a empresa Corega aconselha que o consumidor faça um bochecho com água e remova-a lentamente, movimentando para frente e para trás. Depois, retirar os resíduos do produto da prótese e da boca com auxílio de água morna e uma escova macia. 130

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Especial Idosos

BELEZA

Presente em todas as fases da vida

A POPULAÇÃO MUNDIAL ESTÁ VIVENDO CADA VEZ MAIS, FRUTO DOS AVANÇOS NA MEDICINA E NA QUALIDADE DE VIDA. COM ISSO, O DESEJO DE SE SENTIR MELHOR A CADA DIA AUMENTA E OS CUIDADOS COM A APARÊNCIA SE TORNAM MAIS EM EVIDÊNCIA

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POR VIVIAN LOURENÇO

Eles já são mais de 20 milhões, somente no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O País, que em 2000 tinha apenas 8% da população idosa, em 2025, deve ter quase um quarto da população acima de 60 anos de idade. Eles não se contentam apenas em curtir a aposentadoria, os bailes ou as viagens; eles querem se sentir mais jovens e bonitos, afinal, esperar a morte sentado não é mais realidade. A convi-

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vência com os jovens vem impulsionando os cuidados com a saúde, que são refletidos em qualidade de vida, bem-estar e jovialidade. Foi-se o tempo em que a terceira idade (ou melhor idade, como eles costumam chamar) estava praticamente excluída da sociedade e não se envolvia em atividades sociais ou consumia produtos para os cuidados pessoais. A expectativa de vida no Brasil teve um aumento de 17,9% entre os anos de 1980 e 2013, passando de FOTOS: SHUTTERSTOCK

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62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Atualmente, com os avanços na medicina, a sobrevida é maior, a qualidade de vida melhor e, por uma mudança de paradigma, as pessoas estão se sentindo mais jovens, permitindo-se curtir a vida, valorizando a saúde e a beleza, investindo em si mesmas, complementa a psicóloga clínica e psicoterapeuta, Dra. Triana Portal. É claro que varia de pessoa para pessoa, mas, de uma forma geral, os idosos estão mais ativos, extrovertidos, abertos para o mundo e às novidades de toda ordem, tecnológicas, culturais, amorosas, etc. Há homens sendo pais após os 60 anos de idade, mulheres se apaixonando, engravidando perto dos 50 anos, casais engatando novas relações na terceira idade, seja por separação ou viuvez. A tônica é que nunca é tarde para começar ou recomeçar. Esse novo panorama na sociedade é fruto das mudanças de rotina das pessoas, de acordo com o dermatologista, pediatra e sócio da B2 Saúde, Dr. Roberto Vignoli. A população brasileira está cada vez mais subindo de classe e convivendo com doenças e situações que antes não existiam. “As pessoas estão vivendo mais e, com isto, mudando seus hábitos. Por exemplo: as academias viraram um reduto dos idosos, para os cuidados com a terceira idade”, destaca o Dr. Vignoli. E nesse sentido, a beleza se torna uma grande preocupação desse grupo. Afinal, além de chegar à maturidade com saúde, eles querem se sentir mais jovens e bonitos. Por isso é que a indústria investe cada vez mais em produtos para esse público-alvo, que é exigente.

BUSCA PELA BELEZA Para muitos idosos, o envelhecimento representa uma descoberta de um “eu” que estava escondido, sufocado pelas obrigações sociais, especialmente as mulheres, no papel de mãe e de esposa, que veem na maturidade a oportunidade de ser elas mesmas pela primeira vez. Para a dermatologista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, Dra. Mônica Aribi, em geral, as pessoas buscam ter uma aparência melhor, mesmo as que se apegam a outros valores querem ter uma aparência digna. Nem sempre querem parecer anos mais novas. Muitos querem aparentar a idade que têm, porém

AS MULHERES SÃO MAIS VAIDOSAS E TENDEM A SE CUIDAR MAIS. NO ENTANTO, OS HOMENS VÊM AUMENTANDO SIGNIFICATIVAMENTE SEU INTERESSE POR CUIDADOS PESSOAIS PELA APARÊNCIA, POR MANTEREM-SE JOVENS E BONITOS com uma imagem positiva. “Todos são vaidosos. Eu tenho paciente com mais de 80 anos que sempre procura tratamentos para se sentir melhor”, destaca. E os artifícios usados para conseguir a jovialidade são muitos. Entre eles, o Dr. Vignoli destaca que, com essa necessidade do culto à beleza, cada vez mais pessoas estão recorrendo às cirurgias estéticas, atividades físicas e cuidando da alimentação. “Chega uma idade em que a pessoa precisa ter maior atenção ao que come; o idoso vira quase um bebê invertido.” Entre as maiores preocupações dos idosos quando o assunto é beleza, a Dra. Triana destaca as rugas, os cabelos brancos e a calvície. “Sempre preocuparam muito e acredito que continuam ocupando o topo da lista. Além disso, hoje, o cuidado com os dentes, as próteses de melhor qualidade, os implantes e outros recursos para que se tenha não só boa saúde bucal, mas aparência também, têm sido priorizados.” Outro cuidado que a terceira idade apresenta é com a pele, já que vivemos em um país tropical. “Há um aumento considerável no uso de protetores solares e filtros específicos”, completa o Dr. Vignoli. Outro fator importante que o dermatologista, pediatra e sócio da B2 Saúde observa são os cuidados com a postura, que é uma das coisas que mais mudam com a idade. Para a psicóloga, os idosos procuram manter a forma física, não engordar ou emagrecer muito, vão à academia de ginástica, alguns têm ‘personal trainers’ ou fisioterapeutas que ajudam para a independência funcional. Frequentam salões de beleza para tingir, fazer penteados − antigamente se limitavam a um corte de 2015 JUNHO GUIA DA FARMÁCIA

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Especial Idosos

BELEZA

ORIENTE OS CONSUMIDORES SOBRE A ROTINA DE CUIDADOS COM A PELE

Lavar

Tonificar

Hidratar

Aplicar filtro solar

Devem investir em: hidratantes e cremes mais oleosos, pois possuem a pele muito seca.

Devem evitar: produtos muito agressivos, como ácidos muito fortes. Isso se deve ao fato da pele do idoso já estar sem proteção sebácea, então fica muito sensível a tratamentos mais fortes, como ácidos.

Produtos mais consumidos: Cremes, em geral, hidratantes.

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BENEFÍCIOS À CONSUMIDORA

• Inovação: 93% das consumidoras* declaram o lançamento de Risqué como sendo mais moderno, sofisticado e de alta qualidade. • Alta Performance: Fórmula hipoalergênica e pincel de aplicação perfeita. *Fonte: Pesquisa EyeTracking 2012

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Especial Idosos

BELEZA

cabelo −, também usam serviços de manicures, pedicures, podólogos, alguns fazem tratamentos estéticos rejuvenescedores e até cirurgias plásticas. Para ajudar a manter a beleza, a Dra. Triana observa que esse público usa cada vez mais produtos de beleza e nutricosméticos; entre os itens mais procurados, estão filtros solares, hidratantes, cremes anti-idade, maquiagem, tinturas de cabelo, xampus específicos para cabelos maduros, grisalhos ou antiqueda, produtos para peles sensíveis, hipoalergênicos.

VAIDADE MASCULINA E FEMININA Apesar do número significativo de homens pensando na qualidade de vida e consequentemente na beleza, o Dr. Vignoli diz que as mulheres ainda são maioria quando o assunto é a estética. Em geral, a Dra. Triana diz que as mulheres são mais vaidosas e tendem a se cuidar mais, manter-se mais arrumadas e recorrer a mais recursos para minimizar as marcas da idade, principalmente nos tempos atuais em que a beleza e juventude são extremamente valorizadas. No entanto, os homens vêm aumentando significativamente seu interesse por cuidados pessoais, pela aparência, por manterem-se jovens e bonitos; já recorrem a procedimentos estéticos e is136

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to tudo é muito positivo, aumentando não só a autoestima, qualidade de vida, mas a qualidade das relações sociais e afetivas, que impulsionam para a vida e dão motivação. “Quanto mais precoce for o cuidado, melhor o resultado. Então, desde cedo, é recomendado usar filtro solar, e a partir dos 25, 30 anos, começam as preocupações e os cuidados com a produção de colágeno, com as manchas, etc.”, complementa a Dra. Mônica. Porém, a psicóloga Dra. Triana alerta que nem todos são vaidosos e muitos deixam de ser, já que a vaidade pode diminuir se existirem preocupações com doenças e perdas significativas, a vida vai ficando mais triste e a pessoa pode não se importar mais tanto com a vaidade. “Vaidade, geralmente, anda junto com felicidade, saúde; se o idoso está vivendo um bom momento, envelhecendo com qualidade de vida, certamente sua vaidade não diminuirá.” O idoso muitas vezes consome da forma denominada de consumo compensatório. É uma maneira de autorrecompensa pelos sacrifícios e economias que tiveram de fazer durante a vida enquanto tinham de trabalhar duro e criar os filhos. Nesse tipo de consumo, as pessoas se importam menos com o fator preço em suas decisões e mais com a satisfação proporcionada.

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Especial Idosos

CABELOS

Preocupação

constante

MANTER AS MADEIXAS BEM CUIDADAS É UMA FIXAÇÃO DOS BRASILEIROS. OS FIOS SÃO CONSIDERADOS A MOLDURA DO ROSTO E PODEM REVELAR A JOVIALIDADE OU, SE NÃO FOREM TINGIDOS OU TRATADOS, PODEM ENVELHECER A PESSOA P O R V I VI A N LO U R ENÇ O

N

Não basta apenas cuidar de rugas, manchas, flacidez ou quilos a mais. Um fio branco aparente já pode ser o responsável por revelar a idade de qualquer um, tanto de homens, como de mulheres. Isso faz com que os cabelos estejam na lista de prioridades quando o assunto são os cuidados pessoais e a beleza. E o mercado investe em produtos para coloração dos fios e agentes que garantem o rejuvenescimento dos fios. A marca Koleston encomendou uma pesquisa ao Instituto QualiBest sobre os hábitos das brasileiras nesse quesito. Ao todo, foram realizadas 819 entrevistas. A maioria delas afirmou colorir os

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cabelos (62%). E quando perguntadas sobre a relevância da cor, 86% veem mais importância em ter a cor dos cabelos em dia do que o corpo em forma (78%), ou mesmo o look da moda (49%). Mais da metade (59%) ainda afirmou que se sente descuidada antes de retocar a cor dos cabelos e 76% declararam que as outras pessoas notam sempre, ou quase sempre, a diferença quando elas colorem os fios. Noventa e cinco por cento das entrevistadas desejariam que sua coloração pudesse trazer um item adicional para reativar a cor dos cabelos no período entre uma coloração e outra. FOTO: SHUTTERSTOCK

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O QUE ACONTECE COM OS FIOS AO LONGO DOS ANOS? Com o passar do tempo, as células que produzem melanina envelhecem e podem perder a capacidade de gerar fios coloridos, dando espaço aos brancos. Contudo, a falta de melanina não é sinônimo de fragilidade: os fios brancos são tão saudáveis quanto os de coloração normal. Aliás, possuem textura mais grossa, muita queratina e mais camadas cuticulares que um fio natural. Além disso, os mesmos agentes externos que podem ressecar e causar danos à pele (vento, sol, cloro, calor, frio, poluição, etc.) agem negativamente nos fios, deixando-os com um aspecto ressecado e não saudável. Ações mecânicas, como secar o cabelo com secador e usar prancha modeladora em excesso, também podem prejudicar os fios. “Se uma pessoa passa a vida inteira sem modificar a estrutura dos fios e sem submetê-los a processos químicos, os agentes externos e ações mecânicas do cotidiano são os únicos fatores que podem alterar sua saúde”, explica a diretora de marketing de BIOCOLOR e BIOCOLOR Homem, Daniella Brilha. Mas os processos químicos não são mais como antes. Com o passar dos anos, a indústria de beleza incorporou aos seus produtos ingredientes que auxiliam no combate às agressões e ao envelhecimento do fio. Atualmente, é possível encontrar agentes condicionantes, antiaging, proteção Ultravioleta (UV), entre outros ativos nos produtos oferecidos, que retardam os danos, unindo tratamento e cuidado à transformação. Segundo o Pantene Institute, não é apenas a cor grisalha que indica o envelhecimento dos fios, mas também maior quebra, diminuição da densidade, diminuição do diâmetro, ressecamento, maior fragilidade e maior propensão aos danos.

PREOCUPAÇÃO CONSTANTE Para a mulher brasileira, o cabelo é sua identidade. Revela muito de sua personalidade e é o maior símbolo de sua feminilidade. Logo, qualquer transformação em seus fios que esteja prejudicando sua imagem é sentida de forma intensa. O envelhecimento dos fios com o surgimento do cabelo grisalho, na maioria das vezes, é visto pela mulher como um problema, algo que faz com que sua autoconfiança e autoestima sejam diminuídas. É por meio dos cabelos que ela se revela e apresenta para a sociedade. Por isso, tanto cuidado e real 140

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A CONSUMIDORA BUSCA CADA VEZ MAIS O CANAL FARMA PARA FAZER A COMPRA DOS SEUS PRODUTOS DE HIGIENE E BELEZA. É LÁ QUE ELA PROCURA PELA INOVAÇÃO, QUE É INERENTE A ESSA CATEGORIA necessidade de estar sempre os transformando para se sentir mais bonita. Segundo pesquisas* da P&G, as mulheres são capazes de “quase tudo” para ter o cabelo perfeito. Em nome de um ideal de beleza, elas chegam a sacrificar a saúde dos fios, submetendo-os a rotinas torturantes, e até abrem mão do próprio tempo de lazer ou descanso, se a garantia for conquistar um visual dos sonhos. A pesquisa constatou que 64% das brasileiras costumam se atrasar para um compromisso por levarem mais tempo arrumando os cabelos. De modo geral, elas também estão dispostas a acordar mais cedo para ter tempo suficiente para arrumar o cabelo – 38% das brasileiras abrem mão do sono em troca de um cabelo perfeito. “Os fios não sofrem apenas com os excessos de químicas, escovas e chapinhas. Agentes externos, como vento, sol, água e excesso de cloro, também são fatores sensibilizantes, deixando-os vulneráveis e suscetíveis a pontas duplas, rupturas e quebra. Por isso, é muito importante o tratamento constante com hidratações e a escolha por tratamentos diários enriquecidos com óleos e vitaminas”, esclarece a técnica da Embelleze, Daniele Nascimento.

CAUSAS DE UM CABELO BRANCO As causas para cabelos brancos podem ser várias. Estresse, ansiedade, genética, enfermidades, idade. Portanto, é impossível precisar o que torna um fio branco e em que idade isto pode acontecer. O mais usual, porém, é que, com o passar dos anos, as células que produzem melanina envelhe*Estudo realizado, em 2012, conduzido pelo Pantene Institute.

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cem e podem perder a capacidade de gerar fios coloridos, dando espaço aos brancos. Isso pode acontecer aos 25, 40 ou 60 anos – ou até mesmo nunca acontecer, em casos raros. Acredita-se que a cor grisalha, em grande parte, seja pelo estresse oxidativo sofrido pelas células que pigmentam os fios. Isso porque em todo o organismo, com o passar dos anos, a capacidade de eliminar toxinas torna-se menor. Assim, produtos anti-idade, especialmente ricos em antioxidantes, são capazes de adiar o surgimento de fios brancos e grisalhos e prolongar a cor dos fios, mantendo-os com brilho. O envelhecimento do cabelo está diretamente ligado à idade biológica, entretanto, alterações hormonais ou fatores externos, como tabagismo, alcoolismo, deficiências nutricionais, podem acelerar este processo, complementa o Pantene Institute. Há ainda uma constatação de que os cabelos se tornam finos e menos volumosos com o passar do tempo, portanto, o enfraquecimento do cabelo é um processo natural, também relacionado à idade, que resulta na escassez de cabelo. À medida que as mulheres envelhecem, elas vão cultivando fibras de cabelo mais fracas e em menor quantidade e parte disto é causada por mudanças hormonais. O cabelo pode parecer mais fino e o couro cabeludo pode se tornar mais visível. A diminuição de cabelo pode ser ligada às três ocorrências seguintes, segundo o Pantene Institute: Maior dano: o cabelo quebra depois de ser enfraquecido com o desgaste normal, modelagens agressivas ou tratamentos químicos. Diminuição da densidade: o número de fibras capilares que crescem no couro cabeludo diminui progressivamente com a idade. Diminuição do diâmetro: geralmente, a grossura das fibras começa a diminuir em torno dos 40 anos. Isso faz o cabelo parecer mais fino e se tornar mais sujeito a danos e quebra. Além desses fatores, Daniele complementa explicando que os melanócitos, células protetoras de melanina, são os responsáveis pela cor dos pelos e pele. Ao longo dos anos, a produção de melanina diminui consideravelmente, o que acelera o surgimento de fios grisalhos. Quanto menos melanina, mais fios brancos.

“Fatores genéticos também colaboram com a antecipação ou o retardo da diminuição de produção de melanina. Portanto, não há uma idade definida. Em função da carga genética, muitas vezes, esse envelhecimentos dos fios acontece precocemente”, ressalta Daniele.

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EXPOSIÇÃO EFICIENTE Como é uma categoria muito procurada, o recomendado é que o varejista ofereça um portfólio completo de cuidados para o cabelo dentro do ponto de venda (PDV), incluindo produtos de tratamento específico como rejuvenescimento dos fios. Além disso, é importante também garantir uma boa visibilidade na loja e oferecer materiais educativos e autoexplicativos que permitem que a consumidora encontre o produto ideal que atenda às necessidades dos seus cabelos. A consumidora busca cada vez mais o canal farma para fazer a compra dos seus produtos de higiene e beleza. É lá que ela procura pela inovação, que é inerente a essa categoria. O ideal é que o varejista amplie a área em sua loja dedicada a essa categoria de produtos, o que certamente levará a um aumento do tíquete médio e também da venda por metro quadrado, orienta o gestor de Maxton, Vinicius Ribeiro. Para expor corretamente esses produtos nas gôndolas, o Pantene Institute recomenda que é necessário que a equipe da farmácia conheça a linha completa e seus benefícios. Na exposição, é importante focar no regime e dar ênfase aos tratamentos, que possuem fórmula mais concentrada, remetendo a uma rotina já conhecida da consumidora com produtos para o cuidado do cabelo. (Passo 1: Xampu; Passo 2: Condicionador; Passo 3: Máscara; Passo 4: Ampolas e/ou outros tratamentos). De forma geral, há pouco espaço para expor o mix completo e a grade de cores. Por conta disso, o sortimento deve ser assertivo e garantir as nuances de alto giro. Como recomendação, a BIOCOLOR sugere que o varejista trabalhe com um mix de nuances focado nas tonalidades mais vendidas na região. De forma geral, os escuros e os castanhos são os preferidos das brasileiras, e são tons de alto giro, mas características regionais devem ser observadas.

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AÇÃO

Iniciativa que salva SOMENTE UMA BOLSA DE SANGUE É CAPAZ DE SALVAR QUATRO VIDAS. NO ENTANTO, NO BRASIL, O NÚMERO DE DOADORES AINDA ESTÁ ABAIXO DO RECOMENDADO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

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POR KATHLEN RAMOS

Receber sangue doado é essencial para pacientes que sofrem de doenças hematológicas ou doentes transplantados e pessoas que necessitam de sangue continuamente para sobreviver. E também àqueles que apresentam uma perda súbita de sangue, em quantidade suficiente para que haja risco de morte, como nos casos de traumas, ferimentos e acidentes automobilísticos. No entanto, apesar da importância, o ato de doação de sangue no Brasil ainda precisa aumentar, e muito, para atingir os índices recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Pode-se dizer que o sangue é uma medicação salvadora de vidas. Mas, no País, menos de 2% da população é doadora, enquanto a recomendação é para que esse índice esteja entre 3% e 5%”, conta o hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue, Dr. Carlos Roberto Jorge. Para ele, boa parte desse baixo índice de doações passa por questões culturais. “Nunca tivemos, por aqui, guerras ou catástrofes nas quais as doações de sangue fossem extremamente necessárias. Assim, nossa luta é diária”, acrescenta.

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Segundo dados da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), entidade que abastece com hemocomponentes todos os hospitais da prefeitura do município de São Paulo e hospitais das regiões do ABC, Jundiaí e Sorocaba, se cada pessoa saudável doasse sangue pelo menos duas vezes ao ano, os hemocentros teriam hemocomponentes suficientes para atender toda a população. E cada bolsa de sangue pode ser suficiente para ajudar diversos casos diferentes. “O material doado pode ser divido em quatro partes, sendo separado por hemácias, plasma, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. Este processo possibilita salvar até quatro vidas”, explica o Dr. Jorge. As hemácias, por exemplo, podem ser armazenadas por 35 dias; as plaquetas (muito requisitadas por pacientes com câncer) podem ser conservadas por apenas cinco dias; e o plasma pode ficar armazenado por até um ano. A doação de sangue engloba um fluxo de processos que se inicia com um cadastro e segue com pré-triagem e triagem clínica, para assim chegar à doação e aumentar a segurança transfusional, segundo explica o diretor de postos de coleta e agências transfusionais da Colsan, FOTOS: SHUTTERSTOCK

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AÇÃO

Cinco passos para o procedimento 1. Cadastro: os interessados em doar sangue devem se dirigir a um hemonúcleo, portando um documento oficial de identidade com foto (RG, carteira profissional, carteira de habilitação, passaporte ou carteira de identidade de órgão de classe). Nesta fase, é preenchida uma ficha com os dados pessoais do candidato, endereço atualizado e forma de contato. 2. Pré-triagem: neste processo, são verificados pressão arterial, pulso, temperatura, peso e hematócrito, que é a percentagem de volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou no volume de sangue da coleta de uma gota, a fim de verificar se o doador tem anemia. 3. Triagem clínica: durante esta etapa, é realizada uma entrevista individual, com caráter de confiabilidade, por um médico ou profissional habilitado com o candidato a doador. Nessa conversa, é importante não esconder doenças que já teve ou aspectos do comportamento sexual e habitual. Só assim é possível avaliar o risco para doenças transmissíveis pelo sangue, diminuindo a chance do candidato à doação estar na “janela imunológica”. 4. Doação: passadas as etapas anteriores e constituindo que o candidato está apto à doação, a coleta de sangue é realizada por profissional habilitado de enfermagem, com material totalmente descartável. O sangue é coletado em uma bolsa plástica estéril, em sistema fechado para esta finalidade, que seguirá para o setor de processamento para fracionamento, e uma amostra do sangue coletada no momento da doação é encaminhada para a realização dos exames laboratoriais obrigatórios. Os hemocomponentes originários da bolsa coletada só serão liberados para a transfusão se os exames sorológicos forem negativos. 5. Lanche: após a doação de sangue, o doador recebe um lanche e é orientado a se hidratar, sendo ainda indicado evitar atividades intensas ou em altura por 12 horas, como andar de bicicleta, carregar peso, manipular grandes veículos, aeronaves ou atividades físicas.

Requisitos para doação • Portar documento oficial de identidade com foto; • Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita antes dos 60 anos. O doador menor de 18 anos acompanhado pelo responsável legal deve levar cópia do documento de identidade de ambos e preencher autorização no momento da doação. Se desacompanhado, levar cópias dos documentos de identidade e o documento de autorização para doação com firma reconhecida em cartório; • Ter peso mínimo de 50 kg; • Estar em boas condições de saúde; • Estar alimentado (mas não poderão ser aceitos candidatos que tenham ingerido refeições volumosas ou ricas em gordura nas últimas três horas); • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas; • Não ter risco acrescido para doenças transmissíveis pelo sangue (usuário de drogas injetáveis e inalatórias, prática de sexo não seguro e vários parceiros sexuais ou ser parceiro sexual de portadores de Aids ou hepatite). Fonte: Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan)

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AÇÃO

DESMISTIFICANDO A DOAÇÃO 1. O volume total de sangue a ser doado não pode exceder 8 mL/kg de peso para as mulheres e 9 mL/kg de peso para os homens. 2. A doação de sangue não engrossa ou afina o sangue. 3. Doando sangue não se ganha ou perde peso. 4. Mulheres podem doar sangue mesmo no período menstrual. 5. Todo o processo de doação de sangue dura cerca de uma hora. 6. Plasma é a parte líquida do sangue e corresponde a cerca de 55% do seu volume. Os outros 45% do volume do sangue são representados pelas células: glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos. 7. De cada 10 candidatos à doação de sangue que comparecem à Fundação Pró-Sangue, oito estão aptos para doar e dois estão temporária ou definitivamente inaptos para doar. 8. Anemia é a principal causa de inaptidão à doação de sangue na Fundação Pró-Sangue. 9. Existem quatro grupos sanguíneos: A, O, B e AB, que são determinados geneticamente. Uma proteína existente nos glóbulos vermelhos do sangue “informa” a qual grupo se pertence. O sangue do grupo A tem proteína A e proteína anti-B. O do grupo B tem proteína B e proteína anti-A. O do grupo AB tem proteína A e proteína B e não tem anti-A nem anti-B. O do grupo O não tem proteína A ou B e tem proteínas anti-A e anti-B. Assim, a proteína anti-B causa reação se o sangue B for transfundido num paciente do grupo A. Do mesmo modo, a proteína anti-A causa reação se sangue A for transfundido num paciente do grupo B. Pacientes do grupo AB podem receber, além do sangue AB, tanto sangue do tipo A, como do tipo B (porém sangue A e B somente em situações de emergência). Ainda em situações de emergência, todos podem receber sangue do tipo O. Todos os grupos, A, B, AB e O, podem ser fator Rh Positivo ou Negativo. Os grupos sanguíneos são, portanto: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-. Fonte: Fundação Pró-Sangue e Banco de Sangue Paulista

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Afonso José Pereira Cortez. “Sem os doadores, não é possível manter o sistema de abastecimento. A triagem é fundamental para garantir que a doação de sangue não traga riscos ao doador ou receptor do hemocomponente doado”, avisa. Após o sangue total ser coletado, o material é submetido a testes sorológicos, que aumentam a segurança transfusional; e, em seguida, é processado, sendo fracionado em hemocomponentes por centrifugação e alguns processos por resfriamento, resultando na produção do concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Ainda seguindo as orientações e obrigações previstas em lei, é realizado o Teste de Ácido Nucleico (NAT), que reduz, em média, de 35 para 12 dias a janela imunológica (período em que o vírus permanece indetectável nos infectados).

FARMÁCIAS PODEM AJUDAR Enquanto agentes de saúde, farmácias e drogarias também podem incentivar a doação de sangue na comunidade do entorno. “Esses estabelecimentos podem ser multiplicadores de conhecimento. Sempre com informações muito próximas dos seus consumidores e clientes sobre as necessidades de muitos deles, podem sempre ter participação mais ativa para estimular campanhas de doação”, opina o Dr. Jorge. As Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, que formam o grupo DPSP, são um exemplo de como essa ação pode ser realizada. As redes inovaram ao criar um aplicativo para o Facebook intitulado “Eu doo sangue”. Com o mote “Que tal doar 15 minutos e salvar 4 vidas?”, a ação tem o objetivo de promover e fortalecer esta causa. “Consideramos fundamental a importância das farmácias abordarem temas como esse, uma vez que as redes de farmácias promovem saúde. É essencial que a importância do ato de doar sangue seja apresentada aos nossos clientes e colaboradores. A orientação é uma grande aliada para aumentarmos o número de doações”, afirma o diretor de marketing da DPSP, Roberto Tamaso. Ao acessar o aplicativo, disponível apenas para computadores, é possível customizar imediatamente a foto do perfil do Facebook com uma das três molduras “Eu doo sangue”. Automaticamente, o doador compartilha e divulga a causa nobre junto aos amigos e seguidores. Somente nas Drogarias São Paulo, neste ano, essa campanha contabilizou 2.200 funcionários doadores. Desde a primeira edição, que é realizada nesta rede há 13 anos e teve a rede social como aliada em 2015, foram realizadas mais de 28.000 doações.

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O Dia da Indústria Farmacêutica Paulista foi celebrado de uma maneira especial neste ano. Cerca de 500 pessoas se reuniram na noite do dia 27 de abril último, em São Paulo, para participar da entrega do Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico a 33 empreendedores e pesquisadores da área. Além de profissionais do setor, o evento contou com a presença do senador da República, José Serra, que fez questão de cumprimentar os presentes. Desde 2009, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) realiza a entrega da honraria, momento que já se tornou tradicional entre os profissionais do setor. O objetivo da homenagem é condecorar personalidades de destaque na prestação de serviços relevan-

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POR FLÁVIA CORBÓ

tes ao setor industrial farmacêutico e às entidades associativas da indústria farmacêutica no Brasil. Para tal, a comenda recebeu o nome de Cândido Fontoura da Silveira, farmacêutico, industrial e membro fundador e primeiro presidente do Sindusfarma. “As cerimônias de outorga do Colar Cândido Fontoura são sempre especiais, repletas de alegrias e fortes emoções, pois nos dão a oportunidade de reencontrarmos companheiros que ajudaram a construir a indústria farmacêutica que hoje temos no Brasil”, disse o presidente do Sindusfarma, Cleiton de Castro Marques, na abertura do evento, que também celebrou o aniversário do 82º ano de fundação da entidade. O executivo falou sobre a atuação do órgão. “Independentemente das dificuldades e dos grandes desafios que temos pela frente, o Sindusfarma estará sempre ao lado da FOTOS: SINDUSFARMA

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OS AGRACIADOS DE 2015 COM O COLAR CÂNDIDO FONTOURA DO MÉRITO INDUSTRIAL FARMACÊUTICO FORAM: Empresários e Executivos Abinel Rocha Cassem Auad Hélio Anastácio Jean Claude Bernard Josimar Henrique da Silva Lotar Dieter Maas Luiz Carlos Borgonovi Ney Osvaldo Silva Filho Rosa Maria Scaravelli Rubens Gimenes Filho Profissionais Alexander Biancardi Elza Anders Saad João Buzone Junior José Carlos Barbério Leila Bartorelli Lourival Del Palacio Marila Ferraz Norberto Rui Rossi Ruy Massakazo Yoshinaga Valter Frederico Schenck Pesquisadores da Área da Saúde Antonio Roberto Chacra

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Antonio Sérgio Petrilli Artur Beltrame Ribeiro Gilberto de Nucci João Batista Calixto Marinella Della Negra Naftale Katz William Habib Chahade Parceiros da Indústria Farmacêutica Alvaro José da Silveira Carlos Edson Shiguematsu Eurico Farias de Sousa Giuseppe Frangioni Jean Daniel Peter Autoridades Senador José Serra Deputado federal Darcísio Perondi Secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Carlos Gadelha Os agraciados na categoria Autoridades não puderam receber a comenda no dia 27 de abril devido a compromissos profissionais; receberão a honraria em data e local a ser definidos.

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EVENTO

A cerimônia foi realizada no Golden

Hall do WTC, em São Paulo

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O senador José Serra compareceu ao evento para cumprimentar a diretoria do Sindusfarma

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O fundador da Emefarma Rio, Eurico Farias de Sousa, foi um dos homenageados no evento

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indústria farmacêutica paulista e brasileira, para que possamos continuar fabricando ‘saúde em caixinhas’.” Após o discurso de abertura, as homenagens foram entregues, divididas nas seguintes categorias: Empresários e Executivos, Profissionais, Parceiros da Indústria Farmacêutica, Autoridades e Pesquisadores da Área da Saúde, sendo esta última a grande novidade da edição. “Queríamos agradecer àqueles que dão uma contribuição inestimável para que possamos desenvolver nosso negócio.” Em nome de todos os homenageados da noite, o empresário e fundador do laboratório Hebron, Josimar Henrique da Silva, foi convidado a fazer uma saudação. No discurso, ele contou um pouco da trajetória que traçou desde a infância simples no interior do Nordeste até se tornar um empreendedor de sucesso. “Este é um dia que coroa esse amor, essa paixão desenfreada que eu tenho pela indústria farmacêutica”, concluiu. Entre os homenageados da noite, também estava o empresário e fundador da Emefarma Rio, Eurico Farias de Sousa, que ficou honrado com a lembrança. “É sinal de um trabalho reconhecido. Fiquei muito feliz. Senti-me até mais jovem, sendo homenageado após os 64 anos de idade.”

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A importância do balconista no dia a dia da farmácia

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Na atualidade, temos, no Brasil, por volta de 72 mil farmácias e um exército de milhares de balconistas e é por meio deles a entrada de todas as vendas dos laboratórios farmacêuticos. Essa é uma profissão que existe basicamente desde o surgimento do comércio. Atualmente, é um profissional fundamental para o negócio e pode ser considerado como um relações públicas entre a farmácia e o cliente. Ele representa os dois lados. Sua capacidade de ouvir e escutar é ponto central para o bom atendimento ao cliente. É o balconista que vai apontar para o dono da farmácia quais produtos

e serviços são mais vendáveis; o que os consumidores pedem como novidade ou não; a percepção dos clientes quanto aos preços dos produtos ou aos serviços oferecidos; a ocorrência de problemas numa venda malsucedida; a qualidade dos produtos e serviços; a limpeza do ponto de venda; o material de divulgação; o controle de estoque; entre tantas outras informações. Tudo isso executado com profissionalismo, competência e seriedade. Por isso, esse profissional precisa ser cada vez mais valorizado pela farmácia e seus respectivos parceiros e fornecedores. Por outro lado, o bal-

conista precisa renovar seus conhecimentos, investindo na sua requalificação profissional. O que não pode faltar a nenhum balconista é o conhecimento técnico sobre os produtos. Participar de palestras sobre vendas, programas de treinamento e reciclagem, normalmente promovidos pelo dono da farmácia e fornecedores, é fundamental. Isso faz parte de uma injeção de ânimo no desenvolvimento do profissional de balcão para enfrentar os desafios impostos a ele durante o dia a dia no atendimento aos clientes no balcão da farmácia.

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N NEXCARE www.nexcare.com.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (SBH) www.sbh.org.br

O ORAL-B www.oralb.com/brazil

P PANTENE www.pantene.com.br

COREGA www.corega.com.br

IMS HEALTH www.imshealth.com

PLENITUD www.vivaplenitud.com.br

INSTITUTO ALZHEIMER BRASIL (IAB) www.institutoalzheimerbrasil.org.br

PROVAR http://provar.org

EMBELLEZE www.institutoembelleze.com EMEFARMA RIO www.emefarmario.com.br E/OU – MRM www.eou-mrm.com.br

INSTITUTO DE ESTUDOS EM VAREJO (IEV) http://iev.net.br

K K&G NEGÓCIOS www.kegsistemas.com.br KOLESTON www.wella.com/retail/ pt-BR/brand/koleston

162

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA (SBEM) www.endocrino.org.br

NS INDÚSTRIA DE APARELHOS MÉDICOS LTDA. www.nsam.com.br

P&G www.pg.com/pt_BR

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) www.ibge.gov.br

SINDUSFARMA-SP www.sindusfarma.org.br

NIELSEN www.nielsen.com

IBEVAR www.ibevar.org.br

E-BIT www.ebit.com.br

SENAC www.senac.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA (SBGG) http://sbgg.org.br

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF) www.cff.org.br

E

S SBD www.sbd.org.br

HOSPITAIS ALBERT EINSTEIN www.einstein.br

C

M MACKENZIE http://portal.mackenzie.br

PUC-RS www.pucrs.br PUC-SP www.pucsp.br

R RIGHT AT HOME BRASIL www.rightathome.com.br

SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA (SBU) www.sbu.org.br SOCIEDADE BRASILEIRA DE VAREJO E CONSUMO (SBVC) www.sbvc.com.br SONICLEAR www.soniclear.com.br

T TRIANA PORTAL PSICÓLOGA CLÍNICA www.trianaportal.com.br

U ULTRAFARMA www.ultrafarma.com.br UNESP www.unesp.br UNIFESP http://unifesp.br

V VANNON www.vannon.com.br VIVASANTÉ www.vivasante.com

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