ano XXii • nº 277 dezembro de 2015
SAÚDE NA AMÉRICA LATINA
O grande problema a ser enfrentado está no envelhecimento da população e na transmissão de doenças que acabam se tornando uma condição crônica. Tema foi destaque em convenção internacional
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EDITORIAL
A pauta dos latino-americanos A América Latina tem sido alvo de discussões para diversos segmentos de forma recorrente. A saúde não poderia ficar de fora. Para isso, o Financial Times organizou uma convenção em Miami, Estados Unidos, no último mês de setembro. Executivos e autoridades do Chile, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Brasil se reuniram durante um dia inteiro no FT Latin America Healthcare and Life Sciences Summit. Durante as apresentações, foi possível notar que as companhias internacionais estão expandindo seus negócios para a América Latina como uma forma de tentar aumentar o acesso da classe média da população à saúde. Os custos pagos pelo sistema público não suprem as necessidades e muitas alternativas apresentadas pelo sistema privado estão crescendo de forma vertiginosa, seja por meio de convênios ou, ainda, de forma mais elaborada, seguros que oferecem uma solução completa ao paciente: consulta médica, exame de diagnóstico, resultado e, por fim, o medicamento, para a garantia de adesão ao tratamento.
DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br)
As apostas da indústria estão voltadas para doenças infecciosas, relacionadas à pobreza e/ou ao estilo de vida e envelhecimento, fatores que requerem medicamentos e tratamentos customizados. Existem muitos desafios e necessidades a ser atendidos, como desenvolvimento e pesquisa de novos fármacos, regulamentação e, principalmente, preço. Acompanhe a reportagem de capa na íntegra e veja o desenrolar dessas discussões. Eu tive o privilégio de cobrir o evento presencialmente, a convite da Merck Consumer. Outro destaque fica por conta da matéria de Gestão e Ponto de Venda. Nelas, você poderá ler sobre a importância do planejamento estratégico, além da ferramenta estratégica que é o calendário sazonal. Chegou a hora de analisar os resultados do ano e aprimorar suas metas, objetivos e missão para 2016. Feliz Natal e um Ano-Novo repleto de bons negócios! Lígia Favoretto Editora-chefe
DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira
EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó
DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues
ESTAGIÁRIA DE REDAÇÃO Carine Pessoas
COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri
EDITOR DE ARTE Junior B. Santos
DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha
ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes
ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Antônio Gambeta e Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira
IMAGEM: SHUTTERSTOCK
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Companhias internacionais estão expandindo seus negócios para a América Latina como uma forma de tentar aumentar o acesso da classe média da população à saúde
ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Claudia Manzzano, Renata Martorelli, Rodrigo Rodrigues, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Assistente de redação Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Gustavo Semblano, Paulo Oliveira, Silvia Osso, Silvio Laban e Tatiana Ferrara Barros IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock
> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.
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SUMÁRIO #277 DEZEMBRO 2015
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E MAIS 6
38 > PANORAMA Como em todos os anos, a diferença abrupta de preços cobrados dos consumidores de farmácias de todo o País volta à tona e os Procons estão na cola de quem age de forma abusiva
46 > CAPA CAPA
As companhias internacionais cada vez mais estão com planos de expandir seus negócios para a América Latina. Em evento, os líderes do mercado apontaram os desafios do sistema que atenderá uma população que tende a viver cada vez mais
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ENTREVISTA
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GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE
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CENÁRIO
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ESPECIAL VERÃO
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PELE
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BELEZA
A crise financeira que afeta as contas do governo federal vai atingir um dos carros-chefe da atual administração na área de saúde: o programa Aqui tem Farmácia Popular. Veja qual o impacto para as farmácias
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EVENTO
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SEMPRE EM DIA
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SERVIÇOS
ARTIGOS
82 > GESTÃO O fim do ano faz com que as empresas tenham de começar o planejamento para 2016. Para isso, é preciso colocar no papel quais as metas, o que deu certo, o que deu errado, o que pode ser melhorado para que novos planos sejam traçados
88 > PONTO DE VENDA Não existe nicho mais sazonal do que o varejo, e saber como usar essa característica, além de planejar bem as ações, resulta em aumento da lucratividade, do tíquete médio do consumidor e garante a fidelização 4
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CONSULTOR JURÍDICO Gustavo Semblano
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> TREINA PDV FARMA Tatiana Ferrara Barros
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RELEVÂNCIA LATINA O Brasil é um dos países mais importantes para os negócios farmacêuticos na América Latina. Diversos laboratórios genuinamente nacionais iniciaram suas operações com exportação. Conheça esse modelo de negócios. 6
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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS
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LIMITE DE PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER MENOR
DIARREIA E DISENTERIA: VOCÊ SABE COMO DIFERENCIÁ-LAS NAS CRIANÇAS?
Para fazer elogios, críticas ou dar sugestões ao Guia da Farmácia, escreva para a redação: Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010 ou ligia@contento.com.br. Queremos saber o que você pensa!
PREOCUPAÇÃO DE TODOS
O aumento de peso da população vem ao encontro de seus péssimos hábitos de vida. É necessário a conscientização. O aumento dos problemas causados pela obesidade é alarmante. Saulo Silveira em resposta à nota Um mal que cresce cada vez mais, postada no Portal do Guia da Farmácia no dia 11/11
APRENDIZADO CONTÍNUO
Excelente informação prestada. A partir de agora, fica mais fácil orientar o cliente a procurar assistência médica. Maria da Penha Rodrigues, em resposta à nota Limite da pressão arterial deve ser menor, postada no Portal do Guia da Farmácia no dia 11/11
CUIDADOS PALIATIVOS QUANDO UTILIZAR GELO, ÁGUA QUENTE OU ANTI-INFLAMATÓRIO TÓPICO?
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Uma ótima explicação. Vivendo e aprendendo sempre. Estela Barbosa, em resposta à nota Diarreia e disenteria: você sabe como diferenciá-las nas crianças?, postada no Portal do Guia da Farmácia no dia 9/11
PERGUNTE E NÓS RESPONDEREMOS!
Se você tem dúvidas ou qualquer tipo de curiosidade sobre o mercado, empresas ou sobre suas atribuições, escreva para nós! Nossos colunistas estão de plantão para atendê-lo na seção Guia da Farmácia Responde. Veja mais na pág. 32.
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ENTREVISTA - GRUPO INTERPLAYERS
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Ousadia e tecnologia GRUPO INTERPLAYERS ANUNCIA AQUISIÇÃO DA SEVEN PDV E LANÇA NOVO APLICATIVO DE BUSCAS POR FARMÁCIAS NO BRASIL
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POR RODRIGO RODRIGUES
Responsável por conectar a indústria farmacêutica com os distribuidores de todo o Brasil e, consequentemente, os varejistas do setor, o Grupo Interplayers anunciou, no último mês de outubro, a aquisição da empresa Seven PDV, líder do segmento de gerenciamento de programas de fidelidade no País, com mais de dez milhões de usuários no território nacional. O valor do negócio é mantido a sete chaves pelos acionistas e pelo presidente do grupo, Arnaldo Sá, mas sabe-se que a Seven chega para implementar o portfólio de serviços da Interplayers, que conta atualmente com seis empresas do setor de soluções e serviços do setor farmacêutico. Com apenas três funcionários, em 2001, a empresa começou prestando consultoria de modelos farmacêuticos na virada do real e na época da introdução dos genéricos no País. Porém, hoje, conta com mais de 700 funcionários e um portfólio de serviços bastante amplo. Eles englobam não apenas soluções tecnológicas e de logísticas para varejistas e distribuidores, mas também serviços de ações de marketing e merchandising nos pontos de venda (PDVs) e, agora, gerenciamento de programas de fidelidade. A cada dois anos, as empresas do Grupo movimentam mais de R$ 20 bilhões em vendas, conectando em torno de 59 mil farmácias de todo o País com 351 centros de distribuição espalhados pelo território nacional. Junto com a aquisição da Seven PDV, o Grupo Interplayers apresentou ao mercado um novo aplicativo de celular chamado GoPharma, que promete encurtar a distância dos compradores com os PDVs do País, efetivando as compras e integrando toda a cadeia de serviços das empresas pertencentes à joint venture.
Sobre o novo aplicativo e o passo ousado da empresa na aquisição da Seven PDV neste momento de crise no País, o Guia da Farmácia foi ouvir pessoalmente o presidente do grupo, Arnaldo Sá. Guia da Farmácia • De que forma a compra da Seven PDV vai ajudar no trabalho que o Grupo Interplayers já desenvolve na área de tecnologia e serviços prestados ao setor? Arnaldo Sá • A Seven PDV é uma grande aquisição. Ela dará continuidade a um trabalho que já estamos desenvolvendo há muitos anos. É uma empresa que entra como uma unidade de negócio do Grupo que fecha o que chamamos de looping (círculo, cadeia, em inglês). Nosso trabalho inicial começou pela cadeia fármaco. Ou seja, integrando a indústria, o distribuidor e o varejo, para que ambos tivessem maior acesso aos produtos vendidos aos consumidores finais. Nós trabalhávamos ruptura de produtos, melhora de acesso das ações da indústria no PDV, utilização de infraestrutura e distribuidores sempre como parceiros. Porém, após a entrada de um fundo de investimentos entre nós, entendemos que o trabalho seria mais efetivo e replicado em outras cadeias de valor, como na hospitalar, veterinária, vacinas e oncologia. Isso significa que, para integrar mais efetivamente as estratégias da indústria até a ponta final, faltava nesse círculo incluir o paciente e o consumidor. Por isso, começamos as conversas com a Seven PDV para incorporar o serviço deles ao nosso portfólio, fechando finalmente essa cadeia e incluindo o shopper nas estratégias de ação e planos. Guia • A expertise do Grupo Interplayers sempre foi de oferecer plataformas tecnológicas e soluções de softwares para ajudar no gerenciamento do setor. Trabalhar com o shopper diretamente não é um passo arriscado? Sá • Sem dúvida. Mas por isso que nós optamos pela Seven PDV. A empresa é a líder do setor no gerenciamento 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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desse tipo de serviço. Eles entendem muito os hábitos e intenções de compra dos consumidores brasileiros. Então, é uma das aquisições mais importantes que fizemos nesses últimos tempos. A entrada deles só melhora as nossas soluções. Nós desenhamos um modelo de negócio novo, que habitualmente se chama de marketplace no mundo inteiro. A ideia é reunir num mesmo local ou portfólio todos os serviços de um segmento. Guia • Como se dá esse plano de marketplace que vocês realizam? Sá • É um grande shopping virtual de serviços com várias empresas, que abrangem os vários braços de um mesmo segmento ou setor. São serviços, plataformas e soluções que temos, que montam um modelo de distribuição com maior efetividade para as estratégias da indústria farmacêutica, junto a distribuidores e varejistas. A proposta é elevar a efetividade das vendas e também garantir satisfação do shopper e do varejista. A Seven faz uma parte importante nesse trabalho, dando visibilidade, inclusive, à nossa mais nova solução, que é o GoPharma, o aplicativo que vai facilitar o acesso do comprador às lojas integradas no sistema. Guia • A ideia desse aplicativo é de fato interessante. Mas em que o GoPharma se diferencia de outros aplicativos como Foursquare, por exemplo? Sá • É um aplicativo em que o comprador localiza as farmácias que estão mais próximas a ele, por meio de um sistema de georeferenciamento. Mas não só isso. A ideia é que ele evolua também para serviços. Ou seja, não vai só usar o rastreador, que mostra apenas onde estão as farmácias mais próximas. É preciso mostrar quais são as farmácias 24 horas, por exemplo. Porque o consumidor precisa desse serviço quando está numa emergência, fora do horário comercial, de madrugada. No fim de semana em que a família vai para o interior, por exemplo, é preciso saber as farmácias que estão de plantão naquele dia. Também é preciso agregar serviços de assistência farmacêutica, de vacinas, delivery, etc. Guia • Por que essa diferenciação? Sá • O usuário tem de saber a localização da farmácia, depois um segundo filtro de localização de funcionamento, seguido de serviços que o varejista oferece naquela loja. O sujeito que precisa de um curativo, por exemplo, tem de saber que, naquele horário, tal farmácia, em tal endereço está funcionando e tem o serviço de que ele precisa. A ideia, inclusive, é que os programas da Seven PDV também estejam aportados no GoPharma, para melhorar a busca do paciente pelo medicamento de que ele necessita e usar o programa de fidelidade de que ele é sócio. 12
Guia • Mas um aplicativo para ser popular é preciso massificação. Haverá uma estratégia de marketing para popularizar o uso desse aplicativo entre os brasileiros? Sá • Os primeiros passos são por meio dos nossos parceiros. Nós, hoje, temos uma estratégia de estar nas redes sociais, num primeiro momento entendendo os grupos de pacientes e shoppers que fazem uso desse tipo de ferramenta. Os estímulos vão se dar a partir do momento em que formos agregando valor ao aplicativo. Guia • Então a aquisição da Seven PDV foi pensada nesse sentido? Sá • Exato. É uma forma do paciente e cliente localizarem os programas dos quais eles fazem parte. Hoje, é na tentativa e erro, de entrar na farmácia e perguntar se ali aceita o cartão da Novartis ou da Pfizer, por exemplo. É uma coisa relativamente nova, porque as empresas buscam a gestão sempre para dentro delas, melhorando os próprios processos. Mas as relações, sejam elas com os próprios fornecedores ou com os clientes, sempre precisam ter prioridade. Guia • Em países, como Estados Unidos e Europa, o Foursquare foi acusado por alguns internautas mais atentos de favorecer nas buscas apenas redes de supermercados, farmácias ou restaurantes que aplicam dinheiro na empresa. Vocês tomaram esses cuidados? Sá • Não interferimos nas estratégias de nenhum membro da cadeia sob o ponto de vista comercial. Nós apenas facilitamos a integração entre os diversos canais. Nós nos posicionamos sempre como uma empresa imparcial e neutra, que tem expertise importante de distribuição, mas que agora está somando novas experiências. Guia • O que os donos de farmácias ganham com isso no Brasil? Sá • Fazendo vendas e negócios, claro. A Seven é nossa entrada importante de fidelização, acesso e adesão aos tratamentos. Quem vai nos ajudar muito nessa evolução, seja do GoPharma, seja da Seven, são os nossos parceiros. Os quase 59 mil varejistas que já fazem negócios por meio de nossas ferramentas, por exemplo. Se ajudarmos os pacientes a encontrar as farmácias que têm aqueles programas, também estamos dando uma facilidade para que aquele paciente tenha acesso e compre. Isso tudo melhora custos, acessibilidade, faturamento e vendas para a cadeia inteira. Guia • Quantos varejistas já estão participando do GoPharma? Sá • Nós temos integradas, hoje, conosco, fazendo algum tipo de negócio com as nossas ferramentas, em torno de 58 mil farmácias. São cerca de 90% de todos os municípios brasileiros cobertos e integrados de alguma forma
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por alguma solução nossa de tecnologia. Desse total, pelo menos 33 mil farmácias já estão cadastradas no GoPharma. Guia • O que o dono de farmácia precisa para estar no GoPharma e aparecer nas buscas do aplicativo? É necessário pagar algo? Sá • O varejista farmacêutico não precisa pagar nada. Ele só precisa ter vontade e ser colaborativo, fazendo o cadastro e informando para nós os tipos de serviços que ele oferece. Damos visibilidade à loja nessa ferramenta sem cobrar nada. É quase uma ferramenta de bem público. Quanto mais a farmácia for colaborativa e o varejista for assertivo – mantendo o cadastro atualizado de horários e serviços –, mais indicações ele vai ter nas buscas. Quanto mais informações sobre a farmácia estiverem no GoPharma, mais chance ele tem de ganhar espaço nas buscas. Guia • O GoPharma pode evoluir para uma espécie de Buscapé, por exemplo, em que é possível fazer busca de preços e comparar a loja mais barata que vende determinado produto? Sá • Nós não vamos comparar preços. Entendemos que não é nossa função interferir na livre iniciativa e precificação dos varejistas. Mas a ideia para o futuro é o cliente não perder tempo procurando um produto, já que ele tem o receituário na mão. Às vezes, é um produto novo, inovador. Natural que não haja em qualquer farmácia. Um dos grandes desafios do varejo em países grandes como o Brasil é minimizar a ruptura. Nosso grande primeiro desafio é esse. Guia • A Seven PDV já tem quase dez milhões de usuários de programas de fidelidade para administrar. Por que esses programas são importantes para a indústria farmacêutica hoje?
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Sá • A fidelização viabiliza produtos importantes da indústria farmacêutica na chegada até o paciente. A Seven viabiliza isso. O varejo e os distribuidores, até a própria indústria, não conseguiram, até hoje, fazer isso sozinhos. Às vezes, são medicamentos caros, de alto valor agregado. Boa parte até de importados, não estando em todas as farmácias. Os programas, aliás, não dizem respeito apenas aos medicamentos. Existem certos programas que dão acesso a serviços, enfermeiros e até call centers de informações para os usuários de determinados produtos. Guia • Por que o Grupo Interplayers resolveu dar esse passo tão grande, num momento de crise como o atual? Sá • Afetados pela crise, acho que todos nós somos. Uns mais, outros menos. Nosso grupo está tentando enfocar a crise sob outro aspecto, o das oportunidades. Na crise, as empresas buscam soluções mais baratas que os modelos tradicionais, portanto, todas as empresas querem soluções para melhorar a produtividade, a efetividade e elevar a demanda. E o nosso propósito é aproveitar esse momento e oferecer esse barateamento de custos e efetividade para o segmento. Guia • Em sua opinião, onde estão os gargalos do setor farmacêutico hoje? Sá • Acho que é a falta de planejamento integrado. Poucos são os varejistas e distribuidores que conseguem planejar a demanda com efetividade, principalmente da parte do comerciante. E o desafio é que os elos da cadeia sincronizem isso, garantido mais vendas e ganhos para todas as partes. Como é que a indústria abastece direito o distribuidor, que por sua vez leva isso até as lojas naquele período de aquecimento de tal produto? É um gargalo em função da quantidade de farmácias no País, que não deixa de crescer, do avanço da quantidade de lançamentos de novos produtos para a saúde que chegam de fora anualmente, etc. Isso tudo é desafio de suprimento logístico-comercial. Guia • Em sua opinião, quais as perspectivas de melhora da economia brasileira para 2016? Sá • Não vejo perspectivas de melhora em curto prazo. Para 2016, temo que exista uma inflação de custos que ainda não tenha chegado para nós e nem aos consumidores. Fora o dólar dos insumos, a inflação de energia e água não chegaram à cadeia inteira ainda. A dos combustíveis também não. Para 2016, acho que os desafios são ainda maiores que neste ano. E é preciso muita conversa e inovação para achar soluções privadas que ajudem as empresas, sem contar com fatores externos ou algum pacote mirabolante do governo.
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EM BUSCA DE EQUILÍBRIO O DELICADO MOMENTO DA ECONOMIA FAZ COM QUE O CANAL FARMA SIGA DESVIANDO DOS OBSTÁCULOS E BUSCANDO ESTABILIDADE 30 ANOS DE MERCADO
A empresa Herbarium, sediada em Colombo (PR), completa, este ano, 30 anos de mercado e é a primeira empresa brasileira a produzir um fitoterápico totalmente nacional. O uso dos medicamentos fitoterápicos tem as mais diversas aplicações, que vão desde a beleza até a prevenção de doenças. De acordo com o gerente de marketing da marca, Bruno Gallerani, o mercado de fitoterápicos cresceu, em 2015, 7%, tendo um faturamento mundial de US$ 44 bilhões. No Brasil, esse crescimento foi na casa dos 10% apenas no último semestre. “Nós tivemos o dobro do crescimento nacional, mesmo em ano de crise econômica.” • www.herbarium.com.br 16
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CRESCIMENTO CONTÍNUO
O setor farmacêutico brasileiro cresceu 15,01% de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2014, movimentando R$ 55,89 bilhões, segundo levantamento do IMS Health. Foram comercializadas 2,53 bilhões de caixas de medicamentos, um aumento de 7,99%. Entre as empresas que mais contribuíram em vendas para esse crescimento, estão a EMS, Hypermarcas e Sanofi, com vendas de R$ 6,75 bi, R$ 5,72 bi e R$ 4,47 bi, respectivamente, segundo o ranking das dez maiores farmacêuticas do Brasil. • www.imshealth.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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ANTENA LIGADA
ACHÉ INAUGURA LABORATÓRIO DE DESIGN E SÍNTESE MOLECULAR
CINCO ANOS DE PARCERIA
O Laboratório Teuto e a Pfizer comemoraram, em outubro último, os resultados de cinco anos de parceria entre as duas companhias. Em meio aos resultados dessa sinergia, estão a ampliação e o crescimento produtivo, que demandaram inúmeros investimentos. Um dos exemplos é a nova área de produção de sólidos, inaugurada em setembro deste ano, cuja capacidade produtiva saltou de 604 milhões para um bilhão de unidades por mês. Em março de 2016, uma expansão no setor de injetáveis aumentará a capacidade produtiva para 35 milhões de ampolas/mês. • www.teuto.com.br • www.pfizer.com.br
O Aché inaugurou, em novembro último, em sua sede em Guarulhos (SP), o Laboratório de Design e Síntese Molecular, pertencente ao novo Centro de Inovação Radical. Também foi apresentado o Centro de Inovação Incremental do Aché, cujo objetivo é pesquisar e desenvolver novas tecnologias farmacêuticas no Brasil. “O novo laboratório, com outras iniciativas inovadoras, surge em um momento especial, coroando os 50 anos de história da empresa, celebrados em 2016. Trata-se de um marco para a produção científica e para o avanço inventivo da indústria farmacêutica nacional”, disse o presidente do Aché, Paulo Nigro. Na mesma ocasião, a empresa e a companhia biofarmacêutica internacional Ferring Pharmaceuticals anunciaram a intenção em iniciar uma parceria para o desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas. • www.ache.com.br
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Este ano, a Contento já lançou cinco novos temas de cursos on-line totalmente gratuitos! Para acessá-los, basta fazer o cadastro no Treina PDV Farma, e acessar a plataforma on-line de cursos para os profissionais do varejo farmacêutico: www.treinapdvfarma.com.br. Veja os temas lançados em 2015: • Como implementar a Atenção Farmacêutica • Prescrição Farmacêutica • Manual de Boas Práticas Farmacêuticas • Qual a importância do SNGPC • Farmácia Popular O Treina PDV Farma oferece ainda um programa de capacitação composto por 12 módulos, com ferramentas interativas, avaliações e certificados. O programa de capacitação requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custo-benefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Já para acessar os cursos rápidos, não é necessário nenhum investimento: basta se cadastrar! Para conhecer e experimentar, acesse: www.treinapdvfarma.com.br. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200. 18
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BIODERMA CHEGA AO BRASIL
Fundada em 1985 pelo farmacêutico e biólogo francês Jean-Noël Thorel, Bioderma é uma das marcas líderes no mercado de dermocosméticos europeu e também uma das principais representantes mundiais do setor, com presença em mais de 80 países. Só no ano passado, o faturamento total da marca alcançou os 262 milhões de euros. Pioneira em usar a biologia a serviço da dermatologia, a marca criou uma abordagem científica inovadora, que busca conhecer profundamente os mecanismos biológicos da pele para formular produtos diretamente inspirados por eles. Em maio deste ano, a empresa retomou suas atividades no Brasil e está trazendo novidades, como a Solução Micelar Demaquilante de fama mundial Sensíbio H20 (que no Brasil registrou uma venda a cada 8 minutos já no seu primeiro mês) e novos produtos exclusivos. Para os primeiros anos de operação, a empresa pretende consolidar-se como marca dermatológica premium, porém democrática e acessível ao público. Para 2015, primeiro ano de operação da marca, a Bioderma espera faturar, aproximadamente, R$ 20 milhões. • www.bioderma.com/pt/home.html
NOVO DIRETOR
A Alcon® anunciou a contratação de Rodrigo Saez como novo diretor de Recursos Humanos (RH) da Alcon Brasil. O executivo será responsável por liderar as funções de RH, incluindo gestão de talentos, desenvolvimento de lideranças, aquisição de talentos, mudança de cultura e excelência operacional de RH. O diretor é formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista (Unip) e tem MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. • www.alcon.com.br
COTY COMPRA DIVISÃO DE COSMÉTICOS HYPERMARCAS
A multinacional de cosméticos Coty comprou toda a divisão de cosméticos da brasileira Hypermarcas, por cerca de R$ 3,8 bilhões. A aquisição ainda precisa passar por instâncias regulatórias e deve ser fechada até o fim de março de 2016, conforme informou a Coty em comunicado. A compra abrange as marcas, como Risqué, Monange, Bozzano e Cenoura & Bronze da divisão de cosméticos da Hypermarcas, que gerou receita de R$ 977,5 milhões em 2014. • www.hypermarcas.com.br • www.coty.com 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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No churrasco, na balada, na festinha, no festão. Onde tem curtição o bom Engov tá na mão.
Investimentos
TV
Rádio Revista
SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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Mídia Exterior
PDV
ESTE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO NO CASO DE SUSPEITA DE DENGUE.
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BOM ENGOV PRA VOCÊ
maleato de mepiramina, hidróxido de alumínio, ácido acetilsalicilico e cafeína.
Registro MS 1.7817.0093. Indicações: é indicado no tratamento das dores de cabeça e da alergia. Outubro/2015
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ANTENA LIGADA
MAIS VALOR PRODUZIDO
Pfizer, Roche e Novartis foram escolhidas como as três farmacêuticas que geram maior valor para o mercado, segundo a pesquisa Mais Valor Produzido (MVP) Brasil 2015, realizada pelo Grupo Padrão, em parceria com a DOM Strategy Partners. O estudo avaliou mil empresas de 22 setores da economia. As farmacêuticas Pfizer, Roche e Novartis ficaram em 23º, 26º e 30º na classificação geral, respectivamente, apresentando uma melhora significativa em relação ao mesmo estudo realizado em 2014. • www.pfizer.com.br • www.roche.com.br • www.novartis.com.br
GENÉRICOS EM ASCENSÃO
Os genéricos, que vêm conquistando participação cada vez mais expressiva no mercado farmacêutico brasileiro, bateram recorde no terceiro trimestre deste ano. Com 29,6% das vendas em volume, esse tipo de medicamento registrou a maior fatia já alcançada no varejo farmacêutico nacional, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), com base em indicadores do IMS Health. A substituição de outras marcas, a crescente confiança nesses medicamentos, o preço e o avanço no número de registros – 255 entre 2010 e 2015, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – explicam o fato de os genéricos terem assumido o papel de motor do crescimento da indústria farmacêutica no País. • www.imshealth.com.br • www.progenericos.org.br • http://portal.anvisa.gov.br
BLANVER NO CPHI WORLDWIDE
A Blanver participou pelo 17º ano consecutivo da CPhI Worldwide, considerado o principal foro de negócios internacional da indústria farmacêutica, realizado entre os dias 13 e 15 de outubro deste ano, em Madrid, na Espanha. Além da sua divisão de excipientes, reconhecida internacionalmente, a empresa multinacional brasileira mostrou ao público internacional, pela primeira vez, sua divisão farmacêutica, já em plena atividade no Brasil. “A Blanver está presente em mais de cem países e em todos os continentes, mas queremos que, além dos nossos insumos, agora nossos medicamentos sejam ainda mais conhecidos e demandados”, explica o CEO da empresa, Sérgio Frangioni. • www.blanver.com.br • www.cphi.com 22
CARAVANA DOS GENÉRICOS
A Medley, pelo terceiro ano consecutivo, percorreu algumas localidades do Brasil com a Caravana dos Genéricos. Neste ano, seis importantes regiões metropolitanas do País receberam a carreta adaptada, para atender a população com a realização de testes gratuitos de glicemia e colesterol, além de aferição de pressão arterial e medição do Índice de Massa Corporal (IMC). A ação teve início em outubro último e será finalizada em dezembro deste ano, passando pelas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste. No total, a Caravana dos Genéricos percorrerá mais de 8.000 km, atendendo mais de seis mil pessoas. • www.medley.com.br
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ATUALIZANDO
MAIOR QUALIDADE DE VIDA PENSANDO NO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DISPONIBILIZA NO MERCADO MEDICAMENTOS QUE AUXILIAM NO DIA A DIA DOS PACIENTES POR TASSIA ROCHA
®KOLLANGEL FF
NATULAB LABORATÓRIO FARMACÊUTICO
Os exageros do dia a dia e os maus hábitos alimentares acabam ocasionando o surgimento de dores no estômago, azia e queimação, má digestão e náuseas. Para auxiliar no combate a esses sintomas, o Grupo Natulab acaba de lançar o antiácido efervescente ®Kollangel FF. O medicamento age reduzindo o excesso de ácido gástrico produzido pelo estômago por meio de uma reação química de neutralização, que diminui assim a acidez estomacal. O produto está disponível na apresentação de caixa com 50 sachês, nos sabores laranja e abacaxi e possui absorção mais rápida, provocando um rápido alívio dos sintomas. MS Medicamento de notificação simplificada conforme a RDC Anvisa 199/06. AFE 1.03.841-3 ■ www.natulab.com.br 24
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ALIVDIP® IVDIP® TEUTO
O laboratório Teuto disponibiliza ao mercado farmacêutico mais uma novidade. Trata-se do Alivdip®, que possui a dipirona como princípio ativo e está disponível nas formas farmacêuticas de solução oral 50 mg/mL e gotas 500 mg/mL. Alivdip® apresenta propriedades analgésica e antitérmica, sendo indicado para alívio de febre e dores. O produto, que possui delicioso sabor de framboesa e não contém açúcar, está disponível em frasco com 100 mL + copo medida de solução oral ou frasco gotejador de 20 mL. MS 1.0370.0624.023-7 (solução oral) MS 1.0370.0624.013-1 (gotas) ■ www.teuto.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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GOJI BERRY
NATURELIFE SUPLEME SUPLEMENTOS ALIMENTARES
O Goji Berry é um suplemento nutricional que tem ação antioxidante, auxilia na proteção da pele, é um forte aliado no combate a processos infecciosos, possui propriedades antiinflamatórias, reduz a celulite e contribui para a perda de peso. A Naturelife lança no mercado o suplemento na apresentação frasco com 60 cápsulas. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■ www.naturelifenutricao.com.br
BACLOFENO
UNIÃO QUÍMICA
Agora o baclofeno 10 mg com 20 comprimidos pode ser encontrado nas farmácias e drogarias de todo o Brasil com a embalagem Genérico União Química. O baclofeno é um relaxante muscular de ação medular utilizado para o tratamento da espasticidade (resultado de uma lesão em partes específicas do sistema nervoso central), responsável pelo controle do tônus muscular. As causas podem ser diversas, tais como Acidente Vascular Cerebral (AVC), esclerose múltipla, paralisia cerebral, trauma cranioencefálico; tumores cerebrais e da medula espinhal e dor neuropática. MS 1.0497.1385 ■ www.uniaoquimica.com.br
NEO FRESH NEO QUÍMICA
Para o tratamento da síndrome dos olhos secos e outros problemas de lubrificação ocular, a Neo Química lança no mercado o medicamento NEO FRESH (similar do Fresh Tears®). O novo produto pode ser utilizado no tratamento da irritação e secura dos olhos, causados por fatores, como vento e tempo seco, e para diminuir o desconforto gerado pelo uso de lentes de contato. MS 1.5584.0402 ■ www.neoquimica.com.br
ADVANSEPT NSEPT PREMIUM ADV FARMA
A ADV Farma desenvolveu uma linha Advansept Premium de antissépticos em spray, que contém violeta de genciana, tintura de iodo, azul de metileno, álcool 70% GL, gliconato de clorexidina e água oxigenada. A forma em spray garante mais praticidade aos consumidores; é mais segura, já que não precisa usar gazes ou hastes flexíveis, que podem deixar resíduos e causar infecções; e também é mais econômica, porque sua aplicação é feita diretamente no ferimento, sem desperdícios. MS Medicamento de notificação simplificada, conforme a RDC Anvisa 199/06 ■ www.advfarma.com.br 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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ALIVIUM® MANTECORP
CALCICAPS® 600 + D3 + K1 E CALCICAPS® 600 +D3 + K1 + MINERAIS KRESS FARMACÊUTICA
Sabe-se que o cálcio é essencial para o organismo, principalmente para mulheres grávidas, lactantes, para o crescimento e prevenção da osteoporose. Porém, o consumo do mesmo ainda é baixo entre os brasileiros. Por isso, a suplementação é um diferencial para quem busca um estilo de vida mais saudável. Sabendo disso, a Kress Farmacêutica tem o CALCICAPS® em seu portfólio em duas apresentações. Uma, conta com uma fórmula exclusiva de cálcio, vitamina D3 e vitamina K1 e a outra apresentação do CALCICAPS® conta com a associação de minerais. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■ www.kress.com.br
Alivium® é um produto referência em ibuprofeno, substância que apresenta ação antitérmica, indicada para diminuição da temperatura corporal e que age também como analgésico na diminuição das dores associadas a resfriados, gripes, torções, pancadas, dores musculares, cefaleia e cólicas menstruais. O medicamento está disponível em cinco apresentações, divididas em líquidos [Alivium® 100 mg gotas oral (20 mL), Alivium® 50 mg gotas oral (30 mL), Alivium® 30 mg/mL suspensão (100 mL) com seringa dosadora] para o público infantil e apresentações em comprimidos (Alivium® 400 mg e 600 mg com 10 comprimidos) para adultos. MS 1.7817.0780 ■ www.alivium.com.br
MAZITROM®
UNIÃO QUÍMICA
Mazitrom®, a azitromicina 500 mg com três cápsulas da União Química, volta ao mercado, e pode ser encontrado nas farmácias e drogarias de todo o Brasil. A azitromicina, antibiótico bacteriostático (impede crescimento e reprodução das bactérias/fungos) possui indicações para tratar infecções respiratórias (amigdalite, faringite, sinusite, otite média, bronquite e pneumonia), infecções dermatológicas e infecções genitais. MS 1.0497.1181 ■ www.uniaoquimica.com.br 28
DASTENE (DUTASTERIDA) ASTERIDA) ACHÉ
Visando à melhoria da qualidade de vida dos pacientes, o Aché lança Dastene (dutasterida), que reduz o volume da próstata, promovendo o alívio dos sintomas, além de melhorar o fluxo urinário e reduzir o risco de Retenção Urinária Aguda (RUA) e a necessidade de cirurgia. Dastene está disponível em embalagens com 30 cápsulas moles de 0,5 mg para administração oral. MS 1.0573.0472 ■ www.ache.com.br
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Mostre seu lado Chef Chef Kelson
STOMALIV (bicarbonato de sódio + carbonato de sódio + ácido cítrico). MS 1.5423.0185. Apresentações: Caixa com 10 envelopes de 5g cada. Caixa com 50 envelopes de 5g cada. Indicações: Antiácido para o alívio da azia e acidez estomacal. DEZEMBRO/2015.
NÃO USE ESTE MEDICAMENTO SE VOCÊ TEM RESTRIÇÃO AO CONSUMO DE SAL, INSUFICIÊNCIA DOS RINS, DO CORAÇÃO OU DO FÍGADO. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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TECFIDERA™ BIOGEN
Chega ao Brasil Tecfidera™ (fumarato de dimetila), primeiro medicamento oral da Biogen para pacientes adultos com esclerose múltipla recorrente-remitente, forma mais comum da doença. Comercializado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e União Europeia, o medicamento tornou-se a terapia mais prescrita para o tratamento da doença no mercado americano, após seis meses de lançamento, e já foi usado por mais de 130 mil pacientes em 32 países. Seu principal diferencial é proporcionar uma nova abordagem para tratar a esclerose múltipla, pois o fumarato de dimetila atua estimulando os genes envolvidos nas respostas anti-inflamatórias e antioxidantes, ativando a defesa do próprio organismo contra os radicais livres que causam o estresse oxidativo. MS 1.6993.0004.001-9 (120 mg) MS 1.6993.0004.003-5 (240 mg) ■ www.biogenbr.com.br
CITONEURIN® MERCK
A divisão Consumer Health da Merck acaba de lançar uma nova apresentação de Citoneurin®, líder mundial no cuidado dos nervos, contendo 60 drágeas. Essa apresentação possibilita uma maior adesão ao tratamento e proporciona uma economia de 14% em relação à apresentação com 20 drágeas, que continua disponível no mercado. A formulação permanece a mesma. Citoneurin® é indicado para o tratamento auxiliar de neurites e neuralgias. MS 1.0089.0015 ■ www.merck.com
PICOLINATO DE CROMO
NATURELIFE SUPLEMENTOS ALIMENTARES
O Picolinato de Cromo é um suplemento mineral indicado para atuar no controle glicêmico. Ele é um facilitador da insulina no organismo, melhorando os níveis de açúcar no sangue e auxiliando na perda de peso. Em conjunto com a prática de exercícios físicos, o Picolinato de Cromo promove o ganho de energia, queima de gordura e construção muscular. A Naturelife lança o produto na apresentação frasco com 60 cápsulas de 500 mg. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■ www.naturelifenutricao.com.br 30
CLORIDRATO DE PAROXETINA UNIÃO QUÍMICA
Agora o cloridrato de paroxetina 20 mg com 30 comprimidos revestidos pode ser encontrado nas farmácias e drogarias de todo o Brasil com a embalagem Genérico União Química. O antidepressivo eleva os níveis de serotonina, uma substância produzida pelo cérebro, atuando como Inibidor Seletivo da Recaptação da Serotonina (ISRS). Indicado para o tratamento de depressão; Transtornos Obsessivo-Compulsivos (TOCs); ataques de ansiedade/pânico e fobia social. MS 1.0497.1387 ■ www.uniaoquimica.com.br
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ESCUDO ANTI-AÇÚCAR CONTRA AS CÁRIES
POR QUE TER O CREME ESCUDO ANTI-AÇÚCAR EM SUA LOJA? • Foco de mídia nacional no segundo semestre de 2015; • Forte comunicação de benefícios; • Principal creme dental da linha Pro-Saúde.
LINHA DE SENSIBILIDADE POR QUE TER A LINHA DE SENSIBILIDADE EM SUA LOJA? • Segmento de sensibilidade está consolidado no Brasil, representando grande oportunidade; • Até 24 horas de proteção contra a sensibilidade*; • Superior aos cremes disponíveis no mercado; • A escova Pro-Saúde Sensi-Soft é um lançamento com cerdas super macias e está disponível na versão promocional Leve 2 Pague 1.
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COMO PODEMOS TRABALHAR PARA QUE A REDUÇÃO DAS AVARIAS INTERNAS SEJA VISÍVEL E NÃO FIQUE APENAS NA TEORIA? 32
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ENVIE SUA PERGUNTA, NÓS RESPONDEMOS!
SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II
PERGUNTA ENVIADA POR DAVID PEREIRA, ASSISTENTE DE DEPÓSITO DA PAGUE MENOS, DE FORTALEZA (CE)
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Caro leitor, muitas vezes, ao efetuar um Caro programa de Prevenção de Perdas na em empresa é possível ter optado por uma estra estratégia inadequada ou pela não realização de todas as etapas. Vou V ou listar, a seguir, os passos importantes para você verificar se efetuou todos. 1. Antes de iniciar o planejamento, é fundamental que o profissional responsável tenha conhecimento pleno do negócio, de processos críticos da organização, decisores, produtos, fornecedores, clientes e, principalmente, acesso ao Planejamento Estratégico para que esse programa possa estar alinhado com a estratégia da empresa, valores, missão e riscos. 2. Para o sucesso do programa, é fundamental o conhecimento das perdas, isto é, ter gestão eficiente de seus estoques por meio de controle efetivo das movimentações e realização de inventários para identificação das perdas (diferenças entre o estoque contábil e físico). Se o estoque não é confiável, primeiro “Arrume a Casa”, isto é, realize uma revisão de toda a cadeia e fluxo operacional, avaliando os sistemas que suportam as operações como TI e processos. 3. Todos os envolvidos necessitam estar engajados para que a cultura possa ser disseminada entre todos os níveis da empresa, do presidente ao funcionário da limpeza. Ter um membro da administração, “bem-visto” pelos funcionários, como padrinho do programa é uma das formas de envolver pessoas. 4. Para obter força de trabalho, criar um comitê formado por lideranças das áreas envolvidas com responsabilidades de realizar diagnósticos e decidir com base no senso de priorização. 5. Uma das etapas importantes e que vai nortear todo o sucesso do programa diz
respeito ao Levantamento dos Processos internos para a identificação dos pontos de riscos e vulnerabilidades para as perdas. 6. Com o conhecimento das perdas e respectivas causas, é possível realizar o diagnóstico para a implementação das melhorias. 7. Não podemos falar de Prevenção de Perdas sem falar de Investimentos em Tecnologias. Elas suportam a gestão das perdas por meio da vigilância eletrônica de mercadorias, monitoramento de imagens, controles de acesso, sistemas antifraudes, etc. 8. A empresa não deve depender de pessoas e sim dos processos. Ter a formalização dos processos documentados é importante. 9. Dar visibilidade dos planos de ação, boas práticas, normas e procedimentos e prazos. O fato de elaborar a norma não garante a eficiência na execução. 10. O RH deve criar campanhas de conscientização para que os colaboradores entendam seu papel e não o façam de forma imposta e obrigatória. Envolver todos em campanhas de comunicação, incentivos, bonificação por resultados, são ações que produzem resultado. 11. Se a sequência citada foi toda feita corretamente, é o momento de criar indicadores para avaliar se o nível de perda está dentro do planejado e se as ações estão tendo o sucesso desejado. 12. Estruturação de um programa de auditoria. A auditoria vem com a responsabilidade de constatar a conformidade das atividades executadas com as normas da empresa, por intermédio de programas de auditoria que estabeleçam pontos de verificação, periodicidade, relatórios,etc. Lembro que este roteiro é apenas um guia, o desafio está na capacidade de realização. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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ATUALIDADE
Sua empresa está pronta para atender ao eSocial?
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O ENVIO DE INFORMAÇÕES PELO EMPREGADOR EM RELAÇÃO AOS SEUS TRABALHADORES DEVERÁ SER CUMPRIDO POR TODAS AS EMPRESAS ATUANTES NO BRASIL
PAULO OLIVEIRA Coordenador de marketing da Apdata e participante do Comitê Administrativo eSocial Apdata (www.apdata.com.br) 34
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A obrigatoriedade do eSocial, projeto do governo federal para unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus trabalhadores, parece ter vindo para ficar. Acho importante destacar que dados referentes a folha de pagamento, fiscais (aquisições e comercializações de produção rural e cadastro de trabalhadores avulsos não portuários), previdenciários, medicina e segurança do trabalho e informações referentes aos processos judiciais, se integrarão numa grande rede de informação que permitirá o acompanhamento do governo, em tempo real, sobre todas as operações empresariais. Por isso, as empresas, indústrias e os laboratórios do setor farmacêutico, com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2014, têm o prazo até agosto de 2016 para finalizar a implantação do eSocial e as demais têm o prazo até dezembro de 2016, datas das entregas da carga inicial dos dados ao ambiente nacional do eSocial. Até lá, será preciso identificar todos os processos que serão impactados pelo eSocial para que a transição de cultura das etapas diárias aconteça de forma gradativa e eficiente. As empresas precisam se preparar e avaliar alguns passos para atingir a excelência nessa implantação, assim como: conscientização do projeto pela 2015
empresa por meio de eventos e plano de comunicação; criação de comitê entre as áreas para discutir e definir o andamento do projeto; integração entre as áreas; avaliação da base de dados para adequação cadastral; adequação da qualificação cadastral; revisão e adequação dos processos e políticas da empresa; e avaliação da tecnologia utilizada. Para ajudar nesses processos, a Apdata do Brasil, especialista no desenvolvimento de softwares de alta tecnologia e serviços de outsourcing para gestão de pessoas, participa, desde 2013, de discussões com os setores público e privado para adaptações necessárias do sistema. Além disso, aprimorou a sua tecnologia, o software GA – Global Antares, além de seus serviços de terceirização, com o objetivo de facilitar o processo de integração e gestão do eSocial nas organizações, principalmente para os profissionais de RH que vão precisar ter contato direto com essa plataforma do governo federal. A Apdata também disponibiliza a Consultoria eSocial, em que os profissionais especializados da empresa analisam e reconhecem as mudanças necessárias para que as novas regras do eSocial sejam implementadas e cumpridas com transparência e eficiência. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Visite o Espaço do Conhecimento na Abradilan Farma 2016, em Curitiba!
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Transporte de medicamentos:
atividade específica do ramo farmacêutico? A FUNÇÃO EXIGE RIGOROSO CONTROLE PARA GARANTIA DA EFICÁCIA E PROPRIEDADE DOS PRODUTOS, TENDO EM VISTA QUE CONSTITUEM CARGAS PECULIARES
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GUSTAVO SEMBLANO Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 36
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No Guia da Farmácia de julho de 2014 (edição 260), escrevi sobre “O Registro de Empresas e o STJ”, explicando que havia chegado naquela corte um recurso em que se discutia se uma empresa que comercializa produtos ortopédicos e materiais cirúrgicos e hospitalares deveria ou não ter um farmacêutico como responsável técnico, uma vez que o inciso XLIV de seu artigo 50 da Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) 521/09 diz que empresas que fabricam material para usos em medicina e cirurgia devem se registrar no Conselho Regional de Farmácia (CRF), caso seu responsável técnico seja farmacêutico. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não. Agora, recentemente, o STJ teve a oportunidade de decidir outro tema relevante para o setor: transportar medicamentos exige o registro da transportadora no CRF, bem como a presença de um farmacêutico responsável técnico? Na opinião do CRF do estado de São Paulo, sim; para a Justiça, não. De acordo com o CRF, o transporte de medicamentos “exige rigoroso controle para garantia da eficácia e propriedade dos produtos”, tendo em vista que “os medicamentos constituem cargas peculiares, que exigem controle de temperatura e 2015
umidade, exigindo procedimento específico com cuidados próprios a ser observados no seu armazenamento e transporte, sendo que esta vaga gama de conhecimento dos cuidados necessários está inserida na capacitação técnica dos profissionais farmacêuticos”. O STJ, no entanto, ao julgar, no último dia 15 de setembro, o Agravo Regimental no Recurso Especial 1.488.952-SP, entendeu que o CRF está errado, sendo ilegal a exigência de registro de uma transportadora no CRF apenas por realizar o transporte de medicamentos, muito menos possui qualquer base legal a exigência de farmacêutico laborando em transportadoras. Isto porque a “Lei 6.839⁄ 80 impõe a obrigatoriedade do registro de empresa na respectiva entidade fiscalizadora em razão da atividade básica exercida ou do serviço prestado a terceiros. Atendendo ao critério finalístico, o mero transporte de medicamentos não pode ser interpretado como atividade ou função específica do ramo farmacêutico”. Ademais, o Tribunal entendeu que apenas em farmácias e drogarias se faz necessária a assistência de técnico responsável inscrito no CRF, à luz do que dispõe o artigo 15 da Lei Federal 5.991/73. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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$ Riscos do abuso
PROCONS DE TODO O PAÍS ESTÃO NA COLA DAS FARMÁCIAS QUE COBRAM PREÇOS ABUSIVOS DOS CONSUMIDORES. A PRECIFICAÇÃO CORRETA É FATOR DETERMINANTE ENTRE O FRACASSO E O SUCESSO DE UMA LOJA
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POR RODRIGO RODRIGUES
Como acontece todos os anos, a diferença abrupta de preços cobrados dos consumidores de farmácias de todo o País voltou às manchetes da imprensa nacional, expondo a forma predatória de precificação de alguns varejistas brasileiros. O novo levantamento aponta diferenças de até 2.000% nos preços cobrados em diferentes estados e cidades do Brasil, jogando mais desconfianças na percepção dos consumidores brasileiros em relação ao mercado de farmácias Brasil afora. Realizado em 433 farmácias de todo o País, o estudo apurou que um único medicamento genérico da Aspirina pode custar R$ 0,98 em João Pessoa, na Paraíba, e R$ 19,97 em um estabelecimento de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A diferença de 2.038% é a mais alta já apurada numa pesquisa de preços de medicamentos
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nacional e acende um sinal de alerta aos comerciantes brasileiros sobre qual é a forma correta de estabelecer preços para os produtos comercializados. Feita em 18 diferentes capitais do País, a pesquisa revela o maior e o menor preço de substâncias como paracetamol (Tylenol), dipirona (Novalgina), Ácido Acetilsalicílico (Aspirina), diclofenaco de potássio (Cataflam), nimesulida (Nisulid) e clonazepam (Rivotril). Entre esses seis itens, os similares e genéricos da Novalgina, utilizada no tratamento de dores e febres, são os que mais registram diferenças de preços no País, inclusive entre produtos do mesmo laboratório. No caso da dipirona 500 mg, por exemplo, o produto em Belo Horizonte (MG) pode ser encontrado por R$ 8,70, mas, na capital paulista, pode chegar a R$ 46,50. Diferença de mais de 535%, segundo a pesquisa. Outro exemplo está no Tylenol 750 mg em que a pesquisa encontrou uma variação de IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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quase 418,6%, com preço de venda de R$ 10,00 no Recife (PE) e R$ 41,86 em Brasília (DF). “A percepção de preços de uma farmácia pelo consumidor pode prejudicar qualquer loja. Embora a precificação tenha um ingrediente que o cliente não conhece, que é o preço de custo que a indústria cobra para rede X ou Y – que não O presidente da AFPFB e do Grupo Farma & são os mesmos –, o vareFarma, Rinaldo Ferreira, jista tem de tomar muito diz que o varejista cuidado nessa fórmula paprecisa ter cuidado com os preços para não ra não colocar todo o necolocar a loja em risco gócio a perder”, alerta o presidente da Associação dos Farmacêuticos Proprietários de Farmácia do Brasil (AFPFB) e do grupo Farma & Farma, Rinaldo Ferreira. “Pouca gente sabe, mas os descontos que a indústria dá a uma rede são diferentes. Para o fabricante, a quantidade de produtos e o tamanho do negócio gerado é o que conta, para balancear o desconto médio operacional que ele mesmo tem de limite. Então, se de uma grande rede, o fabricante cobra menos 2X, de alguma outra rede, ele vai ter de cobrar os 2X, porque o limite da empresa é dar apenas 1X de desconto a todos os varejistas e continuar tendo lucro. Somado aos custos fixos de tamanho de loja, aluguel e número de funcionários, por exemplo, já é possível perceber que os varejistas precisam praticar preços diferenciados a fim de não pagarem para trabalhar”, explica Ferreira. O presidente do Farma & Farma lembra que essas dificuldades não justificam a sangria pela cobrança de preços abusivos e justifica que o bom varejista é aquele que sabe encontrar o equilíbrio entre as necessidades dele e dos clientes, na tentativa de viabilizar uma parceria comercial duradoura. O pensamento é compartilhado pelo consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Fabiano Nagamatsu: “Mesmo com o avanço da tecnologia, a diversificação de produtos e operações e o crescimento do setor de serviços, o preço continua entre os principais fatores 40
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analisados pelo cliente na escolha de um produto”, afirma. “O empreendedor deve analisar dois fatores no planejamento da sua empresa: custos fixos da empresa, que é realizar um planejamento de redução de custos que aumentam o valor final do produto ou serviço. O segundo ponto é a agregação de mais valor: elaborar um plano de ação para padronizar e agregar mais valores aos serviços e produtos oferecidos, como deixar o ambiente mais agradável e de fácil acesso, capacitação dos funcionários, etc.”, argumenta.
FALTA DE PADRÃO A supervisora de pesquisas da Fundação Procon-SP, Cristina Martinussi, é todos os anos a responsável pela pesquisa setorial da entidade sobre preços de medicamentos. A pesquisa é divulgada no primeiro semestre de cada ano, mostrando a disparidade de preços cobrados pelas farmácias e o ranking das drogarias onde se cobra preços acima ou na média do mercado. Neste ano, a equipe da Fundação pesquisou 68 medicamentos, sendo que 34 eram de referência e os outros 34, genéricos. Os resultados mostram que os preços no estado de São Paulo podem variar em até 976% apenas com mudanças de bairro e comunidades ou cidades próximas. O levantamento do Procon-SP, neste ano, constatou que os genéricos são os que mais sofrem diferenças de preços. No caso do paracetamol de 200 mg/mL, gotas de 15 mL, por exemplo, o preço médio do medicamento é de R$ 3,83, mas o custo variou de R$ 0,90 e R$ 9,69 na pesquisa. Ao comparar os preços médios dos genéricos com os de referência, os medicamentos genéricos são, em média, 57,72% mais baratos do que os de referência. Entre os medicamentos de referência, a maior variação foi na cidade de Caçapava. O Nisulid (nimesulida), 100 mg, 12 comprimidos, da Aché, apresentou variação de 331,45%. O custo variou entre R$ 7,60 e R$ 32,79 na mesma cidade. “Fazendo essa pesquisa anualmente, conseguimos detectar alguns problemas que são até do mercado, que não significam má-fé do proprietário. A aplicação de descontos, por exemplo, pode variar de acordo com as condições locais de mercado, a rentabilidade da loja e as condições comerciais de compra. Em algumas drogarias de rede, encontramos até políticas
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REDES COM PREÇOS MÉDIOS DENTRO DA REALIDADE DO MERCADO 3. Região Central: Drogaria Campeã 58 itens na média de 59 encontrados (98%) Drogaria Extra 58 itens na média de 63 encontrados (92%) Droga Raia 04 itens na média de 63 encontrados (6%)
1. Região Norte: Drogaria São Carlos 56 itens na média de 64 encontrados (88%) Promofarma 66 itens na média de 68 encontrados (97%) Onofre 03 itens na média de 68 encontrados (4%)
4. Região Leste: Droga Verde 29 itens na média de 64 encontrados (45%) Drogaria São Paulo 10 itens na média de 67 encontrados (15%) Bifarma 18 itens na média de 67 encontrados (27%)
2. Região Oeste: Drogaria Farto 03 itens na média de 65 encontrados (5%) Pague Menos 28 itens na média de 62 encontrados (45%) Farmais nenhum item na média de 58 encontrados (0%)
5. Região Sul: Farma Conde 63 itens na média de 66 encontrados (95%) Drogaria Walmart 53 itens na média de 55 encontrados (96%) Ultrafarma 45 itens na média de 67 encontrados (67%)
Fonte: Fundação Procon-SP (http://www.procon.sp.gov.br/pdf/RTMedicamentos%202015.pdf)
comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site – loja virtual). Existem redes que são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre os franqueados. Ou seja, falta consenso até mesmo entre os comerciantes de uma mesma rede. Isso se torna um nó até na cabeça do comprador”, conta Cristina, coordenadora da pesquisa. Mais do que mostrar os preços praticados, o estudo do Procon-SP mostra as reA supervisora de des onde se pratica menos pesquisas da Fundação ou mais os preços médios Procon-SP, Cristina do mercado. Como disse Martinussi, explica que os dados mostram Ferreira, é natural que os a diferença entre os preços se diferenciem em preços praticados virtude de ponto, custos 42
fixos e tamanho do negócio. Ele lembra, contudo, que é natural, conforme a clientela da loja, que o varejista se foque mais numa linha de produtos para conceder desconto e cativar os clientes. Por isso, o estudo do Procon-SP usa a pesquisa para medir o custos de genéricos, medicamentos de referência e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) entre os 68 itens pesquisados, na intenção de dar uma panorâmica aos consumidores em relação aos preços praticados nas redes e lojas escolhidas naquele ano para consulta. Contudo, o que assusta na pesquisa é que certas redes, mesmo sendo grandes no mercado, não conseguem praticar um preço médio ou baixo sequer. É o caso da unidade Farmais da zona oeste da capital paulista. Por lá, o Procon encontrou 58 itens dos 68 pesquisados, mas nenhum estava dentro dos preços médios ou abaixo do preço do mercado.
EXEMPLOS REAIS O mesmo ocorre com a Onofre da região norte da capital paulista, onde apenas três dos 68 itens
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pesquisados estavam com preço satisfatório. Ou seja, 4% do total. Mesma situação na Droga Raia da região central da capital paulista, onde apenas 6% de 63 itens pesquisados tinham preço médio satisfatório. Na Drogaria Farto, outra decepção: apenas três itens, de 65 encontrados, tinham preços satisfatórios. O mesmo nas unidades da Drogaria São Paulo na zona leste, onde havia apenas dez itens de 67 encontrados com preços competitivos e atraentes para o consumidor. Apenas 15% da mostra da Fundação. Na rede Bifarma, também na zona leste, o índice foi de 27%, ou seja 18 itens de 67 encontrados tinham preço concomitante com a média das farmácias da região. “Mesmo entre os genéricos, os preços nessas lojas estavam altos pela média do mercado, mas não ultrapassavam o teto estabelecido pelo governo, o chamado Preço Máximo ao Consumidor (PMC), impossibilitando a autuação dessas lojas. Contudo, é alarmante que os preços tenham tanta divergência, especialmente em grandes redes que têm total condição de estabelecer negociações com a indústria para oferecer melhores preços aos compradores. O consumidor precisa ser avisado para não ser enganado e ver o salário indo embora desnecessariamente”, avisa Cristina.
RISCOS DE FRACASSO O intuito dos Procons de todo o País, segundo Cristina, não é expor os comerciantes e varejistas, mas alertar o comprador sobre os perigos de não pesquisar preços antes de comprar. A coordenadora diz, contudo, que a entidade faz questão de publicar a tabela de preços de cada rede consultada justamente para que outros varejistas também possam ter acesso e balizar seus preços pela média do mercado na região em que atuam. 44
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A tabela completa está no site da Fundação ProconSP e pode ser consultada por compradores e varejistas (http://www.procon.sp.gov.br/pdf/RTMedicamentos%20 2015.pdf). Em cidades, como Brasília, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, as unidades regionais do Procon fazem o mesmo trabalho, tanto no âmbito estadual, quanto local. O alerta de Ferreira, contudo, é de que o varejista leve em conta a realidade socioeconômica atual do Brasil e da região em que atua para estabelecer os preços da loja. “O preço de venda não pode levar em conta apenas o que é bom para o varejista, mas também o que é bom ao consumidor. O pior que pode acontecer para uma loja é ela ser taxada de careira na região, pois pode significar seu fracasso”, analisa. Para Nagamatsu, a composição do preço de venda do produto ou serviço deve atentar para os seguintes pontos qualitativos: 1 – o preço tem de estar nivelado ao do mercado – ou seja, deve acompanhar a média de preço que está sendo praticada pelo mercado concorrente; 2 – o varejista deve analisar a capacidade da empresa (custos e capacidade produtiva ou serviços); e 3 – analisar a cultura regional onde o produto vai ser comercializado. “O preço faz parte de um conjunto de fatores essenciais em um empreendimento. Por isso, esse esforço dos três itens deve ser perseguido com rigor. Porém, para buscar o sucesso da empresa, é importante que os varejistas também se atentem aos outros itens essenciais: excelência no atendimento, ambiente agradável, layout bem organizado, qualidade dos produtos e serviços, entre outras palavras, uma boa definição da identidade ou composição do valor da empresa”, afirma Nagamatsu.
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Acesso à saúde na América Latina TEMA FOI DISCUTIDO DURANTE CONVENÇÃO ORGANIZADA PELO FINANCIAL TIMES, EM MIAMI, NOS ESTADOS UNIDOS. LÍDERES DO MERCADO APONTARAM OS DESAFIOS DO SISTEMA QUE ATENDERÁ UMA POPULAÇÃO QUE TENDE A VIVER CADA VEZ MAIS POR LÍGIA FAVORETTO
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Companhias internacionais estão expandindo seus negócios para a América Latina como uma forma de tentar aumentar o acesso da classe média à saúde. Os custos pagos pelo sistema público não suprem as necessidades e muitas alternativas apresentadas pelo sistema privado estão crescendo de forma vertiginosa, seja por meio de convênios ou, ainda, de forma mais elaborada, seguros que oferecem uma solução completa ao paciente: consulta médica, exame de diagnóstico, resultado e, por fim, o medicamento, para a garantia de adesão ao tratamento. As apostas das indústrias farmacêuticas estão voltadas para doenças infecciosas, relacionadas à pobreza e/ou ao estilo de vida e envelhecimento, fatores que requerem medicamentos e tratamentos mais customizados. Existem
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muitos desafios e necessidades a ser atendidos, como desenvolvimento e pesquisa de novos fármacos, regulamentação e, principalmente, preço. Os temas citados foram discutidos durante um dia inteiro, por executivos e autoridades do Chile, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Brasil, no FT Latin America Healthcare and Life Sciences Summit, que aconteceu em Miami, Estados Unidos, em setembro último. De acordo com o presidente da Universidade de Miami, Julio Frenk, a América Latina tem sido inexplicavelmente ausente do debate sobre o desenvolvimento global. O executivo explica que, quando se fala em sucesso do desenvolvimento, os olhares estão voltados para os tigres asiáticos, China e Coreia; já no que diz respeito ao desafio do desenvolvimento, ouve-se falar da África. Mas por que não falar da América Latina? “Eu acho que uma das razões é que há a percepção IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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O evento aconteceu no hotel Viceroy, localizado à avenida Brickell, em Miami, Estados Unidos
de que temos conquistado muitos dos desafios de desenvolvimento. Bem, isso é verdade, não há dúvida, a América Latina é uma das regiões em desenvolvimento com maior progresso. O fato é que continua a ser uma das regiões mais desiguais do mundo, ou seja, há diferenças graves entre seus países. Se você analisar os números de uma parte da população indígena que habita essa região, você encontrará taxas de mortalidade vistas em muitos países africanos.” De acordo com Frenk, as inovações dos últimos 20 anos estão posicionando a América Latina como uma das primeiras regiões em desenvolvimento no mundo no que diz respeito à cobertura de saúde, sobretudo, ao desenvolvimento sustentável. “O grande problema a ser enfrentado está no envelhecimento da população e na transmissão de doenças que acabam se tornando uma condição crônica, as pessoas vivem com câncer, vivem com HIV/aids, vivem com diabetes, por um longo período de tempo. Os casos agudos em que se recupera ou morre estão diminuindo.”
Frenk ressalta que isso tudo gera problemas graves, pois há uma lacuna entre inovação e acesso. “Poder cuidar da saúde não é um privilégio, mas um direito universal das pessoas e isso, naturalmente, coloca uma enorme pressão política sobre os sistemas de saúde.” Ele comentou sobre o caso do México, que passou por uma reforma de saúde, com financiamento público. “Foi criado seguro de saúde público, que abrangeu 50 milhões de pessoas, metade da população, as mais pobres, que haviam sido excluídas do regime de segurança social convencionais, garantindo acesso a mais de 250 serviços essenciais e mais de 60 de alto custo, intervenções de alta tecnologia, tratamento para o câncer, HIV/aids, entre outros.” Frenk complementa: “Uma das lições políticas que se podem obter é que mover recursos do implícito para benefícios explícitos pode ser um instrumento muito poderoso porque permite recursos de prestação de contas. Permite a tomada de decisões que otimiza investimentos públicos e privados na área da saúde”. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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Para ele, em vez de uma reforma abrangente, que cobre todos os tipos de inovação, é preciso pensar primeiro na inovação tecnológica, que é considerada como uma área central, aproveitando a promessa revolucionária da tecnologia, da informação e da comunicação para as ciências da vida, pelo uso, por exemplo, de plataformas móveis que ofereçam resultados personalizados. O ministro da Saúde da Colômbia, Fernando Ruíz, acredita que, para cada sistema de saúde, a sustentabilidade financeira é um marco importante, porém os recursos de saúde são limitados e é fundamental manter os baixos níveis de despesas “fora do bolso”, ou seja, pagos pelo governo. “Para garantir a sustentabilidade financeira do sistema de saúde, temos de abordar a pressão econômica tecnológica, demográfica e social. Na Colômbia, a classe média cresceu 14% nos últimos 15 anos. Lá, se gasta um quinto das despesas de saúde que a maioria dos países desenvolvidos gasta por pessoa, mas a inclusão de novas tecnologias é essencial para manter a legitimidade do sistema, tornando a sustentabilidade um desafio real.” Ruíz ressalta que, na Colômbia, na segunda metade da década passada, novos medicamentos, não inclusos no pacote de benefícios cobertos pelo seguro, começaram a ser pagos com fundos públicos. “O estado estava disposto a pagar por quase tudo, a qualquer
preço. Os pagamentos para novos medicamentos aumentaram e, consequentemente, as dívidas com fornecedores cresceram rapidamente. A fim de equilibrar as pressões financeiras e melhorar o desempenho do sistema de saúde da Colômbia, estamos implementando um pacote abrangente de estratégias.” Segundo relata o ministro da Saúde, a política farmacêutica nacional é que contempla uma resposta direta à pressão tecnológica. Segundo ele, é preciso dizer “sim” à inovação tecnológica. “Devemos identificar e priorizar novas tecnologias que realmente contribuam para a saúde e o bem-estar da população. O sistema não pode pagar por tecnologias ineficazes.” Outro destaque fica por conta da atenção primária à saúde, aumentando a disponibilidade dos serviços básicos. “Em resumo, precisamos de um sistema de saúde que trabalha no atendimento-base, um sistema de promoção de saúde, que exige: liderança política, regulamentação eficaz e tecnologias de baixo custo, a preços acessíveis.” Ruíz falou ainda sobre a importância da regularização de preços dos medicamentos genéricos e similares. Para o laboratório Takeda, representado no evento por seu atual presidente no Brasil, que assumiu a posição de Head LATAM, Ricardo Marek, as necessidades de saúde específicas dos países latino-americanos ganham ainda mais força nas discussões estratégicas
Julio Frenk – presidente da Universidade de Miami
Uta Kemmerich-Keil, CEO Global da divisão Consumer Health da Merck, à direita, durante sua apresentção
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Andrew Word, correspondente farmacêutico do Financial Times; Ricardo Marek, Head LATAM da Takeda; e Rodrigo Araújo, sócio sênior – Ciências da Vida, da Korn Ferry
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da companhia. “Na América Latina, por exemplo, a vacina contra a dengue é uma questão emergencial e, por isso, queremos buscar soluções que atendam plenamente às necessidade reais das pessoas que vivem em regiões que são mais afetadas.”
A IMPORTÂNCIA DO BRASIL Brasil e México são os dois maiores países da América Latina, até mesmo por uma questão de demanda. O diretor da Deloitte Brasil, Enrico de Vettori, enfatizou que o Brasil responde por 50% desse mercado, desta forma, será sempre área prioritária de investimentos. Segundo ele, o País terá mais investimentos vindo de fora do que exportará. “Estamos em promoção. Antes você tinha um câmbio de dois e hoje tem um câmbio de quatro, isso tudo aconteceu de maneira muito rápida. Então você ainda quer separar o pouco dessa economia gerada em função do câmbio, para que possa ter disponibilidade de caixa a fim de atravessar a crise, ainda assim, estará na vantagem, porque o investimento necessário para vir ao Brasil dois anos atrás será feito com a metade dele.” Vettori acredita que um evento desta magnitude é muito importante para mostrar as forças da região. “O Brasil não é nem tão bom, nem tão frágil, como a própria mídia passou a explorar nesse passado recente. Temos problemas, mas a crise vai passar. A corrupção 50
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se dá muito no que tange o privado com o público, mas no privado com o privado não existe. Está havendo um entendimento maior de que não adianta abrir o bolso e sair gastando indiscriminadamente porque, além da criatividade de pedaladas, chega um momento em que é muito pior do que o anterior, primeiro, porque tem de se retirar o que se deu e, segundo, porque se tem um país completamente fragilizado e desacreditado.” Outro destaque ficou por conta da importância do capital humano. O sócio sênior – Ciências da Vida, da Korn Ferry, Rodrigo Araújo, informou que todo mundo está falando em reduzir o custo, em proporcionar maior qualidade de tratamento aos pacientes, uma maior efetividade aos meios influenciadores e de agentes da cadeia. “Há aderência daquilo que precisa ser feito. O grande desafio está em como isso vai ser implementado, o que passa por discussões complexas que passam pela forma com a qual os diferentes agentes da cadeia de saúde irão trabalhar essas questões de maneira mais abonativa, talvez movimentando uma agenda mais setorial e menos individual.” O executivo explicou que existem jogadores, empresas e lideranças extremamente ativos nesse processo. Entretanto, essa é uma indústria que viveu muito pouco a revolução em sua história. “Então, você olha para o farmacêutico e ele basicamente opera há anos, dezenas de décadas, num formato ainda bastante pouco
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evolutivo. Você olha para o prestador de serviço, os hospitais, muitas vezes também. Eles fazem algumas inovações, o que chamamos de inovação incremental, por exemplo, um hospital generalista passa a ser especialista. Esse setor ainda não passou por aquilo que chamamos de inovação disruptiva. Como serão os hospitais daqui há alguns anos? De que forma eles atuarão? A única certeza que temos é de que o paciente não deverá estar lá.” Araújo reforçou dizendo que a grande maioria das pessoas chegará aos seus 80 anos de idade com boa saúde; segundo ele, há indicadores que mostram essa evolução. “Mas a pergunta que fica é: qual o custo desse processo? Essa é a grande discussão da história. Sem dúvida, nós vamos encontrar a fórmula. Assim, precisamos definir o perfil de líderes que atuarão nesse contexto de muita ruptura, de muita inovação, de elementos digitais. Os novos profissionais irão liderar este processo de transformação.” Ele acredita que a indústria, provavelmente, será muito diferente do modelo atual, com a tendência de acoplar uma série de características de gerações que estão à frente e que a geração seguinte não vivenciou. Marek, da Takeda, enfatizou dizendo que o mercado precisa de pessoas flexíveis e ao mesmo tempo resilientes, para lidar com os altos e baixos de um mercado emergente.
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CUSTO, ACESSO E ALTERNATIVAS DISPONÍVEIS Nos últimos anos, um número maior de pacientes da América Latina tem tido maior acesso aos cuidados de saúde, mais pacientes são tratados de forma adequada, mais pacientes são tratados melhor. Mas, ainda assim, é preciso reconhecer que muitos não são capazes de acessar tratamentos inovadores, e pior, tratamentos de doenças corriqueiras. E isso é um problema. “Pela crescente demanda dos consumidores da América Latina, nota-se a tendência do aumento de produtos de saúde e tendência para bens de consumo, que tornem a vida cotidiana mais conveniente”, disse a CEO Global da divisão Consumer Health da Merck, Uta Kemmerich-Keil, durante sua apresentação. A executiva ressaltou que os negócios da empresa estão voltados para antecipar as rápidas mudanças demográficas da região e disponibilizar aos consumidores o que eles precisam para suas necessidades de saúde. Segundo ela, a América Latina é a região que tem apresentado um dos maiores crescimentos para o laboratório. Uta revelou que um dos maiores trunfos é possuir marcas com cerca de 80 anos de mercado, como a vitamina C, Cebion, por exemplo, o que faz com que haja um relacionamento de confiança construído entre a empresa e seus consumidores.
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DISPOSIÇÃO PRA TUDO E MAIS UM POUCO.
Produtos dispensados de registro conforme RDC nº 27/10.
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FOCO NO CONSUMIDOR Após as discussões apresentadas durante a convenção, a CEO Global da divisão Consumer Health da Merck, Uta Kemmerich-Keil, recebeu um seleto grupo de jornalistas para uma entrevista exclusiva. Lígia Favoretto: Os suplementos vitamínicos e alimentares têm ganhado cada vez mais espaço no mercado, por atuarem como alternativas preventivas. Isso tende a crescer? Uta Kemmerich-Keil: Eu acho que quando você olha para o mercado, produtos Over The Counter (OTC), eles desempenharão papéis importantes e as vitaminas têm um pedaço relevante. Alguns mercados, como a Europa, são mais maduros. Mas o que se percebe é que é possível trabalhar para o bem-estar. Esse é um sinal de que depois de cobrir suas necessidades básicas, você cuidará de seu bem-estar, ou seja, os investimentos em estilo de vida aumentarão. Mas para que todos tenham hábitos preventivos, é preciso investir mais em educação. As noções básicas de prevenção exigem um certo nível educacional, por exemplo: o frio está chegando e, por isso, vou tomar algo que me proteja, como uma vitamina C e zinco. As pessoas precisam saber como essas coisas funcionam e que é parte do que empresas, como nós, fazemos. Educamos, ajudamos as pessoas a entender o que fazer. Lígia: As pessoas acreditam em marcas. De que forma a Merck vem trabalhando suas marcas em farmácias e drogarias? Uta: Você está absolutamente certa. As pessoas pesquisam, navegam na internet, conferem se este ou aquele é o produto de que precisam, para depois, sair
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e comprá-lo. Algumas pessoas consultam amigos. Algumas vão à farmácia. Nós preferimos trabalhar com as farmácias, porque acreditamos que os farmacêuticos são profissionais de alta qualidade. Nós gastamos muito esforço em formação não só de farmacêuticos, mas também dos balconistas, para que possam ser bons conselheiros e entendam as necessidades dos consumidores. Você quer ter certeza de que o seu consumidor está feliz com o que ele está comprando? Espere ele voltar. Com o conselho certo, ele sempre voltará. Lígia: Você acredita que os consumidores estão preparados para escolher pelos medicamentos isentos de prescrição?
Uta: Depende. Se o paciente tem uma dor de garanta recorrente, já sabe o que irá curá-lo, ou seja, passa a ser um usuário leal de determinada marca. Mas os farmacêuticos também podem identificar algumas deficiências da saúde e auxiliar na compra. A farmácia é o lugar onde todos nós iremos, a longo prazo. Lígia: De que forma a Merck fornece educação a esses profissionais? Uta: Promovemos educação continuada de diversas formas para toda a cadeia. Temos utilizado muito treinamentos on-line, que o profissional pode escolher quando fazer. Queremos ajudar as pessoas a fazer escolhas.
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Fernando Ruíz, ministro da Saúde da Colômbia
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sobre o GlicOnline, um aplicativo que calcula as doses de insulina que um paciente diabético deve aplicar, esse é só um exemplo; dentro da gama de serviços prestados pela empresa, há a consultoria, via website, que responde perguntas da população. “Nós não precisamos vender isso apenas para as companhias de seguros de saúde ou para o governo. Nós podemos fazer parceria com a indústria farmacêutica, uma nova forma de a indústria de medicina colocar dinheiro e marketing, como a insulina ou drogas cardiovasculares desta indústria, para poder ensinar as pessoas, a sociedade, como lidar e como prevenir diabetes, como promover sua saúde e como lidar com esta condição. E a maneira de fazer isso é por meio da interatividade, dando voz às pessoas e interagindo com elas.” A editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, viajou a Miami para acompanhar o evento, a convite da Merck Consumer.
Conheça como funcionam os módulos de importação e exportação. AL
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Ela reforçou a necessidade de oferecer opções de autodemanda para a população. Ter marcas Over The Counter (OTC) faz com que as pessoas não precisem ir ao médico, consigam fazer suas escolhas e resolvam problemas de primeira necessidade. “Isso nos permite falar diretamente com os consumidores e o foco está em entender as necessidades desses consumidores, baseando nosso trabalho neles.” Ao olhar para o mercado de OTC, a executiva afirma que é a categoria mais forte. “Eu acredito, fortemente, que a América Latina é uma enorme oportunidade para as empresas que querem atuar nesse nicho. As pessoas estão cada vez mais conscientes de que precisam manter a saúde e estão atuando de forma ativa contra o envelhecimento.” Os debates estão sempre mais focados no orçamento, mas é fundamental que se discuta de que forma a população se comporta e está educada para a saúde. Muitas vezes, as pessoas têm pequenas dúvidas em relação aos cuidados, dúvidas que poderiam ser respondidas de forma rápida e eficaz, sem onerar postos, clínicas e hospitais. A conta dos convênios aumenta cada vez mais e houve uma percepção de que é possível oferecer um novo benefício para o empregado e sua família: uma equipe de saúde on-line para discutir e coordenar o cuidado. O fundador da Quasar Telemedicina, Ricardo Pessoa, apresentou de que forma isso pode ser feito. Ele falou
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SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 58
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Neste clima de recessão, sabemos que o preço é importante para o cliente, mas é apenas um fator geral da experiência de compra. A crise tem levado o consumidor a priorizar o valor em detrimento do preço. Compras baseadas no valor tornaram-se evidentes e as pessoas se mostram mais escrupulosas em relação a isso. O consumidor mais informado procura um valor melhor em tudo e esse valor nem sempre é só preço. Pesquisas atuais indicam cinco áreas principais que contribuem para uma irresistível experiência de compras sob a ótica dos clientes, já que além do preço, priorizam outros aspectos para fazer suas escolhas de onde comprar. São elas, por ordem de preferência do cliente: • Experiência da marca. Se a loja possui uma atmosfera agradável e um layout marcante, tem sempre produtos de excelente qualidade, faz com que o cliente se sinta especial e nunca deixe de levar alguma coisa. • Envolvimento. A cortesia, o interesse genuíno dos atendentes pelo cliente e disposição em ajudá-lo, a atenção às suas necessidades, ouvindo-o, sempre ajudam com que o cliente defina ir a este e não a outro estabelecimento. • Atendimento acima das expectativas. Ao explicar e aconselhar com paciência, verificar o estoque, ajudar o cliente a encontrar o que procura, conhecer o produto e revelar aspectos insuspeitos de qualidade dele, o atendente demonstra um cuidado especial e individual com cada um, o que difere a loja de outra. 2015
• Agilidade. Ao demonstrar sensibilidade em relação ao tempo que o cliente espera tanto no atendimento quanto na fila do caixa, ao mostrar disposição em ajudá-lo a concluir rapidamente o processo de compra, a equipe de funcionários mostra o quanto prioriza cada cliente e o seu tempo. Isso faz com que ele, ao precisar de algum produto, lembre-se dessa oportunidade que a empresa oferece. • Solução de problemas. Ao ajudar o cliente a resolver problemas e compensá-lo pelo transtorno sofrido, melhorando a qualidade do atendimento para que ele se sinta plenamente satisfeito, a empresa e os funcionários demonstram o quanto ele é importante para o negócio e seus resultados. Para que o proprietário da farmácia ofereça ao cliente uma experiência inesquecível, é preciso que ele treine permanentemente a equipe para que seja capaz de cumprir e “entregar” as preferências do consumidor e consiga convertê-las em serviços personalizados. Mesmo em contextos econômicos difíceis, apesar da escassez de recursos e do fechamento de várias lojas, ainda é possível encantar o cliente e surpreendê-lo. O varejo pode proporcionar essa experiência irresistível de compra se for capaz de fornecer os elementos básicos que o cliente deseja de uma compra inesquecível. A possibilidade se concretiza no momento em que o varejista tem tudo de que precisa para isso no devido lugar. Muito sucesso e resultados positivos para o término de 2015 e início de 2016! IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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DEBATE
Facão afiado CORTE DE DESPESAS DO GOVERNO CHEGA AO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR, QUE DEVE TER REDUÇÃO DE R$ 578 MILHÕES EM 2016. UM PERÍODO DIFÍCIL SE AVIZINHA. É PRECISO ESTAR PREPARADO PARA LIDAR COM A NOVA REALIDADE A PARTIR DE JANEIRO DE 2016
POR RODRIGO RODRIGUES
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Demorou, mas aconteceu. A crise financeira que afeta as contas do governo federal vai atingir em cheio um dos carros-chefe da atual administração na área de saúde: o programa Aqui tem Farmácia Popular. Segundo a proposta orçamentária enviada pelo governo ao Congresso Nacional, a partir de 2016, o programa de parceria com as farmácias particulares de todo o Brasil deve sofrer um corte de R$ 578 milhões. Segundo a proposta que ainda deve ser submetida ao Congresso Nacional, a partir de janeiro de 2016, o governo federal vai deixar de subsidiar a venda de medicamentos para doenças, como rinite, incontinência urinária, osteoporose, glaucoma, colesterol e Mal de Parkinson nas farmácias que atendem ao programa em todo o
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Brasil. De acordo com documento, os anticoncepcionais também deverão perder o subsídio governamental, ficando a distribuição restrita apenas aos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) e às unidades públicas do programa Aqui tem Farmácia Popular do Brasil. O governo federal alega que apenas 15% do programa será afetado com o corte, já que os medicamentos para asma, hipertensão e diabetes continuarão tendo cobertura e repasse normalmente. O Ministério da Saúde (MS) alega que as três doenças com cobertura mantida representam 85% de todos os repasses e vendas feitas nas farmácias cadastradas no programa, que hoje somam em torno de 34,5 mil unidades em todo o território nacional. “O que está sendo veiculado sobre o recurso para o financiamento do programa ter sido ‘zerado’ não IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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DEBATE
condiz com a verdade. Se aprovado da forma como foi encaminhado ao Congresso, serão mantidos os 14 medicamentos, entre os 25 itens atualmente constantes no elenco do programa, além das mais de 526 unidades da rede própria”, diz uma nota técnica do diretor de Assistência Farmacêutica do MS, José Miguel do Nascimento Júnior. A nota era endereçada apenas aos gestores do programa, mas o Guia da Farmácia e alguns poucos veículos da imprensa tiveram acesso ao documento, que foi avalizado pelo MS. Oficialmente, contudo, o ministério explica mais claramente que o programa Saúde Não Tem Preço, que engloba o Aqui tem Farmácia Popular – continuará contando com orçamento de R$ 2,8 bilhões em 2016. O órgão confirma, entretanto, que os 11 medicamentos cortados do planejamento 2016 serão distribuídos à população apenas nas unidades públicas e postos de saúde. Preocupado com a forma como as informações foram divulgadas na imprensa, gerando especulações sobre um possível fim do programa em e-mails e nas redes sociais, o Ministério correu a informar que as reduções não significam o fim do programa. “Segundo a proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional, o orçamento para o programa – divido em gratuidade e copagamento – manterá a oferta gratuita de medicamento. Com isso, ficam mantidos os 14 medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita aos cidadãos que respondem por mais de 85% dos pacientes atendidos mensalmente pelo programa. (...) É importante ressaltar também que não há nenhuma proposta do governo federal no sentido de acabar com o programa”, afirma o MS.
OPINIÕES DIVERSAS Apesar do corte não afetar substancialmente o Aqui tem Farmácia Popular, representantes do setor farmacêutico lamentam o contingenciamento de recursos para o programa e avaliam a ação como retrocesso para os que mais precisam. “Qualquer corte promovido no programa não significa apenas prejuízos aos farmacêuticos e varejistas, mas também à população, que vai ter mais dificuldade para achar aquela medicação e dar continuidade aos tratamentos. As unidades públicas do Farmácia 62
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Popular do Brasil não estão presentes nos mais de 5.500 municípios braO programa sileiros e o estratégico do prograde parceria com ma Aqui tem Farmácia Popular as farmácias deve sofrer um corte de é justamente suprir a ausência R$ 578 milhões do Estado nesses municípios. Logo, essa restrição vai afetar diretamente quem precisa da medicação, o que é um passo atrás diante de conquistas sociais adquiridas”, avalia o presidente da Associação dos Farmacêuticos Proprietários de Farmácias do Brasil (AFPFB) e do grupo Farma & Farma, Rinaldo Ferreira. Na visão de Ferreira, os cortes promovidos pelo governo federal no programa evidenciam a falta de prioridade das autoridades na universalização da saúde gratuita e irrestrita aos brasileiros. “Esse programa é um dos grandes modelos de referência na parceria do privado com o público, visando ao atendimento universal dos pacientes e ao tratamento rápido e eficaz. O passo atrás dado agora sinaliza que, mais uma vez, o pobre, que não tem condições de bancar o valor integral da medicação, terá de abandonar o tratamento”, lamenta o executivo. A opinião é compartilhada pelo vice-presidente da Rede Inova Drogarias, de Minas Gerais, Alan Fernandes. Com cerca de 450 lojas em território mineiro, o empresário afirma que o efeito nocivo dos cortes no programa deve afogar ainda mais o sistema público de saúde dos pequenos municípios brasileiros. “A chegada do Aqui tem Farmácia Popular ajudou muito a derrubar a demanda por medicamento nas cidades onde o governo federal não possui unidade pública das farmácias populares e os governos estaduais não fazem o repasse necessário aos postos de saúde. Esse corte vai elevar a pressão nos municípios, que terão de disponibilizar mais recursos para suprir esse corte. E sabemos a situação da saúde municipal pelo Brasil, que é cheia de desvios e deficiência. Ou seja, esse corte prejudica um sistema que já é por si deficiente e caótico”, analisa Fernandes. Nos cálculos da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), pelo menos três milhões de brasileiros são beneficiados atualmente pelas modalidades de tratamento para colesterol, osteoporose, Mal de Parkinson, glaucoma e rinite, além de contraceptivos e fraldas geriátricas.
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DEBATE
RAIO X DO PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR Orçamento (bilhões de R$)
2,8
Farmácias credenciadas (milhares)
2,8
34,5
2,5
Pacientes atendidos (milhões)
18,5
34,5
33,2
15,8
29,5 2013
2014
2015
2016*
2013
2014
2015
2016*
2013
2014
-
-
2015
2016
*Valor estimado na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016
Medicamentos que sofrerão cortes em 2016 Indicação
Medicamento
Será ofertado após corte do orçamento?
Existe correspondente no copagamento da rede própria?
Anticoncepção
Acetato de medroxiprogesterona 150 mg
Não
Sim
Anticoncepção
Valerato de estradiol 5 mg + enantato de noretisterona 50 mg Não
Sim
Anticoncepção
Etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg
Não
Sim
Anticoncepção
Noretisterona 0,35 mg
Não
Sim
Asma
Brometo de ipratrópio 0,02 mg
Sim
-
Asma
Brometo de ipratrópio 0,25 mg
Sim
-
Asma
Dipropionato de beclometsona 200 mcg
Sim
-
Asma
Dipropionato de beclometsona 250 mcg
Sim
-
Asma
Dipropionato de beclometsona 50 mcg
Sim
-
Asma
Sulfato de salbutamol 100 mcg
Sim
-
Asma
Sulfato de salbutamol 5 mg
Sim
-
Diabetes
Cloridrato de metformina 500 mg
Sim
-
Diabetes
Cloridrato de metformina 500 mg – ação prolongada
Sim
-
Diabetes
Cloridrato de metformina 850 mg
Sim
-
Diabetes
Glibenclamida 5 mg
Sim
-
Diabetes
Insulina humana 100 UI/mL
Sim
-
Diabetes
Insulina humana regular 100 UI/mL
Sim
-
Dislipidemia
Sinvastatina 10 mg
Não
Não
Dislipidemia
Sinvastatina 20 mg
Não
Sim
Dislipidemia
Sinvastatina 40 mg
Não
Não Sim
Parkinson
Carbidopa 25 mg + levodopa 250 mg
Não
Parkinson
Cloridrato de benserazida 25 mg + levodopa 100 mg
Não
Não
Glaucoma
Maleato de timolol 5 mg
Não
Não
Glaucoma
Maleato de timolol 2,5 mg
Não
Não
Hipertensão
Atenolol 25 mg
Sim
-
Hipertensão
Captopril 25 mg
Sim
-
Hipertensão
Cloridrato de propranolol 40 mg
Sim
-
Hipertensão
Hidroclorotiazida 25 mg
Sim
-
Hipertensão
Losartana potássica 50 mg
Sim
-
Hipertensão
Maleato de enalapril 10 mg
Sim
-
Osteoporose
Alendronato de sódio 70 mg
Não
Sim
Rinite
Budesonida 32 mcg
Não
Não
Incontinência
Fralda geriátrica
Não
Não
Fonte: Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma)
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DEBATE
OS CORTES PROMOVIDOS PELO GOVERNO FEDERAL NO PROGRAMA EVIDENCIAM A FALTA DE PRIORIDADE DAS AUTORIDADES NA UNIVERSALIZAÇÃO DA SAÚDE GRATUITA E IRRESTRITA AOS BRASILEIROS O presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto, alega que esse contingenciamento de recursos para 2016 poderia ter sido evitado se os órgãos federativos tivessem se unido para resolver o problema das diferenças do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os vários estados. “Lamentamos que a crise tenha tornado um corte como esse necessário. Se os governos estaduais tivessem desonerado o ICMS desses medicamentos para o Aqui tem Farmácia Popular, como há anos a Interfarma vem defendendo, seria possível manter o programa”, declara Britto. O executivo da Interfarma explica que, atualmente, o gasto da Farmácia Popular gira em torno de R$ 2,88 bilhões. As alíquotas de ICMS são 17%, 18% e 19%, dependendo do estado, o que corresponde a uma arrecadação total no País de R$ 500 milhões; valor equivalente ao corte feito pelo governo federal. Na visão dele, se esses valores tivessem sido negociados com os estados, a população não seria afetada pela ausência de subsídios para tratamento das doenças descartadas pelo programa.
OUTRAS VENDAS A preocupação do mercado varejista independente, segundo o gestor da bandeira Farmafort, do interior de São Paulo, Rogério Lopes Júnior, também está na diminuição do fluxo de clientes nas lojas. Lopes Júnior afirma que um dos méritos do Aqui tem Farmácia Popular é exatamente elevar a presença de clientes pessoalmente nos pontos de venda, aumentando o tíquete médio das lojas. “O programa ganhou importância estratégica porque, ao levar o cliente para dentro da loja, ajuda na compra por impulso. Às vezes, o comprador vai só para 66
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adquirir aquele medicamento para pressão, mas também acaba levando um sabonete, um xampu ou algum outro item que faltava em casa. Nesse ponto, a preocupação é de que esses cortes afastem esses novos compradores das lojas”, declara. De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), em 2014, o programa Aqui tem Farmácia Popular foi responsável por levar às lojas das grandes bandeiras do varejo farmacêutico cerca de 5,3 milhões de compradores. Isso gerou a venda de mais de 13 milhões de unidades de medicamentos, significando um faturamento de R$ 195 milhões no ano. O valor é menos de 3% dos R$ 7,4 bilhões do faturamento das grandes redes farmacêuticas no Brasil em 2014. Entretanto, os números da Abrafarma mostram que aos poucos o programa vem ganhando importância nas redes. De 2013 para 2014, o número de clientes do programa nessas lojas grandes cresceu 8,16% e as vendas por unidade cresceram 9,42%. No mesmo período, os chamados “clientes normais” – não vinculados ao programa federal – tiveram um acréscimo de 6,62% nas lojas das redes vinculadas à Abrafarma. Entre os varejistas independentes, as vendas do programa, segundo levantamento informal das redes, não devem ultrapassar 10% a 15% do faturamento, dependendo muito do município do Brasil em que a loja está localizada. A lógica é que, em cidades menores e mais carentes, a força das vendas seja maior para o farmacista que é cadastrado no programa. Apesar disso, a Abrafarma solicitou, em meados de outubro último, uma audiência com o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, para tratar do assunto e tentar reverter esse corte abrupto no programa. Segundo a entidade, a audiência não foi marcada até agora. No comunicado oficial do MS, contudo, o órgão diz que a Lei Orçamentária 2016 deve passar por mudança no Congresso Nacional e que o novo ministro tem feito esforços junto ao governo para evitar essas perdas orçadas para o próximo período. “É importante lembrar que o cenário que se desenha para 2016 não é definitivo. A proposta orçamentária é um Projeto de Lei que ainda será discutido no âmbito do Congresso Nacional. Cabe reforçar que o MS vem trabalhando de maneira transparente em busca de soluções para a situação e tem dialogado com o Ministério
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do Planejamento para a recomposição de seu orçamento para o próximo ano”, diz a nota do Ministério. Nos cálculos da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias e Drogarias (Febrafar), os cortes do programa devem estar acima dos 15% alegados pelo governo, chegando até 30% do programa. Contudo, o presidente da entidade, Edison Tamascia, diz, em comunicado oficial da Federação, que o programa não deve perder importância no mercado. “Em 2015, o gasto com o programa foi de mais de R$ 2 bilhões. Isso quer dizer que o corte do programa afetará apenas 30% do montante. Ainda que essa proposta seja aprovada sem nenhuma alteração, é importante estarmos cientes de que o Saúde Não Tem Preço, com gratuidade de medicamentos para asma, hipertensão e diabetes, não sofrerá nenhuma alteração. A gratuidade dos medicamentos representa 70% do Aqui tem Farmácia Popular. Portanto, o programa continuará sendo importante para a rentabilidade das farmácias”, declara Tamascia. O presidente da Febrafar acredita que existe grande chance do projeto ser aprovado pelo Congresso e ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Caso isso de fato venha a ocorrer, as farmácias podem perder parte dos clientes do programa, especialmente aqueles
que não têm recursos para pagar integralmente pelos produtos. Tamascia alerta, todavia, que muitos pacientes continuarão dependendo dos medicamentos e não deixarão de comprá-los. “Os gestores de farmácia precisarão de inteligência e estratégia para lidar com a possível queda nas vendas. Eu, por exemplo, vou baixar o preço e fazer uma campanha dizendo: o governo não te dá mais desconto, mas eu dou”, afirma. Fernandes, que é associado da Febrafar, conta que já está seguindo as orientações do presidente da entidade e alertando os associados a não deixar que os cortes do governo afetem as vendas das lojas da rede. A dica de Fernandes aos associados é melhorar a negociação com os fornecedores para garantir descontos no balcão aos clientes órfãos do Aqui tem Farmácia Popular. “O momento é do varejista usar a criatividade e tornar o limão uma limonada. Ele tem de deixar claro para o cliente que o desconto a partir de janeiro de 2016 será dado pela loja, valorizando o passe e a fidelização do cliente. Isso fortalece a marca e a relação com o paciente, que certamente deve voltar no mês seguinte. Reclamar é sempre mais fácil. Mas o empresário visionário é aquele que age certo no momento certo. É hora de arregaçar as mangas e fazer esforços”, declara o executivo. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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VENDAS
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Há quem diga que vender é uma arte. Mas como toda arte, para ser bem-sucedido, é preciso ir além do amor. Técnicas e conhecimentos são fundamentais para vendedores que não se contentam com amadorismo e almejam a profissionalização. Para o vendedor e autor do livro Vendas. Como eu faço?, com técnicas e insights para vendas, José Ricardo Noronha, vendas é uma área do conhecimento como qualquer outra. E toda venda depende de técnica. Por isso, só é possível ser um bom vendedor com treinamento e capacitação. “O bom vendedor se interessa o tempo todo em saber mais para vender melhor.
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Investe continuamente”, diz o especialista. O gerente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Daniel Palácio, concorda. Ele aponta que a grande diferença entre o vendedor amador e o profissional é que o último treina e se capacita constantemente. Palácio lembra que o tempo de uma venda malsucedida e de uma venda bem-sucedida é o mesmo. Assim, o vendedor mais preparado, que procura entender o máximo sobre o produto e, portanto, tem mais subsídio para a venda, possui mais chances de concretizá-la. E subsídios não são apenas conhecimento sobre os produtos e, sim, técnicas de vendas e indicadores. “O vendedor amador quando erra não sabe por que está IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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errando. O profissional tem domínio de ferramentas, técnicas, estratégias e consegue ter mais sucesso porque possui conhecimento sobre o que está acertando e errando”, explica o diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas), Carlos Cruz. Mas para chegar a ser um profissional, como em toda área, é preciso estudo e dedicação. Além das especificidades de cada profissão, Cruz lembra que todos precisam dominar técnicas de vendas. Entre as ferramentas mais utilizadas pelos vendedores, está o ciclo de vendas. Depende de cada empresa, mas geralmente o ciclo tem cinco etapas: abordagem, apresentação, negociação, fechamento e pós-vendas. “Precisa investir nesses componentes, entender melhor cada um e as técnicas da sua área”, explica.
CICLO Abordagem
Apresentação
Cruz destaca ainda os quatro pilares básicos que sustentam a carreira de um vendedor profissional, desenvolvido pelo IBVendas, como outra ferramenta importante para nortear a preparação de um vendedor profissional. Com essas ferramentas, explica, é possível ter um plano tático de vendas traçado para melhorar a performance. Já o consultor do Sebrae-SP lista quatro itens fundamentais para a boa preparação do profissional de vendas: pensar no atendimento com foco no cliente – percepção, perfil do cliente, como encantar; adequar produto ao perfil do cliente – produtos oferecidos, políticas de promoção, desconto, aplicação dos produtos, vantagens de cada produto; conceitos de negociação – como persuadir, entrar na mesma sintonia para conseguir a venda; e gestão de tempo e organização do trabalho. O dono do negócio também tem influência na formação de seus profissionais e deve mostrar interesse de melhorar a capacidade de vendas de sua equipe. “O empresário tem um papel importante na capacitação do vendedor, é ele quem possui a responsabilidade de promover a reciclagem de seus profissionais”, ressalta Cruz. Alguns profissionais valorizam a formação acadêmica e, geralmente, é o curso de marketing o mais aconselhável para quem quer atuar em vendas. Cruz acredita que, apesar de não ser essencial para o exercício da profissão, o curso superior pode ajudar na performance do vendedor. E para quem quer começar, é um bom pontapé inicial.
PERFIL PROFISSIONAL Negociação
Fechamento
Pós-venda
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Nem sempre o estereótipo é útil para encaixarmos as pessoas em profissões ou características determinadas. Mas é fato que a escolha da profissão tem a ver com
O VENDEDOR TEM DE GOSTAR DE GENTE. COM ISSO, ELE VAI ESTAR MAIS DISPOSTO A FAZER UM ATENDIMENTO DIFERENCIADO. ALÉM DE BUSCAR AS ATITUDES CORRETAS
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VENDAS
QUATRO PILARES PARA UM VENDEDOR PROFISSIONAL
IR Indicadores de resultados Medir performance. Qual o esforço para prospecção versus o número de vendas fechadas.
Competências em vendas Existem oito competências necessárias para os vendedores: disciplina; comunicação; criatividade; capacidade investigativa; empatia; adaptabilidade; capacidade comercial; e networking.
CV certas particularidades de cada pessoa. Como o ofício de vendas é bastante amplo, diferentes tipos de pessoas atuam na área. O que torna ainda mais difícil determinar quais são as principais características que a profissão exige. Ainda assim, os especialistas se arriscam a dizer o que costuma ser essencial na profissão. Para Noronha, o vendedor tem de gostar de gente. Com isso, ele vai estar mais disposto a fazer um atendimento diferenciado. Além disso, buscar as atitudes corretas. “Comprar é uma delícia, mas não gostamos 72
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PV
Processos de vendas Prepara o vendedor para conseguir prospectar, ver a necessidade do cliente e conseguir uma solução. Venda e pós-venda. A maioria falha na investigação – fala muito do produto que está vendendo, mas não consegue entender a necessidade do cliente. Profissionais conseguem perceber em qual momento do processo o cliente está e conseguem negociar com facilidade. Por exemplo, o cliente está pedindo desconto porque está cotando ou porque já está prestes a fechar?
Fatores motivacionais Ter objetivos pessoais alinhados com os da empresa.
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que vendam para nós”, pontua Noronha. O vendedor deve somente agregar na experiência de compra, sem “empurrar” nenhum produto que não seja desejado. Palácio destaca que a dicção e a entonação da voz ajudam na hora de auxiliar o cliente.
NO BALCÃO DA FARMÁCIA Ainda que a fase de prospecção do balconista de farmácia não seja tão ampla, é possível fazer com que o atendimento seja perfeito e o desempenho aumente com
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DEZ CARACTERÍSTICAS DO VENDEDOR
Gosta do que faz. “Sem paixão pelo trabalho não vai existir sucesso.”
Capacita-se com frequência com livros, cursos, dicas com profissionais mais experientes.
Tem capacitação interna, conhecimento técnico dos produtos e serviços.
Proatividade. Não espera acontecer, sabe quem são os clientes, mapeia consumo.
Capacidade de persuasão. Entender cliente e atender de forma consultiva.
Organiza seu tempo – focar no principal.
Simpático. Sorriso é requisito básico.
Objetivos e metas bem definidas. Dependem do empresário.
Busca trabalho em equipe. Um membro pode fazer toda a diferença.
Senso de ética. Saber regras, não precisa passar por cima do colega ou do concorrente para ser um bom profissional.
Fonte: gerente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), Daniel Palácio
preparo de cada profissional. Para isso, diz Noronha, o balconista deve transformar a experiência do cliente em algo prazeroso. “Entendimento é mais importante que atendimento”, alerta. Cruz acredita que mesmo sem a habitual prospecção, o vendedor da farmácia pode agregar à experiência do consumidor, mas, para isso, tem de conhecer bem o perfil do seu cliente. A partir de então, quando chega um produto novo ou sabe que o cliente precisa de um medicamento, pode oferecer e facilitar a compra. 74
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Palácio concorda que, na farmácia, a melhor forma de agregar é conhecendo bem o cliente. E acrescenta que como o balconista está na linha de frente da loja, pode fazer sugestões aos gestores. Outra oportunidade é fazer venda cruzada, se o balconista vir que alguém está comprando um barbeador e sabe que o preço do creme de barbear está vantajoso, por exemplo, pode fazer a oferta para o cliente. “O atendente amador só responde ao cliente, o profissional entende o cliente”, finaliza Cruz.
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Último ato do ex-governador Aécio Neves (PSDB) à frente do governo de Minas Gerais, a chamada “Lei “ Lei das Drugstores”, Drugstores”, completa seis anos neste ano, ainda enfrentando bastante resistência nas entidades de classe do setor farmacêutico, mas com muita aprovação entre os empresários locais. Promulgada em 23 de dezembro de 2009, a lei autoriza o funcionamento das drugstores “no mesmo estabelecimento das farmácias e drogarias do estado, desde que as atividades nelas desenvolvidas façam parte do objeto social da sociedade e mediante a expedição, pelo órgão responsável pelo licencia licenciamento, de alvarás sanitários específicos”, diz o texto sancionado pelo ex-governador. Assim que foi sancionada, a lei gerou uma corrida no estado para readaptação do contrato social das empresas, que além de estabelecimen estabelecimentos de saúde, incluíram, no objeto social, as ativi atividades novas apregoadas pela legislação estadual aprovada na Assembleia Legislativa local. O vice-presidente da Rede Inova Drogarias, Alan Fernandes, diz D que depois da aprovação da lei mineira, pouco mais da metade das 450 lojas da bandeira foram adaptadas à nova realidade. Ele afirma que a lei foi uma necessidade mercadológica dos mineiros e permitiu uma disputa maior de mer mercado pelos pequenos lojistas. “Como antes dessa lei não existia uma legis legislação que proibia a venda de produtos de con conveniência, as grandes redes que tinham mais es estrutura e dinheiro trabalhavam com esses produtos baseadas em liminares. Agora, todos podem usufruir do mesmo espaço e oportunidade, especialmente em virtude do achatamento das margens que tem se dado há anos”, afirO vice-presidente da ma Fernandes. Rede Inova Drogaria, Outro empresário Alan Fernandes, afirma que a lei foi que tem enxergado uma necessidade com bons olhos a inimercadológica ciativa é o vice-pre-
sidente da Rede Liga Farma, Gustavo Meirelles Júnior. A bandeira tem em torno de 75 lojas em todo estado e pelo menos 40% delas foram convertidas para o modelo drugstore. Para Meirelles Júnior, a implantação do novo modelo possibilitou a oferta de maior variedade de produtos e atração de novos clientes para as lojas. “Quando o cliente sabe que pode encontrar produtos diversos, não apenas medicamentos, ele aumenta a frequência de idas às lojas. E não compra apenas aquilo que ele foi com intenção de adquirir. Isso eleva o fluxo de caixa e permite mais poder de investimento do varejista para promover melhorias de atendimento”, defende o gestor da Rede Liga Farma. Quem não gostou muito da nova legislação foi o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG), que desde então briga na Justiça para ter o direito de não conceder registro regional às drugstores. Em 2012, a entidade conseguiu uma liminar da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, que reserva à entidade o direto de não registrar essas lojas. Na apelação aceita pelos desembargadores, o CRF-MG afirma que na lei promulgada por Aécio Neves “não está a dispensação de medicamentos, que é privativa de farmácia, drogaria, posto de medicamentos e unidade volante, e dispensário de medicamentos, nos termos da Lei 5.591/73”.
ATENÇÃO FARMACÊUTICA E SAÚDE De fato, a lei criada em Minas Gerais não menciona a dispensação, nem ao menos os tipos de produtos de conveniência que podem ser comercializados nessas lojas. A única coisa que a lei de Aécio Neves estabelece é a proibição da “comercialização, em farmácias e drogarias, de bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos não industrializados”, diz o texto. “Não é possível que uma farmácia, que pela Lei Federal 13.021/14 passou a ser estabelecimento de saúde, comercialize carvão, espeto de churrasco, chips e picolés. São produtos que apregoam exatamente o contrário do que é uma vida plena de saúde. Picolé e chips prejudicam muito a saúde das crianças. Já há estudos que comprovam isso. Não é papel de uma farmácia vender falta de saúde. A venda desses produtos é prerrogativa dos super e hipermercados. É absolutamente irregular essa situação para as farmácias, inclusive do ponto de vista da lei federal, que sobrepõe qualquer legislação estadual”, avalia o vice-presidente do CRF-MG, Claudiney Ferreira. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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CENÁRIO
QUANDO O CLIENTE SABE QUE PODE ENCONTRAR PRODUTOS DIVERSOS, NÃO APENAS MEDICAMENTOS, ELE AUMENTA A FREQUÊNCIA DE IDAS ÀS LOJAS. E NÃO COMPRA APENAS AQUILO QUE ELE FOI COM INTENÇÃO DE ADQUIRIR Meirelles Júnior contesta a opinião do CRF-MG e diz que eles agem apenas em proteção à classe farmacêutica que eles representam. “Natural que uma entidade de classe aja na proteção dos empregos da categoria. Eles acham que o modelo drugstore diminui a importância desses profissionais. Mas não é verdade. O modelo mineiro é semelhante ao norte-americano e lá o farmacêutico continua tendo seu papel nas lojas”, defende o executivo. Ferreira discorda da visão dos empresários e afirma que a preocupação da entidade não é com a proteção de classe, mas com a saúde dos brasileiros em geral. Na opinião do representante do CRF-MG, o modelo adotado em Minas Gerais para as drugstores não é nem de longe o adotado pelos Estados Unidos. “Nós copiamos o modelo de venda americano. Apesar de as drogarias de lá venderem até eletroeletrônicos e hortifrúti, o espaço de dispensação da medicação é protegido e fiscalizado com rigor pela agência reguladora deles. Os serviços de Atenção Farmacêutica (AF) nesses espaços também são obrigatórios. Mas aqui, os empresários insistem em descumprir a lei e colocar um farmacêutico profissional apenas durante oito horas, enquanto a loja funciona 24 horas. Essa realidade não mudou com as drugstores e muitos acham que vender salgadinho, biscoito e pilha é razão para dispensar o farmacêutico durante o resto do período”, rebate Ferreira. As críticas do CRF-MG em relação à falta de compromisso dos empresários brasileiros com a prestação de serviços têm bastante fundamento, quando, óbvio, se compara com o modelo norte-americano. Por lá, bandeiras como CVS, por exemplo, têm o que se chama de MinuteClinic, que são clínicas rápidas instaladas dentro das próprias farmácias ou ao lado delas. Nelas, o cliente 78
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pode ter acesso a serviços médicos, como curativos, tratamento de lesões, infecções de garganta, bexiga ou ouvido, entre outras enfermidades comuns ao dia a dia familiar. Nessas unidades, existem enfermeiros e médicos que examinam e prescrevem medicamentos para O empresário Edgar Reis os pacientes, que compram Maia adaptou sua loja dentro da própria loja os ao modelo drugstore medicamentos e produtos que necessitam. Na MinuteClinic, o médico é autorizado a aplicar e prescrever vacinas contra pneumonia, gripe, hepatite, coqueluche, influenza, etc. É possível também fazer exames simples de pressão, diabetes e tabagismo, além de contar com uma rede de laboratórios associados para fornecimento de resultados rápidos de exames, como de sangue e urina. Virou uma opção acessível e barata para os serviços hospitalares básicos, que antes entupiam o caro e combalido sistema de saúde dos Estados Unidos. Por aqui, bandeiras como Pague Menos, que foi uma das primeiras a massificar em Minas Gerais o modelo de drugstore – ao lado da Araújo –, já começam a implantar esse modelo em várias unidades do País, o que é considerado um avanço e visto com muito bons olhos pelas entidades farmacêuticas de classe. Entre os pequenos, há exemplos como do empresário Edgar Reis Maia, da cidade de Cristais (MG), que também segue nessa direção. Apesar de ter adaptado a loja ao modelo drugstore, ele implantou um serviço de AF que faz sucesso na cidade. “A venda de conveniência deu amplitude nas vendas e possibilitou mais oferta e atratividade aos produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), mas a AF é que agrega valor para nossa loja e gera até 30% mais procura de medicamentos e produtos. O modelo drugstore possibilitou que juntássemos um serviço de manipulação também, que ajuda ainda mais no apelo com o comprador da cidade. Por isso, não dá para reclamar da lei, que só ajudou”, conta o empresário da pequena cidade de Cristais, que pertence à bandeira UAI Farma, que tem em torno de 104 lojas em todo o estado de Minas Gerais.
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CENÁRIO
CILADAS INEVITÁVEIS Apesar do benefício da lei, os empresários mineiros afirmam que o modelo de drugstores não foi o elixir que solucionou todos os problemas dos farmacêuticos e varejistas dos estados. Eles narram que o novo modelo também trouxe problemas que só a longo prazo foram sentidos. Um desses problemas é o dos investimentos necessários para a ampliação da loja. De acordo com os empresários consultados pelo Guia da Farmácia, a venda de produtos de conveniência não passa apenas pela adaptação jurídica da loja, mas pela ampliação de espaço físico num momento em que o valor do metro quadrado só cresce no Brasil. “Para ser uma drugstore, não basta apenas colocar mais uma gôndola no meio da loja e pronto. É preciso investimento, análise para saber se há espaço físico disponível, entre outras coisas. No início do ano, fechamos uma parceria com a Unilever para vender sorvete nas nossas unidades, mas muitas delas não conseguiram por causa do espaço físico para colocar um freezer. É uma decisão empresarial que envolve custos e toda vez que um novo associado nos procura, pedimos a ele para fazer uma boa análise para ver se vale a pena”, conta Fernandes, da Rede Inova Drogarias. Meirelles Júnior, da Rede Liga Farma, destaca que a forma de gestão e controle de certos alimentos de conveniência vendidos numa drugstore é diferente da gestão de medicamentos e produtos de HPC. A forma de precificação também é outra, lembra ele.
APLICABILIDADE NA PRÁTICA Na visão do empresário, o modelo drugstore é aconselhado entre aqueles que já têm uma visão do mercado varejista de longo prazo e sabem dos riscos de expandir a venda para outro escopo de mercadorias. “Muitos dos empresários que chegam a nós querendo mudar para drugstore são ainda muito crus e inexperientes na gestão da própria farmácia. Nesses casos, expandir o mix para outro modelo só vai gerar ainda mais problemas de gestão e perda de produtos por mau gerenciamento”, avalia Meirelles Júnior. Apesar das dificuldades, o gestor da Inova Drogarias avalia que, com dedicação e gestão adequada, é possível conseguir bons resultados com essas vendas de conveniência para equilibrar a saúde financeira das lojas. Nos cálculos da rede, antes da lei, as vendas desse tipo de produto significavam em torno de 0,25% de tudo que era 80
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comercializado pelas 450 lojas da bandeira. Hoje, segundo Fernandes, essa participação cresceu para 1,5% nas dez principais lojas da rede. O valor é bastante baixo, mas o empresário explica que é possível rentabilizar ainda mais esse processo e gerar mais lucro. “Imagine uma loja que venda R$ 100 mil por mês, comercializando em torno de R$ 1.500,00 de produtos que entregam uma margem de contribuição (lucro) próxima dos 50%. Ou seja, só de conveniência, são R$ 750,00 por mês. Ao ano, são R$ 9.000,00. É interessante ver como uma oportunidade que pode ser aproveitada, mas não uma atividade fim para a farmácia”, avalia Fernandes. O exemplo dado serve apenas para itens, como chocolates, balas e outros dispostos simples e que não necessitam de investimentos pesados. Refrigerantes, sorvetes e bebidas prontas exigem outro cálculo, segundo o gestor farmacêutico. “Julgo importante tratar como um agregado e, para isso, temos de ter o espaço e a disposição corretos, para a venda acontecer até mesmo em patamares maiores que os apresentados. Fato é que, hoje, temos lojas que, com esses mesmos produtos, chegam a vender mais de 1,5% deles, que são itens que, se o mark-up não for maior que o mercado local, é venda com boa margem de lucro. Coisa que não acontecia antes em uma drogaria normal”, argumenta Fernandes. Em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, as Assembleias Legislativas locais também têm projetos semelhantes ao mineiro que estão há anos em discussão. Para os especialistas, contudo, as discordâncias entre as entidades farmacêuticas e os empresários devem enterrar essas propostas. Ainda mais depois da aprovação da lei federal que trata do assunto. Para muitos defensores da liberdade de mercado, contudo, enquanto não houver uma lei federal clara e definitiva sobre o assunto, é possível que novas legislações estaduais como a mineira possam ser aprovadas em outras unidades da federação.
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Passos para colher bons frutos AS EMPRESAS DEVEM ADOTAR O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA IMPLANTAR ORGANIZAÇÃO, DIRECIONAMENTO E CONTROLE; MAXIMIZAR SEUS OBJETIVOS, MINIMIZAR SUAS DEFICIÊNCIAS E PROPORCIONAR UM AMBIENTE EFICIENTE POR VIVIAN LOURENÇO
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A proximidade com os últimos dias do ano faz com que as empresas comecem a pensar no que pode ser melhor em 2016. Quais as metas, o que deu certo, o que deu errado, o que pode ser melhorado e os planos que devem ser traçados. E é nessa hora que entra o planejamento estratégico. Ele é um processo gerencial que lida com a formulação de objetivos que vai selecionar programas para ações e execuções, levando em conta as condições internas e externas, pensando sempre na evolução que o varejista espera do seu estabelecimento. O planejamento estratégico, conforme destaca o coordenador do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte (MG), Leonardo Bastos, é uma ferramenta gerencial e uma excelente oportunidade para construir, rever ou desenvolver a leitura da
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realidade de uma empresa, independente do porte. Essa leitura deverá ser crítica, coerente, completa, inteira, sistemática e compreensível, devendo ainda gerar confiança, segurança e clareza ao papel que a empresa quer assumir no mercado. Em linhas gerais, o fundador da Direção e Sentido Coaching e Treinamentos, e do Grupo BD Tecnologia, com especializações em Positive Psychology – The University of North Carolina at Chapel Hill, e em Successful Negotiation: Strategies and Skills – University of Michigan, Arnaldo Auad, avalia que o planejamento estratégico se fundamenta em três grandes pilares: o primeiro é uma visão ou uma declaração da missão que define uma meta relativamente grandiosa, desejável e atingível. O segundo é uma lista de iniciativas que a empresa promoverá para atingir a meta. O terceiro pilar é a conversão das iniciativas em resultados financeiros. Nesse sentido, o plano encaixa-se perfeitamente no orçamento anual. IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO
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MONTANDO O PLANEJAMENTO Segundo a consultora e palestrante nas áreas de liderança, gestão e inovação, Ligia Fascioni, o primeiro passo é definir os objetivos estratégicos: missão, visão e valores. A missão deve descrever o motivo pelo qual a empresa existe (e não é só gaO coordenador do nhar dinheiro). Dinheiro é Centro Universitário a geração de riqueza, o reNewton Paiva, Leonardo sultado é a recompensa peBastos, alerta que a leitura da empresa deve lo valor que a empresa enser sempre crítica trega à sociedade. Então, a missão é o que a empresa oferece de valor e para quem, ou seja, é para que a empresa existe, seu propósito, a razão de sua existência. A visão é o resultado direto da missão. Se a empresa sabe qual é o seu propósito e o valor que entrega, com certeza é porque consegue enxergar um cenário futuro desejado que reflita o resultado do seu trabalho. “A visão é o que a empresa enxerga olhando para fora, a descrição do cenário que ela vê no seu futuro; é o resultado direto do trabalho que ela faz e do impacto que causa no mundo. Assim, fica fácil entender que a visão descreve um panorama, uma cena externa, o mundo afetado pelo trabalho que a empresa faz”, esclarece. Por fim, os valores e princípios são os pilares, os limites, o que a empresa considera relevante; o que ela usa como base de referência para a tomada de decisão. “A partir daí, podemos inferir o que a empresa é capaz de fazer, e o que ela não faz de maneira alguma. Por exemplo: uma empresa que tem como princípio o respeito ao ser humano, não é coerente que tenha fornecedores que utilizam trabalho escravo ou condições sub-humanas na contratação do serviço”, avalia a consultora. Além desses passos, Auad recomenda buscar ajuda de especialistas, pois além de explicar como o plano pode ser elaborado, o especialista traz para o varejista a bagagem de conhecimentos adquiridos ao longo de sua jornada. De acordo com ele, alguns “Business Coachs” são excelentes nessa matéria.
ANALISANDO O PRÓPRIO NEGÓCIO Antes de iniciar o planejamento, o diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Fabio Itano, orienta que é necessário fazer a comparação do posicionamento da empresa com competidores em diferentes dimensões e do entendimento da influência da dinâmica do mercado para a performance da empresa. Para isso, Bastos avalia que é preciso observar o seu macro entorno, constituído dos aspectos econômicos, sociais, políticos, legais, ecológicos, tecnológicos e culturais, bem como o entorno da empresa, que são aspectos externos que influenciam o seu comportamento, composto por clientes, competidores e fornecedores. Para ajudar nesse processo, o fundador da Direção e Sentido Coaching revela que existe uma ferramenta que ajuda bastante no processo e que se chama “Matriz SWOT” (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, na sigla em inglês). Ela é capaz de mapear as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças analisadas de dentro para fora. “Ou seja, como os pontos fortes da empresa ajudam a atingir as metas do planejamento estratégico e como os pontos fracos podem atrapalhar são algumas das informações obtidas com o uso dessa ferramenta.” Outras análises importantíssimas são as obtidas com os próprios números da empresa, tais como números do faturamento e das despesas, por exemplo. São essas informações, segundo informa Bastos, que orientaram na formulação das estratégias, logo a precisão destas é fundamental não somente para realização de um bom planejamento, mas também para que ações definidas surtam o efeito desejado. Por isso, Ligia destaca que é importante o gestor estudar e listar todas as oportunidades, para que possam ser aproveitadas caso ocorram e não se O fundador da Direção perca uma grande chane Sentido Coaching e Treinamentos, Arnaldo ce por falta de preparo. Auad, recomenda buscar “Por exemplo, pode surgir a ajuda de especialistas a oportunidade de atender 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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AS ETAPAS NECESSÁRIAS PARA SE COLOCAR EM PRÁTICA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
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Definir o negócio: dar um significado único para as suas atividades da empresa, a fim de evitar que ela seja percebida de maneira imprecisa.
INFORMAÇÕES QUE UM PLANEJAMENTO PRECISA CONTER
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Definir a visão de futuro: com o propósito de criar a imagem da empresa em um estado futuro ambicioso e desejável, relacionando essa imagem com a máxima satisfação dos clientes.
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Entendimento dos competidores (quem são, quais são seus pontos fortes e fracos, por exemplo)
Tamanho do mercado
Expectativa de crescimento
Mudanças no cenário regulatório
Definir a missão: a razão de ser da empresa.
Definir os valores ou princípios filosóficos: estes regem as ações e decisões da empresa, segundo os quais ela age. Fonte: coordenador do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte (MG), Leonardo Bastos
Fonte: diretor vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Fabio Itano
a um novo mercado extremamente lucrativo em outro país, mas como a empresa não estava atenta às tendências, não possui ninguém na equipe que domine o idioma”. Mas igualmente essencial é estudar e listar as ameaças, a fim de se preparar para caso elas ocorram, como alerta a consultora. Existe toda uma área A consultora Ligia de estudo que se chama Fascioni destaca que é importante o gestão de riscos que exisgestor listar todas te justamente para definir as oportunidades o que fazer em cada situação. Pensando com antecedência, ninguém é pego de surpresa. “Um gestor não pode falar em fatalidades, ele deve estar preparado para tudo e defender seu negócio dos impactos 84
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negativos. Um exemplo de ameaça é a alta do dólar. Se ocorrer, pode fazer uma empresa falir, a não ser que ela tenha se preparado antes com estratégia de defesa contra esse risco. Chorar e reclamar nunca são uma opção válida para gestores com visão, pelo simples fato de ter efeito nulo. É preciso pensar na frente”, diz.
DA TEORIA À PRÁTICA
O diretor vogal do Ibevar, Fabio Itano, orienta à necessidade de comparar o posicionamento da empresa
Fazer um plano estratégico robusto não é uma tarefa fácil. Entretanto, como destaca Itano, do Ibevar, pode-se dizer que uma empresa pode ser considerada madura quando desenvolve todos os seus planos com eficiência, aproveita as
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objetivos devem ser claros, realistas e desafiadores, para que consigam motivar a equipe a atingi-los e para que realmente aumentem o desempenho e a competitividade do seu negócio”, avalia Bastos. Além disso, o varejista pode definir um mapa com tarefas específicas (com metas, que são informações que podem ser mensuradas e comparadas com as planejadas), definição de responsabilidades (quem faz o quê), prazos, recursos necessários para cada ação, gestão de riscos, definição de como serão compartilhadas as informações e como serão medidas, definição da periodicidade com que as informações serão atualizadas e comparadas, enfim, é bastante trabalho, porém necessário. “É fundamental que todas as pessoas que assumirão responsabilidades participem do processo de planejamento; as decisões precisam ser compartilhadas para que haja comprometimento com os resultados”, finaliza a consultora Ligia.
Um bom planejamento precisa de organização e envolvimento de todos da equipe, descubra como desenvolvê-lo com eficiência. AL
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oportunidades, forma grandes líderes e apresenta resultados assertivos. O desafio nesse estágio, como completa Auad, é a disciplina. Ter o plano em si é o primeiro passo. “Existem algumas dicas que podem ajudar a colocar o plano em prática: concentre sua energia em escolhas-chave que influenciem os tomadores de decisão sobre a receita – isto é, os clientes.” Para o fundador da Direção e Sentido Coaching e Treinamentos, duas escolhas determinam o sucesso: a decisão “Onde atuar” e a decisão “Como vencer”. Se a empresa não se conectar com o cliente, a escolha “Como vencer” determinará se ela considera instigante a equação de valor, alvo da oferta. Além disso, é necessário comunicar o plano a todos os envolvidos e garantir que todos entenderam o plano estratégico e criem uma cadeia de responsabilidade. Tendo em vista isso, Bastos destaca que o primeiro passo para que o planejamento possa realmente sair do papel é dado ainda na fase de elaboração do plano estratégico. “Definir metas impossíveis de ser cumpridas só desmotiva a equipe de trabalho, pois por mais que esta se esforce, seus resultados nunca serão bons o bastante.” Por outro lado, metas fáceis demais também não proporcionam desafios e não exigem um esforço constante para que a empresa melhore seu desempenho. “Os
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PONTO DE VENDA
Datas lucrativas O VAREJO, DE UM MODO GERAL, É UMA ATIVIDADE FOCADA NA SAZONALIDADE. SABER COMO USAR ESSA CARACTERÍSTICA NO DIA A DIA E PLANEJANDO BEM A AÇÃO, O VAREJISTA NÃO SÓ AUMENTA A LUCRATIVIDADE, COMO GARANTE A FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE POR VIVIAN LOURENÇO 88
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Se 2016 ainda pode ser atingido pelas incertezas deste ano, cabe ao empresário brasileiro buscar saídas para driblar, mais uma vez, a crise econômica e política que se instalou no Brasil. Com a queda do poder econômico, o consumidor parte em busca de alternativas de consumo: procurar promoções, substituir marcas e diminuir o ritmo de compras. Por isso é necessário avaliar todas as oportunidades que o ano oferece e realizar um planejamento eficaz, que possa garantir o sucesso do negócio. Uma das armas que o varejista tem é o calendário sazonal. Mais do que indicar os feriados e dias de comemoração, ele é um importante aliado na hora de fazer o planejamento, já que várias ações que o varejista desenvolverá durante o ano levam em conta o período em que as pessoas estão mais sensibilizadas a presentear. De acordo com a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti, as datas comemorativas são o principal marco no calendário do varejo pelo sentimento atrelado a estes momentos. O varejo depende do consumo que, quando racional, tende a ser freado pelos orçamentos limitados e compras de necessidade. “Em datas comemorativas, o lado emocional do consumidor fica em evidência: ele se permite mais, permite gastar para si (como indulgência) ou para a sua família (que merece)”, completa. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, as datas comemorativas acabam virando motivo para as pessoas irem à loja. “Em um ano de crescimento, quase não se percebe o efeito do calendário, mas em um ano de crise, é o diferencial para o lucro do varejista.”
ORGANIZANDO AS CATEGORIAS Para se entender o poder das datas comemorativas para o varejo, especialistas do setor revelam que o bom uso do calendário sazonal pode aumentar o lucro do estabelecimento entre uma média de 8% a 12%. Eles apontam também
O VAREJISTA PRECISA UTILIZAR O CALENDÁRIO DE MANEIRA ESTRUTURADA, POR MEIO DA ANÁLISE DO HISTÓRICO PASSADO DE VENDAS, DO COMPORTAMENTO DE SEU CONSUMIDOR E DO CENÁRIO ECONÔMICO EXISTENTE que datas mais tradicionais, como o Natal e o Dia das Mães, são responsáveis por gerar um lucro de 25% a mais no estabelecimento. O varejo farmacêutico ainda trabalha de forma tímida as datas comemorativas, já que muitos não veem farmácia como espaço de compra de produtos. Mas com a mudança de conceito das drogarias, que estão se tornando fortes na venda de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), essa imagem está mudando aos poucos. Para Patricia, as categorias atreladas a presentes, viagens, lazer ou qualquer sentimento de indulgência e de autopremiação são as que têm a sua venda aumentada neste período. No caso das farmácias e drogarias, as categorias de perfumaria voltadas para embelezamento e os kits de medicamentos de férias recebem destaque, pois o consumidor se prepara para as festas e para o verão. “O lucro vai depender do sortimento apresentado e da oferta de produtos”, acrescenta o presidente do conselho Programa de Administração de Varejo (Provar/ Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo. Além disso, Terra acrescenta que, para o varejo farmacêutico, é necessário cuidado com as promoções, principalmente na parte de medicamentos. “É necessário manter uma imagem de estabelecimento que cuida da saúde. Mas as outras categorias, principalmente as voltadas para a beleza, possuem mais independência.” Para o presidente do SBVC, a perfumaria é a mais beneficiada com o calendário, principalmente porque ela pode usufruir dos kits, que se tornaram verdadeiras soluções para presentes rápidos. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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VAREJISTA, ATENÇÃO ÀS DATAS COMEMORATIVAS E AOS FERIADOS PARA 2016 V
AUMENTANDO A LUCRATIVIDADE Quando se fala em calendário sazonal, as datas tradicionais, que são fixas, como Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças, etc., não podem ser esquecidas ou deixadas de lado na hora do planejamento. O Natal, por exemplo, como destaca Felisoni, pode ser o responsável por triplicar as vendas. “Não existe mágica, existe planejamento. Por isso é necessário observar as peculiaridades de cada data para realizar a melhor mudança de layout possível”, acrescenta. Nesse sentido, Natal é o mais rentável, seguido por Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. Mas não são somente as celebrações que fomentam o varejo. A mudança de estações, feriados e período de 90
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férias também são importantes para o farmacêutico, já que é nesta época que acontece a corrida às farmácias para a compra de produtos essenciais para a época. Com isso, faz-se necessário entender o comportamento de compra do consumidor, colocando-o em destaque. “Se o seu consumidor, historicamente, é mais racional e voltado para as compras de necessidades, dê destaque aos kits e produtos que façam a diferença”, avalia Patricia. Procure também facilitar o entendimento dessa necessidade por meio de exposições, pontas de gôndola, centrais, etc. É um período em que o consumidor está aberto a sugestões. Então, as programe da melhor maneira possível.
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Para a coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, a época de fim de ano é importante não apenas pelo crescimento de vendas com medicamentos, mas também pelos kits de necessidades básicas, de embelezamento, festas do período e férias. “Assim como o frio é apontado como um dos grandes fatores de acréscimo em vendas, as férias se apresentam como uma oportunidade para vender cestas de produtos maiores.”
AÇÕES ESPECÍFICAS O varejista precisa utilizar o calendário de maneira estruturada, por meio da análise do histórico passado de vendas, do comportamento de seu consumidor e do cenário econômico existente. É importante ser cauteloso para que não haja a programação de uma venda maior do que a esperada. O setor de medicamentos é um dos que menos sofre neste momento de 92
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instabilidade, mas, ainda sim, se deve ter em mente o freio econômico do momento. Como ações pontuais, Patricia revela que podem ser realizados: direcionamento das campanhas de loja; kits; exposição; pontas de gôndola; tabloides e folhetos para os produtos de maior procura de acordo com as ocasiões, sempre com antecedência e de maneira planejada/monitorada. O comportamento do consumidor muda e o monitoramento das ações é fundamental para garantir o sucesso. “É importante destacar que nem sempre o consumidor tem ciência desse tipo de comportamento, o que torna esta análise do varejista ainda mais importante.” Em período de festas e férias, é óbvia a necessidade de um kit. Mas, em tempos de frio, ele não percebe a sua maior frequência a uma drogaria. E é aí que entra o varejista, ciente de seus números de venda, produtos de maior saída e reforço das ações para um maior resultado.
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OPINIÃO
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O TERMO TRANSCENDE À DIMENSÃO FÍSICA E INCORPORA OUTROS ASPECTOS E DIMENSÕES, COMO: ALINHAMENTO, RELEVÂNCIA E FOCO DO CLIENTE
SILVIO LABAN Coordenador dos cursos MBA Executivo em Gestão de Saúde e Certificate in Healthcare Management do Insper 94
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Muitos varejistas, quando questionados sobre os principais fatores que poderiam explicar o sucesso de suas lojas, tradicionalmente indicavam a localização espacial do ponto de venda (PDV) como fator principal e este, certamente, é um elemento essencial para o sucesso do varejo farmacêutico. Todavia, aqueles que acompanharam, na década de 1990, o surgimento da internet e o desenvolvimento inicial do comércio eletrônico devem se lembrar das muitas previsões que sugeriam o desaparecimento das lojas físicas e, por conseguinte, a diminuição da relevância do fator localização física. Mais de uma década se passou e as lojas físicas continuam existindo, apesar do acelerado desenvolvimento do comércio eletrônico, do incrível aumento da utilização de tecnologia móvel e das redes sociais e do acesso sem precedentes à tecnologia e a informações. É bem verdade que alguns negócios e empresas foram transformados, como, por exemplo: lojas de música, livrarias, locadoras, e o que seria uma abordagem dicotômica, ou lojas físicas ou lojas virtuais, deu lugar a uma abordagem multicanal, atualmente, denominada omnicanal com importantes sinergias e transformações para atender, de forma integrada e transparente, os clientes independentemente de canal ou ponto de contato/interação. Este fenômeno de integração e omnicanalidade começa a ganhar novas cono-
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tações com o recente anúncio da inauguração da primeira loja física de livros da Amazon, a Amazon Books em Seattle, bem como a disseminação de operações de clica e retira (click and collect) de diversos varejistas físicos e digitais. Vale lembrar que a RDC 44/09 regulamenta a venda por internet, exigindo que o estabelecimento que venda medicamentos (farmácias e drogarias) tenha obrigatoriamente loja física. No contexto atual, qual seria a importância da localização? 1. Localização estratégica: adequar a proposta da empresa ao público-alvo definido, buscando atendê-lo de forma diferenciada e relevante, em relação aos concorrentes; 2. Localização da oferta e serviços: definir o sortimento, apresentação, níveis de preço, disponibilidade, atendimento e serviços complementares a ser oferecidos; 3. Localização do atendimento e do fator humano: oferecer aos consumidores atendimento personalizado e qualificado por meio de funcionários motivados e dispostos a servir e que compreendam a dinâmica dos clientes de cada unidade, seja ela física ou não; 4. Localização da comunicação: alinhar conteúdo e meios, reforçando a imagem institucional e promocional da empresa junto ao público que se quer atingir; 5. Localização do PDV: escolher o local adequado, em lugar, tamanho e layout para a instalação do PDV, bem como a oferta de outros canais de venda ou atendimento. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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A luta continua
A UNAIDS DIVULGOU, EM JULHO DE 2015, UM RELATÓRIO DESCREVENDO QUE O NÚMERO DE INFECTADOS PELO VÍRUS HIV DIMINUIU NO MUNDO, PORÉM, NO BRASIL, O REGISTRO DE NOVOS CASOS AUMENTOU 11%, PRINCIPALMENTE ENTRE JOVENS
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POR RENATA MARTORELLI
Considerada um dos maiores problemas da atualidade, a aids é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus), que ataca principalmente os linfócitos, reduzindo a eficácia do sistema imunológico, podendo levar o infectado à morte. O HIV é transmitido pelo esperma, secreção vaginal, sangue ou pelo leite materno. “O vírus causador da aids, ao entrar no organismo após o contágio, se instala nas células do sistema
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imunológico, responsáveis pela defesa do corpo. Com a defesa reduzida, a pessoa infectada fica sujeita a vários tipos de doenças. Entretanto, o HIV pode levar anos para apresentar os primeiros sintomas e, com o surgimento deles, o indivíduo passa a ser diagnosticado com aids, manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV”, explica a médica especialista em epidemiologia das doenças infecciosas, assessora do Ministério da Saúde (MS) como membro do Comitê de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e do Comitê de IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ESPECIAL SAÚDE
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Epidemiologia do Departamento de DST/aids/HIV, Dra. Angélica Espinosa Miranda. Segundo dados do Departamento de DST, aids e hepatites virais do MS, em 2014, foram registradas aproximadamente 734 mil pessoas vivendo com HIV/aids no Brasil. Na população de 15 a 49 anos de idade, a infecção é de 0,6%, sendo 0,7% em homens e 0,4% em mulheres. A distribuição proporcional dos casos de aids no Brasil mostra uma concentração nas Regiões Sudeste de 54,4% e Sul de 20% do total de casos identificados de 1980 até junho de 2014; e nas Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte de 14,3%, 5,8% e 5,4%, respectivamente. “O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids (Unaids, do inglês Joint United Nations Program on HIV/AIDS) divulgou, em julho de 2015, um relatório descrevendo que o número de infectados pelo vírus HIV diminuiu no mundo, porém, no Brasil, a epidemia é concentrada nas populações em situação de vulnerabilidade (relações homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas). Apesar do número de casos ter diminuído no mundo, o registro de novos casos de aids no País aumentou em 11%, principalmente entre jovens, já que o número de casos na faixa etária de 15 a 19 anos de idade aumentou 53% de 2013 para 2014”, revela a Dra. Angélica. Os dados da Unaids também mostram uma queda de 35% para novas infecções no mundo e redução das mortes em 41%, durante 15 anos. As ações globais de combate ao vírus ainda evitaram 30 milhões de novas infecções e oito milhões de mortes.
COMPORTAMENTO DE RISCO Conforme o Boletim Epidemiológico HIV/aids de 2014 do MS, entre os indivíduos com 13 anos de idade ou mais, a principal via de transmissão é a sexual. Entre os homens, observa-se um predomínio da categoria de exposição heterossexual; porém, há um aumento na proporção de casos em relações homossexuais nos últimos dez anos, passando de 34,6% em 2004 para 43,2% em 2013. Já a proporção de usuários de drogas injetáveis vem diminuindo ao longo dos anos em todo o Brasil, com tendência significativa de queda. “A população é ainda muito restrita ao uso de preservativo, principalmente a mais jovem. Isso acontece pela famosa crença do “comigo não vai acontecer” 98
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O TRATAMENTO ACESSÍVEL ACABA ESTIMULANDO AS PESSOAS A NÃO UTILIZAR MEDIDAS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIAS, COMO PRESERVATIVOS, POR ACREDITAREM ESTAR PROTEGIDAS COM O USO DE MEDICAMENTOS juntamente com baixa autoestima. A mulher abdica da proteção para agradar ao parceiro e esquece que sua saúde deve vir em primeiro lugar. Todo mundo tem medo de se contaminar, mas mesmo assim se arrisca para não causar conflito com o companheiro”, diz a ginecologista e obstetra, especialista em patologia do trato genital inferior e colposcopia, Dra. Fernanda de Tofoli. As práticas sexuais e outros comportamentos de risco são os determinantes de exposição ao vírus. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as falhas no provimento de serviços adequados em HIV aos grupos-chave (homens que fazem sexo com homens, pessoas privadas de liberdade, pessoas que usam drogas injetáveis, profissionais do sexo e transgêneros), são fatores que ameaçam o progresso global no combate ao HIV”, conta a Dra. Angélica. Entre os homossexuais, observa-se que a proporção de contágio é superior entre aqueles com até 29 anos de idade, quando comparados com os indivíduos das demais faixas etárias. Além disso, observa-se uma tendência de aumento em quase todas elas, exceto entre aqueles com 50 anos de idade ou mais. A transmissão durante a gravidez também é um fator de risco. De 2000 até junho de 2014, foram notificadas 84.558 gestantes infectadas. A transmissão da aids da mãe para o bebê pode acontecer durante a gestação, parto ou aleitamento materno, por isso, a gestante deve tomar os medicamentos indicados pelo médico, fazer cesariana e não amamentar o bebê. De acordo com a Dra. Fernanda, o tratamento com antirretrovirais é mantido durante toda a gestação de uma HIV positiva para evitar a transmissão vertical para o bebê. “A doença aumenta as chances de complicações na gestação, como restrição de crescimento do
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CAMPANHA #PARTIUTESTE FOCA NO PÚBLICO JOVEM Criado em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde e pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, comemorado no dia 1º de dezembro, tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença. Com a ideia de estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a aids afeta apenas o outro, o Ministério da Saúde (MS) lançou, para 2015, a campanha #partiuteste, focada principalmente na população jovem, com o intuito de alertar sobre as medidas de prevenção; a realização do teste do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV, do inglês Human Immunodeficiency Virus); e início do tratamento, em caso de soropositividade.
A campanha se estendeu durante todo este ano em festas populares, como carnaval, festas juninas, eventos regionais e musicais, e distribuiu mais de 129 mil cartazes em quatro versões segmentadas para a população jovem, spot de rádio, 315 mil folders explicativos sobre prevenção combinada e um vídeo para a TV, além de ações pela internet e revistas temáticas de carnaval e de comportamento para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). De acordo com o MS, o objetivo da campanha foi informar o jovem sobre a prevenção do vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito
feto, prematuridade e óbito intrauterino. Pode ocorrer também uma piora no estado imunológico materno com evolução da doença”, aponta.
TRATAMENTO CONSCIENTE A aids é considerada uma doença de perfil crônico por não ter cura. Apesar disso, tem tratamento e a pessoa é capaz de viver com o vírus HIV por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma. “Iniciar o tratamento com antirretrovirais precocemente é a melhor estratégia para levar uma vida mais próxima do normal possível. Além disso, o tratamento correto aumenta a expectativa de vida dos pacientes, tornando-a similar ao de pessoas não infectadas. No Brasil, desde 1996, todos os medicamentos contra a aids são disponibilizados gratuitamente pelo MS. Antes de 2013, somente recebia a medicação quem desenvolvia a doença ou tinha carga viral muito alta, mas a partir de 2013, todos os soropositivos passaram a ter acesso”, revela a Dra. Angélica. Os principais efeitos colaterais da doença estão relacionados ao uso dos antirretrovirais. O tratamento traz 100
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“camisinha+teste+medicamento” de prevenção combinada. A ação faz parte da tática de prevenção defendida pelo MS, e o Brasil é um dos primeiros países do mundo a adotar nova estratégia de prevenção contra a aids conhecida como “90-90-90”, que corresponde a 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020. As metas foram adotadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids, do inglês Joint United Nations Program on HIV/AIDS).
O NÚMERO DE INFECTADOS PELO VÍRUS HIV DIMINUIU NO MUNDO, PORÉM, NO BRASIL, A EPIDEMIA É CONCENTRADA NAS POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE (RELAÇÕES HOMOSSEXUAIS, PROFISSIONAIS DO SEXO E USUÁRIOS DE DROGAS) muitos benefícios às pessoas portadoras do HIV, pois aumenta a sobrevida e melhora a qualidade de vida de quem usa corretamente. Porém, para impedir a multiplicação do vírus no organismo do portador, os medicamentos também causam inúmeros efeitos colaterais desagradáveis. “Entre os mais frequentes, estão
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diarreia, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, agitação, insônia e sonhos vívidos. Alguns desses sintomas ocorrem no início do tratamento e tendem a desaparecer em poucos dias ou semanas, pois existem métodos para amenizar os efeitos colaterais”, diz a Dra. Angélica. Os pacientes também podem sofrer com alterações que ocorrem em longo prazo, resultantes da ação do HIV, somados aos efeitos tóxicos provocados pelos medicamentos. Segundo informa a especialista, podem ocorrer danos nos rins, fígado, ossos, estômago e intestino, danos neuropsiquiátricos, além de modificações no metabolismo, provocando lipodistrofia (mudança na distribuição de gordura pelo corpo), diabetes, entre outras doenças. 102
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O tratamento acessível junto com a possibilidade de uso dessa medicação como forma de prevenção para uso pré e pós-exposição ao risco de infecção pelo vírus acaba estimulando as pessoas a não utilizar medidas de prevenção primárias, como preservativos, por acreditarem estar protegidas com o uso de medicamentos. “É importante frisar, que apesar do acesso, da evolução do tratamento antirretroviral e do aumento da sobrevida dos portadores do HIV/aids, não se pode perder o medo e o cuidado, pois ainda se trata de uma doença incurável e que leva à morte em torno de 12 mil pessoas ao ano no Brasil”, acrescenta. Dados publicados em julho de 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que 15 milhões de pessoas no mundo estão recebendo os coquetéis de
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AIDS
SEXUALIDADE E CONTRACEPÇÃO NA JUVENTUDE Com o início da vida sexual cada vez mais precoce, falar sobre sexo e contracepção passou a ser obrigatório. Mas, apesar da quantidade de informações circulando pela internet, escolas, televisão, etc., os cuidados que devem ser tomados para prevenir Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e gravidez indesejada ainda merecem atenção. Segundo dados de 2014 da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 16 milhões de meninas, entre 15 e 19 anos de idade, dão à luz todo ano, sendo a maioria de países de baixa e média renda. A Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) realizou, em parceria com a Bayer, uma pesquisa com duas mil mulheres acima dos 14 anos de idade, residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e Salvador. As entrevistadas revelaram que 53% iniciaram sua vida sexual entre 16 e 18 anos de idade, sendo que, do total, 90% afirmaram usar algum método contraceptivo. Porém, quando perguntado sobre a postura do parceiro em relação à contracepção, 58% disseram que a decisão é exclusivamente delas. Com o passar dos anos, o tema sexualidade passou a ser tratado com mais naturalidade, mas apesar disto, apenas 31% das entrevistadas afirmaram já ter tido uma conversa positiva sobre sexualidade com os pais. Segundo o professor do Departamento de Ginecologia da EPM-Unifesp, Afonso Nazário, nessa fase, é necessário que tanto os responsáveis como as escolas estimulem a ida ao ginecologista e conversem com os adolescentes sobre os riscos da falta de cuidados.
combate ao vírus e que existe possibilidade de acabar com a doença até 2030, se houver investimentos.
DSTS E SEUS RISCOS As DSTs são transmitidas, porém não de forma exclusiva, pelo contato sexual. Vários tipos de agentes infecciosos, como vírus, fungos, bactérias e parasitas estão envolvidos na contaminação, ocasionando diferentes manifestações, como feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas genitais. “Uma das principais formas para evitar as doenças é o uso correto e frequente de preservativos. Os vírus, bactérias e fungos acabam sendo transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais, desta forma, a utilização da camisinha impede a transmissão dos agentes causadores. Essas doenças devem ser tratadas de forma rápida e correta, pois podem acarretar sérios problemas de saúde, como infertilidade, doença inflamatória pélvica, 104
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Pensando em promover a conscientização sobre contracepção e redução dos altos índices de gravidez não planejada e DSTs em todo o mundo, é comemorado, no dia 26 de setembro, o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez Não Planejada. O tema da campanha este ano foi “É sua vida, é seu futuro”. A iniciativa é de Organizações Não Governamentais (ONGs) e sociedades internacionais, com apoio mundial da Bayer, e acontece em mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina. No Brasil, a EPM-Unifesp é parceira do projeto.
complicações na gravidez, doenças neonatais, câncer anogenital e comprometimento do aparelho reprodutor”, adverte a Dra. Angélica. Existem diversas DSTs, entre elas, a sífilis, a gonorreia, o cancro mole, a candidíase, o condiloma acuminado, o granuloma inguinal, as hepatites virais, a herpes simples genital, a infecção por clamídia, a infecção por ureaplasma, tricomoníase, linfogranuloma venéreo e a pediculose do púbis. De acordo com a Dra. Fernanda, os casos de DSTs têm progredido no País de forma assustadora. “Existem inúmeros tipos, sendo o mais comum o Papilomavírus Humano (HPV, em inglês, Human Papiloma Virus), responsável pelo desenvolvimento de câncer genital, sobretudo o câncer do colo do útero e das verrugas genitais. Lembrando que, em portadores de HIV, os casos são mais frequentes e graves, tendo em vista a baixa imunidade”, revela.
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Aproveitando o máximo sem descuidar da saúde COM A CHEGADA DA ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO, A POPULAÇÃO APROVEITA PARA CURTIR MOMENTOS DE LAZER AO SOL. COM ISSO, ACONTECE A CORRIDA ÀS FARMÁCIAS EM BUSCA DE ITENS QUE GARANTAM PROTEÇÃO POR TASSIA ROCHA E VIVIAN LOURENÇO
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Época de altas temperaturas e férias representa, para a maioria da população, viagens, descanso e a difícil, mas também prazerosa tarefa de fazer as malas. E para aproveitar bem o momento de lazer, é necessário pensar em itens que possam garantir o bem-estar e o conforto de todos da família. Afinal de contas, comer alimentos diferenciados, ou ficar exposto a um lugar que não se está habituado, pode ocasionar alguns problemas à saúde. Por isso que a maior parte dos brasileiros não sai de casa sem o famoso kit verão. Com a lista em mãos, o consumidor parte em busca de produtos específicos para o período ou lugar que irá viajar. Para que o varejista lucre com a sazonalidade e aumente o tíquete médio do seu estabelecimento, é preciso abastecer as gôndolas com os itens de maior demanda da época. Veja quais são e como orientar o consumidor da melhor maneira possível.
PROTETOR SOLAR Os dias mais aguardados do ano, enfim, chegaram. Época de muita exposição solar, afinal, praia e mar são destinos certos para alcançar aquela cor tão desejada. Mas no meio de tanta agitação, homens e mulheres 106
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esquecem o mais importante durante os dias mais quentes, a proteção solar. É exatamente nesta época do ano que os consumidores querem aproveitar o sol ao máximo para conquistar o tom de pele dourado e perfeito. Mas não se pode esquecer de que é importante se expor com moderação e cautela, afinal, o verão continua. Segundo especialistas, nem todas as pessoas conseguem se bronzear, então acabam abusando do sol na busca da tão desejada cor. Não se deve insistir na exposição solar em busca de um bronzeado se a consumidora é uma pessoa que tende a ficar mais vermelha do que bronzeada. São justamente essas pessoas que têm mais queimaduras e as mais graves. A única forma de se prevenir é usando o bloqueador solar, e cada tom de pele exige um fator de proteção específico. Os dermatologistas alertam para a importância do uso constante do protetor, principalmente nas áreas mais expostas, como, por exemplo, o rosto. IMAGENS: SHUTTERSTOCK
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“As vendas dos produtos desta categoria durante o verão têm aumento significativo, porém, ela ainda possui uma baixa penetração, comparada a outras categorias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC). Por isso, buscamos sempre alertar sobre os cuidados com a pele e o sol, por meio de novas campanhas, patrocínios e lançamentos de produtos que visam à proteção. Cenoura & Bronze conta com uma linha completa com produtos desenvolvidos para garantir a proteção contra os raios solares e um bronzeado seguro e saudável. A linha possui protetores, bronzeadores e pós-sol, que se adaptam a diferentes perfis e tipos de pele”, informa a diretora de marketing da marca, Regiane Erasto Bueno. Os consumidores de farmácia têm diversas opções de produtos para se prevenir e aproveitar as férias de maneira segura, sem se preocupar com os danos que o sol pode causar. Algumas pessoas dizem que o descuido com a proteção solar deve-se ao uso de itens que não são adequados para cada tipo de pele. Para
os consumidores de tez oleosa, já existem nas farmácias itens adequados que proporcionam sensação de toque seco e outros que ainda auxiliam na maquiagem, com tons para qualquer cor. Sendo assim, fica difícil afirmar que é por falta de opções que a proteção não é feita, basta pedir orientação ao dermatologista e encontrar o que for melhor para a tez e o bolso. Hoje em dia, é possível encontrar produtos acessíveis e sem perder a qualidade e eficácia. Segundo a gerente de shopper & gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes, é fundamental garantir, no sortimento e na exposição, a gama completa de Fatores de Proteção Solar (FPS) disponível. Em muitos casos, o ponto de venda (PDV) é onde o shopper conhece as novidades da categoria. Presença e visibilidade de novos produtos são essenciais para agregar valor à gôndola de proteção solar. “Nos períodos de pré-verão e verão, é muito importante dar destaque à categoria, garantindo sua presença na loja em locais de alto fluxo, por meio de pontos extras e cross-merchandising, facilitando a lembrança e decisão de compra da categoria. Mesmo durante o inverno, deve-se manter um bom sortimento da categoria para promover o uso fora da sazonalidade e fidelizar os shoppers regulares”, completa Patrícia. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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PÓS-SOL Quando o consumidor exagera na exposição solar, como amenizar o problema? O excesso de sol sem proteção solar a curto prazo pode causar queimaduras, bolhas, manchas e agravamento em quadros de acne. A longo prazo, além do envelhecimento precoce, podem surgir problemas mais graves, como câncer de pele. A cientista da Johnson & Johnson, Cristina Vendruscolo, alerta que, primeiro, é sempre bom alertar o consumidor sobre a importância da proteção solar para evitar que a pele sofra esses danos. Mas se a queimadura já ocorreu, convém avaliar a gravidade, que pode variar de primeiro até o terceiro grau: • Primeiro grau – atinge a camada mais superficial da pele: a epiderme. Causa avermelhamento da pele. • Segundo grau – atinge a epiderme e parte da derme mais profunda. É comum que a pessoa sinta dor, tenha inchaço e que forme quase bolha ou bolha superficial. • Terceiro grau – atinge a camada mais profunda da pele. Esse caso é o mais grave, com formação de bolhas. A recomendação é de que, para casos de queimadura, sempre consultar um médico, pois ele indicará o tratamento mais adequado. Enquanto isso, a principal recomendação é que a pessoa não se exponha mais ao sol, enquanto não tiver a sua pele recuperada, e utilize produtos específicos para 108
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pele queimada como, por exemplo, cremes pós-sol com aloe vera. Cristina recomenda que o consumidor aplique compressas frias no local, evite banhos quentes, hidrate bem a pele e aplique produtos pós-sol. Nunca estourar as bolhas formadas. “O Gel Hidratante Pós-Sol, por exemplo, contém em sua composição 95% aloe vera, uma substância natural que recondiciona a pele, deixando-a macia e hidratada, evitando a descamação. Por ser em gel, ainda deixa uma sensação fresquinha, ideal para o aliviar o calor do verão brasileiro, além de deixar a pele bonita e saudável.” Ela explica que, como a pele já foi agredida pelo processo de queimadura, ela necessita de cuidados especiais. Esses produtos contêm substâncias calmantes e formulação mais leve, em gel ou loção. Os produtos pós-sol apresentam fórmula suave e rápida absorção para hidratar e proporcionar alívio. Os agentes calmantes, como o aloe vera, minimizam os sintomas provocados pelo excesso de exposição à radiação ultravioleta (UV). Por se expor bastante ao sol, muitas vezes sem a proteção necessária, a maioria das pessoas já ficou queimada e recorreu aos produtos pós-sol. “Nos períodos de pré-verão e verão, é muito importante dar destaque à categoria, garantindo sua presença na loja em locais de alto fluxo, por meio de pontos extras e cross-merchandising, facilitando a lembrança e decisão de compra da categoria. Mesmo durante o inverno, deve-se manter um bom sortimento da
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Hipoalergênico1 Ação antioxidante1 Alta proteção UVA e UVB1
Referências: 1) Rotulagem Linha Actsun Facial FPS 30, 45, 60, Actsun Facial Color FPS60 e Actsun Corporal FPS 30.AFE nº 2.03540-1. Processo nº 25351.256631/2012-99, 25351.256612/2012-84, 25351.256644/2012-98, 25351.256640/2012-81, 25351.256633/2012-47. OUTUBRO 2015
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categoria para promover o uso fora da sazonalidade e fidelizar os shoppers regulares”, recomenda Cristina.
REPELENTES Além de livrar a população do incômodo das picadas, o repelente também virou arma contra a dengue, doença que cresce no País a cada ano. E a categoria tem a sua venda aumentada a partir do início da elevação das temperaturas, já que é nesta fase que a aparição dos insetos fica mais evidente e incômoda. Com isso, o canal farma representa mais de 60% das vendas da categoria. Segundo a gerente de categoria da Reckitt Benckiser (RB), responsável por Repelex, Holly Garbett, existe um indicativo de que a população conhece bem os riscos da doença. “Em fevereiro deste ano, pesquisa realizada pelas marcas SBP e Repelex com a população dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro indicou que nove a cada dez entrevistados se sentiam suscetíveis à picada do mosquito da dengue.” Mais: a grande maioria, 72%, disse já ter sofrido pessoalmente com a doença ou conhecia alguém próximo que contraiu o vírus. Nos últimos 50 anos, a incidência da dengue aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e, na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de 11 0
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infecção por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivem em países onde a dengue é endêmica. “O consumo de repelentes está relacionado ao combate à dengue, porque eles evitam a picada do mosquito transmissor da doença, auxiliando na profilaxia, pois evitam que as pessoas adoeçam”, completa o departamento de comunicação Johnson & Johnson Consumo do Brasil. No mercado brasileiro, a gerente de produto do Grupo Cimed, Angélica Néspoli, destaca que os repelentes são comercializados em diversas versões, tais como: loção, spray e aerossol. E há três diferentes tipos de princípios ativos: icaridina, DEET e IR3535. Ela explica que a icaridina possui ação de longa duração no combate aos insetos, quando encontrada na concentração entre 20% e 25%. Nessas concentrações, o produto protege as pessoas por até dez horas. O DEET (abreviatura de N,N-dietil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) é o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Os repelentes com DEET protegem por até quatro horas, em média. E sua concentração varia entre 5% e 15%. O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses, alerta Angélica. Todos os outros repelentes só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, é indicado para tão pouca idade. O tempo de proteção é de até quatro horas. Segundo a executiva da RB, as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) são desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor. O aerossol, por exemplo, além de rápida secagem, é prático durante sua aplicação. As opções em spray também são de fácil aplicação, em especial nas áreas em que as mãos não chegam com facilidade, enquanto as loções se espalham suavemente pela pele. Por fim, o gel, formato especialmente criado para crianças, não é oleoso, seca rapidamente e possui uma fragrância agradável. Cada um deles vem com a recomendação de uso no contrarrótulo e a gerente de produto do Grupo Cimed aconselha que o farmacêutico oriente o consumidor a seguir a recomendação do produto/fabricante. “Água e suor: se for nadar ou praticar atividades físicas, o repelente deve ser reaplicado, pois ele perde sua eficácia em contato com a água e o suor
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intenso; crianças: procure repelentes específicos para bebês e crianças, já que as substâncias utilizadas nos tradicionais podem ser prejudiciais aos pequenos”, orienta Angélica. Já o diretor-geral do laboratório Osler, Paulo Castejón Guerra Vieira, lembra que os consumidores devem aplicar uma quantidade generosa do produto, pois a tendência natural é passar menos do que o necessário.
DEPILATÓRIOS O Brasil é um país tropical, a brasileira valoriza sua sensualidade e, com isso, a depilação há muito tempo virou também um hábito de higiene feminina. Por ter uma vida dinâmica, repleta de atividades, a consumidora tende a se cuidar para estar bem com sua própria autoestima, saudável e bonita. Essa mulher busca por produtos que facilitem seu dia e aperfeiçoem seu tempo. Nesse caso, é muito comum que a mulher opte por buscar produtos que agilizem o processo e tragam a comodidade de realizar a depilação no conforto do lar. Essa tendência aumenta conforme as estações do ano vão entrando e saindo. Com a chegada da primavera/verão, por exemplo, o corpo fica mais exposto e, consequentemente, é mais notado pela sociedade. 11 2
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PARA QUE O VAREJISTA LUCRE COM A SAZONALIDADE E AUMENTE O TÍQUETE MÉDIO DO SEU ESTABELECIMENTO, É PRECISO ABASTECER AS GÔNDOLAS COM OS ITENS DE MAIOR DEMANDA DA ÉPOCA A busca das mulheres por uma pele macia e sem pelos tem sido uma constante há séculos. O simples ato de removê-los faz com que a consumidora se sinta muito mais feminina. Por isso, a depilação acaba sendo uma prática comum e fundamental na rotina de beleza, enaltece a gerente de marketing de Gillette Venus, Juliana Moretti. “Ainda mais agora com a proximidade do verão, época de maior exposição do corpo.” Recentemente, a P&G, em parceria com a Ilumeo, realizou um estudo para identificar os principais
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hábitos das consumidoras brasileiras e suas reais necessidades em beleza e constatou que a maioria das entrevistadas (54%) sente mais necessidade em se depilar no verão. Algumas disseram que sentem essa necessidade porque é uma época em que usam roupas mais curtas (35%), outras afirmaram que usar lâmina causa menos dor (31%) e 27% afirmam que se depilar é um ato que as deixa mais felizes.
MÉTODOS
PREFERIDOS
Com tantas opções disponíveis no mercado, a consumidora acaba por ter as suas preferências quando o assunto é a depilação. Algumas se submetem à depilação com cera quente, o que envolve certo grau de sofrimento. Mas recentemente, surgiram, no mercado depilatório, agentes químicos que dissolvem o fio desde a raiz, lembra o diretor da Aspa Cosméticos, detentora da Depil Soft, Demetre Giokaris. São vários os métodos disponíveis: cera fria, cera quente, creme depilatório normal e até mesmo o que pode ser usado durante o banho, além das lâminas descartáveis. Com qualquer um desses métodos, a mulher consegue autonomia, liberdade e privacidade, estando no controle de sua própria beleza, afirma o gerente de categoria da RB, responsável pela marca Veet, Joaquin Ortega. Segundo dados da BIC, apenas 10% das mulheres optam por arrancar os pelos, as demais usam apenas a lâmina (31%) ou uma combinação de técnicas, dependendo do local a ser depilado (58%). A preferência das mulheres se dá por uma série de fatores: a depilação por lâmina é mais barata, indolor, rápida, prática e pode ser realizada em qualquer lugar. A vantagem dos cremes depilatórios em relação às lâminas, segundo a coordenadora técnica da DepiRoll, Meire Carmo, é que, além de ser um processo indolor, o crescimento do pelo acontecerá a partir de sete dias após a depilação. Já com as lâminas, o processo deve ser repetido a partir de dois dias.
E XPOSIÇÃO
EFICIENTE
A categoria de depilatórios pode ficar exposta próxima a um sortimento complementar de outros produtos de cuidado com o corpo. As ceras em barras e refis roll-on são os produtos mais procurados e, por isso, devem-se deixá-los sempre no início da gôndola e no alcance das mãos. Outra dica é investir nos produtos da linha pré e pós-depilação. O sortimento 11 4
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de uma categoria fideliza o consumidor e garante um protocolo eficiente. Os itens deverão estar à altura dos olhos, pois toda vez que a consumidora lê rótulo e contrarrótulo, ela tende a levar o produto para casa. “Deverá também existir um mix adequado ao público frequentador da loja”, orienta Meire. De acordo com Giokaris, da Aspa Cosméticos, os produtos, especialmente os que são novidade no mercado, devem ser expostos à vista da consumidora, para ela tomar conhecimento de sua existência. “Os folhetos que são disponibilizados pelo fabricante devem ser colocados junto com os produtos, devem ser oferecidos para a pessoa levar para casa e ler caso não decida pela compra no momento em que vê o produto.”
ENERGÉTICOS Quando as energias acabam, mas o dia – ou a semana – ainda está longe do fim, o consumidor recorre aos energéticos para tentar ter mais disposição e encarar suas
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tarefas, sobretudo os compromissos de fim de ano, que são inúmeros. O mercado de energéticos está cada vez mais amplo e sortido. Diversas marcas adentraram nessa categoria nos últimos anos, dando ao consumidor um número cada vez maior de opções no PDV. “É importante ressaltarmos que esse mercado está alinhado em duas frentes: o farma, produtos com vendas voltadas para a farmácia, e o alimentar, com produtos disponíveis em supermercados”, avalia o analista da marca Guaramil, Vinícius Tolotti. O mercado de energéticos é um dos que mais crescem no Brasil, perto de 20% no último ano, como acrescenta o gerente geral da Nutribrands, Tiago Zella. “Vale observar que ainda temos um produto líder na categoria, que também é pioneiro, o que obriga a concorrência a trabalhar para reinventar especificações e versões, todavia, o mais correto é inventar uma nova categoria.” A categoria apresenta um crescimento exponencial de 2006 a 2014 e movimenta cifras bilionárias. Por ser um mercado que cresceu desenfreadamente entre as bebidas
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tendo em vista que este é o espaço ideal a ser explorado com itens de grande necessidade e que o consumidor não costuma colocar na lista de compras, caracterizando-se como uma compra por impulso”, explicao analista da marca Guaramil. Além disso, o checkout favorece a exposição de produtos de baixo desembolso e de apelo à conveniência. Outro ponto que favorece a exposição dessa categoria é a embalagem do produto, normalmente colorida e que chama a atenção, o que ajuda a entreter o consumidor, melhorando a experiência de compra. Cada apresentação disponível nessa categoria é voltada para uma finalidade específica, pois cada uma possui uma concentração diferente de cafeína. A apresentação em shot, como explica Tolotti, normalmente, possui a maior concentração, sendo recomendada apenas uma dose por dia. As demais, como as cápsulas, podem ser tomadas até duas vezes ao dia. É importante que o consumidor tenha em mente qual a finalidade de uso e qual o momento do dia em que ele vai usar o produto para fazer a escolha da melhor apresentação, seja a fim de focar nos estudos, concentração no trabalho ou até mesmo para uma balada.
Auxilie o consumidor e saiba as diferenças entre bronzeador, protetor, bloqueador e gel pós-sol. AL
E CO N TEÚDO
não alcoólicas, várias empresas se prepararam e preparam para disputar um espaço, principalmente no Brasil, um país com população jovem, a qual podemos apontar como um dos maiores fomentadores do mundo para a indústria de energéticos. Para Zella, o posicionamento de marca, quando se fala da categoria de energéticos, é tudo. No mercado desses produtos, a base de tudo é a cafeína concentrada, sendo assim, as empresas do setor afirmam que uma lei do marketing deve ser respeitada na íntegra, e esta lei se chama “Lei do Foco”. “Quem produz energéticos em latas foque nas latas. Quem produz energéticos em comprimidos foque nos comprimidos, e assim por diante. O que não pode é querer ser tudo para todos e acabar não sendo nada para ninguém.” Os energéticos do mercado farma, como esclarece Tolotti, são voltados para um uso mais específico, pois contêm uma maior concentração de cafeína que os demais, são mais fortes, além de possuir apresentações diferenciadas e exclusivas. No Brasil, o maior mercado continua sendo disparado o de compostos líquidos energéticos, mas estão surgindo novas categorias que prometem fazer parte do cotidiano das pessoas, por serem práticas, funcionais e com excelente custo-benefício. Nessa categoria, já se encontram os energéticos em comprimidos, cápsulas, spray, pó com sabor, barras proteicas, entre outros. “Com apresentações shot, cápsulas, flaconetes e na apresentação efervescente, exclusiva no mercado da marca Guaramil, os produtos dessa categoria devem ser expostos sempre no checkout da farmácia,
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Sem exageros AS FESTAS DE FIM DE ANO NÃO SÃO MOTIVO PARA DESCUIDAR DA ALIMENTAÇÃO. AFINAL DE CONTAS, É POSSÍVEL COMEMORAR SEM PREJUDICAR A SAÚDE POR ADRIANA BRUNO 120
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Dezembro é um mês de festas e confraternizações e, com isso, a possibilidade de cair em tentação e exagerar na ingestão de alimentos gordurosos, doces e bebidas alcoólicas aumenta, e muito. O problema é que o que parece ser momentâneo pode ter reflexos na saúde do festeiro tanto a curto quanto em médio prazo. Os resultados dos abusos podem provocar alterações no funcionamento do organismo, como intestino preso ou diarreia, gosto amargo na
boca ao acordar, baixa resistência imunológica, inchaço, alergias, indisposição, náuseas e dores de cabeça. Isso sem falar no ganho rápido de peso e na sobrecarga geral no funcionamento do organismo. “Um dos motivos que levam a tantos problemas é que os alimentos consumidos nesta época são ricos em gorduras, que podem causar desconfortos e sensação de mal-estar, por ter uma digestão mais lenta”, explica a nutricionista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Érica Oliveira Pedron. Para ela, a fim de preparar o organismo para o período de possíveis exageros, é preciso ter sempre uma alimentação saudável e equilibrada, não somente para manter o peso ideal, mas também a fim de garantir uma saúde plena. “Para o bem do organismo, é importante ter consciência e não abusar dos alimentos calóricos e gordurosos durante as festas”, diz. O consumo de bebida alcoólica também deve ser moderado. “O álcool é uma toxina para o organismo e precisa ser metabolizado e eliminado. Ele inibe a produção do hormônio antidiurético, aumentando a perda de água pela urina. Por isso a hidratação com água, água de coco e chá de ervas é necessária para o corpo”, completa. Os desconfortos gástricos são alguns dos sintomas mais comuns associados ao exagero na alimentação rica em gorduras e também na ingestão de bebidas alcoólicas. Segundo o gerente médico da Hypermarcas, Dr. Alexandre Feliciano Ferreira, a ingestão de bebidas ao se alimentar torna a digestão mais lenta. Isso acontece porque os líquidos diluem o suco gástrico, causando lentidão nas fases iniciais do processo. Além disso, o hábito aumenta a distensão abdominal, principalmente a ingestão de bebidas gasosas, como refrigerantes e cervejas, e causa a sensação de inchaço. “É possível se alimentar e ingerir líquidos, porém isto deve ser feito sem exageros para evitar desconfortos. Alimentos gordurosos também podem causar os sintomas, pois tornam todo o processo digestivo mais lento. As moléculas de gordura são quebradas com mais dificuldade nas fases iniciais da digestão e os alimentos gordurosos permanecem no estômago por mais tempo. Isso prolonga a sensação de saciedade, porém pode facilitar a existência de queimação”, explica. Ainda segundo o médico, os sintomas de má digestão podem ser evitados com algumas medidas, como comer devagar, não exagerar na ingestão de grandes quantidades 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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AUXÍLIO MEDICAMENTOSO
Os antiácidos aliviam a azia, o estufamento e a má digestão. “O medicamento atua neutralizando o excesso de ácido clorídrico no estômago. Já os indicados para problemas digestivos e relacionados ao fígado atuam ajudando a eliminar as toxinas do fígado, causadas pela ingestão em excesso de alimentos e/ou bebidas”, explica o gerente médico da Hypermarcas, Dr. Alexandre Feliciano Ferreira. Esses medicamentos são isentos de prescrição médica e podem ser usados pelos consumidores, aliviando os sintomas das desordens gástricas e hepáticas. É muito importante lembrar que caso os sintomas persistam, um médico deverá ser consultado. Para aqueles que sofrem com os males da ressaca, os analgésicos são os mais indicados, para aliviar as dores de cabeça. Por isso, mantenha seu estoque abastecido e privilegie a exposição dos produtos de venda livre no balcão e no checkout. Há quem recorra ao uso dos isotônicos, que são compostos de sais minerais que agem com papel de hidratação e restabelecem o equilíbrio dos eletrólitos no organismo. “Muitos também possuem carboidratos de rápida absorção para dar energia”, diz a nutricionista da Clínica Fluyr Saudável, Maiara Fidalgo.
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de alimentos, não ingerir bebidas gasosas em grandes quantidades durante as refeições, não realizar exercícios físicos após as refeições e evitar a ingestão de alimentos ricos em gorduras. E para aliviar o desconforto causado pela azia e má digestão, por exemplo, é possível fazer uso de antiácidos, mas, principalmente, investir na ingesta de alimentos que possam atuar na causa do problema. Para a nutricionista Érica, enquanto não houver consciência dos benefícios de uma alimentação saudável, cada vez será maior o consumo de medicamentos para eliminar ou reduzir os efeitos colaterais causados pelos exageros alimentares. “O uso de antiácidos frequente pode alterar o pH gástrico, interferir na digestão de proteínas e alterar a absorção de alguns nutrientes. Também pode haver interações com muitos diferentes fármacos, por isso é importante consultar o médico ou o farmacêutico”, ressalta. Segundo ela, o ideal é saber controlar os sintomas incômodos, com mudanças no estilo de vida, como perder peso ou cortar os alimentos prejudiciais. “Uma opção natural é a utilização de chás digestivos, como alecrim, cidreira, erva-doce e hortelã”, diz.
ALÉM DOS DESCONFORTOS A ingestão prolongada de alguns alimentos e bebidas pode gerar diversos problemas. “Muitos estudos já comprovam que o exagero de determinados alimentos pode causar doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, obesidade e câncer”, diz Érica. E há que se pensar em complicações mais sérias e com consequências futuras, como o aumento nos níveis glicêmicos, de colesterol e triglicérides. Segundo o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dr. Weimar Sebba Barroso, quem se cuida pouco tende a exagerar mais; já quem investe em alimentação saudável e exercícios físicos durante todo o ano tende a não exagerar nas ceias de fim de ano. “Podemos traçar esses dois perfis para determinar o nível dos exagerados. Vale lembrar que, dependendo do comportamento do indivíduo nessa época, podem se desencadear processos de ganho de peso, dislipidemias e o desequilíbrio do organismo como um todo, sem contar que o excesso no consumo de álcool pode levar a quadros como o de pancreatite”, diz.
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DICAS PARA QUE OS CONSUMIDORES SE DIVIRTAM E NÃO PASSEM MAL • Escolher pratos leves ricos em fibras. Como entrada, optar pelas saladas e legumes crus (alface, tomate, cenoura ralada) e deixar o prato bem colorido. • Nas sobremesas e bebidas, preferir as frutas e os sucos da época (pêssego, ameixa, manga, melancia, nectarina, cereja, uva). • Antes de montar o prato, visualizar todas as preparações que estão na mesa e escolher as menos gordurosas. Se pegar um pouco
de cada preparação, pode acabar exagerando nas quantidades. • Não ficar muitas horas em jejum. Fracionar a alimentação a cada três horas para não chegar à ceia com muita fome. Dessa maneira, administrar a vontade de comer ficará mais fácil. • Para carnes, a melhor opção são as aves. Mas não se pode esquecer de retirar a pele. • Nozes e castanhas devem ser consumidas com moderação,
apesar de serem benéficas devido à gordura de boa qualidade, são alimentos de alto valor calórico. • Ficar atento ao teor do açúcar dos alimentos. Frutas cristalizadas e passas concentram alto teor de açúcares. Da mesma forma, panetones recheados, tortas e refrigerantes podem ser armadilhas. Entretanto, como recurso para adoçar a noite, é possível recorrer às frutas da estação em forma de sucos ou nas versões in natura.
Fontes: nutricionistas do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Érica Oliveira Pedron e Simone Spadaro
Para manter o controle, o ideal é fazer pequenas refeições ao longo do dia da ceia, como um iogurte desnatado, frutas e alimentos integrais. “Isso ajudará no controle da compulsão alimentar por alimentos calóricos e gordurosos”, explica Érica. Ao montar o prato, as pessoas devem abusar das saladas e escolher pequenas quantidades de cada alimento preferencial, sem privação, nem exageros, diz a nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Simone Spadaro. Segundo ela, uma boa ceia é rica em oleaginosas, carnes proteicas e frutas típicas da estação que fazem muito bem à saúde. A nutricionista da Clínica Fluyr Saudável, Maiara Fidalgo lembra que, depois de comer e beber de tudo, sem 126
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controle, não adianta apelar, nem esperar por um milagre. “O ideal é voltar à rotina saudável equilibrada, consumindo frutas, verduras, legumes, cereais integrais, preparações assadas e grelhadas, carnes magras. Ingerir muita água, chás naturais e praticar atividade física”, indica. Famosas na atualidade, as dietas detox auxiliam na eliminação de toxinas acumuladas pelo excesso cometido entre Natal e Ano-Novo, como abuso de gorduras e álcool. “Em geral, as receitas são baseadas no consumo de frutas, hortaliças, sucos e chás com fibras e propriedades diuréticas e termogênicas. Porém, é preciso ter cautela na hora de aderir à prática: uma dieta detox rígida, em que apenas a ingestão de líquidos é permitida, tem tempo médio de um a dois dias”, alerta Simone.
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Perigo iminente PICADAS DE INSETOS PODEM DESENCADEAR DIVERSOS TIPOS DE REAÇÕES ALÉRGICAS. CONHEÇA QUAIS SÃO ELES E COMO ATUAM OS PRODUTOS QUE AGEM NA PROTEÇÃO E NO ALÍVIO
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POR TASSIA ROCHA
Durantes os dias mais quentes do ano, as pessoas sofrem com a alta incidência de insetos que aparecem a qualquer hora do dia, seja no trabalho, em casa ou curtindo as férias na praia ou em lugares com muito verde, como chácaras e sítios. Por isso, produtos que atuam na proteção passam a fazer parte da cesta de compras da população. As temidas picadas costumam ser mais frequentes do que se possa imaginar e, com elas, diferentes tipos de reações alérgicas podem surgir, o que pode ocasionar reações graves à saúde. “O risco correlaciona-se com o tipo de inseto. O mosquito pode ocasionar uma reação alérgica chamada estrófulo (reação em que o pernilongo pica em um único local e outras picadas aparecem em locais diferentes do corpo) ou mesmo o ato de coçar o local pode levar bactérias para a região e provocar uma infecção local chamada celulite. Agora, existem insetos da classe dos himenópteros, como a abelha, vespa e formiga de fogo, que podem ocasionar reações graves e até fatais em indivíduos alérgicos”, afirma a alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Cristina Abud de Almeida. Ou seja, as picadas de insetos são muito mais que um desconforto, podem provocar doenças por vezes mortais e também reações alérgicas severas nas pessoas e isso deve ser evitado. De acordo com o diretor-geral do laboratório Osler, Paulo Castejón Guerra Vieira, os mosquitos e carrapatos precisam de sangue como alimento para seus ovos. Portanto, só as fêmeas é que picam.
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Segundo Guerra, no momento da picada, além de sugar o sangue, duas substâncias são injetadas no corpo: um analgésico, para que a picada não seja sentida imediatamente e o mosquito espantado e um anticoagulante. É essa troca de substância que pode fazer o vírus, a bactéria, o protozoário ou o parasita passarem do mosquito para o ser humano, provocando as reações alérgicas. “O tratamento das doenças transmitidas por insetos variam muito com o tipo de doença bem como a intensidade das reações.” Guerra explica que as picadas mais comuns são daqueles insetos que são capazes de voar e têm em seu instinto a necessidade de encontrar os indivíduos para obter o sangue para alimento de seus ovos, ou seja, os mosquitos. Como não são capazes de voar, as picadas de carrapato são menos frequentes, mas não menos importantes. Uma orientação importante, que deve ser fornecida aos pacientes, é sobre o ato de coçar, que tende a ser perigoso, já que faz com que uma célula do organismo quebre e libere uma substância dentro dela que aumenta a coceira. Portanto, o ideal é não coçar. “As reações alérgicas por picadas podem causar o estrófulo ou gerar reações graves, chamadas de anafilaxia, em que, após a picada, o indivíduo pode apresentar reações na pele, como a urticária e angioedema ou até mesmo falta de ar, chiado no peito e edema de glote (inchaço)”, informa a Dra. Cristina.
EXISTE DIFERENÇA? As picadas mais comuns são as de mosquitos. “Esses insetos picam nas áreas expostas e, em geral, formam lesões arredondadas, pequenas, eritematosas e edemaciadas, que coçam bastante. As picadas das pulgas e percevejos são parecidas com as dos mosquitos. Porém, produIMAGENS: SHUTTERSTOCK
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ATUAÇÃO DOS REPELENTES Os repelentes são métodos utilizados para afastar os insetos e podem ser físicos ou químicos. Os físicos constituem-se de telas, mosquiteiros, vestimentas, formam uma barreira mecânica e devem ser usados sempre que possível. Já os químicos podem ser naturais ou industrializados, atuam formando uma camada de vapor com odor repulsivo aos insetos sobre a pele e possuem restrições em relação à idade e gestação. Os repelentes químicos naturais, como o óleo de andiroba, citronela, eucalipto, possuem ação comprovada em afastar os
mosquitos, podem ser usados a partir dos dois anos de idade, porém seu tempo de proteção depois de aplicado na pele é muito curto, muitas vezes não sendo superior a duas horas. Já os repelentes químicos industrializados podem alcançar até dez horas de ação contra os insetos, dependendo da substância e concentração utilizadas. Porém, possuem uso restrito em crianças menores de dois anos de idade e gestantes. Os comercializados no Brasil são: • DEET, designação dada ao composto dietil-toluamida;
dependendo de sua concentração, pode ser utilizado em crianças a partir de dois anos de idade e atingir até seis horas de proteção. • Icaridina é um composto derivado da pimenta e, dependendo de sua concentração, pode ser utilizado a partir dos dois anos de idade e proteger em até dez horas contra picadas de insetos. • O IR 3535 é uma loção antimosquito aprovada para gestantes e crianças acima de seis meses de idade, podendo atingir até quatro horas de proteção.
Fonte: médica e assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Nicole Perim
zem fileiras de duas a três lesões, principalmente na cintura, nos tornozelos e pés. As picadas de carrapatos, em geral, acontecem em pessoas que se expuseram a ambientes rurais e, normalmente, podemos encontrar o próprio carrapato fixado à pele. Ao ser retirado, pode também formar
lesões edemaciadas e eritematosas. Já as picadas de abelhas provocam uma dor aguda e são as mais propensas a desenvolver reações alérgicas graves”, informa a médica e assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Nicole Perim.
DIFERENTES PICADAS Podem-se dividir os insetos e aracnídeos em dois grupos: a) Os principais insetos e aracnídeos que precisam do nosso sangue são:
Aedes aegypti: dengue, chikungunya, Ziza
Culex: filariose
Anófeles: malária
Carrapato: febre maculosa, doença de Lyme
b) Os que aferroam e não precisam do nosso sangue, não transmitem doenças, mas podem provocar reações alérgicas são:
Vespas
Marimbondos
Abelhas
Aranhas
Fonte: Osler
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RECOMENDAÇÕES PARA A PROTEÇÃO CONTRA PICADAS DE INSETOS Existe uma forma segura de aplicar o repelente para aumentar sua eficácia e evitar as picadas de insetos. Oriente os consumidores sobre a melhor forma de aplicação na pele:
Seja generoso: aplique o repelente pelo corpo de forma generosa, pois a tendência natural é passar menos do que o necessário.
Seja homogêneo: aplique o produto homogeneamente por todas as partes expostas da pele. Uma vez que a ação de um repelente limate-se a 4 cm de distância, uma simples aplicação no rosto não protege a nuca, por exemplo.
Seja repetitivo: reaplique sempre que achar necessário, inclusive após mergulhar no mar ou piscina, ao sair do banho ou em caso de sudorese excessiva.
Seja seletivo: todos os repelentes podem irritar as mucosas. Cuidado com olhos, narinas e boca.
Tipo de roupa: evite roupas escuras e agarradas ao corpo. Dê preferência a roupas claras, compridas e afastadas do corpo. Se usar roupas curtas, vestidos ou sandálias, aplique o repelente nas pernas e pés.
Protetor solar pode ser usado: primeiro aplique o protetor solar, aguarde o tempo indicado por seu fabricante para que o produto seja absorvido e só então use o repelente.
Cremes e maquiagem: depois de aplicar cremes ou maquiagem, use o repelente por cima desses produtos.
Não use perfume: perfumes provocam alergias e atraem insetos. Prefira produtos sem fragrâncias, tais como desodorantes sem perfume, sabonetes neutros e xampus sem cheiros. Fonte: Osler
De acordo com a especialista, o tratamento varia com o tipo de reação. Para as reações de pele leves, preparações tópicas com substâncias, como a cânfora, o mentol e os corticoides, podem levar ao alívio dos sintomas. Para os casos em que há um prurido mais intenso, ela salienta 130
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que a SBD recomenda a consulta com o dermatologista. Para os casos graves e agudos, em que há sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar geral, náusea, edema facial, dificuldade para respirar e dor abdominal, o consumidor deve procurar imediatamente um hospital.
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Obsessão sem fim A BUSCA INCESSANTE PELO PESO IDEAL SE TORNA CADA VEZ MAIS COMUM ENTRE OS BRASILEIROS. DIANTE DESSA NECESSIDADE, A INDÚSTRIA CRIOU SOLUÇÕES QUE, ALIADAS À PRATICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E À ALIMENTAÇÃO BALANCEADA, PROMETEM BONS RESULTADOS POR TASSIA ROCHA
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Estar totalmente satisfeito com o corpo parece ser um caso raro. Todo mundo tem alguma “reclamação” a fazer sobre si. Atualmente, é comum pessoas tentando buscar hábitos e estilo de vida mais saudáveis como alternativa para alcançar o físico desejado. Mas para conseguir o objetivo em um curto espaço de tempo, algumas pessoas optam por métodos que garantam resultados rápidos. Para a nutricionista do Programa Dieta e Saúde, Ana Carolina Icó, há muitas justificativas possíveis para a insatisfação do brasileiro, desde experiências relacionadas ao peso e formato corporal vividas na infância, comentários de outras pessoas, a percepção da imagem corporal (forma como o indivíduo enxerga a sua própria imagem), padrões de beleza e até, em casos extremos, presença de transtornos alimentares.
“Muitos profissionais apontam a influência da mídia na disseminação da insatisfação corporal. Atualmente, os meios de comunicação divulgam uma preocupação excessiva com o peso corporal, muitas vezes não relacionada à saúde e sim, associada apenas ao padrão estético considerado adequado e aceito pela sociedade. Padrão esse muitas vezes quase que inatingível e difícil de ser replicado em um país com uma forte miscigenação. O público mais atingido são as mulheres, frequentemente estimuladas a emagrecer independente da sua real necessidade. O que explica também o número cada vez maior de brasileiros que se submetem a algum procedimento para perda de peso, como dietas da moda, uso de medicamentos e suplementos”, informa Ana Carolina. Para ela, a maioria das pessoas que deseja emagrecer busca dietas com promessas milagrosas, como emagrecer 10 kg em uma semana. “O grande problema é que 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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essas dietas propõem um padrão alimentar restritivo, monótono e pouco energético. Além disso, dietas não consideram fatores importantes e individuais envolvidos no consumo alimentar, como a rotina, acesso aos alimentos, local onde realiza as refeições, como é feita a compra de alimentos, prática de exercícios físicos, histórico de doenças e comportamento emocional, por exemplo, presença de ansiedade”, afirma. Ao tentar seguir um padrão alimentar tão rígido, contrário às particularidades e distante do habitual, a dieta se torna muito difícil e insustentável. É por conta dessas experiências frustrantes que cada vez mais pessoas buscam a Reeducação Alimentar (RA), visto que ela é um método mais flexível, sustentável, focado na mudança de hábitos e assim mais eficaz para o emagrecimento definitivo. “Aquele que faz dietas, seja qual for o objetivo, mas que não se reeduca psicologicamente falando, nunca obterá sucesso, estará sempre brigando com a balança e será frustrado. As mudanças precisam ocorrer de dentro para fora, o indivíduo precisa querer ter outros hábitos para a vida toda”, alerta a especialista em Nutrição e Qualidade de Vida e mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Michelle Parreira de Campo.
NA CONTRAMÃO Se por um lado existem pessoas na busca exaustiva pelo corpo perfeito, do outro, há um cenário difícil de combater. De acordo com o preparador físico e autor do livro A Dieta Ideal, Marcio Atalla, apenas 35% da população brasileira pratica atividade física. É um número muito abaixo do esperado, mostrando que a população, de um modo geral, é inativa e contribui para o crescente número de obesos e pessoas acima do peso. “No Brasil, aproximadamente 42,3 milhões de pessoas (28,9% da população adulta), afirmam assistir à televisão por mais de três horas diárias. Porém, nosso corpo depende da atividade física para funcionar melhor. O exercício tem impacto hormonal, evita problemas cardíacos e obesidade, além de contribuir com o funcionamento do metabolismo e o movimento das articulações”, alerta. Para Atalla, o que funciona, para ter um corpo saudável e atingir a satisfação, é a dupla dieta equilibrada e movimento diário. A prática de exercícios ajuda na busca pelo peso ideal, já uma dieta equilibrada permite a manutenção de um corpo saudável. 134
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HÁ MUITAS JUSTIFICATIVAS POSSÍVEIS PARA A INSATISFAÇÃO DO BRASILEIRO, DESDE EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AO PESO E FORMATO CORPORAL VIVIDAS NA INFÂNCIA, COMENTÁRIOS DE OUTRAS PESSOAS, A PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL, PADRÕES DE BELEZA E ATÉ, EM CASOS EXTREMOS, PRESENÇA DE TRANSTORNOS ALIMENTARES Ou seja, não adianta recorrer à internet à procura de dietas “milagrosas”, se o indivíduo não buscar por uma mudança geral no estilo de vida, é preciso ajuda de especialistas para conseguir um resultado saudável e que não fique no efeito “sanfona”. Segundo dados fornecidos pelo endocrinologista e responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Marcio Mancini, o número de obesos e pessoas acima do peso no Brasil cresce a cada ano. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional de Saúde, que mostra que 20,8% dos brasileiros, com 18 anos ou mais, apresentam obesidade (mais de 30 milhões) e 56,9% apresentam excesso de peso (mais de 82 milhões). Há dez anos, respectivamente, essas cifras correspondiam aproximadamente a 12% e 42%. É importante afirmar que a obesidade e mesmo o aumento de peso têm causas genéticas e ambientais. Por exemplo, de 40% a 60% das pessoas obesas têm a doença por origem genética. Existem estudos que comprovam os diversos motivos para a obesidade e eles vão muito além do excesso de alimentos.
INOVAÇÕES DA INDÚSTRIA De maneira geral, a reeducação alimentar é a melhor saída aliada aos exercícios, independente do objetivo da dieta, seja o emagrecimento ou a busca por um estilo de vida mais saudável. Pensando nisso, a indústria vem buscando inovações que auxiliam no dia a dia de quem
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procura por um estilo de vida mais saudável, sem deixar de oferecer ao corpo os nutrientes necessários. A nutricionista Ana Carolina explicou a funcionalidade de cada item que, se indicado por um profissional, depois de uma análise individual, pode garantir ótimos resultados, aliado, é claro, com a prática de exercícios físicos. São eles: • Shakes: misturas em pó que podem ser diluídas em leite ou água. Geralmente possuem em sua composição uma fonte de proteínas (por exemplo, proteína isolada de soja, albumina ou caseína), um carboidrato (por exemplo, maltodextrina, frutose), uma fonte de gordura vegetal (por exemplo, óleo vegetal, gordura de palma), no mínimo uma fonte de fibras alimentares (por exemplo, inulina, fruto-oligossácarideos, fibra de aveia ou de trigo) e vários suplementos de vitaminas e minerais. Os principais objetivos desse tipo de produto são fornecer a maior quantidade de nutrientes com o menor valor calórico possível e promover a saciedade, por isso o acréscimo de fibras e a orientação para o consumo de um grande volume. • Sopas: compostas em sua maioria por legumes de baixo valor calórico (por exemplo, tomate, cenoura, cebola) e tubérculos (batata-inglesa, batata-baroa e batata-doce) desidratados, aliados a uma fonte proteica (por exemplo, proteína de soja, proteína do soro do leite, albumina, peito de frango), várias fontes de fibras (por exemplo, inulina) e uma fonte de gordura vegetal (por exemplo, óleo de soja), além de suplementos de vitaminas, minerais e realçadores de sabor. Os principais objetivos do produto, assim como os shakes, são ser uma alternativa de refeições com baixíssimo valor calórico e promover a saciedade. O valor calórico desse tipo de produto é realmente muito baixo, algumas sopas possuem menos de 100 kcal, total este aquém do esperado para um almoço de um adulto saudável cujo valor recomendado está por volta de 500 kcal. Manter o consumo prolongado desse produto como substituto de refeição pode provocar deficiências de nutrientes e levar
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a fraqueza, tonturas, dores de cabeça e, em alguns casos, à anemia. • Chás e sucos: normalmente misturas de ervas e/ou frutas desidratas em pó. O principal atrativo desse tipo de produto é ser uma bebida com baixo valor calórico ou isenta de calorias. Algumas possuem sabor doce, devido à adição de adoçantes e para muitas pessoas é uma alternativa ao consumo de refrigerantes. Algumas opções de chás possuem alegação de propriedades termogênicas. Esses produtos basicamente favorecem o aumento do consumo de líquido e, portanto, auxiliam na diminuição da retenção de líquidos. Por ser produtos com um total de calorias muito baixo, provocam importantes deficiências nutricionais quando usados como substitutos de refeições. • Cápsulas: são princípios ativos isolados de alimentos (por exemplo, cafeína, betacaroteno, picolinato de cromo) ou nutrientes em altas concentrações (por exemplo, ômega-3, óleo de cártamo, quitosana, spirulina). O objetivo desse tipo de produto é entregar ao organismo uma quantidade do composto em proporções maiores do que o alimento oferece, além de muitas vezes ser isento de calorias como acontece com a cafeína, por exemplo. Muitas cápsulas são comercializadas como emagrecedores, pois possuem compostos com alegação de efeito termogênico, promotor de saciedade, bloqueadores da absorção de gorduras dos alimentos e até anorexígeno (inibidor de apetite). Esses produtos podem fazer parte de uma refeição, mas nunca substituir o consumo de um conjunto de alimentos.
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deve cumprir. Além disso, a implantação do sistema requer diversas etapas. Sendo assim, a Contento Comunicação elaborou um programa de capacitação, desenvolvido especialmente para os profissionais que atuam no varejo farmacêutico que aborda a implantação do Aqui tem Farmácia Popular. O módulo em vídeo Treina PDV Farma sobre o programa apresenta as regras que devem ser cumpridas pela farmácia para participar, as normas para o uso da marca Aqui tem Farmácia Popular e os recursos mínimos para que a farmácia possa se cadastrar no programa. Além disso, o vídeo também traz um passo a passo sobre como implantar o programa na farmácia e orientações para o acesso ao sistema eletrônico de autorização na dispensação. Por meio de uma linguagem prática, acessível e de fácil aplicação, as instruções dessa capacitação tornam possível entender e implantar o programa Aqui tem Farmácia Popular com facilidade. Sendo assim, convido-o a assistir ao vídeo. IMAGEM: DIVULGAÇÃO
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Prêmio Especialistas - Negócios da Comunicação EDITORA-CHEFE DO GUIA DA FARMÁCIA, LÍGIA FAVORETTO, ESTÁ ENTRE AS TRÊS MELHORES JORNALISTAS DO BRASIL NO SEGMENTO FARMACÊUTICO
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O Centro de Estudos da Comunicação (CECOM), também responsável pela revista Negócios da Comunicação, premiou, pela primeira vez, os melhores jornalistas especializados do Brasil. São profissionais que atuam em uma determinada área ou setor da economia e se destacam pelo conhecimento e propriedade com que tratam os assuntos de sua especialidade. O Prêmio Especialistas – Negócios da Comunicação reconheceu três jornalistas experts em 32 áreas da economia. “Estes jornalistas entregam ao público uma informação de qualidade em seus respectivos segmentos, bem apurada, que é relevante para o cotidiano do leitor e, por isso, merecem ser reconhecidos”, afirma o publisher da Negócios da Comunicação, Márcio Cardial. A editora-chefe da revista Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, foi premiada na categoria Farma-
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cêutico, como a melhor jornalista do Brasil. Junto com ela foram reconhecidas Stela Fontes, do Valor Econômico e Mônica Scaramuzzo, do O Estado de S.Paulo. “Esse reconhecimento é fruto do trabalho que desenvolvo há oito anos na Contento Comunicação, cinco como repórter da publicação e três como editora. Quando se trabalha arduamente em busca da excelência, o resultado positivo é uma consequência”, diz. A editora comenta que espera poder continuar contribuindo para a economia brasileira, promovendo informação de qualidade ao público para o qual sua revista é destinada. “O Guia da Farmácia é líder de mercado e fazer parte dessa história é um privilégio.” A escolha dos ganhadores ocorreu por meio de voto livre e direto, feita por mais de 60 mil profissionais, foi conduzida pela H2R Pesquisas Avançadas e auditada pela consultoria britânica BDO Brazil. IMAGENS: DIVULGAÇÃO
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A noite de premiação lotou o teatro do
Lígia Favoretto e Cristiane Sant
CIEE
os
OS 32 SETORES PREMIADOS 1. Agroindústria da carne 2. Agropecuária 3. Alimentos e bebidas 4. Atacado 5. Automotivo 6. Bens de capital
7. Biocombustível e energias alternativas 8. Calçados e artigos de couro 9. Construção civil 10. Construção naval 11. Cosméticos 12. Educação 13. Eletroeletrônico
14. Energia elétrica 15. Farmacêutico 16. Financeiro 17. Higiene/limpeza 18. Logística e transporte 19. Madeira e móveis 20. Mineração
A cerimônia de premiação aconteceu na capital paulista, em outubro último. A jornalista recebeu sua placa das mãos da gerente sênior de comunicação corporativa da
21. Papel e celulose 22. Petróleo e gás 23. Química e petroquímica 24. Saneamento 25. Saúde 26. Seguros 27. Siderurgia e metalurgia
28. Tecnologia da informação 29. Telecomunicações 30. Têxteis e vestuário 31. Turismo e hotelaria 32. Varejo
Pfizer Brasil, Cristiane Santos. “Foi uma honra entregar o prêmio à Lígia. Sem dúvidas, foi supermerecido. Espero que venham muitos reconhecimentos pela frente.”
TRAJETÓRIA DE SUCESSO
CONTENTO COMUNICAÇÃO Com foco nos mercados de saúde, beleza e bemestar, o objetivo central da Contento Comunicação é disseminar informação, cultura e entretenimento, contribuindo para o desenvolvimento da livre iniciativa e para a melhoria da educação e da qualidade de vida no País. A revista Guia da Farmácia é a principal publicação da empresa que ainda tem em seu portfólio os títulos: Essencial Essencial, Decnews, Ponto da Beleza, Treina PDV Farma, uma série de livros destinados ao varejo farmacêutico, suplementos especiais e uma infinidade de projetos customizados desenvolvidos para a indústria farmacêutica e cosmética.
O acontecimento ressalta a importância que a publicação tem frente aos seus públicos de interesse. Está em circulação há mais de 20 anos e é líder de mercado. O Guia da Farmácia é muito mais do que uma revista. Trata-se de uma verdadeira ferramenta gerencial, que oferece notícias, tendências e oportunidades ao setor, além do acesso à lista de preços de medicamentos mais consultada do mercado. “Produzimos cerca de 20 matérias inéditas todos os meses, sem contar as seções fixas. Temos o interesse de produzir conteúdo relevante e de interesse, apurado e certificado pelos maiores e melhores especialistas do setor. Existe a preocupação de fomentar debates, para que a cadeia farmacêutica brasileira tenha embasamento em suas tomadas de deci decisão e discernimento para efetivar negócios”, comenta Lígia. Ela ressalta ainda que a experiência adquirida traz a cer certeza de que, além de oferecer bons textos, é preciso conhe conhecer a fundo o público-alvo para oferecer informação única. “E nós conhecemos”, afirma. 2015 DEZEMBRO GUIA DA FARMÁCIA
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