Edição 304 - Decolagem para o sucesso

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GUIA DA FARMÁCIA DECOLAGEM PARA O SUCESSO Uma startup propõe soluções que desafiam o status quo, impossibilitando que empresas tradicionais e com uma estrutura “pesada” copiem seu modelo. Essa característica é a responsável pelas mudanças que se podem observar no mundo todo

DEBATE Após mudanças nas regras de compartilhamento de dados, projeto-piloto de rastreabilidade dá sinais de início

ANO XXV • Nº304 MARÇO DE 2018

ATUALIDADE Entidades do setor preveem que o reajuste médio no preço dos medicamentos deva ficar abaixo da inflação, novamente, este ano


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Você já ouviu falar sobre? O segmento de saúde está entre um dos mais procurados pelos criadores de startup. Você sabe o que significa esse termo tão atual e presente em todo e qualquer tipo de conversa e/ ou negociação? Vamos a ele: uma ideia inovadora, pouco tempo de vida e potencial de crescimento em escala, eis os principais ingredientes que o definem. O novo modelo usa a inovação tecnológica como diferencial competitivo em relação a empresas tradicionais. Para uma startup, é mais importante o market share do que propriamente o lucro, pois como ela possui uma estrutura enxuta e barata, mesmo receitas mínimas são lucrativas. Dessa forma, uma startup propõe soluções que desafiam o status quo, impossibilitando que empresas tradicionais e com uma estrutura “pesada” copiem seu modelo. Esse é o tema da reportagem de capa desta edição do Guia da Farmácia. Acompanhe a matéria escrita pela jornalista Laura Martins, na íntegra, e veja que essa característica é responsável pelas mudanças que já se podem observar no dia a dia com empresas que, ho-

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel COMERCIAL (EXECUTIVAS DE CONTAS) Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) IMAGEM: SHUTTERSTOCK

EDITORIAL

je, são conhecidas em todo o mundo. Alguns exemplos: WhatsApp, Netflix, Uber, Airbnb; gigantes que dispensam qualquer tipo de comentário. Em todo esse universo, diferentes startups de saúde ganham destaque e passam a ser muito bem-aceitas e procuradas pela população, sobretudo por apresentarem soluções, até então, inexistentes, para algumas deficiências. Outro assunto que merece nossa atenção é o reajuste anual no preço dos medicamentos, que deve ser anunciado até o fim deste mês. O percentual é sempre aguardado com ansiedade, pois pode mudar toda a dinâmica de lucratividade por parte da indústria farmacêutica. A expectativa é de que, novamente, o índice fique abaixo da inflação, fato que provoca discussões e muita polêmica. Estamos de olho nessa movimentação. Fique ligado e veja os números exatos em nosso Portal, assim que oficialmente publicados (www.guiadafarmacia.com.br). Boa leitura! Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE COMERCIAL Mariana Batista Pereira

MARKETING DIGITAL Bianca Pereira

ASSINATURAS Morgana Rodrigues

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos e Laura Martins Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Claudio Felisoni de Ângelo, Luiz Marins e Silvia Osso

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues

IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

Diferentes startups de saúde ganham destaque e passam a ser muito bem-aceitas e procuradas pela população, sobretudo por apresentarem soluções, até então, inexistentes, para algumas deficiências

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

2018 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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SUMÁRIO #304 MARÇO 2018

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E MAIS 34 > ATUALIDADE Março é marcado pelo reajuste anual de preços dos medicamentos. Entidades começam a fazer suas projeções de acordo com os índices já disponíveis para o cálculo

CAPA

40 > INOVAÇÃO A tecnologia invadiu o setor de saúde e o varejo farmacêutico não ficaria de fora. Novas empresas surgem a todo o momento, movimentando o mercado e entregando soluções aos clientes

48 > DEBATE Após mudanças nas regras de compartilhamento de dados sobre os medicamentos em circulação no Brasil, projeto-piloto de rastreamento está prestes a ser iniciado

54 > TENDÊNCIA Os influenciadores digitais estão em todos os lugares, tornando-se mais relevantes do que outras celebridades “tradicionais”. Saúde e beleza são alguns dos tópicos mais relevantes na web 4

GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 12 > ANTENA LIGADA 18 > ATUALIZANDO 28 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE

ESPECIAL SAÚDE 60 > HIGIENIZAÇÃO NASAL 66 > INCONTINÊNCIA URINÁRIA 70 > DOR

80 86 90 96

> PELE > OPORTUNIDADE > SEMPRE EM DIA > HOMENAGEM

ARTIGO 24 > VAREJO Silvia Osso 26 > OPINIÃO Luiz Marins 30 > CENÁRIO Claudio Felisoni de Ângelo IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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GUIA ON-LINE INFORMAÇÕES NA INTERNET

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CONTEÚDO NO PORTAL VACINAÇÃO DISPONÍVEL

Após a regulamentação das vacinas em farmácias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Drogasil é uma das primeiras a oferecer a imunização nos estabelecimentos da capital paulista.

MAIS UMA ENTIDADE

MITOS E VERDADES DA FEBRE AMARELA

No fim do ano passado, nasceu a Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (ABRAFAD). A instituição pretende defender o varejo em seus interesses institucionais, políticos e comerciais.

Com o aumento dos casos de febre amarela, surgem, também, alguns questionamentos sobre a doença. Saiba como orientar corretamente os clientes que têm dúvidas.

O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS A combinação entre álcool e medicamento nunca é positiva. Em relação aos antibióticos, a interação pode ser ainda mais preocupante. Entenda as possíveis consequências.

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GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

Os profissionais farmacêuticos lutam para voltar a ter um papel de protagonistas na saúde da população. Entidades de classe atuam nesse processo.

IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK


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ENTREVISTA-LINX

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GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

IMAGEM: DIVULGAÇÃO


Tecnologia no todo A LINX OFERECE PLATAFORMAS PARA QUE A GESTÃO DO CANAL FARMA SEJA AUTOMATIZADA E MAIS EFICIENTE

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POR LAURA MARTINS

Integrar processos e ter a visão total do negócio são vantagens que a tecnologia trouxe para o varejo. Para o canal farma, saber o que acontece nas vendas, no caixa, no estoque, na gestão e até nas franquias pode ser uma das chaves do sucesso, tanto para as grandes redes quanto para os independentes. As mais diferentes plataformas são oferecidas pela Linx, empresa com mais de 30 anos no ramo de software de gestão para o varejo. A empresa atende varejistas de todos os ramos e o setor farmacêutico é um dos mais importantes em sua estratégia. Para entender melhor como o setor pode usar a tecnologia a seu favor, o diretor do segmento farma, Rogério Vieira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia. Confira! Guia da Farmácia • A Linx é uma das principais empresas de software de gestão empresarial do Brasil. Em que momento a companhia enxergou o varejo farmacêutico como uma oportunidade de negócio? Rogério Vieira • O canal farma é um dos principais do varejo brasileiro e possui grande concentração de redes independente e associativas. Essas características estão alinhadas com a estratégia da Linx.

Guia • Como funciona, basicamente, a plataforma de gestão empresarial? Vieira • A plataforma de gestão da Linx foi desenvolvida para atender aos principais setores da farmácia de forma totalmente integrada, garantindo, assim, a confiabilidade em todas as áreas envolvidas, resultando em uma plena eficiência operacional, administrativa, financeira e tributária. Guia • Quais são os diferenciais dos softwares desenvolvidos especialmente para o canal farma? Vieira • Os softwares da Linx permitem que a farmácia eleve sua competitividade com soluções que promovam o aumento das vendas, associado a uma eficiência de gestão que, por sua vez, garanta maior lucratividade e melhor competitividade no mercado. Além disso, as ferramentas apresentadas nas soluções Farma da Linx vão ao encontro das principais tendências do mercado, como: ferramentas inteligentes que promovem o aumento da venda dos chamados “não medicamentos”; um planejamento tributário plenamente alinhado com as regras do segmento; gestão de indicadores de performance por meio de ferramentas “mobile”; e estratégias de fidelização de clientes. 2018 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA-LINX

Guia • A plataforma ajuda em diferentes frentes do negócio, como vendas, caixa, estoque, gestão e franquias. A implementação pode ser feita somente em parte do negócio, por exemplo, no estoque? Vieira • Existe um pacote mínimo de funcionalidades, que englobam as obrigatoriedades da farmácia, como: emissões de notas fiscais de vendas, gestão de entrada de mercadoria e administração dos medicamentos controlados pelo governo, já o restante das funcionalidades pode ser implantado em fases. Guia • Falando especialmente da parte de franquias, como as empresas franqueadas podem se beneficiar do software? Vieira • Por meio do “Plugpharma”, disponibilizamos à franqueadora uma plataforma desenvolvida em “cloud computing” que permita uma gestão integrada das unidades franqueadas. Além de proporcionar melhor capacidade de gestão para a franqueadora, permite com que a farmácia tenha recursos, como: indicadores de performance da sua loja, acesso automático aos Cadernos de Ofertas (tabloides), prover dados para institutos de pesquisa de mercado (como: IQVIA, Close-UP), entre outros. Guia • Quais são as principais dificuldades e os principais anseios do varejista que decide contratar a solução da Linx? Vieira • O setor farmacêutico tem como desafio orquestrar seus processos – administrativos, gestão de caixa e vendas, estoque e obrigatoriedades fiscais. Além disso, busca soluções para aumentar a competitividade das drogarias, aumentando o tíquete médio e sua lucratividade. Entendemos que esses sejam os principais anseios dos varejistas para que eles busquem parceiros tecnológicos como a Linx. Guia • E quais as vantagens percebidas entre os varejistas após a instalação do software da Linx? Vieira • Em um curto espaço de tempo, após a implantação do software, o varejista já percebe segurança 10

GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

na gestão do seu negócio, pois a sistematização de vários processos interligados entre as diversas áreas da farmácia garante o cumprimento dos processos de acordo com as políticas predefinidas. Associando isso a uma correta apuração do Custo da Mercadoria Vendida (CMV) e à equalização no recolhimento dos tributos proporcionada pela gestão tributária integrada ao sistema, permitimos ao varejista condições claras e favoráveis para as melhores tomadas de decisão. Guia • Como funciona o modelo de negócios da contratação do software? Vieira • O modelo comercial oferecido pela Linx é bastante atrativo. O investimento para implementação do software é baixo; ainda na fase inicial, a Linx oferece treinamentos de capacitação para os profissionais da farmácia, auxiliando na utilização do sistema e garantindo clareza e eficiência nos processos de gestão e operações. Além disso, é cobrada uma taxa mensal de utilização, que garante ao farmacêutico suporte técnico ao sistema, atualizações decorrentes de melhorias e inovações. Guia • O portfólio da Linx tem, atualmente, oito mil farmácias e drogarias. Como a empresa pretende aumentar esse número? Vieira • Já atendemos a todo o território brasileiro e, a partir do segundo semestre de 2017, estamos fortalecendo a presença local com novas franquias Linx em várias cidades. Guia • O mercado farmacêutico é um dos principais canais a ser atingidos pela companhia? Por quê? Vieira • O mercado farmacêutico é muito importante para a estratégia de crescimento da Linx e lançamos este ano uma nova solução pensada em aproximar indústria e ponto de venda (PDV) para ampliar a rentabilidade do mercado. A solução identifica, por meio de uma inteligência promocional, as promoções certas para cada loja e entrega uma sugestão de promoções de descontos ou combos de diversos tipos em parceria com a indústria.


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ANTENA LIGADA

FOCO EM ONCOLOGIA CONSIDERADO A DOENÇA DO SÉCULO, O CÂNCER AINDA PRECISA DE NOVOS MEDICAMENTOS QUE POSSAM TRATAR OS PACIENTES. PARA ISSO, A PESQUISA DA INDÚSTRIA NÃO PARA POR LAURA MARTINS

INOVAÇÕES NECESSÁRIAS

CONTRA MIELOMA MÚLTIPLO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Ninlaro®, o primeiro inibidor de proteassoma oral usado em combinação com lenalidomina e dexametasona em pacientes com mieloma múltiplo. O medicamento será comercializado pela companhia Takeda. A doença, ainda que rara, é considerada o segundo tipo de câncer de sangue mais frequente na população e estima-se que cerca de 7.600 brasileiros recebam o diagnóstico da patologia por ano. • www.takeda.com/pt-br

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A Bayer fechou uma parceria global e exclusiva com a Loxo Oncology para o desenvolvimento e comercialização do larotrectinib (LOXO-101) e LOXO-195, compostos estudados para o tratamento de pacientes com cânceres causados por alterações genéticas dos sinalizadores TRK, cujo excesso promove o crescimento descontrolado de diversos tipos de tumores. Os inibidores TRK da Loxo são medicamentos inovadores que miram tais alterações genéticas e complementam o pipeline oncológico da Bayer com compostos diferenciados que poderão ser usados em diferentes abordagens. • www.bayer.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


DIA A DIA DE ESTRELA

Claudia Raia é a protagonista do novo comercial da Abbott para Ensure, que promove a importância da saúde muscular para adultos e o papel que a nutrição pode desempenhar. O filme mostra a atriz em suas atividades do dia a dia, reforçando que, aos 51 anos de idade, ela vive em uma das melhores fases de sua vida, pois está em excelente forma, fazendo tudo do que ela gosta, como dançar, cantar, representar, atuar e produzir. • www.abbottbrasil.com.br

MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR

A Takeda Farmacêutica foi reconhecida como a farmacêutica mais amada por seus funcionários, de acordo com um ranking feito pela plataforma Love Mondays. Dentro da categoria “50 grandes empresas mais amadas pelos seus funcionários no Brasil”, a companhia contempla o segundo lugar, com índice de satisfação de 4,51 em uma escala que vai até 5. Ações como Day off de aniversário dos filhos (aplicável para mães e pais com crianças de até 12 anos de idade), assessoria de corrida, horário flexível, oportunidades de trabalho no exterior e outros benefícios são alguns dos impulsionadores do resultado. • www.takeda.com/pt-br

INSIGHTS DA NRF 2018

Todos os anos, acontece a NRF – Retail’s Big Show, em Nova York (EUA), o maior evento de varejo do mundo. Entre os destaques deste ano, está o pagamento móvel. De acordo com especialistas, é preciso estar atento a novas formas de pagamento, como aquelas com o uso de QR Code. Além disso, há a transformação digital. As fronteiras do mundo digital começam a se fundir, tornando o universo mais complexo. O ecossistema significa combinar market place, e-commerce, pagamento, conteúdo e serviços para entregar tudo o que é necessário. • www.beautyfair.com.br

CONVENÇÃO DE VENDAS INTERNACIONAL

A Natulab promoveu sua primeira Convenção Anual de Vendas Internacional. O evento, realizado em Buenos Aires (Argentina), entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro último, reuniu toda a equipe de vendas e marketing do laboratório para alinhamento das estratégias a ser implementadas em 2018. A empresa encerrou o ano passado consolidando uma ótima performance no mercado. Entre dezembro de 2017 e dezembro de 2016, de acordo com a IQVIA, enquanto o Mercado Farmacêutico Total (MFT) cresceu 5,7% em unidades vendidas, a Natulab apresentou alta de 28,2%. • www.natulab.com.br MARÇO 2018 GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

PROGRAMA DE RELACIONAMENTO PARA FARMA

GENÉRICOS EM ALTA

A indústria de genéricos fechou 2017 com crescimento de 11,78% no volume de unidades vendidas em relação a 2016. Durante o ano, foram comercializadas 1,2 bilhão de unidades. Os medicamentos encerraram o ano com 32,46% de participação de mercado em unidade, contra 30,7% verificados um ano antes. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), com base nos indicadores da IQVIA. Com o resultado, em volume, os genéricos cresceram seis pontos percentuais acima do mercado farmacêutico total, que registrou expansão de 5,73% no ano passado. • www.progenericos.org.br

O Clube de Parceiros da Linx, programa de relacionamento em que os participantes podem indicar farmácias em troca de pontos, tem como objetivo potencializar os negócios do segmento. O programa funciona como um hub em que os usuários indicam parceiros e, conforme fecham contrato com a Linx, acumulam pontos que podem ser trocados por produtos. Desde a sua criação, o programa já gerou 85% de engajamento. Embora tenha como público principal os representantes comerciais que atuam na indústria farmacêutica, a iniciativa também conta com a participação de pessoas físicas, maiores de 18 anos de idade. • www.linx.com.br

CONFIANÇA NO VAREJO

O empresário paulistano está mais confiante. O ano de 2018 começou em ritmo de retomada, apontando a recuperação do nível de atividade econômica, baseada nas melhorias do emprego e da renda. Esses fatores impulsionaram as vendas e abriram espaços para novos investimentos no comércio, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que cresceu 1,4%, chegando a 110,7 pontos em janeiro último. Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). • www.fecomercio.com.br

PUBLICIDADE PARA SUL E SUDESTE

Novalgina está relançando sua segunda campanha publicitária para toda a Região Sudeste, além de lançar pela primeira vez na Região Sul do País. Com linguagem bem-humorada, a propaganda reforça o conceito “Novalgina, é mais do que você imagina” e apresenta aos telespectadores a propriedade de alívio dos sintomas de dores intensas. A marca está presente, também, em mídias digitais. Com dois canais proprietários, no Facebook e YouTube, Novalgina traz curiosidades da vida, apresentação de portfólio e seus valores. • www.novalgina.com.br

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GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018


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ATUALIZANDO

GENÉRICOS EM FOCO A VENDA DE MEDICAMENTOS MAIS BARATOS À POPULAÇÃO É UMA BOA NOTÍCIA NÃO SOMENTE PARA OS CONSUMIDORES, MAS PARA OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS, QUE AUMENTAM SEU ESPAÇO NO MERCADO POR LAURA MARTINS

BUDESONIDA EMS

O laboratório EMS apresenta o primeiro genérico do BudecortAqua. O medicamento é indicado para o tratamento de rinites não alérgicas, alérgicas perenes, alérgicas sazonais, tratamento de pólipo nasal e prevenção de pólipo nasal após polipectomia. O lançamento está disponível em duas apresentações: 32 mg x 120 acionamentos e 64 mg x 120 acionamentos – Suspensão Spray Nasal. MS 1.0235.1180 • www.ems.com.br

BEPEBEN® TEUTO

Bepeben® é o lançamento do Laboratório Teuto no canal farma, que conta com a benzilpenicilina benzatina como princípio ativo. O medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por germes sensíveis à penicilina G, sendo assim altamente indicado para diversos casos de sífilis. Bepeben® está disponível na forma de pó para suspensão injetável com concentração de 1.200.000 UI na embalagem de um frasco ampola mais ampola diluente de 4 mL. MS 1.0370.0100.014-9 • www.teuto.com.br

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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CISBERRY ACHÉ

Para auxiliar na saúde urinária, o Aché Laboratórios apresenta Cisberry, nutracêutico produzido a partir de extrato de cranberry moído e desidratado. Em formato de minicápsula gelatinosa, o produto garante alta concentração de Proantocianidinas do tipo A (PAC-A), considerado o poder do cranberry, pois proporciona efeito antiadesão bacteriana no organismo, colaborando para a saúde urinária. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 • www.ache.com.br

AZ + ÔMEGA 3 FOR HEALTH

O Polivitamínico de AZ + Ômega 3, da linha Supreforce Vitaminas, é um mix de 21 vitaminas e minerais associadas a 320 mg de ômega 3. O produto proporciona ao consumidor, além de todos os benefícios de um polivitamínico, a redução dos níveis de triglicerídeos, melhorando a saúde do coração. MS 6.6969.0023.001-6 • www.supreforce.com.br

ONICUT ® CÁPSULAS BIOLAB FARMACÊUTICA

Unhas saudáveis também são importantes para a saúde. Afinal, quando elas estão quebradiças, descamando, fracas e com dificuldade para crescer, isso pode significar que algo não está bem. Pensando nisso, a Biolab lança Onicut ® Cápsulas. Composto por proteínas, vitaminas e ferro, o suplemento alimentar fornece os nutrientes necessários para o crescimento das unhas de maneira saudável. MS 6.7308.0001.001-8 • www.biolabfarma.com.br

HEM-6124

OMRON HEALTHCARE

A Omron começa a fabricar no Brasil o monitor de pressão arterial de pulso, HEM-6124, novo modelo da empresa. É a primeira vez que a companhia fabrica um produto do tipo fora do continente asiático. O novo equipamento tem como principais diferenciais o sensor de posicionamento e a tecnologia Intelissense, que infla o manguito de acordo com o pulso de cada pessoa. INMETRO ML 239 09/12/16 • www.omron.com.br

2017 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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ATUALIZANDO NEBIVOLOL NEO QUÍMICA

A Neo Química aumentou seu portfólio de medicamentos cardiovasculares e lançou o cloridrato de nebivolol. O medicamento é indicado para os tratamentos da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca em idosos acima dos 70 anos de idade, prevenção do aumento da frequência cardíaca e para o controle do bombeamento do sangue feito pelo coração. MS 1.5584.0523 • www.neoquimica.com.br

VELUNID

PRÓPOLIS 70

MANTECORP FARMASA

APIS FLORA

A Mantecorp Farmasa apresenta Velunid, uma associação entre as substâncias flavonoides diosmina e hesperidina, que juntas tratam as manifestações da insuficiência venosa crônica, funcional e orgânica dos membros inferiores, tais como varizes, edema e sensação de peso nas pernas. O medicamento age também no tratamento dos sintomas de insuficiência venosa do plexo hemorroidário. MS 1.7817.0829 • www.hyperapharma.com.br

A Apis Flora acaba de lançar uma versão mais concentrada do Extrato de Própolis, contendo a combinação dos melhores tipos de própolis, de forma a maximizar seus benefícios. O produto possui o mesmo perfil químico do própolis verde, sendo 2,3 vezes mais concentrado que o tradicional, potencializando os efeitos anti-inflamatório, antioxidante e antimicrobiano do produto. SIF/DIPOA 0137/3733 • www.apisflora.com.br

GROW FERRO CIFARMA

Grow Ferro é o mais recente integrante da Linha Grow para a pediatria. O produto é um suplemento mineral que apresenta em sua formulação a associação de dois sais férricos. A concentração do Grow Ferro é de 100 mg/mL, sendo que cada gota contém 5 mg de ferro elementar. O produto não contém açúcar ou glúten. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 • www.cifarma.com.br

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VAREJO

Gestão na farmácia: pequenos passos para o sucesso

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AINDA QUE PAREÇA BÁSICO, GERENCIAMENTO PODE SER INTUITIVO E INFORMAL PARA MUITOS VAREJISTAS

SILVIA OSSO

Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 24

Gestão empresarial é a gerência de uma empresa e engloba todas as tarefas, desde o planejamento; gestão de pessoas; de projetos; de conhecimento; sustentabilidade; valores; políticas da empresa; gestão financeira; até inovação tecnológica. Gerir é fundamental para todo negócio, inclusive para a farmácia. O que parece muito óbvio, nem sempre o é, pois muitos empresários pecam nesse ponto por comandarem sua empresa de maneira informal e intuitiva. Quando a empresa tem uma estrutura familiar, com poucos funcionários e pequenas somas de dinheiro em circulação, as coisas até conseguem caminhar de maneira mais intuitiva e simples. Porém, se essa empresa começa a crescer e almeja o sucesso, isto é, quer crescer e lucrar mais, a gestão deve ser conduzida de forma responsável, observando-se cada detalhe. É nesse sentido que empreendedores precisam sair da gestão informal e fazer a transição para se destacar no mercado. Se sua empresa está nesse momento de crescimento, é importante considerar alguns passos iniciais: 1- Conheça o seu negócio: para saber como agir, é preciso se situar, inclusive para traçar as estratégias. Isso deve ser feito por meio de um diagnóstico da sua empresa; do campo de atuação; dos custos; do mercado; de quem é o público; entre outros. Defina, ainda, em que sua farmácia é forte e competitiva e que outros pontos fortes tem; veja também onde há pontos fracos a melhorar. Pode ser que, nesse momento, seja necessário investir no apoio de uma consultoria especializada.

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2- Planejamento financeiro: não é tarefa que exige alto investimento na empresa. Existem no mercado sistemas e softwares criados para ajudar o empreendedor a ter uma visão ampla e precisa do negócio. Dessa forma, é possível visualizar cada despesa de maneira detalhada, além da receita total e os lucros líquidos. Gerir as finanças informalmente não é aceitável depois de ferramentas atuais de gestão simples e com alto benefício. O controle do fluxo de caixa, ou seja, de todo o dinheiro, é fundamental para garantir que a gestão empresarial seja executada. Sem planejamento financeiro e controle de ganhos e despesas, o negócio não pode ser lucrativo. 3- Preste atenção no mercado: não se esqueça do básico: o que os clientes realmente querem. Isso permite que possa projetar o seu futuro; as questões de estoque; sazonalidade; quanto os clientes pagariam por aquilo que sua farmácia vende; entre outros pontos. Com dados concretos, é possível direcionar recursos, otimizar custos, preços, planejar estratégias de RH, marketing e ter ideias de conquista de mercado. Como se pode ver, a gestão empresarial não é um mistério ou algo complicado. Ela deve fazer parte da rotina da empresa, focando em otimizar processos para gerar lucros. Além de representar os primeiros passos para o sucesso, é o caminho para ele! Portanto, invista na otimização do trabalho interno para chegar ao topo. Quer saber mais sobre gestão? Compre o livro que escrevi em parceria com o Pedro Dias, “Pílulas de Gestão” que está sendo lançado este mês. IMAGEM: DIVULGAÇÃO


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OPINIÃO

Pense bem antes de convocar uma reunião GRANDE PARTE DO TEMPO DOS EXECUTIVOS É GASTO COM ENCONTROS POUCO PRODUTIVOS. NEM SEMPRE OS OBJETIVOS SÃO ATINGIDOS E CADA SEGUNDO VALE MUITO

A

LUIZ MARINS Antropólogo, consultor e escritor 26

As reuniões são, entre outras coisas, a pedra angular para a construção de times vencedores, que por sua vez é o maior fator de sucesso de uma empresa. Mas a verdade é que as reuniões nem sempre conseguem atingir seus objetivos. Um estudo recente feito por uma consultoria americana aponta que os gerentes passam mais de três quartos do tempo em reuniões. O estudo ainda apontou que apenas 12% dos gerentes acham que suas reuniões são produtivas. Nas empresas de alto desempenho, a avaliação da produtividade das reuniões subiu para 25% e nas empresas pouco eficientes, essa produtividade caiu para apenas 2%. “Apesar de toda a Tecnologia da Informação (TI), todos nós vamos para mais e mais reuniões”, desabafa um colaborador de uma grande empresa. Coordenar bem uma reunião é realmente uma arte, e um número crescente de empresas está treinando seus executivos em como fazer reuniões eficazes. Muitas “reuniões” acontecem no corredor ou em torno da máquina de café e essas são provavelmente as mais eficazes porque os participantes tendem a ser mais espontâneos, diretos e rápidos. Muitas empresas têm feito reuniões “em pé” para aumentar o foco e a produtividade. Vale experimentar. Reuniões maiores são geralmente mais problemáticas. Estudos mostram que um dos maiores problemas é a falta de cuidado pré-reunião. Muitas vezes não se planejam, com o cuidado que se deveria, a agenda, o local, as pessoas convidadas e os resultados esperados. Sem esses cuidados na preparação, ela acontece dan-

GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

do margem a ideias sem importância, divagações, falta de foco ou indivíduos entediados olhando para o relógio ou consultando seus celulares. Normalmente, há dois tipos de reunião: (1) para compartilhar informações, (2) para resolver problemas. Para o primeiro tipo, alguns especialistas sugerem que se peça a todos que repitam, no fim, o que eles entenderam e o que foi concluído, para que o coordenador corrija desinformações ou conclusões equivocadas. Já para a resolução de problemas, o objetivo não deve ser apenas um brainstorming, mas prestar atenção para que as soluções sejam realmente colocadas em prática. O que torna as reuniões especialmente importantes e indispensáveis para as empresas é que nelas é que as crenças e os valores da empresa são transmitidos e times vencedores são formados e moldados. O professor da Stanford Business School, especializado em estudar equipes, David Bradford, argumenta que, muitas vezes, as empresas desperdiçam enorme quantidade de tempo em reuniões: “Em uma empresa, a equipe executiva passou três reuniões decidindo o design dos cartões de visita”, conta ele. A melhor forma para se obter uma boa decisão de uma reunião formal é pensar seriamente em como o tema a ser discutido será proposto ao grupo. Assim, se você já decidiu fazer alguma coisa e quer a colaboração dos participantes em como fazer acontecer, não pergunte se você deveria ou não fazer. Em vez disso, peça a ajuda de seus colegas dizendo: “Queremos fazer isso ou aquilo: como chegamos lá?”. Pense nisso. Sucesso! IMAGEM: DIVULGAÇÃO


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QUAL ANTI-INFLAMATÓRIO UM PACIENTE COM 53 ANOS DE IDADE, USUÁRIO DE ANTI-HIPERTENSIVO, PODE TOMAR? PERGUNTA ENVIADA POR BRENDA ALVES SANTIAGO – SALVADOR (BA)

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Cardiopata é o portador de cardiopatia, que é termo genérico dado a todas as doenças cardíacas, qualquer que seja a sua etiopatogenia. Entre as cardiopatias, a hipertensão é doença com alta prevalência em nossa população e que apresenta relação direta com a idade, de modo que sua prevalência é superior a 60% em indivíduos acima de 65 anos de idade. A questão da interação medicamentosa é uma preocupação constante, considerando que o alto consumo de medicamentos anti-hipertensivos e anti-inflamatórios pode provocar interações. Quando se trata, então, de paciente idoso, a atenção deverá ser intensificada, pois há potencialidade de decréscimo de função renal ou hepática, retardo do metabolismo, fatores predisponentes para interações medicamentosas e agravamento de eventos adversos. Os fármacos anti-inflamatórios inibem a produção de Prostaglandinas (PGs), por meio de competição com o sítio ativo da enzima Cicloxigenase (COX), a qual é constituída por duas isoformas principais: a COX-1 e a COX-2.

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Atualmente, os anti-inflamatórios podem ser classificados como inibidores seletivos da COX-1 (exemplo: aspirina); inibidores não seletivos da COX (exemplos: piroxicam, indometacina, diclofenaco e ibuprofeno); inibidores da COX-2 (exemplos: meloxicam e nimesulida); inibidores altamente seletivos da COX-2 (exemplos: celecoxib, etoricoxibe, lumiracoxibe). Estudos de metanálise, que é uma técnica estatística especialmente desenvolvida para integrar os resultados de vários estudos sobre uma mesma questão de pesquisa, em uma revisão sistemática da literatura, avaliaram as consequências do uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs) em relação a eventos cardiovasculares [Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), morte por doença cardiovascular]. Foram avaliados 31 estudos que englobaram um total de 116.429 pacientes (Fonte: Trelle S., Reichenbach S., Wandel S, et al. Cardiovascular safety of non-steroidal anti-inflammatory drugs: Network meta-analysis. BMJ 2011; DOI:10.1136/bmj.c7086). Esses autores mencionam que

IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


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MARIA APARECIDA NICOLETTI Farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP)

todas as medicações estudadas (naproxeno, ibuprofeno, diclofenaco, celecoxib, etoricoxib, lumiracoxib, rofecoxib) causaram aumento de eventos cardiovasculares. Nessa metanálise, a medicação que acarretou menor aumento de eventos cardiovasculares foi o naproxeno. O importante é saber que o ideal é evitar por completo essa classe de medicação em pacientes com risco cardiovascular aumentado e não tomar anti-inflamatório sem a orientação de um prescritor para avaliar o risco envolvido. Portanto, os AINEs podem antagonizar a terapia anti-hipertensiva de maneira parcial ou total, podendo não ter efeito algum sobre a pressão arterial ou até gerar crises hipertensivas. Os anti-inflamatórios podem bloquear os efeitos anti-hipertensivos dos diuréticos tiazídicos e de alça, os antagonistas de receptores alfa e dos receptores beta-adrenérgicos, além dos agentes que inibem o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Outros fármacos com ação analgésica, como a dipirona e o paracetamol, também podem interferir na ação dos medicamentos anti-hipertensivos.

Estudos recentes têm verificado que doses de aspirina superiores a 325 mg provocam a inibição da síntese de prostaciclinas no endotélio, provocando, portanto, efeito contrário à prevenção do IAM, pois a prostaciclina inibe a agregação plaquetária, e leva à vasodilatação. A utilização desses fármacos requer acompanhamento por profissionais da saúde, considerando as possíveis interações que poderão ocorrer para que seja assegurado ao paciente o seu uso racional, ou seja, a sua efetividade e a sua segurança. Os pacientes apresentam diferentes cardiopatias em níveis variáveis de gravidade e, portanto, considerando a segurança do indivíduo, não é possível generalizar qual é o anti-inflamatório que deverá ser utilizado, uma vez que os AINEs, que são os mais utilizados, interferem na pressão arterial. Quando não há alternativa, sua utilização deverá ser com doses baixas e pelo menor tempo possível. O monitoramento da pressão arterial e da função renal deve ser feito regularmente para o caso em que, na presença de qualquer dano, a farmacoterapia possa ser alterada.

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CENÁRIO

Não há resultados sem esforço, nem crescimento sem aumento da renda PARA QUE O CONSUMO POSSA CRESCER, É PRECISO QUE A RENDA SE ELEVE. ESSA EXPANSÃO, ENTRETANTO, SÓ OCORRE EM BASES SÓLIDAS SE CAPITANEADA PELOS INVESTIMENTOS

E CLAUDIO FELISONI DE ÂNGELO Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e professor da Universidade de São Paulo (USP) 30

Em momentos de instabilidade econômica, a palavra poupar permeia o vocabulário de pessoas das mais diversas esferas da sociedade. Mas qual o real significado? Do ponto de vista macroeconômico, para os economistas clássicos, é o nível de renda da economia que define o volume de poupança e financia os investimentos subsequentes. De forma mais simplista, pode-se dizer que parte da renda é consumo e parte é poupança. A primeira gera a segunda, que se traduz em aumento da capacidade produtiva, expressa na elevação dos investimentos. No entanto, para o economista britânico, John Maynard Keynes, ocorre exatamente o contrário: é o investimento que gera a renda. É a partir da sua

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realização, pelo efeito propulsor gerado, que se obtém a poupança adicional de sustentação do crescimento. Embora o cenário político interno ainda esteja sendo impactado por fatos que mantêm a sua volatilidade, é evidente que este ambiente mudou substancialmente. Inclusive no que diz respeito às possibilidades de retomada do crescimento do consumo. O consumo, por sua vez, depende da renda: é ela que determina o consumo e não o contrário. Ela, entretanto, só cresce de modo sustentável se os investimentos também crescerem. De 2015 para 2016, a renda das pessoas com ocupação caiu, aproximadamente, 7%. Também nesse mesmo período, a população empregada nas reIMAGEM: DIVULGAÇÃO


giões metropolitanas declinou. Comparando-se o terceiro trimestre de 2014 com o mesmo período de 2016, a perda do poder aquisitivo, o desemprego e a insegurança na manutenção dos postos de trabalho contribuíram na redução de 11% para 5% do percentual referente à disponibilidade das famílias para novas compras. De outro lado, o das condições de oferta, a capacidade competitiva da economia brasileira, já bastante fragilizada, deteriorou-se ainda mais nos últimos anos. De fato, tomando-se uma lista composta pelos 61 países mais competitivos, o Brasil passou da 56ª para a 57ª posição (2016). Tal resultado é decorrente da queda e ineficiência dos investimentos públicos e suas consequências sobre o ânimo do empreendedorismo privado. Depois de vivenciar um crescimento moderado e impulsionado por grandes ajustes econômicos na década de 90, o Brasil passou por uma fase mais robusta no início dos anos 2000. Contudo, a partir de 2010, eis que a economia voltou a enfraquecer e, consequentemente, recuar. Dadas essas condições, o reaquecimento das vendas no âmbito interno acontecerá, mas, para que isso ocorra verdadeiramente, há de se destacar a necessidade de promover as devidas readequações capazes de tornar o mercado mais competitivo. Por essa razão, a retomada do consumo será muito lenta. Entretanto, é preciso salientar que o potencial para sua expansão é grande. Observe-se, por exemplo, o que acontece com a concentração de renda no Brasil, quando comparada a alguns países. Aqui, os 10% mais ricos concentram, nada menos, do que 43% do consumo.

Já os 10% mais pobres não detêm nem 1% do consumo. Nos Estados Unidos, os 10% mais ricos têm 30% do consumo e os 10% mais pobres, 2%. Quando observamos o conjunto dos países que compõem a União Europeia, esses percentuais também apontam na mesma direção: os 10% mais ricos absorvem menos de 25% do consumo, enquanto os 10% mais pobres alcançam 3%. Até alguns países da América Latina apresentam números substancialmente melhores do que os registrados no nosso País. Na Argentina, por exemplo, os 10% mais ricos detêm pouco mais de 30% do consumo e os 10% mais pobres ficam com 1,5%. No México, por sua vez, os 10% mais ricos são aquinhoados com 37,5% do consumo, restando 2% dos valores totais da rubrica consumo para os menos abastados. Naturalmente, nas classes de renda menos favorecidas, o crescimento do consumo, dada uma expansão da renda, é mais elevado do que nas faixas de maior poder aquisitivo. Dessa maneira, percebe-se que os movimentos redutores da desigualdade produzem impulsos significativos nos estímulos para o consumo. Em resumo, para que o consumo possa crescer, é preciso que a renda se eleve. Essa expansão, entretanto, só ocorre em bases sólidas se capitaneada pelos investimentos. Tomando essa direção, abre-se espaço para uma evolução intensa do consumo sustentada não apenas pelos acréscimos de renda, mas, também, pelos movimentos orientados à melhora da distribuição de renda. Enfim, não há crescimento efetivo sem investimentos. Não há resultado sem esforço. 2018 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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INSTITUCIONAL – TEUTO

www.teuto.com.br

Teuto se consolida como

solução completa em saúde FORAM MAIS DE R$ 250 MILHÕES INVESTIDOS EM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE SOMENTE NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS. EM 2017, COMPANHIA REALIZOU MAIS DE 300 CONTRATAÇÕES

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O Laboratório Teuto, que é sinônimo de qualidade e confiança, há 71 anos no mercado, se consolida como uma solução completa em saúde, ampliando investimentos e reforçando sua atuação no cenário nacional. Gigante pela própria natureza, o Teuto é o laboratório que mais cresce no Brasil, entre os cinco maiores laboratórios do ranking em unidades, de acordo com dados da consultoria Close-Up de dezembro último. A companhia possui mais de 750 apresentações e mais de 150 lançamentos previstos para os próximos anos. Nos últimos dois anos, a companhia investiu R$ 250 milhões em qualidade, produtividade, excelência operacional e valorização profissional. No mesmo período, realizou ainda mais de quatro mil promoções internas e continuamente valoriza seus colaboradores, em busca de crescimento profissional. Com 110 mil m2 construídos em uma área total de um milhão de m2, o Teuto é pioneiro na produção de medicamentos genéricos no Brasil, confirmando sua tradição nos segmentos farma e hospitalar, com produtos nas classes de genéricos, Medicamentos Isentos

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de Prescrição (MIPs), Produtos de marca (EQs), produtos para saúde, alimentos e cosméticos. A companhia conta com mais de 3,5 mil colaboradores e, em 2017, contratou 300 profissionais, e se consolida como referência na geração de empregos na região de Anápolis (GO), com a contratação contínua de novos colaboradores. Assim, a empresa oferece, mais que vagas, oportunidades de crescimento profissional. Reforçando o compromisso com a excelência produtiva, especialmente na área da qualidade, são 800 funcionários, cerca de ¼ do quadro total. No âmbito da governança, também possui, desde 2010, um robusto sistema de Compliance, alinhado aos valores que sempre marcaram a história da companhia nessas sete décadas, que garante a conformidade do laboratório em todos os seus processos. Alinhado às melhores práticas do mercado, utiliza ainda a Excelência Operacional (OPEX) no dia a dia da indústria, reforçando o compromisso com a qualidade e integridade dos processos e mantendo a eficiência produtiva. A iniciativa visa aumentar a disponibilidade dos equipamentos, reduzindo perdas e melhorando ainda mais a produtividade das linhas. IMAGENS: DIVULGAÇÃO


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ATUALIDADE

Projeções e expectativas OFICIALMENTE, O ÍNDICE DE REAJUSTE DOS PREÇOS DOS MEDICAMENTOS PARA 2018 DEVE SER DIVULGADO APENAS NO FIM DE MARÇO, MAS ENTIDADES DO SETOR FARMACÊUTICO JÁ FAZEM ESTIMATIVAS

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POR FLÁVIA CORBÓ

Entre os 12 meses que compõem um ano, março é o mais aguardado pelo setor farmacêutico. Tradicionalmente, é no fim do primeiro trimestre que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) divulga o índice de reajuste dos preços dos medicamentos no País.

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O percentual é sempre aguardado com expectativa, pois, além de demandar a remarcação de preços de todo o sortimento da indústria farmacêutica e varejo, normalmente, causa discussões e polêmicas. Isso porque há 11 anos o reajuste estabelecido pelo governo fica abaixo da inflação. Entre 2005 e 2016, a IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ATUALIDADE

indústria farmacêutica teve permissão de aumentar em 77% os valores dos medicamentos. No entanto, nesse mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor Aplicado (IPCA) acumulado foi de 103% – o que gera uma discrepância de 26%. Para 2018, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) prevê que novamente o reajuste médio deva ficar abaixo da inflação. A estimativa é feita a partir da simulação do cálculo que o governo usa para definir o índice. O ponto de partida é o IPCA, que nada mais é do que a inflação. A partir desse percentual, se descontam três fatores: a produtividade do setor farmacêutico (Fator X), os preços relativos entre setores (Fator Y) – uma tentativa de compensar o impacto do câmbio e da energia elétrica –, e os preços relativos intrassetor (Fator Z), que tenta equilibrar as diferenças de competitividade entre classes terapêuticas. Até dezembro de 2017, a inflação acumulada em 12 meses estava em 2,9%. O valor do Fator de Produtividade (Fator X), para o ano de 2018, será de 0,75%, de acordo com informação já publicada no Diário Oficial da União (DOU). Historicamente, o governo tem considerado o Fator Y 0,0%, tendo como justificativa a queda do câmbio e a estabilização dos reajustes de energia elétrica. Já para o Fator Z, as entidades de classe consideram as distribuições dos produtos pelas faixas de reajuste com a utilização de dados da IQVIA. Considerando todas essas estimativas, a previsão é de que o reajuste médio do preço dos medicamentos no ano de 2018 fique em torno de 2,52%. Há ainda variações que levam em conta a concorrência de mercado: Reajuste nível 1 (muita concorrência): 2,9%, onde o Fator Z assume valor igual a zero e há o repasse integral do IPCA; Reajuste nível 2 (moderada concorrência): 2,53%, onde o Fator Z assume valor igual a 50% da produtividade; Reajuste nível 3 (baixa concorrência): 2,15%, onde o Fator Z assume valor idêntico ao da produtividade.

CONSEQUÊNCIAS PARA O MERCADO O reajuste médio abaixo da inflação é motivo de queixa recorrente entre fabricantes e representantes da indústria farmacêutica. O argumento é que a indústria tem sofrido recorrentes aumentos de custo, que não estão inseridos dentro do IPCA, portanto, deveriam ser compensados nos demais fatores do cálculo. “A indústria recebe forte impacto com o aumento do custo de mão de obra, altos gastos com energia, 36

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SENADO ESTUDA ISENÇÃO PARA PESSOAS DE BAIXA RENDA A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal deve votar, ainda em 2018, a proposta que reduz o preço dos medicamentos usados por pessoas de baixa renda. O texto estabelece a isenção de impostos incidentes sobre medicamentos quando forem vendidos a pessoas com renda de até três salários mínimos mensais e a aposentados, pensionistas ou idosos que tenham renda de até dez salários mínimos mensais. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/16, de autoria do senador Telmário Mota (PTB-RR), proíbe a cobrança de impostos sobre medicamentos de uso humano quando adquiridos por população de baixa renda. Para ele, a alta carga tributária sobre os medicamentos dificulta o acesso da população a tratamentos adequados, o que pode comprometer a saúde das pessoas, assim como aumentar os gastos do próprio Estado com políticas públicas de saúde. “A imunidade proposta tornará mais acessíveis os medicamentos e diminuirá os gastos públicos com o serviço de saúde, pois o tratamento preventivo reduzirá as internações hospitalares e as intervenções cirúrgicas”, argumentou Mota. O parlamentar também lembrou que o Brasil está entre os países do mundo com a maior carga tributária sobre medicamentos. No relatório pela aprovação do texto, o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) diz considerar a iniciativa oportuna. “Não se pode esquecer de que a população de baixa renda, por viver em regiões ou áreas urbanas com infraestrutura de fornecimento de água e captação de esgoto mais precárias, está exposta a diversas enfermidades, daí a necessidade mais frequente do uso de medicamentos”, lembrou o relator. Fonte: Agência Senado


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ATUALIDADE

embalagem, entre outros itens. Isso faz com que o custo de produção cresça mais do que é repassado no preço final”, descreve o diretor da Interfarma, Pedro Bernardo. Além disso, a compensação cambial, inclusa no Fator Y, também é alvo de fortes reclamações. Em um período de cinco anos – entre 2013 e 2018 –, o dólar passou de R$ 2 para R$ 3,3, atingindo níveis mais altos em alguns períodos. “O câmbio quase dobrou e o peso do produto importado nos gastos da indústria representa mais de 40%. O repasse tinha de ter sido no mínimo equivalente, mas foi de apenas 2% durante esses últimos anos. Tenho dificuldade para entender esse cálculo”, diz Bernardo. O impacto dessa distorção pode ser observado em exemplos práticos. Em 2015, o setor de saúde enfrentou uma crise de abastecimento de penicilina, antibiótico usado para tratar sífilis e outras infecções. Enquadrado no nível 3 – com menor concorrência, logo reajuste mais baixo –, o preço do medicamento foi ficando tão defasado, ao longo dos anos, que se tornou inviável ser produzido e sumiu do mercado. “O governo teve de dar aumento de 300% para tentar reverter a situação e fazer voltar a comercialização de um produto de extrema importância”, lembra Bernardo. Esse problema é mais comum em medicamentos muito antigos. “O reajuste acumulado fica tão abaixo que acaba desestimulando o fabricante.” Além da defasagem dos preços, empresários e entidades da área farmacêutica questionam por que outros 38

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setores da saúde não recebem o mesmo tratamento. Nesses mesmos 11 anos, os planos de saúde registraram aumento médio de 177%. Somente em 2017, o reajuste permitido foi de 13%, índice bem acima da inflação, que girou em torno de 4% a 5% no período.

IMPACTOS NO VAREJO Enquanto os fabricantes reclamam, os consumidores, que têm grande parte da renda comprometida com medicamentos, comemoram o baixo reajuste nos preços. “Um aumento tão pequeno acaba, por muitas vezes, nem se mostrando na ponta, sendo assumido pelos elos da cadeia e até pelo próprio varejo, dada a competição existente. Em medicamentos genéricos e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), por exemplo, cuja competição é ainda mais acirrada, o repasse é quase que não realizado”, analisa a diretora de conteúdo da Academia de Varejo e diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Patricia Cotti. O problema fica mais acentuado entre farmácias e drogarias de menor porte. “As grandes lojas costumam não repassar o reajuste, pelo menos de imediato, de tal aumento ao consumidor, o que acaba por gerar mais competição”, observa. “Para os varejistas menores, o impacto desse tipo de reajuste é ainda maior, já que, muitas vezes, eles não conseguem assumir o não repasse ao consumidor e, assim, apresentam prejuízo diante das grandes redes. finaliza Patricia.”


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INOVAÇÃO

Start para a revolução PEQUENAS, MAS COM POTENCIAL GIGANTE PARA CRESCER, AS STARTUPS ESTÃO MODIFICANDO TODO O SETOR DE SAÚDE. NÃO SE PODE FICAR DE FORA, É PRECISO COMEÇAR A OLHAR PARA AS NOVAS EMPRESAS POR LAURA MARTINS

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Uma ideia inovadora, pouco tempo de vida e potencial de crescimento em escala são alguns dos principais ingredientes necessários para criar uma startup. O novo termo, tão na moda, usa a inovação tecnológica ou de modelo de negócios como diferencial competitivo em relação a empresas tradicionais. O diretor de produtos da WebFarmas, Pedro Henrique Silva Antunes, explica que, para uma

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startup, é mais importante o market share do que propriamente o lucro, pois como ela possui uma estrutura enxuta e barata, mesmo receitas mínimas são lucrativas. Dessa forma, a startup propõe soluções que desafiam o status quo, impossibilitando que empresas tradicionais e com uma estrutura “pesada” copiem seu modelo. Essa característica é a responsável pelas mudanças que já se podem observar no dia a dia com empresas que, hoje, são conhecidas em todo o mundo. É o IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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INOVAÇÃO

caso do WhatsApp, que mudou a indústria de mensagens pelo celular; o Netflix, que “matou” a extinta Blockbuster; a Uber e até o Airbnb, que influenciou diretamente o mercado de hotéis. Mas não apenas as gigantes fazem a diferença no dia a dia da população. Em todo esse universo, diferentes startups de saúde ganham destaque no mercado brasileiro e mundial. “Hoje, as health techs são muito bem-aceitas e procuradas pela população. Startups que ajudam na saúde e bem-estar estão se destacando exatamente por suprir deficiências ligadas à saúde da população”, comenta o CEO da Farmácia do Bem, Marcelo Abreu. Além disso, a atratividade do mercado justifica-se pelo índice de crescimento do setor, que mesmo em um cenário de crise, se viu menos afetado. Em 2015, segundo dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), os gastos das famílias brasileiras com saúde chegaram a R$ 115 bilhões.

FACILIDADES PARA A SAÚDE Os gastos, em conjunto com a burocracia e altos custos, criaram uma oportunidade de negócio. Já existem plataformas que reúnem profissionais de saúde, laboratórios e pacientes em um só lugar – para que possam oferecer e buscar por serviços. “A Doutor123 chega ao mercado com um conceito de marketplace de serviço e oferece uma rede com profissionais de saúde, clínicas e laboratórios que podem se cadastrar sem qualquer custo e atender com consultas e exames a preços que cabem no bolso da população”, comenta o CEO da Doutor123, Maurício Trad. Há, ainda, quem use do conceito de economia compartilhada para repassar valores mais baixos à população, sem deixar de lado o pagamento justo dos médicos. É o caso do Dandelin, que foca na democratização da saúde no Brasil. Na plataforma, os membros da comunidade dividem, igualitariamente, os custos reais da saúde mensalmente. “Com isso, além de conseguir reduzir expressivamente os gastos que cada pessoa tem mensalmente para ter acesso a serviços de saúde, conseguimos aumentar em mais de 50% o valor da consulta para os médicos em comparação com o repasse efetuado pelas seguradoras”, comenta o CEO da empresa, Felipe Burattini. De acordo com o diretor da Digital Law of Attraction, Fernando Cascardo, a saúde é uma das prioridades para o consumidor, sendo que 75% da população modifica 42

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INOVAÇÃO NO CONSUMO

As tecnologias podem influenciar a forma de consumo no varejo farmacêutico. A principal transformação em curto prazo talvez seja na automação do processo de compra. Ou seja, ao invés de ir até o estabelecimento para comprar seus medicamentos, é possível, por meio da coleta de dados, enviar os itens necessários para o consumidor antes de ele ter a necessidade. Sabendo quantas pessoas precisarão dos produtos, é possível racionalizar o estoque e, consequentemente, reduzir o tamanho físico das farmácias, otimizar a produção e, possivelmente, diminuir os preços dos medicamentos. Fonte: CEO do Dandelin, Felipe Burattini

sua dieta para cuidar da saúde, 63% busca perder peso fazendo exercícios e 80% seleciona ativamente alimentos que ajudem a prevenir problemas de saúde. Dados como esses ajudam o setor a crescer em diversas frentes, tanto de tecnologia, novos produtos, equipamentos e em inovações de medicina preditivas. Entre as plataformas mais conhecidas, estão prontuário e receituário eletrônicos; exames remotos; automação da jornada do paciente; agenda do médico; aplicativos de bem-estar; entre outros. “As startups que investem nesse setor buscam, por meio da tecnologia, melhorar a qualidade da vida das pessoas, ajudando a se organizar e economizar tempo.


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INOVAÇÃO

Por meio de um aplicativo, é possível escolher um restaurante que tenha comida saudável, sem ter de se deslocar até ele. É possível gerenciar o uso de medicamentos que uma pessoa idosa ou filhos devem tomar, usando um smartphone”, exemplifica.

FARMÁCIAS NESSE UNIVERSO Se todo o setor de saúde é gigante, ao se fazer um recorte para o canal farma, também há uma infinidade de oportunidades de novos negócios. Diferentes tecnologias são lançadas para ajudar o consumidor a achar os melhores preços, descartar corretamente medicamentos, encontrar a farmácia mais perto e até facilitar o delivery. O diretor de produtos da WebFarmas comenta que, atualmente, o mercado on-line de farmácias é liderado por três grandes farmácias digitais, que compartilham uma economia de mais de R$ 4 bilhões anuais. O cliente recebe, normalmente, o medicamento em três dias úteis e paga um valor de frete. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só permite a venda de medicamentos e perfumaria no site da rede de farmácias (descartando qualquer marketplace ou site agregador). “A WebFarmas detecta a localização do usuário, calcula qual a loja mais próxima dele e mostra o preço do produto exatamente como é vendido naquela loja em tempo real. O comprador monta o seu carrinho e o pedido é enviado para a loja mais perto, que receberá a solicitação e entregará ao comprador como um pedido por telefone, em minutos, sem frete e sem necessidade do balconista analisar manualmente cada preço de produto”, revela o executivo. Um dos maiores problemas das farmácias e dos consumidores é a ruptura de estoque. Ao não encontrar um produto, o cliente, além de perder seu tempo, acaba deixando de ir a determinada loja. Pensando nisso, a GoPharma reúne o estoque de itens de mais de 30 mil farmácias e permite que o usuário pesquise o produto que deseja comprar antes de ir a um estabelecimento. Segundo a InterPlayers (criadora do aplicativo), foram adotados dois modelos. No primeiro, os dados de abastecimento dos pontos de venda (PDVs) foram integrados ao marketplace da empresa e, por meio de um algoritmo, é possível identificar o tempo que a farmácia 44

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A SAÚDE É UMA DAS PRIORIDADES PARA O CONSUMIDOR, SENDO QUE 75% DA POPULAÇÃO MODIFICA SUA DIETA PARA CUIDAR DA SAÚDE, 63% BUSCA PERDER PESO FAZENDO EXERCÍCIOS E 80% SELECIONA ATIVAMENTE ALIMENTOS QUE AJUDEM A PREVENIR PROBLEMAS DE SAÚDE. DADOS COMO ESSES AJUDAM O SETOR A CRESCER EM DIVERSAS FRENTES


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INOVAÇÃO

normalmente tem o produto em estoque até realizar um novo abastecimento. No segundo modelo, a farmácia informa periodicamente os produtos disponíveis em seu estoque. Atualmente, 18 redes informam a disponibilidade de estoque. Assim como muitos se preocupam com o acesso à saúde, o mesmo acontece na entrega de medicamentos. A plataforma da Farmácia do Bem representa uma solução para a gestão inteligente do uso e distribuição de medicamentos. A empresa coleta sobras de medicamentos que a população tem em casa, dentro do prazo de validade, assim como doações de médicos e da indústria. Os usuários acessam nossa plataforma, realizam um cadastro e pesquisam pelo medicamento desejado. Caso esteja disponível, só é necessário solicitá-lo gratuitamente. Para isso, é obrigatória a apresentação da receita médica ou odontológica. Além disso, a companhia descarta corretamente os medicamentos vencidos.

GIGANTES E PEQUENOS JUNTOS Olhando o potencial inovador das novas empresas, a indústria tradicional começa a criar laços. É o caso da Eurofarma, que acaba de lançar o programa Synapsis, em parceria com a Endeavor. Em um primeiro momento, a iniciativa selecionará 12 startups voltadas à inovação na área de saúde para receber apoio e acelerar o seu crescimento. As empresas selecionadas terão acesso a mentorias com a rede Endeavor e acesso a empreendedores em estágio de crescimento semelhante. Além disso, poderão alavancar seu negócio ao tomar contato com informações e tendências no setor de saúde – amplamente auditado, coaching em áreas de suporte, como marketing, vendas e logística e acesso à rede de relacionamento da Eurofarma. “Temos investido 6% das nossas vendas líquidas em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de medicamentos, mas a inovação ultrapassa a questão de novos produtos. Outro ponto é que a Eurofarma, sozinha, assim como outras empresas de diversos setores, sabe que não tem capacidade de inovar dentro de toda a cadeia na velocidade ideal e as startups têm muito a ensinar”, frisa a vice-presidente de sustentabilidade e novos negócios do laboratório, Maria Del Pilar Muñoz. Para a executiva, esse novo movimento já é claro em países, como os Estados Unidos, onde há cada vez mais startups no setor surgindo e apetite de 46

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AS DEZ MAIS O Portal Entrepreneur listou as 100 startups mais brilhantes em 2016 e dez delas são da área de saúde. São elas: • Akili Interactive Labs: ferramenta de jogos para tratar pacientes com Alzheimer e Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH). • Care At Hand: prevê o risco de hospitalização do paciente entre as visitas ao médico, fazendo a comunicação entre os cuidadores e os profissionais da saúde. • Lola: empresa formada por mulheres que vende absorventes de algodão 100% natural e aplicadores de plástico sem Bisfenol A (BPA). • Oscar: seguro saúde com linguagem fácil e explicação simplificada dos benefícios. • Vitals: premia consumidores responsáveis do seguro saúde. • Iodine: cria aplicativos para ajudar pacientes a entender doenças específicas e as propriedades dos medicamentos disponíveis. • Livongo: aplicativo que ajuda a monitorar remotamente sinais dos pacientes, funciona como glicosímetro e pedômetro. • Celmatix: processa dados médicos de milhares de mulheres para prever quais tratamentos de fertilidade são melhores para resultar em uma gravidez de forma personalizada. • Emulate: realiza pesquisa em medicamentos e testa em microchips que simulam órgãos humanos. • Hometeam: oferece cuidados homecare para idosos com o oferecimento de um iPad a cada família, por meio do qual são fornecidas atualizações regulares sobre a saúde do paciente. Fonte: Prêmio Empreenda Saúde

investimento por parte dos fundos. No Brasil, existem muitas oportunidades quando pensadas as ineficiências de toda a cadeia do setor, portanto, a tendência é de que apareçam cada vez mais startups, incluindo entrantes estrangeiros.


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DEBATE

À espera da rastreabilidade DEPOIS DE MUDANÇAS NAS REGRAS DE COMPARTILHAMENTO DE DADOS SOBRE OS MEDICAMENTOS EM CIRCULAÇÃO NO PAÍS, PROJETO-PILOTO DE RASTREAMENTO ESTÁ PRESTES A SER INICIADO

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POR FLÁVIA CORBÓ

A rastreabilidade é um tema debatido entre os players do setor farmacêutico brasileiro há pelo menos oito anos, desde que foi promulgada a Lei 11.903/09, que dispõe sobre a criação de um Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). A legislação propõe que, por meio da tecnologia de rastreabilidade,

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seja traçado o histórico, a custódia atual ou a última destinação conhecida dos medicamentos. Entretanto, os planos de criar um sistema de controle sobre os produtos farmacêuticos em circulação no País ainda não saiu do papel. Durante os estudos de implantação realizados de forma colaborativa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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DEBATE

e a cadeia farmacêutica, algumas barreiras relevantes foram detectadas. Primeiramente, os players do setor se posicionaram contra a Resolução de Diretora Colegiada (RDC) 54/13, que previa que as informações coletadas pelo sistema de rastreabilidade seriam repassadas para a indústria, que, por sua vez, seria a responsável por enviar os dados à Anvisa. Varejo e distribuição posicionaram-se contra a medida, alegando que o compartilhamento de informações comerciais deixaria o setor vulnerável. De outro lado, a indústria também se mostrou insatisfeita, já que a responsabilidade de receber, armazenar e reportar as informações recebidas geraria custos pesados, capazes de interferir nos resultados dos negócios. Para evitar isso, as entidades representantes do setor se mobilizaram e conseguiram demonstrar a necessidade de alterar o marco legal até então vigente. “O sistema de rastreamento não poderia onerar ainda mais as empresas, que têm os preços de seus produtos controlados pelo governo, em valores que estão sempre defasados, abaixo da inflação e da evolução dos custos de produção da indústria. Ao contrário do que acontece com outros segmentos econômicos, o setor farmacêutico não teria como incorporar mais um custo”, afirma o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

MUDANÇAS DE REGRAS Na tentativa de agilizar o processo de implantação da rastreabilidade, o presidente Michel Temer promulgou a Lei 13.140 em dezembro de 2016, dando prazo máximo de cinco anos para que a cadeia farmacêutica implante de maneira integral o SNCM. Diante do novo prazo e dos apelos do setor, a Anvisa decidiu rever as regras estabelecidas pela RDC 54/13 e, no dia 15 de maio de 2017, publicou a RDC 157, que determina novos mecanismos e procedimentos para o rastreamento de medicamentos. A nova resolução retira da indústria a condição de armazenador de informações repassadas por meio das ferramentas do Sistema. “Aos laboratórios, caberá apenas gravar um código de barras bidimensional em cada caixinha de medicamento. Esse número é único, como se fosse o Registro Geral (RG) do produto, e deve ser rastreado por toda a cadeia. 50

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TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS A rastreabilidade também pode ser usada para trazer benefícios diretos ao consumidor final. Pensando nisso, a R&B criou o aplicativo MEDid, que permite que o paciente faça a leitura do código de barras e do código bidimensional do medicamento com a câmera do celular e tenha acesso às especificações do produto, ajudando a comprovar a autenticidade. A mesma tecnologia ainda funciona como um lembrete digital de medicamento, que auxilia o paciente a seguir o tratamento à risca.

Cada mudança de custódia deve ser comunicada à Anvisa. Ou seja, todo player da cadeia deverá reportar a entrada e a saída desse produto diretamente ao órgão de vigilância sanitária”, explica o CEO da R&B, Amilcar Lopes. Definido que a Anvisa será a responsável pelo gerenciamento e o controle desses dados, agora era hora de dar os próximos passos. De acordo com a decisão da Agência, a implantação do SNCM será dividida em três etapas. Na primeira delas, será feita a serialização da linha de produção, ou seja, as embalagens começarão a ser produzidas com o código bidimensional impresso. Em seguida, será a vez de testar o sistema de troca de informações e o funcionamento do banco de dados da Anvisa. Em um terceiro momento, o sistema de rastreabilidade será implementado de maneira integral, incluindo distribuidores e varejistas. As farmácias também farão parte do SNCM e terão de reportar à Anvisa toda vez que estiverem em posse de determinada mercadoria. “Os pontos de venda (PDVs) terão o prazo de sete dias para fazer essa comunicação, então é possível juntar todas as informações ao longo da semana e enviar os dados toda sexta-feira”, exemplifica Lopes. Já estão disponíveis tecnologias que permitem ao varejo ler o código bidimensional impresso nas embalagens. Por meio de aplicativos mobile, é possível fotografar o código – que se assemelha a um QR Code – com a câmera de um celular e ter acesso aos dados.


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DEBATE

PROJETO-PILOTO Devido à complexidade desses processos, a Anvisa decidiu criar um projeto-piloto de rastreabilidade. No fim de agosto de 2017, a Agência definiu as cinco empresas escolhidas para os testes: Aché, Bayer, Boehringer Ingelheim, Janssen-Cilag e Libbs. Posteriormente, o Sindusfarma solicitou a inclusão de mais duas empresas: Eurofarma e Roche. Nessa fase experimental, alguns medicamentos serão excluídos do novo método de rastreamento. São eles: soros e vacinas integrantes do Programa Nacional de Imunização (PNI), radiofármacos, Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), amostras grátis, entre outros. “A fase experimental é fundamental para que ajustes sejam realizados e, desta maneira, o aprimoramento de todo o processo para evitar falhas futuras.

A CADEIA FARMACÊUTICA ESTÁ PREPARADA PARA A RASTREABILIDADE? Toda implantação de processos que envolva tecnologia necessita ser estabelecida por etapas. A complexidade da tecnologia que envolve a rastreabilidade de medicamentos é muito elevada e, portanto, deve ser estabelecida gradualmente, considerando todos os inúmeros fatores importantes para sua execução. Para implementar o sistema gradualmente, sete empresas irão participar de um projeto-piloto: Aché, Bayer, Boehringer Ingelheim, Janssen-Cilag, Libbs, Eurofarma e Roche. Essas empresas estão com processos mais avançados e já são capazes de colocar em prática a rastreabilidade. Mas, de acordo com o CEO da R&B, Amilcar Lopes, quase 100% das indústrias já estão pelo menos com o processo de serialização – produzir embalagens identificadas com o código bidimensional – finalizado.

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O polo farmacêutico brasileiro é muito grande e as medidas de escalonamento de avaliação em fase experimental são providenciais e facilitarão a implantação nacional”, destaca a farmacêutica responsável pela Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aparecida Nicoletti. De acordo com o que foi previsto na RDC 157/16, as empresas têm um prazo de quatro meses para executar a fase experimental. A contagem se deu a partir da publicação da Resolução, em maio último, logo deveria ter sido iniciada no último mês de setembro. No entanto, até o fechamento desta reportagem, o projeto-piloto não tinha começado. “Mas estamos convictos de que os prazos definidos na legislação serão atendidos. Os prazos são compatíveis com as possibilidades das empresas e estão alinhados com o que aconteceu nos Estados Unidos. A questão em pauta ficou bem resolvida”, garante Mussolini. Lopes compartilha de opinião semelhante e acredita que, agora, a rastreabilidade de medicamentos está muito próxima de se tornar uma realidade. “Já senti o mercado muito reticente, quando a Anvisa realizou os primeiros pilotos, por volta de 2012. Hoje, a indústria está muito mais conscientizada e 100% do setor está aderindo à ideia. A rastreabilidade está presente no mundo todo e não vejo hipótese de não nos adequarmos por aqui”, opina.

BENEFÍCIOS AGREGADOS A rastreabilidade tem diversas funções muito importantes para a saúde pública e as questões sanitárias. Caso seja necessário realizar o recall de um medicamento, por exemplo, a empresa fabricante saberá exatamente onde deve buscar o produto, como tirá-lo do mercado de forma rápida, evitando que traga dano para a população. O maior controle sobre a origem do medicamento também pode ajudar a combater falsificação e roubos de carga. “Com o código bidimensional impresso na caixa, posso consultar a procedência do medicamento, além de várias outras informações muito ricas, como validade e data de fabricação. Isso vai impedir a dispensação de itens fora de prazo adequado para o consumo”, acredita Lopes.


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TENDÊNCIA

Os donos da “parada” INFLUENCIADORES DIGITAIS ROUBAM A CENA E SE TORNAM OS MAIS RELEVANTES PARA INDÚSTRIA E CONSUMIDOR AO FALAREM SOBRE UM PRODUTO OU SERVIÇO. SAÚDE E BELEZA SÃO ALGUNS DOS ASSUNTOS MAIS COMENTADOS NA WEB POR LAURA MARTINS 54

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


POSTS POR ASSUNTO De

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milhões de posts

MODA/FASHION 31% VIAGEM 18% SAÚDE 15%

CINEMA/SÉRIES 17% MÚSICA 48% GAMES 23%

MAQUIAGEM 42% CABELO 38%

Fonte: Airstrip | Airfluencers, 230 mil usuários (YT, FB, IG e TW)

R

Redes sociais, blogueiros, vlogueiros, digital influencer, selfie, life style, stories, insta, likes, seguidores são termos que passaram a fazer parte de toda a população, consequentemente, da nova forma da indústria olhar para quem influencia diretamente o seu consumidor. Se antes as pessoas olhavam para cantores e atores com um olhar especial, esse lugar hoje é daqueles que fazem conteúdo para a internet nas mais diferentes plataformas, como YouTube, Instagram e blogs. Eles fazem sucesso por ser “gente como a gente” e, normalmente, falam de um assunto específico, como moda, beleza, saúde, games e quaisquer outros temas que possam ser imaginados. E essa relação mais próxi-

ma com o consumidor é um dos principais motivos para que eles estejam em alta. De acordo com a coordenadora de web marketing da Vult, Janaina Idalgo, esse movimento contribuiu para a proximidade do consumidor final com as marcas. O público se vê refletido nesses influenciadores, que mostram sua vida real, com fraquezas e fortalezas. O público gosta disso e, quando se vê identificado, cria uma relação muito maior de proximidade e verdade neste tipo de relação. “Os influenciadores não são seres intocáveis, muito pelo contrário, estão diariamente dialogando com o seu público e, a partir do momento em que gostam de uma marca, um produto ou serviço, o poder de influência naturalmente é amplificado com base em uma situação real, vista pelo público seguidor com muito mais consistência e credibilidade”, revela ela. A tendência vem ao encontro de uma mudança de paradigma na vida de todas as pessoas. Se antes elas busca2018 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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TENDÊNCIA

BELEZA POSSÍVEL

Site: www.belezapossivel.com.br

Instagram: @blogbelezapossivel

Facebook: /blogbelezapossivel

Pensando em atingir não somente a indústria e o varejo farmacêutico, mas também o público final, a Contento Comunicação lançou o Blog Beleza Possível. Com conteúdo gerado pela jornalista Lígia Favoretto, editora-chefe das revistas Guia da Farmácia e Essencial, o blog traz toda a expertise da profissional que tem mais de dez anos de experiência nos mercados de saúde e beleza. O grande diferencial está justamente na credibilidade do conteúdo produzido, que será apurado, checado, testado e redigido com propriedade de quem entende tanto do segmento quanto de editorial. “Sem escolher, mas tendo feito uma escolha perfeita, há dez anos, ingressei no mercado da beleza e já sabia que esse caminho não tinha volta. Vaidosa assumida desde que me conheço por gente, compro e experimento diversos produtos o tempo todo! A seção de perfumaria de uma farmácia me fascina, uma perfumaria inteira então, nem preciso falar! Imagina desenvolver conteúdo sobre isso, paixão na certa. Sabe aquele sentimento de que se está no lugar certo, na hora certa? É isso que sinto a cada pauta elaborada e a cada linha escrita”, comenta Lígia. Os conteúdos visam trazer as inovações da indústria, que façam parte do dia a dia da consumidora brasileira, para que a beleza de cada seguidor se torne cada vez mais possível. Ela diz ainda que a proposta deste blog é justamente essa: fazer com que as pessoas encontrem a sua beleza. “Aquela beleza particular, de corpo e alma, a beleza que é possível e não fantasiosa, a necessária e real. Siga-nos, compartilhe, comente, interaja, saiba onde e de que forma os clientes da farmácia estão se informando sobre produtos e marcas.“

vam se informar no ponto de venda (PDV), hoje, a internet é a porta de entrada para conhecer mais sobre um serviço ou produto. Segundo a coordenadora de web marketing da Vult, o comportamento do shopper foi altamente impactado pela internet. Agora, ele já chega à loja com uma opinião praticamente formada a respeito. “Definitivamente, os influenciadores digitais mudaram o diálogo entre empresas e pessoas, fazendo com que cada vez mais anunciantes direcionem uma boa fatia de seu orçamento de comunicação para esse nicho de mercado. Agências de propaganda que, até ontem, ignoravam as celebridades digitais, hoje estão se especializando. Já exis56

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tem, inclusive, ferramentas que identificam o influenciador mais adequado para cada tipo de ativação”, comenta o diretor de atendimento da agência de publicidade FAM, Bruno Petrini. As marcas que investem nos influenciadores digitais devem, em primeiro lugar, não se deixar guiar somente por número, afinal, ter milhões de seguidores não significa que o influenciador digital em questão seja o ideal para a campanha. Muitas vezes, um microinfluenciador, que possui entre cinco e 100 mil seguidores, vai trazer mais resultado do que uma celebridade com milhões de seguidores totalmente desalinhados com a marca ou o produto.


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TENDÊNCIA

Além disso, impor muitos limites pode ser um erro, já que a liberdade é um dos grandes trunfos desse mercado. Quanto mais leve e espontâneo, mais verossímil o post é para o consumidor. “Por fim, tenha objetivos claros. Um influenciador pode ajudar a marca a gerar awareness (notoriedade), brand linkage (relacionamento) ou conversão (vendas e leads)”, resume Petrini.

UNIVERSO DE BELEZA E SAÚDE Entre os influenciadores digitais de maior destaque, estão aqueles que falam sobre beleza. Normalmente mulheres, elas fazem testes de produtos, dão dicas e se tornam conselheiras de quem quer ter um cabelo ou pele melhor ou até quer aprender uma nova maquiagem. “Logo no início do movimento de blogs e influenciadores no Brasil, identificamos um aspecto muito positivo no trabalho desenvolvido, que foi o de ensinar os brasileiros que, antes, eram dominados apenas por profissionais”, exemplifica Janaina, da Vult. Mas não somente a área de beleza pode – e deve – ser bem explorada. Saúde, apesar de estar em voga, ainda possui poucos profissionais e é um nicho que ainda tem muito espaço para crescer. A blogueira do Saúde Sem Neura, Fabiana Grillo, explica que poucos blogs são escritos por jornalistas especializados e os grandes portais não têm tanto espaço para as informações. A partir dessa visão, a jornalista decidiu lançar a sua página para não desperdiçar bons resultados e, posteriormente, deixar as grandes redações para se dedicar ao blog. “No campo da beleza, percebo que as pessoas buscam mais lançamentos, novidades em tratamentos estéticos, cuidados com os cabelos e pele. Já no quesito saúde, percebo que é um desafio diário atrair a atenção dos leitores. Quem quer ler sobre doença ou prevenção? Só quem está doente. Entretanto, percebo que alguns assuntos são mais procurados, como dietas e alimentação, maternidade e bem-estar”, exemplifica. Quem sofre de alguma patologia está encontrando espaço para se informar mais. É comum encontrar casos de pacientes que criaram sua página na web para ajudar quem sofre do mesmo mal. É o caso da Fabiana Couto, autora do blog Divabética. Para ela, a ideia nasceu a partir das dificuldades vividas por ela no convívio com o diabetes. “Eu vejo o blogueiro como uma pessoa que vai levar esperança, conforto, exemplo positivo, que vai motivar e 58

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que vai educar dentro da sua área de conhecimento. Então, eu falo sobre saúde emocional, por exemplo, mas eu tenho uma formação para isso. Eu tenho mestrado em Psicologia e faço curso de psicanálise que me habilita para falar”, comenta. Esse é um detalhe de extrema importância que é frisado, também, pela jornalista Jaqueline Falcão, criadora do Página da Saúde. De acordo com ela, o leitor ainda é carente de informação confiável, já que a internet recebe de tudo e sem filtro. Por isso, o influenciador digital também deve educar e empoderar seu público. Para ela, uma das principais vantagens é o fato do conteúdo de blogs ser de livre leitura. “Ninguém precisa pagar ou ser assinante para ler uma notícia que considere relevante. E os blogs conseguem explorar mais de um tema, sem limitação de espaço. A vivência de quem escreve também faz o leitor perceber que alguém se colocou no lugar dele. Isso em um jornal ou revista tradicional jamais irá ocorrer em saúde”, simplifica. A dona do Divabética complementa dizendo que aqueles que acessam o blog de outro paciente, tem acesso a alguém que relata o seu dia a dia, dá dicas práticas e traz um conforto, ajudando no processo do paciente. Ou seja, passa a ser um recurso complementar aos profissionais de saúde. São esses assuntos, que ligam saúde e bem-estar, que chamam mais a atenção dos consumidores e, consequentemente, da marca. De acordo com Petrini, a vitalidade está em alta e marcas que assumem que viver bem é o primeiro passo para se ter saúde têm saído na frente. Um bom exemplo são os influenciadores digitais que crescem e conquistam, cada vez mais, uma boa fatia do mercado publicitário. “Porém, a contextualização é fator determinante para quem pretende investir nesse nicho. É fundamental que o conteúdo produzido tenha a ver com marca, com o produto, pois assim fica tudo mais crível e o engajamento de seus seguidores tende a ser bem maior”, pontua. Fabiana Grillo complementa dizendo que é inadmissível qualquer marca ficar fora das redes sociais, pois além de ser um canal de comunicação direto com o consumidor, o investimento com influenciadores é baixo perto do retorno para a empresa, afinal os blogueiros mostram, testam, opinam, sorteiam, comentam e interagem. Para ela, essa troca de informação com os seguidores já é uma grande propaganda com custo baixo.


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HIGIENIZAÇÃO NASAL

Alívio imediato A OBSTRUÇÃO NASAL É UM DESCONFORTO QUE FAZ PARTE DO DIA A DIA DE MUITOS BRASILEIROS E AUMENTA COM A APROXIMAÇÃO DO OUTONO. ENTENDA OS MOTIVOS E OS MEDICAMENTOS QUE PODEM SER USADOS PARA COMBATER O QUADRO POR KATHLEN RAMOS

E

Entre os meses de março e junho se instala o outono, estação caracterizada pelo início da queda das temperaturas, redução da umidade do ar, aglomeração de pessoas em ambientes fechados, aumento dos ventos e consequente queda de folhas das árvores. Por conta de frentes frias que podem chegar de maneira súbita, também é comum que os cobertores e casacos, guardados há tempos no armário, voltem a uso, mas acompanhados de ácaro ou mofo. Juntas, essas características podem ser uma combinação de risco para pacientes que sofrem de alergias respiratórias. E um dos sintomas recorrentes para esse público é a obstrução nasal.

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“Entre as inúmeras causas para esses sintomas, podemos citar os quadros infecciosos, as alterações anatômicas e a rinite alérgica, tipo de alergia respiratória que pode ocasionar tosse, espirros e coriza, além de coceira, obstrução ou bloqueio nasal”, aponta o gerente médico da GSK, Marcelo Lima. Mas o mercado, hoje, oferece uma série de soluções que podem trazer alívio para esse incômodo. Uma boa parte desses produtos é composta, apenas, por cloreto de sódio, substância que não tem contraindicações e ajuda a fluidificar, descongestionar e umidificar a região nasal. “As soluções de cloreto de sódio realizam uma verdadeira lavagem das vias aéreas, ajudando na desobstrução”, reforça a gerente médica das Franquias Gastro e IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ESPECIAL SAÚDE

HIGIENIZAÇÃO NASAL

COMO TRABALHAR OS DESCONGESTIONANTES NO PONTO DE VENDA?

SINALIZAÇÃO: como a congestão nasal costuma ser um sintoma de diversas doenças, os descongestionantes podem estar ao lado de medicamentos antigripais, antitérmicos, analgésicos e antialérgicos1. É importante manter esses produtos agrupados, de forma que faça sentido para o shopper e gere uma melhor experiência de compra2,3.

RESTRIÇÕES: produtos que levam em sua formulação substâncias vasoconstritoras (como nafazolina e fenoxazolina) são vendidos sob prescrição médica e possuem tarja vermelha. Dessa forma, apenas podem ser expostos atrás do balcão1,3.

VISIBILIDADE: os produtos à base de cloreto de sódio e, portanto, isentos de prescrição médica, devem ser expostos no autosserviço, pois isto torna a experiência do shopper mais agradável e aumenta o potencial de vendas3. Os descongestionantes devem ser mantidos na altura dos olhos e com facing (apresentação dos produtos de frente na primeira fila do expositor) correto para atender à alta demanda durante a sazonalidade2,3.

ESTOQUES: no período de picos de vendas desses produtos, entre o outono e o inverno, deve-se ter atenção especial à reposição dos itens para evitar rupturas2.

ORGANIZAÇÃO: os descongestionantes nasais englobam diversos produtos e formas farmacêuticas, portanto, a distribuição deles nas gôndolas deve seguir uma sequência lógica para o shopper. O primeiro passo nesse sentido é a divisão entre apresentação adulto e infantil; e, depois, uso tópico ou oral. Além disso, devem ter maior visibilidade na prateleira as formas farmacêuticas e marcas de maior relevância2. Os descongestionantes também podem estar posicionados no checkout do consumidor, próximos aos caixas4.

Fontes: 1. Assessoria de imprensa de Rinosoro; 2. Diretora de marketing OTC/MIP do Aché Laboratório Farmacêutico, Marcia Braga; 3. Coordenador de trade marketing da GSK, Thiago Ayres; e 4. Diretor da unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias

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ESPECIAL SAÚDE

HIGIENIZAÇÃO NASAL

Respiratória do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Jana de Ameixa Valentim Fonseca. O produto pode ser utilizado conforme a necessidade do usuário. “Pacientes com processos alérgicos devem lavar as fossas nasais pelo menos três vezes ao dia para garantir uma limpeza local adequada com grandes volumes de líquido”, indica a assessoria de imprensa de Rinosoro. Segundo a especialista do Aché, a lavagem nasal auxilia na remoção da secreção e de crostas locais. Além disso, reduz a inflamação da mucosa e melhora o funcionamento do sistema mucociliar, que é responsável por remover, continuamente, o muco. Sendo assim, essa higienização se torna especialmente importante nos pacientes com doenças, como a rinossinusite crônica e a rinite alérgica, e tem um papel fundamental naqueles com infecções agudas das vias aéreas. “Dados

POR QUE ALGUNS DESCONGESTIONANTES NASAIS PODEM CAUSAR DEPENDÊNCIA? Além do cloreto de sódio, o mercado também oferece outros produtos para a desobstrução nasal, com composição diferenciada, que são indicados para casos mais acentuados do problema e que precisam de indicação médica para uso. Compostos por substâncias, como nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina, esses medicamentos agem como vasoconstrictores. “Eles promovem a redução no calibre dos vasos, melhorando o inchaço da mucosa nasal. Assim, podem ser utilizados nos pacientes adultos com congestão nasal importante, por seu rápido início de ação e alívio significativo do sintoma”, explica a gerente médica das Franquias Gastro e Respiratória do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Jana de Ameixa Valentim Fonseca. Entretanto, há muitos relatos de que esses produtos podem causar efeitos indesejados quando usados com exagero e sem recomendação de um especialista. “Os descongestionantes com vasoconstritores devem ter seu uso a longo prazo evitado, pois existe a possibilidade de ocorrência do ‘efeito rebote’, que é a necessidade de doses cada vez maiores da medicação, em curtos períodos de tempo, para obtenção dos mesmos efeitos”, adverte o gerente médico da GSK, Marcelo Lima.

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ENTENDA AS APRESENTAÇÕES DOS HIGIENIZADORES NASAIS GOTAS: são formadas por uma grande partícula de líquido, fazendo com que sua ação seja local ou mais superficial quando comparada a outras apresentações farmacêuticas1. O cloreto de sódio em gotas é especialmente utilizado em recém-nascidos e bebês, sendo bem tolerado e de fácil utilização2. SPRAYS: proporcionam um jato com partículas de líquido maiores quando comparados com as partículas produzidas pelo jato de aerossóis, e atuam na cavidade nasal externa de maneira uniforme1. Essas apresentações têm um jato que alcança todas as regiões do nariz, devendo ser aplicadas com o paciente sentado2. JATOS CONTÍNUOS (AEROSSOL): proporcionam um jato com pequenas partículas de líquido, o que melhora a capacidade de inalação do medicamento na cavidade nasal e, assim, promovem a umidificação mais profunda1. Têm a grande vantagem de ser aplicados em qualquer posição2. Fontes: 1. Diretor da unidade de Marcas da EMS, Luiz Fernando Dias; e 2. Gerente médica das Franquias Gastro e Respiratória do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Jana de Ameixa Valentim Fonseca

científicos demonstram que pacientes que realizam lavagem nasal têm, inclusive, menor tendência a usar antibióticos”, comenta a Dra. Jana. Considerados bastante seguros, os higienizadoresà base de cloreto de sódio são indicados, ainda, para a limpeza nasal diária. Manter o nariz limpo, além de amenizar os sintomas quando a doença já está instalada, previne gripes, resfriados, rinites e sinusites, melhorando a qualidade de vida do paciente, de acordo com a comunicação de Rinosoro. Esses produtos são capazes, igualmente, de ajudar em situações específicas que levam à obstrução. “Podem ser usados em situações de ressecamento da mucosa nasal, como em casos de exposição ao ar-condicionado, à poluição e à baixa umidade do ar”, mostra o diretor da unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias.


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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Surpresa desagradável O VAZAMENTO INVOLUNTÁRIO DE URINA É UM INCÔMODO QUE PODE LEVAR O PACIENTE À RECLUSÃO. O QUE MUITOS NÃO SABEM É QUE, COM O TRATAMENTO CERTO, O PROBLEMA PODE DESAPARECER POR LAURA MARTINS

I

Ir ao banheiro é um momento íntimo e não muito falado pela maior parte das pessoas. Ainda que urinar seja algo natural e comum a todos, a ação é tida como algo pessoal e comumente não compartilhada. Mas para muitas pessoas, o simples “fazer xixi” pode se tornar uma tarefa muito difícil. É o caso daqueles que sofrem com incontinência urinária. O termo é, resumidamente, a perda involuntária de urina. A patologia acomete, principalmente, mulheres e idosos e cria situações desagradáveis para quem, nem sempre, consegue segurar para chegar ao banheiro.

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“A incontinência urinária acontece quando a pressão na bexiga é maior do que a musculatura presente no sistema urinário consegue segurar, fazendo com que haja um vazamento. Pode acontecer pela deficiência na musculatura ou pelo excesso de pressão na bexiga”, explica o urologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Cesar Nardy. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), são quatro os tipos de incontinência urinária: Esforço: é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular, entre outros esforços. Acontece quando os músculos do assoalho pélvico têm grande esforço físico e se tornam enfraquecidos ou alongados demais. IMAGENS: SHUTTERSTOCK


Urgência: é a perda associada a um desejo súbito e urgente de urinar, que acontece porque a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo. É o que ocorre na bexiga hiperativa, uma situação em que o músculo detrusor (que forma a bexiga) se contrai involuntariamente, mesmo se a bexiga não estiver cheia. Mista: alguns indivíduos têm os dois tipos de incontinência urinária ou sintomas que podem ser dos dois tipos. Paradoxal: ocorre quando a bexiga está extremamente cheia e a perda acontece por uma espécie de transbordamento; o problema, neste caso, é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina.

Apesar dos músculos serem os principais responsáveis pelo problema, alguns fatores ambientais podem se tornar fatores de risco – principalmente no caso da bexiga hiperativa. Para o urologista do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano Higienópolis, Dr. Raphael Moreira, algumas coisas podem irritar a bexiga, piorando a situação. Entre eles estão o cigarro, a cafeína, os alimentos ácidos, alguns temperos e o chocolate. O diagnóstico da incontinência urinária é feito de acordo com a história clínica, além de exames de urina com cultura, ultrassom de vias urinárias e da próstata. Além disso, em certos casos, pode ser usada uma sonda cheia de soro que, quando o paciente faz esforço, é avaliado se há vazamento. Para evitar o problema, o paciente deve ter atividade física regular, controle do peso (evitando sobre peso e obesidade) e avaliação constante com o ginecologista de confiança ou com o especialista urologista, no aparecimento dos primeiros sintomas. Os pacientes podem sofrer com diferentes níveis de incontinência urinária, desde leve até grave. Há graus muito leves, em que a perda da urina ocorre de forma esporádica, em gotas; e graus mais severos, em que as perdas se tornam muito frequentes ao longo do dia e o volume de urina é elevado. Nos casos severos, há grande impacto no dia a dia do paciente. Muitos ficam reclusos, não saem mais de casa, deixam de fazer passeios ou viagens e sentem-se envergonhados”, diz o urologista do Núcleo de Urologia do Hospital Vitória, Dr. Fernando Saito.

ALÉM DO CORPO O problema da incontinência urinária traz um empecilho talvez ainda maior do que a parte física: as consequências psicológicas. A falta de controle do próprio corpo faz com que o acometido sinta vergonha e medo de ter algum imprevisto em público, deixando de fazer suas atividades comuns. Para o urologista do Hospital Samaritano, a patologia – principalmente nos níveis moderado e grave – causa um grande impactado na qualidade de 2018 MARÇO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

COADJUVANTES NA AJUDA DOS PACIENTES Aqueles que sofrem com a incontinência urinária, muitas vezes, recorrem ao uso de absorventes, fraldas e roupas descartáveis. Os produtos garantem certo conforto e segurança aos acometidos. O uso é uma escolha pessoal do paciente de acordo com o nível de vazamento e incômodo de cada um. Atualmente, existem vários tipos de fraldas e absorventes no mercado, alguns mais modernos e outros menos, que o paciente pode testar e se adaptar. Fontes: urologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Cesar Nardy; e urologista do Núcleo de Urologia do Hospital Vitória, Dr. Fernando Saito

vida das pessoas. Os pacientes, angustiados, abandonam a vida social. “Há paciente que acaba nem saindo de casa porque acha que está cheirando mal. Outros não procuram tratamento, especialmente os idosos, porque acham que é normal. Porém, cada causa tem o seu tratamento e pode ajudar o acometido a voltar a ter sua vida de antes”, comenta o Dr. Cesar, da BP. Os tratamentos, inclusive, são relativamente simples. No caso da perda devido à urgência, o paciente pode ter controle da dieta, fisioterapia (para controlar a bexiga) e usar medicamentos anticolinérgicos, que controlam as contrações. No caso das medidas mais simples não funcionarem, pode usar toxina botulínica (botox) dentro da bexiga para controlar as contrações. Para casos refratários, pode ser usado, ainda, um marca-passo que controla o movimento da bexiga. “Já nos casos de esforço, há a possibilidade de fisioterapia para recuperar a musculatura ou tratamento cirúrgico. Ainda não há medicamentos porque é preciso fortalecer toda a musculatura. Ao menos oito de cada dez mulheres que fazem a cirurgia ficam satisfeitas com o resultado”, frisa o Dr. Moreira. 68

GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

QUEM MAIS SOFRE De acordo com um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em sete países, incluindo o Brasil, concluiu-se que entre as pessoas de 60 anos a 74 anos de idade, 9% dos homens e 22% das mulheres já tiveram incontinência urinária. Já na população acima dos 75 anos de idade, a incidência aumenta para 23% nos homens e 36% nas mulheres. A maior incidência entre o público feminino acontece devido à anatomia da mulher. A uretra delas é mais curta, deixando o caminho da urina menor, facilitando a perda involuntária. Além disso, uns dos fatores de risco para a patologia acontecer são os partos naturais. O urologista do Hospital Vitória nomeia, ainda, outros fatores: mulheres na menopausa, sobrepeso ou obesidade e histórico familiar. “As mulheres são mais atingidas por questões inerentes à anatomia dos sistemas urinário e reprodutor. No caso dos homens, fazem parte do grupo de risco aqueles que passaram pela cirurgia para tratamento do câncer de próstata”, revela.


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DOR

Sem sofrimento ENXAQUECA, DOR ABDOMINAL E DOR MUSCULAR SÃO ALGUNS DOS DESCONFORTOS QUE FAZEM PARTE DA VIDA DE BOA PARTE DA POPULAÇÃO. ENTENDA AS CAUSAS, FORMAS DE PREVENÇÃO E O TRATAMENTO PARA CADA UMA DELAS POR KATHLEN RAMOS

A

A dor crônica, que persiste, no mínimo, por três meses, é um problema que afeta 37% dos brasileiros, segundo apontou uma pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED)*. Portanto, quando a dor aguda e pontual começa, é importante que seja dada a devida atenção, para que a situação não se estenda para casos mais graves. Acompanhe, a seguir, o panorama de algumas dores comuns que fazem parte da vida de muitos brasileiros, como a enxaqueca, dor muscular e dor abdominal.

DOR DE CABEÇA – ENXAQUECA Estima-se que existam mais de 150 tipos de dor de cabeça, sendo a enxaqueca uma delas. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), a enxaqueca atinge em torno de 18% da população bra70

GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

* Dados divulgados pela Agência Brasil – Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

sileira. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), este tipo de dor pode ser tão incapacitante quanto a psicose ativa, a demência e a tetraplegia**. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que entre 5% a 25% das mulheres e entre 2% a 10% dos homens têm enxaqueca, com predominância em indivíduos com idades entre 25 e 45 anos, sendo que, após os 50 anos, essa porcentagem tende a diminuir, principalmente em mulheres. Ainda sem cura, a doença deve ser tratada de forma multidisciplinar e multiprofissional**. O MS explica que as causas da enxaqueca podem estar relaciona-

das com preocupações excessivas, ansiedade, tensão e estresse; noites mal dormidas; ciclos hormonais; irritação e alterações de humor; falta de exercícios; genética; entre outros. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE) – Portal Enxaqueca Crônica, o principal sintoma da enxaqueca é a dor pulsátil em um dos lados da cabeça (unilateral) e latejante. De forma crônica, a cefaleia ocorre em 15 ou mais dias por mês, durante mais de três meses, sendo oito dias com sintomas típicos de enxaqueca, ou seja, dor de cabeça unilateral, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz (fotofobia), movimentos, cheiros e sons (fonofobia).

CONTRA A ENXAQUECA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Analgésicos comuns: surtem resultado somente quando a intensidade da dor é de leve a moderada, não sendo eficazes para dores mais fortes e nem recorrentes – como a cefaleia em salvas e a enxaqueca crônica. Anti-inflamatórios: durante o processo da enxaqueca, as funções do cérebro ficam anormais e para tentar se recuperar, ele acaba liberando mediadores inflamatórios. Este tipo de medicamento auxilia, assim, na diminuição da sensibilidade do cérebro, interrompendo o processo de dor. Ergotaminas: são bastante eficazes por sua ação no centro da dor, mas também agem em muitas outras regiões do cérebro, por isso o uso deve ser realizado sob prescrição médica. Triptanos: com menos efeitos colaterais que as ergotaminas, são indicados para dores mais intensas típicas da enxaqueca crônica. Eles agem no receptor de serotonina (hormônio que ajuda o cérebro a se tornar mais resistente a dor), mas tendem a perder o efeito se usados de forma excessiva. TRATAMENTO PREVENTIVO Embora esse tipo de terapêutica não tenha sido pensada, especificamente, para tratar cefaleias e enxaqueca crônica, esses medicamentos acabaram demonstrando colaboração também no sistema supressor da dor. São eles: Antidepressivos: ajudam a controlar a produção de neurotransmissores do cérebro, como a serotonina, noradrenalina ou dopamina, auxiliando, assim, a regular o mecanismo de memória da dor, pois apresentam ações analgésicas independentemente dos efeitos antidepressivos. Neuromoduladores: apresentam significativa eficácia no combate às dores de cabeça porque alguns dos mecanismos cerebrais envolvidos na enxaqueca são similares aos da epilepsia, por exemplo. Betabloqueadores: têm como linha de base o tratamento de doenças cardiovasculares porque ajudam no controle da pressão arterial. Injetáveis (Toxina Botulínica A): neste caso, são indicados, apenas, para enxaqueca crônica. TRATAMENTO COMPLEMENTAR Enquadram-se acupuntura, alimentação equilibrada, melhor qualidade do sono e prática de atividade física. Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia (SNCE) – Portal Enxaqueca Crônica, com a participação do neurologista e professor de medicina da Universidade Federal do Paraná, Dr. Elcio Piovesan

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**Dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE)/Portal Enxaqueca Crônica.


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ESPECIAL SAÚDE

DOR

DOR ABDOMINAL Há inúmeras razões para que uma pessoa tenha dor no abdome, por isso, o diagnóstico nem sempre é fácil, segundo explica o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Dr. Eduardo Berger. “Imagine que a chamada cavidade abdominal abriga órgãos de três sistemas: o digestivo, o urinário e o genital (este último nas mulheres) – além de inúmeros vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, etc. – e que todas essas estruturas podem ser acometidas de problemas que causam dores. Sendo assim, teremos de analisar todos os aspectos do sintoma doloroso para tentar definir a causa e origem”, justifica o especialista. Segundo o Dr. Berger, entre as análises feitas pelo médico, estão o tipo de dor (cólica, queimação, pontada, facada...); o tempo de duração (se é contínua ou intermitente); os fatores de melhora ou piora; e se são periódicas ou frequentes. A princípio, o especialista do Edmundo Vasconcelos afirma que a origem mais provável está relacionada com problemas da digestão (intestinos, estômago, vias biliares), das vias urinárias (infecção, cálculos ou “pedras”) e ginecológicos (inflamações, infecções e, até mesmo, os relacionados com uma gestação). “Denotam problemas mais graves, as dores abdominais de início súbito, intensas, e que alteram o equilíbrio do organismo, levando a problemas, como sudorese, parada de eliminação de gases e fezes, alteração dos sinais vitais (temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca); dores crônicas, que se manifestaram diversas vezes e tiveram alteração das características, como sangue nas fezes; sinais de anemia e perda de peso; entre outras”, complementa. Portanto, o tratamento para esse tipo de dor vai variar de acordo com as causas. “Podem ser prescritos desde simples gotas de medicação antiespasmódicas, até procedimentos cirúrgicos delicados”, comenta o médico. Os analgésicos, por exemplo, agem para amenizar a dor (sempre com cuidado na administração para não mascarar o problema). Já os anti-inflamatórios são pouco utilizados em casos de dores com origem no sistema digestório. “Esses medicamentos são mais voltados para dores ginecológicas, urinárias e àquelas de origem no aparelho locomotor (ossos, coluna, músculos)”, esclarece o Dr. Berger. 74

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

MEDICAMENTOS DE USO TÓPICO PARA DORES MUSCULARES Pomadas1: são indicadas para aplicação diretamente na pele, nos casos de reumatismo, nevralgias – dor intensa na região da lesão, envolvendo nervos –, torcicolos, contusões e dores musculares. O produto gera analgesia – redução da dor – e hiperemia, aumento da quantidade de sangue na superfície do local afetado da pele. Aerossóis1: são indicados para uso exclusivamente tópico, nos casos de reumatismo, nevralgias, fadiga muscular, rigidez muscular, distensões musculares, tendinites, dores lombares e torções. Têm ação analgésica e anti-inflamatória, promovendo uma leve anestesia local, causando uma melhora na circulação do sangue no local lesionado. Adesivos flexíveis em gel2: disponíveis em diversos tamanhos, com embalagem “abre-fecha” e fácil remoção. Os tamanhos “extragrande” e “grande”, por exemplo, são indicados para as costas e grandes áreas; já o tamanho pequeno é ideal para braços, pescoço e pequenas áreas.

Sprays2: proporcionam uma pulverização contínua em qualquer ângulo, até de cabeça para baixo. A aplicação pode ser feita direto na pele com secagem rápida e flexibilidade de aplicação. Géis roll-on2: fácil aplicação com secagem rápida. Pode-se aplicar uma vez na região, sem necessidade de sujar as mãos. Bandagens elásticas2: indicadas para articulações, como joelhos, cotovelos e tornozelos, possuem material que não contém cola e não limitam os movimentos. Bolsas térmicas3: auxiliam na diminuição da dor e da inflamação (frio) e para aumentar o relaxamento muscular e vascularização do local (calor). São importantes no controle da dor e disfunção muscular, associadas a outros tratamentos. Fontes: 1. Gelol; 2. Dorflex (Sanofi); e 3. Anestesiologista e especialista no tratamento da dor do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, Dr. Francisco Obata Cordon

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ESPECIAL SAÚDE

DOR

DOR MUSCULAR As dores musculares podem se originar por sobrecarga, erros posturais, após contusões, falta de mobilidade, movimentos repetitivos, processos isquêmicos e algumas doenças autoimunes. Também podem ter origem em patologias, como fibromialgia e doenças infectocontagiosas (como dengue, leptospirose ou botulismo), enumera o anestesiologista e especialista no tratamento da dor do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, Dr. Francisco Obata Cordon. Seja qual for a causa, é fato que esse tipo de dor pode prejudicar, significantemente, a vida dos acometidos. “A dor muscular limita a capacidade funcional do indivíduo, diminuindo o rendimento laboral e a realização de atividades cotidianas”, constata o Dr. Cordon. No caso de dores musculares geradas por atividade física, podem-se evitá-las tomando algumas atitudes preventivas. “Antes da prática, é necessário o acompanhamento de um profissional capacitado, como educador físico, que irá orientar e supervisionar os exercícios, evitando erros de execução e sobrecargas. Respeitar os limites também é sempre a principal recomendação”, aconselha o especialista do Hospital São Luiz. Mas caso ocorram dores, que sejam leves ou moderadas, desde que não haja lesão muscular significativa, o uso de compressas geladas ou quentes (conforme o tempo de dor e qual o objetivo desejado), diminuição da atividade física e fisioterapia ortopédica são opções, segundo o médico. O Dr. Cordon lembra, ainda, que no caso das vias de administração tópicas, uma grande vantagem é que elas atuam diretamente no local onde ocorre a dor muscuLesões causadas lar ou o processo inflamatório. pelos protozoários do gênero Além disso, usando-as adequaLeishmania. São damente, não há tantos efeitos caracterizadas por colaterais, pois sua atuação é pequenas feridas que aumentam local e não sistêmica. e demoram para “Cremes, pomadas ou géis cicatrizar são veículos mais comuns, devendo ser utilizados quando a área a ser aplicada não seja extensa, não tenha lesão tegumentar ou ferimentos. Podem ser à base de anti-inflamatórios, relaxantes musculares, corticosteroides e fitoterápicos, como cânfora e mentol”, descreve, acrescentando que, da mesma forma, esses medicamentos podem ser aplicados por sprays, que permitem aplicar em áreas de difícil acesso e de maneira mais uniforme. 78

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“Os adesivos, além, de medicamentos, podem ser de substâncias termogênicas, capazes de produzir calor ou frio e, desta forma, atuarem na inflamação pelos meios físicos”, esclarece. Em relação aos analgésicos, o Dr. Cordon lembra que eles podem ser usados nos casos em que ocorrem contusões simples por pequenos traumas ou exagero nas atividades físicas (esportiva, doméstica ou laboral). “Se houver suspeita de outras causas (infecciosa, inflamatória, autoimune ou degenerativa), a melhor opção é procurar um médico”, adverte. Já os anti-inflamatórios estão entre os medicamentos mais vendidos, principalmente porque são bastante eficazes no tratamento da dor muscular. “A fisiopatologia da dor muscular está intimamente relacionada com a ocorrência do processo inflamatório que acontece quando há lesão tecidual. Dessa forma, esses medicamentos bloqueiam, exatamente, um dos maiores precursores da dor, que são as prostaglandinas”, diz.


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PELE

Rosto marcado AS RUGAS E AS MANCHAS INCOMODAM CONFORME A IDADE CHEGA. MAS COM A PREVENÇÃO E OS PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS, AS LINHAS DE EXPRESSÃO SE TORNAM SUAVES E A JUVENTUDE SE FAZ PRESENTE POR MAIS TEMPO

C

POR LAURA MARTINS

Conforme o tempo passa, começam a se revelar rugas e linhas de expressão, que denunciam a chegada da idade. E, por mais que esse momento seja inevitável, certos cuidados ajudam a evitar e a diminuir os efeitos que o relógio causa na pele.

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Fruto de maior preocupação feminina, as rugas e as manchas podem não ser tão visíveis e incômodas se a mulher tiver hábitos saudáveis, além de incluir os cosméticos corretos em sua rotina. A dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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PELE

Cirurgia Dermatológica (SBCD), Dra. Luciana Gasques, explica que as marcas de expressão possuem o nome técnico de rítide. Existem as rítides dinâmicas, que dão outra aparência ao rosto, como susto, felicidade ou raiva. Ou seja, são as marcas que se formam quando há movimentos, principalmente, da testa e dos olhos. Já as rítides estáticas são aquelas de quando a pessoa está parada e, ainda assim, os vincos na pele estão presentes. “As rugas ou linhas de expressão são marcas causadas pela movimentação repetitiva dos músculos do rosto. São, também, responsáveis pelo surgimento delas: exposição solar exagerada, que desgasta e enfraquece a pele; excesso de movimentação, como franzir os olhos com força sempre que se está exposto à claridade; genética – algumas pessoas têm maior predisposição do que outras para a formação de rugas”, comenta o assessor do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Adriano Loyola. Para entender como as marcas surgem, é necessário saber que a pele possui duas importantes características: elasticidade (capacidade de resposta à movimentação da musculatura) e plasticidade (aptidão de se moldar novamente ao estado inicial). Com o passar do tempo, as pessoas perdem a quantidade e qualidade do colágeno (elasticidade), além de diminuir o ácido hialurônico (plasticidade), o que favorece a formação de rugas e da flacidez. Por isso, ao movimentar e contrair o rosto, há o surgimento dessas marcas. A pele jovem, normalmente, volta ao normal, sem rugas, enquanto a madura já tem maior facilidade em produzir esses sinais. Mas não são apenas as rugas que atormentam, as manchas também podem aparecer em diversos momentos da vida. O Dr. Loyola comenta que existem diferentes tipos de manchas, sendo as mais frequentes as melanoses ou manchas senis, sardas, melasmas, manchas pós-inflamatórias (como as causadas pela acne) e queratoses seborreicas. Em geral, algumas características chamam a atenção para a possibilidade de câncer de pele, especialmente para o melanoma e, por isso, o paciente deve ter atenção. São eles: assimetria da lesão, bordas irregulares, cores variadas dentro da mesma lesão, diâmetro maior que 6 mm e crescimento da lesão. 82

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DIFERENTES TIPOS MANCHAS • Melasma: costuma ser grande, irregular e associado à gravidez, apesar de não ser exclusivo de gestantes. • Queratose seborreica: costuma ser menor e ocorrer em partes com mais oleosidade. • Lentigo solar: aparece frequentemente com o envelhecimento e deve ser diferenciado do lentigo maligno. RUGAS • Rugas da testa: que se formam no meio da testa. • Rugas de preocupação: formadas entre as sobrancelhas. • Pés de galinha: parecem pés de galinha ao redor dos olhos. • Código de barras: se formam abaixo do nariz, na região do buço. • Bigode chinês: parecem parênteses ao redor da boca. As pregas que se formam do canto do nariz até o canto da boca. • Linhas de marionete: as pregas que se formam do canto da boca até o queixo. Fontes: assessor do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Adriano Loyola; e dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Dra. Luciana Gasques


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PELE

OS PRINCIPAIS VILÕES... Ainda que o aparecimento de imperfeições seja inevitável, alguns fatores ambientais podem piorar a ação do tempo. “Rugas aparecerão mais cedo ou mais tarde, é natural e bonito. Esse é o envelhecimento intrínseco, todo mundo passa por ele, é genético e faz parte do funcionamento normal do organismo. O envelhecimento extrínseco depende do ambiente e do estilo de vida, decorre da poluição, estresse, tabagismo, sedentarismo ou atividade física excessiva, exposição à radiação ultravioleta (UV) desprotegida. Ele é acelerado, cruel e inestético”, alerta a Dra. Luciana. De acordo com a SBD, três dos principais impulsionadores do envelhecimento extrínseco, são: Radiação solar: atua causando queimaduras e o fotoenvelhecimento. Diversas alterações de pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar, como manchas, pintas e sardas. A pele fotoenvelhecida é mais espessa, algumas vezes amarelada, áspera e manchada e há maior número de rugas. Tabaco: quem fuma tem marcas acentuadas de envelhecimento. Isso acontece porque o calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda da elasticidade cutânea. Mais do que isso, o fumo diminui o fluxo sanguíneo da pele, prejudicando a oxigenação dos tecidos, contribuindo para o envelhecimento da pele e para a formação de rugas. Rugas acentuadas ao redor da boca são muito comuns em fumantes. Álcool: altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que causam o envelhecimento. A exceção é o vinho tinto que, se consumido moderadamente, tem ação antirradicais livres, pois é rico em flavonoides e em resveratrol, potentes antioxidantes.

...E OS SUPER-HERÓIS Como cada pessoa responde, naturalmente, de uma maneira diferente, não existe uma idade correta para começar a se cuidar. Na pele negra, por exemplo, demoram mais a aparecer marcas devido à fibra colágena, que é mais densa, além da fotoproteção natural, enquanto a clara está mais exposta às marcas. “O ideal é cuidar desde cedo do rosto para que os sinais do envelhecimento demorem mais a aparecer. O tratamento iniciado aos 30 anos de idade reduz em 50% as rugas aos 60 anos da idade, 84

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COM O PASSAR DO TEMPO, AS PESSOAS PERDEM A QUANTIDADE E A QUALIDADE DO COLÁGENO, ALÉM DE DIMINUIR O ÁCIDO HIALURÔNICO, O QUE FAVORECE A FORMAÇÃO DE RUGAS E DA FLACIDEZ enquanto os tratamentos iniciados aos 40 anos de idade diminuem em 35% as rugas aos 60 anos de idade”, frisa o assessor da SBD. A Dra. Luciana complementa lembrando que as pessoas com problemas de acne devem tratar desde a adolescência, para evitar as cicatrizes, que são muito difíceis de resolver. A partir dos 25 anos da idade, inicia-se a prevenção do envelhecimento, que é sempre melhor do que somente corrigir as consequências. O principal aliado, nesse caso, é o protetor solar. Ele reage quimicamente com os raios UV, bloqueando-os. Auxilia na prevenção de diferentes tipos de cânceres e retarda os efeitos do envelhecimento. Mas, para isso, é preciso que a pessoa use o produto de maneira correta. “Fotoprotetor não dura o dia todo, portanto, deve ser aplicado, no mínimo, três vezes ao dia. O uso é importante até em lugares fechados, já que luz visível (luz de lâmpada, computador, televisão e celular) é uma das causadoras do melasma”, acentua a dermatologista da SBD e SBCD. Para quem começa a sofrer com as marcas, alguns tratamentos estéticos também ajudam. É o caso da toxina botulínica (mais conhecida como botox), que costuma ajudar a suavizar as marcas da testa e dos olhos, desde que não estejam muito profundas. Já os sulcos e linhas muito profundos, como o bigode chinês, costumam ser tratados com ácido hialurônico ou hidroxiapatita de cálcio associados ao tratamento com colágeno. Já os procedimentos dermatológicos que removem a camada mais superficial da pele, estimulando a troca de pele para proliferação de colágeno são lasers, peelings e microagulhamento. Nesse caso, a indicação é de que sejam feitos no inverno, diferente dos procedimentos realizados através da pele, em que não há restrição de época do ano.


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OPORTUNIDADE

Sorriso completo A SEGURANÇA AO USAR FIXADORES É O PRINCIPAL OBJETIVO DAQUELES QUE USAM PRÓTESES DENTÁRIAS. CATEGORIA AINDA TEM ESPAÇO PARA ALCANÇAR NOVOS CONSUMIDORES, SE TRABALHADA DA MANEIRA CORRETA POR LAURA MARTINS

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Em torno de 11% dos brasileiros não possuem dentes e 23% perderam 13 ou mais dentes, ao longo da vida, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o diretor de marketing da GSK Consumer Healthcare Brasil, Renato Camera, os usuários de prótese dentária total ou parcial

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representam 24% da população com mais de 16 anos de idade. Mais de 80% do total têm mais de 45 anos de idade e 59% são mulheres. Esses são os principais públicos-alvo dos fixadores de prótese, usados somente por cerca de 12 milhões de brasileiros. Os fixadores fazem parte da categoria de cuidados para prótese, que engloba também soluções para limpeza de dentaduras. “No Brasil, essa categoria IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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OPORTUNIDADE

tem um consumo anual de R$ 155 milhões e um total de 9,1 milhões de unidades vendidas no canal farma”, completa o executivo. O mercado de fixadores é composto pelos segmentos de pós, cremes e fitas adesivas. “De modo geral, todos possuem ingredientes adesivos que, em contato com a umidade, ativam a adesividade, fixando as próteses nas gengivas. O que muda é o excipiente. No creme, os adesivos são dissolvidos em um excipiente cremoso; no pó, são dispersos em excipientes secos; e nas películas, são adicionados entre tramas de um tecido, para evitar que escorram”, explica a gerente de marketing da Combe, Priscila Ariani. Apesar dos três terem o mesmo fim, a maneira de usá-los é diferente. O creme deve ser aplicado na prótese seca em pequenas tiras, não muito perto das bordas, para evitar transbordamento. Em seguida, a prótese é colocada na boca higienizada, pressionando firmemente e mordendo por alguns segundos, para garantir a fixação com segurança. Já o pó deve ser aplicado na prótese úmida e ter o excesso removido antes de seguir o encaixe na boca. “A fita deve ser umedecida levemente com água e colada à prótese não muito próxima às bordas. A forma de colocação é a mesma dos demais formatos”, cita Camera. Segundo ele, os cremes representam 70% do mercado brasileiro. Priscila complementa dizendo que o fixador em pó é, muitas vezes, escolhido devido ao seu menor preço. Porém, em mercados mais maduros, é um produto considerado antiquado, não tendo muita procura. Por outro lado, os cremes dificultam a entrada das partículas de alimento na prótese, sendo um de seus grandes diferenciais em relação às outras opções. A película serve tanto para quem deseja prevenir o contato da superfície da prótese com a gengiva 88

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quanto para quem busca fixação prolongada ao longo do dia. Embora a sensação de fixação não seja tão forte imediatamente se comparada à do creme, ao longo do dia, a fixação se mantém.

ORGANIZAÇÃO CERTEIRA Uma das principais dificuldades do cliente que procura os fixadores é a busca pelos produtos. Como a situação de pedir um fixador a algum funcionário na loja e, com isto, revelar que faz uso da prótese, pode ser uma situação que gere um desconforto ao shopper, é fundamental que a categoria esteja exposta com boa visibilidade e acessibilidade. “A recomendação é posicionar a categoria na sessão de higiene bucal, em local visível e de fácil acesso, considerando que os consumidores desta categoria têm uma preferência por autoatendimento, já que, muitas vezes, enfrentam barreiras relacionadas à timidez ou vergonha em relação à sua condição”, alerta o diretor da GSK. É importante a exposição da marca por segmento: pós, cremes, fitas e limpadores. Fazer a exposição dos limpadores ao lado dos fixadores é uma oportunidade para as farmácias incrementarem o tíquete médio da categoria. Os consumidores de fixadores são muito sensíveis a preço e almejam encontrar uma boa relação de custo-benefício. “Ao longo dos últimos anos, a categoria vem crescendo muito em unidades sem, no entanto, acompanhar em valor, com um aumento de vendas de produtos de baixo preço”, salienta Priscila. Por isso, é importante que o canal apresente variedade de marcas, produtos e formas para atender a todos os segmentos de clientes, além de conhecer os detalhes da categoria e, assim, oferecer explicações completas ao público consumidor.


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SEMPRE EM DIA

Pele perfeita GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO SOFRE COM A CÚTIS OLEOSA E ACNEICA. O TRATAMENTO DIÁRIO É UMA DAS MANEIRAS MAIS EFICAZES DE CONTROLAR O PROBLEMA POR LAURA MARTINS

CONTRA A ACNE

A linha Epidac OC, da Mantecorp Skincare, está com um novo produto: o gel antiacne pós-limpeza. O produto auxilia no tratamento da acne e da oleosidade excessiva. Epidac OC Gel tem textura ultraleve, sem enxágue e garante o controle da oleosidade por oito horas, sem ressacar. A recomendação de uso é diária, após a limpeza facial com sabonete adequado, com aplicação do produto por toda a face duas vezes ao dia. Sua fórmula é à base de ácido salicílico associado à niacinamida, ativo AC5 (composto por zinco, enxofre, aloe vera e melaleuca) e Complexo Oil Control. • www.mantecorpskincare.com.br

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REDUÇÃO DE OLEOSIDADE

A SkinCeuticals complementa sua linha de cuidado da pele oleosa e acneica com o Blemish + Age Solution, uma solução diária antioleosidade para a renovação da pele. O produto remove as impurezas que o sabonete não limpa, eliminando o excesso de resíduos. Age na redução imediata da oleosidade, diminui a aparência dos poros e cravos e uniformiza o tom e a textura da pele. • www.skinceuticals.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


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SEMPRE EM DIA

CARVÃO PARA OS FIOS

Atenta às tendências, a Embelleze criou o novo creme de hidratação profundo: Novex ® O Poderoso Carvão Ativado. O ativo, elaborado para uso medicinal e cosmético, por sua capacidade de absorver oleosidade e extrair as impurezas, é um excelente ingrediente antipoluição, que não danifica os fios. Além do carvão ativado, outros ativos presentes no produto desintoxicam os fios, blindando, fortalecendo e protegendo-os de agentes externos, bastante comuns em cabelos danificados. • www.embelleze.com.br

CONDICIONADOR A TODO MOMENTO

Aussie acaba de trazer ao Brasil o Leave-in Conditioner Spray, um finalizador com reparação instantânea para deixar o cabelo hidratado e desembaraçado a qualquer hora. A novidade é indicada para todos os tipos de cabelo. Sua textura leve garante fios com aspecto natural, suaves e com movimento. Para cabelos crespos, cacheados ou encaracolados, elimina o frizz e ajuda a controlar o excesso de volume. • www.aussie.com

A CARA DO VERÃO PARA GENGIVAS SENSÍVEIS

A nova Oral-B® Pro-Gengiva chega para atender a uma demanda por maciez na escovação com alta efetividade de remoção da placa bacteriana. A escova de dente ultramacia traz microdivisão das pontas das cerdas, sendo que cada uma delas é dividida em cinco micropontas. Ao todo, as cerdas são divididas em 6.300 pontas, tornando-a suave com a gengiva e com ampla área de cobertura. O produto está disponível em três cores (verde, roxa e azul) e em embalagem individual ou dupla. • www.oralb.com.br

Focada nos dias mais quentes, a Phytoervas apresenta a linha Sol, Mar e Piscina, desenvolvida a partir da Cosmética Integral, um processo que extrai os ativos da natureza, sem nenhuma adição química. A linha é composta por quatro produtos: spray fluido protetor (com filtro solar, protege os cabelos. Pode ser aplicado nos cabelos secos ou molhados); xampu (sem sal, limpa profundamente com suavidade); condicionador (a cutícula dos fios é selada, reconstituindo a fibra capilar); máscara (hidrata, nutre e auxilia na recuperação capilar). • www.phytoervas.com.br

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SEMPRE EM DIA

ESCOVA DENTAL TECNOLÓGICA

Pensando na saúde bucal do consumidor, a Condor acaba de lançar escovas de dentes com a tecnologia Bac Block, que utiliza íons de prata. A Maxil Antibactéria protege de bactérias e é uma maneira efetiva para que germes e bactérias não se proliferem, evitando inflamações e doenças, como a gengivite e a periodontite. • www.condor.ind.br

SENSAÇÃO DE USAR NADA

Produzido em látex natural, o preservativo Zero – da Blowtex® – é 40% mais fino que a versão lubrificada da marca e chega para atender à crescente demanda por produtos que ofereçam maior sensibilidade. Essa é a primeira camisinha da marca acondicionada em embalagem branca, além de ter o mesmo nome em todo o mundo. • www.blowtex.com.br

PELE PROTEGIDA

Cenoura & Bronze tem um novo produto em seu portfólio de protetores solares. O protetor solar aerossol oferece absorção rápida, facilitando a aplicação. Além de proteger contra os raios ultravioleta (UV), possui tecnologia que preserva o colágeno e minimiza os danos mais profundos na pele causados pelos raios. O produto está disponível nas versões Fator de Proteção Solar (FPS) 30 e 50 e pode ser aplicado na pele seca ou molhada. • www.cenouraebronze.com.br

SABONETES ESPECIAIS

O momento do banho ficará ainda mais gostoso com a novidade da Giovanna Baby. O Kit GB Moments traz sabonetes em barra exclusivos com as fragrâncias já conhecidas da marca. O kit possui as quatro versões de sabonetes em barra: Classic (a mais tradicional, possui aroma floral lavanda com notas verdes e amadeiradas); Blue (floral oriental com notas de jasmim, rosa, ylang-ylang, notas verdes, madeiras nobres e musk); Cherry (pêssego, lichia, cereja preta, pomelo rosa, groselha, notas florais, âmbar e vanilla); e Candy (mango, nectarina, romã, laranja, maçã verde, framboesa, lírio d’água, flor de lótus, coco, sândalo e musk). • www.giovannababy.com.br

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HOMENAGEM

Adeus a Eurico Farias de Sousa O EMPRESÁRIO, UM DOS PRECURSORES DA ABRADILAN, SERÁ LEMBRADO COM CARINHO E RESPEITO PELA SUA IMPORTÂNCIA NO VAREJO FARMACÊUTICO E SUA POSTURA ÉTICA EM TODA TRAJETÓRIA

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Com muito pesar, a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) comunicou o falecimento de Eurico Farias de Sousa. De acordo com a entidade, ele foi um dos maiores incentivadores e entusiastas da associação. Com 76 anos de idade, ele era um dos principais articuladores do mercado de distribuição de medicamentos no Brasil, tendo sido homenageado como uma das personalidades do segmento em 2015 pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). Como empresário, o Sr. Eurico Sousa fundou a Emefarma Rio em 1988, uma das maiores distribuidoras de medicamentos do Rio de Janeiro, que se consolidou no mercado por estar sempre à frente das mudanças do setor, além de investir pesado em tecnologia e recursos humanos.

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O diretor executivo e fundador da Farmaum dos Medicamentos e Distribuidora de Medicamentos Brasil, Ivanilson Galindo, enaltece a importância do Sr. Eurico como pessoa e executivo. “Conheci o Sr. Eurico há mais de 15 anos, no começo das minhas idas a reuniões da Abradilan, e aprendi a admirá-lo por sua sabedoria e carinho com todos. Sentirei saudades desse grande mestre”, diz. Sr. Eurico é, também, pai de Sérgio Cláudio Tavares de Sousa, Jony Anderson Tavares de Sousa – que presidiram a Abradilan, respectivamente, nas gestões 2005/2007 e 2013/2015 – e de Alan Jefferson Tavares de Sousa. No comunicado enviado aos seus associados e parceiros, a Abradilan agradeceu imensamente pelo tempo de convivência com o empresário, além de citar a sua experiência em questões profissionais, que sempre serão lembradas com carinho e respeito por todos da entidade, assim como pela equipe da Contento Comunicação, produtora da revista Guia da Farmácia. IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Vamos aproveitar a maré favorável

www.abradilan.com.br

EM MOVIMENTO CONTRÁRIO AO DA MAIOR PARTE DOS SETORES, CANAL FARMA ESTÁ EM MOMENTO POSITIVO

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P O R P R O F ª . D R ª . M A R IA CR ISTIN A SA N CHES A M OR IM – DIR ETO RA EXEC UTIVA D A AB RAD ILAN, EC O NO MISTA E P R O F E S S O R A T I T U L AR DA P ON TIF ÍCIA UN IVER SIDA DE CATÓLIC A D E SÃO PAULO (PUC -SP)

O desempenho do setor farmacêutico tem sido muito melhor do que a média dos outros negócios. Enquanto o Brasil afundou na crise econômica em 2015/2016 e apresentou um breve crescimento de 0,7% em 2017, com queda geral de consumo de 3,5%, nosso segmento cresceu 1,5%. Em 2017, as vendas de medicamentos na Abradilan, por exemplo, chegaram a um bilhão de unidades comercializadas em todo o País, um aumento de 5,2% na comparação com 2016, que teve a marca de 960 milhões de unidades. Já em valores, as vendas de 2017 atingiram a marca de R$ 5,3 bilhões, um crescimento de 9% em relação a 2016, quando chegou a R$ 4,8 bilhões, como apontam os dados apurados pela IQVIA, empresa que é fruto da fusão entre IMS Health e Quintiles. As perspectivas para 2018/2019 são favoráveis. No plano macroeconômico, a

eleição presidencial, qualquer que seja o candidato eleito, trará maior estabilidade política, os juros estão no nível mais baixo da história, bem como a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), em 7% ao ano, a menor da nossa história. Os custos bancários ainda estão altos, mas a remuneração das aplicações financeiras caiu também e as pessoas com dinheiro procuram por negócios para investir, o que empurra o crescimento econômico. Para o setor farma, as perspectivas em 2018/2019 também são boas. Projetamos um crescimento de 7% a 9% aproximadamente e a indústria farmacêutica deve alcançar dois dígitos de crescimento também. Ao longo dos anos, vamos manter o foco nesses números: se o negócio crescer abaixo da média, há problemas na estratégia e na gestão.

Nossos estudos revelam que ampliar o leque de produtos, principalmente no segmento de prevenção e promoção de saúde e bem-estar, ampliar as facilidades e conveniências para o consumidor, ser criativo no atendimento e investimento da profissionalização da gestão, são imprescindíveis para aproveitar a onda de crescimento do setor. Quando um segmento econômico está em crescimento, o momento é particularmente propício para a implementação de estratégias voltadas para a ampliação das possibilidades de negócio. Atenta a esse ponto, a Abradilan promoverá, de 20 a 22 de março, o evento Conexão Farma, a maior feira do segmento, no Expo São Paulo. O objetivo da feira é justamente ampliar os contatos entre todos os agentes econômicos e promover atualização de conhecimento pertinente aos negócios.

GUIA DA FARMÁCIA

Inovando para o seu bem-estar.

Indústria Farmacêutica

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GUIA DA FARMÁCIA MARÇO 2018

Empresas sócias colaboradoras da Abradilan


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