Edição 311 - O Voto da Vitória

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GUIA DA FARMÁCIA ANO XXV • Nº311 OUTUBRO DE 2018

TECNOLOGIA Alguns entraves devem ser superados no Brasil para que o omnichannel saia, definitivamente, do papel

ATUALIDADE A CVS abriu as portas de sua primeira loja no Brasil, oficialmente, em setembro último, na capital paulista

O VOTO DA

VITÓRIA

Candidatos de esquerda e direita disputam ponto a ponto uma posição melhor nas pesquisas eleitorais. Diante da indefinição, investidores e empresários agem com cautela e fazem a economia caminhar em ritmo vagaroso


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EDITORIAL

À espera da salvação São treze candidatos disputando a preferência do eleitor no próximo dia 7 de outubro. É o maior número desde o fim da ditadura e da redemocratização do País, em 1989. Às vésperas da data da votação ainda não é possível prever nem que ideologia política o cidadão vai escolher. Candidatos de esquerda e direita disputam ponto a ponto uma posição melhor nas pesquisas eleitorais. Diante da indefinição, investidores e empresários agem com cautela e fazem a economia caminhar em ritmo vagaroso. Independentemente do que vai prevalecer nas urnas ao fim das eleições presidenciais de 2018, o candidato eleito precisa mexer em estruturas profundas para tirar o País desse período de dificuldades econômicas. Falta de estrutura, desajustes fiscais e desequilíbrios políticos têm reflexo direto na qualidade da saúde no Brasil. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data revelou que 70% dos brasileiros temem que a situação da saúde pública fique ainda pior nos próximos anos. Apesar dessa preocupação, a saúde está sendo pouco debatida na campanha eleitoral. Até o momento, muito pouca coisa foi fala-

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Laura Martins EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ESTAGIÁRIA DE ARTE Sara Helena COMERCIAL (EXECUTIVAS DE CONTAS) Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br) 4

da. E quando se fala, é muito superficial. Não há um aprofundamento do debate para entendermos o que os candidatos pretendem, se é que eles já têm um plano de governo nessa área. Existem alguns pontos-chave que deveriam estar presentes nas pautas dos candidatos, como prevenção e diagnóstico, assim como os programas preventivos já existentes no País e também a criação de um prontuário eletrônico unificado. Para votar de forma consciente, é preciso conhecer o perfil dos candidatos. Por isso apresentamos cada um deles, em nossa matéria de capa especial desta edição. Investigar o histórico pessoal, profissional e político pode ser um bom começo. Outro destaque fica por conta da inauguração oficial da primeira CVS brasileira. A Onofre CVS Pharmacy, localizada na esquina da Rua Pamplona com a Avenida Paulista, na capital paulista, é altamente tecnológica e tem muitos diferenciais, mas ainda está longe de ser parecida com a tão famosa rede americana. Boa leitura!

Independentemente do que vai prevalecer nas urnas ao fim das eleições presidenciais de 2018, o candidato eleito precisa mexer em estruturas profundas para tirar o País desse período de dificuldades econômicas

Lígia Favoretto Editora-chefe

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos e Laura Martins Revisão Cristina Balerini Colunistas João de Oliveira, Silvia Osso e Wilson Lemes

FINANCEIRO Cláudia Simplício e Misleine Brito

IMPRESSÃO Abril Gráfica

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia

CAPA Shutterstock

ASSISTENTE COMERCIAL Mariana Batista Pereira ASSINATURAS Morgana Rodrigues

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ASSISTENTES DE MARKETING Leonardo Grecco e Noemy Rodrigues

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2018

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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SUMÁRIO #311 OUTUBRO 2018

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ATUALIDADE

A primeira CVS acaba de abrir as portas no Brasil. Localizada em São Paulo, capital, a rede faz parte da reformulação de uma das unidades da Onofre, que passa a levar o nome de Onofre CVS Pharmacy como nova marca

42 > TECNOLOGIA Omnichannel é o conceito de integração dos canais offline e on-line. Varejistas podem entregar uma melhor experiência de compra por meio desta tecnologia

CAPA

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ELEIÇÕES 2018

É difícil saber se, a partir de 2019, o Brasil terá um governo de esquerda ou de direita, um presidente reformista ou disposto a ampliar o tamanho do Estado. Conheça o perfil dos principais candidatos, suas promessas e o que falam sobre a área da saúde

E MAIS 08 > GUIA ON-LINE 10 > ENTREVISTA 16 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 26 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 36 > CAMPANHA

ESPECIAL SAÚDE 66 > IMUNIDADE 72 > TENDINITE 78 > MIX 90 > EVENTO 94 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 58

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ABASTECIMENTO

A gestão da cadeia não é composta somente pela movimentação de produtos entre as empresas, fornecedores e clientes. Para que o processo não falhe, é preciso boa comunicação 6

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30 > OPINIÃO João de Oliveira 32 > CONJUNTURA Wilson Lemes 34 > VAREJO Silvia Osso IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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GUIA ON-LINE INFORMAÇÕES NA INTERNET

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CONTEÚDO NO PORTAL ATUAÇÃO NO ORGANISMO

Muito buscados nas farmácias, os anti-hipertensivos têm várias classes diferentes. Conheça as principais delas.

MAIS VENDIDOS

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) fez uma lista com os dez medicamentos mais vendidos, sendo que três são para diminuir as dores.

CHEGADA AO BRASIL

A CVS acaba de abrir sua primeira loja no País, com a bandeira Onofre CVS Pharmacy. O novo estabelecimento está localizado na capital paulista.

O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS O setor farmacêutico é um dos mais confiáveis para o consumidor brasileiro. Ao menos é isso o que uma pesquisa da LLORENTE & CUENCA afirma.

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Saber a diferença entre medicamentos genéricos, de referência ou similares é um dos primeiros passos para orientar corretamente os pacientes no ponto de venda (PDV).

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ENTREVISTA-APIS FLORA

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2018

IMAGEM: DIVULGAÇÃO


Da colmeia às farmácias COM A AJUDA DO TRABALHO DAS ABELHAS, A APIS FLORA CRESCEU E, HOJE, É UMA DAS PRINCIPAIS EMPRESAS MUNDIAIS DE MEL, PRÓPOLIS E OUTROS DERIVADOS. BRASILEIRA, A COMPANHIA EXPORTA SEUS PRODUTOS PARA TODOS OS CONTINENTES

A

POR LAURA MARTINS E LÍGIA FAVORETTO

A paixão de dois amigos pela natureza fez com que, aproximadamente trinta anos atrás, a Apis Flora nascesse. A partir do mel das abelhas, a empresa criou mais de cem produtos que ajudam o consumidor a cuidar da sua saúde e são a matéria-prima para diversos itens de beleza. Com o passar dos anos, a empresa tornou-se pioneira na comercialização do extrato de própolis, além de ser a primeira a colocar os sprays de própolis no mercado brasileiro. A inovação está em seu DNA e o desenvolvimento de novos produtos é um dos focos da organização. Hoje, possui um complexo fabril de mais de cinco mil m 2 onde são produzidos os produtos vendidos no Brasil e no exterior – a Apis Flora está presente em todos os continentes e conta com negócios em mais de

20 países, como China, Estados Unidos, Coreia do Sul, entre outros. Mantendo os resultados dos últimos anos, pretende crescer dois dígitos em 2018, com expectativa de alta entre 15% e 18%. Além disso, está focada na conquista de novos mercados, para crescer mundialmente. Para falar sobre o assunto e sobre as novidades da empresa, o presidente da Apis Flora, Raul Ferreira, conversou exclusivamente com o Guia da Farmácia. Confira! Guia da Farmácia • A Apis Flora existe desde os anos 1980 e, desde então, é uma das líderes de mercado no Brasil. Quais as inovações e principais mudanças da empresa desde seu nascimento até hoje? Raul Ferreira • A Apis Flora nasceu, primeiramente, da paixão pela natureza, em especial pelas 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA-APIS FLORA

abelhas, e de um ideal compartilhado por dois amigos que, posteriormente, foi transformado em uma empresa. A ideia era criar um negócio sustentável ambientalmente e proporcionar saúde e qualidade de vida às pessoas que consumissem seus produtos. A busca contínua por itens de alta qualidade, segurança e eficácia nos motivou a fazer grandes investimentos em pesquisa, inovação, tecnologia e capacitação profissional. Podemos dizer que o sentido de inovação nasceu junto com a empresa. Nesse ponto, destacamos o fato de ter sido a primeira companhia brasileira a comercializar méis em potes adicionando extratos vegetais, apresentando uma versão comercial para algo que nossas avós já faziam há tempos. Também fomos pioneiros na comercialização do extrato de própolis, que antes era totalmente descartado nos apiários. Após iniciarmos a comercialização, outras empresas começaram a vender e constituir esse importante segmento no Brasil. Outra inovação foram os sprays de própolis, que eram inéditos no País. Citando outro ineditismo, podemos falar do extrato de própolis sem álcool, que provém de uma tecnologia patenteada para que o produto tenha a mesma concentração e eficácia do extrato tradicional. Diferentes apresentações e diferentes concentrações que desenvolvemos também são exemplos de inovação nos mercados nacional e internacional. Ou seja, inovação é uma palavra que faz parte de nosso dia a dia sempre.

Guia • Existe alguma diferença nos produtos consumidos no Brasil para os que são exportados para outros países? Quais são os principais países que a empresa trabalha e quais as diferenças entre os mercados?

Guia • A empresa está presente em mais de seis mil pontos de venda (PDVs), com mais de 100 produtos em seu portfólio. Quais são as preferências dos consumidores brasileiros?

Ferreira • A Apis Flora possui três unidades produtivas providas com os mais modernos equipamentos do mercado e mão de obra altamente qualificada, estando capacitada para oferecer uma gama completa de produtos e serviços. Essas unidades detêm, separadamente, as manufaturas de produtos de higiene pessoal, medicamentos e alimentos. Como a demanda de exportação é diversificada, todas as unidades estão aptas para produzir os itens a serem exportados, sendo a matriz a unidade administrativa encarregada dos procedimentos de remessas nacionais e internacionais. Todas elas estão localizadas em Ribeirão Preto (SP), onde ocorreu sua fundação e onde deu continuidade às suas atividades. A Apis Flora tem, entre seus valores, o objetivo de

Ferreira • Atualmente, os produtos à base de extrato de própolis em gotas ou spray apresentam um crescimento constante e significativo. A preferência por produtos de alta concentração e com alta tecnologia, como o Propomax sem álcool, lideram esta tendência. No geral, o consumidor brasileiro tem dado preferência para produtos com melhor custo benefício, confiáveis e que já comprovaram sua eficácia. 12

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Ferreira • A Apis Flora está presente em todos os continentes e conta com mais de 20 países clientes, estando a China, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, a Áustria e a Argentina entre eles. Com portfólio especialmente desenvolvido para diversos países, a empresa exporta produtos acabados e insumos para as indústrias alimentícia, de higiene pessoal e medicamentos. Cada mercado busca um tipo de insumo e produto. Isso está ligado às peculiaridades de cada país. Podemos citar algumas diferenças, como a preferência dos consumidores chineses por produtos altamente concentrados e dos países islâmicos por produtos sem álcool. Entre outras, a linha que mais se destaca é a de própolis, em diferentes apresentações e com altas concentrações de flavonoides e bioativos. Guia • A Apis Flora possui um complexo de 5,5 mil m2 no interior paulista. Todos os produtos da empresa são produzidos nesse centro, incluindo os itens que são exportados? Por que Ribeirão Preto (SP) foi a cidade escolhida?


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ENTREVISTA-APIS FLORA

ser parte integrante da comunidade em que se encontra e essa é uma característica que sempre buscamos preservar durante o crescimento da empresa. Devemos sempre expandir e explorar novos mercados para além de Ribeirão Preto, mas sem deixar de lado onde começamos e crescemos. Guia • Após anos no mercado de farmácias de manipulação, os produtos da marca agora são vendidos em todo o varejo farmacêutico. Qual a importância de estar em diferentes nichos? Ferreira • Na verdade, desde seu início a Apis Flora está presente no varejo farmacêutico, além de farmácias de manipulação e lojas de produtos naturais. Essa presença em diferentes nichos possibilita a difusão da marca e faz com que o consumidor tenha maior facilidade de encontrar o produto de seu interesse. Guia • Como os pontos de venda (PDVs) devem trabalhar esse tipo de produto? Ferreira • Nossos principais consumidores fazem parte do grupo de pessoas que procuram ter uma vida mais saudável. O consumidor brasileiro tem mostrado maior tendência de procurar produtos de alta qualidade, eficácia e segurança, levando em consideração o custo-benefício de produtos para a saúde. Nosso intuito e orientação é de que o PDV reforce os benefícios dos princípios ativos de nossos produtos e apresente ao cliente nossos diferenciais para que o consumidor tenha como referência a Apis Flora no momento da escolha. Guia • Como os atendentes podem orientar os consumidores para aumentar o tíquete médio da compra?

Ferreira • As chances de um cliente gastar mais são maiores quando ele entra em uma loja e encontra facilmente os produtos que deseja. Em outras palavras, quando a variedade de produtos de uma mesma marca é grande, a tendência para colocar estes itens em sua sacola ou carrinho é muito maior. Uma estratégia é os atendentes mostrarem ao consumidor os diferenciais de produtos 14

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com maior concentração e tecnologia, que agregam benefícios, bem como preço. Oferecer outros produtos relacionados à compra do consumidor é uma ótima técnica para aumentar o tíquete médio. O cross-selling, desde que feito dentro do contexto de compra, é um método altamente eficaz.

Guia • A empresa trabalha também como fornecedora de insumos industriais e atende grandes indústrias, como L’Oréal, Johnson & Johnson e Unilever. Qual a importância dessa parte do negócio? Ferreira • Temos uma estrutura completa de produção e corpo técnico de pesquisa, desenvolvimento e inovação altamente qualificado. Com isso, conseguimos adentrar em um negócio rentável: o atendimento a grandes empresas farmacêuticas que buscam produtos de alta qualidade e que atendam a todos os parâmetros exigidos pelos órgãos governamentais de controle, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Trata-se de uma capacidade de fornecimento de insumos farmacêuticos a qual poucas empresas do segmento estão aptas. Esse, sem dúvida, é um dos grandes diferenciais da Apis Flora. Guia • Quais são as expectativas de crescimento da empresa? Ferreira • Para 2018, nossa expectativa é manter o crescimento da Apis Flora acima de dois dígitos, como nos últimos anos. Sabemos que é um grande desafio, mas projetamos uma expansão entre 15% e 18% para esse ciclo. Como sempre, o principal objetivo da empresa é crescer de forma sustentável e perene. A conquista de novos mercados de atuação é um dos focos da Apis Flora no biênio 2018-2019. Acreditamos que a consolidação da nossa presença nos países onde atuamos é um trabalho contínuo. Além disso, temos trabalhado fortemente no desenvolvimento de inovações que chegarão ao mercado e que, rapidamente, alcançarão a liderança de faturamento da empresa. Temos uma projeção de dez novos produtos de linhas diferentes chegando aos mercados nacional e internacional entre 2018 e 2019 e este será mais um fator de fortalecimento da marca.


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ANTENA LIGADA

COMPROMISSO MAIOR ALÉM DE DESENVOLVER E COMERCIALIZAR MEDICAMENTOS, AS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS PENSAM EM MANEIRAS DE SE ENGAJAR MAIS FORTEMENTE COM A SAÚDE DA POPULAÇÃO, SEJA POR MEIO DE PROFISSIONAIS OU COM AÇÕES PARA O PÚBLICO FINAL POR LAURA MARTINS

MAPA DA SAÚDE

A Abbott lançou um mapa colaborativo para o compartilhamento de experiências relacionadas ao cuidado com a saúde sob os aspectos da atividade física, alimentação, autoconhecimento, lazer e bem-estar, além de locais para doação de sangue na capital paulista. Chamado de Saúde no Mapa, o espaço permite que as pessoas indiquem seus locais preferidos na cidade para cuidar melhor da saúde e encontrem dicas para viver com mais qualidade. A criação da plataforma aconteceu após a realização da pesquisa “Empoderamento do Paciente – importância e desafios”, realizada pela Abbott para estimular a reflexão dos brasileiros sobre a importância da manutenção da própria saúde e, consequentemente, contribuir para que as pessoas se sintam mais proativas e responsáveis por se cuidar. • www.saudenomapa.com.br

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NOVARTIS E O COMPROMISSO COM PACIENTES E CUIDADORES

Como parte do propósito de reimaginar a medicina e com foco em prolongar e melhorar a vida das pessoas, a Novartis promoveu uma série de ações com cerca de 2,7 mil colaboradores para internalização do seu Compromisso com Pacientes e Cuidadores. Entre os dias 10 a 14 de setembro último, uma programação de palestras e workshops discutiu os quatro pilares que permeiam este Compromisso: respeitar e compreender as perspectivas dos grupos de pacientes, realizar estudos clínicos de forma responsável, expandir o acesso aos medicamentos e garantir total transparência nas ações realizadas. • www.novartis.com.br

IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


PHARLAB PATROCINA STOCK CAR

Entre os 33 pilotos participantes da Corrida do Milhão (Stock Car), o paulista Rafael Suzuki teve apoio da Pharlab. O laboratório farmacêutico patrocinou, pela primeira vez, um atleta de automobilismo brasileiro. Empresas do segmento farmacêutico representam parte importante dos patrocinadores das 17 equipes da categoria e a Pharlab se juntou a esse grupo de indústrias que usam a elite do automobilismo nacional como plataforma de marketing e relacionamento. • www.pharlab.com.br

HYPERA PHARMA TEM NOVO LÍDER A Hypera Pharma contratou Hélio Segouras para liderar sua unidade de negócios de Consumer Health, que engloba marcas como Engov, Benegrip e Zero-Cal e corresponde a mais de um terço do faturamento líquido da empresa. O executivo possui mais de 20 anos de experiência no segmento farmacêutico e já passou por companhias como Novartis, Pfizer e P&G. A posição de Segouras era antes ocupada por Luiz Clávis, que assumiu a recém-criada posição de vice-presidente de vendas e marketing. • www.hyperapharma.com.br

SANOFI DE PORTAS ABERTAS

No dia 12 de setembro último, a Sanofi levou um grupo de jornalistas para conhecer as instalações de sua fábrica em Suzano (SP). A iniciativa do departamento de Comunicação da empresa teve como objetivo apresentar dados e o planejamento da companhia para 2019. Desde 2017, a área de Consumer Healthcare (CHC) não existia como uma unidade independente no Brasil – foram contratadas mais de 200 pessoas que passaram a cuidar de forma adequada do portfólio no ponto de venda (PDV). Esse aporte fez com que essa divisão passasse a representar um terço dos negócios no País. A expectativa até 2020 é de que se torne o melhor negócio de CHC no Brasil. “O objetivo é servir vidas de forma mais saudável, mais completa e mais plena”, disse o diretor geral de Consumer Healthcare no Brasil, Rodolfo Hrosz. O executivo revelou ainda que, enquanto o mercado farmacêutico cresce cerca de 10% ao ano, a Sanofi registrou um crescimento de 12% no primeiro semestre de 2018. Para o próximo ano, a empresa promete trazer para o mercado um grande número de inovações, dentro da estrutura de Suzano. O anseio é de se tornar líder de lançamentos em 2019. A diretora de Inovação de Consumer Healthcare da Sanofi, Joana Adissi, explicou que 60% do crescimento da unidade de CHC vêm de inovação. “Para 2019, estão previstos mais de 15 lançamentos. Foram investidos R$ 50 milhões para isso.” Os lançamentos serão nas áreas de Dor, Vitaminas, Alergias e Gastro. Os jornalistas, entre eles a editora-chefe do Guia da Farmácia, Lígia Favoretto, puderam conhecer a linha de produção de Dorflex, Medicamento Isento de Prescrição (MIP) mais vendido no Brasil. Segundo Joana, são vendidos 55 comprimidos de Dorflex por segundo no País. • www.sanofi.com.br

2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

SANDOZ LANÇA 2ª EDIÇÃO DO PROGRAMA QUALIDADE PROFISSIONAL

A Sandoz aposta na promoção de conhecimento aos profissionais da área da saúde ao lançar a 2ª edição do Programa Qualidade Profissional. A iniciativa usa uma plataforma digital para capacitar e levar informações de qualidade para profissionais farmacêuticos e de atendimento do varejo. O treinamento é focado nas principais classes terapêuticas, como Cardiologia, Sistema Nervoso Central (SNC), Anti-infecciosos, Gastro, Saúde Feminina e Masculina, além de Farmácia Clínica. No módulo de Anti-infecciosos, por exemplo, os participantes podem rever quais moléculas são indicadas durante a gravidez e quais têm interação com os contraceptivos orais. • www.qualidadeprofissional.far.br

TAKEDA ENTRE AS MELHORES

A farmacêutica Takeda está, pelo quinto ano consecutivo, no ranking das 150 Melhores Empresas para Trabalhar do Prêmio Great Place to Work (GPTW). Este ano, o ranking contou com 2,3 mil organizações inscritas, que foram avaliadas por mais de 1,5 milhão de funcionários de médias e grandes empresas nacionais e multinacionais. Entre os diferenciais do laboratório está o programa Myflex, uma plataforma de benefícios flexíveis. Na prática, o que é oferecido aos seus colaboradores vale pontos que podem ser transferidos entre eles. Por exemplo, usar o valor do vale alimentação para fazer um upgrade no plano de saúde. Em menos de um ano de implantação, o programa teve mais de 80% de adesão. • www.takeda.com/pt-br

SINDUSFARMA COM NOVO NOME

Fundado originalmente para atuar no Estado de São Paulo, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sindusfarma) está ampliando sua base territorial para regiões que não possuem representação patronal da indústria farmacêutica, passando a se chamar Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, ainda Sindusfarma. A alteração estatutária foi aprovada pelas empresas associadas em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 4 de setembro último. As modificações dão forma e respaldo jurídico a um papel que, de fato, o Sindicato já desempenha desde a sua fundação. Na condição de maior e uma das mais antigas entidades representativas do segmento no Brasil, o Sindusfarma congrega indústrias associadas que têm sede em todo o País. • www.sindusfarma.org.br

ABRADILAN TEM NOVA GERENTE DE EVENTOS

A Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) conta desde o início de agosto com uma nova gerente de Eventos. Formada em Administração Hoteleira, Paula Souza assume o cargo com o objetivo de colaborar, integrar e ter um melhor engajamento com as indústrias farmacêuticas, de bomboniere e do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC). Paula traz na bagagem ampla experiência em implementar novos produtos, desenvolver estratégias de vendas, planos de negócios e reconhecimento de marca. Ela também atua em projetos estratégicos para comercialização de produtos e serviços, além de possuir conhecimento na organização e desenvolvimento de estruturas de eventos variados. • www.abradilan.com.br

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TREINAMENTO DO VAREJO

Uma pesquisa desenvolvida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas, de São Paulo (Sebrae-SP), mostrou que os aspectos visuais da loja (fachada, vitrines, iluminação, organização interna, entre outros) podem ampliar as vendas entre 12% e 40% com medidas simples e baratas. Diante de um cenário cada vez mais competitivo, discutir essas estratégias no mercado farmacêutico se tornou fundamental. Para aprofundar os debates sobre essa temática, Silvia Osso, um dos maiores nomes do Brasil em capacitação no setor de farmácias, esteve em Salvador (BA) para o treinamento “Gerenciamento por Categorias, Layout de Loja e Inovação”. O treinamento com Silvia faz parte do programa ACADEMS, uma iniciativa do laboratório EMS que conta com a parceria da Multmais. Além de abordar estratégias capazes de oferecer uma experiência de compra mais atrativa e lucrativa nas farmácias, a especialista também ressaltou a necessidade de uma contínua capacitação para quem vive o cotidiano desse segmento. • www.multmais.com.br • www.ems.com.br

SALAS DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS A Extrafarma, rede nacional de farmácias, conta agora com uma sala de serviços farmacêuticos em sua unidade da Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo (SP). Hoje, a Extrafarma possui mais de 400 lojas, distribuídas em 14 estados brasileiros, sendo 31 delas apenas no Estado de São Paulo. “Estamos cientes do papel da farmácia nos cuidados com a saúde dos brasileiros. Com essa nova proposta, vamos oferecer serviços que contribuam para uma melhor qualidade de vida dos nossos clientes, além, é claro, de proporcionar ainda mais conveniência e facilidade, dentro de um ambiente agradável e seguro. Este projeto está em linha com a nossa missão de estarmos próximos de nossos clientes, por meio de um atendimento diferenciado e de qualidade”, declara o diretor de operações, marketing e expansão da rede, Miguel Jarros. • www.extrafarma.com.br

PLANOS DE CRESCIMENTO

Mesmo sem os recursos provenientes da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que não foi para a frente no início do ano, a Blau Farmacêutica planeja expandir em quatro vezes sua capacidade produtiva em um período de três anos. Para 2018, a projeção é de crescimento da ordem de 18% em seu faturamento. Mesmo com essa expansão, a empresa quer manter seu nicho, que são medicamentos hospitalares. A Blau, que também é dona da marca de preservativo Preserv, reforçou o caixa em R$ 180 milhões com o lançamento de debêntures, em julho. • www.blau.com.br

NOVO NORDISK NO RANKING MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR

A Novo Nordisk conquistou o sétimo lugar no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar na categoria empresas Médias Multinacionais. Considerando o restante das categorias, o laboratório foi o mais bem colocado dentro do segmento farmacêutico. Há aproximadamente dez anos, a Novo Nordisk participa da premiação e melhora, a cada ano, sua posição no ranking. Em 2017, conquistou o 11º lugar na mesma categoria. Em 2016, além de permanecer entre as 25 melhores empresas para trabalhar no mundo, a empresa ainda foi citada no ranking das dez campeãs em profissionais com grau universitário ou acima (4º lugar), 20 melhores empresas do setor (7º lugar) e empresas com mais promoções (9º lugar). • www.novonordisk.com.br 20

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ATUALIZANDO

CUIDADOS ESPECÍFICOS A ROTINA CORRIDA, A ALIMENTAÇÃO NÃO TÃO SAUDÁVEL E ATÉ A IDADE SÃO MOTIVOS PARA QUE AS PESSOAS BUSQUEM, CADA VEZ MAIS, SUPLEMENTOS ALIMENTARES. AS VITAMINAS SÃO CAPAZES DE MELHORAR A SAÚDE EM DIVERSOS ASPECTOS POR LAURA MARTINS

VITALUX® PLUS ÔMEGA 3 ALCON

A partir dos 50 anos de idade, algumas pessoas podem desenvolver a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma atrofia na área da retina chamada mácula e que pode levar à perda da visão central, causando até cegueira. E, assim como todos os outros órgãos do corpo, os olhos também precisam de vitaminas e nutrientes específicos que ajudem a desacelerar o seu envelhecimento. VITALUX® Plus Ômega 3, complexo vitamínico da Alcon, contém, além das vitaminas A, B2, B12, C, E, ômega-3, zinco e cobre, os carotenoides luteína e zeaxantina, principais nutrientes para os olhos. MS 6.3152.0001 • www.br.alcon.com

PANTOGAR TOP

BIOLAB FARMACÊUTICA

A Biolab Farmacêutica possui uma linha completa de medicamentos e suplementos direcionados para o tratamento e cuidados dos cabelos. Agora, a empresa lança Pantogar TOP, uma solução tópica elaborada para prevenir e combater a perda de cabelos em homens e mulheres. O produto favorece o crescimento, o volume e a força dos fios e foi desenvolvido especialmente para atuar no folículo piloso. Sua fórmula patenteada com extratos botânicos previne e retarda a queda de cabelos, além de estimular o crescimento de novos fios, deixando o cabelo saudável e fortalecido. MS Produto isento de registro conforme a RDC 27/10 • www.biolabfarma.com.br

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UREPLUS 3%-10% CIFARMA

Ureplus hidrata e suaviza a pele seca, áspera ou repuxada, graças à ação da ureia, fator natural de hidratação. O produto restabelece e aumenta a capacidade de hidratação da pele de forma duradoura, Ureplus é um produto hipoalergênico (formulado de maneira a minimizar o possível surgimento de alergia). MS 25351.679532/2017-26 (Ureplus10) MS 25351.679432/2017-97 (Ureplus3) • www.cifarma.com.br

PROVANCE MORANGO ACHÉ

O Aché Laboratórios lança Provance sabor morango (Lactobacillus reuteri DSM 17938), probiótico que auxilia no equilíbrio da microbiota intestinal. O Lactobacillus reuteri DSM 17938, presente em Provance, foi, inicialmente, isolado do leite materno de mães de uma tribo indígena do Peru. Recomendado para uso adulto e pediátrico, Provance está disponível na apresentação comprimido mastigável. Além do sabor morango, o produto também conta com o sabor lima-limão e não possui açúcares ou corantes. MS 5.6381.0335.002-3 • www.ache.com.br

LISADOR® DIP

HYPERA PHARMA

A marca Lisador amplia sua família e lança a extensão Lisador® Dip. O novo analgésico possui uma fórmula com 1 g de dipirona em sua composição, sendo potente no tratamento contra dores intensas, além de ter rápido início de ação. O medicamento é indicado para dores de cabeça, abdominais e musculares e pode ser utilizado em caso de doenças virais causadas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya 2-4. MS 1.7817.0842.003-2 • www.hyperapharma.com.br

SINTEZYS®

BIOLAB FARMACÊUTICA

A Biolab Farmacêutica apresenta Sintezys®, indicado para o tratamento da osteoporose, que é o enfraquecimento dos ossos. Com o princípio ativo ibandronato de sódio, o produto auxilia na redução dos riscos de fraturas ósseas por inibir a atividade dos osteoclastos, células que reabsorvem o tecido ósseo. Ele é o primeiro produto da Actavis a ser lançado com a marca Biolab. Sintezys® está disponível em embalagens com 1 comprimido de 150 mg. MS 1.0492.0214 • www.biolabfarma.com.br

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GOSTARIA DE SABER QUAIS SÃO AS EXIGÊNCIAS PARA QUE EU POSSA MONTAR UM SITE DA MINHA DROGARIA. JÁ TENHO A EMPRESA REGULARIZADA JUNTO AO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA (CRF) E À AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). PERGUNTA ENVIADA POR JANAINA PEDROSO – POÇOS DE CALDAS (MG)

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Não há nenhuma implicação legal para a criação de um site de divulgação de sua farmácia já que ela está regularizada junto ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As vantagens de se criar um site são inúmeras. Ele permite ao dono da farmácia divulgá-la de várias formas, permite ao cliente encontrar a farmácia mais próxima da sua residência, proporciona a possibilidade de efetuar promoções e a divulgação do estabelecimento. Agora, caso queira ter um site com uma farmácia virtual, com e-commerce e venda de medicamentos, é preciso se atentar para alguns pontos: • Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a liberação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone e internet; • O pedido pela internet deve ser feito por meio do site do estabelecimento. O site deve utilizar ape-

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nas o domínio “.com.br” e deve conter, na página principal, os seguintes dados e informações: • Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria responsável pela venda, CNPJ, endereço geográfico completo, horário de funcionamento e telefone; • Nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico Responsável Técnico; • Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão estadual ou municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; • Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; • Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; • Link direto para exibir informações adicionais, como nome e número de inscrição no Conselho do Farmacêutico, mensagens de alerta e recomendações sanitárias determinadas pela Anvisa, condição de que os medicamentos sob prescrição só serão dispensados mediante a apresentação da receita e o meio pelo qual esta deve ser apresentada;

IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


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BAIXE O APP QR CODE OU ENVIE SUA PERGUNTA DIRETAMENTE NO E-MAIL: COMUNICACAO@CONTENTO.COM.BR NÓS RESPONDEMOS!

SILVIA OSSO

Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS; PÍLULAS DE GESTÃO

• É vedada a oferta de medicamentos na internet em site que não pertença a farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas pelos órgãos de vigilância sanitária competentes; • Não se pode utilizar imagens, propaganda, publicidade e promoção de medicamentos de venda sob prescrição médica em qualquer parte da página. É vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto. Todos os pedidos para dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto devem ser registrados em software confiável; • As propagandas de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e as propagandas e materiais que divulgam descontos de preços devem atender integralmente ao disposto na legislação específica; • As frases de advertências exigidas para os MIPs devem ser apresentadas em destaque. As farmácias e drogarias que realizarem a dispensação de medicamentos solicitados por meio da internet devem informar o endereço do seu site na Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa.

Dicas para criar um site Para a empresa estar conectada com a internet é necessário que ela possua um site próprio, com informações relevantes sobre produtos e serviços. Passo 1: obter um endereço na internet. Para ter um site é necessário ter um domínio, que será o “endereço” no mundo virtual: www.nomedaempresa.com.br. Após escolher o domínio, a empresa deve registrá-lo por meio de um dos vários prestadores deste serviço no Brasil e no exterior. Passo 2: hospedagem do site. É preciso hospedar o site em um local chamado servidor para que as pessoas possam vê-lo. Existem várias empresas que fazem este serviço e, através do pagamento de uma mensalidade, os servidores mantêm o site armazenado. Passo 3: ferramentas para construir o próprio site. Existem diversos serviços on-line, gratuitos ou pagos, que ajudam na criação das páginas. Eles são bons construtores de sites, intuitivos e fáceis de experimentar, e qualquer pessoa poderá usá-los, pois estão disponíveis na internet.

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INSTITUCIONAL – ACCERA

Indicadores confiáveis para o canal farma

ATENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS EM DIVERSAS PONTAS, BRASILEIRA ACCERA TAMBÉM TRAZ SOLUÇÕES INTELIGENTES E EM TEMPO REAL PARA A GESTÃO DE VENDAS EM FARMÁCIAS

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POR KATHLEN RAMOS

A ACCERA, plataforma que entrega indicadores para gestão de vendas e estoque de produtos para varejistas, distribuidores e atacadistas, é uma empresa genuinamente brasileira que, em 2018, completa 15 anos no território nacional. Foi fundada em São Leopoldo (RS) e, hoje, já atua em 29 países, somando mais de R$ 100 bilhões em vendas no último ano. Esses resultados tão sólidos são reflexo da qualidade dos dados. A matéria-prima da companhia tem como base informações de venda e estoque provenientes de mais de 55 grandes varejos e 1,7 mil distribuidores, validadas diariamente e em tempo real. Esses dados compõem indicadores capazes de direcionar ações imediatas no ponto de venda (PDV). A plataforma é 100% didática e direcionada para a

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execução. Por meio dela, os profissionais conseguem visualizar números de abastecimento, estoque negativo, ruptura, item sem venda ou evolução da mesma, sell-out, histórico de movimentação, entre outros. Tudo isso em painéis automatizados. “Respiramos tecnologia e acompanhamos suas atualizações, por isso vivemos em um constante processo de melhorias. Utilizamos os recursos tecnológicos mais atuais e renovamos sempre para entregar processos mais automatizados e soluções mais completas”, conclui o CEO e fundador da empresa, Cristhiano Faé. Hoje, a ACCERA possui mais de 16 mil usuários utilizando a plataforma, além de estar conectada com alguns dos principais varejos, como GPA, Carrefour, Cencosud, Walmart e Roldão; e distribuidores, como Martins, Muffato, Mateus, Zamboni e Disjoi. IMAGEM: DIVULGAÇÃO


www.accera.com.br

RAIO-X DA EMPRESA EXPERTISE: a ACCERA atua no mercado oferecendo soluções para a colaboração da indústria com os canais de distribuição (varejos, atacados e distribuidores), agregando a geração de insights acionáveis que irão direcionar uma execução perfeita nos pontos de venda (PDVs). CRESCIMENTO: a companhia está em um forte processo de expansão e este movimento reforça a estratégia de se tornar líder com forte relevância global, oferecendo sempre o que há de mais inovador em tecnologia e inteligência de mercado. EQUIPE: a empresa é liderada pelo CEO, Cristhiano Faé; pelo COO, Eduardo Kazmierczak; e pelo fundador da Trade Force e diretor comercial, Rodrigo Leão. INVESTIDORES: a Innova Capital, fundo de investimentos com foco em empresas inovadoras, que investiu na ACCERA e na Trade Force desde 2014, segue como acionista relevante. Liderada pelo empresário Jorge Paulo Lemann, 85% da Innova estão alocados em empresas de tecnologia atreladas aos segmentos de big data, aplicativos móveis, Internet das Coisas (IoT) e Software as a Service (SaaS). Além da ACCERA e Trade Force, a Innova também é investidora da Movile (dona do iFood, PlayKids, Leiturinha, Sympla, Maplink, Rapiddo, entre outros), da Sigga (empresa detentora de um software mobile para gestão de ativos fixos de grandes indústrias), da ClearSale (companhia líder em software antifraude) e do Snapchat.

CONHEÇA OS PRODUTOS ACCERA Foreasy: plataforma que combina inteligência estatística a um processo 100% colaborativo para gerar inputs estratégicos e análises precisas no processo de planejamento de demanda. Visor Direto: solução para gestão do canal direto que disponibiliza informações atualizadas de estoque e vendas, detalhando exatamente o produto, a loja e a região, além de outros indicadores como sell-out, positivação, perdas e categorias. Visor Indireto: plataforma para gestão do canal indireto conectada com mais de 1,7 mil distribuidores e atacadistas que compartilham informações de estoque e venda de produtos diariamente. Trade Force: plataforma com Aplicativo (app) mobile e versão desktop que oferece soluções completas de trade marketing para gestão da equipe de promotores, bem como coleta de preço concorrente, share, validação de pontos extras, criação de rotas e rotinas, entre outras 50 funcionalidades. Essa solução se deu com a aquisição da Trade Force, em 2017, fundada por Rodrigo Leão, hoje sócio e diretor comercial da ACCERA. O movimento marcou o primeiro passo da empresa para a quarta geração da plataforma, que passou a unir big data, Software as a Service (SaaS {software como serviço}), inteligência artificial e mobile.

BENEFÍCIOS MÚLTIPLOS Com a plataforma da ACCERA, os clientes têm a inteligência necessária para tomar decisões de forma ágil, desde o planejamento das vendas até a execução, evitando perdas e gerindo cada vez melhor a cadeia de distribuição, além de garantir a maior satisfação do consumidor final, evitando rupturas. “Trabalhamos com dados qualificados agregando inteligência às informações coletadas nos PDVs e direcionando a execução perfeita e em tempo real via mobile. Este é o diferencial que o mercado encontra em nossos serviços”, explica o diretor comercial da companhia, Rodrigo Leão. Os indicadores da ACCERA apontam, por exemplo, um índice médio de 18% de indisponibilidade de produtos nas gôndolas – o que representa um grande problema para todos os elos da cadeia (indústrias e varejos) e, sobretudo, para o consumidor. “Estamos conectados com mais de dois mil canais de distribuição, entre varejos e distribuidores, para disponibilizar indicadores como sell-out, positivação, estoque, perdas, gestão de categorias, entre outros”, reforça Faé. Indicadores como esses, provenientes dos dados da ACCERA, também podem ser utilizados na gestão do canal farma. O Aplicativo (app) Trade Force, por exemplo, com versão mobile para promotores e versão desktop para gestores, possibilita criar rotinas, gerir as equipes em tempo real via painel e relatórios detalhados, criar formulários para coleta de dados, aplicar treinamentos, entre outras diretrizes. Com ele, tanto a indústria quanto as farmácias evitam problemas na execução, revertendo a indisponibilidade e a perda de vendas, mantendo as lojas sempre abastecidas. 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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OPINIÃO

RUPTURA, O INIMIGO DAS DROGARIAS

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QUANDO O CLIENTE NÃO ENCONTRA O QUE PRECISA, CRIA-SE UMA IDEIA DE QUE A LOJA NÃO ESTÁ BEM. FALTA DE PRODUTOS PASSA UMA IMAGEM NEGATIVA

JOÃO DE OLIVEIRA Trade marketing no Grupo de Drogarias Americana 30

Quando nos direcionamos a uma drogaria com a intenção de buscar alívio para algum sintoma, queremos também facilidade e rapidez para encontrar o que procuramos. Expor, sinalizar, precificar e alinhar corretamente os produtos nas gôndolas são estratégias essenciais para que a farmácia tenha um excelente desempenho. Mas de nada vão adiantar todas essas preocupações se no ponto de venda (PDV) estiver faltando produtos. A falta de itens nas gôndolas é caracterizada como ruptura. Será que algum cliente já ouviu algum “não” em sua drogaria? Os “nãos” mais comuns são: não tem no estoque; não tem no distribuidor; não trabalhamos com este produto; não tem, mas vai chegar; tem no sistema, mas não tem na loja; não tenho desse laboratório. E, por fim: não tenho, mas quer que eu faça uma encomenda? Uma das piores experiências que um cliente pode ter é quando ele escolhe sua drogaria e, uma vez lá, não encontra o que precisa. Você já imaginou a decepção do shopper? O jeito mais fácil de perder um cliente e deixá-lo insatisfeito é não entregar o que ele procura. Ninguém gosta de receber um “não”. No varejo farmacêutico essa situação pode ser pior. Imagine um cliente com dor. Com dificuldades, ele chega até sua loja. Ao pedir um medicamento, ele rece-

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be um “não tenho” como resposta. Será que o cliente suportará a dor e voltará no outro dia para buscar? A resposta é não. Quando o cliente não encontra o que precisa, cria-se uma ideia de que a loja não está “indo bem”. Falta de produtos passa uma imagem negativa da drogaria. Muitas vezes, o cliente é o primeiro a perceber que a loja não está em boa situação. É ele que percebe que estão faltando produtos nas gôndolas e é o primeiro a deixar a loja e ir em busca de uma outra opção. As rupturas acontecem quando há erros no inventário, diferença entre o físico e o contábil, erros de cadastro, demora no reabastecimento das gôndolas, compras equivocadas, gôndolas pequenas ou muito grandes, carência no sistema de gestão de estoque, falta de conhecimento da velocidade do giro e da saída dos produtos, entre muitos outros problemas. Elas aparecem também quando o lojista não se preocupa com os lançamentos e com as novas demandas que vão aparecendo. Atualmente, são comercializados em uma drogaria de três mil a dez mil itens. Neste segmento, os lançamentos são frequentes, o que aumenta consideravelmente o mix. Alguns varejistas não enxergam as rupturas por terem estoques altos e gôndolas abastecidas, mas mesmo assim podem faltar produtos e seu cliente pode sair insatisfeito com o seu varejo. IMAGEM: DIVULGAÇÃO


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CONJUNTURA

Gargalos da saúde OS RECURSOS DE APOIO À DECISÃO CLÍNICA CRIAM, MANTÊM E GARANTEM A ADOÇÃO DE PADRÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS DE MAIOR VARIABILIDADE

WILSON LEMES Manager LATAM da Wolters Kluwer Health 32

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O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos em 2018 e é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o maior sistema gratuito e universal de saúde do mundo. Mas apesar de ser considerado uma referência na saúde pública, apresenta enormes gargalos que levarão, dentro de algum tempo, à sua insustentabilidade. E grande parte dos problemas poderia ser minimizada através dos recursos de apoio à decisão clínica. Em apenas um ano, foram consumidos R$ 10,9 bilhões de recursos por conta de erros médicos que variam desde a falta de profissionais qualificados à grande variabilidade de cuidado no Brasil, o que mostra a necessidade de investir na prevenção de erros evitáveis. Outro ponto importante é que, segundo o Datafolha, 90% da população brasileira está insatisfeita com o atendimento público, sendo que o suporte à decisão clínica tem grande impacto na hora de melhorar a qualidade e a eficiência. Como? Reduzindo testes desnecessários, evitando diagnósticos errados e resultados adversos para os pacientes devido à má interpretação de exames. Isso porque, com a tecnologia, os profissionais da saúde podem usar a interpretação de laboratório para analisar e gerenciar resultados mais difíceis, acessando orientações concisas para, assim, tomar uma decisão certeira. Isso ajuda a padronizar e reduzir a variabilidade do cuidado, sendo possível construir protocolos clínicos com base em evidências de maneira mais fácil e ágil. O objetivo é sempre consolidar medidas em prol da saúde, visando lidar, em especial, com as discrepâncias e a descontinuidade do cuidado assistencial e evitar

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um aumento ainda maior na incidência de erros de diagnóstico e eventos adversos que impactam diretamente nos gastos dos hospitais. Porém esse processo de transformação, tanto no setor público quanto no privado, envolve algumas barreiras organizacionais e de gerenciamento como estruturas de governança fragmentadas, falta de colaboração e capacidade limitada em cuidados primários. A falta de bons dados ou de sistemas de Tecnologia da Informação (TI) atrapalha um pouco, afinal eles tornaram-se facilitadores-chave no processo de integração dos cuidados de saúde. Entre as soluções disponíveis com a TI, os Sistemas de Suporte a Decisões Médicas baseados em evidências científicas têm atuado como protagonistas nesse cenário de mudança na saúde pública brasileira como uma relevante e poderosa ferramenta no fluxo de cuidado assistencial nesse ecossistema. A solução é baseada em experiência clínica, especificidades de cada paciente, uma grande base de dados médicos atualizados e algoritmos dinâmicos para traçar o melhor caminho a ser seguido no diagnóstico e no tratamento. Os recursos de apoio à decisão clínica criam, mantêm e garantem a adoção de padrões para o tratamento de doenças de maior variabilidade, ajudando os profissionais da saúde a entregarem cuidados consistentes, de alta qualidade e efetivos, além de trazer maior segurança para o paciente. Aumentando a eficiência do processo, também se reduz os custos. Os gargalos são inúmeros, mas, com certeza, contar com esse apoio pode ser crucial. IMAGEM: DIVULGAÇÃO


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VAREJO

Escolha do ponto comercial HÁ MUITOS FATORES A CONSIDERAR ANTES DA ESCOLHA, DAÍ OPTAR POR CRITÉRIOS BASEADOS EM DADOS TÉCNICOS AO INVÉS DE SUBJETIVOS

U SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS; PÍLULAS DE GESTÃO. Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 34

Um dos segredos do sucesso de qualquer negócio é o ponto comercial. Não basta ter um ótimo produto, bom preço e vendedores eficientes, se a localização de sua farmácia não é adequada. Muitos empreendedores cometem o erro de achar, por exemplo, que basta a rua ser movimentada para garantir muitos clientes. Outros acham que o melhor é ficar longe de um concorrente mais forte. Se fosse assim, o Habib’s (rede de fast-food de comida árabe) teria ido à falência ainda no começo. Fiquei surpresa quando o dono disse que procurava sempre escolher um ponto o mais próximo possível de um McDonald’s. Ele afirmou que as pessoas têm necessidade de variar e, fatalmente, acabariam entrando um dia em sua loja. Resumindo, sua estratégia deu tão certo que nem é preciso explicar. Um exemplo de farmácia com resultado positivo usando a mesma estratégia do Habib’s é

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a Farma Conde perto da Ultrafarma, na cidade de São Paulo (SP). Trocando em miúdos, a escolha do ponto depende de muitos fatores, além da localização e da concorrência. Vamos comentar algumas orientações básicas sobre o que levar em consideração na escolha do ponto: Contratação de empresas especializadas: é preciso fazer uma pesquisa de localização. Se puder, contrate uma empresa para fazê-la. Do contrário, é amadorismo. Hoje, utilizam-se dados de geomapas, drones e várias outras ferramentas especializadas. De olho na rua: dizer que a rua movimentada é o melhor local pode ser precipitado. Para alguns empreendimentos certamente é; para outros, nem tanto. Se o seu potencial cliente é de alto poder aquisitivo, por exemplo, não é interessante estar em ruas muito movimentadas. Outro cuidado a ser tomado é com o fato de que muito movimento pode significar falIMAGEM: DIVULGAÇÃO


ta de tempo para observação. A análise do movimento deve ser feita em dias e horários diversos. Verifique os hábitos de quem transita pelo local e se os horários de movimento coincidem com a utilização de sua loja ou serviço. Mantenha-se afastado de parques e praças mal iluminadas – a segurança do cliente é muito importante. Até o lado da rua deve ser observado. Em cidades de clima quente, prefira o lado onde faz sombra à tarde. Alguns negócios dão mais certo se estiverem na mão conveniente para o consumidor. Uma padaria ou farmácia, por exemplo, tem mais perspectivas no sentido centro-bairro. Tipos de mercadoria e sistema de trabalho: as cidades e os bairros têm suas necessidades, por isso verifique se o tipo de mercadoria e o sistema de trabalho oferecidos por você vão ao encontro desses anseios. Potencialidades do mercado: o ponto também depende do mercado que está ao seu redor. É preciso traçar um perfil do consumidor potencial levando em conta itens como renda, número de carros por habitante, estilos residenciais e comerciais, entre outros. Em outras palavras, é preciso certificar-se de que o seu futuro cliente realmente passa por aquele local. Tendência populacional: a tendência populacional é muito importante. Além de analisar a situação presente, é preciso estudar os índices de crescimento e as expectativas gerais. Em uma mesma cidade sempre há áreas que estão em declínio de poder aquisitivo e outras em ascensão. É preciso conhecer a tendência para estar preparado quando as mudanças se consolidarem. Disponibilidade de locais para abertura de lojas: a região pode ser a ideal para o seu negócio, mas pode não haver disponibilidade de imóveis. Às vezes, eles são inexistentes, e quando existem, os

valores referentes ao ponto são proporcionalmente muito altos para o capital do empreendedor, o que torna o negócio inviável. Localização: a proximidade a outros serviços como chaveiros, Correios, banco 24 horas e até mesmo supermercados pode ser uma associação interessante. Vizinhança: pode não ser bom ficar isolado, longe de outros comércios. Mas analise quem vai ser o seu vizinho. A incompatibilidade com alguns serviços é notável e afasta o cliente. Imagine, por exemplo, sua farmácia ao lado de uma peixaria. Ponto de ônibus: essa referência também é relativa. Pode ser bom para produtos de alta circulação e baixos valores, mas ruim para produtos e serviços de maior valor aquisitivo. Nesse caso, há desvalorização nítida do empreendimento. Portas fechadas: clientes de menor poder aquisitivo são receosos a portas fechadas por acharem que os preços são mais altos. Mas isso não significa que se possa descuidar do visual ou da comodidade. Já as classes média e média-alta exigem mais conforto, climatização, segurança e também estacionamento. Concorrência: verifique se o mercado já não está saturado para o seu negócio. Se os indícios apontarem para uma atração cumulativa, é bom repensar antes de se instalar. Não é interessante apenas oferecer mais do que já existe na região; é preciso se diferenciar para se sobressair. Como viram, há muitos fatores a considerar antes de escolher um ponto comercial, daí optar por escolhas baseadas em dados técnicos ao invés de subjetivos. 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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CAMPANHA

Oportunidade à vista

DIA DAS CRIANÇAS E HALLOWEEN SÃO DATAS QUE TRAZEM OPORTUNIDADES DE VENDA AO VAREJO; A FINI BRASIL PREPARA OFERTA ESPECIAL PARA APROVEITAR A SAZONALIDADE

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POR FLÁVIA CORBÓ

Toda data especial significa oportunidades de vendas para o varejo, basta criatividade. O Dia das Crianças e o Halloween normalmente passam em branco dentro do varejo farmacêutico, mas com as iniciativas corretas até essas ocasiões pouco relacionadas ao universo da saúde podem gerar maior movimento na loja e aumento do tíquete médio. Ciente dessa oportunidade, a Fini Brasil preparou uma campanha especial. Durante o mês de outubro, o consumidor que comprar R$ 10 em produtos Fini Brasil – marshmallows, balas de gelatina, tubes, regaliz e chicles – poderá transformar este valor em crédito no celular ou em um mês de assinatura de uma plataforma de séries e filmes. A campanha “Se liga que é Fini” engloba todos os canais de venda em que a empresa atua, desde varejo farmacêutico, atacado, e-commerce, franquias e lojas de departamento até cash & carry. “Outubro sempre foi o mês Fini, por conta de datas especiais como o Dia das Crianças e o Halloween, e, este ano, iremos dedicá-lo aos nossos consumidores e shoppers com uma promoção nacional multicanal”, conta o gerente de trade marketing farma da Fini Brasil, André Ferreira. A campanha estará valendo também para a linha Fini Bem-Estar, que beneficia diretamente o sell-out do canal 36

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farma. “Desta forma, entregaremos uma proposta de campanha inovadora para um canal que é carente de grandes campanhas promocionais”, garante Ferreira. Para que o consumidor da farmácia conheça a promoção e se sinta atraído a participar, a Fini Brasil irá disponibilizar materiais de ponto de venda (PDV) que comunicam a oferta. “O varejista não precisa tomar nenhuma medida especial ou se habilitar a participar da campanha, apenas utilizar os materiais de PDV que estamos disponibilizando para comunicar a vigência e mecânica da promoção”, explica o executivo. O consumidor também não terá dificuldades em aderir à oferta. Os créditos para recarga de celular devem ocorrer por meio do Aplicativo (app) RecargaPay – aqueles já cadastrados na ferramenta não poderão utilizar a oferta. Quem optar por utilizar um mês grátis de séries e filmes deve se cadastrar no app Looke até 15 de novembro próximo. “A percepção do prêmio para o consumidor nesta campanha é muito grande, afinal, não existe sorteio. Ele compra e ganha”, garante Ferreira. Em caso de dúvidas, o regulamento completo está disponível no site http://seligaqueefini.com.br. IMAGEM: SHUTTERSTOCK


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ATUALIDADE

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IMAGENS: LEANDRO FURINI


A primeira CVS do Brasil CINCO ANOS E MEIO DEPOIS DE TER SIDO COMPRADA PELO MAIOR GRUPO DE SAÚDE DO MUNDO, A DROGARIA ONOFRE PASSA A CARREGAR NA MARCA O NOME DO CONTROLADOR POR LÍGIA FAVORETTO

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A CVS abriu as portas de sua primeira loja no Brasil, oficialmente, no último dia 13 de setembro. Localizada na Av. Paulista, 1.257 (esquina com a Rua Pamplona, na capital paulista), o estabelecimento, que antes era uma Drogaria Onofre, foi reinaugurado com o nome Onofre CVS Pharmacy e oferece muitos dos diferenciais da conhecida rede de farmácias norte-americana. Além dos medicamentos, os clientes têm uma enorme gama de itens de Higiene & Beleza (H&B), separados em diferentes gôndolas. A parte de dermocosméticos, por exemplo, possui telas interativas para que o consumidor possa entender melhor seu tipo de pele e quais os melhores tratamentos para seu corpo e rosto. De acordo com o diretor de marketing e e-commerce, Eduardo Mangione, desde 2015, a análise de adotar o nome da CVS vinha sendo feita pela Onofre, levando-se em consideração o ponto de vista do mercado local e as pesquisas realizadas com clientes de farmácias. “Nós sempre entendemos que tal mudança fazia todo sentido

em nosso caminho de diferenciação, porém existiam algumas etapas a serem vencidas: por um lado, a estruturação da governança da Onofre, para garantir a reputação da marca; por outro, porque não se tratava de uma simples mudança de marca; estávamos construindo, pouco a pouco, o conceito de cada um dos nossos canais.” Eis que, em 2017, a Onofre se sentiu pronta para a mudança e começou os alinhamentos com a CVS para viabilizar a transformação. Hoje, a CVS Health é dona de 100% da operação no Brasil e a primeira fora dos Estados Unidos. A Onofre tem autonomia na gestão, pois existem particularidades no mercado brasileiro que exigem conhecimento e atuação local, mas a rede busca sempre implementar as melhores práticas e aprendizados da CVS para aprimorar o negócio. “A Onofre CVS Pharmacy é uma farmácia inovadora e que busca sempre se reinventar, ao mesmo tempo que tem como propósito ajudar as pessoas a alcançarem o seu potencial máximo de saúde.” Entre os principais diferenciais desta nova unidade estão: tecnologia e pessoas. “A partir disso, toda a reformulação tem o propósito de valorizar o tempo do cliente. Com essas mudanças, a operação se torna a farmácia mais tecnológica da América Latina.” O espaço é o primeiro a receber o novo logotipo da Onofre CVS Pharmacy em sua marquise, além de telas 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ATUALIDADE

interativas, serviço de self-checkout e um robô que automatiza o armazenamento, distribuição, manipulação e separação de medicamentos no balcão, fazendo com que o farmacêutico possa dedicar seu tempo totalmente para o atendimento ao cliente. Além disso, todos os consultores da Onofre poderão finalizar a compra do cliente em qualquer espaço da loja, poupando o consumidor de entrar na fila do caixa para efetuar o pagamento. Mas a prata da casa está nas pessoas, orgulha-se Mangione. “Investimos muito para detalhar o perfil da equipe, que precisa ao mesmo tempo ser familiarizada com tecnologia e ter didática para ensinar os clientes a navegarem tanto na loja quanto no site, no Aplicativo (app) ou no canal televendas. Mudamos desde papéis e responsabilidades até indicadores de performance e remuneração variável.”

Evento de inauguração da nova Onofre CVS Pharmacy 40

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MODELO AMERICANO SE APLICA AO BRASIL? A pergunta que não quer calar é se o modelo americano poderá ser aplicado ao Brasil. O executivo revela que algumas soluções encontradas lá fora estão sendo replicadas ou testadas na operação brasileira, como a opção de self-checkout , a Onofre Clinic (inspirada na Minute Clinic) e o serviço de pick-up in store, por exemplo. “Enquanto isso, alguns de nossos pontos fortes surpreendem a operação americana, como a capacidade de entrega em até 90 minutos em uma cidade do tamanho de São Paulo.” Porém existem entraves. Segundo Mangione, as regulamentações entre os países tornam difícil a adoção de alguns pontos aqui no Brasil, como, por exemplo, o receituário eletrônico e a enorme amplitude de categorias de produtos e serviços encontra-


SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

Parte de cima do estabelecimento é para eventos

Em 30 das 50 unidades da Onofre já está disponível a Onofre Clinic, que funciona como uma clínica de assistência farmacêutica que oferece serviços como aferição de pressão, teste de glicemia e temperatura corporal, além de vacinas contra a gripe, HPV e tríplice viral. Na nova loja conceito também há uma sala exclusiva da Roche voltada para os portadores de diabetes que em breve oferecerá um serviço inovador para uma farmácia de aplicação de bomba de insulina.

das nos Estados Unidos, mas ele reforça que isso não tem sido um empecilho para seguir com o propósito de reinventar a farmácia. “Oferecemos mais de 13 mil itens que abrangem saúde, Higiene e Beleza (H&B) e também produtos de conveniência. Mas somos uma farmácia e certamente nosso foco principal está em medicamentos. Apesar disso, aumentaremos ainda mais nosso mix . Traremos marcas novas e exclusivas, como a Beauty 360 (já encontrada na loja conceito), mas sempre seguindo os limites impostos pela legislação brasileira.”

CRESCIMENTO NO DIGITAL A estratégia de crescimento da Onofre é concentrada digital. O investimento feito entre 2017 e 2018 proporcionaria dobrar a operação física, porém a empresa optou por focar em melhorias no universo on-line por acreditar que este é o melhor caminho para crescer de forma sustentável. “A ideia é que nossas lojas físicas sejam um complemento do e-commerce – algo que já está avançado em outros segmentos do varejo brasileiro, mas que no ramo de farmácias ainda é incipiente. Como consequência desse foco, nosso e-commerce mostra um enorme e crescente potencial, tanto que hoje representa 46% do faturamento da Onofre.” Nova loja tem três opções de checkout para o consumidor

2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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TECNOLOGIA

Omnichannel precisa virar prática EM MERCADOS VAREJISTAS MAIS MADUROS, A INTEGRAÇÃO ENTRE OS CANAIS FÍSICO E ON-LINE JÁ É REALIDADE CONSOLIDADA. NO BRASIL, ALGUNS ENTRAVES DEVEM SER SUPERADOS PARA QUE O CONCEITO SAIA DEFINITIVAMENTE DO PAPEL POR FLÁVIA CORBÓ

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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Quando o comércio on-line foi criado e muito bem recepcionado pelo consumidor, muitos profetizaram o fim da loja física. No entanto, mesmo com o avanço vertiginoso dos canais digitais, o varejo tradicional continuou sendo visitado. Executivos e especialistas perceberam, então, que os meios off-line e on-line não deveriam disputar espaço entre si, e sim coexistirem de maneira integrada. Dessa percepção, surgiu o termo omnichannel, criado para definir a convergência de todos os canais de venda utilizados por uma empresa. Em pouco tempo, a palavra foi absorvida por empresas, executivos e marcas. Por anos, a National Retail Federation (NRF), maior feira de varejo do mundo, foi dominada por palestras que explica-

vam o conceito de omnichannel e como fazê-lo sair do papel. Frases de efeito e cases inovadores apontavam que o desaparecimento entre as fronteiras digitais e físicas era o futuro do varejo. Pois o futuro chegou e, afinal, como o omnichannel se faz presente nos dias de hoje? Em mercados mais maduros, o omnichannel é considerado assunto resolvido e parte da realidade. Sempre na vanguarda, a Apple foi uma das primeiras empresas a transformar o conceito teórico em prática. Toda a experiência de compra apresenta sinergia entre as lojas físicas e o Aplicativo (app) da empresa. Pelo celular, o cliente consegue agendar consulta com o suporte técnico e ser notificado quando um representante estiver pronto para aju2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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TECNOLOGIA

O OMNICHANNEL FUNCIONA NO VAREJO FARMACÊUTICO? Um bom trabalho de omnichannel em um segmento concorrido como o de varejo farmacêutico, sem dúvida, fará diferença. Entre outras coisas, o conceito permite que a marca consiga interagir com o consumidor no momento em que ele chega à loja, por exemplo. Fazer isso – munido das informações de compra e preferências do consumidor – torna a abordagem muito mais eficaz. “Quem sabe não começamos tirando aquelas ofertas personalizadas do papel ao final da compra e trazendo-as para o mobile assim que o consumidor chega à loja?”, convida o sales director da FX, Marcelo Tavares. No segmento farmacêutico, ainda soma-se o fato de grande parte da clientela das farmácias ser fiel e retornar àquela loja com uma frequência maior do que em lojas de outro segmento.

dá-lo. Também é possível receber um aviso quando estiver perto da loja onde há um item a ser coletado e ser notificado no smartphone quando um pedido on-line estiver disponível na loja. Além disso, o design das lojas físicas segue a mesma linha dos produtos da Apple. E todos os itens estão à disposição para serem testados pelos clientes. E não são só empresas de tecnologia que trabalham a integração de canais com destreza. Há o exemplo da Starbucks, rede norte-americana de cafeteria que criou um app que permite ao cliente pedir um café estando a uma distância de 1 km de alguma loja da empresa. O app avisa o atendente para preparar seu pedido e deixá-lo pronto na mesa. O cliente entra, retira o pedido e vai embora, sem precisar esperar, amenizando, assim, um dos grandes atritos da loja física: a fila do caixa. “O omnichannel permite que a marca consiga interagir com o consumidor no momento em que ele chega à loja. Fazer isso – munido das informações de compra e preferências do consumidor – torna a abordagem muito mais eficaz, além de causar uma ótima impressão no cliente”, acredita o sales director da FX, Marcelo Tavares.

POR QUE NEM TODO MUNDO TEM? A necessidade de promover a integração das esferas digitais e físicas nasceu da demanda do próprio consumidor, que não abriu mão da loja física por completo com a chegada do comércio on-line, 44

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apenas mudou o comportamento de pesquisa e compra. À medida que se familiarizou com a plataforma digital, passou a mesclar os canais. Hoje, antes de sair de casa para comprar um produto, pesquisa referências, preços e até a opinião de quem já adquiriu item semelhante. Toda a busca pode seguir ainda dentro da loja. Há quem efetue toda a transação on-line, mas prefere retirar o produto na loja. Hoje, três em cada quatro consumidores em todo o mundo desejam que os atuais processos desconectados de compra entre os diferentes canais se convertam em uma experiência omnichannel unificada em um futuro próximo, de acordo com pesquisa patrocinada pela Manhattan Associates. Já um levantamento da Deloitte apontou que, em 2015, o digital influenciou US$ 1,7 trilhão das vendas off-line em todo o mundo. Apesar de o consumidor já ter deixado claro que quer consumir sem barreiras, no Brasil, ainda são poucas as empresas que atingiram o nível de maturidade em omnichannel como ocorre em mercados estrangeiros. “São ações que os consumidores muitas vezes esperam que aconteçam naturalmente, mas que, diante dos obstáculos de operação ou até mesmo por estratégia, os varejistas apresentam dificuldades em oferecer para os consumidores”, avalia o diretor de TI da Avanti, Thiago Goulart. Diversos fatores provocaram o atraso do Brasil quanto à integração de canais. De acordo com o


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TECNOLOGIA

vice-presidente de Consultoria da Cosin Consulting, Frederico Marquezini, o problema se iniciou quando empresas que atuam no País decidiram frear os investimentos devido à instabilidade econômica que atinge o Brasil há alguns anos. ”Outros assuntos passaram a dominar a pauta e o omnichannel avançou de maneira muito mais lenta do que as possibilidades de tecnologia e conhecimento. Foi uma escolha das empresas atuar nas atividades básicas ao invés de absorver esse novo conceito para dentro das operações”, avalia. Além de fatores econômicos, há uma falta de cultura voltada ao omnichannel. A separação entre canal físico e on-line ainda é muito forte dentro das empresas brasileiras, quando, na realidade, não há mais canal de venda. A experiência do consumidor é fluida. Pode começar no Instagram e terminar na loja física. “O relacionamento não é com o canal, mas sim com a marca, independentemente do canal. O principal entrave está justamente em conseguir mudar a cultura existente nas empresas brasileiras. Na China, por exemplo, não existe este tipo de legado. A cultura já nasceu digital”, compara Tavares. Pela falta de compreensão da necessidade de integrar os canais, há ainda muitas dúvidas por parte das empresas que pensam em fazer multicanalidade, principalmente no setor de logística, quanto à definição de compartilhamento de estoque e de centros de distribuição. “Ainda na questão de logística, outro problema conhecido no Brasil aparece: os impostos regionais e seus impactos na precificação final para o consumidor”, acrescenta Goulart.

EXEMPLOS NACIONAIS Ainda que existam barreiras para que a omnicanalidade se torne ampla realidade no varejo brasileiro, já existem iniciativas em vigor. É o caso da Drogaria Onofre, que inaugurou no último mês de 46

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setembro uma plataforma de e-commerce que promove uma integração mais completa entre os canais físico e virtual. Entre as novas funcionalidades, há a experiência de compra mais intuitiva, com a personalização de ofertas por perfil e visibilidade. O cliente também pode comprar e comparar ofertas, além de ter melhor acesso mobile e serviço de entrega expressa em São Paulo, capital. A implementação da nova plataforma tem o objetivo de melhorar a experiência de navegação do consumidor com a customização do mix de produtos, de acordo com o perfil de cada usuário. A Natura também inovou ao criar lojas on-line para seus consultores de vendas. Agora, além da opção de comprar diretamente do consultor físico, modelo também utilizado pela Avon e Eudora, o cliente pode fazer o pedido pela internet, com um consultor de sua região, e receber o produto em casa, direto da indústria. Como boa parte dos exemplos de omnichannel envolvem grandes empresas, a maioria dos pequenos empresários acredita que integrar canais de vendas exige alto investimento em complicadas estruturas. No entanto isso não é verdade. Iniciativas simples já são capazes de propor um contato diferenciado com o cliente. Sem custo algum, uma farmácia pode abrir uma conta no WhatsApp e abrir um novo canal de venda. Quando um lançamento de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) chegar à loja, é possível avisar a clientela pelo aplicativo. O cliente pode encomendar o produto pelo smartphone e retirá-lo na loja. Outra estratégia é usar o Instagram para postar fotos dos produtos e ofertas. O omnichannel é para todos. Existem soluções para empresas dos mais diferentes portes.


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ELEIÇÕES

Candidatos à presidência na mira PESQUISAS ELEITORAIS MOSTRAM QUE AS INTENÇÕES DE VOTO PARA PRESIDENTE ESTÃO PULVERIZADAS ENTRE DIVERSOS CANDIDATOS; ESPECIALISTAS DEFENDEM QUE, INDEPENDENTEMENTE DO VENCEDOR, MUDANÇAS PROFUNDAS PRECISAM OCORRER, MAS ELAS SERÃO DIFÍCEIS DE SER CONCRETIZADAS POR FLÁVIA CORBÓ

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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A vida do brasileiro não está fácil nada fácil às vésperas da eleição presidencial de 2018. São treze candidatos disputando a preferência do eleitor. É o maior número desde o fim da ditadura e redemocratização do País, em 1989. Às vésperas da data da votação – 7 de outubro – ainda não é possível prever nem que ideologia política o cidadão vai escolher. Candidatos de esquerda e direita disputam ponto a ponto uma posição melhor nas pesquisas eleitorais. Diante da indefinição, investidores e empresários agem com cautela e fazem a economia caminhar em ritmo vagaroso. Como se tamanha incerteza já não fosse suficiente, situações atípicas tornaram o cenário pré-eleitoral ainda mais confuso. O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o último mês de maio na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde cumpre pena de 12 anos por corrupção e lavagem de dinheiro, tentou em diversas instâncias tornar o registro da candidatura válido. Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, decidiram, no dia 1 de setembro, rejeitar a candidatura e deram, então, dez dias para o PT substituir o candidato. O partido tentou reverter a decisão até o prazo máximo. Apenas às 18h17 do dia 11 de setembro os advogados representantes dos petistas registraram Fernando Haddad como o substituto do ex-presidente na corrida eleitoral. Nesse intervalo de tempo, outro episódio inesperado marcou a disputa pela presidência. No dia 6 de setembro, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), enquanto era carregado por correligionários. O presidenciável precisou passar por duas cirurgias para aplacar os danos causados pelo ferimento e, até o fechamento desta edição, seguia internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Toda essa confusão no cenário político é refletida nos números das principais pesquisas eleitorais do País. No Datafolha, Bolsonaro aparece na liderança isolada no 1º turno, com o dobro de intenções de voto do adversário mais próximo, enquanto os quatro principais concorrentes estão embolados na disputa pelo 2º lugar.

COMO SALVAR O PAÍS Independentemente da ideologia política que prevalecer nas urnas ao fim das eleições presidenciais de 2018, o candidato eleito precisa mexer em estruturas profundas para tirar o País desse período de dificuldades

econômicas. É o que garante o economista e empresário de inovação, Octávio de Barros, que atuou por 14 anos em cargos executivos no Bradesco. “O Brasil precisa de reformas no Congresso, precisa de reforma na Previdência, se não seguirá à beira da ribanceira. Caso não haja reformas duras, vai ser difícil”, alerta. O próprio governo precisa reavaliar algumas práticas a fim de reequilibrar as contas. Hoje, 70% do orçamento da União é utilizado para pagar os salários da máquina pública, segundo Barros. “Sem ajuste fiscal, o País não tem solução, por isso são necessárias mudanças constitucionais. Temos o maior gasto com previdência de funcionalismo público do mundo”, complementa. No setor privado, é hora de encontrar maneiras de aumentar a produtividade das empresas, hoje muito abaixo da média mundial. De acordo com Barros, um brasileiro produz somente 17% do que um americano em função semelhante. Esse é um dos fatores que fazem com que o País, desde 1980 – quase quarenta anos – tenha crescido 2,3%, em média. Toda essa falta de estrutura, desajustes fiscais e desequilíbrios políticos têm reflexo direto na qualidade da saúde no Brasil. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data revelou que 70% dos brasileiros temem que a situação da saúde pública fique ainda pior nos próximos anos. Apesar dessa preocupação da população, o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo, acredita que a saúde está sendo pouco debatida na campanha eleitoral. “Até o momento, muito pouca coisa foi falada. E quando se fala, é muito superficial. Não há um aprofundamento do debate para a gente entender o que os candidatos pretendem, se é que eles já têm um plano de governo nessa área”. Para Bernardo, existem alguns pontos-chave que deveriam estar presentes nas pautas dos candidatos, como prevenção e diagnóstico. “É preciso olhar os programas preventivos já existentes no País. Temos bons exemplos, como a campanha contra o tabaco, que teve muito sucesso. Os planos de saúde também deveriam trabalhar para evitar as doenças e não só se preocupar em como vão pagar os gastos. Quanto a melhorar o diagnóstico, não significa fazer uma centena de exames descontroladamente. É fazer diagnósticos mais precisos para que as doenças sejam pegas no início e mais facilmente tratadas, com custos menores e resultados melhores.” 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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Outro tema que os especialistas em saúde julgam ser essencial é a criação de um prontuário eletrônico unificado. “É um gargalo que nós temos. Se uma pessoa vai ao Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo e depois precisa ir em Ribeirão Preto (SP) ou em Salvador (BA), o médico irá saber como ele está sendo tratado e como deve dar continuidade ao tratamento. O Brasil já gastou alguns milhões tentando implementar o cartão do SUS e o prontuário eletrônico, mas até agora isso não saiu. Precisamos de alguém que faça uma gestão eficiente”, afirma o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Todas essas medidas só poderão ser implementadas quando os custos da saúde forem vistos como investimento, e não como despesa. “Enquanto não mudarmos esse olhar, teremos problemas sérios na gestão da saúde. O futuro governante precisa entender que se ele investir em melhor qualidade de vida, melhor alimentação e medicamentos preventivos, teremos um gasto com saúde muito menor, porque não estaremos curando pessoas, e sim evitando que elas adoeçam. Isso não vemos de forma clara em nenhum dos planos de governo”, diz Mussolini.

PERFIL DOS PRESIDENCIÁVEIS Para votar de forma consciente, é preciso conhecer o perfil dos candidatos. Investigar o histórico pessoal, profissional e político deles pode ser um bom começo. Com base em informações oficiais divulgadas pelos partidos, o Guia da Farmácia apresenta dados que ajudam a entender quem são os principais candidatos à presidência em 2018.

JAIR BOLSONARO (PSL) Nascido em Campinas (SP), Jair Bolsonaro é militar da reserva e deputado federal. Está no sétimo mandato na Câmara dos Deputados, eleito pelo Partido Progressista. Foi o deputado mais votado do Estado do Rio de Janeiro nas eleições gerais de 2014, com 464.565 votos. Nesta sessão legislativa, Bolsonaro é titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e suplente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. É conhecido por suas posições em defesa da família de configuração tradicional, da soberania nacional, do direito à propriedade e da livre iniciativa. Suas bandeiras políticas são fortemente combatidas pelos partidos de ideologia esquerdista. 50

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Apresenta-se contra a erotização infantil nas escolas e defende um maior rigor disciplinar nesses estabelecimentos. Apoia a redução da maioridade penal, o armamento do cidadão comum e se declara guiado pelos valores cristãos. Foi idealizador do voto impresso. Principais promessas: se compromete a reduzir o número de ministérios e ter apenas agentes na área econômica: o Banco Central e o chamado Ministério da Economia, que concentraria as funções dos atuais Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Quer reduzir o volume da dívida pública em 20% com privatizações e redução da carga tributária. Propõe a criação de uma carteira de trabalho “verde e amarela”, alternativa à já existente, em que os contratos individuais prevalecerão sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Área da saúde: afirma que o Prontuário Eletrônico Nacional Interligado será o pilar de uma saúde na base informatizada. Os postos, ambulatórios e hospitais devem ser informatizados com todos os dados do atendimento, além de registrar o grau de satisfação do paciente ou do responsável. Os agentes comunitários de saúde serão treinados para se tornarem técnicos de saúde preventiva para auxiliar no controle de doenças frequentes. Profissionais de educação física serão incluídos no Programa Saúde da Família com o objetivo de ativar as academias ao ar livre como meio de combater o sedentarismo e a obesidade.


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CIRO GOMES (PDT) Nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo (SP); filho de professores. Aos quatro anos de idade, mudou-se com a família para Sobral (CE). Já na juventude, passou em primeiro lugar no vestibular, participou do movimento estudantil, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e tornou-se professor universitário. Aos 24 anos, ingressou na vida pública, elegendo-se deputado estadual no Ceará, em 1982 – quatro anos depois, foi reeleito. Em 1988, com apenas 31 anos, foi eleito prefeito de Fortaleza (CE), o mais jovem da história da capital cearense. Dois anos depois, se candidatou a governador e foi eleito – mais uma vez o mais jovem a ocupar tal posto no País. Em 1994, foi convocado pelo então presidente Itamar Franco a assumir o Ministério da Fazenda. Entre outras medidas, criou a lei que garante aos trabalhadores a

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participação nos lucros das empresas. Após deixar o cargo, foi estudar nos Estados Unidos como pesquisador-visitante da escola de Direito de Harvard. Na volta, candidatou-se duas vezes à presidente, em 1998 e em 2002, quando no segundo turno apoiou Lula contra Serra. Em 2003, assumiu o Ministério da Integração. Em 2006, foi o deputado federal mais votado do Brasil, proporcionalmente, com 667.830 votos. Foi relator do projeto de lei, aprovado em 2008, para reduzir a burocracia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e evitar condutas econômicas que possam prejudicar o consumidor. Foi indicado por três vezes consecutivas pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos “100 cabeças do Congresso”. Comandou a Secretaria de Saúde do Ceará de setembro de 2013 a dezembro de 2014, a convite do governador Cid Gomes. Também atuou na iniciativa privada


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como presidente da Transnordestina S/A e foi um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), entre 2015 e 2016. Principais promessas: crescimento econômico de 5% ao ano, por meio de ajuste fiscal e tributário, reforma da Previdência e redução das despesas com juros. Afirma que irá tributar proporcionalmente os mais ricos e investir em políticas sociais. Defende uma retomada do protagonismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na concessão de crédito. Promete reestatizar todos os campos de petróleo cedidos a empresas estrangeiras. O Banco Central terá, além da meta de inflação, uma meta para a taxa de desemprego. Área da saúde: se compromete a aprimorar a organização, supervisão, avaliação e controle do sistema de saúde, eliminando também, como na Educação, o subfinanciamento causado pela Emenda do Teto de Gastos. Outro ponto a ser trabalhado é a redução da espera para os atendimentos ambulatoriais, consultas especializadas e para a realização de exames, bem como a diminuição da espera para as cirurgias eletivas. “Para isso, é necessário investir na rede de atendimento, nas campanhas de prevenção e de vacinação, na formação de médicos generalistas, na melhoria dos sistemas de informação, na coordenação entre as diversas esferas de atendimento, incluindo o pacto federativo, e na premiação do bom desempenho.”

MARINA SILVA (REDE) Nasceu em 8 de fevereiro de 1958 em uma pequena comunidade de Rio Branco, no Acre (AC). Foi alfabetizada aos 16 anos e graduou-se em História pela Universidade Federal do Acre. Posteriormente, a formação foi complementada com pós-graduações em Teoria Psicanalítica (Universidade de Brasília) e em Psicopedagogia (Universidade Católica de Brasília). Disputou o primeiro cargo público em 1986, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ficou entre os cinco mais votados, mas o partido não atingiu o quociente eleitoral mínimo exigido. Dois anos depois, elegeu-se como a vereadora mais votada de Rio Branco. Em janeiro de 1994, aos 35 anos, foi eleita a senadora mais jovem da história da República. Foi reeleita em 2002, com votação quase três vezes superior à anterior. Convocada para o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva trabalhou por políticas que defendiam maior participação e controle social, 54

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fortalecimento do sistema nacional de meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. Em 13 de maio de 2008, pediu demissão do ministério por conta das dificuldades que enfrentava dentro do governo. Um ano depois, deixou o PT alegando desacordo com uma “concepção do desenvolvimento centrada no crescimento material a qualquer custo”. Onze dias depois, anunciou sua filiação ao Partido Verde (PV) e se candidatou à Presidência da República pelo partido, em 2010. Três anos depois anunciou uma aliança com o então governador de Pernambuco (PE), Eduardo Campos, pré-candidato à presidente pelo PSB. Com o falecimento do candidato em um acidente aéreo, a Executiva Nacional do partido confirma Marina Silva como candidata à Presidência da República. Em 2015, após a permissão do registro da Rede Sustentabilidade, Marina decidiu concorrer ao cargo pela terceira vez. Principais promessas: defende a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central, o superávit primário, o câmbio flutuante e o regime de metas para a inflação. Garante que não vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A criação de empregos será o


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foco central de suas políticas econômicas e sociais. Para isso, diz que promoverá a diminuição dos custos de contratação do trabalho formal. Propõe medidas de planejamento e inteligência contra o crime organizado, como integração entre esferas de governo para combate ao tráfico de drogas, armas e pessoas, e o controle de armas. Área da saúde: propõe uma gestão integrada, participativa e verdadeiramente nacional. Para tanto, quer dividir o País em cerca de 400 regiões de saúde. Representantes eleitos pela população dos municípios da região terão mandatos para participar da gestão, junto à União, estados e municípios. A adoção de novas tecnologias irá modernizar os serviços, como o agendamento de consultas por meio eletrônico e a criação de uma base única de dados do paciente, com o objetivo de estabelecer um prontuário eletrônico que permita o acompanhamento integrado por diferentes profissionais da saúde.

GERALDO ALCKMIN (PSDB) Nasceu em Pindamonhangaba, no Estado de São Paulo (SP). Formado em Medicina pela Universidade de Taubaté (SP), disputou o cargo de vereador em 1972 e foi eleito aos 19 anos de idade. Depois de quatro anos, tornou-se prefeito da cidade natal. Em 1982, se elegeu deputado estadual. Quatro anos depois, chegou à Câmara dos Deputados. No mesmo ano, ajudou a fundar o PSDB e, em 1990, foi reeleito deputado federal. Em 1995, começou a trajetória no governo de São Paulo como vice de Mário Covas. A parceria se repetiu na eleição seguinte e a dupla foi reeleita em 1998. Covas faleceu em 2001 e Alckmin completou o mandato. Foi eleito governador em 2002. Em 2006, Alckmin foi escolhido como o candidato do PSDB na eleição presidencial, mas acabou derrotado por Lula no segundo turno. Passou por um período de estudos na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e, ao retornar, foi convidado pelo então governador do Estado de São Paulo, José Serra, a assumir o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento. Deixou a secretaria em 1º de abril de 2010 para concorrer ao governo do estado. Foi eleito e reeleito governador pelos paulistas ainda no primeiro turno. Agora, se apresenta novamente como candidato à presidente do Brasil. Principais promessas: o plano de governo foi construído com prazos determinados, como crescer 50 pontos no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em oito anos, garantir que todas as crianças estejam plenamente 56

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alfabetizadas até 2027 e eliminar o déficit público em dois anos. Outra proposta é reduzir a taxa de homicídios para, pelo menos, 20/100 mil habitantes. A reforma política deve envolver redução no número de partidos e na quantidade de ministérios. A privatização de empresas estatais, a criação de um sistema único de aposentadoria e o aprimoramento do Programa Bolsa Família são outras promessas. Área da saúde: promete dar prioridade à primeira infância, com a integração de programas sociais, de saúde e educação, do período pré-natal até os seis anos de idade. A digitalização de dados, a implantação de um cadastro único para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e a criação de um prontuário eletrônico com o histórico médico de cada paciente são as sugestões para melhorar a qualidade do atendimento na saúde. A ampliação do Programa Saúde da Família e a criação de um programa de credenciamento de ambulatórios e hospitais “amigos do idoso” são outras metas.

FERNANDO HADDAD (PT) Nasceu na capital paulista e formou-se bacharel em Direito na Universidade de São Paulo (USP) em 1985, onde se especializou em Direito Civil. Mestre em Economia e doutor em Filosofia também pela USP, Haddad foi professor de Teoria Política Contemporânea da universidade.


Entrou para a vida política ainda em seus tempos de faculdade, quando se filiou ao PT, em 1983. Chegou a trabalhar como analista de investimento no banco Unibanco, mas em 2001, quando Marta Suplicy assumiu a prefeitura de São Paulo, se tornou subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da cidade. Dois anos mais tarde, foi para Brasília trabalhar como assessor especial do Ministério do Planejamento e Finanças na gestão Guido Mantega (2003-2004). Enquanto estava no cargo, foi convidado por Tarso Genro, então ministro da Educação, para ser secretário-executivo. Em 2005, Genro deixou o ministério para comandar a presidência do PT e Haddad assumiu o ministério. No governo Dilma, manteve-se no cargo, deixando de ocupá-lo em novembro de 2011, quando foi lançado candidato pelo PT na corrida municipal em São Paulo. Foi eleito prefeito do município de São Paulo, vencendo no segundo turno o candidato José Serra. Concorreu à reeleição como prefeito de São Paulo, mas foi derrotado no primeiro turno da eleição pelo candidato João Dória Júnior, do PSDB. No dia 11 de setembro de 2018, o PT oficializou a candidatura de Haddad à Presidência da República, substituindo o ex-presidente Lula, cuja candidatura foi indeferida pelo TSE no dia 31 de agosto. Principais promessas: promete revogar algumas medidas implementadas durante o governo Temer, como a Emenda do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e reforma do ensino médio, além de “conter a privatização”. Haddad também se posiciona contra a reforma do sistema previdenciário proposta pelo atual governo. Garante ser possível reverter o déficit da Previdência com a “retomada da criação de empregos, da formalização de todas as atividades econômicas e da ampliação da capacidade de arrecadação, assim como do combate à sonegação”. Haddad propõe ainda um novo estatuto do trabalho, câmbio menos volátil, redução dos juros, ampliação do crédito e uma reforma tributária. O candidato propõe também uma reforma do Poder Judiciário, incluindo mudanças como o fim do auxílio-moradia e a redução do período de férias de 60 para 30 dias. Área da saúde: propõe a meta de chegar à proporção de investimento de 6% do Produto Interno Brito (PIB) e criar a rede de Clínicas de Especialidades Médicas, em todas as regiões de saúde, que articularão a atenção básica com cuidados especializados para atender à demanda de consultas, exames e cirurgias de média complexidade. Garante que programas como o Mais Médicos, Saúde da Família, SAMU e Farmácia Popular terão novamente todo apoio da União. 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ABASTECIMENTO

A união faz a força PARA QUE UM PRODUTO ESTEJA SEMPRE DISPONÍVEL AO CONSUMIDOR NO MOMENTO EM QUE ELE VISITA A FARMÁCIA, É PRECISO QUE TODOS OS ELOS DA CADEIA TRABALHEM EM CONJUNTO

Q

POR FLÁVIA CORBÓ

Quando um cliente entra em uma farmácia, retira um produto da gôndola e efetua a compra, o processo parece simples e rápido. No entanto um longo caminho foi percorrido até que aquele item chegasse à prateleira da loja. Esse trajeto e os players envolvidos nele formam a chamada cadeia de suprimento. No setor farmacêutico, esse processo tem início na indústria, responsável por

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produzir os milhares de SKUs (sigla em inglês para Stock Keeping Unit ; em português, Unidades de Controle de Estoque) disponíveis nas farmácias, que englobam desde medicamentos, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) até correlatos, conveniência e bomboniere. Uma vez que os produtos estão finalizados e prontos para ser comercializados, as indústrias entregam as mercadorias nos Centros de Distribuição (CDs) IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ABASTECIMENTO

das grandes redes de farmácias, situados em regiões estratégicas do País. Ou, quando se trata de redes independentes e associativistas, enviam os produtos para distribuidoras, que têm maior alcance em cidades fora dos grandes centros urbanos. As distribuidoras recebem esses itens, armazenam e organizam os pedidos de compra feitos pelas farmácias. Para que a mercadoria chegue, enfim, ao ponto de venda (PDV), mais um elo da cadeia é acionado: as transportadoras. São elas que enfrentam os desafios de uma malha viária sucateada para atender às demandas de cada umas das 77 mil farmácias do País. Ao final do transporte, o sortimento é entregue às lojas para ficar à disposição do consumidor. “Há ainda diversas variações nessa cadeia, com indústrias farmacêuticas comercializando diretamente para farmácias e redes hospitalares, assim como distribuidor voltado para um determinado nicho de clientes, entre outras variações”, complementa o gerente de marketing da Emefarma Rio, filiado à Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Guilherme Britto. Para que esse processo ocorra com sucesso, toda a engrenagem da cadeia de abastecimento precisa estar azeitada. Não se trata apenas do repasse de mercadorias, mas também da troca de dados entre as partes envolvidas. Quando há ruídos nessa comunicação, todos saem perdendo. E o primeiro a sentir os efeitos desse desencaixe é o consumidor, quando vai a uma loja e não encontra o produto que está buscando. Toda ruptura é fruto de uma falha na relação entre os elos da cadeia de abastecimento. Muitas vezes, o varejo deixa de fazer o pedido de reposição da mercadoria dentro do tempo necessário para reposição. Em outras ocasiões, a distribuidora atrasa a entrega porque não tem o produto solicitado em estoque e precisa acionar a indústria, que, por sua vez, trabalha com um volume muito grande de SKUs e, consequentemente, tem um ritmo mais lento de entrega. “O grande desafio é garantir que o consumidor final consiga os produtos no momento e no local desejados e pelo preço que esteja disposto a pagar. Para isso, todos os elos da cadeia de suprimento devem investir seus esforços na agilidade dos 60

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processos, na disponibilidade de produtos e no relacionamento com os clientes”, pontua Britto.

SOLUÇÕES EXISTENTES As causas das rupturas podem ser variadas, mas a solução é sempre a mesma: tecnologia. Softwares e sistemas se fazem necessários porque o ritmo de reposição das farmácias é muito rápido. “Existe um número muito grande de SKUs e, muitas delas, com custo muito elevado. Não dá para o varejista colocar um estoque excessivo dentro de uma farmácia. Seria um custo muito alto. Então, é preciso ter um controle bastante apurado do que se tem na loja. Se houver comunicação falha com os elos da cadeia, a farmácia terá problemas sérios de ruptura ou de excesso de estoque”, afirma o diretor do segmento de farma da Linx, Rogério Vieira. Fazer o controle de giro e venda na ponta do lápis não é seguro, tampouco eficaz, ainda mais com o avanço agressivo das grandes redes. É preciso ser profissional e assertivo, por isso o indicado é contar com um sistema capaz de controlar quais itens estão em loja, quais foram vendidos e quais precisam ser repostos. Quando é identificada a necessidade de reposição, o sistema automaticamente gera uma solicitação e, por meio de interligações com as distribuidoras, emite um pedido eletrônico. “Não é preciso nem sequer fazer uma ligação telefônica ou outro tipo de contato informal, o que pode dar margem a erros ou a problemas de comunicação. Tudo é feito via pedido eletrônico direto para uma distribuidora, que vai fazer a coleta dos produtos solicitados e enviar para uma transportadora”, resume Vieira. Para que essa conversa ocorra não é necessário que varejo e distribuidora tenham o mesmo software. Os sistemas de gestão de estoque disponíveis no mercado são formatados para se integrar com o WMS (sigla em inglês para Warehouse Management System; em português, Sistema de Gerenciamento de Armazém) que as distribuidoras possuem. A relação entre os elos da cadeia segue firme até o momento da entrega do produto, quando o software da farmácia faz uma conferência dos itens descritos na nota fiscal e os compara com o pedido feito. “Muitas vezes, por uma falha logística no elo da distribuidora, o pedido chega com falta de


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ABASTECIMENTO

ETAPAS DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DO CANAL FARMA • Indústrias produzem milhares de produtos, entre medicamentos, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), correlatos, conveniência, bomboniere, entre outros.

• Quando os produtos estão finalizados, as indústrias entregam as mercadorias nos Centros de Distribuição (CDs) das grandes redes de farmácia. Ou

• As distribuidoras recebem os produtos, armazenam e organizam os pedidos de compra.

• Mercadoria embalada e separada, as transportadoras são acionadas para levar os produtos ao destino final.

• As farmácias recebem as entregas via transportadora e repõem os itens na loja.

Fonte: Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan)

produtos ou com algum item que não tinha sido solicitado. Se tiver algum erro, o sistema vai identificar e será possível fazer uma devolução à distribuidora logo no momento do recebimento da mercadoria”, comenta. Todo esse controle e acompanhamento ao longo da cadeia trazem muitos ganhos na velocidade de reposição, pois apontam exatamente o que o varejo precisa e dentro de qual prazo. Desta maneira, os níveis de ruptura caem muito, o que é fundamental em um setor tão competitivo, em que lojas próximas disputam a mesma clientela. “Geralmente, no setor de farmácia, se o cliente não encontra a cesta completa, ele não compra nada e vai buscar 62

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em outro PDV. Por conta de uma ou duas rupturas, perde-se uma venda toda. Por isso utilizar métodos precisos de cálculo de reposição é muito importante”, assegura Vieira.

RELAÇÃO COM A INDÚSTRIA Pouco adianta o varejo agilizar a reposição de mercadorias, se a indústria não tiver o produto solicitado para repor. A falta de comunicação entre os players faz com que esse cenário seja muito mais comum do que deveria. “Muitas vezes, um laboratório está com insumo de produto parado, esperando para ser fabricado, enquanto o varejo está sem reposição na loja. Parece estranho, mas isso ocorre


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ABASTECIMENTO

porque não há uma visibilidade clara da cadeia. Existe uma miopia, onde a indústria farmacêutica não conhece o giro ou a venda da farmácia”, destaca o vice-presidente de operações da Neogrid, Robson Munhoz. O universo de medicamentos e HPC envolve milhares de SKUs diferentes. Sem informação correta do que foi vendido na ponta, a indústria toca a produção no “achismo”, o que frequentemente provoca desencontros. O fabricante deixa de produzir o que o mercado necessita e o varejo deixa de vender porque não tinha o produto disponível na loja. O caminho para transformar esse perde-perde em ganha-ganha passa pelo uso da tecnologia, mas não é o suficiente. “Os recursos necessários existem há pelo menos 15 anos no Brasil. O que ainda falta neste setor é mudar a cultura do varejo, que prefere não compartilhar a visão de vendas e estoque com a indústria”, afirma Munhoz. De acordo com o executivo, a posição de guardar esses dados têm diferentes motivações, a depender do varejista. Algumas redes consideram estratégico segurar as informações para tentar negociar um preço melhor com a indústria. Outras possuem pouco controle sobre a movimentação e giro da mercadoria, não tendo condições de fornecer dados precisos. Esse vazio impede que a tecnologia exerça seu papel de facilitadora entre os elos da cadeia de sortimento. Os algoritmos modernos dos softwares só funcionam quando alimentados com informações. É a troca de dados que faz a reposição ocorrer de forma automática e mais rápida. A indústria produziria o produto correto na quantidade certa e o varejo evitaria rupturas. “Minha recomendação é de que os elos da cadeia sentem e comecem a promover uma discussão colaborativa. É preciso debater como é que, ao final do dia, eles irão atender melhor o consumidor que entra na farmácia”, defende Munhoz. Outros segmentos da economia já têm esse comportamento colaborativo há muito tempo, como o canal alimentar e os home centers, e os ganhos foram bastante significativos. Para o varejista farmacêutico que ainda desconfia dos benefícios de abrir os dados de venda aos fornecedores, Munhoz faz uma sugestão: fazer um piloto em um ambiente controlado. “Não precisa 64

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AS DISTRIBUIDORAS RECEBEM OS ITENS, ARMAZENAM E ORGANIZAM OS PEDIDOS DE COMPRA FEITOS PELAS FARMÁCIAS. PARA QUE A MERCADORIA CHEGUE AO PONTO DE VENDA (PDV), MAIS UM ELO DA CADEIA É ACIONADO: AS TRANSPORTADORAS. SÃO ELAS QUE ENFRENTAM OS DESAFIOS DE UMA MALHA VIÁRIA SUCATEADA PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DE CADA UMAS DAS 77 MIL FARMÁCIAS DO PAÍS compartilhar a informação com todos os fornecedores e em todas as categorias. Comece com a área de perfumaria, que é menos sensível do que o setor de medicamentos, e escolha alguns fornecedores-chave para testar o modelo. Avalie o retorno sobre esses investimentos e você verá certamente que é possível trabalhar de maneira colaborativa”, aposta. E o convite é extensivo a qualquer tamanho de varejo, pois os softwares de gestão são hoje uma ferramenta democrática e acessível. Uma mesma provedora de sistemas atua tanto com grandes redes como com proprietários de uma única loja. “Hoje, como pessoas físicas, temos acesso a tecnologias de forma muito barata. Não é diferente no mundo corporativo. Quando utilizadas de forma correta, as tecnologias trazem ganhos muito superiores ao que elas valem. É um investimento, não um custo”, afirma Munhoz, que ainda garante que os softwares de gestão de estoque atuais são fáceis de operar. “São relatórios que podem ser emitidos diariamente, ou na frequência que o varejista desejar, que mostram os produtos que mais vendem, o giro de reposição e os itens em estoque.”


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IMUNIDADE

Sempre alerta UMA VERDADEIRA BARREIRA DE COMBATE ÀS AGRESSÕES EXTERNAS. ASSIM É A CAPACIDADE QUE UM ORGANISMO VIVO TEM DE SE PROTEGER, PRINCIPALMENTE, CONTRA AS DOENÇAS

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POR ADRIANA BRUNO

Quem nunca ficou resfriado e ouviu: “você deve estar com a imunidade baixa”. A frase pode ser atribuída a uma série de doenças corriqueiras e até mesmo a situações mais sérias. Mas o que ela realmente quer dizer? Antes de tudo, é preciso esclarecer que as pessoas já nascem com a imunidade pronta ou inata. Essa é a primeira barreira que o ser humano possui contra as agressões ao organismo e é representada pelas barreiras físicas, químicas e biológicas. “Esta imunidade se forma por meio de células especializadas e moléculas solúveis presentes em to-

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dos os indivíduos, independentemente de contato prévio com imunógenos ou agentes agressores”, explica a hematologista do Hospital Moriah, Dra. Regina Biasoli. Segundo ela, o sistema imunológico é formado pelas células de defesa e por barreiras físicas no corpo, como a pele e a acidez do estômago, que atuam evitando a entrada de microrganismos ou combatendo infecções quando o organismo fica doente. A imunidade é a principal função do sistema imunológico, oferecendo defesa e tornando o indivíduo imune a agentes infecciosos ou nocivos. Como já se sabe, boa parte dela se forma desde a vida intrauterina, mas IMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ESPECIAL SAÚDE

IMUNIDADE

se aperfeiçoa nos primeiros anos de vida. “Nosso sistema fica totalmente pronto aos dez anos de idade e depois dos 50 anos pode piorar, em um processo denominado imunossenescência”, explica a imunologista e membro do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dra. Ana Paula Moschione Castro. Ela reforça ainda que, quando alguém fala em imunidade baixa, é preciso esclarecer esse conceito, já que esse esquema de defesa é muito complexo. “Defeitos neste sistema podem ocasionar doenças que, às vezes, são muito graves, mas no dia a dia ele funciona bem. Entretanto há momentos na vida, como desnutrição, estresse, infecções ou uso de medicamentos, que são prejudiciais e deixam o organismo mais suscetível ao surgimento de patologias”, diz. Para ela, as doenças imunológicas podem ser medidas através de exames, mas esta queda ou disfunção é mais difícil de avaliar. A Dra. Ana Paula conta que a imunidade pode variar de pessoa para pessoa. “O indivíduo não tem um defeito no sistema imunológico, mas pode estar com a imunidade um pouco comprometida e isso depende da idade ou se há alguma doença associada, como, por exemplo, diabetes, problemas renais e desnutri-

ALIMENTOS BONS PARA A IMUNIDADE Ricos em: • Vitamina C: morango, laranja, acerola, goiaba; • Vitamina A: óleo de peixe, cenoura, abóbora, entre outros; • Vitamina E: sementes de girassol, germe de trigo, amendoim, avelãs; • Zinco: leguminosas como feijão, grão de bico, lentilha; • Selênio: castanha do Pará, arroz, frango, farinha de trigo; • Magnésio: beterraba, banana, uva, aveia, abacate. Além desses, o uso de própolis, gengibre, pimenta, cebola e alho, por exemplo, também é indicado para melhorar a resposta imunológica do organismo. Fonte: nutricionista Elizabeth Panisset

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SUPLEMENTAÇÃO PODE SE FAZER NECESSÁRIA O uso de suplementos alimentares e vitamínicos só é necessário quando a dieta alimentar não é suficiente para que o indivíduo atinja as necessidades diárias de nutrientes. Um exemplo é quando há falta de elementos que possam comprometer a imunidade, como deficiência de vitamina D, ferro e zinco. Outro fator que contribui para uma boa imunidade é ter uma boa microbiota. “É importante ter uma boa flora intestinal, que auxilia para que o sistema imunológico se mantenha mais estável e equilibrado e não facilite infecções”, diz a Dra. Ana Paula.

ção. Tudo isso pode comprometer a imunidade como um todo”, esclarece. Vale ainda dizer que a baixa imunidade representa uma diminuição das defesas do organismo contra parasitas como vírus, bactérias e fungos, que acabam causando doenças frequentes. “Algumas diminuem naturalmente a imunidade do organismo, como AIDS, lúpus, câncer, anemia, obesidade, desnutrição e alcoolismo. Não há um exame específico para detectar a baixa imunidade, mas alguns sinais são bem importantes, como infecções recorrentes, febre constante e interpretação, em conjunto, de exames indiretos de rotina, que junto com o exame físico médico podem levar a esta conclusão”, alerta a Dra. Regina. Ela relata alguns sinais de que algo pode não estar bem com a imunidade do indivíduo. “Mais de duas pneumonias em um ano, estomatites de repetição ou monilíase recorrente por mais de dois meses, oito ou mais otites no período de um ano, abscessos de repetição, já ter tido infecção grave como septicemia ou meningite, infecções intestinais de repetição etc.”, fala.


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ESPECIAL SAÚDE

IMUNIDADE

Não há como mensurar o número de pessoas que possam apresentar problemas com imunidade. Segundo a Dra. Ana Paula, o que se sabe é que uma para cada 800 pessoas pode ter algum problema. “Mas existem, por exemplo, as doenças alérgicas que são muito frequentes e que também estão relacionadas à imunidade, uma interpretação inadequada do sistema imunológico”, diz.

DIFERENCIE PELA GRAVIDADE O que pode provocar queda na imunidade? • Doenças crônicas; • Carência de vitaminas; • Pouco repouso; • Abuso de medicamentos; • Alcoolismo; • Medicamentos corticoides; • Imunossupressores. Sintomas da imunidade baixa • Cansaço excessivo; • Febre e calafrios frequentes; • Náuseas e vômitos; • Diarreia; • Doenças simples que ficam graves, como gripes que duram semanas; • Otites; • Herpes na região genital; • Herpes labial; • Estomatite; • Amigdalite. Fonte: hematologista do Hospital Moriah, Dra. Regina Biasoli

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ESTABILIDADE É A CHAVE Estar com a imunidade “em dia” significa ter um sistema estável. A Dra. Ana Paula esclarece que não existe o conceito imunidade alta. “Existem doenças autoimunes, que são uma desregulação. O sistema de defesa se atrapalha e começa a atacar o organismo. Isso não é imunidade alta, se chama autoimunidade”, explica. Segundo a médica, para manter a imunidade estável é preciso ter uma boa alimentação, hábitos de vida saudáveis, praticar atividade física moderada, evitar o tabagismo e o uso de drogas. “Tudo isso ajuda a manter a imunidade estável e evita a suscetibilidade de mais infecções”, diz. Popularmente usado para caracterizar que a pessoa tem boa defesa no organismo, o termo imunidade alta não deve ser usado do ponto de vista médico. “A interpretação técnica deste termo pode caracterizar uma forte reação imunológica do organismo, com formação exagerada de anticorpos, fugindo da normalidade. É bom ter imunidade equilibrada, nem de mais, nem de menos, para proteção adequada do organismo, para que o próprio sistema imune não vire um vilão e ‘ataque’ a própria pessoa”, orienta a Dra. Regina. E para ter o sistema imune regulado é preciso investir em bons hábitos. A nutricionista Elizabeth Panisset afirma que os nutrientes podem ter impacto sobre o sistema imune regulando diretamente a produção e a diferenciação de células de defesa. “Entre eles estão o ômega-3 e ômega-6. A regulação do sistema imunológico também pode sofrer interferência do excesso de alimentação ou do jejum prolongado, diminuindo assim a resposta imunológica”, comenta. Segundo ela, além da quantidade de energia que se ingere, a imunidade também sofre interferência do consumo de vitaminas e minerais. “A vitamina E tem importante papel sobre a manutenção da imunidade, protegendo o organismo dos danos causados pela produção de radicais livres. A vitamina C, igualmente antioxidante, tem propriedades anti-inflamatórias e bactericidas. A vitamina A também entra nesse grupo de antioxidantes que melhoram a imunidade”, explica. A nutricionista exemplifica: “entre os minerais, podemos citar o selênio, ferro, zinco e cobre, que são responsáveis pela manutenção da imunidade. Sua carência pode gerar imunossupressão. Os minerais funcionam como cofatores de enzimas que agem na resposta imunológica e na formação de células de defesa”, finaliza.


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TENDINITE

Para vencer a dor A TENDINITE É UMA DAS DOENÇAS DA VIDA MODERNA. CAUSADA PELA INFLAMAÇÃO DO TENDÃO, ATINGE PESSOAS EXPOSTAS A MOVIMENTOS REPETITIVOS. A BOA NOTÍCIA É QUE ELA PODE SER PREVENIDA E TRATADA

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POR ADRIANA BRUNO

Em um mundo cada dia mais digital, fica quase impossível imaginar a vida das pessoas – seja no seu meio profissional ou pessoal – longe de um computador ou smartphone. Horas e mais horas rotineiras e dedicadas a movimentos repetitivos como digitar, por exemplo, podem trazer consequências nada agradáveis para o corpo, especificamente para os tendões das mãos e punhos, aliás, consequência que tem nome:

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tendinite. Para entender melhor como ela surge é preciso saber que o tendão é uma estrutura fibrosa, como uma corda, que une o músculo ao osso. Quando essa estrutura é exposta a uma rotina de movimentos repetitivos ou de muita intensidade, ela pode inflamar, causando dor e até inchaço no local. Muito comum no ombro, cotovelo, punho, joelho e tornozelo, a tendinite pode ser aguda (história de dor recente – até 45 dias) ou crônica. “Geralmente, se maIMAGENS: SHUTTERSTOCK


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ESPECIAL SAÚDE

TENDINITE

nifesta pela presença de dor no local, que pode irradiar para toda a musculatura ao redor. A dor pode piorar com o movimento e resultar em diminuição da força. Quando persistente, pode causar atrofia da musculatura. Em muitos casos, há inchaço local e presença de calor e/ou vermelhidão”, explica o médico reumatologista e coordenador da Comissão de Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. José Eduardo Martinez. Ele ainda acrescenta que, como o tendão não é tão forte quanto o osso, nem tão elástico quanto o músculo, em caso de sobrecarga, é a estrutura que mais sofre. Abrangente, a tendinite pode acometer qualquer pessoa e suas causas costumam estar relacionadas, principalmente, a alguns fatores de risco, como falta de alongamento muscular; falta de condicionamento físico em geral; postura inadequada; movimentos repetitivos, principalmente no uso de computadores, tablets ou celulares; carregar peso excessivo; idade do paciente – com o passar dos anos, a circulação sanguínea para o tendão fica deficiente; estresse, pois ocasiona contratura muscular e fadiga, prejudicando os tendões; atividades esportivas em excesso ou com técnica/material inadequado; e doenças autoimunes. “Além de determinadas pessoas que têm predisposição genética e mesmo alterações constitucionais do colágeno, qualquer pessoa que execute movimentos repetitivos, seja em casa ou no trabalho, são as principais vítimas das lesões de partes moles”, comenta o Dr. Martinez.

MUITO COMUM NO OMBRO, COTOVELO, PUNHO, JOELHO E TORNOZELO, A TENDINITE PODE SER AGUDA (HISTÓRIA DE DOR RECENTE – ATÉ 45 DIAS) OU CRÔNICA. GERALMENTE, SE MANIFESTA PELA PRESENÇA DE DOR NO LOCAL, QUE PODE IRRADIAR PARA TODA A MUSCULATURA AO REDOR 74

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TIPOS E GRAUS DE TENDINITE Entesite: inflamação próxima da região de fixação óssea. Peritendinite: inflamação na região músculo-tendínea. Tenossinovite: inflamação da bainha sinovial (tecido que envolve o tendão para diminuir o atrito entre as estruturas envolvidas). Tendinite ossificante (calcária): cronificação da inflamação com depósito de cristal de hidroxiapatita. Grau 1: apresenta inflamação com sintomas clínicos dolorosos e leve restrição funcional de mobilidade. Grau 2: apresenta sintomas inflamatórios, inclusive em repouso, com limitação funcional e início do processo degenerativo crônico. Grau 3: ruptura do tendão com grande impacto na mobilidade. Fonte: fisioterapeuta, especialista em Osteopatia e doutor em Anatomia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Juliano Wada

Pacientes que sofreram traumas e entorses, além de pessoas que realizam trabalhos não ergonômicos, também engrossam a lista de risco para tendinite. “Não há dados transparentes de prevalência da doença na população brasileira, mas de acordo com dados obtidos pela Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, cerca de 30% a 40% de todos os atendimentos em ambulatórios e centros de dor se referem a afecções musculoesqueléticas, e as tendinites compõem esses dados”, comenta o fisioterapeuta, especialista em Osteopatia e doutor em Anatomia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Juliano Wada. Ele alerta para o fato de que a tendinite, quando não tratada, pode evoluir para casos mais graves, como uma tendinose (degeneração) associada a uma inflamação muito intensa que acomete a função, impossibilitando a realização de tarefas simples. “Em quadros mais severos, pode acarretar na ruptura completa do tendão”, diz.


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ESPECIAL SAÚDE

TENDINITE

TENDÃO SUPRAESPINHOSO

TENDÃO DO BÍCEPS COM INFLAMAÇÃOΜ

TENDÃO DO SUBESCAPULAR

os vícios posturais são algumas das ações de prevenção que podem e devem ser tomadas”, recomenda o ortopedista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. Fabiano Nunes. Para ele, essa revisão na rotina é fundamental para afastar os riscos do problema. Aliás, a atividade física frequente, com carga adequada, é uma recomendação de todos os especialistas ouvidos nessa reportagem. “É preciso ter cuidado caso a tendinite esteja associada a alguma patologia (reumática, metabólica). Nesse caso, é importante manter o acompanhamento do médico especializado, assim como nos casos de traumas e sobrecargas motoras específicas. Se o problema for de origem ocupacional, é importante a realização de mudanças no turno, na especificidade do trabalho e na ergonomia”, comenta o Dr. Wada.

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

No ombro, a tendinite torna-se mais comum em indivíduos com idade entre 40 e 50 anos. Isso porque, segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão (SBCM) e chefe do Serviço de Mão do Hospital do Coração (HCor), Dr. Marcelo Rosa de Rezende, ao longo da vida, os indivíduos estão expostos a microtraumas que desencadeiam esses processos inflamatórios. “O componente degenerativo deve ser levado em conta como um fator para o surgimento da tendinite, mas é importante não banalizar o diagnóstico, uma vez que a doença pode estar ligada a aspectos reumatológicos e não necessariamente a movimentos de repetição”, alerta o médico.

ANTES DE A INFLAMAÇÃO CHEGAR Uma vez classificado no grupo de risco para a doença, o indivíduo pode tomar uma série de precauções para evitar que um dia os sintomas apareçam. “Mudar a forma de trabalhar, alongar e fortalecer os músculos e tendões, corrigir a postura ou 76

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O tratamento da tendinite é dividido em medidas para aliviar a dor, atitudes para evitar que a dor volte e tratamento medicamentoso. Segundo o Dr. Wada, ele pode ser dividido de acordo com o grau da doença. “O tratamento para o grau 1 é conservador, com fisioterapia e fortalecimento. Para o grau 2, o tratamento conservador precisa estar associado ao uso de medicações (anti-inflamatórios e analgésico) prescritas pelo médico, e o grau 3 exige cirurgia”, afirma. Ele ainda acrescenta que a fisioterapia, além de ser parte do tratamento, também pode ser usada como prevenção. “Mas até o grau 2 a fisioterapia é imprescindível para a melhora clínica do paciente, inclusive nos casos pós-cirúrgicos causados pela ruptura total do tendão.” São diversas especialidades da fisioterapia que podem auxiliar no tratamento, como a traumato-ortopédica, fisioterapia manipulativa, cinesioterápica, do esporte, terapia manual, eletrotermofototerapia, hidroterapia e acupuntura. É importante se conscientizar de que o tratamento multidisciplinar é mais eficaz”, diz. Na fase aguda, pode ser necessário até mesmo restringir os movimentos da área afetada. “Além disso, o uso de anti-inflamatórios hormonais e não hormonais pode ser necessário, lembrando que ainda pode-se lançar mão de medidas como terapia ocupacional e fisioterapia. Em casos mais graves, como na ruptura do tendão, a cirurgia é parte do tratamento”, comenta o Dr. Rezende.


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MIX

Vendas turbinadas no verão A CHEGADA DA TEMPORADA TRAZ NOVA DEMANDA DOS CONSUMIDORES, QUE PEDEM POR PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ATRAVESSAR O PERÍODO COM A SAÚDE E A BELEZA GARANTIDAS POR KATHLEN RAMOS

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK


S

Sol, férias, passeios ao ar livre. Todas essas características do verão fazem com que os consumidores estejam mais dispostos a cuidar tanto da saúde quanto da beleza, aproveitando o máximo da estação. Para conquistar esses benefícios eles estão, inclusive, mais dispostos e suscetíveis às compras. “As vendas crescem no verão devido a diversos fatores, como 13º salário, festas de final de ano e à própria estação quente, época em que a consumidora gasta mais em produtos para os cabelos e pele, uma vez que eles ficam mais expostos às agressões do dia a dia”, aposta a gerente de comunicação das Marcas de Beleza da P&G Brasil, Lívia Canepari. Ponto favorável para as farmácias, que são destaque nas vendas de artigos para saúde e beleza. Mas para que o sucesso aconteça, os gestores das lojas precisam estar atentos a esse movimento e dar destaque nas gôndolas para as categorias com apelo sazonal. “O layout da farmácia não deve ser alterado, porque os clientes gostam de comprar em locais onde estão habituados e onde têm comodidade. Mas as pontas de gôndola, cestos ou caixas expositoras, e o checkout, precisam ser muito explorados com produtos da estação, bem sinalizados e, de preferência, com preços interessantes e ofertas atrativas, do tipo ‘leve três, pague dois’”, ensina a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. Aliás, em relação às ações promocionais, a indústria costuma ter uma ótima pesquisa e, geralmente, desenvolve combos de produtos que agradam aos clientes. Mas caso a farmácia queira criar algum kit próprio, os valores aplicados precisam ser desenvolvidos estrategicamente. “Em épocas de crise, os kits montados pela farmácia devem levar em conta muito mais o preço final do que o número de produtos”, sinaliza Silvia, acrescentando que, em relação ao sortimento que pode ser usado nessas ações, as opções são diversas. São exemplos sabonete + desodorante + bucha para banho; algodão + acetona + base + esmaltes + alicate e lixa para unhas; ou kits com protetor solar associado a repelentes; entre outros.

Junto com essas ações, a comunicação da farmácia deve ser igualmente trabalhada. “A loja pode optar por materiais promocionais como clip strips posicionados próximos às categorias relacionadas e com alta penetração, displays que se comuniquem com o shopper e até mesmo faixas de gôndola ou bandejas que chamem a atenção para a categoria/produto em questão”, sugere Lívia. Mas qual o momento ideal para começar a trabalhar a sazonalidade? Especialistas do setor indicam que os produtos de verão devem ser comprados antecipadamente, usando como base os dados do ano anterior obtidos no histórico de vendas da farmácia. “O ideal é começar a abastecer no final de setembro para suportar o pico da demanda de outubro a janeiro”, opina a gerente executiva.

HORA DA EXECUÇÃO Tão importante quanto o desenvolvimento de ações promocionais, que aumentam a visibilidade e a atratividade das categorias, estimulando, até mesmo, as compras por impulso, é a execução, que apoia o bom desempenho dos produtos no ponto de venda (PDV). “Algumas pesquisas de mercado têm mostrado que toda categoria na qual a P&G atua e investe na comunicação e no Gerenciamento por Categorias (GC) tem um crescimento efetivo. Esta é uma ferramenta que, quando bem aplicada, traz ganhos importantes para todo o varejo e, principalmente, para as farmácias, que acabam ‘ganhando’ o cliente pelo seu ambiente de compra”, constata Lívia. Durante o verão, as vendas de produtos como ampolas e tratamentos intensivos para cabelos, por exemplo, aumentam muito devido a uma maior visita às piscinas e praias. Assim, para atender a essa demanda e aumentar a venda, o GC pode ajudar a loja a posicionar esses produtos em um lugar estratégico da gôndola, através do planograma correto, conforme indica Livia. “Usando essa estratégia, a consumidora se lembrará de comprar a ampola/tratamento ao comprar o xampu e/ou condicionador. Esse lugar ideal para gerar a compra por impulso é um bloco vertical no centro da marca quando se pensa em tratamentos para cabelos”, exemplifica. 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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MIX

PRODUTOS DE DESTAQUE NO VERÃO SAÚDE DA FAMÍLIA: para montar a nécessaire de viagem, alguns medicamentos não podem faltar. Entre eles, os dirigidos para febres (antitérmicos), dores de cabeça (analgésicos), indisposição de estômago ou flatulência (antiácidos), prisão de ventre, náuseas, vômitos e diarreias decorrentes de quadros virais como resfriados e viroses intestinais. Muitos deles são Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), sendo liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ficar no autosserviço. SAÚDE DAS CRIANÇAS: se a viagem for feita com crianças, tornam-se essenciais itens como termômetro, colher medidora para preparar soro caseiro ou soro em pó, loção ou creme para picadas de inseto ou queimaduras de sol, líquido bactericida ou água oxigenada para limpeza de cortes e machucados, curativos adesivos para machucados, embalagens pequenas de compressas de gaze ou rolo de atadura de gaze, esparadrapo antialérgico ou fita microporo, tesoura afiada para cortar gaze ou esparadrapo, pinça para retirar ferrões ou farpas, soro fisiológico, solução nasal à base de cloreto de sódio e sem conservantes, protetor solar, repelente de insetos, seringa, conta-gotas, colher ou copinho com medição para administrar medicamentos para crianças e antialérgicos, para casos de picadas de insetos, por exemplo. BELEZA E CUIDADOS MASCULINOS: kits masculinos compostos de barbeadores ou aparelhos para barba e cremes, ou loções para o mesmo fim, além de desodorantes, gel para cabelo e protetores solares, são itens indispensáveis. É importante ainda dispor de preservativos, que também apresentam um acréscimo de vendas no período. BELEZA FEMININA: sabonetes, colônias, talcos, cremes hidratantes para o corpo e mãos, protetores solares, repelentes, xampus, cremes para cabelos, desodorantes e cremes depilatórios não podem faltar. Há ainda a possibilidade de montar kits com dermocosméticos e produtos para maquiagem. CUIDADOS ESPECÍFICOS: a procura por produtos de tratamento específico aumenta consideravelmente, o que direciona a maneira de as farmácias se organizarem para suprir a demanda por tais itens. São exemplos filtros solares à prova d’água, produtos para os cabelos com proteção solar, entre outros. Fontes: gerente de comunicação das Marcas de Beleza da P&G Brasil, Lívia Canepari; e consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso

As farmácias também podem optar por criar um espaço verão, sendo que o ideal é que seja executado um ponto extra/ilha em algum lugar da loja que tenha bastante visibilidade. “Para que a farmácia possa usufruir da sazonalidade do verão e aumentar o faturamento, é importante que, nesse ponto extra, não existam somente itens em promoção/promopacks, mas também inovações e lançamentos, para que ali seja um ponto da loja que ajude na recomposição da margem e não 82

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2018

somente um ponto de produtos baratos”, alerta Lívia, acrescentando que ações de cross merchandising podem complementar a exposição. “Dentro de Higiene & Beleza (H&B) existem algumas categorias que se adaptam muito bem a esse tipo de ação, como lenços umedecidos infantis na gôndola de fraldas, ampolas na gôndola de absorventes, lâminas femininas na gôndola de xampu ou absorventes etc. O ideal é sempre trabalhar com categorias relacionadas”, mostra.


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MIX

DICAS DE EXPOSIÇÃO E ÁRVORE DE DECISÃO PRESERVATIVOS1 Todas as farmácias têm um espaço dentro da loja onde ficam os preservativos, chamado de ponto natural, que geralmente está próximo aos produtos masculinos como desodorantes, cremes e lâminas de barbear. Neste local, é importante que todos os preservativos estejam organizados por marca, para fácil visibilidade ao shopper. A segunda dica é aumentar os pontos extras onde o consumidor possa ver os preservativos, como, por exemplo, a área feminina (próximos aos absorventes) e o checkout. A exposição no checkout evita roubos e facilita para o shopper, que fica inibido de comprar o produto.

TRATAMENTO CAPILAR (máscaras/cremes e sprays com proteção solar)3 Tratamentos para o cabelo costumam ser compras por impulso, por isso recomenda-se colocá-los entre o xampu e o condicionador para aumentar a visibilidade e a venda. Lojas que executaram a iniciativa cresceram 16% na categoria e 26% na linha de pós-xampus. Deve-se procurar posicionar os itens/marcas com uma sequência que passa dos itens de maior valor agregado (e menor giro) para os de menor valor agregado (e maior giro), a fim de estimular a venda dos que podem gerar mais retorno.

PROTETOR SOLAR CORPORAL4 Para ficar claro ao shopper, ao expor os itens de proteção solar é preciso separá-los por tipo de usuário e função do produto. Por isso o ideal é iniciar a exposição segmentando os itens infantis dos adultos, assim como os protetores faciais. Depois desse passo, segue-se organizando a categoria por blocos de marca, destacando as linhas de maior valor agregado (itens de proteção com bronzeamento e/ou com aplicadores diferenciados, como spray/aerossol, por exemplo). Por fim, agrupam-se os produtos por Fator de Proteção Solar (FPS), do maior para o menor, e seus respectivos tamanhos de embalagem. Ao seguir este padrão, consegue-se facilitar a identificação da missão de compra do shopper e gerar conhecimento/estimular a venda de itens diferenciados.

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2018

ÁRVORE DE DECISÃO2 1º. Marca 2º. Variante (mais finos, para adolescentes, para quem tem alergia ao látex, entre outros) 3º. Quantidade no pack 4º. Preço

ÁRVORE DE DECISÃO4 1º. Subcategoria (condicionadores, máscaras, séruns, entre outros) 2º. Marca 3º. Tipo (anticaspa, premium, performance, intermediário, básico) 4º. Variante 5º. Fragrância

ÁRVORE DE DECISÃO4 1º. Kids ou adulto 2º. Local de proteção 3º. Fator de Proteção Solar (FPS) 4º. Marca/tamanho/embalagem


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DICAS DE EXPOSIÇÃO E ÁRVORE DE DECISÃO MIX

PÓS-SOL5 A exposição da categoria de solar deve ser feita por marca, facilitando a identificação. Dentro de cada marca, agrupar os segmentos (facial, infantil, pós-sol, regular e bronzeadores). Dentro de cada segmento, a orientação é separar por aplicador e, por fim, devem ser expostos em ordem decrescente de Fator de Proteção Solar (FPS). Além disso, é importante dar destaque à categoria nos períodos pré-verão e verão.

HIDRATANTES4 Os hidratantes corporais são expostos na gôndola conforme as suas funções/diferenças. Inicialmente, a categoria deve ser segmentada entre os produtos específicos para alguma parte do corpo, como as versões para as mãos, pés ou cotovelos. Na sequência, aparecem os óleos, que também devem ser separados, já que têm um uso diferenciado. Por fim, os hidratantes tradicionais são expostos no final do fluxo. Em cada um destes segmentos devem ser montados os blocos de marca, dando destaque para os produtos de performance (anticelulite, prevenção de estrias etc.), os intensivos e, para finalizar, os itens tradicionais. Os últimos passos são a separação das fragrâncias e os tipos de embalagem.

DESODORANTES4 A primeira quebra na gôndola de desodorantes é entre os produtos masculinos e femininos. Em cada um destes blocos deve-se segmentar as marcas e separar os tipos de embalagem, a fim de destacar os itens de maior valor agregado. Por fim, a orientação é expor as fragrâncias, para facilitar a identificação nas gôndolas. O foco desta exposição é facilitar a identificação do item, já que o shopper geralmente costuma comprar não apenas para si, mas também para o marido/esposa e filhos.

ÁRVORE DE DECISÃO5 1º. Adulto ou infantil 2º. Proteção 3º. Pós-sol

ÁRVORE DE DECISÃO4 1º. Usuário 2º. Tipo (uso diário, hidratação intensiva, cuidado especial, partes específicas) 3º. Marca 4º. Tamanho da embalagem/fragrância

ÁRVORE DE DECISÃO6 1º. Usuário (homem ou mulher) 2º. Desodorante para o corpo ou para os pés 3º. Apresentação (spray, roll-on, stick /gel, creme e aerossol) 4º. Marcas 5º. Fragrâncias

ÁRVORE DE DECISÃO REPELENTES6 Uma dica para a exposição de repentes é alocá-los próximos à categoria de filtros solares, já que, em muitas ocasiões, são produtos complementares. Os produtos também podem ser organizados próximos a cremes e loções hidratantes. Entretanto é importante que estejam sempre bem sinalizados, para que não haja confusão na hora da compra. Em períodos de sazonalidade, também vale apostar na dupla exposição, tendo os itens próximos ao checkout ou em pontas de gôndola.

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1º. Adulto ou infantil 2º. Marca 3º. Apresentação 4º. Tamanho


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DICAS DE EXPOSIÇÃO E ÁRVORE DE DECISÃO MIX DEPILATÓRIOS6 Para essa categoria é importante pensar em momentos de uso. Então, produtos correlacionados devem estar sempre próximos, a fim de apresentar uma solução completa ao consumidor. A ideia é criar é um universo com depilatórios femininos ou abrir um pouco mais o leque de opções para cuidado íntimo feminino, alocando, em um mesmo espaço, além dos depilatórios, os sabonetes íntimos e absorventes, por exemplo. Afinal, todos eles estão relacionados e, muitas vezes, fazem parte de um mesmo momento de uso. Os produtos com melhor performance iniciam o fluxo, passando, assim, primeiro pelos cremes, depois pelas ceras e finalizando pelas lâminas, que geram mais tráfego, fechando o fluxo4. Já na categoria de lâminas, tanto na gôndola masculina quanto na feminina, devese começar a exposição com aparelhos na primeira fileira e cargas na segunda. As lâminas descartáveis ficam nas prateleiras de baixo8.

PROTETOR SOLAR FACIAL (dermocosmético) 6 A shopper enxerga o protetor para o rosto como um tratamento contínuo e não como um produto pontual para usar na praia e na piscina. Dessa forma, por ter essa visão, ele acaba ficando na área de dermocosméticos e produtos diferenciados, com um apelo de tratamento. Nesse sentido, costuma-se blocá-lo por marcas, com expositores, muitas vezes, cedidos pela própria indústria, e depois pelo Fator de Proteção Solar (FPS), do maior para o menor. Pelo alto valor agregado e desembolso, merece um local privilegiado na exposição.

ÁRVORE DE DECISÃO (CREMES E CERAS) 6 1º. Tipo de depilatório (creme ou cera) 2º. Marca

ÁRVORE DE DECISÃO (LÂMINAS)4 1º. Preço 2º. Tipo de aparelho (descartável ou com refil) 3º. Marca 4º. Quantidade na embalagem 5º. Número de lâminas

ÁRVORE DE DECISÃO 1º. Fator de Proteção Solar (FPS) 2º. Marca 3º. Textura (creme ou loção – o que está relacionado ao tipo de pele) 4º. Benefício 5º. Preço 6º. Formato da embalagem

LUBRIFICANTES6 Os produtos desta categoria estão relacionados à saúde sexual, portanto, devem ser expostos próximos aos preservativos (muitas vezes faz-se a venda casada) e/ou itens de higiene pessoal masculino ou feminino, agrupando-os pelas suas variantes, desde os lubrificantes tradicionais até os exóticos (aromatizados, beijáveis). Além do ponto natural, muitos pontos de vendas (PDVs) optam por um ponto extra, muitas vezes o checkout. Importante expor essa categoria em locais de fácil acesso para que o shopper tenha liberdade e não necessite de suporte às informações do produto.

ÁRVORE DE DECISÃO6 1º. Marca 2º. Preço 3º Embalagem

Fontes: 1. gerente executivo sênior da Blau Farmacêutica, Alfredo Maluf; gerente de trade marketing da DKT Brasil, Camila Galliera; e gerente de marketing da LifeStyles, holding detentora das marcas Blowtex e Skyn, Veronica Garcia; 2. gerente executivo sênior da Blau Farmacêutica, Alfredo Maluf; e gerente de marketing da LifeStyles, holding detentora das marcas Blowtex e Skyn, Veronica Garcia; 3. gerente de comunicação das Marcas de Beleza da P&G Brasil, Lívia Canepari; e Mind Shopper; 4. Mind Shopper; 5. diretor comercial da Johnson & Johnson Consumo do Brasil, Fernando Bueno; 6. diretora da Connect Shopper e consultora de varejo e shopper marketing, Fátima Merlin; 7. gerente de marketing do Grupo Cimed, Aline Souza Mendonça; 8. gerente de marketing da Gillette no Brasil, Fernando Bueno

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EVENTO

Mais beleza na farmácia

A FIM DE AUMENTAR A PRESENÇA DE PRODUTOS COSMÉTICOS DENTRO DAS FARMÁCIAS INDEPENDENTES BRASILEIRAS, A BEAUTY FAIR ABRIU ESPAÇO PARA O CANAL EM INICIATIVA INÉDITA

C

Criada há 14 anos, a Beauty Fair ocupa a posição de maior feira de beleza da América Latina. Consolidado entre os setores de perfumaria e de salões de cabeleireiro, o evento começa a se atentar às oportunidades no varejo farmacêutico. Pela primeira vez, a programação da feira contou com palestras voltadas exclusivamente aos proprietários de farmácias.

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POR FLÁVIA CORBÓ

O 1° Fórum Beauty Fair Farma foi realizado no último dia 9 de setembro, durante a Beauty Fair, em São Paulo (SP). O diretor superintendente da Beauty Fair, Cesar Tsukuda, abriu o evento e apresentou dados que confirmam o potencial do canal farma e as oportunidades em aberto. “O varejo farmacêutico teve um aumento de 22% na frequência do shopper e ganho de 37,5% IMAGENS: DIVULGAÇÃO


PRINCIPAIS CATEGORIAS DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS (HPC) NA FARMÁCIA Cosméticos unissex: 25% (de participação no faturamento de cuidados pessoais) Higiene pessoal: 21% Cosméticos para mulher: 19% Linha infantil: 10% Higiene oral: 7% Outras: 18% Fonte: IQVIA – MFT MAT.*/JUL.18 Faturamento R$ PC * MAT. (Moving Annual Total – Movimento Anual Total, em português)

no número de lares que compraram no canal em um ano”, destacou Tsukuda, utilizando dados da Nielsen. “Ainda assim, a participação em produtos de beleza é bem menor do que na perfumaria. As farmácias precisam investir em produtos de beleza, não só em itens de higiene. Conveniência e competitividade podem ser fortalezas do canal”, completou. A iniciativa contou com o apoio da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e o presidente da entidade, Edison Tamascia, reforçou a posição de que o médio e o pequeno varejo precisam voltar o olhar às novas categorias. “Mobilização e entendimento da

importância da beleza são os principais desafios do nosso setor”, afirma. Interesse do cliente da farmácia em itens de beleza não falta, no entanto, existem outros obstáculos que separam o mercado de beleza do pequeno e médio varejo. Definir o mix e organizar a exposição dentro de lojas pequenas são os maiores deles. De acordo com dados do IQVIA, o universo de beleza envolve mais de 73 mil SKUs (sigla em inglês para Stock Keeping Unit ; em português, Unidade de Controle de Estoque). É preciso ter foco e conhecimento de mercado para filtrar esse volume massivo e atuar com os itens e marcas mais relevantes ao público-alvo. Além de definir o mix e o sortimento a serem trabalhados, ainda há o desafio de organizar as gôndolas de maneira atrativa e condizente com o racional de compra do consumidor. Para isso é preciso fazer um trabalho de Gerenciamento por Categorias (GC). De acordo com a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, o varejista deve começar pelas categorias que têm maior relevância para os resultados financeiros da farmácia e mais importância para o mercado. Em seguida, é preciso definir o sortimento que será trabalhado em cada segmento. “É preciso pensar menos em produto e mais em solução. As categorias devem ser organizadas por grupos que atendem determinadas necessidades”, comenta Alessandra, 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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EVENTO

IMPORTÂNCIA E CRESCIMENTO DAS CATEGORIAS PRESENTES NA FARMÁCIA DERMOCOSMÉTICOS Vendas = R$ 3,38 Bi % = 8,9% Peso = 2,9%

NUTRICOSMÉTICOS Vendas = R$ 458,75 M % = 1,0% Peso = 0,4%

CONVENIÊNCIA Vendas = R$ 871,91 M % = 12,3% Peso = 0,8%

SAÚDE SEXUAL E SAÚDE MASCULINA Vendas = R$ 897,85 M % = 3,9% Peso = 0,8%

PRESCRIÇÃO Vendas = R$ 69,63 Bi % = 13,7% Peso = 60,2%

DERMATOLÓGICOS Vendas = R$ 1,54 Bi % = 9,4% Peso = 1,3%

HIGIENE, PERFUMARIA E COSMÉTICOS Vendas = R$ 9,86 Bi % = 10,1% Peso = 8,5%

INJEÇÃO

OTC/MIP Vendas = R$ 19,35 Bi % = 11,2% Peso = 16,7%

ALIMENTOS & BEBIDAS Vendas = R$ 725,73 M % = 13,6% Peso = 0,6%

CUIDADO BEBÊ Vendas = R$ 5,59 Bi % = 14,0% Peso = 4,8%

CUIDADOS AO PACIENTE Vendas = R$ 3,43 Bi % = 17,1% Peso = 3,0%

CHECKOUT

Fonte: IQVIA – MFT MAT.*/JUL. 2018 Faturamento R$ PC * MAT. (Moving Annual Total – Movimento Anual Total, em português)

dando um exemplo prático: “a ideia é que, além de fralda infantil – um item que o shopper sabe o preço e compra de forma racional – ele leve também produtos correlacionados, como uma mamadeira com um bico mais funcional. Aí, a compra é emocional e o valor não tem importância.” Quanto à exposição, o ideal é que os produtos sejam posicionados de acordo com a árvore de decisão do shopper. Para protetor solar, por exemplo, é preciso fazer uma separação por subcategoria – facial, kids, corporal e pós-sol – e, em seguida, por marca. O fator de proteção solar (FPS) e o tamanho da embalagem são os atributos que finalizam a organização. “Gerenciamento de categoria se trata de mix , exposição e preço justo combinados com uma experiência de compra agradável. Não é show pirotécnico. 92

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O consumidor quer comprar sem fila, com opções de escolha e sem ruptura”, destaca a especialista. Alessandra palestrou no evento a convite da Contento Comunicação, em uma parceria inédita entre a empresa e a Beauty Fair.

MAIS PROXIMIDADE O maior desafio de implementar um GC adequado é que cada categoria apresenta um racional de compra diferente. Para ter acesso a informações da árvore de decisão dos diferentes segmentos de beleza, o melhor caminho é estabelecer parceria com a indústria, que possui dados muito úteis ao varejo. É devido a essa necessidade de estreitar laços que a presença do varejo farmacêutico na Beauty Fair se mostra tão importante.


Diretor superintendente da Beauty Fair, Cesar Tsukuda e o economista Ricardo Amorim

“Diferenciação de categorias e marcas é o caminho para o pequeno e médio varejo farmacêutico”, aposta Tsukuda. A proximidade desses elos da cadeia também permitiria que os fabricantes de produtos de beleza entendessem que a dinâmica do canal farma independente é diferente do alimentar e das grandes redes. “Não temos estoque, o que demanda uma reposição muito mais rápida. Não trabalhamos com venda direta. Somos um setor muito pulverizado, é preciso ter a intermediação de um distribuidor. Se não for assim, não há sequência de trabalho. A indústria consegue entregar o produto nos dois primeiros meses, depois, desiste”, diz Tamascia. Para o executivo da Febrafar, o ideal seria que os fabricantes contassem com equipe própria para atender especificamente o canal farma. “Assim, seria possível desenvolver um trabalho de capacitação e treinamento”, acredita. Parte do conhecimento que a indústria de beleza poderia compartilhar com os varejistas diz respeito à venda consultiva. Quando se trata de beleza, ter um atendimento capacitado a explicar os benefícios de cada item tem grande relevância. Segundo dados divulgados pelo próprio Tamascia durante o 1° Fórum Beauty Fair Farma, 47% dos clientes de farmácias acreditam que indicações dos atendentes quanto a itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) têm alguma ou muita

Presidente da Federação Brasileira das Redes Associativas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamácia

importância. O percentual não fica longe do registrado em relação aos medicamentos – 66%. O fundador da Vult, Murilo Reggiani, garante que a indústria pode – e quer – ajudar no treinamento desses profissionais. “As farmácias têm dezenas de funcionários para orientar a compra de medicamentos, poderiam destacar um para falar de beleza. A indústria tem toda a boa vontade de treinar os vendedores. Isso dá um retorno absurdo”, afirma. Para o executivo, se a farmácia tiver o sortimento bem exposto e uma venda assistida, produtos de beleza podem se tornar categoria destino. Ao final do evento, ficou a promessa de que a presença do varejo farmacêutico na Beauty Fair deve virar prática de agora em diante. “Essa foi a primeira iniciativa de uma parceria que irá se estender. Queremos colaborar para melhorar a relação entre o canal farma e o setor de beleza. Categorias ainda não trabalhadas significam chances de crescimento e a colaboração entre esses players pode ser a resposta para o desenvolvimento de ambos”, sentencia Tsukuda. 2018 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SEMPRE EM DIA

Sorriso para todos A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE BUCAL PARA OS BRASILEIROS É TRANSMITIDA NAS GÔNDOLAS DAS FARMÁCIAS, SEMPRE COM NOVIDADES E OPÇÕES PARA TODOS OS PÚBLICOS, DESDE CRIANÇAS ATÉ QUEM TEM CONDIÇÕES ESPECIAIS POR LAURA MARTINS

REFRESCÂNCIA SUAVE

LISTERINE® traz para o mercado o LISTERINE® TartarControl Zero™ Álcool, na versão sem álcool para uma experiência mais suave de uso. O produto possui fórmula com cloreto de zinco, que reduz o crescimento e a cristalização da placa, inibindo o desenvolvimento do tártaro. Além disso, os ativos da fórmula agem no controle da placa bacteriana, evitando que as áreas já atingidas tenham a situação agravada. O enxaguatório está disponível nas versões de 250 ml e 500 ml, no sabor menta suave, que proporciona um hálito refrescante. • www.listerine.com.br

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LIMPEZA GARANTIDA

Colgate acaba de anunciar uma novidade no segmento de escova de dentes: Colgate SlimSoft Advanced. Com tecnologia Dual Core, a escova possui cerdas superflexíveis e ultramacias que promovem limpeza profunda sem machucar a gengiva. Além disso, o produto possui cabo ergonômico para melhor manuseio na hora da escovação e está disponível em quatro cores: laranja, verde, azul e rosa. Suas cerdas alcançam sete vezes mais fundo abaixo da linha da gengiva e limpam mais profundamente os dentes. • www.colgate.com.br

IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO


CARVÃO PARA A PELE

Para ajudar na rotina de limpeza do rosto, Asepxia está lançando o sabonete antiacne Asepxia Detox com Ação Purificante. O produto foi desenvolvido para remover as impurezas da pele sem ressecá-la, reduzindo a oleosidade e o excesso de brilho, ao mesmo tempo que combate e previne cravos e espinhas. O principal componente do novo sabonete é o carvão, ingrediente de origem natural que mais absorve impurezas e ajuda a controlar a oleosidade da pele e a diminuir os poros. O carvão também possui propriedades cicatrizantes e antibacterianas e funciona como um imã para atrair a sujeira e a oleosidade. • www.asepxia.com.br

MAIS PRAZER

A Prudence está lançando o preservativo Prudence Extra Texturizado, que conta com duas texturas estimulantes – pontilhadas e onduladas – que intensificam ainda mais a sensibilidade. Além disso, o produto possui formato anatômico, se adaptando melhor ao corpo do homem. • www.useprudence.com.br

REJUVENESCIMENTO CUTÂNEO

O Ysthéal Intense é um concentrado antirrugas com ação renovadora da pele e preservadora do oxi-inflammaging, da Avène. O produto previne o envelhecimento causado pelo estresse oxidativo acelerado pelas agressões urbanas diárias, além de corrigir rugas e linhas finas e prevenir o aparecimento de sinais da idade e a perda da firmeza. Ele mantém a textura da pele renovada, mais luminosa e com tom homogêneo. Ideal para todos os tipos de pele, inclusive as oleosas. • www.eau-thermale-avene.com.br

FAMÍLIA CAPILAR

Pensando em diferentes rotinas e momentos ao longo do dia, a Embelleze criou a família Vitay Poderosa a todo Momento. São sete versões com diferentes sensações para serem usadas em cada instante: Bomba de Amor (reestrutura os fios e ajuda a manter a cor e o brilho dos cabelos), Alegria Intensa (estimula a circulação sanguínea, o crescimento e a intensidade), Linda e Radiante (revitaliza os fios e dá maciez), Yoga Relax (calmante e nutritiva, protege e hidrata os cabelos), Energia Renovada (purifica e regenera os cabelos), Sincera e Poderosa (auxilia no fortalecimento e na nutrição dos fios) e Diva Misteriosa (deixa os fios mais resistentes e reconstrói o couro cabeludo). • www.embelleze.com

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SEMPRE EM DIA

HIGIENIZAÇÃO COMPLETA

Para melhorar o bem-estar e a saúde, a Hi Clean apresenta a Toalha Antisséptica Umedecida com dupla função: higienizar as mãos e desinfetar superfícies, como aparelhos de academias, cadeiras e mesas. O produto apresenta em sua formulação aloe vera, que ajuda na hidratação, e vitamina E, que atua na renovação da pele. Seu principal componente é o clorexidina, um antisséptico com ação antifúngica e bactericida que elimina os germes, vírus e bactérias causadores de diversas doenças. • www.hiclean.com.br

SABOR DE INFÂNCIA

Ambas nascidas nos anos 50, Fruittella e Barbie fizeram e ainda fazem parte da infância de muita gente ao redor do mundo. Pensando nisso, a Perfetti Van Melle, fabricante de Fruittella, está lançando a bala sabor framboesa com uma embalagem dedicada à boneca mais famosa do mundo. A edição limitada é a primeira ação conjunta das marcas no Brasil. O sabor framboesa é um sucesso de Fruittella em outros países e é novo no portfólio do Brasil. Ele foi escolhido com base no paladar dos brasileiros, que têm preferência por sabores frutais. • www.perfettivanmelle.com.br

UNHAS PRONTAS

Grande parte das mulheres prefere usar unhas postiças e é para esse público que a KISS New York apresenta novas opções de seus produtos. A marca está ampliando seu portfólio com tons nude da Salon Color e a versão natural para as unhas dos pés Salon Naturals, que devem ser aplicadas com cola ou abas adesivas e podem ser finalizadas de acordo com a preferência de cada uma. Além disso, estão chegando ao mercado dois novos designs da linha infantil Pink de unhas autocolantes e a coleção Matte Color da unha autocolante imPRESS, composta de três tons mate nos tamanhos curto e médio. • www.kissnewyork.com.br

VITAMINA PODEROSA

A vitamina C provou ser um ótimo componente para a rotina de cuidados com a pele. Antenada nessa tendência, a NUPILL lança o Mousse de Limpeza Facial Vitamina C. Com poderoso antioxidante, a novidade contribui para a formação de colágeno e elastina, ajudando a prevenir o envelhecimento, além de melhorar a distribuição de melanina, clarear, prevenir manchas e proteger a pele dos efeitos nocivos do sol. O Mousse de Limpeza, que possui espuma cremosa, conta com ingredientes suaves que limpam profundamente os poros, removendo a sujeira, a oleosidade e a maquiagem. • www.nupill.com.br

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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Autocuidado e assimetria de informação

O

www.abradilan.com.br

P O R M A R I A C R I S T I N A SA N CHES A M OR IM – DIR ETOR A -EXECUTIVA D A ASSO C IAÇ ÃO B RASILEIRA D E D ISTRIB UIÇ ÃO E LO GÍSTIC A D E P R O D U TO S F A R M A C Ê UTICOS ( A BR A DILA N )

O autocuidado é o direito de todo indivíduo decidir sobre sua saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando está em pauta a compra de medicamentos, esse direito deve ser relativizado com a assimetria de informação, situação na qual o consumidor não dispõe de todas as informações relevantes para decidir. O uso descontrolado de algumas substâncias pode trazer prejuízos não só para o indivíduo, mas também à saúde coletiva. De acordo com o estudo Uso Racional de Medicamentos, de Lenita Wannmacher, o consumo abusivo de antibióticos leva ao aumento da resistência microbiana e suas consequências, como agravamento de doenças infecciosas, alternativas mais caras de tratamento e mais hospitalização. Entre o autocuidado e o risco da automedicação inadequada está a informação. E diante do consumidor de medicamentos está a farmácia – real ou virtual. É hora de contribuir para reduzir os riscos da

automedicação e ajudar no autocuidado. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostra que o consumo de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) avançou dois dígitos no primeiro semestre de 2018, um aumento de 15% contra 7,5% de crescimento geral. Estudo publicado no Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, em 2017, de autoria de Antônio César Rodrigues, mostra que o consumo de MIPs trouxe uma economia de R$ 364 milhões (calculados a partir de consultas e exames evitados e dias de trabalho não perdidos). A Resolução Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – RDC 98/2016, ao definir os critérios para classificar quais medicamentos podem trocar de categoria (de prescrição para sem prescrição), há quase dois anos, também mostra certo reconhecimento do desejo de autonomia por parte do paciente. Todos esses fatos indicam que o consumidor valoriza o autocuidado.

Quando o assunto é saúde, informar inclui não só ajudar na compra deste ou daquele produto, mas tudo quanto caracteriza o autocuidado, tal qual recomenda a OMS: dietas, atividades físicas, hábitos saudáveis e acesso à informação confiável. Sabemos que, paradoxalmente, quanto maior o acesso à informação, maior também a dificuldade para separar o relevante e confiável do inútil e falso. Vivemos no mundo das fake news, do marketing não raro irresponsável, da busca por celebridade a qualquer custo. Somos incessantemente bombardeados por recomendações, no mínimo, exóticas, como a dieta da lua, do abacaxi, do jejum. Quem nos ajudará a diferenciar o joio do trigo? Não é trivial para muitos consumidores informar-se adequadamente. A farmácia tem a oportunidade de oferecer informação correta, colaborando para o autocuidado e melhorando sua relação com os clientes. Os negócios e a sociedade agradecem.

GUIA DA FARMÁCIA

Inovando para o seu bem-estar.

Indústria Farmacêutica

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Empresas sócias colaboradoras da Abradilan


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