280 Março/2016 - Aumento de imposto

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Higiene & Beleza Categorias de cuidados pessoais têm sido a grande aposta do varejo farmacêutico

ano XxIii • nº 280 março de 2016

Mix Chegou a hora de renovar o estoque para a temporada de outono-inverno

Aumento de taxas Em que pese os medicamentos terem no Brasil uma das mais altas cargas tributárias do mundo, 12 estados decidiram aumentar o percentual de um dos principais impostos do setor, o ICMS capa final_280.indd 2

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EDITORIAL

Diferença de alíquotas O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) em 12 estados do País forçará uma nova rodada de redução dos descontos oferecidos no preço final dos medicamentos no varejo. No Rio de Janeiro, a alta do ICMS está prevista para este mês, e a alíquota vai passar de 19% para 20%, a mais alta entre os estados que estão elevando o imposto. No Brasil, 34% do preço final dos medicamentos equivale a impostos, e já estamos entre os cinco países com a maior carga tributária sobre medicamentos. O aumento do ICMS força uma nova redução nos descontos oferecidos no varejo, pois significa aumento de custo para os fabricantes. O mercado já estava sofrendo com a alta do dólar e perdendo margem com a inflação. Os fabricantes têm autorização do governo federal para reajustar o preço apenas uma vez por ano. Até o ano passado, o desconto médio nos medicamentos genéricos era de 64%, e nos de referência variava de 18% a 20%. Este patamar de descontos já estava afetado pela alta do câmbio. Antes da disparada do dólar, nos genéricos, era possível encontrar descontos de até 80%, DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) EDITORA-ASSISTENTE Flávia Corbó EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTES DE ARTE Flávio Cardamone e Rodolpho A. Lopes DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)

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No Brasil, 34% do preço final dos medicamentos equivale a impostos, e o País já está entre os cinco com a maior carga tributária sobre medicamentos

Boa leitura. Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Marcelo de Valécio, Renata Martorelli, Rodrigo Rodrigues, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Assistente de redação Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Colunistas Dr. Paulo Marcos Senra Souza, Jorge Bertolino Filho, Mônica Lobenschuss e Silvia Osso

ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia

IMPRESSÃO Abril Gráfica

MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira

CAPA Shutterstock

ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

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e, nos de referência, o abatimento chegava a 40%. Acompanhe a reportagem de capa na íntegra e veja de que forma as novas taxas causarão impacto no setor como um todo. Mês que vem será o mês de reajuste anual, será que o mercado vivenciará novos aumentos? Fique de olho, vamos apurar o assunto e debater com os maiores formadores de opinião do segmento. Outro destaque desta edição fica por conta da oportunidade que as categorias de Higiene & Beleza oferecem ao canal farma. Isso se deve pelo atual comportamento do shopper brasileiro que entende a farmácia como um dos locais corretos para exercer a sua experiência de compra. Diferentemente dos medicamentos, que em sua maioria têm preços controlados pelo governo, os itens de higiene pessoal e perfumaria têm preços livres, o que permite ao varejista trabalhar com valores que protegem suas margens e o ajudam a perpetuar seu negócio. Aproveite e repense seus espaços.

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #280 MARÇO 2016

46 38 > ATUALIDADE CAPA

O ano iniciou com aumentos de impostos e um deles foi o da alíquota do ICMS em 12 estados. Isso deve encarecer o produto ao consumidor. Especialistas debatem alternativas a essa elevação

46 > DEBATE Com o atraso por parte do governo dos repasses contratuais para os laboratórios, ocorreu uma intensificação da crise tanto para o mercado, quanto para a população. As perspectivas são de melhoria apenas no segundo semestre

52 > DESEMPENHO A economia desacelerada faz com que as grandes redes, farmácias associadas e as independentes criem maneiras de fugir desse cenário. Especialistas dão dicas dos caminhos a ser seguidos

70 > MERCADO Um dos cenários mais positivos atualmente é o de vagas para farmacêuticos. Com mais de 70 áreas de atuação, eles encontram um mercado de trabalho em plena expansão 6

E MAIS 8 > GUIA ON-LINE 10 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 30 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 62 > HIGIENE & BELEZA

ESPECIAL SAÚDE 76 > DOR 80 > COLESTEROL E DISLIPIDEMIA 88 > MIX 96 > TENDÊNCIA 104 > PELE 112 > OPORTUNIDADE 118 > SAZONAL 124 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 28 > EYEFORPHARMA Dr. Paulo Marcos Senra Souza 34 > VAREJO Silvia Osso 36 > ESTRATÉGIA Mônica Lobenschuss 128 > CRÔNICA Jorge Bertolino Filho

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GUIA ON-LINE WWW.GUIADAFARMACIA.COM.BR

INFORMAÇÕES EXCLUSIVAS NA INTERNET

Acesse o Portal e confira as informações complementares do conteúdo editorial da revista, além de textos exclusivos a cada edição.

CONTEÚDO EXTRA NO PORTAL (A PARTIR DO DIA 15 DE CADA MÊS) MERCADO

Um estudo realizado pela Nielsen avaliou a confiança do consumidor no quarto trimestre de 2015 e para 93% dos brasileiros, o País está vivendo em um período de recessão. Acompanhe o Facebook do Guia da Farmácia

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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

RECEITAS DE REMÉDIOS VALERÃO POR MAIS TEMPO

GESTÃO

O ano começou com retração. No primeiro mês de 2016, o fluxo de pessoas no varejo físico registrou queda de 6,7%, se comparado ao mesmo período.

PONTO DE VENDA

Entre as tendências do varejo para a América Latina estão o mix de formatos, e-commerce e interesse por produtos mais saudáveis, entre outros. Saiba como utilizá-los.

SAÚDE

Utilizado em mais de 80 países, o Xalkori (crizotinibe) foi aprovado no Brasil para o tratamento de câncer de pulmão, que, no País, por ano, causa 16 mil óbitos em decorrência da doença. 8

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BELEZA

A pele sensível é um dos tipos mais frágeis, por isso é fundamental entender quais os cuidados que o consumidor deve ter com a higiene e a hidratação. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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Entrevista – Eurofarma

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Acessos ampliados Com o objetivo de minimizar riscos e aumentar a capacidade de oferecer medicamentos inovadores, a Eurofarma aposta no fortalecimento de parcerias estratégicas

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Por Lígia Favoretto

A Eurofarma, farmacêutica brasileira com presença em 15 países da América Latina, anunciou no meio do ano passado uma parceria com o laboratório sul-coreano Dong-A, para o desenvolvimento clínico e comercialização de drogas inovadoras. Uma voltada para o tratamento de pacientes com diabetes, outra para disfunção erétil. Com a parceria, a Eurofarma consolida seu compromisso com a inovação e o bem-estar, por meio de medicamentos com novas tecnologias e com menos efeitos adversos. Além de pesquisa e desenvolvimento, a empresa também realiza investimentos em educação e cultura, por meio do Instituto Eurofarma e do patrocínio de dezenas de projetos culturais, locais e nacionais, que já movimentaram mais de R$ 15 milhões até hoje. A Eurofarma ainda é reconhecida como uma das farmacêuticas com maior responsabilidade ambiental na captação e utilização de recursos naturais. O Grupo Eurofarma é a primeira multinacional farmacêutica brasileira, com capital 100% nacional e 43 anos de existência. Reconhecido no Brasil e exterior, se posiciona com destaque no mercado ao atuar nos segmentos de Prescrição Médica, Over The Counter (OTC), Genéricos, Hospitalar, Licitações, Oncologia, Serviços a Terceiros e Veterinária. Com um portfólio com mais de 200 produtos e 200 milhões de unidades vendidas somente no Brasil, já está presente na: Argentina, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai. Tem crescimento médio de 18% nos últimos 12 anos, atingiu, em 2014, uma receita de R$ 2,6 bilhões e 6% das vendas líquidas no setor de Pesquisa & Desenvolvimento.

A vice-presidente de Inovação da Eurofarma, Martha Penna, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia e revela detalhes da parceria com a empresa sul-coreana, entre outros assuntos. Confira: Guia da Farmácia • A Eurofarma anunciou a extensão da parceria com o laboratório sul-coreano Dong-A. Como funciona? Martha Penna • Inicialmente, se fechou um acordo sobre a comercialização de um medicamento para disfunção erétil no Brasil. Depois, nós fizemos uma parceria com um antidiabético, que está na fase final de desenvolvimento. Posteriormente, estendemos a parceria da comercialização dos medicamentos para a América Latina e continuamos analisando outras oportunidades para o futuro. É uma relação que vai se estreitando, como tem sido com outros parceiros. Guia • O laboratório Dong-A fabrica os medicamentos na Coreia do Sul e a Eurofarma os vende aqui, é assim que funciona? Martha • Com o medicamento para disfunção erétil, sim. Mas a ideia sempre é fazer a transferência de tecnologia e depois fabricar no Brasil. Então, inclusive, com o medicamento para diabetes, nós iremos fazer a transferência de tecnologia ao longo da finalização do desenvolvimento. E quando começarmos a vender, já será fabricado aqui. Vamos apenas importar a matéria-prima. Guia • As fases de estudo, de desenvolvimento de moléculas, todas as etapas acontecem lá? Martha • O desenvolvimento desse antidiabético foi feito lá. Nós vamos fazer uma etapa de estudo clínico aqui, porque a pesquisa foi feita com a população oriental. Então, faremos o que chamamos de estudo ponte, que é pegar o resultado deles e reaplicar na população brasileira. Existem um desenho específico e uma quantidade determinada de pacientes para observar se a dinâmica do medicamento no organismo de um ocidental é a mesma daquela observada 2016 março guia da farmácia

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Entrevista – Eurofarma

no oriental. É uma exigência regulatória, ela é feita, normalmente, quando os estudos são aplicados somente em orientais ou vice-versa. Guia • Por que decidiram iniciar a parceria com esses dois medicamentos – disfunção erétil e diabetes? Vocês sentiram uma demanda nesse mercado, uma necessidade, uma área não coberta? Martha • A área de urologia nem tanto, foi uma questão de oportunidade de um medicamento bem interessante. Já os medicamentos endometabólicos são uma área foco para nós. Elegemos como número um, pois tem uma demanda gigante. Também somos muito fortes em hormônios, as duas coisas andando juntas. É um casamento muito apropriado, digamos assim. Guia • Trabalhar dessa forma, com produtos licenciados e parcerias, está no DNA da Eurofarma? Martha • Nós estamos indo além de licenças. Neste caso, começa com uma licença, vai para um estágio em que nos responsabilizamos com o parceiro a fazer um estudo com a população ocidental e, no futuro, nossa intenção é aprofundar mais essa relação, que significa, muitas vezes, tomar responsabilidades em partes do desenvolvimento. Guia • Quais são as vantagens de atuar dessa forma, com essas parcerias? Você acha que é trazer inovação? 12

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Martha • Existem inúmeros modelos para se envolver em inovação. Não estamos inventando a roda, se você olhar o portfólio de uma multinacional, vai se surpreender com o percentual de drogas que, de fato, foram descobertas pela empresa. Não é muito grande. Uma ou outra empresa multinacional que realmente faz in house grande parte das coisas. Não é a verdade para a maioria das big farmas. E como elas fazem isso? Não só licenciam, como licenciam em estágios precoces, ou compram os direitos, outras compram as empresas. O que nós estamos fazendo não é nada a mais e nada a menos do que o mercado já faz há bastante tempo, mas não o mercado brasileiro. Iniciar com licenças faz com que tenhamos acesso a inúmeras inovações e que tenhamos o risco mais distribuído. O risco de investimento em medicamento inovador é muito elevado. Quanto mais avançado está o medicamento, menor esse risco precoce e mais barato. Então, eu acho que a gente tem acesso mais rápido a medicamentos com patente, e nós hoje temos como fortaleza uma série de conhecimentos, que a gente pode colocar à disposição de empresas, que antes não existia. A Eurofarma é uma empresa regional, não é nacional. As empresas não estão muito a fim de licenciar, desenvolver ou entrar em um projeto de parceria país a país. Isso é insano. A empresa faz acordos globais ou acordos regionais. A Eurofarma é um laboratório que pode se oferecer como empresa regional hoje em dia, então ela tem uma vantagem competitiva enorme. Um segundo ponto, sem dúvida, é a performace da empresa em termos comerciais. É extremamente atrativo quando uma empresa, que está buscando parceiro para sua droga, olha um laboratório regional com um potencial comercial dessa natureza. Guia • Isso se deve à capacidade produtiva? Martha • É produtividade, é conhecimento, é uma série de coisas. E tudo isso é uma só, a Eurofarma pode. Acho que qualquer empresa gostaria de ter acesso a medicamentos de qualidade com patente. Nós estamos em uma posição que conseguimos fazer isso com algumas vantagens, porque nós temos um histórico e capacidades que outras empresas não têm. São vantagens competitivas na busca de parceiros. A patente é uma vantagem competitiva imensa, porque eu tenho um produto que não é copiável no mercado durante muitos anos. Eu não estou fechando uma licença apenas para a distribuição do produto que é uma cópia, eu estou fechando uma parceria com um produto que não pode ser copiado.

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ANTENA LIGADA

Mais investimentos Primeiras fusões de empresas e novas aquisições são anunciadas. A expectativa de desenvolvimento começa a dar sinais de melhora Nova negociação

A FQM Farmoquímica anunciou a aquisição da Melora do Brasil, empresa com mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento de dermocosméticos, do Grupo IFC. A operação inclui um acordo de intercâmbio de tecnologia e expertise entre a FQM Farmoquímica e o Grupo IFC. A referida parceria permitirá a comercialização de produtos da FQM Farmoquímica nos mercados em que o Grupo IFC atua e o lançamento no mercado brasileiro de novos produtos desenvolvidos pelo Grupo IFC. • www.fqm.com.br 14

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Pontapé inicial

A farmacêutica Shire fechou a compra da Baxalta International por US$ 32 bilhões e ações, o que criará uma das maiores companhias que investem em tratamentos de doenças raras. O negócio marca um forte começo ao processo de fusões e aquisições no ramo farmacêutico em 2016, após o setor registrar recorde histórico em operações empresariais no ano passado, com transações globais somando US$ 673 bilhões, segundo dados da Reuters. Os acionistas receberam US$ 18,00 em dinheiro e 0,1482 em ação da Shire por cada título da Baxalta, com um valor implícito total de US$ 45,57 por ação, de acordo com preços de cotação em 8 de janeiro de 2016. • www.shire.com.br • www.baxalta.com imagens: shutterstock/divulgação

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Transação de peso

Lançamento FASE 3 - 6 novos módulos em 2016 Em 2016, o Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico, vai ganhar 6 novos módulos! Os temas correspondem à 3ª fase do programa de capacitação, que já conta com as fases 1 e 2, também com seis módulos cada uma. Com o tema Como se reinventar em momento de crise, o primeiro módulo já está disponível no site para assinantes, com informações sobre o cenário atual, as expectativas para o canal e dicas para otimizar despesas e alcançar resultados. Os demais módulos serão lançados ao longo do ano. Para experimentar o site , basta acessar: www.treinapdvfarma.com.br , fazer o cadastro e ter acesso aos cursos rápidos, totalmente gratuitos. Já o programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, requer o investimento de um pequeno valor anual: um ótimo custobenefício para capacitação de toda a equipe da farmácia. Informações sobre compra, visite a loja Contento ( www.lojacontento.com.br ) ou ligue (11) 5082 2200.

A família Mayer, fundadora e controladora da Santa Cruz Distribuidora, concluiu, no fim de janeiro deste ano, acordo para aquisição das operações da alemã Celesio AG no Brasil, reforçando a liderança da empresa no segmento de distribuição de medicamentos do País. As negociações envolveram a compra da PanPharma, segunda maior distribuidora de medicamentos no mercado brasileiro, e a Oncoprod, distribuidora de produtos médicos oncológicos. A empresa não informa o valor da transação, mas acredita-se ser a maior negociação de compra e venda relacionada a esse setor já realizada no Brasil. A Santa Cruz é a maior companhia do segmento, com receita líquida anual de R$ 8 bilhões, e com a operação, se isola na liderança. A PanPharma soma receita de R$ 4 bilhões e a Oncoprod, cerca de R$ 1,5 bilhão (valores líquidos). O quadro total de funcionários da Santa Cruz passa de 4,5 mil para 8,6 mil com a aquisição. A operação foi feita por meio da holding SC Participações Empresariais. Segunda colocada nesse mercado após a aquisição, a Profarma apurou receita líquida de R$ 2,5 bilhões de janeiro a setembro de 2015. As negociações para a venda da operação no País começaram depois que o controle do capital da Celesio AG foi vendido para o grupo americano McKesson, em 2014. Após análise dos negócios locais, a decisão dos novos controladores foi sair do Brasil, pela pequena importância global (o País responde por menos de 5% da operação mundial da companhia) e pelo mau momento da economia brasileira. Os negócios no País foram colocados à venda em abril do ano passado. A ideia dos controladores era se desfazer da operação em bloco, ou seja, das duas empresas de forma conjunta, e neste caso, a Santa Cruz tinha a vantagem de ter interesse nos dois ativos, segundo fonte. A transação está sujeita à aprovação das autoridades competentes no Brasil, será submetida ao Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) e a expectativa é de que deverá ser concluída no primeiro trimestre do ano fiscal de 2017. A SC Participações Empresariais informou em comunicado que SantaCruz, PanPharma e Oncoprod manterão as operações independentes. Também esclarece que os serviços prestados pelas empresas não sofrerão interrupção devido a essa operação. • www.valor.com.br 2 0 1 6 mar ç o g u i a d a f a r m á c i a

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ANTENA LIGADA

ALIANÇA PARA NOVAS TERAPIAS

A Takeda Pharmaceutical Company Ltd. e a Engene anunciaram uma aliança estratégica para descobrir, desenvolver e comercializar novas terapias para doenças de especialidade gastrointestinal. A parceria estratégica alavancará a posição de propriedade intelectual e expertise da Engene no fornecimento de genes terapêuticos às células do revestimento do intestino, utilizando a sua plataforma de vetor não viral exclusiva. Sob os termos do acordo, a Engene irá desenvolver até dois alvos não revelados selecionados pela Takeda por meio de prova de conceito pré-clínica e estudos de habilitação IND. Nesse ponto, a Takeda terá uma opção de licenciar exclusivamente os direitos globais para os produtos candidatos. A Takeda também irá colaborar com a Engene no desenvolvimento da Gene Pill em uma plataforma para administração oral de anticorpos. • www.takedabrasil.com • www.engene.com.br

MERCADO EM ALTA

O laboratório nacional Aché quer turbinar o segmento de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Esse negócio representa cerca de 10% do faturamento total do grupo (R$ 360 milhões em vendas em 2015), que tem forte presença na área de medicamentos com prescrição. O mercado MIP no Brasil movimenta cerca de R$ 16 bilhões em vendas por ano. Para abocanhar fatia relevante nesse segmento, o grupo nacional deve lançar novos produtos para concorrer nesse mercado, que tem a Hypermarcas entre as maiores do setor. • www.ache.com.br

REDE PLANEJA EXPANSÃO A Raia Drogasil encerrou 2015 com um total de 1.232 lojas e informa que no último ano abriu 156 lojas, 11 a mais do que a projeção de aberturas previamente divulgada de 145 lojas. Para 2016 e 2017, a rede aumentou a projeção de expansão para 165 e 195 lojas, respectivamente. Vale ressaltar que as projeções são apenas estimativas, que podem ser revistas ao longo do ano. • www.raiadrogasil.com.br

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MELHORIA NO SALÁRIO

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A Catho divulgou que, atualmente, a média de remuneração do farmacêutico no Brasil é de R$ 2.755,71. Segundo dados da Pesquisa Salarial da Catho, o salário médio do farmacêutico em janeiro de 2015 era de R$ 2.610,30. Houve um acréscimo, portanto, de 6% na remuneração média do profissional desde então. De janeiro a novembro de 2015, foram criadas 4.320 novas oportunidades para farmacêuticos no País, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo é resultado de um total de 33.788 contratações versus 29.468 demissões no período, de acordo com a entidade. • www.catho.com.br 18

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Curitiba recebe a Abradilan farma

Nos dias 16, 17 e 18 de março deste ano, das 14h às 21h, acontece, em Curitiba (PR), a 12ª edição da Abradilan Farma, considerada o maior encontro do segmento farmacêutico do País, realizada pela Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). O encontro, que acontece no Expotrade Convention Center, tem entrada gratuita para empresários da indústria farmacêutica, distribuidoras de medicamentos, proprietários de farmácias, além de representantes de segmentos afins, como higiene e beleza, empresas de tecnologia e automação de farmácias, empresas fabricantes de produtos para saúde e demais profissionais do setor. Ao todo, o espaço deve reunir mais de 150 marcas, que vão apresentar as últimas tendências de produtos e serviços com foco em medicamentos, higiene, bem-estar e beleza. Dentro da feira, os visitantes poderão conhecer o Espaço do Conhecimento, promovido pela Contento Comunicação, criado com o objetivo de oferecer conteúdo, por meio de palestras sobre temas cotidianos da gestão de farmácia e drogarias, além de uma farmácia conceito, montada in-loco. • http://abradilan.com.br/farma2016/afeira.php • http://contento.com.br

Consumidor cauteloso

Dados divulgados em janeiro último pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) mostram uma queda de vendas no comércio de 7,8% em novembro de 2015 na comparação com o mesmo mês de 2014. De acordo com a entidade, é o pior resultado desde março de 2003 quando a retração passou de 11%. • www.ibge.gov.br

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Nova diretoria do Sindusfarma

A cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), liderada por Cleiton de Castro Marques, para o triênio 2016-2018, aconteceu no dia 16 de fevereiro último. Reeleita para um segundo mandato, com 99% dos votos, no pleito realizado em 10 de dezembro de 2015, a composição da nova diretoria do Sindusfarma é a seguinte: Presidente: Cleiton de Castro Marques (Biolab-Sanus) 1º Vice-Presidente: José Antônio Vieira (Novartis) 2º Vice-Presidente: Maurizio Billi (Eurofarma) 3º Vice-Presidente: Victor Mezei (Pfizer) Diretor: Marcus Vinícius Sanchez Secundino (EMS) Diretor: Theo Van Der Loo (Bayer) Diretor: Omilton Visconde Jr. (MIP Brasil) Diretor: Pius Hornstein (Sanofi) Diretor: Heraldo Marchezini (Biomm) Diretor: Gaetano Crupi (Bristol-Myers Squibb) Diretor: Nelson Mello (Hypermarcas) Diretora: Maria Heloísa Simão (Zodiac) • http://sindusfarma.org.br

Vendas em ascensão

As grandes drogarias cresceram 12% em vendas no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). As empresas movimentaram R$ 35,9 bilhões em 2015. Na comparação entre dezembro de 2015 com o mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 13,1%. A comercialização de medicamentos atingiu R$ 23,86 bilhões, alta de 7,41% entre 2014 e 2015. Já o número de lojas cresceu 7,1%, de 5.570 para 5.964 no mesmo período. • www.abrafarma.com.br

Aumento no preço

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A Fundação Procon-SP constatou que houve aumento nos preços de repelentes em diversas farmácias da capital paulista nos últimos três meses. A operação teve início depois do aumento da demanda de compra de repelentes por conta dos surtos de dengue, chikungunya e zika vírus, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Os especialistas solicitaram os preços dos produtos das principais marcas às grandes redes em novembro e dezembro de 2015 e em janeiro deste ano. A maior alta verificada foi de 62% em uma das marcas. As redes já adiantaram que houve aumento devido a um repasse dos preços pedidos pelas indústrias. A Fundação Procon pediu, então, as notas fiscais das compras. Se ficar comprovado aumento abusivo, as empresas serão autuadas. De acordo com o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, é vedado ao fornecedor elevar sem justa causa o preço de produtos. • www.procon.sp.gov.br

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atualizando

Reposição necessária Os suplementos vitamínicos vêm ganhando mais espaço no dia a dia dos pacientes. Eles agem como aliados a uma boa alimentação e são ótimas opções para quem busca qualidade de vida Por Tassia Rocha

Vigora D

Prati-Donaduzzi

A linha Vigora, da Prati-Donaduzzi, acaba de ganhar mais um produto: Vigora D, um suplemento de vitamina D. Com 200 UI, Vigora D contribuiu para a manutenção da saúde dos ossos, dentes e músculos e tem grande importância na regulação do sistema imunológico; 100% das necessidades diárias são encontradas em uma cápsula. A apresentação em minicápsulas gelatinosas facilita a deglutição. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.vigoraplus.com.br 22

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DoseD Aché

DoseD é um suplemento que contribui para a manutenção dos níveis diários necessários de vitamina D, que possui um importante papel na formação e manutenção de ossos e dentes. Pode ser encontrado na versão gotas, com 10 mL e 20 mL, com agradável sabor maçã verde. Cada gota contém 200 UI, quantidade diária de vitamina D recomendada. MS Produto isento de registro, conforme a RDC 27/10 ■■www.ache.com.br Imagens: divulgação

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atualizando

Travoprosta Teuto

O laboratório Teuto disponibiliza ao mercado seu produto genérico para o tratamento do glaucoma. Trata-se do medicamento travoprosta, o qual é destinado para redução da pressão intraocular em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado em pacientes submetidos previamente à iridotomia e hipertensão ocular. O medicamento é uma solução oftálmica estéril de uso tópico ocular apresentado em frasco de 2,5 mL. MS 1.0370.0632.001-1 ■■www.teuto.com.br

Atorvasterol Neo Química

A Neo Química traz ao mercado o Atorvasterol (similar equivalente ao Citalor): medicamento que tem como princípio ativo a atorvastatina cálcica, que age na redução dos níveis de colesterol no sangue e prevenção de doenças cardíacas e vasculares. A atorvastatina faz parte da classe dos medicamentos conhecidos como estatinas, que agem no fígado, inibindo as enzimas responsáveis pela produção de colesterol LDL, conhecido como o colesterol ruim, e que em níveis altos pode levar ao entupimento de artérias, a doenças cardíacas e Acidente Vascular Cerebral (AVC). MS 1.5584.0421 ■■www.neoquimica.com.br

PediaSure® Biovech Neovech

Chega as farmácias do País o Biovech, primeiro larvicida biológico para uso doméstico, que pode ser fundamental para a população combater a infestação do mosquito Aedes aegypti. Desenvolvido pela empresa brasileira Neovech, do Grupo FK Biotecnologia S.A., o produto mata a larva em até 24 horas após sua ingestão, evitando que ela se torne um mosquito adulto transmissor de doenças como a dengue, a febre chikungunya e a zika. MS 3.4186.0006.001-7 ■■www.neovech.com.br 24

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Abbott

Abbott, empresa global de cuidados para saúde, desenvolveu o PediaSure® Pronto, alimento para suplementação infantil pronto para beber que oferece todos os nutrientes de que uma criança precisa, inclusive quando ela está fora de casa. O PediaSure® Pronto vem na medida certa e não precisa ser preparado. Apenas abra e sirva a bebida que é gostosa e saudável. Uma única garrafinha contém 30 vitaminas e minerais, ferro, zinco, além de ser fonte de vitamina D e E. MS 4.7432.0358 (sabor chocolate) MS 4.7432.0357 (sabor baunilha) ■■www.abbottbrasil.com.br

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UltraSept

Enfagrow®

Cuidados com lentes de contato são imprescindíveis para garantir a vida útil do produto. Por isso, buscando atender a uma demanda cada vez maior do mercado, a Kley Hertz lança o UltraSept, solução multiuso para lentes de contato que limpa, enxagua, desinfeta, conserva e lubrifica sem irritar os olhos. Especialmente formulado para lentes de contato gelatinosas (hidrofílicas) e de silicone-hidrogel, UltraSept proporciona um conforto prolongado durante todo o dia, mesmo para olhos sensíveis. MS 8.025.651.10010 ■■www.kleyhertz.com.br

Enfagrow® está de cara nova. Mais clean e premium, a embalagem traz novo layout, com hexágonos que lembram uma colmeia, remetendo ao lar, à proteção e, ao mesmo tempo, à tecnologia, com predomínio de tons laranja e dourado. Sua formulação também foi modificada e está mais avançada e equilibrada, com novos nutrientes e um mix de prebióticos que colaboram com as defesas do organismo, entre eles, a betaglucana. Registro no Ministério da Agricultura sob nº 0001/NLZ 0010 EC ■■http://enfagrow.com.br

Kley Hertz

Mead Johnson Nutrition

Flomicin

Neo Química

Pulmovic®

Kress Farmacêutica

Com a mudança do tempo, é comum a manifestação da tosse advinda de gripes e resfriados. Para aliviar o sintoma, a Kress Farmacêutica possui em sua linha de produtos um xarope à base de guaifenesina, o Pulmovic®. O medicamento é indicado como expectorante das vias aéreas e ajuda na eliminação do catarro em tosses produtivas, pois fluidifica e torna menos viscosa a secreção, fazendo com que a mesma seja expelida com mais facilidade; possui início de ação rápida, sendo que em uma hora pode-se sentir o efeito da melhora da eliminação do catarro. MS 1065700180011 (Pulmovic® Adulto) MS 1065700180028 (Pulmovic® Pediátrico) ■■www.kress.com.br

Para a recuperação do organismo em casos de diarreias e desarranjos intestinais, a Neo Química, marca líder no ranking de medicamentos similares, traz ao mercado Flomicin (similar do Floratil®). O novo medicamento é um probiótico, feito com Saccharomyces boulardii, indicado para o tratamento e recuperação de gastroenterites virais e outras desordens que causam diarreia. A Saccharomyces boulardii é um microrganismo benéfico ao corpo humano, que age restaurando a flora intestinal nos intestinos grosso e delgado. MS 1.5584.0458 ■■www.neoquimica.com.br

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profunda e confortável. Empurre o êmbolo totalmente até liberar todo o gel. Remova o aplicador e descarte. Vagidrat® pode ser usado antes da relação sexual? Sim, porém, Vagidrat® tem melhor resultado quando usado de ® restabelece a umidade vaginal proporcionando dias e noites confortáveis, tornando assim a relação mais espontânea. Como sei que estou utilizando forma regular e não apenas antes da® relação sexual. Isto porque Vagidrat ® ® ? O aplicador de Vagidrat foi desenvolvido para depositar a quantidade recomendada do produto. Por quanto tempo deve-se utilizar Vagidrat ? Não existe tempo determinado para uso a quantidade correta de Vagidrat de Vagidrat®. Recomenda-se o uso a longo prazo. Quais as precauções para utilização de Vagidrat®? Manter o produto fora do alcance das crianças. Somente para uso intravaginal. Se ocorrer irritação, interrompa o uso. Se persistirem os sintomas, contate seu médico. Não é recomendado o uso no período menstrual. Não utilize o produto se a embalagem estiver violada. Não utilizar após a data da expiração impressa na embalagem. Utilização sob supervisão médica. Hidratante intravaginal. Como Vagidrat® deve ser armazenado? Mantenha-o fora do alcance das crianças. Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15° e 30° C), protegido de luz, calor e umidade. Reg. MS 81085130003. Farm. Resp.: Kelly Cristina S. R. Dezena - CRF-SP n° 66.146 Fabricado por Ativus Farmacêutica Ltda. Comercializado por Teva Farmacêutica Ltda. Referências Vagidrat®: 1. Bula do produto. 2. Sturber C et al. Topical Applications and the Mucosa. Curr Probl Dermatto. 2011. vo440. pp90. 100

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EYEFORPHARMA

Saúde suplementar não pode ser saúde substitutiva

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PARA PROTEGER A SAÚDE, É NECESSÁRIO ORIENTAR CORRETAMENTE O PACIENTE A FIM DE EVITAR A SOBREDOSAGEM, FAZENDO COM QUE ELE TENHA UMA MAIOR ADESÃO AO TRATAMENTO

DR. PAULO MARCOS SENRA SOUZA

Presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap) e um dos fundadores da Amil Assistência Médica Internacional 28

Medicamentos são elementos-chave para a Aliança para a Saúde Populacional (Asap) na Gestão e Saúde Populacional (GSP). Primeiro, como oportunidade de proteger a saúde: vitaminas, suplementos, cálcio e todo arsenal. Segundo, para o controle de doenças e prevenção do seu agravamento, como anti-hipertensivos e antidiabéticos. E, por último, para a recuperação de doenças agudas, como no caso dos antibióticos. Dentro da GSP, para cada grupo, existe uma abordagem: correta informação sobre complementos evitando sobredosagem, mecanismos que melhorem a adesão ao tratamento de doenças crônicas e seguimento preciso da posologia, no exemplo dos antibióticos. A Asap faz um trabalho intenso de orientação ao paciente e motivação à população para seguir a orientação médica. Para os membros da Asap, a questão do reembolso de medicamentos, em especial para enfermidades crônicas, é complexo e depende de muitos fatores. Alguns deles têm a ver com priorização de recursos e outros, com os próprios usuários dos planos.

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Dado que existe estrito controle de preços, a única maneira de se poder passar a reembolsar medicamentos seria atuando sobre ineficiências que possam existir dentro dos planos de saúde. Do lado do paciente, é preciso haver compromisso e disciplina, pois se passa a receber o medicamento sem custos, é preciso que tome corretamente o mesmo, pois só assim evitará as complicações e possíveis internações e cirurgias. Só nesse caso é que todos se beneficiam: o paciente recebendo medicamento sem custos e preservando a própria saúde, e o plano investindo na medicação e diminuindo os altos gastos que implicam intervenções agudas. Uma das ideias em discussão é de se propor que exista liberdade para o plano pagar medicamentos para certos tipos de pacientes, como os idosos. Essas e outras informações serão compartilhadas no 4º Congresso Anual Eyeforpharma Brasil, entre os dias 12 e 13 de abril 2016. Acesse: http://1.eyeforpharma.com/LP=3913 ou envie mensagem para gquartin@ eyeforpharma.com IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Tenho um farmacêutico na minha drogaria, porém ele fica poucos dias na semana. Posso ser fechado caso a fiscalização não o encontre aqui presente, além de receber multa? Pergunta enviada por Glauber Rocha, gerente da Nova Farma, em Cândido Sales (BA)

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Sim, pode. O artigo 15 da Lei Federal 5.991/73, o inciso I do artigo 6º da Lei Federal 13.021/14 e o artigo 3º da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44/09 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) condicionam o funciona-

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mento legal de farmácias e drogarias à presença física e efetiva durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Como as três normas citadas são normas sanitárias, sua violação (ausência do farmacêutico em horário integral de fun-

cionamento) permite não apenas a interdição do estabelecimento pela Vigilância Sanitária, bem como a aplicação de multas que variam de R$ 2.000,00 a R$ 1.500.000,00, tal qual autoriza o inciso IV do artigo 10 da Lei Federal 6.437/77. Imagens: shutterstock/divulgação

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Baixe o app QR code ou envie sua pergunta diretamente no e-mail: redacao@guiadafarmacia.com.br Nós respondemos!

Ademais, o artigo 24 da Lei Federal 3.820/60 e o artigo 21 do Anexo I da Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) 600/14 permitem que, além da Vigilância Sanitária, os Conselhos Regionais de Farmácia também autuem os estabelecimentos em funcionamento sem a presença do farmacêutico em todo o horário de atendimento ao público.

A principal diferença é que os Conselhos Regionais de Farmácia não podem interditar os estabelecimentos, mas a Vigilância Sanitária, sim. Ambos podem aplicar sanções pecuniárias. A razão dessas normas realizarem essa exigência, diz respeito, claramente, à importância do profissional farmacêutico nas farmácias e drogarias, prestando um excelente serviço à população.

Gustavo Semblano Advogado e consultor jurídico da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) e da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), regional estado do Rio de Janeiro. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito da Farmácia e do Medicamento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal) 2016 março guia da farmácia

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varejo

O poder do elogio no resultado da equipe

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Atualmente, as lideranças elogiam pouco. Mas reconhecer o esforço e dedicação de um funcionário pode motivá-lo a se empenhar mais em suas atividades

silvia osso Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS e dos DVDs: Ética Profissional; Etiqueta Empresarial; Etiqueta Profissional I e II; Relacionamento Interpessoal no Trabalho I e II E-mail siosso@uol.com.br 34

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Todo bom líder sabe da importância que é elogiar o trabalho de um colaborador, isto não é novidade. As lideranças precisam criar o hábito de elogiar. O elogio estabelece uma relação de reciprocidade entre a equipe; faz com que o elogiado se sinta bem e ache que está no caminho certo e passe a produzir resultados cada vez melhores. O elogio não se associa somente a um processo de feedback, em que são discutidos os pontos fortes e fracos do colaborador; muitas vezes, as pessoas têm a necessidade apenas de ouvir que fizeram um bom trabalho e não saber onde precisam melhorar. Existem gestores que, por nunca terem recebido um elogio, não conseguem parabenizar uma pessoa, pois não foram orientados para isso. Para eles, qualquer trabalho é digno de comentário ou crítica e não de reconhecimento. Há outros que até foram orientados, mas que não elogiam, porque têm medo de dar visibilidade a outros de forma que representem algum tipo de ameaça. E há ainda os que justificam sua atitude por falta de tempo... Não temos essa cultura. Toda vez que nos é solicitado descrever em pouco tempo três características positivas de pessoas que trabalham conosco, há dificuldade em fazê-lo; já se o exemplo for o contrário, provavelmente há muito mais facilidade de destacar. Quando uma pessoa recebe um elogio sincero pelo que faz, é como se os hormônios reconhecessem tais comandos imediatamente e começassem a agir positivamente, elevando a autoestima, transformando-a em um sujeito

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mais seguro, ousado e assertivo. Todo esse processo resume-se em reconhecimento e valorização da pessoa e não tem custo algum para a empresa e muito menos para quem o pratica. Cabe observar ainda que não é só a pessoa que recebe o elogio que fica gratificada, quem o pratica também; pois, ser grato e reconhecer outra pessoa também faz bem para quem lidera. Ambos obtêm resultados positivos e se motivam a produzir mais. Tudo isso é muito óbvio. No entanto, apesar de tão claro, muitas organizações investem alto em treinamentos motivacionais para no final enxergar o óbvio: é preciso elogiar! Como implementar o hábito de elogiar no dia a dia de trabalho? Um elogio não deve ser dado sem critério. A importância de elogiar está em reconhecer uma atitude relacionada a uma ação concreta ou comportamento observável. Elogios não são adjetivos aplicados às pessoas, mas, sim, a ações que ampliam a motivação. É uma forma de incentivar a manutenção ou o crescimento de aspectos positivos do indivíduo. Para elogiar alguém da equipe é fácil: um bilhetinho; um gesto de OK, um “tapinha nas costas” resolvem. Não precisa de nenhuma ferramenta especial além da boa vontade. Lembre-se de que ao reconhecer um mérito, o líder não deve criar expectativas relacionadas a aumento de salário ou outro tipo de recompensa monetária. As pessoas gostam e merecem ser elogiadas e valorizadas pelo que entregam e, por isso, eu pergunto: você já elogiou alguém hoje? imagem: DIVULGAÇãO

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estratégia

Como vender mais com o marketing digital

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Esse é um caminho sem volta que deverá atrair cada vez mais a atenção do varejo em todos os segmentos, como o mercado farmacêutico

Mônica Lobenschuss Especialista em marketing digital e sócia fundadora da Social Lounge, primeira rede de franquias de mídias sociais do Brasil, com 20 anos de experiência no mercado 36

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De que forma crescer em um ano de crise financeira? Onde conseguir novos clientes? Como posso promover mais os itens de perfumaria, suplementos e outros produtos de alto valor agregado? Como vender mais para os atuais consumidores? É possível ser conhecido por novas pessoas e divulgar ainda mais a minha marca? Talvez essas sejam algumas das principais perguntas que estão na pauta diária de todo o varejo farmacêutico e nas metas gerenciais, mas que ainda continuam sem resposta. Com verbas reduzidas de publicidade e divulgação, como resolver essa complexa equação? Vemos no mercado, principalmente nas maiores redes e em canais consolidados de e-commerce, o crescente aumento do marketing digital nas estratégias de vendas e de fidelização, devido aos retornos impressionantes de resultados, economia substancial de verba permitida, agilidade e mensuração de resultados. É a melhor forma de tangibilizar o desempenho das ações de marketing, pois gera conversão em vendas. Para ampliar a visibilidade da sua farmácia junto aos potenciais clientes, o ideal é fazer uma combinação de ferramentas, que pode incluir a gestão do perfil da marca nas principais redes sociais, ações de engajamento, anúncios no Facebook e uso de links patrocinados no Google, além de campanhas de e-mail marketing, e-books, conteúdos direcionados em blogs e os poderosos

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resultados do inbound marketing, para captação de novos consumidores. Tudo isso deve seguir um planejamento de marketing digital, para que as ofertas e os benefícios possam ser divulgados de forma alinhada e, muitas vezes, incluir patrocínio de laboratórios. Podemos citar como exemplo os repelentes e os suplementos vitamínicos. No primeiro caso, a campanha digital pode alertar para a importância dos repelentes, os diferenciais dos produtos encontrados no mercado, graus de prevenção, etc. Esse tema pode estar em um blog de saúde, em e-mail marketing e também nas redes sociais de sua farmácia. Além disso, pode ser feito um e-book sobre o tema, dentro de um projeto de inbound marketing, conceito de compartilhamento direcionado para um público-alvo via marketing de conteúdo. Depois de gerar o interesse e a demanda pelo produto, basta estimular a venda com promoções, combos de produtos e desconto com cartão fidelidade, entre outras iniciativas. No segundo caso, dos suplementos, a fórmula é a mesma: gerar conteúdos de interesse em diversos canais digitais, estimular a demanda nos consumidores, criar promoções e outros incentivos e vender mais. Não dá mais para viver somente de encartes. É preciso buscar os novos clientes no celular, na internet e nas redes sociais, onde eles estão o dia todo. imagem: DIVULGAÇãO

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O equilíbrio da flora intestinal

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Aumento do ICMS afetará preço dos medicamentos

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Doze estados aumentaram a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o que vai encarecer o produto ao consumidor. Especialistas debatem alternativas à elevação de taxas

O ano iniciou com aumentos de impostos. Perdas na arrecadação resultantes da crise econômica e de descontroles das contas públicas fizeram com que a União, os estados e muitos municípios promovessem elevação das alíquotas. Em que pese os medicamentos terem no Brasil uma das mais altas cargas tributárias do mundo, 12 estados decidiram aumentar o percentual de um dos principais impostos do setor, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre todos os medicamentos comercializados no Brasil. A maioria dos reajustes gira em torno de 1% de alíquota, o que gera um aumen-

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Por Marcelo de Valécio

to no preço de tabela de 1,2%. Com isso, no Rio de Janeiro, que já tinha uma das mais altas alíquotas do País, o imposto passou de 19% para 20%. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), a majoração nas alíquotas deve diminuir os descontos dos medicamentos vendidos ao cliente final. “Acho difícil que não haja um repasse ao consumidor. Nos aumentos de impostos, especialmente o varejo não consegue absorver”, observa o diretor da Interfarma, Pedro Bernardo. “Quando o aumento do imposto acontece, o medicamento muda de lista. Existem listas para 17% e listas para 18% de impostos. Então, o preço máximo que pode ser praticado pelas farmácias varia de acordo com o imposto de cada estado.” imagens: Shutterstock

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pelo menos 75% da população conta apenas com os próprios recursos para a compra de medicamentos, sendo que cerca de metade dela não consegue custear todas as terapias de que precisa, pelo tempo necessário Funciona assim Nas vendas dentro do estado, o ICMS é cobrado de acordo com a alíquota prevista na legislação estadual (que varia de 12% – em SP e MG – a 20%). Quando um medicamento é vendido para outro estado, na primeira transação, é preciso verificar a alíquota interestadual, que é o ICMS próprio. “Suponhamos que, na origem, seja 7%, então a fábrica recolhe 7%. Mas é preciso olhar o ICMS do estado para o qual o medicamento será vendido. Por exemplo, no Rio de Janeiro, que agora passou para 20%. Então, é preciso dar a diferença (13%) em desconto, para funcionar como um crédito. No Rio, recolhe-se a diferença. Vai ser faturado com a tabela do destino”, explica Bernardo. Eventual desequilíbrio decorrente da diferença de alíquotas entre estados deve ser ajustado por meio de repasse. Atualmente, o repasse está regulamentado em resoluções da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que exigem que a indústria e os distribuidores repassem obrigatoriamente a unidades varejistas a diferença de alíquotas de ICMS entre o estado de origem e o de destino. O diretor regional do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Alexandre Buzato Fiorot, lembra que o aumento anunciado pode ser ainda maior no bolso dos consumidores. “Haverá impacto direto sobre o preço final de venda dos produtos, com reflexo no aumento não só no ICMS, mas também em outros tributos, já que no Brasil temos a multi-incidência tributária ou efeito cascata. Isto é, tributo que incide sobre ele mesmo. É o famoso cálculo por dentro, no caso do ICMS que, a título de exemplo, faz com que a alíquota de 18% represente um custo efetivo de 21,95%. Como no caso do Programa de Integração Social (PIS) e da 40

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) que incidem sobre o valor do ICMS e vice-versa.”

Aportes para a indústria Não é apenas no varejo que o impacto é imediato, os fabricantes também estão sendo pressionados. De acordo com levantamento da Interfarma, os medicamentos no Brasil têm 34% do preço composto por tributos, e a indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a desvalorização do real e o preço da energia. “Se os descontos ao consumidor forem reduzidos e, por consequência, o preço do medicamento subir, há o risco de perder mercado”, afirma o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto. “Nesta conjuntura, a elevação de impostos poderá inibir investimentos, retardar o lançamento de produtos e interferir no mercado de trabalho setorial”, acrescenta o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Considerado o panorama econômico pelo qual passa o País, o aumento da carga tributária pode trazer consequências indesejadas, avalia o presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Paulo de Barros Carvalho, “que vão desde a redução do consumo dos produtos onerados, até, em decorrência deste fator, o encerramento das atividades de algumas empresas. Além disso, a alta da carga tributária pode implicar aumento dos índices de sonegação e crescimento das atividades realizadas na informalidade”.

Prática mundial Diferentemente do Brasil, em muitos países, os impostos variam entre 5% e 10%, sendo que algumas nações chegam a isentar tal cobrança dos medicamentos, diante da essencialidade do produto, lembra Bernardo. “Mesmo quando olhamos para o mercado interno, notamos o quão injusta é a cobrança sobre medicamentos: até biquínis e bichinhos de pelúcia são menos taxados. Hoje, cerca de metade da população brasileira não consegue realizar todos os tratamentos de que precisa e pelo tempo necessário, justamente pelo excesso de impostos.” Para Mussolini, a queda de arrecadação é um péssimo argumento para justificar a elevação de

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impostos, especialmente de medicamentos. “Se os governos federal e estaduais querem arrecadar mais, precisam instaurar ambientes favoráveis à retomada da atividade econômica e não onerar as empresas e os consumidores ainda mais. Além disso, aumentar o imposto incidente nos medicamentos é um grande equívoco, que custa caro aos estados e à população. Pois, ao fazê-lo, os estados dificultam o acesso aos tratamentos e, como consequência, gastam mais em internações, cirurgias e absenteísmo.” Segundo a Interfarma, pelo menos 75% da população conta apenas com os próprios recursos para a compra de medicamentos, sendo que cerca de metade dela não consegue custear todas as terapias de que precisa, pelo tempo necessário. “Com o envelhecimento da população, as doenças crônicas e complexas, como diabetes e câncer, estão se tornando mais frequentes. E isso aumenta o gasto com saúde”, aponta Britto. “A elevação de um imposto indireto, como o ICMS, acaba por encarecer o preço final do medicamento, dificultando o acesso a ele, atingindo, em especial, o seguimento da população mais carente”, completa o professor e supervisor de Economia da ESPM-SP, Orlando Assunção Fernandes.

Argumentos governamentais Existe a consideração de que os mais pobres recebem os medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por isso não são penalizados. Fernandes não concorda com essa tese. “O SUS, como concepção de um modelo de acesso universal à saúde, é louvável e merece elogios. Há, sem dúvida, um papel social desempenhado pelo SUS de extrema

os medicamentos no Brasil têm 34% do preço composto por tributos, e a indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a desvalorização do real e o preço da energia 42

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relevância, não só no acesso ao diagnóstico e ao tratamento, mas também na distribuição de medicamentos de uso contínuo. Todavia, sabemos que nem todos os pacientes têm acesso, no momento e na quantidade necessária, aos medicamentos de que necessitam e que, muitas vezes, precisam adquiri-los da rede particular de farmácias.” O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e sócio diretor da Data Custos Assessoria e Consultoria, Nelson Bruxellas Beltrame, também não acredita que todos sejam alcançados pela gratuidade. “O governo não distribui gratuitamente todos os medicamentos consumidos pela população, mesmo de baixa renda, além de toda a burocracia, há falta constante de produtos e dificuldades na sua obtenção. Vale lembrar que o programa Farmácia Popular deve sofrer cortes devido à falta de orçamento por parte da União.” Carvalho faz coro aos especialistas. “Justificativa dessa natureza parece-me completamente descabida. O SUS configura apenas um dos mecanismos de concretização do direito constitucional à saúde, não esgotando, contudo, o âmbito de medidas para assegurar amplo acesso aos serviços e produtos de saúde. Medicamentos, estando relacionados intrinsecamente ao direito à saúde, compõem o conjunto dos produtos de suma relevância para toda a população, circunstância que afasta as justificativas que têm sido feitas pelos estados para fins de aumento do ônus fiscal.” Bernardo pondera também que a queda de arrecadação não foi gerada pela venda de medicamentos, é um problema de desaquecimento econômico geral. “Aumentar a alíquota neste momento é um tiro no pé. As pessoas estão com menos renda, por isso pagam menos impostos. Aí, você aumenta a alíquota de quem está pagando para não perder arrecadação, o que gera um ciclo negativo que vai piorando a situação, agravando-se a crise.” O aumento de tributos é uma medida fácil e cômoda para os estados, na opinião de Fiorot. “A alternativa primeira deveria ser a urgente redução das despesas públicas pelos estados e, se ainda assim, o aumento do ICMS fosse inevitável, que ele se desse apenas sobre os produtos supérfluos e não sobre medicamentos.” “É conhecido por todos que o gasto público é, por vezes, mal destinado, gerenciado e aplicado”, adiciona Fernandes. “O equilíbrio das contas pú-

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blicas, das várias esferas governamentais (União, estados e municípios), deve ser perseguido e obtido não somente via criação de novos tributos ou majoração das alíquotas de impostos existentes, mas, principalmente, por maior controle, eficiência e racionalidade na utilização do dinheiro dos contribuintes, especialmente com cortes nos chamados gastos administrativos.” Carvalho acredita que seja perfeitamente possível aumentar a arrecadação sem a correspondente elevação da carga tributária. “Isso pode ser operacionalizado com a realização de um intenso processo de racionalização do sistema. Racionalizando podemos, em médio prazo, conseguir incrementar a arrecadação sem aumento dos tributos. Por outro lado, caso os estados considerem indispensável o aumento da arrecadação do ICMS, seria recomendável que tal medida se operacionalizasse quanto a produtos não essenciais.” Na visão dos analistas do setor, na verdade, a redução dos tributos é que seria desejável em um momento como agora, beneficiando o acesso da população aos medicamentos, que consumiria mais e, por extensão, faria crescer o bolo da arrecadação. “Reduzir a carga tributária dos medicamentos é antes uma solução e não um problema, além do que seria uma atitude de bom senso. Ao permitir que as pessoas tenham mais acesso aos medicamentos e cuidem melhor de sua saúde, prevenindo enfermidades, controlando e curando doenças, União, estados e municípios teriam despesas menores com internações, exames, pensões, etc. Ou seja, a eventual perda de receita seria amplamente compensada pela expressiva redução de custos do sistema de saúde público e privado”, afirma Mussolini. Bernardo endossa essa opinião. “O medicamento é um bem essencial para que as pessoas tenham boa saúde e sejam mais produtivas. A União depende de produtividade e quanto mais saudável for a sua força de trabalho, com menos dias de trabalhos perdidos por problemas de saúde, melhor para a luta contra o momento difícil em que o País vive. É por isso que muitos países não taxam medicamentos. A Grécia, quando entrou em crise, não aumentou os impostos sobre medicamentos porque queria aumentar a produtividade da população.” Se tivéssemos uma redução na carga fiscal dos medicamentos, no Brasil, o consumidor, principal44

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mente o de baixa renda, teria o benefício imediato em seu orçamento pessoal, podendo, como consequência, liberar recursos que seriam consumidos em outros itens, como alimentação, transporte ou moradia, pondera Beltrame. “Como o governo também recolhe impostos sobre esses outros itens, não haveria queda na arrecadação de impostos como um todo e todos ganhariam.”

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Agravantes da adversidade

Governo atrasa repasses contratuais para laboratórios, hospitais e municípios, intensificando ainda mais os efeitos da crise no mercado e na população. Perspectivas não são de melhoras até o início do segundo semestre Por Rodrigo Rodrigues

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A crise que abate as contas públicas brasileiras e contamina a economia nacional chegou, nos últimos meses, ao Ministério da Saúde (MS). Além dos cortes do programa Aqui tem Farmácia Popular no início deste ano, laboratórios e secretarias de saúde de todo o País reclamam que o governo federal tem atrasado o repasse de recursos de compras de medicamentos e atendimento a hospitais filantrópicos de todo o Brasil. Nos cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os atrasos nesses repasses chegaram a somar cerca de R$ 2,8 bilhões. Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkowski, esses atrasos começaram em 2014 e se estenderam durante todo o ano de 2015. Na avaliação do executivo, o temor é de que a situação se prolongue durante 2016,

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transformando o sistema de saúde dos municípios em algo ainda mais caótico. “Esses atrasos constantes afetam o atendimento direto da população, prejudicando a saúde financeira dos municípios, que não têm dinheiro excedente para honrar contratos de compra de medicamentos, pagamento de funcionários e atendimento nas Santas Casas e até nos postos de saúde”, alerta Ziulkowski. O governo federal é o maior comprador de medicamentos dos laboratórios brasileiros. De acordo com o MS, de 2013 até o fim de 2016, são previstos gastos de cerca de R$ 35 bilhões na aquisição de medicação para distribuição em postos de saúde, hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) e unidades dos programas Farmácia Popular do Brasil e Aqui tem Farmácia Popular. Embora não queiram se pronunciar publicamente, os laboratórios reclamam que o governo tem demorado imagens: Shutterstock

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até quatro meses para honrar os contratos, prejudicando o fluxo de caixa das empresas e atrasando novas encomendas de insumos. Na visão dos empresários do setor, os atrasos mascaram cortes de compra e demanda que não são assumidos publicamente pelo governo. Oficialmente, o MS diz que as falhas nos repasses foram pontuais e nada tiveram a ver com o contingenciamento de recursos promovido pela presidência da República desde o início do ano de 2015. O Ministério garante que não serão promovidos cortes no montante de recursos destinados à compra de medicamentos para os brasileiros até o fim de 2016.

Análise governamental Entre parlamentares da própria base governista e do Partido dos Trabalhadores (PT), porém, há o reconhecimento de que falhas de repasses e pagamento de contratos sofrem problemas no MS. “O último fim de ano foi muito difícil para o governo, em virtude da crise política que atrapalhou a votação da meta fiscal, garantindo gastos acima do teto constitucional sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem ela, o governo não poderia comprometer gastos públicos para não ter problemas políticos adiante. Mas uma vez que a meta fiscal foi aprovada, os repasses foram feitos e estão sendo normalizados”, explica o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Sibá Machado (PT-AC). Com a nova meta fiscal aprovada em dois de dezembro último, o governo foi autorizado a encerrar 2015 com rombo recorde de quase R$ 120 bilhões, sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. A luta agora, segundo o parlamentar petista, é que, neste ano, as coisas sejam mais fáceis a partir da aprovação do orçamento de 2016 até entrada do ano parlamentar, e também do ajuste fiscal proposto pelo governo. “O governo está fazendo um sacrifício enorme para não prejudicar a população. É um momento de aperto em que todos devem colaborar e dar sua parcela de contribuição para a melhoria da vida dos brasileiros, sem interesses partidários e individuais. Certamente os brasileiros têm entendido esse momento de correção de rota feito pela presidente Dilma Rousseff, mas certos políticos da oposição só querem atrapalhar a vida de todos, em nome de interesses partidários”, critica o deputado. Para 2016, o corte no orçamento proposto pela administração federal soma R$ 26 bilhões. O governo 48

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o temor é de que a situação se prolongue durante 2016, transformando o sistema de saúde dos municípios em algo ainda mais caótico também estima um aumento de impostos que chegaria a R$ 40 bilhões. Mesmo assim, o orçamento seria R$ 30 bilhões deficitário no próximo exercício. Só na pasta da Saúde, a peça orçamentária de 2016 prevê cortes de R$ 3,6 bilhões, sendo que R$ 578 milhões dizem respeito apenas ao programa Aqui tem Farmácia Popular, que teve 15% dos medicamentos vendidos em farmácias cortados. As especialidades retiradas do programa são rinite, incontinência urinária, osteoporose, glaucoma, colesterol e Parkinson. São ao menos 14 medicamentos restritos em 2016 apenas nas redes do Farmácia Popular do Brasil – as unidades governamentais do programa em todo o País.

Pedido de impeachment Segundo o cientista político da Fundação Getulio Vargas (FGV), Cláudio Vieira Couto, a crise poderia estar hoje em outro patamar, caso os conflitos políticos no Congresso tivessem se resolvido antes do fim do 2015. A paralização do Congresso em virtude da Lava Jato e das denúncias de corrupção do presidente da Câmara transformaram 2015 em um ano nulo. A situação atual das contas públicas é efeito de uma política econômica anterior fracassada, que está tentando uma correção de rota. Mas sem o aval do Congresso Nacional, nada foi para frente, agravando ainda mais a situação pública para todos os entes federativos. “Nesse ponto, 2015 foi um ano trágico, que em nada se aprovou. Foi um réquiem entre Dilma e Eduardo Cunha, que culminou com o pedido de impeachment que ninguém sabe onde vai dar, nem quando vai acabar. Muito menos as consequências disso. Por isso, 2016 promete ser bastante tumultuado, estendendo a atual situação ainda mais para agonia de gestores que têm contrato com o governo e, principalmente, a população”, declara Couto.

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Para o cientista político da FGV, o desemprego é o que vai continuar forçando uma situação ruim no País no primeiro semestre de 2016, mesmo que o pedido de impeachment tenha um desfecho rápido no Congresso e o ajuste fiscal seja aprovado na sequência. “O desemprego tem a ver de fato com a situação ruim da economia. É herança do fracasso da política econômica anterior. É evidente que um ajuste fiscal quando implementado também tem um efeito imediato recessivo, porque ele corta gasto público que é uma fonte de demanda. E isso tem impacto também sobre o emprego. Na medida em que você faz uma correção a médio prazo, não a curto prazo. Assim como a política de juros, que tem um impacto anti-inflacionário, mas também tem um impacto imediato de retração. Nesse ponto, acho que 2016 ainda é um ano de ajuste e as coisas vão piorar antes de melhorar. Será um ano muito difícil porque é um período ainda de implantação das medidas do ajuste, isto se de fato todas elas forem implementadas e aceitas pelo Congresso Nacional. Se elas não forem aprovadas por dificuldades políticas, você tem aí um problema de confiança que pode criar ainda mais dificuldades para o País nesse período”, avalia o professor.

Perspectivas para o canal Na avaliação do coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da FGV, professor Maurício Morgado, os laboratórios e farmácias foram muito dependentes do governo até aqui e precisam procurar alternativas para contornar essa situação de falta de honra nos contratos e de cortes de demanda. “Dois mil e quinze foi ano do fundo do poço. O governo encerrou o ano sem dinheiro para nada. Com o ajuste apresentado, essa situação tende a se prolongar ao longo de 2016. O segredo ainda continua sendo as empresas olharem para dentro delas e buscarem fôlego para 2016, melhorando eficiência, gastos e resultados, tirando o máximo dos sistemas já existentes, independente do porte e do ramo do varejista e fabricante. Como o mercado lá fora igualmente não reage, a ideia agora é aproveitar ao máximo as vendas que estão vindo e aproveitar ao máximo o cliente dentro da loja. Tem de buscar eficiência interna o tempo todo, com promoções, ações de merchandising, fidelização e bom atendimento, melhorando até o visual da loja e não deixar faltar mercadoria. Isso vai fazer uma 50

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diferença boa perante a concorrência, que vai se acirrar nos próximos meses”, declara Morgado. Apesar do período difícil, o professor do Núcleo de Varejo da FGV vislumbra um ano positivo para os varejistas e industriais do ramo farmacêutico. “A venda de medicamentos independe de crise e as pessoas vão continuar se sacrificando para comprar, e a parte que sobra para o luxo. O sujeito não pode comprar um celular novo agora, um tênis da moda, mas gasta com o cosmético, e os produtos de higiene acabam sendo o último refúgio de um modo de vida para ele. E as farmácias e supermercados, nesse ponto, devem levar vantagem sobre outros setores no próximo período por conta dessa natureza do negócio. Por isso, varejistas e farmacêuticos precisam estreitar laços e traçar oportunidades conjuntas para aproveitar essa disposição do consumidor nas farmácias e vender mais, superando a dependência dos contratos e vendas do governo”, opina Morgado.

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Estratégias do varejo farmacêutico Grandes redes, farmácias associadas e independentes criam suas armas para fugir da desaceleração da economia

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Por Marcelo de Valécio

O Brasil atravessa um momento difícil, de ambiente político hostil, em que governo e oposição disputam no braço de ferro para ver quem toma conta do País. Enquanto isso, a economia entra em declínio e não se vê horizonte de mudanças no curto prazo. “No cenário atual, é improvável uma recuperação em 2016. Um sinal de reação somente virá quando ficar evidente que as reformas serão aprovadas e calcadas em sólidas bases que promovam e incentivem os investimentos”, afirma o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Thiago Carvalho. “A crise pela qual o País passa atualmente é, acima de tudo,

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uma crise de credibilidade. A confiança dos empresários nunca esteve tão baixa”, diz Carvalho. Segundo ele, após dez quedas consecutivas, atingindo o menor valor da série histórica em setembro último (72,3 pontos), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) na Região Metropolitana de São Paulo, medido mensalmente pela FecomercioSP, mostrou leve recuperação em outubro passado ao atingir 72,8 pontos, alta de 0,7% em relação ao mês anterior. “Contudo, levando-se em consideração que o ICEC varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), fica evidente que o cenário ainda está longe de ser positivo”, avalia o economista da FecomercioSP. A comparação com o resultado obtido em outubro de imagens: Shutterstock

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a expectativa do setor farmacêutico para 2016 é a melhor possível, com manutenção da curva de crescimento, mantendo um crescimento de 12% a 13% 2014 reforça essa constatação. À época, o indicador atingiu 102,6 pontos, portanto, ainda no patamar de otimismo. De lá para cá, o ICEC já despencou 29,1%. Já o Índice de Expansão do Comércio (IEC), também divulgado pela FecomercioSP, que mede a propensão a investir do empresário a partir da contratação de funcionários ou da compra de máquinas e equipamentos, se manteve em patamares muito baixos em outubro último, com 66,8 pontos, o mesmo resultado verificado em setembro e o menor da série histórica, iniciada em 2011. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a queda foi de 35,9%. “Das 600 empresas entrevistadas, 68,7% afirmaram que pretendem reduzir o quadro profissional nos próximos meses. Com relação à expansão dos negócios, o que inclui a aquisição de máquinas e novas instalações, 75,6% disseram que estão investindo menos do que em 2014”, revela Carvalho. Ao longo de 2015, os resultados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) no estado de São Paulo, da FecomercioSP, mostraram que apenas os setores que comercializam bens essenciais (alimentos, higiene e limpeza) apresentaram crescimento nas vendas. Aqueles que são dependentes de crédito ou de longos financiamentos ainda sofrem com as incertezas no cenário econômico e político que tornam o consumidor mais cauteloso na hora de comprar.

Realidade varejista Nesse cenário, varejo farmacêutico continua um ponto fora da curva. O ramo de farmácias cresceu de forma acelerada ao longo dos últimos anos, beneficiado pelo crescimento da renda e baixo desemprego que permitiram a ascensão social das camadas mais pobres dos brasileiros e também pelo envelhecimento e aumento da expectativa de vida da população. Com maior poder de consumo, milhões de pessoas passaram a se preocupar mais com a saúde e o bem-estar, e o crescimento do mercado de planos de saúde e de cosméticos confirma esse comportamento. “Além disso, é importante ressaltar que, na 54

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atual conjuntura de crise, com previsão para 2015 de queda de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), de 8% nas vendas do varejo paulista e baixa confiança de empresários e consumidores, o setor de farmácias e perfumarias é um dos poucos que consegue apresentar resultado positivo, ainda que em desaceleração, e que gera empregos”, sublinha Carvalho. De acordo com a PCCV-FecomercioSP, apenas os setores que comercializam bens essenciais ainda conseguem apresentar um desempenho positivo. Em agosto de 2015, o faturamento real das farmácias e perfumarias apresentou alta de 1,8% em relação ao mesmo período de 2014 e de 3,9% no acumulado do ano. “O varejo conseguiu colher frutos dos incentivos que o governo proveu, porém também aumentou o nível de endividamento da população brasileira que agora acaba refletindo neste cenário econômico adverso. O varejo farmacêutico ainda prospera. Acredito que pelo bônus demográfico que estamos colhendo, com mais pessoas economicamente ativas, envelhecimento da população com novas opções para prolongamento da vida e maior profissionalização do setor, tudo isso dá fôlego ao setor farmacêutico”, salienta o professor do núcleo de negócios do varejo da ESPM, Gean Martins.

Grandes Redes De acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, o mercado farmacêutico continuou acumulando vendas recordes no ano, apresentando crescimento sustentado de dois dígitos. As empresas ligadas à Abrafarma mantiveram o ritmo de crescimento muito acima da média geral de 7% obtida pelo varejo farmacêutico nacional. Segundo o executivo, de janeiro a setembro de 2015, foram movimentados R$ 26,37 bilhões em vendas, percentual 12,31% superior ao do mesmo período de 2014. “Os não medicamentos foram os grandes impulsionadores do resultado no acumulado do ano, com

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movimento total de R$ 8,78 bilhões e aumento de 14,99% na comparação com os nove meses de 2014. A comercialização de medicamentos chegou a R$ 17,59 bilhões, 11,02% a mais do que no mesmo período de 2014”, revela Barreto. Para 2016, o executivo projeta um avanço tímido no processo de recuperação da macroeconomia. “Será um período para se revisar despesas e margens de lucro. Mas para o setor farmacêutico, a expectativa é a melhor possível, com manutenção da curva de crescimento, mantendo um crescimento de 12% a 13%.” Para Barreto, há uma série de fatores que devem continuar a promover um crescimento sustentado do mercado nos próximos nove meses. É o caso do envelhecimento da população, maior incidência e diagnóstico de doenças crônicas e o investimento estrangeiro em hospitais privados, além da manutenção de programas do governo em saúde, apesar do corte de gastos. “Na Abrafarma, continuaremos apostando, abrindo novas lojas, ampliando a linha de produtos e a oferta de serviços.” O bom desempenho das redes, frisa Barreto, reforça uma nova tendência de consumidor, que é mais maduro e exigente. “O cliente busca proximidade, conforto e diversidade de itens em um mesmo espaço. Ele sai de casa para comprar um medicamento já com a intenção de levar também uma pasta de dente, um protetor solar ou um creme antienvelhecimento. Cada vez mais, o canal farma também é um local de conveniência”, diz.

Destaques e oportunidades Entre as categorias de medicamentos, Barreto revela um crescimento nos genéricos. Eles seguem em contínua expansão, com ganho de market share, como resultado de perda de patentes e aumento da base de pacientes. Entre janeiro e setembro de 2015, essa categoria registrou incremento de 10,97%, superior ao do mesmo período do ano anterior, somando R$ 3,05 bilhões. Ao todo, nesse período, foram vendidas mais de 199,9 milhões de unidades de genéricos na Abrafarma. Já as farmácias independentes e as associativistas também criam as suas estratégias para não sofrer com a crise. Levantamento do IMS Health revela que as lojas das redes associadas da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independen56

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tes de Farmácias (Febrafar), que utilizam o Programa de Estratégias Competitivas (PEC), apresentaram crescimento bastante superior ao do mercado nos últimos dois anos. As lojas que utilizam o programa de desconto tiveram desempenho melhor, inclusive, em comparação com as lojas da Febrafar que não fazem uso da ferramenta. “O PEC é muito procurado por lojas que desejam aumentar as vendas de maneira sustentável e estratégica, fidelizando os clientes e democratizando os descontos”, afirma o gerente do Produto PEC na Febrafar, Ney Henrique Santos. Com mais de quatro milhões de cartões emitidos, as 1.885 lojas com PEC oferecem descontos e benefícios exclusivos aos clientes. “Ao utilizá-lo, o consumidor tem a sensação de que naquela farmácia os medicamentos são mais baratos do que em outras da região”, segundo Santos. “O PEC é o nosso programa de fidelidade. Ele melhora o desempenho das lojas porque profissionaliza o desconto concedido ao cliente e ajuda as lojas a manter seus indicadores numa performance elevada”, afirma o presidente da Febrafar, Edison Tamascia. “Ao inserimos um consumidor nele, garantimos que, em todas as compras que realizar em uma unidade nossa, ele terá descontos atrativos em todos os medicamentos adquiridos. Somos o único programa de acesso que oferece descontos em todos os medicamentos, sejam eles tarjados ou não.” Além desse diferencial, é possível, segundo o executivo, a partir do programa, monitorar o cliente em relação ao seu hábito de consumo e de frequência de compra e, a partir destas informações, criar campanhas direcionadas e fazer uma série de interações com os consumidores.

Ferramentas únicas Segundo a Febrafar, as redes associadas à entidade ganham destaque em performance em relação a outros modelos de negócios. Os números recentes extraídos de relatórios da Close-Up mostram que as grandes redes estão longe de levar as lojas independentes ao fim. “Antes se pensava que as grandes iam crescer a ponto de não ter mais mercado disponível, principalmente para a farmácia independente. Mas a situação já se configura de outra forma. A própria dinâmica que o nosso mercado teve com redução de preço e perda de exclusividade da maioria dos produtos criou 58

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Das empresas entrevistadas, 68,7% afirmaram que pretendem reduzir o quadro profissional

um conjunto de novas oportunidades em que a farmácia independente e o associativismo souberam aproveitar bem”, afirma o diretor regional Latan da Close-Up, Paulo Paiva. “Os que se associam estão tentando uma forma mais rentável de comprar e consequentemente de vender mais. Em tempos de crise, isso favorece a população”, pondera a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa. “Está havendo a troca de um padrão pelo outro. Talvez esse modelo seja uma tentativa de salvação para quem já vinha sentindo a crise antes dela se instalar. Quem se mexeu antes está preparado para as marolonas.” “Apesar de serem ainda farmácias de menor porte, o modelo associativista em que atuam, localização e mix com que trabalham têm trazido vantagem competitiva dentro do mercado”, explica Paiva. O crescimento é visível em todas as categorias. “Não há um destaque em uma parte ou em outra, mas para todo o mix”, ressalta o executivo.

Mais um modelo “O varejo individual ou que não é grande rede, está numa fase de reorganização e reordenamento, ocupando de forma efetiva a sua real importância no atendimento ao usuário de medicamentos em todos os municípios do País”, acrescenta o diretor executivo da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), do setor de atacado, Jorge Froes de Aguilar. “Isso é bom para eles, para o mercado e, principalmente, para o consumidor. A farmácia, por menor que seja, é um comércio de importância e segurança ao paciente. O importante é que o setor está antenado com o momento político e econômico em que vive o País. Não há segredo e sim foco no negócio e nas tendências e, principalmente, responsabilidade com a atividade.”

vantagens observadas Regina lembra que, apesar de as grandes redes de farmácias investirem em profissionalização e diversificação, não têm obtido os mesmos bons resultados dos anos anteriores. “Elas sofrem mais com a crise porque é muito mais fácil controlar até três lojas do que 1.200, no mesmo padrão em todos os estados do País. Percebemos que algumas redes cres-

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cem porque têm dinheiro para investir em alvenaria e outras crescem com posicionamento e profissionalização da equipe. As que só investem rasteiramente abrem umas lojas e fecham outras. Já as que investem com pesquisas antes da abertura dos pontos e reforçam o treinamento de pessoal e o atendimento sobrevivem por anos e crescem mais ainda. O que isola as independentes do avanço das redes é um ponto exclusivo bem distante delas ou uma tradição garantida em bom atendimento.”

Gestão e processos Outros fatores têm ajudado o crescimento do modelo associativista, segundo a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso. “Um dos principais está relacionado à insistência dos gestores nos cuidados com os processos, profissionalização, informatização, layoutização e gestão de categorias.” A especialista aponta outros elementos que têm sido trabalhados por entidades, como a Febrafar, com efeito positivo nos últimos anos em função da necessidade dos associativistas em fazer frente às grandes redes. Entre eles, estão a união (“Aprender a pensar coletivamente e trocar experiências. Isso traz resulta60

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dos”, diz Silvia.); compra conjunta (proporciona maior poder de negociação e acesso a grandes fornecedores); fixação da marca (uma marca forte na fachada associa o negócio à rede e ‘marca o território’); e conceito de loja (orientações da rede quanto ao visual e conceito da loja, desde a fachada, o layout interno e externo, passando pela uniformização, aparência dos funcionários até a informatização e modernização de processos). Outros aspectos incluem: capacitação de pessoal (a qualificação dos empresários e funcionários melhora a gestão do negócio, a qualidade do trabalho e o atendimento); lucratividade (aplicar margens mais corretas leva a aumentar o faturamento); parcerias (os fornecedores são essenciais para crescer ações nas farmácias. “Mas fortalecê-las é fundamental para o desenvolvimento do associativismo”, frisa Silvia); e competitividade (comprar bem e com lucro, maximizar e diversificar o mix , entender as reais necessidades dos clientes, capacitar-se gerencialmente, viabilizar treinamentos para a equipe de colaboradores e organizar melhor o estabelecimento tornam as farmácias mais competitivas e com boa visibilidade no mercado).

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higiene & Beleza

Oportunidade lucrativa Categorias de cuidados Pessoais têm sido a grande aposta do varejo farmacêutico e ganham atenção especial quanto ao sortimento de itens

H

Por Tatiana Ferrador

Há muito tempo que nem só de medicamentos se compõe o tíquete médio de uma farmácia. Acompanhando um novo perfil de consumidor que busca otimizar suas compras em locais que concentram mais opções, as farmácias investem cada vez mais em um sortimento de produtos que vão muito além dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e Rxs (abreviação para a palavra latina recipere ou recipe que significa “faça uso de”), e onde itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) ganham mais visibilidade a cada ano. Para uma melhor noção do crescimento e potencial de vendas de produtos de HPC nas farmácias, basta analisar os dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que apontam que, apenas em 2014, os chamados não medicamentos foram

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responsáveis por cerca de R$ 10,7 bilhões em receitas. E mais: ao considerar os valores do ano anterior, pode-se observar um crescimento de 14,69%, valor superior aos 11,91% registrados nos medicamentos como um todo e até dos genéricos, que cresceram apenas 6,38% nas vendas do ano passado. Segundo estimativa da entidade, produtos que não integram a lista de medicamentos representam, atualmente, algo em torno de 30% do faturamento das farmácias de um total de R$ 32,3 bilhões apenas no ano passado. Para o consultor do Projeto Higiene e Beleza da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Valdomiro Rodrigues, as categorias de HPC têm sido uma grande aposta para o varejo farmacêutico e isto se deve pelo atual comportamento do shopper brasileiro que entende a farmácia como um dos locais corretos para exercer a sua imagens: Shutterstock/divulgação

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www.bozzano.com.br

* Fonte: Pesquisa Ipsos Quali (8 grupos – 60 pessoas) – Dez/12 | ** Fonte: ACNielsen Retail Index T.Brasil - INA+INFC S/Exp Geo – Share Volume – MA’14 | *** Fonte: Avaliação Sensorial – CECI 190 pessoas – Abril/13 | ****Fonte: Scantrack T.Brasil AS+Farma - Share Valor Mov.12

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experiência de compra deste setor. “Diferentemente dos medicamentos, que em sua grande maioria têm preços controlados pelo governo, os produtos do setor de HPC têm preços livres, o que permite ao varejista trabalhar com preços que protegem suas margens e o ajudam a perpetuar seu negócio.” O presidente da SBVC, Eduardo Terra, destaca que o emprego e a renda do consumidor são responsáveis por impulsionarem o setor de HPC

Em alta, apesar da crise

O segmento de HPC continua sendo promissor ante os demais que sofrem com a crise econômica pela qual atravessa o País, já que segue em crescimento, mesmo em ritmo menos acelerado que nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a indústria brasileira de HPC apresentou um crescimento médio deflacionado composto próximo a 10% ao ano nos últimos 19 anos, tendo passado de um faturamento ex-factory, líquido de imposto sobre vendas, de R$ 4,9 bilhões, em 1996, para R$ 43,2 bilhões em 2014. No entanto, as vendas de janeiro a setembro de 2015 já apresentam queda real de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, motivadas por vários fatores, tais como a instabilidade política e econômica pela qual o Brasil tem passado; a decisão do governo, tomada no início de 2015, de passar a cobrar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também das distribuidoras de cosméticos; a retração do poder de compra do consumidor; e a crise hídrica, que também impactou na venda de itens de higiene. Para o gerente de inteligência de mercado da P&G, Marcos Lima, as categorias de Higiene e Beleza (H&B) seguem em crescimento, diferente de outras em que se tem observado constante queda. “O consumidor brasileiro já está sentindo no bolso os efeitos da crise econômica e, por isso, já diminuiu o índice de compras de bens duráveis, parou de viajar, faz menos refeições fora de casa”, diz. “Mudou também o comportamento na hora de ir às compras, com diminuição da frequência e alteração nos 64

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canais que eram mais comuns para ele, contudo não quer ter de abrir mão de produtos de melhor qualidade que já experimentou e, por isso, prefere uma compra mais certeira. Um exemplo é o investimento em produtos de tratamento, como as ampolas, para manter o cabelo bonito, já que diminuiu a frequência com que vai ao cabeleireiro. É por isso que a categoria continua sendo uma aposta para o mercado.” O executivo lembra, ainda, que a mulher que antes ia ao salão pelo menos uma vez por semana, deixou de ter essa frequência, então agora busca por produtos que tratem do seu cabelo com uma qualidade similar. “Desse modo, ela passa a investir em uma ampola de tratamento, em uma tintura de qualidade, etc. É a mesma coisa que observamos com azeites ou cervejas premiums, que tiveram seus consumos elevados pelo fato de os consumidores saírem menos de casa para jantar”, diz. Endossando o raciocínio de Lima acerca do comportamento do consumidor de produtos de HPC, está o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, que vê o consumo relativamente protegido para este ano. “O público consumidor depende basicamente de dois fatores para continuar comprando produtos de HPC: emprego e renda que, por mais intempéries que sofreram, não foram os mais atingidos neste setor”, argumenta. “Tivemos cerca de 55 milhões de consumidores que deixaram as classes D e E em 2002, e três milhões retornaram em 2015, mas que ainda assim não querem abrir mão do benefício conquistado”, lembra. Terra ainda explica: “Uma pessoa que trocou o sabonete por xampu para a lavagem de cabelo certamente não quer voltar a usar o sabonete e é exatamente aí que está a oportunidade da farmácia lucrar com isto e aumentar o mix de produtos de HPC, já que este consumidor não quer e também não para de consumir, ainda que faça substituições ou vá com menos frequência ao ponto de venda (PDV).” Segundo dados de pesquisa do Kantar World Panel, a classe C, principal responsável pelo grande crescimento do mercado nos últimos anos, já começa a restringir suas compras de produtos da categoria, principalmente Cremes e Loções (-6%), Hidratante Corporal (-5%) e Produtos de Higiene Pessoal (-4%). “Dessa forma, vemos que, ainda que a crise esteja presente, os segmentos de cabelos, fragrâncias e maquiagem acabam ainda apresentando certa imunidade”, explica a presidente da REDS (Research Designed

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Benefícios para o consumidor

• Categoria extremamente atrativa: alto crescimento anual, ticket médio alto e produtos de uso contínuo

• Linha completa de alta performance e tecnologia para todos os níveis de incontinência

• Marca mais indicada por médicos e mais lembrada pelos consumidores

• Tecnologia Antiodor

• Presente em eventos, congressos médicos e nos principais hospitais do Brasil = geração de demanda

• Produtos hipoalergênicos e testados dermatologicamente

• Forte investimento em mídias (TV, Revistas e Internet)

• Único no mercado com horas de proteção

*Fonte: Nielsen Retail Index Share Valor FY15 Total INA+INFC (Novo Perf) / Base Total Incontinência Urinária

Comunicação da marca

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for Strategy), empresa de pesquisas focada em bens de consumo, Karina Millaré. “Isso é de se esperar, já que o Brasil é o segundo mercado mundial em cabelos, o primeiro em fragrâncias e o terceiro em maquiagem, sendo que este último teve um desenvolvimento bastante recente no Brasil, graças ao surgimento de novas marcas e aos canais de vídeos digitais, promovendo blogueiras a formadoras de opinião para esse segmento”, lembra.

Sortimento nas gôndolas No varejo farmacêutico, é possível observar diferentes estratégias quanto à definição do mix de produtos de H&B. Como lembra o consultor da Febrafar, é possível encontrar, em boa parte das redes de farmácias, um bom sortimento de produtos com análise de produtividade das marcas e um correto trabalho de gerenciamento de espaços. “Por outro lado, na maioria das médias e pequenas farmácias, encontramos muitas oportunidades no que se refere a mix de produtos, áreas de autosserviço, nivelamento de preços e, principalmente, velocidade de reposição da demanda para mitigar as rupturas das marcas preferidas pelos clientes.” Para Karina, o grande desafio para as marcas será garantir sua relevância a fim de que os consumidores das classes D e E continuem acreditando que vale a pena empregar seus recursos em determinadas marcas e não trocá-las por outras mais baratas. “Com a menor disponibilidade de recursos dos consumidores, a equação custo-benefício faz-se cada vez mais importante, com implicações tanto no que tange o desenvolvimento de produtos multibenefícios, onde os consumidores possam tratar mais de uma demanda; como em formatos, como é o caso dos packs familiares, com clara vantagem no custo unitário, que também poPara a presidente da dem ajudar na experimentaREDS, Karina Millaré, o ção de novos produtos, fundesafio das marcas é cionando como ‘porta de ense materem relevantes trada’ para novos lançamenperante o consumidor tos”, pondera. 66

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A coordenadora de atendimento H&B da Nielsen, Luciana Ignez, orienta às farmácias, que quiserem aumentar seu tíquete médio com produtos de HPC em 2016, que se atentem ao sortimento, em categorias diferenciadas e em preços competitivos. Afinal, em tempos de crise, o consumidor está mais atento do que nunca a preços e avaliando o custo-benefício de cada produto que adquire. “Apostar em promoções e em embalagens econômicas, assim como em kits promocionais são ótimas alternativas para manter os padrões de consumo”, sugere.

A coordenadora de atendimento H&B da Nielsen, Luciana Ignez, alerta que, em tempo de crise, o consumidor está mais atento aos preços

Expectativas consolidadas Para o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Claudio Felisoni de Angelo, 2016 será um ano complexo, com desaceleração de renda e empregos, o que vai exigir, por parte dos varejistas, um planejamento assertivo, gestão focada e conhecimento de mercado no qual está inserido. “Mais importante do que buscar mais consumidores é entender o comportamento dos que já entram em sua loja e, assim, aperfeiçoar a experiência deles, tendo como consequência o aumento de faturamento.” Felisoni de Angelo ressalta, ainda, que a farmácia que oferecer o melhor conjunto de atributos é a que terá maiores chances e sucesso neste ano. “Quando vamos às compras, não adquirimos um produto e, sim, um conjunto de atributos. Desde 1994, com a estabilidade da economia, o atributo preço passou a ser uma condição necessária, com produtos parecidos e preços próximos. Outros aspectos passaram a ter peso relevante no conjunto de atributos valorizados pelo consumidor, como, por exemplo, loja próxima, programas de fidelidade, estrutura de pontos, assim como a mão de obra treinada para atender e atrair esse consumidor, fazendo-o perceber o valor dessa operação”, explica.

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Dicas para uma farmácia atraente em HPC 1) Tenha um sortimento eficiente: • Tenha uma regra líder; • Tenha uma marca mais barata, dando opção para quem não pode pagar; • Garanta que as marcas com investimento estarão disponíveis; • Tenha uma opção de produto com alto valor agregado; • Não adicione marcas que não gerem venda incremental; • Não adicione novas marcas antes de ter certeza de que tem as versões corretas das que já existem. 2) Organize sua gôndola por marca. Isso facilita a consumidora a encontrar os produtos na gôndola; 3) Lembre o consumidor de produtos que ele pode – e precisa – comprar (principalmente de categorias em que as compras são menos frequentes). É interessante trabalhar com clip strip ou adjacências. Fonte: P&G

“Assim, quando esses atributos são trabalhados em conjunto, formam o que chamamos de fatores de isolamento da concorrência, o que é muito importante já que as empresas se encontram em um mercado altamente competitivo, e quem oferecer o melhor conjunto, certamente, conquistará o consumidor”, conclui. Portanto, nessa nova maneira de perceber o varejo, o que deve ser segmentado são os perfis dos clientes e não os processos de compra, que devem ser convergentes e unificados. “O ano de 2016 promete consolidar uma nova era para o varejo, pois o período de instabilidade na economia brasileira tende a favorecer iniciativas mais criativas das empresas, que não poderão perder oportunidades de encantar o consumidor. Atentos às novas necessidades dos shoppers, os lojistas deverão investir em atendimento cada vez mais personalizado e em produtos que façam a diferença no PDV”, complementa Rodrigues, da Febrafar. “Embora os dados de 2015 sejam ainda preliminares, já é possível afirmar que a categoria de protetor solar pode crescer acima de 14% sobre o ano de 2014. São des68

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taques também as categorias de desodorantes, produtos para cabelo, produtos infantis e produtos masculinos. E para 2016, o crescimento dos dermocosméticos”, sugere. Para o especialista em varejo farmacêutico do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (Cpdec), Rogério Lopes Junior, ainda que as pesquisas mostrem que o varejo farmacêutico tenha crescido mesmo com a crise, é fundamental ampliar a oferta de produtos (concentração, tamanhos ou quantidade de embalagens) e pesquisar o público foco do estabelecimento para antever necessidade de consumo. “Por exemplo: se a área de influência primária da farmácia for a população C, é preciso ter muita atenção, pois este consumidor foi o mais afetado pelo atual momento”, ressalta. “Os atendentes precisam estar preparados para oferecer aos clientes alternativas que podem ser mais vantajosas naquele momento (outros tamanhos e marcas, por exemplo). Desse modo, mesmo diante de um consumidor mais cauteloso, a loja não perde vendas, pois consegue entender as necessidades de seu público”, finaliza.

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Há vagas Com mais de 70 áreas de atuação profissional, o farmacêutico encontra possibilidades de expansão, com abertura para novas oportunidades de especialização, como a de medicamentos biotecnológicos

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Por Adriana Bruno

O mercado de trabalho para o farmacêutico, seja ele experiente ou recém-formado, não demonstra sinais de retração, pelo contrário. Basta navegar alguns minutos pelos sites de recolocação ou busca de empregos para visualizar um bom número de vagas espalhadas pelo País e dirigidas a esse profissional. Uma das razões para esse cenário positivo é a amplitude do campo de atuação para o farmacêutico no Brasil: são mais de 70 áreas que necessitam do trabalho deste profissional. Segundo a assessora de carreiras da Catho, Juliana Pereira, o segmento de varejo ainda lidera o ranking de contrações, vis-

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to que o aumento na procura por medicamentos faz com que o número de farmácias cresça em todo o País. “Além disso, a demanda por profissionais em farmácias e drogarias vem crescendo devido à exigência legal da presença de farmacêuticos em todos os estabelecimentos, visando combater fraudes de medicamentos”, ressalta. A indústria farmacêutica e cosmética cresceu muito na última década e, hoje, também é um dos setores com melhores perspectivas em termos de mercado de trabalho. “Vale destacar que o Brasil está entre os cinco maiores consumidores de medicamentos e a relação de farmácias por habitante é a maior do mundo”, diz Juliana. imagens: Shutterstock

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Capacitação constante

Para ela, não se fala em saturação e sim em expansão do mercado de trabalho aos farmacêuticos com destaque para as ocupações alocadas em hospitais; laboratórios; farmácias; indústrias de medicamentos, cosméticos e alimentos; agricultura; prevenção de pragas; distribuição de fármacos; órgãos públicos e de fiscalização. “No geral, a profissão farmacêutica está em plena ascensão no País e, com isso, poderão surgir cada vez mais oportunidades de empregos, necessitando de profissionais dinâmicos e preparados para crescer profissionalmente. Além disso, a ausência de profissionais em novos campos de pesquisa, principalmente de medicamentos biotecnológicos, e o aumento na produção de homeopáticos são alguns dos motivos que favorecem a empregabilidade dos farmacêuticos no País”, comenta. A assessora de carreira da Catho revela ainda que a média salarial para o farmacêutico no Brasil é de R$ 2.755,71, sendo que a indústria farmacêutica e a de cosméticos são as que melhor remuneram estes profissionais, pagando até 35,4% a mais, segundo a 51ª Pesquisa Salarial da Catho.

Capacitação e atuação profissional Atualmente, a formação do farmacêutico é generalista e se preocupa em habilitar pessoal tanto para a atenção à saúde e à clínica, quanto para o processo de inovação e produção de medicamentos, fármacos e correlatos. E é

Para obter sucesso nessa profissão, é preciso dominar as habilidades adquiridas nas disciplinas básicas da formação em farmácia, com conteúdos voltados aos cuidados com a saúde e para a tecnologia de produção de medicamentos, além disso, é importante investir em uma especialização, adquirida geralmente por meio da realização de cursos de formação complementar, como especializações, mestrados e doutorados e claro, o conhecimento prático, obtido com o exercício da especialidade escolhida. “Além do já exposto, essa é uma área em que você precisa estar sempre atualizado com leituras, pois com o avanço da tecnologia, é recomendado adquirir novos conhecimentos científicos”, comenta a assessora de carreiras da Catho, Juliana Pereira. A capacitação constante dos farmacêuticos também se torna essencial frente às mudanças e inovações tanto em processos, equipamentos, legislações e alternativas terapêuticas que mudam com muita velocidade. Para o professor e coordenador dos cursos de Farmácia e Radiologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Dr. Guilherme Costa Matsutani, o farmacêutico também precisa investir em cursos de línguas e, preferencialmente, ter inglês fluente. “A fluência em inglês é muito necessária em áreas, como indústria, pesquisa acadêmica e até mesmo em hospital”, diz.

em função dessa formação generalista que o farmacêutico pode atuar nas mais diferentes áreas, como manipulação de medicamentos; cadeia de suprimentos e logística; desenvolvimento, produção e controle de nutracêuticos; produção e controle de medicamentos; realizar exames em análises clínicas e toxicológicas; no desenvolvimento de produtos, como cosméticos, medicamentos, fármacos; e produtos biotecnológicos, como vacinas, entre outros. “No varejo, que é o campo de atuação que mais absorve esse profissional, o trabalho do farmacêutico consiste em prestar a Atenção Farmacêutica no mercado que envolve farmácias e drogarias. Nesse âmbito, o farmacêutico rea2016 março guia da farmácia

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Observe As áreas mais desejadas pelos farmacêuticos são: 1. Indústria.

necessidades sanitárias da população, portanto, outra área de atuação em que esse profissional tem enorme trânsito é a do ensino e da pesquisa superior. Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Brasil possui 195.095 farmacêuticos regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia do País e forma anualmente 18 mil farmacêuticos.

2. Hospitalar. 3. Varejo. 4. Manipulação. 5. Cosmética. 6. Pesquisa Clínica. Fonte: professor e coordenador dos cursos de Farmácia e Radiologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Dr. Guilherme Costa Matsutani

liza orientação, desde o processo de seleção, compra, logística, dispensação e comercialização de medicamentos e correlatos”, diz o professor e coordenador dos cursos de Farmácia e Radiologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Dr. Guilherme Costa Matsutani. Vale reforçar que o farmacêutico é o único profissional habilitado para manipular fármacos e transformá-los em medicamentos e tem esse importante papel complementado pela dispensação responsável. “Nas indústrias farmacêuticas e cosméticas, lhe são reservadas as áreas de pesquisa e desenvolvimento, de produção e analítica de controle de qualidade. Cabe também a esse profissional conduzir os estudos que irão dar ao produto farmacêutico ou cosmético a eficácia, a qualidade e a segurança ao paciente. Portanto, pode-se dizer que o envolvimento do farmacêutico tem início a partir do uso tradicional de plantas que serão por ele transformadas em insumos e desenvolvidos até que o medicamento venha à mão do paciente. Dessa forma, o conhecimento técnico e científico desse profissional passa por uma gama de aprendizados que são fundamentais para que o cidadão possa ter a assistência necessária ao seu tratamento”, relata o diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professor Gerson Antônio Pianetti. Ainda segundo Pianetti, a rica formação desse profissional nas áreas da química e da biologia é aliada a um trabalho altamente assistencial devido à sua proximidade com as 72

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Qualificação da mão de obra Em áreas mais tradicionais do segmento, como farmácias, hospitais e laboratórios, os empregadores encontram profissionais qualificados para atuar em suas empresas, entretanto, segundo Juliana, as áreas que estão inovando, como Pesquisa e Desenvolvimento, Genética Humana, Cosmetologia Natural, entre outras, ainda têm dificuldade para encontrar profissionais qualificados, pois além da graduação, estas áreas pedem cursos de especialização ou extensões. “Algumas empresas enfrentam dificuldade na contratação de profissionais e entre as causas mais comuns, estão a falta de experiência e a falta de conhecimento técnico”, diz. Para ela, dessa forma, a fim de assegurar que as contratações serão mais assertivas, as empresas passaram a recrutar cada vez mais cedo os profissionais nas universidades, lançando programas de recrutamento de trainees e estagiários, pois assim podem atuar de forma mais presente na qualificação e treinamento da mão de obra. A qualificação anda de mãos dadas com uma formação profissional de qualidade e cursos de especialização. Segundo o professor Pianetti, as unidades de ensino superior são os principais canais para a atualização do farmacêutico. “Não podemos deixar de pensar que não chega-

A indústria farmacêutica e cosmética cresceu muito na última década e, hoje, também é um dos setores com melhores perspectivas em termos de mercado de trabalho

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Áreas de atuação do profissional farmacêutico 1. Acupuntura.

24. Cosmetologia.

48. Hematologia clínica.

2. Administração de laboratório clínico.

25. Exames de DNA.

49. Hemoterapia.

26. Farmacêutico na análise físico-química do solo.

50. Histopatologia.

3. Administração farmacêutica. 4. Administração hospitalar.

27. Farmácia antroposófica.

52. Imunocitoquímica.

5. Análises clínicas.

28. Farmácia clínica.

6. Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares.

29. Farmácia comunitária.

53. Imunogenética e histocompatibilidade.

30. Farmácia de dispensação.

54. Imunohistoquímica.

7. Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência.

31. Fracionamento de medicamentos.

55. Imunologia clínica.

8. Auditoria farmacêutica.

32. Farmácia dermatológica.

9. Bacteriologia clínica.

33. Farmácia homeopática.

10. Banco de cordão umbilical.

34. Farmácia hospitalar.

57. Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social.

11. Banco de leite humano.

35. Farmácia industrial.

58. Micologia clínica.

12. Banco de sangue.

36. Farmácia magistral.

59. Microbiologia clínica.

13. Banco de sêmen. 14. Banco de órgãos.

37. Farmácia nuclear (radiofarmácia).

61. Parasitologia clínica.

15. Biofarmácia.

38. Farmácia oncológica.

62. Saúde pública.

16. Biologia molecular.

39. Farmácia pública.

63. Toxicologia clínica.

17. Bioquímica clínica.

40. Farmácia veterinária.

64. Toxicologia ambiental.

18. Bromatologia.

41. Farmácia-escola.

65. Toxicologia de alimentos.

19. Citologia clínica.

42. Farmacocinética clínica.

66. Toxicologia desportiva.

20. Citopatologia.

43. Farmacoepidemiologia.

67. Toxicologia farmacêutica.

21. Citoquímica.

44. Fitoterapia.

68. Toxicologia forense.

22. Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental.

45. Gases e misturas de uso terapêutico.

69. Toxicologia ocupacional.

46. Genética humana.

23. Controle de vetores e pragas urbanas.

71. Vigilância sanitária.

47. Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.

72. Virologia clínica.

51. Histoquímica.

56. Imunopatologia.

60. Nutrição parenteral.

70. Toxicologia veterinária.

Fonte: Conselho Federal de Farmácia (CFF)

rá a 20%, 25% o número de egressos que pretendam entrar na linha de pesquisa científica ou magistério. A grande maioria dos formados buscará, certamente, algum local onde poderá aumentar e aprofundar os seus conhecimentos. O farmacêutico, ao sair de uma escola, está apto 74

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ao exercício da profissão, mas não está pronto e as especializações, quando realizadas com seriedade, servem tanto para aumentar o conhecimento do profissional como lhe dar o sinal de que ainda falta algo para o exercício de sua profissão”, comenta.

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dor

Sinal de alerta Cerca de 30% dos brasileiros sofrem de dores crônicas, isto representa 60 milhões de pessoas. Uma pesquisa revelou que, para 92% dos entrevistados, os principais pensamentos estão ligados ao alívio rápido

S

Por Vivian Lourenço

Sentir dor não é apenas sinônimo de desconforto. A dor compromete a rotina das pessoas e afeta a qualidade de vida. E dependendo do local que dói, até a mais fácil das tarefas se torna um obstáculo a ser ultrapassado até que a pessoa deixe de realizar ações simples e cesse até mesmo o convívio social. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) Conecta, em parceria com a Pfizer Consumer Healthcare,

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traçou o panorama “A dor no cotidiano”. O estudo realizado com 1.007 brasileiros com acesso à internet identificou as dores mais frequentes entre a população. A pesquisa constatou que quando sentem dor, os principais pensamentos estão ligados ao alívio rápido, sendo que 92% esperam que passe rápido, 86% pensam no que podem fazer para melhorar mais rápido e 78% pensam em algum recurso para o alívio imediato. O impacto da dor na vida das pessoas chega a ser tão expressivo que três em cada quatro brasileiros revelam imagens: Shutterstock

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que a dor atrapalha de duas a três atividades diárias. A pesquisa conversou com homens e mulheres a partir de 18 anos de idade e, para 63% deles, o trabalho é a principal atividade impactada, seguida do sono (32%), atividades domésticas (30%) e até mesmo o lazer (29%). De acordo com o professor titular de ginecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), Dr. Paulo Giraldo, cerca de 30% dos brasileiros sofrem de dores crônicas, isto representa 60 milhões de pessoas em busca pela causa de suas dores, e tratamentos adequados. “Em São Paulo, três em cada dez paulistanos convivem com a dor, mas, segundo especialistas, são principalmente as mulheres que devem ter atenção redobrada: dos 28% que sofrem com dores, a maioria é de mulheres.” Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), 95% da população brasileira apresentará ao menos um episódio de cefaleia em sua vida.

Ruptura das atividades A dor é a principal causa de afastamento do trabalhador, já que afeta a produtividade, como destaca a médica fisiatra do Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, Dra. Lin Tchia Yeng. Mesmo sentindo dor,

o estudo deixa claro que as pessoas mantêm suas obrigações. Quando questionados sobre a frequência com que as atividades deixam de ser cumpridas, apenas 6% interrompem suas responsabilidades. “Sentimos dor devido a algum desbalanço entre estímulos dolorosos vindos do meio externo e/ou interno do organismo e também pela capacidade do corpo em lidar com eles. Quando a dor persiste por mais tempo ou não é adequadamente controlada, há impactos em áreas do cérebro que podem comprometer o humor, o bem-estar, a capacidade de raciocínio, a concentração e até a qualidade da execução das atividades do dia a dia. É como se o trabalho estivesse sendo desempenhado, mas sem ser o foco principal, comprometido pela dor”, diz a Dra. Lin. Muitas vezes, a dor deixa de ser um sintoma ou alerta do corpo para algo que não está funcionando bem, e passa a ser a doença em si, a chamada dor crônica, acrescenta a chefe do departamento da dor da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, que atua como professora colaboradora do University of Iowa e Wake Fores, ambas nos Estados Unidos, Dra. Gabriela Lauretti. Os pacientes acometidos por essa dor persistente, e que se prolonga há mais de três meses, apresentam distúrbios no sono, na alimentação e alterações no humor, interferindo negativamente no cotidiano.

quando sentem dor, os principais pensamentos estão ligados ao alívio rápido, sendo que 92% esperam que passe rápido, 86% pensam no que podem fazer para melhorar mais rápido e 78% pensam em algum recurso para o alívio imediato

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Especial saúde

dor

o problema no cotidiano

75%

dos brasileiros afirmam que a dor atrapalha sua vida

Quando você está com alguma dor, qual dessas dores mais atrapalha a sua rotina? Dor de cabeça 20%

Dor nas costas 17%

Cólica menstrual 11%

Enxaqueca 9% Dor muscular

9%

Dores em áreas tensionais, como pescoço, ombro e nuca

7%

Dor no estômago

6%

Dor de gripe

6%

Dor de garganta

5%

Dor de dente

4%

Dor nas juntas

3%

Dor no corpo

3%

Outras 1% Quando você está com alguma dor, em que momento a dor mais atrapalha a sua vida? Sono 32% Atividades domésticas 30%

Lazer 29%

63%

Atividades físicas 27%

Estudos 24% Trabalho Momentos com a família 21% Atividade sexual 14%

Outras 5% O que passa na sua cabeça quando está sentindo alguma dor? Espero que passe rápido 92%

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O que posso fazer para melhorar mais rápido 86%

9%

5%

Espero que não piore 83% 14%

3%

Preciso de algum recurso para alívio imediato 78% 16%

6%

Espero que não atrapalhe minhas obrigações 77% 19%

4%

Espero que não seja nada grave 73% 22%

4%

Não dou importância 19% 70% 10% Sim, penso nisso

Não penso nisso

Não sei

Fonte: Pesquisa A dor no cotidiano, da Pfizer Consumer Healthcare com o Ibope Conecta

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A dor de cabeça atinge principalmente mulheres (todas as faixas etárias) e jovens de

18 a 34 anos

Dores mais frequentes Dor de cabeça

65%

Dor nas costas

Dor em áreas tensionais, como pescoço, ombros e nuca

26%

41%

Mulheres entre

35 a 54 anos

são as que mais consideram a dor como um problema em suas vidas

Jovens de

25 a 34 anos

, em geral no auge da carreira, são os que mais se queixam

Cólica menstrual

24%

Dor muscular

40%

A dor atrapalha a rotina de três em cada quatro brasileiros

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colesterol e dislipidemia

Amigo ou inimigo? Essencial para o organismo, quando atinge níveis elevados, pode se tornar um perigo para a saúde e ser responsável por doenças cardiovasculares

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Por Renata Martorelli

O colesterol alto atinge 40% da população brasileira e as patologias associadas a ele são a primeira causa de morte em todo o mundo. Só no Brasil, as doenças cardiovasculares afetam cerca de 17,1 milhões de pessoas, e todos os anos, mais de 300 mil mortes são causadas por infartos, derrames e mortes súbitas. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde (MS), em 2013, em parceria com o Ins-

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tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,4 milhões de brasileiros, com mais de 18 anos de idade, apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. O colesterol é essencial para o organismo. Esse tipo de gordura é fundamental na estruturação das membranas celulares e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, coração, intestinos e fígado. “Ele é precursor dos hormônios sexuais; participa na formação da bílis; é importante na comimagens: shutterstock

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Especial saúde

colesterol e dislipidemia

o Brasil mantém o nível de obesidade da população estável há três anos, porém 52,5% dos brasileiros estão com excesso de peso. A obesidade entre os homens atinge 18,2% e entre as mulheres chega a 17,6% posição das membranas de mielina, que revestem os nervos; e é essencial na síntese das vitaminas lipossolúveis. O problema do colesterol é seu eventual acúmulo no endotélio, provocando a formação de placas gordurosas, chamadas ateromas, que podem obstruir o fluxo sanguíneo, causando doenças cardiovasculares, como a angina, o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esse acúmulo acontece em função de dois fatores: a quantidade de colesterol circulante no sangue e a presença de fatores de risco adicionais. O excesso de colesterol recebe o nome de hipercolesterolemia e é a principal causa de infarto no mundo”, aponta o médico cardiologista da Unidade de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antonio Gabriele Laurinavicius. Em algumas situações, os indivíduos podem enfartar mesmo estando com os níveis de colesterol dentro da normalidade. “Nesses casos, o acúmulo endotelial de colesterol é secundário à modulação de outros fatores de risco, como o tabagismo, o diabetes e a hipertensão arterial. Todos eles criam condições que facilitam a penetração do colesterol circulante no endotélio e seu acúmulo progressivo até a formação do ateroma, sem precisar, para isso, de excesso de colesterol circulante”, explica.

Tipos de colesterol e grupos de risco Ao contrário do que é divulgado, não existem diversos tipos de colesterol. O colesterol é apenas um. Sendo uma gordura, o colesterol é hidrofóbico e precisa de transportadores na circulação san82

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guínea, e estes transportadores são partículas mistas que carregam proteínas, triglicérides, fosfolípides e outros elementos, além do colesterol. “Existem vários tipos de partículas transportadoras, entre elas, as de domínio público são a LDL (Low Density Lipoproteins, em inglês), conhecida como colesterol ruim e a HDL (High Density Lipoproteins, em inglês), o colesterol bom, que são dosadas rotineiramente ao se medir o colesterol. A função da LDL é levar o colesterol do fígado, onde é produzido, para os órgãos que dele necessitam. Quando em excesso, ou sob o efeito de outros fatores de risco, a LDL acaba sendo retida no endotélio, provocando a formação do ateroma e o fenômeno da aterosclerose. A HDL retira o colesterol em excesso do endotélio e o transporta de volta ao fígado, por este motivo é associada a menor risco cardiovascular e recebe o nome de colesterol bom”, revela o Dr. Laurinavicius. Segundo o médico cardiologista do Hospital Sírio Libanês, que foi responsável por três anos pelo Laboratório de Aterosclerose do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Eugênio Moraes, quando o paciente faz os exames, são medidos os níveis do colesterol total, HDL, LDL, VLDL (Very Low Density Lipoprotein, em inglês) e triglicérides. “Entre os fatores de risco, temos diabetes, obesidade, sedentarismo e questões ligadas à dieta (consumo de carnes gordas, embutidos, massas, gorduras de má qualidade e frituras com óleo vegetal hidrogenado). Outro fator importante é a genética, pois grande parte da produção do colesterol é endógena, ou seja, o próprio organismo produz o colesterol. Na Hipercolesterolemia Familiar, os níveis de colesterol total podem chegar a 500 mg/dL, sendo que o normal seria até 200 mg/dL, independente da dieta consumida, pois trata-se de uma alteração genética que faz o corpo produzir níveis mais elevados do que o necessário para a sobrevivência saudável”. Quando, além de ter o colesterol elevado, o paciente é diabético, hipertenso e fumante ou possui antecedentes familiares de doença arterial, ele acaba ficando mais exposto ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares, sendo necessário um

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Especial saúde

colesterol e dislipidemia

controle mais rigoroso da sua saúde. “O descuido com a alimentação, a obesidade e a falta de atividade física regular contribuem para agravar o problema”, diz o cardiologista do Hospital do Coração (HCor) e médico assistente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Abrão José Cury Júnior. Conforme revela a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014), divulgada pelo MS, o Brasil mantém o nível de obesidade da população estável há três anos, porém 52,5% dos brasileiros estão com excesso de peso. O sobrepeso é uma das principais preocupações por se tratar de um fator de risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil. A obesidade entre os homens atinge 18,2% e entre as mulheres chega a 17,6%.

Colesterol X dislipidemia Dislipidemia é um termo genérico que se refere a qualquer transtorno do metabolismo lipídico. “A hipercolesterolemia, taxas elevadas de colesterol no sangue, é uma forma específica de dislipidemia, a mais importante. Existem, contudo, outras formas, como, por exemplo, o aumento de triglicérides (hipertrigliceridemia), que costuma responder melhor às mudanças no estilo de vida, diferente da hipercolesterolemia que mais frequentemente requer tratamento medicamentoso”, explica o Dr. Laurinavicius. De acordo com o Dr. Moraes, a dislipidemia é o conjunto da disfunção de um ou mais dos parâmetros de colesterol total, HDL, LDL, VLDL e triglicérides. “O tratamento impacta positivamente se o paciente mantiver o peso; praticar atividades físicas; consumir gorduras de melhor qualidade, como azeite de oliva, por exemplo; adotar dietas pouco calóricas e tratamento medicamentoso, realizado com estatinas. Prescrevemos o fármaco e esperamos geralmente quatro semanas para verificar a redução nos níveis de colesterol. O principal efeito colateral da medicação é dor muscular, em 0,1% dos casos”, diz. Já o Dr. Laurinavicius afirma que o tratamento medicamentoso não cura a hipercolesterolemia, mas é efetivo no controle. “Se o tratamento for inter84

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O colesterol alto atinge 40% da população brasileira e as patologias associadas a ele são a primeira causa de morte em todo o mundo. Só no Brasil, as doenças cardiovasculares afetam cerca de 17,1 milhões de pessoas rompido, o colesterol voltará a subir para seus valores iniciais em menos de um mês. Não é exagero afirmar que no Brasil, assim como em muitos outros países, a maioria dos indivíduos tratados com estatinas não toma a medicação de forma adequada e, em função disto, não atinge as metas preconizadas”, revela. O farmacêutico pós-graduado em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School, Guilherme Andretta, diz que algumas outras classes medicamentosas podem ser associadas em casos específicos, como as resinas (“sequestradores” de ácidos biliares), ezetimiba, fibratos, entre outros. “O risco benefício, bem como possíveis interações medicamentosas e alimentares, devem sempre ser levados em consideração pelo prescritor.”

Alternativas de controle A indústria farmacêutica lança cada vez mais produtos que prometem ajudar no combate ao colesterol. Os mais conhecidos são o ômega 3, alho em cápsulas, linhaça em cápsulas e os complexos multivitamínicos. “Os complexos multivitamínicos repõem as vitaminas que o corpo necessita para seu funcionamento, entretanto, não há estudos que comprovem sua ação direta na redução do colesterol. Já os ácidos graxos poli-insaturados, como os ômegas, presentes em óleos vegetais, como o de linhaça, podem auxiliar na redução do colesterol total e LDL, quando na dieta há uma substituição da ingestão de gorduras saturadas pelas po-

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Insuficiência Cardíaca Por Adriana Bruno

Viver e envelhecer com saúde é um desafio e tanto para pessoas em todo o mundo. Doenças crônicas, genéticas, hereditárias, adquiridas por hábitos de vida desregrados estão na lista das que mais comprometem a qualidade de vida das pessoas. Entre elas estão a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Insuficiência Cardíaca (IC). Doenças que não escolhem raça nem sexo para se manifestarem. A hipertensão arterial atinge, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 36 milhões de brasileiros adultos, sendo que entre os gêneros, a prevalência entre mulheres é de 30%. A HAS é a causa principal do desenvolvimento de outras doenças, como a IC. De acordo com o cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antonio Carlos Bacelar, existe relação direta e linear da pressão arterial com a idade, sendo a prevalência de HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos. “Isso provavelmente acontece devido ao maior enrijecimento dos vasos sanguíneos, processo chamado arteriosclerose. A IC é mais encontrada na faixa etária acima de 60 anos, onde mais de dois terços (69,8%) das hospitalizações foram realizadas”, diz. A IC se manifesta com inúmeros sintomas. Os mais comuns são dispneia que vai desde grandes esforços, como subir uma ladeira, até mesmo em repouso, tosse seca, dispneia que desperta o paciente à noite (dispneia paroxística noturna) e edema nos membros inferiores. O tratamento medicamentoso para a IC é o que facilita o trabalho do coração, já que o mesmo não está funcionando da forma adequada.

li-insaturadas. Entretanto, os ácidos graxos poli-insaturados podem induzir maior oxidação lipídica e diminuir o HDL, quando utilizados em grande quantidade. O ômega 3 pode ser usado em associação ou isoladamente para controlar os níveis de triglicérides”, revela a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros. Para atender às necessidades nutricionais diárias e auxiliar na redução da absorção do colesterol, a Pfizer Consumer Healthcare oferece ao mercado o Centrum Control, multivitamínico com propriedades funcionais, como vitaminas, minerais e fitoesterol. “Os fitoesterois têm estrutura semelhante ao colesterol e, por isso, competem pelo mesmo espaço

no intestino delgado, impedindo a absorção de parte do colesterol, que acaba eliminado pelo organismo. Estudos mostram que o consumo diário a partir de um grama de fitoesterois pode auxiliar na redução das concentrações de LDL em até 10%. Porém, como a dieta, ainda que vegetariana, não fornece essa quantidade, a suplementação é uma opção natural para manter os níveis de colesterol mais baixos ao longo da vida”, indica o diretor médico da Pfizer, Dr. Luiz Henrique Schurig Fernandes. A dose recomendada é de duas cápsulas por dia, ou seja, um grama de fitoesterol, e pode ser utilizada a partir dos cinco anos de idade, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 2016 março guia da farmácia

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mix

Planejando as próximas estações Ter o máximo de atenção com a sazonalidade. Essa é uma das principais dicas para aumentar o tíquete médio da loja em determinadas épocas do ano

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Por Adriana Bruno e Vivian Lourenço

Não é somente para as datas comemorativas que os varejistas devem dedicar sua atenção. A troca de estações significa mudança na estrutura do negócio. Saem itens específicos e entram novos. Com a proximidade dos dias mais frios, vividos na temporada de outono-inverno, a procura

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por produtos e serviços muda e, com isto, o varejista precisa estar preparado para oferecer o que o consumidor necessita. Distribuir as pontas de gôndola para seus fornecedores parceiros, dispor de um tabloide sazonal específico e fazer o consumidor perceber as ofertas dentro da loja com etiquetas de preço destacadas, são maneiras de alavancar as vendas nessas estações. imagens: Shutterstock

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da cesta de compras, como destaca a diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patrícia Cotti. Um erro muito comum dos varejistas é a exposição do que “se quer vender” e não do que “mais se procura”. O mix de produtos varia sazonalmente para muitos varejistas, deve-se notar, ao longo do tempo, a curva de vendas dos produtos e realizar um planejamento voltado à sua realidade. “Outro input importante de informações está relacionado com a ruptura, mas não apenas de produtos que não estão disponíveis em estoque, como também itens que o consumidor procura e não fazem parte do mix das lojas”, salienta o consultor da GS&AGR, Marcelo Menta. A equipe do PDV deve estar capacitada em absorver essas informações e repassar para que um estudo de implantação de novos portfólios seja avaliado.

Mais atenção no período

De Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), a produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC), além de itens, como inaladores, umidificadores de ar e nebulizadores, a farmácia deve se preparar para aquecer as vendas quando os termômetros registrarem temperaturas mais baixas. O histórico de vendas é importante a fim de que o varejista tenha uma base de informações para ajudá-lo na tomada de decisão sobre o percentual de incremento do nível de estoque e do mix, pois geralmente ele já possui, no ponto de venda (PDV), os produtos que irão sofrer o aumento de demanda. Com a entrada do inverno, é necessário modificar o layout da loja, deixando-a mais atraente e específica para a estação. Dedicar espaço aos produtos sazonais se torna essencial. O consumidor deve ter à mão as categorias mais vendidas e procuradas, com a exposição de produtos complementares de maneira paralela, como forma de maximizar as vendas e o lucro por meio do aumento

O outono-inverno é marcado por uma mudança no comportamento das pessoas no âmbito social, elas ficam mais reclusas, saem menos nos dias mais frios, fato que gera um novo comportamento na forma de consumir. Há uma grande preocupação em se prevenir doenças respiratórias comuns no período, como gripes e resfriados, e, portanto, tudo o que for indicado para a prevenção ou o tratamento dos sintomas destas doenças deve estar em destaque na loja, sempre de acordo com a legislação vigente. A mudança de estação faz com que a população fique mais gripada, desta forma aumenta a procura por produtos antipiréticos, descongestionantes nasais e os antigripais. “O frio também causa ressecamento da pele, assim os hidratantes labiais e corporais são mais procurados”, ressalta a farmacêutica especializada em marketing de varejo da Ferrara Soluzioni, Tatiana Ferrara Barros. Assim, é importante entender quais são as doenças mais comuns nesse período e fazer um cruzamento com o mix de produtos que deseja ofertar e, a partir daí, determinar uma estratégia publicitária e de preços. A maneira mais eficiente de organizar corretamente o estabelecimento, de acordo com o especialista em Varejo do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte (MG), Leandro Silva, é, primeiramente, determinar o que é produto de consumo 2016 março guia da farmácia

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MIX

TOME NOTA O que levar em consideração para definir o mix:

Localização da loja

Poder aquisitivo do público da região

Perfil do público

Itens de perfumaria e cosméticos, como hidratantes mais espessos, indicados para tratar o ressecamento da pele, além de um mix de colorações e esmaltes atualizados com as cores da estação, também passam a fazer parte da cesta de compras do shopper. “O destaque deve estar em produtos correlacionados com os que trarão o consumidor ao PDV. É evidente que uma pessoa resfriada irá buscar um medicamento para isto, por que não expor vitaminas e lenços? O consumidor irá automaticamente associar esses produtos com prevenção e como consequência do resfriado, possibilitando que o PDV aumente seu tíquete médio com produtos correlacionados. O inverno é um período sazonal muito bem definido e, portanto, o aumento na demanda pelas categorias de produtos citados é praticamente automático”, indica Menta.

INVESTIMENTO EM MARKETING

Demanda do consumidor

Frequência de visitas dos clientes à loja

Histórico de vendas das categorias mais vendidas no período, com análise de ao menos três anos

Lançamentos e novidades da indústria

Formato da loja (pequeno, médio ou grande)

rápido e colocar no fim da loja, ao invés de dispor de forma muito acessível. Entenda que nesse deslocamento (de ir ao fundo), aumentam-se as possibilidades do cliente acabar fazendo uma compra não intencional. Outra dica dos especialistas é ter sempre um histórico de vendas consolidado dos anos passados; é uma ótima maneira de se provisionar o mix do próximo inverno. “Estar antenado com os fabricantes e saber filtrar as informações também é uma forma de receber insights que ajudam na formulação do mix futuro”, observa Menta. 92

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A fim de organizar a loja para o inverno, Silva orienta que o empresário tem de tentar entender quais são as doenças mais comuns neste período e fazer um cruzamento com o mix de produtos que deseja ofertar e a partir daí, determinar uma estratégia publicitária e de preços. “Por exemplo, não adianta fazer alusão ao frio e sim, aos sintomas derivados da estação. Não venda medicamento, venda saúde. Venda comodidade e bem-estar. É isso o que os clientes procuram.” Uma das soluções, de acordo com Patrícia, é sair do comum e pensar não somente na exposição do produto que se pretende vender, mas também na forma de utilização dele e no sentimento gerado para o consumidor. Com o aumento do número de empresas e de marcas disponíveis no mercado, é preciso gerar junto ao consumidor outro elo, que não só o da necessidade. As empresas que têm obtido sucesso são justamente aquelas que conseguem gerar vínculo emocional e engajamento junto aos seus consumidores, de maneira a tirá-los do módulo racional voltado ao preço. Em termos de PDV, a presidente do Instituto de Estudos em Varejo (IEV), Regina Blessa, destaca a necessidade de distribuir as pontas de gôndola para seus fornecedores parceiros, dispor um tabloide sazonal específico e fazer o consumidor perceber as ofertas dentro da loja com etiquetas de preço destacadas. As farmácias atualmente estão colocando seus tabloides nas sacolinhas de compra do consumidor na saída da loja. Isso é totalmente errado, pois só vai servir para a próxima compra, ou seja, as promoções já

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seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA. CNPJ 61.230.314/0005-07. Rua Alberto Correia Francfort, 88, Embu das Artes-SP. Indústria Brasileira. SALSEP 360-MB01-15. Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. ®

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP 360 É UM MEDICAMENTO. SEU USO 1,2 PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Referências: 1.SALSEP 360®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. 2. SALSEP®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento.

SALSEP® 0,9% - cloreto de sódio. Solução nasal com 9 mg/mL em frasco spray com 30 ou 50 mL. Cada nebulização ((puff puff) libera 0,1 mL de solução. USO NASAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO. Indicações: Como fluidificante e descongestionante nasal. Age na mucosa nasal fluidificando a secreção, facilitando assim a eliminação do muco. Salsep® pode ser usado como fluidificante das secreções nasais em resfriados, rinites, sinusites e quaisquer outras condições relacionadas ao ressecamento da mucosa nasal, como baixa umidade do ar, exposição ao ar condicionado e poluição. Pode ser utilizado também para limpeza delicada das secreções em pós-operatórios nasossinusais. Contraindicações: Para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Precauções e advertências: Não há registros de reações adversas relacionadas ao uso deste medicamento. Gravidez e lactação: Apesar de não existirem estudos específicos durante a gestação e amamentação o uso de Salsep® é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: Não há registros de interações clinicamente relevantes relacionadas ao uso de Salsep®. Reações adversas: Ainda não foram relatadas reações adversas específicas com o uso do medicamento. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA/ CNPJ 61.230.314/0005-07. Rua Alberto Correia Francfort, 88, Embu das ArtesSP. Indústria Brasileira. SALSEP-MB01-15. Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. ®

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SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

SALSEP® 360 0,9% - cloreto de sódio. Solução nasal com 9 mg/mL em frasco spray com 15 ou 50 mL. Cada nebulização ((puff puff) libera 0,05 mL de solução. USO NASAL. USO PEDIÁTRICO (Entre 0 e 4 anos de idade). Indicações: Como fluidificante e descongestionante nasal. Salsep®360 age na mucosa nasal fluidificando a secreção, facilitando assim a eliminação do muco. Salsep® 360 pode ser usado como fluidificante das secreções nasais em resfriados, rinites, sinusites e quaisquer outras condições relacionadas ao ressecamento da mucosa nasal, como baixa umidade do ar, exposição ao ar condicionado e poluição. Pode ser utilizado também para limpeza delicada das secreções em pós-operatórios nasossinusais. Contraindicações: Para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. Precauções e Advertências: Não há registros de reações adversas relacionadas ao uso deste medicamento. Gravidez e lactação: Apesar de não existirem estudos específicos durante a gestação e amamentação o uso de Salsep® 360 é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: Não há registros de interações clinicamente relevantes relacionadas ao uso de Salsep® 360. Reações adversas: Ainda não é conhecida a intensidade e a frequência das reações adversas específicas deste medicamento devido à ausência de relatos científicos a respeito dele. Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. Posologia: Aplique a solução nas narinas, conforme necessidade. MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Farm. Resp.: Cintia Delphino de Andrade CRF-SP nº 25.125. 25.125. LIBBS FARMACÊUTICA LTDA. CNPJ 61.230.314/0005-07. Rua Alberto Correia Francfort, 88, Embu das Artes-SP. Indústria Brasileira. SALSEP 360-MB01-15. Serviço de Atendimento LIBBS: 0800-0135044. Documentação Científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica, mediante solicitação. ®

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. SALSEP 360 É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Referências: 1.SALSEP 360®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento. 2. SALSEP®. São Paulo: Libbs Farmacêutica Ltda. Bula do medicamento.

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estarão esquecidas e vencidas, alerta a presidente do IEV. Se o shopper receber um tabloide menor, mas na entrada, ele terá a chance de ler e comprar algumas das ofertas. “Como sabemos que os sete minutos de passeio pela loja são curtos, temos de preparar as prateleiras para lembrar os itens do tabloide.” De acordo com os especialistas, dificilmente alguém que parte para o estabelecimento com uma lista de produtos, volta apenas com os produtos desta lista. O trade marketing expõe os itens para os consumidores que muitas vezes fazem compras por impulso ou até mesmo pelo fato de não terem se lembrado de preencher a lista de forma completa. A exposição é essencial para o incremento do tíquete médio.

ORGANIZANDO A LOJA A reavaliação do mix deve ser feita constantemente, existem ótimos sistemas de gestão que geram relatórios e auxiliam na avaliação do sortimento. “Minha sugestão é que o mix seja avaliado quinzenalmente, sempre considerando um amplo histórico de vendas e projeções futuras”, avalia Menta. Um produto com margem baixa ou com baixo giro não significa que deve ser excluído do mix. As vendas normalmente estão relacionadas, podendo inclusive, na falta desse produto de margem e giro baixos, impactar na venda de outros produtos que talvez possam compensar a margem. Para Regina, o ideal é expor os lançamentos e os mais procurados (de marca conhecida) nos terminais que antecedem a categoria. Não adianta expor similares com nomes desconhecidos do público, pois estes só giram se ofertados no balcão. “O empresário pode usar a setorização para categorizar a loja e deixar os produtos mais facilmente encontrados”, ressalta Silva. Porém, além da setorização, quanto mais limpo, arejado e iluminado o ambiente for, maiores serão as chances do cliente se sentir bem. De nada adianta os produtos serem bons se aos olhos do cliente o local parece sujo/escuro. “Mas mesmo assim, o empresário pode enfeitar a loja, usar de cores contrastando com a cor da farmácia, servindo-se de sinalização ou de enfeite chamativo, placas sinalizadoras das promoções, negociar preço e criar kits vantajosos (para ambas as partes) e ter um atendimento primoroso”. Toda farmácia possui gôndolas para aqueles produtos que não exigem prescrição médica, afirma Silva. É nessas gôndolas que o empresário deve maximizar 94

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CATEGORIAS QUE MERECEM DESTAQUE NA TEMPORADA OUTONO-INVERNO • Antigripais. • Analgésicos e antitérmicos. • Lenços descartáveis. • Hidratantes. • Colorações para cabelos. • Esmaltes. • Vitaminas. • Soro fisiológico para inalação. • Termômetros. • Óleos hidratantes para o corpo. • Hidratantes para o rosto. • Protetores solares. • Protetores labiais. • Maquiagem. • Inaladores, nebulizadores e umidificadores de ar. • Cremes hidratantes para cabelos. • Gel antisséptico (álcool gel).

a distribuição desses produtos. Entenda que, quando o cliente entrar em sua farmácia, ele deve ser “bombardeado” com uma sensação de que aquela farmácia, por menor que seja, vai conseguir atender às necessidades dele. O consumidor deve querer ficar na loja, sentir aquele local como algo que lhe é agradável, não só pelo interesse nos produtos, mas pelo próprio ambiente criado. “Com isso, a compra se seguirá naturalmente e de maneira fácil, não atrelada à racionalização e discussão de descontos e preços”, complementa Patrícia. Toda a exposição dos produtos na loja tem de estar relacionada entre si, seguindo uma ordem lógica de movimentação do cliente dentro do PDV. As zonas “quentes do PDV” (áreas com maior circulação de clientes) são os pontos mais valorizados para a exposição, tais como pontas ou expositores. “Existem diversos acessórios para o trade marketing, desde preços expostos de forma diferenciada, etiquetas eletrônicas, expositores de plástico (ou outro material), até ferramentas tecnológicas, como contadores de fluxo de pessoas, ferramentas de índice de conversão de vendas, sensores de zonas de calor, etc.”, indica Menta.

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TENDÊNCIA

Maior tranquilidade e conforto A QUEDA DAS TEMPERATURAS E TAMBÉM DA QUALIDADE DO AR VIRA O CENÁRIO PERFEITO PARA QUE A RESPIRAÇÃO FIQUE PREJUDICADA. NESSAS HORAS, INALADORES E UMIDIFICADORES DE AR SÃO UTILIZADOS COMO ARMA PARA AMENIZAR OS SINTOMAS DESAGRADÁVEIS DESSA ÉPOCA DO ANO POR LÍGIA FAVORETTO E VIVIAN LOURENÇO

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Com a chegada dos dias mais frios, as pessoas vão menos para a rua e preferem o conforto do lar, ou se saem, vão para lugares de aglomerados. Além disso, a falta de chuvas e, consequentemente, a baixa umidade do ar se tornam o cenário perfeito para que a respiração fique prejudicada e a ocorrência de doenças respiratórias aumente significativamente. É nessa época do ano que também se agravam as alergias respiratórias, tosses, ressecamento dos olhos e da pele, mucosas do nariz,

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inflamações na garganta e acentuam-se os episódios de gripes, resfriados, rinites, sinusites e até pneumonia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 600 milhões de pessoas no mundo já sofrem com diferentes tipos de doenças respiratórias. No Brasil, esse contingente ultrapassa a casa de 18 milhões de pessoas, o que representa mais de 90 mil internações e 15 mil mortes (50% dos óbitos por pneumonia em idosos) a cada temporada. Uma das medidas para evitar doenças respiratórias é respirar ar de boa qualidade, já que nessas IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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circunstâncias a presença de vírus e bactérias é praticamente inofensiva à saúde humana. Os umidificadores, atualmente, já fazem parte da linha de utensílios domésticos, principalmente em famílias em que há crianças, idosos ou pessoas com algum tipo de alergia respiratória. “A umidificação do ambiente atua de forma eficaz na prevenção de doenças respiratórias, pois, quando o nível de umidade relativa do ar fica abaixo de 40%, há ressecamento das mucosas, o que reduz os anticorpos do organismo, deixando-o predisposto a infecções”, destaca a empresa Incoterm. Além dos umidificadores, os inaladores também são bastante procurados pelos consumidores. Eles auxiliam no tratamento de problemas respiratórios eventuais e que não exigem uso contínuo, como gripes, resfriados e pneumonias. No inalador, também é possível associar vários medicamentos com efeitos e funções diferentes e o consumidor tem a possibilidade de aumentar ou diminuir suas doses conforme o estado do paciente. O mercado brasileiro de inaladores movimenta cerca de R$ 1,5 milhão ao ano e nos períodos de outono e inverno, as vendas aumentam de 30% a 40%. De acordo com o coordenador de marketing da Accumed-Glicomed, Pedro Henrique Abreu, ter um aparelho em casa proporciona diversas vantagens ao consumidor, como a facilidade de poder realizar o tratamento indicado pelo médico, sem necessidade de se dirigir a uma unidade de saúde. “Este é um hábito que tende a aumentar entre os brasileiros, pois o custo dos equipamentos é bastante acessível, além disso, todos os dias nascem pessoas e todos os dias pessoas ficam mais velhas, ou seja, potenciais usuários de inaladores. Assim que o médico prescreve o uso de inalador, o consumidor procura uma farmácia.” O sócio gerente da Soniclear, Roberto Luiz de A. Haushahn, afirma que ter um inalador em casa traz muitas comodidades, como o conforto de não ter de se deslocar até o hospital ou posto médico para fazer as inalações, pois muitas vezes o médico indica fazer três seções por dia, o que obriga quem não tem inalador em casa ir até o hospital à noite, se expondo a chuva, frio, sereno, etc. As farmácias e drogarias já podem ser consideradas uma referência em local de aquisição desse tipo 98

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a representatividade da categoria vem aumentando nos últimos anos; com o desenvolvimento de novos recursos e tecnologias, foi possível criar aparelhos portáteis de fácil manuseio para simplificar a utilização de equipamento, antes muito procurado em lojas de eletrônicos e magazines. O diferencial nas vendas deve ser o atendimento e o conhecimento dos equipamentos pelos balconistas. Para que as vendas aumentem, deve-se explorar a categorização e aproveitar a sazonalidade. O funcionamento, as diferenças entre nebulizadores mecânicos e ultrassônicos, métodos de montagem e correto posicionamento são informações que os clientes precisam saber. Não há como classificar qual produto cai no gosto do consumidor, pois a compra é determinada por fatores distintos, como necessidade, quem vai utilizar o aparelho – adulto ou criança –, relação custo-benefício, se o aparelho será transportado com frequência ou se será utilizado apenas em casa, etc. Normalmente, o consumidor procura um inalador que possua características de maior vazão de ar, para que o medicamento seja introduzido nas vias respiratórias dos pulmões com maior facilidade, proporcionando uma inalação mais rápida e eficaz. “Como também fazer a inalação em menor tempo, para proporcionar um alívio mais rápido da crise respiratória e que transforme o medicamento em pequenas partículas para que ele seja facilmente absorvido pelo pulmão. Outras vantagens importantes são comodidade e praticidade na utilização, como o de fazer a inalação deitado, facilitando o uso em crianças e pessoas acamadas e que seja prático de se utilizar com a tecnologia bivolt

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automático, por exemplo, e sistemas de segurança para proteção do aparelho”, pontua Haushahn.

Como eles funcionam Os umidificadores da NS possuem sistema de funcionamento ultrassônico, produzindo uma névoa fria e homogênea que umidifica ambientes fechados ou climatizados por ar-condicionado conforme informado pelo fabricante. Os umidificadores têm a função de pulverizar água no ar por meio da quebra das partículas de água, transformando a água em uma névoa úmida, que é lançada no ambiente por um pequeno ventilador interno, como destaca o diretor de produto e comércio exterior da Mondial, Jacques Ivo Krause. “Um umidificador coloca no ambiente até 320 mL de água por hora, quando em sua capacidade máxima.” O uso do umidificador é importante porque a unidade do ar mantém a saúde em dia e evita problemas mais sérios, como alergias e doenças graves. Isso é explicado pelo fato de o ar seco deixar 100

todo o sistema respiratório igualmente seco e irritado, e a poeira do ambiente prolifera mais bactérias e ácaros. A umidificação do ambiente atua de forma eficaz na prevenção de doenças respiratórias; quando o nível da umidade relativa do ar fica abaixo de 40%, há ressecamento das mucosas, o que, segundo alguns estudiosos, reduz os anticorpos, deixando o organismo predisposto a infecções. É por esses motivos que os umidificadores amenizam os problemas respiratórios, pois eles ajudam a manter a umidade do ar, evitando assim os desconfortos que a baixa umidade traz “Além de melhorar o bem-estar geral do ser humano nos ambientes”, complementa Krause.

Representatividade da categoria Por ser um sortimento tão importante no período de temperaturas mais baixas, a NS Indústria de Aparelhos Médicos destaca que, para explorar o potencial desses produtos, é importante uma boa exposição do produto nos pontos de venda (PDVs); aliado a isto, estão a venda

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associada, divulgação em mídia (encartes, revistas, etc.) e os materiais de merchandising. Além disso, é importante contar com atendentes/balconistas treinados e atentos para à venda associada quando surge a oportunidade para que o atendente na farmácia ofereça o inalador no momento em que o cliente adquire o medicamento para inalação. Uma opção é oferecer a esses colaboradores treinamentos constantes para mantê-los seguros e estimulados a vender os produtos. De acordo com as indústrias do setor, a representatividade da categoria vem aumentando nos últimos anos, pois antigamente era comum utilizar bacias com águas ou toalhas molhadas para umidificar o ambiente; mas com o desenvolvimento de novos recursos e tecnologias, foi possível criar aparelhos portáteis de fácil manuseio para simplificar a utilização, como informou a NS.

Exposição eficiente “Devido ao alto valor agregado dos umidificadores e à importância das margens que essa categoria de produto representa no faturamento da farmácia, é importante ter muita atenção na exposição”, alerta a gerente de marketing da Soniclear, Talita Almeida. O umidificador de ar deve ser exposto o ano todo, tanto no período de estiagem, quando o índice de umidade relativa do ar é baixo, como também no verão, quando aumenta o uso de ar-condicionado. “É ideal a farmácia expor o umidificador ligado em cima do balcão de atendimento para que o consumidor possa ter acesso ao produto e obter a percepção dos benefícios oferecidos por ele”, orienta Talita. Deve sempre estar exposto nos locais onde mais circulam os consumidores, sendo nos balcões de atendimento, nos quais o consumidor possa facilmente visualizar e se possível ver o produto fora da embalagem, podendo ser exposto um mostruário para o consumidor perceber a demonstração real do funcionamento. Nas pontas de gôndolas e prateleiras próximas aos caixas e nos locais de destaque da farmácia, como também na entrada da loja, com a exposição em pilhas de caixas. 102

Nos períodos de outono e “Sempre aconselhamos colocar inverno, as vendas uma peça em funcionamento no aumentam de balcão, além de deixar o ambiente 30% a 40% da farmácia mais agradável, tem ainda o estímulo adicional de compra”, observa o diretor comercial da Bioland, Ramom Bertotti. Porém, o diretor operacional da Omron Healthcare do Brasil, Wanderley Cunha, alerta que a empresa percebeu que as lojas não possuem um espaço adequado à categoria. “Ela é um sortimento que ainda não é definido dentro do PDV, as lojas em geral deixam o produto na área infantil e os inaladores não são produtos apenas para crianças, sendo este o principal erro da categoria. Uma forma ideal seria colocá-lo dentro de uma categoria de diagnóstico.”

Novas tecnologias A tecnologia mais nova do mercado, no que diz respeito aos inaladores, é a rede vibratória, pois é um inalador que quebra as partículas por meio de vibração. Isso resulta em um produto silencioso, potente e eficaz. Além disso, permite mais tipos de medicamentos que os inaladores ultrassônicos. “Com relação às tendências, vemos que cada vez mais os consumidores buscam inaladores portáteis e que sejam fáceis de manusear e com alta durabilidade”, salienta Cunha. Com a correria do dia a dia, essas características começam a ser valorizadas, principalmente, pelos pais que têm jornada dupla. Por isso, as empresas têm se especializado nessas necessidades, criando inaladores cada vez menores e leves e silenciosos e que não precisem de tomada e muita preparação na hora de realizar a inalação em crianças, por exemplo. A busca por conforto e também a necessidade de um ambiente controlado são tendências no mercado brasileiro. Os dias muito secos ou o uso contínuo de ar-condicionado sugerem a utilização dos umidificadores para controlar a umidade do ambiente. “Produtos com apelos tecnológicos, incorporando medidor de umidificador de ar e controles digitais são ainda pouco procurados no mercado brasileiro, que consome produtos mais básicos e de boa qualidade”, observa Krause.

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Proteção necessária Com o aumento dos casos de dengue e também do Zika vírus, a população se arma para combater o problema, que afeta a saúde e traz riscos

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A proliferação de insetos em temporadas de chuvas é um acontecimento certeiro no Brasil. Mais do que incomodar ou amedrontar os humanos, eles transmitem doenças. Por isso, é preciso manter o foco na prevenção e erradicação de criadouros. Mas será que as picadas podem causar algum problema mais grave à população? A resposta é simples: sim! “O risco correlaciona-se com o tipo de inseto. O mosquito pode ocasionar em algumas pessoas uma reação alérgica chamada estrófulo (reação em que o pernilongo pica em um único local e outras picadas aparecem em partes diferentes do corpo) ou mesmo o ato de coçar o local pode levar bactérias para a região e provocar uma infecção chamada celulite. Agora, existem insetos da classe dos himenópteros, como a abelha, vespa e formiga de fogo, que podem ocasionar reações graves e até fatais em indivíduos alérgicos”, afirma a alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Cristina Abud de Almeida. Ou seja, as picadas de insetos são muito mais que um desconforto, podem provocar doenças por vezes mortais e também reações alérgicas severas nas pessoas e isto deve ser evitado.

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Por Tassia Rocha e Vivian Lourenço

De acordo com o diretor-geral do laboratório Osler, Paulo Castejón Guerra Vieira, os mosquitos e carrapatos precisam do sangue do paciente como alimento para seus ovos. Portanto, só as fêmeas é que picam. Segundo Vieira, no momento da picada, além de sugar o sangue, duas substâncias são injetadas no corpo: um analgésico, para que a picada não seja sentida imediatamente e o mosquito espantado, e um anticoagulante. É essa troca de substâncias que pode fazer o vírus, a bactéria, o protozoário ou o parasita passarem do mosquito para o humano e as substâncias injetadas provocam as reações alérgicas. “O tratamento das doenças transmitidas por insetos variam muito com o tipo de doença bem como com a intensidade das reações alérgicas”, alerta Vieira. Ele explica que as picadas mais comuns são daqueles insetos capazes de voar e que têm em seu instinto a necessidade de encontrar os indivíduos a fim de obter o sangue para alimento de seus ovos, ou seja, os mosquitos. Como não são capazes de voar, as picadas de carrapato são menos frequentes, mas não menos importantes.

Contra os insetos Os repelentes passaram a ser um agente de combate importante e farmácias e drogarias são os estabelecimentos imageNS: Shutterstock

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Alerta para o Zika vírus A zika é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como o Aedes aegypti, caracterizada por febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente entre três e sete dias. De acordo com o Ministério da Saúde, o Zika vírus (ZIKAV) é um RNA vírus, do gênero Flavivírus, família flaviviridae. Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma africana e outra asiática. Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção do ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação. Após o surto de bebês com microcefalia, é que o Zika vírus passou a chamar a atenção. As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Dessa forma, o controle está centrado na redução da densidade vetorial, como, por exemplo, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. O uso de roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporciona alguma proteção às picadas dos mosquitos e pode ser adotado principalmente durante surtos. Repelentes podem ser aplicados na pele exposta ou nas roupas.

Doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico ataca parte do sistema nervoso por engano.

Doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a idade.

Quais são as principais diferenças entre elas? Dengue A mais conhecida, possui como sintomas mais comuns febre alta, cansaço excessivo, dores de cabeça, atrás dos olhos e no corpo, náuseas e vômitos.

Chikungunya Apesar de ter sintomas parecidos com a dengue, a grande diferença está no seu acometimento das articulações: o vírus afeta as articulações dos pacientes e causa inflamações com fortes dores, podendo ser acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

Zika Causada pelo vírus Zika, tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre, diarreia, náuseas e mal-estar. Porém, a grande diferença da doença é a erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa no rosto, tronco e membros, podendo atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia e conjuntivite são outros sinais da infecção causada pelo vírus.

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Os principais insetos e aracnídeos que precisam do nosso sangue são:

Diferentes picadas

Aedes aegypti

Os que aferroam e não precisam do nosso sangue, não transmitem doenças, mas podem provocar reações alérgicas são:

Podem-se dividir os insetos e aracnídeos em dois grupos:

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Vespas Abelhas Marimbondos Aranhas

(dengue, chikungunya, zika)

Culex (filariose)

Anófeles (malária)

Carrapato

Recomendações para proteção contra picadas de insetos

• DEET (abreviatura de N, N-dietil-metatoluamida ou N, N-dietil-3-metilbenzamia), dependendo de sua concentração pode ser utilizado em crianças a partir de dois anos de idade e atingir até seis horas de proteção. • Icaridina é um composto derivado da pimenta e, dependendo de sua concentração, pode ser utilizado a partir de dois anos de idade, e proteger em até dez horas contra picadas de insetos. • IR 3535 é uma loção antimosquito aprovada para gestantes e crianças acima de seis meses de idade, podendo atingir até quatro horas de proteção.

Existe uma forma segura de aplicar o repelente para aumentar sua eficácia e evitar as picadas de insetos.

Ranking 1. Repelex (Reckitt Benckiser) 2. OFF Repelente (Ceras Johnson) 3. Autan (Bayer Corp.) 4. Johnson (J&J Corp.) 5. Exposis (Osler do Brasil) 6. Xô (Cimed) 7. bye-bye mosquito (Aloha Distribuidor) 8. Moskitoff (Farmax Div. Cosm.) 9. Turma da Mônica (Kimberly-Clark) 10. InsetProtec (Zanin Pharma) Fonte: IMS Health

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(febre maculosa, doença de Lyme)

Repelentes industrializados comercializados no Brasil

Fonte: médica e assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Nicole Perim

Como aplicar na pele • Seja generoso: aplicar o repelente pelo corpo de forma generosa, pois a tendência natural é passar menos do que o necessário. • Seja homogêneo: aplicar o produto homogeneamente por todas as partes expostas da pele. Uma vez que a ação de um repelente limita-se a 4 cm de distância, uma simples aplicação no rosto não protege a nuca, por exemplo. • Seja repetitivo: reaplicar sempre que achar necessário, inclusive após mergulhar no mar ou piscina, ao sair do banho ou em caso de sudorese excessiva. • Seja seletivo: todos os repelentes podem irritar as mucosas. Cuidado com olhos, narinas e boca. • Tipo de roupa: evitar roupas escuras e agarradas ao corpo. Dê preferência a roupas claras, compridas e afastadas do corpo. Se fizer uso de roupas curtas, vestidos ou sandálias, aplicar o repelente nas pernas e nos pés. • Protetor solar pode ser usado: primeiro aplicar o protetor solar, aguarde o tempo indicado por seu fabricante para que o produto seja absorvido e só então usar o repelente. • Cremes e maquiagem: depois de aplicar cremes ou maquiagem, usar o repelente por cima desses produtos. • Não use perfume: eles provocam alergias e atraem insetos. É recomendado fazer uso de produtos sem fragrâncias, tais como desodorantes sem perfume, sabonetes neutros e xampus sem cheiros. Fonte: Osler

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mais procurados para a compra do produto. De acordo com o IMS Health, essa categoria movimentou, somente no canal farma, no Brasil, oito milhões de unidades (período ano móvel de outubro/15). Um crescimento de 47% versus o mesmo período do ano anterior. “Observa-se um stock-out geral dessa categoria na farmácia, devido ao surto de dengue, zika e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypt, e uma alta nos preços devido a elevada demanda.”

Epidemias típicas Segundo a gerente de categoria da Reckitt Benckiser (RB), responsável por Repelex, Holly Garbett, existe um indicativo de que a população conhece bem os riscos da dengue. “Em fevereiro de 2015, uma pesquisa realizada pelas marcas SBP e Repelex com a população dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro indicou que nove a cada dez entrevistados se sentiam suscetíveis à picada do mosquito da dengue.” Mais: a grande maioria, 72%, disse já ter sofrido pessoalmente com a doença ou conhecia alguém próximo que contraiu o vírus. O executivo da Osler faz uma observação importante: “Os repelentes estão cada vez mais saindo de uma demanda considerada ‘sazonal’ e migrando para um consumo regular o ano todo. E em certas praças (todas as cidades ao norte do estado de São Paulo, por exemplo), o repelente é usado diariamente, não para uma situação específica de risco, mas como uma medida de proteção contra a dengue, até para ficar em casa ou ir trabalhar”. A gerente de produto do Grupo Cimed, Angélica Néspoli, destaca que, no mercado brasileiro, os repelentes são comercializados em diversas versões, tais como: loção, spray e aerossol. E há três diferentes tipos de princípios ativos: icaridina, DEET (abreviatura de N, N-dietil-meta-toluamida ou N, N-dietil-3-metilbenzamia) e IR 3535. Ela explica que a icaridina possui ação de longa duração no combate aos insetos. Segundo Vieira, o padrão ouro indicado pelas evidências médicas é a icaridina nas concentrações entre 20% e 25%, sem perfume na fórmula, já que, segundo a literatura, perfumes atraem insetos e devem ser evitados. O DEET é o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Ele protege por até quatro horas, em média. E sua concentração varia entre 5% e 15%. O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses de idade, alerta Angélica. Todos os outros repelentes só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, 11 0

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é indicado para tão pouca idade. O tempo de proteção é de até quatro horas.

Apresentações específicas

Os repelentes passaram a ser um agente de combate importante

A gerente de categoria da RB, responsável por Repelex, destaca também que as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) são desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor. O aerossol, por exemplo, além de rápida secagem, é prático durante sua aplicação. As opções em spray também são de prática aplicação, em especial nas áreas em que as mãos não chegam com facilidade, enquanto as loções se espalham suavemente pela pele. Por fim, o gel, formato especialmente criado para crianças, não é oleoso, seca rapidamente e possui uma fragrância agradável. Cada um deles vem com a recomendação de uso no contrarrótulo e a gerente de produto do Grupo Cimed aconselha que o farmacêutico oriente o consumidor a seguir a recomendação do produto/fabricante. “Água e suor: se for nadar ou praticar atividades físicas, o repelente deve ser reaplicado, pois ele perde sua eficácia em contato com a água e o suor intenso; crianças: procure repelentes específicos para bebês e crianças, já que as substâncias utilizadas nos tradicionais podem ser prejudiciais aos pequenos”, orienta Angélica.

Atuação dos repelentes Os repelentes são métodos utilizados para afastar os insetos e podem ser físicos ou químicos. Os repelentes físicos são as telas, os mosqueteiros, as vestimentas e formam uma barreira mecânica e devem ser usados sempre que possível. Já os repelentes químicos podem ser naturais ou industrializados, atuam formando uma camada de vapor com odor repulsivo aos insetos sobre a pele e possuem restrições em relação à idade e gestação. Os repelentes químicos naturais, como o óleo de andiroba, citronela, eucalipto, possuem comprovada ação em afastar os mosquitos, podem ser usados a partir dos dois anos de idade, porém seu tempo de proteção depois de aplicado na pele é muito curto, muitas vezes não sendo superior a duas horas. Já os repelentes industrializados podem alcançar até dez horas de ação contra os insetos, dependendo da substância e concentração utilizadas. Porém possuem uso restrito em crianças menores de dois anos de idade e gestantes.

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oportunidade

Síndrome do Olho Seco São vários os fatores que causam o problema ocular. Olhos embaçados, dificuldade para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador podem ser alguns deles

V

Por Tassia Rocha

Você já ouviu falar na Síndrome do Olho Seco? Sabe o que é? Pois bem, grande parte da população também deve ter o mesmo questionamento. Para esclarecer as dúvidas que permeiam o assunto, é importante saber, antes de tudo, qual a função das lágrimas e de que forma elas estão diretamente relacionadas com o problema. As lágrimas são produzidas pelo olho o tempo todo para hidratar a superfície ocular e evitar que esta área fique seca, além de proteger da ação de agentes externos, como bactérias e partículas de poeira. “A lágrima, ou filme lacrimal, é um líquido composto de água, sais minerais, proteínas e gordura, produzido pelas glândulas lacrimais. O filme lacrimal é constituído por três camadas. A camada mais externa, formada por lípidos originados da secreção das glândulas de Meibomio, tem como função atrasar a evaporação de água. A camada intermediária é a aquosa, que contém

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água, sais minerais, anticorpos, entre outras substâncias, e é responsável por parte da oxigenação do epitélio corneal, assim como por proporcionar à córnea uma superfície óptica regular e lisa. Por fim, a camada mais interna, em contato direto com a córnea, é a de mucina, que é constituída por glicoproteínas secretadas pelas glândulas caliciformes da conjuntiva, e permite que a camada aquosa se espalhe sobre a córnea”, informa a oftalmologista e gerente médica da Johnson & Johnson Vision Care Latam, Dra. Liane Touma. A Síndrome do Olho Seco, ou Síndrome da Disfunção Lacrimal, é uma doença crônica caracterizada pela diminuição da produção de lágrima ou alteração em algum de seus componentes. Esse distúrbio no filme lacrimal e na superfície ocular pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões. Pode estar relacionada à exposição imagens: Shutterstock

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Sintomas e causas Os sintomas mais comuns do olho seco são: • Prurido (coceira nos olhos). • Sensação de queimação. • Sensação de areia. • Olhos vermelhos. • Visão borrada. • Lacrimejamento excessivo. • Desconforto. • Tremor palpebral. • Fotofobia (intolerância à luz). As causas mais comuns do olho seco são: • O ambiente: clima seco, com vento e sol, fumaça de cigarro, poluição, lugares fechados, calefação, ar-condicionado e monitores de computador

podem aumentar a evaporação e causar olho seco. • Medicamentos: alguns produtos acabam causando o problema como efeito colateral. • Doenças sistêmicas: Síndrome de Sjögren, artrite, lúpus, sarcoidose, alergias, doenças de pele e Parkinson. • Lentes de contato: o uso pode agravar ou provocar o problema. O ideal é tirar sempre que possível e evitar o uso prolongado. • Idade: como regra geral, com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, por exemplo, se produz 60% menos lágrimas do que aos 18 anos.

Fonte: diretor médico da Hypermarcas, Dr. João Fittipaldi

Ranking Top 10 marcas – Lágrimas 1. Systane (Novartis) 2. Fresh (Allergan) 3. Lacrifilm (União Química) 4. Optive (Allergan) 5. Hyabak (União Química) 6. Lacrima (Novartis) 7. Refresh (Allergan) 8. Ecofilm (Cristalia) 9. Lacribell (Cristalia) 10. Oftane (Novartis)

Top 10 marcas – Colírios 1. Moura Brasil (Sanofi) 2. Claril (Novartis) 3. Neo Brasil (Hypermarcas) 4. Visazul (Hypermarcas) 5. Legrand (EMS) 6. Lerin (Allergan) 7. Geolab (Geolab) 8. Teuto (Teuto) 9. Clanistil (Hypermarcas) 10. Blumen (Hypermarcas)

Para a categoria de colírio, foram considerados apenas os produtos de venda livre, sem necessidade de receita médica. Fonte: IMS Health

a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), alguns medicamentos, idade avançada, menopausa (nas mulheres) e doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e outras). O problema é mais comum na mulher que toma anticoncepcional, antidepressivo e/ou que está na menopausa, devido às alterações hormonais. Além disso, pode ser frequente 11 4

em pacientes com doenças reumáticas, que também, de modo geral, acometem mais as mulheres.

Prevenção e controle “O tratamento é feito principalmente por meio do uso de lágrimas artificiais, que devem ser instiladas várias vezes durante o dia, de acordo com a gravidade do quadro”, alerta a oftalmologista consultada pela Allergan e

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Desempenho de colírios e lágrimas artificiais As categorias de colírios e lágrimas artificiais, combinadas, faturaram 590 milhões no canal farma em 2015, apresentando crescimento de 11% versus 2014. Categoria

2014

2015

Lágrimas artificiais e lubrificantes oculares

404.847.106

455.630.280

Colírios e anti-inflamatórios

127.792.507

134.670.149

Fonte: IMS Health

vice-chefe do Setor de Doenças Externas Oculares e Córnea do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Myrna Serapião dos Santos. Elas agem com o objetivo de hidratar e manter a superfície ocular hidratada por mais tempo. Para a prevenção, o ideal é hidratar os olhos várias vezes ao dia, antes que tenham “sede” ou desidratem, assim como devemos fazer com nosso organismo, por meio da ingestão frequente de água. Segundo o oftalmologista do Hospital San Paolo, Dr. Alexandre K. Misawa, quando a causa é a diminuição da produção da lágrima, o importante é investigar a etiologia e tratar a doença de base. No início, podem ser usadas lágrimas artificiais e, em casos mais avançados, é recomendado o uso de pomadas lubrificantes que possuem poder de lubrificação maior e até casos cirúrgicos para preservar a lágrima no olho. Os colírios e lágrimas artificiais atuam equilibrando o filme lacrimal e suas camadas, e cada produto tem uma composição específica que contribuirá de maneira variada. Portanto, não atuam sempre da mesma forma, podendo ser combinados entre si para um melhor resultado. Grande parte dos tratamentos oculares é realizada de forma tópica, ou seja, por meio do uso de colírios. O colírio tem a vantagem de agir com rapidez e com menor dosagem ao compararmos com a via sistêmica. Os lubrificantes atuam diretamente no olho por aumentar a lubrificação da 11 6

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superfície ocular e diminuir a evaporação das lágrimas. A Síndrome do Olho Seco é um processo crônico, portanto, o tratamento deve ser de uso contínuo ou de acordo com a orientação do médico.

Queixa frequente Assistir à televisão de perto e ficar muito tempo em frente ao computador podem causar cansaço ocular. Algumas queixas, como ardor, lacrimejamento, ressecamento, hiperemia e embaçamento, podem ser apresentadas. A Computer Vision Syndrome (CVS), ou Síndrome da Visão do Computador, pode afetar qualquer pessoa que, com muita frequência, passa mais de duas horas diante do PC, sem pausa, gerando o ressecamento dos olhos, miopia transitória, etc. “O filme lacrimal é reposto a cada piscar que, em situações normais, ocorre entre sete e dez segundos. O uso prolongado do computador faz com que o intervalo entre um piscar e outro se estenda, muitas vezes, além de 60 segundos, deixando, desta maneira, a superfície do olho sem hidratação por tempo prolongado, pois a lágrima evapora mais precocemente e não é reposta no tempo ideal”, alerta a Dra. Myrna. Ela informa que o mesmo ocorre com a exposição prolongada ao ar-condicionado, onde acontece a evaporação excessiva da lágrima, ocasionando o surgimento dos sintomas de ressecamento ocular.

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sazonal

Recuperação dos fios

O cabelo é considerado, por muitos, um dos maiores atributos da beleza feminina. Por isso, manter os fios bem cuidados tem impacto significativo na rotina das mulheres

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Por Tassia Rocha

Que a brasileira é apaixonada por cabelo, todo mundo sabe. Que ter fios sempre bonitos e saudáveis seja o desejo de toda mulher, também. Elas não medem esforços para cuidar das madeixas. Mas e quando os fios estão danificados? Quais os procedimentos que devem ser adotados? No verão, os fios podem sofrer um acúmulo de danos, assim como a pele. O sol pode deixá-los secos devido à ação dos raios ultra-

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violeta, e, por isso, ficam mais vulneráveis a quebras e pontas duplas, por exemplo. Mar e piscina também são prejudiciais porque desidratam os fios, além disso, deixando-os pouco flexíveis e com aspecto áspero. A sudorese exagerada resulta no acúmulo de oleosidade e quem colore os fios também sofre com o desbotamento. Por isso, é importante investir nos produtos que garantam proteção antes, durante e depois dos dias mais quentes do ano. imagens: Shutterstock

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sazonal

Os itens destinados à transformação e restauração dos cabelos fazem, literalmente, a cabeça das consumidoras. “É importante que ela passe por um ritual de tratamento completo. Além do ‘básico’ com xampu e produto condicionante, é importante investir em máscaras e ampolas leave-in. Esses produtos são indispensáveis não só para a recuperação dos fios, como também para a precaução de problemas”, informa a técnica da Embelleze, Daniele Nascimento. Além dos prejuízos causados durante a exposição solar, a modelagem com secadores e pranchas quentes também é vista por especialistas como uma das principais causas dos fios danificados. O calor pode rachar a cutícula e retirar a umidade do cabelo, deixando-o seco e frágil. O ideal é usar cremes e ampolas de tratamento que além de fechar as pontas duplas, reduzem o frizz, proporcionam brilho e ajudam a reparar os danos. É importante optar por itens que combinam complexos reconstrutores com silicones, queratina, óleo de argan ou macadâmia africana. Ingredientes que nutrem o cabelo, mantendo-o bonito e saudável e que agem nas áreas mais prejudicadas. No caso de cabelos extremamente danificados, o tratamento ideal é à base de pro-

A sudorese exagerada resulta no acúmulo de oleosidade e quem colore os fios também sofre com o desbotamento. Por isso, é importante investir nos produtos que garantam proteção antes, durante e depois do verão

teína líquida. Essa proteína irá repor queratina, reconstruir a fibra, fortalecer a cutícula, que é a camada externa do fio e regenerar as madeixas. Segundo informa o embaixador de TRESemmé, Eron Araujo, os cabelos que mais sofrem no verão são os que passaram por processos químicos, como a coloração. Para evitar, ele recomenda que o consumidor hidrate os fios constantemente. “Durante o verão, abusar de linhas indicadas para cabelos coloridos, não esquecer os protetores solares e lavar sempre as madeixas com água potável antes e depois dos mergulhos, para remover vestígios de sal ou cloro.”

Exposição certeira

Cuidados na estação Durante o verão, pesquisas revelam que:

20%

• das mulheres lavam os cabelos mais vezes.

12% usam creme de tratamento. • 9% usam mais creme para pentear (uso •

em praia e piscina).

O que demonstra que elas se preocupam com um melhor tratamento e cuidado. Fonte: gerente de produto Garnier Fructis, Renata Valente

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Para poder atrair os consumidores dessa categoria, é preciso saber como denominá-las. As subcategorias se classificam como xampu, condicionador, tratamento (máscaras), creme para pentear e finalizadores. Farmácias e drogarias são muito importantes para essa categoria e a organização dos itens na gôndola de cuidados com o cabelo deve respeitar o processo de escolha dos produtos pelo shopper para facilitar a compra, proporcionar uma experiência mais agradável e, desta forma, acelerar o desenvolvimento por marcas e formatos de maior valor agregado. A importância está no fato de que a mulher, cada dia mais, está buscando informações e conhecimento para o tratamento de seus cabelos e se especializando a cada dia em como utilizar cada um deles. Por essa razão, cabe ao ponto de venda garantir a presença de toda a família de produtos, partindo

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CUIDADOS PARA CADA TIPO DE CABELO

Oleoso: como o couro cabeludo produz sudorese excessiva, o ideal é lavar os fios diariamente com xampus neutros. Uma alternativa à lavagem é adotar xampus a seco para garantir volume e frescor. O condicionador deve ser aplicado só no comprimento e pontas.

Seco: os fios secos devem adotar máscaras reconstrutoras pelo menos uma vez por semana, para reparar as pontas e garantir maleabilidade aos fios. Abusar de leave-in e óleos para combater o frizz.

Cacheado: os fios cacheados são naturalmente mais secos, por isso, é importante usar máscaras hidratantes, como uma alternativa ao condicionador. Xampus específicos para cabelos cacheados e ativador de cachos também são bem- -vindos. Os cremes para pentear garantem forma, maciez e brilho. Fonte: embaixador de TRESemmé, Eron Araujo

do xampu ao condicionador, máscaras, creme para pentear e finalizadores. Para facilitar o entendimento na hora de recomendar um item, o responsável técnico de Phytoervas, Sandro Rodrigues, explicou quais são as subcategorias e suas funções: • O condicionador tem como principal função devolver a oleosidade natural dos cabelos, mantendo-os condicionados e proporcionando uma camada protetora, essencial para o brilho e a nutrição, devolvendo sua maleabilidade. • As máscaras capilares têm a mesma função do condicionador, porém com uma concentração maior de ativos, recuperando os cabelos mais rá122

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pido. Seu tempo de permanência nos fios pode variar de três e 30 minutos. • Já as ampolas capilares são ainda mais concentradas do que as máscaras, com a mesma função. Seu tempo de permanência nos cabelos pode variar de 60 segundos a três minutos. Sua aplicação é mais prática do que a máscara capilar. • Leave-in é um creme sem enxágue que hidrata instantaneamente e, dependendo do tipo do cabelo, pode definir o cacheado, deixar o fio mais liso e facilitar o penteado. • DD Cream capilar é um produto sem enxágue com textura leve e possui multifunções, como proteção antienvelhecimento, brilho, proteção térmica, hidratante, diminuição de frizz, etc.

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Acalmam e protegem Após dias de exposição ao sol, idas à praia e piscina, é hora de cuidar do corpo, rosto e cabelo. Saiba quais são os itens que podem auxiliar o consumidor e abasteça o ponto de venda Por Tassia Rocha

Fluido Neutralizante O novo Eucerin® Fluido Neutralizante Anti Redness é indicado para peles sensíveis com tendência à vermelhidão e traz a tecnologia exclusiva SymSitive que age diretamente na raiz da hipersensibilidade. Com a função de reduzir o aspecto queimado, acalmar e oferecer conforto imediato, o novo fluido mantém em sua composição os pigmentos verdes que neutralizam o tom da pele, e a Licochalcona A, que ajuda a acalmar a irritação da pele. ■■www.eucerin.com.br 124

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Restauração dos fios

A linha Ecologie Restaurador Abacate e Mel Vegetal é composta por xampu, condicionador e máscara restauradora que fortalecem e reestruturam a vitalidade do cabelo, além de combaterem as pontas duplas e os fios quebradiços com eficiência. ■■www.brilcosmeticos.com.br imagens: shutterstock/divulgação

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A Sanofi anuncia o lançamento de Confiare Prevent, creme para prevenção de assaduras. Composto por uma fórmula com extrato de camomila, o creme possui ainda uma textura que o torna fácil de aplicar e remover. O produto está disponível nas principais redes farmacêuticas em embalagem de 60 g. ■■www.sanofi.com.br

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Fórmula exclusiva

Com o objetivo de oferecer soluções completas para cuidar da pele do rosto dos brasileiros, a linha Acnezil® amplia seu portfólio com o lenço umedecido demaquilante que limpa, tonifica e hidrata a derme para mantê-la sempre bonita e saudável. ■■www.grupocimed.com.br

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Crônica

Com as mãos na massa

H

Há cerca de três anos, quando minha filha mais nova tinha cinco anos de idade, fomos a uma pizzaria e o garçom deu a ela um pedaço de massa crua, uma pequena porção, mais ou menos do tamanho de uma bola de tênis. Ela ficou maravilhada com o presente. A sensação de trabalhar a massa com as mãos, de moldá-la para fazer pequenos bonecos, bichinhos e outros objetos deixou-a extasiada. Aquele garçom foi incrivelmente perspicaz, pois gerou uma experiência que a marcou para sempre. Depois daquele dia, até hoje, toda vez que vamos a uma pizzaria, a primeira coisa que ela me diz é: “Pai, pede para o garçom arrumar um pedaço de massa?”. Dia desses, resolvemos experimentar uma pizzaria recém-inaugurada. Um local simples, mas com ambiente agradável. Logo que entramos, veio a esperada solicitação: “Pai, não esquece a minha massinha”. Assim, após fazer o pedido, solicitei ao garçom se ele poderia arrumar um pedacinho de massa crua para minha filha brincar. Muito constrangido, ele me disse: “Vou conversar com o gerente para ver se é possível”. Achei sua colocação um pouco estranha. Consultar o gerente para conseguir um pequeno pedaço de massa solicitado pelo cliente não pareceu algo razoável. Enfim, agradeci e aguardei. Minutos depois, ao retornar com as bebidas, titubeante e com um sorriso amarelo, ele me disse: “Desculpe senhor, o gerente disse que não há como fornecer a massa”. Perplexo diante da negativa, respondi: “Não tem problema, diga que agradeço mesmo assim”. Confesso que fiquei muito frustrado. Nem tanto pela recusa, mas principalmente pelo olhar de desapontamento e tristeza da minha filha. Foi difícil explicar a ela, diante do seu inconformismo, por que o pedido não foi atendido. A verdade é que nem eu mesmo sabia, pois o garçom não me deu uma explicação convincente, apenas uma recusa. Naquela noite, fui para casa pensando: por que um profissional de serviços deixaria de atender a um pedido tão simples. A pizza estava boa e o preço acessível, mas o gosto amargo da frustração permaneceu inalterado. Falando francamente: duvido que eu volte àquele local. 128

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Infelizmente, não são poucos os profissionais que acreditam que, para satisfazer o cliente, basta oferecer um bom produto ou um bom serviço, a um preço justo. A verdade é que o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo. Algumas áreas estão nitidamente saturadas. Portanto, para sobreviver e prosperar dentro dessa realidade inconveniente, é preciso ter diferenciais competitivos autênticos. E o melhor diferencial é proporcionar ao cliente uma experiência positiva de compra, ou seja, um momento que ele dificilmente irá esquecer. É bom lembrar que uma boa experiência vai muito além de bons produtos e bons preços. Uma experiência positiva passa inevitavelmente por satisfazer o cliente em todos os momentos em que ele entra em contato com a empresa e, principalmente, naqueles em que dela depende. Além disso, são as situações inusitadas que permitem à empresa gerar diferenciais competitivos. Com certeza não é sempre que um cliente pede um pedaço de massa para uma criança brincar. Portanto, esses são os momentos em que a empresa pode ser singular, diferenciando-se dos seus concorrentes. Naquele dia, tão importante quanto saborear um bom pedaço de pizza, era ver a felicidade estampada no rosto da minha filha. Pena que aquele gerente, assim como tantos outros que encontramos por aí, não teve essa sensibilidade. Assim como a maioria dos clientes, na hora, eu não externei minha insatisfação. Fui embora silenciosamente, pretendendo não mais voltar. Fico pensando: será que eu poderia ter ajudado àquele gerente apontando seus equívocos? Creio que, não. Infelizmente, profissionais insensíveis às necessidades dos clientes são, em geral, incapazes de ouvir. É uma pena!

Jorge Bertolino Filho Palestrante e consultor de empresas. Especialista em Gestão de Pessoas, Marketing, Estratégia e Relacionamento com o Cliente. Professor de graduação e pós-graduação nas áreas de Gestão Empresarial. www.jorgebertolino.com.br imagem: shutterstock

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Associados e demais empresários do setor farmacêutico

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Evento representa uma excelente oportunidade de otimizar negócios e gerar relacionamento P o r G e r a l do M o ntei r o - di r etor ex ec u ti v o da abradilan

É

É com satisfação que convidamos a todos para participar da 12ª Abradilan Farma, que será realizada de 16 a 18 de março de 2016 no Expotrade Convention Center, em Curitiba (PR). O evento chega a 12ª edição e consolida a sua posição de maior feira do setor farmacêutico. A entrada é gratuita, porém, restrita a profissionais do setor farmacêutico. Nessa oportunidade, esperamos contar com pelo menos 18 mil visitantes durante os três dias e muitas realizações de parcerias e negócios. A Abradilan Farma é realizada com o objetivo de aproximar e tornar possível o relacionamento e a realiza-

ção de negócios entre empresas expositoras e visitantes. Paralelamente à feira, os participantes poderão assistir a palestras com profissionais renomados nas suas áreas de atuação. Para esta edição, já estão confirmadas as apresentações de Paulo Paiva, Jim Danahy, Eduardo Rocha, Cristina Lopes e do professor Gretz. O evento vem superando expectativas a cada edição e demonstrando aos nossos expositores e visitantes que o evento possibilita excelente forma de relacionamento e negócios, enriquecido pelo compromisso com a difusão de um conjunto de princípios voltados ao desenvolvimento do setor de distribuição e

varejo de produtos farmacêuticos no Brasil. Já temos vários expositores de grande porte confirmados, tais como: laboratórios farmacêuticos, empresas de produtos para a saúde, empresas de cosméticos e empresas de serviços. Para sua maior comodidade, sugerimos que faça o cadastramento pelo site: www.abradilan.com.br, ou se preferir, poderá fazer o credenciamento na entrada do evento, ao apresentar o convite que está sendo distribuído pela organização, pelos expositores e pelos associados da Abradilan. A Abradilan conta com a participação de todos.

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