287 Outubro/2016 - Avanço na saúde

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ANO XXIII • Nº 287 OUTUBRO DE 2016

ENTREVISTA Paulo Nigro, presidente do Aché, revela as conquistas do laboratório que completa 50 anos de mercado

LOJA PERFEITA A categoria de hair care se fortalece no País e, somente os xampus, já atingem 90% de penetração nos lares

AVANÇO NA SAÚDE Dentro da área médica, a tecnologia tem ganhado mais força, favorecendo o desenvolvimento de todo o setor. Ela contribui para o aumento da longevidade e melhor qualidade de vida

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Fato consumado A tecnologia na saúde tem ganhado cada vez mais força e contribui com o desenvolvimento de todo o setor. Ela tende a ser hoje menos invasiva, mais segura e eficaz. Colabora para o aumento da longevidade e melhor qualidade de vida. Reduz o tempo de hospitalização, acelera o tempo de recuperação, diminui o risco de infecções e possibilita a detecção precoce de doenças e maior precisão no tratamento e reabilitação, entre outros benefícios. Além da área médica e hospitalar, aplicativos desenvolvidos pela indústria farmacêutica surgem para aumentar a adesão a diversos tratamentos, fato que aponta para uma nova realidade. Mas isso tudo tem um custo e ele não é baixo, assim, nem todos podem ser beneficiados. Produtos inovadores têm uma despesa alta, o que torna os equipamentos e as drogas de última geração mais caras. Além disso, muitos são importados, o que encarece ainda mais. No entanto, as estimativas são de queda dos valores quando houver a massificação dessas tecnologias, o que possibilitará, de fato, uma ampliação no acesso à saúde. E, falando em acesso, o Programa Farmácia Popular completa 12 anos e traz resultados bastante satisfatórios, já que impede que a população interrompa seus tratamentos de saúde, especialmente para combater doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)

IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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EDITORIAL

Entre o fim de 2015 e o início deste ano, a iniciativa pareceu correr sérios riscos. A proposta orçamentária do governo federal previa a extinção da verba para o copagamento, mantendo apenas o sistema de gratuidade. No entanto, o Ministério da Saúde não confirma o final do Programa ou extinção dos medicamentos oferecidos. Em nota, ele esclareceu que o Farmácia Popular continua funcionando regularmente, tendo garantido orçamento para este ano na ordem de R$ 3,2 bilhões. O grande problema é que novas farmácias não podem se cadastrar e não há uma nova data definida para a regularização. Veja ainda, nesta edição do Guia da Farmácia, que o sistema de Substituição Tributária (ST) ganhou um novo capítulo diante de algumas alterações feitas no Código Especificador da Substituição Tributária (CEST). Outro destaque fica por conta de uma pesquisa da Accenture que revela os principais desafios da cadeia brasileira de suprimentos. Entre as lacunas, há indicativos de oportunidades de melhoria em planejamento, contratação e operação de transportes e armazenagem, que podem não estar sendo visualizadas por algumas empresas do setor. Boa leitura.

A tecnologia na saúde tem ganhado cada vez mais força e contribui para o desenvolvimento de todo o setor

Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Diagramação Kátia P. Prenholato Colunistas Clóvis A. Gil, Edinho Barbosa, Guilherme Siriani, Luiz Melo, Nelson Mussolini e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

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SUMÁRIO #287 OUTUBRO 2016

102 38 > DEBATE Há dois meses a Anvisa aprovou as novas regras para tirar a tarja de medicamentos vendidos sem prescrição. Antes, não havia critérios claros para a mudança

E MAIS 06 > GUIA ON-LINE 08 > ENTREVISTA 14 > ANTENA LIGADA 22 > ATUALIZANDO 30 > GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE 54 > RANKING 68 > PESQUISA

ESPECIAL SAÚDE 44 > ATUALIDADE A Substituição Tributária não é um tema recente, mas é espinhoso para vários varejistas. O sistema sofreu algumas alterações que devem ser acompanhadas de perto para evitar equívocos no pagamento do ICMS

48 > ACESSO Ampliar o acesso da saúde a toda população nacional, oferecendo medicamentos para as doenças mais comuns, de forma gratuita ou com desconto é a meta do Programa Farmácia Popular, que completa 12 anos com rumores de que seria extinto por conta da crise do País

58 > TECNOLOGIA CAPA

O avanço na área da saúde é incontestável nos últimos anos. Aplicativos, realidade aumentada, biometria, consultas virtuais, cirurgia robótica e impressoras 3D são algumas das soluções que já fazem parte do universo da medicina e apontam que este futuro veio para ficar

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74 > OSTEOPOROSE 82 > ANSIEDADE 90 > ORAL CARE

98 > CUIDADOS 102 > MIX 112 > LOJA PERFEITA 118 > SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 32 > VAREJO Silvia Osso 34 > OPINIÃO Nelson Mussolini 36 > OPORTUNIDADE Luiz Melo 42 > ESTRATÉGIA Guilherme Siriani 66 > PROCESSOS Clóvis A. Gil 110 > GESTÃO Edinho Barbosa IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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GUIA ON-LINE WWW.GUIADAFARMACIA.COM.BR

INFORMAÇÕES EXCLUSIVAS NA INTERNET

Acesse o Portal e confira as informações complementares do conteúdo editorial da revista, além de textos exclusivos a cada edição.

CONTEÚDO EXTRA NO PORTAL (A PARTIR DO DIA 15 DE CADA MÊS) BELEZA

A pele exige cuidados específicos o ano todo. Algumas substâncias devem ser indicadas para que o consumidor possa manter a derme sempre hidratada e protegida. Acompanhe o Facebook do Guia da Farmácia

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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

#NEOQUÍMICA LANÇA PROGRAMA GRATUITO DE FORMAÇÃO PARA BALCONISTAS DE FARMÁCIAS

PONTO DE VENDA

Uma nova plataforma foi idealizada para atender às necessidades do varejo brasileiro com autonomia e agilidade. Saiba qual é e os benefícios que ela pode trazer.

SAÚDE

Com a variação de temperatura, comum entre as estações, a incidência de gripes e resfriados aumenta de forma significativa. Saber orientar o consumidor sobre a diferença das doenças é fundamental na hora do atendimento.

MERCADO GESTÃO

O e-commerce tem agregado ao setor farmacêutico a praticidade e a força das vendas pela internet. Especialistas dão dicas para implementar a ferramenta com sucesso no varejo. 6

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Com o objetivo de reunir informações atualizadas e estratégicas sobre o setor farmacêutico e de saúde, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) acaba de lançar uma nova edição do Guia de Informações da entidade – 2016. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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ENTREVISTA – ACHÉ

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Mais vida para você HÁ 50 ANOS NA VANGUARDA DO SETOR FARMACÊUTICO NACIONAL, QUE É UM SEGMENTO DE ALTA COMPETITIVIDADE, O LABORATÓRIO ACHÉ AJUDA A CONSTRUIR A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

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POR LÍGIA FAVORETTO

O Aché é uma empresa 100% nacional, que completa, em 2016, 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Anápolis (GO). Emprega quase 4,5 mil colaboradores e conta com uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Para atender às necessidades dos profissionais da saúde e consumidores, o Aché oferece um portfólio com 316 marcas em 762 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos e nutracêuticos. Ao todo, são 130 classes terapêuticas e mais de 20 especialidades médicas atendidas. Recentemente, com a criação da Bionovis, passou a atuar em biotecnologia. Exporta para 12 países das Américas, África e Japão. O presidente da companhia, Paulo Nigro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia. O executivo afirma que não há uma estagnação no mercado farmacêutico no que diz respeito à descoberta de novos fármacos, mas ressalta que a todo o momento surgem necessidades novas para novas doenças causadas por mutações de vírus e bactérias, além de outras relacionadas ao modo de vida contemporâneo, ou seja, a busca por novas soluções para a saúde e bem-estar é algo constante e exige investimentos permanentes em processos, tecnologia e pessoas. Acompanhe: Guia da Farmácia • O Aché completa 50 anos de uma trajetória de sucesso e muitas conquistas. A essência da empresa se mantém a mesma durante esse período?

Paulo Nigro • Há 50 anos, os fundadores do Aché se uniam em torno de um ideal comum, que é levar saúde e bem-estar à população brasileira, por meio de produtos inovadores. Meio século se passou e o propósito dos fundadores continua intacto, mas com um avanço: as soluções inovadoras não são destinadas apenas aos brasileiros, mas para um mercado global. Atualmente, a companhia já exporta para 12 países das Américas, África e Japão. Guia • Qual a importância de se comemorar 50 anos de atividades em um mercado tão competitivo e, sobretudo, em um ano tão conturbado política e economicamente falando, para o Brasil? Nigro • É uma satisfação muito grande comemorar 50 anos na vanguarda do setor farmacêutico nacional, que é um segmento de alta competitividade. Ajudar a construir a história da indústria brasileira, por meio de iniciativas de desenvolvimento tecnológico, geração de emprego e desenvolvimento da ciência, é um feito que nos orgulha muito neste meio século. E o crescimento sustentável da companhia nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Neste ano importante de celebração, fizemos uma reflexão sobre a história do Aché e, principalmente, voltamos nosso olhar para o futuro e o propósito que nos move para os próximos 50 anos, e chegamos a um novo slogan: “Aché. Mais vida para você” –, pois é este o propósito que nos impulsiona a levar mais saúde, bem-estar e beleza para as pessoas. Guia • Ser uma empresa 100% nacional é um diferencial competitivo? Nigro • Ser uma companhia 100% brasileira oferece alguns diferenciais competitivos. Um deles é o profundo conhecimento do mercado, de toda a cadeia farmacêutica, da população e dos médicos. O Aché é uma empresa criada por propagandistas que construíram um relacionamen2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – ACHÉ

to de respeito e confiança junto a profissionais da saúde, o que nos ajuda a ser líderes em prescrição médica há nove anos consecutivos. Outro diferencial é o acesso à pesquisa com base na biodiversidade nacional, que é uma das mais ricas do mundo. Em 2005, lançou Acheflan, que é o primeiro medicamento com pesquisa e desenvolvimento 100% nacionais, produzido a partir do extrato da Cordia verbenacea DC, uma planta encontrada na Mata Atlântica. Em março de 2015, a companhia fechou um acordo com a farmacêutica Silanes para lançar o produto no México. Em dezembro de 2014, conquistou parceria para exportá-lo ao Japão e alguns outros acordos também foram estabelecidos na América Latina. O medicamento vem obtendo patentes em diferentes países e, recentemente, teve a concessão em todo continente Europeu. Guia • As marcas dos produtos Aché fazem parte da vida dos consumidores de forma muito nítida, ou seja, cada produto é lembrado por seu nome. Como isso é possível? Nigro • O Aché possui marcas muito fortes, que são reconhecidas e preferidas pelas pessoas. Alguns exemplos são Biofenac, Sorine, Flogoral, Colikids, Acheflan, Decongex Plus, Dose D e Inellare, além de muitas outras. Isso porque as pessoas identificam em nosso portfólio alta qualidade, confiança e inovação. Há um ganho cíclico de marca, pois o Aché, por meio de sua reputação, confere valor a elas. Guia • A empresa atua com medicamentos de prescrição, MIPs, genéricos e dermatológicos. Qual a área de maior rentabilidade? Nigro • O segmento com maior participação nos resultados é composto por medicamentos sob prescrição, no qual somos líderes de mercado pelo nono ano consecutivo. Esse é o core business da companhia. O Planejamento Estratégico do Aché com visão para 2030, realizado em 2015, prevê que a empresa defenda e amplie seu core business, com o lançamento de produtos inovadores: em 2016 devem ser lançados quatro medicamentos sob prescrição. Mas além de defender o nosso core business, também estamos focados em crescer em todas as áreas de atuação, ampliando nosso portfólio em MIP, dermatologia, dermocosméticos, nutracêuticos, nutricosméticos e fitoterápicos. Guia • O Aché entrou para novos mercados como dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e fitoterápicos. Qual a expectativa e de que forma vocês olham para as tendências e oportunidades que o setor oferece? 10

Nigro • No início do ano, reestruturamos nossa área de dermatologia, unindo dermomedicamentos e dermocosméticos em uma diretoria chamada Aché Derma. O objetivo da companhia é acelerar o crescimento para ganhar participação de mercado com produtos inovadores e diferenciados. Estamos focados e trabalhando para que, em 2030, estejamos entre os três primeiros laboratórios no segmento de dermatologia do Brasil. Anunciamos, em julho último, a aquisição do Laboratório Químico Farmacêutico Tiaraju, empresa gaúcha voltada à produção de fitomedicamentos. Por meio da aquisição, a companhia irá incorporar 12 novos produtos. Isso possibilitará ao laboratório buscar a liderança nesse segmento, por meio de lançamentos diferenciados que completarão nosso portfólio inovador, que é reconhecido por médicos e pela população. Com isso, devemos introduzir oito novos nutracêuticos no mercado em 2017, ampliando sua participação em um segmento de R$ 1,3 bilhão anual. A estratégia possibilitará à empresa dobrar o faturamento com nutracêuticos. Além disso, esse investimento possibilitará a entrada no segmento de nutricosméticos, que movimenta R$ 360 milhões no País. Lançaremos, a partir do início de 2017, uma linha completa, trazendo produtos com formulações inovadoras. A companhia também vem se destacando nos últimos anos por conta de produtos probióticos, como o Colikids e o Provance, à base de L. reuteri DSM 17938. Os produtos são uma nova perspectiva para o equilíbrio da microbiota intestinal e já vêm trazendo um bom desempenho para a companhia. Para se ter uma ideia, devido ao seu grau de inovação, o Colikids conseguiu, em menos de um ano do seu lançamento, ocupar a liderança em receituário médico na pediatria. Guia • Como os novos produtos são pensados? Nigro • O Aché conta com o Núcleo de Inovação, que tem como principal objetivo garantir o crescimento sustentável da empresa por meio do lançamento de novas soluções terapêuticas para médicos e pacientes. Antes de chegarmos até o desenvolvimento de um produto, primeiramente, avaliamos uma necessidade ainda não atendida e analisamos se é uma inovação radical ou incremental. A radical consiste na pesquisa e desenvolvimento de novos ativos, totalmente novos, sejam eles sintéticos, fitomedicamentos, biológicos, nutracêuticos ou dermocosméticos. A incremental consiste na introdução no País de ativos já existentes no mundo ou de melhorias incrementais, como novas associações, formulações, indicações terapêuticas, etc.

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Guia • A população brasileira enfrenta hoje alguma carência que ainda não é coberta por medicamentos? Nigro • A todo o momento, surgem necessidades novas para novas doenças causadas por mutações de vírus e bactérias, além de outras relacionadas ao modo de vida contemporâneo. A busca por novas soluções para a saúde e bem-estar é algo constante e exige investimentos permanentes em processos, tecnologia e pessoas – é fundamental contar com uma equipe de cientistas e profissionais de diversas áreas para identificar necessidades não atendidas. Guia • Você acredita que haverá uma estagnação no mercado farmacêutico nos próximos anos, já que as principais patentes caíram e o desenvolvimento de um novo produto demora anos e custa muito caro? Nigro • Não avalio que haja uma estagnação do mercado, mas é importante buscar a diferenciação, trazendo continuamente produtos inovadores para a população. Diferentemente de algumas empresas, o Aché não diminuiu o foco em inovação. Pelo contrário, a companhia continua investindo em inovação como estratégia para o seu crescimento sustentável, em um mercado altamente competitivo. Isso nos possibilita agregar valor ao nosso portfólio com lançamentos no curto, médio e longo prazos. Guia • Quanto o Aché investe em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e de que forma o novo centro de síntese molecular poderá contribuir para a inovação da saúde? Nigro • Em 2016, os aportes para Inovação, Excelência Operacional e Desenvolvimento de novos produtos passam de R$ 160 milhões. Em novembro de 2015, inauguramos um Laboratório de Design e Síntese Molecular, onde desenvolvemos moléculas inovadoras – ou seja, moléculas que ainda não tenham sido realizadas em laboratório. O objetivo principal é que essas moléculas se tornem novos fármacos, por meio de seu desenvolvimento clínico. Isso possibilitará avanços em diversas áreas, como Saúde Feminina, Saúde Masculina, Sistema Nervoso Central, Cardiometabólica, Saúde Respiratória, Osteomuscular, Dermatologia, etc. Guia • Sua contratação é um marco para o laboratório que vinha de uma gestão familiar. Quais os caminhos da sua atuação para os próximos anos? Nigro • O Aché possui uma gestão profissional, que foi iniciada em 2001, quando os acionistas passaram a compor o Conselho de Administração e foram criados comitês de auxílio à Diretoria Colegiada. De lá para cá, a empresa contou com presidentes que ajudaram a defender o core business da companhia.

Com a minha chegada, realizamos um Planejamento Estratégico voltado para 2030, que foi realizado no início de 2015. O plano foi importante, pois colocou a inovação, o foco no cliente e a excelência operacional em uma posição muito privilegiada para nosso crescimento sustentável. Com base nesses direcionadores, conseguimos estipular planos de ação. Nestes dois anos, já conseguimos colher bons frutos, como a criação do Núcleo de Inovação, a inauguração do Laboratório de Design e Síntese Molecular, além da entrada no consórcio Structural Genomics Consortium (SGC) – parceria internacional entre universidades, governos e indústrias para acelerar o desenvolvimento de novos remédios no mundo. O Aché é a primeira e única farmacêutica nacional a integrar o SGC, o que demonstra o caráter altamente inventivo da companhia. Também realizamos a aquisição, no primeiro semestre de 2016, da Nortis Farmacêutica, para ampliar sua plataforma industrial e tecnológica. Guia • De que forma o Aché se relaciona com o varejo farmacêutico? Nigro • O Aché possui um relacionamento próximo e sólido com o varejo farmacêutico, buscando levar cada vez mais informação e educação pertinente aos profissionais deste segmento. O mercado está cada vez mais dinâmico e o mundo globalizado, e isto nos impulsiona a estar antenados e atualizados. Pensando no desenvolvimento desses profissionais, o Aché desenvolveu a plataforma de e-learning “Cresça com o Aché”, lançada em setembro último dentro do Portal Integra Aché, que proporciona uma aprendizagem dinâmica e flexível, possibilitando a formação multidimensional dos varejistas. Essa iniciativa faz parte do planejamento estratégico do Aché, baseado no “foco no cliente”, levando aos profissionais competências necessárias para o sucesso e a sustentabilidade de seus negócios. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

MOVIMENTO CONSTANTE INDÚSTRIA E VAREJO CRIAM ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO, ADAPTAÇÃO E DESTAQUE EM SUAS AÇÕES. O OBJETIVO É SE MANTER NA MENTE DA POPULAÇÃO, QUE PASSA POR UM NOVO PROCESSO DE CONSUMO POR LÍGIA FAVORETTO E VIVIAN LOURENÇO

NÚMEROS DE VENDAS

A Raia Drogasil S.A. finalizou o segundo trimestre de 2016 com receita bruta de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 26,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Raia Drogasil cresceu 24,5%, enquanto a 4Bio, subsidiária adquirida em 2015 que comercializa medicamentos especiais, cresceu 113,4% no trimestre. Considerando somente o segmento de varejo, o incremento nas mesmas lojas foi de 14,5%, ao passo que o crescimento das lojas maduras (aquelas que têm mais de três anos em operação) atingiu 10,1%. A companhia obteve um market share nacional de 11,5%, um incremento de 1,6 ponto percentual, aumentando a participação de mercado em todas as regiões onde atua. • www.raiadrogasil.com.br 14

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MELHORIA NOS TRÂMITES INTERNOS

A Pharlab contratou as soluções SoftExpert para automatizar os processos internos e agilizar o trabalho dos mais de 470 colaboradores em todos os setores da empresa. De acordo com o gerente de TI da empresa, Wilton Oliveira Dias, a empresa enfrentava grandes dificuldades em sua gestão de documentos e gastava muito tempo com aprovações e retrabalhos em função da falta de integração dos diretórios. Além disso, a geração era feita manualmente, o que dificultava a rastreabilidade das informações necessárias para as operações de rotina e de treinamentos. • www.pharlab.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ESCUTE SEUS NERVOS

Tique, dormência, formigamento, queimação, desequilíbrio, perda da sensibilidade, dor, fraqueza, câimbras. Às vezes os nervos falam e as pessoas não dão a devida atenção. Eles iniciam praticamente todas as ações do ser humano – voluntárias e involuntárias – e merecem muito cuidado. A neuropatia pode passar despercebida, mas pode ser diagnosticada e tratada. Entre os grupos de risco, estão os idosos (34%), os diabéticos (62%), os alcoólatras, pacientes pós-cirurgia bariátrica, pacientes em diálise, vegetarianos e fumantes. Conforme a idade avança, uma a cada três pessoas pode apresentar o problema. Para conscientizar a população, a Merck lançou a campanha Escute seus nervos. O objetivo é alertar sobre a importância da detecção precoce de lesões nos nervos. Um mutirão de orientação foi realizado no metrô Ana Rosa, na capital paulista, em parceria com a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), nos dias 31 de agosto 1º de setembro, últimos. • www.merck.com.br • www.escuteseusnervos.com.br

MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução – RE 1.394, publicada no Diário Oficial da União, ampliou a indicação de faixa etária da vacina meningocócica ACWY (conjugada), Menveo®, para uso pediátrico a partir dos dois meses de idade, bem como para adolescentes e adultos. A vacina, recomendada para a prevenção da doença meningocócica invasiva, proporciona a imunização contra a bactéria Neisseria meningitidis dos grupos A, C, W e Y. A Sociedade Brasileira de Pediatria já incorporou essa ampliação da faixa etária no seu calendário de vacinação. • http://portal.anvisa.gov.br

CINCO NOVOS TEMAS DE CURSOS ON-LINE NO TREINA PDV FARMA

Em 2016, já foram lançados cinco temas no Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico. Os novos módulos são parte da Fase 3 do programa de capacitação e contam com telas animadas, avaliações on-line e certificados de participação: 1) Como se reinventar em momento de crise. 2) Como manter a equipe motivada. 3) Cross-merchandising: venda casada e venda extra. 4) Atendimento como diferencial estratégico. 5) A farmácia como estabelecimento de saúde. O Treina PDV Farma oferece também cursos rápidos totalmente gratuitos: para acessá-los, basta fazer o cadastro. E para participar do programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, é possível adquirir o acesso anual ilimitado, com um ótimo custo-benefício, para capacitação de toda a equipe da farmácia. Para conhecer e experimentar, acesse: www.treinapdvfarma.com.br. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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AQUISIÇÃO CONCLUÍDA

A farmacêutica Teva anunciou a conclusão do processo de compra da Actavis – área de genéricos da Allergan –, após o recebimento das aprovações necessárias das autoridades governamentais. “Essa aquisição estratégica reúne duas empresas líderes no setor de genéricos, com marca e cultura complementares. Quando combinamos os portfólios de genéricos das duas companhias, reforçamos ainda mais nosso objetivo de entregar produtos da mais alta qualidade, com os preços mais acessíveis. O resultado é uma companhia mais competitiva, forte e bem posicionada para prosperar em um mercado global em evolução e oferecer mais valor aos nossos acionistas”, diz o presidente e CEO da Teva, Erez Vigodman. • www.tevabrasil.com.br

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Amamentar faz bem à saúde da mãe, do bebê e também do planeta. Esse é o alerta da campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Cartazes, folders e cartões para internet chamam atenção das pessoas sobre as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como elas se relacionam com a amamentação. O Brasil é referência no mundo quando se trata de aleitamento materno, registrando uma taxa de 41%. Está à frente de países, como Estados Unidos, Reino Unido e China, com o dobro das taxas de aleitamento exclusivo até os seis meses e 12 meses de vida quando comparado a estes países. • http://portalsaude.saude.gov.br

NOVA SEDE PARA NOVOS NEGÓCIOS

Com o objetivo de estar mais próxima do principal mercado farmacêutico do País, a Natulab inaugurou, em setembro último, sua sede em São Paulo. “Nossa chegada ao estado é um marco importante, porque a Natulab deixa de ser uma empresa apenas da Bahia para se tornar uma empresa do Brasil”, disse o presidente da Natulab, Wilson Borges, durante a cerimônia. A empresa é líder em vendas de medicamentos fitoterápicos no Brasil e ocupa a 18ª posição do mercado, segundo o IMS Health. O novo escritório, localizado na Vila Olímpia, bairro da capital paulista, tem 600 m² e espaço para 40 pontos de trabalho. “Estamos no caminho certo para nos tornarmos uma das dez maiores empresas do segmento farmacêutico até 2018”. • www.natulab.com.br 18

TRATAMENTO DA FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA

A Boehringer Ingelheim e a Inventiva, biofarmacêutica francesa especializada em soluções terapêuticas inovadoras para fibrose, oncologia e doenças órfãs, anunciaram uma parceria para pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos para Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) e outras doenças fibrosantes. Por meio desse acordo, os times de pesquisa das duas empresas irão validar um novo conceito terapêutico, combinando o profundo conhecimento da Inventiva em tecnologias de regulação genética em fibrose com as capacidades da Boehringer Ingelheim no desenvolvimento de novos medicamentos. • www.boehringer-ingelheim.com.br Foto: Rodrigo Jacob

Os fundadores da Natulab, Milton Júnior e Marconi Sampaio e o presidente da empresa, Wilson Borges

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OITAVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

PROGRAMA GRATUITO DE FORMAÇÃO PARA BALCONISTAS

A Neo Química apresenta ao mercado farmacêutico o programa de formação de balconistas Universidade Neo Química. Desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o curso é totalmente gratuito e possui sete módulos que abordam, de forma interativa, temas importantes do dia a dia de trabalho do balconista, com o objetivo de auxiliar farmácias e drogarias no treinamento de novos profissionais. O programa já está disponível para todo o Brasil, por meio do site da Neo Química. O programa Universidade Neo Química visa capacitar profissionais balconistas e farmacêuticos para gerar aumento de rentabilidade de farmácias e drogarias e para ajudar quem deseja se tornar um profissional balconista. Cada módulo possui materiais interativos, como infográficos, vídeos e conteúdos dinâmicos, que facilitam e tornam o curso mais acessível para os alunos. • www.neoquimica.com.br

A Raia Drogasil inaugurou seu oitavo Centro de Distribuição (CD) no Brasil. Com investimento de R$ 15 milhões, o novo CD está localizado na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e será estratégico para os negócios da companhia no Nordeste, com distribuição de produtos em todas as lojas e auxílio logístico na expansão da rede pela região. Com dez mil metros quadrados de área construída e os mais modernos sistemas de logística farmacêutica do País, o CD Pernambuco possibilitou a contratação de 150 profissionais locais, dos quais 51% são mulheres. Além disso, vai gerar impostos e diversos incentivos para a economia de todo o Nordeste. • www.raiadrogasil.com.br

CONSULTORIA ESPECÍFICA INSTITUTO EUROFARMA COMPLETA DEZ ANOS

Parte dos alunos atendidos pelo Instituto Eurofarma revitalizaram as fachadas de duas unidades educacionais em São Paulo e Itapevi (SP). A ação fez parte das comemorações pelos dez anos de fundação da instituição e, para esta atividade, contaram com a ajuda especial do renomado grafiteiro Walter Nomura, mais conhecido como Tinho. O tema escolhido para o grafite foi Identidade. Participaram da atividade, que também envolveu uma oficina com o grafiteiro, alunos de 12 e 13 anos de idade atendidos pelo Projeto de contraturno escolar Matéria-Prima. Como estes alunos estão no último ano do projeto, tiveram a oportunidade de deixar suas “marcas” no espaço que abriga as atividades e que muitos deles frequentam desde os sete anos de idade. • www.eurofarma.com.br

No Brasil, existem milhares de farmácias populares e o governo federal tem exigido cada vez mais, destes estabelecimentos, normas para o cumprimento da portaria que permite o funcionamento do Programa Aqui tem Farmácia Popular. A MSD Assessoria, trabalha auxiliando o proprietário da farmácia de forma que ele normalize suas vendas para que possa trabalhar corretamente, evitando assim possíveis transtornos ocasionados pelo não conhecimento da portaria. São mais de 580 clientes já ajudados com os mais variados tipos de problemas, e de acordo com o proprietário da MSD Assessoria, Márcio Duque, a experiência adquirida nesses vários anos ajudou a fazer de sua empresa líder nesse segmento. • www.msdassessoria.com 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ANTENA LIGADA

INOVAÇÃO EM MEDICAMENTOS

Em julho, foram inauguradas unidades em Sergipe, Paraíba, Pará e Minas Gerais

LOJAS AMPLIADAS

As Farmácias Pague Menos alcançaram, em julho último, a marca de 73 inaugurações em 2016, somando cerca de 900 unidades em todo o Brasil – número 13% maior que o do mesmo período de 2015. “Estamos mantendo uma média de abrir uma nova unidade a cada três dias. Dessa forma, nos mantemos firmes em nosso objetivo de chegar a mil lojas em 2017 e gerar dois mil novos postos de trabalho”, ressalta o presidente Mário Queirós. A próxima etapa do projeto de expansão será a abertura do Centro de Distribuição (CD) da Bahia. O CD ficará na cidade de Simões Filho, a 29 quilômetros de Salvador, e receberá investimentos de R$ 6 milhões. Em um primeiro momento, garantirá mais de 100 empregos diretos, com prioridade para a valorização e contratação de mão de obra local. Com 17,9 mil m² de área total e capacidade de armazenagem de 94,6 mil m³, o complexo vai absorver a demanda das lojas no estado, que hoje já concentra 86. A previsão é de que até o fim do ano estejam em operação 100 unidades. • www.paguemenos.com.br 20

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Embora o Brasil esteja caminhando para a quarta posição no ranking mundial do mercado de medicamentos, ele ainda ocupa a 13ª colocação entre os países que mais realizam pesquisas clínicas. São apenas 4.800 estudos em andamento, o que representa 2,3% do total, segundo dados do Instituto Clinical Trials. “Estamos perdendo a disputa pela inovação e assim corremos o risco de continuarmos dependentes das inovações de outros países”, argumenta o presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto. São muitas e expressivas as vantagens de um país que optar por produzir inovação no setor farmacêutico. “Mas para que isso se concretize, é preciso haver algumas mudanças fundamentais no País”, ressalta. Ele destaca a resistência da universidade em trabalhar com a iniciativa privada. Outro problema é a resistência da indústria em assumir o risco da inovação. Estima-se que sejam necessários dez anos de pesquisas, com dez mil moléculas investigadas, e investimentos de US$ 900 milhões para alcançar um medicamento viável. “No Brasil, a indústria parece mais interessada nos financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) do que nos investimentos para a inovação”, diz Britto. • www.interfarma.org.br

NOVO MANUAL

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) lançou a terceira edição, atualizada e ampliada, do manual Atendimento ao Consumidor: Boas Práticas para a Indústria Farmacêutica. De autoria da gerente de Assuntos Regulatórios do Sindusfarma, Rosana Mastellaro; da analista de farmacovigilância da Marjan Farma, Fernanda de Arruda Longo; e do advogado, Leonardo Luis de Campos. A obra contém a reprodução completa do Código de Defesa do Consumidor (CDC), de 1990, com análise detalhada das responsabilidades das empresas industriais farmacêuticas para o integral atendimento aos usuários e pacientes de medicamentos. • http://sindusfarma.org.br

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Do azul para o rosa, EM FAVOR DA VIDA. *Consulte a bula do medicamento.

Nossa cor é azul, mas em outubro somos todos rosa, por uma justa causa: A luta contra o câncer de mama. Outubro Rosa, um toque de cor na consciência.

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Gino-Mizonol® (nitrato de miconazol) MS 1.5423.0057. Apresentação: Creme vaginal 20mg/g bisnaga c/ 80g + 14 aplicadores. Indicações: Tratamento de afecções vulvovaginais e perianais produzidas por Cândida. SETEMBRO/2016. GINO-MIZONOL® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MEDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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MELHORIA CONTÍNUA OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS COLOCAM NO MERCADO OPÇÕES DE TRATAMENTO QUE BENEFICIAM A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO. NOVAS ALTERNATIVAS DE APLICAÇÃO, POR EXEMPLO, SE CONFIGURAM COMO UMA GRANDE APOSTA POR LÍGIA FAVORETTO E TASSIA ROCHA

FLUVIRAL HYPERMARCAS

ÔMEGA DO ALASCA CATARINENSE PHARMA

O Catarinense Pharma apresenta seu lançamento Ômega do Alasca. Versão muito mais concentrada do suplemento funcional ômega-3, leva este nome por conter matéria-prima importada diretamente do Alasca. Além disso, o principal diferencial é que ele requer a ingestão de apenas uma cápsula ao dia. O suplemento ainda apresenta odor e sabor de peixe consideravelmente reduzidos porque passa por um processo de fabricação dividido em seis etapas. Por isso, também oferece os mais elevados padrões de pureza e qualidade. MS 4.0909.0015.001-4 ■■www.catarinensepharma.com.br 22

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Fluviral, medicamento indicado para o alívio dos sintomas da gripe, renova suas embalagens e apresenta nova identidade visual, que agora traz um azul-escuro e o desenho de uma lua, reforçando sua indicação. A sensação de que os sintomas da gripe pioram durante a noite não é somente uma impressão: eles realmente ficam mais evidentes na hora de dormir. Isso acontece porque em gripes e resfriados há, além de inchaço no revestimento interno das vias respiratórias, um aumento da produção de muco que promove limpeza e proteção. Além da nova identidade visual, Fluviral lança ainda uma nova versão: sua embalagem com 20 comprimidos, mais uma opção para o consumidor contra gripes e resfriados. MS 1.7817.0033 ■■www.fluviral.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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PROLEPTOL® TEUSIL® TEUTO

O Laboratório Teuto disponibiliza ao mercado mais um produto similar. Trata-se do anti-hipertensivo Teusil®. O produto, que possui o captopril como princípio ativo, é utilizado para tratar hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética. Teusil® está disponível nas concentrações de 25 mg e 50 mg sob a forma farmacêutica de comprimido na apresentação com 30 comprimidos cada. Contraindicações: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. MS 1.0370.0667.018-5 (25 mg) MS 1.0370.0667.029-0 (50 mg) ■■www.teuto.com.br

MEDLEY

A Medley, uma empresa da Sanofi, lança o Proleptol® (pregabalina). Pertencente à classe dos anticonvulsionantes, o mecanismo de ação do medicamento se dá por meio da regulação da transmissão de mensagens excitatórias entre as células nervosas e traz como benefícios: alívio da dor, da ansiedade e a melhora do sono. Proleptol® é indicado para o tratamento em adultos nas seguintes condições: dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema nervoso); controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono); como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária; e no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. MS 1.8326.0088.003-0 (75 mg com 30 cápsulas) ■■www.medley.com.br

SAXENDA™

NOVO NORDISK

A Novo Nordisk anuncia a chegada de Saxenda™ (liraglutida 3 mg) ao mercado brasileiro. O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para controle de peso em adultos como complemento a uma dieta com redução calórica e aumento da atividade física. Saxenda™ é o primeiro análogo do hormônio natural GLP-1 aprovado para o tratamento da obesidade no Brasil. A liraglutida age no organismo da mesma forma que o GLP1 natural, hormônio produzido e secretado pelo intestino após a ingestão de alimentos. Saxenda™ ativa áreas específicas no cérebro envolvidas na regulação do apetite, diminuindo a fome e aumentando as sensações de plenitude e saciedade. O medicamento é indicado em associação a uma dieta hipocalórica e aumento do exercício físico para controle crônico de peso em adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 30 kg/m² (obeso) ou a partir de 27 kg/m² (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como disglicemia (pré-diabetes e diabetes mellitus tipo 2), hipertensão arterial, dislipidemia (excesso de lipídios no sangue) ou apneia obstrutiva do sono. Saxenda™ será comercializado em um sistema de aplicação (caneta) ajustável que libera doses de 0,6 mg, 1,2 mg, 1,8 mg, 2,4 mg e 3,0 mg e com preço que varia de R$ 668,22 a R$ 742,94 (por caixa, com três canetas cada). MS 1.1766.0032.002-4 ■■www.novonordisk.com.br 24

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SUPOSITÓRIO DE GLICERINA HERTZ KLEY HERTZ

A Kley Hertz lança no mercado o seu Supositório de Glicerina Hertz, laxante de uso retal à base de glicerol, que auxilia no processo de evacuação. São duas apresentações, para adultos e lactentes, ambas com seis supositórios, que estimulam o funcionamento do intestino e trazem de volta a sua regularidade. MS Medicamento de notificação simplificada RDC 199/06 AFE 1.00689.0 ■■www.kleyhertz.com.br

BISSULFATO DE CLOPIDOGREL CIMED

Reiterando o compromisso de ampliar sua linha de genéricos, a Cimed lança o bissulfato de clopidogrel, indicado para a prevenção de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou doença arterial periférica. O medicamento vem para contribuir ainda mais com a saúde dos brasileiros. Está disponível na apresentação com 30 comprimidos. MS 1.4381.0182.008-7 ■■www.cimed.com.br

EXÍMIA FIRMALIZE AGE COMPLEX® FQM DERMA

Pensando em um cuidado exclusivo para combater e diminuir o processo de envelhecimento, a Linha Exímia, da FQM Derma — divisão de dermatologia do Laboratório FQM Farmoquímica —, inova ao trazer ao mercado brasileiro seu primeiro nutricosmético capaz de combater o inflammaging, processo de inflamação subclínica que acelera o envelhecimento cutâneo: o Exímia Firmalize Age Complex®. O novo produto conta com a tecnologia Age Complex®, um potente complexo com ativos que previnem os sinais do envelhecimento cutâneo, aumentando a espessura dérmica e, assim, melhorando sua aparência e flacidez. O diferencial é sua eficácia em reduzir a atividade de inflamação subclínica – agente central da ação do envelhecimento intrínseco. Sua fórmula também associa vitamina C, peptídeos de colágeno, hibiscus (planta típica da Ásia conhecida por suas flores de coloração vermelha) e, ainda, combina o Delphinol®, substância extraída da Aristotelia chilensis (planta nativa do Chile). MS Produto isento de registo, conforme a RDC 27/10 ■■www.fqmderma.com.br 26

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TESTE DE OVULAÇÃO DIGITAL CLEARBLUE

Clearblue lança no Brasil o Teste de Ovulação Digital, que indica o ápice da fertilidade feminina de modo simples e fácil de entender: se surgir um círculo vazio no display, a mulher não está nos dias férteis, mas se aparecer uma carinha sorrindo, significa que ela está ovulando. A novidade promete agradar a milhões de brasileiras que querem ter filhos ou estão tentando engravidar no momento, visto que em todos os ciclos existem somente dois dias em que a mulher está fértil. MS 8011780286 (Medidor de teste) MS 80117580291 (Suporte de teste) ■■www.clearblue.com.br

HERPES LABIAL MERCUROCHROME

Vermelhidão, ardência, coceira e lesões nos lábios são sintomas característicos do herpes labial, doença que atinge grande parte da população. Após a contaminação, pode ser desencadeada por fatores diversos, como baixa imunidade, fadiga física e exposição solar intensa, causando dor e fissuras. Para auxiliar no cuidado diário, a Mercurochrome lança no Brasil o Herpes Labial, um curativo líquido invisível com eficácia clinicamente comprovada em todos os estágios da doença. Acompanhado de 24 espátulas descartáveis – correspondentes a cinco dias de tratamento – que garantem a aplicação precisa e mais higiênica, o produto é o único do mercado que impede a contaminação ao formar uma película ultradiscreta nos lábios, que alivia a coceira, a sensação de queimação e favorece a cicatrização. O produto permite a utilização de maquiagem, como batons e balms labiais e também limita o crescimento do herpes e impede a contaminação de outras pessoas graças à barreira mecânica que o Filmogel cria ao se transformar em um filme protetor quando entra em contato com a pele. MS 80246910042 ■■www.mercurochrome.com.br

MIPRINAX CIMED

Miprinax, da Cimed, é destinado ao tratamento de espasmos musculares associados às condições musculoesqueléticas agudas e dolorosas, como as dores lombares e torcicolos. Disponível nas apresentações 10 mg com 30 comprimidos e 5 mg com 30 comprimidos. MS 1.4381.0183.008-2 (10 mg) MS 1.4381.0183.003-1 (5 mg) ■■www.cimed.com.br 28

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GOSTARIA DE SABER COMO FAÇO PARA TER O COLETOR DE MEDICAMENTOS COM SEPARAÇÃO, NO QUAL OS CLIENTES PODEM DEIXAR, NA FARMÁCIA, PRODUTOS QUE ESTÃO VENCIDOS E SEM UTILIZAÇÃO? PERGUNTA ENVIADA POR KESIA GOMES DA SILVA TORRES, FARMACÊUTICA DA DROGARIAS CLEAN, DE CAMPO GRANDE, RIO DE JANEIRO (RJ)

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Manter uma caixa de medicamentos em casa, a chamada “farmacinha”, é prática comum entre os brasileiros. Quando surgem sintomas corriqueiros, como dor de cabeça, azia ou o mal-estar de gripe, o tratamento está logo ao alcance. Mas é preciso ter organização para que produtos vencidos ou sobras de medicamentos não se acumulem. A legislação em vigor não dá nenhuma orientação específica, nem à população, nem às empresas privadas, sobre o descarte correto de medicamentos, por isso há muitas dúvidas. Muitas pessoas jogam as sobras ou os produtos vencidos em lixo comum, ou no vaso sanotário, o que prejudica o meio ambiente, com a contaminação do solo, rios e lagos,

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além da possibilidade de reutilização, problema que deve ser evitado. Estabelecimentos e prestadores de serviços, que envolvem saúde e lidam com medicamentos, cumprem a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 306/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos produzidos por eles, explica o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), além de listar os tipos de medicamentos que, quando descartados, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos, sempre que não forem entrar no processo de reutilização, recuperação ou reciclagem. A responsabilidade pela destinação fi-

nal é sempre do estabelecimento gerador do resíduo. Por meio de um programa, chamado Descarte Consciente*, as farmácias interessadas podem dispor do equipamento ECOMED, que coleta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos. A máquina possui um leitor de código de barras, em que o consumidor pode registrar o tipo de medicamento que está sendo despejado. Depois de registrar o medicamento, o consumidor é orientado a descartar caixa e bula rasgadas em um recipiente, enquanto o comprimido, líquido ou pomada deve ser depositado em um segundo recipiente. Quando a estação coletora chega ao limite de capacidade, o responsável pela gestão da farmácia aciona o prograIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ma Descarte Consciente para que o material seja recolhido. Do ponto de venda, o resíduo é encaminhado a locais de incineração e eliminado de maneira segura para o meio ambiente e a população. Caso a farmácia opte por fazer a coleta de forma independente, é possível; a professora da Faculdade de Farmácia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Louise Jeanty de Seixas, dá algumas dicas para que os procedimentos sejam corretos: • A farmácia deve receber somente os medicamentos vencidos e as sobras de líquidos e pomadas. • Os medicamentos sólidos, que ainda estão dentro do prazo de validade, podem ser encaminhados diretamente a hospitais ou entidades

que trabalham com a redistribuição de medicamentos. • Deve existir uma logística para a destinação desses produtos, encaminhando-os a um aterro de resíduos sólidos perigosos licenciado. • Definir um local específico para receber os produtos na farmácia, como um coletor fechado, fora do alcance do público. • O farmacêutico deve receber os medicamentos a ser descartados, de preferência já sem as embalagens e bulas, e fora dos blisters, que podem ser descartados no lixo reciclável doméstico. • Calcular o custo do aterro e do transporte, além dos gastos com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) (como luvas e máscaras).

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*Para obter mais informações sobre o programa Descarte Consciente, entre em contato a empresa BHS, fabricante da ECOMED: www.descarteconsciente.com.br. Telefone: (11) 5093 0554 E-mail: contato@descarteconsciente.com.br 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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VAREJO

Criando uma estratégia para a personalização

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ENTENDER MELHOR SEUS CLIENTES E SUAS NECESSIDADES DE FORMA INDIVIDUAL, PRODUZINDO O VALOR QUE ELES REALMENTE DESEJAM É UM DESAFIO POSSÍVEL

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 32

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O sonho do cliente quando pensa em uma farmácia ou drogaria é ter um local onde encontre atendimento atencioso, soluções para uma vida mais saudável, com conveniência, e que ali resolva grande parte dos seus problemas, 24 horas por dia, perto da sua casa. Espera encontrar realmente um agente de saúde em que os atendentes sejam além de comerciantes, conselheiros e amigos. O sonho da farmácia ou drogaria é corresponder aos desejos dos clientes, a partir de um conhecimento adequado sobre eles, trabalhar a farmacovigilância, acompanhando de forma ética o histórico de compras, incentivando-os a não abandonarem o tratamento e sendo o canal de informações e consumo de produtos para a sua saúde, higiene, perfumaria, beleza e cosmética. Com o cliente muito mais exigente, a regra principal é percebê-lo e concentrar o atendimento no individual, dedicando-lhe atenção, para ser capaz de resolver seus problemas de forma personalizada, oferecendo promoções especiais e personalizadas, entrega programada para clientes permanentes, e-commerce, etc. Não é mais possível tratar os clientes de forma igual, pois são indivíduos com vontades e características diferentes. Quando se trata de saúde então, vale lembrar que, muitas vezes, saem do consultório médico com dúvidas, seja por problema de vergonha ou de instrução, e é na farmácia que esperam compreender sua receita e seu tratamento mais claramente. Associado ao conhecimento e acompanhamento mais próximo dos clientes, o gerenciamento do mix de produtos fica mais competente e pode ser otimizado

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para alcançar melhores resultados, tanto no atendimento das necessidades quanto no controle de estoque. Esse gerenciamento permite trabalhar de acordo com a realidade de cada farmácia e, consequentemente, do seu público. Descobrir novas necessidades dos clientes significa descobrir novas oportunidades de negócios. Quanto mais souber sobre eles, mais valor terão aos seus olhos. Estudos mostram que, após a informatização implementada em todo o varejo farmacêutico, novos produtos foram introduzidos ao mix, como: marca própria; produtos sem lactose ou glúten; conveniências; além de oferta de serviços (correspondência bancária, Atenção Farmacêutica, orientações nutricionais, etc.) que passaram a ser opções estratégicas na busca da atração, satisfação e fidelização dos clientes. Na estratégia de personalização, os consumidores estão tanto no fim quanto no início da cadeia de valor: o sistema produz o que eles realmente valorizam. Ressurge assim o “prosumer” (Alvin Tofler), ou seja: o cliente como produtor e consumidor ao mesmo tempo, como havia antes da revolução industrial e do marketing de massa. A estratégia da personalização e suas ferramentas possibilita às farmácias e drogarias entender melhor seus clientes e suas necessidades de forma individual, produzindo o valor que eles realmente desejam. Em um mundo interativo e turbulento como o Brasil vive, somente por meio da geração de valor, é possível buscar relacionamentos produtivos de longo prazo, onde a empresa ajuda o consumidor a comprar e o consumidor ajuda a empresa a vender. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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OPINIÃO

Ministério da Saúde infringe suas próprias regras sanitárias O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO TIPIFICA COMO CRIME COLOCAR NO MERCADO OU ENTREGAR AO CONSUMO MEDICAMENTO SEM REGISTRO

NELSON MUSSOLINI Presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) 34

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Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) adquiriu, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um medicamento que compõe o coquetel para o tratamento da Aids, fabricado por laboratório indiano, sem que tal produto esteja registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cumpra as normas regulatórias brasileiras. Com a conivência da Anvisa, valeu-se o MS de um fundo da Opas que existe para financiar a compra emergencial de vacinas ou produtos não fabricados ou vendidos no Brasil, justificando a compra na redução de custos. Não é o ca-

so. Os produtos antirretrovirais estão disponíveis no País, são registrados e atendem aos marcos regulatórios duramente instituídos em nosso País. O Brasil é a nona economia global, possui um dos maiores sistemas público-privados de saúde, erigiu uma indústria farmacêutica pujante e mantém há 20 anos o mais exitoso programa público de tratamento e atenção aos portadores da Aids já implementado no mundo. O fato é que, a pretexto de reduzir despesas com a compra dos medicamentos darunavir e a penicilina benzatina de empresas que não estão registradas no Brasil e que não registraram estes produtos de acorIMAGEM: DIVULGAÇÃO

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do com a nossa legislação, em detrimento aos medicamentos produzidos de acordo com os padrões exigidos pela Anvisa, o MS faz com que um único critério – o preço – se sobreponha aos critérios técnicos, sanitários e científicos que foram laboriosamente implementados pela Anvisa e a indústria farmacêutica instalada no País. O Brasil trilhou um árduo caminho para que os medicamentos dispensados no País atingissem o mesmo grau de excelência existente nos países desenvolvidos. Hoje, laboratórios farmacêuticos brasileiros começam a dominar o ciclo de produção dos medicamentos biotecnológicos. Graças aos esforços do setor e dos órgãos sanitários, o brasileiro consome medicamentos de alto padrão que, para chegar ao mercado, passam por diversos testes que comprovam sua qualidade. Comprar medicamentos de empresas cujas instalações, processos e produtos não foram inspecionados e aprovados pela agência encarregada de garantir a segurança, eficácia e qualidade de todo e qualquer produto oferecido no País é, portanto, um contrassenso, uma irresponsabilidade e, do ponto de vista da saúde pública, um crime. Além disso, do ponto de vista econômico, uma medida dessa natureza põe em risco a indústria farmacêutica instalada no Brasil, que segue as rigorosas normas da Anvisa, cria empregos, paga impostos, gera riquezas para o País e, consequentemente, pode ter produtos mais caros. Para produzir um medicamento, as empresas investem milhões de reais em tes-

tes de estabilidade, bioequivalência, biodisponibilidade, pesquisas clínicas e outras providências. Precisam demonstrar que as matérias-primas que utilizam provêm de unidades industriais inspecionadas. Apresentam à Anvisa rigorosas e extensas documentações para o registro de seus produtos. Um longo processo que exige muito trabalho e altos investimentos. Vale destacar que, além da questão sanitária – sem dúvida, a mais importante –, há também o aspecto da propriedade intelectual. O medicamento indiano comprado via Opas não respeita a patente concedida em vários países e depositada no Brasil ao laboratório farmacêutico que o desenvolveu. Assim, além do crime sanitário, o MS incentiva, ainda que inadvertidamente, a pirataria. Se for para sobrepor critérios meramente comerciais às boas práticas de saúde, melhor fechar a Anvisa e o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Melhor revogar as regras impostas a todos os segmentos que hoje têm seus processos fiscalizados: de alimentos, defensivos agrícolas, cosméticos, etc. Melhor fechar os departamentos do MS que cuidam das políticas de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. É este o “modelo” de gestão pública que se quer introduzir no País? Certamente, não. O setor industrial farmacêutico advoga, isto sim, o fortalecimento dessas instâncias, para continuar contribuindo ativamente ao desenvolvimento social, tecnológico e econômico a que todos os brasileiros aspiram. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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OPORTUNIDADE

Planejamento não deve focar apenas na estratégia

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SE A CONCRETIZAÇÃO NÃO FOR BENFEITA, O RESULTADO SEGUIRÁ RUMOS INDEVIDOS. EXECUTAR DEVE SER TÃO OU MAIS IMPORTANTE DO QUE PLANEJAR

LUIZ MELO Especialista em Gestão de Produtos & Supply-Chain e sócio diretor da 360 Varejo (www.360varejo.com.br) 36

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Um artigo que me chamou muito a atenção, escrito por Stephen Kanitz, em 1998, intitulado Iniciativa e o poder da acabativa, dizia que, para o Brasil começar a dar certo, seria preciso procurar valorizar mais os brasileiros com a capacidade de implantar ideias. Era uma reflexão sobre as pessoas com capacidade de gerar ideias (iniciativa), mas que quando o assunto era implantá-las (acabativa), suas limitações vinham à tona. E isso nunca esteve tão atual no cenário brasileiro. Em geral, sabe-se muito sobre a criação da estratégia, mas muito pouco sobre o seu real funcionamento. Já trabalhei em empresas em que constatei que haviam sido gastos algumas centenas de milhares de reais com consultorias preocupadas em focar na revisão de estratégia, posicionamento, missão, visão, valores, em realizar convenções com apelos motivacionais, mas que, praticamente, nada tinham deixado de legado de como implantar a estratégia que eles mesmos haviam redesenhado. Observei por lá que havia muito pensamento abstrato e, praticamente, nada dedicado à parte que une a implantação ao processo contínuo de monitoramento da implantação da estratégia. Se execução é essencial para o sucesso, por que as organizações não dedicam tempo suficiente quando se trata em desenvolver uma abordagem pragmática que as conduzam na direção de resultados estratégicos importantes?

Um planejamento frágil gera um processo de implantação frágil. A execução de uma estratégia e de um planejamento insuficientes é a garantia de que o resultado final será desastroso. Parte dessa história, com o fim já conhecido no início, pode ser atribuída ao vício intrínseco de se pensar estratégia, planejamento e execução como partes e não como a própria essência do trabalho. É até mesmo comum, em certas empresas, uma forte cultura da departamentalização, ou seja, cada um em sua caixinha num processo que combina má comunicação com mau gerenciamento da implantação. A má comunicação começa com a cúpula da empresa, que se incumbe em formular a estratégia e repassá-la adiante em um processo contínuo de repasses para os departamentos envolvidos na implantação. E como executar não é algo que os pensadores das empresas estejam acostumados a fazer... Execução é algo que se aprende na “escola da vida real”, e os caminhos que levam a resultados bem-sucedidos vêm acompanhados de erros e frustrações, como disse Lawrence Hrebiniak no livro Execução – Fazendo a Estratégia Funcionar. O saber fazer é algo tão importante quanto o saber pensar e se faz necessário, para o bem dos negócios, que haja uma maior integração dos “fazedores” e dos planejadores com aqueles responsáveis pela formulação da estratégia, pois um projeto que não é aplicável na prática se assemelha muito àquele ditado chinês que diz que: “Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe”. Muito apropriado para os dias de hoje. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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DEBATE

Mudanças à vista!

A CLASSIFICAÇÃO DE UM MEDICAMENTO COMO ISENTO DE PRESCRIÇÃO MÉDICA DEVERÁ ATENDER A SETE NOVOS CRITÉRIOS DEFINIDOS PELA ANVISA, QUE ESTÃO VALENDO DESDE AGOSTO

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POR VIVIAN LOURENÇO

Há dois meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou as novas regras para tirar a tarja de medicamentos que atendem ao perfil para ser vendidos como sem prescrição. Antes, não havia critérios claros e comuns a todos para a mudança. No mercado atual, existem cerca de 30 substâncias aptas a ser Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), como são chamados aqueles que são destinados a tratar males e doenças menores, como dores de cabeça e resfriados. Antes da resolução, não existiam diretrizes claras para essa mudança: quando uma farmacêutica tinha uma substância apta para a reclassificação ou switch (termo em inglês que significa troca), ela precisava submeter individualmente o pedido ao órgão

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regulatório para análise e parecer. Essa solicitação era feita na época de renovação do registro do medicamento, a cada cinco anos. Mesmo que a empresa conseguisse a permissão para tirar a prescrição, ela não era estendida à mesma substância de medicamentos de outras farmacêuticas que, se assim desejassem, deveriam fazer um novo pedido de avaliação.

NOVOS CRITÉRIOS Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de medicamentos disponíveis sem receita médica é hoje aceito como parte importante dos cuidados de saúde, ou autocuidado, prática que envolve, além de hábitos saudáveis (relacionados à atividade física, à alimentação e ao lazer, por exemplo), a correta utilização dos MIPs. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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DEBATE

Além dos benefícios para a população, o uso dos MIPs diminui substancialmente os custos e demandas para o sistema. Segundo dados da associação americana Consumer Healthcare Products Association (CHPA), de 2012, para cada US$ 1 gasto com medicamentos sem prescrição nos Estados Unidos, o sistema de saúde economiza de US$ 6 a US$ 7. De acordo com o órgão, sem MIPs, 60 milhões de americanos ficariam sem tratamento para males menores. Oito em cada dez americanos usam medicamentos sem prescrição para aliviar pequenos sintomas sem ter de recorrer ao médico. No Brasil, há o agravante do inchaço do sistema de saúde. Os recursos públicos que seriam usados no tratamento de doenças menores precisam ser dirigidos para doenças mais graves, que têm um grande impacto sobre a população e a saúde pública. Atualmente, não há como os cerca de 350 mil médicos, que receitam aproximadamente 64% dos medicamentos vendidos, darem vazão também ao atendimento de males menores. Se todos os medicamentos precisassem de receita, demandaria um aumento de 56% no volume de médicos (em torno de 196 mil a mais). Em nota, a Anvisa explicou que a proposta do texto da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 98/2016 passou por uma consulta pública no ano passado. Na época, cidadãos, representantes da sociedade civil e do setor regulado, tiveram 60 dias para enviar contribuições ao texto, que se destinava a revisar e substituir a RDC 138/2003. Na norma anterior, inexistia a possibilidade de atualização da lista de MIPs. Essa lacuna impossibilitou que os medicamentos com perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados à categoria de venda. A partir da publicação da RDC 98/2016, no Diário Oficial da União (DOU), as indústrias farmacêuticas, que têm hoje registros de medicamentos passíveis de enquadramento como MIPs, passam a contar com regras claras para solicitar à Anvisa o reenquadramento.

POR QUE MUDAR? Segundo a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Sileci, a própria Anvisa reconheceu que a ausência de atualização da lista de MIPs impossibilitou que medicamentos que tivessem perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados a essa categoria de venda, o que, em última instância, pode ter dificultado o acesso da população à obtenção de tratamento adequado. 40

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OS SETE NOVOS CRITÉRIOS 1. Tempo de comercialização; 2. Segurança do medicamento; 3. Sintomas identificáveis; 4. Utilização por curto período de tempo; 5. Ser manejável pelo paciente; 6. Apresentar baixo potencial de risco; 7. Não apresentar dependência.

“Há quase 12 anos, a Abimip vem lutando para que as regras de switch sejam mais claras e permitam o acesso a esses medicamentos por um maior número de pessoas. Em 2003, a Associação promoveu, junto à Agência, o switch de 18 classes terapêuticas, entre anti-inflamatórios, relaxantes musculares e antitabágicos, o que resultou em um crescimento significativo no número de MIPs. Foi um grande avanço, mas essa nova resolução, com certeza, vai colocar o Brasil em linha com o que já acontece globalmente no mercado de MIPs.” Em contrapartida às novas regras, Marli acredita que deva haver educação e orientação para especialistas e leigos, a fim de que estes tenham condições de exercer plenamente seu direito de decisão em relação à própria qualidade de vida e bem-estar.

O QUE ALTERA PARA O VAREJISTA É importante ressaltar, segundo Marli, que não será publicada uma lista predeterminada de substâncias, já que a mudança delas para MIP dependerá da submissão do pedido de reclassificação, a ser feito pelas farmacêuticas detentoras dos medicamentos que as possuam. A partir dos critérios estabelecidos pela Anvisa para o switch, cada farmacêutica pode analisar essas substâncias e apresentar os pedidos. Com a resolução, se um medicamento de uma determinada farmacêutica passar a ser MIP, a mudança deverá se estender para os demais medicamentos (de outros fabricantes), que tenham iguais características. “Com a nova resolução, esperamos que os medicamentos hoje aptos a ser reclassificados como MIPs possam ser fornecidos a um maior número de pessoas. Os MIPs têm um papel social, representando um benefício relevante para a sociedade e a publicação dessa nova norma representa um grande avanço, uma vez que estará alinhada com as melhores práticas globais”, finaliza Marli.

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ESTRATÉGIA

Sete dicas fundamentais à escolha do ponto para o negócio IDENTIFICAR O LOCAL IDEAL PARA IMPLANTAR A LOJA É UMA TAREFA QUE EXIGE OLHAR ANALÍTICO DO VAREJISTA

GUILHERME SIRIANI Sócio diretor da ba}EXPANSÃO, responsável pela gestão e pelo crescimento de redes varejistas por meio de franquias 42

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A escolha do local onde o negócio vai funcionar nem sempre é fácil, porém, pode ser simplificada se forem usados os passos a seguir. 1. Conheça seus futuros vizinhos: o ideal é que o interessado vá ao local e conheça as pessoas e os negócios que o circundam. Elas podem ser muito úteis para dar feedback sobre a região, como o fluxo de pessoas, carros, ramos de atividade mais demandadas ali, além, é claro, de dar detalhes sobre a segurança do local e até curiosidades importantes do bairro. 2. Prepare-se para negociar: informação é poder. Após selecionar um ponto, o interessado deve partir para a negociação. É nesse momento que as informações, como o preço do metro quadrado da região e, até mesmo, o valor dos aluguéis de espaços concorrentes podem se transformar em importantes argumentos para persuadir o proprietário do imóvel pretendido. Também é importante ter certa frieza, sabendo a hora certa de ceder, mas sem perder o foco no budget predefinido no planejamento. 3. Fique de olho na concorrência: ao realizar a análise de disponibilidade de ponto, é preciso olhar os polos de atratividade e concorrência da região. Quanto mais lojas estiverem funcionando nos entornos, mais o ponto de venda se torna atraente. 4. O negócio cabe aqui? Uma pergunta simples, mas que muitas vezes é ignorada pelos empreendedores. É preciso saber se o ponto pode sofrer adaptações e o quanto isto impacta no orçamento do

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empreendedor. Este, aliás, pode ser um bom argumento para pedir desconto antes de fechar o negócio. 5. Como o cliente pode chegar até aqui? O empreendedor deve relacionar o produto ou serviço que vai oferecer com o movimento da região e como as pessoas têm acesso ao ponto escolhido. Lojas de artigos para a casa, por exemplo, devem estar no caminho de volta e não de ida do cliente. 6. Comprar ou alugar? O aluguel é um bom ponto de partida. Alugar é mais aconselhável porque, desta forma, o empreendedor não está comprometendo o capital em um imóvel, ainda mais no início, em que o investimento com a operação, o fluxo de caixa e estoque é maior. A compra do imóvel, porém, pode ser considerada para uma segunda loja, já com mais conhecimento das particularidades do negócio e mais experiência adquirida. 7. Como escolher entre dois pontos? Pior do que não encontrar um ponto para abrir o negócio é encontrar dois ótimos pontos e não conseguir se decidir sobre qual é a melhor opção. Para que os empreendedores não se precipitem e acabem escolhendo o errado, perca tempo e use a matemática. A melhor saída é contar quantas pessoas passam em cada um deles por dia e também nos fins de semana. Além disso, algumas perguntas-chave podem servir para desempatar: o local é acessível; os pedestres podem chegar tão facilmente quanto quem está de carro, por exemplo? IMAGEM: CHRISTIAN MEYN

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Alterações no sistema SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA É UM TEMA ESPINHOSO PARA MUITOS VAREJISTAS. AGORA, SOFREU ALGUMAS MUDANÇAS QUE DEVEM SER ACOMPANHADAS DE PERTO PARA EVITAR EQUÍVOCOS NO PAGAMENTO DO ICMS

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POR FLÁVIA CORBÓ

A Substituição Tributária (ST) não é um sistema recente. Esse mecanismo de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) foi criado entre as décadas de 70 e 80, mas passou a vigorar em 1993, quando recebeu a devida regulamentação. Apesar dos mais de 20 anos de vigência, o tema ainda é espinhoso e causa muitas dúvidas entre comerciantes, que sofrem para se adequar ao complexo regime tributário brasileiro. O conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP), José Augusto Picão, utiliza um exemplo para definir os trâmites da ST: “Uma indústria farmacêutica, ao vender os seus produtos para uma farmácia, reco-

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lhe o ICMS de sua própria produção e o ICMS que deveria ser recolhido pelo comerciante varejista”. Em outras palavras, o contribuinte do imposto, chamado de Substituto Tributário, fica obrigado a apurar o montante devido do ICMS e a cumprir a obrigação de pagamento do tributo ‘no lugar’ de outro contribuinte, chamado de Substituído. “Dessa forma, desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva recai sobre uma pessoa diferente daquela que possui relação pessoal e direta com a situação descrita em lei como fato gerador do imposto.” Para o diretor tributário da Confirp Contabilidade, Welinton Mota, o tema não deveria causar tanta preocupação aos varejistas. “Não há porque ter dificuldade. Com esse regime, ele não paga mais diretamenIMAGEM: SHUTTERSTOCK

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te o imposto. Se ele fizer o cadastro de mercadoria da maneira correta, definindo quais produtos estão dentro ou fora do regime, esse imposto será pago antecipadamente pelo fabricante ou distribuidor.”

NOVAS REGRAS O tema é complexo e ganhou um novo capítulo diante de algumas alterações feitas no Código Especificador da Substituição Tributária (CEST) – instituído para que seja identificada a mercadoria passível de sujeição aos regimes de ST e de antecipação do recolhimento do ICMS. “Nas mercadorias que estão sujeitas às regras da ST, o contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST nos documentos fiscais que acobertarem a operação, ainda que a mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de ST ou de antecipação do recolhimento do imposto”, explica Picão. No segundo semestre deste ano, por meio do Convênio ICMS 53/2016, foram promovidas algumas alterações nas regras da legislação anterior, Convênio ICMS 92/2015, criado para estabelecer a sistemática de regimes da ST. Entre as principais mudanças, estão a inclusão de novas mercadorias no regime de ST, assim como a exclusão de outras. No campo de exclusões, estão alguns itens do Anexo XIV que trata dos Medicamentos de Uso Humano e Outros Produtos Farmacêuticos, sendo eles: algodão, atadura, esparadrapo, haste flexível ou não, com uma ou ambas as extremidades de algodão, gazes, entre outros. Também foram feitas algumas alterações no CEST e em seus itens, mas o segmento medicamentos neste ponto não sofreu alteração. Para seguir atuante em conformidade com a lei e não cometer equívocos quanto ao pagamento de tributos, o varejista deve se atentar à lista de mercadorias que estavam sujeitas à ST, mas foram excluídas. “O contribuinte substituído (atacadista, distribuidor ou varejista) deve harmonizar o estoque que o estabelecimento possui com as mercadorias que serão retiradas com a tributação normal e não mais sujeita ao regime da ST.” Após a verificação, o contribuinte que tiver em estoque uma quantidade do item algodão e ataduras, que saiu do regime da ST, deve buscar o ressarcimento deste imposto que foi pago antecipadamente, para desembolsá-lo somente quando der saída destes produtos. Já para os contribuintes que sofreram com a inclusão de novos produtos – situação que não inclui varejistas farmacêuticos –, o impacto financeiro refletirá nos estoques des46

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ENTENDA O QUE É CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (CEST): O CEST é composto por dígitos, que correspondem à identificação do segmento da mercadoria, bem como ao item deste segmento com sua especificação. Podemos citar como exemplo: Segmento – Medicamentos e Produtos Farmacêuticos – Item – algodão e ataduras – CEST 13.011.00, sendo que I – o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem; II – o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem; III – o sexto e o sétimo correspondem à especificação do item. Fonte: Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP)

tes produtos incluídos e que devem ter o ICMS recolhido por antecipação. Todos os contribuintes que tenham mercadorias sujeitas à substituição ou antecipação tributária, conforme prevê o Convênio ICMS 92/2015, e agora segundo a alteração do Convênio ICMS 53/2016 estão sujeitos a essas alterações, que começam a valer a partir do dia 1º de outubro. Além dessas alterações na lista de mercadorias sujeitas à ST, outra mudança entrará em vigor na mesma data: “Foi determinada a exigência do CEST nos documentos fiscais eletrônicos, o que promete complicar ainda mais a rotina de quem deve atualizar os cadastros e parâmetros fiscais para a emissão correta dos documentos eletrônicos”, alerta o sócio diretor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Luiz Antonio Lima. Vale lembrar que para o pequeno e médio varejista, que só fazem vendas diretas ao consumidor na loja física, as alterações têm menos impacto. “As dificuldades de adaptação são maiores para aqueles que vendem mercadoria para outros estados ou contam com e-commerce. Nesses casos, é preciso verificar a legislação tributária do outro estado, emitir nota fiscal eletrônica, aí é necessário mais cuidado”, afirma Mota.

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Direitos

continuam PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR COMPLETA 12 ANOS COM RUMORES DE QUE SERIA EXTINTO POR CONTA DA CRISE DO PAÍS. MINISTÉRIO DA SAÚDE NEGA AS ESPECULAÇÕES E GARANTE ORÇAMENTO PARA 2016

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POR KATHLEN RAMOS

Ampliar o acesso da saúde a toda população nacional, oferecendo medicamentos para as doenças mais comuns no País, de forma gratuita ou com desconto. Foi com esse intuito que nasceu o Programa Farmácia Popular, ação que completa 12 anos em 2016 e traz números bastante satisfatórios. Somente a rede própria disponibiliza 112 itens – entre analgésicos, anti-hipertensivos, medicamentos para diabetes, colesterol, gastrite e outros –, oferecidos gratuitamente ou que são dispensados pelo seu valor de custo, representando até 90% de abatimento. Em 2006, a oferta aumentou com a expansão do Programa para a rede privada. Deno-

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minada Aqui Tem Farmácia Popular, esta modalidade disponibiliza 14 medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma. Medicamentos para outras quatro doenças, incluindo rinite, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas, podem ser adquiridos com até 90% de desconto. Atualmente, o Programa Farmácia Popular conta com 35.179 estabelecimentos, sendo 520 da rede própria e 34.659 da rede credenciada, que beneficiam 4.486 municípios. Nos últimos três anos, segundo informou o Ministério da Saúde (MS), foram investidos mais de R$ 5,7 bilhões no Farmácia Popular. A ação Saúde Não Tem Preço (braço do Aqui Tem Farmácia Popular que proporciona, desde 2011, IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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gratuidade nos medicamentos para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma) gerou uma ampliação do número de pessoas beneficiadas pelo Programa, passando de 1,2 milhão em janeiro de 2011 (período anterior à gratuidade) para mais de 9,8 milhões de pacientes atendidos para todas as patologias em julho de 2016, o que representa crescimento de 679%. Do total de pacientes atendidos, aproximadamente 7,1 milhões são hipertensos e três milhões são diabéticos. Em uma década, o governo investiu R$ 10,4 bilhões no pagamento do Programa. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), de 2007 a 2015, a média de clientes atendidos mensalmente pelo Aqui Tem Farmácia Popular nas farmácias associadas à entidade passou de 335 mil para 1,9 milhão. Em todo o ano passado, mais de 22 milhões de brasileiros foram beneficiados e o número de unidades comercializadas atingiu 58,8 milhões, contra oito milhões do primeiro ano da ação. “O Farmácia Popular é um dos programas governamentais com maior credibilidade entre a população. E a parceria do poder público com a iniciativa privada só corroborou essa aceitação, ao facilitar o acesso a medicamentos e impedir que a população interrompa seus tratamentos de saúde, especialmente para combater doenças crônicas, como diabetes e hipertensão”, observa o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. O diretor presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, também aprova o Programa. “É uma ação de inclusão, que traz acesso à população a um grupo importante de medicamentos”, afirma o especialista, acrescentando que, hoje, mais de três mil farmácias associadas à entidade participam do Programa.

GARANTIA ATÉ O FIM DE 2016 Entre o fim de 2015 e o início deste ano, o Farmácia Popular, considerado uma grande conquista da população, pareceu correr sérios riscos. De acordo com Mena Barreto, a proposta orçamentária do governo federal previa a extinção da verba para o copagamento, mantendo apenas o sistema de gratuidade. O custeio acabou sendo mantido por meio de emenda no Congresso Nacional, que garantiu ao menos R$ 400 milhões a essa modalidade. 50

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COMO OS CONSUMIDORES PODEM PARTICIPAR? Para ter acesso aos medicamentos, basta que o usuário apresente o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), um documento com foto e a receita médica válida. Desde fevereiro deste ano, entraram em vigor as novas regras do Programa Farmácia Popular do Brasil, conforme previsto na Portaria 111/2016, publicada no dia 29 janeiro deste ano. Entre as principais alterações que beneficiam o usuário, estão o novo prazo de validade das prescrições, laudos ou atestados, com o aumento de 120 para 180 dias – exceto para os contraceptivos, cuja validade permanece em 365 dias.

Alheio à aprovação da emenda, segundo Mena Barreto, o MS começou a discutir a redução no valor de referência dos medicamentos a partir do mês de fevereiro deste ano, tornando praticamente inviável a manutenção do Programa pelas redes privadas. “Além deste valor nunca ter sido reajustado ao longo de todos estes anos, mesmo com a inflação corroendo margens e com o aumento galopante de custos, o governo insiste em reduzir o valor pago às farmácias, que já está abaixo do aceitável há muito tempo. E para piorar, nada menos que 13 estados resolveram aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos medicamentos, alegando perda de arrecadação”, disse o executivo da Abrafarma. No entanto, o MS não confirma o final do Programa ou extinção dos medicamentos oferecidos. Em nota, ele esclareceu que o Farmácia Popular continua funcionando regularmente, tendo garantido orçamento para este ano na ordem de R$ 3,2 bilhões. O órgão reforçou, ainda, que houve um crescimento de 14% no orçamento do Programa Farmácia Popular do Brasil, passando de R$ 2,8 bilhões, em 2015, para R$ 3,2 bilhões em 2016. No ano de 2014, o orçamento era equivalente a R$ 2,3 bilhões.

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TEMPORARIAMENTE SUSPENSO PARA FARMÁCIAS Para ingressar, o estabelecimento interessado deve acessar o site do Programa Farmácia Popular na página da Caixa Econômica Federal (CEF) (www.caixa.gov.br/farmaciapopular), para efetuar o seu pré-cadastro e, em seguida, o cadastro on-line. Após concluído o cadastro eletrônico, o responsável legal da empresa deve comparecer a uma agência da CEF de sua preferência para entregar documentação previamente solicitada por e-mail. Após validação da CEF, a empresa precisa encaminhar, ao Ministério da Saúde (MS), o Requerimento e Termo de Adesão (RTA) assinado pelo proprietário na agência, acompanhado dos documentos de Alvará Sanitário, Comprovante de Responsável Técnico, Original de Cupom Fiscal, Autorização de Emissor de Cupom Fiscal emitida pela Secretaria de Fazenda Estadual, entre outros. No entanto, por enquanto, novas adesões não estão sendo aceitas. Segundo o Ministério da Saúde, o credenciamento de novas farmácias e drogarias no Programa Farmácia Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular está temporariamente suspenso desde o dia 5 de dezembro de 2014 em virtude da meta prevista ter sido atingida.

ENTRAVES PARA O CRESCIMENTO A burocracia do sistema público prejudica um acesso ainda maior aos medicamentos do Programa, na visão de Mena Barreto. Segundo ele, os problemas contemplam, por exemplo, prescrições preenchidas de forma incompleta pelo médico. “Em pelo menos 30% dos casos, principalmente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico não coloca a idade/endereço do paciente na prescrição, uma exigência do Programa. Depois de meses tentando uma consulta, o paciente vai à farmácia e as redes privadas são obrigadas a não atendê-lo, sob pena de exclusão do Programa por um simples detalhe como esse”, exemplifica.

Para Mena Barreto, outro problema é a necessidade de retornar à farmácia a cada 30 dias. “Para que complicar a vida do usuário, que já sofre em razão da falta de acesso, com detalhes que podem ser resolvidos com boa vontade? Para o cliente e à imagem do Programa, a frustração causada pelo excesso de burocracia é um desastre”, contesta. A solução, já apresentada pela Abrafarma ao MS, seria dar mais poder para o farmacêutico, que poderia preencher os dados faltantes no ato da compra. O assessor da diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sincofarma/SP), Juan Carlos Becerra Ligos, também enxerga algumas formas de melhorias ao Programa, que, na visão dele, poderia ser revisado no que diz respeito às pessoas contempladas. Para ele, apesar de o Farmácia Popular ter um lado social muito positivo, já que ajuda a melhorar, sensivelmente, a qualidade de vida das pessoas, o Farmácia Popular deveria ser destinado apenas àqueles que, de fato, não têm renda para arcar com o tratamento. “Sinto-me incomodado em oferecer, de graça, medicamentos para aqueles que podem pagar. Essa regra faz com que o medicamento possa faltar para aqueles que, de fato, precisam do Programa. Se aqui no País temos recursos escassos, dever-se-ia canalizá-los a quem não tem acesso”, lamenta o executivo. Ele também acredita que o Programa deveria garantir, junto com ele, mais assistência da classe médica, para que os medicamentos sejam utilizados corretamente. “Pouca diferença faz a receita sem que se entenda como se realiza o tratamento em questão. A informação e assistência são tão ou mais importantes do que o medicamento em si”, alerta o especialista. Em relação às farmácias participantes, o executivo do Sincofarma/SP também enxerga alguns entraves, já que os produtos do Programa constituem uma venda que se torna cara para o varejo, por uma série de motivos. “Demora-se o triplo de tempo para a venda ser realizada, quando comparado a um produto fora do Programa. Afinal, é exigida uma série de requisitos antes de dispensar os medicamentos”, diz. Além disso, segundo Ligos, os documentos gerados para a dispensação desses medicamentos precisam ser arquivados pela farmácia por um período de cinco anos, exigindo um espaço do estabelecimento para este fim. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ACESSO

Ligos também lembra que, para as farmácias participantes, a adaptação pode ser difícil. “Existe uma série de exigências, como softwares que precisam passar por um período de testes. Aliás, muitas lojas precisam pagar por um serviço mensal de empresas especializadas que fazem essa interface e garantem o funcionamento do sistema”, lembra. Mas apesar de todo esse gasto, nem sempre esse negócio apresenta vantagens ao varejista. Aliás, segundo Ligos, mais recentemente, o repasse do valor dos medicamentos do governo às farmácias participantes tem sofrido grande atraso. “Pelo regulamento, o pagamento deveria ser feito em até 45 dias. No entanto, na prática, esse repasse tem sido feito em 90 dias, o que acaba desestimulando pequenas e médias empresas a continuar na ação”, queixa-se.

LIVRE-SE DE IRREGULARIDADES As farmácias que participam do Aqui Tem Farmácia Popular podem passar por uma série de problemas que colocam em risco a inclusão dessas empresas no programa. O CEO presidente da MSD Assessoria Empresarial e Financeira, Marcio Duque, afirma que algumas farmácias de diversas cidades do Brasil têm recebido um ofício da Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), informando o bloqueio das vendas do programa, por determinação do Ministério Público Federal e o encaminhamento para o Departamento Nacional de Auditoria (Denasus), para averiguação de irregularidades. Entre elas, são comuns, por exemplo, as oscilações bruscas nas vendas, algo que pode ser interpretado, pelos auditores, como fraude nas farmácias. “Temos uma solução exclusiva em que coletamos todas as vendas efetuadas por uma farmácia desde o início do programa e geramos relatórios detalhados. Nessas análises, encontramos, por exemplo, valores mensais de R$ 50,00 em um determinado mês e, em outro, R$ 400,00”, diz Duque. Outro problema recorrente é a inclusão, na nota fiscal do consumidor, de medicamentos que não foram comprados, apontando uma falta de conduta de algum colaborador da loja. “O vendedor da farmácia pode aproveitar o fato de o brasileiro não ter o hábito de conferir os cupons fiscais e incluir medicamentos a mais na compra. Por exemplo, o usuário toma 52

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atenolol, mas o vendedor inclui outros medicamentos na dispensação desse usuário, gerando uma venda excessiva e irreal. Também são comuns, durante a auditoria, encontrar vendas de medicamentos para patologias O CEO presidente da MSD Assessoria Empresarial de pessoas idosas entre e Financeira, Marcio jovens de até 25 anos de Duque, alerta que a idade; idosos comprando maioria dos funcionários anticoncepcionais; vendas das farmácias comete irregularidades para fora do horário comercial poder cumprir metas de funcionamento da loja; entre muitas outras fraudes”, mostra Duque, alertando que 70% dessas irregularidades podem ser realizadas pelos funcionários do estabelecimento que, em busca de cumprir metas de vendas, podem cometer essas infrações. Também são falhas frequentes a ausência do Livro de Registro de Inventário (LRI), documento obrigatório para boa parte das farmácias e essencial para aquelas que aderem ao programa. No entanto, segundo dados da consultoria, são pouquíssimas as lojas que têm esse documento. É igualmente comum a ausência de nota fiscal de aquisição de medicamentos (rotina que as farmácias devem cumprir de acordo com as compras). E os estabelecimentos podem ser largamente prejudicados quando são pegos pela auditoria do Programa. “Basicamente, 90% das farmácias que são encaminhadas ao Denasus são descredenciadas, podendo retornar ao programa somente dois anos após a publicação no Diário Oficial da União e quitação de uma multa de 10% referente às vendas dos três últimos meses”, alerta o diretor da MSD. Para auxiliar as farmácias com esses trâmites, algumas assessorias especializadas, como a MSD Assessoria Empresarial e Financeira, podem ajudar, mensalmente, as farmácias que participam do programa tanto na prevenção de problemas quanto na resolução dos mesmos quando eles acontecem. “Nos especializamos em atendimento às farmácias, em todo território nacional, para vencermos os desafios de implantação, renovação e continuidade no Aqui Tem Farmácia Popular”, finaliza Duque.

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RANKING

As maiores do varejo EM 2015, AS 120 EMPRESAS RELACIONADAS PELO RANKING IBEVAR FATURARAM, JUNTAS, QUASE R$ 445 TRILHÕES. A CLASSIFICAÇÃO SEGUIU VÁRIOS CRITÉRIOS, ENTRE ELES, A FORMA DE OPERAÇÃO, QUE REVELOU QUE 57% DELAS ATUAM EM MAIS DE UM CANAL POR VIVIAN LOURENÇO 54

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E

Em agosto último, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apresentou a sexta edição do “Ranking Ibevar – 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”. Além da identificação das maiores empresas por faturamento, o estudo inclui o Ranking por Eficiência e o Ranking por Imagem. Segundo os dados, no ano de 2015, as 120 empresas relacionadas faturaram, juntas, R$ 444.680.183.775,00. As organizações foram classificadas também segundo a forma de operação, o que mostrou que 57% delas atuam em mais de um canal (lojas físicas, virtuais, etc.); 43% em multiformato (diferentes formatos e tamanhos de lojas); e 43% em multibandeiras (redes distintas). Seguindo o ranking por faturamento, as dez maiores companhias do varejo brasileiro, pela ordem, foram as seguintes: IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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A

do ranking anterior; apenas nove recuperação grupos operam mais de mil lojas e da economia apenas 11 grupos operam lojas em deve começar todos os 26 estados do Brasil e no em 2017 Distrito Federal. Segundo o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Claudio Felisoni de Angelo, as 30 primeiras empresas do ranking por faturamento é que comandam a economia brasileira no setor. As 120 empresas representam 28% do consumo de bens no País; os artigos farmacêuticos possuem 5% do peso do segmento do varejo. No setor de perfumaria e drogaria, as cinco maiores empresas são responsáveis por 79% do faturamento total da categoria. Em 2014, esse valor era de 74%. Porém, o setor apresentou um crescimento de 8%, negativo em comparação a outros setores analisados pelo ranking.

DROGARIAS E PERFUMARIAS: RESUMO DOS DADOS Faturamento 2015

Nº de Loja

Nº de Funcionários

R$ 10.100.000.000

3.962

7.000

2. Raia Drogasil

R$ 9.424.777.000

1.235

26.520

3. Drogarias DPSP*

R$ 7.000.000.000

1.080

25.000

4. Farmácias Pague Menos

R$ 4.979.272.000

828

21.320

5. Brasil Pharma

R$ 3.631.755.000

989

16.000

Grupo 1. Grupo Boticário

1ª. Grupo Pão de Açúcar. 2ª. Grupo Carrefour. 3ª. Grupo Walmart Brasil. 4ª. Lojas Americanas. 5ª. Magazine Luiza. 6ª. Grupo Boticário. 7ª. Raia Drogasil. 8ª. Ceconsud Brasil Comercial Ltda. 9ª. Máquinas de Vendas. 10ª. Lojas Renner S.A. Comparando com o ano de 2014, o faturamento total das empresas apresentou um crescimento de 5,2%. Naquele período, as dez maiores varejistas do ranking sozinhas eram responsáveis por 50% do faturamento total das 120. Já em 2015, esse percentual é de 51%. Da primeira empresa para a décima, nota-se uma diferença de 9,5 vezes no faturamento; 90 empresas faturaram acima de R$ 1 bilhão versus 79 empresas

* Valores estimados. Fonte: Ibevar

RANKING POR EFICIÊNCIA Já o Ranking por Eficiência considera exclusivamente, e com base em um método matemático, fatores, como a produção, o número de empregados e o número de lojas (dados disponíveis para todas as empresas). De acordo com Felisoni, puderam-se apurar as cinco empresas mais eficientes para cada segmento do varejo. No setor de drogaria e perfumaria, as que mais se destacaram foram: Grupo Boticário, Raia Drogasil, Drogarias DPSP, Drogaria Catarinense e Drogaria Onofre. As duas menos eficientes desse segmento foram a Profarma e a Drogaria Araújo. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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RANKING

DROGARIA E PERFUMARIA: EFICIÊNCIA E BENCHMARKING Eficiência

Empresas de referência

1. Grupo Boticário

1.00000

Grupo Boticário

2. Raia Drogasil

1.00000

Raia Drogasil

3. Drogarias DPSP*

1.00000

Drogarias DPSP

4. Drogaria Catarinense*

1.00000

Drogaria Catarinense

5. Drogaria Onofre*

1.00000

Drogaria Onofre

6. Dimed S.A. Distribuidora de Medicamentos (Panvel)

0.90163

Grupo Boticário

7. Drogaria Nissei*

0.81830

Grupo Boticário

8. Farmácias Pague Menos

0.71070

Grupo Boticário

9. Extrafarma

0.68661

Grupo Boticário

10. Brasil Pharma

0.65952

11. Drogaria Araújo* 12. Profarma

Grupo

Indicador de Densidade Imagética

1. Drogarias Pacheco

100

2. Drogaria SP

98

3. Droga Raia

89

4. Pague Menos

87

Grupo Boticário

5. Drogasil

75

0.64461

Grupo Boticário

6. Panvel

19

0.61091

Grupo Boticário

7. O Boticário

14

8. Farmais

13

0.836

* Valores estimados. Fonte: Ibevar

RANKING POR IMAGEM O indicador de atratividade de um objeto mostra o engajamento favorável das pessoas em relação à marca. É definido em duas dimensões: a) Indicador de densidade imagética – é o quociente entre as mensagens favoráveis e o total das mensagens relativas às decisões de compra; b) Indicador de atratividade exclusiva (variável proxy de indicador de fidelidade) – é determinado pela frequência do número de pessoas que se manifestam exclusivamente de modo favorável em relação a determinadas empresas de varejo. Todos os valores foram transformados em índices (para o maior indicador em cada classificação, foi atribuído o valor 100 e demais indicadores expressos em termos deste valor) e as empresas classificadas nos respectivos segmentos. Esse ranking, elaborado em parceria com a Epistemics, identificou as empresas de varejo mencionadas de forma mais positiva nas redes sociais. “Essas empresas foram listadas examinando, nada menos, do que cinco milhões de mensagens espalhadas pelas redes sociais em que foram

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IMAGEM: DROGARIA E PERFUMARIA Empresas

Eficiência Média

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citadas. A análise foi feita a partir de recursos extraídos de diversas áreas do conhecimento, como a linguística (Natural Language Processing); sociologia (estilos de vida); economia (segmentação); Tecnologia da Informação (Big Data e Data Mining); e estatística (análise multivariada)”, explica Felisoni. As mais bem posicionadas no segmento perfumaria e drogaria foram: Drogarias Pacheco, Drogaria SP, Droga Raia, Pague Menos e Drogasil.

IMAGEM: DROGARIA E PERFUMARIA Empresas

Indicador de Atratividade Exclusiva

1. Drogarias Pacheco

100

2. Panvel

56

3. O Boticário

40

4. Farmais

43

5. Drogaria SP

55

6. Drogasil

91

7. Pague Menos

73

8. Droga Raia

65

EXPECTATIVA DO CONSUMO A renda da população brasileira teve uma queda de 6,7%. Somando-se a isso, a taxa de juros de 95,36% a.a. e a queda no emprego de 4,7%, a população brasileira tem menos da metade do que tinha em 2014 para comprar bens de consumo. “A recuperação lenta da economia deve proporcionar uma queda de quase 9% nas vendas no total do varejo em comparação 2015/2016. Para 2017, acredito que haverá um processo de recuperação já nos primeiros meses do ano, porém, ainda com velocidade reduzida”, diz Felisoni.

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TECNOLOGIA

A serviço da saúde APLICATIVOS, REALIDADE AUMENTADA, BIOMETRIA, CONSULTAS VIRTUAIS, CIRURGIA ROBÓTICA E IMPRESSORAS 3D SÃO ALGUMAS DAS SOLUÇÕES QUE JÁ FAZEM PARTE DO UNIVERSO DA MEDICINA E APONTAM QUE ESTE FUTURO VEIO PARA FICAR POR KATHLEN RAMOS

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IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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O avanço na área da medicina é incontestável nos últimos anos. Aliás, ele pode ser comprovado pelos índices de longevidade exponencialmente mais altos no País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no Brasil, a expectativa de vida ao nascer passou de 62,5 anos de idade em 1980, para 75,2 anos de idade em 2014; e para 2060, a projeção é de que esse índice suba para 81,2 anos de idade. E dentro da área médica, a tecnologia tem ganhado mais força, contribuindo com o desenvolvimento de todo o setor. “As tecnologias hoje são menos invasivas, mais seguras e eficazes. Contribuem para o aumento da longevidade e melhor qualidade de vida. Reduzem o tempo de hospitalização, aceleram o tempo de recuperação, diminuem o risco de infecções e possibilitam a detecção precoce de doenças e maior precisão no tratamento e reabilitação, entre outros benefícios”, enumera o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Carlos Goulart. E os ganhos não estão apenas na área hospitalar e de diagnósticos. Aplicativos desenvolvidos pela indústria surgem para aumentar a adesão a diversos tratamentos; biometria e tecnologias de identificação ajudam pacientes a ter mais segurança; e a realidade aumentada, junto com impressoras 3D, apontam para novas formas de tratamento. Mas apesar de todos os benefícios, essa inovação tem um preço. Boa parte do desenvolvimento na área da saúde, e que tem a tecnologia como aliada, gera aportes elevados, fazendo com que nem toda a população possa ser beneficiada. “Produtos inovadores têm um custo alto no desenvolvimento, o que torna os equipamentos e as drogas de última geração mais caras. Isso faz com que nem todos sejam favorecidos com essa evolução”, argumenta o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro.

Além disso, uma grande parcela dos equipamentos de última geração ou componentes desenvolvidos para a área da saúde é importada, advinda de países, como Estados Unidos, Alemanha e Holanda, encarecendo, ainda mais, os custos para o Brasil. E, nem sempre, por aqui, os hospitais públicos, por exemplo, têm verba para atualização das tecnologias. “Quando novos equipamentos chegam ao mercado, o governo, que representa 65% do consumo na área da saúde, não tem orçamento para a troca dos modelos atuais para os modernos. Assim, a população que depende dos atendimentos gratuitos acaba usando os equipamentos com performance inferior”, comenta Fraccaro. No entanto, ele acredita que esse custo tende a cair ao longo dos anos, aumentando a acessibilidade. “Pense em qual era o custo de um iPad ou de um notebook quando foram lançados. Hoje, esses equipamentos estão muito mais acessíveis. E o mesmo deve acontecer na área da saúde, quando houver uma massificação dessas tecnologias”, aposta o executivo da Abimo. Outra lacuna que vem junto com a tecnologia é a capacitação. Afinal, não adianta deter um robô de última geração se não há uma equipe médica capacitada. Apesar dos avanços na área, a tecnologia não substitui o papel do médico. “A cirurgia robótica é uma ferramenta indispensável aos cirurgiões de ponta que querem o melhor para os seus pacientes, mas o que importa é a habilidade, experiência e, sobretudo, os bons resultados dos cirurgiões operando”, lembra o cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Dr. Antonio Macedo. Acompanhe, a seguir, como algumas tecnologias avançaram e têm sido aplicadas na área da saúde.

BIOMETRIA A biometria, que começa a ser testada no Brasil para as eleições, também passa a ser adotada na área da saúde. Em breve, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser identificados pela digital. A política, construída a partir de uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), irá proporcionar maior segurança no registro e acesso de informações dos cidadãos, além de contribuir para evitar fraudes. O projeto-piloto para o novo modelo de identificação deve começar em serviços ofer2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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TECNOLOGIA

tados pela atenção básica já a partir de 2017. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a biometria permitirá a disponibilização segura do prontuário eletrônico do paciente, já iniciado a partir do Cartão SUS.

TELEMEDICINA A telemedicina se constitui pelo uso da tecnologia para a prestação dos serviços médicos e fornecimento de informações quando a distância é um fator crítico. “Com ela, podem-se fazer laudos a distância, operar equipamentos remotamente, discutir casos em grupos de especialistas espalhados pelo mundo, entre outras aplicações”, avalia Goulart, da Abimed. Segundo ele, uma tendência é a de médicos realizarem consultas via rede de comunicação, no entanto, esse processo ainda não é permitido no Brasil. “Hoje, o País só autoriza a comunicação médico-paciente. Há estimativas de que, em um futuro próximo, 80% das consultas poderão ser feitas a distância”, projeta o especialista. Enquanto isso, a troca de conhecimento entre hospitais privados e públicos já é uma realidade. Em parceria com o Ministério da Saúde por meio do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional ao Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o HIAE desenvolveu um programa permitindo que as equipes do pronto-socorro e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos recebam apoio, em tempo real, de seus especialistas. O programa funciona desde 2012. “Atualmente, 22 hospitais fazem parte do projeto, distribuídos ao longo das diferentes regiões, em especial Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, conta o coordenador do Serviço de Telemedicina do HIAE, Dr. Milton Steinman.

APLICATIVOS Aplicativos gratuitos que ajudam na realização de atividades físicas, que lembram a hora de tomar medicamentos, que auxiliam no emagrecimento... São diversas as plataformas com base nessa tecnologia capazes de ajudar as pessoas no controle da saúde. Inclusive hospitais e a indústria farmacêutica investem nessas ferramentas. Um exemplo é o Einstein Vacinas, app para gerenciamento da carteira de vacinação. O diferen60

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TECNOLOGIA

OS GANHOS NÃO ESTÃO APENAS NA ÁREA HOSPITALAR E DE DIAGNÓSTICOS. APLICATIVOS DESENVOLVIDOS PELA INDÚSTRIA SURGEM PARA AUMENTAR A ADESÃO A DIVERSOS TRATAMENTOS; E A REALIDADE AUMENTADA, JUNTO COM IMPRESSORAS 3D, APONTAM PARA NOVAS FORMAS DE TRATAMENTO cial fica para os alertas que o usuário receberá com a data da próxima vacina e a geolocalização, indicando onde pode se vacinar. Já a Sanofi desenvolveu o StarBem, dirigido a pacientes com diabetes. Composto por aplicativo e portal, o programa oferece, após o cadastro, atendimento com uma educadora em saúde (que pode ser presencial ou a distância), e entre outras funcionalidades, como lembretes sobre a reposição de medicação. Na mesma linha, a AstraZeneca também desenvolveu um programa de adesão ao tratamento dos pacientes, denominado fazbem, que igualmente está disponível via aplicativo. Nele, os pacientes cadastrados podem contar com reportagens, receitas e dicas exclusivas sobre bem-estar; além de descontos em medicamentos. As farmácias também podem se cadastrar nesse programa, auxiliando os pacientes com mais informações sobre diversas enfermidades e orientando-os sobre os descontos, que podem ser fundamentais para dar continuidade à prescrição médica. A Novartis é detentora do Vale Mais Saúde (VMS), um programa completo de adesão ao tratamento e descontos em medicamentos. Já a Roche disponibiliza um serviço diferenciado para pacientes com diabetes. O monitor de glicemia wireless sem fio Accu-chek®, com tecnologia Bluetooh Smart, possibilita a transferência automática do teste de glice62

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mia para o aplicativo Accu-chek® Connect, permitindo conectar médico e paciente para auxiliar no acompanhamento da doença.

VESTÍVEIS E SIMILARES Além dos aplicativos, também há uma grande expectativa de crescimento dos chamados vestíveis. Esses eletrônicos, capazes de coletar dados e gerar informações, são constituídos hoje como pulseiras ou relógios inteligentes. Eles já possuem algumas aplicações na área da saúde ao redor do mundo, como acompanhamento de pacientes que realizaram cirurgias bariátricas; supervisão do sono; monitoramento do tabagismo; entre outros. Usando conceito similar, recentemente, a Abbott apresentou o FreeStyle Libre, que traz uma nova tecnologia de monitoramento de glicose para as pessoas com diabetes. O aparelho é composto por um pequeno sensor redondo, que é aplicado de forma indolor na parte traseira superior do braço. O sensor capta a taxa de glicose no sangue a cada minuto e um leitor escaneado sobre o sensor mostra o valor da glicose medida.

TECNOLOGIAS PARA RASTREABILIDADE Um grande avanço, que ainda está em fase de implementação, diz respeito à rastreabilidade de medicamentos, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma prevê a impressão do GS1 DataMatrix (código bidimensional) funcionando como um Registro Geral (RG) do medicamento. Essa solução promete trazer ganhos não só para o consumidor final, que poderá ter mais segurança quanto à origem do medicamento, como também para as farmácias, que poderão garantir o histórico e a localização das embalagens.

CIRURGIA ROBÓTICA Robôs auxiliando médicos em cirurgias também já fazem parte da vida real. Com visão de alta definição em 3D e braços mecânicos que eliminam tremores, os sistemas robóticos reproduzem, com precisão, os movimentos do cirurgião de maneira muito estável. As cirurgias robóticas abrem um enorme potencial de realização de procedimentos minimamente invasivos.

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TECNOLOGIA

Um exemplo é a laparoscopia, que antes era apenas um exame de abdome, mas agora já pode ser usada para procedimentos cirúrgicos. “Todas as cirurgias realizadas por laparoscopia podem ser feitas por robótica, assim podemos utilizar para todas as cirurgias do aparelho digestivo”, lembra o Dr. Macedo, do HIAE.

DIAGNÓSTICOS Equipamentos de diagnóstico possibilitam a realização de exames e resultados mais rápidos e precisos. Os tomógrafos, hoje, possibilitam a realização de exames de todo o corpo por vezes em tempo inferior a um minuto, conforme afirma o gerente médico de inovação e tecnologia do HIAE, Dr. Marcelo Felix de Maria. “As imagens adquiridas nesse tempo podem chegar a mais de mil fatias (slices), evidenciando que o desenvolvimento tecnológico foi capaz de adicionar qualidade e precisão, ao mesmo tempo em que reduziu desconforto do paciente”, avalia. Além disso, a qualidade dos exames reduz a necessidade de repetições, o que aumenta a produtividade e reduz custos. 64

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IMPRESSORAS 3D E REALIDADE AUMENTADA O Dr. Felix de Maria conta que, hoje, as imagens adquiridas em aparelhos de tomografia e ressonância magnéticas podem ser reconstruídas em formato 3D por softwares de análises médicas. Já os resultados obtidos em impressoras 3D podem ser aplicados em aulas no ensino médico, em guias e planejamento de cirurgias, assim como na elaboração de peças de próteses. “As cirurgias ortopédicas e bucomaxilofaciais são as que incialmente se beneficiam da impressão 3D, em que as próteses plásticas de corpos vertebrais podem ajudar a guiar o procedimento de intervenção, levando à maior precisão para atingir alvos cirúrgicos”, mostra o Dr. Felix de Maria. A mesma propriedade de reconstrução 3D das imagens médicas tem aplicação em outras tendências tecnológicas, como as holografias. “As holografias médicas podem ajudar muito o ensino de medicina, enquanto que técnicas de realidade aumentada têm aplicação, por exemplo, no ato cirúrgico, com visualização comparativa dinâmica das imagens tomográficas e as estruturas anatômicas”, finaliza.

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PROCESSOS

Etapa indispensável

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O OPERADOR LOGÍSTICO EXERCE AÇÕES PREVISTAS NA RDC 17/10, INDISPENSÁVEIS PARA QUE O MEDICAMENTO A SER COMERCIALIZADO EM FARMÁCIAS E DROGARIAS SEJA SEGURO E EFICAZ

CLÓVIS A. GIL Presidente da Ativa Logística 66

No primeiro quadrimestre de 2016, a venda de medicamentos no Brasil alcançou a marca de R$ 5,18 bilhões com a comercialização de 304,9 milhões de unidades, ou seja, um crescimento no faturamento de 21,75% em relação ao mesmo período de 2015, e as unidades vendidas, também no mesmo período, tiveram um acréscimo de 16,02%, informa a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Mesmo com o aumento dos impostos federais e a queda da renda das famílias brasileiras, o setor de medicamentos é um dos poucos que têm resultados positivos. Mas ao mesmo tempo, ações que possam aperfeiçoar os processos de armazenagem e distribuição podem ser fundamentais para a melhoria do negócio. Diante disso, você já pensou como a terceirização das operações logísticas pode ser mais vantajosa? Posso afirmar que é uma forma de aprimorar o processo produtivo em busca de redução de custos, obtendo melhoria contínua dos resultados. É um dos caminhos que as empresas con-

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seguem focar no seu core business, substituindo local de armazenagem por linha de produção, tendo como consequência o aumento de eficiência e produtividade. O operador logístico exerce atividades de receber, armazenar, controlar o estoque, separar pedidos, expedir e, muitas vezes, transportar os produtos conforme solicitação do cliente, garantindo que estas atividades estejam dentro das normas de Boas Práticas de Fabricação, previstas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 17/10. O benefício da terceirização abrange a segurança de contar com equipe especializada na atividade, profissionais capacitados, treinamentos periódicos, registros das atividades exercidas e ambiente adequado, como, por exemplo, salas climatizadas (15ºC a 25ºC) e câmaras frias (2ºC a 8ºC) e monitoramento e controle de temperatura. A empresa ainda pode contar com a adequação de seus produtos, como nacionalização do produto sob supervisão de responsável técnico. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Raio X da logística ESTUDO REALIZADO COM EXECUTIVOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS REVELA PREOCUPAÇÃO COM NOVA POLÍTICA DE RASTREABILIDADE DOS MEDICAMENTOS E COM A INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA BRASILEIRA

A

POR FLÁVIA CORBÓ

A fim de traçar um panorama da cadeia de suprimentos no Brasil, a Accenture realizou a pesquisa Supply Chain Management Study com 79 companhias de operação logística que atuam no País, entre novembro e dezembro de 2015. Executivos sênior, responsáveis por decisões estratégicas das empresas, foram convidados a responder a uma série de questões por meio de entrevista telefônica e questionário on-line. Diante das respostas, é possível conhecer as maiores dificuldades do setor e compreender como esses gaps, muitas vezes, têm reflexo direto no abastecimento ao varejo.

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De maneira geral, a maioria dos respondentes foi positiva quanto à grande parte dos aspectos avaliados. Mais da metade dos executivos avaliou como muito alto ou alto o nível de satisfação das operações. A capacidade de aliar custo a metas de orçamento foi avaliada positivamente por 78% dos executivos, por exemplo. Quanto à capacidade de ser ágil diante de diferentes situações, 75% das respostas foram positivas. Processos colaborativos com os fornecedores também parecem ir bem, com 73% de satisfação. De acordo com o diretor executivo e líder da prática de Supply Chain da Accenture, Carlos Capps, os númeIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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PESQUISA

ros precisam ser observados com cautela para não levarem a conclusões equivocadas. “Nosso entendimento é que os respondentes tiveram uma tendência a comparar a eficiência de suas operações apenas com concorrentes do setor farmacêutico. Desse ponto de vista, reconhecemos também um avanço em relação a anos anteriores.” Entretanto, segundo o executivo, quando comparado tanto a players de consumo como de varejo, o desempenho da logística do setor farmacêutico ainda tem áreas de oportunidade. “A participação dos custos de distribuição e armazenagem nos custos totais é consideravelmente mais alta, bem como os dias de cobertura de estoques. Isolando-se as particularidades de cada setor, a pesquisa revelou lacunas de desempenho que indicam oportunidades de melhoria em planejamento, contratação e operação de transportes e armazenagem, que podem não estar sendo visualizadas por algumas empresas do setor.”

GAPS E OPORTUNIDADES Adequar-se a regras e regulações vigentes é uma prioridade a curto prazo para 70% das companhias. No entanto, quando questionadas a respeito das novas regras de rastreabilidade de medicamentos que entram em vigor em dezembro próximo, apenas 58% das empresas participantes da pesquisa afirmaram estarem prontas para operar dentro do novo modelo no prazo estipulado. Segundo Capps, as adequações têm se mostrado bastante desafiadoras. “Uma implementação como essa depende de novas ferramentas e novos processos, além da integração de uma variedade de atores no ecossistema. Tal complexidade requer que as empresas enderecem rapidamente esse tema. O curto prazo para implantação em 100% das empresas do setor é o maior desafio.” Apesar das claras dificuldades de implantação de um sistema dessa magnitude, o executivo admite que o histórico de prorrogações de prazos em marcos regulatórios no País também gera certa acomodação em alguns players. “As maiores empresas do segmento mostram-se mais adiantadas no entendimento do novo modelo. Porém, acreditamos que o estágio de implantação ainda é embrionário. Essa situação é ainda mais crítica nos menores players”, afirma Capps. Um exemplo de prorrogação de prazo é a implantação da logística reversa no País. Fabricantes e operadores logísticos continuam aguardando a definição a respeito da forma que será implantada e quais serão as responsabilidades de cada elo da cadeia. Segundo a pesquisa, por 70

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enquanto, 35% das empresas afirmaram que devem utilizar recursos internos, aproveitando infraestrutura existente e recursos não aproveitados, para trabalhar com a logística reversa. Para Capps, ainda é cedo para tomar essa decisão. “Entendemos que há vantagens em operar internamente a logística reversa e que há espaço para absorver essa demanda adicional. Porém, decisões como essas não podem se limitar somente à existência ou não de capacidade e recursos, já que impõem novas complexidades que podem criar custos não previstos e impactar negativamente as operações. Esse caminho requer o desenvolvimento de novos processos e ferramentas para alavancar as operações sem riscos.” Além dos novos desafios regulatórios que, em tempos de alta do dólar e crescentes custos com mão de obra e energia, comprimem as margens das empresas, a infraestrutura brasileira segue como outro inimigo da cadeia de suprimentos no País. As condições e restrições de tráfego nos grandes centros prejudicam a assertividade da previsão da demanda – a acurácia média é inferior a 40%. Os resultados são altos níveis de estoques na cadeia e de custos de transporte. “A matriz de transportes no Brasil é ainda muito concentrada em rodoviário, diferente de outros países no mundo que possuem distâncias e capilaridade semelhantes a do Brasil. Trânsito em grandes centros e outros problemas, como menor índice de pavimentação, insegurança e conservação das estradas, contribuem para a ineficiência do sistema”, lamenta Capps.

TECNOLOGIA COMO SOLUÇÃO Com a imprevisibilidade causada pelas más condições de infraestrutura, 63% das empresas respondentes reclamam que custos com hora extra dos funcionários ou contratações de emergência representam um dos maiores gastos não previstos dos centros de distribuição e armazenagem. Capps enxerga que a melhor saída é o investimento em novas tecnologias. “Temos conseguido resultados expressivos desenvolvendo novas modelagens que incorporam as variáveis de distribuição e negócio, otimizando a utilização dos ativos, reduzindo custos e melhorando níveis de atendimento.” No entanto, ainda há certa contradição entre os respondentes quando se trata do bom uso da tecnologia. A pesquisa revela que cerca de 40% das empresas ainda não dispõem de visibilidade on-line de suas opera-

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PESQUISA

PRIORIDADES DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO BRASIL Adequar-se a regras/ regulação/legislação

70% Programa Lean Six Sigma (redução de tempo, erros e perdas)

63%

Preparar a cadeia de suprimentos para expansão

68% Colaborações logísticas (parceiros, consumidores, concorrentes)

Programa de redução de custos

65%

63%

ADEQUAÇÃO ÀS NOVAS REGRAS DE RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS Nível de prioridade

65%

Empresas que devem estar preparadas até dezembro de 2016

58%

PRINCIPAIS GASTOS ADICIONAIS DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO Mão de obra extra

Inventário excedente

63%

54%

Manutenção de equipamento

Perda de inventário

51%

27%

Fonte: Accenture – Supply Chain Management Study

ções de produção e armazenamento; ao mesmo tempo, as empresas retratam ter um alto nível de colaboração com clientes e fornecedores, que exige a troca dinâmica de informações. De um jeito ou de outro, logo será possível observar o real nível de controle que as empresas têm de suas operações. Diante da crescente complexidade das operações, aquelas que não investirem seriamente na melhora de tecnologia ficarão para trás. 72

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“Menores volumes, crescente portfólio de produtos, multicanalidade e as novas demandas dos consumidores exigem operações cada vez mais ágeis, obrigando a otimização de curto prazo. Para vencer esse desafio, é necessária a detecção antecipada e ação em tempo real, possível somente com a integração das cadeias e o uso pesado de tecnologia para a coleta e avaliação de dados como ferramenta de previsibilidade, agilidade e melhoria contínua”, determina Capps.

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OSTEOPOROSE

Fragilidade óssea QUANDO A QUALIDADE DO OSSO DIMINUI, O ESQUELETO TORNA-SE FRÁGIL E O RISCO DE FRATURAS AUMENTA. ESSE PROBLEMA ATINGE DEZ MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL

E

POR ADRIANA BRUNO

Envelhecer com qualidade de vida é o sonho de muita gente, mas o cenário nem sempre é favorável e podem aparecer algumas pedras nesse caminho. Com o passar dos anos, o corpo não é mais o mesmo e as engrenagens que colocam o organismo humano para funcionar podem apresentar falhas e é aí que os problemas de saúde surgem. Um exemplo é a osteoporose. A palavra causa calafrios em muita gente e não é para menos. A doença afeta a resistência dos ossos, aumentando

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sua porosidade, fazendo com que eles fiquem frágeis, percam qualidade, resistência e massa, favorecendo assim o maior risco de fraturas. Para entender como esse processo acontece, o médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), Dr. Sérgio dos Passos Ramos, explica que o osso é um tecido vivo e, portanto, tem uma renovação constante. “Nos ossos, há uma célula que os IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

destrói, o osteoclasto (célula que compõe a matriz óssea) e outra que os reconstrói, o osteoblasto (célula que produz a matriz óssea). Em algumas épocas da vida, a destruição óssea não é seguida imediatamente pela reconstrução, surgindo então grandes lacunas no osso. Isto é a osteoporose”, explica. O problema atinge cerca de dez milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), com predomínio no sexo feminino. “Embora atinja preferencialmente mulheres, em função da perda hormonal da menopausa e pelo menor tamanho do esqueleto, cerca de 20% das fraturas osteoporóticas ocorrem nos homens”, conta a endocrinologista do Centro Integrado de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, professora Dra. Cynthia M. A. Brandão. A incidência da doença pode variar de 14% a 29% em mulheres acima de 50 anos de idade e chegar até 73% em mulheres acima de 80 anos de idade. “As projeções estimadas para os próximos dez anos revelam que se espera que o número de fraturas de quadril osteoporóticas por ano (atualmente 121.700 fraturas) atinja 140 mil pessoas por ano até 2020”, conta o presidente da Comissão de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. Marco Antonio A. da Rocha Loures. Segundo ele, a coluna vertebral, o quadril e o punho são os locais prevalentes de fraturas. “Em mulheres acima de 50 anos de idade, o risco de fratura do colo do fêmur é de 17,5% e da coluna, de 16%. A presença de uma fratura vertebral dobra o risco de futuras fraturas vertebrais”, alerta. Ainda sobre os grupos de indivíduos com maior risco de ter a doença, os caucasianos e os asiáticos são mais atingidos do que as pessoas da raça negra. “Uma em cada três mulheres brancas ocidentais e um a cada cinco homens apresentarão uma fratura osteoporótica depois dos 50 anos de idade, de acordo com a International Osteoporosis Fundation (IOF)”, diz a Dra. Cynthia. A osteoporose é, geralmente, uma doença silenciosa, com poucos sintomas, o que eleva o risco de fraturas, aliás o paciente só procura atendimento médico quando o problema já existe. De acordo com o Dr. Loures, a sintomatologia dolorosa muitas vezes se confunde com doenças reumatológicas. “Cerca de um terço das fraturas das vértebras por osteoporose são assintomáticas”, comenta. Já a Dra. Cynthia relata que estudos demonstraram que cerca de metade das fraturas vertebrais sequer são diagnosticadas clinicamente, permanecendo não identificadas. “A fratura osteoporótica não é um sintoma, mas a consequência mais temida da osteoporose. A mortalidade no primei76

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VALE RESSALTAR QUE O CÁLCIO TEM UM PAPEL IMPORTANTE NA MASSA ÓSSEA NA FASE DE REMODELAÇÃO. JÁ A VITAMINA D ELEVA A ABSORÇÃO INTESTINAL DO CÁLCIO, QUE É O CONSTITUINTE MAIS IMPORTANTE DA PARTE MINERAL DO OSSO ro ano após a fratura de quadril é de cerca de 20%, e dos que sobrevivem, 50% precisarão de ajuda para caminhar”, ressalta.

DEFICIÊNCIA HORMONAL Mulheres. Elas estão no grupo de indivíduos que preferencialmente poderão sofrer as consequências da osteoporose em certo momento de sua vida. Isso porque esse distúrbio osteometabólico está relacionado, entre outras causas, à perda hormonal ocorrida na menopausa. “O estrogênio estimula as células responsáveis pela formação óssea e, na sua ausência, ocorre estimulo à síntese de várias citocinas inflamatórias que aumentam a reabsorção do osso”, explica a Dra. Cynthia. Para ela, embora a causa hormonal também seja importante para os homens, o próprio envelhecimento, em ambos os sexos, contribui para a má absorção de cálcio, deficiência de vitamina D e sedentarismo, levando à aceleração da perda óssea própria desta fase da vida. O endocrinologista e membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Francisco Bandeira, ressalta que o estrogênio tem importância fundamental em determinar o pico de massa óssea após a puberdade e sua deficiência, com a menopausa, é a causa da perda óssea rápida na maioria das mulheres. Ele lembra ainda que, para prevenir a doença, é preciso investir em uma dieta adequada de cálcio desde a infância e, ao longo da vida, recorrer à suplementação de vitamina D, praticar exercícios físicos, evitar fumo e álcool em excesso. Além disso, o médico recomenda ter avaliações constantes na menopausa. “A quantida-

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

FATORES DE RISCO

Uso crônico de medicamentos, como corticosteroides e anticonvulsivantes

Antecedente familiar de fraturas

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Baixo peso

Tabagismo e alcoolismo

Pouca massa muscular

Hipovitaminose D

Paralisias ou condições clínicas que afetem a força e o equilíbrio, levando a quedas frequentes

Hereditariedade

Má alimentação – falta de proteínas

Doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, espondilite anquilosante e doença inflamatória intestinal

Anorexia nervosa

Gastrectomia

Anemia perniciosa

Diabetes

Hipogonadismo masculino

Hiperparatireoidismo

Menopausa

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

de suficiente de cálcio deve ser, em geral, de 1.000 mg ao dia para um adulto e a de vitamina D, na dose de 800 a 2.000 unidades ao dia”, diz. Vale ressaltar que o cálcio tem um papel importante na massa óssea na fase de remodelação. “Uma inadequada absorção intestinal resulta em uma baixa quantidade de cálcio no sangue, provocando secreção de hormônio PTH que faz a reabsorção (dimiO hormônio da nuição) óssea. Já a vitamina D paratireoide (PHT eleva a absorção intestinal do ou paratormônio) é secretado pelas cálcio”, explica o Dr. Loures. glândulas paratireoides A vitamina D é na verdade e atua aumentando a um hormônio produzido na concentração de cálcio pele pela ação dos raios ulno sangue. travioleta. “Uma de suas inúmeras funções no metabolismo ósseo é aumentar a absorção intestinal de cálcio, o constituinte mais importante da parte mineral do osso”, explica a Dra. Cynthia.

PRINCIPAIS LOCAIS DE ACOMETIMENTO DAS FRATURAS OSTEOPORÓTICAS

Úmero Costelas

Vértebras – principalmente na transição da coluna torácica para lombar

Rádio distal (punho)

Fêmur proximal

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O PROBLEMA ATINGE CERCA DE DEZ MILHÕES DE BRASILEIROS, COM PREDOMÍNIO NO SEXO FEMININO. EMBORA ATINJA PREFERENCIALMENTE MULHERES, EM FUNÇÃO DA PERDA HORMONAL DA MENOPAUSA E PELO MENOR TAMANHO DO ESQUELETO, CERCA DE 20% DAS FRATURAS OSTEOPORÓTICAS OCORREM NOS HOMENS DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO A detecção da doença se dá pelo exame de densitometria óssea, que avalia a quantidade de massa óssea e está indicado para todas as mulheres com mais de 65 anos de idade e homens com mais de 70 anos de idade. “As mulheres, na perimenopausa, e os homens com mais de 50 anos de idade, mas que apresentem um fator de risco para a doença, também devem ser submetidos ao exame”, indica a Dra. Cynthia. Ainda segundo a médica, o tratamento envolve medidas medicamentosas e não medicamentosas, o que inclui alternativas fundamentais para reduzir o risco de fraturas, como, por exemplo, assegurar aporte nutricional adequado de cálcio, de preferência de fonte alimentar; ter uma dieta balanceada e sem excesso de sal, que pode provocar perda urinária de cálcio; manter níveis de vitamina D adequados, por meio de exposição solar ou de reposição; estimular a atividade física, de acordo com o condicionamento físico e a idade, com o objetivo de aumentar a força muscular, melhorar o equilíbrio e diminuir o risco de quedas; cessar o uso de tabaco e o excesso de álcool; e por fim, a correção da acuidade visual e controle do uso de sedativos que podem elevar o risco de quedas. “As opções farmacológicas incluem drogas antirreabsortivas, que diminuem a perda óssea, e a teriparatida, única medicação formadora de osso disponível no momento. Na classe dos antirreabsortivos ósseos, encontramos os bisfosfonatos de administração oral (alendronato, ibandronato, risedronato) e endovenosa (pamidronato e ácido zoledrônico) e, mais recentemente, o primeiro medicamento biológico para a osteoporose, o denosumabe, de administração subcutânea”, relata a médica.

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ANSIEDADE

Enfrentando o problema

EXPECTATIVA, PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA, INQUIETAÇÃO SÃO SINTOMAS QUE ATINGEM CERCA DE 20% DA POPULAÇÃO. O TRATAMENTO DEPENDE DO TIPO DE TRANSTORNO QUE A PESSOA APRESENTA

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POR VIVIAN LOURENÇO

Vida corrida e cheia de compromissos, crise política e econômica, preocupações com o trabalho, com a família, com o horário, com a saúde, com o futuro... são inúmeros os desafios que se apresentam diariamente na rotina das pessoas. E isso pode causar males à saúde que precisam de prevenção e tratamento para que não haja incapacitação. Um dos problemas mais frequentes é a ansiedade. De acordo com o médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas

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da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares, a ansiedade é um jeito de o cérebro funcionar de modo que prepare o indivíduo para lidar com situações novas/desconhecidas ou uma que ele espera muito que aconteça. “Não é uma doença, pois prepara o psiquismo e o corpo para enfrentar isso (luta) ou fugir dela caso esta não seja agradável (fuga).” Os transtornos de ansiedade, pelo contrário, são alterações na forma de funcionamento do cérebro IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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que fazem com que os mesmos sintomas da ansiedade fisiológica aconteçam, porém, de maneira intensa e fora de contexto, atrapalhando o indivíduo ao invés de ajudá-lo e, por isso, são tidos como um transtorno psiquiátrico. “A ansiedade fisiológica ajuda a pessoa a lutar e enfrentar um problema difícil. A ansiedade doença faz a pessoa sucumbir frente a um problema, que nem é tão difícil assim, em virtude do medo que o cérebro produz, exacerbando a situação e atrapalhando a pessoa de pensar e de conseguir enfrentá-la”, esclarece o Dr. Tavares.

COMO ELA SE MANIFESTA A ansiedade patológica é determinada pelo comprometimento da vida social do indivíduo. Em seu mais alto nível, é denominada Transtorno de Ansiedade Generalizada, caracterizado por preocupação ou ansiedade excessiva, com motivos injustificáveis ou desproporcionais, de duração maior que seis meses, e de caráter crônico e duradouro. Os avanços da neurociência vêm demonstrando que os vários transtornos mentais têm base no cérebro, decorrentes de alterações no funcionamento dos diversos sistemas de neurotransmissão, que ficam “desregulados”. Sendo assim, o médico psiquiatra, Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg (Alemanha) e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Prof. Dr. Mario Louzã, explica que, não se trata de “besteira”, “frescura” ou “fraqueza de caráter”. Esse tipo de preconceito só prejudica, pois os tratamentos são eficazes e, muitas vezes, a pessoa passa meses ou anos sofrendo pela dificuldade de assumir que tem um problema mental e reluta em procurar ajuda psiquiátrica. Os sintomas são diversos e podem ser mutáveis ao longo do tempo, havendo frequente alternância de humor, como destaca o diretor farmacêutico do Grupo Natulab, Olavo Rodrigues. Alguns dos sintomas da ansiedade podem ser emocionais, mentais e físicos. Os emocionais e mentais se resumem em dificuldade para relaxar, medo constante, sensação de sobrecarga, preocupação e tensão crônicas e exageradas, irritabilidade, dificuldade de concentração e frequentes esquecimentos.

FITOTERÁPICOS APROVADOS PELA CIÊNCIA 1- Melissa ou Melissa officinalis: também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente. Formas de consumo: chá. 2- Camomila ou Matricaria recutita: esse tipo de camomila tem efeito calmante. Formas de consumo: chás ou infusões. 3- Passiflora ou Passiflora incarnata: essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão. Formas de consumo: além de chás, seu princípio ativo entra na fórmula de alguns medicamentos. 4- Valeriana ou Valeriana officinalis: suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono. Formas de consumo: é usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo. Fonte: médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares

Entre os sintomas físicos, estão fadiga, tensão muscular, dor de cabeça, insônia, boca seca, sudorese excessiva, enjoo, dor abdominal ou diarreia, aumento da frequência urinária, tremores, coração acelerado, tonturas, respiração acelerada e palpitações.

PREJUÍZO NO DIA A DIA A ansiedade começa a fazer a pessoa se esquivar dos problemas, fugir das coisas que ela consegue ou evitar situações. Ela fica mais insegura, mais frágil e menos corajosa. Começa a limitar seus horizontes e a amplificar os problemas. “O que era para ser protetor, já que a ansiedade ou o medo fisiológico evitam o ser humano de se arriscar demais e se prejudicar, acaba se tornando um problema por2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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Medicamento natural contra o estresse, ansiedade e agitação.

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CINCO FATORES QUE INDICAM QUE UM INDIVÍDUO SOFRE DE ANSIEDADE 1. Pensamentos ansiosos (medo, preocupação e insegurança) que começam a aparecer, diferente do que a pessoa era, e se tornam intensos e contínuos a ponto de atrapalhar a vida da pessoa consideravelmente. 2. Sintomas ansiosos no corpo (palpitação, falta de ar, aperto no peito, etc.) que acontecem mesmo em situações tranquilas ou que não deveriam provocar tanta expectativa. 3. Dificuldade de se concentrar nas coisas porque os pensamentos de medo invadem a cabeça. 4. Dificuldade de relaxar, sentir que o corpo está dolorido devido à tensão constante. 5. Irritabilidade ou mau humor devido à dificuldade de relaxar pela presença constante dos pensamentos aversivos de medo e preocupação. Fonte: médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares

que impede a pessoa de enfrentar o mundo”, alerta o Dr. Tavares. Entende-se que a ansiedade pode gerar resultados positivos ou negativos. São considerados positivos os resultados que contribuem favoravelmente para o indivíduo. A ansiedade positiva move a pessoa na direção de atingir os objetivos. “Por exemplo, quando uma pessoa tem uma prova importante para realizar e sua ansiedade em relação ao bom resultado a impulsiona a se preparar adequadamente para vencer este desafio, claramente esta é uma ansiedade positiva. Já a ansiedade negativa ou patológica é aquela que paralisa, em que o indi86

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víduo não encontra uma forma de resolver o problema percebido, antecipado, gerando um desconforto contínuo e, por vezes, insegurança frente aos desafios diários”, explica a neurologista e conselheira para área médico-científica do Herbarium Laboratório Botânico, Dra. Jackeline Barbosa. É bom ressaltar, como destaca o Dr. Tavares, que a ansiedade fisiológica normal não evolui para doença ansiedade. São coisas diferentes. “Ansiedade fisiológica todo cérebro humano possui e é protetor para a espécie. Assim como todas as doenças em medicina e, em psiquiatria, não é diferente, não é o excesso de algo que faz a pessoa ficar doente. Isto é, não é o excesso de açúcar somente que faz a pessoa se tornar diabética, não é o excesso de ansiedade fisiológica que faz a pessoa ter transtorno de ansiedade. As doenças estão dentro de nós na forma de predisposição, isto é, cada um de nós carrega junto consigo uma ‘tendência’ genética para ter uma doença ou outra, como se fosse um ‘ponto fraco do sistema’, e diante de situações do meio que ‘forçam’ este sistema, é possível a doença aparecer. No caso do transtorno de ansiedade, o sistema é ativado e fica ligado, a partir daí, a pessoa vai ter sintomas de ansiedade ativados e constantes e esta produção dos sintomas não depende mais dela, mas de um cérebro que está funcionado nesse ‘modo’. Não adianta dizer para a pessoa: ‘se acalme’”.

SINTOMAS E GRUPO DE RISCO Num trabalho publicado em março de 2014, na revista Caderno de Saúde Pública, realizado por pesquisadores da Fiocruz, foi estudada a incidência de doenças mentais, com foco em ansiedade e depressão, nas grandes cidades brasileiras. “As taxas desse tipo de patologia no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre foram, respectivamente, 51,9%, 53,3%, 64,3% e 57,7%”, descreveu a Dra. Jackeline. “A análise também indicou que os problemas de saúde mental são especialmente altos em mulheres, desempregados, em pessoas com baixa escolaridade e com baixa renda.” “Os transtornos de ansiedade ocorrem, principalmente, em cérebros de mulheres, e não é porque a mulher é frágil ou mais medrosa que isto acontece, é apenas uma característica da biologia que faz com

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ESPECIAL SAÚDE

ANSIEDADE

OS SINTOMAS SÃO DIVERSOS E PODEM SER MUTÁVEIS AO LONGO DO TEMPO, HAVENDO FREQUENTE ALTERNÂNCIA DE HUMOR. ALGUNS DELES PODEM SER EMOCIONAIS, MENTAIS E FÍSICOS

que isto ocorra. E a faixa etária vai desde a infância até a idade adulta. Em idosos, o início da doença é mais raro”, completa o Dr. Tavares.

TERAPIAS NATURAIS O tratamento para ansiedade, de acordo com o Prof. Dr. Louzã, do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, depende do tipo de transtorno que a pessoa apresenta. De modo geral, são utilizados os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina. Por um tempo curto, podem ser utilizados também os ansiolíticos. Além da medicação, está indicada a psicoterapia para controle dos sintomas mais a longo prazo. Entre os diversos tratamentos para ansiedade, destacam-se os fitoterápicos, para combate a quadros de ansiedade leve a moderada e para tratamento da insônia. A passiflora (Passiflora incarnata) é um dos principais recursos fitoterápicos para ansiedade leve à moderada e irritabilidade, com um mecanismo de ação semelhante às drogas sintéticas mais potentes, como o diazepam e clonazepam, mas sem os riscos de dependência destas últimas, que são substâncias controladas. 88

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Quando se recomendam os fitoterápicos, é importante saber que as ervas diferem dos produtos utilizados na medicina chamada alopática, porque, em vez de conter apenas uma ou duas substâncias específicas, elas contêm um grupo de substâncias, denominado de complexo fitoterápico. Esse complexo pode ter quantidades diferentes das substâncias que o constituem, dependendo do terreno de origem, da forma de cultivo, da época do ano em que foi colhida, etc. Assim sendo, a mesma erva pode se comportar de maneira diferente no organismo humano, dependendo do teor dos seus constituintes. Para evitar que isso aconteça, foi desenvolvido o conceito de padronização do extrato da erva. “Essa padronização consiste em dosar o componente principal do extrato para garantir que os lotes produzidos tenham sempre o mesmo teor do componente eleito como mais importante”, explica a Dra. Jackeline. Já o medicamento homeopático não apresenta efeitos colaterais adversos, explica a diretora farmacêutica da Boiron Brasil, Maria Isabel de Almeida Prado. Ele está à disposição da população como mais uma opção dentro de um arsenal terapêutico.

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ORAL CARE

Desde os primórdios UMA HIGIENIZAÇÃO COMPLETA E EFICIENTE PASSA PELA ESCOVAÇÃO, FIO DENTAL E SOLUÇÃO DE BOCHECHO. CRIAR O HÁBITO DESDE A INFÂNCIA É PRIMORDIAL PARA EVITAR PROBLEMAS BUCAIS POR VIVIAN LOURENÇO 90

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A atenção à higiene bucal infantil deve iniciar-se mesmo antes de os primeiros dentes começarem a nascer. Incentivar o ato da escovação e não fazer da atividade um castigo garantem que as crianças tenham o saudável hábito de realizar a escovação sem sacrifícios. A prática deve ter início já no momento da amamentação. Pode-se remover os excessos de leite com uma gaze embebida em água filtrada. Assim que os primeiros dentinhos nascerem, deve-se começar o uso de escovas de dente apropriadas, que precisam ter cerdas macias. “Percebemos que as crianças que recebem desde cedo essa educação têm menos rejeição à visita ao dentista e pouca dificuldade para realizar o processo de limpeza dos dentes”, relata o pós-graduado em Odontologia Estética e Reabilitação Dental, Dr. Victor Rogerio. É fundamental que os pais prestem atenção desde sempre na higiene bucal dos filhos. “Ao nascerem os primeiros dentes, é importante orientar as crianças sobre a importância da escovação e de usar o fio dental, fazendo com que isso se torne um hábito”, recomenda o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em implantodontia, professor do curso de especialização em Implantodontia (Orthoplace) e sócio do Centro de Cirurgia Oral, Dr. Henrique Taniguchi. Segundo a Associação Brasileira de Odontopediatria, pode-se utilizar a pasta com flúor por se tratar de uma substância muito eficiente no combate à cárie. “No entanto, algumas correntes homeopáticas advertem que o flúor nesta fase pode ser prejudicial. Nesse caso, deve-se usar em mínima quantidade a fim de evitar que a criança venha a ingerir”, esclarece.

PRIMEIRO CONTATO COM A ESCOVA A partir do nascimento dos primeiros dentes, o cuidado com a escovação deve ser prioritário. O cirurgião-dentista e professor, mestre e doutor em odontologia da Uniban, Dr. Hugo Lewgoy, explica que, mesmo que as

MUITOS FABRICANTES ESPECIFICAM A FAIXA ETÁRIA A QUAL O PRODUTO SE DESTINA. ATÉ OS CINCO ANOS, HAVERÁ APENAS DENTES DE LEITE, DAÍ POR DIANTE, DENTIÇÃO MISTA, PORTANTO, O TAMANHO DA ESCOVA DEVE VARIAR CONFORME O TAMANHO DA BOCA crianças ainda não possuam coordenação necessária para a escovação, os pais devem deixá-las realizar a higiene oral por elas mesmas. “Com quatro ou cinco meses, as crianças podem segurar as escovas na boca, para se acostumar com o objeto. Esse processo pode se repetir até elas completarem um ano.” De acordo com o especialista, os primeiros dentes começam a aparecer a partir dos seis meses e, aos dois anos, a dentição de leite está completa. “As escovas precisam conter várias cerdas e devem ser ultramacias, pois a gengiva é delicada. A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sendo que a mais importante e cuidadosa deve ser antes do sono mais prolongado”, salienta o Dr. Lewgoy. A recomendação é reforçada pelo dentista da Odontobalance, Dr. Rogério Pavan. “Tão logo a criança comece a ter o mínimo de destreza, os pais devem incentivá-la a escovar seus próprios dentinhos, no entanto, devem escová-los novamente depois, desta forma, cria-se o hábito. Até os sete anos de idade, a criança irá deixar falhas no processo de escovação.” Os especialistas orientam a forma correta para que os pais ajudem o filho em sua higienização: o primeiro passo é limpar as superfícies internas dos dentes, depois a parte voltada para a bochecha e posterior na área de mastigação dos dentes, sempre com movimentos suaves para frente e para trás. As soluções de bochecho podem ser usadas por crianças acima de seis anos, desde que já saibam cuspir. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

ORAL CARE

TRAUMATISMOS DENTÁRIOS SÃO FREQUENTES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA As causas dos traumatismos são variadas e incluem choques contra superfícies duras, quedas de superfícies elevadas ou da própria altura e até colisões com outras crianças.

CARACTERÍSTICAS DA ACIDENTES MAIS CRIANÇA COMUNS

MEDIDAS PREVENTIVAS

0 a 6 meses

Depende totalmente dos adultos, porém já se movimenta para os lados e para frente. Além disso, consegue segurar pequenos objetos.

Os acidentes podem ser causados por terceiros, como queda do bebê conforto, quedas do colo e do trocador.

Berço e cercadinhos são lugares seguros para o bebê ficar a sós. Evitar que o bebê conforto fique em superfícies elevadas.

7 a 11 meses

Começa a engatinhar e apresenta atividade motora mais ativa. Já consegue ficar sentada e dá os primeiros passos. É nessa fase que os primeiros dentes aparecem, o que faz com que leve objetos à boca.

Aumento da possibilidade de quedas. O hábito de levar objetos à boca também pode elevar o risco de traumatismo dos dentes.

Evitar brinquedos com pontas ou arestas que possam machucar a boca ou quebrar os dentes.

1 ano

Consegue andar com mais facilidade. A habilidade motora fica mais firme, mas ainda em desenvolvimento.

Está mais suscetível a quedas da própria altura e choques com objetos fixos.

O uso de andador deve ser evitado, pois além de comprometer o desenvolvimento saudável, pode causar quedas.

2 anos

A locomoção aumenta, podendo subir e descer escadas, abrir gavetas, chutar bola e buscar objetos com as mãos.

Ainda está suscetível a acidentes de quedas, especialmente em escadas, móveis perto de janelas e objetos que estejam ao alcance.

O uso de portões de segurança em escadas é sugerido. Móveis com pontas arredondadas também são indicados.

3 a 4 anos

O mundo social cresce e a atividade motora também. Fase em que corre, pula e salta.

Os acidentes por queda e colisões aumentam em virtude de brincadeiras e jogos com outras crianças.

Observar se os cordões dos sapatos estão atados. É indicado, ainda, o uso de piso antiderrapante.

5 a 9 anos

Fica mais independente dos adultos. Apresenta muito mais energia para correr e escalar os lugares.

O contato físico fica mais intenso. É nessa fase que, geralmente, as crianças iniciam a prática esportiva. Ainda começam a andar de bicicleta, patins, skate, o que favorece quedas mais perigosas.

Usar roupas adequadas e protetores, como cotoveleiras, joelheiras, capacetes, auxiliam em evitar machucados mais sérios.

10 a 12 anos

Nessa fase, as crianças estão fora de casa grande parte do tempo. As atividades físicas ficam mais intensas.

A partir dessa idade, o maior risco de traumatismo dentário está na prática de esportes e brincadeiras agressivas.

Orientar a criança a não empurrar ou assustar colegas que estiverem com objetos de qualquer natureza próximos à boca, como instrumentos de sopro, garrafas e até bebedouros.

FAIXA ETÁRIA

Fonte: Cruz, Eliane Raye Valim e Campos, Vera. Primeiros socorros para os seus filhos: traumatismo dentário: manual prático para pais, professores, técnicos e responsáveis/São Paulo: Santos, 2011

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SENSIBILIDADE DENTAL A sensibilidade dental é causada pela exposição gradual da parte mais macia do dente que está abaixo do esmalte dental, chamada “dentina”. A dentina possui pequenos canais “túbulos” que contêm terminações nervosas e são preenchidos por fluidos. Comer ou beber alimentos que são quentes, frios ou doces pode fazer com que esse fluido se movimente. O movimento desse fluido faz com que as terminações nervosas reajam, desencadeando uma pontada desconfortável ou uma dor curta e aguda. As causas do problema podem ser: • Escovação com força excessiva: hábitos de higiene oral, como escovação com muita frequência, muito agressiva ou com uma escova de cerdas duras, podem eventualmente desgastar o esmalte dos dentes. Esses hábitos também podem causar a retração das gengivas, causando maior exposição da dentina. • Doença da gengiva (gengivite): quando o tecido da gengiva fica inflamado e sensível em decorrência de gengivite, pode haver sensibilidade na gengiva e nos dentes devido à exposição adicional da dentina na superfície da raiz. • Ranger dos dentes: ranger os dentes quando dorme, ou apertá-los ao longo do dia, pode desgastar o esmalte e expor a camada de dentina. • Retração gengival: causada por condições como doença periodontal, pode expor a dentina do dente e causar sensibilidade. A escovação muito agressiva ou frequente também pode causar a retração das gengivas. Para controlar o problema, existem cremes dentais específicos para a sensibilidade. Fonte: Sensodyne

A pasta dental para crianças deve ter sabor agradável a fim de estimular o uso. Uma vez que o hábito de escovar os dentes se torne algo prazeroso, pequenas correções na técnica farão com que as pessoas tenham dentes “branquinhos” e saudáveis. “No que diz respeito às escovas, é preciso cuidado. Muitos fabricantes especificam nas embalagens a faixa etária a qual o produto se destina. Até os cinco anos, em média, haverá apenas dentes de leite, daí por diante, dentição mista, portanto, o tamanho da escova deve variar conforme o tamanho da boca”, salienta o Dr. Pavan.

PROBLEMAS DA FALTA DE HIGIENE ORAL Nem sempre as pessoas dão a devida atenção aos sinais que a boca e os dentes enviam para o resto do corpo. “De forma geral, há uma série de problemas de saúde que tem foco inicial na cavidade oral, como endocardite infecciosa, dor de cabeça crônica e até pneumonia”, explica o Dr. Rogerio. Qualquer lesão na gengiva pode servir de porta de entrada para as bactérias presentes na placa dental invadirem o corpo pela corrente sanguínea, favorecendo doenças infecciosas. A má higiene bucal, além de facilitar o aparecimento de cáries e doenças gengivais, provoca mau hálito. “A maior e mais popular doença da boca nesta idade é a cárie dentária. Trata-se de um processo infeccioso”, relata o Dr. Pavan.

HÁBITO SAUDÁVEL De acordo com os especialistas, o incentivo dos pais na hora da escovação é fundamental para uma higiene bucal eficiente. “Mesmo sem a necessidade, até o uso do fio dental e da escova interdental deve ser incentivado; o risco de cárie diminui muito durante a vida”, explica o Dr. Lewgoy. Outro ato que pode ajudar é deixar a criança escolher a sua escova de dente, isto a incentivará a ter uma boa higiene bucal. “Também é importante adotar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido, por produzirem os ácidos da placa que causam cáries, finaliza o Dr. Taniguchi. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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CUIDADOS

Sorriso seguro O MERCADO DE FIXADORES DE DENTADURAS NÃO PARA DE CRESCER. OFERECER OPÇÕES DE PRODUTOS, MARCAS RECONHECIDAS E QUALIDADE NO ATENDIMENTO, É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DAS VENDAS

P

POR TASSIA ROCHA

Para os consumidores que, por algum motivo, perderam os dentes, o uso da dentadura é uma ótima opção. Porém, antes de conseguir chegar à plena adaptação, algumas pessoas passam por dificuldades. O uso de prótese dentária não é bem-visto por boa parte da população. As pessoas sentem vergonha. O constrangimento começa durante as relações sociais, pois, muitas vezes, a prótese não se encaixa perfeitamente na gengiva, causando, assim, desconforto ao falar. Mas a indústria dessa categoria vem se desenvolvendo cada vez mais, oferecendo produtos de qualidade que promovem segurança e bem-estar aos usuários. É possível encontrar soluções em cremes, películas, pós e fitas adesivas. As diversas opções garantem uma aceitação de um maior número de usuários de próteses. O ponto de venda (PDV) precisa estar preparado com todos os itens.

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Farmacêuticos e balconistas devem estar cientes de que quando o consumidor começa a utilizar uma prótese dentária, ele passa por uma série de adaptações, da sua gengiva, língua e dos músculos faciais, além de como se alimentar e falar com a prótese, por isso, a necessidade de se indicar o uso dos fixadores. “Muitos usuários de dentadura reclamam que os alimentos, muitas vezes, ficam retidos entre a dentadura e a gengiva, o que é desconfortável, causando dor e preocupações, como o mau hálito. O uso de fixadores auxilia a bloquear partículas de alimentos e ajuda o consumidor a ter uma vida mais confortável e segura ao comer”, afirma a gerente de produto da marca Corega, Adriana Adri. O fixador também melhora o conforto no uso da dentadura e pode fornecer fixação por até 12 horas, dando maior segurança em situações sociais. Existem também limpadores específicos para a manutenção. As dentaduras são mais macias do que os dentes IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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CUIDADOS

TOP 3 – MAIS VENDIDOS ULTRA COREGA GSK CONSUMO

e escová-las com creme dental pode arranhá-las. O consumidor não consegue ver os arranhões microscópicos, mas eles criam condições ideais para o crescimento de bactérias que podem causar irritações ou mau hálito. Segundo Adriana, hoje, no Brasil, existem mais de 38 milhões de usuários de prótese dentária (dentadura), que podem ser totais ou parciais. Ela acrescenta ainda que a maior concentração é de pessoas acima de 45 anos de idade. A categoria de fixadores é bastante rentável, uma vez que todos os usuários de prótese utilizam, ou vão precisar usar, o produto; oferecer variedade e preços compatíveis, fideliza clientes. O seguimento apresentou um crescimento de 9% no mercado (Preço Consumidor – julho 2015 a junho 2016 vs. julho 2014 a junho 2015, de acordo com o IMS Health). É importante ressaltar que o desenvolvimento da categoria depende muito do estímulo dos varejistas, e um fator essencial é que ela esteja visível na loja e que o shopper possa interagir e realizar a compra sem dificuldades ou barreiras. De acordo com Adriana, a categoria movimenta em torno de 719* milhões de unidades e R$ 10,5* milhões ao mês. Saber identificar o local exato para expor esses produtos é fundamental para garantir as vendas. “A exposição dos produtos do segmento de fixadores de dentadura costuma estar associada aos de cuidados bucais. Dessa forma, encontram-se próximos aos cremes, escovas dentais e enxaguantes bucais”, explica o gerente de Algasiv, Mauricio Zotarelli.

COMO USAR O fixador de dentadura, quando utilizado pela primeira vez, deve ser aplicado em uma pequena quantidade, colocando mais se necessário. O excesso de adesivo pode causar transbordamento, neste caso, recomende ao consumidor aplicar menos da próxima vez. Podem ser necessárias algumas tentativas para ajustar a quantidade adequada de adesivo à prótese. “O consumidor deve aplicar uma vez ao dia para garantir adesão. Se for preciso, aplicar mais de uma vez ao dia e procurar orientação do dentista. Além disso, próteses mal adaptadas podem ser prejudiciais à saúde. A ingestão de pequenas quantidades do produto, se usado conforme o recomendado, pode ocorrer, mas não apresenta riscos”, afirma Adriana. Ela recomenda que o consumidor lave e seque a prótese dental, depois aplique o fixador não muito perto das bordas, enxague e coloque corretamente na boca. Feito isso, 100

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COREGA GSK CONSUMO

FIXODENT PROCTER & GAMBLE

Ranking com base em Preço Consumidor – julho 2015 a junho 2016. Fonte: IMS Health

USO ADEQUADO Alguns erros podem acontecer durante o uso dos fixadores. Oriente o consumidor de forma simples sobre o que é, ou não, permitido durante a aplicação: • Não utilizar o produto mais de uma vez ao dia. • Não usar uma quantidade grande da primeira vez. Pode levar algum tempo até encontrar a quantidade apropriada para o consumidor. • Não utilizar o produto em excesso para dentaduras mal ajustadas. Não há nenhum benefício na fixação ao aplicar mais produto que o indicado. • Encostar o bico da bisnaga sobre uma dentadura molhada pode entupir a saída. Manter o bico da bisnaga seco e fechar para evitar entupimentos. • Para ajudar na limpeza das gengivas, utilizar uma escova de dente macia e água morna. • Consultar o dentista regularmente para garantir o formato adequado das dentaduras. Fonte: gerente de categoria P&G, Luis Daniel Aguirre

informe ao cliente para que pressione firmemente e morda por alguns segundos. Já para remover a prótese, Adriana informa que o usuário faça um bochecho com água e remova o produto lentamente, movimentando para frente e para trás. Depois, remover os resíduos do produto da prótese e da boca com auxílio de água morna e uma escova macia. *Fonte: Média IMS TRI julho/16

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Cuidados com a

pele no verão COM A CHEGADA DOS DIAS MAIS QUENTES E DA TEMPORADA DE FÉRIAS, A POPULAÇÃO APROVEITA PARA CURTIR MOMENTOS DE LAZER AO SOL. PREPARE SEU ESTOQUE E OFEREÇA PRODUTOS QUE GARANTAM PROTEÇÃO

O

POR LÍGIA FAVORETTO, TASSIA ROCHA E VIVIAN LOURENÇO

O término do inverno e a chegada da primavera são determinantes para as compras da próxima estação. Ao trabalhar com a sazonalidade que o verão propicia, o varejo farmacêutico pode e deve se adequar à nova demanda. Para começar, ter um planejamento bem definido é fundamental. O primeiro aspecto que deve ser levado em consideração é analisar onde a loja está inserida e qual o público-alvo a ser atendido.

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De acordo com o superintendente da Associação ECR Brasil, Claudio Czapski, os varejistas devem avaliar o que muda para o negócio no verão. “O segundo ponto é ter em mente qual o perfil do público. Regular, fiel ou variável? Mais idosos, mais jovens e qual o relacionamento que os clientes têm com o hábito de consumo nesta estação.” A partir daí, o executivo diz que é possível definir o que será mudado no sortimento, se vão existir campanhas ou se vai ser mantido o que está em linha e comprar o que tem mais saída. “Cada cateIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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Alavanque suas vendas com esta promoção incrível para seus clientes.

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goria deve ser pensada individualmente, bem como os correlatos da ocasião de consumo, responsáveis por alavancar as vendas.” O coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Nuno Fouto, afirma que o planejamento precisa sempre ser feito na estação anterior. “No verão, a sazonalidade é alta, deve-se pensar mais em Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) e menos em medicamento.” Ele complementa dizendo que um planejamento geral pode ser feito no início do ano e outro mais detalhado no fim do primeiro semestre. “É importante montar como e quais serão os pedidos.” A partir do histórico de vendas do ano anterior, as lojas conseguem obter o fator de sazonalidade. Fouto lembra que pode existir variabilidade das vendas, para mais ou para menos. “Esse ajuste precisa ser feito agora, para que tudo seja acertado com os fornecedores.” Um aspecto que deve ser levado em consideração são as sazonalidades específicas de cada segmento, pois elas determinam o calendário promocional do negócio e definem momentos específicos para a revisão do mix de categorias e produtos. Os itens de maior demanda são os destinados aos cuidados e à proteção da pele, já que esta tende a ficar mais exposta. O nível de inovação é muito grande no setor. Para adequar o mix , é preciso identificar os produtos que são específicos, os que garantem rentabilidade e os que são iguais, com uma nova roupagem. É importante dispor de opções por faixas de preços, sobretudo para atender a todas as classes consumidoras. Uma alternativa, que garante bons resultados e gera economia para o negócio, é adquirir os lançamentos em quantidade experimental, com boas condições de reposição.

PROTEÇÃO SOLAR Mês de férias, época de altas temperaturas e muita exposição solar, afinal, praia e mar são destinos certos. Mas no meio de tanta agitação, muitas vezes, as pessoas se esquecem do mais importante durante os dias mais quentes: a proteção solar. É exatamente nesta época do ano que os consumidores querem aproveitar o sol ao máximo para conquistar o tom de pele dourado e perfeito. Mas 104

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não se pode esquecer de que é importante recomendar moderação e cautela. A única forma de prevenção é fazer uso do bloqueador solar, e cada tom de pele exige um fator de proteção específico. Os dermatologistas alertam para a importância do uso constante, principalmente nas áreas mais expostas, como, por exemplo, o rosto.

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VODOL® (nitrato de miconazol) Indicado no tratamento de Tinea pedis (pé de atleta), Tinea cruris (micose na região da virilha), Tinea corporis e onicomicoses (micose nas unhas) causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea (micose de pele), Tinea versicolor e cromotose. MS–1.0497.1155 / 1.0497.1357. Ref. 1. Bula do produto. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - Ago/2016.

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As vendas dos produtos dessa categoria têm aumento significativo durante o verão, porém, ela ainda possui uma baixa penetração, comparada a outras categorias de HPC. Segundo a gerente de shopper & gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes, é fundamental garantir, no sortimento e na exposição, a gama completa de Fatores de Proteção Solar (FPS) disponível. Em muitos casos, o ponto de venda (PDV) é onde o shopper conhece as novidades da categoria. Presença e visibilidade de novos produtos são essenciais para agregar valor à gôndola de proteção solar.

PÓS-SOL Quando o consumidor exagera na exposição solar, o que indicar para amenizar o problema? O excesso de sol sem proteção solar a curto prazo pode causar queimaduras, bolhas, manchas e agravamento em quadros de acne. A longo prazo, além do envelhecimento precoce, podem surgir problemas mais graves, como câncer de pele. Se houver queimadura, produtos específicos, como, por exemplo, cremes pós-sol com aloe vera, podem ser utilizados. Esses itens contêm substâncias calmantes e formulação mais leve, em gel ou loção. Os produtos pós-sol apresentam fórmula suave e rápida absorção para hidratar e proporcionar alívio.

REPELENTES Além de livrar a população do incômodo das picadas, o repelente também virou arma contra a dengue, doença que cresce no País a cada ano. E a categoria tem a sua venda aumentada a partir do início da elevação das temperaturas, já que é nesta fase que a aparição dos insetos fica mais evidente e incômoda. No mercado brasileiro, a gerente de produto do Grupo Cimed, Priscilla Florêncio, destaca que os repelentes são comercializados em diversas versões, tais como: loção, spray e aerossol. E há três diferen106

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tes tipos de princípios ativos: icaridina, DEET (abreviatura de N,N-dietil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) e IR3535. Ela explica que a icaridina possui ação de longa duração no combate aos insetos, quando encontrada na proporção entre 20% e 25%. Nessas concentrações, o produto protege as pessoas por até dez horas. O DEET é o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Os repelentes com DEET protegem por até quatro horas, em média. E sua concentração varia entre 5% e 15%. O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses, alerta. Todos os outros só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, é indicado para tão pouca idade. O tempo de proteção é de até quatro horas. A Reckitt Benckiser (RB) apresenta as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) que foram desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor.

DEPILATÓRIOS A busca das mulheres por uma pele macia e sem pelos tem sido uma constante. O simples ato de removê-los faz com que a consumidora se sinta muito mais feminina. Por isso, a depilação acaba sendo uma prática comum e fundamental na rotina de beleza. “Ainda mais agora com a proximidade do verão, época de maior exposição do corpo”, enaltece a marca Gillette Venus, da P&G. Com tantas opções disponíveis no mercado, a consumidora acaba por ter as suas preferências quando o assunto é a depilação. São vários os métodos disponíveis: cera

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MIX fria, cera quente, creme depilatório normal e até mesmo o que pode ser usado durante o banho, além das lâminas descartáveis. Com qualquer um desses métodos, a mulher consegue autonomia, liberdade e privacidade, estando no controle de sua própria beleza. Segundo dados da BIC, apenas 10% do público feminino opta por arrancar os pelos com cera, as demais usam a lâmina (31%) ou uma combinação de técnicas, dependendo do local a ser depilado (58%). A preferência das mulheres se dá por uma série de fatores: a depilação por lâmina é mais barata, indolor, rápida, prática e pode ser realizada em qualquer lugar. A vantagem dos cremes depilatórios em relação às lâminas, segundo informa a DepiRoll, é que, além de ser um processo indolor, o crescimento do pelo acontecerá a partir de sete dias após a depilação. Já com as lâminas, o processo deve ser repetido a partir de dois dias.

ÓLEOS E HIDRATANTES No verão, a pele pode ficar mais fragilizada devido à exposição excessiva ao sol. O uso constante de hidratantes previne e combate a desidratação da tez e ajuda, ainda, em casos de queimaduras. Seja qual for o tipo de pele da consumidora, seca, mista ou oleosa, é importante reforçar o uso de óleos corporais e hidratantes durante essa época do ano. Os hidratantes são uma mistura de agentes especialmente desenvolvidos para fazer com que a epiderme (camada externa da pele) fique mais macia e flexível ao elevar sua hidratação. “Além de aumentar ou restaurar os níveis normais de hidratação da pele, esses produtos podem ter outros efeitos adicionais, como a construção de uma barreira contra a perda de líquidos pela epiderme, a reparação da pele seca ou escamosa e a retardação do envelhecimento”, ensina a coordenadora de marketing e comitê de produtos da Memphis, Vanessa Soares. Cada pessoa necessita de um produto que se adapte ao tipo de pele. Para as mais secas, é recomendado o uso de hidratantes com formulações ricas em óleos, manteigas e ceras, pois possuem matérias-primas oclusivas (que bloqueiam a saída de água da pele) e emolientes (que têm a capacidade de amaciar a pele). Para pele normal à oleosa, é recomendado o uso de hidratantes com formulações compostas por ingredientes menos oclusivos para uma manutenção da vitalidade. Com a pele hidratada, o consumidor consegue manter a barreira cutânea íntegra, o que auxilia no impedimento da descamação e aparecimento de áreas esbranquiçadas na pele. 108

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A AÇÃO É MUITAS VEZES CONFUNDIDA COM UMA BRONCA. O QUE EMPRESA E FUNCIONÁRIO PRECISAM TER EM MENTE É QUE ESTA FERRAMENTA VISA À MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS

EDINHO BARBOSA Consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, coach e proprietário de farmácia 11 0

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Existe grande queixa por parte da equipe da farmácia em não receber do líder informações a respeito do desempenho do colaborador. Muitos trabalham sem saber onde, por que e como podem melhorar e entregar mais para a empresa. Na farmácia, a equipe solicita orientação, direcionamento e tudo isto pode ser resumido em uma palavra: feedback. Culturalmente, temos dificuldade para entregar esse presente aos funcionários que é o feedback, por confundi-lo com uma bronca, no entanto, ele é muito mais que isto, feedback é: • Mostrar o que o colaborador deve fazer; • Como deve fazer; • Por que deve fazer; • Quais os ganhos em fazer; • Quais as perdas por não fazer. O que fazer na hora de gerar e dar um feedback positivo? Faça abertamente, isto é, na frente de quem quer que seja. Fatos positivos são sempre bem-vindos, e lembre-se de captar a atenção do seu liderado para que não passe despercebido. Para captar a atenção do seu liderado, chame-o pelo nome e quando ele direcionar o olhar para você, fale! O que fazer na hora de gerar e anunciar um feedback “negativo”?

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2016

• Baseie-se em fatos e dados (fatos são neutros); • O feedback é em cima de um comportamento e não da pessoa; • Nunca dar o feedback na frente de outras pessoas; • Chame a pessoa em particular e fale o que precisa ser mudado ou melhorado; • Fale para ela qual é ou quais são as perdas se continuar com atitude ou comportamento tidos como errados. FEEDBACK SANDUÍCHE Chame a pessoa, comece falando sobre algo de bom que ela tenha, faça-a se sentir bem em ouvir isto; em seguida, fale do comportamento “negativo” e, brevemente, explique as perdas que podem ocorrer com isto; e, imediatamente, fale alguma qualidade ou ponto positivo que a pessoa tenha ou faça. DICAS RÁPIDAS • Mantenha sempre o time informado. • Procure dar o direcionamento com indicadores de performance, isto é, deixe sempre bem claro o que está buscando com o time. • Avalie constantemente os resultados que estão sendo colhidos para não deixar um problema, que às vezes pode ser pequeno, se tornar grande. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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Explorando a vaidade CATEGORIA DE CABELOS CONSTITUI UMA FORMA CONCRETA DE FATURAMENTO PARA AS FARMÁCIAS QUE SABEM EXPLORAR UM BOM AMBIENTE DE COMPRAS, ALIADO A OFERTAS ATRATIVAS, CONSULTORIA E OPORTUNIDADES DE EXPERIMENTAÇÃO AOS SHOPPERS 11 2

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2016

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A relação das brasileiras com os cabelos é algo que merece atenção no Brasil. Seja entre mulheres jovens ou maduras, é fato que todas elas dedicam uma boa parte do tempo ao cuidado com os fios, que acompanham seu estado de espírito ou as tendências da estação. E diante de tantas transformações, que passam por novas cores ou processos químicos (alisamentos, permanentes...) ou físicos (escovas, chapinhas...), é fato que, gradativamente, as IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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LOJA PERFEITA

COMO SÃO PRODUTOS QUE AS MULHERES NÃO DEIXAM ACABAR E POR TEREM EM MENTE QUE NÃO PERDEM A DATA DE VALIDADE TÃO FACILMENTE, AS PROMOÇÕES COSTUMAM SER MUITO BEM-VINDAS E SURTEM ÓTIMOS RESULTADOS PARA AS VENDAS

mulheres desejam novas formas de cuidados com os cabelos, para que eles suportem, com saúde, todas as modificações sonhadas. Frente a esse cenário, é fato que a categoria de hair care se fortalece no País e, somente os xampus, já atingem 90% de penetração nos lares. As farmácias podem acompanhar esse desempenho, principalmente entre aquelas que oferecem um mix diferenciado e especializado. Esses produtos são capazes de gerar fluxo na loja e o shopper (80% mulheres, que são responsáveis pelas suas compras particulares e da família) considera o canal farma como um ambiente prazeroso, no qual podem encontrar produtos direcionados às mais diversas necessidades. Com a categoria de hair care, o shopper (55% de mulheres com faixa etária entre 30 e 49 anos de idade) está sempre aberto à experimentação. Aliás, aquele mito de que ‘os cabelos acostumam com o xampu e é preciso trocá-lo sempre’ é algo que ainda faz parte das suas crenças e, por isso, os produtos para cabelos tendem a ter pouca fidelidade. No ponto de venda (PDV), de modo geral, elas gostam de fazer suas compras sem pressa: querem conhecer as novidades, se encantam pelas embalagens bonitas, abrem o produto para sentir o perfume, leem rótulos e esperam, com sua compra,

dar uma melhor aparência para o cabelo. Assim, no PDV, pode ser explorado um ambiente organizado e atraente, a fim de que se aumente o tempo de interação com os produtos. Aliás, nas farmácias, explorar a ambientação da loja é fundamental, já que é algo que pode trazer uma vantagem competitiva e as tornam diferentes de supermercados, por exemplo. Então, sempre que possível, as gôndolas dedicadas a hair care devem explorar o glamour, trazendo uma iluminação diferenciada e estimulando a ideia de espaço individualizado. O espaço pode, ainda, oferecer consultoras para esclarecer as dúvidas do consumidor, serviço

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LOJA PERFEITA

considerado uma das principais alavancas de vendas nas categorias de beleza como um todo. Em relação às marcas, é importante que cada PDV observe o seu posicionamento para entregar o melhor sortimento. Mas, de qualquer forma, independentemente das características da loja, é recomendável que se tenha as principais marcas do mercado, separadas por performance (para que deem a impressão de um estabelecimento completo e supram as necessidades das mulheres que, diante da crise, abandonaram os salões de beleza para fazer seus tratamentos em casa); intermediárias (que podem constituir a maior gama de produtos); e de preço (que também podem ter uma boa variedade, caso a loja tenha como foco os públicos das classes D e E). Também recomenda-se ter menos marcas e, em cada uma delas, oferecer uma maior profundidade (linhas completas), do que ter um grande número delas, mas com poucas opções.

LINHAS COMPLETAS No momento de distribuir os produtos no PDV, a primeira divisão deve se dar por segmentos, separando os produtos específicos (anticaspas, que iniciam o fluxo), seguidos pelos de maior performance, intermediários e básicos, nesta ordem. Depois, os produtos são separados por marca e, dentro de cada uma delas, indica-se expor as subcategorias na seguinte sequência: cremes, condicionadores e xampus. Vale lembrar que os xampus, como geradores de tráfego, devem estar sempre no final do fluxo de cada marca. Seguindo o mesmo raciocínio, cremes para pentear e de tratamento são subcategorias de maior valor agregado e geradoras de lucro. Portanto, precisam iniciar o fluxo. Também é importante reforçar a importância de disponibilizar, na hora da exposição, os combos com as linhas completas. Afinal, as mulheres também acreditam no fato de que, se usarem xampu e condicionador da mesma linha, podem ter resultados melhores. Pesquisas indicam, inclusive, que 93% das mulheres costumam comprar o condicionador da mesma marca que o xampu. Assim, é recomendado que esses produtos estejam sempre juntos no PDV e, se possível, vale explorar outros itens da mesma família no espaço, como cremes de tratamento, para pentear e finalizadores. 11 6

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PENETRAÇÃO DE HAIR CARE NO LARES DO PAÍS Xampu:

90%

74% Creme para pentear: 57% Creme para Tratamento: 47% Condicionador:

É igualmente recomendável que os produtos de hair care sejam expostos próximos a outras categorias femininas, como absorventes, sabonetes, itens de cutelaria e acessórios para os cabelos, estimulando as vendas de artigos adicionais e fora da lista.

ESTIMULANDO A CONVERSÃO Como são produtos que as mulheres não deixam acabar e por terem em mente que não perdem a data de validade tão facilmente, as promoções costumam ser muito bem-vindas (especialmente neste cenário de crise) e surtem ótimos resultados para as vendas. Entre elas, podem-se oferecer: kits com xampus e condicionadores por um preço menor que o valor individual de cada produto; promoções como ‘Leve 2, Pague 1’ ou oferta de itens relacionados, como sabonetes ou desodorantes (inclusive, esse tipo de ação permite o contato com produtos novos, estimulando compras posteriores); descontos (tamanho maior do produto com abatimento em dinheiro); embalagens reutilizáveis; e promoções de preço em tabloides, que podem ser recebidos em casa e motivam a ida ao PDV. Especialmente entre lançamentos, também podem ser exploradas as ações de sampling, que são as amostras grátis de produtos, em miniembalagens, que estimulam a experimentação, sem a necessidade de desembolso imediato.

Conteúdo customizado, produzido pela diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Texto de Kathlen Ramos.

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SEMPRE EM DIA

Tecnologias inovadoras A INDÚSTRIA DA BELEZA APOSTA EM FORMULAÇÕES ÚNICAS E EXCLUSIVAS PARA AS NECESSIDADES DAS BRASILEIRAS. O OBJETIVO É QUE ELAS ESTEJAM COM A APARÊNCIA IMPECÁVEL AO LONGO DO DIA POR LÍGIA FAVORETTO E TASSIA ROCHA

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Com a rotina frenética das mulheres, é quase impossível não chegar ao fim do dia com os sinais da idade e do cansaço mais visíveis e a pele mais oleosa. Pensando nisso, Vichy traz para o Brasil Idéalia Dayproof, que combate tudo isso, com controle do brilho e efeito refrescante. O produto age na redução de rugas finas, na melhora de textura e de luminosidade da pele, enquanto controla o brilho. Sua eficácia anti-idade está na presença do kombucha, ativo natural derivado do chá preto fermentado, que possui propriedades antioxidantes, com ação completa na qualidade da pele, além da tecnologia Aquakeep. ■■www.vichy.com.br 11 8

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USO DIÁRIO

Os produtos da linha SUNDOWN® Todo Dia oferecem proteção imediata contra os raios ultravioleta (UVA e UVB) e tecnologia fotoestável, que proporciona o mesmo nível de proteção durante todo o tempo de exposição ao sol. Estão disponíveis nas versões com Fator de Proteção Solar (FPS) 30 e FPS 60 em bisnaga e nos tamanhos 130 mL e 220 mL. A nova linha de produtos possui fórmula desenvolvida especialmente para o uso diário de toda a família, incluindo crianças. Com textura mais leve e fragrância suave, é ideal para ser aplicada no rosto e no corpo. ■■www.jnjbrasil.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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CUIDADO FEMININO

LINHA INTERATIVA

Para tornar a hora do banho e da higiene infantil mais gostosa e divertida, a Condor lança a nova linha de produtos exclusiva do Snoopy, personagem que faz sucesso entre crianças e adultos há muitos anos. Entre as novidades, estão a escova para cabelo e o pente para meninos e meninas, esponja para banho e escova e creme dental.

Assim como mãos, pernas e rosto possuem características diferentes e pedem cuidados específicos, a região íntima também merece uma atenção especial. Pensando no bem-estar da área íntima feminina, a NIVEA lança o sabonete líquido íntimo Fresh Comfort. Sua fórmula com ácido lático, que ajuda a manter o pH natural da região, e extrato de aloe vera, limpa e oferece proteção e sensação de frescor. ■■www.nivea.com.br

■■www.condor.ind.br

SÉRUM REVOLUCIONADOR

A Família Probentol cresceu. A Cifarma lança um novo produto: Probentol Sérum, um reconstrutor de fios específico para cabelos pós-tintura e pós-química. Probentol Sérum associa o poder hidratante do dexpantenol com a ação da tecnologia Masxyl Complex, promovendo a reconstrução dos fios e selando as cutículas. Probentol Sérum diminui o volume dos cabelos, tem ação anti frizz, facilita o pentear, evidência e mantém o brilho, hidrata, dá maciez, realça a cor e facilita a modelagem dos fios. Probentol Sérum é ideal para manter a cor, o brilho e a maciez dos cabelos tingidos e quimicamente tratados. Probentol é apresentado em frasco spray de 50 mL.

CORES METALIZADAS

A Vult desenvolveu a coleção de batons LET’S ROCK! São 16 cores que destacam com ousadia e atitude o volume dos lábios. Possui fórmula cremosa e acetinada enriquecida com partículas luminosas. Sua textura macia e de fácil aplicação proporciona cobertura uniforme, excelente fixação e, principalmente, conforto aos lábios. ■■www.vult.com.br

■■www.probentol.com.br 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SEMPRE EM DIA

PROTEÇÃO CONTRA MANCHAS A nova linha de antitranspirantes Rexona Invisible combina a tecnologia Motionsense, que é ativada pelo movimento e libera partículas de extraproteção, com uma formulação inovadora no combate às manchas. Os produtos foram especialmente desenvolvidos com ingredientes que minimizam os resíduos, evitando assim o aparecimento de marcas brancas nas roupas e a formação de manchas amarelas sobre os tecidos. Essa combinação é única no mercado brasileiro. ■■www.rexona.com.br

PARA TODA A FAMÍLIA

Sorriso, a marca de higiene bucal da Colgate-Palmolive, apresenta a novidade Sorriso Fort Protect, composta por creme e escova dental que possui um sistema antiplaca + branqueamento para dentes fortes e ainda mais brancos. O novo creme dental possui proteção contra a formação da placa e remove manchas, polindo os dentes para um sorriso mais branco e protegido. Já a escova possui cerdas multiniveladas, que permitem limpeza total dos dentes, e um cabo emborrachado para maior conforto no momento da escovação. ■■www.colgate.com.br

INOVAÇÃO PARA PELES OLEOSAS TRATAMENTO DOS CABELOS LOUROS A Niely acaba de desenvolver uma linha exclusiva para as necessidades específicas de mulheres e homens que possuem cabelos louros. O Shampoo Matizador e a Máscara Matizadora fazem parte da recém-lançada linha Niely Gold Louro Absoluto e promovem a manutenção dos fios louros, platinados, descoloridos ou com mechas, oferecendo resultado imediato com qualidade de salão. A novidade visa democratizar o uso do matizador, oferecendo uma opção com qualidade e preço acessível. ■■www.fiquediva.com.br 120

Tendência nos Estados Unidos e na Ásia, as máscara faciais chegaram para ficar no Brasil. Mas unir ativos consagrados na dermatologia para tratar a pele oleosa não é uma tarefa fácil. SkinCeuticals aceitou o desafio e apresenta Clarifying Clay Masque, uma máscara de argila dermatológica multifuncional que remove as impurezas e desobstrui os poros, auxilia no combate à oleosidade excessiva, restaura o viço e uniformiza a pele. O produto pode ser usado de uma a duas vezes por semana. ■■www.skinceuticals.com.br

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Seja voluntário do Programa Adotei um Sorriso. E descubra que não existe recompensa melhor do que a alegria.

Adote um Sorriso. Seja voluntário da Fundação Abrinq. Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, nutricionista, oftalmologista e apaixonado pelo que faz pode fazer parte da equipe de voluntários da Fundação Abrinq e se dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença.

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Nossos próximos desafios PARA TER UMA CONTINUIDADE NO CRESCIMENTO DE VENDAS DE MEDICAMENTOS, O GOVERNO DEVE TOMAR ALGUMAS MEDIDAS, COMO O CONTROLE DOS PREÇOS

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PO R J O S É C AR LOS N OGUEIR A , A SSESSOR J UR ÍDICO D A AB RAD ILAN

Apesar de atravessarmos um difícil período político e econômico, podemos notar, no mercado farmacêutico, uma considerável situação estável. No entanto, sem dúvida alguma, nem sempre essa situação revela uma circunstância favorável. Mesmo assim, podemos esperar um contínuo crescimento, ainda que tímido, de vendas no setor. Mesmo que possa parecer paradoxal, o controle de preços praticado pelo governo – normalmente abaixo da inflação e sem levar em conta o valor em moeda americana na importação da matéria-prima para a fabricação de medicamentos – em vez de aumentar as vendas e facilitar o acesso da população aos medicamentos necessários para seu tratamento, pode conduzir à falta de produtos nas prateleiras, na medida em que pode não acontecer uma compensação suficiente para a sua fabricação, distribuição e comercialização. Atualmente, com as condições de preços acima apontadas, as empresas envolvidas na fabricação e comercialização de medicamentos devem enfrentar a re-

dução de custos para a manutenção de suas atividades e ao aprimoramento de seu portfólio. E, para tanto, as empresas, todos os agentes que fazem parte da cadeia farmacêutica (indústria, distribuidor e varejo), precisam de sérios e fundamentais investimentos em tecnologia de informação (o que os socorre em economia de escala e em economia de escopo) cujos resultados nem sempre se apresentam de forma imediata. Para além dos pontos já anotados, devemos nos lembrar sempre da necessidade que os agentes econômicos envolvidos no sistema de vigilância sanitária têm de atender às mudanças regulatórias que ocorrem como resultado do avanço do conhecimento científico. O custo regulatório, considerado como custo afundado, somente poderá ser de alguma forma compensado se as empresas, em toda a cadeia, puderem ter uma margem de lucro realmente capaz de garantir o investimento realizado e suficiente para se manterem atualizadas e competitivas. Soma-se a isso, às condições de mercado já mencionadas, a questão tribu-

tária. É de conhecimento comum que a carga tributária no Brasil carrega um peso impeditivo para um real desenvolvimento industrial e comercial, sendo o caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que em alguns estados da federação é cobrado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), o que de fato não retrata a realidade da comercialização entre distribuidores e varejo, apenas o mais emblemático de todos, e que merecerá, assim como outras condições fiscais, constantes comentários nesse espaço pela sua importância para o mercado farmacêutico e toda a sociedade. Portanto, certas questões precisarão continuar a ser enfrentadas nos próximos meses para que se possam manter as condições de investimento, operação e competitividade das empresas submetidas ao sistema de vigilância sanitária, em especial fabricantes, distribuidoras e varejistas de medicamentos, notadamente, para início de jogo de mercado, as que têm os seus preços controlados.

Indústria Farmacêutica

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Fato consumado A tecnologia na saúde tem ganhado cada vez mais força e contribui com o desenvolvimento de todo o setor. Ela tende a ser hoje menos invasiva, mais segura e eficaz. Colabora para o aumento da longevidade e melhor qualidade de vida. Reduz o tempo de hospitalização, acelera o tempo de recuperação, diminui o risco de infecções e possibilita a detecção precoce de doenças e maior precisão no tratamento e reabilitação, entre outros benefícios. Além da área médica e hospitalar, aplicativos desenvolvidos pela indústria farmacêutica surgem para aumentar a adesão a diversos tratamentos, fato que aponta para uma nova realidade. Mas isso tudo tem um custo e ele não é baixo, assim, nem todos podem ser beneficiados. Produtos inovadores têm uma despesa alta, o que torna os equipamentos e as drogas de última geração mais caras. Além disso, muitos são importados, o que encarece ainda mais. No entanto, as estimativas são de queda dos valores quando houver a massificação dessas tecnologias, o que possibilitará, de fato, uma ampliação no acesso à saúde. E, falando em acesso, o Programa Farmácia Popular completa 12 anos e traz resultados bastante satisfatórios, já que impede que a população interrompa seus tratamentos de saúde, especialmente para combater doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)

IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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EDITORIAL

Entre o fim de 2015 e o início deste ano, a iniciativa pareceu correr sérios riscos. A proposta orçamentária do governo federal previa a extinção da verba para o copagamento, mantendo apenas o sistema de gratuidade. No entanto, o Ministério da Saúde não confirma o final do Programa ou extinção dos medicamentos oferecidos. Em nota, ele esclareceu que o Farmácia Popular continua funcionando regularmente, tendo garantido orçamento para este ano na ordem de R$ 3,2 bilhões. O grande problema é que novas farmácias não podem se cadastrar e não há uma nova data definida para a regularização. Veja ainda, nesta edição do Guia da Farmácia, que o sistema de Substituição Tributária (ST) ganhou um novo capítulo diante de algumas alterações feitas no Código Especificador da Substituição Tributária (CEST). Outro destaque fica por conta de uma pesquisa da Accenture que revela os principais desafios da cadeia brasileira de suprimentos. Entre as lacunas, há indicativos de oportunidades de melhoria em planejamento, contratação e operação de transportes e armazenagem, que podem não estar sendo visualizadas por algumas empresas do setor. Boa leitura.

A tecnologia na saúde tem ganhado cada vez mais força e contribui para o desenvolvimento de todo o setor

Lígia Favoretto Editora-chefe

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira DEPARTAMENTO DE ASSINATURAS Morgana Rodrigues COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Cláudio Ricieri DEPARTAMENTO FINANCEIRO Cláudia Simplício e Fabíola Rocha ASSESSORIA TÉCNICA E LISTA DE PREÇOS Kátia Garcia MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira ANALISTA DE MARKETING Lyvia Peixoto

COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Adriana Bruno, Flávia Corbó, Kathlen Ramos, Tassia Rocha e Vivian Lourenço Revisão Maria Elisa Guedes Diagramação Kátia P. Prenholato Colunistas Clóvis A. Gil, Edinho Barbosa, Guilherme Siriani, Luiz Melo, Nelson Mussolini e Silvia Osso IMPRESSÃO Abril Gráfica CAPA Shutterstock

> www.guiadafarmacia.com.br Guia da Farmácia é uma publicação mensal da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.:(11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes. O Guia da Farmácia é uma revista vendida e distribuida ao varejo farmacêutico, dirigida principalmente ao profissional farmacêutico, mas também aos demais profissionais de saúde: médicos, odontólogos, prescritores e dispensadores de medicamentos.

2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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SUMÁRIO #287 OUTUBRO 2016

102 38 > DEBATE Há dois meses a Anvisa aprovou as novas regras para tirar a tarja de medicamentos vendidos sem prescrição. Antes, não havia critérios claros para a mudança

E MAIS 06 08 14 22 30 54 68

GUIA ON-LINE ENTREVISTA ANTENA LIGADA ATUALIZANDO GUIA DA FARMÁCIA RESPONDE RANKING PESQUISA

> > > > > > >

ESPECIAL SAÚDE 44 > ATUALIDADE A Substituição Tributária não é um tema recente, mas é espinhoso para vários varejistas. O sistema sofreu algumas alterações que devem ser acompanhadas de perto para evitar equívocos no pagamento do ICMS

48 > ACESSO Ampliar o acesso da saúde a toda população nacional, oferecendo medicamentos para as doenças mais comuns, de forma gratuita ou com desconto é a meta do Programa Farmácia Popular, que completa 12 anos com rumores de que seria extinto por conta da crise do País

58 > TECNOLOGIA CAPA

O avanço na área da saúde é incontestável nos últimos anos. Aplicativos, realidade aumentada, biometria, consultas virtuais, cirurgia robótica e impressoras 3D são algumas das soluções que já fazem parte do universo da medicina e apontam que este futuro veio para ficar

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OSTEOPOROSE ANSIEDADE ORAL CARE

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CUIDADOS MIX LOJA PERFEITA SEMPRE EM DIA

ARTIGOS 32

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A pele exige cuidados específicos o ano todo. Algumas substâncias devem ser indicadas para que o consumidor possa manter a derme sempre hidratada e protegida. Acompanhe o Facebook do Guia da Farmácia

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O QUE ROLA NAS REDES SOCIAIS

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PONTO DE VENDA

Uma nova plataforma foi idealizada para atender às necessidades do varejo brasileiro com autonomia e agilidade. Saiba qual é e os benefícios que ela pode trazer.

SAÚDE

Com a variação de temperatura, comum entre as estações, a incidência de gripes e resfriados aumenta de forma significativa. Saber orientar o consumidor sobre a diferença das doenças é fundamental na hora do atendimento.

MERCADO GESTÃO

O e-commerce tem agregado ao setor farmacêutico a praticidade e a força das vendas pela internet. Especialistas dão dicas para implementar a ferramenta com sucesso no varejo. 6

GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2016

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Com o objetivo de reunir informações atualizadas e estratégicas sobre o setor farmacêutico e de saúde, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) acaba de lançar uma nova edição do Guia de Informações da entidade – 2016. IMAGENS: DIVULGAÇÃO/SHUTTERSTOCK

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ENTREVISTA – ACHÉ

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GUIA DA FARMÁCIA OUTUBRO 2016

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Mais vida para você HÁ 50 ANOS NA VANGUARDA DO SETOR FARMACÊUTICO NACIONAL, QUE É UM SEGMENTO DE ALTA COMPETITIVIDADE, O LABORATÓRIO ACHÉ AJUDA A CONSTRUIR A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

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POR LÍGIA FAVORETTO

O Aché é uma empresa 100% nacional, que completa, em 2016, 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Anápolis (GO). Emprega quase 4,5 mil colaboradores e conta com uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Para atender às necessidades dos profissionais da saúde e consumidores, o Aché oferece um portfólio com 316 marcas em 762 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos e nutracêuticos. Ao todo, são 130 classes terapêuticas e mais de 20 especialidades médicas atendidas. Recentemente, com a criação da Bionovis, passou a atuar em biotecnologia. Exporta para 12 países das Américas, África e Japão. O presidente da companhia, Paulo Nigro, concedeu uma entrevista exclusiva ao Guia da Farmácia. O executivo afirma que não há uma estagnação no mercado farmacêutico no que diz respeito à descoberta de novos fármacos, mas ressalta que a todo o momento surgem necessidades novas para novas doenças causadas por mutações de vírus e bactérias, além de outras relacionadas ao modo de vida contemporâneo, ou seja, a busca por novas soluções para a saúde e bem-estar é algo constante e exige investimentos permanentes em processos, tecnologia e pessoas. Acompanhe: Guia da Farmácia • O Aché completa 50 anos de uma trajetória de sucesso e muitas conquistas. A essência da empresa se mantém a mesma durante esse período?

Paulo Nigro • Há 50 anos, os fundadores do Aché se uniam em torno de um ideal comum, que é levar saúde e bem-estar à população brasileira, por meio de produtos inovadores. Meio século se passou e o propósito dos fundadores continua intacto, mas com um avanço: as soluções inovadoras não são destinadas apenas aos brasileiros, mas para um mercado global. Atualmente, a companhia já exporta para 12 países das Américas, África e Japão. Guia • Qual a importância de se comemorar 50 anos de atividades em um mercado tão competitivo e, sobretudo, em um ano tão conturbado política e economicamente falando, para o Brasil? Nigro • É uma satisfação muito grande comemorar 50 anos na vanguarda do setor farmacêutico nacional, que é um segmento de alta competitividade. Ajudar a construir a história da indústria brasileira, por meio de iniciativas de desenvolvimento tecnológico, geração de emprego e desenvolvimento da ciência, é um feito que nos orgulha muito neste meio século. E o crescimento sustentável da companhia nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Neste ano importante de celebração, fizemos uma reflexão sobre a história do Aché e, principalmente, voltamos nosso olhar para o futuro e o propósito que nos move para os próximos 50 anos, e chegamos a um novo slogan: “Aché. Mais vida para você” –, pois é este o propósito que nos impulsiona a levar mais saúde, bem-estar e beleza para as pessoas. Guia • Ser uma empresa 100% nacional é um diferencial competitivo? Nigro • Ser uma companhia 100% brasileira oferece alguns diferenciais competitivos. Um deles é o profundo conhecimento do mercado, de toda a cadeia farmacêutica, da população e dos médicos. O Aché é uma empresa criada por propagandistas que construíram um relacionamen2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ENTREVISTA – ACHÉ

to de respeito e confiança junto a profissionais da saúde, o que nos ajuda a ser líderes em prescrição médica há nove anos consecutivos. Outro diferencial é o acesso à pesquisa com base na biodiversidade nacional, que é uma das mais ricas do mundo. Em 2005, lançou Acheflan, que é o primeiro medicamento com pesquisa e desenvolvimento 100% nacionais, produzido a partir do extrato da Cordia verbenacea DC, uma planta encontrada na Mata Atlântica. Em março de 2015, a companhia fechou um acordo com a farmacêutica Silanes para lançar o produto no México. Em dezembro de 2014, conquistou parceria para exportá-lo ao Japão e alguns outros acordos também foram estabelecidos na América Latina. O medicamento vem obtendo patentes em diferentes países e, recentemente, teve a concessão em todo continente Europeu. Guia • As marcas dos produtos Aché fazem parte da vida dos consumidores de forma muito nítida, ou seja, cada produto é lembrado por seu nome. Como isso é possível? Nigro • O Aché possui marcas muito fortes, que são reconhecidas e preferidas pelas pessoas. Alguns exemplos são Biofenac, Sorine, Flogoral, Colikids, Acheflan, Decongex Plus, Dose D e Inellare, além de muitas outras. Isso porque as pessoas identificam em nosso portfólio alta qualidade, confiança e inovação. Há um ganho cíclico de marca, pois o Aché, por meio de sua reputação, confere valor a elas. Guia • A empresa atua com medicamentos de prescrição, MIPs, genéricos e dermatológicos. Qual a área de maior rentabilidade? Nigro • O segmento com maior participação nos resultados é composto por medicamentos sob prescrição, no qual somos líderes de mercado pelo nono ano consecutivo. Esse é o core business da companhia. O Planejamento Estratégico do Aché com visão para 2030, realizado em 2015, prevê que a empresa defenda e amplie seu core business, com o lançamento de produtos inovadores: em 2016 devem ser lançados quatro medicamentos sob prescrição. Mas além de defender o nosso core business, também estamos focados em crescer em todas as áreas de atuação, ampliando nosso portfólio em MIP, dermatologia, dermocosméticos, nutracêuticos, nutricosméticos e fitoterápicos. Guia • O Aché entrou para novos mercados como dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e fitoterápicos. Qual a expectativa e de que forma vocês olham para as tendências e oportunidades que o setor oferece? 10

Nigro • No início do ano, reestruturamos nossa área de dermatologia, unindo dermomedicamentos e dermocosméticos em uma diretoria chamada Aché Derma. O objetivo da companhia é acelerar o crescimento para ganhar participação de mercado com produtos inovadores e diferenciados. Estamos focados e trabalhando para que, em 2030, estejamos entre os três primeiros laboratórios no segmento de dermatologia do Brasil. Anunciamos, em julho último, a aquisição do Laboratório Químico Farmacêutico Tiaraju, empresa gaúcha voltada à produção de fitomedicamentos. Por meio da aquisição, a companhia irá incorporar 12 novos produtos. Isso possibilitará ao laboratório buscar a liderança nesse segmento, por meio de lançamentos diferenciados que completarão nosso portfólio inovador, que é reconhecido por médicos e pela população. Com isso, devemos introduzir oito novos nutracêuticos no mercado em 2017, ampliando sua participação em um segmento de R$ 1,3 bilhão anual. A estratégia possibilitará à empresa dobrar o faturamento com nutracêuticos. Além disso, esse investimento possibilitará a entrada no segmento de nutricosméticos, que movimenta R$ 360 milhões no País. Lançaremos, a partir do início de 2017, uma linha completa, trazendo produtos com formulações inovadoras. A companhia também vem se destacando nos últimos anos por conta de produtos probióticos, como o Colikids e o Provance, à base de L. reuteri DSM 17938. Os produtos são uma nova perspectiva para o equilíbrio da microbiota intestinal e já vêm trazendo um bom desempenho para a companhia. Para se ter uma ideia, devido ao seu grau de inovação, o Colikids conseguiu, em menos de um ano do seu lançamento, ocupar a liderança em receituário médico na pediatria. Guia • Como os novos produtos são pensados? Nigro • O Aché conta com o Núcleo de Inovação, que tem como principal objetivo garantir o crescimento sustentável da empresa por meio do lançamento de novas soluções terapêuticas para médicos e pacientes. Antes de chegarmos até o desenvolvimento de um produto, primeiramente, avaliamos uma necessidade ainda não atendida e analisamos se é uma inovação radical ou incremental. A radical consiste na pesquisa e desenvolvimento de novos ativos, totalmente novos, sejam eles sintéticos, fitomedicamentos, biológicos, nutracêuticos ou dermocosméticos. A incremental consiste na introdução no País de ativos já existentes no mundo ou de melhorias incrementais, como novas associações, formulações, indicações terapêuticas, etc.

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Guia • A população brasileira enfrenta hoje alguma carência que ainda não é coberta por medicamentos? Nigro • A todo o momento, surgem necessidades novas para novas doenças causadas por mutações de vírus e bactérias, além de outras relacionadas ao modo de vida contemporâneo. A busca por novas soluções para a saúde e bem-estar é algo constante e exige investimentos permanentes em processos, tecnologia e pessoas – é fundamental contar com uma equipe de cientistas e profissionais de diversas áreas para identificar necessidades não atendidas. Guia • Você acredita que haverá uma estagnação no mercado farmacêutico nos próximos anos, já que as principais patentes caíram e o desenvolvimento de um novo produto demora anos e custa muito caro? Nigro • Não avalio que haja uma estagnação do mercado, mas é importante buscar a diferenciação, trazendo continuamente produtos inovadores para a população. Diferentemente de algumas empresas, o Aché não diminuiu o foco em inovação. Pelo contrário, a companhia continua investindo em inovação como estratégia para o seu crescimento sustentável, em um mercado altamente competitivo. Isso nos possibilita agregar valor ao nosso portfólio com lançamentos no curto, médio e longo prazos. Guia • Quanto o Aché investe em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e de que forma o novo centro de síntese molecular poderá contribuir para a inovação da saúde? Nigro • Em 2016, os aportes para Inovação, Excelência Operacional e Desenvolvimento de novos produtos passam de R$ 160 milhões. Em novembro de 2015, inauguramos um Laboratório de Design e Síntese Molecular, onde desenvolvemos moléculas inovadoras – ou seja, moléculas que ainda não tenham sido realizadas em laboratório. O objetivo principal é que essas moléculas se tornem novos fármacos, por meio de seu desenvolvimento clínico. Isso possibilitará avanços em diversas áreas, como Saúde Feminina, Saúde Masculina, Sistema Nervoso Central, Cardiometabólica, Saúde Respiratória, Osteomuscular, Dermatologia, etc. Guia • Sua contratação é um marco para o laboratório que vinha de uma gestão familiar. Quais os caminhos da sua atuação para os próximos anos? Nigro • O Aché possui uma gestão profissional, que foi iniciada em 2001, quando os acionistas passaram a compor o Conselho de Administração e foram criados comitês de auxílio à Diretoria Colegiada. De lá para cá, a empresa contou com presidentes que ajudaram a defender o core business da companhia.

Com a minha chegada, realizamos um Planejamento Estratégico voltado para 2030, que foi realizado no início de 2015. O plano foi importante, pois colocou a inovação, o foco no cliente e a excelência operacional em uma posição muito privilegiada para nosso crescimento sustentável. Com base nesses direcionadores, conseguimos estipular planos de ação. Nestes dois anos, já conseguimos colher bons frutos, como a criação do Núcleo de Inovação, a inauguração do Laboratório de Design e Síntese Molecular, além da entrada no consórcio Structural Genomics Consortium (SGC) – parceria internacional entre universidades, governos e indústrias para acelerar o desenvolvimento de novos remédios no mundo. O Aché é a primeira e única farmacêutica nacional a integrar o SGC, o que demonstra o caráter altamente inventivo da companhia. Também realizamos a aquisição, no primeiro semestre de 2016, da Nortis Farmacêutica, para ampliar sua plataforma industrial e tecnológica. Guia • De que forma o Aché se relaciona com o varejo farmacêutico? Nigro • O Aché possui um relacionamento próximo e sólido com o varejo farmacêutico, buscando levar cada vez mais informação e educação pertinente aos profissionais deste segmento. O mercado está cada vez mais dinâmico e o mundo globalizado, e isto nos impulsiona a estar antenados e atualizados. Pensando no desenvolvimento desses profissionais, o Aché desenvolveu a plataforma de e-learning “Cresça com o Aché”, lançada em setembro último dentro do Portal Integra Aché, que proporciona uma aprendizagem dinâmica e flexível, possibilitando a formação multidimensional dos varejistas. Essa iniciativa faz parte do planejamento estratégico do Aché, baseado no “foco no cliente”, levando aos profissionais competências necessárias para o sucesso e a sustentabilidade de seus negócios. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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MOVIMENTO CONSTANTE INDÚSTRIA E VAREJO CRIAM ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO, ADAPTAÇÃO E DESTAQUE EM SUAS AÇÕES. O OBJETIVO É SE MANTER NA MENTE DA POPULAÇÃO, QUE PASSA POR UM NOVO PROCESSO DE CONSUMO POR LÍGIA FAVORETTO E VIVIAN LOURENÇO

NÚMEROS DE VENDAS

A Raia Drogasil S.A. finalizou o segundo trimestre de 2016 com receita bruta de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 26,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Raia Drogasil cresceu 24,5%, enquanto a 4Bio, subsidiária adquirida em 2015 que comercializa medicamentos especiais, cresceu 113,4% no trimestre. Considerando somente o segmento de varejo, o incremento nas mesmas lojas foi de 14,5%, ao passo que o crescimento das lojas maduras (aquelas que têm mais de três anos em operação) atingiu 10,1%. A companhia obteve um market share nacional de 11,5%, um incremento de 1,6 ponto percentual, aumentando a participação de mercado em todas as regiões onde atua. • www.raiadrogasil.com.br 14

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MELHORIA NOS TRÂMITES INTERNOS

A Pharlab contratou as soluções SoftExpert para automatizar os processos internos e agilizar o trabalho dos mais de 470 colaboradores em todos os setores da empresa. De acordo com o gerente de TI da empresa, Wilton Oliveira Dias, a empresa enfrentava grandes dificuldades em sua gestão de documentos e gastava muito tempo com aprovações e retrabalhos em função da falta de integração dos diretórios. Além disso, a geração era feita manualmente, o que dificultava a rastreabilidade das informações necessárias para as operações de rotina e de treinamentos. • www.pharlab.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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ESCUTE SEUS NERVOS

Tique, dormência, formigamento, queimação, desequilíbrio, perda da sensibilidade, dor, fraqueza, câimbras. Às vezes os nervos falam e as pessoas não dão a devida atenção. Eles iniciam praticamente todas as ações do ser humano – voluntárias e involuntárias – e merecem muito cuidado. A neuropatia pode passar despercebida, mas pode ser diagnosticada e tratada. Entre os grupos de risco, estão os idosos (34%), os diabéticos (62%), os alcoólatras, pacientes pós-cirurgia bariátrica, pacientes em diálise, vegetarianos e fumantes. Conforme a idade avança, uma a cada três pessoas pode apresentar o problema. Para conscientizar a população, a Merck lançou a campanha Escute seus nervos. O objetivo é alertar sobre a importância da detecção precoce de lesões nos nervos. Um mutirão de orientação foi realizado no metrô Ana Rosa, na capital paulista, em parceria com a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), nos dias 31 de agosto 1º de setembro, últimos. • www.merck.com.br • www.escuteseusnervos.com.br

MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução – RE 1.394, publicada no Diário Oficial da União, ampliou a indicação de faixa etária da vacina meningocócica ACWY (conjugada), Menveo®, para uso pediátrico a partir dos dois meses de idade, bem como para adolescentes e adultos. A vacina, recomendada para a prevenção da doença meningocócica invasiva, proporciona a imunização contra a bactéria Neisseria meningitidis dos grupos A, C, W e Y. A Sociedade Brasileira de Pediatria já incorporou essa ampliação da faixa etária no seu calendário de vacinação. • http://portal.anvisa.gov.br

CINCO NOVOS TEMAS DE CURSOS ON-LINE NO TREINA PDV FARMA

Em 2016, já foram lançados cinco temas no Treina PDV Farma, plataforma de cursos da Contento Comunicação para os profissionais do varejo farmacêutico. Os novos módulos são parte da Fase 3 do programa de capacitação e contam com telas animadas, avaliações on-line e certificados de participação: 1) Como se reinventar em momento de crise. 2) Como manter a equipe motivada. 3) Cross-merchandising: venda casada e venda extra. 4) Atendimento como diferencial estratégico. 5) A farmácia como estabelecimento de saúde. O Treina PDV Farma oferece também cursos rápidos totalmente gratuitos: para acessá-los, basta fazer o cadastro. E para participar do programa de capacitação, com os módulos, avaliações e certificados, é possível adquirir o acesso anual ilimitado, com um ótimo custo-benefício, para capacitação de toda a equipe da farmácia. Para conhecer e experimentar, acesse: www.treinapdvfarma.com.br. Informações sobre compra, visite a loja Contento (www.lojacontento.com.br) ou ligue (11) 5082 2200. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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AQUISIÇÃO CONCLUÍDA

A farmacêutica Teva anunciou a conclusão do processo de compra da Actavis – área de genéricos da Allergan –, após o recebimento das aprovações necessárias das autoridades governamentais. “Essa aquisição estratégica reúne duas empresas líderes no setor de genéricos, com marca e cultura complementares. Quando combinamos os portfólios de genéricos das duas companhias, reforçamos ainda mais nosso objetivo de entregar produtos da mais alta qualidade, com os preços mais acessíveis. O resultado é uma companhia mais competitiva, forte e bem posicionada para prosperar em um mercado global em evolução e oferecer mais valor aos nossos acionistas”, diz o presidente e CEO da Teva, Erez Vigodman. • www.tevabrasil.com.br

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Amamentar faz bem à saúde da mãe, do bebê e também do planeta. Esse é o alerta da campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Cartazes, folders e cartões para internet chamam atenção das pessoas sobre as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como elas se relacionam com a amamentação. O Brasil é referência no mundo quando se trata de aleitamento materno, registrando uma taxa de 41%. Está à frente de países, como Estados Unidos, Reino Unido e China, com o dobro das taxas de aleitamento exclusivo até os seis meses e 12 meses de vida quando comparado a estes países. • http://portalsaude.saude.gov.br

NOVA SEDE PARA NOVOS NEGÓCIOS

Com o objetivo de estar mais próxima do principal mercado farmacêutico do País, a Natulab inaugurou, em setembro último, sua sede em São Paulo. “Nossa chegada ao estado é um marco importante, porque a Natulab deixa de ser uma empresa apenas da Bahia para se tornar uma empresa do Brasil”, disse o presidente da Natulab, Wilson Borges, durante a cerimônia. A empresa é líder em vendas de medicamentos fitoterápicos no Brasil e ocupa a 18ª posição do mercado, segundo o IMS Health. O novo escritório, localizado na Vila Olímpia, bairro da capital paulista, tem 600 m² e espaço para 40 pontos de trabalho. “Estamos no caminho certo para nos tornarmos uma das dez maiores empresas do segmento farmacêutico até 2018”. • www.natulab.com.br 18

TRATAMENTO DA FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA

A Boehringer Ingelheim e a Inventiva, biofarmacêutica francesa especializada em soluções terapêuticas inovadoras para fibrose, oncologia e doenças órfãs, anunciaram uma parceria para pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos para Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) e outras doenças fibrosantes. Por meio desse acordo, os times de pesquisa das duas empresas irão validar um novo conceito terapêutico, combinando o profundo conhecimento da Inventiva em tecnologias de regulação genética em fibrose com as capacidades da Boehringer Ingelheim no desenvolvimento de novos medicamentos. • www.boehringer-ingelheim.com.br Foto: Rodrigo Jacob

Os fundadores da Natulab, Milton Júnior e Marconi Sampaio e o presidente da empresa, Wilson Borges

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OITAVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

PROGRAMA GRATUITO DE FORMAÇÃO PARA BALCONISTAS

A Neo Química apresenta ao mercado farmacêutico o programa de formação de balconistas Universidade Neo Química. Desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o curso é totalmente gratuito e possui sete módulos que abordam, de forma interativa, temas importantes do dia a dia de trabalho do balconista, com o objetivo de auxiliar farmácias e drogarias no treinamento de novos profissionais. O programa já está disponível para todo o Brasil, por meio do site da Neo Química. O programa Universidade Neo Química visa capacitar profissionais balconistas e farmacêuticos para gerar aumento de rentabilidade de farmácias e drogarias e para ajudar quem deseja se tornar um profissional balconista. Cada módulo possui materiais interativos, como infográficos, vídeos e conteúdos dinâmicos, que facilitam e tornam o curso mais acessível para os alunos. • www.neoquimica.com.br

A Raia Drogasil inaugurou seu oitavo Centro de Distribuição (CD) no Brasil. Com investimento de R$ 15 milhões, o novo CD está localizado na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e será estratégico para os negócios da companhia no Nordeste, com distribuição de produtos em todas as lojas e auxílio logístico na expansão da rede pela região. Com dez mil metros quadrados de área construída e os mais modernos sistemas de logística farmacêutica do País, o CD Pernambuco possibilitou a contratação de 150 profissionais locais, dos quais 51% são mulheres. Além disso, vai gerar impostos e diversos incentivos para a economia de todo o Nordeste. • www.raiadrogasil.com.br

CONSULTORIA ESPECÍFICA INSTITUTO EUROFARMA COMPLETA DEZ ANOS

Parte dos alunos atendidos pelo Instituto Eurofarma revitalizaram as fachadas de duas unidades educacionais em São Paulo e Itapevi (SP). A ação fez parte das comemorações pelos dez anos de fundação da instituição e, para esta atividade, contaram com a ajuda especial do renomado grafiteiro Walter Nomura, mais conhecido como Tinho. O tema escolhido para o grafite foi Identidade. Participaram da atividade, que também envolveu uma oficina com o grafiteiro, alunos de 12 e 13 anos de idade atendidos pelo Projeto de contraturno escolar Matéria-Prima. Como estes alunos estão no último ano do projeto, tiveram a oportunidade de deixar suas “marcas” no espaço que abriga as atividades e que muitos deles frequentam desde os sete anos de idade. • www.eurofarma.com.br

No Brasil, existem milhares de farmácias populares e o governo federal tem exigido cada vez mais, destes estabelecimentos, normas para o cumprimento da portaria que permite o funcionamento do Programa Aqui tem Farmácia Popular. A MSD Assessoria, trabalha auxiliando o proprietário da farmácia de forma que ele normalize suas vendas para que possa trabalhar corretamente, evitando assim possíveis transtornos ocasionados pelo não conhecimento da portaria. São mais de 580 clientes já ajudados com os mais variados tipos de problemas, e de acordo com o proprietário da MSD Assessoria, Márcio Duque, a experiência adquirida nesses vários anos ajudou a fazer de sua empresa líder nesse segmento. • www.msdassessoria.com 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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INOVAÇÃO EM MEDICAMENTOS

Em julho, foram inauguradas unidades em Sergipe, Paraíba, Pará e Minas Gerais

LOJAS AMPLIADAS

As Farmácias Pague Menos alcançaram, em julho último, a marca de 73 inaugurações em 2016, somando cerca de 900 unidades em todo o Brasil – número 13% maior que o do mesmo período de 2015. “Estamos mantendo uma média de abrir uma nova unidade a cada três dias. Dessa forma, nos mantemos firmes em nosso objetivo de chegar a mil lojas em 2017 e gerar dois mil novos postos de trabalho”, ressalta o presidente Mário Queirós. A próxima etapa do projeto de expansão será a abertura do Centro de Distribuição (CD) da Bahia. O CD ficará na cidade de Simões Filho, a 29 quilômetros de Salvador, e receberá investimentos de R$ 6 milhões. Em um primeiro momento, garantirá mais de 100 empregos diretos, com prioridade para a valorização e contratação de mão de obra local. Com 17,9 mil m² de área total e capacidade de armazenagem de 94,6 mil m³, o complexo vai absorver a demanda das lojas no estado, que hoje já concentra 86. A previsão é de que até o fim do ano estejam em operação 100 unidades. • www.paguemenos.com.br 20

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Embora o Brasil esteja caminhando para a quarta posição no ranking mundial do mercado de medicamentos, ele ainda ocupa a 13ª colocação entre os países que mais realizam pesquisas clínicas. São apenas 4.800 estudos em andamento, o que representa 2,3% do total, segundo dados do Instituto Clinical Trials. “Estamos perdendo a disputa pela inovação e assim corremos o risco de continuarmos dependentes das inovações de outros países”, argumenta o presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antônio Britto. São muitas e expressivas as vantagens de um país que optar por produzir inovação no setor farmacêutico. “Mas para que isso se concretize, é preciso haver algumas mudanças fundamentais no País”, ressalta. Ele destaca a resistência da universidade em trabalhar com a iniciativa privada. Outro problema é a resistência da indústria em assumir o risco da inovação. Estima-se que sejam necessários dez anos de pesquisas, com dez mil moléculas investigadas, e investimentos de US$ 900 milhões para alcançar um medicamento viável. “No Brasil, a indústria parece mais interessada nos financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) do que nos investimentos para a inovação”, diz Britto. • www.interfarma.org.br

NOVO MANUAL

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) lançou a terceira edição, atualizada e ampliada, do manual Atendimento ao Consumidor: Boas Práticas para a Indústria Farmacêutica. De autoria da gerente de Assuntos Regulatórios do Sindusfarma, Rosana Mastellaro; da analista de farmacovigilância da Marjan Farma, Fernanda de Arruda Longo; e do advogado, Leonardo Luis de Campos. A obra contém a reprodução completa do Código de Defesa do Consumidor (CDC), de 1990, com análise detalhada das responsabilidades das empresas industriais farmacêuticas para o integral atendimento aos usuários e pacientes de medicamentos. • http://sindusfarma.org.br

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Do azul para o rosa, EM FAVOR DA VIDA. *Consulte a bula do medicamento.

Nossa cor é azul, mas em outubro somos todos rosa, por uma justa causa: A luta contra o câncer de mama. Outubro Rosa, um toque de cor na consciência.

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Gino-Mizonol® (nitrato de miconazol) MS 1.5423.0057. Apresentação: Creme vaginal 20mg/g bisnaga c/ 80g + 14 aplicadores. Indicações: Tratamento de afecções vulvovaginais e perianais produzidas por Cândida. SETEMBRO/2016. GINO-MIZONOL® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MEDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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ATUALIZANDO

MELHORIA CONTÍNUA OS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS COLOCAM NO MERCADO OPÇÕES DE TRATAMENTO QUE BENEFICIAM A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO. NOVAS ALTERNATIVAS DE APLICAÇÃO, POR EXEMPLO, SE CONFIGURAM COMO UMA GRANDE APOSTA POR LÍGIA FAVORETTO E TASSIA ROCHA

FLUVIRAL HYPERMARCAS

ÔMEGA DO ALASCA CATARINENSE PHARMA

O Catarinense Pharma apresenta seu lançamento Ômega do Alasca. Versão muito mais concentrada do suplemento funcional ômega-3, leva este nome por conter matéria-prima importada diretamente do Alasca. Além disso, o principal diferencial é que ele requer a ingestão de apenas uma cápsula ao dia. O suplemento ainda apresenta odor e sabor de peixe consideravelmente reduzidos porque passa por um processo de fabricação dividido em seis etapas. Por isso, também oferece os mais elevados padrões de pureza e qualidade. MS 4.0909.0015.001-4 ■ www.catarinensepharma.com.br 22

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Fluviral, medicamento indicado para o alívio dos sintomas da gripe, renova suas embalagens e apresenta nova identidade visual, que agora traz um azul-escuro e o desenho de uma lua, reforçando sua indicação. A sensação de que os sintomas da gripe pioram durante a noite não é somente uma impressão: eles realmente ficam mais evidentes na hora de dormir. Isso acontece porque em gripes e resfriados há, além de inchaço no revestimento interno das vias respiratórias, um aumento da produção de muco que promove limpeza e proteção. Além da nova identidade visual, Fluviral lança ainda uma nova versão: sua embalagem com 20 comprimidos, mais uma opção para o consumidor contra gripes e resfriados. MS 1.7817.0033 ■ www.fluviral.com.br IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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O Laboratório Teuto disponibiliza ao mercado mais um produto similar. Trata-se do anti-hipertensivo Teusil®. O produto, que possui o captopril como princípio ativo, é utilizado para tratar hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética. Teusil® está disponível nas concentrações de 25 mg e 50 mg sob a forma farmacêutica de comprimido na apresentação com 30 comprimidos cada. Contraindicações: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. MS 1.0370.0667.018-5 (25 mg) MS 1.0370.0667.029-0 (50 mg) ■ www.teuto.com.br

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A Medley, uma empresa da Sanofi, lança o Proleptol® (pregabalina). Pertencente à classe dos anticonvulsionantes, o mecanismo de ação do medicamento se dá por meio da regulação da transmissão de mensagens excitatórias entre as células nervosas e traz como benefícios: alívio da dor, da ansiedade e a melhora do sono. Proleptol® é indicado para o tratamento em adultos nas seguintes condições: dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema nervoso); controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono); como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária; e no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. MS 1.8326.0088.003-0 (75 mg com 30 cápsulas) ■ www.medley.com.br

SAXENDA™

NOVO NORDISK

A Novo Nordisk anuncia a chegada de Saxenda™ (liraglutida 3 mg) ao mercado brasileiro. O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para controle de peso em adultos como complemento a uma dieta com redução calórica e aumento da atividade física. Saxenda™ é o primeiro análogo do hormônio natural GLP-1 aprovado para o tratamento da obesidade no Brasil. A liraglutida age no organismo da mesma forma que o GLP1 natural, hormônio produzido e secretado pelo intestino após a ingestão de alimentos. Saxenda™ ativa áreas específicas no cérebro envolvidas na regulação do apetite, diminuindo a fome e aumentando as sensações de plenitude e saciedade. O medicamento é indicado em associação a uma dieta hipocalórica e aumento do exercício físico para controle crônico de peso em adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 30 kg/m² (obeso) ou a partir de 27 kg/m² (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como disglicemia (pré-diabetes e diabetes mellitus tipo 2), hipertensão arterial, dislipidemia (excesso de lipídios no sangue) ou apneia obstrutiva do sono. Saxenda™ será comercializado em um sistema de aplicação (caneta) ajustável que libera doses de 0,6 mg, 1,2 mg, 1,8 mg, 2,4 mg e 3,0 mg e com preço que varia de R$ 668,22 a R$ 742,94 (por caixa, com três canetas cada). MS 1.1766.0032.002-4 ■ www.novonordisk.com.br 24

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ATUALIZANDO

SUPOSITÓRIO DE GLICERINA HERTZ KLEY HERTZ

A Kley Hertz lança no mercado o seu Supositório de Glicerina Hertz, laxante de uso retal à base de glicerol, que auxilia no processo de evacuação. São duas apresentações, para adultos e lactentes, ambas com seis supositórios, que estimulam o funcionamento do intestino e trazem de volta a sua regularidade. MS Medicamento de notificação simplificada RDC 199/06 AFE 1.00689.0 ■ www.kleyhertz.com.br

BISSULFATO DE CLOPIDOGREL CIMED

Reiterando o compromisso de ampliar sua linha de genéricos, a Cimed lança o bissulfato de clopidogrel, indicado para a prevenção de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou doença arterial periférica. O medicamento vem para contribuir ainda mais com a saúde dos brasileiros. Está disponível na apresentação com 30 comprimidos. MS 1.4381.0182.008-7 ■ www.cimed.com.br

EXÍMIA FIRMALIZE AGE COMPLEX® FQM DERMA

Pensando em um cuidado exclusivo para combater e diminuir o processo de envelhecimento, a Linha Exímia, da FQM Derma — divisão de dermatologia do Laboratório FQM Farmoquímica —, inova ao trazer ao mercado brasileiro seu primeiro nutricosmético capaz de combater o inflammaging , processo de inflamação subclínica que acelera o envelhecimento cutâneo: o Exímia Firmalize Age Complex®. O novo produto conta com a tecnologia Age Complex®, um potente complexo com ativos que previnem os sinais do envelhecimento cutâneo, aumentando a espessura dérmica e, assim, melhorando sua aparência e flacidez. O diferencial é sua eficácia em reduzir a atividade de inflamação subclínica – agente central da ação do envelhecimento intrínseco. Sua fórmula também associa vitamina C, peptídeos de colágeno, hibiscus (planta típica da Ásia conhecida por suas flores de coloração vermelha) e, ainda, combina o Delphinol®, substância extraída da Aristotelia chilensis (planta nativa do Chile). MS Produto isento de registo, conforme a RDC 27/10 ■ www.fqmderma.com.br 26

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TESTE DE OVULAÇÃO DIGITAL CLEARBLUE

Clearblue lança no Brasil o Teste de Ovulação Digital, que indica o ápice da fertilidade feminina de modo simples e fácil de entender: se surgir um círculo vazio no display, a mulher não está nos dias férteis, mas se aparecer uma carinha sorrindo, significa que ela está ovulando. A novidade promete agradar a milhões de brasileiras que querem ter filhos ou estão tentando engravidar no momento, visto que em todos os ciclos existem somente dois dias em que a mulher está fértil. MS 8011780286 (Medidor de teste) MS 80117580291 (Suporte de teste) ■ www.clearblue.com.br

HERPES LABIAL MERCUROCHROME

Vermelhidão, ardência, coceira e lesões nos lábios são sintomas característicos do herpes labial, doença que atinge grande parte da população. Após a contaminação, pode ser desencadeada por fatores diversos, como baixa imunidade, fadiga física e exposição solar intensa, causando dor e fissuras. Para auxiliar no cuidado diário, a Mercurochrome lança no Brasil o Herpes Labial, um curativo líquido invisível com eficácia clinicamente comprovada em todos os estágios da doença. Acompanhado de 24 espátulas descartáveis – correspondentes a cinco dias de tratamento – que garantem a aplicação precisa e mais higiênica, o produto é o único do mercado que impede a contaminação ao formar uma película ultradiscreta nos lábios, que alivia a coceira, a sensação de queimação e favorece a cicatrização. O produto permite a utilização de maquiagem, como batons e balms labiais e também limita o crescimento do herpes e impede a contaminação de outras pessoas graças à barreira mecânica que o Filmogel cria ao se transformar em um filme protetor quando entra em contato com a pele. MS 80246910042 ■ www.mercurochrome.com.br

MIPRINAX CIMED

Miprinax, da Cimed, é destinado ao tratamento de espasmos musculares associados às condições musculoesqueléticas agudas e dolorosas, como as dores lombares e torcicolos. Disponível nas apresentações 10 mg com 30 comprimidos e 5 mg com 30 comprimidos. MS 1.4381.0183.008-2 (10 mg) MS 1.4381.0183.003-1 (5 mg) ■ www.cimed.com.br 28

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GOSTARIA DE SABER COMO FAÇO PARA TER O COLETOR DE MEDICAMENTOS COM SEPARAÇÃO, NO QUAL OS CLIENTES PODEM DEIXAR, NA FARMÁCIA, PRODUTOS QUE ESTÃO VENCIDOS E SEM UTILIZAÇÃO? PERGUNTA ENVIADA POR KESIA GOMES DA SILVA TORRES, FARMACÊUTICA DA DROGARIAS CLEAN, DE CAMPO GRANDE, RIO DE JANEIRO (RJ)

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Manter uma caixa de medicamen medicamentos em casa, a chamada “farmacinha”, é prática comum entre os brasileiros. Quando surgem sintomas corriquei corriqueiros, como dor de cabeça, azia ou o mal-estar de gripe, o tratamento es está logo ao alcance. Mas é preciso ter organização para que produtos vencidos ou sobras de medicamentos não se acumulem. A legislação em vigor não dá nenhuma orientação específica, nem à população, nem às empresas privadas, sobre o descarte correto de medicamentos, por isso há muitas dúvidas. Muitas pessoas jogam as sobras ou os produtos vencidos em lixo comum, ou no vaso sanotário, o que prejudica o meio ambiente, com a contaminação do solo, rios e lagos,

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além da possibilidade de reutilização, problema que deve ser evitado. Estabelecimentos e prestadores de serviços, que envolvem saúde e lidam com medicamentos, cumprem a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 306/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos produzidos por eles, explica o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), além de listar os tipos de medicamentos que, quando descartados, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos, sempre que não forem entrar no processo de reutilização, recuperação ou reciclagem. A responsabilidade pela destinação fi-

nal é sempre do estabelecimento gerador do resíduo. Por meio de um programa, chamado Descarte Consciente*, as farmácias interessadas podem dispor do equipamento ECOMED, que coleta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos. A máquina possui um leitor de código de barras, em que o consumidor pode registrar o tipo de medicamento que está sendo despejado. Depois de registrar o medicamento, o consumidor é orientado a descartar caixa e bula rasgadas em um recipiente, enquanto o comprimido, líquido ou pomada deve ser depositado em um segundo recipiente. Quando a estação coletora chega ao limite de capacidade, o responsável pela gestão da farmácia aciona o prograIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ma Descarte Consciente para que o material seja recolhido. Do ponto de venda, o resíduo é encaminhado a locais de incineração e eliminado de maneira segura para o meio ambiente e a população. Caso a farmácia opte por fazer a coleta de forma independente, é possível; a professora da Faculdade de Farmácia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Louise Jeanty de Seixas, dá algumas dicas para que os procedimentos sejam corretos: • A farmácia deve receber somente os medicamentos vencidos e as sobras de líquidos e pomadas. • Os medicamentos sólidos, que ainda estão dentro do prazo de validade, podem ser encaminhados diretamente a hospitais ou entidades

que trabalham com a redistribuição de medicamentos. • Deve existir uma logística para a destinação desses produtos, encaminhando-os a um aterro de resíduos sólidos perigosos licenciado. • Definir um local específico para receber os produtos na farmácia, como um coletor fechado, fora do alcance do público. • O farmacêutico deve receber os medicamentos a ser descartados, de preferência já sem as embalagens e bulas, e fora dos blisters, que podem ser descartados no lixo reciclável doméstico. • Calcular o custo do aterro e do transporte, além dos gastos com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) (como luvas e máscaras).

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*Para obter mais informações sobre o programa Descarte Consciente, entre em contato a empresa BHS, fabricante da ECOMED: www.descarteconsciente.com.br. Telefone: (11) 5093 0554 E-mail: contato@descarteconsciente.com.br 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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VAREJO

Criando uma estratégia para a personalização

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ENTENDER MELHOR SEUS CLIENTES E SUAS NECESSIDADES DE FORMA INDIVIDUAL, PRODUZINDO O VALOR QUE ELES REALMENTE DESEJAM É UM DESAFIO POSSÍVEL

SILVIA OSSO Palestrante e consultora de empresas. Especialista em varejo e autora dos livros destinados ao varejo e serviços denominados ATENDER BEM DÁ LUCRO; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM FARMÁCIA, PROGRAMA PRÁTICO DE MARKETING EM FARMÁCIAS; LIDERANÇA PARA TODOS . Para adquirir os livros, acesse: www.lojacontento.com.br E-mail siosso@uol.com.br 32

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O sonho do cliente quando pensa em uma farmácia ou drogaria é ter um local onde encontre atendimento atencioso, soluções para uma vida mais saudável, com conveniência, e que ali resolva grande parte dos seus problemas, 24 horas por dia, perto da sua casa. Espera encontrar realmente um agente de saúde em que os atendentes sejam além de comerciantes, conselheiros e amigos. O sonho da farmácia ou drogaria é corresponder aos desejos dos clientes, a partir de um conhecimento adequado sobre eles, trabalhar a farmacovigilância, acompanhando de forma ética o histórico de compras, incentivando-os a não abandonarem o tratamento e sendo o canal de informações e consumo de produtos para a sua saúde, higiene, perfumaria, beleza e cosmética. Com o cliente muito mais exigente, a regra principal é percebê-lo e concentrar o atendimento no individual, dedicando-lhe atenção, para ser capaz de resolver seus problemas de forma personalizada, oferecendo promoções especiais e personalizadas, entrega programada para clientes permanentes, e-commerce, etc. Não é mais possível tratar os clientes de forma igual, pois são indivíduos com vontades e características diferentes. Quando se trata de saúde então, vale lembrar que, muitas vezes, saem do consultório médico com dúvidas, seja por problema de vergonha ou de instrução, e é na farmácia que esperam compreender sua receita e seu tratamento mais claramente. Associado ao conhecimento e acompanhamento mais próximo dos clientes, o gerenciamento do mix de produtos fica mais competente e pode ser otimizado

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para alcançar melhores resultados, tanto no atendimento das necessidades quanto no controle de estoque. Esse gerenciamento permite trabalhar de acordo com a realidade de cada farmácia e, consequentemente, do seu público. Descobrir novas necessidades dos clientes significa descobrir novas oportunidades de negócios. Quanto mais souber sobre eles, mais valor terão aos seus olhos. Estudos mostram que, após a informatização implementada em todo o varejo farmacêutico, novos produtos foram introduzidos ao mix, como: marca própria; produtos sem lactose ou glúten; conveniências; além de oferta de serviços (correspondência bancária, Atenção Farmacêutica, orientações nutricionais, etc.) que passaram a ser opções estratégicas na busca da atração, satisfação e fidelização dos clientes. Na estratégia de personalização, os consumidores estão tanto no fim quanto no início da cadeia de valor: o sistema produz o que eles realmente valorizam. Ressurge assim o “prosumer” (Alvin Tofler), ou seja: o cliente como produtor e consumidor ao mesmo tempo, como havia antes da revolução industrial e do marketing de massa. A estratégia da personalização e suas ferramentas possibilita às farmácias e drogarias entender melhor seus clientes e suas necessidades de forma individual, produzindo o valor que eles realmente desejam. Em um mundo interativo e turbulento como o Brasil vive, somente por meio da geração de valor, é possível buscar relacionamentos produtivos de longo prazo, onde a empresa ajuda o consumidor a comprar e o consumidor ajuda a empresa a vender. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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OPINIÃO

Ministério da Saúde infringe suas próprias regras sanitárias O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO TIPIFICA COMO CRIME COLOCAR NO MERCADO OU ENTREGAR AO CONSUMO MEDICAMENTO SEM REGISTRO

NELSON MUSSOLINI Presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) 34

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Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) adquiriu, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um medicamento que compõe o coquetel para o tratamento da Aids, fabricado por laboratório indiano, sem que tal produto esteja registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cumpra as normas regulatórias brasileiras. Com a conivência da Anvisa, valeu-se o MS de um fundo da Opas que existe para financiar a compra emergencial de vacinas ou produtos não fabricados ou vendidos no Brasil, justificando a compra na redução de custos. Não é o ca-

so. Os produtos antirretrovirais estão disponíveis no País, são registrados e atendem aos marcos regulatórios duramente instituídos em nosso País. O Brasil é a nona economia global, possui um dos maiores sistemas público-privados de saúde, erigiu uma indústria farmacêutica pujante e mantém há 20 anos o mais exitoso programa público de tratamento e atenção aos portadores da Aids já implementado no mundo. O fato é que, a pretexto de reduzir despesas com a compra dos medicamentos darunavir e a penicilina benzatina de empresas que não estão registradas no Brasil e que não registraram estes produtos de acorIMAGEM: DIVULGAÇÃO

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do com a nossa legislação, em detrimento aos medicamentos produzidos de acordo com os padrões exigidos pela Anvisa, o MS faz com que um único critério – o preço – se sobreponha aos critérios técnicos, sanitários e científicos que foram laboriosamente implementados pela Anvisa e a indústria farmacêutica instalada no País. O Brasil trilhou um árduo caminho para que os medicamentos dispensados no País atingissem o mesmo grau de excelência existente nos países desenvolvidos. Hoje, laboratórios farmacêuticos brasileiros começam a dominar o ciclo de produção dos medicamentos biotecnológicos. Graças aos esforços do setor e dos órgãos sanitários, o brasileiro consome medicamentos de alto padrão que, para chegar ao mercado, passam por diversos testes que comprovam sua qualidade. Comprar medicamentos de empresas cujas instalações, processos e produtos não foram inspecionados e aprovados pela agência encarregada de garantir a segurança, eficácia e qualidade de todo e qualquer produto oferecido no País é, portanto, um contrassenso, uma irresponsabilidade e, do ponto de vista da saúde pública, um crime. Além disso, do ponto de vista econômico, uma medida dessa natureza põe em risco a indústria farmacêutica instalada no Brasil, que segue as rigorosas normas da Anvisa, cria empregos, paga impostos, gera riquezas para o País e, consequentemente, pode ter produtos mais caros. Para produzir um medicamento, as empresas investem milhões de reais em tes-

tes de estabilidade, bioequivalência, biodisponibilidade, pesquisas clínicas e outras providências. Precisam demonstrar que as matérias-primas que utilizam provêm de unidades industriais inspecionadas. Apresentam à Anvisa rigorosas e extensas documentações para o registro de seus produtos. Um longo processo que exige muito trabalho e altos investimentos. Vale destacar que, além da questão sanitária – sem dúvida, a mais importante –, há também o aspecto da propriedade intelectual. O medicamento indiano comprado via Opas não respeita a patente concedida em vários países e depositada no Brasil ao laboratório farmacêutico que o desenvolveu. Assim, além do crime sanitário, o MS incentiva, ainda que inadvertidamente, a pirataria. Se for para sobrepor critérios meramente comerciais às boas práticas de saúde, melhor fechar a Anvisa e o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Melhor revogar as regras impostas a todos os segmentos que hoje têm seus processos fiscalizados: de alimentos, defensivos agrícolas, cosméticos, etc. Melhor fechar os departamentos do MS que cuidam das políticas de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. É este o “modelo” de gestão pública que se quer introduzir no País? Certamente, não. O setor industrial farmacêutico advoga, isto sim, o fortalecimento dessas instâncias, para continuar contribuindo ativamente ao desenvolvimento social, tecnológico e econômico a que todos os brasileiros aspiram. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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OPORTUNIDADE

Planejamento não deve focar apenas na estratégia

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SE A CONCRETIZAÇÃO NÃO FOR BENFEITA, O RESULTADO SEGUIRÁ RUMOS INDEVIDOS. EXECUTAR DEVE SER TÃO OU MAIS IMPORTANTE DO QUE PLANEJAR

LUIZ MELO Especialista em Gestão de Produtos & Supply-Chain e sócio diretor da 360 Varejo (www.360varejo.com.br) 36

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Um artigo que me chamou muito a atenção, escrito por Stephen Kanitz, em 1998, intitulado Iniciativa e o poder da acabativa, dizia que, para o Brasil começar a dar certo, seria preciso procurar valorizar mais os brasileiros com a capacidade de implantar ideias. Era uma reflexão sobre as pessoas com capacidade de gerar ideias (iniciativa), mas que quando o assunto era implantá-las (acabativa), suas limitações vinham à tona. E isso nunca esteve tão atual no cenário brasileiro. Em geral, sabe-se muito sobre a criação da estratégia, mas muito pouco sobre o seu real funcionamento. Já trabalhei em empresas em que constatei que haviam sido gastos algumas centenas de milhares de reais com consultorias preocupadas em focar na revisão de estratégia, posicionamento, missão, visão, valores, em realizar convenções com apelos motivacionais, mas que, praticamente, nada tinham deixado de legado de como implantar a estratégia que eles mesmos haviam redesenhado. Observei por lá que havia muito pensamento abstrato e, praticamente, nada dedicado à parte que une a implantação ao processo contínuo de monitoramento da implantação da estratégia. Se execução é essencial para o sucesso, por que as organizações não dedicam tempo suficiente quando se trata em desenvolver uma abordagem pragmática que as conduzam na direção de resultados estratégicos importantes?

Um planejamento frágil gera um processo de implantação frágil. A execução de uma estratégia e de um planejamento insuficientes é a garantia de que o resultado final será desastroso. Parte dessa história, com o fim já conhecido no início, pode ser atribuída ao vício intrínseco de se pensar estratégia, planejamento e execução como partes e não como a própria essência do trabalho. É até mesmo comum, em certas empresas, uma forte cultura da departamentalização, ou seja, cada um em sua caixinha num processo que combina má comunicação com mau gerenciamento da implantação. A má comunicação começa com a cúpula da empresa, que se incumbe em formular a estratégia e repassá-la adiante em um processo contínuo de repasses para os departamentos envolvidos na implantação. E como executar não é algo que os pensadores das empresas estejam acostumados a fazer... Execução é algo que se aprende na “escola da vida real”, e os caminhos que levam a resultados bem-sucedidos vêm acompanhados de erros e frustrações, como disse Lawrence Hrebiniak no livro Execução – Fazendo a Estratégia Funcionar. O saber fazer é algo tão importante quanto o saber pensar e se faz necessário, para o bem dos negócios, que haja uma maior integração dos “fazedores” e dos planejadores com aqueles responsáveis pela formulação da estratégia, pois um projeto que não é aplicável na prática se assemelha muito àquele ditado chinês que diz que: “Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe”. Muito apropriado para os dias de hoje. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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DEBATE

Mudanças à vista!

A CLASSIFICAÇÃO DE UM MEDICAMENTO COMO ISENTO DE PRESCRIÇÃO MÉDICA DEVERÁ ATENDER A SETE NOVOS CRITÉRIOS DEFINIDOS PELA ANVISA, QUE ESTÃO VALENDO DESDE AGOSTO

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POR VIVIAN LOURENÇO

Há dois meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou as novas regras para tirar a tarja de medicamentos que atendem ao perfil para ser vendidos como sem prescrição. Antes, não havia critérios claros e comuns a todos para a mudança. No mercado atual, existem cerca de 30 substâncias aptas a ser Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), como são chamados aqueles que são destinados a tratar males e doenças menores, como dores de cabeça e resfriados. Antes da resolução, não existiam diretrizes claras para essa mudança: quando uma farmacêutica tinha uma substância apta para a reclassificação ou switch (termo em inglês que significa troca), ela precisava submeter individualmente o pedido ao órgão

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regulatório para análise e parecer. Essa solicitação era feita na época de renovação do registro do medicamento, a cada cinco anos. Mesmo que a empresa conseguisse a permissão para tirar a prescrição, ela não era estendida à mesma substância de medicamentos de outras farmacêuticas que, se assim desejassem, deveriam fazer um novo pedido de avaliação.

NOVOS CRITÉRIOS Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de medicamentos disponíveis sem receita médica é hoje aceito como parte importante dos cuidados de saúde, ou autocuidado, prática que envolve, além de hábitos saudáveis (relacionados à atividade física, à alimentação e ao lazer, por exemplo), a correta utilização dos MIPs. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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DEBATE

Além dos benefícios para a população, o uso dos MIPs diminui substancialmente os custos e demandas para o sistema. Segundo dados da associação americana Consumer Healthcare Products Association (CHPA), de 2012, para cada US$ 1 gasto com medicamentos sem prescrição nos Estados Unidos, o sistema de saúde economiza de US$ 6 a US$ 7. De acordo com o órgão, sem MIPs, 60 milhões de americanos ficariam sem tratamento para males menores. Oito em cada dez americanos usam medicamentos sem prescrição para aliviar pequenos sintomas sem ter de recorrer ao médico. No Brasil, há o agravante do inchaço do sistema de saúde. Os recursos públicos que seriam usados no tratamento de doenças menores precisam ser dirigidos para doenças mais graves, que têm um grande impacto sobre a população e a saúde pública. Atualmente, não há como os cerca de 350 mil médicos, que receitam aproximadamente 64% dos medicamentos vendidos, darem vazão também ao atendimento de males menores. Se todos os medicamentos precisassem de receita, demandaria um aumento de 56% no volume de médicos (em torno de 196 mil a mais). Em nota, a Anvisa explicou que a proposta do texto da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 98/2016 passou por uma consulta pública no ano passado. Na época, cidadãos, representantes da sociedade civil e do setor regulado, tiveram 60 dias para enviar contribuições ao texto, que se destinava a revisar e substituir a RDC 138/2003. Na norma anterior, inexistia a possibilidade de atualização da lista de MIPs. Essa lacuna impossibilitou que os medicamentos com perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados à categoria de venda. A partir da publicação da RDC 98/2016, no Diário Oficial da União (DOU), as indústrias farmacêuticas, que têm hoje registros de medicamentos passíveis de enquadramento como MIPs, passam a contar com regras claras para solicitar à Anvisa o reenquadramento.

POR QUE MUDAR? Segundo a vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Marli Sileci, a própria Anvisa reconheceu que a ausência de atualização da lista de MIPs impossibilitou que medicamentos que tivessem perfil de segurança e uso compatíveis com a venda sem prescrição fossem incorporados a essa categoria de venda, o que, em última instância, pode ter dificultado o acesso da população à obtenção de tratamento adequado. 40

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OS SETE NOVOS CRITÉRIOS 1. Tempo de comercialização; 2. Segurança do medicamento; 3. Sintomas identificáveis; 4. Utilização por curto período de tempo; 5. Ser manejável pelo paciente; 6. Apresentar baixo potencial de risco; 7. Não apresentar dependência.

“Há quase 12 anos, a Abimip vem lutando para que as regras de switch sejam mais claras e permitam o acesso a esses medicamentos por um maior número de pessoas. Em 2003, a Associação promoveu, junto à Agência, o switch de 18 classes terapêuticas, entre anti-inflamatórios, relaxantes musculares e antitabágicos, o que resultou em um crescimento significativo no número de MIPs. Foi um grande avanço, mas essa nova resolução, com certeza, vai colocar o Brasil em linha com o que já acontece globalmente no mercado de MIPs.” Em contrapartida às novas regras, Marli acredita que deva haver educação e orientação para especialistas e leigos, a fim de que estes tenham condições de exercer plenamente seu direito de decisão em relação à própria qualidade de vida e bem-estar.

O QUE ALTERA PARA O VAREJISTA É importante ressaltar, segundo Marli, que não será publicada uma lista predeterminada de substâncias, já que a mudança delas para MIP dependerá da submissão do pedido de reclassificação, a ser feito pelas farmacêuticas detentoras dos medicamentos que as possuam. A partir dos critérios estabelecidos pela Anvisa para o switch, cada farmacêutica pode analisar essas substâncias e apresentar os pedidos. Com a resolução, se um medicamento de uma determinada farmacêutica passar a ser MIP, a mudança deverá se estender para os demais medicamentos (de outros fabricantes), que tenham iguais características. “Com a nova resolução, esperamos que os medicamentos hoje aptos a ser reclassificados como MIPs possam ser fornecidos a um maior número de pessoas. Os MIPs têm um papel social, representando um benefício relevante para a sociedade e a publicação dessa nova norma representa um grande avanço, uma vez que estará alinhada com as melhores práticas globais”, finaliza Marli.

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ESTRATÉGIA

Sete dicas fundamentais à escolha do ponto para o negócio IDENTIFICAR O LOCAL IDEAL PARA IMPLANTAR A LOJA É UMA TAREFA QUE EXIGE OLHAR ANALÍTICO DO VAREJISTA

GUILHERME SIRIANI Sócio diretor da ba}EXPANSÃO, responsável pela gestão e pelo crescimento de redes varejistas por meio de franquias 42

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A escolha do local onde o negócio vai funcionar nem sempre é fácil, porém, pode ser simplificada se forem usados os passos a seguir. 1. Conheça seus futuros vizinhos: o ideal é que o interessado vá ao local e conheça as pessoas e os negócios que o circundam. Elas podem ser muito úteis para dar feedback sobre a região, como o fluxo de pessoas, carros, ramos de atividade mais demandadas ali, além, é claro, de dar detalhes sobre a segurança do local e até curiosidades importantes do bairro. 2. Prepare-se para negociar: informação é poder. Após selecionar um ponto, o interessado deve partir para a negociação. É nesse momento que as informações, como o preço do metro quadrado da região e, até mesmo, o valor dos aluguéis de espaços concorrentes podem se transformar em importantes argumentos para persuadir o proprietário do imóvel pretendido. Também é importante ter certa frieza, sabendo a hora certa de ceder, mas sem perder o foco no budget predefinido no planejamento. 3. Fique de olho na concorrência: ao realizar a análise de disponibilidade de ponto, é preciso olhar os polos de atratividade e concorrência da região. Quanto mais lojas estiverem funcionando nos entornos, mais o ponto de venda se torna atraente. 4. O negócio cabe aqui? Uma pergunta simples, mas que muitas vezes é ignorada pelos empreendedores. É preciso saber se o ponto pode sofrer adaptações e o quanto isto impacta no orçamento do

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empreendedor. Este, aliás, pode ser um bom argumento para pedir desconto antes de fechar o negócio. 5. Como o cliente pode chegar até aqui? O empreendedor deve relacionar o produto ou serviço que vai oferecer com o movimento da região e como as pessoas têm acesso ao ponto escolhido. Lojas de artigos para a casa, por exemplo, devem estar no caminho de volta e não de ida do cliente. 6. Comprar ou alugar? O aluguel é um bom ponto de partida. Alugar é mais aconselhável porque, desta forma, o empreendedor não está comprometendo o capital em um imóvel, ainda mais no início, em que o investimento com a operação, o fluxo de caixa e estoque é maior. A compra do imóvel, porém, pode ser considerada para uma segunda loja, já com mais conhecimento das particularidades do negócio e mais experiência adquirida. 7. Como escolher entre dois pontos? Pior do que não encontrar um ponto para abrir o negócio é encontrar dois ótimos pontos e não conseguir se decidir sobre qual é a melhor opção. Para que os empreendedores não se precipitem e acabem escolhendo o errado, perca tempo e use a matemática. A melhor saída é contar quantas pessoas passam em cada um deles por dia e também nos fins de semana. Além disso, algumas perguntas-chave podem servir para desempatar: o local é acessível; os pedestres podem chegar tão facilmente quanto quem está de carro, por exemplo? IMAGEM: CHRISTIAN MEYN

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ATUALIDADE

Alterações no sistema SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA É UM TEMA ESPINHOSO PARA MUITOS VAREJISTAS. AGORA, SOFREU ALGUMAS MUDANÇAS QUE DEVEM SER ACOMPANHADAS DE PERTO PARA EVITAR EQUÍVOCOS NO PAGAMENTO DO ICMS

A

POR FLÁVIA CORBÓ

A Substituição Tributária (ST) não é um sistema recente. Esse mecanismo de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) foi criado entre as décadas de 70 e 80, mas passou a vigorar em 1993, quando recebeu a devida regulamentação. Apesar dos mais de 20 anos de vigência, o tema ainda é espinhoso e causa muitas dúvidas entre comerciantes, que sofrem para se adequar ao complexo regime tributário brasileiro. O conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP), José Augusto Picão, utiliza um exemplo para definir os trâmites da ST: “Uma indústria farmacêutica, ao vender os seus produtos para uma farmácia, reco-

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lhe o ICMS de sua própria produção e o ICMS que deveria ser recolhido pelo comerciante varejista”. Em outras palavras, o contribuinte do imposto, chamado de Substituto Tributário, fica obrigado a apurar o montante devido do ICMS e a cumprir a obrigação de pagamento do tributo ‘no lugar’ de outro contribuinte, chamado de Substituído. “Dessa forma, desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva recai sobre uma pessoa diferente daquela que possui relação pessoal e direta com a situação descrita em lei como fato gerador do imposto.” Para o diretor tributário da Confirp Contabilidade, Welinton Mota, o tema não deveria causar tanta preocupação aos varejistas. “Não há porque ter dificuldade. Com esse regime, ele não paga mais diretamenIMAGEM: SHUTTERSTOCK

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ATUALIDADE

te o imposto. Se ele fizer o cadastro de mercadoria da maneira correta, definindo quais produtos estão dentro ou fora do regime, esse imposto será pago antecipadamente pelo fabricante ou distribuidor.”

NOVAS REGRAS O tema é complexo e ganhou um novo capítulo diante de algumas alterações feitas no Código Especificador da Substituição Tributária (CEST) – instituído para que seja identificada a mercadoria passível de sujeição aos regimes de ST e de antecipação do recolhimento do ICMS. “Nas mercadorias que estão sujeitas às regras da ST, o contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST nos documentos fiscais que acobertarem a operação, ainda que a mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de ST ou de antecipação do recolhimento do imposto”, explica Picão. No segundo semestre deste ano, por meio do Convênio ICMS 53/2016, foram promovidas algumas alterações nas regras da legislação anterior, Convênio ICMS 92/2015, criado para estabelecer a sistemática de regimes da ST. Entre as principais mudanças, estão a inclusão de novas mercadorias no regime de ST, assim como a exclusão de outras. No campo de exclusões, estão alguns itens do Anexo XIV que trata dos Medicamentos de Uso Humano e Outros Produtos Farmacêuticos, sendo eles: algodão, atadura, esparadrapo, haste flexível ou não, com uma ou ambas as extremidades de algodão, gazes, entre outros. Também foram feitas algumas alterações no CEST e em seus itens, mas o segmento medicamentos neste ponto não sofreu alteração. Para seguir atuante em conformidade com a lei e não cometer equívocos quanto ao pagamento de tributos, o varejista deve se atentar à lista de mercadorias que estavam sujeitas à ST, mas foram excluídas. “O contribuinte substituído (atacadista, distribuidor ou varejista) deve harmonizar o estoque que o estabelecimento possui com as mercadorias que serão retiradas com a tributação normal e não mais sujeita ao regime da ST.” Após a verificação, o contribuinte que tiver em estoque uma quantidade do item algodão e ataduras, que saiu do regime da ST, deve buscar o ressarcimento deste imposto que foi pago antecipadamente, para desembolsá-lo somente quando der saída destes produtos. Já para os contribuintes que sofreram com a inclusão de novos produtos – situação que não inclui varejistas farmacêuticos –, o impacto financeiro refletirá nos estoques des46

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ENTENDA O QUE É CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (CEST): O CEST é composto por dígitos, que correspondem à identificação do segmento da mercadoria, bem como ao item deste segmento com sua especificação. Podemos citar como exemplo: Segmento – Medicamentos e Produtos Farmacêuticos – Item – algodão e ataduras – CEST 13.011.00, sendo que I – o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem; II – o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem; III – o sexto e o sétimo correspondem à especificação do item. Fonte: Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP)

tes produtos incluídos e que devem ter o ICMS recolhido por antecipação. Todos os contribuintes que tenham mercadorias sujeitas à substituição ou antecipação tributária, conforme prevê o Convênio ICMS 92/2015, e agora segundo a alteração do Convênio ICMS 53/2016 estão sujeitos a essas alterações, que começam a valer a partir do dia 1º de outubro. Além dessas alterações na lista de mercadorias sujeitas à ST, outra mudança entrará em vigor na mesma data: “Foi determinada a exigência do CEST nos documentos fiscais eletrônicos, o que promete complicar ainda mais a rotina de quem deve atualizar os cadastros e parâmetros fiscais para a emissão correta dos documentos eletrônicos”, alerta o sócio diretor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Luiz Antonio Lima. Vale lembrar que para o pequeno e médio varejista, que só fazem vendas diretas ao consumidor na loja física, as alterações têm menos impacto. “As dificuldades de adaptação são maiores para aqueles que vendem mercadoria para outros estados ou contam com e-commerce. Nesses casos, é preciso verificar a legislação tributária do outro estado, emitir nota fiscal eletrônica, aí é necessário mais cuidado”, afirma Mota.

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ACESSO

Direitos

continuam PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR COMPLETA 12 ANOS COM RUMORES DE QUE SERIA EXTINTO POR CONTA DA CRISE DO PAÍS. MINISTÉRIO DA SAÚDE NEGA AS ESPECULAÇÕES E GARANTE ORÇAMENTO PARA 2016

A

POR KATHLEN RAMOS

Ampliar o acesso da saúde a toda população nacional, oferecendo medicamentos para as doenças mais comuns no País, de forma gratuita ou com desconto. Foi com esse intuito que nasceu o Programa Farmácia Popular, ação que completa 12 anos em 2016 e traz números bastante satisfatórios. Somente a rede própria disponibiliza 112 itens – entre analgésicos, anti-hipertensivos, medicamentos para diabetes, colesterol, gastrite e outros –, oferecidos gratuitamente ou que são dispensados pelo seu valor de custo, representando até 90% de abatimento. Em 2006, a oferta aumentou com a expansão do Programa para a rede privada. Deno-

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minada Aqui Tem Farmácia Popular, esta modalidade disponibiliza 14 medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma. Medicamentos para outras quatro doenças, incluindo rinite, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas, podem ser adquiridos com até 90% de desconto. Atualmente, o Programa Farmácia Popular conta com 35.179 estabelecimentos, sendo 520 da rede própria e 34.659 da rede credenciada, que beneficiam 4.486 municípios. Nos últimos três anos, segundo informou o Ministério da Saúde (MS), foram investidos mais de R$ 5,7 bilhões no Farmácia Popular. A ação Saúde Não Tem Preço (braço do Aqui Tem Farmácia Popular que proporciona, desde 2011, IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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ACESSO

gratuidade nos medicamentos para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma) gerou uma ampliação do número de pessoas beneficiadas pelo Programa, passando de 1,2 milhão em janeiro de 2011 (período anterior à gratuidade) para mais de 9,8 milhões de pacientes atendidos para todas as patologias em julho de 2016, o que representa crescimento de 679%. Do total de pacientes atendidos, aproximadamente 7,1 milhões são hipertensos e três milhões são diabéticos. Em uma década, o governo investiu R$ 10,4 bilhões no pagamento do Programa. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), de 2007 a 2015, a média de clientes atendidos mensalmente pelo Aqui Tem Farmácia Popular nas farmácias associadas à entidade passou de 335 mil para 1,9 milhão. Em todo o ano passado, mais de 22 milhões de brasileiros foram beneficiados e o número de unidades comercializadas atingiu 58,8 milhões, contra oito milhões do primeiro ano da ação. “O Farmácia Popular é um dos programas governamentais com maior credibilidade entre a população. E a parceria do poder público com a iniciativa privada só corroborou essa aceitação, ao facilitar o acesso a medicamentos e impedir que a população interrompa seus tratamentos de saúde, especialmente para combater doenças crônicas, como diabetes e hipertensão”, observa o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. O diretor presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, também aprova o Programa. “É uma ação de inclusão, que traz acesso à população a um grupo importante de medicamentos”, afirma o especialista, acrescentando que, hoje, mais de três mil farmácias associadas à entidade participam do Programa.

GARANTIA ATÉ O FIM DE 2016 Entre o fim de 2015 e o início deste ano, o Farmácia Popular, considerado uma grande conquista da população, pareceu correr sérios riscos. De acordo com Mena Barreto, a proposta orçamentária do governo federal previa a extinção da verba para o copagamento, mantendo apenas o sistema de gratuidade. O custeio acabou sendo mantido por meio de emenda no Congresso Nacional, que garantiu ao menos R$ 400 milhões a essa modalidade. 50

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COMO OS CONSUMIDORES PODEM PARTICIPAR? Para ter acesso aos medicamentos, basta que o usuário apresente o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), um documento com foto e a receita médica válida. Desde fevereiro deste ano, entraram em vigor as novas regras do Programa Farmácia Popular do Brasil, conforme previsto na Portaria 111/2016, publicada no dia 29 janeiro deste ano. Entre as principais alterações que beneficiam o usuário, estão o novo prazo de validade das prescrições, laudos ou atestados, com o aumento de 120 para 180 dias – exceto para os contraceptivos, cuja validade permanece em 365 dias.

Alheio à aprovação da emenda, segundo Mena Barreto, o MS começou a discutir a redução no valor de referência dos medicamentos a partir do mês de fevereiro deste ano, tornando praticamente inviável a manutenção do Programa pelas redes privadas. “Além deste valor nunca ter sido reajustado ao longo de todos estes anos, mesmo com a inflação corroendo margens e com o aumento galopante de custos, o governo insiste em reduzir o valor pago às farmácias, que já está abaixo do aceitável há muito tempo. E para piorar, nada menos que 13 estados resolveram aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos medicamentos, alegando perda de arrecadação”, disse o executivo da Abrafarma. No entanto, o MS não confirma o final do Programa ou extinção dos medicamentos oferecidos. Em nota, ele esclareceu que o Farmácia Popular continua funcionando regularmente, tendo garantido orçamento para este ano na ordem de R$ 3,2 bilhões. O órgão reforçou, ainda, que houve um crescimento de 14% no orçamento do Programa Farmácia Popular do Brasil, passando de R$ 2,8 bilhões, em 2015, para R$ 3,2 bilhões em 2016. No ano de 2014, o orçamento era equivalente a R$ 2,3 bilhões.

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TEMPORARIAMENTE SUSPENSO PARA FARMÁCIAS Para ingressar, o estabelecimento interessado deve acessar o site do Programa Farmácia Popular na página da Caixa Econômica Federal (CEF) (www.caixa.gov.br/farmaciapopular), para efetuar o seu pré-cadastro e, em seguida, o cadastro on-line. Após concluído o cadastro eletrônico, o responsável legal da empresa deve comparecer a uma agência da CEF de sua preferência para entregar documentação previamente solicitada por e-mail. Após validação da CEF, a empresa precisa encaminhar, ao Ministério da Saúde (MS), o Requerimento e Termo de Adesão (RTA) assinado pelo proprietário na agência, acompanhado dos documentos de Alvará Sanitário, Comprovante de Responsável Técnico, Original de Cupom Fiscal, Autorização de Emissor de Cupom Fiscal emitida pela Secretaria de Fazenda Estadual, entre outros. No entanto, por enquanto, novas adesões não estão sendo aceitas. Segundo o Ministério da Saúde, o credenciamento de novas farmácias e drogarias no Programa Farmácia Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular está temporariamente suspenso desde o dia 5 de dezembro de 2014 em virtude da meta prevista ter sido atingida.

ENTRAVES PARA O CRESCIMENTO A burocracia do sistema público prejudica um acesso ainda maior aos medicamentos do Programa, na visão de Mena Barreto. Segundo ele, os problemas contemplam, por exemplo, prescrições preenchidas de forma incompleta pelo médico. “Em pelo menos 30% dos casos, principalmente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico não coloca a idade/endereço do paciente na prescrição, uma exigência do Programa. Depois de meses tentando uma consulta, o paciente vai à farmácia e as redes privadas são obrigadas a não atendê-lo, sob pena de exclusão do Program a por um simples detalhe como esse”, exemplifica.

Para Mena Barreto, outro problema é a necessidade de retornar à farmácia a cada 30 dias. “Para que complicar a vida do usuário, que já sofre em razão da falta de acesso, com detalhes que podem ser resolvidos com boa vontade? Para o cliente e à imagem do Programa, a frustração causada pelo excesso de burocracia é um desastre”, contesta. A solução, já apresentada pela Abrafarma ao MS, seria dar mais poder para o farmacêutico, que poderia preencher os dados faltantes no ato da compra. O assessor da diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sincofarma/SP), Juan Carlos Becerra Ligos, também enxerga algumas formas de melhorias ao Programa, que, na visão dele, poderia ser revisado no que diz respeito às pessoas contempladas. Para ele, apesar de o Farmácia Popular ter um lado social muito positivo, já que ajuda a melhorar, sensivelmente, a qualidade de vida das pessoas, o Farmácia Popular deveria ser destinado apenas àqueles que, de fato, não têm renda para arcar com o tratamento. “Sinto-me incomodado em oferecer, de graça, medicamentos para aqueles que podem pagar. Essa regra faz com que o medicamento possa faltar para aqueles que, de fato, precisam do Programa. Se aqui no País temos recursos escassos, dever-se-ia canalizá-los a quem não tem acesso”, lamenta o executivo. Ele também acredita que o Programa deveria garantir, junto com ele, mais assistência da classe médica, para que os medicamentos sejam utilizados corretamente. “Pouca diferença faz a receita sem que se entenda como se realiza o tratamento em questão. A informação e assistência são tão ou mais importantes do que o medicamento em si”, alerta o especialista. Em relação às farmácias participantes, o executivo do Sincofarma/SP também enxerga alguns entraves, já que os produtos do Programa constituem uma venda que se torna cara para o varejo, por uma série de motivos. “Demora-se o triplo de tempo para a venda ser realizada, quando comparado a um produto fora do Programa. Afinal, é exigida uma série de requisitos antes de dispensar os medicamentos”, diz. Além disso, segundo Ligos, os documentos gerados para a dispensação desses medicamentos precisam ser arquivados pela farmácia por um período de cinco anos, exigindo um espaço do estabelecimento para este fim. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ACESSO

Ligos também lembra que, para as farmácias participantes, a adaptação pode ser difícil. “Existe uma série de exigências, como softwares que precisam passar por um período de testes. Aliás, muitas lojas precisam pagar por um serviço mensal de empresas especializadas que fazem essa interface e garantem o funcionamento do sistema”, lembra. Mas apesar de todo esse gasto, nem sempre esse negócio apresenta vantagens ao varejista. Aliás, segundo Ligos, mais recentemente, o repasse do valor dos medicamentos do governo às farmácias participantes tem sofrido grande atraso. “Pelo regulamento, o pagamento deveria ser feito em até 45 dias. No entanto, na prática, esse repasse tem sido feito em 90 dias, o que acaba desestimulando pequenas e médias empresas a continuar na ação”, queixa-se.

LIVRE-SE DE IRREGULARIDADES As farmácias que participam do Aqui Tem Farmácia Popular podem passar por uma série de problemas que colocam em risco a inclusão dessas empresas no programa. O CEO presidente da MSD Assessoria Empresarial e Financeira, Marcio Duque, afirma que algumas farmácias de diversas cidades do Brasil têm recebido um ofício da Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), informando o bloqueio das vendas do programa, por determinação do Ministério Público Federal e o encaminhamento para o Departamento Nacional de Auditoria (Denasus), para averiguação de irregularidades. Entre elas, são comuns, por exemplo, as oscilações bruscas nas vendas, algo que pode ser interpretado, pelos auditores, como fraude nas farmácias. “Temos uma solução exclusiva em que coletamos todas as vendas efetuadas por uma farmácia desde o início do programa e geramos relatórios detalhados. Nessas análises, encontramos, por exemplo, valores mensais de R$ 50,00 em um determinado mês e, em outro, R$ 400,00”, diz Duque. Outro problema recorrente é a inclusão, na nota fiscal do consumidor, de medicamentos que não foram comprados, apontando uma falta de conduta de algum colaborador da loja. “O vendedor da farmácia pode aproveitar o fato de o brasileiro não ter o hábito de conferir os cupons fiscais e incluir medicamentos a mais na compra. Por exemplo, o usuário toma 52

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atenolol, mas o vendedor inclui outros medicamentos na dispensação desse usuário, gerando uma venda excessiva e irreal. Também são comuns, durante a auditoria, encontrar vendas de medicamentos para patologias O CEO presidente da MSD Assessoria Empresarial de pessoas idosas entre e Financeira, Marcio jovens de até 25 anos de Duque, alerta que a idade; idosos comprando maioria dos funcionários anticoncepcionais; vendas das farmácias comete irregularidades para fora do horário comercial poder cumprir metas de funcionamento da loja; entre muitas outras fraudes”, mostra Duque, alertando que 70% dessas irregularidades podem ser realizadas pelos funcionários do estabelecimento que, em busca de cumprir metas de vendas, podem cometer essas infrações. Também são falhas frequentes a ausência do Livro de Registro de Inventário (LRI), documento obrigatório para boa parte das farmácias e essencial para aquelas que aderem ao programa. No entanto, segundo dados da consultoria, são pouquíssimas as lojas que têm esse documento. É igualmente comum a ausência de nota fiscal de aquisição de medicamentos (rotina que as farmácias devem cumprir de acordo com as compras). E os estabelecimentos podem ser largamente prejudicados quando são pegos pela auditoria do Programa. “Basicamente, 90% das farmácias que são encaminhadas ao Denasus são descredenciadas, podendo retornar ao programa somente dois anos após a publicação no Diário Oficial da União e quitação de uma multa de 10% referente às vendas dos três últimos meses”, alerta o diretor da MSD. Para auxiliar as farmácias com esses trâmites, algumas assessorias especializadas, como a MSD Assessoria Empresarial e Financeira, podem ajudar, mensalmente, as farmácias que participam do programa tanto na prevenção de problemas quanto na resolução dos mesmos quando eles acontecem. “Nos especializamos em atendimento às farmácias, em todo território nacional, para vencermos os desafios de implantação, renovação e continuidade no Aqui Tem Farmácia Popular”, finaliza Duque.

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RANKING

As maiores do varejo EM 2015, AS 120 EMPRESAS RELACIONADAS PELO RANKING IBEVAR FATURARAM, JUNTAS, QUASE R$ 445 TRILHÕES. A CLASSIFICAÇÃO SEGUIU VÁRIOS CRITÉRIOS, ENTRE ELES, A FORMA DE OPERAÇÃO, QUE REVELOU QUE 57% DELAS ATUAM EM MAIS DE UM CANAL POR VIVIAN LOURENÇO 54

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Em agosto último, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apresentou a sexta edição do “Ranking Ibevar – 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”. Além da identificação das maiores empresas por faturamento, o estudo inclui o Ranking por Eficiência e o Ranking por Imagem. Segundo os dados, no ano de 2015, as 120 empresas relacionadas faturaram, juntas, R$ 444.680.183.775,00. As organizações foram classificadas também segundo a forma de operação, o que mostrou que 57% delas atuam em mais de um canal (lojas físicas, virtuais, etc.); 43% em multiformato (diferentes formatos e tamanhos de lojas); e 43% em multibandeiras (redes distintas). Seguindo o ranking por faturamento, as dez maiores companhias do varejo brasileiro, pela ordem, foram as seguintes: IMAGEM: SHUTTERSTOCK

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A

do ranking anterior; apenas nove recuperação grupos operam mais de mil lojas e da economia apenas 11 grupos operam lojas em deve começar todos os 26 estados do Brasil e no em 2017 Distrito Federal. Segundo o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Claudio Felisoni de Angelo, as 30 primeiras empresas do ranking por faturamento é que comandam a economia brasileira no setor. As 120 empresas representam 28% do consumo de bens no País; os artigos farmacêuticos possuem 5% do peso do segmento do varejo. No setor de perfumaria e drogaria, as cinco maiores empresas são responsáveis por 79% do faturamento total da categoria. Em 2014, esse valor era de 74%. Porém, o setor apresentou um crescimento de 8%, negativo em comparação a outros setores analisados pelo ranking.

DROGARIAS E PERFUMARIAS: RESUMO DOS DADOS Faturamento 2015

Nº de Loja

Nº de Funcionários

R$ 10.100.000.000

3.962

7.000

2. Raia Drogasil

R$ 9.424.777.000

1.235

26.520

Grupo 1. Grupo Boticário

1ª. Grupo Pão de Açúcar. 2ª. Grupo Carrefour. 3ª. Grupo Walmart Brasil. 4ª. Lojas Americanas. 5ª. Magazine Luiza. 6ª. Grupo Boticário. 7ª. Raia Drogasil. 8ª. Ceconsud Brasil Comercial Ltda. 9ª. Máquinas de Vendas. 10ª. Lojas Renner S.A. Comparando com o ano de 2014, o faturamento total das empresas apresentou um crescimento de 5,2%. Naquele período, as dez maiores varejistas do ranking sozinhas eram responsáveis por 50% do faturamento total das 120. Já em 2015, esse percentual é de 51%. Da primeira empresa para a décima, nota-se uma diferença de 9,5 vezes no faturamento; 90 empresas faturaram acima de R$ 1 bilhão versus 79 empresas

3. Drogarias DPSP*

R$ 7.000.000.000

1.080

25.000

4. Farmácias Pague Menos

R$ 4.979.272.000

828

21.320

5. Brasil Pharma

R$ 3.631.755.000

989

16.000

* Valores estimados. Fonte: Ibevar

RANKING POR EFICIÊNCIA Já o Ranking por Eficiência considera exclusivamente, e com base em um método matemático, fatores, como a produção, o número de empregados e o número de lojas (dados disponíveis para todas as empresas). De acordo com Felisoni, puderam-se apurar as cinco empresas mais eficientes para cada segmento do varejo. No setor de drogaria e perfumaria, as que mais se destacaram foram: Grupo Boticário, Raia Drogasil, Drogarias DPSP, Drogaria Catarinense e Drogaria Onofre. As duas menos eficientes desse segmento foram a Profarma e a Drogaria Araújo. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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RANKING

DROGARIA E PERFUMARIA: EFICIÊNCIA E BENCHMARKING Eficiência

Empresas de referência

1. Grupo Boticário

1.00000

Grupo Boticário

2. Raia Drogasil

1.00000

Raia Drogasil

3. Drogarias DPSP*

1.00000

Drogarias DPSP

4. Drogaria Catarinense*

1.00000

Drogaria Catarinense

5. Drogaria Onofre*

1.00000

Drogaria Onofre

6. Dimed S.A. Distribuidora de Medicamentos (Panvel)

0.90163

Grupo Boticário

7. Drogaria Nissei*

0.81830

Grupo Boticário

8. Farmácias Pague Menos

0.71070

Grupo Boticário

9. Extrafarma

0.68661

Grupo Boticário

10. Brasil Pharma

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11. Drogaria Araújo* 12. Profarma

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Indicador de Densidade Imagética

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Grupo Boticário

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* Valores estimados. Fonte: Ibevar

RANKING POR IMAGEM O indicador de atratividade de um objeto mostra o engajamento favorável das pessoas em relação à marca. É definido em duas dimensões: a) Indicador de densidade imagética – é o quociente entre as mensagens favoráveis e o total das mensagens relativas às decisões de compra; b) Indicador de atratividade exclusiva (variável proxy de indicador de fidelidade) – é determinado pela frequência do número de pessoas que se manifestam exclusivamente de modo favorável em relação a determinadas empresas de varejo. Todos os valores foram transformados em índices (para o maior indicador em cada classificação, foi atribuído o valor 100 e demais indicadores expressos em termos deste valor) e as empresas classificadas nos respectivos segmentos. Esse ranking, elaborado em parceria com a Epistemics, identificou as empresas de varejo mencionadas de forma mais positiva nas redes sociais. “Essas empresas foram listadas examinando, nada menos, do que cinco milhões de mensagens espalhadas pelas redes sociais em que foram

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IMAGEM: DROGARIA E PERFUMARIA Empresas

Eficiência Média

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citadas. A análise foi feita a partir de recursos extraídos de diversas áreas do conhecimento, como a linguística (Natural Language Processing); sociologia (estilos de vida); economia (segmentação); Tecnologia da Informação (Big Data e Data Mining); e estatística (análise multivariada)”, explica Felisoni. As mais bem posicionadas no segmento perfumaria e drogaria foram: Drogarias Pacheco, Drogaria SP, Droga Raia, Pague Menos e Drogasil.

IMAGEM: DROGARIA E PERFUMARIA Empresas

Indicador de Atratividade Exclusiva

1. Drogarias Pacheco

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2. Panvel

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3. O Boticário

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4. Farmais

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5. Drogaria SP

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6. Drogasil

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7. Pague Menos

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8. Droga Raia

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EXPECTATIVA DO CONSUMO A renda da população brasileira teve uma queda de 6,7%. Somando-se a isso, a taxa de juros de 95,36% a.a. e a queda no emprego de 4,7%, a população brasileira tem menos da metade do que tinha em 2014 para comprar bens de consumo. “A recuperação lenta da economia deve proporcionar uma queda de quase 9% nas vendas no total do varejo em comparação 2015/2016. Para 2017, acredito que haverá um processo de recuperação já nos primeiros meses do ano, porém, ainda com velocidade reduzida”, diz Felisoni.

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TECNOLOGIA

A serviço da saúde APLICATIVOS, REALIDADE AUMENTADA, BIOMETRIA, CONSULTAS VIRTUAIS, CIRURGIA ROBÓTICA E IMPRESSORAS 3D SÃO ALGUMAS DAS SOLUÇÕES QUE JÁ FAZEM PARTE DO UNIVERSO DA MEDICINA E APONTAM QUE ESTE FUTURO VEIO PARA FICAR POR KATHLEN RAMOS

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O avanço na área da medicina é incontestável nos últimos anos. Aliás, ele pode ser comprovado pelos índices de longevidade exponencialmente mais altos no País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no Brasil, a expectativa de vida ao nascer passou de 62,5 anos de idade em 1980, para 75,2 anos de idade em 2014; e para 2060, a projeção é de que esse índice suba para 81,2 anos de idade. E dentro da área médica, a tecnologia tem ganhado mais força, contribuindo com o desenvolvimento de todo o setor. “As tecnologias hoje são menos invasivas, mais seguras e eficazes. Contribuem para o aumento da longevidade e melhor qualidade de vida. Reduzem o tempo de hospitalização, aceleram o tempo de recuperação, diminuem o risco de infecções e possibilitam a detecção precoce de doenças e maior precisão no tratamento e reabilitação, entre outros benefícios”, enumera o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Carlos Goulart. E os ganhos não estão apenas na área hospitalar e de diagnósticos. Aplicativos desenvolvidos pela indústria surgem para aumentar a adesão a diversos tratamentos; biometria e tecnologias de identificação ajudam pacientes a ter mais segurança; e a realidade aumentada, junto com impressoras 3D, apontam para novas formas de tratamento. Mas apesar de todos os benefícios, essa inovação tem um preço. Boa parte do desenvolvimento na área da saúde, e que tem a tecnologia como aliada, gera aportes elevados, fazendo com que nem toda a população possa ser beneficiada. “Produtos inovadores têm um custo alto no desenvolvimento, o que torna os equipamentos e as drogas de última geração mais caras. Isso faz com que nem todos sejam favorecidos com essa evolução”, argumenta o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro.

Além disso, uma grande parcela dos equipamentos de última geração ou componentes desenvolvidos para a área da saúde é importada, advinda de países, como Estados Unidos, Alemanha e Holanda, encarecendo, ainda mais, os custos para o Brasil. E, nem sempre, por aqui, os hospitais públicos, por exemplo, têm verba para atualização das tecnologias. “Quando novos equipamentos chegam ao mercado, o governo, que representa 65% do consumo na área da saúde, não tem orçamento para a troca dos modelos atuais para os modernos. Assim, a população que depende dos atendimentos gratuitos acaba usando os equipamentos com performance inferior”, comenta Fraccaro. No entanto, ele acredita que esse custo tende a cair ao longo dos anos, aumentando a acessibilidade. “Pense em qual era o custo de um iPad ou de um notebook quando foram lançados. Hoje, esses equipamentos estão muito mais acessíveis. E o mesmo deve acontecer na área da saúde, quando houver uma massificação dessas tecnologias”, aposta o executivo da Abimo. Outra lacuna que vem junto com a tecnologia é a capacitação. Afinal, não adianta deter um robô de última geração se não há uma equipe médica capacitada. Apesar dos avanços na área, a tecnologia não substitui o papel do médico. “A cirurgia robótica é uma ferramenta indispensável aos cirurgiões de ponta que querem o melhor para os seus pacientes, mas o que importa é a habilidade, experiência e, sobretudo, os bons resultados dos cirurgiões operando”, lembra o cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Dr. Antonio Macedo. Acompanhe, a seguir, como algumas tecnologias avançaram e têm sido aplicadas na área da saúde.

BIOMETRIA A biometria, que começa a ser testada no Brasil para as eleições, também passa a ser adotada na área da saúde. Em breve, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser identificados pela digital. A política, construída a partir de uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), irá proporcionar maior segurança no registro e acesso de informações dos cidadãos, além de contribuir para evitar fraudes. O projeto-piloto para o novo modelo de identificação deve começar em serviços ofer2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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TECNOLOGIA

tados pela atenção básica já a partir de 2017. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a biometria permitirá a disponibilização segura do prontuário eletrônico do paciente, já iniciado a partir do Cartão SUS.

TELEMEDICINA A telemedicina se constitui pelo uso da tecnologia para a prestação dos serviços médicos e fornecimento de informações quando a distância é um fator crítico. “Com ela, podem-se fazer laudos a distância, operar equipamentos remotamente, discutir casos em grupos de especialistas espalhados pelo mundo, entre outras aplicações”, avalia Goulart, da Abimed. Segundo ele, uma tendência é a de médicos realizarem consultas via rede de comunicação, no entanto, esse processo ainda não é permitido no Brasil. “Hoje, o País só autoriza a comunicação médico-paciente. Há estimativas de que, em um futuro próximo, 80% das consultas poderão ser feitas a distância”, projeta o especialista. Enquanto isso, a troca de conhecimento entre hospitais privados e públicos já é uma realidade. Em parceria com o Ministério da Saúde por meio do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional ao Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o HIAE desenvolveu um programa permitindo que as equipes do pronto-socorro e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos recebam apoio, em tempo real, de seus especialistas. O programa funciona desde 2012. “Atualmente, 22 hospitais fazem parte do projeto, distribuídos ao longo das diferentes regiões, em especial Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, conta o coordenador do Serviço de Telemedicina do HIAE, Dr. Milton Steinman.

APLICATIVOS Aplicativos gratuitos que ajudam na realização de atividades físicas, que lembram a hora de tomar medicamentos, que auxiliam no emagrecimento... São diversas as plataformas com base nessa tecnologia capazes de ajudar as pessoas no controle da saúde. Inclusive hospitais e a indústria farmacêutica investem nessas ferramentas. Um exemplo é o Einstein Vacinas, app para gerenciamento da carteira de vacinação. O diferen60

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TECNOLOGIA

OS GANHOS NÃO ESTÃO APENAS NA ÁREA HOSPITALAR E DE DIAGNÓSTICOS. APLICATIVOS DESENVOLVIDOS PELA INDÚSTRIA SURGEM PARA AUMENTAR A ADESÃO A DIVERSOS TRATAMENTOS; E A REALIDADE AUMENTADA, JUNTO COM IMPRESSORAS 3D, APONTAM PARA NOVAS FORMAS DE TRATAMENTO cial fica para os alertas que o usuário receberá com a data da próxima vacina e a geolocalização, indicando onde pode se vacinar. Já a Sanofi desenvolveu o StarBem, dirigido a pacientes com diabetes. Composto por aplicativo e portal, o programa oferece, após o cadastro, atendimento com uma educadora em saúde (que pode ser presencial ou a distância), e entre outras funcionalidades, como lembretes sobre a reposição de medicação. Na mesma linha, a AstraZeneca também desenvolveu um programa de adesão ao tratamento dos pacientes, denominado fazbem, que igualmente está disponível via aplicativo. Nele, os pacientes cadastrados podem contar com reportagens, receitas e dicas exclusivas sobre bem-estar; além de descontos em medicamentos. As farmácias também podem se cadastrar nesse programa, auxiliando os pacientes com mais informações sobre diversas enfermidades e orientando-os sobre os descontos, que podem ser fundamentais para dar continuidade à prescrição médica. A Novartis é detentora do Vale Mais Saúde (VMS), um programa completo de adesão ao tratamento e descontos em medicamentos. Já a Roche disponibiliza um serviço diferenciado para pacientes com diabetes. O monitor de glicemia wireless sem fio Accu-chek®, com tecnologia Bluetooh Smart, possibilita a transferência automática do teste de glice62

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mia para o aplicativo Accu-chek® Connect, permitindo conectar médico e paciente para auxiliar no acompanhamento da doença.

VESTÍVEIS E SIMILARES Além dos aplicativos, também há uma grande expectativa de crescimento dos chamados vestíveis. Esses eletrônicos, capazes de coletar dados e gerar informações, são constituídos hoje como pulseiras ou relógios inteligentes. Eles já possuem algumas aplicações na área da saúde ao redor do mundo, como acompanhamento de pacientes que realizaram cirurgias bariátricas; supervisão do sono; monitoramento do tabagismo; entre outros. Usando conceito similar, recentemente, a Abbott apresentou o FreeStyle Libre, que traz uma nova tecnologia de monitoramento de glicose para as pessoas com diabetes. O aparelho é composto por um pequeno sensor redondo, que é aplicado de forma indolor na parte traseira superior do braço. O sensor capta a taxa de glicose no sangue a cada minuto e um leitor escaneado sobre o sensor mostra o valor da glicose medida.

TECNOLOGIAS PARA RASTREABILIDADE Um grande avanço, que ainda está em fase de implementação, diz respeito à rastreabilidade de medicamentos, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma prevê a impressão do GS1 DataMatrix (código bidimensional) funcionando como um Registro Geral (RG) do medicamento. Essa solução promete trazer ganhos não só para o consumidor final, que poderá ter mais segurança quanto à origem do medicamento, como também para as farmácias, que poderão garantir o histórico e a localização das embalagens.

CIRURGIA ROBÓTICA Robôs auxiliando médicos em cirurgias também já fazem parte da vida real. Com visão de alta definição em 3D e braços mecânicos que eliminam tremores, os sistemas robóticos reproduzem, com precisão, os movimentos do cirurgião de maneira muito estável. As cirurgias robóticas abrem um enorme potencial de realização de procedimentos minimamente invasivos.

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TECNOLOGIA

Um exemplo é a laparoscopia, que antes era apenas um exame de abdome, mas agora já pode ser usada para procedimentos cirúrgicos. “Todas as cirurgias realizadas por laparoscopia podem ser feitas por robótica, assim podemos utilizar para todas as cirurgias do aparelho digestivo”, lembra o Dr. Macedo, do HIAE.

DIAGNÓSTICOS Equipamentos de diagnóstico possibilitam a realização de exames e resultados mais rápidos e precisos. Os tomógrafos, hoje, possibilitam a realização de exames de todo o corpo por vezes em tempo inferior a um minuto, conforme afirma o gerente médico de inovação e tecnologia do HIAE, Dr. Marcelo Felix de Maria. “As imagens adquiridas nesse tempo podem chegar a mais de mil fatias (slices), evidenciando que o desenvolvimento tecnológico foi capaz de adicionar qualidade e precisão, ao mesmo tempo em que reduziu desconforto do paciente”, avalia. Além disso, a qualidade dos exames reduz a necessidade de repetições, o que aumenta a produtividade e reduz custos. 64

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IMPRESSORAS 3D E REALIDADE AUMENTADA O Dr. Felix de Maria conta que, hoje, as imagens adquiridas em aparelhos de tomografia e ressonância magnéticas podem ser reconstruídas em formato 3D por softwares de análises médicas. Já os resultados obtidos em impressoras 3D podem ser aplicados em aulas no ensino médico, em guias e planejamento de cirurgias, assim como na elaboração de peças de próteses. “As cirurgias ortopédicas e bucomaxilofaciais são as que incialmente se beneficiam da impressão 3D, em que as próteses plásticas de corpos vertebrais podem ajudar a guiar o procedimento de intervenção, levando à maior precisão para atingir alvos cirúrgicos”, mostra o Dr. Felix de Maria. A mesma propriedade de reconstrução 3D das imagens médicas tem aplicação em outras tendências tecnológicas, como as holografias. “As holografias médicas podem ajudar muito o ensino de medicina, enquanto que técnicas de realidade aumentada têm aplicação, por exemplo, no ato cirúrgico, com visualização comparativa dinâmica das imagens tomográficas e as estruturas anatômicas”, finaliza.

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PROCESSOS

Etapa indispensável

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O OPERADOR LOGÍSTICO EXERCE AÇÕES PREVISTAS NA RDC 17/10, INDISPENSÁVEIS PARA QUE O MEDICAMENTO A SER COMERCIALIZADO EM FARMÁCIAS E DROGARIAS SEJA SEGURO E EFICAZ

CLÓVIS A. GIL Presidente da Ativa Logística 66

No primeiro quadrimestre de 2016, a venda de medicamentos no Brasil alcançou a marca de R$ 5,18 bilhões com a comercialização de 304,9 milhões de unidades, ou seja, um crescimento no faturamento de 21,75% em relação ao mesmo período de 2015, e as unidades vendidas, também no mesmo período, tiveram um acréscimo de 16,02%, informa a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Mesmo com o aumento dos impostos federais e a queda da renda das famílias brasileiras, o setor de medicamentos é um dos poucos que têm resultados positivos. Mas ao mesmo tempo, ações que possam aperfeiçoar os processos de armazenagem e distribuição podem ser fundamentais para a melhoria do negócio. Diante disso, você já pensou como a terceirização das operações logísticas pode ser mais vantajosa? Posso afirmar que é uma forma de aprimorar o processo produtivo em busca de redução de custos, obtendo melhoria contínua dos resultados. É um dos caminhos que as empresas con-

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seguem focar no seu core business, substituindo local de armazenagem por linha de produção, tendo como consequência o aumento de eficiência e produtividade. O operador logístico exerce atividades de receber, armazenar, controlar o estoque, separar pedidos, expedir e, muitas vezes, transportar os produtos conforme solicitação do cliente, garantindo que estas atividades estejam dentro das normas de Boas Práticas de Fabricação, previstas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 17/10. O benefício da terceirização abrange a segurança de contar com equipe especializada na atividade, profissionais capacitados, treinamentos periódicos, registros das atividades exercidas e ambiente adequado, como, por exemplo, salas climatizadas (15ºC a 25ºC) e câmaras frias (2ºC a 8ºC) e monitoramento e controle de temperatura. A empresa ainda pode contar com a adequação de seus produtos, como nacionalização do produto sob supervisão de responsável técnico. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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PESQUISA

Raio X da logística ESTUDO REALIZADO COM EXECUTIVOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS REVELA PREOCUPAÇÃO COM NOVA POLÍTICA DE RASTREABILIDADE DOS MEDICAMENTOS E COM A INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA BRASILEIRA

A

POR FLÁVIA CORBÓ

A fim de traçar um panorama da cadeia de suprimentos no Brasil, a Accenture realizou a pesquisa Supply Chain Management Study com 79 companhias de operação logística que atuam no País, entre novembro e dezembro de 2015. Executivos sênior, responsáveis por decisões estratégicas das empresas, foram convidados a responder a uma série de questões por meio de entrevista telefônica e questionário on-line. Diante das respostas, é possível conhecer as maiores dificuldades do setor e compreender como esses gaps, muitas vezes, têm reflexo direto no abastecimento ao varejo.

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De maneira geral, a maioria dos respondentes foi positiva quanto à grande parte dos aspectos avaliados. Mais da metade dos executivos avaliou como muito alto ou alto o nível de satisfação das operações. A capacidade de aliar custo a metas de orçamento foi avaliada positivamente por 78% dos executivos, por exemplo. Quanto à capacidade de ser ágil diante de diferentes situações, 75% das respostas foram positivas. Processos colaborativos com os fornecedores também parecem ir bem, com 73% de satisfação. De acordo com o diretor executivo e líder da prática de Supply Chain da Accenture, Carlos Capps, os númeIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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PESQUISA

ros precisam ser observados com cautela para não levarem a conclusões equivocadas. “Nosso entendimento é que os respondentes tiveram uma tendência a comparar a eficiência de suas operações apenas com concorrentes do setor farmacêutico. Desse ponto de vista, reconhecemos também um avanço em relação a anos anteriores.” Entretanto, segundo o executivo, quando comparado tanto a players de consumo como de varejo, o desempenho da logística do setor farmacêutico ainda tem áreas de oportunidade. “A participação dos custos de distribuição e armazenagem nos custos totais é consideravelmente mais alta, bem como os dias de cobertura de estoques. Isolando-se as particularidades de cada setor, a pesquisa revelou lacunas de desempenho que indicam oportunidades de melhoria em planejamento, contratação e operação de transportes e armazenagem, que podem não estar sendo visualizadas por algumas empresas do setor.”

GAPS E OPORTUNIDADES Adequar-se a regras e regulações vigentes é uma prioridade a curto prazo para 70% das companhias. No entanto, quando questionadas a respeito das novas regras de rastreabilidade de medicamentos que entram em vigor em dezembro próximo, apenas 58% das empresas participantes da pesquisa afirmaram estarem prontas para operar dentro do novo modelo no prazo estipulado. Segundo Capps, as adequações têm se mostrado bastante desafiadoras. “Uma implementação como essa depende de novas ferramentas e novos processos, além da integração de uma variedade de atores no ecossistema. Tal complexidade requer que as empresas enderecem rapidamente esse tema. O curto prazo para implantação em 100% das empresas do setor é o maior desafio.” Apesar das claras dificuldades de implantação de um sistema dessa magnitude, o executivo admite que o histórico de prorrogações de prazos em marcos regulatórios no País também gera certa acomodação em alguns players. “As maiores empresas do segmento mostram-se mais adiantadas no entendimento do novo modelo. Porém, acreditamos que o estágio de implantação ainda é embrionário. Essa situação é ainda mais crítica nos menores players”, afirma Capps. Um exemplo de prorrogação de prazo é a implantação da logística reversa no País. Fabricantes e operadores logísticos continuam aguardando a definição a respeito da forma que será implantada e quais serão as responsabilidades de cada elo da cadeia. Segundo a pesquisa, por 70

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enquanto, 35% das empresas afirmaram que devem utilizar recursos internos, aproveitando infraestrutura existente e recursos não aproveitados, para trabalhar com a logística reversa. Para Capps, ainda é cedo para tomar essa decisão. “Entendemos que há vantagens em operar internamente a logística reversa e que há espaço para absorver essa demanda adicional. Porém, decisões como essas não podem se limitar somente à existência ou não de capacidade e recursos, já que impõem novas complexidades que podem criar custos não previstos e impactar negativamente as operações. Esse caminho requer o desenvolvimento de novos processos e ferramentas para alavancar as operações sem riscos.” Além dos novos desafios regulatórios que, em tempos de alta do dólar e crescentes custos com mão de obra e energia, comprimem as margens das empresas, a infraestrutura brasileira segue como outro inimigo da cadeia de suprimentos no País. As condições e restrições de tráfego nos grandes centros prejudicam a assertividade da previsão da demanda – a acurácia média é inferior a 40%. Os resultados são altos níveis de estoques na cadeia e de custos de transporte. “A matriz de transportes no Brasil é ainda muito concentrada em rodoviário, diferente de outros países no mundo que possuem distâncias e capilaridade semelhantes a do Brasil. Trânsito em grandes centros e outros problemas, como menor índice de pavimentação, insegurança e conservação das estradas, contribuem para a ineficiência do sistema”, lamenta Capps.

TECNOLOGIA COMO SOLUÇÃO Com a imprevisibilidade causada pelas más condições de infraestrutura, 63% das empresas respondentes reclamam que custos com hora extra dos funcionários ou contratações de emergência representam um dos maiores gastos não previstos dos centros de distribuição e armazenagem. Capps enxerga que a melhor saída é o investimento em novas tecnologias. “Temos conseguido resultados expressivos desenvolvendo novas modelagens que incorporam as variáveis de distribuição e negócio, otimizando a utilização dos ativos, reduzindo custos e melhorando níveis de atendimento.” No entanto, ainda há certa contradição entre os respondentes quando se trata do bom uso da tecnologia. A pesquisa revela que cerca de 40% das empresas ainda não dispõem de visibilidade on-line de suas opera-

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PESQUISA

PRIORIDADES DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO BRASIL Adequar-se a regras/ regulação/legislação

70% Programa Lean Six Sigma (redução de tempo, erros e perdas)

63%

Preparar a cadeia de suprimentos para expansão

68% Colaborações logísticas (parceiros, consumidores, concorrentes)

Programa de redução de custos

65%

63%

ADEQUAÇÃO ÀS NOVAS REGRAS DE RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS Nível de prioridade

65%

Empresas que devem estar preparadas até dezembro de 2016

58%

PRINCIPAIS GASTOS ADICIONAIS DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO Mão de obra extra

Inventário excedente

63%

54%

Manutenção de equipamento

Perda de inventário

51%

27%

Fonte: Accenture – Supply Chain Management Study

ções de produção e armazenamento; ao mesmo tempo, as empresas retratam ter um alto nível de colaboração com clientes e fornecedores, que exige a troca dinâmica de informações. De um jeito ou de outro, logo será possível observar o real nível de controle que as empresas têm de suas operações. Diante da crescente complexidade das operações, aquelas que não investirem seriamente na melhora de tecnologia ficarão para trás. 72

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“Menores volumes, crescente portfólio de produtos, multicanalidade e as novas demandas dos consumidores exigem operações cada vez mais ágeis, obrigando a otimização de curto prazo. Para vencer esse desafio, é necessária a detecção antecipada e ação em tempo real, possível somente com a integração das cadeias e o uso pesado de tecnologia para a coleta e avaliação de dados como ferramenta de previsibilidade, agilidade e melhoria contínua”, determina Capps.

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O mercado farmacêutico na palma da mão!

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OSTEOPOROSE

Fragilidade óssea QUANDO A QUALIDADE DO OSSO DIMINUI, O ESQUELETO TORNA-SE FRÁGIL E O RISCO DE FRATURAS AUMENTA. ESSE PROBLEMA ATINGE DEZ MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL

E

POR ADRIANA BRUNO

Envelhecer com qualidade de vida é o sonho de muita gente, mas o cenário nem sempre é favorável e podem aparecer algumas pedras nesse caminho. Com o passar dos anos, o corpo não é mais o mesmo e as engrenagens que colocam o organismo humano para funcionar podem apresentar falhas e é aí que os problemas de saúde surgem. Um exemplo é a osteoporose. A palavra causa calafrios em muita gente e não é para menos. A doença afeta a resistência dos ossos, aumentando

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sua porosidade, fazendo com que eles fiquem frágeis, percam qualidade, resistência e massa, favorecendo assim o maior risco de fraturas. Para entender como esse processo acontece, o médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), Dr. Sérgio dos Passos Ramos, explica que o osso é um tecido vivo e, portanto, tem uma renovação constante. “Nos ossos, há uma célula que os IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

destrói, o osteoclasto (célula que compõe a matriz óssea) e outra que os reconstrói, o osteoblasto (célula que produz a matriz óssea). Em algumas épocas da vida, a destruição óssea não é seguida imediatamente pela reconstrução, surgindo então grandes lacunas no osso. Isto é a osteoporose”, explica. O problema atinge cerca de dez milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), com predomínio no sexo feminino. “Embora atinja preferencialmente mulheres, em função da perda hormonal da menopausa e pelo menor tamanho do esqueleto, cerca de 20% das fraturas osteoporóticas ocorrem nos homens”, conta a endocrinologista do Centro Integrado de Saúde Óssea do Hospital Sírio-Libanês, professora Dra. Cynthia M. A. Brandão. A incidência da doença pode variar de 14% a 29% em mulheres acima de 50 anos de idade e chegar até 73% em mulheres acima de 80 anos de idade. “As projeções estimadas para os próximos dez anos revelam que se espera que o número de fraturas de quadril osteoporóticas por ano (atualmente 121.700 fraturas) atinja 140 mil pessoas por ano até 2020”, conta o presidente da Comissão de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. Marco Antonio A. da Rocha Loures. Segundo ele, a coluna vertebral, o quadril e o punho são os locais prevalentes de fraturas. “Em mulheres acima de 50 anos de idade, o risco de fratura do colo do fêmur é de 17,5% e da coluna, de 16%. A presença de uma fratura vertebral dobra o risco de futuras fraturas vertebrais”, alerta. Ainda sobre os grupos de indivíduos com maior risco de ter a doença, os caucasianos e os asiáticos são mais atingidos do que as pessoas da raça negra. “Uma em cada três mulheres brancas ocidentais e um a cada cinco homens apresentarão uma fratura osteoporótica depois dos 50 anos de idade, de acordo com a International Osteoporosis Fundation (IOF)”, diz a Dra. Cynthia. A osteoporose é, geralmente, uma doença silenciosa, com poucos sintomas, o que eleva o risco de fraturas, aliás o paciente só procura atendimento médico quando o problema já existe. De acordo com o Dr. Loures, a sintomatologia dolorosa muitas vezes se confunde com doenças reumatológicas. “Cerca de um terço das fraturas das vértebras por osteoporose são assintomáticas”, comenta. Já a Dra. Cynthia relata que estudos demonstraram que cerca de metade das fraturas vertebrais sequer são diagnosticadas clinicamente, permanecendo não identificadas. “A fratura osteoporótica não é um sintoma, mas a consequência mais temida da osteoporose. A mortalidade no primei76

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VALE RESSALTAR QUE O CÁLCIO TEM UM PAPEL IMPORTANTE NA MASSA ÓSSEA NA FASE DE REMODELAÇÃO. JÁ A VITAMINA D ELEVA A ABSORÇÃO INTESTINAL DO CÁLCIO, QUE É O CONSTITUINTE MAIS IMPORTANTE DA PARTE MINERAL DO OSSO ro ano após a fratura de quadril é de cerca de 20%, e dos que sobrevivem, 50% precisarão de ajuda para caminhar”, ressalta.

DEFICIÊNCIA HORMONAL Mulheres. Elas estão no grupo de indivíduos que preferencialmente poderão sofrer as consequências da osteoporose em certo momento de sua vida. Isso porque esse distúrbio osteometabólico está relacionado, entre outras causas, à perda hormonal ocorrida na menopausa. “O estrogênio estimula as células responsáveis pela formação óssea e, na sua ausência, ocorre estimulo à síntese de várias citocinas inflamatórias que aumentam a reabsorção do osso”, explica a Dra. Cynthia. Para ela, embora a causa hormonal também seja importante para os homens, o próprio envelhecimento, em ambos os sexos, contribui para a má absorção de cálcio, deficiência de vitamina D e sedentarismo, levando à aceleração da perda óssea própria desta fase da vida. O endocrinologista e membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Francisco Bandeira, ressalta que o estrogênio tem importância fundamental em determinar o pico de massa óssea após a puberdade e sua deficiência, com a menopausa, é a causa da perda óssea rápida na maioria das mulheres. Ele lembra ainda que, para prevenir a doença, é preciso investir em uma dieta adequada de cálcio desde a infância e, ao longo da vida, recorrer à suplementação de vitamina D, praticar exercícios físicos, evitar fumo e álcool em excesso. Além disso, o médico recomenda ter avaliações constantes na menopausa. “A quantida-

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

FATORES DE RISCO

Uso crônico de medicamentos, como corticosteroides e anticonvulsivantes

Antecedente familiar de fraturas

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Baixo peso

Tabagismo e alcoolismo

Pouca massa muscular

Hipovitaminose D

Paralisias ou condições clínicas que afetem a força e o equilíbrio, levando a quedas frequentes

Hereditariedade

Má alimentação – falta de proteínas

Doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, espondilite anquilosante e doença inflamatória intestinal

Anorexia nervosa

Gastrectomia

Anemia perniciosa

Diabetes

Hipogonadismo masculino

Hiperparatireoidismo

Menopausa

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ESPECIAL SAÚDE

OSTEOPOROSE

de suficiente de cálcio deve ser, em geral, de 1.000 mg ao dia para um adulto e a de vitamina D, na dose de 800 a 2.000 unidades ao dia”, diz. Vale ressaltar que o cálcio tem um papel importante na massa óssea na fase de remodelação. “Uma inadequada absorção intestinal resulta em uma baixa quantidade de cálcio no sangue, provocando secreção de hormônio PTH que faz a reabsorção (dimiO hormônio da nuição) óssea. Já a vitamina D paratireoide (PHT eleva a absorção intestinal do ou paratormônio) é secretado pelas cálcio”, explica o Dr. Loures. glândulas paratireoides A vitamina D é na verdade e atua aumentando a um hormônio produzido na concentração de cálcio pele pela ação dos raios ulno sangue. travioleta. “Uma de suas inúmeras funções no metabolismo ósseo é aumentar a absorção intestinal de cálcio, o constituinte mais importante da parte mineral do osso”, explica a Dra. Cynthia.

PRINCIPAIS LOCAIS DE ACOMETIMENTO DAS FRATURAS OSTEOPORÓTICAS

Úmero Costelas

Vértebras – principalmente na transição da coluna torácica para lombar

Rádio distal (punho)

Fêmur proximal

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O PROBLEMA ATINGE CERCA DE DEZ MILHÕES DE BRASILEIROS, COM PREDOMÍNIO NO SEXO FEMININO. EMBORA ATINJA PREFERENCIALMENTE MULHERES, EM FUNÇÃO DA PERDA HORMONAL DA MENOPAUSA E PELO MENOR TAMANHO DO ESQUELETO, CERCA DE 20% DAS FRATURAS OSTEOPORÓTICAS OCORREM NOS HOMENS DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO A detecção da doença se dá pelo exame de densitometria óssea, que avalia a quantidade de massa óssea e está indicado para todas as mulheres com mais de 65 anos de idade e homens com mais de 70 anos de idade. “As mulheres, na perimenopausa, e os homens com mais de 50 anos de idade, mas que apresentem um fator de risco para a doença, também devem ser submetidos ao exame”, indica a Dra. Cynthia. Ainda segundo a médica, o tratamento envolve medidas medicamentosas e não medicamentosas, o que inclui alternativas fundamentais para reduzir o risco de fraturas, como, por exemplo, assegurar aporte nutricional adequado de cálcio, de preferência de fonte alimentar; ter uma dieta balanceada e sem excesso de sal, que pode provocar perda urinária de cálcio; manter níveis de vitamina D adequados, por meio de exposição solar ou de reposição; estimular a atividade física, de acordo com o condicionamento físico e a idade, com o objetivo de aumentar a força muscular, melhorar o equilíbrio e diminuir o risco de quedas; cessar o uso de tabaco e o excesso de álcool; e por fim, a correção da acuidade visual e controle do uso de sedativos que podem elevar o risco de quedas. “As opções farmacológicas incluem drogas antirreabsortivas, que diminuem a perda óssea, e a teriparatida, única medicação formadora de osso disponível no momento. Na classe dos antirreabsortivos ósseos, encontramos os bisfosfonatos de administração oral (alendronato, ibandronato, risedronato) e endovenosa (pamidronato e ácido zoledrônico) e, mais recentemente, o primeiro medicamento biológico para a osteoporose, o denosumabe, de administração subcutânea”, relata a médica.

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ANSIEDADE

Enfrentando o problema

EXPECTATIVA, PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA, INQUIETAÇÃO SÃO SINTOMAS QUE ATINGEM CERCA DE 20% DA POPULAÇÃO. O TRATAMENTO DEPENDE DO TIPO DE TRANSTORNO QUE A PESSOA APRESENTA

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POR VIVIAN LOURENÇO

Vida corrida e cheia de compromissos, crise política e econômica, preocupações com o trabalho, com a família, com o horário, com a saúde, com o futuro... são inúmeros os desafios que se apresentam diariamente na rotina das pessoas. E isso pode causar males à saúde que precisam de prevenção e tratamento para que não haja incapacitação. Um dos problemas mais frequentes é a ansiedade. De acordo com o médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas

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da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares, a ansiedade é um jeito de o cérebro funcionar de modo que prepare o indivíduo para lidar com situações novas/desconhecidas ou uma que ele espera muito que aconteça. “Não é uma doença, pois prepara o psiquismo e o corpo para enfrentar isso (luta) ou fugir dela caso esta não seja agradável (fuga).” Os transtornos de ansiedade, pelo contrário, são alterações na forma de funcionamento do cérebro IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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que fazem com que os mesmos sintomas da ansiedade fisiológica aconteçam, porém, de maneira intensa e fora de contexto, atrapalhando o indivíduo ao invés de ajudá-lo e, por isso, são tidos como um transtorno psiquiátrico. “A ansiedade fisiológica ajuda a pessoa a lutar e enfrentar um problema difícil. A ansiedade doença faz a pessoa sucumbir frente a um problema, que nem é tão difícil assim, em virtude do medo que o cérebro produz, exacerbando a situação e atrapalhando a pessoa de pensar e de conseguir enfrentá-la”, esclarece o Dr. Tavares.

COMO ELA SE MANIFESTA A ansiedade patológica é determinada pelo comprometimento da vida social do indivíduo. Em seu mais alto nível, é denominada Transtorno de Ansiedade Generalizada, caracterizado por preocupação ou ansiedade excessiva, com motivos injustificáveis ou desproporcionais, de duração maior que seis meses, e de caráter crônico e duradouro. Os avanços da neurociência vêm demonstrando que os vários transtornos mentais têm base no cérebro, decorrentes de alterações no funcionamento dos diversos sistemas de neurotransmissão, que ficam “desregulados”. Sendo assim, o médico psiquiatra, Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg (Alemanha) e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Prof. Dr. Mario Louzã, explica que, não se trata de “besteira”, “frescura” ou “fraqueza de caráter”. Esse tipo de preconceito só prejudica, pois os tratamentos são eficazes e, muitas vezes, a pessoa passa meses ou anos sofrendo pela dificuldade de assumir que tem um problema mental e reluta em procurar ajuda psiquiátrica. Os sintomas são diversos e podem ser mutáveis ao longo do tempo, havendo frequente alternância de humor, como destaca o diretor farmacêutico do Grupo Natulab, Olavo Rodrigues. Alguns dos sintomas da ansiedade podem ser emocionais, mentais e físicos. Os emocionais e mentais se resumem em dificuldade para relaxar, medo constante, sensação de sobrecarga, preocupação e tensão crônicas e exageradas, irritabilidade, dificuldade de concentração e frequentes esquecimentos.

FITOTERÁPICOS APROVADOS PELA CIÊNCIA 1- Melissa ou Melissa officinalis: também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente. Formas de consumo: chá. 2- Camomila ou Matricaria recutita: esse tipo de camomila tem efeito calmante. Formas de consumo: chás ou infusões. 3- Passiflora ou Passiflora incarnata: essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão. Formas de consumo: além de chás, seu princípio ativo entra na fórmula de alguns medicamentos. 4- Valeriana ou Valeriana officinalis: suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono. Formas de consumo: é usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo. Fonte: médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares

Entre os sintomas físicos, estão fadiga, tensão muscular, dor de cabeça, insônia, boca seca, sudorese excessiva, enjoo, dor abdominal ou diarreia, aumento da frequência urinária, tremores, coração acelerado, tonturas, respiração acelerada e palpitações.

PREJUÍZO NO DIA A DIA A ansiedade começa a fazer a pessoa se esquivar dos problemas, fugir das coisas que ela consegue ou evitar situações. Ela fica mais insegura, mais frágil e menos corajosa. Começa a limitar seus horizontes e a amplificar os problemas. “O que era para ser protetor, já que a ansiedade ou o medo fisiológico evitam o ser humano de se arriscar demais e se prejudicar, acaba se tornando um problema por2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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Medicamento natural contra o estresse, ansiedade e agitação.

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ANSIEDADE

CINCO FATORES QUE INDICAM QUE UM INDIVÍDUO SOFRE DE ANSIEDADE 1. Pensamentos ansiosos (medo, preocupação e insegurança) que começam a aparecer, diferente do que a pessoa era, e se tornam intensos e contínuos a ponto de atrapalhar a vida da pessoa consideravelmente. 2. Sintomas ansiosos no corpo (palpitação, falta de ar, aperto no peito, etc.) que acontecem mesmo em situações tranquilas ou que não deveriam provocar tanta expectativa. 3. Dificuldade de se concentrar nas coisas porque os pensamentos de medo invadem a cabeça. 4. Dificuldade de relaxar, sentir que o corpo está dolorido devido à tensão constante. 5. Irritabilidade ou mau humor devido à dificuldade de relaxar pela presença constante dos pensamentos aversivos de medo e preocupação. Fonte: médico psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doença Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e coordenador do Programa de Transtorno Afetivo Bitolar (Protab) da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Diego Tavares

que impede a pessoa de enfrentar o mundo”, alerta o Dr. Tavares. Entende-se que a ansiedade pode gerar resultados positivos ou negativos. São considerados positivos os resultados que contribuem favoravelmente para o indivíduo. A ansiedade positiva move a pessoa na direção de atingir os objetivos. “Por exemplo, quando uma pessoa tem uma prova importante para realizar e sua ansiedade em relação ao bom resultado a impulsiona a se preparar adequadamente para vencer este desafio, claramente esta é uma ansiedade positiva. Já a ansiedade negativa ou patológica é aquela que paralisa, em que o indi86

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víduo não encontra uma forma de resolver o problema percebido, antecipado, gerando um desconforto contínuo e, por vezes, insegurança frente aos desafios diários”, explica a neurologista e conselheira para área médico-científica do Herbarium Laboratório Botânico, Dra. Jackeline Barbosa. É bom ressaltar, como destaca o Dr. Tavares, que a ansiedade fisiológica normal não evolui para doença ansiedade. São coisas diferentes. “Ansiedade fisiológica todo cérebro humano possui e é protetor para a espécie. Assim como todas as doenças em medicina e, em psiquiatria, não é diferente, não é o excesso de algo que faz a pessoa ficar doente. Isto é, não é o excesso de açúcar somente que faz a pessoa se tornar diabética, não é o excesso de ansiedade fisiológica que faz a pessoa ter transtorno de ansiedade. As doenças estão dentro de nós na forma de predisposição, isto é, cada um de nós carrega junto consigo uma ‘tendência’ genética para ter uma doença ou outra, como se fosse um ‘ponto fraco do sistema’, e diante de situações do meio que ‘forçam’ este sistema, é possível a doença aparecer. No caso do transtorno de ansiedade, o sistema é ativado e fica ligado, a partir daí, a pessoa vai ter sintomas de ansiedade ativados e constantes e esta produção dos sintomas não depende mais dela, mas de um cérebro que está funcionado nesse ‘modo’. Não adianta dizer para a pessoa: ‘se acalme’”.

SINTOMAS E GRUPO DE RISCO Num trabalho publicado em março de 2014, na revista Caderno de Saúde Pública, realizado por pesquisadores da Fiocruz, foi estudada a incidência de doenças mentais, com foco em ansiedade e depressão, nas grandes cidades brasileiras. “As taxas desse tipo de patologia no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre foram, respectivamente, 51,9%, 53,3%, 64,3% e 57,7%”, descreveu a Dra. Jackeline. “A análise também indicou que os problemas de saúde mental são especialmente altos em mulheres, desempregados, em pessoas com baixa escolaridade e com baixa renda.” “Os transtornos de ansiedade ocorrem, principalmente, em cérebros de mulheres, e não é porque a mulher é frágil ou mais medrosa que isto acontece, é apenas uma característica da biologia que faz com

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ESPECIAL SAÚDE

ANSIEDADE

OS SINTOMAS SÃO DIVERSOS E PODEM SER MUTÁVEIS AO LONGO DO TEMPO, HAVENDO FREQUENTE ALTERNÂNCIA DE HUMOR. ALGUNS DELES PODEM SER EMOCIONAIS, MENTAIS E FÍSICOS

que isto ocorra. E a faixa etária vai desde a infância até a idade adulta. Em idosos, o início da doença é mais raro”, completa o Dr. Tavares.

TERAPIAS NATURAIS O tratamento para ansiedade, de acordo com o Prof. Dr. Louzã, do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, depende do tipo de transtorno que a pessoa apresenta. De modo geral, são utilizados os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina. Por um tempo curto, podem ser utilizados também os ansiolíticos. Além da medicação, está indicada a psicoterapia para controle dos sintomas mais a longo prazo. Entre os diversos tratamentos para ansiedade, destacam-se os fitoterápicos, para combate a quadros de ansiedade leve a moderada e para tratamento da insônia. A passiflora (Passiflora incarnata) é um dos principais recursos fitoterápicos para ansiedade leve à moderada e irritabilidade, com um mecanismo de ação semelhante às drogas sintéticas mais potentes, como o diazepam e clonazepam, mas sem os riscos de dependência destas últimas, que são substâncias controladas. 88

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Quando se recomendam os fitoterápicos, é importante saber que as ervas diferem dos produtos utilizados na medicina chamada alopática, porque, em vez de conter apenas uma ou duas substâncias específicas, elas contêm um grupo de substâncias, denominado de complexo fitoterápico. Esse complexo pode ter quantidades diferentes das substâncias que o constituem, dependendo do terreno de origem, da forma de cultivo, da época do ano em que foi colhida, etc. Assim sendo, a mesma erva pode se comportar de maneira diferente no organismo humano, dependendo do teor dos seus constituintes. Para evitar que isso aconteça, foi desenvolvido o conceito de padronização do extrato da erva. “Essa padronização consiste em dosar o componente principal do extrato para garantir que os lotes produzidos tenham sempre o mesmo teor do componente eleito como mais importante”, explica a Dra. Jackeline. Já o medicamento homeopático não apresenta efeitos colaterais adversos, explica a diretora farmacêutica da Boiron Brasil, Maria Isabel de Almeida Prado. Ele está à disposição da população como mais uma opção dentro de um arsenal terapêutico.

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A

A atenção à higiene bucal infantil deve iniciar-se mesmo antes de os primeiros dentes começarem a nascer. Incentivar o ato da escovação e não fazer da atividade um castigo garantem que as crianças tenham o saudável hábito de realizar a escovação sem sacrifícios. A prática deve ter início já no momento da amamentação. Pode-se remover os excessos de leite com uma gaze embebida em água filtrada. Assim que os primeiros dentinhos nascerem, deve-se começar o uso de escovas de dente apropriadas, que precisam ter cerdas macias. “Percebemos que as crianças que recebem desde cedo essa educação têm menos rejeição à visita ao dentista e pouca dificuldade para realizar o processo de limpeza dos dentes”, relata o pós-graduado em Odontologia Estética e Reabilitação Dental, Dr. Victor Rogerio. É fundamental que os pais prestem atenção desde sempre na higiene bucal dos filhos. “Ao nascerem os primeiros dentes, é importante orientar as crianças sobre a importância da escovação e de usar o fio dental, fazendo com que isso se torne um hábito”, recomenda o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em implantodontia, professor do curso de especialização em Implantodontia (Orthoplace) e sócio do Centro de Cirurgia Oral, Dr. Henrique Taniguchi. Segundo a Associação Brasileira de Odontopediatria, pode-se utilizar a pasta com flúor por se tratar de uma substância muito eficiente no combate à cárie. “No entanto, algumas correntes homeopáticas advertem que o flúor nesta fase pode ser prejudicial. Nesse caso, deve-se usar em mínima quantidade a fim de evitar que a criança venha a ingerir”, esclarece.

PRIMEIRO CONTATO COM A ESCOVA A partir do nascimento dos primeiros dentes, o cuidado com a escovação deve ser prioritário. O cirurgião-dentista e professor, mestre e doutor em odontologia da Uniban, Dr. Hugo Lewgoy, explica que, mesmo que as

MUITOS FABRICANTES ESPECIFICAM A FAIXA ETÁRIA A QUAL O PRODUTO SE DESTINA. ATÉ OS CINCO ANOS, HAVERÁ APENAS DENTES DE LEITE, DAÍ POR DIANTE, DENTIÇÃO MISTA, PORTANTO, O TAMANHO DA ESCOVA DEVE VARIAR CONFORME O TAMANHO DA BOCA crianças ainda não possuam coordenação necessária para a escovação, os pais devem deixá-las realizar a higiene oral por elas mesmas. “Com quatro ou cinco meses, as crianças podem segurar as escovas na boca, para se acostumar com o objeto. Esse processo pode se repetir até elas completarem um ano.” De acordo com o especialista, os primeiros dentes começam a aparecer a partir dos seis meses e, aos dois anos, a dentição de leite está completa. “As escovas precisam conter várias cerdas e devem ser ultramacias, pois a gengiva é delicada. A escovação deve ser feita três vezes ao dia, sendo que a mais importante e cuidadosa deve ser antes do sono mais prolongado”, salienta o Dr. Lewgoy. A recomendação é reforçada pelo dentista da Odontobalance, Dr. Rogério Pavan. “Tão logo a criança comece a ter o mínimo de destreza, os pais devem incentivá-la a escovar seus próprios dentinhos, no entanto, devem escová-los novamente depois, desta forma, cria-se o hábito. Até os sete anos de idade, a criança irá deixar falhas no processo de escovação.” Os especialistas orientam a forma correta para que os pais ajudem o filho em sua higienização: o primeiro passo é limpar as superfícies internas dos dentes, depois a parte voltada para a bochecha e posterior na área de mastigação dos dentes, sempre com movimentos suaves para frente e para trás. As soluções de bochecho podem ser usadas por crianças acima de seis anos, desde que já saibam cuspir. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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ESPECIAL SAÚDE

ORAL CARE

TRAUMATISMOS DENTÁRIOS SÃO FREQUENTES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA As causas dos traumatismos são variadas e incluem choques contra superfícies duras, quedas de superfícies elevadas ou da própria altura e até colisões com outras crianças.

CARACTERÍSTICAS DA ACIDENTES MAIS CRIANÇA COMUNS

MEDIDAS PREVENTIVAS

0 a 6 meses

Depende totalmente dos adultos, porém já se movimenta para os lados e para frente. Além disso, consegue segurar pequenos objetos.

Os acidentes podem ser causados por terceiros, como queda do bebê conforto, quedas do colo e do trocador.

Berço e cercadinhos são lugares seguros para o bebê ficar a sós. Evitar que o bebê conforto fique em superfícies elevadas.

7 a 11 meses

Começa a engatinhar e apresenta atividade motora mais ativa. Já consegue ficar sentada e dá os primeiros passos. É nessa fase que os primeiros dentes aparecem, o que faz com que leve objetos à boca.

Aumento da possibilidade de quedas. O hábito de levar objetos à boca também pode elevar o risco de traumatismo dos dentes.

Evitar brinquedos com pontas ou arestas que possam machucar a boca ou quebrar os dentes.

1 ano

Consegue andar com mais facilidade. A habilidade motora fica mais firme, mas ainda em desenvolvimento.

Está mais suscetível a quedas da própria altura e choques com objetos fixos.

O uso de andador deve ser evitado, pois além de comprometer o desenvolvimento saudável, pode causar quedas.

2 anos

A locomoção aumenta, podendo subir e descer escadas, abrir gavetas, chutar bola e buscar objetos com as mãos.

Ainda está suscetível a acidentes de quedas, especialmente em escadas, móveis perto de janelas e objetos que estejam ao alcance.

O uso de portões de segurança em escadas é sugerido. Móveis com pontas arredondadas também são indicados.

3 a 4 anos

O mundo social cresce e a atividade motora também. Fase em que corre, pula e salta.

Os acidentes por queda e colisões aumentam em virtude de brincadeiras e jogos com outras crianças.

Observar se os cordões dos sapatos estão atados. É indicado, ainda, o uso de piso antiderrapante.

5 a 9 anos

Fica mais independente dos adultos. Apresenta muito mais energia para correr e escalar os lugares.

O contato físico fica mais intenso. É nessa fase que, geralmente, as crianças iniciam a prática esportiva. Ainda começam a andar de bicicleta, patins, skate, o que favorece quedas mais perigosas.

Usar roupas adequadas e protetores, como cotoveleiras, joelheiras, capacetes, auxiliam em evitar machucados mais sérios.

10 a 12 anos

Nessa fase, as crianças estão fora de casa grande parte do tempo. As atividades físicas ficam mais intensas.

A partir dessa idade, o maior risco de traumatismo dentário está na prática de esportes e brincadeiras agressivas.

Orientar a criança a não empurrar ou assustar colegas que estiverem com objetos de qualquer natureza próximos à boca, como instrumentos de sopro, garrafas e até bebedouros.

FAIXA ETÁRIA

Fonte: Cruz, Eliane Raye Valim e Campos, Vera. Primeiros socorros para os seus filhos: traumatismo dentário: manual prático para pais, professores, técnicos e responsáveis/São Paulo: Santos, 2011

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SENSIBILIDADE DENTAL A sensibilidade dental é causada pela exposição gradual da parte mais macia do dente que está abaixo do esmalte dental, chamada “dentina”. A dentina possui pequenos canais “túbulos” que contêm terminações nervosas e são preenchidos por fluidos. Comer ou beber alimentos que são quentes, frios ou doces pode fazer com que esse fluido se movimente. O movimento desse fluido faz com que as terminações nervosas reajam, desencadeando uma pontada desconfortável ou uma dor curta e aguda. As causas do problema podem ser: • Escovação com força excessiva: hábitos de higiene oral, como escovação com muita frequência, muito agressiva ou com uma escova de cerdas duras, podem eventualmente desgastar o esmalte dos dentes. Esses hábitos também podem causar a retração das gengivas, causando maior exposição da dentina. • Doença da gengiva (gengivite): quando o tecido da gengiva fica inflamado e sensível em decorrência de gengivite, pode haver sensibilidade na gengiva e nos dentes devido à exposição adicional da dentina na superfície da raiz. • Ranger dos dentes: ranger os dentes quando dorme, ou apertá-los ao longo do dia, pode desgastar o esmalte e expor a camada de dentina. • Retração gengival: causada por condições como doença periodontal, pode expor a dentina do dente e causar sensibilidade. A escovação muito agressiva ou frequente também pode causar a retração das gengivas. Para controlar o problema, existem cremes dentais específicos para a sensibilidade. Fonte: Sensodyne

A pasta dental para crianças deve ter sabor agradável a fim de estimular o uso. Uma vez que o hábito de escovar os dentes se torne algo prazeroso, pequenas correções na técnica farão com que as pessoas tenham dentes “branquinhos” e saudáveis. “No que diz respeito às escovas, é preciso cuidado. Muitos fabricantes especificam nas embalagens a faixa etária a qual o produto se destina. Até os cinco anos, em média, haverá apenas dentes de leite, daí por diante, dentição mista, portanto, o tamanho da escova deve variar conforme o tamanho da boca”, salienta o Dr. Pavan.

PROBLEMAS DA FALTA DE HIGIENE ORAL Nem sempre as pessoas dão a devida atenção aos sinais que a boca e os dentes enviam para o resto do corpo. “De forma geral, há uma série de problemas de saúde que tem foco inicial na cavidade oral, como endocardite infecciosa, dor de cabeça crônica e até pneumonia”, explica o Dr. Rogerio. Qualquer lesão na gengiva pode servir de porta de entrada para as bactérias presentes na placa dental invadirem o corpo pela corrente sanguínea, favorecendo doenças infecciosas. A má higiene bucal, além de facilitar o aparecimento de cáries e doenças gengivais, provoca mau hálito. “A maior e mais popular doença da boca nesta idade é a cárie dentária. Trata-se de um processo infeccioso”, relata o Dr. Pavan.

HÁBITO SAUDÁVEL De acordo com os especialistas, o incentivo dos pais na hora da escovação é fundamental para uma higiene bucal eficiente. “Mesmo sem a necessidade, até o uso do fio dental e da escova interdental deve ser incentivado; o risco de cárie diminui muito durante a vida”, explica o Dr. Lewgoy. Outro ato que pode ajudar é deixar a criança escolher a sua escova de dente, isto a incentivará a ter uma boa higiene bucal. “Também é importante adotar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido, por produzirem os ácidos da placa que causam cáries, finaliza o Dr. Taniguchi. 2016 OUTUBRO GUIA DA FARMÁCIA

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CUIDADOS

Sorriso seguro O MERCADO DE FIXADORES DE DENTADURAS NÃO PARA DE CRESCER. OFERECER OPÇÕES DE PRODUTOS, MARCAS RECONHECIDAS E QUALIDADE NO ATENDIMENTO, É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DAS VENDAS

P

POR TASSIA ROCHA

Para os consumidores que, por algum motivo, perderam os dentes, o uso da dentadura é uma ótima opção. Porém, antes de conseguir chegar à plena adaptação, algumas pessoas passam por dificuldades. O uso de prótese dentária não é bem-visto por boa parte da população. As pessoas sentem vergonha. O constrangimento começa durante as relações sociais, pois, muitas vezes, a prótese não se encaixa perfeitamente na gengiva, causando, assim, desconforto ao falar. Mas a indústria dessa categoria vem se desenvolvendo cada vez mais, oferecendo produtos de qualidade que promovem segurança e bem-estar aos usuários. É possível encontrar soluções em cremes, películas, pós e fitas adesivas. As diversas opções garantem uma aceitação de um maior número de usuários de próteses. O ponto de venda (PDV) precisa estar preparado com todos os itens.

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Farmacêuticos e balconistas devem estar cientes de que quando o consumidor começa a utilizar uma prótese dentária, ele passa por uma série de adaptações, da sua gengiva, língua e dos músculos faciais, além de como se alimentar e falar com a prótese, por isso, a necessidade de se indicar o uso dos fixadores. “Muitos usuários de dentadura reclamam que os alimentos, muitas vezes, ficam retidos entre a dentadura e a gengiva, o que é desconfortável, causando dor e preocupações, como o mau hálito. O uso de fixadores auxilia a bloquear partículas de alimentos e ajuda o consumidor a ter uma vida mais confortável e segura ao comer”, afirma a gerente de produto da marca Corega, Adriana Adri. O fixador também melhora o conforto no uso da dentadura e pode fornecer fixação por até 12 horas, dando maior segurança em situações sociais. Existem também limpadores específicos para a manutenção. As dentaduras são mais macias do que os dentes IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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CUIDADOS

TOP 3 – MAIS VENDIDOS ULTRA COREGA GSK CONSUMO

e escová-las com creme dental pode arranhá-las. O consumidor não consegue ver os arranhões microscópicos, mas eles criam condições ideais para o crescimento de bactérias que podem causar irritações ou mau hálito. Segundo Adriana, hoje, no Brasil, existem mais de 38 milhões de usuários de prótese dentária (dentadura), que podem ser totais ou parciais. Ela acrescenta ainda que a maior concentração é de pessoas acima de 45 anos de idade. A categoria de fixadores é bastante rentável, uma vez que todos os usuários de prótese utilizam, ou vão precisar usar, o produto; oferecer variedade e preços compatíveis, fideliza clientes. O seguimento apresentou um crescimento de 9% no mercado (Preço Consumidor – julho 2015 a junho 2016 vs. julho 2014 a junho 2015, de acordo com o IMS Health). É importante ressaltar que o desenvolvimento da categoria depende muito do estímulo dos varejistas, e um fator essencial é que ela esteja visível na loja e que o shopper possa interagir e realizar a compra sem dificuldades ou barreiras. De acordo com Adriana, a categoria movimenta em torno de 719* milhões de unidades e R$ 10,5* milhões ao mês. Saber identificar o local exato para expor esses produtos é fundamental para garantir as vendas. “A exposição dos produtos do segmento de fixadores de dentadura costuma estar associada aos de cuidados bucais. Dessa forma, encontram-se próximos aos cremes, escovas dentais e enxaguantes bucais”, explica o gerente de Algasiv, Mauricio Zotarelli.

COMO USAR O fixador de dentadura, quando utilizado pela primeira vez, deve ser aplicado em uma pequena quantidade, colocando mais se necessário. O excesso de adesivo pode causar transbordamento, neste caso, recomende ao consumidor aplicar menos da próxima vez. Podem ser necessárias algumas tentativas para ajustar a quantidade adequada de adesivo à prótese. “O consumidor deve aplicar uma vez ao dia para garantir adesão. Se for preciso, aplicar mais de uma vez ao dia e procurar orientação do dentista. Além disso, próteses mal adaptadas podem ser prejudiciais à saúde. A ingestão de pequenas quantidades do produto, se usado conforme o recomendado, pode ocorrer, mas não apresenta riscos”, afirma Adriana. Ela recomenda que o consumidor lave e seque a prótese dental, depois aplique o fixador não muito perto das bordas, enxague e coloque corretamente na boca. Feito isso, 100

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COREGA GSK CONSUMO

FIXODENT PROCTER & GAMBLE

Ranking com base em Preço Consumidor – julho 2015 a junho 2016. Fonte: IMS Health

USO ADEQUADO Alguns erros podem acontecer durante o uso dos fixadores. Oriente o consumidor de forma simples sobre o que é, ou não, permitido durante a aplicação: • Não utilizar o produto mais de uma vez ao dia. • Não usar uma quantidade grande da primeira vez. Pode levar algum tempo até encontrar a quantidade apropriada para o consumidor. • Não utilizar o produto em excesso para dentaduras mal ajustadas. Não há nenhum benefício na fixação ao aplicar mais produto que o indicado. • Encostar o bico da bisnaga sobre uma dentadura molhada pode entupir a saída. Manter o bico da bisnaga seco e fechar para evitar entupimentos. • Para ajudar na limpeza das gengivas, utilizar uma escova de dente macia e água morna. • Consultar o dentista regularmente para garantir o formato adequado das dentaduras. Fonte: gerente de categoria P&G, Luis Daniel Aguirre

informe ao cliente para que pressione firmemente e morda por alguns segundos. Já para remover a prótese, Adriana informa que o usuário faça um bochecho com água e remova o produto lentamente, movimentando para frente e para trás. Depois, remover os resíduos do produto da prótese e da boca com auxílio de água morna e uma escova macia. *Fonte: Média IMS TRI julho/16

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O

POR LÍGIA FAVORETTO, TASSIA ROCHA E VIVIAN LOURENÇO

O término do inverno e a chegada da primavera são determinantes para as compras da próxima estação. Ao trabalhar com a sazonalidade que o verão propicia, o varejo farmacêutico pode e deve se adequar à nova demanda. Para começar, ter um planejamento bem definido é fundamental. O primeiro aspecto que deve ser levado em consideração é analisar onde a loja está inserida e qual o público-alvo a ser atendido.

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De acordo com o superintendente da Associação ECR Brasil, Claudio Czapski, os varejistas devem avaliar o que muda para o negócio no verão. “O segundo ponto é ter em mente qual o perfil do público. Regular, fiel ou variável? Mais idosos, mais jovens e qual o relacionamento que os clientes têm com o hábito de consumo nesta estação.” A partir daí, o executivo diz que é possível definir o que será mudado no sortimento, se vão existir campanhas ou se vai ser mantido o que está em linha e comprar o que tem mais saída. “Cada cateIMAGENS: SHUTTERSTOCK

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goria deve ser pensada individualmente, bem como os correlatos da ocasião de consumo, responsáveis por alavancar as vendas.” O coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Nuno Fouto, afirma que o planejamento precisa sempre ser feito na estação anterior. “No verão, a sazonalidade é alta, deve-se pensar mais em Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPC) e menos em medicamento.” Ele complementa dizendo que um planejamento geral pode ser feito no início do ano e outro mais detalhado no fim do primeiro semestre. “É importante montar como e quais serão os pedidos.” A partir do histórico de vendas do ano anterior, as lojas conseguem obter o fator de sazonalidade. Fouto lembra que pode existir variabilidade das vendas, para mais ou para menos. “Esse ajuste precisa ser feito agora, para que tudo seja acertado com os fornecedores.” Um aspecto que deve ser levado em consideração são as sazonalidades específicas de cada segmento, pois elas determinam o calendário promocional do negócio e definem momentos específicos para a revisão do mix de categorias e produtos. Os itens de maior demanda são os destinados aos cuidados e à proteção da pele, já que esta tende a ficar mais exposta. O nível de inovação é muito grande no setor. Para adequar o mix , é preciso identificar os produtos que são específicos, os que garantem rentabilidade e os que são iguais, com uma nova roupagem. É importante dispor de opções por faixas de preços, sobretudo para atender a todas as classes consumidoras. Uma alternativa, que garante bons resultados e gera economia para o negócio, é adquirir os lançamentos em quantidade experimental, com boas condições de reposição.

PROTEÇÃO SOLAR Mês de férias, época de altas temperaturas e muita exposição solar, afinal, praia e mar são destinos certos. Mas no meio de tanta agitação, muitas vezes, as pessoas se esquecem do mais importante durante os dias mais quentes: a proteção solar. É exatamente nesta época do ano que os consumidores querem aproveitar o sol ao máximo para conquistar o tom de pele dourado e perfeito. Mas 104

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não se pode esquecer de que é importante recomendar moderação e cautela. A única forma de prevenção é fazer uso do bloqueador solar, e cada tom de pele exige um fator de proteção específico. Os dermatologistas alertam para a importância do uso constante, principalmente nas áreas mais expostas, como, por exemplo, o rosto.

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VODOL® (nitrato de miconazol) Indicado no tratamento de Tinea pedis (pé de atleta), Tinea cruris (micose na região da virilha), Tinea corporis e onicomicoses (micose nas unhas) causadas pelo Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum; candidíase cutânea (micose de pele), Tinea versicolor e cromotose. MS–1.0497.1155 / 1.0497.1357. Ref. 1. Bula do produto. SAC 0800 11 15 59 - www.uniaoquimica.com.br - Ago/2016.

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As vendas dos produtos dessa categoria têm aumento significativo durante o verão, porém, ela ainda possui uma baixa penetração, comparada a outras categorias de HPC. Segundo a gerente de shopper & gerenciamento por categoria da Johnson & Johnson, Patrícia Gimenes, é fundamental garantir, no sortimento e na exposição, a gama completa de Fatores de Proteção Solar (FPS) disponível. Em muitos casos, o ponto de venda (PDV) é onde o shopper conhece as novidades da categoria. Presença e visibilidade de novos produtos são essenciais para agregar valor à gôndola de proteção solar.

PÓS-SOL Quando o consumidor exagera na exposição solar, o que indicar para amenizar o problema? O excesso de sol sem proteção solar a curto prazo pode causar queimaduras, bolhas, manchas e agravamento em quadros de acne. A longo prazo, além do envelhecimento precoce, podem surgir problemas mais graves, como câncer de pele. Se houver queimadura, produtos específicos, como, por exemplo, cremes pós-sol com aloe vera, podem ser utilizados. Esses itens contêm substâncias calmantes e formulação mais leve, em gel ou loção. Os produtos pós-sol apresentam fórmula suave e rápida absorção para hidratar e proporcionar alívio.

REPELENTES Além de livrar a população do incômodo das picadas, o repelente também virou arma contra a dengue, doença que cresce no País a cada ano. E a categoria tem a sua venda aumentada a partir do início da elevação das temperaturas, já que é nesta fase que a aparição dos insetos fica mais evidente e incômoda. No mercado brasileiro, a gerente de produto do Grupo Cimed, Priscilla Florêncio, destaca que os repelentes são comercializados em diversas versões, tais como: loção, spray e aerossol. E há três diferen106

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tes tipos de princípios ativos: icaridina, DEET (abreviatura de N,N-dietil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) e IR3535. Ela explica que a icaridina possui ação de longa duração no combate aos insetos, quando encontrada na proporção entre 20% e 25%. Nessas concentrações, o produto protege as pessoas por até dez horas. O DEET é o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Os repelentes com DEET protegem por até quatro horas, em média. E sua concentração varia entre 5% e 15%. O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses, alerta. Todos os outros só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, é indicado para tão pouca idade. O tempo de proteção é de até quatro horas. A Reckitt Benckiser (RB) apresenta as variantes aerossol, spray, loção e gel (kids) que foram desenvolvidas para atender a preferências e necessidades informadas pelo consumidor.

DEPILATÓRIOS A busca das mulheres por uma pele macia e sem pelos tem sido uma constante. O simples ato de removê-los faz com que a consumidora se sinta muito mais feminina. Por isso, a depilação acaba sendo uma prática comum e fundamental na rotina de beleza. “Ainda mais agora com a proximidade do verão, época de maior exposição do corpo”, enaltece a marca Gillette Venus, da P&G. Com tantas opções disponíveis no mercado, a consumidora acaba por ter as suas preferências quando o assunto é a depilação. São vários os métodos disponíveis: cera

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MIX fria, cera quente, creme depilatório normal e até mesmo o que pode ser usado durante o banho, além das lâminas descartáveis. Com qualquer um desses métodos, a mulher consegue autonomia, liberdade e privacidade, estando no controle de sua própria beleza. Segundo dados da BIC, apenas 10% do público feminino opta por arrancar os pelos com cera, as demais usam a lâmina (31%) ou uma combinação de técnicas, dependendo do local a ser depilado (58%). A preferência das mulheres se dá por uma série de fatores: a depilação por lâmina é mais barata, indolor, rápida, prática e pode ser realizada em qualquer lugar. A vantagem dos cremes depilatórios em relação às lâminas, segundo informa a DepiRoll, é que, além de ser um processo indolor, o crescimento do pelo acontecerá a partir de sete dias após a depilação. Já com as lâminas, o processo deve ser repetido a partir de dois dias.

ÓLEOS E HIDRATANTES No verão, a pele pode ficar mais fragilizada devido à exposição excessiva ao sol. O uso constante de hidratantes previne e combate a desidratação da tez e ajuda, ainda, em casos de queimaduras. Seja qual for o tipo de pele da consumidora, seca, mista ou oleosa, é importante reforçar o uso de óleos corporais e hidratantes durante essa época do ano. Os hidratantes são uma mistura de agentes especialmente desenvolvidos para fazer com que a epiderme (camada externa da pele) fique mais macia e flexível ao elevar sua hidratação. “Além de aumentar ou restaurar os níveis normais de hidratação da pele, esses produtos podem ter outros efeitos adicionais, como a construção de uma barreira contra a perda de líquidos pela epiderme, a reparação da pele seca ou escamosa e a retardação do envelhecimento”, ensina a coordenadora de marketing e comitê de produtos da Memphis, Vanessa Soares. Cada pessoa necessita de um produto que se adapte ao tipo de pele. Para as mais secas, é recomendado o uso de hidratantes com formulações ricas em óleos, manteigas e ceras, pois possuem matérias-primas oclusivas (que bloqueiam a saída de água da pele) e emolientes (que têm a capacidade de amaciar a pele). Para pele normal à oleosa, é recomendado o uso de hidratantes com formulações compostas por ingredientes menos oclusivos para uma manutenção da vitalidade. Com a pele hidratada, o consumidor consegue manter a barreira cutânea íntegra, o que auxilia no impedimento da descamação e aparecimento de áreas esbranquiçadas na pele. 108

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A importância do feedback

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A AÇÃO É MUITAS VEZES CONFUNDIDA COM UMA BRONCA. O QUE EMPRESA E FUNCIONÁRIO PRECISAM TER EM MENTE É QUE ESTA FERRAMENTA VISA À MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS

EDINHO BARBOSA Consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento, coach e proprietário de farmácia 11 0

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Existe grande queixa por parte da equipe da farmácia em não receber do líder informações a respeito do desempenho do colaborador. Muitos trabalham sem saber onde, por que e como podem melhorar e entregar mais para a empresa. Na farmácia, a equipe solicita orientação, direcionamento e tudo isto pode ser resumido em uma palavra: feedback. Culturalmente, temos dificuldade para entregar esse presente aos funcionários que é o feedback, por confundi-lo com uma bronca, no entanto, ele é muito mais que isto, feedback é: • Mostrar o que o colaborador deve fazer; • Como deve fazer; • Por que deve fazer; • Quais os ganhos em fazer; • Quais as perdas por não fazer. O que fazer na hora de gerar e dar um feedback positivo? Faça abertamente, isto é, na frente de quem quer que seja. Fatos positivos são sempre bem-vindos, e lembre-se de captar a atenção do seu liderado para que não passe despercebido. Para captar a atenção do seu liderado, chame-o pelo nome e quando ele direcionar o olhar para você, fale! O que fazer na hora de gerar e anunciar um feedback “negativo”?

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• Baseie-se em fatos e dados (fatos são neutros); • O feedback é em cima de um comportamento e não da pessoa; • Nunca dar o feedback na frente de outras pessoas; • Chame a pessoa em particular e fale o que precisa ser mudado ou melhorado; • Fale para ela qual é ou quais são as perdas se continuar com atitude ou comportamento tidos como errados. FEEDBACK SANDUÍCHE Chame a pessoa, comece falando sobre algo de bom que ela tenha, faça-a se sentir bem em ouvir isto; em seguida, fale do comportamento “negativo” e, brevemente, explique as perdas que podem ocorrer com isto; e, imediatamente, fale alguma qualidade ou ponto positivo que a pessoa tenha ou faça. DICAS RÁPIDAS • Mantenha sempre o time informado. • Procure dar o direcionamento com indicadores de performance, isto é, deixe sempre bem claro o que está buscando com o time. • Avalie constantemente os resultados que estão sendo colhidos para não deixar um problema, que às vezes pode ser pequeno, se tornar grande. IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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A relação das brasileiras com os cabelos é algo que merece atenção no Brasil. Seja entre mulheres jovens ou maduras, é fato que todas elas dedicam uma boa parte do tempo ao cuidado com os fios, que acompanham seu estado de espírito ou as tendências da estação. E diante de tantas transformações, que passam por novas cores ou processos químicos (alisamentos, permanentes...) ou físicos (escovas, chapinhas...), é fato que, gradativamente, as IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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COMO SÃO PRODUTOS QUE AS MULHERES NÃO DEIXAM ACABAR E POR TEREM EM MENTE QUE NÃO PERDEM A DATA DE VALIDADE TÃO FACILMENTE, AS PROMOÇÕES COSTUMAM SER MUITO BEM-VINDAS E SURTEM ÓTIMOS RESULTADOS PARA AS VENDAS

mulheres desejam novas formas de cuidados com os cabelos, para que eles suportem, com saúde, todas as modificações sonhadas. Frente a esse cenário, é fato que a categoria de hair care se fortalece no País e, somente os xampus, já atingem 90% de penetração nos lares. As farmácias podem acompanhar esse desempenho, principalmente entre aquelas que oferecem um mix diferenciado e especializado. Esses produtos são capazes de gerar fluxo na loja e o shopper (80% mulheres, que são responsáveis pelas suas compras particulares e da família) considera o canal farma como um ambiente prazeroso, no qual podem encontrar produtos direcionados às mais diversas necessidades. Com a categoria de hair care, o shopper (55% de mulheres com faixa etária entre 30 e 49 anos de idade) está sempre aberto à experimentação. Aliás, aquele mito de que ‘os cabelos acostumam com o xampu e é preciso trocá-lo sempre’ é algo que ainda faz parte das suas crenças e, por isso, os produtos para cabelos tendem a ter pouca fidelidade. No ponto de venda (PDV), de modo geral, elas gostam de fazer suas compras sem pressa: querem conhecer as novidades, se encantam pelas embalagens bonitas, abrem o produto para sentir o perfume, leem rótulos e esperam, com sua compra,

dar uma melhor aparência para o cabelo. Assim, no PDV, pode ser explorado um ambiente organizado e atraente, a fim de que se aumente o tempo de interação com os produtos. Aliás, nas farmácias, explorar a ambientação da loja é fundamental, já que é algo que pode trazer uma vantagem competitiva e as tornam diferentes de supermercados, por exemplo. Então, sempre que possível, as gôndolas dedicadas a hair care devem explorar o glamour, trazendo uma iluminação diferenciada e estimulando a ideia de espaço individualizado. O espaço pode, ainda, oferecer consultoras para esclarecer as dúvidas do consumidor, serviço

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LOJA PERFEITA

considerado uma das principais alavancas de vendas nas categorias de beleza como um todo. Em relação às marcas, é importante que cada PDV observe o seu posicionamento para entregar o melhor sortimento. Mas, de qualquer forma, independentemente das características da loja, é recomendável que se tenha as principais marcas do mercado, separadas por performance (para que deem a impressão de um estabelecimento completo e supram as necessidades das mulheres que, diante da crise, abandonaram os salões de beleza para fazer seus tratamentos em casa); intermediárias (que podem constituir a maior gama de produtos); e de preço (que também podem ter uma boa variedade, caso a loja tenha como foco os públicos das classes D e E). Também recomenda-se ter menos marcas e, em cada uma delas, oferecer uma maior profundidade (linhas completas), do que ter um grande número delas, mas com poucas opções.

LINHAS COMPLETAS No momento de distribuir os produtos no PDV, a primeira divisão deve se dar por segmentos, separando os produtos específicos (anticaspas, que iniciam o fluxo), seguidos pelos de maior performance, intermediários e básicos, nesta ordem. Depois, os produtos são separados por marca e, dentro de cada uma delas, indica-se expor as subcategorias na seguinte sequência: cremes, condicionadores e xampus. Vale lembrar que os xampus, como geradores de tráfego, devem estar sempre no final do fluxo de cada marca. Seguindo o mesmo raciocínio, cremes para pentear e de tratamento são subcategorias de maior valor agregado e geradoras de lucro. Portanto, precisam iniciar o fluxo. Também é importante reforçar a importância de disponibilizar, na hora da exposição, os combos com as linhas completas. Afinal, as mulheres também acreditam no fato de que, se usarem xampu e condicionador da mesma linha, podem ter resultados melhores. Pesquisas indicam, inclusive, que 93% das mulheres costumam comprar o condicionador da mesma marca que o xampu. Assim, é recomendado que esses produtos estejam sempre juntos no PDV e, se possível, vale explorar outros itens da mesma família no espaço, como cremes de tratamento, para pentear e finalizadores. 11 6

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PENETRAÇÃO DE HAIR CARE NO LARES DO PAÍS Xampu:

90%

74% Creme para pentear: 57% Creme para Tratamento: 47% Condicionador:

É igualmente recomendável que os produtos de hair care sejam expostos próximos a outras categorias femininas, como absorventes, sabonetes, itens de cutelaria e acessórios para os cabelos, estimulando as vendas de artigos adicionais e fora da lista.

ESTIMULANDO A CONVERSÃO Como são produtos que as mulheres não deixam acabar e por terem em mente que não perdem a data de validade tão facilmente, as promoções costumam ser muito bem-vindas (especialmente neste cenário de crise) e surtem ótimos resultados para as vendas. Entre elas, podem-se oferecer: kits com xampus e condicionadores por um preço menor que o valor individual de cada produto; promoções como ‘Leve 2, Pague 1’ ou oferta de itens relacionados, como sabonetes ou desodorantes (inclusive, esse tipo de ação permite o contato com produtos novos, estimulando compras posteriores); descontos (tamanho maior do produto com abatimento em dinheiro); embalagens reutilizáveis; e promoções de preço em tabloides, que podem ser recebidos em casa e motivam a ida ao PDV. Especialmente entre lançamentos, também podem ser exploradas as ações de sampling, que são as amostras grátis de produtos, em miniembalagens, que estimulam a experimentação, sem a necessidade de desembolso imediato.

Conteúdo customizado, produzido pela diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Texto de Kathlen Ramos.

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SEMPRE EM DIA

Tecnologias inovadoras A INDÚSTRIA DA BELEZA APOSTA EM FORMULAÇÕES ÚNICAS E EXCLUSIVAS PARA AS NECESSIDADES DAS BRASILEIRAS. O OBJETIVO É QUE ELAS ESTEJAM COM A APARÊNCIA IMPECÁVEL AO LONGO DO DIA POR LÍGIA FAVORETTO E TASSIA ROCHA

LIVRE DE SINAIS

Com a rotina frenética das mulheres, é quase impossível não chegar ao fim do dia com os sinais da idade e do cansaço mais visíveis e a pele mais oleosa. Pensando nisso, Vichy traz para o Brasil Idéalia Dayproof, que combate tudo isso, com controle do brilho e efeito refrescante. O produto age na redução de rugas finas, na melhora de textura e de luminosidade da pele, enquanto controla o brilho. Sua eficácia anti-idade está na presença do kombucha, ativo natural derivado do chá preto fermentado, que possui propriedades antioxidantes, com ação completa na qualidade da pele, além da tecnologia Aquakeep. ■ www.vichy.com.br 11 8

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USO DIÁRIO

Os produtos da linha SUNDOWN® Todo Dia oferecem proteção imediata contra os raios ultravioleta (UVA e UVB) e tecnologia fotoestável, que proporciona o mesmo nível de proteção durante todo o tempo de exposição ao sol. Estão disponíveis nas versões com Fator de Proteção Solar (FPS) 30 e FPS 60 em bisnaga e nos tamanhos 130 mL e 220 mL. A nova linha de produtos possui fórmula desenvolvida especialmente para o uso diário de toda a família, incluindo crianças. Com textura mais leve e fragrância suave, é ideal para ser aplicada no rosto e no corpo. ■ www.jnjbrasil.com.br IMAGENS: SHUTTERSTOCK/DIVULGAÇÃO

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CUIDADO FEMININO

LINHA INTERATIVA

Para tornar a hora do banho e da higiene infantil mais gostosa e divertida, a Condor lança a nova linha de produtos exclusiva do Snoopy, personagem que faz sucesso entre crianças e adultos há muitos anos. Entre as novidades, estão a escova para cabelo e o pente para meninos e meninas, esponja para banho e escova e creme dental.

Assim como mãos, pernas e rosto possuem características diferentes e pedem cuidados específicos, a região íntima também merece uma atenção especial. Pensando no bem-estar da área íntima feminina, a NIVEA lança o sabonete líquido íntimo Fresh Comfort. Sua fórmula com ácido lático, que ajuda a manter o pH natural da região, e extrato de aloe vera, limpa e oferece proteção e sensação de frescor. ■ www.nivea.com.br

■ www.condor.ind.br

SÉRUM REVOLUCIONADOR

A Família Probentol cresceu. A Cifarma lança um novo produto: Probentol Sérum, um reconstrutor de fios específico para cabelos pós-tintura e pós-química. Probentol Sérum associa o poder hidratante do dexpantenol com a ação da tecnologia Masxyl Complex, promovendo a reconstrução dos fios e selando as cutículas. Probentol Sérum diminui o volume dos cabelos, tem ação anti frizz, facilita o pentear, evidência e mantém o brilho, hidrata, dá maciez, realça a cor e facilita a modelagem dos fios. Probentol Sérum é ideal para manter a cor, o brilho e a maciez dos cabelos tingidos e quimicamente tratados. Probentol é apresentado em frasco spray de 50 mL.

CORES METALIZADAS

A Vult desenvolveu a coleção de batons LET’S ROCK! São 16 cores que destacam com ousadia e atitude o volume dos lábios. Possui fórmula cremosa e acetinada enriquecida com partículas luminosas. Sua textura macia e de fácil aplicação proporciona cobertura uniforme, excelente fixação e, principalmente, conforto aos lábios. ■ www.vult.com.br

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SEMPRE EM DIA

PROTEÇÃO CONTRA MANCHAS A nova linha de antitranspirantes Rexona Invisible combina a tecnologia Motionsense, que é ativada pelo movimento e libera partículas de extraproteção, com uma formulação inovadora no combate às manchas. Os produtos foram especialmente desenvolvidos com ingredientes que minimizam os resíduos, evitando assim o aparecimento de marcas brancas nas roupas e a formação de manchas amarelas sobre os tecidos. Essa combinação é única no mercado brasileiro. ■ www.rexona.com.br

PARA TODA A FAMÍLIA

Sorriso, a marca de higiene bucal da Colgate-Palmolive, apresenta a novidade Sorriso Fort Protect, composta por creme e escova dental que possui um sistema antiplaca + branqueamento para dentes fortes e ainda mais brancos. O novo creme dental possui proteção contra a formação da placa e remove manchas, polindo os dentes para um sorriso mais branco e protegido. Já a escova possui cerdas multiniveladas, que permitem limpeza total dos dentes, e um cabo emborrachado para maior conforto no momento da escovação. ■ www.colgate.com.br

INOVAÇÃO PARA PELES OLEOSAS TRATAMENTO DOS CABELOS LOUROS A Niely acaba de desenvolver uma linha exclusiva para as necessidades específicas de mulheres e homens que possuem cabelos louros. O Shampoo Matizador e a Máscara Matizadora fazem parte da recém-lançada linha Niely Gold Louro Absoluto e promovem a manutenção dos fios louros, platinados, descoloridos ou com mechas, oferecendo resultado imediato com qualidade de salão. A novidade visa democratizar o uso do matizador, oferecendo uma opção com qualidade e preço acessível. ■ www.fiquediva.com.br 120

Tendência nos Estados Unidos e na Ásia, as máscara faciais chegaram para ficar no Brasil. Mas unir ativos consagrados na dermatologia para tratar a pele oleosa não é uma tarefa fácil. SkinCeuticals aceitou o desafio e apresenta Clarifying Clay Masque, uma máscara de argila dermatológica multifuncional que remove as impurezas e desobstrui os poros, auxilia no combate à oleosidade excessiva, restaura o viço e uniformiza a pele. O produto pode ser usado de uma a duas vezes por semana. ■ www.skinceuticals.com.br

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Seja voluntário do Programa Adotei um Sorriso. E descubra que não existe recompensa melhor do que a alegria.

Adote um Sorriso. Seja voluntário da Fundação Abrinq. Você que é dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, nutricionista, oftalmologista e apaixonado pelo que faz pode fazer parte da equipe de voluntários da Fundação Abrinq e se dedicar a crianças e adolescentes que precisam de auxílio. A recompensa, não tenha dúvida, vem em sorrisos. Inscreva-se pelo www.fundabrinq.org.br/adotei Atuando no seu consultório ou dentro de organizações sociais, você vai fazer a diferença.

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INSTITUCIONAL – ABRADILAN

Nossos próximos desafios PARA TER UMA CONTINUIDADE NO CRESCIMENTO DE VENDAS DE MEDICAMENTOS, O GOVERNO DEVE TOMAR ALGUMAS MEDIDAS, COMO O CONTROLE DOS PREÇOS

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www.abradilan.com.br

PO R J O S É C AR LOS N OGUEIR A , A SSESSOR J UR ÍDICO D A AB RAD ILAN

Apesar de atravessarmos um difícil período político e econômico, podemos notar, no mercado farmacêutico, uma considerável situação estável. No entanto, sem dúvida alguma, nem sempre essa situação revela uma circunstância favorável. Mesmo assim, podemos esperar um contínuo crescimento, ainda que tímido, de vendas no setor. Mesmo que possa parecer paradoxal, o controle de preços praticado pelo governo – normalmente abaixo da inflação e sem levar em conta o valor em moeda americana na importação da matéria-prima para a fabricação de medicamentos – em vez de aumentar as vendas e facilitar o acesso da população aos medicamentos necessários para seu tratamento, pode conduzir à falta de produtos nas prateleiras, na medida em que pode não acontecer uma compensação suficiente para a sua fabricação, distribuição e comercialização. Atualmente, com as condições de preços acima apontadas, as empresas envolvidas na fabricação e comercialização de medicamentos devem enfrentar a re-

dução de custos para a manutenção de suas atividades e ao aprimoramento de seu portfólio. E, para tanto, as empresas, todos os agentes que fazem parte da cadeia farmacêutica (indústria, distribuidor e varejo), precisam de sérios e fundamentais investimentos em tecnologia de informação (o que os socorre em economia de escala e em economia de escopo) cujos resultados nem sempre se apresentam de forma imediata. Para além dos pontos já anotados, devemos nos lembrar sempre da necessidade que os agentes econômicos envolvidos no sistema de vigilância sanitária têm de atender às mudanças regulatórias que ocorrem como resultado do avanço do conhecimento científico. O custo regulatório, considerado como custo afundado, somente poderá ser de alguma forma compensado se as empresas, em toda a cadeia, puderem ter uma margem de lucro realmente capaz de garantir o investimento realizado e suficiente para se manterem atualizadas e competitivas. Soma-se a isso, às condições de mercado já mencionadas, a questão tribu-

tária. É de conhecimento comum que a carga tributária no Brasil carrega um peso impeditivo para um real desenvolvimento industrial e comercial, sendo o caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que em alguns estados da federação é cobrado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), o que de fato não retrata a realidade da comercialização entre distribuidores e varejo, apenas o mais emblemático de todos, e que merecerá, assim como outras condições fiscais, constantes comentários nesse espaço pela sua importância para o mercado farmacêutico e toda a sociedade. Portanto, certas questões precisarão continuar a ser enfrentadas nos próximos meses para que se possam manter as condições de investimento, operação e competitividade das empresas submetidas ao sistema de vigilância sanitária, em especial fabricantes, distribuidoras e varejistas de medicamentos, notadamente, para início de jogo de mercado, as que têm os seus preços controlados.

Indústria Farmacêutica

Inovando para o seu bem-estar.

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Empresas sócias colaboradoras da Abradilan

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millipharma.com.br

Está chegando ao Brasil um novo jeito de tomar multivitaminas: a qualquer hora e em qualquer lugar. EUNOVA está ampliando a sua família com mais uma inovação que vai movimentar a sua farmácia: a única multivitaminas em pó para tomar sem água.

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