Volta às Aulas 2017

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ZERO HORA TERÇA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2017

BOAS-VINDAS AO MUNDO

DO CONHECIMENTO E

NATÁLIA GOMES

Período de adaptação de quem vai à escola pela primeira vez ou está passando da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve ser acompanhado com atenção pelos pais ou responsáveis

xpectativa, questionamentos, ansiedade. Os últimos dias de férias são dignos de quem vive às vésperas de entrar em uma grande aventura para as crianças que, a partir de fevereiro, passarão a frequentar a escola pela primeira vez ou fazer a transição da Educação Infantil (EI) para os anos iniciais do Ensino Fundamental (EF). E cabe aos pais ou responsáveis acompanhar os estudantes no início dessa jornada no mundo da educação para ajudar que a adaptação à nova rotina ocorra com tranquilidade. Crianças novatas na escola, ou que estejam mudando de instituição de ensino, devem começar a receber, desde as férias, informações sobre a rotina escolar, como os horários, as atividades e a estrutura disponibilizada pelo colégio. No caso de alunos que estão passando da EI para o EF, os pais e a escola devem dividir a responsabilidade de conduzi-los de uma educação lúdica e livre, vivenciada até então, à nova realidade com regras, avaliações e compromissos mais delimitados. É importante que os adultos não criem um ambiente amedrontador para as crianças, pois isso vai incutir uma responsabilidade que elas ainda não são capazes de absorver. A adaptação no Ensino Fundamental é uma construção a ser realizada durante todo o ano escolar. — Na escola infantil, há monitores e estrutura específica para aquela faixa etária. Quando se inicia no EF, as preocupações e a responsabilidade da escola continuam as mesmas, mas a forma de administrar isso começa a ser diferente. As aprendizagens na EI passam por momentos lúdicos direcionados para uma descoberta mais espontânea. No EF, por vezes, a aprendizagem passa a ser estruturada e não tão espontânea, porque os professores precisam dar conta de todos os conteúdos — explica a assessora da pedagogia universitária e coordenação pedagógica da Universidade Feevale, Sandra Difini Kopzinski. LEIA MAIS NA PÁGINA 4

HORA DO RECREIO Veja as melhores combinações para levar dentro da lancheira | 5 EXTRACLASSE Como escolher as atividades nas quais se matricular no turno inverso | 11


economia na livraria

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Materialescolar

SEM PESAR NO BOLSO

PEXELS,DVG

PESQUISAS NA INTERNET e em lojas físicas, compras coletivas realizadas por grupos de pais e feiras populares com desconto são opções para diminuir a conta na hora de passar as compras para o colégio no caixa da papelaria

U

m dos momentos mais aguardados pelas crianças na véspera da volta às aulas, a compra do material escolar tem potencial para se transformar em uma dor de cabeça para os pais ou responsáveis. Com uma infinidade de opções desde as mais minimalistas até as estampadas com motivos que remetem a personagens infantis, a conta da papelaria pode ter grande variação dependendo dos itens escolhidos. Para tornar a lista mais leve para o bolso, especialistas aconselham os pais a só irem às compras depois de realizar pesquisas tanto na internet quanto em lojas físicas, onde é possível deixar uma cópia da lista da escola e conseguir o orçamento alguns dias depois. E, sobretudo, realizar uma negociação com as crianças explicando a situação econômica da família e o valor máximo disponível para essa finalidade. A planejadora financeira Letícia Camargo aconselha os pais a explicarem aos estudantes que não há necessidade, por exemplo, de comprar materiais novos caso os antigos ainda estejam em bom estado. Se alguma borracha ou caderno não foram usados em 2016, podem acompanhar o aluno na nova fase da vida escolar. – Não é uma questão apenas de

economia, mas de sustentabilidade. É preciso explicar às crianças que árvores precisam ser derrubadas para fabricar novos lápis. É uma ótima oportunidade para ensinarmos educação financeira e cidadania – explica Letícia.

PREÇOS SIMILARES AOS DE 2016 Ainda que alguns itens possam ser reutilizáveis, a maior parte do material precisa ser comprada. E os lojistas prometem preços similares aos de 2016, pois dizem ter havido esforço da categoria em manter os valores estáveis. – Exceto nos itens como mochilas e estojos, os materiais estão com a mesma faixa de preço do ano passado. São pouquíssimos os que tiveram aumento – afirma o gerente da Livaria Cervo, Ben Hur Boeira. Para quem busca garantir a economia, uma boa opção é a Feira do Material Escolar de Porto Alegre, que está sendo realizada até 4 de março na Praça da Alfândega (veja serviço ao lado). Há opções de cestas básicas de material escolar a partir de R$ 14,40. Além das cestas, os produtos também são vendidos separadamente. Os preços tiveram reajuste de 3% em relação ao ano passado.

Compras em grupo podem deixar a conta mais barata Comprar várias unidades de cada item da lista de material escolar pode servir como barganha para conseguir um desconto maior do que o convencional nas lojas especializadas. Pais de alunos da mesma série podem organizar compras coletivas para conseguir preços mais acessíveis. A planejadora financeira Letícia Camargo ressalta que realizar orçamentos em diferentes livrarias é mais fácil quando a tarefa é conjunta. Um grupo de 15 pessoas pode fazer o levantamento em 15 estabelecimentos para saber qual deles oferece os menores valores.

– Muitas lojas oferecem preço diferenciado para compras em grande volume. Na loja onde fiz a pesquisa, os descontos eram de 12% a 30%, o uma economia significativa. É uma boa alternativa para quem não quer abrir mão das marcas favoritas ou da qualidade desejada – afirma Letícia. Quem é novato nesse sistema de compras pode propor um teste a outros pais que já são conhecidos: ao realizar o orçamento, já deve-se perguntar ao lojista qual o desconto oferecido se um grupo de pais comprarem os mesmos itens naquela livraria.

ECONOMIZE COMPRE MAIS BARATO Expositores prometem preços mais baratos do que no mercado Feira do material escolar de Porto Alegre • Até 4 de março,na Praça da Alfândega. • De segunda a sexta-feira,das 9h às 19h, e aos sábados,das 9h às 18h. • Há oferta de cestas básicas de material escolar a partir de R$ 14,40. • Compras acima de R$ 150 podem ser parceladas em quatro vezes sem juros.

DIMINUA A CONTA Veja dicas para gastar menos ao adquirir os itens escolares • Se o orçamento está curto,cogite comprar uma quantidade menor,apenas a necessária para o primeiro semestre. •Verifique em casa,antes de ir às compras,se há produtos do ano anterior que podem ser reaproveitados. • Se levar os filhos junto na livraria, estabeleça desde casa os critérios e o valor máximo a ser gasto com os materiais. • Procure especificar,junto à lista,o tipo de material a ser comprado (como cadernos simples,e não com personagens infantis na capa),para evitar impulsos que podem surgir na loja. • A internet permite pesquisar e comparar quais lojas oferecem os melhores preços. • Combinar compras em conjunto com outros pais pode aumentar a probabilidade de conseguir descontos nas papelarias. • Se for pagar à vista,negocie descontos ou melhores condições de pagamento.



anos iniciais

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Foco na integração

COM A ESCOLA APOIO EM CASA

DURANTE A ADAPTAÇÃO

ARTE NATÁLIA GOMES

PAIS E RESPONSÁVEIS devem aproveitar as semanas que antecedem o início das aulas para conversar com os estudantes sobre o que eles devem encontrar no novo ambiente escolar e como será a nova rotina

Veja como ajudar os filhos a se integrar ao novo ambiente • Busque conhecer e entender o funcionamento da escola conversando com a direção ou os orientadores pedagógicos. • Prepare o aluno para o que ele vai encontrar no novo ambiente.Antes das aulas, mostre o uniforme,a agenda, o material e,se possível,leve a criança para visitar o espaço físico da escola. • Nos primeiros dias,se

É

chegado o momento de ampliar o convívio, até então restrito à família, para se integrar àquele que será o segundo espaço mais importante de vivências durante toda a infância: a escola. E, para que a adaptação neste novo ambiente seja plena, é preciso que haja uma atitude positiva dos pais em relação aos professores e à comunidade escolar, pois a criança aprende das coisas que sente e observa tanto quanto do que ela que ela ouve, de acordo com a professora do curso de Educação da Escola de Humanidades da PUCRS, Maria Inês Corte Vitoria. – Se os pais saem de casa com uma postura de confiança, uma postura esperançosa, que diz para a criança, com atitudes, que ela vai começar uma etapa muito boa na vida dela, com novos amigos, brinquedos, e uma professora legal, a criança consegue sentir isso. Já é um ótimo passo – destaca a Maria Inês. Nos dias que antecedem o início do calendário escolar, é importante preparar os alunos para o que eles vão encontrar no novo ambiente. Especialistas afirmam que, quanto mais os pais derem informações sobre o novo ambiente e tranquilidade na fala, mais natural será a adaptação das crianças. Os primeiros passos na escola são um dos momentos mais importantes da vida da criança, que re-

percutirá até a fase adulta. – É um momento muito íntimo. A materialidade da vida em sociedade começa a ser experenciada no ingresso na escola, e isso é de importância fundamental para o desenvolvimento da criança. Por isso, só há lugar para amorosidade, confiança, esperança, diálogo e atenção que eu tenho que ter com o meu filho – explica a professora da PUCRS.

REORGANIZAÇÃO FAMILIAR A mudança também pode acarretar uma reorganização da rotina familiar, já que algumas crianças matriculadas em turno integral na Educação Infantil agora passarão a frequentar apenas um turno, fazendo com que a família passe a encontrar novas maneiras. E os últimos dias de férias devem ser o momento para se preparar para essa situação. – Na escola infantil, há monitores e estrutura específica para aquela faixa etária. Quando se inicia no EF, as preocupações e a responsabilidade da escola continuam as mesmas, mas a forma de administrar isso começa a ser diferente – diz a pedagoga Sandra Difini Kopzinski, da Universidade Feevale, A expectativa sobre o que aguarda os alunos no novo ambiente escolar pode ser mais forte nos pais do que nos próprios

estudantes. Sandra afirma que os responsáveis costumam ficar apreensivos, por exemplo, sobre as exigências da escola, e muitas vezes acabam transmitindo esse sentimento sem sequer se dar conta. É comum que os pais ou responsáveis tenham sintomas de ansiedade ou de nervosismo às vésperas do início do ano letivo. Nesse caso, procurar a coordenação pedagógica da escola ajuda a conseguir segurança para acompanhar os filhos com tranquilidade. Ter um ambiente positivo em casa facilita os primeiros dias na escola – e todos os que se sucederão. – O projeto educativo só vai alcançar êxito se for assumido em conjunto pela família e pela escola. É nessa perspectiva de união de esforços e de partilha de conhecimentos e de diálogo que apostamos em uma integração completa entre escola e família. São saberes complementares que se juntam quando a família chega à escola – afirma a professora Maria Inês. De acordo com a especialista, o alinhamento de objetivos para a formação do estudante permite o desenvolvimento de uma confiança mútua entre os pais e a escola que facilita a vida escolar. – Os adultos, tanto da família quanto da escola, sabem que uns reforçam o trabalho dos outros. E a criança sente que é prazeroso tanto estar na sala de aula quanto fora dela – explica.

necessário,permaneça na escola junto à criança. • Observe e pergunte à criança o que ela está sentindo. • Estimule a criança a falar sobre o processo de adaptação,perguntando se ele lembra o nome da professora e de alguns colegas e se já fez algum amigo novo, quais os momentos da escola que ela mais gostou.

DIETA DIGITAL O período de adaptação dos filhos merece atenção integral dos pais. Por isso, a pedagoga Maria Inês Corte Vitoria aconselha moderar o consumo de redes sociais, pois elas podem desviar atenção daquilo que mais importa: – Não posso dizer que estou completamente dedicado e comprometido com esse processo quando meus olhos estão divididos entre três, quatro ou até cinco interfaces, seja do

Facebook, do WhatsApp ou do Instagram. Não precisa avisar o tempo todo, nas redes sociais, o que está acontecendo com as crianças. Aconselho usar esses recursos depois da fase de adaptação. Segundo ela, é preciso criar cumplicidade entre a criança, a escola e a família. É importante que os pais agucem a observação e a escuta para entender como a criança está reagindo frente ao processo de adaptação.

GRUPO DE PAIS NO WHATSAPP As redes sociais e os aplicativos podem ser um espaço útil para fazer combinações entre os pais,mas devem respeitar o bom senso e o preceito de que a comunicação por aplicativos como o WhatsApp seja mais cuidadosa do que pessoalmente,pois a mensagem pode ser recebida de forma equivocada no outro lado da tela. – Ao criar um grupo de pais no WhatsApp,por exemplo, pressupõe-se que todos

são amigos, o que não necessariamente corresponde à realidade.Antes de adicionar qualquer pessoa, é importante perguntar se ela quer participar daquele espaço – orienta a pedagoga Sandra Difini Kopzinski. Apesar de facilitar o envio e o recebimento de mensagens, a comunicação virtual jamais deve substituir a presencial em casos como conversar com os professores sobre o desempenho dos filhos.


alimentação

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Lancheira bem

ABASTECIDA

DE OLHO NO RECREIO

A MERENDEIRA IDEAL Veja os três tipos de alimentos indicados para consumo na escola Uma fonte de carboidrato integral Sanduíches naturais feitos com pão integral, bolos e cookies integrais caseiros,milho verde em espiga,pão de queijo caseiro, barrinhas de cereal caseiras ou opções prontas feitas com ingredientes mais puros e aveia em flocos.Frutas também são fontes de carboidrato e quanto mais variedades delas forem oferecidas à criança ao longo da semana,melhor.Lembrese de priorizar as frutas da estação. PEXELS,DVG

Uma fonte de proteína Queijos brancos picados (queijo minas, ricota e mussarela de búfala),ovo cozido e iogurtes naturais,que podem ser batidos com frutas e mel para melhorar a aceitabilidade da criança e evitar versões com açúcar e corante.

ALIMENTOS INGERIDOS PELAS CRIANÇAS têm função tão importante como os livros: fornecem energia para assimilar as tarefas na sala de aula

N

a hora de mandar os filhos para a escola, não é apenas o material didático dentro da mochila que vai ajudar a assimilar os ensinamentos da sala de aula. Nutricionistas advertem que pensar o conteúdo da lancheira é tão essencial quanto os livros e os cadernos: ele é responsável por gerar energia para que o estudante consiga desempenhar plenamento todas as tarefas, desde as físicas até as intelectuais. Os alimentos consumidos durante o dia – incluídos os da hora do recreio – devem ser aliados no processo de ensinoaprendizagem. A função dos lanches que vão à escola também é fornecer energia para as atividades permanentes das crianças, conforme explica a nutricionista e coach Denise Entrudo. Por isso, o lanche do intervalo da manhã ou da tarde deve ser elaborado para complementar as refeições principais. E tudo começa, segundo Denise, com um bom café da manhã. – Há estudos que comparam, por exemplo, os tipos de café

da manhã dados para a criança: com frutas e carboidratos de qualidade, elas têm melhor resposta na escola, diferentemente das crianças que consomem apenas um um achocolatado ou não tomam café da manhã. Há uma grande diferença de aprendizado, na parte cognitiva – explica a nutricionista. E, normalmente, os lanches preparados em casa têm mais potencial de serem saudáveis do que os comprados no bar da escola – ainda que existam opções saudáveis, não costumam ser estas as que mais chamam a atenção das crianças.

PEQUENOSPODEM PREPARAROLANCHE – Preparar a merenda em casa ajuda muito, pois garante uma melhor qualidade dos lanches e uma segurança na escolha dos ingredientes – explica a nutricionista Simone Bach. E para conseguir com que as crianças tenham expectativa para abrir a lancheira levada de ca-

sa, a participação delas na escolha dos alimentos é essencial, de acordo com Simone. O ideal é que os pais ou responsáveis envolvam os filhos na elaboração das receitas, aumentando a recepção delas aos ingredientes e fazendo com que as crianças se familiarizem com os alimentos. É possível envolver os pequenos na preparação de bolos e apresentar a eles frutas variadas, estimulando o aprendizado das cores e dos nomes de cada uma. Aproveitar o fim de semana para promover um momento lúdico e prazeroso preparando cookies em formatos diferentes que irão para a lancheira durante a semana pode ser uma forma de conquistar o paladar infantil. As nutricionistas aconselham a variar os alimentos, pois cada um terá nutrientes diferentes que precisam ser assimilados pelo organismo – uma regra que vale também para os adultos. E não se trata de nada complicado ou que demande muito tempo: com todos os alimentos em mãos, cinco minutos são suficientes para montar a lancheira.

Veja as dicas da nutricionista Denise Entrudo para elaborar um lanche balanceado em bit.ly/lancheideal

Uma fonte de gorduras boas Azeite de oliva (que pode ser adicionado no sanduíche natural),ou óleo de coco (que pode ser utilizado em bolos ou cookies) e sementes como nozes, castanhas,amêndoas,gergelim,chia ou linhaça,que podem ser trituradas e acrescentadas nas preparações.

GUARDE BEM Veja dicas para armazenanar os lanches corretamente • A lancheira e a garrafa térmica garantem a conservação dos alimentos por até três horas. • Líquidos como sucos naturais, iogurtes batidos como frutas ou leite com cacau puro devem ser mantidos refrigerados na geladeira até a hora de sair e depois transferidos para a garrafa térmica. • Enrole sanduíches naturais ou bolos caseiros em um papel manteiga e, depois, envolver em um papel alumínio para melhorar ainda mais a conservação.



agenda

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Atençãoàs datasdo

ANO LETIVO

CONFIRA O CRONOGRAMA de início e término das aulas e os feriadões previstos no decorrer de 2017 nas escolas privadas do Rio Grande do Sul

P

ara muitas das famílias que estão aproveitando o veraneio na praia, o descanso chegará ao fim uma semana antes do Carnaval que cai, neste ano, em 28 de fevereiro. O calendário escolar estipulado pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe-RS) prevê para 20 de fevereiro o início das aulas na Capital e na Região Metropolitana. Embora cada instituição tenha autonomia para decidir sobre a data de largada do ano letivo, a maior parte dos colégios optou por começar as aulas entre os dias 20 e 22 de fevereiro. O vice-presidente do Sinepe-RS, Osvino Toillier, afirma que têm sido comuns as indagações sobre o porquê de as aulas não se iniciarem depois do primeiro feriadão do ano. – Começar o ano escolar por volta do dia 20 de fevereiro é necessário para que sejam cumpridos os 200 dias letivos exigidos por lei. Se as aulas se iniciassem depois do feriado, só terminariam depois do Natal – explica Toillier. De acordo com Toillier, o calendário escolar é construído de maneira colaborativa na comunidade escolar, considerando fatores como as atividades do comércio no litoral gaúcho. Em outros Estados, as aulas tendem a iniciar ainda mais cedo, enquanto, no RS existe a preocupação de que as famílias aproveitem mais dias de férias e movimentem o setor que vive da temporada. – Na Capital e na Região Metropolitana, as aulas começam e terminam mais cedo para que as famílias com parentes no interior do Estado planejem as férias e possam realizar o deslocamento com mais tranquilidade – explica Toillier.

ESCOLAS DE PORTO ALEGRE E DA REGIÃO METROPOLITANA JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

20

ABRIL

14

(segunda-feira)

(sexta-feira)

Sugestão de data para o início das aulas

Paixão de Cristo

21

28

(sexta-feira)

(terça-feira)

Tiradentes

Carnaval

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

23 a 30

Recesso escolar

1

31

(segunda-feira)

(terça-feira)

Dia do Trabalho

SETEMBRO

7

Sugestão de volta às aulas

OUTUBRO

NOVEMBRO

(quinta-feira)

DEZEMBRO

15

Independência do Brasil

20

(quarta-feira)

22

(quinta-feira)

(sexta-feira)

Proclamação da República

Término do ano letivo

Revolução Farroupilha

POSSÍVEIS FERIADÕES 15 E 16 DE JUNHO Feriadão de Corpus Christi

12 E 13 DE OUTUBRO Feriadão de Nossa Senhora Aparecida

2 E 3 DE NOVEMBRO Feriadão de Finados

Feriadões propostos pelo Sinepe-RS para as escolas privadas do Estado

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À ESCOLA

TRANSPORTE PORTA A PORTA é a principal opção para os pais que não podem levar os alunos pessoalmente – Valor será 6,5% maior neste ano

D

epois de garantir a matrícula e os itens da lista de material escolar, providenciar o transporte escolar é a principal preocupação dos pais. A opção mais tradicional para quem não pode conduzir os filhos por conta própria devido à incompatibilidade de horários ou trajetos é o transporte oferecido pelas vans credenciadas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Ainda que a chegada à Capital dos aplicativos de viagens como o Uber, em 2016, tenha levado alguns pais a testar a novidade como transporte escolar (veja no

quadro ao lado), as vans continuam sendo as mais requisitadas. E os preços subiram cerca de 6,5% neste ano, pela nova tabela do Sindicato dos Proprietários de Veículos Escolares (Sintepa). O valor mais baixo, para a faixa de 1 a 20 quilômetros, deve passar de R$ 500,55 em 2016, para R$ 533,48 (no pagamento em 10 parcelas) ou R$ R$ 444,57 (no pagamento em 12 parcelas). Nada que não seja negociável, segundo o assessor jurídico da Sintepa, Jaires Maciel. – Os pais podem procurar os donos das vans e conversar sobre este valor, para ver a possibilidade

de que haja um desconto. Os proprietários geralmente estão abertos à negociação – afirma Maciel. Com o valor da mensalidade acertada, deve-se observar as condições do veículo. O coordenador de vistoria da EPTC, Luciano Souto, explica que, apesar do trabalho de fiscalização do órgão, é recomendável que os responsáveis também estejam atentos: – Os pais podem acompanhar se a criança está sendo colocada no cinto de segurança e se o veículo não está transportando mais crianças do que o permitido. São itens importantes que podem ser observados diariamente.

cursouniversitario

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TRAJETO SEGURO ANTES DE CONTRATAR •Verifique se o transporte é credenciado e vistoriado pela EPTC (um selo no lado superior direito do para-brisas indica a vistoria,feita a cada 120 dias). • Informe-se se o condutor tem habilitação do Denatran e o carteirão da EPTC para transporte escolar.

• Cada veículo tem um prefixo escolar que indica sua rota, pré-definida pela EPTC,com possíveis ajustes para atender a alunos cujo bairro não esteja inicialmente contemplado. • Todas as escolas atendidas pelo veículo devem estar escritas na lateral da van.

CORRIDAS MAIS CARAS POR APPS A adoção da tarifa dinâmica, nos últimos meses,tirou a competitividade do Uber,que chegou a ser preferido pelo preço.A reportagem testou o valor de vários trechos de 20 quilômetros (a faixa básica das vans escolares na Capital) entre os dias 22 e 30 de

janeiro.O mais barato saiu por R$ 30,e o mais caro,por R$ 39, uma média de R$ 34 ,50 por trajeto.No caso de um aluno que usa o transporte para ir e voltar da escola,o preço ficaria em R$ R$ 1.380 para o mês, mais do dobro do cobrado pelo transporte escolar.


educação integral

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Respeitoàsdiferenças

DESDE A ESCOLA

LIÇÃO DE CASA Veja como estimular que as crianças tenham postura compreensiva e tolerante • Esteja atento aos acontecimentos do cotidiano em que as diferenças e a diversidade sejam desrespeitadas para conversar e esclarecer a postura correta diante dessas situações. • Estimule a reflexão sobre situações cotidianas ressaltando a importância da tolerância e do respeito ao que é diferente.

PEXELS,DVG

O professor Augusto Niche Teixeira explica a importância do respeito à diversidade em bit.ly/inclusaoaula

CONVIVER LOGO CEDO com colegas com deficiência física e intelectual ajuda as crianças a se tornarem adultos mais tolerantes e sensíveis às diferenças e à pluralidade da vida em sociedade

E

ntre todas as novidades que a escola apresentará no início do ano letivo, há uma que pode representar, para alguns alunos, a oportunidade de enriquecer o repertório de experiências e ajudar na construção do caráter para toda a vida: o contato com o que, até então, era diferente. A inclusão escolar mudou o perfil da sala de aula nos últimos anos, agregando alunos que apresentam deficiências física, intelectual e sensorial, além de transtornos globais do desenvolvimento e de altas habilidades. Conviver desde cedo com a inclusão ajuda as crianças a se tornarem adultos mais tolerantes e sensíveis às diferenças e à plura-

lidade da vida em sociedade. São nos momentos de socialização com a diferença que se desenvolve a tolerância e o olhar amoroso para o outro e para o mundo. Prova disso é o que a pedagoga Mari Inês Oliveira, especialista em atendimento educacional especializado e processos de inclusão, observa nas salas de aula durante o processo de alfabetização dos alunos: ter um companheiro com deficiência na mesa ao lado torna os estudantes solidários e corresponsáveis uns pelos outros. – Ao terminar seus trabalhos, é comum os estudantes ficarem atentos aos colegas com deficiência intelectual ou física e pedir para ajudá-los. Isso cria cria

um vínculo de afetividade que os torna mais preparados para lidar com situações semelhantes ao longo da vida – explica a pedagoga. É a partir deste primeiro contato que os pais e professores escutam a pergunta comum de quem depara com a deficiência do outro: o que é que ele tem? – Quando a dúvida surgir na criança, é importante falar a ela a verdade, explicando a condição da outra pessoa, se ela precisa de um tratamento diferenciado, e como agir em relação a ela, ensinando valores como respeito e solidariedade – explica Mari Inês. Além das questões relacionadas às deficiências, colegas de outras

• Esteja atento ao comportamento dos filhos e dos amigos dos filhos nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

religiões e etnias também suscitam nas crianças o interesse em entender o porquê de elas serem diferentes. De acordo com o professor Augusto Niche Teixeira, do Unilasalle, deve-se aproveitar o momento para começar a conversar sobre a importância do respeito nas relações. – Os alunos devem ser formados pela escola e pelas famílias para a tolerância e o reconhecimento das diferenças em âmbito de igualdade. Não no sentido de que somos iguais, mas de que somos seres humanos em condição e em espécie – orienta o professor, que desenvolveu dissertação de mestrado e tese de doutorado sobre o assunto.

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Diversãoeaprendizado

DEPOIS DA AULA

ATIVIDADES E TAREFAS desenvolvidas no turno inverso ao regular, dentro e fora da escola, permitem o acesso a novos conhecimentos e grupos de amigos, mas devem ser dosadas de maneira flexível e sem sobrecarregar a rotina do estudante

O

UNSPLASH,DVG

apito sonoro que sinaliza o final do turno regular de aula pode significar, também, que uma das atividades mais legais da escola está perto de começar. A programação do turno inverso ao regular é planejada para aproximar os alunos das tarefas que ele mais se interessam e proporcionar contato com propostas que ampliam o repertório de experiências. As atividades extracurriculares mais procuradas costumam abranger o ensino de idiomas, artes e esportes. Para escolher entre a grande quantidade de opções oferecidas dentro e fora da escola, é necessário prestar atenção à dinâmica da família, à agenda dos pais e ao investimento disponível durante o ano. – A escolha das atividades deve ser feita em conjunto, respeitando o interesse dos alunos. Um erro comum dos pais é matricular os filhos em atividades nas quais apenas eles, adultos, têm interesse – afirma a professora adjunta de Pedagogia do Uniritter Suyan Maria Castro Ferreira. Segundo ela, é preciso haver cuidado para não sobrecarregar os estudantes, pois cada atividade extra costuma ser realizada duas vezes por semana. E, ainda que as tarefas do turno inverso sejam apresentadas de forma mais lúdica e prazerosa, também envolvem compromisso e dedicação.

– Às vezes, os pais lotam a agenda das crianças e dos adolescentes, como se eles fossem adultos. Os estudantes precisam ter horário de ócio e de não fazerem nada – diz a professora.

FLEXIBIBILIDADE NAS ESCOLHAS Além de desenvolver capacidades integrais dos estudantes, as atividades extracurriculares aumentam as vivências e permitem acessar novos conhecimentos e formar grupos de amigos para além da sala de aula. – Os orientadores educacionais da escola conhecem a rotina do estudante na instituição e podem ajudar os pais a esclarecer a atividade ideal – sugere a professora de pedagogia da Feevale Sandra Difini Kopzinski. Se, no meio do caminho, o estudante perceber que a atividade não é tão bacana como imaginava, é preciso que exista flexibilidade para mudar de rota. – Deve haver a possibilidade de desistência e troca, pois, assim como os adultos, as crianças e os adolescentes precisam de maleabilidade. Muitas vezes eles são levados às atividades pelos grupos de amigos e, no decorrer dos meses, percebem que não era exatamente o que buscavam – afirma Suyan.

COMO DECIDIR O QUE FAZER • Observe o que desperta a atenção do seu filho e priorize atividades que ele vai desenvolver com satisfação. Procure conversar com a criança para que a decisão seja tomada em conjunto. • Tarefas distintas às que os filhos têm mais afinidade podem ser incentivadas como forma de ampliar as vivências do estudante. Procure conciliar atividades esportivas com as culturais. • Considere o tempo e a logística necessários, incluindo o transporte de ida e de volta até as atividades. • Orientadores educacionais da escola regular podem ajudar a medir a colaboração das atividades para o desenvolvimento das crianças ou adolescentes. • No caso de atividades envolvendo idiomas ou esportes fora da escola regular, visite as instalações do local e converse com quem já é aluno sobre a qualidade do ensino.

Edição e reportagem Rossana Silva (especial) Diagramação Natália Gomes (especial)



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