gestão
Decisões rápidas
A
©iStock.com/Thampapon
resiliência é um atributo necessário a todo empresário do ramo supermercadista. Como o setor é considerado essencial e é frequentado por quase todos os consumidores gaúchos, naturalmente acaba sendo alvo de muitas fiscalizações, regras e exigências. Quando uma lei é alterada, um tributo muda de alíquota, um novo hábito de consumo surge, quem não adapta suas operações ao momento rapidamente perde clientes, vendas e mercado. Some isso ao passo acelerado dos avanços tecnológicos para perceber como o autosserviço tem no dinamismo uma estratégia de sobrevivência. No decorrer da pandemia, por exemplo, essa habilidade foi posta à prova diversas vezes, com a necessidade de implementação rápida de uma série de medidas sanitárias preventivas ao contágio, além da obediência a decretos e bandeiras atualizadas semanalmente.
Há muitas situações na rotina da empresa que precisam de agilidade, adaptação e resiliência do supermercadista. É o caso de produtos que apresentam algum problema e o lote precisa ser retirado até de um dia para o outro das gôndolas e da circulação ou também quando a necessidade de mudanças rápidas surge dentro das lojas a partir de alguma lei ou decisão jurídica. Segundo o consultor de varejo Marco Antonio Ablen Quintarelli, os métodos mais eficientes e legais para se informar sobre novas medidas são as publicações no Diário Oficial da União, que incluem todas as leis de decretos oficiais que as empresas devem seguir, sem dúvidas ou questionamentos. “Sugiro também que cada empresa consulte seu departamento jurídico para interpretar corretamente aquilo que foi decretado sem incutir no entendimento pessoal de cada um.” O especialista em gestão Rogério Machado recomenda para todas as empresas que se crie um grupo de crise para casos em que os gestores precisam agir com celeridade. “Alguns são focados nessa situação nova da pandemia da Covid-19, porque toda hora muda um decreto, tem informação nova. Outros são focados dentro da equipe e outros com profissionais de fora, de apoio, como consultores, contadores, advogados, analisando as informações de mercado e determinações para a partir disso tomar atitudes assim que necessário.” De acordo com Machado, quando há recall, o fornecedor avisa o supermercado e ele toma as devidas providências. “É inviável para o supermercadista ficar se atualizando sobre cada fornecedor, porque são muitos. Então a informação vem da própria indústria.” Para executar um pro-
Diante de demandas impostas pela pandemia e no cotidiano do negócio, gestores de supermercado precisam ter capacidade para atuar com celeridade 44
REVISTA AGAS