CONFIRA CLASSIFICADOS NA PÁGINA 27
ENTREVISTA
Entrevista exclusiva com o secretário de agricultura de Marília, SP
45ª FAPI
A maior feira de portões abertos do país
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Reflorestamento
Uma boa alternativa ambiental e financeira
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c e n t r o
o e s t e
GiroRURAL
p a u l i s t a
AS MELHORES OPORTUNIDADES EM PROPRIEDADES RURAIS ESTÃO NA IMOBILIÁRIA:
R$ 6,90
ANO 1 · n o 2 · julho/agosto 2011
seleção de gado de elite Ubaldo Oléa, grande juiz da ABCZ, Com sua perspicácia e experiência FALA SOBRE COMO avaliar a qualidade e vida reprodutiva dos animais, apenas com um olhar atento e treinado.
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ESSÊNCIA TE GUADALUPE
GR Editorial
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om muita alegria publicamos a segunda edição da nossa revista. Muito satisfeitos com a receptividade e confiança dos leitores do Centro Oeste Paulista, dos nossos anunciantes e parceiros. Por isso, gostaríamos de agradecer a vocês, que estão colaborando para manter vivo o nosso sonho de levar informações relevantes ao homem do campo da região. Para este segundo exemplar preparamos com muito carinho matérias nacionais e regionais interessantes, gostosas de ler e indispensáveis para lhe manter bem informado. Trouxemos uma entrevista exclusiva com o secretário da agricultura de Marília, Paulo Roberto de Oliveira Júnior, revelando projetos, entraves e expectativas para o agronegócio regional. Na seção “Gente da Terra”, contamos a história da família do Sr Ovídio Oliveira, que mantém há mais de cinquenta anos uma propriedade de produção leiteira no distrito de Avencas. Já na seção “Giro Equestre”, ressaltamos a formação e fortalecimento de um núcleo regional da raça quarto de milha na região, e para isso fomos conversar com João Maciel, que nos apresentou o seu haras, Paraíso, localizado em Pompeia. A revista Giro Rural presta uma homenagem ao Sr Ubaldo Oléa, grande juiz da ABCZ, que marcou a história de seleção de gado de elite, não só no Brasil, mas na América Latina. Com sua perspicácia e experiência em avaliar a qualidade e vida reprodutiva dos animais, apenas com um olhar atento e treinado.
Boa leitura!
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LAZARINI
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A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar sempre, portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios para o e-mail revistagirorural@gmail.com.
Giro Rural
GR Sumário
12 CAPA Ubaldo Oléa, grande juiz da ABCZ, com sua perspicácia e experiência fala sobre como avaliar a qualidade e vida reprodutiva dos animais, apenas com um olhar atento e treinado.
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Giro notas
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Sustentabilidade
360º de notícias do agronegócio
Agricultura brasileira é sustentável Dilma Rousseff
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Agricultura
País ruma à liderança mundial na
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Gente da terra
produção de alimentos
Ovídio de Oliveira, produção leiteira.
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Nelore de Elite
Essência Te Guadalupe
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Entrevista
Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília
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Encontro de cafeicultores
Café colheita com qualidade
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Evento
45ª Fapi
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Giro esquestre
Haras Paraíso
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Controle biológico
Veterinário Jayme de Toledo Piza
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Meio Ambiente
Reflorestamento um negócio promissor
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Etanol
Uma Grande Riqueza Nacional
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Giro Literário
Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP Diretor de Arte: Gustavo Prado Ramos | Design grafico: Mauricio W. Santos | Fotografia: Karina Bertaco Revisão: Lívia Figueiredo de Carvalho | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada pelos correios aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista J ul h o/A g o s t o · 2 0 1 1
Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.
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Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”
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Especial GR
Giro R u r a l
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GR Giro notas 360º DE NOTÍCIAS DO Agronegócio
milho laranja IGC prevê produção mundial recorde para o milho em 2011/12 Segundo as previsões do Conselho Internacional de Grãos (IGC), divulgadas no final do mês de abril, a produção mundial de milho deve atingir um recorde de 847 milhões de toneladas no ano safra 2011/12, um aumento de aproximadamente 5% na comparação anual. Mas o reduzido estoque mundial deve limitar o crescimento da demanda. Já em relação ao plantio mundial do grão, o aumento
Boa notícia para os citricultores do estado São Paulo, responsável por cerca de 77% da produção nacional da laranja, a safra paulista deve ser 20% maior do que a de 2010. A produção da fruta vem deixando os agricultores cada vez mais contentes. Além disso, o estado de São Paulo está se consagrando cada vez mais como o maior produtor, conquistando espaço e mantendo
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Giro Rural 8
deve ser mais discreto e gira em torno de 3% frente ao ano safra 2010/11, isso ocorre devido aos preços elevados, segundo o IGC. O Conselho estima que o aumento do consumo seja contido em até 1,3% em função do baixo nível das reservas mundiais, mesmo com o provável crescimento da produção global. As ofertas totais de milho devem cair 0,8% nesta temporada.
Safra paulista terá alta considerável na safra 2011/2012
Abril · 2011
uma larga vantagem em relação aos outros estados. De acordo com a Faesp, a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, cerca de 80% dos produtores de laranja do estado fecharam contratos antecipado, as caixas atingiram um preço de R$ 12,00 a R$ 15,00, sendo que o valor de custo é de aproximadamente R$ 9,00, o que está deixando os produtores muito satisfeitos.
SACARIAS VERA CRUZ
soja
SACARIAS NOVAS E USADAS BENEFÍCIO DE CAFÉ LONAS CORDAS ARAME Para CERCAS MAGUEIRAS PENEIRA Para CAFÉ
Abiove prevê aumento na produção brasileira de soja
Cartas
ante 26,9, último número divulgado pela Abiove. A boa notícia chega para animar os produtores, que mantêm grandes expectativas para a safra 2011/2012 e sentem-se mais seguros de que estas serão atendidas. Além disso, as perspectivas são muito boas para a próxima safra, que deverá ser ainda melhor, segundo Fábio Trigueirinho, secretário-geral da associação, isso se deve aos produtores, que certamente estarão mais preparados para o plantio e possivelmente conseguirão aumentar a área plantada.
FERRAMENTAS EM GERAL
AN Ú NCIO SACARIA
espaço do leitor
Faço votos que a “Giro” seja uma grande ferramenta de divulgação de nossa região. Material de qualidade, a região é promissora, o público alvo é carente de um veículo regional claro e que fale sobre as coisas de seu dia-a-dia. Chega em um momento importante, hora de mostrar a cara e ver o potencial do ‘Centro Oeste Paulista’ mostrar sua força, seus valores, seus personagens: falar de nós pra nós mesmos! Assim, a “Giro” se torna o ‘nosso 1º veículo de agronegócio’ e torcemos por seu sucesso!Cordial abraço! Eng. Agr. José Tonon Junior Gerente de Comunicação - Máquinas Agrícolas Jacto S/A’
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Devido ao clima favorável para o cultivo da soja em todo o país, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) elevou sua estimativa para a produção brasileira do grão, neste ano, de 70,1 para 71,1 milhões de toneladas. A previsão para as exportações, assim como para produção de farelo de soja, também foi elevada. No caso das exportações, a expectativa de crescimento é de 24 para 32,4 milhões de toneladas. Já na produção de farelo, estima-se o valor de 27,3 milhões de toneladas,
VASADEIRAS
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País ruma à
liderança mundial na produção de alimentos
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou em meados de junho, as estimativas para o agronegócio brasileiro na próxima década. Os números mostram que o Brasil está pronto para contribuir no grande desafio da economia mundial, que é enfrentar a fome. “Os organismos internacionais têm levantado a existência de uma população de 1 bilhão de pessoas que ainda passam fome”, observou Wagner Rossi, no lançamento das Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021. Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o estudo mostra que a produção agropecuária do país deve crescer 23%, em volume, com incorporação de 9,5% de novas áreas cultivadas no período. “O Brasil tem potencial para se tornar o maior fornecedor de proteína animal e vegetal do mundo”, destacou Wagner Rossi. Ele ressaltou que os dados apresentados são conservadores. Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor no mercado internacional de alimentos, mas, segundo as projeções, se aproximará cada vez mais dos Estados Unidos, que detém a liderança. “Esta radiografia mostra que o Shutte rstock /c.
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Wagner Rossi diz que projeções da agricultura mostram país pronto para enfrentar o desafio mundial da fome Brasil, nos próximos anos, continuará a marchar firmemente em direção a essa meta, de se tornar o maior agente no mercado internacional de alimentos”, disse. O país é líder mundial em produtos como carne de frango e de boi, além de manter o primeiro lugar na produção de açúcar, café e suco de laranja. Outro produto tradicional, o algodão, deve ter o maior incremento na produção (47,84%) e nas exportações (68,4%) na próxima década. As estimativas mostram ainda grande potencial na celulose e no leite. “Temos uma janela de oportunidade muito significativa nos lácteos, já que os países que têm protagonismo na produção estão no seu limite”, observou Wagner Rossi. A confiança do ministro na força da agricultura brasileira decorre da utilização intensiva de tecnologia e da situação do mercado internacional nos próximos anos. O cenário é de uma demanda maior por alimentos e em expansão, graças às mudanças no perfil econômico dos países, especialmente os emergentes, que antes tinham menos acesso à alimentação, sobretudo ao consumo de proteína. Ele destacou a importância das projeções para orientar a alocação dos recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis da melhor maneira. Texto cedido por Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
GR Capa nelore de elite
Ubaldo Oléa,
o dono de um olhar infalível
Ubaldo Oléa, inesquecível juiz da ABCZ
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uem vê a simplicidade e o jeito humilde de Sr Ubaldo Oléa, nem imagina que este já foi um dos, se não o melhor, juiz de gado de elite que este Brasil já teve. Durante mais de 40 anos, dedicou a vida em realizar análises e avaliações da qualidade dos valiosos animais, mundo afora. Com muitas boas histórias para contar, foi em parceria com um pequeno grupo de pecuaristas, um dos fundadores da Examar, há mais de vinte anos. Acreditavam no potencial de Marília para o agronegócio e na possibilidade de torná-la a primeira do
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Giro Rural
Cerimônia de posse de Ubaldo na Diretoria da Divisão Regional Agrícola de Marília. Na foto acima, da esquerda para a direita é o segundo, ao alto. Abaixo é o terceiro da esquerda para a direita
estado de São Paulo em produção de gado de corte. Confiava que a exposição traria à cidade maior visibilidade e movimentaria o setor, aumentando as chances de alcançar o objetivo. Convidado para ser presidente de honra da Nova Examar, sentiu-se orgulhoso e contente, acreditando que os muitos esforços de anos atrás não serão desperdiçados, nem tão pouco ficarão apenas na memória e história da cidade. Com uma invejável vocação, provou frente a multidões possuir um olhar infalível, que não deixava passar qualquer defeito que o animal pudesse
apresentar. Após participar, em 1982, de um curso com o americano J. C. Bosman, na cidade de Barretos, e ser um dos poucos a concluí-lo, Ubaldo aprendeu a treinar o seu olhar para diversas características que deveria levar em conta nas suas avaliações. Porém, com os anos de experiência, ele aumentou de 5 para 13 os pontos a serem observados e, por meio de análise minuciosa de cada um deles, conseguia relatar, sem erros, a vida reprodutiva da vaca. Lembra-se de uma viagem para a Venezuela, onde após realizar a avaliação da fêmea, a última da noite,
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INFERTILIDADE: Para detectar fêmeas subférteis, que são aquelas que produzem um bezerro a cada dois ou três anos, quando o ideal seria uma prenhez por ano, 13 pontos devem ser observados: 1. Colo: nas subférteis o pescoço é grosso e largo; 2. Cabeça: as subférteis possuem cabeça masculinizada e mandíbula pesada; 3. Peito: Em fêmeas subférteis a massa do peito é de tamanho maior que o normal, crescendo para frente e para baixo; 4. Pelo: fica arrepiado. No lombo o redemoinho de pelos está sempre espetado e, tanto no cupim quanto na paleta, eles crescem em sentido contrário; 5. Dianteiro: crescimento desproporcional da parte dianteira. Costuma-se dizer que a vaca está, nesse caso, começando a perder suas características femininas. 6. Cauda: nas vacas férteis ela cai perpendicularmente. Nas subférteis ela desce acompanhando a forma arredondada do traseiro; 12. Úbere: quase imperceptível. As tetas estão recolhidas;
8. Músculos: são de formato arredondado. Por trás a aparência é masculina, semelhantes aos machos da espécie. 7. Gordura: aparecem maneios de gorduras isolados por todo o corpo. São mais aparentes entre as escápulas, adiante do úbere, na anca, no cupim e abaixo da vulva; 9. Vulva: pequena com orifício vaginal deslocado e de difícil acesso durante a monta. Acúmulo de gordura entre as coxas; 10. Postura: crescimento exagerado das patas dianteiras. Parte do osso se desenvolve mais, provocando desequilíbrio estético e físico; 11. Tamanho: gigantismo. As vacas subférteis, ou com tendência, são enormes e pesadas. As férteis são magras, com os ossos traseiros aparecendo sob o couro; 13. Chifres: Fêmeas que se tornaram inferteiz possuem chifres lisos, porcelanizados.
Aborto: Peito: uma vaca que já sofreu aborto traz saliente sob a pele do peito uma pelota do tamanho de uma bola de pingue-pongue. Para cada gestação mal sucedida, uma nova marca é criada. Chifres: podem apresentar anéis em baixo relevo, significando abortos ou estresse. Fertilidade: Fêmeas: o chifre de parideiras tem osso lascado, mal acabado e apresenta um anel em alto relevo para cada cria bem-sucedida. Macho: A percepção da fertilidade nos machos é menos complicada. É possível detectar um touro fértil analisando sua postura. Estes andam com a cabeça erguida e a libido se manifesta sempre que está preso e vê uma fêmea passar do outro lado da cerca. A pelagem também é característica, os machos bons de cobertura apresentam pelos escuros na paleta. Outro fator a ser considerado para qualificar a fertilidade do boi é através da medida da circunferência escrotal do testículo esquerdo, que deve ser de aproximadamente 35 centímetros, aos 18 meses de idade.
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constatou que esta não poderia mais reproduzir, devido à idade avançada. Mas na ficha do locutor os dados não conferiam essa informação. Após afirmar confiar no que estava revelando, alguns organizadores foram verificar a procedência do animal e puderam confirmar que a ficha estava realmente equivocada e que a vaca já possuía cerca de 6 anos, idade já não adequada para a reprodução. Quando ficou constatado que ele realmente havia acertado, a plateia que assistia ao julgamento veio à loucura, encantados, todos vibravam com aquele senhor que apenas ao observar externamente o animal, não havia cometido erro algum. Ao contar esta história, seu sorriso transparecia todo o orgulho e alívio que, provavelmente, sentiu naquele momento. Durante os anos trabalhados como juiz da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), recorda-se de haver tirado o título de uma vaca para dar a outra nos últimos minutos, quando tudo já parecia estar certo. Ao anunciarem o resultado, ele se manifestou afirmando que a vencedora deveria ser a outra vaca, já que a que estava levando o mérito havia sofrido um aborto e não poderia mais reproduzir. Todos ficaram em choque, mas mais uma vez ficou constatado que o seu olhar não costumava falhar, muito perspicaz conseguia averiguar dados por meio, principalmente, dos chifres, da maçã do peito e do cupim. Até hoje, sente-se orgulhoso e apaixonado pelo trabalho que realizou e afirma que tentou passar os seus conhecimentos adiante e que está confiante de que alguns de seus alunos também se destacarão nos julgamentos, utilizando apenas um dom, o olhar. Oléa deixou algumas valiosas dicas para que os leitores da Giro Rural não cometam erros na hora da aquisição de um bom gado. Veja ao lado.
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GR Capa nelore de elite
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS RACIAIS DO NELORE DE ELITE
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Animais Nelore apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a feminilidade são acentuadas. Apresentam pelagem branca ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim normalmente mais escuros. A pele é preta ou escura, solta, fina, flexível, macia e oleosa. Os pêlos são claros, curtos, densos e medulados. A cabeça tem formato de ataúde, com a cara estreita, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente convexo. A fronte é descarnada, apresentando uma linha média no crânio, no sentido longitudinal, uma depressão alongada (goteira). O Chanfro é reto, largo e proporcional nos machos. Nas fêmeas, é estreito e delicado. O focinho preto e largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, é outra característica da raça. A boca tem abertura média e lábios firmes. As orelhas do nelore são curtas, com boa simetria entre as bordas superior e inferior, terminando em ponta de lança, e a face interna do pavilhão deve ser voltada para a frente e apresentar movimentação. A raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres são de cor escura, firmes, curtos de forma cônica, mais grossos na base, achatados e de seção oval, de superfície rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima, acompanhando o perfil, bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a dois paus fincados simetricamente no crânio. Com o crescimento, podem dirigir-se para fora, para trás e para cima, ou curvando-se para trás e para baixo.
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Nos machos, o pescoço é musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco. Nas fêmeas, é delicado. A barbela começa debaixo do maxilar inferior e se estende até o umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos. O peito dos animais é largo e com boa cobertura muscular. Nos machos, o cupim deve ser bem desenvolvido, apoiando-se sobre o cernelha, Nas fêmeas, deve ser reduzido. A região dorso-lombar é larga e reta, levemente inclinada, tendendo para a horizontal, harmoniosamente ligada à garupa com boa cobertura muscular. O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nível. A garupa é comprida, larga, ligeiramente inclinada, no mesmo nível e unida ao lombo, sem saliências ou depressões e com boa cobertura de gordura. Sacro não saliente, no mesmo nível das ancas. A cauda é inserida harmoniosamente, estendendo-se até os jarretes e vassoura preta. O tórax é amplo, largo e profundo. As costelas são compridas e largas, bem arqueadas, afastadas e com espaços intercostais revestidas de músculos e sem depressão atrás das espáduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal. Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento médio, com ossatura forte e músculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas são largas, com boa cobertura muscular, descendo até os jarretes, com calotes bem pronunciados. As pernas devem ser bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e bem conformados. As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o formato das tetas de maneira que facilite a apro-
ESSÊNCIA
ximação dos bezerros. A vulva deve possuir conformação e desenvolvimento normais. Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois testículos bem desenvolvidos. A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal e bem direcionada. O prepúcio deve ser recolhido. Fonte: ACNB Associação dos Criadores de Nelore do Brasil
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TE GUADALUPE
Uma verdadeira campeã que produz campeãs. Além de ser campeã nacional em Uberaba em 2001, Essência também tem em seu "currículo" o fato de ser mãe de Elegance I (reservada campeã bezerra em Uberaba 2003), mãe de Elegance II (campeã nacional de 2006), mãe de Dália M4 (recordista na-
cional de preço no leilão Elo de Raça de 2006) e super campeã nas pistas. Recordista nacional de venda de prenhezes. Reser vada Campeã Nacional Progênie de Mãe/06, medalha de ouro melhor matriz ranking ACNB/06.
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A Essência TE Guadalupe foi a primeira grande campeã do plantel da Unimar. Filha de Hierarca, outra grande campeã, Essência, em 2001, no envento Elo de Raça, foi considerada um dos animais mais valorizados do país, tendo sido adquirida pela universidade paulista.
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GR Entrevista Paulo roberto de Oliveira Júnior Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília-SP
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esde criança é acostumado a respirar os ares do campo e aproveitar todas as maravilhas que a vida na fazenda tem a oferecer. Nascido em Oswaldo Cruz, nas proximidades de Marília, Paulo Roberto acompanhava de perto, ainda pequeno, a lida com o gado de corte na propriedade da família. Aos 17 anos, quando estava se decidindo por cursar veterinária, foi conhecer a dinâmica agrária do Centro Oeste brasileiro, encantouse com a lavoura e retornou ao estado de São Paulo com a certeza de que cursaria a faculdade de agronomia, para assim ampliar seus conhecimentos na área rural, que sempre foi sua paixão. Após concluir a faculdade em Marília, foi convidado para trabalhar na Unimar e desde o ano de 2000, gerencia e dirige não só a fazenda experimental de gado de leite, a mesma onde realizou seu estágio obrigatório, como as demais fazendas da universidade. Após anos de experiência e uma vida profissional admirável, foi convidado pelo prefeito Mário Bulgareli para assumir o cargo de secretário de agricultura de Marília, papel que desempenha desde janeiro de 2011. Para conhecer as perspectivas do agronegócio para a cidade e região, a revista Giro Rural conversou com aquele que organiza e administra projetos e melhorias voltados ao homem do campo.
Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília Paulo Roberto de Oliveira Júnior faz uma análise do mercado e revela seus projetos e expectativas Qual a contribuição da agropecuária para o crescimento e desenvolvimento regional?
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A história com cavalos vem da minFundamental. Marília, assim como a grande maioria das cidades do interior do estado de SP, construiu-se em cima do agronegócio, principalmente do café, amendoim e algodão, que tivemos muito aqui no passado. Atualmente, cerca de 30% do que se movimenta na cidade de Marília vem do campo. Hoje temos dez mil pessoas morando em áreas rurais, fora isso, muitas mais envolvidas com o campo. Marília é hoje um polo industrial, temos um setor de alimentação muito forte, que demanda a compra de produtos que vêm do campo. A vocação da cidade é agrícola. A nossa ideia é mostrar para a cidade, para os pro-
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dutores que temos total condição de melhorar e aumentar o crescimento do PIB do agronegócio aqui na região.
Dentre as universidades privadas, a Unimar é a pioneira em trazer a clonagem para o seu plantel, o Sr acompanhou essa realização? Poderia nos contar como decorreu esse processo? Por volta de três anos atrás começou-se a falar muito de clones, principalmente clonagem de nelore, e quem começou com esse trabalho foi o doutor Rodolfo Rumpf, pesquisador da Embrapa, juntamente com o proprietário do laboratório Geneal, Jonas Barcelos,que em parceria passaram a pesquisar a realização da produção do clone em larga escala. Em 2008
surgiu o interesse do Márcio Mesquita Serva, reitor da Unimar, em clonar as vacas Essência e Página, duas grandes campeãs da universidade, desde então estamos acompanhando as pesquisas e conferindo os resultados. No ano passado nasceram sete bezerras, cópias genéticas de Essência. Agora estamos colhendo o material de outras doadoras que serão submetidas ao processo de clonagem. Este ano estamos inserindo os alunos no contato com esses animais clonados, o início desse processo se deu com uma palestra Dr. Rodolfo na universidade, em abril.
Quais atividades estão em ascensão na cidade? Principalmente pecuária de corte, que hoje é um grande negócio,
Nome da seção GR Nonononono nonono nononononono nonononononono nonono nononono
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GR Entrevista Paulo roberto de Oliveira Júnior Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília-SP
o preço do café também melhorou muito, o que torna a atividade mais interessante, o trabalho com o gado leiteiro está cada vez mais valorizado e retomando aos poucos a importância que sempre teve para a região. Temos algumas promessas para o futuro, é o caso da laranja, que parece chegar com muita força na região, do reflorestamento, da ovinocultura. Esse desenvolvimento e aprimoramento nas atividades já realizadas na região são muito importantes, da mesma forma que a chegada de novas culturas e produções, pois precisaremos dobrar a produção de alimento em um curto espaço de cerca de dez anos.
Como diretor social da Associação Paulista dos Criadores de Nelore, como avalia a raça no mercado de São Paulo e no Brasil? Muito importante, hoje ela representa 85% do rebanho nacional. A raça começou a ganhar destaque no país na década de 60, quando pecuaristas renomados trouxeram da Índia alguns gados que caíram no gosto dos criadores, devido a sua resistência a altas temperaturas e aos carrapatos. Até então, as raças que predominavam no Brasil eram as europeias, que não resistiam ao intenso calor, já que eram mais preparadas para o frio. Então quando se começou a usar o nelore as pessoas perceberam se tratar de um gado mais rústico, um animal que dava menos trabalho, mais fácil de lidar, e com isso, hoje, 80 a 85% de nosso rebanho tem cruzamento com a raça nelore.
Existem projetos voltados para a agricultura familiar? Quais? J ul h o/A g o s t o · 2 0 1 1
Na secretaria de agricultura temos um cuidado especial com a agricultura familiar e com os pequenos produtores. Há alguns projetos que estamos viabilizando em parcerias com a Universidade
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de Marília, com o SEBRAE e com o Banco do Brasil. Um dos projetos é a pecuária de leite, em andamento há dois meses, com ele estamos levando para 15 produtores da cidade de Marília acompanhamento técnico, por meio de profissionais da secretaria de agricultura, juntamente com os estagiários de agronomia, zootecnia e veterinária por um período de um ano. Nos seis primeiros meses, estamos fazendo uma avaliação da dinâmica das propriedades, para a partir do mês de julho, apresentar o levantamento realizado e as soluções propostas pelos alunos e técnicos e realizar melhorias dentro do poder aquisitivo de cada produtor. Com esse projeto esperamos que pequenas mudanças, coisas simples e acessíveis, tragam uma condição melhor de trabalho e renda para cada uma dessas famílias, além de gerar empregos na propriedade e, dessa forma, queremos fixá-las no campo em condições dignas. Também pretendemos retomar ou chegar o mais próximo possível da posição que tínhamos até 1980, ser a maior bacia leiteira de leite B do Brasil. Fora esse projeto, também estamos iniciando o projeto do “Cinturão Verde”, com o qual pretendemos produzir quantidade suficiente de hortaliças necessária para a demanda da população da cidade. Hoje importamos de outras cidades cerca de 90% do que consumimos de folhas e tubérculos. Com isso pretendemos aumentar a oferta de empregos no campo, já que é necessária uma quantidade significativa de funcionários, pois é preciso o cuidado diário para não haver perda excessiva de folhagem. Há também o serviço oferecido pela secretaria chamado “Patrulha Rural”, onde colocamos a disposição do produtor rural, com propriedades de até 30 alqueires, máquinas e implementos agrícolas a preço de custo. Há o projeto de melhoria das estradas rurais, pois quando questiona-
dos, 80% dos produtores queixaramse sobre as más condições em que as vias se encontram, o que prejudica muito o transporte de seus produtos, assim como o acesso às propriedades. Temos também um projeto onde prestamos assistência total no plantio de eucalipto para o reflorestamento, fornecemos as mudas por um preço simbólico ao produtor e para auxiliá-lo no plantio enviamos um técnico. Há o projeto “Horta Comunitária”, onde a prefeitura cede um terreno disponível em áreas carentes, disponibiliza adubo, sementes e o que for necessário para a criação da horta. Quem dá continuidade na manutenção são os moradores da região, coordenados pela associação de moradores local. Contamos com um viveiro que produz cerca de 350 mil mudas por ano, fornecemos as mudas para a prefeitura plantá-las em praças, vias, escolas, etc.
Quais os principais desafios para o desenvolvimento da agropecuária em Marília? Existem alguns desafios a serem superados. Eu acredito que o nosso maior problema seja a logística, principalmente a logística interna das propriedades. Nós temos também o problema sério das estradas, que tem que ser tratado como prioridade. É um grande desafio também mudar a forma de pensar do produtor, transformar suas ideias de produtividade para o próprio consumo em produtividade para negociação. Ou seja, transformar a mentalidade de que a propriedade rural é apenas o seu lar e fazê-lo enxergar que ela precisa funcionar como uma empresa. Então ela tem que ter lucro, balancete, tem que apresentar o retorno do investimento, porque geralmente são áreas de alto valor. Queremos auxiliá-los no aumento da sua produção dentro do mesmo espaço de terra ocupado. Ou seja, pretendemos otimizar sua atividade,
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GR Entrevista Paulo roberto de Oliveira Júnior Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília-SP
claro que respeitando sempre o meio ambiente, pois acho que a palavra da vez é sustentabilidade, em todos os setores da economia, inclusive no agronegócio.
Como avalia o impacto do novo código florestal em Marília? Considero muito importante o que foi aprovado, porque a grande maioria dos produtores rurais estava na ilegalidade. Acompanhamos aqui em Marília uma palestra do deputado Aldo Rebelo, nela ele expôs o resultado de muitas pesquisas, de um intenso trabalho onde realizou inúmeras audiências com todo o segmento do agronegócio, conversas com ambientalistas, ou seja, se cercou de informações. Por isso acreditamos que ele fez o justo. O produtor também não é a favor do desmatamento, há aqueles que desrespeitam o meio ambiente, mas muitas vezes generalizam e na verdade temos muita gente séria, interessada apenas em realizar o seu trabalho com dignidade. O Brasil precisa dobrar sua produção até 2020, mas mesmo assim não somos a favor de desmatarmos florestas, existem maneiras de aumentar a produção sem derrubar uma árvore. Queríamos apenas que a situação fosse definida, regularizada, para que soubéssemos a maneira correta de agir, o caminho certo a seguir. Foi uma vitoria muito grande, mas muitas coisas ainda virão. Ganhamos a primeira etapa e já estamos muito contentes com isso. Precisamos esperar as próximas, mas certamente estamos mais confiantes.
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Quais as principais dificuldades enfrentadas por um produtor rural no Brasil?
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Os impostos. O governo deseja levar alimento barato do campo para a cidade e nos cobra cerca de 35% de impostos. Como conseguiremos fazer Giro Rural
isso? Também somos a favor que mais pessoas tenham acesso a uma melhor alimentação, mas para conseguirmos isso é preciso haver uma redução nos tributos cobrados, pois temos aqui no Brasil uma das taxas tributárias mais altas do mundo. Produzir no Brasil é uma grande luta, o produtor não sabe quanto vai conseguir produzir, precisa contar com a chuva, com o sol e, se não bastasse isso, ainda precisamos contar com os preços. Quem acompanha o agronegócio já viu pessoas trabalhadoras perderem tudo do dia para a noite, e não podemos contar nem com um seguro agrícola decente. Muitas vezes o produtor é tratado como uma pessoa extremamente extrativista, como alguém que está ali apenas para explorar o funcionário dele no campo, e não é nada disso. Nós estamos sendo cada vez mais eficientes, estamos produzindo cada vez mais, e queremos ser reconhecidos por isso.
o “cinturão verde”que são extremamente voltados ao pequeno produtor. Ano que vem pretendemos mais dois projetos voltados ao mesmo público. Também pretendo unir as entidades representativas do agronegócio em prol dos produtores. E juntos mostrar para eles que podemos fazer acontecer, mostrar ao homem do campo que ele tem condições de melhorar sua produção e se destacar cada vez mais. Outro grande desafio que temos agora é o de reativar a Examar.Ano passado tivemos uma, a nova Examar, e a prefeitura foi a maior incentivadora. Este ano pretendemos fazer uma feira muito forte, definindo grandes shows e levando mais empresas do agronegócio, pois sentimos que isso ficou a desejar no ano passado, queremos também trazer animais para exposição. A intenção é realizar uma Examar como Marília nunca teve, para ficar marcada na história da cidade.
Quais seus principais desafios enquanto secretário da agricultura?
Como o Sr avalia a iniciativa da revista Giro Rural para Marília e região?
O maior desafio é o tempo, ou seja, conseguir fazer uma boa gestão com o tempo que nos resta. A minha intenção é realmente marcar a passagem pela secretaria de agricultura, como alguém extremamente técnico, que ajudou a transformar principalmente a estrutura física da secretaria. Nos cinco meses que assumimos, conseguimos dar uma mudada na estrutura, aumentar a rede de computadores e o acesso à informação, com isso pretendemos deixar o ambiente de trabalho mais agradável e onde os profissionais sejam capazes de produzir mais. Além disso, pretendo focar muito no pequeno produtor. Minha intenção é ajudar o pequeno produtor, pois sei das dificuldades que eles têm. Então este ano trabalhamos naqueles dois projetos que já citei, o de leite e
Eu acho muito importante, porque no segmento do agronegócio, aqui na região, não temos uma revista especializada no assunto. Com essa iniciativa teremos um canal para difundir informações e unir forças pelo agronegócio. Existem no mercado algumas revistas de circulação nacional, que muitas vezes apresentam em seu conteúdo técnicas de produção que são inviáveis na região. Quando existe uma revista comprometida com a região fica muito mais fácil o acesso à informação relevante e possível de ser concretizada. A revista poderá mostrar técnicas aplicáveis e compatíveis com o nosso clima, nosso solo, nossas condições. Acredito que possa ser muito útil na difusão de novas tecnologias.
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GR Encontro de cafeicultores
“CAFÉ COLHEITA COM QUALIDADE” Encontro de cafeicultores discute melhor qualidade do café e inicia as comemorações do cinquentenário da Coopemar
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A Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília realizou, no dia cinco de maio, a abertura da 11ª campanha “Café Colheita com Qualidade”. Aproximadamente 300 cafeicultores e representantes do setor foram orientados sobre o cultivo de suas lavouras, cuidados durante a colheita e pós-colheita, comercialização do seu produto e certificação de propriedades. Além de um café da manhã especial com cappuccino, drink de café com laranja e licor de café, feitos pelo consultor e barista, Leandro Moeda Dias, uma equipe de enfermeiros da Unimed realizou aferição de pressão e teste de glicemia para os participantes interessados em checar a saúde. A série de palestras foi aberta pelo
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Giro Rural
pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Prof. Dr. Gerson Silva Giomo, enfatizando os principais cuidados durante a póscolheita e qualidade do café. “Muitos detalhes fazem diferença durante a secagem do café, por isso o cafeicultor deve estar atento a tudo, pois a boa comercialização vai depender das boas condições do café. Mais de 50% da qualidade do produto final depende do próprio produtor”, alerta o pesquisador. O cafeicultor e pecuarista de Guaimbê, Sérgio Yoshiaki Tinen, que está no ramo há pouco tempo, aproveitou todas as dicas. “São informações essenciais, pois estou começando agora. A gente aprende e já coloca
em prática. As orientações sobre colheita, secagem e estocamento do café contribuem bastante, principalmente para quem é novo na cafeicultura”, comenta. Para o presidente da Câmara Setorial de Café e diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, o importante é o cafeicultor oferecer boa qualidade para alcançar melhores preços. “Temos condições de produzir um café bom para o Brasil e para o exterior. Muitos dos nossos cafés são iguais aos melhores do mundo. O consumidor quer um café melhor e existe mercado para café de qualidade no Brasil”, afirma. Ele ainda destaca o Programa
“Consumidor quer um café melhor e existe mercado para café de qualidade no Brasil”, afirma diretor executivo da ABIC. de Qualidade do Café, da ABIC, que identifica três qualidades de café: o Tradicional (qualidade menor), Superior (intermediário) e Gourmet (alta qualidade), com o objetivo de agregar valor e ampliar o consumo a partir da melhoria contínua dos cafés. É o único programa que se tem conhecimento no mundo que avalia a qualidade do café torrado e moído (as demais certificações avaliam o café verde, apenas). “Assim a ABIC consegue monitorar a qualidade do café que está
sendo vendido no Brasil. As marcas são certificadas e depois fiscalizadas regularmente”, explica Herszkowicz. O que determina a categoria é a nota final, numa escala de 0 a 10, obtida pelo produto: para Cafés Tradicionais, nota igual ou superior a 4,5; Cafés Superiores, nota igual ou superior a 6,0 pontos e até 7,3; e Cafés Gourmets nota igual ou superior e 7,3 até 10. Segundo Herszkowicz, “das 430 marcas certificadas no País, 110 são Gourmets”.
Por Regiane Ferreira Fotos: Paulo Cansini / Adilson Montorini
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Qualidade do café: Cerca de 300 pessoas receberam informações e esclareceram dúvidas sobre o cultivo do produto.
Tarde de Campo cafés da região, aberto para todos os cafeicultores, mesmo que não sejam cooperados. “Momento em que, além de tudo, comemoraremos os 50 anos da cooperativa e a vitória da agricultura da nossa região. Esperamos melhorar ainda mais a qualidade do café para competirmos com cafeicultores de todo o Estado de São Paulo”, finaliza Guillaumon. Para reforçar a união dos agricultores da região, o cafeicultor mariliense Lúcio de Oliveira Lima Júnior deixa o seu recado. “Acredito que toda reunião de pessoas com o mesmo propósito, ou seja, na atividade agrícola e no incentivo ao cooperativismo, é muito importante nos dias de hoje. Pela simples razão: toda união tem força”.
Coopemar 50 anos - Nathan Herszkowicz e François Guillaumon: Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo e Câmara Setorial de Café de São Paulo homenageiam a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília.
As esposas dos cooperados participaram de programação especial com palestras e bingo.
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Depois do almoço de confraternização, os participantes visitaram os stands e receberam informações de produtos e maquinários agrícolas. Ao fim do dia, o presidente da Coopemar, François Regis Guillaumon, comemorou o sucesso do encontro. “No ano em que vamos celebrar o nosso jubileu esperávamos ver a casa cheia e foi o que aconteceu. Até, porque, é um momento bom para a cafeicultura e devemos aproveitar essa boa época, pois o café ajuda os outros setores a superarem as dificuldades. Isso é o cooperativismo”, diz. A campanha será encerrada em setembro ou outubro com a realização do 11º Concurso Café Colheita com Qualidade, que elege os melhores
Tarde de Campo: Almoço e visita aos stands, com demonstração de máquinas e produtos. Giro R u r a l
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GR Evento
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45 FAPI
Por Kátia Vanzini
Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos Luan Santana encerra programação da 45ª fapi
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inal do rodeio, show de fogos e cavalgada marcaram o último dia da maior feira de portões abertos do país. O recorde de público para o último dia de feira já era esperado e os fãs não decepcionaram. Mais de cem mil pessoas lotaram o Recinto Olavo Ferreira de Sá no domingo, 12, para o último show da programação da 45ª Fapi – Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos, realizada de 02 a 12 de junho. O último dia de feira foi iniciado pela tradicional cavalgada, considerada uma das mais bonitas e bem organizadas de toda a história do evento, na qual comitivas, cavaleiros e amazonas percorreram as principais ruas de Ourinhos rumo ao Recinto Olavo Ferreira de Sá, reunindo mais de duas mil pessoas. Durante todo o dia, as pistas de julgamento de animais receberam as últimas provas e a arena do rodeio, as eliminatórias dos três tambores. O Recinto Olavo Ferreira de Sá registrou o maior movimento de público durante todo o dia de sua história, num desfecho ideal para um evento
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Giro Rural
que é considerado a Festa da Família. Milhares de crianças, pais, pessoas de diversas idades aproveitaram da estrutura oferecida pelo recinto, lotando pavilhões, estantes, pistas de julgamento e o Yupie Park. O Bloco do R, de Itu, animou o público no meio da tarde, atendendo um convite especial do presidente da feira, Eduardo Luiz Bicudo Ferraro, o Brigadeiro, que foi integrante do bloco quando morava na cidade de Itu. Outra atração que chamou a atenção foi a apresentação da Escola de Volteio, da Polícia Militar, realizada horas antes da grande final do rodeio, considerada uma das mais disputadas da história da feira. Rodeio - Para chegar ao grande vencedor do rodeio da 45ª Fapi, o público presente na arena do rodeio pôde assistir duas etapas. Na primeira, foram selecionados cinco melhores tempos entre dez competidores. Depois, na grande final, os cinco melhores disputaram o ford ká zero quilômetro, sagrando-se campeão, com a totalidade de 425.50 pontos marcados, Elton José de Souza, de Pompéia. O cantor Luan Santana já estava no
camarim, preparando-se para o show e atendendo a imprensa local, quando o grande show de fogos iluminou o céu de Ourinhos, para o deleite das mais de cem mil pessoas que aguardavam o cantor para o grande show da noite e um dos mais esperados da programação da 45ª Fapi. “Ourinhos vai ficar para sempre em nosso coração, afinal, foi aqui que tivemos nosso primeiro recorde de público, no ano passado. Este ano, já ficamos sabendo que batemos o recorde de público do último dia de feira e é com alegria que também fazemos parte da história deste grande evento”, comemorou o cantor. O presidente da feira, Eduardo Luiz Bicudo Ferraro, o Brigadeiro, agradeceu o público presente, patrocinadores e apoiadores por mais um ano de grande sucesso. “Todos os anos, assumimos o desafio de superar a edição anterior e estamos conseguindo esse grande êxito. Agradecemos os patrocinadores, apoiadores e colaboradores, e, principalmente o público, que mais uma vez deu exemplo de respeito e de que realmente a Fapi é a festa da família”, destacou o presidente.
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GR Sustentabilidade
Agricultura brasileira é sustentável, diz presidente Dilma Roberto Stuckert Filho
Para a presidenta, a atividade no Brasil tem produzido alimentos com a menor redução de florestas no mundo
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presidenta Dilma Rousseff afirmou no final do mês de junho, que a agricultura brasileira é uma potência ambiental. “Temos produzido alimentos com a menor redução de florestas no mundo”, disse a presidenta, que anunciou em Ribeirão Preto o Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2011/2012. Dilma Rousseff mencionou como exemplo de produção sustentável o programa brasileiro do etanol, que produz energia renovável por meio da cana-de-açúcar. “O etanol – um combustível renovável - depende da agricultura”, lembrou. A presidenta também falou da importância do Programa Agricultura de Baixo Carbono
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(ABC) para o cumprimento das metas assumidas durante a conferência de Copenhagen (COP15). O ABC incentiva o uso de práticas que reduzem a emissão de gases de efeito estufa gerados pela atividade agropecuária, um dos compromissos voluntários estabelecidos pelo governo brasileiro na conferência. “O programa visa também a assegurar a competitividade da agricultura brasileira no mercado internacional ao oferecer um alimento produzido de forma sustentável. Tem juros de 5,5% ao ano que incentivam o produtor a contratar o crédito”, enfatizou Dilma Rousseff. Ela também reforçou o papel do Brasil como grande fornecedor de alimentos em longo prazo. Para a presidenta, com o aumento da renda da população e o consequente crescimento da demanda por alimentos, a função do Brasil como importante produtor agropecuário ficará mais evidente. “Também é fundamental que consi-
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gamos abastecer o mercado interno crescente com alimentos de qualidade a preços acessíveis”, completou. As melhores condições de financiamento estipuladas no novo Plano Agrícola e Pecuário foram também lembradas pela presidenta. Segundo ela, o governo tem a estratégia de dar as condições adequadas para que o Brasil possa competir com qualquer país no mundo. Por isso, 80% dos R$ 107,2 bilhões destinados à agricultura comercial estão disponíveis a juros fixos de até 6,75% ao ano. “Temos as armas para competir lá fora e aqui dentro”, disse. A presidenta finalizou falando do papel social da agricultura. “A atividade agrícola também pode ser uma potência social porque o alimento é essencial para que a nossa população tenha condições de sair da desigualdade e para nos orgulharmos da situação social do país”, concluiu. Texto cedido por Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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GR Gente da terra Ovídio de Oliveira
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Sobreviver com o dinheiro da agropecuária não é tarefa fácil, conversando com diversos produtores, constatamos esse fato. Todos reclamam das taxas abusivas de impostos, da dependência de uma estabilidade climática, que vem se tornando cada vez mais imprevisível, devido aos fenômenos naturais originados pelo uso e abuso irresponsável do ser humano na natureza. Portanto, o simples fato de uma família conseguir se manter exclusivamente com a renda adquirida do campo é algo nem tão simples assim, que se tornou até mesmo especial nos dias de hoje, merecendo destaque em nossa revista. Por isso, trouxemos para os leitores a história da família Oliveira, que apesar dos apuros e apertos, não desistiu de investir em gado leiteiro e, com isso, tem conseguido se reerguer crise após crise.
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udo teve início quando o pai do Sr. Ovídio de Oliveira se instalou na região de Marília, em 1927, de lá para cá a família se dedica exclusivamente a agropecuária. Com altos e baixos, já investiram na cultura de diversos produtos, como melancia, amendoim e milho, sempre paralelamente à produção de leite, atividade que nunca abriram mão, desde que iniciaram, há mais de cinquenta anos.
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Na propriedade trabalham Sr. Ovídio, seus dois filhos, Sidney e Wander e mais um funcionário. Atualmente possuem 65 vacas na ordenha e tiram uma média de 400 a 500 litros de leite por dia, destinados ao laticínio Gege, de Oscar Bressane. No entanto, consideram a quantidade produzida insuficiente para uma boa margem de lucro. Pretendem atingir 1000 litros em até um ano, e acreditam que com essa produção conseguirão
tornar a renda da família satisfatória. Para atingirem o objetivo desejado, adquiram no último mês mais sessenta novilhas de girolando, gado que consideram o melhor para a atividade, pois apesar de produzir menos do que o holandês é mais resistente e mais fácil nos cuidados, já que se alimentam quase que exclusivamente de forrageiras, precisando de complementação como ração e silagem de milho ou sorgo apenas na época da seca.
Sr. Ovídio de Oliveira e seus dois filhos, Wander e Sidney, família proprietária do Sítio Santa Cecília
Nesses mais de cinquenta anos dedicados ao gado leiteiro, viram mudanças significativas acontecerem. Ainda lembram-se dos tempos sem a ordenha, em que o leite era tirado manualmente e sem os cuidados necessários com a higiene. Contam que regras de higienização vêm ganhando espaço e rigidez entre os produtores, e que os cuidados com a qualidade do produto final se inicia com ela, antes mesmo da mangueira ser colocada nas tetas
da vaca. Pois tornou-se necessário lavá-las e secá-las para dar início ao procedimento de retirada do leite. Paralelamente a atividade leiteira, o cultivo do amendoim tinha se tornado muito lucrativo para a família, até que, com a transição dos governos FHC para o governo Lula, o valor da saca do fruto despencou para menos da metade do valor que estavam acostumados a receber. Com isso, as dívidas dos maquinários adquiridos para o investimento
na produção se acumularam, e a família precisou se desfazer das máquinas e de um terreno de sua propriedade. Mesmo após enfrentarem essa difícil crise, não desistiram do agronegócio, se uniram e investiram na atividade da qual nunca abriram mão, e conseguiram provar a eles mesmos e aos outros, que a melhor maneira de se ganhar uma guerra é não desistir de uma batalha, por mais difícil que ela possa parecer.
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GR Giro equestre
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Centro Oeste Paulista tem se tornado cada vez mais um núcleo importante para a criação de Quarto de Milha. Diversos criadores e apaixonados pela raça encontram-se na região, um deles é João Maciel, proprietário do haras Paraíso, na cidade de Pompeia. Ele abriu as porteiras de sua propriedade e de sua vida revelando antigos desejos e projetos para o futuro. Há seis anos, João conseguiu transformar em realidade um sonho de infância que se fazia presente não só na imaginação, mas que constantemente era passado para o papel em desenhos e esboços, o seu haras. “Lembro que na escola eu fazia desenhos no caderno de como eu faria minhas cocheiras e os piquetes”, comenta. Sua paixão por cavalos vem desde a infância, graças ao interesse de seu pai, Aristides Garcia, pelo animal.
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Pai orgulhoso, sente-se privilegiado em ter passado aos filhos sua paixão, pois para ele a criação foi um fator importantíssimo que colaborou muito com a transmissão de valores imprescindíveis para a educação, como responsabilidade, confiança e lealdade. “Eu sempre digo aos meus amigos, que uma coisa que eu não me arrependo foi de ter direcionado a vida dos meus filhos para o cavalo. Acredito que tenha sido um fator preponderante na educação deles, porque eu percebo que o cavalo trouxe responsabilidade para os dois”, afirma. “Cavalo não é um brinquedo que seu filho acaba de brincar e deixa jogado na sala ou em qualquer lugar. Ele precisa de cuidados, ou seja, quando acaba o treinamento não pode simplesmente soltá-lo no pasto, é preciso dar um banho, verificar se há algum ferimento ou torção, alimentá-lo para só depois
levá-lo à baia destinada, piquete ou pasto onde ele vai ficar”, conclui. Mesmo com pouca idade, seu filho mais velho, Leonardo, já apresenta estar maduro e seguro do que deseja para sua vida. Aos 15 anos, o jovem participa de competições, e após chegar da escola dedica todas as suas tardes ao haras, cuidando dos animais e aplicando aulas de equitação. A rotina do haras não é tarefa fácil, o local conta com cerca de vinte animais, e os cuidados com cada um deles demanda tempo e disposição. É preciso de uma equipe de profissionais preparados para se fazer um bom trabalho. Esta é composta por um treinador, tratador, ferrador, competidores e assistência de dois veterinários, Dr. Fernando Costa e Dr. Lucas Comino, que dão suporte na reprodução e acompanhamento geral dos animais. Os treinamentos estão a cargo do
Wladimir Lesia, com a colaboração de Leonardo Garcia. Além disso, o retorno do investimento na criação dos animais é de pelo menos cinco anos, segundo João. “O investimento no cavalo é de longo prazo. Após realizar todo o planejamento para uma gestação, o novo animal nascerá somente após 11 meses,ou seja, já terá se passado um ano para conferir o resultado daquele tão desejado cruzamento. Depois do nascimento do animal será preciso mais ou menos dois anos e meio para iniciar os treinamentos. Após esse período ainda levará cerca de um ano e meio para ele se tornar um craque ou um campeão de tambor ou de outra
modalidade do quarto de milha, claro que existem algumas exceções, mas no geral é isso. Então desde a idealização de um animal até fazer com que aquilo se torne realidade em termos de nascimento e competição, leva-se no mínimo cinco anos. Com os sonhos praticamente realizados, João ainda tem algumas metas para concretizar. Deseja possuir uma criação de excelência, ou seja, os melhores animais da raça. Para atingi-la, procura comprar os animais levando em consideração mais do que a beleza, o pedigree. Busca mais do que a classificação do próprio animal, sempre aqueles com os melhores progenitores.
O sucesso do trabalho em família.
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Da esquerda para a direita, Leonardo Garcia, sua irmã Laura e seus pais Márcia e João Maciel
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auxiliam o combate de vermes O veterinário Jayme de Toledo Piza, atento a procedimentos promissores que auxiliem a criação e cuidados com os animais, fez um alerta para uma nova técnica da Universidade Federal de Viçosa, publicada recentemente no jornal Folha de São Paulo e que está em estado avançado de testes, aguardando apenas registro no Ministério da Agricultura. Esta consiste em utilizar o poder natural que alguns tipos de
fungos possuem para combater vermes e é realizada adicionando uma espécie de pó concentrado do fungo à ração do gado. Embora letais para os ovos e larvas dos vermes, esses fungos são inofensivos aos animais e às plantas, assim como aos seres humanos que vierem a consumir a carne e o leite desses rebanhos. Com o avanço dessa inovação, possivelmente haverá diminuição de
gastos com vermífugos para aplicação no rebanho. Não que o medicamento deixará de ser utilizado, mas projeções apontam que ao utilizá-lo em combinação com o pó concentrado do fungo na alimentação dos animais, futuramente sua necessidade cairá significativamente. Já que as fezes possuirão esse antídoto natural, e em contato com o ambiente este se espalhará, exterminando ovos e larvas e diminuindo, assim, possíveis infestações.
Entenda melhor o funcionamento da técnica:
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/922274-tecnica-de-esterco-com-fungos-combate-parasitas-em-animais.shtml
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Giro Rural
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GR Meio Ambiente um negócio promissor
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uma boa alternativa ambiental e financeira
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estilo de vida dos países industrializados, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento, agrediu a natureza de diversas formas. Tanto na emissão de gases poluentes, decorrentes do funcionamento das indústrias, dos motores dos automóveis, da produção de gado em larga escala, entre outras coisas, quanto no desmatamento de florestas e áreas nativas para a plantação de produtos rentáveis, criação de pastos, ocupação urbana, ou seja, para a realização de diferentes atividades. Nos últimos anos a natureza tem apresentado, de maneiras não muito agradáveis, as consequências do descaso do ser humano. Com fenômenos ambientais que devastam milhares de vidas, e vêm aumentando de frequencia ultimamente, tornou-se consenso mundial a necessidade de mudanças em algumas práticas como, industriais, urbanas e agrícolas.
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Giro Rural
São Paulo é o maior estado consumidor de produtos florestais do Brasil e, além disso, provavelmente haverá, em breve, o incentivo e investimento de países do Hemisfério Norte, para atividades que tenham como fins o sequestro de carbono. No que diz respeito a mudanças de postura no campo, é perceptível que o reflorestamento vem ganhando destaque entre as atitudes mais praticadas. Isso porque a exploração sustentável de lenha, celulose e madeira é um negócio promissor, já que tem mercado garantido. Muitas ONGs, cooperativas e municípios desenvolvem programas e beneficiam agricultores e pecuaristas que apresentam a iniciativa do reflorestamento. É o que acontece em Marília e região. A prefeitura da cidade
disponibiliza mudas de eucalipto a custo simbólico, assim como presta gratuitamente a assistência de técnicos para produtores que desejam iniciar a atividade. A Coopemar também realiza um serviço semelhante a seus cooperados, o que torna possível a prática não somente no município, mas em municípios vizinhos. Pelo que se tem visto, o reflorestamento está em grande crescimento na região, o que é muito interessante, não só para a economia local, como para a saúde das pessoas e do planeta.
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aceitação de madeira de eucalipto tratada na
um custo muito inferior à madeira de origem nativa
construção civil está cada vez mais alta nas apli-
considerando a distância em que é encontrada.
cações em residências de médio e alto padrão,
Portanto, para um ótimo resultado na
como também em construções de hotéis, resorts, restau-
execução dos mais variados projetos,
rantes, bares, quiosques de praia, decorações de jardins,
contribuir com a preservação do
portões e muitos outros. O aumento do interesse ocorre
meio ambiente, gerar incremento
pela qualidade e durabilidade desta madeira, podendo
da economia local e ainda econo-
ser encontrada serrada, beneficiada e tratada como
mizar dinheiro, a melhor opção
pranchas, vigas, caibros, ripas e decks. Além da constru-
é ultilizar madeira de
ção civil, a madeira tratada também tem seu espaço em
eucalipto tra-
redes elétricas, na utilização de postes, e ainda, em subs-
tada.
tituição de cruzetas de madeira nativa e de concreto. Toda a matéria-prima vem de reflorestamentos, sem explorar as florestas tropicais e gerando economia para os produtores rurais que já encontraram no eucalipto uma cultura altamente rentável e de baixa manutenção, podendo ser cultivado nos mais diversos solos e terrenos. Hoje, é possível encontrar madeira tratada de qualidade em todo do país, o que a torna um produto com
Etanol GR xxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx
Uma Grande Riqueza Nacional Produção de biocombustível mais viável na atualidade é liderada pelo Brasil
N
J ul h o/A g o s t o · 2 0 1 1
a intensa busca por soluções de combustíveis renováveis e que agridam o menos possível o meio ambiente, o Brasil possui uma importância significativa, já que é o maior produtor da cana de açúcar e, consequentemente um dos maiores produtores do etanol, combustível que mais se destaca do ponto de vista ambiental e econômico. Pois além de ser uma fonte renovável, ainda apresenta baixas emissões de gás carbônico em relação aos combustíveis fósseis. O Brasil dificilmente perderá a liderança para algum outro país nesse campo, pelo menos a curto prazo. O país tem realizado com excelência a produção em larga escala de combustíveis renováveis, favorecido pelas condições climáticas, extensão territorial, relevo e reservas de água. A
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Giro Rural
produtividade é, sem dúvida, a maior do mundo. Pois, nos Estados Unidos, maior produtor mundial de etanol atualmente, cada hectare da cultura gera menos da metade de litros do que a mesma quantidade de terra no Brasil, onde são produzidos 6800 litros de álcool, ante os 3200 litros norte americanos. Esse fator pode estar relacionado com o fato do etanol americano ser produto do milho, enquanto o nacional é extraído da cana. Outro fator que conta a favor do Brasil é o preço da produção, o litro custa cerca de 20 centavos de dólar, ante 47 centavos do álcool de milho americano. Numa época em que o mundo vem assistindo e sofrendo as consequências das ações irresponsáveis do ser humano sobre a natureza, os países passaram a buscar algumas formas de amenizar e diminuir o crescimento desenfreado de agentes causadores dos problemas. Com isso quem apresenta boas alternativas tende a conquistar espaço mundialmente. O Brasil é sem dúvidas um dos países que continuará a ter destaque enquanto produtor de
combustível renovável. Só resta fazer com responsabilidade, sem comprometer a produção de outros alimentos ou promovendo o desmatamento ilegal, pois de nada adianta procurar solucionar um problema gerando novos. Para continuar apresentando essa relevância, é preciso superar alguns entraves que dificultam, e muito, o maior crescimento e desenvolvimento no mercado,como por exemplo o meio de transporte pelo qual o etanol é distribuído, atualmente é realizado quase que exclusivamente por caminhões, o que encarece o valor final. A construção de dutos, o investimento em ferrovias e hidrovias, assim como portos melhores equipados, se tornam medidas necessárias para não frear ou limitar as possibilidades do Brasil no setor. Com a expectativa de um futuro promissor do país no ramo do biocombustível, o estado de São Paulo só tem a ganhar, já que é responsável por pouco menos de 60% de toda a produção nacional. Mais um dos diversos produtos importantes para a economia do Brasil que o estado paulista lidera.
Nome da seção GR
Giro Rural
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ALIMENTAçãO DE BOVINOS DE CORTE NA ESTAçãO SECA
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Editora: LK Ano: 2006 Edição: 1 ISBN: 85-87890-49-2 Páginas: 72 Acabamento: Brochura Formato: Médio
Editora: Atlas Ano: 2008 Edição: 1 ISBN: 978-85-224-4676-6 Páginas: 200 Acabamento: Brochura Formato: Médio
Nos últimos anos, a bovinocultura de corte tem passado por profundas mudanças em nosso país, sendo necessária a aplicação de tecnologias adequadas a cada situação. Para alcançar este objetivo, novos conhecimentos estão sendo utilizados a fim de melhorar a produção. No Brasil, o sistema de produção de bovinos de corte mais utilizado é o de pastagens, devido às condições climáticas típicas de regiões tropicais, com duas estações bem definidas: uma chuvosa e outra seca. Em conseqüência disso, o produtor deve dar ao seu rebanho uma correta alimentação, visto que ela interfere diretamente nos processos produtivo e reprodutivo dos bovinos. O presente trabalho vai orientar os leitores sobre os principais procedimentos para a alimentação de bovinos de corte no período da seca, desde o conhecimento das fases de criação de bovinos de corte e os fatores determinantes da sua produção até as alternativas para a alimentação no período da seca. Os procedimentos são apresentados em fotografias, acompanhadas por textos curtos e objetivos, e inserções de atenções - que visam à produtividade e à obtenção de um produto de qualidade - e de precauções, que são recomendações para a execução das operações sem o mínimo de risco para o operador e para terceiros.
Atualmente, os problemas ambientais globais (o efeito estufa, o aumento do buraco na camada de ozônio, a perda da biodiversidade, a ameaça de escassez de energia e da água) contribuem para que diferentes atores sociais percebam a extensão da crise ecológica na qual estamos inseridos. Seus sinais mais evidentes para o público são: o aquecimento global, as mudanças climáticas, a intensificação da extinção de espécies, o aumento da poluição do ar, do solo e das águas e a destruição das florestas. Muito da intensificação da pressão sobre o meio ambiente tem suas raízes no aumento substancial do consumo nos últimos 200 anos, e a perspectiva a curto e médio prazo é o seu crescimento contínuo, devido a que muitos países em desenvolvimento (como a China, Índia, Rússia etc.) adotaram o modelo seguido pelos países mais ricos. A alternativa é uma profunda mudança em toda a sociedade: nos valores sociais, nos padrões de consumo, na adoção de tecnologias verdes, implantação da gestão ambiental em todo processo produtivo etc. Essa perspectiva envolve um papel mais ativo do marketing, de modo que contribua para as mudanças de comportamento e procure satisfazer as necessidades, em termos mais sustentáveis, levando em consideração os aspectos ecológicos.
Humor Conversa de pescador Três caipiras conversam animadamente sobre as suas façanhas de pescador: — Outro dia pesquei uma traíra de quase um metro, diz um deles. O segundo não desanima e retruca:
— Ainda não faz quinze dias pesquei um dourado de metro e meio... Nisso, o terceiro estica o braço como se estivesse indicando uns trinta centímetros: — Ah, mas o pacu que eu pesquei era mais ou menos assim...
— E qual é a novidade num pacu desse tamanhico,” cumpadi”? - riem os outros dois caipiras. E ele decidido: — Essa era a distância entre os zóios do bicho...
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Disponíveis em: <http://www.agricoma.com.br/agricoma/humor/humor.htm>
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