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i n f o r m a ç ã o
p r o f i s s i o n a l
i m p r e s c i n d í v e l
Nº11
PARCEIRO
www.gymfactory.pt
instrutores
outono 2016
6€
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ESPECIALISTA
TREINO PROPRIOCETIVO
A informação
Pontes lógico-científicas para um melhor entendimento e aplicação EXERCÍCIO
IMPORTÂNCIA DO DESCANSO DEPOIS DO TREINO
A qualidade da recuperação é tão importante como a qualidade do treino e envolve 3 etapas
profissional
PROFISSÃO
AS MÁQUINAS VÃO DEIXAR-ME SEM TRABALHO Qualquer profissional que não conte com a tecnologia para o desempenho da sua profissão será superado
CROSSFIT
O PERIGO DE NÃO LEVANTAR PESOS A ideia de que “pegar em pesos faz mal” ou “lesiona” instalou-se
imprescindível Gym Factory
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i nf o r ma ç ã o
p ro fi s s i o n a l
i m p re s c i n dível
editorial
outono 2016 número 11
instrutores
Editora: Inés Ledo editora@gymfactory.net Diretor: Armando Moreira armando.moreira@apap.pt Equipa AGAP João Pimentel José Luis Costa Fabio Lopes Fernando Gonçalves Sara Faria portugal@gymfactory.net Administração Susana López administración@gymfactory.net Redação Teresa Carmona redacción@gymfactory.net Imprensa e comunicação Carlos Cordeiro prensa@gymfactory.net Design e layout Javier Ojeda redaccion@gymfactory.net Contribuições: Sara Faria Ricardo Gomes Juan Magana Leonor Madeira Nuno Filipe Pinho André Novais de Paula Ana João Sepulveda Nuno Silva Edita: Inés Ledo Ramos Domicilio social: Avda. del Monte, 25-1 Telf.: 911 274 774 info@gymfactory.net 28250 Torrelodones - (Madrid) Espanha Publicidade Tel: +(34) 911 274 774 Impressão: GRAFISTAFF, S.L. ISSN: 2174-6168 Depósito legal: M-675-2005 Proibida a reprodução total ou parcial de textos, desenhos, gráficos e fotos sem autorização prévia do editor. GYM FACTORY não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos autores, nem se identifica necessariamente com as mesmas.
Esperamos
que tenha gostado deste período
de verão e tenha sido capaz de descansar e recuperar forças para a última parte do ano. Na GYM FACTORY temos vindo a trabalhar para oferecer novos e cuidados conteúdos pela mão de grandes especialistas, que esperamos que forneçam novos conhecimentos para os seus negócios. Dois grandes eventos terão lugar na última parte do ano e que as pessoas envolvidas na indústria de fitness não devem esquecer: em primeiro lugar o 9º Encontro Nacional AGAP, a ser realizado em Lisboa a 18 e 19 de Novembro. Um momento essencial para se manter a par dos mais recentes desenvolvimentos e tendências do negócio, organizado pela AGAP. Em segundo lugar, a Feira OUTLET e ocasião SPORT & Fitness, que se realiza em Madrid de 16 a 18 de Dezembro. Uma iniciativa que pretende ser o ponto de encontro para os profissionais e adeptos de desportos em geral: para as empresas, o lugar ideal para liquidar stocks excedentes, enquanto para os visitantes a capacidade de comprar produtos outlet e de ocasião com descontos entre 30% e 70%. Ainda vai a tempo de se inscrever e reservar. Tome note destes 2 acontecimentos. Os seus negócios agradecem! Inés Ledo Editora
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Coaching
DE QUE DEPENDEM AS VITÓRIAS E DERROTAS? Porquê as emoções condicionavam a minha performance desportiva?
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instrutores
resumo
o u t o n o 2016
Envelhecimento A LONGEVIDADE COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO O impacto da longevidade na vida das pessoas e nos negócios
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Marketing
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Notícias Marketing para personal trainers 59 Coaching
55 Envelhecimento 53 Exercício 51 Profissão 49 Especialista 47 Crossfit 45 Nutrição 40 Especialistas g y m facto r y 1 1
GUIA DE MARKETING PARA PERSONAL TRAINERS Como pode um Personal Trainer tirar partido das ferramentas de Marketing para desenvolver a sua atividade profissional?
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Panorâmica de nutrição
VITAMINAS A ingestão deficitária ou em excesso pode conduzir a patologias.
notícias GTF-FORMAÇÃO
O ÊXITO DE eGym TRANSFORMA OS GINÁSIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA Em apenas 8 meses, 60 centros de fitness decidiram já dar o salto da transformação digital com eGym, um dos líderes europeus que tem vindo a revolucionar o setor em todo o mundo n A equipa de eGYM Iberia conseguiu em apenas 8 meses que 60 novos parceiros, entre os quais se incluem os melhores ginásios de Espanha, apostem pelo salto à tecnologia digital. Christian Kohler, Country Manager de eGYM Iberia, mostra-se muito satisfeito com o êxito da sua penetração no mercado Ibérico, embora este facto não o surpreenda, porque eGYM é a única resposta inteligente
aos atuais desafios da indústria do fitness, graças à digitalização. Depois do grande êxito alcançado na Europa Central, com mais de 1000 clientes satisfeitos em apenas três anos, e com uma equipa de perto de 300 trabalhadores em 10 países, eGym acaba de incorporar-se ao mercado português, onde se espera que alcance o mesmo êxito que no resto da Europa. christian.kohler@egym.com
GOFLO
n A GTF-Formação aposta para 2016/2017 na ampliação da sua oferta formativa e no estabelecimento de acordos com figuras de renome do fitness nacional para estar na vanguarda da excelência. O seu slogan, “Aprenda com os melhores”, espelha o investimento que a empresa está a fazer para se tornar numa das empresas de formação mais competitivas no mercado do fitness. A GTF-Formação disponibiliza também soluções à medida para cada ginásio, integradas com planos de desenvolvimento para as áreas de sala de exercício, aulas de grupo, treino personalizado, nutrição e suplementação e novas tendências de mercado. As formações específicas de equipamentos como TRX®, FoamRoller® e Bosu® também surgem renovadas, dando melhor resposta às necessidades práticas dos PT’s, mas também dos profissionais mais ligados à Performance. Em suma, a GTF-Formação prepara-se para de uma forma sustentada se tornar na referência de qualidade, rigor e inovação no contexto do Fitness Português. www.gimnica.pt
A TECHNOGYM APRESENTA SKILLMILL A nova solução para o treino e performance desportiva
n GOFLO é um acessório de treino que visa trabalhar diferentes partes do corpo mediante exercícios muito diversos com o intuito de alcançar os melhores resultados. GOFLO está longe de ser um acessório de treino tradicional, é de fácil utilização e permite diferentes combinações, com o simples ajuste ou troca das bandas de exercício e da posição do corpo. Composto de 4 mosquetões, 2 suportes de mão, 2 correias reguláveis, 1 sistema de polia e agarres para pés, mãos ou tronco, po-
de ser engatado em qualquer estrutura, desde que estável e segura, como o tronco de uma arvore para exercícios no exterior ou no lado de fora de uma porta fechada para exercícios no interior, ou nos suportes específicos no ginásio. GOFLO é ideal para personal trainer como para grupos ou treino em circuito. Poderá ser utilizado por qualquer pessoa, independentemente da sua condição física ou idade, o GOFLO adapta-se perfeitamente a cada usuário. vendas@fitness.pt
n Technogym – o líder em equipamentos e soluções de fitness baseada em tecnologia – tem o prazer de apresentar a SKILLMILL, o primeiro produto não monitorizado que combina o treino de força, velocidade, resistência e agilidade. Como fornecedor oficial das últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos e parceiro das principais equipas e atletas em todo o mundo, a Technogym tem uma experiência ímpar acerca dos métodos de treino de milhares de campeões desportivos em todo o mundo em mais de 100 modalidades. A tecnologia MultiDrive (patente pendente) da
SKILLMILL permite aos usuários selecionar diferentes níveis de resistência reativa, do zero ao máximo. Deslocando o Multidrive, é possível mudar rapidamente o nível da resistência, entre uma corrida livre de resistência e um esforço tremendo em posição trenó. www.technogym.con
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notícias ENTRA NO FITNESS 2.0 E LEVE O SEU GINÁSIO A UM NOVO NÍVEL n Numa sociedade cada vez mais tecnológica, o Fitness deixou de ser uma atividade realizada dentro de ginásios para se converter num estilo de vida. Fiel ao compromisso de o(a) acompanhar no desenvolvimento do negócio, a Matrix põe à sua disposição o Trainer App e o Workout Tracking Networking que o(a) ajudará a entrar no Fitness 2.0 Com a Trainer App adquirirá uma relação mais próxima e fluída entre os seus instrutores e os seus sócios, alcançando um seguimento personalizado dos progressos de cada um, similar ao existente no alto rendimento. Ao mesmo tempo, com o Workout Tracking Networking os sócios serão os verdadeiros protagonistas do clube. Desta forma, conseguirá que se comprometam com os seus próprios objetivos e aceitem qualquer desafio saudável que lhes proponha. www.dinamic.pt
O NOVO E REVOLUCIONÁRIO FH10
n A incorporação de um novo sistema de travão magnético e o computador instalado no guiador são os destaques desta bicicleta. O sistema de travão magnético resulta numa pedalada mais suave, progressiva e silenciosa, melhorando as sensações do cliente. A consola do computador fornece dados instantâneos que, usados corretamente, serão uma ferramenta importante para o instrutor lecionar, avaliando objetivamente o progresso do usuário.
Travão magnético: sistema de travão revolucionário O sistema de travão magnético incorporado na FH10 é composto na parte principal por dois ímãs poderosos colocadas em oposição, responsáveis pela criação de um campo magnético que gira a roda de inércia, atuando como um material condutor num circuito fechado. A partir do instante em que a roda de inércia gira, uma corrente elétrica é gerada em oposição, de modo que reduz a sua velocidade. Ao evitar qualquer contacto direto sem atrito entre os componentes do sistema de travagem, a manutenção é minimizada. Movendo a alavanca de resistência para cima, a superfície dos imãs é maior sobre a roda de inercia por isso, o fluxo magnético aumenta e, por sua vez, a resistência. Movendo a alavanca para baixo, o fluxo magnético diminui ao mesmo tempo que a resistência. Outra forma de aumentar a resistência sem mover a alavanca será aumentar a cadência que, por sua vez, irá gerar um maior fluxo magnético dificultando o pedalar. www.fyhfitness.com
AS FEIRAS DO DESPORTO: DOIS EVENTOS ESSENCIAIS PARA PROFISSIONAIS DO DESPORTO E ATIVIDADE FÍSICA. A NÃO PERDER!
GYM FACTORY
La Feria del FITNESS® e Instalaciones deportivas
n A Feira OUTLET e Ocasião SPORT & Fitness® realiza-se de 16 a 18 de dezembro no pavilhão de vidro da Casa de Campo de Madrid. Esta será a primeira feira Outlet espanhola orientada para o mundo do desporto. A iniciativa pioneira tem como principal objetivo oferecer aos expositores a possibilidade de liquidar os seus excedentes no final do ano e dar
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a possibilidade aos consumidores para encontrar num só lugar uma variedade de produtos relacionados com o desporto a preços de Outlet. GYM FACTORY, a feira de FITNESS e das Instalações Desportivas® 2017 Realiza-se nos dias 26 e 27 de Maio em Madrid, no recinto ferial Juan Carlos I. A Península Ibérica tem na GYM FAC-
OSS FITNESS APRESENTA A SUA NOVA DUAL CABLE TRAINER DA PLATINUM SERIES.
n A Dual Cable Trainer, aumenta a força ao permitir que o utilizador realize movimentos que imitam actividades desportivas, assim como na vida diaria. Funcionalmente, serve para treinar os músculos de todo o corpo de maneira conjunta, desenvolvendo a estabilidade e coordenação. Uma ferramenta ideal para completar a zona de musculação, ou mesmo para uma zona de Personal Training. www.ossfitness.com TORY, a feira de FITNESS e das Instalações Desportivas® o ponto de encontro de profissionais de fitness, onde os mais recentes desenvolvimentos e tendências atuais são apresentados. Um lugar de networking, reciclagem, formações, conferências e inúmeras atividades necessárias para o bom funcionamento de um nicho de mercado que ainda tem um caminho de desenvolvimento longo pela frente. www.gymfactoryfairs.com
“Confiança e segurança para o seu ginásio”
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marketing para personal trainers
Guia de Marketing para
PERSONAL TRAINERS
Um Personal Trainer tem de estar sempre atualizado para poder prestar o melhor serviço possível aos seus Clientes. Afinal de contas são especialistas em exercício físico e saúde. Todos sabemos que conseguir estar atualizado não é fácil, mas esta é só uma pequena parte das necessidades de um Personal Trainer. Um Personal Trainer é um negócio em si mesmo e este negócio necessita de ser gerido e promovido de uma forma profissional. Infelizmente a maioria destes tem diversas lacunas no campo da promoção.
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omo pode um Personal Trainer tirar partido das ferramentas de Marketing para desenvolver a sua atividade profissional? DIFERENCIAÇÃO O primeiro passo é a diferenciação. Um Personal Trainer tem de perceber o que o torna único em relação aos outros. Essa diferenciação será muito importante para que se consiga destacar num mercado cada vez mais concorrencial. É também vital que esta diferenciação esteja alinhada com as necessidades do g y m facto r y 1 1
mercado. Este fator será muito importante no sucesso de toda a estratégia de promoção do Personal Trainer. Para que um Personal Trainer saiba como se deve diferenciar, precisa conhecer o mercado e a concorrência à sua volta. Só assim evitará escolher um espaço que já esteja ocupado. A diferenciação pode ser feita a diversos níveis: especialização, tipo de treino, público-alvo, originalidade, etc. O importante é que seja natural e genuíno. Este é o primeiro passo na criação da marca do Personal Trainer.
PÚBLICO-ALVO Como referido anteriormente, a diferenciação está intimamente ligada ao Público-alvo que se pretende servir. Ao definir o Público-alvo está-se a limitar o tamanho do mercado que poderá ser trabalhado. Claro que também aqui existem estratégias interessantes a seguir. Poderemos tentar ser generalistas, o que permitirá servir um Público-alvo maior, mas onde certamente haverá mais concorrência. Por outro lado, poderá fazer sentido apostar na especialização.
Haverá neste caso um mercado menor a trabalhar, mas mais facilmente poderá destacar-se e dominar esse mercado. Por vezes mais vale ser o Rei de poucos e trabalhar um nicho, do que mais um no meio de muitos. Os critérios que podem ajudar a determinar o Público-alvo são a própria especialização e conhecimentos do Personal Trainer, o tamanho do mercado, a acessibilidade a esse mercado, a necessidade por um tipo de treino, etc. PROPOSTA ÚNICA DE VALOR Depois de decidida a Diferenciação e o Público-alvo é possível definir a Proposta Única de Valor. A Proposta Única de Valor é uma descrição do que é oferecido e porque é diferente do que já existe. A Proposta Única
de Valor deverá ser simples, concisa e, sobretudo, clara. Esta deverá depois ser utilizada como a assinatura da marca do Personal Trainer e colocada em todos os materiais de marketing offline e online. MATERIAIS DE MARKETING Há alguns Materiais de Marketing que podem fazer sentido desenvolver. Os Cartões-devisita são incontornáveis. Além disso, dão sempre um ar mais profissional a qualquer negócio. Outros materiais que devem ser considerados são flyers e/ou brochuras. Estes podem ser ótimos veículos para promover o negócio de um Personal Trainer. Nunca é demais lembrar que se deve incluir sempre a Proposta Única de Valor nos Materiais de Marketing.
OS CÍRCULOS MAIS PRÓXIMOS Quando um Personal Trainer inicia a sua atividade deverá começar por promover o seu negócio junto dos seus círculos mais próximos. Estamos a falar de Família, Amigos e Colegas. Para isso, é importante falar com as pessoas mais próximas para que elas saibam exatamente o que oferece em termos de serviço e possam assim ajudar a promovê-lo. Assim que o Personal Trainer começa a ter Clientes é importante conseguir que estes o ajudem a promover o negócio, fazendo recomendações aos seus Amigos. O passa-a-palavra tem um efeito muito poderoso já que é uma recomendação realizada numa base de confiança. Há formas de conseguir trabalhar esta área de referências sem parecer chato ou abusador. 1 1 g y m facto r y
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marketing para personal trainers Inicialmente e por uma questão de custos, o Personal Trainer poderá desenvolver o seu Site numa plataforma grátis. Não é o ideal, mas é uma boa forma de começar. Mais tarde e de acordo com o desenvolvimento do negócio, poderá apostar um Site numa plataforma mais interessante e que permita ter um Site mais customizável e de acordo com as suas necessidades. Tudo o que foi descrito antes tem de servir de base ao desenvolvimento do Site para que tudo esteja alinhado. Basta, por exemplo, convidar o Cliente para uma sessão de treino na qual ele poderá trazer um Amigo. SITE E BLOG Seria ideal que o Personal Trainer tivesse um Site e um Blog, mas é necessário ter consciência que é necessário empenho ou então estas importantes ferramentas não darão os resultados pretendidos. No entanto, quando bem utilizados são ótimos para o estabelecimento de credibilidade. Inicialmente e por uma questão de custos, o Personal Trainer poderá desenvolver o seu Site numa plataforma grátis. Não é o ideal, mas é uma boa forma de começar. Mais tarde e de acordo com o desenvolvimento do negócio, poderá apostar um Site numa plataforma mais interessante e que permita ter um Site mais customizável e de acordo com as suas necessidades. Tudo o que foi descrito antes tem de servir de base ao desenvolvimento do Site para que tudo esteja alinhado. g y m facto r y 1 1
O Blog é também uma ferramenta muito poderosa, mas é preciso alimentá-lo frequentemente com conteúdos relevantes e pertinentes. Para quem não gosta ou tem dificuldades em escrever, isto pode ser um desafio. Há também a necessidade de conhecer alguns fundamentos de Otimização para Motores de Busca para que tanto o Site, como os artigos no Blog sejam corretamente indexados nos Motores de Busca, aparecendo assim nas pesquisas orgânicas. REDES SOCIAIS As Redes Sociais já são utilizadas por muitos Personal Trainers, mas nem sempre do modo mais correto. É preciso ter noção das especificidade de cada Rede Social e das boas práticas a aplicar na sua utilização. Como foi referido no ponto anterior, a relevância e os temas dos conteúdos a partilhar com a comunidade são muito importantes para que haja sucesso na utilização destes meios. Algo a ter em mente é que os conteúdos devem criar valor e não devem tentar forçar uma
venda. Essa deve acontecer naturalmente graças à confiança que o Personal Trainer vai ganhando através das suas partilhas. A escolha das Redes Sociais nas quais o Personal Trainer deverá ter presença depende do Público-alvo e do tipo de conteúdos com os quais está mais à vontade. As Redes Sociais principais que devem ser consideradas pelos Personal Trainers são: Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn e Twitter. ANÚNCIOS Os anúncios de Facebook ou do Google AdWords são ferramentas muito interessantes para a promoção de um negócio. Os anúncios de Facebook são baseados em segmentação dos públicos, enquanto que os anúncios do AdWords dependem das pesquisas realizadas pelos utilizadores no Google. CONCLUSÃO A aplicação dos Fundamentos e Boas Práticas de Marketing podem facilmente ser a diferença entre um negócio vencedor ou um negócio sofrível. Não é preciso investir muito tempo para desenvolver uma estratégia promocional, mas é necessária alguma dedicação. Este pequeno investimento poderá ser o mais significativo que um Personal Trainer faça no sucesso da sua carreira.
André Novais de Paula Co-founder da Koobby Director de Estratégia Criativa na Directimedia
SEMPRE NÀ FRENTE
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c o a c h i n g
De que dependem as vitórias e derrotas?
Em muitos momentos do meu percurso desportivo deparei-me com emoções que me “assaltavam o espírito” sem eu perceber muito bem porquê, nem como é que condicionavam (em demasia) a minha performance desportiva.
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urante a minha carreira como atleta e após milhares de treinos, dezenas de estágios e centenas de jogos, houve algo que esteve sempre presente e que sempre condicionou a minha performance e os meus resultados desportivos. Durante todo este tempo nunca fui confrontado de forma clara com este fenómeno para que o entendesse e o pusesse a “jogar” a meu favor. E agora falo disto porque, após as minhas experiências pela área da Programação Neuro Linguística (PNL) e do Coaching, tornou-se para mim evidente o quanto é crítico e, arrisco dizer, que é o aspeto mais importante no desporto e na prática da atividade física (como em tudo na vida)! E falo das nossas emoções e dos nossos estados emocionais. Todos nós, a toda a hora, estamos “a fazer” estados emocionais! Sim, reforço a palavra “fazer” porque a Programação Neuro L i n guística (PNL) de uma forma clara explica que é isso mesmo que acontece. Cada um de nós “tem uma palavra a dizer” sobre o tipo de estado emocional que quer ter a cada momento. Vamos por um momento imaginar que isto é mesmo
assim, ou seja, que podemos “definir” qual o tipo de estado queremos ter. Como instrutor, personal trainer, atleta ou praticante de atividade física acredito que esteja a lembrar-se das inúmeras vezes (eventualmente demasiadas vezes) que nos deparamos com emoções que não nos ajudam a ter “sucesso” desportivo ou na prática da atividade física como a desmotivação, ansiedade excessiva, medo, falta de confiança, stress, falta de autoestima… Em muitos momentos do meu percurso desportivo deparei-me com estas emoções. Emoções que me “assaltavam o espírito” sem eu perceber muito bem porquê, nem como é que condicionavam (em demasia) a minha performance. Para além disso, e como, enquanto atleta, não me ensinaram e não me treinaram para, primeiramente, ter consciência desta “realidade” e depois lidar com ela, focava-me em arranjar desculpas para o meu insucesso em tudo o
20 g de proteína Unicamente 0,7 g de açúcares
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c o a c h i n g que me rodeava (treinador, colegas de equipa, árbitros, falta de tempo, muita gente no ginásio, pouca gente no ginásio, o instrutor que não motiva, a temperatura quente do ginásio, a pouca ventilação ….) com as implicações que daí advinham para toda a equipa e, acima de tudo, para mim! Agora imagine que, enquanto instrutor, personal trainer, atleta ou praticante de atividade física, as pode alterar para algo mais possibilitador como confiança, motivação, otimismo, confiança, esperança, calma, concentração, relaxamento, foco. O que é que isso pode fazer pelos seus resultados? A PNL, ou seja, a forma como as palavras (linguística) podem “atingir” a mente (neuro) e produzir uma ação (programação), é baseada num conjunto de modelos, estratégias e crenças que visam uma comunicação positiva e eficiente entre as pessoas e consigo mesmo com o objetivo de conquistar a excelência e o desenvolvimento pessoal, profissional e desportivo. O modelo de comunicação da PNL revela que os meus resultados dependem dos meus comportamentos que, por sua vez, dependem dos meus estados emocionais. Basta abrir os jornais desportivos para vermos treinadores e jogadores a justificarem os resultados e a pulverizarem as suas declarações com expressões como “falta de confiança”, “falta de atitude”, “demasiada ansiedade”, “capacidade de luta e sacrifício”, como se fossem “situações” fora do seu alcance e sob as quais não têm qualquer controlo. As pesquisas na área da neurociência têm revelado aquilo que já sabíamos! O potencial da mente humana é absolutamente incrível e está muito longe de estar maximizado. Cabe-nos a nós potenciarmos g y m facto r y 1 1
aquilo que já está ao nosso alcance e que já conhecemos. Com isto digo o seguinte. Se queres alterar os teus resultados desportivos, para além de alterares os teus comportamentos, altera os teus estados emocionais! Só a partir daí é que estarás verdadeiramente a entrar numa zona de alta performance, gerando resultados físicos consistentes! Como alguém já disse a qualidade da tua vida depende da qualidade das tuas emoções. E agora arrisco dizer que a tua performance e “sucesso” desportivo dependem da qualidade das tuas emoções. E a questão que se coloca é: como me posso condicionar para ter as emoções que quero no momento em que pretendo? Como o desporto me ensinou, a resposta está no treino, treino e treino! Sendo que este treino é, acima de tudo, mental! Enquanto instrutores e personal trainers devemos ter a consciência de que o resultado de um treino será uma consequência da minha predisposição para esse treino. E a questão que me devo colocar enquanto profissional do fitness é: qual a predisposição dos meus alunos para o treino físico? Que tipo de emoções está associado ao treino físico? Qual é a moldura do quadro que a seguir vamos pintar? Os instrutores e personal trainers enquanto líderes e influenciadores de um processo evolutivo podem correr muitas vezes o risco de assumir que já sabem! Têm tanta experiência e já conhecem tão bem os seus clientes que já conhecem os seus pontos fortes e fracos, as suas ambições e
anseios, o que os motiva … que sei, que sei, que sei! Por vezes os instrutores e personal trainers podem não ter muita consciência deste aspeto pelo simples facto de acharem que têm resposta a muitas das perguntas. E, muitas vezes, a resposta a essas perguntas está condicionada “pela minha experiência”, “já o conheço”, “já vi muita coisa” (…) e por se achar que um “líder” deve ter respostas e não perguntas! Um dos principais objetivos de alguém que é responsável pela orientação de um processo evolutivo, como por exemplo instrutores e personal trainers, é conseguir tirar de “dentro” dos atletas aquilo que eles têm de melhor. Todavia, só cada um dos atletas é que é capaz de dizer o que “está dentro dele próprio”. E o único processo que conheço para obter essa informação é fazendo PERGUNTAS! Só assim vamos ser capazes de “mostrar” aos nossos clientes as suas emoções nos diferentes momentos, ajudando-os a conhecerem-se melhor para, a partir daí, atingirem (também) melhores resultados físicos!
Nuno Pinto da Silva
Diretor Geral da LIFE Training. Ex atleta internacional, Certificado em Coaching e Master em Programação Neurolinguística.
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envelhecimento
A longevidade como oportunidade de negócio Nas últimas décadas temos vindo a assistir a uma franca melhoria das condições de vida, o que nos tem permitido viver mais e melhor. No início desse século, em Portugal, a esperança média de vida, à nascença, era de 76.4 anos, passando para 80.4 anos, em 2014, uma diferença de 4 anos a mais de vida, em média. Outro dado importante e complementar é a esperança média de vida aos 65 anos. Um valor que para Portugal era de 17 anos, em 2000 e que em 2014 passa para 19.2.1 Fonte Pordata: “Esperança de vida à nascença: total e por sexo (base: triénio a partir de 2001) – Portugal” e “Esperança de vida aos 65 anos: total e por sexo (base: triénio a partir de 2001) – Portugal”.
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endo a longevidade um dado adquirido, é importante perceber o impacto que este fenómeno tem na vida das pessoas, na vida em sociedade e, por fim, nos negócios. A longevidade e o envelhecimento são realidades a que não estamos habituados e estes são os grandes temas de uma nova área temática da Gym Factory, que pretende contribuir de forma positiva para o crescimento dos negócios e dos profissionais. Encarar a longevidade como uma oportunidade de negócio implica em mudar mentalidades, olhar para a realidade como ela é e não tanto marcada por estereótipos e ideias feitas sobre as pessoas, principalmente as pessoas com mais de 40 anos (adultos e seniores). Uma atualização da forma de perceber o mundo à nossa volta e de observar a longevidade que entra, porta a dentro das nossas instalações, a dos nossos clientes. Da mesma forma como é preciso um outro olhar, sobre a longevidade que sai porta a fora, a dos nossos colaboradores. Este viver mais e melhor tem tido consequências interessantes, como a mudança do conceito de saúde, que progressivamente deixa de significar somente o tratamento da doença para significar um estado de vida saudável, e a ausência de doença. O aumento da preocupação com a saúde, com o bem-estar e o foco na busca da felicidade, são outras das consequências de vivermos mais tempo. Recentemente a Organização Mundial de Saúde alterou o conceito de envelhecimento ativo para o de envelhecimento saudável, por considerar que na sua definição o envelheci-
mento nem sempre pode ser ativo mas desejavelmente saudável e promotor de uma vida feliz. No dia 30 de Setembro terá lugar em Lisboa a semana LisBoa IDADE, uma semana que pretende promover uma cidade com direitos para todas as idades, onde as questões dos estilos de vida saudáveis e da longevidade serão tratados e debatidos por profissionais de toda a Europa. O ser humano tende à felicidade, busca a vida sempre que possível e por isso, ao sabermos que vivemos mais mas que, ao mesmo tempo, a saúde é algo que controlamos pouco, face a outras áreas das nossas vidas, procuramos investir num estilo de vida saudável, onde o exercício e a atividade física são aspetos fundamentais. Uma visão de 360º sobre a saúde implica um investimento na alimentação, no corpo e na mente. Um fenómeno transversal ao envelhecimento, mais visível nas sociedades com maiores níveis
de envelhecimento populacional, é a preocupação com a saúde física e mental. Algo que se torna evidente ao entrarmos numa livraria e vermos o progressivo crescimento de livros sobre meditação, mindfulness, alimentação saudável, alimentação sem glúten e sobre o nosso segundo cérebro, os intestinos. Muitos dos ginásios e academias de Portugal, e não só, deixaram há muito de oferecer simplesmente exercício físico para complementar o portfólio de serviços com nutrição e psicologia. Fruto desta forma de estar daquela longevidade que nos entra porta a dentro. A novos públicos e segmentos da população correspondem novos desejos, necessidades e motivações. Todavia, como referi, há um outro segmento de pessoas que também está a viver mais e que também quer viver o melhor possível, refiro-me ao grupo dos profissionais de exercício físico que trabalham nos ginásios e academias. Um grupo profissional alargado que está sujeito a um significativo desgaste físico e em que muitos chegam aos 45/50 anos de idade a precisar de rever a sua situação profissional. Perceber de que forma as necessidades e motivações de uns se encaixam nas necessidades dos outros é a chave para o crescimento do negócio. Aliar a experiência de um profissional com mais de 20 anos de vida ativa, com um profundo conhecimento sobre o corpo e sobre o exercício físico à necessidade de uma oferta de atividade física moderada, para pessoas com mais de 60 anos de idade pode resultar numa nova oferta. Do trabalho que tenho desenvolvido junto das direções de recursos humanos de algumas empresas em Portugal, é-me cada vez mais clara a necessidade de pensar novas funções para aqueles profissionais que, por
questões de desgaste físico e mental, chegam à meia-idade a precisar de um novo espaço, fora daquilo que até então é o seu espaço de atuação tradicional. Recolocação em outras áreas da organização ou mesmo a criação de novas funções é o que acaba por acontecer. No caso da indústria do fitness, surge a oportunidade para pensar novas ofertas e outros modelos de negócio que alie longevidade e envelhecimento. Novos conceitos de academias, que aliem corpo e mente com alimentação e cultura, por exemplo. Modelos que estejam mais adequados às necessidades de quem não se revê no formato tradicional do ginásio e procura algo mais personalizado. Recentemente tenho visto algumas coisas que aliam as artes marciais ao bem-estar do idoso e mesmo ao bem-estar da pessoa com demência, novas áreas de trabalho que podem passar a fazer parte da oferta dos ginásios. Esta nova área temática da nossa Gym Factory quer ser um espaço de inspiração sobre a forma como a longevidade e o envelhecimento podem ser mais um aspeto positivo que uma fatalidade demográfica. Ao longo dos próximos artigos pretendo dar destaque a temas e projetos que sejam bons exemplos de como integrar aquilo a que se chama “demografia disruptiva” no negócio.
Ana João Sepulveda
40+Lab Managing Partner
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A importância do DESCANSO depois do treino O
mundo do Exercício Físico & Saúde enfrenta atualmente um paradoxo complexo. Se por um lado o exercício é promotor de saúde e bem estar físico e emocional, por outro, pode ter como consequência exatamente o efeito contrário: o despoletar de doenças e lesões. Especialistas em exercício físico têm investigado este paradoxo extensivamente, concluindo que o treino “sozinho” não consiste no problema, a questão prende-se antes, com o descanso insuficiente. Constata-se que a qualidade da recuperação é pois, tão importante como a qualidade do treino, e os profissionais de exercício precisam compreender esta inter-relação. Sabe-se hoje que a prática de exercício, quando bem orientado e prescrita, tem inúmeros benefícios em termos de saúde e performance. Contudo, este funciona, simultaneamente, como
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agente stressor ao corpo humano, interferindo no equilíbrio interno de todos os processos fisiológicos e bioquímicos – Homeostase. Assim sendo, a prática de exercício pode alterar drasticamente a Homeostase, e colocar o corpo em Alostase. A mesma, definida como “a habilidade de alcançar a estabilidade através da mudança” (McEwen 1998), é de extrema importância para a sobrevivência do ser humano. Um bom e simples exemplo de Alostase, é a manutenção da temperatura corporal, que apesar das variações das condições climáticas do meio ambiente, ela, via de regra, mantém-se constante no seu estado natural – cerca de 37ºC. Um treino com volume e intensidade adequadas à condição física do praticante, e com protocolos de recuperação específicos, irá desencadear um processo adaptativo que permite o corpo recons-
truir-se, reparar-se e reforçar-se, alcançando um maior nível de performance. O contrário, ou seja, um treino desadequado à condição física do praticante e sem o devido descanso, terá efeitos nefastos para o corpo humano. A recuperação adequada, é pois fundamental para minimizar a acumulação de subprodutos produzidos pelo agente stressor (exercício físico), atuando também ao nível dos stressores mentais, emocionais e ambientais da vida dum praticante de exercício. A recuperação dos treinos torna-se pois tão importante quanto os próprios treinos, e envolve três etapas: 1º Estabelecer objectivos e um plano de treino estruturado e adequado aos mesmos, incluindo períodos de transição entre ciclos de treino; 2º Adoptar um estilo de vida saudável, em que não negligen-
TNF-a (Dement 2000; Gonnissen, et al. 2012). O sono permite ainda um aumento da ressíntese proteica, um relaxamento do sistema nervoso e um aumento da função imunológica, promovendo uma ótima recuperação do tecido muscular (Hausswirth & Mujika 2013).
ciamos a qualidade e a quantidade de horas de sono, a alimentação e o bem estar mental / psicológico; 3º Entender como o treino afeta a fisiologia interna em tempo real, e responder com tempos de recuperação adequados. Desenvolvimento um cronograma de Periodização Os planos de treino devem estabelecer com precisão os níveis de performance atuais e definir metas realistas. Estes devem seguir uma programação especifica, intercalando períodos de maior intensidade com períodos de recuperação, dentro de cada semana e ao longo de um ciclo de semanas. Condições de vida e o plano de recuperação As condições de vida de um praticante de exercício podem atrapalhar um excelente plano de treino / recuperação. SONO O sono permite que o corpo se reconstrua e reforce. Estudos dizem que 7 a 9 horas de sono são fundamentais para o equilíbrio bioquímico, elevando os níveis de substâncias, como a hormona do crescimento, e reduzindo substância químicas inflamatórias como o cortisol, IL-6 e
NUTRIÇÃO Melhorar a performance física requer um equilíbrio adequado de nutrientes. Cada um tem um papel especifico na melhoria do desempenho, de abastecimento e recuperação entre treino (Hidratos de Carbono e Gorduras), e na construção e reconstrução do tecido muscular (Proteínas). FEEDBACK FISIOLÓGICO Obter um feedback fisiológico pode ajudar a delinear uma estratégia de descanso e recuperação. Pode passar por diariamente realizar uma simples medição de frequência cardíaca de repouso e o preenchimento de um questionário. Um aumento da frequência cardíaca em repouso (FCrep.) de 5-10 batimentos, ou mais, por minuto, tem sido usado para demonstrar uma coação fisiológica interna. Determinando a FCrep., e usando um questionário de estilo de vida, onde possamos avaliar os agentes stressores mentais, a nutrição e a qualidade de sono, podemos perceber se aumento da intensidade de treino pode ser últil ou prejudicial. Este é um método barato e fácil de aplicar, no entanto possui as suas lacunas, tais como a subjetividade do questionários. As análises sanguíneas são um método mais viável, medindo metabolitos presente no sistema circulatório, dando-nos um feedback interno mais real, no entanto é de difícil acesso e caro. O desequilíbrio entre o treino e o descanso pode levar ao sobre-
treino, mais conhecido por overtraining. Este estado é o resultado de uma discrepância reincidente entre o stress e a recuperação ao longo do processo de treino (Lehmann et al, 1993). Sinais como desânimo, falta de apetite, queda no rendimento na prática de exercício físico, insônias, desejo exagerado em descansar, ou alterações na frequência cardíaca de repouso, podem ser indícios de que algo está errado. O excesso da prática de exercício físico, se detectado a tempo, poderá ser corrigido numa semana, porém, se for negligenciado, pode levar meses para uma completa recuperação. Por todos estes indicadores, a prática de exercício físico ideal, deve ter em conta fatores como a idade, o sexo, o estado geral de saúde, níveis de performance, tipo de treino realizado, disponibilidade para treinar e objetivos. Somente desta forma, a combinação ideal entre treino e descanso será encontrada e, o praticante de exercício físico será beneficiado com a obtenção dos seus objectivos. Bibliografia
Dement, W. 2000. The Promise of Sleep. New York: Dell. Gonnissen , H.K., et al. 2012. Effects of sleep fragmentation on appetite and related hormone concentrations over 24 h in healthy men. British Journal of Nutrition, 8 (1-9). Lehmann M, Foster C, Keul J (1993). Overtraining in endurance athletes: a brief review. Med Sci Sports Exerc, 25(7): 854-862. McEwen BS (1998) Protective and damaging effects of stress mediators. The New England Journal of Medicine, 338(3): 171-179
Ricardo Gomes
CEO - CHASE Training Academy Licenciado em Exercício e Saúde Personal Trainer
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p r o f i s s ã o
AS MÁQUINAS vão deixar-me sem emprego
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título é assustador, mas (é) tão real face às dezenas de vezes, se não centenas, que já ouvi de ex-colegas e profissionais que, graças à minha atividade profissional, tenho o privilégio de encontrar em conferências e formações. O problema é que neste sector sofremos de “surdez seletiva” pois este tema continua a ser um assunto tabu em mais fóruns do que era suposto. g y m facto r y 1 1
Muito recentemente, tive a honra de discursar no Congresso Nacional de PT, integrado na Feira Gym Factory em Madrid, sobre a tecnologia e a sua relação com o fitness e a conclusão a que cheguei é fácil de entender, mas contundente: “O profissional que não suba a bordo deste barco tem uma boa chance de ser deixado de fora a curto prazo. “ E quando digo fora, estou a ser muito taxativo e sem outra interpretação possível. Posso ampliar esta definição um pouco mais, tendo em conta que é uma opinião pessoal amparada pela minha experiência e pelo contato com ambos os sectores:
“Qualquer profissional da atividade física que não conte com a tecnologia para o desempenho da sua profissão será superado em breve por colegas que se souberam adaptar. A médio prazo terá que decidir se apanha o comboio ou muda de carreira.” Digo isto com tanta certeza pois vivi, em carne e osso, este ambiente analógico tão característico do nosso sector, durante mais de 20 anos e em diferentes instalações desportivas. Uma vez ultrapassada esta barreira, decidi passar à fase seguinte, a de contribuir para o desenvolvimento da nossa
indústria. Foi aí que tive a sorte de encontrar duas pessoas que tinham tudo isto ainda mais claro (vamos usar um nome fictício, Rafa) e um programador (de seu nome, Bernardo) com mentes abertas e preparados para abandonar a sua área de conforto. Com os ingredientes selecionados e ansiosos para aprender, começamos a “cozinhar”. No seu caso, se tiver o privilégio de estar rodeado por equipas compostas por excelentes profissionais, em que seja incentivado o crescimento pessoal e profissional, a visão de técnico está assegurada, pelo que faltará, apenas, subir um degrau e começar a liderar e coordenar. Nesta fase, descobrirá várias coisas: • É necessário um conhecimento mais alargado de outras áreas; • Passar a estar em contacto permanente com folhas de cálculo, legislação, relatórios, processos de gestão, etc.; • Ter que liderar e assumir responsabilidades que anteriormente não considerava; isso inclui a tomada de decisões, sem o “botão de ajuda” (e não poder ir até ao escritório falar com o responsável, pois o responsável sou eu). Parabéns! Agora tem mais tarefas, mais trabalho, mais responsabilidade… e os dias conti-
nuam a ser de 24 horas. Tiquetaque… tique-taque… Com qual destes dois cenários se identifica: técnico ou gestor? Porque, tanto para um como para o outro, o problema e a solução são idênticos. Para quê tudo isto? Para no final deixar os técnicos de exercício sem emprego? CLARO QUE NÃO. Quando desempenhei funções de instrutor, nas horas de pico podia encontrar mais de 100 usuários de uma só vez na sala de exercício, sem auxílio de mais colegas e com todo o tipo de necessidades; usando a analogia de um pugilista, só me podia defender dos golpes que recebia. Em momentos como este, ter um “amigo” para nos ajudar nas tarefas mais mecânicas, permitenos dar um maior toque de profissionalismo, interagir com todos os usuários presentes, fidelizando através de algo mais que o “plano de treino” e demonstrar que as nossas aptidões sobressaem e são visíveis. E vou mais longe. A tecnologia wearable abre um enorme leque de possibilidades de planeamento, monitorização, correção e melhoria tanto da atividade exercida como da experiência dos privilegiados / infelizes que treinam consigo. Privilegiados se decidiram treinar consigo: um profissional que se recicla periodicamente e
combina o conhecimento adquirido com a experiência pessoal acumulada, entende que neste setor triunfa quem proporciona resultados e experiências, de forma igual, e se apoia na tecnologia para que estes pressupostos se cumpram diariamente. Infelizes se, pelo contrário, treinam consigo mas é um daqueles que pensam que não precisam de mais formação (uma vez que a experiência é suficiente), bastando para isso dedicar-se a planear programas de treinos e a contar repetições. Não oferece mais experiência do que o suar durante a atividade física, não reforça nem motiva e, é claro, não usa a tecnologia pois requer o precioso tempo para a aprender. Tenha cuidado se se identifica com partes desta caracterização já que as probabilidades de perder clientes/ sócios aumentam. A tecnologia veio para ajudar e é precisa para permanecer num sector cada vez mais adaptado. Não perca tempo…
Juan Magana
Diretor Técnico Trainingym
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e s p e c i a l i s t a
TREINO PROPRIOCETIVO Pontes lógicocientíficas para um melhor entendimento e aplicação.
O
propósito mais nobre que se pode aspirar numa atividade profissional que cuida do corpo-humano é fazê-lo com base em elementos científicos e lógicos que lhe confiram um grau de precisão e segurança que exponenciem a indução de melhorias na motricidade dos clientes / alunos / pacientes. Num processo contínuo de aprendizagem e aplicação diária, várias questões coloco sobre uma diversidade de temas que são aprendidos e usados pelos profissionais. O treino propriocetivo assumiu um carácter messiânico, não apenas na reabilitação de lesões, mas também, como elemento particular na construção de contextos de estimulação, portanto, uma espécie de ramo específico de treino, uma nova tendência. O intuito do presente texto passa por clarificar e (re)construir um conjunto de elementos que considero de extrema relevância para uma aplicabilidade mais consciente. Como nos diz Edgar Morin, “a supremacia de um conhecimento fragmentado segundo as discipli-
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nas torna muitas vezes incapaz de operar o vínculo entre as partes e as totalidades e deve dar lugar a um modo de conhecimento capaz de apreender os objetos nos seus contextos, nas suas complexidades, nos seus conjuntos”. (Os sete saberes para a educação do futuro, 2002). A etimologia da palavra propriocepção remete-nos para «sensação», «receção» «própria», portanto, para uma «sensação de sí». Como referem Proske e Gandevia, (2012. Physiology Rev 92:16511697), em atividades diárias dependemos de sinais vindos dos sensores (proprioceptores) corporais para que possamos responder às circunstâncias e movermo-nos no espaço. Toda esta informação propriocetiva é criada nos tecidos biológicos por recetores sensoriais que enviam sinais para o sistema nervoso central, onde é orquestrada a resposta motora mais adequada. Portanto, falar do sistema propriocetivo é iniciar uma viagem pela organização neural que modula a tensão muscular na relação do
esqueleto com o espaço físico. Assim sendo, exceto em caso de morte, doença ou acidente que incapacitem alguma parte do corpo, o sistema propriocetivo está sempre presente num corpo vivo. Na área do exercício e da tão aclamada motricidade o treino da propriocepção assumiu um carácter que afasta o conhecimento do corpo (anatomia e fisiologia neural, muscular e articular) do seu centro. Em completo antagonismo, assistiu-se a uma centralização de um conjunto de teorias e métodos cujo fundamento é transformar o “chavão” em chave. O treino em superfícies instáveis é, talvez, o método mais abordado e aplicado quando se pretende melhorar a propriocepção. Desta tendência, surgiram uma multiplicidade de equipamentos e métodos de treino que se especializaram no erradamente designado treino propriocetivo. Para clarificar esta posição, lanço algumas questões: 1. Porque são alguns exercícios discriminados como propriocetivos e outros não?
2. Porque o treino propriocetivo está associado ao desafio em superfícies instáveis? 3. Se após uma lesão os tecidos estão debilitados, será prudente adicionar instabilidade externa com o intuito de estimular a propriocepção? 4. As melhorias percecionadas não poderão dever-se à aquisição da habilidade técnica necessária a muitos desses exercícios? Num estudo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research, comparou-se o efeito de 7 semanas de treino com exercícios realizados em
superfícies instáveis e estáveis num grupo de indivíduos sem experiência de treino. Os autores referem que ambas as formas de treino promoveram o mesmo tipo de adaptações. Por outro lado, citam outro investigador que refere que o melhor método para promover melhorias no equilíbrio, na propriocepção e na estabilidade do core para qualquer desporto é praticando a habilidade específica dessa mesma atividade (Behm, D, Kibele, A. Seven Weeks of Instability and Traditional Resistance Training Effects on Strength, Balance and Functional Performance, 2009). Aproveitando o exposto, penso poder partilhar com o leitor que, em meu entendimento, qualquer forma de exercício é propriocetivo e que uma multiplicidade de fatores se relaciona para que possamos afirmar que a melhoria de aspetos aparentes da motricidade se deve a algum método em particular. A aprendizagem motora é um campo de conhecimento muitas vezes desconhecido e que pode mascarar muitos aspetos
tidos como de melhorias induzidas. O aparecimento de equipamentos e métodos que requerem uma grande habilidade motora pode confundir o profissional que não reflita de forma ativa acerca da sua prática – Estará o cliente a melhorar efetivamente a sua capacidade neuro-músculo-articular, ou estará a melhorar o skill técnico de uma nova habilidade que lhe pedem para executar em cima de uma superfície instável ou outro equipamento? Em outra publicação no Journal of Strength and Conditioning Research, os autores revelaram que a activação electromiográfica do multifidus lombar em exercícios com peso livre era maior quando comparado com os realizados em bola suíça. Sugerem também que, o risco inerente às tarefas executadas em cima da bola suiça e a sua pouca aplicabilidade para o recrutamento muscular a tornam desnecessária (Martuscello, J. et al. Systematic Review of Core Muscle Activity During Physical Fitness Exercises, 2013). Um profissional deverá pautar a sua prática por uma reflexão constante, colocando em causa o aparente e entrando com a profundidade devida nos assuntos que, não raras vezes, se assumem como verdades absolutas. Não afirmo que treinar em superfícies instáveis seja mau, no entanto, gostaria de despertar no leitor a noção de que o corpo humano, quando está a ser estimulado sob a forma de exercício físico está a interpretar as forças que lhe chegam e a encontrar a melhor resposta possível com os mecanismos biológicos que possui na circunstância. Se não se conhecer o seu potencial e as suas limitações poder-se-á, de forma perigosa, hipotecar o carácter aquisitivo e adaptativo que o exercício deveria transportar.
O treino da “propriocepção” que sugiro assenta em algumas premissas: • Compreender o Corpo Humano – Anatomia e Fisiologia Articular, Muscular e Neural • Compreender a Mecânica do Exercício – Leis da física que pautam qualquer forma de exercício. • Articular a Mecânica do Exercício com o conhecimento do Corpo, portanto, compreender a Biomecânica de qualquer forma de exercício para um dado Corpo. • A humildade de assumir que por detrás da motricidade está um complexo sistema biológico extremamente sensível às condições iniciais onde qualquer alteração provoca uma reorganização das partes que o constituem tornando altamente imprevisível um resultado pré-determinado. Deste modo, novos olhos e perspetiva nascerão para o profissional do exercício e da reabilitação que deverá procurar, uma construção, prescrição, monitorização e reconfiguração da construção idealizada tão específica e aberta às possibilidades de resposta quanto a complexidade do sistema motor o permita. Assumir que a propriocetividade é um sentido, tal como o paladar, audição, visão e olfato, será abrir portas para o seu conhecimento fisiológico e, consequentemente, para um melhor entendimento da forma de induzir melhorias na motricidade dos clientes que elevem o exercício (Força aplicada a um corpo com um determinado esforço e duração) a Exercício (Estimulação adaptativa).
Nuno Filipe Pinho Personal Trainer Formador EXS
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crossfit
CrossFit:
o perigo de não
levantar pesos...
E
nquanto aguardava a minha vez numa fila de caixa de supermercado, observava a dinâmica de uma família de pai, mãe, filha e filho. Todos já com evidente excesso de peso. As crianças com idades prováveis entre os 12-14 e os 6-8 anos respetivamente. O pai preparava-se para pagar. A mãe ia colocando as compras no tapete. A irmã tentava pegar no irmão ao colo e o irmão contorcia-se todo com a força que podia para a impedir de o levantar do chão. O movimento e barulho da refilice entre irmãos chamaram a atenção da mãe que imediatamente se voltou para trás e gritou à filha: “larga o teu irmão que ainda dás cabo das costas!”
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Mal sabe esta mãe que a origem do levantamento de pesos acompanha a própria evolução humana e que provavelmente terá sido uma atividade fundamental para a nossa sobrevivência enquanto espécie. Ter força pode significar apenas a capacidade que o nosso corpo tem para se mexer de forma funcional. Mas não apenas com o peso do próprio corpo, transportando também cargas externas. A ideia de que “pegar em pesos faz mal” ou “lesiona” instalou-se nas sociedades modernas e industrializadas. O que até tem dado imenso jeito, diga-se: as compras de supermercado deixaram de ser carregadas para serem contratados os serviços de entrega ao domicílio; os elevadores justificam-se em prédios muito altos mesmo para os vizinhos dos primeiros andares; as crianças de colo são empurradas em carrinhos porque os pais não têm força para as transportar e porque a pé são demasiado lentas; os seguranças dos centros comerciais andam em trotinetes motorizadas para se
pouparem aos quilómetros que poderiam andar diariamente; e podíamos continuar com os milhares de exemplos que ilustram a promoção da inatividade física nos dias de hoje. A fragilidade da maior parte da população traduz-se, cada vez mais cedo do que tarde, em doença e vidas altamente condicionadas. Muitas quedas (em jovens, adultos e seniores) não são provocadas por pavimentos irregulares ou ligeiros desvios. Resultam de articulações altamente instáveis incapazes de resposta adequada perante imprevisibilidades deste género. Ou seja, da falta de força. Uma pessoa forte cai menos e, quando cai, magoa-se menos. Uma pessoa mais forte não destrói as costas por estar muitas horas sentada todos os dias. Uma pessoa forte não se lesiona se pegar mal numa carga pesada de vez em quando. Depois da hipertensão, da diabetes e do tabaco, a inatividade física é adiantada pela Organização Mundial de Saúde como a quarta causa de morte prematura no Mundo. Por
outras palavras: a inatividade e a consequente fraqueza matam! Mas afinal o que é ser forte? Sem recorrer à imensa literatura sobre o assunto e simplificando as coisas, arriscar-me-ia a considerar três categorias nada científicas mas muito práticas: a força razoável, a força boa e a força ótima. Razoavelmente forte será aquela pessoa que ainda é funcional na sua vida do dia a dia. É neste estado que estão algumas das pessoas que começam a treinar connosco. Mesmo aquelas que já frequentam alguns dos programas de fitness existentes no mercado ou andam em grupos de corrida ou de bicicletas. Mas para se ser saudável, o razoável não chega! Se medíssemos em quilos a capacidade de força destas pessoas, não chegaríamos aos níveis mais baixos de qualquer tabela de força publicada na literatura sobre a matéria. Geralmente, são necessários 6 a 12 meses de treino de força regular (pelo menos três vezes por semana) para que estes nossos atletas iniciados atinjam níveis mínimos de força que permi-
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crossfit
tam garantir a sua saúde. Ou seja, a sua qualidade de vida. Um nível de força bom só se atinge treinando para isso! É necessário um plano de treino estruturado, orientado e acompanhado por profissionais capazes de ir adaptando os protocolos à própria evolução de cada um. A maior parte dos nossos praticantes consegue atingir bons níveis de força. Uns em apenas um ano, outros levarão 10 anos a lá chegar! Mas também ninguém corre atrás de nós e o mais importante é mantermo-nos ativos para o resto da vida. Uma força ótima tem como termo de comparação a generalidade da população. Um homem de 77Kg com um Snatch de 80kg e um Clean & Jerk de 100Kg, na nossa Box, é forte! Mas para esta categoria de peso, os recordes mundiais destes levantamentos, batidos nos Jogos Olímpicos do Rio de g y m facto r y 1 1
Janeiro em 2016, foram 177 Kg (Lu Xiaojung – China) e 214 Kg (Nijat Rahimov – Cazaquistão) respetivamente. Ou seja, o termo de comparação deve ser sempre o praticante comum e não atletas de alto rendimento de alguma modalidade. Dou muitas vezes por mim a explicar aos nossos alunos mais recentes que é mais fácil “magoarmo-nos” a manipular cargas leves do que cargas muito pesadas. E a explicação é simples: porque para levantar cargas pesadas implica muita técnica. Mais do que força. E para ter técnica é preciso treinar regularmente e toda a vida. E treinar assim torna-nos mais fortes. Testar a capacidade de produção de força humana é uma atividade que acompanha a história do próprio Homem. Não sugerimos que todos nos transformemos em halterofilistas ou “strong man”! Mas que consiga-
mos garantir capacidades tão básicas como a marcha, o sentar e levantar ou subir e descer, sozinhos ou transportando cargas externas. Se para jovens e adultos a força é importante, para seniores é vital. Até porque uma das capacidades que a força nos dá é precisamente a de executarmos “maus” movimentos sem nos magoarmos. Entenda-se, pegar no irmão de 6-8 anos ao colo sem “darmos cabo das costas”.
Leonor Madeira
Gerente da IronBox CrossFit Alfragide Mestrado em Psicologia do Desporto (FMH - Universidade de Lisboa)
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n u t r i ç a o
As vitaminas são compostos orgânicos com funções importantes em muitos processos que ocorrem no nosso organismo, nomeadamente a nível do metabolismo energético, crescimento e reparação celular, proteção contra danos provocados pelos radicais livres e função nervosa.
A
s vitaminas são compostos orgânicos com funções importantes em muitos processos que ocorrem no nosso organismo, nomeadamente a nível do metabolismo energético, crescimento e reparação celular, proteção contra danos provocados pelos radicais livres e função nervosa. Apesar de essenciais ao organismo, este não as consegue sintetizar ou não as sintetiza em quantidades suficientes, pelo que têm de ser obtidas por via alimentar. As necessidades variam consoante a idade e género e encontram-se aumentadas em gestantes e lactantes.
Como referido, a maioria das vitaminas obtém-se através da alimentação, no entanto algumas podem ser obtidas de outras formas: a vitamina K e Biotina (vitamina B8) podem ser sintetizadas pelas bactérias intestinais; a vitamina D pode ser sintetizada pela pele através da exposição à radiação ultravioleta da luz do sol; a vitamina A pode ser sintetizada a partir do betacaroteno; a Niacina (vitamina B3) pode ser sintetizada a partir do triptofano. Tanto a ingestão deficitária como em excesso das vitaminas pode conduzir a patologias. A deficiência de uma vita-
AMIX NUTRITION
Nome do produto Amix™ Multi-HD Liquid Caps Ingredientes Vitamina do grupo B, C, D, E, coenzima Q10, Rotina, mirtilos, semente de uva, framboesa, tomate, manga, abacaxi, spirulina, chá verde, bagas de goji, espinafre e assim por diante ... Modo de tomar Tomar 1 cápsula diariamente com 200 ml de agua ao pequeno-almoço. Conteúdo Multivitamínico em cápsulas Licaps® preenchido com líquido constituído por uma ampla gama de vitaminas e minerais, enriquecido com um complexo de frutas e legumes. Função Fornecer ao organismo todos os micronutrientes necessários, indicados especialmente em fases de estresse, com as defesas baixas, em períodos de dietas muito rigorosas, treinos muito intensos, etc...
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mina por ingestão insuficiente ou por má absorção denomina-se hipovitaminose e o excesso hipervitaminose. Algumas das patologias que ocorrem por deficiência em determinadas vitaminas são: escorbuto (vitamina C), raquitismo e osteomalácia (vitamina D), beribéri (vitamina B1), pelagra (Niacina), anemia megaloblástica (vitamina B12). As hipervitaminoses são menos comuns e geralmente devem-se ao consumo excessivo de suplementos vitamínicos. As vitaminas são classificadas de acordo com a sua solubilidade, dividindo-se em dois grupos:
AMIX NUTRITION
Nome do produto Amix™ Vit&Mineral Super Pack Ingredientes Vitamina del grupo B, C, D E, Cálcio, Magnésio, Zinco, Lecitina… Modo de tomar Tomar o conteúdo de um pacote (6 comprimidos) por dia com 300 ml, 30 minutos antes da refeição anterior à atividade física. Conteúdo Fonte concentrada de vitaminas e minerais em pacotes. Função Máximo aporte nutricional; máxima constituição muscular; notável aumento da força e energia; Maximiza a recuperação muscular.
TABELA 1. CARACTERÍSTICAS DAS VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS VITAMINA
FUNÇÃO
FONTE
Vitamina C
Função antioxidante; síntese de ácidos biliares; síntese de colagénio; potenciação da absorção do ferro; manutenção de dentes e gengivas saudáveis;
Fruta (citrinos, morangos, kiwi, papaia, manga, uvas) e hortícolas (couve galega, espinafres, brócolos, agrião)
Vitamina B1 ou Tiamina
Participa na produção de energia (ciclo de Krebs); papel de co-fator para várias enzimas; importante para o crescimento, digestão e sistema nervoso
Cereais e pão integral, frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs), pescado, carne de porco
Vitamina B2 ou Riboflavina
Participa na produção de energia; essencial para o crescimento;
Fígado, cereais integrais, laticínios, frutos gordos, leguminosas (ervilha, feijão)
Vitamina B3 ou PP ou Niacina
Precursora de duas coenzimas com papel importante no metabolismo energético;
Levedura de cerveja, vísceras (fígado, coração), pescado, carnes de aves
Vitamina B5 ou Ácido Pantoténico
Participa na produção de energia; participa na formação de algumas hormonas e hemoglobina;
Vísceras, levedura de cerveja, cereais integrais, gema de ovo
Vitamina B6 ou Piridoxina
Participa na produção de glóbulos vermelhos; participa na síntese de triptofano e de neurotransmissores;
Cereais integrais, pescado, carnes, fígado, leguminosas, frutos gordos
Vitamina B8 ou H ou Biotina
Papel de coenzima em vários processos metabólicos;
Levedura de cerveja, fígado, gema de ovo, frutos gordos
Vitamina B9 ou Ácido Fólico
Fundamental para o funcionamento do sistema nervoso, cardiovascular e imunitário; previne malformações no feto durante a gravidez;
Hortaliças verde escuras (nabiças, espinafres, couves), fígado, frutos gordos, leguminosas, gema de ovo
Vitamina B12 ou Cobalamina
Participa na formação dos glóbulos vermelhos e no metabolismo dos aminoácidos e ácidos nucleicos; papel importante na divisão celular;
Alimentos de origem animal: rins, fígado, leite, queijo, carne, pescado
USA FITNESS SPORT NUTRITION
Nome do produto Platinum Multivitamin Ingredientes 20 vitaminas e minerais, incluindo vitaminas antioxidantes C e E Modo de tomar Tome 1-2 cápsulas por dia com 250 ml de água. Conteúdo 90 Cápsulas Função Platinum multivitamin com 20 vitaminas e minerais, incluindo vitaminas antioxidantes C e E, apoia a saúde no geral.
SYF PROF. NUTRITION
Nome do produto MEGA 100% POLIVITAMINIC Ingredientes Vitaminas C, B3, E, B5, B2, B6, B1, A, B9, K, H, D, B12, maltodextrina, dióxido de silicio, esterato de magnesio, gelatina. Modo de tomar Tomar uma cápsula por dia, durante a manhã Conteúdo 60 cápsulas de 500mg. Função Promove o correto funcionamento fisiológico e evita estados deficitários em atletas com dietas de baixa caloria.
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n u t r i ç a o TEGOR SPORT Nome do produto Ingredientes Modo de tomar Conteúdo Função
Super Vitamin Plus Polivitaminico-mineral Um serviço, após o pequeno-almoço 42 serviços 1. Vitamina e mineral em grandes quantidades 2. Antioxidante 3. Melhora a síntese proteíca
CRONW SPORT NUTRITION
Nome do produto 100% All Beef. Rico em proteínas, vitaminas e minerais na forma natural. Ingredientes Extrato concentrado de carne bovina (95,71%), aroma, sucralose, acessulfame extrato de k Modo de tomar Misturar com água, sumo, leite, etc. Imediatamente após o exercício Conteúdo 200 g Função Aumentar a massa muscular, força e potência. Melhora o sistema imunológico e o ferro no sangue
TABELA 2 – CARACTERÍSTICAS DAS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS VITAMINA
FUNÇÃO
FONTE
Vitamina A ou Retinol
Papel importante no crescimento, diferenciação celular, sistema imunológico e reprodução; essencial para a qualidade da visão;
Fígado, lacticínios gordos, gema de ovo, manteiga, hortícolas de folha verde escura, frutos e hortícolas amarelo-alaranjados
Vitamina D ou Calciferol
Participa no metabolismo do cálcio e fósforo; importante na formação e manutenção de ossos e dentes; papel na imunidade e reprodução;
Óleos de fígado, peixes gordos (salmão, atum, sardinha), fígado, gema de ovo
Vitamina E ou Tocoferol
Importante função antioxidante: protege as membranas celulares das agressões dos radicais livres;
Óleos vegetais, frutos gordos), hortícolas de folha verde escura
Vitamina K ou Menadiona
Papel fundamental na coagulação sanguínea;
Hortícolas de folha verde escura, leguminosas
• Vitaminas lipossolúveis, se forem solúveis em gordura (lípidos). A este grupo pertencem as vitaminas A, D, E e K. As hipervitaminoses são geralmente causadas pela ingestão excessiva destas vitaminas já que são armazenadas no tecido adiposo. • Vitaminas hidrossolúveis, se forem solúveis em água. Este grupo inclui a vitamina C e vitaminas do complexo B: B1, B2, B3, B5, B6, B8, B9 e B12. As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas no organismo em quantidades suficientes, pelo que os seus níveis dependem inteiramente da ingestão diária. Quando em excesso são excretadas pela urina.
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Não há evidência de que a suplementação com vitaminas melhore o desempenho dos atletas, exceto nos casos onde haja uma deficiência pré-existente. Os atletas que restringem a ingestão total de energia ou que têm falta de variedade alimentar estão em risco de uma ingestão inadequada de vitaminas e minerais. Nestes casos, os atletas recorrem muitas vezes ao uso de suplementos para evitar eventuais carências e suas consequências na saúde e desempenho desportivo. Os atletas que recorrem a suplementos devem procurar aconselhar-se com profissionais de saúde já que, em alguns casos, grandes doses de suplementos vitamínicos
mostraram ser contraproducentes ao diminuírem a resposta adaptativa ao treino. Por fim, é importante destacar que o uso de suplementos não deve ser visto como um substituto de uma alimentação completa e equilibrada.
Sara Faria
Licenciada em Ciências da Nutrição. Nutricionista do Gimnocedro.
especialistas
especialistas A GYM FACTORY conta com colaboração dos melhores especialistas no panorama do Fitness em Portugal e Espanha, conhecedores profundos das diferentes áreas imprescindíveis para o bom funcionamento da instalação desportiva. Se deseja saber mais sobre estes especialistas, entra no nosso site: www.gymfactory.net
Sara Faria
n Licenciatura em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto – FCNAUP n Pós Graduação em Nutrição Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra – FMUC n Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas n Trabalha na área clínica e desportiva em ginásios e clínicas privadas
Leonor Madeira
n Gerente da IronBox CrossFit Alfragide n Instrutora de CrossFit (Level 1, Level 2) n Equipa Técnica de Kickboxing na qualidade de Preparadora Física n Instrutora de Treino Personalizado e Aulas de Grupo n Mestrado em Psicologia do Desporto (FMH - Universidade de Lisboa) n Licenciada em Antropologia (ISCSP - Universidade de Lisboa) n Dança contemporânea e ballet moderno n Ex-atleta federada de Vela, Natação, Natação Sincronizada e Kickboxing n Atleta federada de Halterofilismo.
Juan Magana
n Diretor Técnico Trainingym e Coordenador Área I + D na Intelinova Software. n Treinador pessoal certificado pela NSCA. n Coordenador área técnica SECTORFITNESS European Academy, Delegação Almería. n Formador em atividades de grupo e treino personalizado com mais de 15 anos de experiência. n Ampla experiência em gestão/coordenação/ prestação de serviços em instalações desportivas.
Nuno Filipe Pinho
n L icenciado Desporto e Educação Física - Faculdade Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto nM aster em Mecânica do Exercício - Resistance Institute - Barcelona nC ertificado em Treino Força Alta Intensidade - Resistance Institute - Barcelona nC ertificado e Formador Shortening Training - Resistance Institute - Barcelona nC riador e Formador do nível Master - Exercise School nT reinador Particular Virgin Active Palácio Sottomayor Portugal
Nuno Pinto da Silva
André Novais de Paula
n Formado em Marketing pelo IADE n Co-founder da Koobby n Director de Estratégia Criativa na Directimedia n Professor Universitário de Marketing Digital n Professor na PósGraduação de Marketing Digital do IPAM n Formador e Orador sobre temáticas relacionadas com Marketing
n DiretorGeral da LIFE Training nE x atleta internacional, Certificado em Coaching e Master em Programação Neurolinguística n L icenciado pela Faculdade de Economia do Porto e PósGraduação em Gestão de Marca nP ractitioner e Master em Programação NeuroLinguística nC ertificação Internacional em Coaching nS ócio e DiretorGeral da LIFE Training nD iretor Executivo da Global Fitness nC onsultor estratégico
Ana João Sepulveda
n4 0+Lab Managing Partner nM aster em CoolHunting e Gestão da Inovação nM estrado em Estudos Culturais Americanos n L icenciatura em Sociologia nM anaging Partner da 40+Lab – consultora de negócios especializada no segmento sénior n L arga experiência em consultoria estratégica nas áreas de marketing e desenvolvimento de negócio e estudos de mercado nC oautora do livro “Marketing para os 45+. Um mercado em expansão” nC oordenadora do Master em Gestão e Marketing para o segmento Sénior, da Universidade Europeia
Ricardo Gomes
nC EO - CHASE Training Academy n L icenciado em Exercício e Saúde nP ersonal Trainer
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