O menino iluminado
Mino, Parabéns por seu bonito e interessante livrinho. Com ele você iluminará muitos meninos. Deus o abençõe por essa iniciativa. E como dizem os latinos: vivant sequentes. Continue a fazer outros que possam ajudar as crianças para encontrarem o sentido da vida num mundo tão desorientado. Você com os desenhos e as breves proposições consegue atingir o coração dos pequenos e, quem sabe, até dos grandes. Com minha amizade e o meu abraço.
Cardeal Dom Aloísio Lorscheider Arcebispo Metropolitano de Fortaleza Fortaleza, 22 de junho de 1992
O livrinho, O MENINO ILUMINADO, tem a aprovação por parte da Arquidiocese de Fortaleza. Nada obsta a que seja impresso e colocado nas mãos de nossas crianças.
Esse livro é dedicado à Ignês, Magno, Maria Cecília, João Eduardo e José.
Era uma vez...
... um menino.
Sua mãe o havia ensinado a rezar... Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra, como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
E ele rezava sempre antes de dormir...
Meu anjo da guarda, meu bom protetor. Guardai minha alma para Nosso Senhor.
... e logo que despertava.
Obrigado Senhor, por mais um dia!
Mas, quando ele rezava, sempre se perguntava, porque n達o conseguia ver Deus.
E foi perguntar à sua mãe.
Mãe, por que Deus não aparece quando a gente reza?
Sua mãe falou com seu pai. Ele quer sabe porque não pode ver Deus.
Vai ser difícil explicar...
Deus é muito grande e está em toda parte. Tudo que a gente vê, ouve e sente é parte Dele. Por isso é que não podemos ver Deus assim como você quer, por causa da sua grandeza.
Mas o menino n達o desistia e mesmo na praia, quando brincava e se divertia, a mesma pergunta ao seu pai fazia. Por que a gente n達o pode ver Deus?
Coloque toda a รกgua do mar dentro do seu balde de plรกstico.
Nรฃo cabe, pai!
Pois é... assim como a água do mar não cabe dentro do seu baldinho, Deus também não cabe dentro da nossa cabeça.
O menino resolveu pedir ao pr贸prio Deus.
Gostaria muito de ver o Senhor!
E À NOITE Quando já estava dormindo, um anjinho entrou em seu sonho e lhe falou.
Amanhã, o Senhor vai lhe aparecer, como você pediu.
Quando amanheceu e estava na mesa tomando cafĂŠ, alguĂŠm na porta bateu. Ele correu, lembrando do sonho... Podia ser Deus!
Mas, era um meninozinho pobre pedindo esmola.
Uma esmola pelo amor de Deus!
E ele deu um p達o e um sorriso para o menino.
O telefone tocou. Ele atendeu. Era o seu melhor amigo, dizendo que nĂŁo poderia ir para a escola porque estava doente. Mais tarde eu passo aĂ!
Voltando da escola, ele resolveu parar numa banca de revistas e comprou a que seu amigo mais gostava. O velhinho, dono da banca, estava muito triste. Problemas, meu filho... Problemas...
O que ĂŠ que o Sr. tem, seu Raimundo?
Hoje eu vou me encontrar com Deus e vou pedir pra Ele resolver os seus problemas.
Obrigado, meu filho. Só em você dizer isso, já estou bem melhor.
E assim o velhinho sorriu pela primeira vez naquele dia.
Encontrar-se com Deus? Crianรงa tem cada uma...
Com o seu amiguinho doente, bom tempo ele passou.
...AĂ a tia disse que ia passar outra tarefa.
Disse a mãe, ao ver o fihinho tão animado. Amanhã, pelo que estou vendo, já pode ir à escola.
Mais tarde, quando chegou em casa, um homem que estava trabalhando na rua lhe pediu รกgua.
Obrigado, garoto Deus lhe page! GUT! GUT! GLUB! Que sede...!
Deus lhe pague...� O menino havia esquecido o encontro com Deus. Meu Deus! Como pude esquecer?
Maria, alguém veio me procurar hoje, enquanto eu estava fora?
Ninguém, meu querido. A manhã toda nem o telefone tocou.
O menino foi sentar-se na varanda e viu a tardinha virar noite, olhando o cĂŠu! E Nosso Senhor nĂŁo vinha.
Deve ter sido sĂł um sonho.
Mais tarde, ap贸s o jantar, muito cansado, deitou em sua caminha e, mesmo decepcionado, rezou.
O Senhor disse que vinha...
E adormeceu. E mais uma vez um anjinho cheio de luz em seu sonho apareceu.
Venha comigo! Vou ver Deus?
O anjinho o levou para um lugar bem alto, de onde se avistava toda a cidade e o lindo cĂŠu estrelado daquela noite...
Veja... Pode contar as estrelas?
Não dá... São mais do que os numeros que conheço.
Isso mesmo, não dá para contar. Mesmo as que você enxerga... Mas há outras, além do seu olhar, que você não pode sequer imaginar o tamanho delas. Quando você era menorzinho, não sabia andar. Depois de um tempo você aprendeu. Hoje, você não pode ainda ver Deus, mas um dia você verá, da maneira como você quer.
Mas Ele disse que vinha me visitar...
Disse e cumpriu o que prometeu.
Mas eu n達o vi...
Viu , mas n達o percebeu.
Aquele menino pobre que lhe pediu esmola hoje de manhã, era Ele. O velhinho da banca que estava cheio de tristeza e você fez sorrir, era Ele. O seu amiguinho doente que você animou com a sua visita, era Ele. E era Ele também, o homem que lhe pediu água.
O menino acordou.
E para o quarto de seus pais correu.
E ficou entre os dois, como nas noites de frio.
Você é o menino que faz as perguntas mais difíceis do mundo. Mãe, o que a gente sonha é verdade?
O que sonhou? Conte pra mim!
Eu vi Deus...
E como é que a gente faz pra ver Deus também?
Rezando, mãe! Rezando!
Ai a gente aprende a ver Ele...
Nos outros!
Quando o Filho do homem vier, com todo o seu poder e com todos os anjos, Ele, se sentará no seu glorioso trono. Então, todos os povos da terra se reunirão diante Dele e Ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Ele colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então, o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados por meu Pai! Venham e recebam o reino que está preparado para vocês desde a criação do mundo. Este reino é a recompensa de vocês, pois Eu estava com fome e Me deram o que comer; estava com sede e Me deram o que beber; era forasteiro e Me receberam em suas casas; estava sem ter o que vestir e Me deram roupas; estava doente e cuidaram de mim; estava na prisão e foram Me visitar.” Então, os bons perguntarão: “Senhor, quando foi que nós O vimos com fome e lhe demos o que comer, ou O vimos com sede e lhe demos o que beber? Quando foi ainda que, como forasteiro, nós O recebemos em nossas casas, que O vimos sem ter o que vestir e lhe demos roupas, ou mesmo que estando doente ou preso, nós O visitamos? O rei, porém, lhes responderá:
Digo a verdade a vocês: Todas às vezes que vocês fizeram essas coisas ao mais simples dos meus irmãos, na realidade foi a mim que fizeram, JESUS CRISTO Mateus 25-31,40