Nº53 – SET./OUT. DE 2015
UMA ESCOLHA E MUITAS VIDAS SALVAS Optar por doar os órgãos é um gesto simples, mas que pode mudar o destino de quem espera por um transplante
P.9 Centro de referência em artrite reumatoide
P.12 Avaliação de Manutenção da Acreditação
ÍNDICE
ENSINO
NÚCLEO DE APOIO AO RESIDENTE
14
Grupo multiprofissional trabalha pelo bem-estar dos residentes no HCPA
SEGURANÇA
21
SIMULAÇÃO DE INCÊNDIO MOVIMENTA O HOSPITAL
27
Ação foi considerada um sucesso pela Brigada de Emergência e Corpo de Bombeiros
PESQUISA
ESCRITÓRIO DE PROJETOS Iniciativa traz soluções para pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica
10
GESTÃO DE PESSOAS
PROGRAMA NOVOS RUMOS Ação que reconhece trajetória profissional teve início neste ano
4 INSTITUCIONAL 6 INAUGURAÇÃO 7 CARDIOLOGIA 8 ASSISTÊNCIA 12 QUALIDADE E SEGURANÇA 15 ENSINO 20 ONCOLOGIA 22 RESPONSABILIDADE SOCIAL 24 CURTAS 28 CULTURA 29 DESTAQUES 30 MEMÓRIA 31 MURAL DE RECADOS
EXPEDIENTE
1
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA) Rua Ramiro Barcelos, 2.350 - CEP 90035-903 Porto Alegre/RS - www.hcpa.edu.br ADMINISTRAÇÃO CENTRAL Presidente: Amarilio Vieira de Macedo Neto Vice-presidente Médica: Nadine Clausell Vice-presidente Administrativa: Tanira Torelly Pinto Coordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de Magalhães Coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos
ERRATA
Na edição 52, reportagem “Hospital incentiva a amamentação”, os cargos de Annelise de Carvalho Gonçalves e Lilian Córdova do Espírito Santo estão desatualizados. Suas funções atuais são, na verdade, professora assistente do Serviço de Enfermagem em Neonatologia (Annelise) e chefe do Serviço de Enfermagem Materno-Infantil (Lilian).
ESPAÇO ABERTO Publicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPA Coordenadora Responsável: Elisa Kopplin Ferraretto Reg. prof. 6784/ RS Jornalistas: Camila Schäfer e Raquel Schneider Fotógrafo: Clóvis Prates Projeto Gráfico e Diagramação: Guilherme Mendes Pereira
INSTITUCIONAL
INDICADORES ESTRATÉGICOS CONFIRA OS RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
Desde o início do ano, o hospital conta com seu Planejamento Estratégico (PE) revisado e renovado. Além das mudanças na estrutura do Mapa Estratégico, foi incluída, entre os valores fundamentais, a “transparência”. Essa ação está alinhada às políticas de acesso à informação e também significa que a instituição está reforçando seu compromisso de prestar contas, tanto para a comunidade interna quanto para a externa. Para que o Clínicas se mantenha como referência e consiga transformar a realidade com inovação em saúde, foram definidos objetivos desafiadores no novo Planejamento Estratégico. O resultado desses objetivos pode ser conferido agora, com o balanço dos indicadores institucionais do primeiro semestre de 2015. É muito importante que todos conheçam estes dados e se comprometam com os resultados institucionais. Essas e outras informações do PE também estão disponíveis permanentemente na intranet.
RESULTADOS POSITIVOS Muitos indicadores foram positivos no período, mostrando que a comunidade do HCPA está comprometida com a melhoria contínua. Entre eles, está o de transplantes realizados, na perspectiva Clientes. A meta para o período era de 126 procedimentos ou mais e o hospital realizou 128. Outro indicador que superou a meta foi o de comprometimento do faturamento com o consumo, que faz parte da perspectiva Sustentabilidade e mede o percentual de recursos gastos com insumos para a operação do hospital. A meta era de 62% ou menos e foi atingido o percentual de 59,24%. Na perspectiva Processos Internos, outro indicador que teve resultado positivo graças ao comprometimento da comunidade interna foi o percentual de crescimento do consumo de energia elétrica. O limite máximo de aumento era de 5,53%, mas o indicador apontou crescimento de apenas 1,36%. Na última perspectiva, Inovação e Crescimento, um dos destaques foi o indicador que mede o número de funcionários aprovados nos cursos da Matriz de Capacitação. A meta para o período era de 20% e foi alcançado o percentual de 20,72%.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|4|
RESULTADOS DOS INDICADORES DO 1º SEMESTRE DE 2015 OBJETIVO ESTRATÉGICO
1 PERSPECTIVA: CLIENTES
1.1 Comprometimento com políticas governamentais e com o SUS 1.2 Atenção de excelência e humanizada ao paciente
2 PERSPECTIVA: SUSTENTABILIDADE
1.3 Referência em ensino e pesquisa
2.1 Captação de recursos 2.2 Uso adequado do recurso 3.1 Sistemas de TI para nosso negócio
3 PERSPECTIVA: PROCESSOS INTERNOS
3.2 Segurança e qualidade assistencial
3.3 Gestão operacional com melhores práticas
3.4 Comunicação
4. PERSPECTIVA: INOVAÇÃO E CRESCIMENTO
3.5 Sustentabilidade ambiental 4.1 Valorização de pessoas 4.2 Educação corporativa 4.3 Cultura de segurança 4.4 Inovação com geração de riquezas
INDICADOR
META DO PERÍODO
RESULTADO DO 1º SEMESTRE
Percentual de AIHs de alta complexidade
≥ 25 %
21,32%
Início do tratamento oncológico em até 60 dias
100%
Anual
Transplantes realizados (exceto córnea)
≥ 126 ≤ (qtde)
128 transplantes
Satisfação dos pacientes internados
≥ 81%
79,97%
Preferência pela Residência Médica do HCPA (programas sem pré-requisito)
≥ 80%
68%
Satisfação dos residentes (incluindo multiprofissional) com o programa e seus preceptores
≥ 90%
Anual
Artigos publicados internacionalmente
≥ 223
237 artigos
Montante de recursos financeiros captados no ano
R$124.151.188,00
R$107.675.875,16
Faturamento de convênios e privados
R$22.500.000,00
R$23.664.198,42
Comprometimento do faturamento com o consumo
≤ 62%
59,24%
Montante de despesa da gestão direta do ano
R$124.010.924,20
R$130.345.286,19
Taxa de satisfação do usuário de TI
≥ 70%
70,5%
Taxa de implantação do sistema AGHU no HCPA
≥ 59%
64%
Infecção primária de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central (IPCS)
≤ 3,5 inf / 1000 pacientes-dia
2,7 inf / 1000 pacientes-dia
Proporção de planos de ação para eventos adversos graves encerrados no prazo.
≥100%
100%
Taxa de conformidade nas avaliações da Acreditação
≥ 95%
Anual
Média de permanência na Clínica Médica
≤ 8,4 dias
8,58 dias
Proporção de prontuários com plano terapêutico definido
≥ 70%
66,20%
Taxa de cancelamento de cirurgias por causas hospitalares
≤ 9,2%
8,92%
Tempo entre chegada e destino final do paciente na Emergência
≤ 1,55 dias
Sem aferição
Tempo médio de tramitação de processos licitatórios de investimentos
≤ 90 dias
143,3 dias
Taxa de retenção das informações comunicadas ao público interno
≥ 75%
82,13%
Taxa de conformidade no descarte de resíduos perigosos
≥ 95%
91,30%
Percentual de crescimento do consumo de energia elétrica
≤ 5,53%
1,36%
Taxa satisfação do funcionário no Bloco ambiente de trabalho na pesquisa de clima organizacional
≥ 67%
Anual
Adesão ao Programa Novos Rumos
≥ 50%
Anual
Funcionários aprovados nos cursos da Matriz de Capacitação Institucional
≥ 20%
20,72%
Adesão dos profissionais à verificação da pulseira de identificação do paciente
≥ 85%
87,65%
Taxa de manutenções preventivas realizadas em equipamentos eletromédicos
≥ 85%
77,45%
Número de depósitos de patentes
≥ 2 patentes
1 patente
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|5|
INAUGURAÇÃO
REMODELAÇÃO DO BLOCO CIRÚRGICO ÁREA GANHOU DIVERSAS MELHORIAS PARA PACIENTES E FUNCIONÁRIOS A remodelação do Bloco Cirúrgico foi inaugurada no dia 31 de julho, após obra que durou cerca de dois anos. Com um investimento total de quase R$ 1,5 milhão, a unidade, que iniciou seu funcionamento em 1973, agora está mais organizada, moderna e funcional. Entre as melhorias estão a construção da sala da cirurgia robótica, a ampliação do preparo pré-cirúrgico e adequações nas salas do raio x digital, de material esterilizado e de Órteses, Próteses e Materiais (OPME). Também houve modernização da recepção e espera para pacientes e acompanhantes, farmácia-satélite, estar médico, almoxarifado, patologia cirúrgica, vestiários, área administrativa e Sala de Recuperação Pós-anestésica. De acordo com o adjunto cirúrgico da Vice-presidência Médica (VPM), professor Milton Berger, houve uma reordenação dos processos do Bloco, com o objetivo de otimizar o fluxo dos pacientes. Para o presidente do hospital, professor Amarilio Vieira de Macedo Neto, a obra foi desafiadora, mas teve um ótimo resultado. “Quando vemos a qualidade e o resultado final, ficamos ainda mais orgulhosos de fazermos parte desta instituição. Que a gente faça o melhor dos trabalhos nesse espaço”, disse.
Modernização da recepção e espera para pacientes e acompanhantes
Descerramento da placa de inauguração
Nova farmácia-satélite
Estar médico
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|6|
CARDIOLOGIA
CLÍNICAS REALIZA PROCEDIMENTO CARDÍACO INÉDITO NA REGIÃO SUL
CORREÇÃO DA INSUFICIÊNCIA MITRAL POR CATETER É ALTERNATIVA À CIRURGIA Foi realizado pela primeira vez na Região Sul um procedimento que figura como alternativa para a cirurgia cardíaca tradicional de peito aberto. A correção da insuficiência mitral por cateter foi realizada em uma paciente de 80 anos, no dia 13 de agosto, no HCPA. A paciente sofria de insuficiência mitral grave e já apresentava insuficiência cardíaca sem resposta ao tratamento clínico convencional. No procedimento, uma espécie de “grampo” é instalado na válvula do coração que apresenta insuficiência, de modo que se reestabelece o fluxo sanguíneo. Trata-se de uma técnica indicada para pacientes em que o risco de cirurgia é muito alto ou não é indicado. Entre os benefícios para o paciente estão a resolução da insuficiência cardíaca, melhora significativa na qualidade de vida e um risco menor de complicações, além de recuperação
Participaram do procedimento, pelo Serviço de Car-
mais rápida. Por ser uma nova tecnologia, o procedimen-
diologia do HCPA, os professores Luis Eduardo Paim Roh-
to ainda não está disponível pelo Sistema Único de Saú-
de (chefe) e Marco Wainstein, além dos médicos contra-
de - os materiais utilizados foram doados pela empresa
tados Antonio Pinotti e Rodrigo Wainstein; pelo Serviço
que fabrica o equipamento. O professor do Serviço de
de Cirurgia Cardiovascular, o seu chefe, professor Orlan-
Cardiologia do HCPA Marco Wainstein ressalta que, sem
do Wender; e, pelo Serviço de Anestesiologia, a médica
essa técnica, os pacientes com idade avançada ficavam
Rosângela Minuzzi. O procedimento contou ainda com a
sem alternativas. “Pelas variáveis de risco, uma cirurgia
presença de dois médicos do Hospital Israelita Albert Eins-
de peito aberto seria inviável nestes casos.”
tein: Fabio Sandoli de Brito e Claudio Fischer.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|7|
ASSISTÊNCIA
TIME DE RESPOSTA RÁPIDA COMPLETA UM ANO INICIATIVA REDUZIU EM 42% O NÚMERO DE PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM ÁREAS ABERTAS Foco no atendimento ágil a pacientes graves: com este
Hospital de Clínicas, que completou um ano no mês de julho deste ano, contabilizando mais de 2,8 mil atendimentos. O sucesso do projeto aparece nos resultados - alcançou-se uma redução de 42% no número de paradas cardiorrespiratórias em áreas abertas em relação
Paradas / 1.000 saídas
intuito, foi criado o Time de Resposta Rápida (TRR) do
5,0 4,2
4,0
4,2% 3,0 2,4
2,0
Meta (2,7)
1,0
1S13
ao período anterior ao TRR (de 4,2 para 2,4 por mil in-
2S13
1S14
2S14
Pré-TRR
2S15
Pós-TRR
ternações, conforme gráfico). “É um excelente resultado,
atendimento de intercorrências graves, com consequente
fruto do comprometimento das equipes assistenciais e
redução de paradas cardiorrespiratórias.
administrativas do hospital, que acreditaram e apoiaram
O Time de Resposta Rápida deve ser acionado pelo
este projeto”, afirma o coordenador do TRR, Márcio Bo-
ramal 17300, sempre que o paciente apresentar, pelo me-
niatti, destacando, ainda, a crescente integração com
nos, um dos critérios abaixo:
equipes médicas, de Enfermagem e Fisioterapia. Outro ponto de destaque, conforme ressalta a vicepresidente médica, Nadine Clausell, foi a participação ativa dos residentes nos atendimentos. “Em um hospital acadêmico, preocupado com a excelência do ensino, esta é uma característica fundamental para o sucesso da iniciativa.”
VIA AÉREA • Necessidade de entubação.
RESPIRAÇÃO • Frequência respiratória inferior a oito ou superior a 35 movimentos por minuto. • Saturação de oxigênio inferior a 90%.
CIRCULAÇÃO
cuidados críticos e atua no atendimento a intercorrências
• Frequência cardíaca menor do que 40 ou maior do que 140 batimentos por minuto. • Pressão arterial sistólica menor do que 80 mmHg ou entre 80-90 mmHg com piora do quadro clínico.
graves de pacientes adultos. Este grupo é responsável
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
MAIS SOBRE O TRR A equipe é formada por médicos com conhecimentos de
por avaliar o paciente e definir as condutas apropriadas, transferindo-o para o Centro de Terapia Intensiva, quan-
• Diminuição da escala de coma de Glasgow maior ou igual a dois pontos. • Convulsão prolongada (mais do que cinco minutos) ou repetida.
do necessário. Sua criação teve como objetivo aprimorar o
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|8|
CENTRO DE REFERÊNCIA EM ARTRITE REUMATOIDE TRABALHO POSSIBILITA ECONOMIA DE RECURSOS PÚBLICOS E MELHORIA PARA PACIENTES
Segundo dados do Ministério da Saúde, as despesas com
um dos medicamentos incluídos no protocolo. “Voltei a ter
a compra de medicamentos cresceram 53% entre 2011 e
uma vida normal. Só preciso vir ao hospital uma vez ao mês
2014 e já consomem quase 14% do orçamento federal vol-
para receber a medicação”, afirma. Diagnosticada com
tado para ações e serviços públicos de saúde. Diante deste
artrite reumatoide soronegativa, ela ficou cinco anos sem
cenário, destacam-se iniciativas de melhor gestão de recur-
conseguir trabalhar, esteve cerca de um mês internada no
sos, tais como os centros de referência, que aliam assistên-
hospital após uma das crises mais sérias, teve fibromialgia e
cia aos pacientes à dispensação dos medicamentos - em
também precisou fazer uma cirurgia para inserir uma próte-
especial, os de alto custo.
se no quadril em função da doença. “Hoje é tudo diferente:
A inclusão de drogas inovadoras para o tratamento da artrite reumatoide pelo SUS em 2012 a partir dos
eu trabalho no setor administrativo de uma transportadora, sinto-me muito bem e até faço musculação”, relata.
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério
O professor Claiton Brenol, coordenador do cen-
da Saúde (trabalho que contou com a colaboração de in-
tro, ressalta a necessidade de haver políticas públicas
tegrantes do centro do HCPA) é um dos exemplos bem-
para a ampliação dos centros de referência para o tra-
sucedidos. Único no estado e um dos pioneiros no Brasil,
tamento desta e de outras doenças. “Através deste
o Centro de Referência de Artrite Reumatoide do Clínicas
modelo, há melhor gestão dos medicamentos: benefi-
auxilia pacientes como Milene Bittencourt Timm, de 35
ciam-se tanto o poder público, pela otimização dos re-
anos. Em tratamento desde 2009, ela contou com melhora
cursos utilizados, como os pacientes, que têm acesso
significativa na sua condição de saúde a partir do uso de
a tratamento regular e monitorado.”
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
|9|
PESQUISA
ESCRITÓRIO DE PROJETOS INICIATIVA TRAZ SOLUÇÕES PARA PESQUISADORES DO CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA
Foram quatro estudos pioneiros, mas, em pouco tempo, o número triplicou: o resultado é fruto do Escritório de Projetos, uma solução que trouxe inovações importantes para os pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Implantado neste ano, o escritório abre novas possibilidades, conforme explica o coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação (GPPG), professor Eduardo Pandolfi Passos. “O Clínicas, como instituição, é cada vez mais procurado por patrocinadores para a realização de pesquisas. A intenção do GPPG foi possibilitar, a partir do Escritório de Projetos, uma
É uma oportunidade para os pacientes, no sentido de ter acesso a novas terapias e para os pesquisadores, em especial aqueles que não possuem uma estrutura montada para a condução de estudos, que passam a contar com uma equipe profissional experiente e gabaritada. Além disso, é um passo importante para o próprio Hospital de Clínicas, no sentido de consolidar sua tradição em inovação e avanço na área da ciência.” Professor Alessandro Osvaldt
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 10 |
tão em Pesquisa. “É feita uma análise global da pro-
É um avanço importante no sentido de preencher uma lacuna. Nós contamos com uma estrutura de pesquisa bem organizada, certificada, mas faltava um instrumento adequado para o gerenciamento de tudo. Percebo que a tendência deste trabalho é ganhar ainda mais destaque no futuro, pois é uma iniciativa que abre portas até mesmo perante ações internacionais, visto que há chancela oficial da instituição. O Clínicas está sendo próativo ao desenvolver esta solução.” Professor Mauro Antonio Czepielewski
estrutura organizada para dar conta desta demanda, bem como apoiar o pesquisador e facilitar a captação de projetos”, afirma, ao relatar sua experiência própria como exemplo. “Eu fiz questão de encaminhar um estudo para comprovar, na prática, o quanto esta solução poderia ser eficiente e fiquei muito satisfeito com o resultado”, ressalta. O atendimento por uma equipe multidisciplinar com experiência em gestão de projetos na área da pesquisa está entre os principais diferenciais da iniciativa. Integram o grupo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, coletadores e coordenadores de estudos, que se envolvem em todas as etapas. Segundo a assessora do Escritório de Projetos, Rosane Schlatter, “são diferentes especialistas para planejar a execução
posta de acordo com a realidade da pesquisa e com o cenário da especialidade, para que os valores sejam condizentes com as peculiaridades de cada projeto”, explica Rosane. A iniciativa possibilita ainda que a captação de recursos ocorra através do contato entre patrocinadores e o próprio hospital, através do escritório. Confira depoimentos de professores pesquisadores cujos estudos contaram com a atuação do escritório.
Trata-se de uma possibilidade de lidar com aspectos relacionados à pesquisa de forma completa e integrada, com uma equipe composta por pessoas qualificadas e experientes. O fato de estar dentro do HCPA permite uma resposta rápida às demandas e melhor desempenho. No caso do meu estudo, havia exames clínicos, laboratoriais e uma série de avaliações necessárias e, a partir da coordenação do escriório, foi possível conciliar as diversas etapas e procedimentos de modo que cada paciente pudesse, em uma só visita, fazer todo o processo. A otimização de tempo e recursos permitiu, inclusive, que duplicássemos o número de participantes do estudo.” Professora Tania Ferreira Cestari
do projeto de forma integral, pensando no paciente, nos recursos, na estrutura instalada, enfim, nos mais diversos aspectos envolvidos para que os resultados
Mais informações sobre o Escritório de
sejam alcançados da forma mais eficiente possível”.
Projetos podem ser obtidas pelo e-mail
O escritório também atua na avaliação e negociação
l-escritorio-de-projetos@hcpa.edu.br.
do orçamento do projeto, através do Serviço de Ges-
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 11 |
QUALIDADE E SEGURANÇA
AVALIAÇÃO DE MANUTENÇÃO DA ACREDITAÇÃO CONCENTRAÇÃO TOTAL ENTRE OS DIAS 21 E 25 DE SETEMBRO Tão importante quanto chegar a conquistas é mantê-las: com
ção diferenciada. Mesmo recentemente, em um contexto
foco nisto, acontece entre os dias 21 e 25 de setembro uma
econômico-financeiro adverso, com maior dificuldade na
nova edição da Avaliação de Manutenção da Acreditação. O
obtenção de recursos, a certificação internacional favorece
objetivo é verificar a continuidade e evolução da qualidade e
a continuidade da análise e debate de projetos.
segurança adquiridas ao longo dos últimos anos.
A última Avaliação de Manutenção da Acreditação ocorreu
Graças ao esforço de todos, o Clínicas alcançou, em 2013,
no ano passado. O relatório final do Consórcio Brasileiro de
a Acreditação pela Joint Commission International (JCI), ocu-
Acreditação apontou 96,56% de conformidades entre os
pando uma posição ainda mais destacada entre os hospitais
itens analisados, bem próximos do resultado obtido quan-
públicos e os universitários do país. Ao mesmo tempo em
do o HCPA recebeu o selo (97,6%). Dos 1.281 elementos
que o selo da JCI é uma espécie de “certificado de qualida-
de mensuração, apenas três foram apontados como não-
de” para os pacientes, ela também conta pontos para as
-conformes e 41 parcialmente conformes. “Essa é uma
próprias conquistas da instituição e de seus colaboradores.
ocasião que aproveitamos também para aprender”, explica
Nos últimos anos, muitos projetos estratégicos para o hos-
a coordenadora do Qualis, Helena Barreto dos Santos.
pital receberam atenção especial do Governo Federal por
Para que a avaliação de 2015 seja ainda melhor, confira al-
este entender que se tratava de iniciativa de uma institui-
guns dos itens que merecem sempre atenção.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 12 |
PRIVACIDADE DO PACIENTE Todo paciente tem direito à privacidade e ao sigilo dos cuidados e informações. Este direito deve ser sempre respeitado durante os cuidados, em consultas, exames, procedimentos/tratamento e transporte. Atente para fechar a porta, puxar a cortina ou oferecer biombo durante o cuidado e proteja o paciente ao transportá-lo. Ao coletar dados pessoais do paciente, faça-o em local reservado ou protegido. Conheça e pratique a Carta dos Direitos e Deveres dos Pacientes, disponível no portal do HCPA.
REGISTROS EM PRONTUÁRIO Os prontuários clínicos devem refletir e facilitar a integração e a coordenação do cuidado ao paciente, com o registro sistemático dos resultados das discussões de equipe multidisciplinar, ou rounds, que impliquem em decisões para o planejamento do cuidado. Além disso, é fundamental que estejam presentes informações necessárias antes de procedimentos cirúrgicos, bem como o plano terapêutico dos pacientes e termos de consentimento devidamente preenchidos. Nos casos de transferências do paciente para outras unidades, o registro deve ser completo, permitindo que os outros profissionais possam dar continuidade ao cuidado e sequência ao plano terapêutico.
de acesso restrito devem permanecer fechadas: isto garante entrada e saída das instalações apenas por pessoas devidamente autorizadas.
POSTURA PROFISSIONAL Cada profissional do HCPA é um representante da instituição e sua apresentação pessoal deve refletir os padrões internacionais de qualidade. Utilize os uniformes fornecidos pelo hospital, se for o seu caso, e siga sempre a NR-32, evitando o uso de adornos durante a jornada de trabalho. O uso de telefones celulares e smartphones durante a assistência direta ao paciente também não é recomendado.
ROTINAS INSTITUCIONAIS A maior parte das rotinas de trabalho está definida em Políticas, Planos, Protocolos Assistenciais e Procedimentos Operacionais Padrão (POP). É fundamental conhecer as rotinas da sua área, que estão disponíveis no sistema GEO – módulo
Document Manager. Caso você não saiba como acessar o material, pode fazer o curso sobre o tema, disponível no Portal EAD.
MUDANÇA DE PADRÕES NA NOVA EDIÇÃO DO MANUAL DA JCI Vale lembrar que houve alterações na quinta edição do manual de padrões da JCI. Algumas delas estão
SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES
detalhadas no novo curso sobre as Metas Internacionais
Embora o cotidiano dos profissionais seja marcado, muitas vezes, por urgências, não se pode descuidar de ações aparentemente simples, mas que são fundamentais para a segurança de todos. As portas
de Segurança do Paciente, que é obrigatório e está disponível no Portal EAD. Mais informações e outras dicas também podem ser encontradas no link Qualidade e Segurança, na Intranet.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 13 |
ENSINO
NÚCLEO DE APOIO AO RESIDENTE GRUPO MULTIPROFISSIONAL TRABALHA PELO BEM-ESTAR DOS RESIDENTES NO HCPA O Hospital de Clínicas conta, atualmente, com cerca
o qual cerca da metade dos residentes entrevistados
de 500 médicos residentes e 70 residentes multiprofis-
apresentavam sinais de burnout e depressão.“Estas
sionais de diversas ênfases. Com foco no atendimento
questões são observadas também em âmbito nacional.
deste público, foi criado o Núcleo de Apoio ao Residen-
Percebe-se, na Comissão Nacional de Residência Mé-
te (Nare), grupo multiprofissional que tem a função de
dica, que boa parte dos problemas - cancelamentos,
acolher e atender residentes em situações que possam
transferências para outros programas, desempenho in-
afetar seu desempenho, como dificuldades de adapta-
satisfatório - poderiam ser resolvidos antes, se detecta-
ção, conflitos pessoais ou problemas de relacionamen-
dos a tempo”, comenta o professor.
to com a equipe ou pacientes. O período da residência apresenta particularidades, conforme observa o chefe do Serviço de Medicina Ocupacional (SMO) e um dos membros do Nare, Francisco Arsego de Oliveira. “É uma etapa relativamente curta de formação, porém muito intensa. Qualquer questão que atrapalhe de alguma forma pode gerar um prejuízo no aprendizado.” Não é incomum que o início da residência coincida, por exemplo, com a troca de cidade, saída da casa dos pais, casamentos ou separações. Além disso, a formação na área da saúde, por suas peculiaridades, expõe o profissional em formação a um contato muito próximo com a dor, o sofrimento humano e a morte. “Nem todos conseguem lidar adequadamente com uma carga emocional tão grande, que vai muito além do aprendizado intensivo de uma especialidade”, ressalta Oliveira. O estresse durante a residência é uma realidade observada em contexto mundial, como aponta estudo
COMO ENTRAR EM CONTATO O e-mail L-NARE@hcpa.edu.br está disponível para que residentes, supervisores, preceptores, Coreme, Rims, Ouvidoria, SMO e Amerehcpa possam comunicar as dificuldades e solicitar um atendimento inicial. É importante ressaltar que todo o atendimento ocorre de forma sigilosa - o registro é feito no sistema próprio da Medicina Ocupacional, o que garante a confidencialidade das informações.
recente publicado na Academic Medicine, segundo
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 14 |
HCPA ACOLHE ACADÊMICOS A CADA NOVA ETAPA Novas etapas marcam a vida dos acadêmicos no Hospital de Clínicas e, em cada momento, eles recebem, além das boasvindas, informações que auxiliam seu cotidiano e contribuem para a formação dentro da instituição. Confira os registros mais recentes destas ocasiões. Os acadêmicos do quarto semestre do curso de Medicina da Famed/Ufrgs receberam os jalecos brancos em cerimônia realizada no dia 5 de agosto. Já o dia 12 de agosto marcou a chegada dos alunos dos cursos da área da saúde da Ufrgs, com vistas à atuação destes acadêmicos nas atividades multiprofissionais desenvolvidas no hospital. Na mesma data, os estudantes de graduação do primeiro semestre da Faculdade de Medicina da Ufrgs foram recebidos para início da jornada acadêmica e profissional de futuros médicos.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 15 |
REPORTAGEM ESPECIAL
UMA ESCOLHA E MUITAS VIDAS SALVAS OPTAR POR DOAR OS ÓRGÃOS É UM GESTO SIMPLES, MAS QUE PODE MUDAR O DESTINO DE QUEM ESPERA POR UM TRANSPLANTE
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 16 |
A
gente sempre fica atenta ao telefone, mas na hora em que você recebe a confirmação não parece que aquilo é real.” A fala de Glicéria Soares de Soares, paciente que realizou um transplante de rim-pâncreas no HCPA, certamente reflete o sentimento de muitas famílias e pacientes, no momento em que recebem a notícia de um órgão
disponível para transplante. Infelizmente, não são muitas as pessoas que vivem este momento, porque as doações ainda estão muito abaixo da demanda por transplantes. “Um estudo realizado em São Paulo demonstrou que, se todos os cidadãos com possibilidade de serem doadores praticassem este ato, não haveria lista de espera. É importante trabalharmos cada vez mais no sentido de sensibilizar as pessoas”, explica o coordenador do Colegiado dos Programas de Transplantes e chefe da Unidade de Transplante Renal do Serviço de Nefrologia, Roberto Ceratti Manfro.
Diante de uma realidade como essa, histórias de doação
do Programa de Transplante Hepático Adulto Aljamir Duarte
acabam se tornando motivo de comemoração. Uma delas
Chedid; o médico do Serviço de Pneumologia Fabio Munhoz
mobilizou o hospital e foi inclusive motivo de entrevista co-
Svartman; e os familiares do paciente José Geraldo Espineli.
letiva à imprensa em julho. A partir de uma única doadora, quatro pacientes do HCPA ganharam uma nova chance
JOSÉ GERALDO RESPIRA ALIVIADO
de vida. Os transplantes de coração, pulmão, fígado e rim-pâncreas foram realizados todos no mesmo dia (15 de julho), o que exigiu das equipes uma verdadeira “operação de guerra”, nas palavras da vice-presidente médica, professora Nadine Clausell. Considerados procedimentos de alta complexidade, os transplantes exigem equipes e estruturas especializadas, o que torna raras as situações em que é possível realizar múltiplas cirurgias simultaneamente. Foi o maior número
Um dos pacientes beneficiados pela doação foi José Ge-
de transplantes feitos ao mesmo tempo na história do hos-
raldo Gasparoni Espineli, de 57 anos, que recebeu o trans-
pital. Nadine ressaltou a mobilização das diversas equipes:
plante de pulmão. A esposa dele, Margarete Guerreiro Es-
“foram mais de 60 profissionais envolvidos diretamente
pineli, agradeceu pelo gesto da família doadora. “Quando
nos transplantes, entre médicos, enfermeiros e demais
recebemos a ligação na madrugada, ficamos muito emo-
equipes de apoio. Além disso, seis cirurgias eletivas foram
cionados. Eu já perdi um filho em um acidente e posso ima-
canceladas para viabilizar os procedimentos”.
ginar a dor desta família, mas somos muito gratos a eles
Além de Manfro e Nadine, também participaram da
por terem dado uma nova chance ao meu marido.”
coletiva de imprensa o chefe do Serviço de Cirurgia Cardio-
Daniel Guerreiro Espineli, filho do paciente, relatou
vascular, Orlando Carlos Belmonte Wender; o chefe do Servi-
que ao perder o irmão é que se deu conta sobre a impor-
ço de Cirurgia Torácica, Maurício Guidi Saueressig; o cirurgião
tância da doação de órgãos. “Nossa esperança era que os
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 17 |
REPORTAGEM ESPECIAL
órgãos dele poderiam ajudar tanto o meu pai quanto ou-
cessários apenas seis meses para este quadro mudar
tras pessoas, mas, infelizmente, não foi possível”, relata. De
para uma internação, pois a jovem não conseguia mais
acordo com a família, entre o diagnóstico e o transplante
respirar devido ao inchaço. A constatação: os rins ha-
foram quase três anos na fila de espera. “Ver o meu pai
viam parado de funcionar e ela iniciaria a hemodiálise.
respirando normalmente foi emocionante. Estamos muito
Somente um transplante poderia resolver seu caso, mas
felizes e queremos que mais pessoas entendam como é im-
ele deveria ser duplo (de rins e pâncreas), ou a diabetes
portante este ato”, finalizou Espineli.
poderia comprometer novamente os rins. Após superar uma infecção, Glicéria entrou para a fila
GLICÉRIA ENCARA O TRANSPLANTE DUPLO
de transplantes. Moradora de Uruguaiana, a jovem precisou se mudar para a casa da irmã, em Gravataí, pela proximidade. Felizmente, a espera durou pouco: cerca de um mês. “Estávamos jantando quando recebi a ligação. A médica me passou todas as orientações e disse para eu ir ao hospital no dia seguinte, bem cedo. Quando desliguei, fiquei alguns minutos sentada, digerindo a situação. Só então avisei meu pai, que estava em Uruguaiana, e minha irmã”, conta. Naquela noite, nem a paciente nem a família dormiram direito. A ansiedade era grande. “Eu tive que pegar um
Aplicar as injeções de insulina já era uma rotina fre-
ônibus no outro dia, que chegaria somente à noite em Por-
quente na vida da cabeleireira Glicéria Soares de Soa-
to Alegre, provavelmente já depois da cirurgia. No caminho
res, de 23 anos, que tinha diabetes desde os oito. Po-
eu só pensava ‘nossa, mas não chega nunca’”, explica o pai
rém, urinar apenas uma vez por dia e ganhar 20 quilos
da cabeleireira, João Paulo Soares, de 62 anos.
em apenas dois meses não poderia ser normal. Mesmo
No dia 15 de julho, depois de uma bateria de exames,
seguindo o hábito de fazer exames com frequência,
Glicéria foi encaminhada ao Bloco Cirúrgico. O transplante
nenhum deles apontava problemas nos rins. Foram ne-
de rim e pâncreas teve duração de oito horas e 20 minutos.
Um dos motivos mais comuns que Se você é
doador
dificultam a doação de órgãos é o fato
de órgãos,
de a família desconhecer a vontade do
sua família.
falecido sobre a doação. Por isso, em
conte para
breve, o HCPA lançará uma campanha Se você ainda não é, pense nisso.
e distribuirá carteirinhas de doador, que são apenas simbólicas, mas que têm por objetivo lembrar da importância de avisar a família.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 18 |
Se você é
doador
de órgãos,
conte para
TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
sua família. Se você ainda não é, pense nisso.
COMO UMA PESSOA PODE SE TORNAR DOADORA DE ÓRGÃOS?
EXISTEM ÓRGÃOS OU TECIDOS QUE PODEM SER DOADOS POR DOADOR FALECIDO, QUE TENHA TIDO PARADA CARDÍACA? Sim, podem ser doadas as córneas e os ossos. No HCPA, somente as córneas.
Potencialmente, qualquer pessoa poderá vir a ser doadora de órgãos quando morrer. Basta que informe à sua família essa decisão, porque somente a família do falecido pode autorizar a doação.
QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS EXPOSTOS PELAS PESSOAS OU FAMÍLIAS PARA NÃO DOAREM ÓRGÃOS? Existem alguns motivos de ordem religiosa, cultural ou so-
QUEM NÃO PODE DOAR?
cial que impedem a autorização das famílias para a doação
Pessoas com alguma condição de doença atual ou no passa-
de órgãos de parente falecido. Mas um dos motivos mais
do, como doença onco-hematológica disseminada, infecção
comuns que dificultam a doação é o fato de a família desco-
aguda não controlada e sorologia HIV positivo.
nhecer a vontade do falecido sobre doação de órgãos. Por isso, é muito importante conversar em casa sobre transplan-
O QUE É MORTE ENCEFÁLICA?
tes de órgãos (todos nós poderemos vir a precisar de um
A morte encefálica é o tipo de morte que permite que os órgãos
durante a vida!) e sobre a disposição de ser um doador de
sejam aproveitados em condição adequada para transplante.
órgãos após a morte.
Trata-se da morte neurológica, quando o cérebro para de funcio-
com a ajuda de aparelhos e medicamentos. Esse tipo de morte
COMO FICA O CORPO DO FALECIDO, APÓS A RETIRADA DOS ÓRGÃOS?
só pode ser comprovado em hospitais que tenham Unidades de
O corpo fica perfeitamente recomposto, com algumas sutu-
Tratamento Intensivo (UTIs) e emergências que possam manter
ras, mas com nenhuma aparência que seja desconfortável
os pacientes com respiração artificial por aparelhos. Os hospitais
para os parentes que o velarão a seguir.
nar, ainda que o coração e os pulmões continuem trabalhando
devem obedecer também um protocolo estabelecido pelo Conselho Federal de Medicina (resolução nº 1480/97).
EXISTEM ÓRGÃOS OU TECIDOS QUE PODEM SER DOADOS EM VIDA?
O PACIENTE QUE RECEBERÁ UM ÓRGÃO VAI TER CONTATO COM A FAMÍLIA QUE DOOU? POR QUÊ? Legalmente isso não é recomendado. Ainda que para alguns
Sim, existem algumas situações específicas nas quais o doador
seja importante saber e conhecer a pessoa que se beneficiou
vivo pode doar órgãos ou tecidos – doação intervivos. É o caso de
do(s) órgão(s) do parente falecido, e da mesma forma o bene-
órgãos duplos (por exemplo, rins) ou de parte de um órgão (por
ficiário poder agradecer esse ato de generosidade, entende-se
exemplo, fígado e pulmão). Já a medula óssea é um tecido que
que pode surgir também um sentimento de dívida, que pode-
deve ser doado com doador vivo.
rá vir a ser cobrada em algum momento.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 19 |
ONCOLOGIA
TESTE RÁPIDO É PATENTEADO NOVIDADE VAI AUXILIAR OS PACIENTES QUE DESENVOLVEM EFEITOS TÓXICOS SEVEROS COM AS QUIMIOTERAPIAS viço de Oncologia do HCPA, Gilberto Schwartsmann, em colaboração com os pesquisadores Rafael Linden e Marina Venzon, da Universidade Feevale. “Na literatura, há vários esforços para desenvolvimento de testes funcionais em amostras de sangue utilizando análise cromatográfica, sem que nenhum deles tenha, até o momento, recebido aceitação pela comunidade científica”, explica Schwartsmann. Estudos realizados pelo grupo revelaram que a análise de amostras de saliva é semelhante aos resultados no plasma, evitando punções venosas e a necessidade de Atualmente, o câncer é a segunda causa de morte no
centrifugação (que o sangue exige), e também é bem
Rio Grande do Sul, mas, segundo estimativas da Organi-
mais simples. Isso porque os pesquisadores descobriram
zação Mundial da Saúde, pode se tornar a principal nas
que a saliva pode ser coletada pelo próprio paciente e
próximas décadas. Os tratamentos quimioterápicos são
depositada em papel, com estabilidade por vários dias.
utilizados na maioria dos pacientes e, entre os agentes
“Ou seja, qualquer pessoa pode coletar a saliva e enviar
mais utilizados, destaca-se o 5-fluorouracil. Contudo,
pelo correio, utilizando um kit que nós fornecemos, res-
cerca de 0,3 a 3% dos pacientes que recebem este me-
salta o pesquisador.
dicamento podem desenvolver efeitos tóxicos severos,
O novo teste, que já está sendo protegido por pa-
muitas vezes fatais. Isto se deve à deficiência na enzi-
tente, provavelmente trará resultados econômicos para o
ma di-hidro-pirimidina desidrogenase (DPD), responsável
Clínicas e, sobretudo, mais qualidade de vida e segurança
por cerca de 80% da inativação destes agentes.
para os pacientes oncológicos, pois a dose de medica-
Infelizmente, os testes até hoje desenvolvidos para a
mento poderá ser decidida de acordo com a atividade da
identificação dessa deficiência não obtiveram sucesso. Os
DPD em cada paciente. Este é o primeiro produto desen-
testes de genotipagem são onerosos, complexos e capazes
volvido através da Rede Saúde RS, uma iniciativa científica
de identificar apenas 20% dos casos. Para melhorar esse
de colaboração entre instituições acadêmicas do estado e
processo, foi desenvolvido um teste rápido que analisa por
Fiocruz. O HCPA foi um dos idealizadores do projeto. O
cromatografia a saliva do paciente e é capaz de identificar
teste é denominado Salitest e poderá vir a ser comercia-
cerca de 85% dos casos de deficiência de DPD. O teste é
lizado por uma das empresas de biotecnologia ligadas à
resultado de uma pesquisa desenvolvida pelo chefe do Ser-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 20 |
GESTÃO DE PESSOAS
PROGRAMA NOVOS RUMOS INICIATIVA QUE RECONHECE TRAJETÓRIA PROFISSIONAL TEVE INÍCIO NESTE ANO
Depois de 44 anos dedicados ao Hospital de Clínicas, o agente administrativo da Coordenadoria de Gestão de Pessoas Clério José de Abreu prepara-se para uma nova etapa da vida: ele planeja aposentar-se ainda neste ano. “Refleti e cheguei à conclusão que é o momento de dar este passo e me dedicar a outros projetos”, relata. Para reconhecer esta e tantas outras pessoas que fizeram no Hospital de Clínicas a sua trajetória de vida profissional, surgiu o Programa Novos Rumos. A iniciativa tem como objetivo auxiliar no planejamento e preparação de caminhos a serem seguidos por funcionários aptos à desvinculação por aposentadoria. “Tenho participado de todas as atividades e recomendo, pois, além de interessantes, trazem informações bem úteis para que possamos nos planejar”, observa Clério. O programa é direcionado aos funcionários do HCPA que têm 57 anos ou mais e já estão aposentados pela Previdência Social (com adesão ao HCPA Prev ou não). A estimativa é que,
em todo o hospital, este público seja de cerca de 500 pessoas. A primeira etapa do programa ocorreu em maio, com palestras para as chefias e para os funcionários elegíveis, nas quais foram detalhadas as propostas do programa. Entre as atividades esteve uma palestra com o psiquiatra Flávio Gikovate, realizada em julho. Na ocasião, foram abordados temas como mudanças bem-sucedidas e transições que acontecem nas diferentes fases da vida. Também em julho, teve início a fase dos atendimentos individuais. Já o mês de setembro marca uma nova etapa, com a realização do seminário Novos Rumos. O programa tem caráter permanente, com ciclos que se iniciam a cada ano, proporcionando momentos diversos para reflexão e planejamento dos participantes. É importante ressaltar que a participação nas diferentes etapas não significa, necessariamente, que a pessoa será desvinculada do hospital: a decisão cabe ao funcionário, em seu próprio tempo.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 21 |
RESPONSABILIDADE SOCIAL
DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE HOSPITALIZADOS EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ATUA EM PROGRAMA PARA APRIMORAMENTO DAS PRÁTICAS em contato com as equipes envolvidas para a revisão dos processos, com o objetivo de aprimorar as práticas”, explica a coordenadora Luciane Beitler da Cruz. As situações têm como base a Resolução nº 41 do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente. Estes pacientes, quando hospitalizados, têm o direito, por exemplo, de não sentir dor, quando existam meios para a evitar; de ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos, respeitando sua fase cogniO mês de outubro, marcado pelo Dia da Criança, traz à
tiva, bem como de receber amparo psicológico quando
tona a importância de temas ligados à infância e juventude.
se fizer necessário; e à proteção contra qualquer forma
O Clínicas conta com o Programa para Defesa dos Direitos
de discriminação, negligência ou maus tratos.
da Criança e do Adolescente Hospitalizados, composto por uma equipe multiprofissional que atua a partir da comunicação de práticas de desrespeito aos direitos destes pacientes durante o período de internação no hospital. Os maus-tratos institucionais são atitudes geral-
CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM O PROGRAMA Fichas de informação e urnas, disponíveis nos seguintes locais:
mente não intencionais praticadas durante a hospitali-
• Unidade de Internação Pediátrica (10º Norte e 10º Sul)
zação, configurando-se como desrespeito aos direitos
• UTI Pediátrica
do paciente. Ao perceber a ocorrência de alguma destas
• Unidade de Internação Neonatal
situações, cabe a profissionais ou estudantes do hospital
• Centro Cirúrgico Ambulatorial
preencher o formulário, em que deve ser descrita a situ-
• 3º Leste
ação, e depositá-lo em uma das urnas do Programa, com
• Unidade de Internação Obstétrica (11º Sul)
identificação ou anonimamente. Também é possível en-
• Emergência Pediátrica
caminhar denúncias por e-mail. “A partir do comunica-
E-mail: L-PDDCAH@hcpa.edu.br
do, os integrantes do grupo analisam os casos e entram
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 22 |
PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 2014
DIFERENCIAIS DO HCPA FORAM ESSENCIAIS PARA A CONQUISTA
O anúncio chegou em uma tarde no final de agosto: após negociações conduzidas, durante meses, pela Administração Central do HCPA, o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) autorizou o pagamento da Remuneração Variável (RV) referente ao ano de 2014, reconhecendo o mérito do HCPA por seus diferenciais de excelência e suas conquistas. “O fato de sermos o primeiro Centro Médico Acadêmico do Brasil e o terceiro na América do Sul a possuir o selo de Acreditação da Joint Commission International certamente foi um dos aspectos que mais pesou positivamente para o resultado”, ressalta o presidente do hospital, Amarilio Vieira de Macedo Neto. Segundo ele, conquistar a RV em meio a um contexto econômico adverso, de ajustes em toda a máquina governamental, representa um dos maiores elogios já feitos ao Clínicas em toda a sua história. Aos poucos, a boa nova ganhou os corredores do hospital. “Aqui na Higienização foi uma festa! O barulho no subsolo foi como o de uma comemoração de gol em final de campeonato. Foi uma grande surpresa, pois já não esperávamos mais”, conta Claudia Valeria de Souza. Já a profissional de apoio II Laura Paiva pondera sobre o impacto positivo nas finanças pessoais. “Fiquei muito
feliz com a notícia, especialmente por ser um recurso extra para o final do ano”, celebra. O Dest, no entanto, alertou que 2014 foi o último ano de vigência do atual modelo de Remuneração Variável, por não se enquadrar em determinados requisitos da gestão pública. “É essencial que todos compreendam que o Programa de Remuneração Variável que conhecemos está definitiva e irrevogavelmente encerrado”, ressalta Amarilio. Mas acrescenta que Administração Central do HCPA já começa a estudar a construção de outras propostas a serem posteriormente submetidas à avaliação do Departamento. “Tenho certeza de que nossa comunidade continuará comprometida com a qualidade e a segurança do paciente, assegurando a manutenção dos diferenciais que foram tão importantes na conquista da RV de 2014 e o seguirão sendo para impulsionarmos a parceria com o Dest, em busca de um novo formato de meritocracia”, enfatiza o presidente. Lembre-se: o período considerado para pagamento da Remuneração Variável é o de janeiro a dezembro de 2014, sendo que o índice será aplicado sobre o salário de dezembro de 2014.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 23 |
CURTAS
COMITÊ DE BIOÉTICA CLÍNICA DO HCPA É O PRIMEIRO DO BRASIL O Conselho Federal de Medicina publicou recentemente a Recomendação nº 8/2015, sobre a criação, o funcionamento e a manutenção de comitês de bioética nas instituições de saúde, de acordo com sua relevância, pertinência e número de profissionais existentes. Além de detalhar o organograma e as funções desses grupos, o documento, na exposição dos motivos, traça seu histórico no mundo e afirma que, no Brasil, o primeiro foi fundado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em 1993. Para o coordenador do Comitê de Bioética Clínica do HCPA, José Roberto Goldim, este é mais um reconhecimento do pioneirismo e inovação do Clínicas, sempre preocupado com a adequação de suas ações.
ENCONTRO COM GESTORES DE TI DOS HOSPITAIS DA CAPITAL Com o objetivo de trocar experiências e debater os desafios da área, foi realizado no dia 3 de julho o primeiro Encontro com Gestores de Tecnologia da Informação (TI) dos Hospitais de Porto Alegre. A reunião aconteceu no HCPA, com a participação de representantes de mais oito instituições: Beneficência Portuguesa, Nossa Senhora da Conceição, Divina Providência, Instituto de Cardiologia, Mãe de Deus, Moinhos de Vento, Santa Casa e São Lucas (PUC).
EMENDA PARLAMENTAR DESTINA R$ 2 MILHÕES À ASSISTÊNCIA Uma emenda parlamentar destinou R$ 2 milhões ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre para investimentos na assistência. A iniciativa foi do deputado federal do PSB-RS Beto Albuquerque, que esteve no hospital no dia 24 de julho para discutir a proposta. Na ocasião, ele foi recebido pela vice-presidente médica do HCPA, professora Nadine Clausell, que também apresentou os resultados da aplicação dos recursos de uma emenda semelhante realizada no ano anterior, a qual possibilitou a aquisição de equipamentos e melhorias na área da Hematologia do HCPA. Na visita, o deputado também conheceu as instalações da Oncologia Pediátrica e da Hematologia Clínica.
FERNANDA LIMA VISITA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Acompanhada pelos filhos e pela mãe, a modelo e apresentadora Fernanda Lima visitou, no dia 10 de julho, a Oncologia Pediátrica do Clínicas. Na noite de quinta-feira, durante o jantar anual do Instituto do Câncer Infantil, Fernanda foi nomeada Embaixadora do Instituto do Câncer Infantil. No hospital, Fernanda cumprimentou os pacientes internados, de quem recebeu cartões de agradecimento e gestos de carinho. Ela conversou com os pacientes e familiares, concedeu autógrafos e tirou fotos, além de visitar os leitos daqueles que não puderam se deslocar até a sala onde foi realizada a confraternização.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 24 |
AGHU RECEBE RECONHECIMENTO INTERNACIONAL O Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), reconhecido nacionalmente como modelo de software para os hospitais universitários do Ministério da Educação (MEC), recebeu também reconhecimento internacional. Ele foi vencedor de uma campanha global do Grupo Capgemini, intitulada People & Results. Participaram da iniciativa os projetos mais importantes dos 40 países que fazem parte do grupo e o AGHU conquistou o reconhecimento. A Capgemini é uma fábrica de software multinacional que, em 2014, passou a atuar na continuidade do projeto AGHU, iniciado em 2009 e, desde 2012, desenvolvido em estreita parceria com a Ebserh. O conjunto de aplicativos apoia a gestão dos hospitais universitários do MEC, sob a coordenação da Ebserh, contribuindo para a qualificação permanente destas instituições. O resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido conjuntamente tem saldo tão positivo que o contrato com a Capgemini foi renovado por mais um ano.
MARISE BEVERLEY PARENT EM ATIVIDADES ACADÊMICAS O projeto Pesquisador Visitante Especial do Programa Ciência sem Fronteiras possibilitou a vinda ao HCPA de Marise Beverley Parent, professora titular do Neuroscience Institute da Georgia State University (EUA). A neurocientista, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na interface entre comportamento alimentar, metabolismo energético e função cerebral, virá ao Brasil em temporadas anuais pelos próximos três anos para o desenvolvimento de diversas atividades acadêmicas. No dia 16 de junho, a pesquisadora apresentou sua primeira palestra na América Latina, no Centro de Pesquisa Experimental do HCPA.
PROJETO CONSULTÓRIOS ITINERANTES O Hospital de Clínicas e a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social firmaram, no dia 23 de junho, um acordo de cooperação técnica do Projeto Consultórios Itinerantes. A assinatura marca o início da implementação do projeto dos Ministérios da Saúde e da Educação, que tem como objetivo levar atendimento gratuito para estudantes de escolas públicas, identificando precocemente problemas de visão e garantindo a saúde bucal de crianças e adolescentes.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 25 |
CURTAS
BICICLETÁRIO NO HCPA Em sintonia com a tendência de encorajar práticas sustentáveis, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre inaugurou neste mês um bicicletário na área externa do hospital, em frente à entrada da Emergência, do outro lado da via. O local fica disponível para pacientes e familiares que estejam em atendimento ou visita à instituição e utilizem bicicletas como meio de locomoção.
PALESTRA DETALHA PROGRAMA MAIS MÉDICOS
O Programa Mais Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas em 4 mil municípios, 72% de todas as cidades brasileiras. Lançada em julho de 2013, a iniciativa já reúne 18.240 médicos que atuam onde vivem as pessoas com maior vulnerabilidade - periferias das grandes cidades, quilombos, assentamentos rurais, aldeias indígenas e Floresta Amazônica -, onde os brasileiros precisam de médicos. Os detalhes sobre o projeto foram apresentados em palestra realizada no Clínicas pelo médico e assessor especial do ministro da saúde Fausto Figueira no dia 22 de junho. O evento foi transmitido pela WebTV e canal oficial do HCPA no Youtube.
VISITA DE PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DE NEWCASTLE Em uma iniciativa do Serviço de Gastroenterologia o professor da Universidade de Newcastle (Austrália) na área de Neurogastroenterologia Nick Talley visitou o HCPA no dia 12 de agosto. Ao chegar, foi recebido pela vice-presidente médica do hospital, professora Nadine Clausell, e pelo coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação, professor Eduardo Pandolfi Passos. Na sequência, ele conheceu as instalações do hospital e acompanhou apresentações de médicos e professores da instituição. A visita teve como foco fomentar parcerias na área acadêmica entre o Clínicas e a universidade australiana.
ATUALIZAÇÃO DO CURRÍCULO E NOVO CICLO DA MATURIDADE Até 8 de janeiro de 2016 está disponível o agendamento para entrega da documentação de comprovação das informações do currículo para funcionários das Carreiras de Nível Superior. Neste período, também ocorre o novo ciclo do Processo de Crescimento Profissional na Carreira de Nível Superior – Maturidade 2015/2016, cujos critérios estão disponíveis na Intranet. Em caso de dúvidas, busque o Fale CGP ou escreva para o e-mail falecgp@hcpa.edu.br.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 26 |
SEGURANÇA
SIMULAÇÃO DE INCÊNDIO MOVIMENTA O HOSPITAL AÇÃO FOI CONSIDERADA UM SUCESSO PELA BRIGADA DE EMERGÊNCIA E CORPO DE BOMBEIROS Funcionários andavam apressados pelos corredores, en-
analista administrativa do Serviço de Nutrição e Dietética
quanto acompanhavam pacientes em camas, cadeiras
e brigadista há um ano e meio.
de rodas ou a pé. O conselho que se ouvia era sempre
O êxito da ação foi muito comemorado. “Assim como
o mesmo: não correr, não se desesperar. Os brigadistas,
vocês, nós também treinamos. Apesar de fazermos simula-
caracterizados pelos uniformes cor de laranja, corriam de
dos com frequência, cada um é sempre uma experiência
um lado para o outro, verificando se os quartos estavam
nova”, disse o major Jeferson Francisco Ecco, comandante
vazios. Um incêndio havia ocorrido no banheiro do 9º
do 1º Comando Regional de Bombeiros (CRB). O major elo-
Norte e a orientação era para que todos se deslocassem
giou ainda o primeiro atendimento realizado pelos brigadis-
para a área de refúgio, no 9º Sul. Foram necessários ape-
tas, que influenciou e auxiliou o trabalho dos bombeiros.
nas 45 minutos para extinguir o fogo e salvar as cinco
“Essa foi mais uma oportunidade para aprimo-
vítimas do incidente. Esse fato poderia ter sido real, mas,
rarmos nossos procedimentos e estratégias para aten-
felizmente, foi apenas o resultado da simulação de in-
dimento a uma situação real”, explicou João Roberto
cêndio realizada no dia 2 de julho no hospital. A ação,
Menezes, Técnico de Segurança do Trabalho.
organizada pela Brigada de Emergência, contou com a participação também do Corpo de Bombeiros. O simulado iniciou com o acionamento do alarme de incêndio. A partir daí, teve início a contagem do tempo e cada segundo era valioso. Duas vítimas foram levadas à área de refúgio e saíram caminhando. A remoção de outras duas foi executada pela escada protegida da ala Sul. A última vítima desceu por uma escada içada do caminhão dos bombeiros até o sétimo andar, sob os olhares curiosos de funcionários e brigadistas. Alguns momentos foram de tensão, mesmo se tratando de um simulado, mas, no fim, tudo correu bem. “Os elevadores centrais foram os mais problemáticos para nós. Demoramos muito para ir do primeiro ao nono andar, mas, felizmente, os colegas de áreas próximas conseguiram chegar antes”, disse Margarida Roncatto, a
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 27 |
CULTURA
ESPAÇO CULTURAL PROGRAMAÇÃO INCLUI APRESENTAÇÕES MUSICAIS, LEITURA DE POESIAS E CONCURSO Música, poesia e criatividade estão em evidência no
Já os mini saraus vêm reunindo música e poesia
Espaço Cultural do HCPA. Apresentações e encontros
em evento mensal, no qual, além de interpretação de
fazem parte de uma programação periódica e gratuita
canções ao piano, são realizadas leituras de poemas,
que inclui iniciativas como o Intervalo Musical, saraus e o
dentro do Projeto Poesia no HCPA, que incentiva a
projeto Poesia no HCPA: O Impossível Carinho.
cultura, a criatividade e a humanização no hospital.
Nos últimos meses, junto ao piano no 2º andar, clássi-
O projeto inclui também a realização de um concurso
cos de autores como Scriabin, Villa-Lobos, Beethoven, Bach
de poesias, que está com inscrições abertas até o dia
e Chopin ganham vida durante o Intervalo Musical, realiza-
31 de dezembro. Alunos, funcionários, professores e
do por volta do meio dia, com apresentações de pianistas
outros integrantes da comunidade do Clínicas podem
como Javier Albornoz, Andrei Liquer e André Golbert.
se inscrever.
CONCURSO DE POESIA As inscrições são gratuitas e ficam abertas até o dia 31 de dezembro. As poesias devem ser enviadas para o e-mail poesianohcpa@hcpa.edu.br e os candidatos deverão se identificar por pseudônimos. Cada candidato poderá inscrever até três poemas originais e inéditos, em língua portuguesa e de forma literária livre.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 28 |
DESTAQUES
CONGRESSO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA Durante o 16º Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia, realizado em Atibaia (SP), de 2 a 6 de junho, o professor Apio Antunes, do Serviço de Neurologia, foi agraciado com o título de Homenageado Nacional de Honra, tendo recebido placa alusiva. Na mesma ocasião, o professor proferiu palestra com o título Presente e futuro do tratamento cirúrgico da doença cerebral isquêmica.
JORGE ALMEIDA GUIMARÃES NA PRESIDÊNCIA DA EMBRAPII O pesquisador do HCPA Jorge Almeida Guimarães é o novo diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ele foi eleito pelo Conselho de Administração da Organização para estar à frente do cargo nos próximos quatro anos. A Embrapii mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação e Ministério da Educação e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco o compartilhamento de riscos de projetos com as empresas para estimular o setor industrial a inovar. Guimarães foi o primeiro homenageado a receber o Troféu Jorge Pinto Ribeiro do Clínicas, no ano de 2013, em reconhecimento a seu trabalho como presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
NEUROPROGRESSÃO E ESTADIAMENTO NO TRANSTORNO BIPOLAR O professor do HCPA Flavio Kapczinski é um dos editores do livro Neuroprogression and Staging in Bipolar Disorder, junto dos pesquisadores internacionalmente reconhecidos Eduard Vieta, Pedro V.S. Magalhães e Michel Berk. A obra, publicada pela Oxford University Press, traz situações clínicas e pesquisas e trata de um conceito desenvolvido no próprio Clínicas, sobre neuroprogressão e estadiamento no transtorno bipolar. A publicação foi um dos resultados do trabalho desenvolvido por Kapczinski durante sua atuação como professor visitante da Universidade do Texas (Estados Unidos).
ESTUDO EM EDITORIAL DA REVISTA CHEST A tese de doutorado de Cristiane Hallal, acadêmica do Programa de Pós- graduação em Ciências em Gastroenterologia e Hepatologia, sob orientação da professora chefe do Serviço de Pediatria do HCPA Helena Ayako Sueno Goldani, ganhou destaque na revista científica Chest. O artigo traz novas evidências que poderão levar à modificação das condutas de prevenção de lesão pulmonar em pacientes gravemente enfermos. O editorial comentado pelo renomado gastroenterologista Peter Kahrilas, da Northwestern University (Chicago/ Estado Unidos), ressaltou a importância dessa contribuição.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 29 |
MEMÓRIA
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
No dia 2 de setembro são comemorados os 45 anos da Lei 5.604, que criou o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o definiu como Empresa Pública de Direito Privado. Essa lei é a base do diferencial do hospital. Inovador desde a sua criação, o HCPA já foi protagonista de muitos avanços na Medicina. Na cirurgia, por exemplo, uma das novidades mais recentes foi a aquisição do robô Da Vinci, que possibilitou a realização de procedimentos com maior precisão. Em 2015, foi inaugurada a remodelação do Bloco Cirúrgico. Confira nas fotos alguns momentos da área, que foi inaugurada em 27 abril de 1973, com a primeira cirurgia da equipe de Urologia.
PARTICIPE! Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail comunicacao@ hcpa.edu.br, com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 30 |
MURAL DE RECADOS
Dedico um poema à doutora Thaís Crivellaro Dutra Butelli e, homenageando a ela, eu homenageio a todos aqueles que estiveram comigo naquelas horas difíceis, como os doutores Gabriela Ott Wagner, Luis Felipe Mallmann, Luisa Gomes Klein, a técnica de enfermagem Marilene Niehues e tantos outros de quem não lembro os nomes. Nesta homenagem, eu deixo também o meu agradecimento a todos os funcionários do HCPA pelo bom atendimento em todas as vezes em que estive hospitalizado. JAIR MENDES
Amo este hospital. Aí trabalhei, tive minha filha e fui operada de aneurisma. Neste hospital, é gente cuidando de gente. É cinco estrelas com certeza. Abraço a todos.
Obrigada a todos os médicos da Dermatologia, Cardiologia, Pneumologia e demais. Sou muito agradecida pelos cuidados, pela atenção e preocupação. ADENIR ROCHA
DENISE LIMA
Li a reportagem do jornal Zero Hora e não sabia da existência de um Núcleo de Cuidados Paliativos no hospital. A matéria me tocou muito. Não tenho parentes ou amigos nessa situação, mas sinto que devo agradecer em nome daqueles que têm. ANTONIA MURADAS
Com todas as crises e casos de corrupção no Brasil, o Clínicas continua sendo diferenciado. Sempre que precisei fui muito bem atendido!
Parabéns a todos os enfermeiros do hospital, principalmente à equipe do 7º Sul, pelo carinho e paciência com os pacientes.
VÔ BARONI
TEREZINHA DE FÁTIMA B. AGUIAR
Em 2004 estive internada para dar à luz minha filha. Ela nasceu prematura, com 1,4 quilo e 38 centímetros. Fomos super bem-atendidos durante 30 dias, até ela alcançar o peso necessário. Agradeço a toda a equipe que me atendeu e sou muito grata a todos do Serviço de Neonatologia. LUIZA BERNARDO FINGER
Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 53 / Setembro - Outubro / 2015
| 31 |