Guilherme Araújo Albuquerque

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO CAMPUS SÃO ROQUE Guilherme Araújo Albuquerque

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Análise com alunos do Ensino Superior em Instituições distintas

São Roque - SP 2016


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO CAMPUS SÃO ROQUE Guilherme Araújo Albuquerque

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Análise com alunos do Ensino Superior em Instituições distintas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção de título de Tecnólogo em Gestão Ambiental sob orientação do professor Dr. Rogerio de Souza Silva.

São Roque - SP 2016


NOME: Guilherme Araújo Albuquerque TÍTULO: Educação Ambiental: Análise com alunos do Ensino Superior em instituições distintas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus São Roque.

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora

Prof. (a) _________________________________ Instituição:______________ Julgamento:_______________________________Assinatura:______________

Prof. (a) _________________________________ Instituição:______________ Julgamento:_______________________________Assinatura:______________

Prof. (a) _________________________________ Instituição:______________ Julgamento:________________________________Assinatura:______________


Este trabalho Ê dedicado a todas as pessoas que direta ou indiretamente fizeram parte desta realização, colegas, professores, familiares e entrevistados que foram essenciais para o levantamento dos dados apresentados.


AGRADECIMENTO

Um agradecimento especial à minha família, aos professores, orientadores e à todos que me incentivaram a concluir esta realização pessoal.

À minha esposa Cinthia (Pirulito) que mesmo antes de eu me inscrever no curso me deu um caderno para que fizesse minhas anotações e entendeu que quando ficava até tarde da noite era para finalizar tarefas e trabalhos que me trouxeram até aqui.

Aos professores, (fazendo menção a todos que contribuíram desde o início), um agradecimento especial ao Professor Rogério (meu orientador e coordenador de projeto de extensão), ao professor Rafael que me encorajou a continuar quando pensei em desistir, enfim a todos os professores.

Ao meu filho Leonardo, para que eu possa servir de inspiração e que possamos sempre sentir orgulho um do outro.

Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para que esse sonho de concluir uma graduação se concretizasse.

Muito Obrigado!


"É somente através de uma sólida educação cultural e ambiental do homem, e de um sério comprometimento dele com o bem estar do mundo onde vive, que será possível conter suas ganâncias e egoísmos, para podermos construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras."

HERBERT ALEXANDRE GALDINO PEREIRA


RESUMO Este trabalho teve como objetivo apresentar uma pesquisa científica, relacionada ao Sistema de Educação Ambiental, em Instituições de Ensino Superior. Contribuir com o desenvolvimento acadêmico e servir como exemplo a ser seguido por organizações de outros segmentos, na questão do desenvolvimento sustentável. Para execução deste trabalho, foram realizadas pesquisas em três instituições distintas, além de revisão bibliográfica em literaturas e artigos publicados. As Instituições de Ensino Superior, atualmente, têm um papel importante no desenvolvimento sustentável, pois ultrapassam o limite da preocupação em ensinar e formar alunos, ocupando papel importante no contexto da sociedade, com a responsabilidade social de capacitar pessoas conscientes da necessidade de garantir a sustentabilidade às gerações futuras.

Palavras-chave: Sustentabilidade.

Educação

Ambiental,

Instituições

de

Ensino

Superior,


ABSTRACT This work aimed to present a scientific research, related to the Environmental Education System, in Higher Education Institutions. Contribute to academic development and serve as an example to be followed by organizations from other segments in the issue of sustainable development. In order to carry out this work, researches were carried out in three distinct institutions, in addition to bibliographical revision in literature and published articles. Higher Education Institutions currently play an important role in sustainable development, since they exceed the limit of the concern to teach and train students, playing an important role in the context of society, with the social responsibility to train people aware of the need to guarantee sustainability To future generations.

Key words: Environmental Education, Higher Education Institutions, Sustainability.


LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – MUNICÍPIO ONDE RESIDE ATUALMENTE .………………………....24 GRÁFICO 2 – SEXO DO ENTREVISTADO .............................................................25 GRÁFICO 3 – FAIXA ETÁRIA ..................................................................................26 GRÁFICO 4 – NÍVEL DE ESCOLARIDADE .............................................................27 GRÁFICO 5 – “O MEIO AMBIENTE É TUDO QUE EXISTE”....................................28 GRÁFICO 6 – GRAU DE INTERESSE PELO MEIO AMBIENTE..............................29 GRÁFICO7 – “DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL É O RESULTADO DA AÇÃO HUMANA E PROVOCA MUDANÇAS NEGATIVAS”.................................................30 GRÁFICO 8 – PROBLEMAS AMBIENTAIS NO COTIDIANO ..................................31 GRÁFICO 9 – VOCÊ ADOTA AÇÕES PARA PROTEGER O MEIO AMBIENTE? ..32 GRÁFICO 10 – USO DA ÁGUA NO COTIDIANO ....................................................33 GRÁFICO 11 – GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE OS “3 R’s” ..........................34 GRÁFICO 12 – UTILIZOU PONTOS DE COLETA SELETIVA OU POSTOS DE RECICLAGEM ..........................................................................................................35 GRÁFICO 13 – SEPARA O LIXO ORGÂNICO DO RECICLÁVEL ...........................36 GRÁFICO 14 – A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS DEPENDE MAIS .37 GRÁFICO 15 – FREQUÊNCIA DOS ASSUNTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM SALA DE AULA .........................................................................................................38


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................10

1.1 Objetivo ........................................................................................................................... 12 1.1.1 Objetivos Específicos ......................................................................................... 12

1.2 Justificativa ........................................................................................................13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................14

2.1 Educação Ambiental..........................................................................................14

2.3 Coleta Seletiva ...................................................................................................19

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 22

3.1 Tipo de pesquisa...............................................................................................22

3.2 Coleta dos dados .............................................................................................22

4 RESULTADOS........................................................................................................23

5 CONCLUSÕES ......................................................................................................39

6 REFERÊNCIAS ................................................................................................................40

APÊNDICES ............................................................................................................41


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1 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental (EA) deve ser entendida como processo capaz de construir valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Deve balizar o equilíbrio das relações entre sociedade e natureza, já que a preservação e conservação dos elementos naturais são bens de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Apesar de não ser realizada de forma individualizada como disciplina formal no ensino brasileiro, a EA percorre a maioria dos campos do saber e da educação como um todo. Ou seja, ela está presente em todos os níveis e modalidades de ensino. A Educação Ambiental segundo Dias (2004, p. 523) é o Processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros.

Atualmente, onde a informação assume um papel cada vez mais relevante no mundo, via internet ou mídias sociais, a EA assume uma função transformadora para a cidadania motivando e despertando as pessoas em participação na defesa da qualidade de vida, onde o envolvimento de todos torna-se primordial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável. Sendo assim, a escola representa um papel fundamental para assegurar um futuro sustentável, tornando-se uma instituição privilegiada que forma novos cidadãos. Em 1969, Stapp et al. (apud DIAS, 2004) definiram a EA como um “processo que deve objetivar a produção de cidadãos, com conhecimentos sobre o ambiente biofísico e seus problemas associados, a fim de alertá-los e habilitá-los a resolver seus problemas.” A EA estabelece um processo educativo, cuja finalidade é desenvolver instrumentos e ampliar a prática pedagógica para que as pessoas vivam em harmonia com o meio ambiente. A escola tem função de criar condições para que as pessoas possam aprender os conteúdos necessários para construir instrumentos de


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compreensão da realidade e de participação nas relações políticas e culturais (Freitas, 2000). Segundo Dias (2004 p. 525), “Educação Ambiental é um processo, uma dimensão dada ao conteúdo e à pratica da educação que utiliza os vários conhecimentos, inclusive os da ecologia, para promover a compreensão dos mecanismos de inter-relação natureza-homem, em suas diversas dimensões”. De acordo com a Lei Federal nº. 9.795 de 1999, a Educação Ambiental é considerada um componente primordial da educação, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal, desenvolvida no campo dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, e a não formal, relativa às ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e a sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Nesse sentido, cabe destacar que a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a responsabilidade dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental (JACOBI, 2003). O contexto do conhecimento garante que a definição de causas ambientais não fique limitado ao campo abstrato ou intangível. A formação - e informações - de pesquisadores entre universidades e a comunidade pode ser a base para uma mudança de rumo, ou seja, a universidade é o objeto e a crítica da sociedade. Deve-se desenvolver um processo pedagógico que estimule as pessoas a se apropriarem cada vez mais do espaço em que vivem, contribuindo no local para as mudanças globais que se fazem necessárias. Nesta perspectiva, o papel do gestor ambiental é fundamental, já que um de seus pressupostos profissionais é justamente apreender as diferentes abordagens e conexões sobre os sistemas ambientais, fazendo interface com as mais diversas atividades produtivas e lúdicas do ser humano com relações mais equilibradas com o meio ambiente. Segundo Hammes (2002, p. 26) o gestor é, sem dúvida, um profissional que atua em diferentes segmentos: políticos, econômicos, sociais e culturais. Sua formação envolve temas gerais de conhecimentos de administração, comunicação, economia e temas específicos sobre o meio ambiente.


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1.1 Objetivo

Este trabalho tem por objetivo fazer um diagnóstico da educação ambiental no ensino superior, avaliar o conhecimento dos educandos através de aplicação de questionário sobre práticas ambientais e atitudes sustentáveis. Contribuir com o desenvolvimento acadêmico e servir como exemplo a ser seguido por organizações de outros segmentos, na questão do desenvolvimento sustentável.

1.1.1 Objetivos Específicos • O objetivo dessa pesquisa foi abordar o conhecimento e o grau de interesse relacionados às questões ambientais e como a Educação Ambiental é tratada nas Instituições de Ensino Superior; • Apresentar de maneira sucinta e direta os conceitos de Lixo, Resíduo, Coleta Seletiva e 3 R’s (reduzir, reutilizar, reciclar). Demonstrar que o processo de coleta seletiva dos resíduos sólidos pode ser uma ação positiva em relação ao meio ambiente, ato de consciência ecológica e de cidadania.


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1.2 Justificativa

Diante dos graves problemas ambientais que afligem toda a sociedade, a educação é o mais relevante mecanismo de superação das contradições sociais e da promoção de um desenvolvimento sustentável. Para isso, torna-se cada vez mais importante, os esforços de análise e propostas que abordem uma educação ambiental mais integrada e coesa com a realidade dos lugares. Pois, como preconiza a Política Nacional de Educação Ambiental, um de seus princípios básicos reside justamente na abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais. É ao encontro dessa perspectiva que está a relevância do presente trabalho. A Educação Ambiental, por se tratar de uma atividade formal e informal condiciona

a

escola

a

necessidade

em

promover

simultaneamente

o

desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e de habilidades necessárias à preservação do ambiente e melhoria da qualidade de vida (DIAS, 2004). Segundo Rodrigues, Oliveira e Pilatti (2007), as universidades brasileiras ainda encontram inúmeros obstáculos para incorporar a dimensão ambiental à formação de recursos humanos, devido a fatores como: abordagem da questão ambiental de forma setorial e multidisciplinar e estudos de caráter técnico, em detrimento dos aspectos epistemológicos e metodológicos. Conforme afirma Reigota: “Algumas dessas atividades baseiam-se na transmissão de conhecimentos científicos e na conscientização para a conservação da natureza. Essas atividades têm o seu valor, mas não se abordam os aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais. Os impactos ambientais que provocamos com nosso estilo de vida são diferenciados e precisam ser enfatizados e não camuflados na afirmativa de que “o homem destrói o meio ambiente”, sem considerar as reais intenções e necessidades de cada pessoa.”


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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Educação Ambiental

Segundo Reigota (2009 p. 21), a educação ambiental tem uma história quase oficial que a relaciona com conferências mundiais e com momentos sociais em todo o mundo. Em 1864, ocorre o lançamento do livro “Man and Nature”, obra reeditada em 1874 com o título de “The Earth Modified by Human Action: Man and Nature”, publicado pelo diplomata norte-americano Georges Perkins Marsh. Esta obra é considerada a primeira discussão moderna dos problemas ambientais (DIAS, 2004). Em um contexto histórico, pós Revolução Industrial e as duas grandes Guerras Mundiais, foi criado ao final da década de 1940, um órgão ambiental de aceitação internacional, dependente da ONU (Organização das Nações Unidas) – a IUPN (International Union for the Protection of Nature) – com o objetivo de trabalhar temas como pesquisa científica, educação, planejamento regional, criação de áreas protegidas e preservação da vida selvagem. Alguns anos depois, após ter se consolidado como órgão governamental e não governamental, para abranger a questão da conservação mudou o nome IUCN (International Union for Conservation of Nature) (McCORMICK, 1992). A primeira grande catástrofe ambiental ocorreu em 1952 na Inglaterra, quando o ar densamente poluído pelas indústrias de Londres (smog) provocaria a morte de 1600 pessoas. Fato que desencadeou uma série de discussões em outros países (DIAS, 2004). A década de 1960 pode ser considerada uma referência quanto à origem das preocupações com as perdas da qualidade ambiental. Diante da necessidade de entender o que ocorreu na Inglaterra, realizou-se em março de 1965, a Conferência em Educação da Universidade de Keele (no mesmo país), onde surgiu a expressão “Educação Ambiental” (Enviromental Education) sendo utilizado pela primeira vez e em consenso que deveria se tornar parte essencial da educação de todos os cidadãos, principalmente conservação ou ecologia aplicada (DIAS, 2004). Segundo Reigota (2009 p.22), em 1968 foi realizada em Roma uma reunião de cientistas dos países industrializados para se discutir o consumo e as reservas de


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recursos naturais não-renováveis e o crescimento da população mundial até o século XXI. Para Reigota, um dos méritos dos debates das conclusões do Clube de Roma foi colocar o problema ambiental em nível planetário e como conseqüência disso, a Organização das Nações Unidas realizou em 1972, em Estocolmo, Suécia, a Primeira Conferência mundial de meio Ambiente Humano. Este encontro contou com a participação de 113 países discutindo o grande impacto causado pelo Relatório do Clube de Roma sobre os recursos naturais disponíveis no planeta. (TOZONI-REIS, 2004).

A discussão sobre as questões ambientais tem mostrado que é necessária uma percepção interdisciplinar dos fatos que desencadearam a problemática ambiental, como forma de reconhecer a sua extensão e complexidade. Em Estocolmo (1972), o treinamento de professores e o desenvolvimento de novos recursos instrucionais e métodos foram indicados como estratégias importantes no desenvolvimento da Educação Ambiental (HAMMES, 2004).

A partir de então, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) assumiu a organização de discussões internacionais de Educação Ambiental, realizando entre outros eventos, o Seminário Internacional sobre Educação Ambiental em Belgrado (Iugoslávia) em 1975, definindo a Educação Ambiental como: um processo que visa: formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (Congresso de Belgrado, 1975).

Segundo Tozoni-Reis (2004 p. 95) a Carta de Belgrado dá destaque para a necessidade da construção de uma “nova ética global”, individualizada e pessoal, e à educação ambiental cabe essa tarefa. Assim, É nesse contexto que devem ser colocados os fundamentos para um programa mundial de Educação Ambiental que possibilitará o desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades, de valores e atitudes, enfim um esforço visando melhor qualidade do ambiente e, sem dúvida, uma qualidade de vida digna para as gerações futuras.


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Segundo Reigota (2009 p.53), seis objetivos da educação ambiental foram indicados na Carta de Belgrado: I) Conscientização – Levar os indivíduos e os grupos associados a tomarem consciência do meio ambiente global e de problemas conexos e de se mostrarem sensíveis ao mesmo. II) Conhecimento – Levar os indivíduos e os grupos a adquirir uma compreensão essencial do meio ambiente global, das problemas que estão a ele interligados e o papel e o lugar da responsabilidade crítica do ser humano. III) Comportamento – Levar os indivíduos e os grupos a adquirir o sentido dos valores sociais, um sentimento profundo de interesse pelo meio ambiente e a vontade de contribuir para sua proteção e qualidade. IV) Competência – Levar os indivíduos e os grupos a adquirir a competência necessária a solução dos problemas. Reconhecer essa deficiência é o primeiro passo para superá-la. V) Capacidade de avaliação – Levar os indivíduos e os grupos a avaliar medidas e programas relacionados ao meio ambiente em função dos fatores de ordem ecológica, política, econômica, social, estética e educativa. VI) Participação – Levar os indivíduos e os grupos a perceber suas responsabilidades e necessidades de ação imediata para a solução dos problemas ambientais. Procurar estimular nas pessoas o desejo de participar na construção de sua cidadania. Para Reigota (2009 p.59), a ampliação da discussão, da difusão e da influência da educação ambiental tende também a ampliar os objetivos definidos na Carta de Belgrado. Vários documentos como a Agenda XXI, Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis, Carta da Terra e a Carta das Responsabilidades Humanas trazem elementos novos e aprofundam os objetivos iniciais da educação ambiental. Ocorreria em 1977, o evento mais importante para a evolução da Educação Ambiental no mundo - A Conferência de Tbilisi, como desdobramento da Conferência de Estocolmo, realizada cinco anos antes. No prefácio para o informe da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental afirmou-se que a educação ambiental não é uma matéria suplementar que soma aos programas existentes, exige a interdisciplinaridade, quer dizer, uma cooperação entre as disciplinas tradicionais, indispensável para poder se perceber a complexidade dos problemas do meio ambiente e formular sua solução.


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Segundo a Lei n° 9.795/99 – que dispõe sobre a política ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, em seu art.: 3°; estabelece a responsabilidade de cada um: I – Poder público, nos termos dos artigos 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. II – Instituições Educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem. III – Órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. IV – Meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre o meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação. V – Empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados a capacitação dos trabalhadores, visando a melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente. VI – Sociedade como um todo, manter atenção permanente a formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, à identificação e solução de problemas ambientais. A Constituição Federal estabelece no inciso VI do § 1o de seu art. 225, como competência do Poder Público, "promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente". O dever do Estado, entretanto, não exime a responsabilidade individual e coletiva. Em referência ao direito ao meio ambiente equilibrado, o mesmo artigo constitucional diz que se impõe ao "poder público e à coletividade o dever de defendê-la e preservá-la para as presentes e futuras gerações". Porém, como veremos adiante com o resultado da pesquisa realizada neste trabalho, o interesse e envolvimento das pessoas são de forma midiática e o tema Educação Ambiental é tratado com maiores detalhes somente em disciplinas específicas nas Universidades.


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A Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, define Educação Ambiental no Ensino Formal: Art. 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I - educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental e c) ensino médio; II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos A Lei Nº 9.795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental), em seu artigo 13, define Educação Ambiental Não Formal: “as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.” Uma das práticas mais comuns de EA no caráter não formal é a coleta seletiva com finalidade de reciclar produtos, obtendo retorno financeiro e contribuir com a redução do lixo. Segundo informações do MMA, 299 municípios brasileiros, que correspondem a cerca de 5% do total e abrigam aproximadamente 55% da população, respondem pela produção de 111 mil toneladas por dia, quase 50% do que é produzido em todo o País. O volume de resíduos produzidos determina a viabilidade da coleta seletiva, da reciclagem, da construção de aterros sanitários e, principalmente, da operacionalização e manutenção do sistema de gestão dos resíduos sólidos que são muito caras para as administrações dos pequenos municípios. Consequências negativas, decorrentes da incompreensão socioambiental, acontecem por completa falta de entendimento do que pode, ou não, ser resíduo reciclável, podendo participar de um processo de beneficiamento em vista de uma sustentabilidade do que é produzido e consumido. Gradvohl (2010, p.9) afirma que “lixo urbano resulta da atividade diária do homem em sociedade, e que os fatores principais que regem sua origem e produção são basicamente dois: o aumento populacional e a intensidade da industrialização.” A recuperação de materiais advindos do lixo é uma atividade milenar. Segundo Dias (2002, p.39), “há registros arqueológicos que sugerem que a sucata de metal e objetos metálicos inúteis podem ter sido derretidos e reciclados, já no ano 3000 a.C.”


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2.2 Coleta Seletiva Coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram previamente separados segundo a sua constituição ou composição. Ou seja, resíduos com características similares são selecionados pelo gerador (que pode ser o cidadão, uma empresa ou outra instituição) e disponibilizados para a coleta separadamente. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a implantação da coleta seletiva é obrigação dos municípios e metas referentes à coleta seletiva fazem parte do conteúdo mínimo que deve constar nos planos de gestão integrada de resíduos sólidos dos municípios. A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais potencialmente recicláveis como: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, que foram previamente separados na fonte geradora. (CETESB, 2013). Para que os resultados sejam satisfatórios a coleta seletiva deve estar baseada em um tripé:  Tecnologia: desde a coleta, separação, armazenamento até reciclagem;  Mercado: para absorção total dos materiais recuperados;  Conscientização: motivar o envolvimento da população no processo. Cada tipo de resíduo tem um processo próprio de reciclagem. Na medida em que vários tipos de resíduos sólidos são misturados, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo inviável, pela dificuldade de separá-los de acordo com sua constituição ou composição. O processo industrial de reciclagem de uma lata de alumínio, por exemplo, é diferente da reciclagem de uma caixa de papelão. Por este motivo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a segregação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos. Os resíduos recicláveis secos são compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos, que são os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de banheiros (fraldas, absorventes, cotonetes...) e outros resíduos de limpeza. Há, no entanto, uma outra parte importante dos resíduos que são os resíduos orgânicos, que consistem em restos de alimentos e resíduos de jardim (folhas secas, podas...). É importante que os resíduos orgânicos não sejam misturados com outros tipos de resíduos, para que não prejudiquem a reciclagem dos resíduos secos e


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para que os resíduos orgânicos possam ser reciclados e transformados em adubo de forma segura em processos simples como a compostagem. Por este motivo, alguns estabelecimentos e municípios tem adotado a separação dos resíduos em três frações: recicláveis secos, resíduos orgânicos e rejeitos. Quando esta coleta mínima existe, os resíduos recicláveis secos coletados são geralmente transportados para centrais ou galpões de triagem de resíduos, onde os resíduos são separados de acordo com sua composição e posteriormente vendidos para a indústria de reciclagem. Os resíduos orgânicos são tratados para geração de adubo orgânico e os rejeitos são enviados para aterros sanitários. As formas mais comuns de coleta seletiva existentes no Brasil são a coleta portaa-porta e a coleta por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs). A coleta porta-a-porta pode ser realizada tanto pelo prestador do serviço público de limpeza e manejo dos resíduos sólidos (público ou privado) quanto por associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis. É o tipo de coleta em que um caminhão ou outro veículo passa em frente às residências e comércios recolhendo os resíduos que foram separados pela população. Já

os

pontos

de

entrega

voluntária

consistem

em

locais

situados

estrategicamente próximos de um conjunto de residências ou instituições para entrega dos resíduos segregados e posterior coleta pelo poder público. A Lei Nº 12.305/2010 prevê, em seu Artigo 54, que “a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (...) deverá ser implantada em até quatro anos após a data de publicação desta lei”, ou seja, até 2 de agosto de 2014. Rejeitos são os resíduos sólidos que não podem mais ser reaproveitados, reciclados ou tratados, não apresentando outra possibilidade de destinação que não a disposição final ambientalmente adequada. Resíduos recicláveis e resíduos orgânicos, por exemplo, podem ser tratados por métodos adequados e normatizados e retornar ao ciclo produtivo, não sendo considerados rejeitos.


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No quadro 1 temos a disposição das cores e seus respectivos materiais segundo a classificação da Resolução do CONAMA 275/01. Quadro 1: Disposição das cores e materiais correspondentes

AZUL VERMELHO VERDE AMARELO LARANJA BRANCO MAROM PRETO CINZA

Papel/papelão Plástico Vidro Metal Resíduos Perigosos Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Resíduos Orgânicos Madeira Resíduo geral não reciclável ou misturado ou contaminado, não passível de separação

Fonte: Resolução CONAMA 275/01

Conceitos - 3 R’s: Reciclar - transformar materiais já usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos, exemplo: transformar embalagens PET em tecido de moletom; Reutilizar - reaproveitar o material em outra função, exemplo: usar os potes de vidro com tampa para guardar miudezas; Reduzir - evitar a produção de resíduos, com a revisão de seus hábitos de consumo, exemplo: preferir os produtos que tenham refil. - Lixo: é conceituado como as sobras ou restos, tudo o que não pode ser reaproveitado ou reciclado; - Resíduo: são materiais heterogêneos resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcial ou totalmente utilizados; - Coleta Seletiva: sistema de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados.


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3 MATERIAIS E MÉTODOS Para a elaboração do trabalho foi realizada uma coleta de dados por meio de pesquisa de conhecimento aplicada aos alunos das Instituições do Ensino Superior, IFSP campus São Roque, UNIP campus Alphavile e PUC campus Barueri. Nesta pesquisa os alunos preencheram um questionário informativo (APÊNDICE A), constando: idade, sexo, e demais questões referentes à Coleta Seletiva, Atitudes sustentáveis e assuntos ligados à educação ambiental em sala de aula.

3.1 Tipo de pesquisa A construção do presente artigo desenvolveu-se, através de levantamento bibliográfico, abrangendo os temas Instituições de Ensino Superior, Educação Ambiental, Sustentabilidade e consciência ecológica, abordando seus objetivos, peculiaridades e benefícios, sendo a seguir, apresentadas as análises conclusivas da pesquisa em gráficos.

3.2 Coleta dos dados Os questionários foram aplicados de forma aleatória entre três Instituições de Ensino Superior: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP) campus São Roque, Universidade Paulista (UNIP) campus Alphaville e Pontifícia Universidade Católica (PUC) campus Barueri, foi composto de 15 perguntas, subdivididas em três partes:

1) Perfil do entrevistado, contendo 04 perguntas; 2) Grau de conhecimento e de interesse contendo 09 perguntas;

relacionado aos temas ambientais,

3) Educação Ambiental tratado em sala de aula, contendo 02 perguntas.


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4 RESULTADOS

O trabalho realizado por meio de aplicação de 120 questionários de conhecimento permitiu avaliar o grau de envolvimento da população amostrada com as questões ambientais e a realidade da Educação Ambiental nas instituições escolhidas. Os resultados obtidos estão descritos de acordo com as perguntas realizadas e suas respostas nos momentos em que foram aplicados e serão apresentados a seguir.


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1 Onde reside atualmente?

A primeira questão era para não deixar dúvidas sobre o endereço domiciliar, em casos de morar longe das instituições e se instalarem em alojamentos ou repúblicas.

Em relação ao perfil dos entrevistados, há uma nítida variação, pois foram aplicadas em instituições e locais distintos com resultados dentro do esperado, as maiores locomoções são no máximo de 30 Km de suas residências. De 01 a 40 IFSP: residem em São Roque: cidades ao entorno:

60,00% 40,00%

De 41 a 80 PUC: residem em São Paulo residem em Itapevi residem em Carapicuíba

37,50% 12,50% 15,00%

De 81 a 120 UNIP: residem em Barueri residem em Carapicuíba residem em Osasco

30,00% 17,50% 17,50%


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2 Distribuição do gênero De acordo com as respostas em relação ao sexo dos entrevistados, prevaleceu o feminino em relação ao masculino e uma abstenção.

Sexo Masculino

Feminino

1%

Não respondeu

28%

71%

Nessa pesquisa foram entrevistadas 120 pessoas sendo 85 do sexo feminino, 34 do sexo masculino e uma pessoa não respondeu. Presume-se que essa disparidade seja em função da escolha dos cursos entre eles Administração, Nutrição e Licenciatura em Ciências Biológicas e também porque as mulheres foram mais receptivas na abordagem do questionário, porém esta proporção se adequa aos percentuais registrados em âmbito nacional, no qual os homens também se apresentam em minoria.


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3 Faixa etária Por outro lado conclui-se que a faixa etária predominante é logo após encerrar o ensino médio, entre 18 e 25 anos, que é uma realidade do Ensino Superior brasileiro com 56,66% do total de entrevistados conforme gráfico:

A grata surpresa foi divulgar que mesmo em menor escala, pessoas com mais de 40 anos frequentam o ensino superior e que nessa pesquisa correspondem a um pouco mais de 10% do total de entrevistados.


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4 Nível de escolaridade O nível de escolaridade corresponde a faixa etária destacada. Por outro lado conclui-se que a faixa etária de 26 a 29 anos corresponde a 20% dos entrevistados que possuem outra graduação. Este questionário foi aplicado somente no horário noturno que possui maior número de alunos matriculados e com a necessidade de trabalhar durante o dia.


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A seguir serão apresentados os resultados de perguntas específicas sobre os temas ambientais: 5 “Com relação à afirmação "O Meio Ambiente é tudo que existe", você:

Mesmo com a distinção entre os cursos a qual os alunos entrevistados frequentam a ampla maioria mostrou-se preocupada com os problemas ambientais e demonstraram interesse em aprofundar no assunto e discorrer sobre o tema.


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6 Como você considera o seu grau de interesse pelos assuntos relacionados ao Meio Ambiente?

A análise desse gráfico corresponde ao gráfico anterior que demonstra interesse pelos assuntos ambientais mas ainda sem explanar sobre a interferência humana, algumas pessoas ainda definiam meio ambiente como está citado por Reigota neste trabalho como aspectos da natureza, a fauna e a flora.


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7 Com relação à afirmação "Desequilíbrio ambiental é o resultado da ação humana no meio ambiente que provoca mudanças negativas no sistema ecológico", você:

A partir deste ítem começa a ficar mais claro a intervenção do homem sobre o meio ambiente e os impactos causados, seja sobre o risco de extinção de espécies animais e vegetais até os grandes desastres ambientais como derramamento de óleo no mar e mais recentemente o rompimento da barragem de Mariana em MG.


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8 Quanto ao grau de conhecimento e de interesse relacionado aos temas ambientais, as respostas foram similares, com destaque para a preocupação ambiental, conforme destaca os gráficos a seguir:

Obs. Respostas de múltiplas escolhas

Em relação à temática de relevância dos problemas ambientais, percebe-se que ocorre uma distribuição bastante equitativa entre estes, demonstrando que a população amostrada se importa com todos os aspectos críticos do meio ambiente com o homem. Destaca-se a ênfase para as questões de lixo no chão e desperdício de água, evidenciando a carência de saneamento no país e a falta de programas de coleta seletiva e campanhas para a redução de consumo de água.


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9 Você adota ações para proteger o meio ambiente no dia-a-dia ?

Esse gráfico evidencia que apesar da preocupação com os problemas ambientais de grandes proporções que são tratados na mídia em geral, quanto às ações individuais no cotidiano não acreditam que possam causar impactos maiores e responsabilizam as ações coletivas como será tratado nas respostas seguintes.


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10 Como você considera o seu uso de água em seu cotidiano?

Muitos entrevistados afirmaram que passaram a reduzir o tempo de banho e mudanças no hábito como a reutilização de água e o uso de vassouras após a séria crise hídrica que o país enfrentou recentemente, além da crise econômica que afeta diretamente o compromisso de pagamento de contas.


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11 Como considera o seu grau de conhecimento sobre os "3 R's - Reduzir, Reutilizar e Reciclar" ?

As respostas compiladas neste tema correspondem ao resultado geral da pesquisa, pois os alunos dos cursos específicos sobre questões ambientais conhecem plenamente o assunto enquanto os alunos de outros cursos conhecem parcialmente dando ênfase ao tema reciclagem como o visto no dia-a-dia, catadores de papelão, lata de alumínio e garrafas pet.


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12 Você já utilizou pontos de coleta seletiva ou postos de reciclagem em sua cidade?

As respostas foram bem equilibradas sobre o tema, pois muitos afirmam que sempre tiveram esse hábito, outros não sabem se a cidade possui postos de reciclagem pois não existe a coleta seletiva no município, conforme veremos no próximo ítem e outros que afirmam que nunca utilizou esse sistema.


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13 Você separa o lixo orgânico do reciclável em sua residência?

Para responder a essas duas últimas questões todos afirmaram que a Prefeitura não faz a coleta seletiva, pois mesmo o lixo separado é misturado quando recolhido. O que demonstrou uma certa sensação de impotência nas pessoas que afirmaram que os impostos recolhidos deveriam ser melhores empregados em coleta seletiva e cooperativa de catadores.


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14 Em sua opinião: A solução dos problemas ambientais depende mais:

Considerando o gráfico acima, notamos ser bastante promissor o resultado por ele apresentado. Em torno de 85% dos entrevistados consideram que a solução para os problemas ambientais dependem da ação humana, seja ela individual, em seu cotidiano, sejam as ações coletivas em seu município, escolas e das grandes empresas. Outros afirmam que a legislação deve mudar e a fiscalização ser mais rígida.


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15 EA tratado em sala de aula E quanto a abordagem da Educação Ambiental em sala de aula há um índice positivo com 53,33% dos entrevistados respondendo que são tratados em disciplina específica e 33,33% afirmando ser em todas as disciplinas, conforme destaca o gráfico a seguir:

Os assuntos ligados à educação ambiental são tratados em sala de aula com qual frequência ? 64

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14 1 Sempre são Estes assuntos são Raramente são Não sei ou não me tratados assuntos tratados somente tratados assuntos lembro sobre Educação em disciplinas sobre Educação Ambiental em todas específicas Ambiental as disciplinas

1 Não Respondeu

Este gráfico revela a deficiência da inclusão da EA no currículo escolar brasileiro. Segundo a Política Nacional de EA, esta deve estar inclusa em todas as dimensões, sendo abordada, dessa forma, em todas as disciplinas escolares A identificação de que 80% dos alunos mencionam a EA como parte apenas das geociências traduz a necessidade de aumentar a inclusão do tema nas demais disciplinas e na educação não-formal.


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5 CONCLUSÕES Os resultados apresentados nesta pesquisa confirmam a expectativa inicial por serem realizadas em Instituições distintas e com disciplinas específicas. As respostas atreladas ao Instituto Federal foram unânimes em relação ao questionário por serem aplicados a alunos dos cursos de Tecnologia em Gestão Ambiental e Licenciatura em Ciências Biológicas. As respostas que foram compiladas de acordo com as respostas dos alunos das Universidades Particulares PUC e UNIP foram similares, com um grau menor de envolvimento em questões ambientais. Os alunos foram escolhidos de forma aleatória para responder a pesquisa, com destaque para os cursos de Administração e Nutrição. Conclui-se através da pesquisa realizada que a maior parte dos entrevistados (cerca de 52,50%) concorda e acredita que o Meio Ambiente é realmente tudo que existe, onde 60% se interessa pelos assuntos abordados e reconhecem que atividades desempenhadas pelo ser humano são as principais provocadoras de mudanças negativas no sistema ecológico (54,17%). A análise dos gráficos evidencia que existem três grupos majoritários nas Universidades: os que associam corretamente meio ambiente com qualidade de vida, os que associam harmonia entre homem e natureza e os que o associam com a fauna e a flora. De acordo com os resultados, a Universidade deve ser a força motriz transformadora de jovens em cidadãos, papel bastante amplo e complexo, e deve ser ao mesmo tempo uma instituição de esclarecimento, de estímulo e debates, como realmente deve ser. Este resultado reforça o conceito de que a Universidade e a EA são cruciais para o correto tratamento e desenvolvimento da consciência ambiental nas pessoas. Como qualquer outra área do conhecimento, a EA apresenta lacunas e falhas. Possui orientações protocolares e por vezes apresenta uma preocupação sociomidiática, em vez de representar um campo consolidado no campo acadêmico. Por outro lado, representa a esperança de mudanças e a vontade de inserir a dimensão ambiental com pauta de uma nova revisão conceitual (GUTIERREZ, 2003).


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Compêndio sobre tratamento e disposição de resíduos sólidos. São Paulo. 2013. DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e prática. São Paulo: Gaia, 2004. FREITAS, Maria Isabel C. de; LOMBARDO, Magda A. Universidade e Comunidade na Gestão do Meio Ambiente. Rio Claro – SP, AGETEO, 2000. GRADVOHL, Albert. Fortaleza - 15 anos à procura da Coleta Seletiva de Lixo, Prograph, Fortaleza: 2010. HAMMES, V. S. (Ed.). Agir - percepção da gestão ambiental. São Paulo: Globo, 2004. v.5 280p. il. (Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável, v. 5). JACOBI, Pedro. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. In: Cadernos de Pesquisa - vol. 118-março 2003-Fundação Carlos Chagas. LEI COMPLEMENTAR Nº 39, de 8 de novembro de 2006. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-sao-roque-sp - Data de Publicação no Sistema Leis Municipais: 17/04/2007. Acesso em 27/11/2015. LEI Nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. McCORMICK, John. Rumo ao Paraíso: a história do movimento ambientalista, 1964. John McCormick; tradução de Marco Antonio Esteves da Rocha e Renato Aguiar - Rio de Janeiro: Relume-Durnarã, 1992. REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: editora e livraria brasiliense, 2009. RESOLUÇÃO CONAMA nº275, de 25 de abril de 2001. Publicada no DOU no 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80. RODRIGUES, C. R. B.; OLIVEIRA, I. L.; PILATTI, L. A. Abordagem dos resíduos sólidos de serviços de saúde na formação acadêmica em cursos da área da saúde. In: Congresso Internacional de Administração, Gestão Estratégica para o desenvolvimento sustentável, 17 a 21 de setembro, Ponta Grossa, 2007. SATO, Michele; CARVALHO, Isabel. Educação Ambiental – Pesquisa e Desafios. São Paulo: Artmed, 2005. TOZONI-RES, Marília de Freitas. Educação Ambiental – Natureza, Razão e História. Campinas: Autores associados, 2008.


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