STEPHANIE DA SILVA FIUZA, IRATÃ SOARES DE SANTANA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – CAMPUS SÃO ROQUE.

STEPHANIE DA SILVA FIUZA IRATÃ SOARES DE SANTANA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE RÉPTEIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CAMPUS SÃO ROQUE)

São Roque 2015


IRATÃ SOARES DE SANTANA STEPHANIE DA SILVA FIUZA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE RÉPTEIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CAMPUS SÃO ROQUE) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Ciências Biológicas, sob a orientação do Professor Doutor Márcio Pereira.

São Roque 2015


F565 FIUZA, Stephanie da Silva. Levantamento da fauna de répteis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus São Roque). / Stephanie da Silva, Iratã Soares de Santana. – 2015. 50 f.

Orientador: Prof. Dr. Márcio Pereira.

TCC (Graduação) apresentada ao curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de São Paulo – Campus São Roque, 2015.

1. Reptilia 2. Ectothermic 3. São Roque 4. IFSP I. FIUZA, Stephanie da Silva. II. Santana, Iratã Soares de. III. Título.

CDD: 574


IRATÃ SOARES DE SANTANA STEPHANIE DA SILVA FIUZA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE RÉPTEIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CAMPUS SÃO ROQUE). Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – Campus São Roque para a obtenção do título de Licenciados em Ciências Biológicas, sob a orientação do Prof. Dr. Márcio Pereira.

Aprovado em: ___/___/_____

Banca examinadora Prof. Dr. __________________

Instituição:__________________

Julgamento:_______________

Assinatura: _________________

Prof. Dr. __________________

Instituição:__________________

Julgamento:_______________

Assinatura: _________________

Prof. Dr. __________________

Instituição:__________________

Julgamento:_______________

Assinatura: _________________


Agradecemos a Deus, por nos manter firmes e com fé no caminho deste curso, aos nossos professores por toda a paciência e dedicação, aos nossos pais, pelos ensinamentos e apoio aos nossos sonhos e em especial para Rosilene Nogueira (in memorian) e Cleuza Alves (in memorian), por terem vivido grandes momentos ao nosso lado.


AGRADECIMENTOS Á Deus, por ter nos guiado e mantido perseverantes até o presente momento mesmo com as dificuldades enfrentadas durante a graduação e em nossa vida pessoal. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – Campus São Roque, ao corpo docente, direção, administração e funcionários de serviços gerais pela confiança, empenho e vivências compartilhados nestes anos. Aos nossos pais, pela educação em que nos criaram, por todo amor, dedicação, privações feitas para que não passássemos dificuldades, pelos sonhos que vivemos juntos, pelas metas criadas e por jamais desistirem de nós.

Também por nos formarem como pessoas e cidadãos pensantes,

permitindo que nosso amor pela natureza e busca do conhecimento não cessassem no primeiro desafio. Aos nossos professores, por compartilharem conhecimentos não somente para nossa profissão, mas na vida pessoal e pelas demonstrações de caráter, afetividade, experiências e por sempre acreditarem em nosso futuro. Temos orgulho em lembrar e dizer quem foram nossos mestres. Aos nossos familiares e amigos, que participaram de nossa formação, pelos conselhos dados, ombro amigo, sorrisos, que foram essenciais para continuarmos firmes com nossos desejos e para lutarmos por nosso objetivo. A todos que de alguma maneira presenciaram, apoiaram e nos incentivaram na construção deste trabalho e em nossa formação.


RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo o levantamento de répteis no IFSP – Campus São Roque, no período de Março a Outubro de 2015, visando assim que o máximo de espécies de répteis presentes no IF seja conhecido tanto pela comunidade local como pelos demais interessados. Foram utilizadas quatro estratégias principais:

Levantamento

bibliográfico

regional, armadilha

de

interceptação e queda, entrevistas feitas com funcionários do Campus e a busca ativa. Dentro da Classe Reptilia, a Ordem Squamata que abrange os lagartos, as serpentes e as anfisbenas, é a mais frequente entre levantamentos já feitos por pesquisadores de um modo geral. Os resultados parciais obtidos nesse trabalho também apontam predominância de indivíduos dessa ordem no Campus, como por exemplo, a cobra verde, a jararaca e o teiu. Esses animais são ectotérmicos, ou seja, dependem da temperatura ambiente para regularem sua temperatura corpórea, desta forma o metabolismo desses animais diminui durante

períodos

de

baixa

temperatura.

Os

avistamentos

reduzem

significativamente nesse período e as alterações do meio causadas com a intervenção do homem, potencializam o afastamento.

PALAVRAS-CHAVE: Reptilia, Ectotérmicos, São Roque, IFSP.


ABSTRACT

This study aimed to raising reptiles in IFSP - Campus San Roque, from March to October 2015, in order so as many species of reptiles present IF is known both by the local community and by other interested parties. Four main strategies were used: regional bibliographical survey, interception trap and fall, interviews with employees from the University and the active search. Within the class Reptilia, Squamata order covering lizards, snakes and amphisbaenians, is the most frequent among surveys already done by researchers in general. The partial results of this work also point prevalence of individuals that order on campus, such as the green snake, the pit viper and the Teiu. These animals are ectotherm, ie dependent on the ambient temperature to regulate their body temperature, so the metabolism of these animals decreases during periods of low temperature. The sightings significantly reduce that time and the changes of the environment caused by human intervention, leverage clearance . KEYWORDS: Reptilia, ectothermic, San Roque, IFSP.


Sumário

1 Introdução

10

2 Materiais e Métodos

12

2.1 Descrição de Área

12

2.2 Metodologia de coleta

14

2.2.1 Levantamento bibliográfico regional

14

2.2.2 Entrevista

14

2.2.3 Armadilha de Intercepção e queda

14

2.2.4 Busca ativa

16

3 Resultados e Discussão

16

4 Considerações finais

29

5 Referências

30

6 Apêndices

34

Apêndice A: Guia de campo para identificação de serpentes e lagartos ocorrentes no IFSP – Campus São Roque

34

Apêndice B: Questionário Qualitativo e Quantitativo no IFSP – Campus São Roque 50


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1

Visualização aérea do IFSP – Campus São Roque

13

Figura 2

Aspecto da armadilha de interceptação e queda

15

Figura 3

Esquema de montagem de armadilhas de interceptação e queda 15

Figura 4

Espécies e número de visualizações

18

Figura 5

Phylodrias patagonienses

22

Figura 6

Liophis typhlus

22

Figura 7

Hydromedusa tectifera em vista ventral

23

Figura 8

Hydromedusa tectifera em vista dorsal

23

Figura 9

Anisolepis grilli

24

Figura 10 Tropidurus SP

24

Figura 11 Bothrops jararaca

25

Figura 12 Quantidade de avistamentos por localização

27

Figura 13 Locais dos avistamentos

28


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 PerĂ­odo do dia x Animais avistados

28


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1. INTRODUÇÃO

Os répteis foram os primeiros a conquistar a vida fora da água, dominando o planeta no período Jurássico há mais de 300 milhões de anos. São animais ectotérmicos, ou seja, não são capazes de gerar seu próprio calor corpóreo, dependendo assim da temperatura ambiente. Por isso é comum observá-los expostos ao sol (FREITAS, 2006). Estes animais possuem o corpo revestido por placa óssea, carapaça ou escamas, sendo que são ainda cobertos pelo extrato córneo que, como parte de sua composição, encontra-se queratina. Esta camada mais externa não se mantém até o fim da vida, pois necessita de manutenções, ou seja, é trocada constantemente devido ao crescimento do animal. Uma das ações dessa camada mais externa é proteger o organismo da perda excessiva de água, desta forma o corpo dos répteis não necessita integralmente da umidade como na classe Amphibia. Existem no mundo cerca de 9.547 espécies de répteis, distribuídos da seguinte forma: 5.634 espécies de lagartos, 3.378 espécies de serpentes, 181 espécies de anfisbenas, 327 espécies de quelônios, 25 espécies de crocodilianos e 2 espécies de tuatara. O Brasil conta atualmente com 744 espécies de répteis subdivididas em: 36 quelônios, 6 jacarés, 248 lagartos, 68 anfisbenas e 386 serpentes (BÉRNILS; COSTA, 2012). Os répteis são predadores de muitos animais e desta forma, atuam controlando diversas populações no habitat em que vivem. Assim, como em outras classes, os ovos e jovens fazem parte da dieta alimentar de outros animais. Dentre seus predadores destacam-se os répteis, aves, mamíferos, entre outros. Nos ecossistemas existentes, há a necessidade de equilíbrio e interação entre os seres vivos para a manutenção da vida. Assim os répteis são fundamentais no nicho em que vivem. Além da importância ecológica, algumas características dos répteis são importantes para os seres humanos. A composição do veneno produzido por algumas espécies é utilizada como fonte de matéria prima para a indústria farmacêutica. A carne de jacarés, lagartos e até serpentes pode ser consumida como fonte de proteína. Além disso, o couro dos crocodilianos e serpentes foi e ainda é utilizado como matéria de artigos do vestuário. O intenso uso desses


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animais já causou grandes matanças e ainda hoje os répteis sofrem principalmente em função da falta de conhecimento da população em geral. No Estado de São Paulo, os dados geográficos e de riqueza/abundância da herpetofauna são confusos e ainda possuem lacunas. Num levantamento recente, apontou-se que no estado de São Paulo temos cerca de 200 espécies de répteis (ZAHER et al., 2011). Como os répteis não regulam a temperatura corporal, mudanças climáticas abruptas e radicais são nocivas a eles, pois são muito sensíveis a essas alterações. Por serem animais que dependem temperatura do ambiente para equilibrarem a temperatura corporal, necessitam manterem-se parados para absorver mais calor, tornando-os sensíveis as perturbações no habitat em que vivem. Desta maneira, se tornam termômetros da qualidade ambiental, pois são considerados bioindicadores, sendo fortemente afetados pelas ações antrópicas. As áreas onde esses animais podem viver tornam-se cada vez menores e mais alteradas a cada dia que passa, principalmente em estados altamente urbanizados como São Paulo. De um total de 80% do território do estado coberto por vegetação nativa no passado, hoje se têm menos de 13% dessas formações como remanescentes (KRONKA et al., 2003). A cobertura de Mata Atlântica do estado foi também significativamente reduzida a partir de um longo processo de exploração e degradação que resultou na redução para apenas 11 a 16% de sua cobertura original em todo o país (RIBEIRO et al., 2009). A acelerada taxa de conversão das áreas naturais em pastagens e monoculturas bem como o alto grau de fragmentação dos remanescentes naturais do estado representam os dois principais problemas enfrentados no esforço pela conservação das áreas naturais. A diversidade biológica nesses locais está ligada ao tamanho e formato do fragmento (PRIMACK e RODRIGUES, 2001), mas também está fortemente relacionada à diversidade de condições locais e ao histórico de perturbação da área (PARKER & PICKET, 1999). Em uma paisagem fragmentada, as mudanças na estrutura da vegetação podem afetar a abundância de vertebrados. Entretanto a conservação e o manejo de espécies em ambientes alterados pelo ser humano


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dependem do conhecimento da sua composição taxonômica, biologia, distribuição geográfica e interações ecológicas. Apesar da grande importância ecológica dos répteis, ainda não foi feito nenhum trabalho específico que trata a respeito de herpetofauna em São Roque e cercanias. Assim, o presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento da herpetofauna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo - IFSP (Campus São Roque) uma vez que o conhecimento da fauna de uma região é indispensável para o estudo de aspectos estruturais e funcionais de suas comunidades, bem como das relações entre os animais das diversas cadeias tróficas, para servir de base e referência para futuros estudos mais aprofundados sobre o assunto.

2. MATERIAIS E MÉTODOS:

2.1 DESCRIÇÃO DA AREA: O trabalho de pesquisa foi desenvolvido no Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IFSP), com coordenadas geográficas 23°33’16’’ Sul e 47°08’59’’ Oeste, área de 35.865 m2, localizado em São Roque, estado de São Paulo, Brasil (Figura 1). O uso atual da área é destinado à educação de nível técnico e superior.


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Figura 1: Visualização aérea do IFSP – Campus São Roque. Fonte: Google Earth 2012.

A área do Campus local foi usada no passado por muito tempo como olaria. Com o fim deste tipo de atividade, ocorreu a demolição das construções existentes, movimentações do solo e aterramentos com entulhos, dando uma característica de solo compactado e encharcado devido à proximidade de corpos d’água e nascentes. A vegetação que circula o Campus é típica de Mata Atlântica de Altitude, com áreas degradadas em focos de vegetação exótica introduzidas no meio. O clima de São Roque é o subtropical Cwa, segundo a classificação climática de Köppen. A cidade apresenta um período frio e seco que vai de abril a setembro e um período quente e úmido que vai de outubro a março. A média no mês mais quente, fevereiro, é de 23,1°C e média no mês mais frio, julho, é de 15,5. A média de precipitação anual é de 1352 mm (PEREIRA, VOLONNINO & SIMÕES, 2014).


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2.2 Metodologia de coleta Segundo Ryan et al. (2002), é necessária a utilização de

técnicas de

amostragem combinadas para aumentar a probabilidade de detecção das espécies quando se realiza um inventário de comunidades de anfíbios e répteis. As metodologias utilizadas durante a pesquisa foram: 2.2.1 Levantamento

bibliográfico

regional:

Permite

obter

informações sobre espécies com potencial de ocorrência para o local a ser pesquisado. Consiste em uma pesquisa baseada em dados secundários regionais, neste caso nas cidades de Tapiraí e Piedade, sobre o grupo a ser pesquisado.   2.2.2 Entrevista: Técnica de consulta proposta de uma série de perguntas aplicadas aos profissionais que trabalham no Campus São Roque - SP (vigias, jardineiros, técnicos de manutenção, etc.) e moradores que residem no entorno da área de estudo. Nessa situação  o pesquisador tenta conhecer relatos da ocorrência de espécies de répteis.  Para auxiliar os entrevistados foram utilizados guias de campo, fotografias, gravações e todo tipo de material que auxilie na identificação das espécies.   2.2.3 Armadilhas de Interceptação e Queda:  Este método consiste na colocação de baldes plásticos de 18 litros, com espaçamento de 3 a 5 metros, em linha reta em formato de Y, interligados por cerca-guia (tela de meta) 50cm de altura e enterrada a 10cm no solo, mantida em posição vertical por estacas de madeira. Assim, ao deparar-se com a cerca-guia, os animais geralmente a acompanham a mesma, até eventualmente caírem em algum recipiente. É importante a colocação de pedaços de Isopor dentro dos baldes com o objetivo para evitar a morte dos mesmos, em períodos de chuva. O Isopor sustenta os animais, caso o balde encha em função da precipitação.  As coletas foram feitas durante 10 dias seguidos em cada mês (de março a outubro de 2015).  As armadilhas foram vistoriadas todas as manhãs durante o período de coleta e os animais capturados fotografados e identificados com auxílio de guias de campo. Em seguida os espécimes libertados na natureza.


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Figura 2: Aspecto da armadilha de interceptação e queda. No detalhe pode ser visto um balde enterrado no solo. Disponível

em:

<http://www.wtamu.edu/~rmatlack/Mammalogy/pitfall_traps.htm>

Acesso:

Abril/2015.

Figura 3: Esquema de montagem de armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps).

Retirado de: RECORDER, R. S. et al., Répteis da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, Brasil Central. Biota Neotrop., Campinas, v. 11, n. 1, p. 263-281, Mar. 2011. Disponível

em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-

06032011000100026&lng=nrm=iso>. Acesso: Abril/2015.


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2.2.4 Método de busca ativa:  Consiste na procura de exemplares, a cada quinze dias,  nos períodos diurno e vespertino por aproximadamente 180 min/coletor/dia.  A busca foi realizada em prováveis áreas de ocorrência, como, por exemplo, próximos a corpos d’água, em campos rupestres e em áreas de mata no entorno do Campus  São Roque. Os animais encontrados foram fotografados e liberados na natureza.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Cechin e Martins (2000), quando montadas e distribuídas de maneira adequada, armadilhas de interceptação e queda são extremamente eficientes em amostragens de anfíbios e répteis, especialmente anuros e lagartos. Entretanto, no presente estudo, apesar de serem vistoriadas por três vezes na semana por durante três meses seguidos, esse tipo de armadilha não foi efetiva e nenhum réptil foi capturado no período do estudo. Na região dos trópicos, nas estações quentes e úmidas do ano, a atividade dos répteis aumenta muito, uma vez que o metabolismo desses animais e a disponibilidade de alimentos crescem com a temperatura mais alta e o início da estação chuvosa (POUGH et al., 2008). Em São Roque esse período ocorre de outubro a março. O fato de essas armadilhas terem sido instaladas em abril, no início da estação fria e seca, pode ter prejudicado a efetividade das mesmas, uma vez que a atividade dos répteis diminui muito nesse período. Outro fato que pode ter contribuído para o fracasso dessa técnica é a concentração das armadilhas em uma área pequena. Ainda segundo Cechin e Martins (2000), em locais alagados, o uso das armadilhas de interceptação e queda torna-se inviável. O Campus do IFSP em São Roque apresenta uma área pequena, e dos poucos locais onde animais silvestres podem circular e caírem nas armadilhas, em sua maioria é de solo alagado. Dessa forma, a área em que as armadilhas puderam ser instaladas era pequena e insuficiente para a realização das coletas. As informações obtidas no trabalho de Condez et al. (2009) para região de Tapiraí e Piedade (SP) foram utilizadas na criação de um catálogo (Apêndice A),


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utilizado especificamente na questão 9 do questionário (Apêndice B), auxiliando na observação e identificação de espécies pelos entrevistados. As entrevistas representaram uma importante ferramenta para obtenção de dados, uma vez que foram feitas com funcionários que trabalham em diferentes turnos e setores. Estas pessoas foram de extrema importância para o trabalho, uma vez que permitiu obter relatos de diferentes avistamentos ao longo de toda área do Instituto e em diferentes períodos do dia, fornecendo dados importantes para a construção do trabalho, mesmo que considerados empíricos. No questionário (Apêndice B) aplicado aos entrevistados, não haviam questões direcionadas a repteis. Essa estratégia teve como objetivo não convergir às respostas e explorar o conhecimento dos funcionários quanto à fauna de vertebrados que circulam pelo Campus. Foi interessante constatar que os animais da área despertam grande interesse das pessoas que trabalham no instituto e poderia ser mais explorado em futuras pesquisas. Mesmo não sendo dirigidas, as questões foram norteadoras para a qualificação de algumas espécies e a frequência de avistamentos no Outono, primeiro semestre de 2015, período em que foram aplicados os questionários. Dessa forma, os dados da pesquisa foram obtidos principalmente usandose as técnicas de busca ativa e entrevista. Foram registrados no Campus oito espécies de serpentes distribuídas em três famílias (Colubridae, Dipsadidae e Viperidae), três espécies de lagarto (famílias Teiidae, Leiosauridae, Tropiduridae) e uma espécie de quelônio (família Chelidae) (Figura 4).


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6 5 4 3 2 1 0

Figura 4: Espécies e número de visualizações de cada uma delas, utilizando a técnica de consulta aos profissionais que trabalham no Campus São Roque - SP e de busca ativa.

Como já dito anteriormente, a área do Campus do IFSP – São Roque passou por décadas de alterações causadas pela intervenção humana. O ambiente encontra-se hoje extremamente modificado pela ação antrópica, além de apresentar constante movimentação de pessoas, veículos e a construção da quadra poliesportiva. Tudo isso pode prejudicar o desenvolvimento e manutenção da fauna de répteis no local, assim como a de outros animais. Como observado nos resultados, a grande maioria das espécies relatadas nesse trabalho são predadoras e necessitam viver em locais com uma razoável oferta de presas, nota-se que mesmo com estas características, estes podem ser encontrados na área estudada. A intensa presença humana na área poderia dificultar esse equilíbrio dinâmico do ambiente. Entretanto a área é cercada por fragmentos de vegetação típica de Mata Atlântica de Altitude, com áreas degradadas em focos de vegetação exótica introduzidas no meio. As áreas alagadas do entorno também podem fornecer abundância de recursos alimentares como peixes, insetos, invertebrados, etc. Isso permite que uma pequena comunidade de répteis possa se estabelecer no Campus e cercanias. A importância da vegetação estabelecida no Campus e das áreas alagadas do entorno para a manutenção da fauna de répteis no local, pode ser comprovada


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quando nos atentamos para as características das espécies avistadas durante o presente estudo, sendo em sua maioria generalistas e com hábitos apropriados para a atual composição deste ambiente. Para facilitar essa análise, a seguir apresenta-se uma lista dos répteis visualizados ou relatados pelos entrevistados, com uma breve descrição sobre sua distribuição e sua história natural.

Ordem Lacertidia Família Teiidae Tupinambis merianae, conhecido como Teiú, é uma espécie de grande porte, hábito terrícola e diurno. Possui dieta generalista e apresenta distribuição geográfica ampla, ocorrendo em fisionomias florestais e abertas na Mata Atlântica e sua interface com outros biomas (CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009).

Familia Leiosauridae Anisolepis grilli, conhecido como lagartinho, é uma espécie arborícola que se alimenta de insetos e ocorre em matas subtropicais (SCHOSSLER & MACHADO, 2008).

Familia Tropiduridae O gênero Tropidurus (Tropiduridae) consiste em lagartos que apreciam o sol, abundantes nos locais de ocorrência (SIQUEIRA, 2005). As espécies predadoras são generalistas, onde sua dieta é composta predominantemente por invertebrados, embora ocorra também eventual consumo de vertebrados (KIEFER & SAZIMA, 2002; DIAS & ROCHA, 2004) e material vegetal (FIALHO et al., 2000).

Ordem Serpentes Família Colubridae     Clelia plumbea, conhecida como coral falsa, é uma espécie com atividade principalmente noturna e hábitos terrícolas. A alimentação desta espécie é constituída por serpentes e mamíferos, com ampla distribuição geográfica no país (CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009).


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Liophis miliaris, conhecida como cobra d’água, é uma espécie de hábito semi-aquático e apresenta atividade predominantemente diurna, com a dieta generalista. No Brasil ocorre em mais de um bioma, ao longo da Mata Atlântica da costa brasileira e também em formações mais abertas do interior do país (CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Liophis typhlus, conhecida como cobra verde, é uma espécie com hábitos terrícolas e possui dieta baseada em anfíbios anuros. Apresenta distribuição geográfica ampla na Mata Atlântica na região sudeste do Brasil (SILVA, 2007; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Oxyrhopus clathratus, conhecida como jararaquinha, é uma espécie de hábitos terrícolas, ativa durante a noite. A dieta é carnívora e sua distribuição geográfica é ampla na Mata Atlântica (MARQUES, 1998; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Oxyrhopus guibei, conhecido como coral falsa é uma serpente terrícola, com atividade predominantemente crepuscular e com dieta é carnívora. É uma espécie que ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado (MARQUES, 1998; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Philodryas olfersii, conhecida como cobra verde, é uma espécie diurna, com hábito terrícola e arborícola. Com dieta é generalista e sua distribuição geográfica em mais de um bioma brasileiro (BORGES-MARTINS et al, 2007; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Philodryas patagoniensis, conhecido como parelheira, é uma espécie diurna de hábitos terrestres e possui dieta generalista. Apresenta distribuição geográfica em mais de um bioma brasileiro (BORGES-MARTINS et al, 2007; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Família Viperidae  Bothrops jararaca, conhecida como jararaca, é uma espécie de hábito semiarborícola, pode ser encontrado durante todo o dia e é abundante em áreas de Mata Atlântica. Quando filhote,  consome principalmente quilópodes, anfíbios e lagartos, e quando adultos principalmente roedores e eventualmente aves. Espécie peçonhenta é responsável por grande parte dos acidentes ofídicos na


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região sudeste do Brasil (MARQUES et al., 2001;BORGES-MARTINS et al, 2007; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Ordem Testudines  Família Chelidae  Hydromedusa tectifera, conhecido como cágado pescoço de cobra, possui hábito aquático e costuma se enterrar na lama de banhados durante as épocas mais

secas,

ressurgindo

na

primavera. Possui

dieta

generalista

e

é encontrado em formações de Mata Atlântica e Cerrado (CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009).

A técnica de busca ativa ocorreu com maior frequência no período diurno e vespertino, levando em consideração o recurso disponível para alimentação e termorregulação dos répteis, pois neste período costumam ir a ambientes mais quentes

e

úmidos

para

regularem

a

temperatura

corporal.

Porém,

a

movimentação que existe no Campus e a construção a quadra poliesportiva acaba por assustar ou mesmo impossibilitar a aproximação desses animais. Devido a essas características, a quantidade de animais da Classe estudada, foi considerada satisfatória e relevante para o tamanho da área estudada. Muitas espécies também foram avistadas e fotografadas por alunos de graduação do curso de licenciatura em Biologia e colaboradores do Laboratório de Zoologia do IFSP - Campus São Roque, auxiliando assim a composição do catálogo e amostragem das espécies. Esses indivíduos pertencem às seguintes espécies: Phylodrias patagonienses (Figura 5), Liophis typhlus (Figura 6), Hydromedusa tectifera (Figuras 7 e 8), Anisolepis grilli (Figura 9), Tropidurus sp. (Figura 10), Bothrops jararaca (Figura 11).


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Figura 5: Phylodrias patagonienses Foto: Stephanie Fiuza

Figura 6: Liophis typhlus Foto Mรกrcio Pereira


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Figura 7: Hydromedusa tectifera em vista ventral. Foto: Mรกrcio Pereira

Figura 8: Hydromedusa tectifera em vista dorsal Foto: Mรกrcio Pereira


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Figura 9: Anisolepis grilli. Foto: Iratรฃ Soares

Figura 10: Tropidurus sp. Foto: Mรกrcio Pereira


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Figura 11: Bothrops jararaca. Foto: Márcio Pereira

Como relatado anteriormente, o amplo desmatamento sofrido pelo estado no século passado eliminou importantes áreas florestais. As poucas áreas que restaram já pouco expressivas espacialmente quando intactas, praticamente desapareceram com o avanço da agricultura, passando assim, a fazer parte de um mosaico de ambientes modificados pelo homem e descaracterizados. Com a atual configuração desses ambientes, muitas espécies podem ser extintas. Segundo Martins & Molina (2008) espécies que ocorreram em áreas tropicais e neotropicais sofrem declínios populacionais, uma vez que as alterações antropogênicas e a perda de habitats decorrentes da fragmentação de áreas tornam-se um fator de ameaça às comunidades de répteis e demais comunidades. Em geral, espécies do nicho generalista, ou seja, que conseguem sobreviver com um espectro maior de características de um ambiente, sofrem menos com essas alterações. Da mesma maneira pode-se inferir que espécies especialistas sofrem mais com os impactos gerados, seja ele natural ou antrópico, por dependerem de características mais específicas.


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Mesmo sendo um local altamente modificado pela ação humana, a área do campus e seu entorno é de grande importância, pois apresentam diferentes espécies arbóreas que oferecem alimento e abrigo, tanto para as espécies répteis como espécies de anfíbios, aves, mamíferos e invertebrados que ocorrem no Município de São Roque (SP). As espécies do presente levantamento faunístico no IFSP Campus São Roque, estão registradas na lista de ameaça do Estado de São Paulo como não ameaçadas. A diversidade de répteis encontrada na área estudada demonstra o importante papel ecológico exercido por eles nesse ambiente, indicando as complexas relações estabelecidas e a importância dessas espécies para a sobrevivência de outras, como exemplo a relação de teia alimentar. Mediante esta constatação, os dados permitiram conhecer melhor a área estudada, para assim sugerir planos de conservação e manejo, além de conscientizar as pessoas sobre a presença e importância ecológica desses animais no Campus e no ambiente. Entretanto a distribuição de avistamento (Figuras 12 e 13) e o período do dia em que alguns répteis foram encontrados no Campus (Tabela 1) preocupam bastante. Como já citado, Bothrops jararaca é uma espécie peçonhenta e responsável por grande parte dos acidentes ofídicos na região sudeste do Brasil (MARQUES et al., 2001;Borges-Martins et al, 2007; CONDEZ; SAWAYA; DIXO, 2009). Indivíduos dessa espécie foram encontrados tanto de manhã, como a noite em locais onde há transito de pessoas (pátio, casas de vegetação e laboratórios). Quanto à sazonalidade e momentos que se deve ter mais atenção com esses animais, são meses de outubro e março. Esses meses apresentam maior pluviosidade e temperatura, bem como de maior atividade agropecuária na região. Sabe-se que existe uma relação entre o período chuvoso e o aumento dos animais predadores, uma vez que é nesse período que há também uma grande proliferação de insetos e outros animais que servem de alimento para aranhas e escorpiões. Há também uma relação direta do aumento de acidentes ofídicos com a época destinada ao plantio, tratos culturais e colheita da safra agrícola. Nesta época, há aumento da vegetação no campo, maior movimento de trabalhadores rurais e também de serpentes (FEITOSA, et al., 1997; PINHO et al., 2004).


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Dessa forma, é importante orientar estudantes e funcionários do Campus sobre os períodos em que a jararaca pode representar um potencial perigo às pessoas. Palestras podem ser realizadas com o objetivo de conscientizar sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes com esses animais e também sobre a importância deles para o ambiente. Assim como, exposição de cartazes e fotos com informações de como agir caso ocorra algum acidente.

6 5 4 3 2 1 0 Rampa ou proximidades

Pátio

Casas de vegetação ou proximidades

Figura 12: Quantidade de avistamentos por localização.

Arboredo ou proximidades


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Figura 13 – Locais dos avistamentos. (A) Casas de vegetação. (B) Pátio. (C) Arboredo. (D) Rampa. Fonte: Google Earth 2015.

Tabela 1: Período do dia x Animais avistados

Período do Dia

Animais avistados

Manhã

Serpente, lagarto

Tarde

Lagarto, serpente/cobra.

Noite

Serpente


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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio do presente trabalho, notou-se que há uma biodiversidade considerável de repteis mesmo com as alterações feitas nos arredores e no próprio Campus de São Roque devido à vegetação encontrada e oferta de alimento disponível, uma vez que as espécies encontradas possuem nichos generalistas. Porém, com o fluxo de pessoas e veículos cada vez maiores, espécies podem ter se distanciado do espaço. Para que a instalação das armadilhas trouxesse dados mais concretos, elas deveriam estar dispostas em grandes áreas e no Campus isso não foi possível em virtude do frequente alagamento da área e a antroponização crescente. Apesar do enfoque do trabalho ser os répteis, percebeu-se que muitos outros tipos de animais podem ser encontrados no Campus. Essa diversidade é essencial para a dinâmica das populações e para o equilíbrio do ambiente . Tendo em vista a importância dessa fauna, é fundamental existirem intervenções que visem à sobrevivência, o conhecimento, conscientização e proteção desses animais de forma prioritária, já que estão presentes com certa frequência na área.


30

5. REFERÊNCIAS

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6. APÊNDICES APÊNDICE A - GUIA DE CAMPO PARA IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES E LAGARTOS OCORRENTES NO IFSP – CAMPUS SÃO ROQUE (SÃO PAULO)

Ordem Squamata Subordem Serpentes Família Colubridae

Nome científico: Philodryas olfersii Nome popular: Cobra verde

Imagem 1 Foto: Márcio Borges-Martins. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/herpetologia/R%C3%A9pteis/Philodryas%20olfersii.htm> Acesso: Abril/2015.


35

Nome cientĂ­fico: Liophis typhlus Nome popular: Cobra verde

Imagem 2

Foto: Geiser Trivelato. DisponĂ­vel em: <http://geisertrivelato.webs.com/apps/photos/photo?photoid=148247190> Acesso: Abril/2015.


36

Nome cientĂ­fico: Tomodon dorsatus Nome popular: Corre campo

Imagem 3

DisponĂ­vel em: <http://www.fotolog.com/jackiechan/20208401/> Acesso: Abril/2015.


37

Nome científico: Liophis miliaris Nome popular: Cobra d´água

Imagem 4

Foto: Edson Silva. Disponível em: <http://www.bioventura.com.br/cobradagua.html> Acesso: Abril/2015.


38

Nome científico: Clelia plumbea Nome popular: Coral falsa

Imagem 5

Foto: Otávio Marques. Disponível em: <http://www.zoopets.com.br/serpentes/peleserpentes-camaleao-iguanaiguanaverde-comprar-venda-zoopets.htm> Acesso: Abril/2015.


39

Nome cientĂ­fico: Oxyrhopus clathratus Nome popular: Coral falsa, Jararaquinha ou dormideira.

Imagem 6

Foto: Moacir Teodoro. DisponĂ­vel em: <http://ongreenbr.blogspot.com.br/2011/05/cafe-da-manha-com-fruta-doconde.html> Acesso: Abril/2015.


40

Nome científico: Oxyrhopus guibei* Nome popular: Coral falsa

Imagem 7 *Atualmente colocam esta espécie na Família Dipsadidae, uma subdivisão da Família Colubridae.

Foto: Pedro H. Martins. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/pedrohmartins/10011190813/> Acesso: Abril/2015.


41

Nome cientĂ­fico: Spilotes pullatus Nome popular: Caninana

Imagem 8

DisponĂ­vel em: <http://christiancamargo.com.br/fauna/Caninana%20(Spilotes%20pullatus)/album/#slides/Caninan a (Spilotes pullatus)-1.jpg> Acesso: Abril/2015.


42

Nome científico: Philodryas patagoniensis Nome popular: Não encontrado

Imagem 9

Disponível Abril/2015.

em:

<http://www.venomland.org/t6538-philodryas-patagoniensis>

Acesso

em:


43

Família Viperidae

Nome científico: Crotalus durissus Nome popular: Cascavel

Imagem 10

Foto: Pedro H. Martins. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/phm22/6801797795> Acesso: Abril/2015.


44

Nome científico: Bothrops jararaca Nome popular: Jararaca

Imagem 11

Foto: Dario Lins. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/dariolins/5677874034/> Acesso: Abril/2015.


45

Família Boidae

Nome científico: Boa constrictor amaralis Nome popular: Jiboia

Imagem 12

Disponível em: <http://www.ivb.rj.gov.br/cobras_nao_venenosas.html> Acesso: Abril/2015.


46

Subordem Amphisbaenia

Nome cientĂ­fico: Amphisbaena alba Nome popular: Cobra cega

Imagem 13

Foto: Leandro O. Drummond. DisponĂ­vel Abril/2015.

em:

<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/muitos-nomes-uma-so-especie/>

Acesso:


47

Subordem Sauria

Nome científico: Tupinambis merianae Nome popular: Teiú

Imagem 14

Fonte: Planeta Selvagem. Disponível em: <http://www.planetaselvagem.com.br/v1/curiosidade/2010/05/o-que-e-umtupinambis-merianae.php> Acesso: Abril/2015.


48

Nome cientĂ­fico: Ameiva ameiva Nome popular: Bico doce

Imagem 15

Foto: Fagner Delfim. DisponĂ­vel em: <https://www.flickr.com/photos/fagnerdelfim/4987254154/> Acesso: Abril/2015.


49

Nome científico: Mabuya macularia Nome popular: Não encontrado

Imagem 16

Foto: J. M. Garg. Disponível

em:

<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bronze_Grass_Skink_(Mabuya_macularia)_W_IMG_9977 .jpg> Acesso: Abril/2015.


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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO QUALITATIVO E QUANTITATIVO NO IFSP CAMPUS SÃO ROQUE

Nome:

Idade:

Período de trabalho:

Função:

1. Você já visualizou algum animal no IF? Se sim, qual era? 2. Notou algum vestígio/evidência (pegada, fezes, rastejar, etc)? 3. Em que área do Campus visualizou este animal? 4. Em qual período do dia? 5. Era um mamífero? Ave? Réptil? 6. Mostrou-se calmo ou agitado? 7. Qual era seu porte: Pequeno, Médio ou Grande? 8. Quais as características marcantes? Estava em grupo ou sozinho? 9. Desses animais, qual já viu com certeza aqui no IF? 10. Relate um pouco sobre os diferentes animais, seus hábitos, características, etc. Agradecemos a participação. Alunos: Iratã e Stephanie Fiuza Prof. Dr. Márcio Pereira


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