II Reabilitação arquitectónica e urbana

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universidade lusĂ­ada

2002.2003


volume II


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cri t éri os d e i n t e r venção

Com a necessidade de reabilitar e recuperar o edifício em estudo, questiona-se qual a melhor forma de o fazer sem que se esgote toda a sua capacidade regenerativa. A hipótese mais imediata foi o recurso a estruturas efémeras; facilmente reversíveis. No entanto, numa construção a marcação dos diferentes momentos, erudita ou não, é normalmente legível. E se um edifício tem uma história para contar, não pode ser silenciada ou dissimulada! Então: - Porquê usar, na totalidade, uma estrutura efémera que, a qualquer momento e sem dificuldade, é passível de ser desmontada, apagando um testemunho? - Será que uma estrutura pré-existente não suporta um convívio com outra recente e igualmente perene?

Perante estas dúvidas, a postura sobre esta intervenção alterouse. Pretende-se pontuar a actualidade no edifício não caracterizado por uma unidade, de uma forma discreta, sem nunca comprometer a sua autenticidade. - Será que não é válido pensar numa recuperação desta recuperação? parafraseando Fernando Távora: “Nós hoje fazemos o património de amanhã.” 102


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conceito O ponto de partida para o desenvolvimento do programa do edifício das antigas “metalíneas”, foi a intenção de lhe conferir um carácter público, de articulação com as funções atribuídas às estruturas já existentes, propostas na estratégia de intervenção. No entanto, não se pretende que desta articulação nasça uma dependência, ou seja, procura-se sempre que o edifício mantenha, também na sua actividade, a identidade e vivência próprias. Esta situação confere um sentido adicional a um funcionamento tanto diurno como nocturno, à semana ou ao fim de semana, tornando-se num espaço direccionado para um público mais alargado do que aquele que está fisicamente mais próximo do local. Tendo em conta a dimensão da estrutura a ser recuperada, assim como as diferentes funções que, ao longo dos tempos, e muitas vezes simultaneamente, ali tiveram lugar, pensa-se que talvez seja válido atribuir vários usos que se complementem entre si, podendo estes funcionar independentes ou agregados. Esta possibilidade de continuidade/ descontinuidade confere flexibilidade na apropriação do espaço. Para além disto, a concepção da obra pode sair facilitada, uma vez que um estaleiro para uma intervenção faseada implica uma mobilização de meios

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conceito mais reduzida; por outro lado, permite ir rentabilizando o investimento através da abertura parcial do edifício. A busca do programa teve sempre como preocupação a adaptação à estrutura hoje existente, com o objectivo de não introduzir tensão entre o existente e o proposto, nem adulterar a individualidade do espaço.

Com estas premissas, e tendo em conta as vivências românticas e artísticas que durante muito tempo caracterizaram as “Águas Férreas” e o facto de ao edifício sempre ter estado associado o tema “produção”, pensa-se ali desenvolver um espaço destinado à criação e divulgação artística diversa com sala para conferências, ateliers individuais e colectivos, oficina, galeria… Esta ideia foi posteriormente reforçada com um novo dado acerca da “Casa da Pedra”, em vias de classificação pelo IPPAR, que informa: “…o fundamento em causa poderá ter sido o facto de tal imóvel ser uma simples mas bonita casa barroca e de na mesma ter residido o historiador Oliveira Martins. A “Casa da Pedra” foi também local de encontro da denominada “Geração de 70”, nela tendo-se reunido personalidades como

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conceito Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e Rodrigues de Freitas.”

Quando se iniciou a elaboração efectiva do programa com base no já referido, houve uma atitude selectiva: primeiramente pensou-se num espaço continente de uma multiplicidade de artes (pintura, escultura, fotografia e design) e que, posteriormente fosse palco da divulgação, em conferências e exposições, do trabalho ali efectuado, quer pelos artistas quer pelos alunos, nos workshops; depois que tipo de relação entre si é que teriam estes artistas e quantos seriam e, finalmente, a quem se destinava esta prestação de serviços. Na tentativa de desenvolver uma hipotética distribuição pelo espaço surgiu o problema de encontrar uma “saudável” convivência entre todos. Então, porque é que se fazia questão de lá estarem os fotógrafos e os designers? O pressuposto primário de ocupação é de um núcleo de artistas que optam por se juntarem e terem o seu espaço de trabalho e que pretendam também ensinar. Logo, a publicação destes trabalhos seria uma mais valia. Mas talvez a sua periodicidade não seja razão para

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conceito ter garantido o serviço constante destes profissionais… assim estes foram excluídos! Projectar o espaço para um pintor e um escultor foi considerado (até porque há alguns artistas que se expressam em ambas as artes) porém, concluiu-se que o método de trabalho é muito diferente (o primeiro mais individualista que outro) e que a convivência, a nível pessoal e funcional, como seria desejada, não tinha lugar. Por outro lado, e uma vez que se pretende contemplar um vasto programa, verificou-se a escassez do espaço para dar condições de conforto a todos. Houve então que especificar o tipo de trabalho que ali se ia executar. Já que ateliers e galerias de pintura estão agora algo divulgados e que os escultores labutam bem em grupo, optou-se por um programa adequado a estes artistas.

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exemplos semelhantes 1 Pavilhão das oficinas da FBAP

2

arq_Cristina Guedes e Francisco Campos

a_instalações sanitárias b_oficinas de metais e madeiras c_arrumos d_estudios 3

4

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b

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1 plantas 2º e 1º piso respectivamente 2 foto do conjunto 3 relação exterior/interior 4 perspectiva do alçado posterior


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2

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exemplos semelhantes 1 “Nos museus a luz faz-se doce, cuidadosa, impassível de preferência, e imutável. É preciso não ferir os cuidados de Vermeer, não se deve competir com a violenta luz de Goya, ou a

3

penumbra, não se pode desfazer a quente atmosfera Tiziano, prestes a extinguir-se ou a luz universal de Velásquez ou a dissecada de Picasso, tudo isso escapa ao tempo e ao lugar no voo da Vitória de Samotrácia.”

“A luz representa um papel fundamental; muitas vezes é regulada com uma grande sensibilidade,

4

outras vezes é brutal, conseguindo obter efeitos que não querem apenas mostrar algo, mas impõem a olhar um caminho preciso, interrupções fixadas e até interditas. A luz e a cor não são neutras, elas explicam, interpretam e descrevem.”

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1 ? 2 3 4 relação entre a arquitectura e a escultura_Carlo Scarpa


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exemplos semelhantes 1

3

4

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12

Museu da Vinha e do Vinho_Miguel Alonso 3

4 Casa do Cinema Manoel de Oliveira_Souto de Moura


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conversa com o escultor

O contacto com mestres escultores pareceu lógico para a elaboração de um programa que responda às suas reais necessidades. Havia que conhecer os materiais e métodos de trabalho, que equipamentos implicavam, as instalações técnicas adjacentes e qual a relação espaço_função. Os materiais vulgarmente usados são a pedra, os metais, a madeira e cerâmica. Mais recentemente explora-se as potencialidades dos plásticos mas, por ser muito caro, são poucos os que lhe acedem. Pelo facto do conhecimento das implicações deste material ser ainda deficiente (nomeadamente em relação ao tipo de coexistência com outras técnicas) esta possibilidade não está aqui considerada.

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2

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conversa com o escultor 1 pedra A pedra, quando trabalhada, liberta uma grande “nuvem” de pó altamente agressiva à saúde. Isto, por si só, faz com que seja impossível a sua localização absolutamente interior. É verdade que em algumas situações se

3

recorre à água para obter um acabamento mais polido que, consequentemente, reduz o pó no ar. Isto está dependente do efeito estético que se pretende e da dureza da matéria-prima que se esculpe. Este espaço tem como necessidades a presença de água e respectiva drenagem e, tal como os restantes, precisa de instalação eléctrica pelos equipamentos necessários (rebarbadeira, compressor, …).

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1 2oficina do escultor Cutileiro 3 ?


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conversa com o escultor 1 metal_madeira O metal e a madeira podem ser esculpidos no mesmo espaço desde que sejam salvaguardada a possibilidade dos espaços se tornarem independentes

3

através da colocação elementos removíveis, para impedir o contacto entre as limalhas incandescentes com a madeira logo, o risco de incêndio. Por produzirem muito pó enquanto trabalhados este local exige infra-estruturas de renovação de ar (exaustão) e de aspiração.

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4

1 pavilhão de oficinas da Faculdade de Belas Artes, Porto 2 carl andre ? 3 robert morris: “square doughnut”.1966 4 jorge oteiza: “the emetying of the sphere”.1957


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conversa com o escultor 1

cerâmica A cerâmica, tal como a pedra, tem de ser produzida à parte mas por motivos diferentes: exige um espaço

3

interior e não pode conviver com os detritos das outras matérias-primas para a sua trabalhabilidade (na moldagem, pigmentação e vidragem) não seja alterada. Precisa de água próxima e a instalação eléctrica tem de estar preparada para servir um forno de olaria. disposições gerais Há que prever ainda a chegada dos aparelhos telefónicos e do gás (caso seja compatível com as restantes instalações e respectivas formas de trabalho). Pensa-se também que uma empilhadora fará falta para o deslocamento dos materiais e das obras acabadas entre os espaços com diferentes funções (oficina, workshops, galeria…)

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1 ? 2 figuras em terracota_representativas da fertilidade, Babilónia 3 azulejos em baixo relevo, Rui Vasquez


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a foyer

organigrama funcional

espaço exterior público

instalações sanitárias galeria

arrumos

bar

instalações técnicas

foyer

instalações sanitárias auditório

arrumos

biblioteca

instalações técnicas

espólio artístico estúdios/gabinetes individuais

instalações sanitárias

espaço de ócio oficinas de formação (workshop) espaço exterior semi-privado

depósito de materiais

instalações técnicas

oficina de pedra

instalações sanitárias

oficina de madeiras

arrumos

oficina de metais

instalações técnicas

oficina de cerâmica 114

instalações sanitárias


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

introdução

A área onde se pretende desenvolver o Espaço de Produção e Divulgação Artística (EPDA) está, fisicamente, seccionada. A distribuição do programa foi influenciada pelo conceito da parte poder viver sem o todo, prevendo-se uma independência entre elas sem, porém, se perder a percepção da unidade. Também se pensa que um espaço com estas características tenha de começar com um “núcleo duro” que produz, expõe e, posteriormente, ensina como se faz. Estas etapas correspondem ao faseamento e à divisão do trabalho.

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R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

2

reutilização 1

Após se pensar na disposição do programa

3

e com vista ao desenvolvimento da proposta à escala 1_200, a preocupação foi definir a implantação dos edifícios relativos à terceira fase. Isto porque, havia que resolver a forma como o edifício onde hoje se localiza a oficina mecânica se relaciona com os restantes, uma vez que se limita a encostar, não tendo em conta os vãos que, no passado, garantiam a

4

permeabilidade entre o interior e o exterior. Por outro lado, era necessária luz natural no espaço que a parede de meação encerra. A solução foi desmontar parcialmente o edifício e as estruturas metálicas e reutilizá-las. Logo, esta intervenção insere-se no âmbito da recuperação não pelo trabalho do espaço mas sim, pela reutilização da matéria lá existente (soluções já utilizadas por Carlo Scarpa e Souto de Moura).

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1 planta do rés do chão_realidade actual 2 relação negativa do corpo sombreado 3 relação defeituosa entre corpos 4 faculdade de arquitectura de Veneza, Carlo Scarpa


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

influência do ribeiro 2 1

Quando se fez a maquete com a envolvente directa, concluiu-se que os novos edifícios têm o papel acrescido de “aconchegar” a pré-existência, pois sozinha, transformava-se numa imagem objecto. Para tal, havia que encontrar no local uma referência que fosse o ponto de partida.

117

1 fotografia aérea de 1936 com indicação do ribeiro 2 planta 1892


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

influência do ribeiro 2 1

Numa das últimas visitas, foi possível ter acesso ao logradouro onde se encontram as abandonadas estruturas metálicas (o que não se tinha verificado anteriormente) e um facto que chamou a atenção foi o som de água a correr. A associação ao ribeiro que ali passava foi imediata. Ao espreitar por um pequeno muro, “toscamente” construído em blocos de cimento, visualizou-se as suas águas límpidas, descobertas numa curta distância. Ora, uma vez que se tinha previsto no projecto da área de

3

influência do edifício uma alteração de topografia, pareceu descabido ignorar este elemento natural. Tal situação não foi considerada em fases precedentes pois a informação era que se encontrava canalizado. Desta forma, o percurso do ribeiro deu o mote para a implantação das novas construções, para um dos acessos ao conjunto edificado e funciona como um elemento limitador da área do lote. 118

1 limitação natural do lote pelo ribeiro 2 vista actual do ribeiro 3 realidade actual do ribeiro


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

proposta volumétrica 2

auditório_biblioteca_workshops

1

3

A nova implantação foi entendida como um volume uno que choca contra o terreno e quebra. Pretende-se que a sua posição obedeça à sua morfologia. Junto ao volume inclinado (biblioteca e sala de conferências) desenvolve-

4

se um acesso em rampa e o percurso é marcado pelo som das águas do ribeiro. O alinhamento visual permite apreender um outro momento do ribeiro e o espaço que lhe está adjacente (junto à área de workshops_volume plano) assim como uma visão parcial e convidativa dos restantes edifícios. 119

1 planta do conjunto 2 articulação do percurso com a volumetria e o ribeiro 3 volume quebrado 4 relação do volume com o ribeiro


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

proposta volumétrica 3

auditório_biblioteca_workshops

1

4

O percurso plano (rampa e patamar) termina no ponto em que encontra o muro em pedra, reminiscência da actual implantação, que rasga ambos os volumes e que contribui de

2

forma decisiva para a organização do seu espaço interno. A partir deste muro, e em direcção às pré-existências, a cota é vencida por escadas que se encontram entre os dois corpos

5

do volume quebrado. Por sua vez, estas direccionam-se claramente para a entrada principal (átrio, recepção e sala de estar), no volume central. Pode-se caracterizar este acesso como uma rótula uma vez que faz a transição entre o público e o privado.

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1 corte tranversal 2 corte longitudinal 3 relação do volume com o ribeiro 4 articulação do percurso com a preexistência 5 espaço de transição público_privado


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

proposta volumétrica 3

olaria_relação com Barão Forrester

1 4

Outra parte a resolver e caracterizar era o

2

acesso a partir da rua Barão Forrester. Ali era pretendido um acesso estritamente privado, relacionado com os espaços de trabalho e chegada de materiais. O programa destinado era o trabalho da pedra e da olaria que, por não poder conviver com os pós libertados pelos restantes materiais, exigia um espaço próprio.

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1 corte longitudinal 2.3 alçado_rua Barão Forrester_ “skyline” com ritmo sincopado 4 espaço público obstruído


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

proposta volumétrica olaria_relação com Barão Forrester

1 Numa análise da proposta da estrutura metálica suspensa, elaborada à escala 1_1000 (área de influência), que tinha o objectivo de marcar a entrada e que estabelecer uma analogia com o volume suspenso que hoje lá se encontra, entendeu-se que, por ter um carácter privado, tal intervenção seria imprópria. Assim, e

2

3

para resolver os problemas de continuidade da rua, quer em planta, quer em perfil, decidiu-se que aquele volume alberga a olaria e tem de garantir o acesso de veículos pesados (transportadores das matérias primas) . Na concepção do mesmo, e uma vez que a sua localização é delicada por se encontrar entre empenas descuidadas, optou-se por uma forma

4

pura onde apenas de trabalharam as aberturas. Os acessos aos diferentes níveis são feitos por uma escada exterior absolutamente solta do edifício. Outro aspecto que o caracteriza é o facto de, ao contrário do que é normal, ele não viver para a rua mas sim para o pátio de trabalho onde se encontram a pedra e a entrada para a oficina de madeiras e metais. 122

1 corte longitudinal pelo volume proposto 2 planta da volumetria3 acesso ao pátio privado 4 relação dos vãos da volumetria com o pátio


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

proposta volumétrica oficinas de pedra

1

3 O trabalho da pedra desenvolve-se numa

2

área controlada por planos, colocados no exterior. Esses planos, cuja cota é a do embasamento do volume de Barão Forrester, contêm funções técnicas (contadores de água e

4

electricidade), de arrumação ou de marcação de percurso. Adjacente à zona dedicada à pedra está o depósito que se relaciona com a chegada de material através de um portão que assegura também a acesso à zona de trabalho.

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1 corte longitudinal_leitura do embasamento e plano vertical 2 corte transversal_oficinas de pedra 3.4 articulação do pátio com o proposto e o preexistente


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2

espaço de produção e divulgação artística

percurso público 1 3

4

A entrada para deficientes é feita por uma rampa de inclinação adequada, que parte do estacionamento junto à rua do Melo. Bem cerca, há também uma escada para evitar grandes percursos. O primeiro lanço da rampa e as escadas vão confluir no mesmo patamar do qual

5

parte o percurso final, junto ao muro de pedra do edifício, que é pontualmente aberto de forma a permitir a visualização sequencial esplanada_ parede em pedra com arco_ zona exterior de articulação do conjunto edificado_ entrada para o auditório. 124

1 planta do percurso público2 apreensão do conjunto no início do percurso 3 enfiamento visual 4.5 relação do percurso com o espaço público


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artístiva

intervenção na preexistência Na estrutura pré-existente houve o cuidado das funções se relacionarem intrinsecamente com as características do espaço para dele poder tirar o máximo partido, atendendo sempre a conceitos como autenticidade e reversibilidade. A primeira reflecte-se na linguagem arquitectónica contemporânea daquilo que se propõe, em contraponto com a manutenção dos elementos caracterizadores da tipologia do edifício; a segunda materializa-se pelo recurso a estruturas leves (volumes) facilmente desmontáveis. As funções para ali propostas desenvolvem-se em espaços amplos que implicam, no entanto, as respectivas instalações técnicas. Estas encontram-se nos volumes cuja simplicidade reforça a identidade una do espaço. Assim, para além disto, houve apenas que resolver as circulações verticais (também em estrutura leve) uma vez que as anteriores ou eram inexistentes ou encontravam-se em avançado estado de degradação.

Na oficina de metais e madeira, havia o problema estrutural e formal da estrutura da asna fundar sobre ou em frente aos vãos (hoje encerrados). Optou-se por retirar os pilares onde apoiavam as escoras e soltá-los da parede. Esse espaço entre a parede e a nova estrutura (em ferro) corresponde a uma ausência de pavimento no espólio, garantido ventilação e um sóbrio rasgo de luz. Colocou-se o volume técnico,

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cuja métrica está relacionada com os pilares da parede a sul e as escadas que levam ao espólio e ao atelier. Neste a intervenção limitou-se ao poisar de um volume com instalações sanitárias e ao desenho de umas escadas que, ao mesmo tempo, ligam ao piso superior (zona de descanso onde apenas se conferiram condições de conforto) e enfatizam o eixo entre o espólio e a galeria. No piso térreo, na recepção, foi previsto um balcão de informação das actividades do EPDA que divide o espaço público do privado e encaminha para o bar que, por sua vez, está relacionado com o espaço exterior limitado pela parede a norte de uma pequena construção, outrora apoio da primeira “metalínea”. O vão que os divide caracteriza-se por uma grande viga que se supõe posteriormente colocada e que se mantém, de acordo com os critérios de intervenção. Aproveitou-se a considerável dimensão do vão para assentar o volume que contém uma pequena cozinha que serve o interior e o exterior e contém a passagem entre estes. Todavia, o elemento dominante de todo o volume da actual ruína é a escada que, junto com as passereles conferem, de certa forma, uma carácter teatral ao espaço enfatizado pelo espaço deixado no segundo piso, junto à escada, para a instalação de uma escultura. No restante tenta-se que a interferência seja mínima.

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C1

C2

C3

cx. elev.

89.16

87.03

oficinas_pedra

87.03

wc_def

wc_h

wc_m

depósito_pedra

89.90

87.93 87.07

recepção_sala de estar

R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

85.05

89.82

C5

ext_explanada

bar_cozinha

C5

planta cota 88.30

87.03

int_explanada

oficinas_metais/madeira

balcão

87.00

C2

atrium

escala 1200

estacionamento

87.00

legenda envolvente em corte

C5

relva C4

paredes em corte C4

87.00

atrium

oficinas de "workshops"

biblioteca

oficinas de "workshops"

wc

wc_def.

89.55

wc_m

wc_h

87.00

auditório

C1

C2

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C1

C2

C3

cx. elev.

89.82

89.75 wc

balneários

91.45

92.63

97.54

92.00

R e c u p e r a ç ã o

atelier

espaço de produção e divulgação artística

85.05

92.63

galeria

C5

92.63

espólio

C5

planta cota 94.35

cobertura 91.45

92.63 92.80

escala 1200 atelier

oficina_olaria

C2

87.96

legenda envolvente em corte

C5

relva C4

paredes em corte 87.00

C4

89.21

C1

C2

C3

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C1

C2

C3

cx. elev.

97.44

97.54

R e c u p e r a ç ã o galeria

C5

espaço de produção e divulgação artística

95.41

retiro dos artistas

C5

planta cota 99.15 95.25

C2

escala 1200

legenda envolvente em corte

C5

relva C4

paredes em corte 87.00

C4

89.21

C1

C2

C3

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C1

C2

C3

R e c u p e r a ç ã o

C5

espaço de produção e divulgação artística

C5

C5

planta de cobertura

C2

escala 1200

legenda

C5

envolvente em corte

C5

C4

relva C4

C4

87.00

C4

89.21

C1

C2

C3

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R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

corte C1_C2 escala 1200 104.15

104.15

099.15

099.15

legenda em corte

94.54

paredes em corte

95.42

094.35

094.35

92.64

92.63 92.00

091.00

091.00

89.82

088.50

087.00

088.50

87.00

087.00

87.00

C1

C2

142


R e c u p e r a ç ã o espaço de produção e divulgação artística

corte C3 escala 1200

104.15

104.15

099.15

099.15

legenda em corte 97.54

paredes em corte

97.54

95.08

094.35

094.35

94.35

093.25 92.63

92.63

91.45

091.00

091.00

89.90

89.75

89.82

rua barão forrester

92.00

089.90

088.50

088.50

87.93

087.00

87.00

87.00

87.00

087.40

87.05

85.05

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R e c u p e r a ç ã o p o r m e n o r i z a ç ã o


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memória descritiva “O pormenor está sempre ao serviço de uma ideia de forma.”

Um dos primeiros aspectos considerados no que diz respeito à intenção de conferir conforto ao espaço, foi a questão térmica. Desta forma e tratando-se de um edifício de pedra de cerca de 40 centímetros de espessura que, na gíria se pode definir como um “cesto” pensou-se isolá-lo interiormente (com vista a manter a imagem actual) nas zonas sociais e privadas (a oficina de escultura e espólio julgou-se desnecessário: a primeira porque se trata de um espaço de trabalho muito físico logo, o mais provável é haverem alguns vãos abertos mesmo no inverno; o segundo porque a área de contacto com as paredes é quase insignificante. O maior contacto é feito com a cobertura que se encontra devidamente isolada. A ventilação está sempre garantida pela janela a poente, pelo rasgo no pavimento junto ao alçado norte e pelas ligeiras aberturas na cobertura). Assim, onde há isolamento observa-se uma descontinuidade deste no remate da estrutura dos pavimentos (que, para resolver patologias, encontra-se ventilada na entrega) com a parede, com o objectivo de marcar a diferença entre a intervenção e o já existente. Nas áreas onde e esforço físico é diminuto, e para garantir o conforto ambiental, para além do isolamento foi previsto um circuito fechado ligado a uma caldeira no exterior (na área técnica, junto à zona de trabalho da pedra). Para se manter o desejado carácter austero, este distribui-se debaixo dos pavimentos.

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Não estando correctamente isoladas e devido à sua área considerável, as perdas de energia pela cobertura eram elevadas; a colocação de isolamento térmico era essencial. Para manter o sentido ondulante do espaço dado pela estrutura da cobertura, este foi posto sobre um ripado de madeira, por sua vez pregado perpendicularmente em cima dos barrotes. A cobertura da actual ruína e a sua estrutura estavam muitíssimo degradadas, não cumprindo de modo algum a sua função. De acordo com os critérios de intervenção (onde se pretende marcar a contemporaneadade da intervenção formal e material) recorreu-se à utilização de um revestimento distinto das restantes coberturas. Na sua concepção optou-se por uma estrutura metálica reutilizando os perfis que se encontram abandonados no logradouro (reminescências da segunda “metalínea”) e que a elas vai buscar referências construtivas. O revestimento tinha um papel preponderante, ao nível do metro, por causa da maneira como desde lá é percepcionado. Este facto encaminhou para a escolha do cobre, não só pela sua nobreza como também pela mutabilidade imagética.

Os volumes técnicos e as escadas, para além dos caixilhos, eram os elementos que exigiam um maior detalhe por assumirem um papel determinante na expressão das intenções do projecto. Os volumes situados na oficina e atelier pretendiam-se elementos diferenciados do pré-existente mas, simultaneamente, eles próprios deveriam materializar a dureza e a rudeza do espaço. Daí recorreu-se a um aglomerado com base em resinas, obtendo-se assim uma superfície rugosa. Porém a estrutura utilizada (reutilizando também os perfis lá existentes) tem um sistema construtivo rigoroso e preciso, contrapondo com o carácter do material que a envolve.

148


O desenho das escadas obedece aos critérios de intervenção onde a reversibilidade e a permanência da unidade do espaço eram premissas preponderantes. Com base nestes pressupostos pormenorizou-se este elemento como sendo leve, material e visual. O corrimão desempenhou um papel relevante no detalhe da escada; na galeria, para dar mais conforto a esta peça, utilizou-se a madeira como revestimento. Aqui a escada e passerele apresentam-se como um só elemento que vai rasgando o espaço. As suas guardas distinguem-se das que se colocam nos diferentes pisos porque, nesta última situação a guarda apresenta-se como uma peça que não perturba a leitura do elemento escada_ passerele.

Com a demolição da actual oficina mecânica ficaram a descoberto os vãos que agora se encontram entaipados. Pretende-se que eles retomem a sua anterior função, ou seja, que permitam uma relação directa com o exterior. Na ruína encontram-se ainda alguns vestígios de caixilharia que, embora possam não ser originais, correspondem à memória colectiva relativa às indústrias do início do século passado. Assim foi posta imediatamente de parte a possibilidade de delas abdicar. Todavia havia o problema das questões térmicas já que é pelos vãos que se dão as maiores trocas de calor. Desta forma questionou-se a necessidade do uso de vidros duplos ou simples. Para a decisão ser criteriosa fez-se os cálculos relativos ao coeficiente de condutibilidade térmica e concluiu-se que, considerando a área de abertura vs. a de parede e a função de cada espaço, os ganhos seriam diminutos com o duplo (tal como se pode verificar na página 151).

149


Por uma questão de critério de intervenção, ou seja, como se queria manter a imagem do que estava no exterior, a caixilharia foi colocada no interior, complanar com as camadas de isolamento (reboco, “wallmate” e gesso cartonado). A questão que de seguida houve que resolver prendia-se com o desconhecimento da imagem dos vãos que estavam encerrados. Pretendeu-se um desenho discreto e que evitasse o uso de vidros exageradamente grandes. Há apenas duas excepções nas portas do alçado norte. Mas salienta-se que, regra geral, a folha móvel é a mais pequena. Tal não acontece em situações em que é necessário garantir a manutenção. Naqueles em que esta está garantida e que não têm função de ventilação as folhas são fixas. Há ainda dois vãos a poente (a bandeira do portão- este último mantém-se e o que está à esquerda de quem vê a partir do exterior) que tinham caixilhos mas que já não respondiam correctamente à função de vedação. Já que isto justifica a sua remoção, como nada tem a ver com a linguagem do edifício e por serem dois gestos perdidos que não identificam nenhum momento determinado, a sua reposição está prevista segundo os critérios já descritos. A maior particularidade verifica-se na asna no alçado norte, na actual ruína, que pretende dar a entender a anterior existência de uma estrutura metálica e dar sentido aos caixilhos que se mantêm, de remate entre esta e a ruína que era, já na altura, uma préexistência. Nota- a representação dos caixilhos que se encontram actualmente na ruína é uma interpretação (embora com base no que se encontra no alçado poente_ janela do espólio), uma vez que estes se encontram inacessíveis.

150








R e c u p e r a ç ã o p o r m e n o r i z a ç ã o

mapa de vãos

QUANTIDADE

157

TIPO DE VÃO

MEDIDAS EM TOSCO (L X A)(M)

N.º DE FOLHAS

abrir

fixa

ESTRUTURA FIXA DO CAIXILHO (MM)

CAIXILHO JÁ EXISTENTE

LIMPEZA

PORMENOR TIPO

V1

3

janela

1.55 x 1.66

2

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

A1

V2

2

janela

1.98 x 2.11

2

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

A1

V3

1

janela

2.47 x 2.11

2

0

L 55 x 55 x 6

S

interior

B

V4

1

janela

1.98 x 4.60

1 (dividida em 3)

0

L 55 x 55 x 6

S

interior

C

V5

1

porta

2.47 x 4.11

2

1 (dividida em 3)

L4x4x5

N

interior e exterior

D

V6

1

janela

2.00 x 4.07

1 (dividida em 3)

0

L 55 x 55 x 6

S

interior

C

V7

2

janela

1.50 x 2.11

2

0

L 35 x 35 x 4

N

interior

A2

V8

1

porta

2.39 x 4.23 2.02 x 4.23

1

1 (dividida em 7 (2 em chapa))

L4x4x5

N

interior e exterior

E

V9

1

janela

1.45 x 3.65

0

1 (dividida em 2)

L 55 x 55 x 6

N

interior e exterior

F


R e c u p e r a ç ã o p o r m e n o r i z a ç ã o

mapa de vãos

158

V10

7

janela

1.45 x 2.21

1

1

L 35 x 35 x 4

N

interior e/ ou exterior

G

V11

3

janela

1.00 x 1.48

1

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

H

V12

3

janela

1.60 x 2.11

2

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

A1

V13

1

janela

0.59 x 0.42

1

0

L 35 x 35 x

S

interior

H

V14

1

janela

0.62 x 0.28

1

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

H

V15

1

janela

0.95 x 0.70

1

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

H

V16

1

janela

1.20 x 1.80

1

1

L 35 x 35 x 4

N

interior

G

V17

1

janela

1.20 x 1.80

2

0

L 35 x 35 x 4

N

interior

A2

V18

1

janela

1.51 x 1.45

2

0

L 35 x 35 x 4

S

interior

A

V19

2

janela

1.47 x 2.41

0

1

L 35 x 35 x 4

N

interior e exterior

I























conclusão É uma veleidade dar um trabalho por terminado... tal acto significaria a presunção de ter atingido a perfeição que, por definição, não é humana!

Ao longo da elaboração deste exercício, ou por sugestão dos professores ou por iniciativa própria, foi reconhecida a necessidade de recorrer a alguns elementos que visavam aprofundar quer a facilidade de leitura das diferentes intenções, quer o estudo do edifício, quer a forma de poder materializar o projecto. O “traiçoeiro” tempo (ou seja, a sua ausência) não o permitiu mas, todavia, pareceu importante especificar estes aspectos, de maneira a dar a conhecer as preocupações que condicionaram as opções do projecto.

De seguida enumeram-se:

-

actualização

das

imagens

de

“archicad”

explicativas

da

proposta

de

intervenção_cedofeita -

actualização dos perfis, à escala 1_500 com as novas implantações

-

estudo de edifícios semelhantes, contemporâneos da “metalínea” e dos respectivos

ambientes -

180

estudo do percurso do ribeiro que se destapou


-

colocação de mobiliário na proposta, à escala 1_50

-

confronto do existente com o proposta, à escala 1_50

-

planta de coberturas com indicação do sistema de escoamento de águas (a

dimensão das caleiras foi determinada pelos devidos cálculos; os tubos de queda não estão representados porque se desconhece a sua posição e medidas) -

estudo da distribuição da iluminação artificial

-

fotomontagem do alçado norte com os caixilhos propostos

-

estudo de viabilidade legal (cooperativa, associação,...)

-

consulta da legislação sobre exaustão e ventilação

-

elaboração do logotipo e sinalética do espaço

-

caderno de encargos com a especificação (descrição e catálogos se for caso disso)

e quantificação do material e, após ter o preço aproximado por metro quadrado, ter uma atitude crítica, tendo em conta o nível e a função do edifício -

projecto de faseamento da obra (não só da recuperação mas também da área que

lhe está directamente afecta -

181

maquetes e actualização de algumas folhas com as respectivas fotografias


bibliografia FOTOGRAFIAS

Todas as fotos foram tiradas pelo grupo “ad hoc”, desde o início do ano lectivo à excepção:

pág. 5, 21, 46- planta aérea 1995_ www.geocities.pt pág. 21- fig. 1_ www.richardlong.org

pág. 28- fotomontagem_ “documentos de arquitectura”_DA03_outono 00 autor_ AVV editor_ A.E.D.A.

“VI bienal de arquitectura espanhola”_ AE2001 autor_ AVV editor_ bienal de Arquitectura Espanhola

“Sir Norman Foster” autor_ Philip Jodidio editor_ taschen

“infobox- the cataloue” autor_ AVV editor_ nishen

182


“Álvaro Siza” autor_ Philip Jodidio editor_ taschen

Revista “volta ao mundo”_ n.º 55_ Maio 99

Revista “2G_ revista internacional de arquitectura”

A arquitectura portuguesa_ n.º 20_ 2001

pág. 42- fig. 2_ artigo do JN_ Germano da Silva_ data indeterminada pág. 44- fig. 2_ idem pág. 44- fig. 1_ fotografia aérea 1939_ arquivo histórico municipal da câmara do Porto pág. 58- fig. 2, 3, 4, 5_ desenhos de Arnaldo Silva pág. 49- fig. 1_ “o porto visto do céu” autor_ Filipe Jorge, Ana Monteiro, António Menéres editor_ argumentum pág. 55- fig. 3_ grupo “arqui_3” pág. 56- fig. 2, 3_ idem pág. 107- fig. todas pág. 112- fig. 1 Revista “2G_ revista internacional de arquitectura” pág. 108- fig. todas pág. 116- fig. 4 Carlo Scarpa autor_Sergio Loos editor_Tachen pág. 109- fig. 3, 4_ jornal arquitectos n.º 203 nov/dez 2001 editor_ ordem dos arquitectos pág. 109- fig. 1, 2_“VI bienal de arquitectura espanhola”_ AE2001 autor_ AVV

183


editor_ bienal de Arquitectura Espanhola pág. 112- fig. 2, 3, 4_ “ La história del cubo: Minimal Art y fenomelogia” autor_ Simón Marchán Fiz editora_Rekald, s.l_Bilbao pág. 113- fig. 3_ Revigrés, design em cerâmica_ catálogo geral 01/02

BASES CARTOGRÁFICAS

Plantas em formato digital 1992- cd 4º ano_ projecto_ CEUL_ porto pág. 5- fig. 2_ “porto 1865- uma exposição” autor_ António Cardoso, José Augusto França, José Cordeiro, José Matos, Margarida Ramalho fig. 4_ “porto- percursos nos espaços e memórias” autor_ Hélder Marques, José Fernades, Luís Paulo Martins editor_ afrontamento fig. 5_ microfilme do arquivo histórico municipal do porto

pág. 42- fig. 1, 3_ “porto 1865- uma exposição” autor_ António Cardoso, José Augusto França, José Cordeiro, José Matos, Margarida Ramalho editor_ expo 98 pág. 43- fig. 1_ arquivo histórico municipal do porto pág. 45- fig. 3_ plano director municipal da cidade do porto_ 3º volume_ 1962_ edição_ câmara municipal do porto pág. 47- (planta das áreas indústriais) “porto- percursos nos espaços e memórias” autor_ Hélder Marques, José Fernades, Luís Paulo Martins editor_ afrontamento (plano regulador)- “o espaço urbano do porto_ condições naturais e desenvolvimento” autor_ J. M. Pereira de Oliveira; Coimbra 1963

184


TEXTOS

Os textos foram elaborados pelo grupo “ad hoc” à excepção dos mencionados nas respectivas páginas e:

pág. 9- “porto 1865- uma exposição” autor_ António Cardoso, José Augusto França, José Cordeiro, José Matos, Margarida Ramalho editor_ expo 98 pág. 11- “porto- percursos nos espaços e memórias” autor_ Hélder Marques, José Fernades, Luís Paulo Martins pág. 13- Artigo “SAAL 1974 – 1976- algumas notas de uma experiência de gestão urbanística integrada e participada” autor_ Margarida Santos Coelho pág. 48- artigo do JN_ Germano da Silva_ data indeterminada pág. 34, - “documentos de arquitectura”_DA03_outono 00 citação da Cláudia Taborda autor_ AVV editor_ A.E.D.A. pág. 34- “arq./a_revista de arquitectura e arte” n.º 19 maio 03

citação do Aldo Rossi

pág. 147 - “documentos de arquitectura”_DA03_outono 00 citação da José Gigante autor_ AVV editor_ A.E.D.A.

185


OUTROS DOCUMENTOS DE CONSULTA

“porto” autor_ Hélder Pacheco editor_ presença “álbum da indústria no porto_ catálogo de exposição” autor_ Maria da Luz Braga Sampaio (coordenadora) editor_ câmara municipal do porto arquivo da câmara municipal do porto_ direcção dos serviços de urbanização e obras_ 1ª repartição_ urbanização e expropriações assunto_ doação do terreno à associação dos tuberculosos do norte “indicador comercial e industrial 1968”_ cedido por “açometais”_ rua do almada escritura de subarrendamento dos dois edifícios a nordeste da rua Barão Forrester 732_ 1919_ notariado português escritura de venda dos edifícios da rua Barão Forrester 732_ 1943_ notariado português “Álvaro Siza”_ monografia editor_ blau “Sebenta de construções II” autor_arq. Jorge Barros “Sebenta de estruturas II” autor_eng. João Costa “guia Weber 2001/2002” autor_ AVV “Isolamento térmico da envolvente dos edifícios face ao novo regulamento” autor_Victor Abrantes e Vasco Peixoto Freitas “ Las cubiertas de chapa” autor_Ignacio Patrício editor_Bisagna, Barcelona “A intervenção no património, práticas de conservação e reabilitação”_actas de trabalho autor_AVV editora_ Feup

186


SOFTWARE

Tratamento bidimensional_ auto cad Tratamento de fotografias, imagens e fotomontagens_ Photoshop Imagens tridimensionais_ archi cad Textos e compilação do trabalho_ microsoft word

PARTICULARIDADE Alçados_fotografia transportada para auto cad para sobre ela, representar a estereotomia o mais aproximado possível à realidade.

187


créditos

5230.98

Ana Rita Leite Brandão 5855.98

Carlo Inácio de Aguiar 5954.98

Helder Tiago Monteiro Cardoso

188

arquitecturarecuperação universidadelusíada 5ºano


índice

pág. 001- objectivos, método e apresentação

1.

FORMAÇÃO DA IMAGEM URBANA_CEDOFEITA ANÁLISE INTERPRETATIVA E CRÍTICA

pág. 004- introdução pág. 005- evolução da malha urbana pág. 006- identidade das ruas periféricas (rua da boavista_antero quental) pág. 007- identidade das ruas periféricas (rua damião de góis_egas moniz) pág. 008- identidade das ruas periféricas (rua barão forrester_serpa pinto) pág. 009- núcleo_habitação operária (travessa da lapa) pág. 010- núcleo_híbrido (rua da bouça) pág. 011- núcleo_casas senhoriais (rua do melo) pág. 012- núcleo_habitação multifamiliar (rua damião de góis) pág. 013- núcleo_habitação social (SAAL) pág. 014- zona intersticial pág. 015- panorâmica pág. 016- síntese das diferentes análises

2.

ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO_CEDOFEITA pág. 017- introdução pág. 018- síntese das intervenções pág. 019- planta da situação actual pág. 020-planta síntese pág. 021- percursos pág. 022- funções e metro pág. 023- 3D_equipamentos pág. 024- 3D_percursos pág. 025- 3D_estruturas propostas


pág. 026- 3D_estruturas propostas pág. 027- síntese_esc:12000 pág. 028- leitura das vivências

3.

ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO METALÍNEA pág. 029- critérios de escolha pág. 030- introdução pág. 031- caracterização pág. 032- acesso_rua Barão Forrester pág. 033- SAAL pág. 034- construção do lugar pág. 035- planta da situação actual pág. 036- área de influência pág. 037- perfis pág. 040- síntese

4.

LEVANTAMENTO evolução histórica pág. 041- introdução pág. 042- 1784_1844 pág. 043- 1892_1919 pág. 044- 1939_1950 pág. 045- 1943_1968 pág. 046- 1992_2002 pág. 047- barra cronológica_síntese pág. 048- vivência do local pág. 049-reconstituição interpretativa pág. 050- plantas síntese pág. 051- cortes síntese pág. 052-reconstituição do edifício b_c pág. 053- reconstituição do edifício d_e pág. 054- reconstituição do edifício f pág. 055- reconstituição do edifício g pág. 056- reconstituição do edifício a pág. 057- função_áreas pág. 058- indústria de louças pág. 059- curiosidades_indústria de louças


aferição física pág. 060- memória descritiva do edifício pág. 062- planta cota 88.30 pág. 063- planta cota 94.35 pág. 064- planta cota 99.15 pág. 065- planta de cobertura pág. 066- corte C1_C2 pág. 067- corte C3 pág. 068- alçado norte_sul pág. 069- alçado este_oeste pág. 070- caracterização dos materiais pág. 080- estados de conservação cota 88.30 pág. 081- estados de conservação cota 94.35 pág. 082- estados de conservação cota 99.15 pág. 083- estados de conservação C1_C2_C3 pág. 084- patologias corte A_B pág. 089- patologias corte C pág. 091- plantas de tectos pág. 093- alçado norte pág. 095- alçado poente_nascente pág. 098- planta cota 88.30 pág. 100- plantas cotas 94.35_99.15

5.

PROPOSTA Recuperação_metalínea pág. 102- critérios de intervenção recuperação_programa pág. 103- conceito pág. 107- exemplos semelhantes pág. 110- conversa com o escultor pág. 114- organigrama funcional recuperação_ espaço de produção e divulgação artística pág. 115- introdução pág. 116- reutilização


pág. 117- influência do ribeiro pág. 119- proposta volumétrica pág. 124- percurso público pág. 125- intervenção na preexistência pág. 127- planta cota 88.30 esc: 1_500 pág. 129- planta cota 91.00 esc: 1_500 pag. 131- planta cota 94.35 esc: 1_500 pág. 133- planta cota 99.15 esc: 1_500 pág. 135- cortes C1_C2_C3 esc: 1_500 pág. 137- planta cota 88.30 esc: 1_200 pág. 138- planta cota 91.00 esc: 1_200 pág. 139- planta cota 94.35 esc: 1_200 pág. 140- planta cota 99.15 esc: 1_200 pag. 141- planta de cobertura esc: 1_200 pág. 142- corte C1_C2 pág. 143- corte C3 pág. 144- corte C4_C5 pág. 145- alçados norte_sul pág. 146- alçados este_oeste recuperação_ pormenorização pág. 147- memória descritiva pág. 151- condutibilidade térmica_ cálculo pág. 152- planta cota 88.50 (reduzida da esc: 1_50) pág. 153- corte C3 (reduzida da esc: 1_50) pág. 154- corte C1_Cgaleria pág. 155- identificação dos vãos pág. 157- mapa de vãos pág. 159- vãos V1_V2 (esc: 1_20) pág. 160- vãos V3_V4 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 161- vãos V5_V6 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 162- vãos V7_V8 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 163- vãos V9_V10_V11 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 164- vãos V12_V13_V14 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 165- vãos V15_V16_V17 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 166- vãos V18_V19 (esc: 1_20 / 1_30) pág. 167- caixilhos_pormenor tipo A1 pág. 168- caixilhos_pormenor tipo A2 pág. 169- caixilhos_pormenor tipo B pág. 170- caixilhos_pormenor tipo C pág. 171- caixilhos_pormenor tipo D pág. 173- caixilhos_pormenor tipo E pág. 176- caixilhos_pormenor tipo F pág. 177- caixilhos_pormenor tipo G pág. 178- caixilhos_pormenor tipo H


pág. 179- caixilhos_pormenor tipo I

pág. 180- conclusão pág. 182- bibliografia pág. 188 - créditos


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