Revista MIX

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Ano VI . nยบ 55 . ABR 2011

a R e v i s ta d o s s u p e r m e r c a d o s d o r n

Invista na beleza para as mรฃes! A vez dos saudรกveis

Saiba mais sobre o REP



editorial Moraes Neto

Em abril a Mix homenageia as mães e mostra que a vaidade feminina pode ser muito bem explorada pelos supermercadistas na exposição e escolha do mix de produtos para estas mulheres tão especiais. Falamos também sobre o Registrador Eletrônico de Ponto para que os empresários acertem ao optar por esse sistema nas lojas. Mostramos ainda que o consumidor passou a comprar mais integrais, funcionais e diet/light no último ano e também se dispõe a pagar até 15% a mais por eles. Vantagem para os supermercadistas que souberem aproveitar este aquecimento do mercado. Os casais que optam por não ter filhos podem ser um nicho interessante a ser explorado nos supermercados e trazemos esta informação até você. Boa leitura! Um abraço, Geraldo Paiva Júnior Presidente da Assurn

Direção de criação Paulo Moreira pmoreira@firenzze.com edição e reportagem Helouise Melo helouisemelo@firenzze.com reportagem Maria Clara mariaclara@firenzze.com fotografia Alex Fernandes alexfernandes@foradfoco.com Direção de arte Verônica Barbosa veronica@firenzze.com comercial Cícero Edson (84) 9115-1344 PRODUÇÃO/TRÁFEGO Melina Kassimati atendimento@firenzze. com FInanceiro Gerisvaldo Filho geris@firenzze.com DÚVIDAS E SUGESTÕES atendimento@firenzze.com A revista MIX é uma publicação da ASSURN, editada pela Firenzze Comunicação Estratégica Tiragem 3.000 Impressão Impressão Gráfica Correspondências dúvidas e sugestões atendimento@firenzze.com. Rua Souza Pinto, 1072 - CEP 59022-260. Natal-RN. (84) 2010-6306/6307. Estamos conectados: www.firenzze.com * twitter @firenzze * issuu.com/firenzze * facebook/firenzzecomunicacao * flickr.com/firenzze

Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte

Presidente da ASSURN Geraldo Paiva dos Santos Júnior Vice-Presidente Eugênio Pacelli de Medeiros Delegado junto à ABRAS José Geraldo de Medeiros Secretário Geral Venício Gama Pacheco Diretor Administrativo Jorge Luiz de Medeiros Diretor Financeiro Marinaldo da Silva Vice-Presidentes Regionais Antônio Ferreira Júnior, Paulo Márcio Medeiros e Maria da Conceição V. Moura

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Mães mais bonitas, supermercados mais felizes Trajetória de sucesso Casais sem filhos, tendência no mercado


Arquivo Pessoal

E n t r e v i s ta

Relação de confiança com o Seridó A revista Mix entrevistou Radir Azevedo Meira, proprietário da Loja Meira Unicompre Supermercado, em Jardim do Seridó, no RN. Fale um pouco sobre a trajetória do supermercado. Podemos dizer que a Loja Meira Unicompre Supermercado se caracteriza como uma empresa familiar, cuja vocação comercial veio do nosso avô Julio Mizael que instalou sua mercearia de produtos alimentícios no ano de 1950 no antigo mercado público da cidade. Na década de 60 ele transferiu a dita mercearia para um ponto comercial por ele mesmo construído, à época vizinho a sua residência, na avenida Dr. Ruy Mariz, onde permaneceu atuando com sucesso até sua aposentadoria no final da década de 70. Depois que ele decidiu encerrar suas atividades comerciais e valendo-se de seu instinto empreendedor, resolveu nos incentivar a continuar o seu projeto comercial, momento em que abrimos nova firma, desta vez em nome de nossa mãe, Arlinda de Azevedo Meira, e, a partir daí, juntamente com meu irmão Romildo Meira, tocamos o empreendimento até 1987, quando transformamos a então firma individual na sociedade atual denominada “Lojas Meira Ltda”, tendo como sócios minha esposa Edine, meus irmãos, Romildo e Rosenildo Meira, e eu. Graças a Deus tem sido uma caminhada de sucesso, pois mesmo com as adversidades naturais superamos obstáculos e a cada ano registramos crescimento real. Para se ter uma idéia, basta citar que, de uma lojinha de 30m² nos anos 80, com apenas um balconista, passamos a contar com 4 • r e v i s ta m i x

16 funcionários, com 330 m² de área de vendas e mix variando em torno de 5.000 itens. Qual a importância desta loja para a cidade? Ao longo dos anos procuramos inovar e recentemente, em 2006, reformamos e ampliamos a área de vendas da loja para oferecermos um maior rol de produtos e espaço condizente com o crescimento da empresa e da cidade. Ampliamos também os empregos diretos e indiretos, além de sermos reconhecidos pela população como um canal de abastecimento de grande importância para nossa terra, Jardim do Seridó. O supermercado aderiu recentemente a uma bandeira de rede de compras. Fale um pouco sobre isto e os benefícios desta mudança para os clientes. Sempre visando algo que nos ofereça um suporte de crescimento para o futuro, a participação da empresa no projeto Rede Unicompre de Supermercados, formada por 16 lojas distribuídas em diversos municípios do Seridó, tem nos proporcionado uma rica experiência e considerável conhecimento da situação mercadológica regional, bem como contribuído substancialmente para o engrandecimento da marca “Loja Meira” junto aos clientes e fornecedores. Em razão disso, dia-a-dia valorizamos as inovações e alterna-


tivas de crescimento visando a permanência de todos no projeto, buscando, assim, garantir nossa fatia dentro do competitivo mercado supermercadista da região Seridó, até porque consideramos que o associativismo vem se consolidando cada vez mais como grandioso auxílio para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, sobretudo no trato com grandes fornecedores, em face de que consideramos muito positiva nossa associação ao grupo. Explique como funciona a parceria com o seu irmão na administração da empresa, estando um em Natal e outro no interior. No início, até pela condição de microempresa e de eu residir em Jardim do Seridó, tudo era mais fácil devido a minha presença constante, porém, depois que vim para Natal, em 1996, passei a fazer uso das novas tecnologias para que, mesmo à distância, eu pudesse acompanhar, controlar e gerenciar, em termos estratégicos, o negócio, ficando com os outros sócios, Romildo e Rosenildo, a responsabilidade executiva da empresa. Hoje somos uma empresa de médio porte, com marca conhecida na região, e os desafios são cada vez maiores, contudo, a forte relação de confiança, típica das empresas de origem familiar, tem nos permitido conviver muito mais com acertos do que com erros,

ensejando, consequentemente, a consolidação do empreendimento no mercado. Quais as perspectivas do supermercado para o futuro? Com muito trabalho e planejamento ao longo dos anos, sempre buscamos inovações e formas de crescimento sustentável, fato que nos têm permitido incrementar significativamente as vendas, tanto pelo aumento do valor do ticket médio, como aumentando o mix de produtos, de forma que esperamos continuar sendo vistos como importante canal de abastecimento da população local. Qual a sua opinião sobre a Assurn. Consideramos a Assurn uma grande parceira do ramo supermercadista do RN, tanto que a Loja Meira Supermercado é sócia desta importante associação desde os anos 90, exatamente por acreditarmos na força da união e do trabalho da entidade a favor do setor. Através da sua atuação, temos participado de fóruns, treinamentos e encontros, oportunidades nas quais temos recebido valorosas orientações de interesse comum. Portanto, temos muito apreço por essa Associação e conclamamos a todos os supermercadistas que ainda não fazem parte da mesma, que venham se filiar, pois, certamente, não se arrependerão.


mercado

De olho no REP Disciplinar o uso do ponto eletrônico pelas empresas. Este é o objetivo principal da Portaria 1.510, publicada em 25 de agosto de 2009, pelo Ministério de Estado do Trabalho e Emprego. Ela busca estabelecer uma regulamentação que possibilite maior certeza de aferição do registro eletrônico da jornada de trabalho, com a pretensão de oferecer maior segurança às empresas e aos empregados. O início da utilização obrigatória do Registrador Eletrônico de Ponto (REP) será no dia 1º de setembro de 2011, de acordo com a Portaria MTE nº 373/2011, que alterou o prazo anteriormente estabelecido para 1° de março de 2011. Os varejistas que optarem por este sistema ou algum outro alternativo devem conhecer mais sobre eles. A Portaria traz as seguintes medidas: estabelece requisitos para o equipamento Registrador Eletrônico de Ponto (REP); obriga que o registro de ponto eletrônico seja feito exclusivamente nos REP, proibindo o uso de computadores, equipamentos portáteis, catracas e outros bloqueios de segurança para tal finalidade; obriga a emissão de comprovante da marcação a cada registro efetuado pelo trabalhador no REP; proíbe todo tipo de restrição à marcação de ponto e/ou marcações automáticas; obriga indiretamente a guarda pela empresa dos equipamentos registradores de ponto por mais cinco anos após o término de uso; estabelece requisitos para o programa que fará o tratamento dos dados do REP. Além dessas medidas, há algumas outras que merecem destaque. São elas: quanto ao comprovante de registro – a impressão deverá ser feita em cor contrastante com o papel, em caracteres legíveis com a densidade horizontal máxima (não mais “mínima”) 6 • r e v i s ta m i x


de oito caracteres por centímetro e o caractere não poderá ter altura inferior a três milímetros; quanto ao espaço para intervalo/ repouso/alimentação – se houver mais de um intervalo todos devem ser registrados no comprovante, constando data de início e fim dos mesmos; quanto ao uso de equipamentos estrangeiros – o fabricante estrangeiro será tratado igualmente ao nacional. Nesse sentido, todas as informações referentes ao produto, do manual do usuário até inscrições contidas no corpo do equipamento, devem estar em língua portuguesa. Vale lembrar que o empregador só poderá utilizar o sistema de Registro Eletrônico de Ponto se possuir os atestados emitidos pelos fabricantes dos equipamentos e programas utilizados (Art.19 Portaria 1.510 de 21 de agosto de 2009). Os empregadores também poderão adotar sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho, desde que autorizados

por Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. Nesse caso, os sistemas alternativos adotados deverão cumprir os seguintes requisitos: o cumprimento integral pelo empregado da jornada de trabalho contratual, convencionada ou acordada vigente no estabelecimento; deverá ser disponibilizada ao empregado, até o momento do pagamento da remuneração referente ao período em que está sendo aferida a frequencia, a informação sobre qualquer ocorrência que ocasione alteração de sua remuneração em virtude da adoção de sistema alternativo. Além disso, os sistemas alternativos não devem admitir restrições à marcação do ponto, marcação automática do mesmo, exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada, alteração ou eliminação dos dados registrados pelo empregado. Já para fins de fiscalização, os sistemas alternativos eletrônicos deverão estar disponíveis no local de trabalho; permitir a identifica-

ção do empregador e empregado; possibilitar, através de central de dados, a extração eletrônica, esta somente por parte do auditor do trabalho, e impressa do registro fiel das marcações realizadas pelo empregado, por parte de ambos. Atenção varejistas: caso não haja Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho que discipline a adoção de sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho, eletrônicos ou não, para determinada categoria ou empresa, deverá o empregador optar por um dos sistemas tradicionais, conforme legislação vigente a respeito do controle de duração do trabalho.

Para mais informações acesse: http://www.mte.gov.br/legislacao/ portarias/2009/p_20090821_1510.pdf

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Consumidor

Alex Fernandes

Gôndolas saudáveis para clientes exigentes

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Fotos: Alex Fernandes

Um maior consumo de orgânicos, integrais, sem glúten, com menos gorduras e ricos em fibras e vitaminas nos supermercados revela uma tendência de comportamento dos brasileiros: a familiarização com as qualidades nutritivas dos alimentos do dia-a-dia. O que ele precisa é de informações mais detalhadas, orientação e facilidade de escolha. E as lojas podem oferecer isso a ele, informando melhor sobre os benefícios e propriedades desses produtos em tablóides, cartazes e lousas, numa linguagem de fácil entendimento. Para aproveitar a boa aceitação dos produtos, algumas redes optam por expô-los em uma seção exclusiva para saudáveis. Em se tratando de integrais, alguns consultores acreditam que a melhor forma de exposição destes itens é junto à categoria tradicional, para incentivar o consumo em massa. Uma pesquisa feita pela Around Research, a pedido do Supermercado Moderno, mostra que o brasileiro conhece quais alimentos são bons ou ruins para a saúde. A maioria passou a consumir integrais, funcionais e diet/light no último ano e também se dispõe a pagar até 15% a mais por eles. De acordo com Ivan Zurita, presidente da Nestlé, “O brasileiro está mais consciente em relação ao consumo de alimentos saudáveis e é por isso que a empresa tem evoluído na oferta desses produtos”, afirma. A pesquisa Around/SM apontou também os itens introduzidos na alimentação no último ano por serem considerados saudáveis. Entre eles, os integrais são os que mobilizam maior percentual de respondentes: 62% do total. A Jasmine Alimentos tem em sua linha de alimentos naturais, integrais e orgânicos, mais de 100 itens. Destes, 25 são produtos orgânicos, certificados pelo Instituto Biodinâmico (IBD), de acordo com normas internacionais de controle e rastreabilidade, desde a produção no campo até o processamento e o empacotamento. “Os produtos são facilmente encontrados pe-

los consumidores, pois são distribuídos para as principais redes de supermercados nacionais e regionais, além de lojas especializadas, conveniências, farmácias e drogarias, em todo o Brasil, além do comércio exterior. Quem consome os produtos da Jasmine Alimentos tem consciência de que fez a melhor escolha para a promoção de sua saúde e de seu bem-estar”, explica o Diretor Comercial da Natures Distribuidora, Ricardson Cézar de Azevedo, que leva os produtos Jasmine e de mais 30 marcas com exclusividade para todo o estado do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Se o varejista já desconfiava, agora pode ter certeza. De acordo com a pesquisa, 85% dos respondentes não se importam em pagar mais por alimentos saudáveis. Os produtos que indicam esse resultado são os orgânicos, os enriquecidos com fibras e vitaminas e os integrais – 85% dos pesquisados –, além dos que possuem ômega 3 e 6, 82% do total. Para Ricardson, existiram muitas mudanças no mercado de produtos naturais e o crescimento no varejo deste nicho é considerável: “Há uma grande procura para se chegar à melhor idade com muita saúde e disposição. Alguns supermercadistas que nunca apostaram nos naturais, hoje se rendem a eles e quem não aderir com certeza está perdendo, tanto em lucratividade como na insatisfação do seu cliente”. O faturamento desse mercado no Brasil chegou a US$ 15,5 bilhões (R$ 28,3 bilhões), no ano passado, segundo o Euromonitor, que prevê crescimento de 40% até 2014. Em 2009, o faturamento geral da indústria de alimentos alcançou R$ 246,7 bilhões no País. A informação é da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação). São os brasileiros percebendo que uma vida saudável passa, primeiro, por bons hábitos alimentares. r e v i s ta m i x • 9


c apa

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Mães

mais bonitas, supermercados mais felizes

Desenvolver segmentos, melhorar o desempenho de itens de alto giro, oferecer mais promoções e serviços sob medida. O mês das mães oferece uma grande oportunidade aos varejistas para o investimento no setor de beleza. Há um trabalho árduo a ser realizado, mas vale a pena pela boa lucratividade e vendas que crescem em ritmo acelerado. Com as mamães encontrando tudo o que precisam nas lojas para ficarem mais atraentes, ponto para os varejistas, que terão lucros garantidos. Afinal de contas, uma mãe é, antes de tudo, uma mulher que gosta de se sentir bem consigo mesma e adquirir produtos que a deixem mais bonita. A empresa Riograndense Distribuidora trabalha, na linha feminina e de bebês, com as marcas Unilever, Johnson&Johnson e Reckitt Benckiser. Segundo Alex Dias, Gerente de Trade Marketing do Grupo, a linha capilar e de hidratação corporal são os itens femininos mais explorados nos super-

mercados. O primeiro, pelo alto giro, e o segundo, em consequencia do aumento de consumo. Para o Gerente é preciso investir em materiais de divulgação para atingir as consumidoras: “Materiais de merchandising, abordagem, e planogramas pré-definidos pela indústria, que mostram aos distribuidores qual o posicionamento ideal para os produtos e controle do posicionamento de preços ao consumidor são fundamentais”. Oferecer brindes é uma ação que pode acelerar as vendas de produtos de beleza nas lojas. Uma pesquisa feita pela consultoria Around Research mostrou que eles são valorizados por 56% das mulheres. E esse benefício é, muitas vezes, mais interessante do que a oferta de preço. A exposição dos produtos é um fator importante na hora de influenciar as mais vaidosas. A recomendação é colocar shampoos e condicionadores próximos um do outro, por serem comprados juntos. Depois disso, deve-se organizar r e v i s ta m i x • 1 1


por tipo de cabelo e, por fim, pela faixa de preço. Manter as gôndolas sempre cheias de itens e colocar cada versão perto da etiqueta correta de preços é uma boa dica para os supermercadistas. É preciso que os repositores façam várias rondas ao dia, pois os clientes costumam manusear os produtos, deixando-os na ordem incorreta de exposição. Se o varejista promover bem os itens, a consumidora pode até migrar de outros canais, como farmácia, para o supermercado. Uma dica da Unilever para estimular a compra de condicionadores é usar tabloides educacionais. A ideia é explicar para a mu-

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lher como obter melhores resultados com o uso da linha completa para cabelos. Outro item que pode ser explorado nas gôndolas é o esmalte. Em pesquisa realizada pela fabricante Mundial/Impala, Todas as semanas, 56% das mulheres brasileiras jovens cuidam das unhas. Desse total, 86% afirmam ter o hábito de aplicar esmaltes. Ainda segundo o estudo, 29% das mulheres utilizam esmalte duas vezes por semana e 40% gostam de combinar a cor das unhas com a das roupas. Já no mercado total – e não apenas entre as mulheres jovens – tonalidades claras e transparentes são preferidas

por 34% das consumidoras. Em segundo lugar aparecem os tons de vermelho, indispensáveis para 26% das entrevistadas. As redes que atendem a consumidora de alto poder aquisitivo podem ousar um pouco mais no mix. Para Alex Dias, existem alguns produtos que podem ser mais explorados pelos supermercadistas: “O nicho de mercado referente à linha de depilatórios como Veet e as linhas de tratamentos faciais como Neutrogena, ainda está muito restrito ao canal farma, no entanto, deve-se atentar para o valor agregado e, em consequencia, a rentabilidade que estes produtos trazem”.


Gui Clementino

Informe publicitário

Hotel-Escola Senac Barreira Roxa promove noites temáticas Em 2007, surgiu a ideia de proporcionar aos alunos do Senac dos cursos de Cozinheiro Profissional, Garçom e Barman mais uma atividade prática na área de eventos que complementasse e enriquecesse a formação desses profissionais. Assim, surgiu o projeto Noites Temáticas promovido pelo Hotel-Escola Senac Barreira Roxa, que já faz parte do calendário gastronômico da cidade. O evento se tornou referência com a tradicional Noite Italiana, que há quatros anos é realizada toda última quinta-feira do mês e proporciona aos clientes o melhor da culinária italiana, acompanhada de um bom vinho e música ao vivo. Com o sucesso do evento, o hotel agora inova e investe ainda mais em uma programação temática e diversificada. No mês de abril foi realizada a primeira Noite Espanhola. Depois da grande repercussão, a próxima edição será a Noite Portuguesa. Outro diferencial desse projeto é a participação do público. Normalmente, os res-

taurantes dos hotéis são frequentados apenas pelos hóspedes, mas no Barreira Roxa os natalenses também têm a oportunidade de saborear um culinária de qualidade a um preço acessível. A cada evento uma novidade no cardápio e na programação. É a qualidade e referência do Senac que chega mais uma vez até você. Atuando no Rio Grande do Norte há 64 anos, a instituição tem a missão de educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo. Além de Turismo e Hospitalidade, o Senac também oferece cursos nas áreas de Comércio e Gestão, Comunicação, Idiomas, Informática, Conservação e Zeladoria, Imagem Pessoal, Saúde e Beleza. Ficou curioso? Aprecia uma boa comida, música e bebida? Então não perca tempo! O restaurante do Hotel-Escola Senac Barreira Roxa é o seu lugar. Conheça a agenda de eventos do Hotel e faça a sua reserva.

Maio 08/05 – Almoço das Mães 13/05 – Noite Portuguesa (Novo!) 20/05 – Happy hour (Novo!) 26/05 – Noite Italiana

Junho 11/06 – Noite dos Namorados 17/06 – Happy Hour 30/06 – Noite Italiana

Julho 14/07 – Noite Espanhola (Novo!) 22/07 – Happy hour 28/07 – Noite Italiana Informações e Reservas: (84) 4005.1000 barreiraroxa@rn.senac.br

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DESTA Q UE

Divulgação

Equipe do RedeMais Serve Bem

Trajetória

de sucesso

Supermercado é a vida da família Góis. O espírito empreendedor, a visão de futuro e a perseverança são características que fizeram de Gilvan Azevedo de Góis um empresário destaque no setor supermercadista. Junto com dois de seus filhos, os supermercados RedeMais Serve Bem Parnamirim e RedeMais Nova Cruz continuam a rota de sucesso iniciada pelo pai. O empresário iniciou a sua trajetória como fiscal de caixa em 1975, no Minipreço, sendo promovido a subgerente pouco tempo depois, até chegar ao cargo de supervisor geral em 1983. No ano seguinte, a loja foi vendida ao Grupo Pão de Açúcar, que o contratou como supervisor sênior. Após sete anos, percebeu que era chegada a hora de investir em seu próprio negócio e pediu 1 4 • r e v i s ta m i x

para ser desligado da empresa. No início da década de 90, adquiriu as instalações da loja Pão de Açúcar no município de Ceará Mirim e fundou, junto com o irmão, Jurandir de Góis, e o sobrinho, José Sally de Araújo, o supermercado Serve Bem. Seis anos mais tarde, após perceberem que o negócio no ramo de supermercados estava dando certo, os sócios inauguraram a primeira filial, o Serve Bem II, também em Ceará-Mirim. Essa foi a época em que os filhos de Gilvan começaram a despertar interesse pela empresa, viajando aos finais de semana de Natal para o interior, ajudando a embalar, empacotar e pesar os produtos nas lojas. No ano seguinte, a empresa se expande, desta vez para Natal, com a inauguração do Serve Bem III, na Cidade da Esperança. Em


Fotos: Divulgação

Gilvan Mikelyson, presidente da RedeMais Supermercados. Ao lado, as lojas RedeMais Serve Bem Parnamirim e RedeMais Nova Cruz.

2000, a loja II foi transferida para o município de Parnamirim e passou a ser administrada por Gilvan Mikelyson – o filho mais velho – um farmacêutico bioquímico que desistiu de seguir carreira na profissão para se dedicar aos negócios da família. Ele fala com orgulho dos primeiros momentos na experiência com os supermercados: “Meu pai me levava até a loja para aprender a dar valor ao esforço que era o trabalho no varejo. Foi quando passei a gostar da atividade. Mas ele queria que eu concluísse minha faculdade para seguir uma carreira diferente, pois achava sua atividade muito puxada. Mas já era tarde. A atração pelo comércio era tanta, que assim que terminei o curso, trabalhei pouco tempo na área e logo retornei ao supermercado”. Já o filho mais novo, Gilney Michel, participava diretamente dos negócios desde os 12 anos de idade: “Como estudávamos na se-

mana, íamos todos da família ajudar nosso pai nas feiras de sábado”. A partir dos 13 anos, a participação ficou mais efetiva e ele passou a ajudar na passagem das carnes, frutas e verduras. Quando houve a mudança da administração para a loja de Natal, ele ficou encarregado de fazer entrega em domicílio e atuou como fiscal de caixa. Hoje, Gilney trabalha como Gestor de Tecnologia da Informação, nos dois supermercados. Em 2003 as três lojas Serve Bem foram separadas e cada sócio assumiu o comando de um supermercado, ficando Gilvan de Góis na administração da loja de Parnamirim, junto com o primogênito. Atualmente, além da loja já citada, Mikelyson está à frente da mais recente loja: a RedeMais Nova Cruz, inaugurada em 2008. Todas elas integram o RedeMais Supermercados, na qual Gilvan Mikelyson é o atual presidente. r e v i s ta m i x • 1 5


Nos dias de hoje

Casais sem filhos, Oportunidade nos supermercados Por Maria Clara Lima

Alex Fernandes

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O retrato da família tem mudado a cada geração. Diminuído, segundo sensos no mundo inteiro. No Brasil, o IBGE informa que o número de casais que optam por não terem filhos já chega a 17%. O nordeste acompanha essa tendência, e menos de 50% das famílias são constituídas por casais com crianças. Na década de 80, a média familiar chagava a cinco pessoas. Atualmente, esse índice foi reduzido para 2 ou 3 crianças por casal. Muitos fatores contribuíram para essa mudança no perfil das famílias brasileiras. O aumento de mulheres trabalhando e a alteração de valores culturais podem ser dados como exemplos importantes para esse fato. Isso quer dizer que a família brasileira está cada vez mais compacta, refletindo diretamente no consumo e na economia do país. Mais dinheiro para gastar com coisas menores A renda familiar é outro fator determinante para os núcleos conjugais. Quanto maior a família, menor a renda dos casais. Pessoas que optam por não terem filhos após o casamento têm a renda mensal média de R$ 2.300. O perfil de consumo dessas pessoas influencia diretamente nos supermercados, que preci-

sam estar atentos a essa mudança. Para o varejo, o bom momento econômico pelo qual passa o país e a chegada dessa nova clientela, abre uma porta para novas possibilidades e também ajustes. Esses casais não estão interessados em produtos ‘tamanho família’ e devem ser tratados como indivíduos – e não como uma unidade. Isso significa oferecer um maior mix de mercadorias disponíveis em unidades. O cenário das lojas rapidamente muda, e onde antes víamos carrinhos lotados, entrega massiva de produtos e promoções no estilo atacadista, agora deve ser adotado um modelo mais compacto de layout e uma comunicação cada vez mais direcionada. Consumo Sustentável A redução no tamanho das embalagens e a prática do consumo consciente é um fator de estímulo para esse tipo de freguesia. Os casais sem filhos consomem produtos com embalagens menores ou biodegradáveis. Esses consumidores procuram alimentos de fácil preparo e produtos considerados supérfluos. A variedade é a grande atração. Se você procura agradar essa cliente, aposte no mix de produtos e nas porções reduzidas.

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síntese jurídica

cedida

Acordo coletivo e Lei Municipal autorizadora para abrir em Domingos e Feriados Ro d r i g o M e n e z e s da C o s ta C â m a r a *

Atualmente muito se discute na seara trabalhista acerca da possibilidade de abertura de supermercados em domingos e feriados, posto que há o confronto permanente entre a concessão do descanso semanal remunerado preferencialmente aos domingos, como prevê a Constituição de 1988 em seu art. 5º e a necessidade da população que ante o crescimento de atividades no decorrer da semana encontra neste dia condição para realizar suas compras. Juridicamente existem leis esparsas que tratam sobre o assunto, conferindo, inclusive, direito aos supermercados de abrirem aos domingos e feriados sem prévia autorização por Convenção Coletiva (art. 7º do Decreto nº 27.048 de 12 de agosto de 1949). Todavia, recentemente o Tribu-

nal Superior do Trabalho, instância máxima da Justiça Trabalhista, decidiu, quando do julgamento do RR: 30600-61.2008.5.03.0148, que prevalece a aplicação do artigo 6º-A da Lei 10.101/2000, que trata do trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, permitindo o funcionamento de estabelecimentos, como supermercados, em feriados, mediante autorização em norma coletiva de trabalho e observada a legislação municipal. A decisão assevera que não ignora a urgência do atendimento às necessidades da população em dias de feriados. No entanto, a relatora do recurso acredita que o foco é outro, vez que “não se pode também olvidar a realidade do trabalhador, compelido a laborar em feriados civis ou religiosos, sendo inconcebível

admitir que uma lei datada de dezembro de 2007 seja solenemente relegada”. Assim, com base neste entendimento do TST, 8ª Turma, temos que o supermercadista deve ser cauteloso ao determinar o trabalho aos domingos e feriados, buscando celebrar acordo coletivo de trabalho junto a entidade sindical representativa dos empregados, bem como observar a legislação municipal, para que no futuro não venha a sofrer com demandas trabalhistas.

* Advogado Trabalhista rodrigo@almeidaduarte.com.br




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