CARREIRA TRAVADA?
5 erros
Que impedem você de avançar Maria Elisabeth Villela Gouveia
CARREIRA TRAVADA?
5 erros Que impedem você de avançar
Maria Elisabeth Villela Gouveia 2019 Todos os Direitos Reservados
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QUEM SOU EU E PORQUE ESTOU AQUI? Eu sou Maria Elisabeth Villela Gouveia e meu propósito é encorajar e apoiar executivos a destravar suas carreiras sem abrir mão dos seus valores e da sua autenticidade. Sou uma mineira, de 56 anos, casada, moro em Brasília há 19 anos, terra que adotei como minha logo que cheguei. Sou alguém que se encanta ao ver o potencial humano se realizar, quando acompanho o desenvolvimento de executivos e executivas em suas carreiras. Mas quero te contar como essa história entrou na minha vida e como cheguei a esse lugar onde hoje me encontro. Trabalhei na Caixa Econômica Federal por quase 32 anos. Muito tempo, né?
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No decorrer dessa carreira eu progredi, mudei de função, lidei com muitas pessoas diferentes e me orgulho do meu percurso. E pode parecer a você que foi um mar de rosas, mas não foi bem assim. Nem tudo foram flores. Houve também muitos espinhos. Ocupei várias posições executivas em quase 27 anos, sempre em movimento ascendente e constante, que foram ampliando meus conhecimentos e habilidades. Veja como subi os degraus:
Cargos Diretora Executiva de Organização e Estratégia Gerente Nacional de Programas Sociais Consultora Estratégica de Vice Presidente Gerente de Produtos de Interesse Social Gerente de Agência Chefe de Divisão de Empréstimos Comerciais Gerente de Núcleo de Pessoa Física
Anos no cargo
Unidades CAIXA
5 1,5 4
Matriz Brasília
6,5 3,5 4 2
Região Triângulo Mineiro
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Tive muitos desafios nesses espaços de gestão, sendo que o maior de todos foi lidar com as diferentes chefias a quem fui vinculada. Veja: Tive um chefe que transgredia normas estabelecidas e no modo dele de enxergar, era normal. Como aquilo me doía. Outra vez fui vinculada a um gerente que desautorizava a mim e aos outros colegas do meu nível. Nossas vozes não eram ouvidas, embora o discurso fosse de gestão compartilhada. Pense o quanto me sentia pequena naqueles momentos. Numa outra ocasião trabalhei com um executivo com o qual eu me sentia inibida para contar os meus desejos e as minhas necessidades. Era uma contenção diária. Tive também uma gestora que desqualificava todos os trabalhos que eu entregava - textos, apresentações, etc. - e eu estava acostumada a ganhar elogios dos gestores anteriores. Me dava vontade de desaparecer. Aquilo mexia comigo de um jeito que é até difícil explicar. Em todos esses casos acima meus valores e minha autenticidade eram constantemente confrontados, o que tornava difícil lidar com as situações que se apresentavam em nossas relações corporativas. Com esses chefes eu acertei e também errei.
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E por meio da dor fui descobrindo novas formas de ser e de fazer, dei a volta por cima, o que hoje me habilita a cumprir essa nova missão. Sobre esses erros e o aprendizado a partir deles, vou falar mais à frente nesse e-book. Mas retomando a jornada, quando fui me dando conta de que estava prestes a completar meu tempo de serviço, comecei a estudar o que eu queria fazer depois que me desligasse da empresa, com a certeza de que desejava uma nova carreira. Eu queria um “segundo tempo” que também me brilhasse os olhos. E naquele vai e vem de pesquisas, análises, em meio às ambiguidades naturais do momento, me perguntei: O que posso fazer com tudo o que eu aprendi no exercício da gestão, que possa fazer diferença no mundo? E foi aí que senti um CHAMADO, uma obrigação moral, uma missão de partilhar os meus conhecimentos de 32 anos de experiência que nenhum curso, nenhuma faculdade, ninguém pode prover. Isso mesmo. A resposta chegou pra mim: Apoiar executivos e executivas a superar as mesmas dores que vivi na gestão.
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Na verdade, toda a experiência que eu tenho, tanto a adquirida no dia a dia, como a de toda a formação que eu recebi, busquei e apliquei, me capacitam a cumprir essa missão. E é por isso que agora eu coloco-me a serviço do desenvolvimento de executivos (as), pois é algo que me gratifica todos os dias. É sobre isso que vou seguir contando um pouco para você nesse e-book: os principais erros e alguns possíveis caminhos para os quais é importante a atenção dos executivos e executivas para crescerem em suas carreiras, sem abrir mão dos seus valores e da sua autenticidade. Eu desejo que você navegue nesse mar da gestão de forma mais fluida que eu naveguei, que você não fique estacionado (a) ou travado (a) e para tanto, eu tenho uma metodologia sobre a qual discorro a seguir.
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Índice • Bônus e Ônus..................................................... 9 • Relacionando-Se.............................................13 • Pancadas............................................................15 • Boca Fechada...................................................18 • Explosão.............................................................20 • Uma Rota...........................................................22 • Primeiro Erro.....................................................24 • Segundo Erro....................................................26 • Terceiro Erro......................................................28 • Quarto Erro........................................................30 • Quinto Erro........................................................32 • A Minha História.............................................34 • Está Na Sua Hora?..........................................36
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BÔNUS E ÔNUS Quando assumimos um cargo de gestão logo vem à cabeça a possibilidade de fazer coisas grandiosas pela empresa, de ter mais voz, de exercer a liderança exemplar, de realizar mais, de produzir mais resultados, de resolver problemas, enfim, um mundo de possibilidades se apresenta. Funciona assim com você também? Isso era o que eu sentia e o que tenho ouvido dos clientes que acompanho. E como tudo na vida, numa nova posição empresarial há os bônus e há os ônus. E não raro muitas pessoas nesses cargos, experientes ou não, enfrentam situações que podem retirá-las do eixo que desejavam originalmente. 9
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Veja se essas questões dizem respeito a você de alguma forma e responda Sim ou Não, com toda sinceridade:
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Tem se sentido ou já se sentiu falso (a) por não ter coragem de expressar o que pensa? Sim ( ) Não ( ) Em algum momento você pensou que necessitava ou necessita hoje falar algo, mas deparou-se ou deparase com dificuldade de abrir uma conversa? Sim ( ) Não ( ) Em algum momento você sentiu ou sente atualmente medo de se expor publicamente? Sim ( ) Não ( ) Você tem se sentido pequeno (a) e enclausurado (a) em seu mundo particular? Sim ( ) Não ( ) Alguma vez você enfrentou ou está enfrentando no momento dificuldades na relação com seu superior? Sim ( ) Não ( ) E você tem se sentido acuado (a), com medo do que pode acontecer? Sim ( ) Não ( ) Você tem sentido que as emoções às vezes o (a) comandam? Sim ( ) Não ( ) 10
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O que você conclui nesse pequeno teste? O mais recorrente é que você responda “sim” a pelo menos três das questões acima e muito provavelmente você está lendo esse e-book por essa razão. Veja que por conta de situações como essas, eu reagi em diversos momentos de forma errada. Lembra-se das chefias que lhe falei antes na página 5?
Pois é. Com aquele chefe que eu não tinha coragem de falar, não fui autêntica em alguns momentos e isso acabou gerando dificuldades mais para frente nas minhas relações quando eu resolvi ter voz. Igualmente, guardei para mim, por muitas vezes, os meus desejos e necessidades e fiquei sofrendo sozinha em vez de me posicionar. Com aquele gestor que nos desautorizava e não nos ouvia, muitas vezes fiquei remoendo assuntos por longo tempo e calei-me por falta de coragem de me dirigir a ele.
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Com aquele executivo que transgredia normas, também não me posicionei em alguns momentos cruciais e as decisões tomadas por algumas vezes feriram meus valores essenciais. Com aquela gestora que desqualifica meus trabalhos, muitas vezes me deixei ser consumida por determinadas emoções de um modo que acabou por me prejudicar e afetar até minha saúde. Sem contar que fui muito afoita em determinados momentos com outros chefes, querendo resolver coisas tempestivamente e algumas vezes obtive resultados ruins e fui incompreendida. Em alguns momentos fui excessivamente franca e isso magoou pessoas da minha relação profissional, incluindo superiores e pares. E também recuei de fazer algumas apresentações achando que estava me preservando, mas na verdade acabei por perder oportunidades. Você pode ver que essas minhas reações não me trouxeram nada de positivo, e que, no fundo, eu queria mesmo era expressar minhas emoções e ficava me sentindo pior do que antes de as expressar. Nessas circunstâncias, estavam me faltando outras competências, que ninguém havia me ensinado, até aquele momento, e que vieram a me ser muito úteis depois que as aprendi. Falarei delas mais adiante nesse e-book 12
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RELACIONANDO-SE É bem provável que você venha investindo muito em competências técnicas para dar conta das suas atribuições. Por que mesmo diante de tantos diplomas, sua carreira ainda está travada, não flui como você tem vontade? A inteligência relacional é uma soft skill 1 muito falada hoje em organizações de alta performance e ela é determinante para o avanço da carreira, dado que a pessoa pode ser promovida por competência técnica, mas geralmente não se segura se não tiver competência relacional. Então a inteligência relacional é uma das competências mais importantes nas relações empresariais.
1 - Soft skills: É um termo em inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades comportamentais, competências subjetivas difíceis de avaliar. Também são conhecidas como people skills (habilidades com pessoas) e interpersornal skills (habilidades interpessoais). São normalmente analisadas junto com as hard skills (habilidades técnicas) na seleção e contratação de profissionais pelos departamentos de RH.
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Por conta de não saber gerir todas essas emoções que surgem por situações como as que referi acima, falamos de um modo que não deveríamos, e muitas vezes somos destrutivos, quando deveríamos construir. Isso tem acontecido com você? Então houve momentos em que a minha franqueza acabou me prejudicando. É verdade!! Veja uma experiência que tive: Numa determinada avaliação de desempenho anual, perdi uns pontos e no feedback com meu chefe, ele disse que a questão não era o que eu dizia, já que era verdade, mas o jeito que eu dizia estava ferindo pessoas com as quais eu convivia no trabalho. Eu não descobriria isso se não fosse explicitado, pois replicava no ambiente de trabalho o que eu havia aprendido na minha casa de infância. A regra era que deveríamos dizer a verdade por mais doída que fosse. A lição que ficou foi sobre a necessidade de lidar bem com as emoções no ambiente corporativo. E com essa experiência eu percebi que todo o nosso percurso de vida, desde que nascemos, influencia a forma como lidamos com a nossa carreira de executivos, e isso, ninguém nunca havia me dito antes. Aprendi da forma mais difícil: sofrendo com isso. É também para evitar que você passe pelo mesmo que passei, é que partilho essa experiência.
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PANCADAS Igualmente em alguns momentos, fui muito afoita, querendo resolver coisas tempestivamente e várias vezes obtive resultados insatisfatórios. Acredito que as “pancadas” que levei por conta disso, em conjunto com o amadurecimento, tenham me possibilitado adquirir maior maturidade emocional. Pense em você nesse quesito. Você é afoito (a) também? E já que estamos no tema das emoções, naquela noite que antecede uma apresentação ou uma reunião importante como você fica? Tem conseguido relaxar? Dorme tranquilamente? Eu ficava bem tensa nos dias antes de um evento como esse, muito em função da exposição e da necessidade que eu tinha de aprovação pelos outros. 15
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O dia que eu mais tremi nas bases foi num momento em que precisei fazer uma fala para 900 pessoas, todos os gestores chefes de unidade da empresa. Foi muito estudo, muito treino, muitos combinados com os palestrantes – anterior e o seguinte – para que déssemos o recado de forma apropriada. Enfim aconteceu, e depois restou a ressaca da tensão. Aprendi a importância do centramento para ter presença necessária e também a relevância da harmonia entre o discurso, a emoção e o que eu demonstrava no meu corpo. Muitas vezes eu me oferecia para desenvolver conteúdos, para que outros colegas fizessem as apresentações e com esse comportamento, eu achava que estava me preservando.
Mal sabia eu que, na realidade, estava perdendo oportunidades.
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Só anos mais tarde, quando aprofundei o estudo das personalidades, percebi que certas reações minhas eram normais para o meu tipo de personalidade, e percebi também que me conhecendo mais nesse aspecto, eu poderia superar melhor esses obstáculos. Na verdade, a nossa personalidade tem muita influência no jeito como gerimos a nossa carreira, na forma como reagimos a certas situações e no modo como nos sentimos perante certos comportamentos. Só que quando não conhecemos a nossa personalidade, nós nos culpamos, nos punimos, e pior, voltamos a cometer os mesmos erros por vezes, sem saber bem o porquê. Já aconteceu com você? Quando conhecemos a nossa personalidade, passamos a deter mais o comando, porque podemos agir de forma consciente, para melhorar a forma como pensamos, agimos e sentimos num ambiente pessoal e profissional.
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BOCA FECHADA No meu percurso, aconteceu por diversas vezes de eu ficar guardando, pensando e remoendo assuntos por muito tempo, por pura falta de coragem de abrir conversas, de publicar questões que me incomodavam. Pode ser que você também esteja enfrentando dificuldades para conversar com o seu chefe e a comunicação entre vocês tenha estado um tanto truncada e com brechas, o que muito provavelmente, provoca frustração em você, já que os projetos nem sempre avançam como você queria. ...E é bem possível que você tenha receio de que a situação nunca mude e acaba por ficar descrente em relação ao futuro. Faz sentido o que estou dizendo?
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Também quero contar com um pouquinho mais de detalhes o que pincelei anteriormente nesse e-book. Numa ocasião trabalhei com um executivo com o qual eu me sentia inibida para contar os meus desejos e as minhas necessidades. No início eu fui fazendo as coisas do jeito que ele orientava, mesmo meio contrariada. Entretanto, eu não estava sendo autêntica e isso me fazia muito mal, pois eu não era eu. Com o passar do tempo, comecei a demonstrar um pouco mais o meu descontentamento, o que fiz com bastante cuidado e ele passou a me escutar. Fomos nos afinando tanto, que às vezes ele me dava um comando e pela minha reação, ele já dizia: “Você não está gostando, né? O que seu coração está mandando?” E assim passamos a nos entender na relação líder/ liderado e somos amigos até hoje. Aprendi que vale a pena mostrar o que sentimos e pensamos.
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EXPLOSÃO É possível que você tenha lidado ou esteja lidando com pessoas cujos valores sejam bem diferentes dos seus e na minha vida corporativa não foi diferente. Veja se você já vivenciou coisas parecidas com o que vou te contar: Tive um chefe que transgredia normas e achava que era normal. O mesmo gerente desautorizava a mim e aos outros gerentes do meu nível. Nossas vozes não eram ouvidas, embora o discurso fosse de gestão compartilhada. O tempo foi passando e eu fui ficando com aquela recorrência “encalacrada” na garganta, até que um dia eu explodi: “Você fala que a sua gestão é participativa, mas não vejo nada disso na prática....” e citei os motivos pelos quais eu embasava minha fala. 20
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Sem entrar nos detalhes do que ocorreu na sequência, aqui importa reconhecer que errei na forma com toda certeza, pois poderia ter feito um outro tipo de abordagem, porém não tive coragem anteriormente e naquele momento o que verbalizei, foi sem planejar.
Aprendi que os valores das pessoas são diferentes e que é necessário explicitar o que nos incomoda para as pessoas das nossas relações profissionais, porém é importante ter jeito para tal, de modo a respeitar o outro.
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UMA ROTA Assim como eu agia, eu imagino que para viver nesse espaço angustiante, você acaba, como eu, procurando alternativas, entre elas, livros, cursos, mestrado, formações no exterior e outros assemelhados. Fiz isso por algumas vezes. Mas será esse o melhor percurso mesmo? Por mais frentes que você tenha aberto e por mais ações que você venha empreendendo nesse sentido, superar essas adversidades por meio de um processo feito de forma estruturada, passo a passo, pode fazer toda a diferença. Quando percorremos um caminho com um guia, o nosso destino fica bem mais próximo e tangível.
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E você pode descobrir novas perspectivas e experimentar formas diferentes de agir no mundo e no seu escopo de trabalho.
Se você nunca viveu essas situações relatadas antes; caso já tenha vivido no passado, mas agora está sob controle; se estiver passando no momento por situações como as descritas e não sabe como navegar com segurança por essa seara; seja qual for o seu momento agora, perguntese: Se for mesmo possível o crescimento que aspiro na carreira sem abrir mão dos meus valores e da minha autenticidade, o que é essencial acontecer? Selecionei 5 Erros que podem empacar o seu crescimento. Estão na sequência.
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PRIMEIRO ERRO: Não ser você mesmo Numa relação de trabalho há três ângulos: você, seu chefe e a relação entre os dois. E cada uma dessas partes precisa de espaço e também de preservar sua identidade. Se você não se respeitar primeiramente, não poderá respeitar as outras partes. Você pode estar se perguntando porque considerar a relação um ente ou uma parte. É simples e fundamental: À medida que as relações se estabelecem dentro das instituições, se o “eu” impera, dificilmente emergirá algo grandioso. Quando conseguimos que o “nós” seja o norte, a probabilidade de sucesso se potencializa.
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Geralmente oferecemos o que temos disponível, ou seja, não podemos dar o que não temos. Você pode se questionar em que medida deve endurecer e/ou que tanto pode ceder. Você pode se observar e avaliar se tem atuado de acordo com a sua identidade, como se sente agindo da maneira como age, o quanto você e seu superior imediato estão alinhados ao olhar para o terceiro ente que é a relação entre vocês. Nessa é hora é importante avaliar o quanto você se conhece: • Já parou para pensar sobre isso? • Esse estágio de autoconhecimento em que você se encontra tem aberto ou fechado possibilidades na sua vida profissional? • O que esse jeito de estar no mundo tem causado a você?
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SEGUNDO ERRO: Esconder, do seu chefe, seus desejos e necessidades Você pode se perguntar para onde esse comportamento de ocultar o que deseja e necessita está levando você. Você pode analisar se ele está alavancando ou travando a sua carreira. É muito provável que esteja empacando. E você sabe quais são, de fato, as suas necessidades e os seus desejos? Ou está “deixando a vida te levar”, como diz a música cantada por Zeca Pagodinho? Um barco sem leme vai para onde o vento levar. 26
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Que tanto você está consciente do que quer? Esse “esconder o que deseja” do seu superior certamente tem protegido você de alguma coisa e foi assim que você aprendeu a viver. Já parou para analisar o quanto isso tem prejudicado você? Quais são os comportamentos que você precisa mudar para deixar de incorrer nesse erro? Quais são as forças que você necessita adquirir ou descobrir que possui?
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TERCEIRO ERRO: Calar-se quando deveria falar Você pode se perguntar, como saberei como vou falar? Como poderei descobrir qual é o momento certo para abordar determinadas coisas? Como vai reagir meu superior? Através do conhecimento da sua própria personalidade e da personalidade do seu superior isso pode ser facilitado. Aí você vai poder escolher o jeito melhor de se expressar e vai perceber qual a forma mais adequada de receber e de ler sua mensagem. Quando agimos assim, superamos a barreira da comunicação e a fluidez acontece. 28
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Precisamos atentar para “escutar” o que está por trás das palavras e ações, pois elas são insuficientes para o entendimento do que possa estar se passando com a pessoa com quem nos relacionamos. Quando conseguimos escutar de forma verdadeira, é mais fácil mover-se com naturalidade na direção do estreitamento das relações. 2
Peter Drucker , escreveu recentemente em um livro:
“
Muitos (executivos) pensam que são maravilhosos com as pessoas porque falam bem. Não se dão conta de que ser maravilhosos com as pessoas significa escutar bem.
Você pode me perguntar porque estou falando de escuta se o ponto aqui é falar. É isso mesmo a provocação.
”
Que tanto a qualidade do diálogo pode favorecer as relações? Você tem escutado de um modo que, a partir do que o outro fala, vocês conseguem construir caminhos, soluções, proposições em conjunto?
2 - Peter Drucker: Foi um escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado como o pai da administração moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da globalização na economia em geral e em particular nas organizações - subentendendo-se a administração moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações, como dizia ele próprio.
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QUARTO ERRO: Desrespeitar seus valores Muitas vezes irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, criados no mesmo lar, tornam-se pessoas com valores muito diferentes. Se dentro de casa isso ocorre, imagine com pessoas nascidas, crescidas e que viveram em ambientes totalmente diferentes. Por que é tão difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós? Por que o que nos importa, muitas vezes não importa ao outro? Como é desgastante lidar com essas desigualdades no mundo do trabalho. 30
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Qual será a fórmula para expor o que achamos importante e não queremos abrir mão, sem ferir susceptibilidades? Muitas vezes nossa voz interior grita certas coisas para nós e temos dificuldade de decidir como prosseguir na vida profissional. À medida em que tomamos consciência disso, podemos eleger melhor o que aceitamos e o que não aceitamos numa relação de trabalho. E aí vem outro desafio: Como expressar o que pensamos e o que sentimos? Para onde nossa bússola de valores nos leva? Aquilo que eu vejo, no dia a dia, em carreiras travadas, é que muitos executivos não têm clareza sobre os seus valores, mesmo quando acham que têm, e trazê-los à luz faz toda a diferença.
“
Sabedorias tradicionais afirmam que, quando agimos a partir de profunda integridade, o universo conspira para nos apoiar. Do livro Reiventando as Organizações Frederic Laloux
” 31
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QUINTO ERRO: Deixar as emoções dominá-lo (a) Geralmente temos vontade de dominar certas emoções, principalmente aquelas que consideramos “feias”, aquelas que não gostamos que os outros vejam, como o medo, a raiva, às vezes até a tristeza, porém muitas vezes são elas que nos comandam. Você já se sentiu assim? Sabemos que queiramos ou não, estamos em estados emocionais diversos ao longo de um dia e às vezes mais que um nos habita ao mesmo tempo.
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Há as emoções que vêm e passam e aquelas que parecem nos tomar e ficar instaladas em nosso ser por algum tempo, muitas vezes mais que gostaríamos. De acordo com Daniel Goleman 3, alguns fatores prejudicam o desempenho dos executivos e os líderes inefetivos, segundo estudo que ele cita, careciam, entre outros fatores, de
“
Autocontrole: tinham pouca capacidade de trabalhar sob pressão e tendiam ao isolamento ou às explosões de raiva. Perdiam a compostura, a calma e a confiança em situações de crise ou de tensão.
”
Então o grande desafio é ser competente emocionalmente: usar o medo a nosso favor e não ter medo de sentir medo; usar a raiva como nossa aliada e não ficar com raiva de sentir raiva; utilizar a tristeza para nos autoconhecer e não ficar triste por não querermos conviver com a tristeza. Doi, mas é por aí o caminho.
Então, esses são os 5 erros com os quais eu aprendi no exercício da liderança e que fizeram a diferença em minha carreira de gestora, nos quais muitos dos meus clientes que chegam até mim, têm incorrido também. É muito provável que essas lições possam ser úteis para você também. 3 - Daniel Goleman: Jornalista científico dos Estados Unidos. Escreveu para o The New York Times, principalmente sobre avanços nos estudos do cérebro e das ciências comportamentais. Escritor de renome internacional, psicólogo, jornalista da ciência e consultante incorporado. Recebeu o seu doutoramento em Harvard, onde também dava aulas.
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A MINHA HISTÓRIA Esse tema dialoga de forma próxima com a experiência que tive na gestão na Caixa Econômica Federal, como eu disse no início desse e-book. E tenho acompanhado desde 2015, diversos executivos e executivas, de instituições públicas e empresas privadas e percebo que suas dores são muito parecidas com as que vivenciei como gestora por 27 anos. Assim, consigo perceber a intensidade do seu sofrimento na busca de se tornarem os gestores que idealizam ser. Vejo-os se destravando, se transformando e conquistando novos espaços em suas carreiras a partir do florescer do seu potencial, por meio de uma metodologia testada que tenho utilizado e que tem sido um diferencial poderoso. Então falo com muita convicção que encontrei o meu caminho: apoiar pessoas que querem destravar suas carreiras, que aspiram crescer, que querem alçar voos mais altos do que os já experimentados em suas carreiras.
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Minha metodologia consiste nos seguintes passos:
1
Reconhecer como você atua hoje
2
Escolher o que é bom e o que não lhe serve mais
3
Afastar o que já está esgotado
4
Ganhar novas competências
5
Inventar/inovar no jeito de ser e agir
6
Realizar mais resultados
Pra facilitar, veja como memorizar o método: R.E.A.G.I.R.: Se você não REAGIR, muito provavelmente, nada vai mudar. Por isso eu estruturei o método REAGIR, que ajuda você a reagir diante de uma carreira travada ou bloqueada, para superar esse bloqueio em busca da realização profissional, sem abdicar dos seus valores e da sua autenticidade. Com esse método você vai sair do patamar em que se encontra e vai alçar altos voos, como você almeja. Que tal?
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ESTÁ NA SUA HORA? Qualquer que seja o seu momento, pergunte-se: Se é mesmo possível crescer em minha carreira sem abrir mão dos meus valores e da minha autenticidade, o que estou disposto ou disposta a fazer? Você pode estar pensando que pode fazer esta transformação sozinho (a). E talvez possa mesmo. É uma possibilidade. Agora pense nas vezes que você já tentou, o que você já fez sem um guia, sem um apoio, uma metodologia. Até onde você conseguiu avançar?
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Você pode também optar por não se mover e ficar onde está. É uma escolha legítima e compete tão somente a você. Você tem livre arbítrio. Agora você pode optar por fazer acompanhado (a) por mim, com a garantia de que seguiremos um caminho, que contém um passo a passo, uma lógica para progredir com segurança para o destino que você traçar. Me permita ser bastante direta com você: meu desejo é atender todas as pessoas que me procuram, mas a minha disponibilidade me impede de fazer isso, pois invisto muito nos clientes que estão comigo, já que um trabalho desse nível de transformação mexe profundamente com as pessoas e desse modo, preciso estar inteira em cada processo. Em razão dessa entrega da minha parte, o número de pessoas que posso atender é limitado, e se você está nesse momento, é hora de embarcar nessa oportunidade.
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É importante deixar uma questão bem clara: das pessoas que me procuram para esse processo, eu acolho APENAS aquelas que demonstram total compromisso com o seu processo de transformação, pois é assim que o resultado se tangibiliza. Avalie se esse é o seu momento e o quão comprometido (a) você está com a transformação da sua carreira. Se você perceber que não é a sua hora, está tudo certo. Eu compreendo, também já estive aí. Quando chegar o seu tempo, eu posso apoiá-lo (a). Mas, se você leu o e-book até aqui, tem uma razão. Então, se esse é o seu momento, se você está realmente determinado (a) a destravar a sua carreira, dê o primeiro passo e entre em contato comigo, para que eu possa avaliar a possibilidade de caminharmos juntos rumo à carreira que você tanto deseja. Maria Elisabeth Villela Gouveia Coach e Mentora elisabeth.gouveia@hotmail.com
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Maria Elisabeth Villela Gouveia
Coach pelas Faculdades JK/Homero Reis InteligĂŞncia Relacional e Coaching e pela Newfield Network Escuela Internacional de Coaching OntolĂłgico Mentora pelo Instituto Holos de Qualidade