SUMÁRIO Introdução: Eu no mundo gay.................................................4 Primeira parte: as barreiras......................................................9 Sou gay, e aí?...............................................................................12 Família...........................................................................................15 Social.............................................................................................19 Trabalho........................................................................................22 Uma história de verdade..........................................................24 O outro..................................................................................26 Segunda parte: sentimentos....................................................27 Vergonha...............................................................................28 Culpa......................................................................................30 Medo......................................................................................32 Confusão...............................................................................35 Aceitação...............................................................................36 Final................................................................................................39
INTRODUÇÃO
Eu no mundo gay Quero compartilhar uma situação que aconteceu comigo em São Paulo, fevereiro de 2016, durante um curso que facilitei para mais ou menos umas 60 mulheres. Começo com essa história porque foi um empurrão que faltava para começar a pensar nesse curso. Uma história sobre o mundo gay, sobre “eu no mundo gay”. Estava eu ministrando esse workshop sobre relacionamentos e sobre a busca pelo amor quando no intervalo, uma das participantes me procurou quietinha, dentre outras que ali estavam. Ela chegou com um papelzinho na mão e me pediu para ler em silêncio a pergunta que tinha escrito rapidamente e acanhadamente: “Isso que você está ensinando também funciona para mulher que gosta de mulher?” A dúvida dela era simples: se aquele curso sobre o amor também serviria para mulheres que amam mulheres. Sem pensar duas vezes, parei tudo e dei um abraço muito apertado nela, que me marcou mais do que imagina. Voltar ao sumário
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Lógico que o amor que eu estava abordando e as dificuldades de viver um relacionamento são aplicados ao mundo dela, lógico que o que serve para uma pode ajudar a outra, mas lógico também que a dúvida dela e principalmente a vergonha que ela teve em perguntar em voz alta e mostrar a própria verdade precisam ser consideradas. Por ela e por muitas outras eu estou aqui! Lembro-me de um certo desconforto naquele dia, de pensar em porquê, ainda em 2016, havia tanta diferença entre mulher que gosta de homem e mulher que gosta de mulher. Fiquei pensando em porquê existem rótulos se amor é um sentimento único.
Mas o fato é que, infelizmente, existem sim rótulos. E, enquanto tais rótulos existirem, existirá a diferença, existirá o preconceito. Sou formada como coach e trabalho no mercado brasileiro há mais de 7 anos. Faço sucesso entre as mulheres que buscam relacionamento com homens.
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Algumas buscam homens musculosos, outras magros, algumas querem homens mais velhos, outras mais novos, porque cada uma tem um estilo diferente.
O meu papel de coach é inspirar a mulher a buscar o desejado e ajudar a entender o seu próprio estilo, porque eu realmente não sei o que é bom para cada uma. Não sei se o extrovertido é melhor para a Maria do que o introvertido, nem tampouco sei se o profissional é mais indicado para a Joana do que o atlético. Mas sei que nelas essas respostas existem, só precisam de coaching para clarear o caminho e tirar certezas que atrapalham. Agora, vou inspirar pessoas que buscam o amor e encontram em outros do mesmo sexo. Mulheres que encontram a paixão, o companheirismo, o tesão em outras mulheres. Homens que sabem que com um outro homem viverão uma vida saudável e feliz.
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O fato é: todos nós merecemos viver o amor e querem amar. E, para mim, não há distinção. Penso que para o mundo inteiro também não deveria ter. Por isto, resolvi iniciar um curso totalmente diferente do que já vi: um curso sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo. O amor sem barreiras. Tem algo pessoal, bem pessoal que quero dividir com você: meu filho mais velho é gay. Quando olho para ele, não vejo rótulos, não sinto preconceito e muito menos percebo que há algo errado nele. NUNCA SENTI. Desde que ele era bem pequeno, eu já sabia que era diferente, mas sempre soube que era especial. Não quero expor a história dele, só quero afirmar que do meu lado existiu - desde que ele nasceu - o maior amor do mundo e que quando ele me disse o que eu já sabia, que ele era gay, minha resposta instantânea foi – “Filho, eu sou gay também por você!”, porque somos UM! Então estou aqui, de coração aberto, pronta para inspirar você, que busca um relacionamento amoroso e que escolhe viver de forma saudável, para com você descobrir possibilidades e encontrar uma nova realidade. Mais aceitação, mais perdão, mais compaixão.
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Meu trabalho... Como já mencionei anteriormente, sou uma coach com certificação internacional, com anos de experiência. Levo a sério o meu trabalho de ajudar pessoas a viver uma vida melhor. Não sou psicóloga e nem terapeuta. Portanto, deixo aqui um adendo importante: em alguns casos considero necessária a ajuda psicológica. O coaching pode ter mais sucesso ao casar com outras formas de terapia. Um profissional não exclui o outro. Muito pelo contrário, agrega. E eu estou aqui, como coach, para te ajudar na caminhada, sem tirar o lugar do psicólogo, do amigo, de qualquer outra força que você possa precisar. Por favor, peça ajuda quando necessário! Tenho formação em meditação guiada, EFT, coaching e outras ferramentas que vão te ajudar nessa jornada. Sei que é possível transformar crenças limitantes em crenças fortalecedoras e conquistar uma transformação de dentro para fora. E sei que é possível encontrar o amor. Vamos juntas?
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PRIMEIRA PARTE: As barreiras Assisti a entrevista de uma participantes do The Voice aqui nos Estados Unidos. Ela compartilhou em rede nacional sua história de adolescente. Nasceu numa família cristã e numa pequena cidade do interior. Quando completou 15 anos, ouviu na escola a palavra“lesbian” pela primeira vez. Ao entender o significado da palavra, percebeu que seus sentimentos faziam sentido, conseguiu se definir depois de tantos anos sem compreender reações do corpo. Esse tipo de situação pode acontecer com qualquer menina de 15 anos, ao descobrir o amor, se imaginar no primeiro beijo, visualizar relacionamentos íntimos. Uma menina comum que percebe que não gosta de nenhum menino. Ela até tem atração por eles, mas não passa disso: uma atração carinhosa, um amor de amigo. Não é paixão, não é amor de casal, não tem tesão. Meninas sonham com o amor, querem ter alguém, respiram fundo ao imaginar o toque nas mãos. Mas para algumas meninas essa outra mão é de outra menina, porque a atração por alguém do mesmo sexo inclui tesão, interesse maior, paixão. São elas que mexem com o seu coração. Voltar ao sumário
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Meninos são diferentes, eles nem choram! Mas será mesmo?! E aqueles que se sentem vulneráveis ao olhar do outro e que são sensíveis às emoções? Que no fundo, ao olhar outros meninos, sentem vontade de se relacionar mais intimamente?! No geral aprendemos que homem gosta de mulher e que mulher gosta de homem. A nossa menina de 15 anos ouviu o mesmo. A “Barbie” em um relacionamento feliz com o “Ken”, nunca com outras Barbies. Todos nós crescemos vendo e acreditando nisso. E então, como se aceitar gay? Como nossa menina vai contar para a família que ela é gay? Justo em sua família, cheia de irmãos, todos mais velhos e “bem resolvidos” nos relacionamentos, porque namoram as “pessoas certas”. Como ela, a “princesinha da família”, iria dizer que não nasceu para casar com um príncipe? E tem mais! Como dizer aos seus amigos na escola? O que as meninas vão pensar?! Vamos admitir que existe um turbilhão de perguntas, um questionamento sem fim acompanha a cabeça de um adolescente gay. Essa menina poderia ser qualquer um de nós, qualquer um que se reconhece gay ou se “descobre gay” e não sabe como agir após essa descoberta. Desde cedo, a criança gay lida com problemas de gente grande, sem nem saber o que acontece. Milhares e milhares de pessoas passam por essa situação, alguns assumem rapidamente e lidam bem com isso, outros se calam e vivem mascarados, escondidos dos próprios sentimentos.
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Conheço meninas e meninos que não entendem o que sentem, mesmo depois de adultos. Sabem que tem algo errado, um buraco em algum lugar. Adultos que não querem se sentir assim, que encontram a culpa ou vergonha no dia a dia, mesmo sem ter consciência do quanto a influência desses sentimentos pesam na vida. Afinal de contas, não é fácil saber que nascemos para quebrar regras, que no fundo não somos enquadrados num padrão exposto pela sociedade. E, ser gay, significa fugir regras básicas como por exemplo não ser a semelhança do pai ou da mãe, numa família tradicionalmente aceita por todos. Não é para qualquer um!
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Sou gay, e aí? Existe uma sensação de ser diferente desde a infância para alguns gays e outros só entendem a situação após um tempo. Cada um vivencia essa experiência de uma forma. Cada um de nós desperta para sexualidade em um momento único. A questão “gay” é que se assumir significa mais, porque pode causar uma dor ou decepção nas pessoas. Existem vários exemplos, que infelizmente dividem muitas semelhanças. As famílias são diferentes, com uma dor compartilhada de forma similar. No caso da cantora do The Voice, por exemplo, os pais deixaram de falar com ela por muitos anos. Ela teve a opção de dar às costas para a família ou para a sexualidade. Felizmente escolheu se assumir! Em minha família, eu e meu marido sempre assumimos a sexualidade do meu filho da melhor forma possível e nunca vimos como um problema. Sei que alguns tios ou tias não aceitam meu filho, mas o problema é deles e sempre soubemos disso.
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As pessoas têm o direito de ser quem são e sentir o que sentem, inclusive aversão ao mundo gay. Porém, isso não dá o direito de inibir o outro, de se achar na condição de ordenar na vida do outro. A sua liberdade acaba quando a minha começa....e cada um que cuide de sua vida sexual. Não é mesmo?! Então, quero que você reflita como foi para você se assumir. Foi um processo demorado ou rápido e fácil? Em que momento você se despertou? Como foi essa reflexão? Você se viu com mente aberta? Você se cobrou? Se julgou? Antes de assumir gay, como era a sua vida? E o que mudou após você assumir? Você acha que o mundo tornou-se mais difícil? O que mudou no seu mundo? Como foi para você se enxergar gay diante? E, mais, como foi para você se enxergar gay diante dos seus próprios olhos? Falaremos sobre diversas barreiras no universo gay: a família, os amigos, o trabalho, a sociedade e o outro. Mas, cá entre nós, a maior barreira somos nós mesmos, não é?! E isso significa todos nós!
O quanto você se aceita gay e quanto já sofreu por não se aceitar? Às vezes somos nosso pior inimigo. Pare e reflita um pouco: o quanto você está do seu lado nesse processo todo da vida? Essa é a reflexão mais importante!
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POSITIVO
NEGATIVO
1. Como você se define
Como você define seu lado mais
2. O que há de melhor em sua
O que há de pior em sua
3. Quando consegue ser seu
Quando consegue ser seu pior
4. O que é realmente importante
O que tolera e não tem
positivamente?
personalidade? melhor amigo? para você?
5. O que te incomoda hoje ? 6. Quais os sentimentos leves que existem em sua personalidade?
7. Escreva 5 palavras que definem a sua família que te deixam feliz.
negativo?
personalidade? inimigo?
importância?
O que você mais aprecia no convívio familiar?
Quais os sentimentos pesados
que existem ao lembrar da sua família?
Escreva 5 palavras que definem a sua família que trazem desconforto.
8. Quais qualidades você aprecia
Quais qualidades te incomodam
9. Quais qualidades você aprecia
Quais qualidades te incomodam
em seu pai?
em sua mãe?
em seu pai?
em seu mãe?
De zero a 10, qual a nota que você dá para sua vida hoje?
_________________________________________________ 0 5 10
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FAMÍLIA Uma tarefa muito difícil depois de assumir ser gay é compartilhar com a família a situação. Como sabemos, muitos preferem se calar e passam uma vida inteira sem se mostrar de verdade para os familiares, que normalmente fofocam e falam pelas costas ou fingem não saber o óbvio. Outros escolhem o melhor momento e a melhor forma de contar para os familiares, e não abrem mão de viver a verdade do que são. Cada um sabe o estilo de família que tem e o meu trabalho não é julgar o certo ou errado. Quero sim ajudar você na compreensão do que acontece em sua história, porque isso é o mais importante. Eu quero te ajudar a refletir para que assim possa entender o que acontece em seu interior e como você conta a sua história. Quero que veja quem é e perceba que nasceu com o direito de viver o amor de forma única, porque você é o protagonista da sua própria história. Vamos deixar o julgamento de lado, sem pensar no que poderia ter sido melhor em sua família, e vamos refletir sinceramente no que acontece em sua vida. Voltar ao sumário
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A partir de agora as coisas podem melhorar, mas depende principalmente do trabalho interior, da mudança em você. Como foi, para você, se assumir gay diante da sua família? Quando você achou que seria o melhor momento? Você demorou para contar aos seus familiares ou contou logo? Como foi a conversa entre vocês, simples ou complicada? Como foi a reação deles? Você morava com seus pais? O que mudou após se assumir? Quem te apoiou? A sua família passou a te tratar diferente? Você se sente aceito em seu núcleo familiar?
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POSITIVO
NEGATIVO
1. Como você descreve o lado
Como você descreve o lado negativo
positivo de sua familia?
2. O que há de melhor em sua família?
3. Quem te ajudou/ te ajuda
ou te deu/te dá suporte nessa jornada?
4. E quem da família é
realmente importante para você?
5. O que você mais aprecia no convívio familiar?
6. Quais os sentimentos leves que existem ao lembrar da sua família?
7. Escreva 5 palavras que
definem a sua família que te deixam feliz.
de sua familia?
O que há de pior em sua família?
Quem parece estar contra você?
Em quem você pensa e se sente julgado ou diminuído?
O que te incomoda na dinâmica familiar?
Quais os sentimentos pesados que
existem ao lembrar da sua família? Escreva 5 palavras que definem a sua família que trazem desconforto.
8. Quais qualidades você
Quais qualidades te incomodam em
9. Quais qualidades você
Quais qualidades te incomodam em
aprecia em seu pai?
aprecia em sua mãe?
seu pai?
seu mãe?
De zero a 10, qual a nota que você dá para sua vida hoje?
_________________________________________________ 0 5 10 Voltar ao sumário
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Quero repetir que não existe em nosso trabalho a menor intenção de julgar a situação atual ou o que viveu no passado. Não existe melhor ou pior, mas a história que se apresenta. Existe o que você tem agora, esse lugar em que você se encontra. E a partir desse lugar existe uma possibilidade infinita de crescimento! Se há a dor no quesito familiar, que tal entender que esta dor pode ser curada? SIM, a família é geralmente o desafio principal e a melhor forma de desenvolvimento humano.
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SOCIAL Infelizmente ainda existe um preço alto em ser gay, principalmente no Brasil que é um país que dá passos lentos em aceitação gay. Inclusive a “cura gay” tão falada em pleno 2017 foi um exemplo disso. Eu moro nos Estados Unidos desde 1999, há quase 20 anos, e fui parar em São Francisco. Então, eu tive o privilégio de morar em uma cidade com uma aceitação fantástica. Sei de cidades homofóbicas aqui, mas a grande maioria já ultrapassou essa fase da aceitação e nem precisamos falar muito a respeito. Vivi isso em São Francisco! Ouvi de uma brasileira aqui na Flórida algo triste: ela me disse que tinha uma filha que morava em São Francisco e que mudou de lá quando engravidou. O motivo? Não queria educar um filho em uma “cidade gay” para não correr o risco de incentivar a criança. Fico sem palavras!
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Sabemos que existe mais do que a discriminação, mas a violência. Não podemos mudar o que está fora do nosso alcance, mas devemos entender o quanto isso afeta a nossa vida e como podemos ser quem somos, em nossa melhor versão. Não podemos mudar o outro, mas somente a nós mesmos. O quanto a homofobia afeta a sua rotina hoje? Quem, em seu âmbito social (dê nomes aos bois!) influencia em sua vida de forma negativa? O que você sente que pode ser melhorado em sua vida social hoje? Quais histórias marcaram a sua vida no âmbito social que hoje você consegue ter um entendimento melhor? Você sente que pertence a um grupo social forte? Você considera que seu grupo de amigos mudou após você se assumir gay? E quanto mudou? Você acredita que “o mundo” passaram a te tratar diferente? Como você encara a aceitação aos gays aqui no Brasil? Como você acha que o Brasil é diferente ao resto do mundo em relação ao universo LGBT?
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POSITIVO
NEGATIVO
1. Como você descreve o lado
Como você descreve o lado
2. O que há de positivo em ser
O que há de negativo em ser gay
3. O quanto o mundo evoluiu em
O quanto o mundo regrediu em
positivo do seu âmbito social?
negativo do seu âmbito social?
gay no mundo atual?
no mundo atual?
relação aos gays?
relação aos gays?
Em quem, em seu âmbito social,
4. Quem, em seu âmbito social,
você pensa e se sente julgado ou
parece te aceitar melhor?
diminuído?
5. O que mudou de forma
O que mudou de forma negativa?
positiva após se assumir gay? 6. O que você vê de positivo
O que você vê de negativo em
Brasil?
Brasil?
relação à aceitação LGBT no
em relação à aceitação LGBT no
Escreva 5 palavras negativas
7. Escreva 5 palavras positivas
que definem o universo gay que
que definem o universo gay.
trazem desconforto.
8. Quais momentos você se
Quais momentos você se lembra
lembra com felicidade após se
com tristeza após se assumir gay?
assumir gay?
De zero a 10, qual a nota que você dá para sua vida hoje? _____________________________________________________________ 0
5
10
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TRABALHO Encontramos a discriminação sexual em toda parte, inclusive no lugar onde se trabalha. E, se for em ambientes corporativos e pouco liberais a situação fica ainda mais extrema. Apesar de existirem leis que protegem o funcionário, sabemos da dificuldade de que os gays encontram ao serem contratados ou promovidos, dependendo de onde trabalham. Os funcionários deveriam ser julgados principalmente – e na verdade exclusivamente – pelo mérito profissional, porque a orientação sexual não exerce menor impacto no ramo de trabalho. Porém, as histórias que ouvimos mostram que esta não é a realidade. Dados de uma pesquisa divulgada em 2018 mostraram que as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) têm mais dificuldades para conseguir empregos que cisgêneros (pessoa cuja identidade de gênero está em consonância com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer) e heterossexuais. Voltar ao sumário
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Além disso, quando conseguem um emprego, têm grandes chances de passar por alguma situação de discriminação. O levantamento foi feito por Elancers, companhia que atua na área de sistemas de recrutamento e seleção. Participaram recrutadores de 10 mil empresas brasileiras (sendo que 1,5 mil responderam e 8,5 mil não quiseram participar). Resultado: 18% delas (uma em cada cinco) não contratariam um homossexual para determinados cargos.
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UMA HISTÓRIA DE VERDADE Aline Paz conseguiu seu primeiro emprego em 2007, aos 16 anos, na área de “Posso Ajudar?” em um shopping center de São Paulo. Porém, após 7 meses, sua chefe descobriu que ela era lésbica e a demitiu. “Eu amava trabalhar lá. Era a mais antiga da equipe, treinava as meninas novas que chegavam. Até que uma garota entrou e acabei falando de uma ex-namorada. Nada de mais, devo ter desabafado. Ela contou para minha chefe, que me chamou no final do expediente e disse que precisava me dispensar. Chegou a dizer que não sabia se me colocava no vestiário dos meninos ou das meninas. Eu era muito nova, só consegui ficar sem ação e chorar muito”, disse em entrevista. Como é o seu trabalho? Você se assume em seu trabalho atual? Você já se sentiu descriminado por ser gay em seu trabalho? Você sente que a sua área aceita “melhor” os gays? O que você acha que poderia ser mudado em seu ambiente de trabalho?
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POSITIVO
NEGATIVO
1. Quais são os seus maiores
Quais são os seus maiores
forças para prosseguir?
vontade de desistir?
talentos no trabalho e que te dão 2. Quanto do seu tempo você exerce seu trabalho de forma saudável?
3. O que mais te envolve em seu trabalho?
desafios no trabalho e que te dão
Quanto do seu tempo você sofre para exercer o seu trabalho ?
O que mais abomina no trabalho?
4. Quem é realmente importante
Quem você prefere nem
5. O que você mais aprecia ao
O que te incomoda e faz parte da
6. Quais os sentimentos leves que
Quais os sentimentos leves que
profissional?
profissional?
para você?
executar suas tarefas?
existem ao analisar sua posição
encontrar?
sua rotina profissional?
existem ao analisar sua posição
7. Escreva 5 palavras que definem
Escreva 5 palavras que definem
profissional.
atualmente.
positivamente a sua trajetória
uma insatisfação profissional
O quanto a sua orientação sexual afeta no seu ambiente de trabalho? ____________________________________________________________ 0 5 10 O quanto a sua rotina profissional te satisfaz atualmente? ____________________________________________________________ 0 5 10 Voltar ao sumário
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A questão profissional é um desafio e uma barreira para grande parte da humanidade, independente da orientação sexual. Eu pensei nesse capítulo especial para que você se olhe como um ser como um todo, um ser humano, que consegue refletir nas barreiras e entender o quanto você se coloca no trabalho de forma saudável.
O outro O quanto o casamento gay oferece segurança no mundo atual? Segurança mesmo, na prática: é aceito o casamento e este oferece plano de saúde, seguro e todos aqueles direitos concebidos no casamento hetero?! E você, se casaria no civil com quem ama? Você acha que a sua família, seus amigos e a sociedade está preparada para receber esse casamento? Você teria filhos?
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SEGUNDA PARTE: sentimentos Quero apresentar 4 sentimentos que pesam e que só com muito entendimento conseguimos crescer. São eles a vergonha, culpa, medo e confusão. Deixei de lado muitos outros sentimentos também importantes, mas para esse trabalho inicial, pensei em focar nas rodadas de EFT ao invés de oferecer muitos caminhos. Um sentimento profundo, que pode solucionar qualquer situação é a aceitação. Só aceitando os fatos que conseguimos transformá-los! Eu inclui rodadas de EFT com esse tema, para impulsionar o seu crescimento e te ajudar nas mudanças. Vamos entender como estes sentimentos te afetam?
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Vergonha Nascemos com a capacidade extraordinária de sentir vergonha. Todos nós! Infelizmente esse sentimento nos acompanha por uma vida inteira e se não aprendemos a lidar com ele, toma conta de nossas vidas e deixamos de experimentar nossa beleza verdadeira. Sentimentos vergonha porque pensamos que há algo errado em nós. Pode ser por milhões de motivos, se a pessoa tiver um hábito de se envergonhar, conseguirá ter vergonha até pelo outro. A tal vergonha alheia! Nascemos com a capacidade de superar a vergonha, podemos com responsabilidade entender a influência dela e não permitir que seja maior do que nossa vontade de aproveitar a vida. Na vergonha nos escondemos, ficamos inacessíveis, invisíveis. O oposto muitas vezes acontece, quando nos expomos demais, queremos que todos nos vejam, quando a vergonha nos impulsiona a agir de forma exagerada. Eu peço sempre para meus clientes do coaching tratarem com seriedade a vergonha, isso implica muitas vezes procurar ajuda. Veja alguns sintomas nessa lista abaixo e reflita sobre você!
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O que acontece quando estamos com vergonha: 1. Falta o olho no olho 2. A temperatura do corpo aumenta 3. As mãos tremem 4. O rosto fica vermelho 5. A postura corporal diminui, tentativa de encolher o corpo 6. A energia cai 7. Náusea 8. Vontade de desaparecer 9. Corpo paralisa 10. Faltam palavras, argumentos E muito mais... Quanto a vergonha está presente em sua vida? _____________________________________________________________ 0 5 10 O que acontece COM VOCÊ quando está com vergonha: 1. ___________________________________________________ 2. ___________________________________________________ 3. ___________________________________________________ 4. ___________________________________________________ 5. ___________________________________________________
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Quais são as memórias da vergonha que você carrega? Quem aparece em sua cabeça quando pensa no sentimento de vergonha?
Com EFT podemos mudar esse sentimento, aliviar a dor e transformar nossas vidas. Aproveite as rodadas de EFT que fazem parte desse programa e comece uma nova jornada!
Culpa A maior diferença entre a culpa e a vergonha é que na primeira achamos que fizemos algo errado e na vergonha o errado somos nós! Essa sensação de que pisamos na bola, de que poderíamos ter feito melhor, de que deveriamos ser diferentes nos traz culpa. Culpa de não sermos tão perfeitos como “deveríamos”! Aliás, uma pessoa com culpa tem uma lista enorme de DEVERIA! Sugiro que preste atenção em quantas vezes você utiliza essa palavra por dia. Assim terá uma ideia bem clara de sua conversa interior. Será que existem em você a culpa por ter nascido gay? Por ser quem você é? Será que sua consciência te acusa constantemente por fazer coisas erradas? Hora de mudar, de deixar para trás os “erros” e admitir que a mudança é possível. Só nos livrando da culpa que conseguimos liberdade para relacionamentos saudáveis.
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O que acontece quando estamos sentimos culpa: 1. Peso inexplicável no corpo 2. Dificuldade de concentraçao 3. Dor nos ombros ou cabeça 4. Falta de oportunidades na vida, tudo se repete 5. A vida não tem graça 6. Agitação mental ou física 7. Vícios 8. Gordura/obesidade 9. Relacionamentos tóxicos 10. Dificuldade em dizer não E muito mais... Quanto a culpa está presente em sua vida? _____________________________________________________________ 0 5 10 O que acontece COM VOCÊ quando se sente culpada: 1. __________________________________________________ 2. __________________________________________________ 3. __________________________________________________ 4. __________________________________________________ 5. __________________________________________________ Quais são as memórias da culpa que você carrega? Quem aparece em sua cabeça quando pensa no sentimento de culpa? Voltar ao sumário
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Medo Eu poderia escrever um livro inteiro sobre o medo, principalmente como ele afeta a minha vida! O medo nos pega de um jeito, que nem só os humanos experimentam, quem tem um animal de estimação por perto sabe do que estou falando! Existe um medo bom, aquele nos ajuda a viver. O medo bom nos força a usar camisinha, se o parceiro é desconhecido. O medo bom nos faz levantar de manhã e ir trabalhar, porque podemos perder o emprego. Agora, e o medo ruim? Esse sim podemos olhar de frente, sem medo, para aprendermos com ele! O medo é uma reação do cérebro, começa com um estímulo qualquer e termina com o seu corpo querendo se proteger do perigo. Esse estímulo pode ser real ou imaginário, não importa porque a reação do corpo pode ser a mesma. O medo ruim acontece em nossa imaginação, nossos pensamentos sobre o futuro, as diversas possibilidades de acontecimentos. Por isso, podemos escolher SIM não alimentar esse medo ruim, mas para isso precisamos conhecê-lo, para conseguir evitá-lo.
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Uma pequena lista de medos: 1. Medo do abandono 2. Medo de ser tocado 3. Medo do fracasso 4. Medo do sucesso 5. Medo de animais 6. Medo do escuro 7. Medo da rejeição 8. Medo de comprometimento 9. Medo da solidão 10. Medo de altura E muito mais..... O que acontece quando estamos com medo: 1. Falta de controle nas ações 2. Desconforto no corpo 3. Cansaço físico 4. Suor 5. Tremedeira 6. Sensação de engasgar 7. Taquicardia 8. Dor no peito 9. Choro 10. Dificuldade de respiração
E muito mais...
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Quanto o medo está presente em sua vida? ____________________________________________________________ 0 5 10 O que acontece COM VOCÊ quando sente medo: 1. _____________________________________________ 2. _____________________________________________ 3. _____________________________________________ 4. _____________________________________________ 5. _____________________________________________ Quais são as memórias de medo que você carrega? Quem aparece em sua cabeça quando pensa no medo?
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Confusão Quem nunca se sentiu confuso, que atire a primeira pedra! A confusão é necessária nos momentos de mudança, ou estaríamos sempre vivendo a mesma coisa. Porém, uma confusão destrutiva é aquela que não nos permite firmar em lugar algum, ou que nos distancia de nossas verdades. Na confusão não conseguimos pensar claramente, nos sentimos desorientados e perdidos. Deixamos de tomar decisões ou de seguir sinais óbvios, quando estamos confusos. E, essa confusão pode num caso extremo parecer um delírio, como se o que é real não fosse tão real assim. O que acontece quando estamos confusos: 1. Falta de consciência do que acontece 2. Mudanças de humor 3. Agitação 4. Desorganização 5. Dificuldade em falar 6. Falta de uma linha de raciocínio 7. Desinteresse 8. Problemas de memória 9. Dificuldade de compreensão 10. Distanciamento E muito mais...
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Quanto a confusão está presente em sua vida? _____________________________________________________________ 0 5 10 O que acontece COM VOCÊ quando fica confuso: 6. __________________________________ 7. ______________________ 8. ______________________ 9. _________________________ 10. _________________________ Quais são as memórias de confusão que você carrega? Quem aparece em sua cabeça quando pensa em confusão?
Aceitação Desde que nascemos, o que mais desejamos na vida é sermos aceitos. Como é bom pertencer à um grupo e saber que sou recebida de braços abertos, independente de ser que sou. Porém, a vida não é assim e viemos para crescer, aprender, expandir. Quando não existe a aceitação, o desconforto gerado traz evolução ou então, morremos. Esse processo de ser aceito, de combinar com o outro, de adequação, acontece naturalmente, ou não acontece. A aceitação é leve, orgânica e despretensiosa. Com o tempo conseguimos entender melhor como ela aparece e damos espaço à ela.
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A maturidade dá lugar à aceitação porque muitas vezes somente o tempo para nos mostrar que não adianta forçar o que não existe, precisamos aceitar os fatos como são. Que delícia não protestar, brigar, reagir, mas aceitar. Principalmente quando é a autoaceitação. Que delícia me aprovar independente de qualquer coisa, de quanto eu peso ou que carro estou dirigindo. Esse estado de aceitação nos faz vibrar de forma positiva e só assim aproveitamos de verdade os momentos bons da vida. O que acontece quando nos aceitamos: 1. A vida faz sentido 2. Os erros viram experiências 3. Energia no corpo 4. Criatividade em alta 5. Novidades aparecem 6. Conexão com o outro 7. Crescimento emocional 8. Solução natural de problemas 9. Intuição aflorada 10. Compaixão E muito mais... Quanto a aceitação está presente em sua vida? _____________________________________________________________ 0 5 10
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O que acontece COM VOCÊ quando (se) aceita: 11. __________________________________________ 12. __________________________________________ 13. __________________________________________ 14. __________________________________________ 15. __________________________________________ Quais são as memórias de aceitação que você carrega? Quem aparece em sua cabeça quando pensa em aceitação?
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FINAL Um dia importante no Brasil foi 14 de maio de 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça publicou a Resolução 175, que garante aos casais homoafetivos o direito de se casarem no civil. Com essa a resolução, a história mudou porque os tabeliães e juízes ficaram proibidos de se recusar a registrar a união. Até então, eles podiam negar os pedidos baseando-se na legislação, que garantia o direito apenas a casais formados por homens e mulheres. No primeiro ano de aplicação da norma, foram celebrados 3.700 casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo em todo o Brasil, e em 2015, o número total – entre héteros e homossexuais – chegou a 1,13 milhão. Vemos que os homossexuais passaram a usufruir de benefícios que, desde 1916 (ano do primeiro Código Civil), eram exclusividade dos casais héteros, como a partilha de bens e herança de parte do patrimônio do cônjuge em caso de morte.
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Então, independente da família, da sociedade, do trabalho, do outro e de como você se vê num todo, estamos crescendo em liberdade, porque o preconceito está ficando fora de moda. De acordo com a definição, “homofobia é uma aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais (também conhecidos como grupos LGBT)”.
A homofobia se manifesta, dentre outras formas, como: ● Agressão verbal e moral; ● Violência psicológica; ● Agressão física (empurrões, espancamento, etc); ● Agressão sexual (estupros); ● Tentativa de assassinato. Voltar ao sumário
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Entre os crimes de ódio, a homofobia é também uma das mais recorrentes, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo: em um ano, 15% das ocorrências de crimes de ódio foram relacionadas à discriminação sexual, superadas apenas pelas ocorrências de intolerância racial (42%). Acredito que independente do trabalho coletivo, precisamos olhar no próprio espelho e tentar mudar, melhorar. Podemos deixar esse mundo melhor, se fizermos a nossa parte. Por esse mundo melhor, pensando e sonhando com a possibilidade dele existir, acordo os dias motivada a trabalhar, crescer, evoluir. A minha família, os amigos que escolho por perto, profissionais que trabalham comigo, meus clientes, meu trabalho, tudo existe para que eu possa manifestar amor. Com esse amor eu termino de escrever esse material, para você que é a perfeição em forma de gente. Não me importa o seu sexo, sua orientação sexual, seu nome. Você nasceu com o direito divino de experimentar o amor! Que tal vibrar o que há de melhor e mostrar pra todos a sua versão de sucesso? Acredito ser essa a sua escolha!
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Olá,
Eu sou Miria Kutcher, uma mulher feliz, casada com o homem da minha vida e mãe de 3 filhos maravilhosos. Trabalho no que amo e escolhi para mim, sou uma Coach de Relacionamento e, para mim, é uma honra assistir o meu trabalho impactar positivamente a vida de milhares de mulheres. Minha missão consiste em encontrar meios para inspirá-las e desenvolver seu potencial criador. Acredito que nascemos com uma capacidade extraordinária para alcançar nossos sonhos! Quero contribuir para um mundo melhor e ser parceira de pessoas que sentem o mesmo, a vontade de ser a melhor versão de si mesmo, de deixar sementes saudáveis no mundo.
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Minha história é bonita e simples. Sempre fui sensível e intuitiva. Sonhava em ser atriz e persegui esse sonho até os 21 anos, quando dei à luz meu primeiro filho. Essa experiência transformou toda a minha vida. Aos 33 anos, parti do Brasil para os EUA em busca de novas oportunidades. Mudei para San Francisco e tive a possibilidade de conhecer um novo idioma e, também, novas perspectivas para minha vida pessoal e profissional. Fiz cursos e especializações em PNL (Programação Neurolinguística) e TLT (Terapia da Linha do Tempo). Em 2010, me mudei com minha família para a Flórida. E foi aqui que aprendi o EFT, uma técnica que ajuda a remover emoções negativas que limitam o nosso sucesso. Meus mestres nessa técnica foram Dawson Church, Tracey Middleton, Anita Bains, Alina Frank e Lidnsay Kenny, entre outros. Na mesma época, fiz o programa de Coaching da Universidade de Miami e me certifiquei para atuar na área. Em 2012 me certifiquei como Coach de Relacionamento pelo WCI, World Coaching Institute. Reunindo todas essas técnicas e experiências, desenvolvi o programa “Pronta para o Romance”. A ideia é auxiliar mulheres que buscam um relacionamento amoroso a se livrarem de crenças limitantes e entrarem em contato com a sua melhor versão, para reconhecer e experimentar o amor. Esse trabalho me trouxe diversas oportunidades.
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A principal delas é o contato estreito com milhares de mulheres, de diferentes lugares, idades, raças e condições sociais. Aprendo muito com todas elas, diariamente. E percebo que posso contribuir profissionalmente de diversas formas. Conheço de perto vários casos de sucesso, mulheres que casaram ou se juntaram depois de terem participado do programa. Assim nasceram outros trabalhos, cursos presenciais e online, com conteúdo rico e variado. Um exemplo é esse e-book, que é uma introdução ao curso completo de RELACIONAMENTO ONLINE. Acredito que podemos encontrar o amor pela internet ou fora dela. Quando queremos chegar num destino de verdade, não importa se vamos de carro, avião ou mesmo a pé! Por isso, esse e-book tem o intuito de informar de forma simples alguns pontos desse universo online, tão ilimitado de possibilidades. Leia, faça as suas anotações, reflita a respeito. Não deixe que seu medo te distancie de seus sonhos! Eu te convido também a conhecer os cursos que ofereço no meu site: www.miriakutcher.com.br A vida é curta, não adie suas decisões!
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