Arquitetura da Informação

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Arquitetura da Informação Como organizar o conteúdo de seu site Henrique Arnholdt

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Defina os objetivos do site O primeiro passo no processo da Arquitetura da Informação é definir os objetivos do site. Pode parecer óbvio, mas considere quantos sites com crise de identidade existem por aí. Você acha que as pessoas que os criaram pensaram mesmo sobre seus objetivos? Talvez o pessoal tenha resolvido construir um site sem perguntar a ninguém como fazê-lo. Tinham que ter um site, porque todo mundo tem. Ou talvez o site tenha sido projetado por um comitê. É importante que todos na empresa - ou pelo menos as pessoas mais importantes estejam envolvidos no processo. Mas nem todos devem decidir o que vai ou não vai fazer parte do site. Em outras palavras, todos devem concordar quanto ao conteúdo e propósito do site que vai ser construído. O consenso do grupo pode fazer o sucesso ou o fracasso do projeto. A definição dos objetivos do site resolve todos esses problemas. Estabelece uma idéia clara e bem documentada do que vai ser feito e assegura a participação de todos. Duas coisas são necessárias para começar o processo. Primeiro, determinar quem estará envolvido na definição dos objetivos. É preciso fazê-los sentir que estão contribuindo para o projeto, comunicando-se uns com os outros e que ninguém controla o processo sozinho. Também é preciso determinar se haverá tempo para uma definição formal dos objetivos ou se uma definição informal é suficiente. Uma definição formal implica numa reunião com as pessoas-chave. É necessário preparar uma agenda e uma lista de perguntas. Uma definição informal envolve circular pela empresa com um bloco de notas, conversando com as pessoas individualmente, anotando suas idéias, opiniões e considerações. A escala do projeto e o tempo disponível são os fatores decisivos na escolha de um processo formal ou informal.

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Faça as perguntas Após determinar quem participará do projeto do site, é preciso montar uma lista de perguntas que determinarão a missão e o propósito do site, envolvendo todos no processo criativo. Essa lista deve incluir:

Qual a missão ou propósito da organização? Esta é a questão mais importante. A leitura da missão do cliente e de seu plano de negócios dará uma clara idéia sobre o assunto. É importante coletar o máximo possível de literatura do cliente: relatórios anuais, folhetos, material de comunicação e propaganda. Essas peças podem conter idéias valiosas que não estejam explicitadas na missão ou no plano.

Quais os objetivos de curto e longo prazo do site? Cada pessoa pode ter uma idéia diferente sobre os objetivos do site. Muitas podem não estar pensando a longo prazo porque têm uma necessidade imediata e precisam pôr logo o site no ar. Olhar para o futuro poupa muitas dores de cabeça, porque permite fazer acomodações para o crescimento e a mudança.

Quais são os públicos que se deseja atingir? Boa parte dos clientes nem sequer pensa nos seus públicos, o que talvez seja o principal erro na construção de sites.

Por que as pessoas virão ao site? Você está vendendo um produto? Tem um serviço exclusivo? Por que as pessoas visitarão o site pela primeira vez? Por que voltarão? Procure formular outras perguntas que revelem o verdadeiro propósito do site. Se outras pessoas têm perguntas, inclua-as também.

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Após compilar a lista de perguntas, faça-as a todos, inclusive a você mesmo. Escreva tudo que for dito, não importa quão trivial. Você vai refinar as respostas na próxima etapa.

Filtre as respostas A essa altura, você deve ter uma série de respostas e precisa criar ordem a partir desse caos, filtrando-as. É preciso transformá-las em objetivos e decidir quais deles são os mais importantes. Primeiro, separe as respostas sobre os públicos e guarde-as para mais tarde. Reformule as demais respostas como objetivos. Faça uma lista. Se for muito longa, agrupe-a em categorias. Leve esta lista às pessoas envolvidas e peça-lhes que as classifiquem por ordem de importância. Se os objetivos estiverem divididos por categorias, peça-lhes que classifiquem as categorias por ordem de importância. Se tiverem sugestões para os nomes das categorias, anote-os. Agora vem a parte difícil. Após coletar as classificações, é preciso destilá-las numa lista mestra. Dê mais peso à opinião das pessoas mais importantes da empresa, mas use seu próprio bom-senso. Às vezes o garoto da expedição que sabe usar a Internet tem melhores opiniões do que o Presidente desplugado. Essa lista mestra precisa ser revisada pelas pessoas envolvidas no projeto. Convoque uma reunião se for preciso, mas assegure-se de que o cliente concorda com os objetivos do site e assina embaixo.

Documento de Design - Objetivos do site Tendo obtido a concordância de todas as pessoas envolvidas, documente os objetivos do site e publique-os onde possam ser acessados por todos, na

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organização do cliente e na sua. Se houver tempo, faça um sumário da lista e escreva alguns parágrafos sobre os objetivos. A lista de objetivos é a base para seu Documento de Design.

Defina a Audiência

Depois de definir as razões da criação do site, o aspecto mais importante na Arquitetura da Informação é determinar os públicos que constituem a sua audiência. Este é um passo essencial que muita gente ignora. Algumas pessoas acham que a audiência é definida pela tecnologia usada para acessar o site. O fato de que o usuário visita o site usando um modem de 28.8 kbps com uma resolução de 640 x 480 pixels, por exemplo, é apenas uma pequena parte da definição da audiência. A verdadeira definição consiste em saber quem são os usuários e quais seus objetivos. Para começar esta etapa do processo de Arquitetura da Informação, é preciso estabelecer quem vai participar e quanto tempo haverá para a tarefa. Normalmente, as pessoas envolvidas serão as mesmas. Contudo, você poderá mudar o peso atribuído à opinião de cada uma. Por exemplo, o Departamento de Marketing 5


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deve ter uma idéia clara de quem seja a audiência. Se tal for o caso, você levará mais em conta suas opiniões. É comum que um único departamento ou grupo assuma a liderança na montagem de um site. O resultado é que o site focaliza apenas as necessidades daquele grupo, ignorando as de todos os outros. Compete ao designer impedir que isso aconteça. A definição da audiência leva menos tempo que a definição dos objetivos, porque você já estabeleceu como trabalhar com as pessoas - formal ou informalmente - e estará mais familiarizado com o processo de fazer perguntas e obter respostas pertinentes. A primeira lista de públicos coletada é a base da lista de todas as audiências possíveis. Acrescente tantas quantas puder à lista e pergunte a todos se têm acréscimos a fazer. Se a lista ficar muito longa, desmembre-a em categorias. Peça às pessoas que classifiquem as audiências por ordem de importância. Junte os resultados e crie uma lista de audiências, dando pesos apropriados às respostas de cada um. Agora, peça-lhes que escrevam o que consideram as necessidades e objetivos mais importantes de cada audiência. Mais uma vez, compile os resultados e peça que classifiquem por ordem de importância. Você tem agora uma lista de necessidades e objetivos de todas as audiências possíveis. Agora, você está pronto para o próximo passo, um dos mais divertidos do processo de Arquitetura da Informação.

Crie cenários Cenários são estórias. Narram as experiências dos usuários do site e ajudam a equipe a visualizar o site e seus usuários. Os cenários também são úteis na validação do design do site quando terminado. Se os cenários combinam com o design final, então está tudo certo. Usando as definições de sua audiência, tente criar um grupo de usuários que represente a maioria de seus visitantes. O tamanho do site e da audiência determina para quantos usuários você vai escrever cenários. Normalmente bastam de três a seis. Contudo, você pode ter que inventar até vinte! Escreva um cenário para cada usuário. Para começar, é preciso dar vida ao visitante. Crie uma personalidade para ele, dê-lhe um nome, um passado e uma tarefa para realizar no site. Use uma tarefa de sua lista de necessidades e objetivos. Então escreva uma estória sobre como o personagem usa o site para completar uma dada 6


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tarefa. Os cenários serão importantes mais tarde, quando você estiver definindo o conteúdo e os requisitos funcionais do site. Pode parecer com o problema do ovo e da galinha - se você não sabe como é o site, como escrever uma estória sobre ele? Bem, você já sabe o que os usuários estarão fazendo no site, portanto use sua imaginação. Ser criativo aqui levará seu design a limites que você jamais imaginou.

Analise a concorrência Conhecer sua concorrência é uma boa maneira de aprender sobre seu site. Você precisa saber o que os outros estão fazendo, avaliando com seriedade cada competidor. Crie um conjunto de critérios para avaliar cada site. Comece com seus objetivos, usando-os como base para sua análise. Os critérios podem incluir tempo de download, tamanho de página, layout, aspecto e feel do site. Documente os resultados. Escreva os prós e os contras de cada site. Inclua suas anotações e screen shots.

Documento de Design - Audiência, Cenários e Análise da Concorrência Crie um novo capítulo no seu documento de design chamado Experiência do Usuário. Acrescente a definição de audiências e incorpore os cenários. Escreva um sumário da análise da concorrência. Publique esses resultados onde todos possam acessá-los.

Identifique o conteúdo e os requisitos funcionais Agora que você sabe sobre o que vai ser seu site e para quem ele se destina, chegou a hora de estabelecer o que ele vai conter. Todos à sua volta estão começando a ter idéias e alguns podem já ter uma imagem mental de como o site deve parecer. É preciso canalizar essa energia criativa num processo produtivo. Você já tem concordância quanto aos objetivos e audiência e estará utilizando o processo com que todos já se familiarizaram. O propósito desta parte do processo da Arquitetura da Informação é juntar as peças para criar a estrutura e a organização do site. É preciso responder a duas questões:  De que elementos de conteúdo necessita o site?  Que tipo de funcionalidade é requerido? Use a lista de objetivos e necessidades de sua audiência e sua análise da concorrência para dar início a duas novas listas: uma dos elementos de conteúdo e outra dos requisitos funcionais do site. Os tipos de conteúdo incluem estáticos, dinâmicos, 7


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funcionais e transacionais. Textos de copyright, regras de filiação e termos de privacidade são exemplos de conteúdo estático. Páginas de logon de membros, páginas de assinatura de newsletters e outras páginas envolvendo formulários e transações devem ser incluídas em sua lista de requisitos funcionais. Navegue pelas páginas de seus concorrentes e acrescente as páginas que não constarem das suas listas. Enquanto você gera essas duas listas, peça ao resto da equipe que crie suas próprias listas de conteúdo e incorpore-as às suas. Peça que todos revisem a lista, para medir a importância de cada item do conteúdo. Você tem agora o que pode ser chamado de "inventário de conteúdo". Há quem diga que a coleta de conteúdo é o principal ponto de estrangulamento. O inventário de conteúdo pode ser usado para disparar esse processo mais cedo. Usando o inventário de conteúdo, revise sua lista de requisitos funcionais. Trabalhe com o pessoal das áreas de tecnologia e produção para determinar a viabilidade de cada requisito. Classifique os requisitos por ordem de importância. Alguns podem ser sobrepujados por outros de maior importância e serem abandonados.

Agrupe e nomeie o conteúdo Organize o conteúdo e defina a base da estrutura do site. Comece por escrever cada elemento do inventário de conteúdo em fichas. Organize as fichas em grupos. Tente organizá-las de maneiras diferentes. Quando estiver satisfeito com a maneira em que as fichas estão agrupadas, nomeie cada grupo. Procure ser o mais descritivo possível, sem ser prolixo. Registre o nome de cada grupo e os elementos que contém. Repita esse processo com as pessoas envolvidas, dizendo-lhes antes que não há um jeito certo ou errado: todas as opiniões são válidas. É importante registrar como cada pessoa organiza a informação e nomeia cada grupo. Idéias excelentes podem vir de fontes imprevistas. Depois que todos passaram pelo exercício, compare e contraste o modo como cada pessoa organizou a informação. Isso pode ser feito em grupo, um a um com as pessoas mais criativas ou por você só. Quando você finalmente decidir grupos e nomes, use-os como base para definir as principais seções do site e seus nomes. Esta é a base da estrutura do site, mas considere-a como transitória: nomes e conteúdos podem mudar no próximo estágio do processo de Arquitetura da Informação. Revise as seções com algumas das pessoaschave, para obter sua concordância. Por fim, revise o inventário de conteúdo para que reflita a nova organização da informação. 8


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Documento de Design - Conteúdo e Funções Crie um novo capítulo em seu documento de design chamado Conteúdo e Requisitos Funcionais. Inclua um sumário do inventário de conteúdo. Acrescente uma seção sobre sobre como o conteúdo está agrupado e nomeado. Insira a lista de requisitos funcionais com um sumário. O inventário de conteúdo completo deve ser incluído como apêndice do documento de design. Publique esses resultados onde todos possam acessá-los.

Exploração de metáforas Você já está de posse dos objetivos do site, da audiência a que ele se dirige e de que tipo de conteúdo e funcionalidade ele vai precisar. Chegou o momento de definir a estrutura do site, que é a fundação sobre a qual todo o resto será construído. Com uma boa estrutura, tudo o mais se encaixa. Fica mais fácil definir o sistema de navegação e o layout das páginas. Este é o último passo antes de se começar efetivamente a construir o site. Este próximo passo é o que se chama de "exploração de metáforas". Ajuda a refinar sua visão da estrutura do site e é um grande exercício criativo. Ao se determinar a estrutura de um site, é útil explorar várias metáforas. Uma boa metáfora pode ajudar muito os usuários a entenderem como usar e navegar pelo site. Contudo, nenhuma metáfora é perfeita; não é preciso aderir rigidamente a ela. É possível tomar as melhores partes de várias metáforas e juntá-las numa única (ou não usar metáfora alguma). Há três tipos de metáforas que podem ser úteis ao design do site:

Metáforas organizacionais Metáforas organizacionais se apóiam na estrutura existente de um grupo, sistema ou organização. Por exemplo, se você está criando um site para vender alimentos, sua metáfora pode ser um supermercado, onde os produtos são logicamente agrupados por tipo (enlatados, laticínios, matinais, etc.). Lembre-se que copiar a hierarquia organizacional da empresa não é uma boa idéia - os consumidores não têm o menor interesse na estrutura corporativa de um supermercado.

Metáforas funcionais As metáforas funcionais relacionam as tarefas que se pode realizar no site com tarefas que se pode realizar em outro ambiente. É sobre essa metáfora que se baseiam as

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ações de "cortar", "copiar" e "colar" que se encontram em certos programas - como se estivéssemos usando tesoura e cola em lugar do computador.

Metáforas visuais As metáforas visuais se baseiam em elementos gráficos comuns, conhecidos pela maior parte das pessoas de nossa cultura. Se você está projetando um site que permite aos usuários tocarem músicas, pode querer usar os tradicionais ícones de "start", "stop" e "pause" encontrados em tocadores de CD em todo mundo. Para começar a explorar metáforas, junte seu pessoal e faça um brainstorm. Revise a avalie cada metáfora. Procure não desencorajar qualquer sugestão. O impacto de uma metáfora pode não ser visível imediatamente. Tente mapear as principais seções do site conectando elementos do inventário de conteúdo a cada metáfora. Após esse exercício, escolha uma metáfora para a estrutura do site. Lembre-se, nenhuma metáfora é perfeita. O site como um todo pode não ser explicável por uma metáfora mas talvez o sistema de navegação (ou subsites menores) possam.

A hierarquia do site Comece pondo no papel um mapa hierárquico do site, chamado de "listagem estrutural do site". As principais seções são a "raiz" dessa listagem. Depois, mapeie a organização de cada seção com os itens do inventário de conteúdo. O resultado final será algo assim: Seção 1 Seção 1.1 Seção 1.2 Seção 2 Seção 2.1 Seção 2.2 Seção 2.2.1 Seção 2.2.2 Seção 2.2.3 Seção 2.3 Seção 2.4 Seção 3

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A seguir, você vai querer visualizar esta lista. Muita gente tem dificuldade em entender uma listagem estrutural e traduzi-la para o modo de operação do site. Plantas arquitetônicas podem ajudar. Eis um exemplo:

Plantas arquitetônicas são representações visuais da estrutura do site. São diagramas que mostram como são agrupados os elementos do site e como se ligam ou relacionam uns com os outros.

É necessário fazer uma legenda que defina como são representados os links internos e externos, as páginas e seus componentes. Você pode querer distinguir partes do site que realizam funções ou transações, partes geradas dinamicamente e páginas compostas apenas de texto. Se seu site for grande, talvez seja necessário fazer várias plantas, começando com uma visão geral e aprofundando para diagramas mais detalhados.

Defina a navegação Como os visitantes usarão o site? Como se deslocarão de um lugar para outro? Como impedir que se percam? A definição do sistema de navegação do site resolve esses problemas. Consulte a listagem estrutural do site. Quais são as principais seções? Essas são excelentes candidatas ao sistema global de navegação, 11


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que aparece em cada página do site e permite que os usuários se desloquem rapidamente entre as seções. Se possível, procure limitar o número de elementos de navegação global entre cinco e sete. Outra boa idéia é incorporar a marca de sua empresa à navegação global, como parte do link para a home page. A navegação local pode assumir uma variedade de formas. Pode ser uma lista de tópicos, um menu de escolhas ou uma lista de alguns itens relacionados.

Documento de Design - Estrutura do site Crie um novo capítulo em seu documento de design chamado Estrutura do site. Escreva um sumário sobre a metáfora ou o princípio racional por trás da estrutura. Acrescente a listagem estrutural e as plantas arquitetônicas. Documente os esquemas de navegação global e local. Como sempre, publique esses resultados para que todos tenham acesso a eles.

Grades de layout Agora chegamos ao ponto em que se inicia o trabalho de design visual. Um de seus propósitos principais é o de prover o usuário com um sentido de localização. Ele precisa saber onde está no site, onde esteve e como chegar aonde quer ir. Uma boa estrutura de site, combinada a um design visual eficaz, permite que o usuário construa um mapa mental do site. Algumas ferramentas são úteis para a criação do design. O primeiro passo é criar grades de layout que definam a estrutura e organização do site tal como elas vão aparecer na página. Os esboços vão estabelecer o aspecto e sensação gerais. Layouts e esboços conduzem aos protótipos baseados na web. Aqui entra a participação de designers gráficos, de diretores de arte e de criação, assim como da equipe de produção. As grades de layout são modelos que descrevem as páginas da web. O conteúdo - o foco de todas as páginas - deve ser colocado com proeminência. É preciso blocar os espaços para a navegação global e a local e integrar outros aspectos do site. A marca da empresa deve estar presente em cada página. Propaganda e patrocínio devem ser incorporados ao desenho. Aqui está um exemplo de grade de layout:

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Para começar, pegue a listagem estrutural e relacione todos os tipos de página possíveis. As páginas individuais do site devem ter formas semelhantes em todas as seções principais. Revise o inventário de conteúdo e tente criar dois ou três tipos genéricos de páginas. Elas servirão de base para todos os demais tipos. Num bloco de desenho ou no seu programa gráfico preferido, crie um retângulo para representar a página e bloqueie os elementos de design. Já que o conteúdo é o mais importante, comece por ele. Vários outros elementos devem ser considerados, como logotipia, propaganda e patrocínio, navegação, títulos de página, cabeçalhos e rodapés.

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A logotipia tem papel importante em todas as páginas, pois informa ao usuário que ele ainda está no site. O lugar habitual para o logotipo é o canto superior esquerdo da página. Propaganda e patrocínio podem ser integrados de diversas maneiras. Pode-se ter um banner (468 x 60 pixels, normalmente) em cada página, ou boxes estrategicamente colocados. Por fim, a navegação também tem que ter lugar de destaque. A navegação global deve ser consistente através de todo o site. Sistemas de navegação local podem mudar, dependendo do conteúdo, mas tente ser tão consistente quanto possível. Revise as grades de layout repetidamente. Você vai querer dois ou três estilos diferentes de layout.

Desenhe esboços e mock-ups Os esboços são usados para estabelecer o aspecto e a sensação do site. Podem estar integrados à metáfora ou à estrutura do site, mas isso não é sempre necessário. Com freqüência, esses esboços são feitos simultaneamente com o restante do processo de arquitetura da informação, de modo que talvez você já tenha alguns esboços aprovados pelo cliente. O próximo passo é criar mock-ups das páginas, que representam o site real integrando os esboços e as grades de layout. Esses mock-ups têm que estar tão próximos às páginas reais quanto possível. Eles serão a base do protótipo baseado na web ou, se o site for pequeno, a base para a construção do site real. Esses mock-ups precisam ser aprovados pelo cliente. Os passos para dar forma à arquitetura de informação do seu site estão completos. Você dispõe de todos os materiais de que necessita para construir um protótipo, mas antes acrescente mais um item ao seu documento de design. Crie um novo capítulo chamado Design Visual. Documente as grades de layout e inclua os diagramas que fez. Compile os esboços e os mock-ups. Inclua imagens (screen shots do protótipo. O documento de design está agora completo, fornecendo uma descrição detalhada do design do site. Será útil na construção, na inclusão do conteúdo e na revisão do site, quando o momento chegar.

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