Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
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É Seguro Comer Peixe?
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O Maior Milagre
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Celebrando o Sábado
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Editorial ....................... 3 Notícias do Mundo 3 Notícias e Imagens
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7 O Canadá por Dentro
ARTIGO
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Por Andrew McChesney .............................................................. 16 Russo aceita chamado de Deus para pregar aos ricos. DEVOCIONAL
O Maior Milagre Por David Marshall .................................. 12 Ele começa quando digo “sim” a Jesus. ADVENTISTA
Por Laurie Falvo .......................................................................... 14 Quando oramos pelos “missionários e colportores”, podemos estar orando por alguém que conhecemos. FUNDAMENTAIS
Reavivando o Dom Por Jonathan A. Thompson ................. 20 Todos possuem dons espirituais. O que estamos fazendo com os nossos? DESCOBRINDO
O
ESPÍRITO
DE
PROFECIA
Deus não nos abandona lutando sozinhos; Ele Se revela de várias e maravilhosas maneiras. SERVIÇO
O Espírito de Deus em Ação na África
Por Jean Thomas ......................................................................... 24 A nova geração leva adiante a luz que recebeu.
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 4, nº 7, Julho de 2008.
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É Seguro Comer Peixe? .......................... 11
PERGUNTAS
BÍBLICAS
O Fim do Pecado e dos Pecadores ............. 26 Por Angel Manuel Rodríguez BÍBLICO
Celebrando o Sábado ........................ 27 Por Mark A. Finley INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas 30 O Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Idéias
O Lugar das Pessoas ........................ 32
Ele Ainda Fala Por Alberto R. Timm ..................................... 22
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SAÚDE
ESTUDO
Missionários Adventistas – Eles Ainda Existem?
CRENÇAS
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Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
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Um Daniel na Rússia
VIDA
Visão Mundial
Tradução: Sonete Magalhães Costa Capa: MONUMENTOS CONHECIDOS: A Catedral de São Basílio está localizada na Praça Vermelha, em Moscou, Rússia. Ela é a praça mais antiga, mais famosa e abriga os monumentos mais conhecidos da cidade: Catedral de São Basílio, o Kremlin e o Mausoléu de Lenine. www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação EDITORIAL
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Quando Ester Foi Batizada
m antigo coro afro-caribenho está viajando pelo mundo neste momento: Leve-me para as águas, Leve-me para as águas, Leve-me para as águas, Para ser batizado. De Ancara a Anchorage e de Manaus a Mombasa há um convite, feito centenas de vezes por dia, a homens e mulheres que se unem ao povo remanescente de Deus. Em lagos, ainda com o gelo do inverno e nos rios lamacentos da selva onde a paisagem, às vezes, inclui crocodilos, cerca de três mil pessoas por dia estão selando, pelo batismo, seu compromisso com Jesus e Sua igreja do fim dos tempos. O milagre do Pentecostes está se repetindo todos os dias. O suave e contínuo “chuá” que você ouve em todo o mundo adventista é o som de alguém sendo imerso a cada trinta segundos, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Aqueles rastos molhados pelo corredor da igreja foram deixados por um dos mais de um milhão de novos conversos que se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia nos últimos doze meses.
O que estamos fazendo para dar as boas-vindas aos nossos irmãos e irmãs? Será que estamos abrindo espaço para eles na mesa da família, incluindo-os em nossa vida? Será que sabem que são preciosos para o Senhor e para nós? Quando foi a última vez que sentiram a mão carinhosa de alguém em seus ombros ou nos ouviram orando por eles? Será que estão nos vendo como bons perdoadores, prontos a encorajar e lentos para criticar? Suas necessidades não são complexas, suas esperanças não são difíceis de satisfazer. Eles precisam daquilo que a vida jovem sempre precisa: bondade, alimento e roupas. Vista-os com as vestes do louvor. Alimente-os com o maná encontrado na Palavra. Ouça suas mágoas, lutas e triunfos. Renove seus votos batismais comprometendo-se com os que são novos entre nós. Prometa que não irá deixar passar nenhum outro sábado sem abençoar a vida de alguém que recentemente passou pelas águas. Certamente, “foi para tal tempo como este que chegaste ao reino”, e que grande tarefa essa! — Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO Adventistas Organizados nas Ilhas do Canal
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C O R T E S I A
ADVENTISTAS EM JERSEY: O Castelo Mount Orgueil é um ícone da imagem das Ilhas do Canal de Jersey (Grã-Bretanha). Os adventistas hoje realizam cultos regulares em Jersey e Guernsey e esperam organizar congregações ali.
F O T O :
Unido sem presença adventista do sétimo dia, existe um que, graças à migração de membros para a região e à ajuda da Associação Sudeste da Grã-Bretanha, saiu dessa lista. As Ilhas do Canal – Jersey e Guernsey – estão entre os lugares mais desejados e dispendiosos do mundo para se viver. Localizadas a cerca de 20 km fora da costa noroeste da França, foram anexadas ao Ducado da Normandia em 933, de acordo com referências da Web. Em 1066, William II, da Normandia, súdito do rei da França, invadiu e conquistou a Inglaterra, tornando-se
J E R S E Y T U R I S M O
■ Dentre os poucos lugares no Reino
A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO
William I, da Inglaterra, também conhecido como William, o Conquistador. A partir de 1204, a perda do resto das terras da monarquia no continente da Normandia fez com que as Ilhas do Canal fossem governadas como propriedade separada da coroa britânica. Conhecidas pelo turismo e por serem “paraíso fiscal”, as ilhas, cuja população combinada é de aproximadamente 160 mil habitantes, contam hoje com catorze adventistas do sétimo dia e, pelo menos, dois interessados na mensagem da igreja. “Alguns jovens nativos de Jersey e Guernsey estavam orando para que um dia pudessem outra vez experimentar a vibração de uma boa Escola Sabatina”, disse Tambu Muoni ao repórter do jornal da União Britânica. De acordo com Muoni, “fomos todos encorajados quando a Associação Sul da Inglaterra entrou em contato conosco e, em agosto passado, o pastor Aristotle Vontzalidis (responsável pelo crescimento da igreja da associação) e sua esposa nos visitaram e combinaram uma reunião em Guernsey.” Vontzalidis voltou às Ilhas do Canal em maio de 2008 e, dessa vez, a capela de um hospital em Jersey foi o local escolhido para a Santa Ceia e o culto de sábado. Muoni escreveu: “Alternando entre as ilhas, os membros agora planejam reunir-se para se confraternizarem com
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mais freqüência. Cremos que, um dia, pela graça de Deus, a igreja continue a crescer e logo haja igrejas estabelecidas em ambas as ilhas.” “Há muito tempo, a Associação Sul da Inglaterra deseja estabelecer a presença adventista nas ilhas”, diz Muoni. “Ao longo dos anos, tem-se distribuído literatura e nossos colportores evangelistas têm desempenhado importante papel. No entanto, é a aldeia global da imigração que está ajudando a transformar o sonho em realidade. As Ilhas do Canal têm uma rica e célebre história. Victor Hugo passou muitos anos exilado, primeiro em Jersey e depois em Guernsey, onde escreveu Os Miseráveis. Guernsey é também o cenário do último romance de Hugo, Les Travailleurs De La Mer (Os Trabalhadores do Mar). As Ilhas foram a única parte da Comunidade Britânica a ser ocupada pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Os cinco anos de ocupação foram marcados por extrema privação e crueldade. Hoje, as ilhas são o principal destino de muitos turistas do Reino Unido e da Europa. — BUC notícias com equipe da Adventist World.
Adventistas Exploram Parcerias com Grupos de Saúde Global ■ A Organização Panamericana de Saúde está buscando parcerias com Organizações Religiosas, incluindo o Ministério da Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia, como parte de seu esforço para se conectar com o FBO, que presta cerca de 40% dos cuidados de saúde em muitos países em desenvolvimento.
F O T O :
R A J M U N D
D A B R O W S K I / A N N
FAZENDO PARCERIAS: Dr. Allan Handysides, diretor do Ministério da Saúde Adventista, crê que a parceria com organizações internacionais de saúde ajudará a ampliar a compreensão dos estudantes adventistas sobre as questões globais de saúde. Recentemente, representantes de ambas as organizações reuniram-se na sede mundial da Igreja Adventista para analisar meios de implementar os Alvos de Desenvolvimento do Milênio da UM, com base na estrutura da igreja, incluindo instituições de saúde e seus líderes. “Fiquei impressionado ao ver o quanto a saúde é parte integral da Igreja Adventista e achei isso fascinante”, disse James Hill, relações externas da PAHO . PAHO é o escritório regional da Organização Mundial de Saúde nas Américas do Norte e do Sul e antecede sua organização-mãe.
Os líderes da igreja disseram que a parceria com essa organização, com a obtenção de padrões internacionais de cuidado, dará ainda mais credibilidade ao seu trabalho. “Gostaríamos de ver profissionais de saúde adventistas e igrejas interessadas na saúde, engajando algumas das suas atividades para atenuar alguns problemas como a mortalidade infantil nas Américas Central e do Sul”, disse o Dr. Allan Handysides, diretor do Ministério da Saúde da igreja. Ele ainda disse que a colaboração poderá oferecer mais estágio para estudantes adventistas e oportunidades missionárias: “Normalmente, pensamos em missionários que vão para as nossas instituições, mas se fosse possível colocar alguns de nossos estudantes adventistas em organizações como essa, isso os ajudaria a obter uma compreensão global das questões de saúde e criaria um intercâmbio natural entre os jovens, possibilitando essa parceria ao longo do tempo.” — Ansel Oliver, Rede Adventista de Notícias
Adventistas nas Filipinas “Falam do Amor de Deus” Usando Mensagem de Texto ■ Em breve, a capital mundial da mensagem de texto terá a opção da inconfundível voz adventista. Membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, nas Filipinas, estão se associando à Globe Telecom, Inc., o maior
provedor de telecomunicações daquele país, para criar um “chip” de telefone celular ou cartão SIM exclusivo para os adventistas. A SIM ou Módulo de Identidade do Assinante é usada para conectar o celular à companhia escolhida pelo assinante e acrescentar créditos. Os cartões SIM são usados em aparelhos celulares como cartões removíveis/chip que armazenam informações de identidade pessoal. Jonathan Catolico, diretor de comunicação da Igreja Adventista na região Ásia-Pacífico Sul, espera que o cartão seja usado por cerca de 250 mil adventistas ou um quarto dos membros da igreja nas Filipinas. Como parte do projeto chamado “Comprometidos a Falar do Amor de Deus”, os usuários do cartão adventista SIM podem ministrar a outros pela utilização de recursos exclusivos do cartão: versículos bíblicos, oração diária, pedidos de oração, curiosidades bíblicas, notícias, relação das igrejas em regiões metropolitanas e outras cidades e uma versão abreviada das doutrinas da igreja. “Se um membro de igreja envia uma mensagem incorporada no cartão SIM para alguém que deseja inspirar, ele ou ela está ativamente envolvido com o programa de ganhar almas da igreja”, diz Catolico. Uma porcentagem da tarifa de cada mensagem de texto será doada para projetos especiais da igreja. Rodolfo Bautista Jr., professor de Bíblia e História no Centro Médico Adventista de Manila e Colégios, ajudou a liderar o projeto. Ele diz que o SIM Advent será uma ferramenta útil
para chegar a uma geração de pessoas que têm o hábito de enviar pequenas mensagens de textos para os amigos. “Um jovem pode ter até trezentas pessoas não adventistas em sua agenda de telefone e o cartão facilita o evangelismo pessoal”, diz Bautista. Em 2002, a Igreja Adventista nas Filipinas iniciou o “ministério móvel”, um simples procedimento de envio de mensagens de inspiração para qualquer telefone móvel, explica Catolico. Mas o projeto avançou rapidamente em 2007, quando Bautista soube que a Globo já havia criado comunidades específicas de cartões SIM para seis outras organizações religiosas nas Filipinas. — Taashi Rowe, Rede Adventista de Notícias
Líderes Adventistas de Alimentos Saudáveis Realizam Conferência e Compartilham Idéias ■ Em março, representantes de várias companhias adventistas de alimentos saudáveis do mundo realizaram três dias de conferências em Sidney, Austrália. O Sanitarium Health Foods da Austrália, o maior produtor de cereais para o desjejum do país, foi o anfitrião do encontro da Conferência do Ministério Internacional de Alimentos Saudáveis. O tema da conferência mundial foi “Unidos Compartilhando Saúde e Esperança”. As oportunidades de partilha
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As fábricas de alimentos, em todo o mundo, contribuem para a missão da igreja, a cada ano, com milhões de dólares. Fazer propaganda de alimentos vegetarianos, um negócio associado à mensagem de promoção da saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia é, como dizem, “um dos segredos mais bem guardados” do movimento e está causando efeito positivo em muitos países. Com mais de 40 companhias de
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LÍDERES DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS: Kevin Jackson, presidente da comissão diretiva do Sanitarium Health Food Company, de propriedade da igreja, à esquerda, e Joel Zukovsky, diretor do Ministério Internacional de Alimentos Saudáveis da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, durante o encontro de 2008, em Sidney, Austrália.
F O T O :
e colaboração foram enriquecidas com seminários sobre “A Filosofia do Ministério da Saúde Alimentar”, “O Papel das Marcas e Marketing”, “Inovação e Crescimento: Novos Produtos e Estratégias”, “Formação de uma Rede de Suprimento Eficiente” e “Elementos Nutricionais do Leite de Soja e Carne Análoga”. “Foi um privilégio nosso sediar, recentemente, o Congresso Internacional do Ministério de Alimentos Saudáveis”, disse Barry Oliver, presidente da Igreja Adventista na Divisão do Sul do Pacífico. “Gostaria de parabenizar o Diretor Executivo (do Sanatório), Kevin Jackson e sua equipe, pela maneira profissional com que conduziram o congresso. Obviamente, há benefício em nos reunirmos para trocarmos idéias e estratégias. As companhias de alimentos saudáveis podem transmitir a missão da igreja, sendo ativamente envolvidas e centradas nas atividades missionárias.” Stoy Proctor, diretor associado do Ministério da Saúde da Associação Geral e palestrante em um dos seminários, comentou: “O Ministério dos Alimentos Saudáveis é muito mais complexo e importante do que imaginamos. O ministério permeia a força de trabalho e consumidores com a missão de Cristo, enquanto estão, ao mesmo tempo, na vanguarda da produção.”
K A R S T / A R
NOTÍCIAS DO MUNDO
alimentos espalhadas em várias partes do mundo, a Associação Internacional de Alimentos Saudáveis supervisiona essa “grande tendência”, que está se tornando mundial: a conscientização da saúde. — Reportagem de Gerry Karst, com informações adicionais da Rede Adventista de Notícias.
(DENMARK)
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A Igreja Adventista tem duas grandes estratégias para evangelizar o Canadá. Montreal e Quebec são amplamente reconhecidas como as cidades norte-americanas mais seculares. A forte herança católica dessas cidades cedeu lugar ao pósmodernismo, com sua crescente população urbana de cerca de 3,6 milhões de pessoas, tornando-se cada vez mais diversa. Como
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Adventistas no Canadá
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ocalizado entre os oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico, o Canadá é freqüentemente citado como modelo de como pessoas de culturas diferentes, que vivem em comunidades completamente distintas, podem conviver em paz e prosperidade. Ocupando a maior parte da região setentrional da América do Norte, o território canadense varia de vilas de pescadores na costa leste, metrópoles como Montreal, Toronto e Vancouver, às grandes planícies do centro do Canadá e as Montanhas Rochosas do oeste. Durante o século XVII, a Grã-Bretanha e a França, superpoderes europeus na época, estabeleceram colônias no Canadá. Em 1763, a França cedeu o controle dos seus territórios após ser derrotada pela Grã-Bretanha na Guerra dos Sete Dias, fazendo de todo o Canadas, como era conhecido na época, parte do império britânico. Em 1867, o Parlamento Britânico promulgou a lei britânica na América do Norte, que criou o Domínio do Canadá. Esse foi o princípio do caminho rumo à liberdade do país, que aconteceu em 1982. O Canadá, hoje, é totalmente independente, embora ainda reconheça a monarquia britânica como cabeça de seu estado e continue membro da Comunidade das Nações. As culturas francesa, inglesa e indígena, conhecida como “Primeira Nação”, influenciaram grandemente a cultura canadense. Colonizadores franceses mantiveram sua identidade e, hoje, seus descendentes compõem a maior parte da província de Quebec, na região oriental. Cerca de 75% dos canadenses vivem nos 160 km da região sul, fronteira com os Estados Unidos. O resto do Canadá é escassamente habitado. Na realidade, ele tem uma das menores densidades populacionais, per capita, do mundo. O Canadá tem dois idiomas nacionais: inglês e francês. Entretanto, alguns dos territórios do norte têm idiomas oficiais da Primeira Nação. Há, ainda, um movimento para fazer do francês o único idioma na província de Quebec.
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Canadá por Dentro
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Religiões
Católica – 42.6%; Protestante – 23.3%; Outras cristãs – 4.4%; Muçulmana – 1.9%; Outras – 11.8%; nenhuma – 16%
População
32,6 milhões
Comunidade Adventista do Sétimo Dia
57.324
População Adventista per capita
1:568
parte do projeto mundial “Esperança para as Grandes Cidades”, o “Projeto Esperança para Montreal” tem como objetivo plantar, em 2010, duas novas K U R T F A T T I C congregações nessa desafiadora área metropolitana. No próximo Décimo Terceiro Sábado, parte da oferta da Escola Sabatina ajudará a construir estações de rádio de baixa potência em comunidades rurais no Canadá. Essas estações retransmitirão a programação originada na VOAR, uma estação de rádio adventista com sede em Newfoundland. Por anos, as leis canadenses proibiram a concessão para estações de rádio religiosas. Quando Newfoundland se tornou uma província canadense em 1949, foi permitido à VOAR manter seu registro de rádio religiosa, uma vez que já era uma estação estabelecida. No Canadá, é permitido a estações de rádios de alto alcance construir estações de pouco alcance em comunidades menores. Assim, a VOAR criou uma rede nacional de rádio religiosa, a única no Canadá. Hoje, dezoito dessas estações transmitem a mensagem adventista em ambas as costas. Espera-se que se criem mais emissoras, incluindo uma em Whistler, Columbia Britânica, local das Olimpíadas de Inverno de 2010. Para saber mais sobre os projetos relacionados com as ofertas do Décimo Terceiro Sábado deste trimestre, e como as estações de rádio da VOAR surgiram, veja o Informativo das Missões na sua igreja local ou visite www.AdventistMission.org.
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ecentemente, visitei o Sanatório John Harvey Kellogg’s1, em Battle Creek, Michigan, Estados Unidos. Fundado em 1866, foi reconstruído e expandido ao longo dos anos. No seu apogeu, abrigava cerca de 1.200 pacientes, muitos dos quais figuras famosas da época: empresários, políticos, cientistas, artistas, escritores e intelectuais. Vinham para experimentar as novas práticas revolucionárias de saúde, recomendadas por Ellen White. Ela defendia ar fresco, água pura, dieta baseada em vegetais e exercício – conceitos tão revolucionários na época, como são convencionais hoje. Enquanto caminhava por aquele grande complexo de prédios antigos, fiquei perplexo com a audácia de nossos pioneiros, a enormidade de seu empenho. Como era ampla a visão deles! Quão profundas suas convicções, levando-os a um empreendimento tão ambicioso! Naquele prédio histórico, podemos encontrar as raízes da atual rede internacional de hospitais adventistas do sétimo dia, escolas de medicina e clínicas. Foi ali, também, o início de nossas indústrias de alimentos saudáveis e onde o trabalho médico missionário da igreja começou a ser estruturado. Foi um poderoso lembrete para mim de que, no âmago do adventismo, há uma profunda preocupação com a pessoa como um todo. Nossa fé é fundamentada na mensagem de totalidade de Cristo – uma transformação espiritual que engloba os aspectos físico e emocional da pessoa. Nenhum aspecto da vida humana está além do toque de Cristo; nenhuma faceta da atividade humana sai do âmbito de Seu cuidado. Como adventistas do sétimo dia, essa é a nossa herança. Foi isso que moldou nossas atitudes e nossas instituições. Isso ajuda a explicar por que priorizamos a assistência humanitária; porque defendemos a liberdade religiosa para todos os povos, independente de sua crença; porque continuamos a investir pesadamente em educação. Essa mensagem de “totalidade” tem nos mantido na vanguarda nas questões de saúde pública, nas campanhas contra o álcool, o fumo e outras práticas que destroem os indivíduos, as famílias e a comunidade. Enquanto reflito sobre nosso passado, tenho também a consciência de que nosso desafio não é estático. Temos uma responsabilidade contínua de nos engajarmos com as questões emergentes da sociedade; de destacar nossos valores e voz
profética daquelas coisas que afetam as comunidades onde vivemos hoje. Em nossos dias, uma questão em particular, que gera imensa cobertura da mídia e discussão política em quase todas as partes do mundo, é o meio ambiente. Contudo, é um assunto que nós, como igreja, ainda não assumimos de modo
Lıberd
Jan Paulsen é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
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significativo. Falando com membros da igreja sobre meio ambiente e mordomia, encontrei atitudes diferentes: cautela em relação a algumas retóricas filosóficas e políticas que tantas vezes acompanham a linguagem do ambientalismo; indiferença em relação a uma questão vista por alguns como secundária à nossa missão principal; e para outros, frustração por permanecermos silentes, quando nossa voz deveria ser ouvida. O meio ambiente é um “problema adventista”? Temos algo significativo, algo singular, para contribuir para a sua preservação? Creio que a resposta seja “sim”. Minha esperança é de que avancemos na direção de uma discussão sobre o adventismo e a responsabilidade ambiental, para desenvolvermos uma abordagem leal aos nossos valores e compatível com nossa vocação histórica. Então, ao iniciarmos esta conversa, gostaria de compartilhar com você três breves reflexões sobre administração ambiental.
1. Removendo os envolvimentos políticos
“Ambientalismo” é o mesmo que cuidar do meio ambiente? Como tantos “ismos”, o ambientalismo é, por vezes, direcionado pela sociedade para questões política e economicamente orientadas, tendo consigo uma agenda específica. Às vezes, o ambientalismo pode assumir um sabor, ou um conjunto de dinâmicas que, na realidade, não é para o cuidado do meio ambiente. É fácil as pessoas pensarem: “Estou sendo empurrado numa batalha política entre governos, poderes econômicos, industriais, cientistas, figuras públicas e grupos de ‘lobby’. Com freqüência, o tom é acusativo e confrontador. Assim, retrocedemos e dizemos: ‘Não quero me envolver com isso’.”
Por Jan Paulsen
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uidar C Quando, porém, tiramos as camadas que envolvem o “ambientalismo”, encontramos idéias que também ecoam nossas próprias crenças e valores: cuidado pelo mundo de Deus e cuidado pelo nosso semelhante, o ser humano. Vamos dizer ao mundo sobre o descanso sabático, um dia específico da semana em que nos lembramos, especialmente, do poder criativo de Deus. Vamos falar sobre nossa defesa do vegetarianismo, a dieta que, quilo por quilo, requer menos recursos para ser produzida do que a dieta não vegetariana (e, ao mesmo tempo, falemos sobre convicções espirituais que norteiam nossas escolhas e estilo de vida!). Falemos sobre nosso interesse pela pessoa como um todo – em lugar de apenas o “espírito” ou “alma”− doutrina que dá aos adventistas uma perspectiva única entre a maioria dos cristãos, hoje. Falemos também sobre a relação feita por nossa profetisa, Ellen White, entre um ambiente limpo e boa saúde. Falemos sobre a ênfase que os adventistas colocaram historicamente na água pura e no ar fresco.
2. Responsabilidade espiritual ou uma opção extra?
Quando Deus completou Seu trabalho criativo, deu ao homem poder – domínio – sobre a Terra. Mas o que significa ser “senhor” de nosso meio ambiente? Senhor apenas para sua utilização? Trata-se de uma afirmação de poder sobre a natureza, o direito de uso e abuso, extrair e destruir, independente das conseqüências? Não. O domínio que Deus estendeu à humanidade foi um ato de confiança, uma responsabilidade especial para administrar, com sabedoria, os recursos que Ele providenciou. Quando Deus criou o mundo físico – com sua incrível variedade de vida e habitantes – não agiu de forma aleatória e casual. Ele criou algo completo, e creio que, se fracassamos na condução de nossa vida de maneira a preservarmos o equilíbrio entre todas essas coisas, falhamos na mordomia, violamos a confiança de Deus na humanidade. Há os que dizem: “Mas este mundo não vai muito longe.
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A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL Deveríamos nos concentrar no mundo porvir!” Mas eles mesmos não conseguem deixar este mundo. Este é o lugar onde estamos hoje; este é o lugar onde somos chamados a demonstrar nossa obediência a Deus. Este é o mundo que Deus confiou ao nosso cuidado. E é hoje, neste mundo, que começamos a moldar nossa vida e coração para a eternidade. Outros podem dizer: “Mas isso não é uma distração da nossa tarefa mais importante que é compartilhar Cristo com os outros?” Eu responderia: “Mal começamos a nos envolver com esse
léia; um lar mantido pelo trabalho honesto e respeitável; vida de simplicidade; luta diária com as dificuldades e provações; abnegação, economia e paciente... serviço.” 2 Há outro aspecto da administração ambiental que exprime fortemente os valores adventistas. Quando escolhemos um estilo de vida simples e subjugamos nossos desejos, quando enfatizamos o espiritual acima do material e escolhemos relacionamentos acima de “coisas”, estamos seguindo o exemplo de nosso Senhor. Vejo certo círculo nisso. Os adventistas do sétimo dia sempre pregaram uma mensagem de liberdade espiritual – liberdade do poder do pecado, liberdade do medo, liberdade de consciência e de expressão religiosa. Mesmo nossa obra de cura, educação e assistência humanitária é guiada pelo mesmo desejo de libertar as pessoas da pobreza, ignorância, dor e injustiça. Esse mesmo interesse pela liberdade desperta nosso interesse pelo mundo em que vivemos. Tendo consciência sobre o que bebo, como, visto, uso, como viajo e gasto meu tempo – tudo isso afeta o meio ambiente e, conseqüentemente, cada um dos filhos de Deus e os seres criados por Ele. Isso não significa vivermos uma existência incolor e sombria. Pelo contrário, significa nos libertarmos do consumismo implacável, dando mais atenção às pessoas e menos às aquisições, construindo uma vida centrada nas prioridades de Cristo e não nas do mundo – essas são escolhas que conduzem a uma maravilhosa sensação de liberdade, um indescritível senso de liberação! E essas são escolhas que produzem qualidade de vida. Este é um tema com uma riqueza de idéias ainda a ser explorado; é uma discussão que, espero, venha a ter raízes em nossas escolas, instituições e nossos lares. Ao observarmos mais de perto a administração ambiental e considerar nossa resposta, creio que encontraremos a base de princípios sobre a qual possamos desenvolver uma abordagem clara, bíblica e distintamente adventista. Oro para que, ao fazermos isso, não sejamos menos ousados, menos visionários do que nossos pioneiros. E, acima de tudo, oro para que nossa resposta, em palavras e atos, sirva para revelar mais claramente ao mundo a imagem do Criador.
Este é o mundo que Deus confiou ao nosso cuidado. assunto; temos um longo caminho a percorrer antes que se torne uma distração!” Não nos esqueçamos ainda de que nossa missão, como igreja, nunca foi tacanha. Com isso, quero dizer que nossos esforços na missão sempre abrangeram um vasto leque de atividades como pregação, ensino, evangelismo, cura, assistência humanitária, serviços comunitários, liberdade religiosa e educação. Essa abordagem global – imitando o ministério de Cristo em nossas comunidades – só será reforçada ao destacarmos também nosso cuidado pelo aspecto físico do mundo.
3. Verdadeira liberdade
“Uma residência dispendiosa, mobília trabalhada, ostentação, luxo e conforto não proporcionam as condições essenciais a uma vida útil e feliz”, escreveu Ellen White. “Jesus veio ao mundo a fim de realizar a maior obra jamais efetuada entre os homens... Quais foram as condições escolhidas pelo Pai infinito para Seu Filho? Uma habitação isolada nas colinas da Gali-
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Os prédios Kellogg pertencem aos EUA e são administrados pelo governo. A Ciência do Bom Viver, p. 365.
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Seguro Comer
Peixe?
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
Recentemente, li que mulheres grávidas, hoje, são aconselhadas a comer peixe. Sempre pensei que o mercúrio, encontrado no peixe, o torna perigoso para o consumo. Será que o peixe deve ser parte da dieta de uma pessoa conscienciosa? ua pergunta é muito típica e de No V Congresso Internacional de grande interesse dos vegetariaNutrição Vegetariana, o Dr. Alexander nos. Você deve estar a par de que Leaf Jackson, professor emérito de muitos “vegetarianos” incluem peixe na medicina clínica, na Universidade Harvard, expôs essa crença. Sua posição foi dieta. Ellen White comeu peixe em vez criticada violentamente pelo Dr. Iqwal de “carne vermelha” e ela considerava Mangat, da Universidade de Toronto, peixe melhor do que a carne de animais. Ela tomava cuidado com peixes talvez, impressionado com as recentes de rios poluídos e essa é a situação que informações dos estudos adventistas enfrentamos hoje – onde os peixes dos sobre saúde. O estudo mostrou que, nas rios do interior e das águas da costa biópsias da gordura de vegetarianos, o de muitos países estão poluídos e connível de DHA foi bem adequado. Isso taminados por mercúrio, pesticidas e significa que, qualquer que seja a teoria dióxido. O teor de mercúrio nos peixes sobre o metabolismo de gorduras que foi o que levou os médicos a eliminápossa surgir, a realidade é que os vegetarianos podem obter DHA suficiente. los da dieta das mulheres grávidas. A inversão dessa recomendação foi basea- Isso significa que não vemos, por enda em fatores que não o teor de mercú- quanto, necessidade de recomendar a rio, pois esse não mudou. adição de peixe à dieta vegetariana. As células de uma pessoa necessiNa mesma tendência, consideramos tam de ácidos graxos ômega-3 para seu que uma dieta vegetariana bem equilibrada é adequada tanto para a mãe funcionamento perfeito e dois tipos grávida quanto para seu filho. importantes desse ácido são o eicosapentaenóico (EPA) e o docosahexaeNão sendo injusto com os vegetarianóico (DHA). O óleo de peixe é rico nos que consomem peixe, é apropriado desses dois importantes ácidos graxos. reconhecer os benefícios do consumo de A preocupação com o desenvolvimenpeixe que incluem o decréscimo do risco to do cérebro do feto fez com que a da mortalidade por ataque cardíaco, recomendação para as grávidas fosse provavelmente relacionado ao efeito antiarrítmico do óleo de peixe e, contamirevertida. nação à parte, o peixe não causa danos à Subjacente a essa recomendação saúde. Os peixes retirados de águas não está a convicção de que os ácidos graxos ômega-3, derivados de fontes poluídas, tais como oceanos profundos, vegetais, não são facilmente metabolinão têm o mesmo nível de problemas zados para as variedades EPA e DHA que vemos com peixes criados em catide ômega-3. veiros ou de águas costeiras.
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Em muitas populações de países e ilhas, o peixe é parte importante da dieta. Nossa base para o vegetarianismo é a busca pela excelência na saúde. Devido a diferenças geográficas na disponibilidade de alimentos, recomendamos uma dieta rígida, e seria prudente uma transição cuidadosa e bem planejada de uma dieta habitual para a dieta vegetariana. Os registros bíblicos de Jesus servindo peixe depois de Sua glorificação, certamente atenuam qualquer dúvida da moralidade sobre o comer peixe. A preferência de Ellen White pelo peixe sobre a carne vermelha sugere também que qualquer problema com peixe está relacionado apenas à sua contaminação. Aqueles que têm ampla possibilidade de escolha entre uma variedade de alimentos, particularmente nozes e sementes, não têm razão para incluírem peixe em sua dieta. Por outro lado, não sabemos de nenhum risco para a saúde no consumo do peixe não contaminado.
Allan R. Handysides, M.B.,
Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamento de Saúde da Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo da ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde. Julho 2008 | Adventist World
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elina não era uma recém-conversa típica do Grande Reavivamento em George Whitefield. Ela era uma condessa, esposa do Conde de Hauntingdon. Para os padrões das mulheres aristocratas do século dezoito, ela havia recebido excelente educação, a qual, após sua conversão, foi aplicada ao estudo da Bíblia. Pouco depois, tornou-se autoridade nas Escrituras. Certa ocasião, um grupo de cristãos perguntou a Selina: “Qual é o maior milagre relatado na Bíblia?” Ela pensou alto: Será que foi caminhar sobre a água ou alimentar cinco mil pessoas com o lanche de um menino? Não. Talvez, um dos milagres de cura, como a dos dez leprosos. Selina, então, lembrou-se do vale de Betânia e da ordem: “Lázaro, vem para fora!”
Mas, enquanto prosseguia em sua reflexão, Selina mais uma vez disse não, concluindo, pensativa: “O maior milagre das Escrituras é descrito nos primeiros onze versos do capítulo oito do Evangelho de João.” Lembra-se da História?
Lembra-se da maneira como um grupo de homens religiosos empurrou uma mulher adúltera, seminua e aflita, à presença de Jesus? O cenário eram os arredores do templo, na época, ainda em construção, com pedras soltas pelo terreno, talvez um lugar adequado para um apedrejamento. Jesus não tinha saída. Os religiosos já haviam pensado em tudo. Se Ele tivesse misericórdia da mulher, poderiam dizer que não cumpria a lei. Se concordasse com seu apedrejamento, teria
problema com as autoridades romanas. Era uma situação de derrota ou derrota. Ele, porém, nem perdoou a mulher, nem desafiou o Império Romano. Jesus não Se apressou a tomar uma decisão. Sabia que estava diante de uma emboscada. Ele não estava prestes a cair, vítima da hipocrisia de Seus acusadores. No começo de João 8, eles queriam apedrejar uma adúltera. No final do capítulo, queriam apedrejar Jesus. Então ficou bem evidente o que desejavam, desde o início. Jesus, então, escreveu na areia usando uma prática não desconhecida pelos professores séculos antes do quadro negro. O verbo grego traduzido por “escrever” é um verbo técnico, que sugere que o que Jesus escreveu era hostil para os acusadores da mulher. Jesus fez uma pausa para pensar e, talvez, para orar. Do outro lado da ora-
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Por David Marshall
i la M A Bíblia contém muitos milagres. Conheça um deles
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Ali, em pé, ela pensou que sua vida havia acabado. Esse era o fim de sua história.
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ção, está a sabedoria infinita. Ele estava nos mostrando o que fazer quando somos convidados a condenar. Ao dar a impressão de que estivesse ignorando os acusadores da mulher, Jesus também os obrigava a reformular o caso. Ao forjarem uma situação, aqueles religiosos agiram de modo inadmissível. Se não fossem tão duros de coração, teriam considerado o arrependimento. O caso contra a mulher poderia ter sido trazido pelo esposo dela, mas ele não foi mencionado. Qualquer que fosse a sentença sobre a mulher, teria que também passar pelo grupo da segunda parte. Estava Ele permitindo que ela escapasse... ou tinha Ele Se unido aos acusadores da mulher?
acusadores? Ninguém te condenou?” (verso 10). “Ninguém, Senhor!” (verso 11). “Um a um, cabisbaixos e confusos, foram-se afastando silenciosos, deixando a vítima com o compassivo Salvador” (O Desejado de Todas as Nações, p. 461). Quando Jesus falou pela última vez, foi como se houvesse permitido o início do apedrejamento. O Desejado de Todas as Nações diz que esperavam pelo início da dolorosa morte daquela mulher. Por essa razão, ela estava totalmente despreparada para a resposta piedosa do Salvador: “Nem Eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (verso 11).
Estratégia Arriscada
Selina Estava Certa
O que Jesus estava escrevendo sobre aqueles acusadores? Ele havia parado. As palavras que escreveu estavam a Seus pés. ORGULHO? ARROGÂNCIA? MALDADE? LASCÍVIA? ADULTÉRIO? Seja o que for que Jesus tenha escrito, fez com que aqueles corações endurecidos se sentissem muito, mas muito desconfortáveis. Após levantar-Se, Jesus falou pela primeira vez: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (Jo 8:7). Essa foi uma estratégia arriscada, não apenas por causa das pedras soltas no pátio do Templo, mas por aqueles homens cheios de justiça própria. Alguém poderia ter jogado a pedra que tinha na mão. E se um jogasse... Jesus correu o risco para mostrar que Ele leva a lei a sério. O dedo que esteve escrevendo no chão havia escrito na pedra. Jesus sabia que a mulher era culpada do que era acusada. Ele levou a sério o seu pecado. Tão a sério que o carregou até o Calvário. Pela segunda vez, Jesus escreveu no chão. Pela segunda vez, Ele Se levantou. “Mulher, onde estão aqueles teus
Lembra-se de Selina? O maior milagre das Escrituras? “Nem Eu tampouco te condeno. Vai...” Para dizer essas palavras, Jesus teve que ir ao Calvário e comprar o perdão para a mulher e morrer a segunda morte. Ali, em pé, ela pensou que sua vida havia acabado. Esse era o fim de sua história. “Não ainda”, Jesus estava dizendo. “Sua história começa aqui. Começa outra vez. Agora. Novo começo.” Naquele mundo de homens, onde o poder pertencia aos religiosos, a mulher adúltera pensou que era seu fim. Ela havia visto o tamanho das pedras que aqueles homens seguravam ameaçadoramente. Ao dizer: “Nem Eu tampouco te condeno”, Jesus comprometeu-Se com o Calvário. Suas palavras sintetizavam o milagre da graça. “O maior de todos os milagres”, disse Selina.
David Marshall é editor
veterano da Stanborough Press, em Lincolnshire, Inglaterra.
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or mais de cento e trinta anos, a Igreja Adventista tem paixão pela obra missionária. J. N. Andrews foi o primeiro missionário oficial adventista do sétimo dia a embarcar em um navio para a Europa, em 1874. Uma década antes, os adventistas guardadores do sábado, Hannah More e Michael Czechowski, ajudaram a implantar o Adventismo nos continentes africano e europeu, respectivamente. Milhares seguiriam suas pegadas, deixando o conforto do lar para compartilhar o amor de Deus em lugares estranhos e perigosos. Muitos até sacrificaram a vida. E hoje? A missão é ainda prioridade para a Igreja Adventista?
Por Laurie Falvo
Missionários Adventıstas–
Eles Ainda Existem? “Desde seu início, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é um movimento missionário”, diz Gary Krause, diretor dos escritórios da Missão Adventista, na sede mundial da Igreja. “É claro que foram necessários alguns anos para a igreja se conscientizar de que ‘ir a todo mundo’ significava mais do que só a América do Norte. Entretanto, quando essa conscientização veio, tornou-se convicção. Começamos enviando missionários para todas as partes do mundo, um grande número de pessoas para uma denominação tão pequena. A missão tornou-se nossa grande prioridade, a própria razão da existência da igreja.” Hoje, os missionários adventistas vêm de numerosas regiões do globo e servem onde há necessidade. Provêm de diferentes países, culturas e profissões, mas são unidos por um objetivo comum: compartilhar o amor e a esperança de Jesus com um mundo que necessita desesperadamente dEle. Vindos de grandes cidades e de vilas remotas nas florestas, missionários como Elmer e Angélica Ribeyro fazem a diferença na vida das pessoas que não têm para onde ir. Elmer e Angélica Ribeyro (Serra Leoa)
Quando ainda criança, Elmer Ribeyro sentiu que Deus o estava chamando para ser médico missionário. “Senti o desejo de tornar-me um médico e orei para que Deus abrisse as portas para que isso acontecesse”, ele disse. “Eu sabia que queria servir algum dia na África.” Originário do Peru, Elmer, hábil cirurgião, e sua esposa Angélica, formada em farmácia, trabalham em uma pequena clínica em Serra Leoa, país recentemente dilacerado pela guerra civil. Médicos missionários como Elmer e Angélica desempenham papel importante no evangelismo da igreja. Geralmente, eles são o primeiro ponto de contato entre a comunidade local e os adventistas.
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O cuidado e a compaixão que os Ribeyro dedicam aos seus pacientes dão-lhes um vislumbre do amor que Jesus tem por todos. Samir e Tanya Berbawy (Egito)
Samir Berbawy nasceu no Egito, cresceu no Líbano e, mais tarde, emigrou para os Estados Unidos, onde se tornou educador adventista. Quando seus filhos serviam como estudantes missionários na Academia da União do Nilo, Samir e a esposa Tanya visitaram a escola adventista. Ele se sentiu chamado por Deus para retornar à sua terra natal para fazer a diferença na vida de muitos jovens da igreja ali. Finalmente, Samir foi convidado a retornar ao Egito como missionário e está servindo como presidente do Campo, nesse país. A cada ano, grande número de missionários adventistas é treinado e enviado para todo o mundo, com objetivos práticos, tais como educação, cuidado da saúde, implantação de igrejas, alfabetização. Eles se esforçam para chegar até os não-alcançados e ganhá-los para a verdade. Os missionários sempre foram, e ainda o são, instrumentos do Espírito Santo para fazer da Igreja Adventista o que ela é hoje, uma família espiritual e mundial. Oscar e Eugênia Giordano (Lesoto)
No pequeno país de Lesoto, dois missionários adventistas estão semeando a semente da esperança entre pessoas infectadas pelo HIV. Como missionários veteranos na África, Oscar e Eugênia Giordano já serviram à igreja em alguns dos lugares mais difíceis daquele continente. Juntos, fundaram o Ministério Adventista Internacional HIV-AIDS, uma organização dirigida pela igreja, com sede em
Esquerda: CRISTIANISMO PRÁTICO: Eugênia Giordano, vicediretora do HIV-AIDS Ministério Adventista Internacional na África, trabalha com um participante do curso de costura em Lesoto, criado para ajudar pessoas infectadas pelo HIV ou AIDS. Abaixo: DENTISTA MISSIONÁRIO: Milan Moskala, dentista adventista em Bangladesh, posa com alunos de uma das muitas escolas que fundou nas favelas de Dhaka.
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Johannesburgo, África do Sul, que combina amor, compaixão e educação para ajudar as vítimas do HIV e da AIDS a terem qualidade de vida. “Podemos ver como vidas têm sido transformadas”, diz Eugênia. “Vemos pessoas com esperança, pessoas que estavam doentes e morrendo. Por meio desse ministério, dizem: ‘Agora tenho esperança.’” “Jesus Se aproximaria dessas pessoas”, diz Oscar. “Iria tocálas, dar-lhes Sua presença concreta, o que significaria muito para uma pessoa que está completamente sozinha. Esse toque de amor durará para sempre... Cuidado e compaixão constituem o início do processo de cura.” Rick e Márcia McEdward (Divisão Ásia-Pacífico Sul)
Rick McEdward é um pastor com coração de missionário. Há seis anos, ele, sua esposa Márcia e filhos mudaram-se para a Ásia, uma das áreas mais desafiadoras do mundo para o evangelismo. Rick tem o compromisso de compartilhar o amor de Deus com pessoas de várias religiões. Como coordenador das Missões Adventistas para a Divisão Ásia-Pacífico Sul, Rick trabalha com os pioneiros da Missão Global para iniciar novos grupos de crentes em cidades e áreas remotas nas selvas. “Recentemente, visitei uma pequena vila dentro da selva, na Indonésia, onde tivemos um projeto de Missão Global por vários anos”, diz Rick. “Há ali um pequeno grupo de cinco famílias que, semanalmente, se reúnem para o culto. Temos um pioneiro da Missão Global que vai à vila, toda semana, para dirigir os estudos bíblicos e compartilhar o amor de Deus com as pessoas. Houve certa oposição ao nosso trabalho no passado, mas à medida que os pioneiros e a família da igreja transmitiam seu amor, a comunidade se abriu e aceitou a Palavra de Deus.”
Milan e Eva Moskala (Bangladesh)
Nos últimos oito anos, Milan Moskala atuou como missionário em Dhaka, Bangladesh, um dos lugares mais pobres do mundo. Suas favelas estão apinhadas de pessoas que nem mesmo têm as coisas essenciais para a sobrevivência. Natural da República Checa, Milan gastou anos ministrando para refugiados de guerra, na Bósnia. Dentista realizado, ele faz mais do que consertar dentes. Freqüentemente, visita as escolas que fundou no coração das favelas de Dhaka. “Em todo lugar, há milhares de crianças sem pais, sem apoio, mendigando, trabalhando, tentando sobreviver com a comida que pegam do lixo e brigando entre si”, diz Milan. “Têm uma vida miserável.” Essas escolas provêem educação para crianças que, de outra forma, não teriam a mínima chance de vencer na vida. As escolas também oferecem a única refeição que provavelmente essas crianças têm por dia. No final do dia, Milan visita casas nas favelas para ensinar às pessoas os princípios de uma vida saudável. Os atos gentis de Milan refletem o amor de um Deus que, de outro modo, permaneceria desconhecido para aquela comunidade. Um Vislumbre Apenas
Essas curtas histórias constituem apenas um vislumbre da vida das famílias dos missionários. Esses são apenas uns poucos das centenas, ao redor do mundo, que trabalham em lugares perigosos, solitários e sem recursos adequados, mas que estão determinados a fazer a diferença. “É maravilhoso quando uma vida é transformada”, diz Oscar Giordano, “quando vemos a alegria das pessoas que experimentaram o poder restaurador de Jesus Cristo. Quero apelar aos meus irmãos e irmãs de todo o mundo a se envolverem e a apoiarem, por meio das ofertas missionárias, o trabalho que é realizado na linha de frente.” A cada trimestre, a Missão Adventista prepara um DVD que evidencia o trabalho das missões da Igreja Adventista do Sétimo Dia ao redor do mundo. Os vídeos no DVD podem ser usados para promover o Décimo Terceiro Sábado e as ofertas para as missões nas igrejas locais. Este artigo foi adaptado do DVD da Missão Adventista do primeiro trimestre de 2008. Para adquirir uma assinatura do DVD ou para assistir às histórias do DVD online, visite www.AdventistMission.org.
Laurie Falvo é diretora dos projetos de
comunicação da Missão Adventista da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em sua sede mundial em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.
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imofei não se parece com um milionário. Ele é baixo, escuro e bochechudo como um garoto do primário. Por trás, porém, de seus alegres olhos castanhos e fala suave, há um fantástico senso para os negócios, que lhe permitiu construir um império empresarial que se alastra por três países. O impassível empresário de 29 anos de idade conta o segredo do seu sucesso: um encontro, por acaso, com um adventista do sétimo dia que o encaminhou para Deus. “Quando encontrei David, eu era um homem comum que tinha uma empresa familiar com meu pai. Eu era motorista e entregador. Esse era meu trabalho”, diz Timofei. “Agora... fazemos negócios com quase todos os grandes varejistas da Rússia, Ucrânia e Cazaquistão.” Timofei está entre o grupo de russos abastados, em cuja vida houve grandes mudanças, depois que começou a estudar inglês com David Kulakov, talvez o mais improvável professor entre os professores de inglês. Sendo o russo sua língua nativa, David estudou na Universidade Adventista Zaoksky com o desejo de evangelizar, do púlpito, os mais de dez milhões de habitantes de Moscou. Deus, porém, tinha outros planos. David, 34, tornou-se uma espécie de
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Por Andrew McChesney
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Russo aceita chamado de Deus para pregar aos ricos
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REFEIÇÃO E TESTEMUNHO: Alguns dos alunos de inglês de David Kulakov, assim como membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional de Moscou, participam de um almoço de sábado no apartamento de David. Ele convida alunos para irem a sua casa, a fim de conhecerem outros adventistas e aprender mais sobre sua fé.
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Daniel moderno, amigo e conselheiro de pessoas influentes que, de outro modo, nunca seriam desafiadas a levar Deus em consideração. “Quando Nabucodonosor começou a interagir com Daniel, reconheceu que ele não temia o futuro como as outras pessoas. Aconteceu o mesmo com meus alunos”, disse David. “Geralmente, essas pessoas são muito sábias; podem ver seu interior; conseguem ver se você teme o futuro e o que o preocupa. Eles vêem o que o deixa chateado; vêem quais são seus hábitos, se são bons ou maus.” “Não se pode pregar para eles”, disse ele. “É por isso que não vão à igreja, porque alguns ouviram pessoas pregando sobre vida eterna e tesouros eternos, e não sabem administrar as coisas terrenas adequadamente.” Não era o objetivo de David atrair pessoas ricas e poderosas quando começou a ensinar inglês, por meio período, há mais de uma década. Mas depois de Deus mudar sua vida miraculosamente, chegou à conclusão de que era da Sua vontade que ele ensinasse. Após alguns anos, David tinha tantos alunos que orou e aumentou consideravelmente o valor de suas aulas para limitar a demanda de alunos. Como resultado, David cobra um dos preços mais altos para aulas particulares na Rússia. Seus alunos,
naturalmente, são empresários abastados e altos funcionários públicos bem relacionados com o governo, que procuram as melhores aulas de inglês que o dinheiro possa pagar. Para os alunos que perguntam – e inevitavelmente o fazem – David também oferece algo que o dinheiro não pode comprar: conselhos para administração dos negócios e educação dos filhos – diretamente das páginas da Bíblia e dos livros de Ellen G. White. À medida que os alunos seguem as instruções e vêem sua vida mudando para melhor, questionam David sobre o segredo de sua sabedoria. David dá o crédito a Deus e os presenteia com os cinco livros da série Conflito dos Séculos, de Ellen White, instruindo-os a iniciar com Patriarcas e Profetas. Ele ainda os convida para o almoço de sábado, em sua casa, com outros adventistas, para que vejam seu estilo de vida em ação. Muitos alunos já aceitaram a Jesus e foram batizados; entre eles está a própria esposa de David, um estadista e um bilionário, que já foi capa da edição russa da revista Forbes. “David é muito bem-sucedido no seu ministério pessoal porque conhece muito bem as Escrituras”, disse Andrey Scheglov, tesoureiro da Associação Adventista do Sétimo Dia de Moscou e que conhece David há aproximadamente uma década. “Seria muito difícil alcançar essas pessoas de outra forma, mas ele as leva para a igreja”, disse ele. “Não há dúvida de que o Espírito Santo está trabalhando por meio de David.” A História de Timofei
Timofei ligou para David, há cinco anos, quando se cansou de trabalhar
como motorista da pequena empresa da família e concluiu que, se falasse inglês fluentemente, poderia dar um salto para começar sua própria carreira. Tinha já um professor de inglês, mas sentiu que poderia melhorar. Por isso, leu todos os anúncios de professores nos jornais. O anúncio de David lhe saltou aos olhos. Era o único que prometia a habilidade de escrever e pensar em inglês, disse Timofei. Ele ligou e marcou um encontro com David. “Em pouco tempo, constatei que tipo de homem ele era”, diz Timofei, falando em inglês fluente. “Constatei que grande professor de inglês ele era, porque eu tinha experiência falando com professores [anteriores] e tendo aulas com eles.” Assim, à medida que Timofei e David foram se conhecendo melhor, Timofei começou a contar-lhe sobre suas aspirações. “Eu era um homem ambicioso e queria um trabalho mais interessante para desenvolver meu potencial. Queria aprender inglês e ingressar numa grande empresa como um empregado comum”, disse Timofei. “David disse para eu pensar grande. Durante as aulas de David, aprendi que ele também ensinava eficiência pessoal, e durante suas aulas me deu algumas lições de seus seminários. Isso mudou alguma coisa em minha psicologia e minha vida começou a mudar, especialmente minha vida empresarial”, diz Timofei. Perplexo com seu sucesso,
Andrew McChesney
é jornalista; morou e trabalhou na Rússia nos últimos doze anos.
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Como David Começou
Após uma difícil juventude que deixou a mente de David transbordando de pensamentos dos quais queria liber-
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perguntou a David sobre a fonte de sua sabedoria. Timofei assumiu os negócios da família e logo ganhou o seu primeiro milhão de dólares. Timofei e sua esposa agora estão lendo Patriarcas e Profetas. “Sem dúvida alguma, posso dizer que David nos ajudou a reconhecer que Deus está em nossa vida”, diz Timofei. Deus é tudo em nossa vida. Creio que Deus é amor. O nosso amor por Deus e pelas pessoas está relacionado um com o outro. “Quando começamos a amar a Deus, começamos a amar a nós mesmos, começamos a amar e a ajudar os outros.” Timofei falou com a condição de não ser revelado seu sobrenome por causa do mundo criminoso dos negócios, comum na Rússia, e teme pela segurança de sua esposa e três filhos menores, se chamar a atenção para a sua situação financeira. Ele disse que, recentemente, recusou uma entrevista para a revista Forbes pelo mesmo motivo. Timofei, entretanto, concordou em falar sobre David porque queria “dizer a outras pessoas o tipo de homem que ele é e o que fez em sua vida.” Quando perguntado sobre como David o ajudou a abrir seu coração para Deus, Timofei disse: “Suas palavras são coerentes com suas ações. Isso realmente me ajudou a compreender que existem pessoas em nosso mundo que fazem, ou pelo menos procuram fazer tudo o que lemos na Bíblia.” Timofei, judeu de nascimento, recentemente começou a freqüentar uma sinagoga aos sábados e devolveu seu primeiro dízimo ali. David continua a orar enquanto Timofei avança na leitura de O Desejado de Todas as Nações.
BÍBLIA COPIADA A MÃO: A fim de permitir que Deus controlasse seus pensamentos, David Kulakov copiou toda a Bíblia a mão. No período de dois anos e meio, ele copiou as Escrituras em folhas de papel, reunindo as páginas em um volume.
tar-se desesperadamente, decidiu dedicar sua vida a Deus. Ávido estudante de psicologia, David chegou à conclusão de que seria psicologicamente impossível mudar seus impulsos da noite para o dia, por causa dos hábitos fixados nas células cerebrais, formados ao longo de anos de indisciplina e pensamento cético. “Para reconstruir novas conexões entre minhas células cerebrais eu precisava, realmente, de um milagre. Isso leva tempo”, disse David, homem alto, forte, de óculos prateados e uma sonora voz de barítono. O sorriso que parecia estar sempre nos seus lábios desapareceu por um momento. David, a princípio, relutou em contar sua história dizendo que, se alguém merecia ser entrevistado deveria ser sua mãe, fiel adventista que testemunhou muitos milagres durante a repressão soviética. Após muitos dias de oração e exame de consciência, David concordou, na esperança de que sua experiência servisse para honra e glória do nome de Deus. Mas ele impôs duas
condições: que a fotografia e a identidade de seus alunos atuais, com exceção de Timofei, não fossem publicadas. Ele disse que não queria dificultar, inadvertidamente, o trabalho de Deus em um país onde é forte a paranóia sobre qualquer organização religiosa dominante, não relacionada com a Igreja Ortodoxa Russa, especialmente se o grupo é, erroneamente, rotulado como seita dos Estados Unidos. David disse que queria provar, por meio de seu trabalho, que os adventistas do sétimo dia são confiáveis e que, se solicitados, podem servir fielmente aos outros, em seus negócios, família e na vida do país. David começou a estudar inglês no começo dos anos noventa e aperfeiçoou seu aprendizado, trabalhando com missionários norte-americanos. Em 1997, David orou fervorosamente para que Deus mantivesse seus pensamentos sob o controle divino. No dia 28 de novembro, resolveu copiar a Bíblia toda a mão. Durante os dois anos e meio seguintes, ele copiou as Escri-
turas, em oração, em folhas brancas de papel. Ao mesmo tempo, releu a série O Conflito dos Séculos e os nove volumes dos Testemunhos para a Igreja, de Ellen G. White. O exercício de copiar a Bíblia levou, ao todo, oitocentas horas e o resultado foi extraordinário, disse David. “Eu previ as mudanças que Deus realizaria em minha vida se eu copiasse a Bíblia à mão. Mais tarde, porém, concluí que eu havia predito apenas 3% delas. Eu não podia sequer imaginar quão abrangentes seriam essas mudanças”, disse. Entre elas, segundo ele, estava uma nova habilidade de pensar concentradamente, que descreve como períodos com menor número de pensamentos, porém, mais profundos e úteis. Com a Bíblia gravada em sua mente, foi muito mais simples distinguir entre a verdade e o erro, especialmente em livros seculares. “Naquele momento, um desejo profundo surgiu em meu coração: o de ser como Daniel”, disse David. “Cheguei à conclusão de que Deus sempre precisou de homens como Daniel, porque Ele espera que pessoas apresentem Sua verdade com poder, nos países onde vivem.” David orou pedindo a Deus que fizesse dele uma testemunha fiel. Foi quando, de repente, percebeu que, entre seus alunos, havia um número de pessoas preeminentes e muitas delas tinham se tornado adventistas, inclusive sua esposa Anna e o bilionário mencionado pela Forbes. O bilionário, que aceitou a Jesus enquanto David estava na metade da tarefa de copiar da Bíblia, mora atualmente fora da Rússia. Ellen White e Autodisciplina
Com seu interesse em psicologia, David pesquisou dezenas de livros sobre eficiência pessoal, compilando um dossiê com citações de autores como Stephen R. Covey e Jim Collins,
que estavam de acordo com a Bíblia e com os escritos de Ellen White. David encontrou um tópico em comum em todos os autores: a necessidade de autodisciplina e dedicação – as mesmas habilidades, coincidentemente, que um aluno necessita para aprender uma língua estrangeira. Assim, David incorporou às suas lições de inglês uma parte do material em autodisciplina. Seus alunos começaram a perguntar se ele tinha mais literatura sobre autodisciplina e se podia recomendá-las à parte das aulas de inglês. Ele desenvolveu, então, um seminário sobre eficiência pessoal e habilidades práticas de liderança. “Pouco a pouco, Deus me dirigiu para um campo com o qual nunca havia sonhado antes”, diz ele. “Fiquei realmente surpreso ao perceber que aquelas pessoas, extremamente ricas, não se envergonhavam de dizer o quanto desejavam desenvolver o controle das emoções e de caráter que viram em mim e que não consigo enxergar.” David lê e relê O Desejado de Todas as Nações para aprender de Jesus como interagir com pessoas importantes. Uma de suas histórias preferidas é a do banquete na casa de Simão, quando Maria Madalena ungiu os pés de Jesus com um perfume caríssimo e com lágrimas. Simão, rico homem de negócios, olhou para ela com desdém, certo de que Jesus não iria permitir aquela efusão de afeto, se Ele soubesse do passado pecaminoso de Maria – um passado do qual ele havia participado. No mesmo banquete, estava sentado o discípulo Judas Iscariotes, criticando o ato de Maria como desperdício de dinheiro. Cheio de compaixão, Jesus contou a parábola dos dois devedores, direcionando a repreensão para ambos, Simão e Judas, sem humilhá-los na frente dos outros. “Ellen G. White mostra no livro O Desejado de Todas as Nações como
Cristo era confrontado com situações difíceis e como sempre tocava, com muita sabedoria, o coração das pessoas, sem ofendê-las e, ao mesmo tempo, marcando vidas com a melhor influência possível”, disse David. “Ela, inclusive, usa termos psicológicos para explicar isso tudo. Os mesmos termos que encontramos nos livros modernos de psicologia.” David diz ter novas idéias toda vez que, em oração, reflete em como Jesus tratava as pessoas ricas e importantes e as multidões. “Os ricos têm vontade forte; sabem como influenciar as pessoas e também como afugentá-las, se for necessário”, diz ele. “Você tem que saber como repreendê-los com firmeza, sem ferir sua auto-estima ou dignidade pessoal. Foi isso que O Desejado de Todas as Nações me ensinou.” Os empresários abastados rapidamente compreendem que não conseguem intimidar David, assim como Nabucodonosor percebeu que não podia amedrontar Daniel. David disse que a paz, apesar da adversidade, é uma lição que aprendeu com o julgamento de Jesus, na véspera de Sua crucifixão. “Eles podiam rasgar Sua pele, cuspir em Seu rosto, fazer qualquer coisa, mas viram que Ele tinha dignidade”, disse David. “Na verdade, foi por isso que O mataram, porque viram que não podiam insultá-Lo.” David disse que a quietude do amor de Jesus e Sua compaixão durante o julgamento ensinaram-lhe que é impossível perturbar uma pessoa que tem íntimo relacionamento com Deus e confia em Seu cuidado e direção. “Os ricos procuram as melhores lições para sua própria sobrevivência neste mundo”, disse ele. “Eles querem saber, é claro, o que lhes dá dignidade e auto-estima.” Quando Timofei e outros alunos perguntaram qual o segredo, David indicou-lhes a resposta: Deus.
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Reavivando o
Por Jonathan A. Thompson
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“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2Tm 1:6, 7). O que há no fato de recebermos um presente que provoca tanto interesse, desperta entusiasmo e nos enche de uma alegria tão transbordante? Será a perspectiva de ter alguma necessidade suprida? É a idéia de ter sido lembrado ou querido? Ou, talvez, o sentimento de ser especial? Receber presentes de Natal, aniversário ou por qualquer outra comemoração é muito emocionante. Que realidade impressionante: Deus, o Criador, ter Se reconciliado conosco, favorecendo a humanidade por meio da encarnação de Seu Filho! Entusiasmo adicional é causado pela notícia de que Ele unge e presenteia os crentes com porções do Seu Santo Espírito. Deus nos envolveu em uma quase parceria para estender e expandir o ministério de Cristo mediante a concessão dos dons espirituais. Quais são esses dons? Como atuam na vida do crente? Como impactam a formação espiritual de alguém? Definindo os Dons Espirituais
Os dons espirituais são dádivas especiais do Espírito Santo para equipar os crentes para o serviço, para o ministério e para a evangelização de um mundo hostil a Jesus Cristo (Ef 4:12). Eles podem ser associados aos talentos naturais ou habilidades desenvolvidas; freqüentemente capacitam o discípulo, submisso ao Espírito Santo, a satisfazer necessidades e desafios de nossa luta espiritual. As barreiras, timidez ou deficiências interiores são superadas quando o Espírito de Deus unge a vida do crente e envia o servo que se dispõe a trabalhar para Cristo. O apóstolo Paulo instruiu a igreja de Corinto a respeito da origem dos dons espirituais: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente (1Co 12:11). Em Romanos 12:6, Paulo associa os dons à graça de Deus e à nossa fé. Em I Pedro
Jonathan Thompson é diretor do Centro Ellen G. White do Oakwood College, em Huntsville, Alabama.
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Recebemos a promessa de algo poderoso, muito além de nossos recursos.
4:10, o antigo e jactancioso Pedro nos mostra que os dons não são dados para glorificar o indivíduo, mas para compartilhar graça e servir a outros. Se alguém deve ser glorificado, esse é Deus, o doador, e não nós, os instrumentos. “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Pe 4:11). Minha Experiência com os Dons Espirituais
Em mais de três décadas de ministério, repetidamente tenho experimentado e visto o trabalho do Espírito Santo por meio desses dons especiais mais convincentemente evidenciados no evangelismo. Minha primeira campanha evangelística foi realizada em uma pequena cidade suburbana em Long Island, Nova Iorque (EUA), onde duas congregações se reuniam no espírito de unidade e zelo missionário. Morando em Nova Jersey, minha jovem esposa e eu atravessávamos duas pontes, diariamente, para chegar ao nosso distrito. Ao retornarmos das lides da igreja certa noite, nos arrastamos por quatro horas entre o tráfego do metrô, e essa experiência levou os administradores da igreja a verem, naquela situação, uma oportunidade para realizar o tão esperado esforço evangelístico. Pediram, então, que nos mudássemos temporariamente para uma das salas de Escola Sabatina, no prédio ligado à igreja e, por mais bizarra que fosse a idéia, nós aceitamos. O Espírito Santo concedeu dons aos nossos membros, durante as reuniões. Nós “reavivamos os dons” e cinqüenta e nove pessoas foram batizadas.
Em outra aventura ganhadora de almas na Nova Inglaterra, vimos o Espírito Santo transformar vidas. Um membro da igreja soube que seu vizinho estava pensando em suicidar-se, porque o álcool havia provocado o fracasso de sua próspera empresa, arruinado seu casamento e destruído sua família. O membro, reavivando seus dons, convenceu seu vizinho a assistir às reuniões e dar uma chance a Deus. À medida que o Espírito Santo atuava, a mensagem apresentada naquela noite lembrava o desesperado visitante a respeito da verdade que havia ouvido quando criança. A esperança ardia em seu coração. Ele assistiu às reuniões todas as noites. O Espírito Santo deulhe forças para abandonar as bebidas alcoólicas. Deus, então, trouxe de volta sua esposa, a família e a empresa. Esse homem tornou-se fiel diácono e, mais tarde, operoso ancião da igreja. Sempre que os pastores e membros leigos reavivaram os dons e trabalharam juntos, testemunhamos resultados extraordinários: o testemunho fortaleceu a comunidade, o evangelismo floresceu, igrejas foram implantadas, escolas cristãs inauguradas, prédios foram renovados e hipotecas quitadas.
bestas que se pareciam com criaturas de histórias em quadrinhos, focalizando os “últimos dias”. A vinda de Jesus estava “às portas”, dizia sua mensagem. Terceiro, aos nove anos de idade, tomei a decisão de dar meu coração ao Senhor, de ser batizado e seguir a direção de Deus. Então a irmã Ruth North entrou em ação. Sua classe batismal para novos crentes doutrinou-me, preparou-me para as apresentações do décimo terceiro sábado e treinou-me para as experiências de testemunho de sábado à tarde e de domingo. Sendo eu uma criança tímida, a última coisa que eu queria fazer era bater de porta em porta, nos prédios de apartamento do Brooklyn, em Nova Iorque. Isso era muito perigoso! A rejeição e o embaraço eram certos! Entretanto, com o senso de urgência de nossa mensagem, o poder do Espírito Santo e a presença dos anjos, eu reavivei os dons e tornei-me uma pequena testemunha para o meu Senhor. Para minha surpresa, houve mais respostas positivas do que negativas. Logo nosso grupo foi organizado em igreja e mudou-se de um prédio de depósito para um lindo prédio de culto.
Como os Dons Espirituais Moldaram Minha Fé
O Que Deus Fará em Breve
Meu primeiro encontro com os dons espirituais, cedo na vida, impressionou-me de maneira indelével e transformadora. Foi uma combinação de três dinâmicas: Primeiro, meu pai tinha um modo singular de conduzir o culto familiar depois do trabalho. Sentávamos ao redor da mesa da sala de jantar, estudávamos a Lição da Escola Sabatina e líamos os livros de Ellen G. White. Para demonstrar que prestávamos atenção, cada um de nós lia um parágrafo e explicava seu significado. Embora esse exercício demorado tenha falhado em criar em nós apreciação por aqueles livros, semeou a boa semente e construiu um excelente alicerce. Segundo, meu pastor (Elder J. J. North, Sr.) pregava sermões sobre Daniel e Apocalipse, usando figuras fascinantes de
A tarefa de pregar o evangelho ao mundo começou com uma dinâmica explosão de poder. O vento soprava através de uma câmara superior na velha Jerusalém, enquanto fogo descia sobre um grupo heterogêneo, à semelhança de uma chuva torrencial. Eles reavivaram os dons e milhares foram convertidos naquele dia. Isso acontecerá outra vez. Ellen White disse: “A grande obra do evangelho não deve terminar com menos manifestação do poder de Deus, do que a que marcou seu início... Servos de Deus, com sua face iluminada e brilhando com santa consagração, irão se apressar de um lugar para outro para proclamar a mensagem do céu... Serão feitos milagres, os enfermos serão curados e sinais e maravilhas seguirão os crentes” (A Fé pela Qual Eu Vivo, p 332).
e
Dons Espirituais
Ministérios
Deus concedeu a todos os membros de Sua igreja, de todas as idades, dons espirituais que devem ser empregados em amoroso ministério para o bem comum da igreja e da humanidade. Concedidos pela ação do Espírito Santo, que atribui a cada membro o que Lhe apraz, os dons capacitam para o exercício de todas as habilidades necessárias aos
ministérios da igreja para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons incluem ministérios como o da fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, trabalho com abnegação e amor para ajudar e encorajar as pessoas. Alguns membros são chamados pelo Espírito Santo para funções
reconhecidas pela igreja no ministério pastoral, evangelístico e apostólico, necessários para equipar os membros para o serviço, para levar a igreja à maturidade espiritual e para promover a unidade da fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fiéis mordomos da variada graça de Deus, a igreja é protegida contra a influência destrutiva de falsas doutrinas, cresce e se desenvolve na fé e no amor. (Rm 12:4-8; 1Cor. 12:9-11, 27, 28; Ef 4:8, 11-16; At 6:1-7; 1Tm 3:1-13; 1Pe 4:10, 11.)
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D E S C O B R I N D O
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E S P Í R I T O
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P R O F E C I A
Ainda
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Fala
Por Alberto R. Timm
Experimentando Sua Presença
“Desde seu lançamento, em setembro de 2005, a revista Adventist World vinha publicando uma seleção dos escritos de Ellen G. White. Começando com esta edição e continuando pelos próximos dois anos, serão publicados neste espaço, em meses alternados, artigos especiais sobre o dom de profecia bíblico, para ajudar os adventistas do sétimo dia, em todo o mundo, a apreciar e aprender mais sobre o dom especial de Deus para o Seu povo remanescente. A seção “Descobrindo o Espírito de Profecia” incluirá reflexões sobre os ensinos bíblicos alusivos aos dons espirituais, artigos práticos sobre como aplicar esses conhecimentos à vida cotidiana e métodos úteis para partilhar a riqueza deste dom com os amigos e vizinhos.”
Alberto R. Timm é reitor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia em Brasília, Brasil.
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V
ivemos num mundo em que os recursos de comunicação estão crescendo rapidamente, sob o impacto da revolução tecnológica e cibernética. Satélites, a Web, telefones celulares e muitas outras ferramentas transformaram nosso mundo em uma comunidade global. Ocupados, comunicando-nos uns com os outros por esses meios, não gastamos tempo suficiente para ouvir nosso amorável Deus. Fascinados com tantos recursos sofisticados, somos constantemente tentados a negligenciar os simples meios pelos quais Deus tenta falar-nos. Com a disponibilidade de abundante informação, corremos o risco de ignorar o conhecimento salvador que só Deus pode oferecer. Precisamos reconectar nossa mente com a clara comunicação que vem “lá do alto” (veja Tiago 3:13-18). Deus Se revela à raça humana “de várias maneiras” (Hb 1:1). Uma delas é pela natureza, com incontáveis e misteriosas formas de vida ao nosso redor e, acima, o esplêndido céu estrelado. Evi-
dências do poder criativo e sustentador de Deus podem ser vistas ao “levantarmos ao alto os olhos” (Is 40:26), pois “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos”(Sl 19:1). O amor restaurador de Deus é demonstrado no infinito processo de renovação da vida que permeia toda a criação. Ellen White explica que, “Por intermédio de agentes naturais, Deus está operando dia a dia, hora a hora, momento a momento, para nos conservar vivos, construir e restaurarnos. Quando qualquer parte do corpo sofre um dano, principia imediatamente um processo de cura; os agentes da natureza põem-se em operação para restaurar a saúde. Mas o poder que opera por seu intermédio é o poder de Deus. Todo poder comunicador de vida tem nEle sua origem. Quando alguém se restabelece de uma enfermidade, é Deus que o restaura” (A Ciência do Bom Viver, p. 112, 113). Todo processo de renovação e restauração que mantém viva a natureza também aponta, silenciosamente, para a restauração final quando Deus “fará novas todas as coisas” (Ap 21:5). “As árvores lançam suas folhas apenas para se vestirem de folhagem mais vicejante; as flores morrem, para brotar com nova beleza; e em cada manifestação do poder criador existe a segurança de que podemos de novo ser criados em ‘justiça e santidade’. (Ef 4:24). Assim, as próprias coisas e operações da natureza que, tão vividamente, nos trazem ao espírito nossa grande perda, tornam-se mensageiros da esperança” (Educação, p. 27). Contudo, a mensagem da natureza não é apenas incerta por causa da presença do pecado, é também incompleta, pois não fala explicitamente sobre o plano da redenção. O meio mais evidente de revelação divina foi pelo ministério de profetas genuínos, escolhidos por Deus para serem Seus porta-vozes para a huma-
nidade. O relacionamento entre Deus e Seus profetas não pode ser limitado a meros encontros unilaterais, pois isso envolve a comunicação de penetrantes verdades de forma proposital. Deus declarou em Números 12:6: “Se entre vós há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos.” Há muitos casos na Bíblia em que o profeta reivindicou “a palavra do Senhor” que foi até eles e, como tal, foi transmitida ao povo (Jr 1:4; Ez 1:3). Devido à sua origem divina, as mensagens proféticas (tanto na forma oral como escrita) têm credenciais e autoridade divinas (Is 8:20; Gl 1:8, 9; Ap 22:18, 19). Muitos profetas do Antigo Testamento anunciaram a vinda do Messias, mas foi João Batista que, na verdade, foi Seu antecessor (Mt 3:1-12; Lc 3:1-18). “Sem dúvida, a suprema revelação de Deus para a raça humana é encontrada na pessoa e no ministério de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que Se tornou também Filho do homem. Hebreus 1:1-3 afirma: ‘Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu ser, sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder.’ Por essa razão, Ele foi chamado ‘Emanuel’, que significa ‘Deus conosco’ (Mt 1:23). De fato, temos apenas uma fotografia perfeita de Deus: Jesus Cristo” (E. G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia v. 7, p. 906). Apesar do fato de Jesus Cristo não estar mais visível entre nós, tanto quanto sabemos não existem, em nossos dias, profetas verdadeiros vivos, mas a providência de Deus gerou e preservou as Escrituras através dos séculos. Como nossa única regra de fé e procedimento, elas testemunham acerca de Cristo (Jo
5:39). Os profetas messiânicos do Antigo Testamento retratavam o Messias vindouro tão nitidamente que Jesus de Nazaré podia ser identificado como tal. Os escritores do Novo Testamento confirmam tal identificação, apresentandoO como a única esperança de salvação e vida eterna para os pecadores. O apóstolo João diz que o evangelho foi registrado para que “creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome” (Jo 20:30, 31). Isso implica um relacionamento vivo com a pessoa de Cristo e um real comprometimento com Seus ensinos encontrados nas Escrituras (veja Mt 7:21-27). Crucial em todo o processo de revelação é o trabalho do Espírito Santo. Ele inspirou os profetas a escreverem as Escrituras (2Tm 3:16; 2Pe 1:19-21), ilumina nossa mente quando as estudamos (1Co 2:10), coloca o amor de Deus “em nosso coração” (Rm 5:5) e tenta nos guiar “a toda a verdade” (Jo 16:13). O trabalho do Espírito Santo é tão importante que Ellen White declara que, sem o Seu trabalho, “o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido” (O Desejado de Todas as Nações, p. 671) para nós, porque não O teríamos acei-
tado. Além de nos convencer a aceitar as Escrituras como a Palavra escrita e Cristo como a Palavra viva, o Espírito Santo ainda procura nos guiar no bom caminho. Isaías 30:21 diz: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.” Deus revela, por meio da natureza, Seu poder sustentador, criativo e amor restaurador. Mas Ele falou mais explicitamente para a humanidade por Seus servos, os profetas. A mensagem profética básica foi incorporada às Escrituras e preservada pela providência divina por séculos. O processo de revelação alcançou seu clímax na pessoa e no ministério de Jesus Cristo, que realmente foi “Deus conosco”. O mesmo Espírito Santo que inspirou os profetas a escrever as Escrituras, também ilumina nossa mente para compreendê-la adequadamente, para aceitar a Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor e para caminhar com Ele e para Ele. Todo o processo visa a livrar-nos dos nossos caminhos de pecado e morte e a guiarnos pelos caminhos onde encontramos plenitude de vida na presença amorosa do nosso Deus.
Qual é Sua 1. 2. 3.
De que maneira você vê o caráter de amor e redenção de Deus revelado na natureza?
Opinião?
Muitas vezes os profetas de Deus tiveram que apresentar mensagens de advertência. De que maneira você, pessoalmente, já se beneficiou dessas mensagens? De que modo o Espírito Santo atua em sua vida? Como a compreensão da vontade de Deus para você tem se tornado clara ultimamente?
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S E R V I Ç O
Espírito deus
O
Q
uando ele chegou à nossa porta da frente, estava vestido, não com uma manta masai, mas com calças e paletó, carregando um computador ‘laptop’, em lugar de uma lança de caça. − Sou Solomon – ele disse. – Alguém lhe perguntou sobre meu trabalho? − Entre – convidamos. Enquanto colocava o computador na mesa de centro, ele explicava: − Um médico, vindo de Dakota do Norte em uma viagem missionária, me deu isso. Pensei em lhe mostrar algumas fotos dos membros de uma das minhas igrejas. Lá estavam elas, mulheres masai, sentadas em grupos sob uma árvore, enroladas em mantas de cores brilhantes, usando os tradicionais colares e brincos de contas. − Quantos membros têm sua igreja? – perguntamos. − Uma tem cerca de 300, incluindo as crianças, e a outra aproximadamente 120 membros – respondeu ele. Os homens masai pensam que religião é apenas para as esposas; por isso, nossa congregação é composta, em sua maioria, de mulheres e crianças. Mas, com a ajuda de Deus, essa mentalidade vai mudar. Todos nós, que trabalhamos no Quênia e Tanzânia como missionários no fim da década de 50, podemos ver o progresso como um sinal evidente da graça de Deus, uma demonstração do poder do evangelho. Pessoas que até recentemente nunca haviam ouvido sobre o evangelho, estão aprendendo a confiar no verdadeiro Ngai, o soberano do Céu e da Terra.
Trilha Brilhante
Quando, pela primeira vez, os missionários chegaram da Inglaterra, no começo do século vinte, para estabelecer uma missão na África Oriental, descobriram que o governo colonial do Quênia estava alocando áreas específicas do país a vários grupos de missionários. Aos adventistas foi dado o território ao redor do Lago Vitória, entre as tribos Luo e Kisii. Aquela área tornou-se, primordialmente, adventista. A Missão de Gendia, a Casa Publicadora Africana Oriental e o Hospital da Missão Kendu foram fundados entre o povo Luo. A Missão Nyanchwa e a Escola Kamagambo foram estabelecidas em Kisii. O território masai faz fronteira com essas duas áreas, mas não deveria ser tocado pelo evangelismo. Em meados dos anos 50, já com muitas igrejas fundadas entre o povo Luo e Kisii, foi permitido que os líderes da igreja compartilhassem o evangelho com seus vizinhos Masai. No
Jean Thomas (foto na página 25, esquerda) retornou do Quênia, recentemente, onde ela e o esposo Fred serviram como voluntários por nove meses, no Colégio Adventista Maxwell.
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de
em Ação na
Á
Os crentes de hoje constroem sobre o alicerce deixado pelas gerações de missionários. Por Jean Thomas
entanto, era recomendação do governo que essa tribo não fosse evangelizada. O assunto foi discutido em várias ocasiões pela comissão administrativa do Campo, em Nyanza do Sul (Kisii). Foi quando surgiu o plano de abrir uma clínica médica no lado masai da fronteira e convidar a equipe médica do Hospital Kendu para participar. Os médicos se entusiasmaram e logo uma clínica médica estava em funcionamento. Por vários meses, os médicos, acompanhados pelo pessoal da Missão em Kisii, trabalharam juntos provendo assistência médica para os masai que vinham das vilas vizinhas. Um dia, porém, chegou uma carta do delegado distrital de Kilgoris, sede de monitoramento dos interesses masai. “Chegou ao meu conhecimento”, dizia a carta, “que vocês estão entrando ilegalmente no território Masai. Portanto, a partir desta data, devem parar e desistir de cruzar a fronteira e interferir no seu estilo de vida.” Ali terminou o primeiro esforço evangelístico para os masai, na fronteira norte. Entretanto, por uma estranha evolução dos fatos, logo ocorreu uma mudança. Em uma de suas viagens da Missão Kisii para o Hospital Kendu, o presidente da Missão, Fred Thomas (que ajudara a iniciar a clínica médica), surpreendeu-se ao encontrar um chefe masai no hospital. − O que o trouxe ao Hospital Kendu, Mafuta? − perguntou Thomas. − Fiquei muito doente e fui a todos os hospitais que conhecia, até mesmo em Nairóbi. Mas não encontrei nenhum médico que me curasse. Então, voltei para casa a fim de morrer. Minhas esposas ficaram preocupadas com o futuro delas e disseram: “Há um hospital a que você ainda não foi.” Qual? perguntei. “Você ainda não foi ao hospital Kendu Bay”, disseram. “Não”, eu lhes disse. “Nunca iria lá.” Nós, os masai, desprezamos a tribo que mora perto daquele hospital e por
frica
REUNIÃO: Fred Thomas, missionário jubilado, ao lado de Solomon Lenana (de paletó cinza) e outro masai adventista que conheceu Jesus e o poder do evangelho.
isso pedi ao delegado distrital para fechar a clínica médica que eles começaram em nosso distrito. − Minhas esposas apenas riram, e disseram: “Vá, já que não tem mesmo esperança de viver por muito mais tempo, você deve cuidar da sua vida e ir lá.” Por isso, estou aqui e esses médicos vão me curar e logo voltarei para casa. Progredindo
De volta à nossa sala, o pastor leigo Solomon Lenana relatou sua história. Ele nasceu em uma família tradicional masai e esperava-se que passasse sua infância e juventude pastoreando gado nas colinas ao redor da manayatta (choupana) de seu pai. Mas Solomon havia notado que os jovens que estudavam não pastoreavam o gado e cabritos de sua família, mas conseguiam bons empregos, com bons salários. Quando Solomon disse a seus pais de seu desejo de estudar, seu pai não concordou. Sua mãe, entretanto, usou seu poder de persuasão. Eles venderam algumas cabeças de gado para possibilitar a ida de Solomon para um colégio interno em Nairóbi. “Havia apenas um outro jovem masai na minha escola”, disse Solomon. “Os outros alunos eram de tribos com cultura diferente da minha. Seus costumes e crenças eram muito estranhos para nós.” Após completar o ensino médio, em 1989, Solomon começou a procurar emprego. O Colégio Adventista Maxwell, com regime de internato para filhos de missionários na África Oriental, estava sendo transferido para fora da cidade de Nairóbi. Com um conhecimento prático de inglês e de outras habilidades que adquiriu na escola, Salomon candidatou-se a um emprego e foi-lhe dada a responsabilidade de controlar os materiais do prédio, enquanto iam sendo transferidos para o novo campus. O estilo de vida dos professores missionários com quem trabalhou impressionou muito a Solomon, que expressou o
desejo de aprender mais sobre suas crenças. Seus questionamentos o levaram a estudar a Bíblia e, mais tarde, ao batismo. Estimulado por encontrar tanta alegria e satisfação com o que tinha aprendido, começou a compartilhar sua fé com outros masai, alguns dos quais viviam numa colina, logo atrás da nova escola. Solomon e um missionário chamado Gwen Edwards começaram a ensinar os aldeões a ler a Bíblia. Em 1994, os primeiros seis conversos daquele grupo foram batizados numa pequena piscina construída no fundo do anfiteatro da escola. Entretanto, quando terminaram o prédio da escola, Solomon perdeu o emprego. − E o que aconteceu? – perguntamos. − Fui enviado para o Instituto de Treinamento Riverside, no Zâmbia, onde cursei seis meses de teologia e saúde. Agora, trabalho como pastor autônomo. Viajo pelo território Masai fazendo amigos, despertando-lhes o interesse pela Palavra de Deus e ensino-lhes higiene, saúde e prevenção da AIDS. Como o território Masai é majoritariamente rural e de áreas subdesenvolvidas, estendendo-se por centenas de quilômetros através do Quênia e Tanzânia, são raras as estradas pavimentadas e as que existem são, freqüentemente intransitáveis, exceto com veículos de tração nas quatro rodas. Isso significa que Solomon, que não tem seu próprio meio de transporte, viaja aonde pode ir de ônibus, e depois anda longas distâncias para atender as pessoas interessadas. É difícil o acesso a suas duas igrejas. Ele fica muitas noites fora de casa, ministrando seminários de saúde e estudos bíblicos. Tudo isso é feito como trabalho voluntário, sem remuneração da igreja. As estradas precárias e a falta de comunicação tornam difícil obter um registro exato do número de membros e igrejas nas terras masai hoje, mas vidas estão sendo transformadas pelo evangelho.
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P E R G U N TA S B Í B L I C A S
PERGUNTA:Ouço
diferentes opiniões a respeito da destruição final dos ímpios. É verdade que Deus não vai destruí-los, e sim que irão autodestruir-se?
Os humanos também estavam envolvidos na morte do Filho de Deus (Lc 18:32; 22:3; Mc 15:15). O Pai, o Filho e os seres humanos estavam diretamente envolvidos na morte do Filho de Deus. A experiência de Jesus foi um pouco diferente do que acontecerá aos ímpios. Em ambos os casos, porém, o individuo e Deus estarão envolvidos. vito responder a essa pergunta porque qualquer res3. Jesus Sofreu: Ninguém questiona que Jesus sofreu inposta pode levar a um debate e não estou interessado tensamente na cruz. O sofrimento foi físico, mas, acima de em debates. Uma vez, porém, que sua pergunta é feita tudo, espiritual. Ele experimentou o abandono divino como com muita freqüência, deixe-me começar dizendo que nenhum ser humano jamais apenas uma Pessoa experiexperimentou (Mt 27:46). mentou a segunda morte: Levou sobre Si o pecado Jesus Cristo. Vou abordar o do mundo todo. Os ímpios tema por meio de Sua expereceberão a recompensa de riência, mantendo em mente acordo com suas obras (Ap que, embora Sua experiência 20:13). Essa não será uma tenha sido semelhante à dos dor auto-infligida ou proímpios, também foi significavocada por Satanás. Deus, tivamente diferente. pessoalmente, dará a eles o 1. O Problema: Algumas que escolheram como seu pessoas crêem que o pecado é destino final: morte eterna. autodestrutivo, uma vez que 4. Jesus Entregou Sua traz em si mesmo conseqüPor Vida: Foi necessário que Jesus ências e resultados específiAngel Manuel morresse como portador do cos que destroem o pecador. Rodríguez pecado. Aceitou a justiça e a Esse é, geralmente, o caso. justa vontade do Pai para Ele. Mas a extinção final do pecaNa cruz, Ele sofreu até que, do, do pecador e dos poderes voluntariamente, entregou a do mal é algo diferente. Nesvida a Seu Pai. Uma vez que te caso, Deus é descrito como Sua morte era parte do plano da salvação, Ele suportou o sofriestando direta e pessoalmente envolvido. Para alguns, esse é mento por um determinado período de tempo e, no momento um problema porque, dizem, Deus castiga o ser humano com oportuno, entregou Sua vida clamando: “Está consumado!” a morte e, aparentemente, alguns sofrerão mais que outros. No caso dos ímpios, sua destruição é precedida pelo próPara eles, seria melhor sugerir que os pecadores se destruam. prio reconhecimento de que merecem morrer. Cairão de joeEu aceito a declaração bíblica: “desceu, porém, fogo do céu e lhos e reconhecerão que Jesus Cristo é Senhor (Fl 2:10 e 11). os consumiu” (Ap 20:9). Reconheço que não compreendo os Não obstante, os ímpios lutarão para entregar voluntadetalhes desse estranho ato divino. 2. Jesus Sofreu a Morte dos Ímpios: Seria difícil negar que riamente a vida a Jesus. Deixe-me sugerir que a intensidade do sofrimento deles pode estar diretamente relacionada à sua Deus, o Pai, estava diretamente envolvido na morte de Jesus. A Bíblia atribui a morte de Jesus ao Pai, ao próprio Filho, aos disposição de desistir da vida, o que está diretamente relacionado ao egoísmo. Tal atitude pode estender seu sofrimento e romanos e às autoridades judias. permitir que cada um experimente o julgamento de acordo O fato de que o Pai poderia ter poupado Jesus da morte com suas obras. Uma vez que desistirem da vida, a justiça de e não o fez não significa que Sua morte foi da vontade do Pai. Isso corresponde a dizer que essa foi Sua divina intenção Deus é vindicada e a existência deles é apagada para sempre. Em seguida, terminará o conflito entre o bem e o mal. para Seu Filho (Jo 12:27,28). Jesus bebeu da taça do julgaIsso ajudou? (Ôpa, terminei com uma pergunta!) mento de Deus (Mt 26:39). O Pai não O poupou (Rm 8:32), mas O entregou para morrer (Rm 4:25). Jesus disse que entregaria a própria vida, e que ninguém Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas teria poder para tirá-la dEle (Jo 10:17, 18). Jesus entregou Sua vida voluntariamente (Mc 10:45; Gl 2:20; Ef 5:25). Bíblicas da Associação Geral.
E
Pecado e dos
O Fim do
Pecadores
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E S T U D O
Celebrando o ábado S
B Í B L I C O
Por Mark A. Finley
Alguma vez você desejou descobrir uma ilha de paz neste mundo de estresse? Há momentos, em sua vida, em que tudo o preocupa? Você teme o futuro? Deus criou essa ilha de paz que seu coração tanto deseja. O sábado é o eterno símbolo de Seu amor por nós. Seu descanso sabático lembra-nos, a cada semana, de que Ele nos criou e não Se esqueceu de nós.
1. Que três coisas específicas fez Deus no sétimo dia, o sábado? Leia o texto abaixo e responda.
“E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”(Gn 2:3). a. Deus b. Deus c. Deus
Embora seja possível receber as bênçãos de Deus em qualquer dia em que O adoremos, apenas podemos receber Suas bênçãos sabáticas se O adorarmos no Seu sábado. Ele abençoou, em especial, o sétimo dia; esse é o dia que Ele santificou.
2. O que Deus prometeu para os que guardam o sábado? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco. “Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal”(Is 56:2). Deus promete um
para aqueles que guardam o sábado.
Escreva, com suas próprias palavras, algumas das bênçãos que Deus dá àqueles que guardam o sábado.
3. Como Deus descreve o sábado? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco.
“Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas” (Lv 23:3). O sábado é o dia de
solene e de santa
.
Aos sábados, descansamos de nossas lutas e encontramos paz e alegria na santa convocação de Deus. Convocação é “reunião”. O sábado é uma sagrada ou santa reunião do povo de Deus para adorá-Lo.
4. Como Jesus guardou o sábado? Como era Seu costume semanal? Leia o verso abaixo
e circule as respostas.
“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o Seu costume, e levantou-Se para ler” (Lc 4:16).
O sábado era especial para Jesus. Cada sábado ele gastava tempo adorando Seu Pai celestial. Jesus também realizou muitos de Seus milagres de cura no sábado.
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5. O que os milagres de cura realizados por Cristo nos ensinam sobre a celebração do sábado? Leia o texto abaixo e sublinhe por que Jesus curava no sábado.
“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do homem é senhor do sábado. […] Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:7,8 e 12). O que isso significa para nós hoje?
Como a compaixão, bondade e boas obras de Jesus durante o sábado servem de modelo para nós?
6. O que o Senhor nos convida a fazer hoje? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco.
“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse” (Is 58:13, 14). O Senhor nos diz: a. Se vocês desviarem o b. E chamarem ao c. Deleitoso e O Senhor nos convida a não: a. Fazer b. Seguir c. Falar
A mensagem de Isaías nos ensina que, quando separamos o sábado do sétimo dia do nosso controle e honramos a Deus com nossas palavras e atividades, Ele nos fará andar nas alturas da terra. Em outras palavras, nossa vida será abençoada com a Sua presença.
7. Como serão os nossos sábados no Céu? Leia o texto abaixo e circule a resposta.
“‘E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante Mim’, diz o SENHOR” (Is 66:23).
Imagine: Todos os seres celestes e todos os remidos adorarão diante do trono de Deus, aos sábados. Cantarão hinos de louvor e melodias de adoração. O próprio Deus falará do Seu infinito amor por nós. Ele compartilhará Sua imensa alegria por estarmos com Ele por toda a eternidade. Gostaria você de dizer a Jesus que o desejo do seu coração é adorar com os anjos naquele primeiro sábado no Céu? Por que não inclina a cabeça, agora, e conta isso a Ele?
O que a Bíblia diz sobre saúde? Acompanhe nosso próximo estudo bíblico:
“Uma Questão de Saúde”
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Adventist World | Julho 2008
Intercâmbio Mundial C A R TA S Minhas Pedras do Jordão
Trindade
Quando a edição de abril de 2008 da Adventist World chegou, notei meu sobrenome no título de um artigo, “Minhas Pedras do Jordão,” por Stephen Dunbar. Possivelmente, Dunbar não sabe que nas páginas do início do Adventismo estão escondidas muitas “pedras” que contam a experiência de nossos pioneiros e sua luta para contar a história da breve vinda de Jesus e para o desenvolvimento da igreja. Um desses pioneiros, José Bates, de Fairhaven, Massachusetts, começou contando essa história em 1844. Ele vendeu sua casa e foi para Maryland a fim de pregar para escravos e seus senhores. Mais tarde, tomou conhecimento do sábado do sétimo dia e escreveu sobre isso. O interessante título de seu terceiro livro foi O Caminho do Segundo Advento Estabelece Marcos e Finca Postes. Esse título, baseado em Jeremias 31:21, refere-se ao profeta dizendo: “Poe-te marcos, finca postes que te guiem” – tudo isso como lembrança da travessia do Jordão. A história adventista está repleta de “Pedras do Jordão”. O Ministério da Herança Adventista, uma organização leiga, disponibiliza lugares históricos em Battle Creek, Michigan, em Whitehall e Port Gibson, Nova Iorque e em Fairhaven, Massachusetts, para todos verem e ouvirem desses “marcos”. Eles contam da providência de Deus guiando e edificando nossa igreja. Minha esposa e eu somos voluntários, cuidando da casa de José Bates em Fairhaven, Massachusetts. Contamos a sua história e de como Deus o usou para “colocar marcos” para contar a história do amor de Deus pelos pecadores e sobre Seu breve regresso.
O artigo da revista Adventist World de março de 2008, de autoria de Roy Adams, sobre a Trindade, foi muito inspirador. Como necessitamos do Espírito Santo não somente em nossa vida individual, mas em nossa igreja como um todo! Realmente creio que o batismo do Espírito Santo é necessário como nunca dantes. Concordo com a R. A. Torrey ao afirmar que, além de sermos batizados e de recebermos o Espírito Santo em nossa conversão e batismo, necessitamos da experiência singular do batismo do Espírito Santo. Ele é enviado para capacitar o povo de Deus a compartilhar o evangelho com poder. Parece-me que os adventistas têm tanto medo de assemelhar-se aos pentecostais que evitam tal experiência, embora necessitemos desesperadamente dela. Ainda quero agradecer Roy Adams pela Lição da Escola Sabatina que escreveu sobre Jesus. Fantástica!
Chet Jordan Massachusetts, Estados Unidos
Lillian R. Guild Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos Graça em Ação
Concordo plenamente com a mensagem de Jan Paulsen, em seu artigo de março de 2008, intitulado “Esclarecimentos Sobre Serviço Militar.” Não poderia escrever nada em meu comentário que depreciasse ou discordasse de qualquer de suas afirmações. Tendo dito que, se algo é necessário em nossas igrejas, talvez até mais do que a instrução que nossos jovens precisam (não em lugar de ) em relação a esse assunto, é a afirmação e reafirmação dos princípios bíblicos, a graça, a qual deve ser o primeiro e principal fundamento de nossa igreja. Como igreja, somos sempre rápidos em elaborar, detalhadamente, princípios morais aos quais
deveríamos aderir em nossa vida espiritual, mas somos deficientes em aplicar essa mesma prática de elaboração quando se refere a ensinar nosso povo “como” praticar a graça. É um benefício para os líderes de nossa igreja enfatizar e educar os membros de nossa igreja por meio de artigos sobre formas práticas e sempre exercitar a graça. Sou testemunha de um jovem membro de igreja com valores morais impecáveis, líder de um grupo de jovens de sua igreja, que foi disciplinado e, posteriormente, retirado do rol de membros, por ter escolhido alistar-se. Sei que os líderes de nossa igreja nem sempre estão cientes das escolhas individuais dos membros da igreja local, mas estamos nós dispostos a nos responsabilizar pela falta de graça e compaixão por causa de nossa deficiência em instruir nossos membros sobre a maneira de praticar a graça? O que estamos fazendo como igreja pelos nossos homens e mulheres que se alistaram? Estamos enviando mensagens de incentivo? Estamos apoiando os membros de sua família enquanto esperam dia a dia, ansiosamente, pelo retorno dos seus queridos? O que a igreja está fazendo pelos soldados que voltam feridos, com vidas despedaçadas pelos horrores associados com o estresse pós-traumático? Se a resposta for pouco ou quase nada, então lá no fundo, em nosso silêncio, há um sonoro “eu te avisei”. Estamos preocupados com a mensagem conflitante que nosso apoio possa inferir? Se, como igreja, devemos ensinar nossos jovens sobre os perigos e conflitos morais de portar armas, é nosso dever, então, gastar tempo e esforço ensinando nossos membros as diretrizes práticas de como exercitar a graça.
Lillian Rosa Correa Noruega
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Intercâmbio Mundial C A R TA S Com o quê isso se parece realmente?
Quero agradecer-lhes por me ajudarem a compreender “O que Realmente é ser um Cristão?” por Robert K. McIver (Adventist World, janeiro de 2008), artigo que apreciei muito.
Ruth Kwamboka Ombuki Nairóbi, Quênia O Fundamento da Fé
Fiquei muito impressionada ao ler a história “O Fundamento da Fé” por Tessa Fennell-Swaby, de Nova Iorque, EUA, na seção Intercâmbio de Idéias, da edição de abril de 2008. Penso que necessitamos de mais histórias de vida ou de experiências de vida como essa, para lembrar-nos de que, apesar das provações e dificuldades que enfrentamos, não podemos perder nossa esperança em Deus. Embora nem sempre receba os exemplares desta revista, posso lê-la online [ www.adventistworld.org], e por isso agradeço a Deus pela comunicação através da mídia, que Ele tem usado
como lembrete para que eu permaneça fiel, qualquer que seja a situação! Oro para que Deus sempre use a Adventist World para a glória de Seu nome!
Wilda Adrian Via E-mail. Jovens em Serviço
Na edição de março de 2008, na seção de notícias, o artigo “Juventude Adventista Invade Taiwan para Serviço e Crescimento Espiritual,” sobre o fórum jovem em Taiwan, em dezembro passado, trouxe muita alegria ao meu coração! Não havia nada mais apropriado do que o tema do evangelismo e do serviço para desafiar nossos jovens, em todo o mundo, a seguir os passos de nosso Mestre, Jesus Cristo. As palavras de Ellen G. White ecoam com clareza: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!”
(Mensagens aos Jovens, p. 195). Que clímax para o centenário do ministério jovem ao redor do mundo! Vamos nos envolver com nossos jovens para que, ombro a ombro com a liderança, busquemos preciosas almas para o Reino!
Léo Ranzolin, ex-diretor mundial dos jovens (1980-1985) Flórida, Estados Unidos Mantenha Acesa a Chama
Aprecio a leitura da revista Adventist World e quando saio a trabalho, gosto de compartilhá-la com meus fregueses que também apreciam sua leitura. Encorajo a todos a manter acesa a chama.
Earnest Kube, Nigéria Cartas para o Editor – Envie para: letters@adventistworld.org As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
O LUGAR DE ORAÇÃO Solicito aos adventistas de todo o mundo que orem por minha igreja. Ela está localizada numa área nova em que os adventistas são desconhecidos. Orem para que Deus conduza as pessoas à igreja.
Gostaria de pedir orações pelo Exame de Licenciatura para Professores, que prestarei em setembro. Já fiz uma vez e fui reprovado. Creio que suas orações podem ajudar-me.
Jeffrey, Filipinas
Herbert, Tanzânia Por favor, ore por minha filha. Já a levamos a todos os lugares, na tentativa de salvar sua visão. Ore por nós duas – física, mental, espiritual e emocionalmente.
Genevieve, Estados Unidos
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Obrigada por suas orações. Solicito-as para muitas necessidades: saúde para meu esposo, minha sogra, minha mãe e para mim; para eu ter um filho, encontrar um trabalho para ajudar meu esposo e para termos nossa casa própria.
Cassandre, Haiti Por favor, orem pela melhoria da situação financeira de nossa família. Precisamos pagar a escola e um lugar melhor para morar. Com Deus tudo é possível.
Dan, Uganda
Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.
A D R I A N
VA N
L E E N
“Eis que cedo venho…”
INTERCÂMBIO DE IDÉIAS
Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.
Orando por Seu
Pastor?
Neste mês, um leitor nos conta uma poderosa experiência de oração.
Por Matupit Darius
O
seu pastor irá dormir melhor essa noite e lidar com mais eficiência com os desafios do ministério, se ele souber que os membros de sua igreja estão orando por ele, mencionando seu nome de manhã e à noite, quando falam com Deus. No fim dos anos noventa, eu trabalhava como diretor de mordomia para a Missão da Nova Bretanha e Nova Islândia, em Papua-Nova Guiné. Morávamos na minha vila porque uma erupção vulcânica, alguns anos antes, havia destruído a cidade onde os escritórios da Missão estavam. Meu trabalho, freqüentemente, me levava à plantação de palmeiras de óleo em Nova Bretanha Ocidental, uma vila feliz da Nova Irlanda, e da acidentada costa sul da Nova Inglaterra Oriental. Enquanto me preparava para viajar a esses lugares, Ken ToMiki chegou à minha casa, mancando, com sua bengala. Ele era um velho tio que tinha sido professor adventista por muitos anos. Ele me chamou de lado e fez pequenos discursos, variando apenas o local onde me encontrava. O modo como falou e a expressão do seu olhar mostravam ser verdade tudo que dizia: “Filho, não posso ir com você para a Nova Bretanha Ocidental porque já estou muito velho. Não posso ajudá-lo a pregar, mas farei uma coisa: Todas as manhãs e todas as noites mencionarei seu nome ao Pai em minhas orações.” Em 1998, fui convidado a participar da equipe internacional que traduziu Dwight Nelson em uma campanha evangelística realizada na Universidade Andrews, Michigan. A campanha foi transmitida via satélite para centenas de lugares ao redor do mundo. Eu estava assustado com a nova experiência. Na manhã da minha partida, o velho ToMiki chegou manquejando outra vez. Ele me chamou de lado e disse: “Filho, não posso ir para a América com você. É do outro lado do mundo. Não posso ajudá-lo a traduzir, mas irei até o trono do Céu e mencionarei seu nome cada manhã e cada tarde.” Esse pequeno discurso levantou minha moral. Não traduzi bem as três primeiras noites do evangelismo e estava muito desanimado. Entretanto, só a lembrança daquele velho homem, do outro lado do planeta, orando por mim, me animava a seguir. Enquanto traduzíamos, a cada noite, soldados de oração da congregação local se ajoelhavam e oravam silenciosamente ao lado de cada cabine de tradução. Aquelas orações me deram confiança. Mais do que isso, Deus ungiu meus lábios com renovado poder. Eu havia traduzido os sermões do Dr. Nelson para Tok Pisin, levando as cópias impressas comigo para a Universidade Andrews. Entretanto, Tok Pisin, o idioma comum de Papua-Nova Guiné, é um idioma falado. Tal como meus conterrâneos, falo fluentemente a língua, mas sou desajeitado para ler e escrever. Isso me atrapalhou e fez com que eu perdesse grandes porções dos três primeiros sermões para acompanhar o ritmo acelerado do Dr. Nelson. Depois de cada sermão, eu ficava desanimado. Tinha a sensação de estar desperdiçando o dinheiro daqueles que pagaram minha viagem e o desapontamento de milhares de pessoas que lotavam os locais onde o sinal era recebido, em Papua-Nova Guiné. Alguma coisa, porém, aconteceu durante a quarta noite. Deixando de lado os sermões impressos, concentrei-me na voz do Dr. Nelson e as palavras apropriadas fluíram de minha boca. Aquela experiência se repetiu até o fim da campanha. “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:1).
—Matupit Darius é diretor de comunicação da União Missão de Papua-Nova Guiné, na Divisão do Sul do Pacífico.
Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Robert E. Kyte, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson; Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coréia Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor Online Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson Consultores Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Laurie J. Evans, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts, Bertil A. Wiklander Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos. Vol. 4, No. 7
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serviçio voluntário adventista
VID A A D V EN T I S TA O antigo professor Dr. Edward Heppenstall, com sua vasta experiência em lecionar para alunos formandos, tinha total consciência de que sempre haverá alguém que imagina ter uma nova luz que ninguém teve. Ele voltou à sua terra natal para lecionar uma matéria no Newbold College, por um verão. Antes de iniciarmos nosso exame final, Heppenstall fez uma oração e lembrou-nos: “Desejo muito sucesso a vocês. Espero não aprender muitas coisas novas.”
PENSAMENTO
DO
MÊS
“A esperança é o produto das promessas de Deus para nós.”
—Pastor Charley Kitney, 5 de janeiro de 2008, na Igreja Adventista do Sétimo Dia em Kempton Park, África do Sul.
—Pastor K. H. Clothier, Devon, England
M U V U T I
CON H E Ç A S E U V I Z I N H O Que privilégio, que alegria!” disse o casal J. K. e Esther Martinez sobre o voluntariado na Escola Internacional Adventista de Bangkok, Tailândia. Desde agosto de 2006, eles estão envolvidos com a escola. Esther, natural da Califórnia, Estados Unidos, trabalha como professora da quinta série, rege o Coral Tone Chimes, da 4a à 6a séries e coordena vários acampamentos. J. K. é originário do México, enfermeiro da escola e professor de Bíblia na décima primeira série e de Ciências no jardim da infância. Enquanto cada um deles usa muitos chapéus na Tailândia, sua grande missão é partilhar o evangelho. “Amamos nossos alunos,” dizem Esther e J.K. “Queremos vê-los novamente no Céu e, por isso, todos os dias os levamos para mais perto de Jesus.” Esther e J. K. servirão na Tailândia até o fim de julho de 2008. Recomendam a experiência do voluntariado a outros. “Vemos quanto trabalho precisa ser feito para que o evangelho seja pregado em todo o mundo”, dizem. “Aceite o trabalho que Deus nos deu para fazer e assim terminaremos a tarefa!” Se você quiser ler mais histórias sobre os voluntários adventistas em todo o mundo ou saber como você pode participar em um programa voluntário, acesse: www.adventistvolunteers.org.
RESP O S TA : Igreja Adventista do Sétimo Dia Mashayamvura, no Zimbábue, África, durante confraternização dos membros após o culto, fora do templo.
V O L U NT Á
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