Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
Ou t u b ro 2 0 0 8
O Últımo
Mıssıonárıo 22
Depois da Cruz
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Fora das Chamas
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Enganos dos Últimos Dias
Out ubro 2008 A
IGREJA
EM
AÇÃO
Editorial ....................... 3 Notícias do Mundo
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Notícias & Imagens
Janela 7
Angola por Dentro
Visão Mundial 8
Avaliando o Let’s Talk
SAÚDE C O R T E S I A
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ARTIGO
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DE
M I S S Ã O
A D V E N T I S TA
C A PA
O Último Missionário
Por Homer Trecartin. .................................................................. 16 Os missionários estrangeiros ainda são necessários?
Osteoartrite ................ 11 Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless PERGUNTAS
BÍBLICAS
Fé que Opera ............. 26 Por Angel Manuel Rodríguez
DEVOCIONAL
Saudações de Paulo Por Reinder Bruinsma ........................ 12 O apóstolo dos gentios ainda pode nos ensinar uma coisa ou duas sobre o que significa ser cristão. VIDA
ADVENTISTA
Elas não Têm Culpa Por Loren Seibold ............................... 14 Seu destino não é necessariamente determinado pela imoralidade de seus pais. ESPÍRITO
DE
BÍBLICO
Enganos dos Últimos Dias .............. 27 Por Mark A. Finley INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas 30 O Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Idéias
PROFECIA
Membros da Família Real Por Ellen G. White .................. 21 Não temos que esperar; podemos desfrutar, agora, de alguns de nossos privilégios. CRENÇAS
ESTUDO
O Lugar das Pessoas ........................ 32
FUNDAMENTAIS
Depois da Cruz Por Roy Adams ............................................ 22 O ministério de Cristo no Céu merece nossa atenção e compreensão. HERANÇA
ADVENTISTA
Fora das Chamas
Por Elfriede Raunio, como narrado a Andrew McChesney ......... 24 A missão de levar a mensagem adventista à Etiópia envolveu alguns desafios incomuns.
Tradução: Sonete Magalhães Costa
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 4, nº 10, outubro de 2008.
www.portuguese.adventistworld.org
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Adventist World | Outubro 2008
A Igreja em Ação EDITORIAL Alegria Vindoura
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ara cada pessoa que valoriza a Palavra de Deus, há certamente um texto que expressa todo ou quase todo o significado do que é viver uma vida de fé. Nós o escrevemos nas paredes e nos cartazes de nossa vida; queremos nos lembrar de seu poder nos momentos de lazer e de desespero. Aprendi o meu, com meu pai, bem antes de saber como encontrá-lo na Bíblia. Nos sábados à tarde, quando nossa família se reunia no parque para o culto de pôr-do-sol, eu percebia um brilho em seus olhos enquanto lia as palavras que o emocionavam: “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12:2). As palavras que meu pai lia com doce solenidade falavam primeiramente de Jesus, que sofreu voluntariamente a pior das indignidades pela “alegria que Lhe estava proposta” – por saber que, por meio de Seu paciente sofrimento, ganharia muitos de volta para o amor do Pai. Mas as palavras falavam também da visão de meu pai para sua própria vida, e do modo como
eu aprenderia a ver a condição da minha vida: tudo o que nós fazemos, como crentes, é pela “alegria que nos está proposta”. Freqüentemente, me vejo pensando nessas palavras fundamentais para esses tempos turbulentos. Tudo o que o povo remanescente de Deus precisa fazer, em nome do ministério; tudo o que somos chamados a suportar por amor daquele Nome, que está acima de todos os nomes; toda a nossa obediência à Grande Comissão; toda a nossa luta contra o mal, a tristeza e a dor neste mundo – tudo isso é simplesmente possível porque há uma grande e infindável alegria que nos foi proposta. Uma vez que Jesus Se assentou à mão direita do Pai, em muito pouco tempo “Aquele que vem, virá,” e desfrutaremos, para sempre, da alegria de Sua presença. Quando você for tentado a se cansar de fazer o bem, lembre-se daquela alegria. Quando tiver a impressão de que o pecado, a violência e o ódio ameaçam tudo o que lhe é mais caro, não se esqueça daquela alegria. Quando precisar de melhor motivo para continuar experimentando uma vida de fé, agarre-se à fé que Jesus promete a todos os que esperam pacientemente a Sua segunda vinda. — Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO
D O A S S O C I A Ç Ã O U N I Ã O D A
e apreciada, junto com outras igrejas que têm raízes históricas. Isso significa que a Igreja Adventista é reconhecida pela sociedade como uma igreja que estabeleceu seu próprio nome.” Ele agradeceu aos membros da igreja pelo testemunho e o estabelecimento do nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia na sociedade e reconheceu as contribuições dos líderes da Divisão Trans-Européia, da União Báltica da IASD, por meio de seu presidente, Valdis Zilgalvis. Hibner disse: “Nosso Senhor nos concedeu um grande presente. Espero que a igreja receba o fato como forte comissão para servir e proclamar à co-
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■ Em julho, o parlamento lituano reconheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia como uma comunidade religiosa, qualificando-a para receber subsídios estatais, isenção de certas taxas e a liberação de pastores e estudantes de teologia do serviço militar. Esse processo durou cinco anos. Nos primeiros anos, o grupo de adventistas foi alvo de perseguição. Bertold Hibner, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Lituânia, ressalta a importância do fato: “O reconhecimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Lituânia significa que sua contribuição para a vida pública e para a cultura é reconhecida
B Á LT I C O
LITUÂNIA: Parlamento Reconhece Igreja Adventista
RECONHECIMENTO OFICIAL: Bertold Hibner, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Lituânia, em frente da sede da igreja em Kaunas. No dia 15 de julho, o governo reconheceu oficialmente a igreja como comunidade religiosa.
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A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO munidade as boas novas do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.” A Igreja Adventista do Sétimo Dia enraizou-se na Lituânia, enquanto o país ainda fazia parte da Prússia. A União Alemã Oriental era responsável pelo trabalho na Lituânia, no início de 1920, fundando igrejas e distribuindo livros. Após a II Guerra Mundial, muitos membros alemães e letões enfrentaram perseguição e tiveram que fugir do país. Desde 1995, a igreja é reconhecida pela igreja mundial e atualmente possui cerca de mil membros. — Reportagem da União Báltica e Rede Adventista de Notícias
LÍBANO: Myklebust, Presidente da Universidade do Oriente Médio, Aposenta-se após 11 Anos ■ O casal Randi e Svein Myklebust retornou ao lar, na Noruega, após 29 anos como missionários. Svein Myklebust, nos últimos 11 anos, foi presidente da Universidade do Oriente Médio (UOM), de propriedade da igreja (antigo Colégio do Oriente Médio) em Beirute, Líbano, onde sua esposa serviu como professora de educação. “Este casal trabalhou como missionários nos últimos 29 anos e deixou uma influência duradoura na mente dos estudantes, colegas e líderes da igreja dos três continentes”, disse Kjell Aune, presidente da comissão administrativa da escola e presidente da União da Igreja Adventista no Oriente Médio. “Foi um prazer trabalhar com eles e certamente sentiremos saudades.” Antes dessa função em Beirute, Svein Myklebust serviu durante nove anos como conferencista e vicepresidente do Newbold College (escola adventista na Inglaterra). O casal também trabalhou nove anos como missionários na África.
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Adventist World | Outubro 2008
SERVOS DEDICADOS: Randi e Svein Myklebust jubilaram-se após 29 anos de serviço no campo missionário. O casal serviu à Universidade Adventista do Oriente Médio desde 1997. Ela, como professora-assistente e ele como presidente e administrador. U N I Ã O
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O R I E N T E
M É D I O
Em 2005, Svein Myklebust falou à Rede Adventista de Notícias sobre os desafios enfrentados pela escola, durante décadas de guerra civil no Líbano. Ele observou que, embora tenha sido concedido à escola o status de universidade em 2001, principalmente pelo grande número de estudantes estrangeiros, os últimos anos da disputa os levaram a redefinir sua missão. Myklebust não atuou apenas como presidente, mas também como diretor administrativo da escola. Na época, foram feitos esforços para modernizar as antigas instalações físicas da universidade: “Uma nova área para computadores, com dois laboratórios, uma sala de aula e três escritórios [foram] concluídos... O refeitório e arredores foram reformados... e concluímos uma reforma total no antigo prédio administrativo e na área ao seu redor”, disse ele em entrevista, em 2005. Segundo Milan Bajic, reitor da UOM e coordenador de alunos, Myklebust foi “um homem muito correto, cujas ações falam mais alto do que palavras. Ele analisava a situação em silêncio, antes de oferecer soluções.” A Sra. Myklebust, que também serviu à UOM por onze anos, é lembrada como “trabalhadora incansável, dócil e digna de confiança”, segundo Farid Khoury, bibliotecária da UOM. “Sua curiosidade intelectual ilimitada inspirou todos os que trabalharam com ela”, acrescenta Khoury.
A Universidade do Oriente Médio é uma instituição cristã sem fins lucrativos, de propriedade da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Oriente Médio e administrada por ela. Seu campus está localizado numa ampla área, com vista para Beirute e o Mar Mediterrâneo. — Reportagem de Michael Sidawi, Universidade do Oriente Médio, com equipe da Adventist World
AUSTRÁLIA OCIDENTAL: Ministério Masculino Impulsiona Apoio Online ■ Um novo jornal virtual está unindo os homens adventistas na Austrália Ocidental, relatam os líderes da igreja. O jornal digital masculino (WACMEN), da Associação Australiana Ocidental, quer incentivar os homens a ser “participantes” em lugar de “espectadores” da iniciativa, diz Danny Bell, editor do jornal. O WACMEN é a primeira iniciativa do ministério masculino no oeste da Austrália, iniciado em um encontro, no mês passado, para apresentar o desafio de despertar o interesse e envolver os homens nas atividades da igreja. As estatísticas da Igreja Adventista estimam que, dos 16 milhões de membros no mundo, aproximadamente 70% é composto de mulheres. Pesqui-
NOTÍCIAS DO MUNDO sas desenvolvidas por líderes de igrejas protestantes sugerem que, pelo fato de as igrejas promoverem um ambiente acolhedor e, muitas vezes, emocional, os cultos e atividades atraem menos homens que mulheres. Como o correio eletrônico é a base do WACMEN, isso não cria um ambiente constrangedor, o que gera mais abertura entre os homens, Bell informa. No momento, o WACMEN é uma iniciativa local. Bell, porém, espera que a idéia seja aceita mundialmente. Ele diz que o grupo de homens pode seguir paralelamente, em vez de competir com o já tão bem estruturado grupo de mulheres nas igrejas locais. “A igreja não pode continuar com a mentalidade que diz: “Se [o homem] não gosta da igreja, o problema é dele”, acrescenta. — Reportagem de Elizabeth Lechleitner, Rede Adventista de Notícias
PREDOMINÂNCIA DE HOMENS: Os membros de um novo ministério masculino por meio da Internet, na Austrália Ocidental, reuniram-se para um acampamento. O fundador do ministério, Danny Bell, diz que a maioria dos homens gosta de se envolver em atividades espirituais fora dos cultos carregados de emoção. C O R T E S I A
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W A C M E N
Por que as CARTAS MISSIONÁRIAS
Adventistas são necessárıas
Weber, fotógrafo especialista na arte de contar histórias; dois tradutores emocionados.
Ansel Oliver, diretor-assistente de Notícias da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia
Dan Weber é capaz de passar uma semana sem banho para conseguir uma boa história. O produtor de vídeo viaja, freqüentemente, grandes distâncias e, às vezes, para lugares totalmente desconhecidos, para que a igreja mundial tenha informações atualizadas sobre projetos missionários. Viajando para regiões tanto urbanas como rurais Weber traz histórias que inspiram e educam os membros da igreja sobre a importância da missão, tanto em relação ao apoio financeiro como na compreensão da missão da igreja no mundo. As histórias são contadas de várias formas e tamanho nos DVDs trimestrais da Missão Adventista, considerados por alguns como uns dos materiais em vídeo mais bem produzidos da denominação. Embora enviados gratuitamente para todas as igrejas de alguns países e para os escritórios da administração da igreja em todo o mundo, muitos membros da Igreja Adventista ainda não os conhecem. Formado em fotografia pela Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos, Weber, 40, diz que não trabalha apenas para inspirar os membros da igreja que vêem os DVDs da Missão Adventista, mas também para os futuros produtores de vídeo e outros contadores de histórias que, um dia, trabalharão para a igreja. Ao captar essas histórias, ele reflete a condição da igreja em outros países e promove sua profissão dentro da igreja. Leia a seguinte entrevista que ele nos concedeu: REDE ADVENTISTA DE NOTÍCIAS: Faça uma síntese de seu trabalho. DAN WEBER: Sou antropólogo digital e tenho certo conhecimento no campo da missiologia. Para fazer esse trabalho, é necessário compreender quatro coisas: saber contar história, entender aspectos técnicos de como contar uma boa história, tentar entender a cultura que se está observando e entender sobre missões e seu papel na igreja. Quando todos esses elementos são colocados juntos, conseguimos uma boa história. RAN: Entre suas histórias favoritas, mencione uma que mais gosta de contar.
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A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO RAN: Todas as suas viagens são inspiradoras? WEBER: Infelizmente, muitos pensam que a
Igreja Adventista vai bem em todos os lugares do mundo. Estamos presentes em algumas regiões, mas há áreas em que a igreja, como um todo, não vai bem. Na janela 40/10 (região que vai do norte da África até a costa leste da Ásia), menos de um por cento da população é cristã e muito menos adventista. Mesmo assim, vemos pessoas trabalhando com dedicação, fé e comprometimento. Isso é inspirador! RAN: Você começou como fotógrafo. Foi importante esse primeiro estágio, antes de mudar para o vídeo? WEBER: Sabe, alguns dos melhores profissionais de vídeo que conheci começaram como fotógrafos e creio que, realmente, essa é a progressão natural, porque, como fotógrafos, aprendemos a compor um quadro, contamos a história com uma fotografia. Quando se muda para o vídeo, aprendemos a contar a história CENTRADO NA MISSÃO: Dan Weber, produtor de vídeo, numa por meio de uma seqüência de fotos. locadora em Cuba, no ano passado. Ele ajuda a produzir o DVD RAN: O que o mantém motivado? trimestral da Missão Adventista, ressaltando o trabalho missionário WEBER: Toda vez que pego a câmera, entro num avião e vou para algum lugar, é como se da igreja no mundo. tivesse acabado de sair da escola outra vez. Sei C O R T E S I A D A S E D E D A M I S S Ã O A D V E N T I S TA que experimentarei algo novo e esse sentimento é maravilhoso. WEBER: Tive que ir a uma prisão na Moldávia, a qual é conhe- RAN: De suas histórias, conte uma que lhe deu mais trabalho. WEBER: Deixe-me ver… Sim, eu estava em Phnom Penh (no cida por “Centro de Detenção Perpétua”. Eles não aplicam a Cambodja) e um dos grupos minoritários no qual a Igreja pena de morte. Portanto, quando alguém comete crime Adventista concentra sua atenção é composto de pessoas hediondo, é condenado à prisão perpétua. Fui a um desses portadoras de HIV positivo. Muitos são imigrantes do presídios, no qual, dentre oitenta prisioneiros, vários se Vietnã e moram em favelas. Conhecemos uma mulher que tornaram adventistas. Estive em um culto com eles numa se tornou adventista após descobrir que era HIV positivo. pequena cela. É fácil duvidar da conversão de prisioneiros, Ela havia estado num hospital, mas o médico a enviou para pois podem estar interessados em diminuir a pena. Mas eles morrer em casa. Sua mãe aceitou a mensagem adventista e nunca sairão dali. Não se convertem ao adventismo para passou a partilhar sua fé com ela. ganhar algum favor ou para ser liberados mais cedo. Na Sua saúde teve uma melhora significativa e, quando a realidade, o oposto acontece, porque muitas vezes são hostilivi, não tinha a aparência de quem iria morrer. A grande zados por causa de sua crença. Sua fé, porém, é muito forte. inspiração para mim foi o fato de ela abrir seu quarto miRAN: Recentemente, você esteve em Taiwan, Mongólia, núsculo para ministrar cursos bíblicos; e eu consegui filmar Coréia e Japão. O que está acontecendo na igreja nesses tudo. Ali estava alguém com uma doença incurável, mas países? que não deixava que isso afetasse sua vida. Ela segue em WEBER: Taiwan é um lugar muito bom. As ofertas estão sendo utilizadas ali para o estabelecimento do Hope Channel frente, partilhando sua fé da melhor maneira possível. Ao terminarmos a entrevista, o presidente e secretário da igreja China (TV Adventista). Eles têm um pequeno estúdio para local, que eram meus tradutores, estavam tão comovidos preparar programas. A Mongólia também tem uma história com a história daquela mulher que lágrimas rolavam pela interessante porque a igreja ali é bem jovem – a primeira face deles. Foi difícil ver aquela cena. Meu desafio é sempre pessoa foi batizada em 1993. Há muitos jovens nas igrejas e conseguir esse tipo de história e transmiti-la com a mesma é muito bom ver isso, o que não vemos nos Estados Unidos emoção. e no Japão.
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K R I S T E E R I K
JANELA Por Hans Olson
Angola
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ocalizada bem ao sul do equador, ao longo do sul da África, no litoral do Oceano Atlântico, entre Namíbia e a República Democrática do Congo, Angola está sendo reconstruída após mais de 25 anos de guerra. Angola conquistou sua independência de Portugal em 1975, após 400 anos de colonialismo. A guerra eclodiu tão logo diferentes facções políticas começaram a lutar pela supremacia governamental. A paz foi estabelecida em 2002, quando o líder da União Nacional para a Total Independência de Angola (UNITA), Jonas Savimbi, morreu, deixando o líder da facção opositora, José Eduardo dos Santos, do Movimento Popular para a Liberação de Angola (MPLA), como presidente. Uma eleição presidencial está planejada para 2009. Segundo alguns repórteres, cerca de 1,5 milhões de pessoas foram mortas durante os 27 anos de guerra civil. Mais de quatro milhões de refugiados angolanos sofreram, deixaram o país, ou simplesmente fugiram para outras regiões de Angola. Devido à generalização dos riscos para a saúde, Angola tem uma expectativa de vida relativamente baixa, de menos de 38 anos. Nos últimos anos, a economia do país tem se transformado, saindo da desordem da guerra civil para ocupar o lugar de segunda economia que mais cresce na África, e uma das que mais crescem no mundo. É o segundo maior produtor de petróleo e diamante da África sub-Saara e, recentemente, tornou-se membro da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Cerca de 85% da economia de Angola está baseada na indústria do óleo. As reconstruções pós-guerra e o retorno dos refugiados ajudaram a estimular a construção civil, bem como a indústria da agricultura. Adventistas em Angola
A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Angola sofreu muito durante os anos da guerra civil. Embora o número de membros tenha crescido para 300 mil, muita coisa da estrutura da igreja foi danificada. Em apenas uma região do país, 145 igrejas foram destruídas. A Missão do Bongo, onde o trabalho adventista começou em 1924, foi abandonada. Em 1986, os obreiros da Missão foram forçados a fugir à medida
que as batalhas chegavam até a área. Os prédios da Missão ainda estão em pé, mas precisam de reparos urgentes e de acabamento. Parte da Oferta do Décimo Terceiro Sábado do segundo trimestre de 2009 ajudará a reconstruir o Seminário Adventista de Bongo. Antes de fechar as portas, Bongo tinha, em média, 300 alunos e oferecia cursos do ensino fundamental ao ensino médio, e três anos para instrutor bíblico. Esse projeto terá um impacto duradouro na Igreja Adventista de Angola, porque ajudará a educar os membros que crescem em número no país e preparará os jovens para disseminar a mensagem do amor de Deus. Para saber mais sobre o trabalho dos Adventistas do Sétimo Dia em Angola, visite www.AdventistMission.org.
ANGOLA Capital:
Luanda
Lingua oficial:
Português
Religião:
Crenças nativas – 47%; Católicos Romanos – 38%: Protestantes – 15%
População:
15,8 milhões*
Membros adventistas:
306.569*
População adventista per capita:
1:52*
*Arquivos e Estatísticas da Associação Geral, 144° Relatório Estatístico Anual – 2006
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m novembro de 1848, Ellen White teve uma visão que resultou em profundas ações para o desenvolvimento de nossa igreja, a qual é, muitas vezes, chamada de visão das “torrentes de luz”. Ela viu que Tiago White deveria publicar um “pequeno jornal”, que levaria a mensagem adventista ao redor do mundo como torrentes de luz. O que mais me impressiona não é apenas a visão propriamente dita, mas a atitude de Ellen White após receber a visão; sua determinação em ver o plano de Deus em ação, apesar dos que diziam ser impraticável, se não impossível. Ela permaneceu firme contra a desaprovação de outros líderes, como José Bates, que pensava que o esposo dela, Tiago, fosse mais eficiente como pregador do que como escritor. Ela também refutou as dúvidas de Tiago, que considerou as enormes dificuldades financeiras que envolveriam a impressão e a distribuição desse tipo de jornal. Ela insistiu: “Ele deve escrever, escrever, escrever e seguir em frente pela fé.” * É fácil esquecer-se de que ela estava com apenas 21 anos de idade.
Avaliando o
O diálogo com os jovens de nossa igreja está apenas começando Por Jan Paulsen
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Talk
moças, entre 15 e 25 anos de idade, estou convencido de que eles amam esta igreja. É ali que querem estar. É nela que querem servir ao Senhor. Eles estão prontos. Esses diálogos foram bem abrangentes, às vezes com preocupações locais, para assuntos relativos a um determinado contexto e cultura. Mas houve também uma série de perguntas sobre temas globais, que ouvi várias vezes em espanhol ou swahili, português ou inglês. Eles se Preocupam
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J .
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1. Procurando um lugar e uma voz. Bem no fundo daquilo que os jovens dizem, geralmente está: “Por que não nos permitem falar mais?” “Por que não podemos nos envolver mais na liderança?” Essas perguntas são exigentes, mas são justas. Eles não estão perguntando: “Por que o Comitê Executivo da Associação Geral não tem mais de nossos jovens como membros?” Eles não perguntam por que razão não podem ser membros das divisões, uniões ou das comissões das associações. Por que somos tão relutantes em deixar que participem? Lembre-se dos doze indivíduos a quem Cristo escolheu. Lembre-se dos pioneiros de nossa igreja. Às vezes, nos esquecemos do caminho que trilhamos, dos erros que cometemos. Esquecemo-nos de que nós também, a princípio, caminhamos inseguros e trôpegos. Isso é normal, até que nossos músculos fiquem mais fortes, para caminhar com firmeza e saber onde pisar. Muitas vezes exageramos o valor da experiência. A experiência é importante, mas a constituição da personalidade é mais importante: o modo como lidamos
Nosso Mais Valioso Recurso
Há pouco mais de cinco anos, comecei uma série de diálogos com jovens comuns e jovens profissionais, adventistas do sétimo dia, em todo o mundo. Demos à série o nome de Let’s Talk (Vamos Conversar). Como resultado dessas conversas, estou convencido de que eles também têm uma visão para sua igreja. São criativos, desejam envolver-se e, acima de tudo, estão comprometidos com o Senhor e Sua missão. Esses diálogos do Let’s Talk ocorreram na televisão, foram transmitidos ao vivo e pela Internet. Mediante esses diálogos, passei a sentir profunda confiança em nossos jovens. Sim, em alguns momentos fui cético, mas depois de conversa após conversa com rapazes e
com as pessoas, nossa capacidade de amar e de cuidar da igreja, e como ser responsável. Essas coisas são mais significativas. Se os líderes colocarem o homem certo ou a mulher certa no lugar certo, tais jovens obterão a experiência de que precisam. Mas se colocarem a pessoa errada numa posição, independente da idade, nunca haverá êxito. 2. Definir limites. Muitas perguntas vieram sob essa bandeira: roupas, jóias, entretenimento, música e relacionamentos. A mente dos jovens pode ser bastante “legalista” no sentido de ver o mundo com linhas distintas e definidas. Procuram definir os limites com segurança e clareza. Alguns jovens querem fórmulas e são persistentes. Muitas vezes não estão satisfeitos com princípios; querem respostas específicas. São levados pela necessidade de se definir, de definir os limites ao redor deles, de descobrir “Onde me encaixo?” “Será que gosto de onde estou?” “Até compreendo os limites, mas por que eles existem?” “Em que consiste uma vida de obediência a Deus?” À semelhança de muitos jovens com que conversei, eu também cresci em um lar adventista. Quando cheguei aos 20 anos de idade, era bem legalista em meu modo de pensar. Era impaciente com aqueles que diziam: “Então, talvez não.” Os “talvez não” eram causadores de problemas. No entanto, aprendi, por minha própria caminhada na vida, que há certas situações em que se deve deixar espaço para que os outros cresçam e se desenvolvam para descobrir a vontade de Deus para eles. Há confiança aí, mas também uma grande responsabilidade. Portanto,
Jan Paulsen é
presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
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A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL lembro aos jovens: Não abusem de sua liberdade; não procedam com leviandade. A escolha de música foi um tema recorrente. Tivemos de voltar ao assunto várias vezes, porque é uma preocupação legítima para os jovens. A música ocupa uma parte tão importante de sua vida (basta observar o papel desempenhado por ela em qualquer culto realizado por jovens!), que as perguntas eram realmente sérias.
Estamos perdendo muitos dos nossos jovens, muita gente com menos de 25 anos de idade.
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Adventist World | Outubro 2008
Como sei que certo tipo de música cabe na vida da igreja? Devo perguntar: “Será que essa música induz à adoração? Será que leva para mais perto de Deus e nutre espiritualmente? Ou será que lembra aquilo que me afasta de Deus, não tem conteúdo e é muito barulhenta? É uma música que cria uma comunidade? Ela consegue aproximar a família para adorar unida? Sei de algumas pessoas idosas que, ao ouvir essa conversa, dirão: “Por que ele simplesmente não diz como deve ser essa música, estabelece um limite, bem distinto?” E posso apenas responder: “Vejam, esses são os nossos filhos; falem com eles. Seus filhos estão à procura de uma legítima identidade na igreja. Ajudem esses jovens a encontrá-la. Não os mandem embora. Ajudem esses moços e moças a compreender a confiança e a responsabilidade depositada sobre eles.” 3. Encontrando a missão. Os jovens estão preocupados com o alto número de companheiros que abandonam a igreja. Essa preocupação foi levantada várias vezes. Geralmente digo: “Diga-me, por que eles saíram? A resposta foi: “A igreja é muito antiquada.” “Não há tolerância.” “É muito negativa. Há muita crítica com a nossa aparência e com nossas escolhas.” – E a amizade? – perguntei. – Seu amigo saiu porque perdeu o senso de comunidade? Você era, realmente, amigo dele? Freqüentemente, havia silêncio, mas depois vinha a resposta: “Talvez tenhamos falhado com alguns deles, também.” – Vocês, então, não deveriam procurá-los? – perguntei. Os jovens deveriam ser incumbidos de assumir a grande responsabilidade por seus companheiros. Esse é um desa-
fio para o qual só eles estão equipados. Que isso seja definido, reconhecido como um ministério na igreja local, como a Escola Sabatina ou diaconato ou ancionato. Vamos dar aos jovens um espaço oficial, um território de confiança. Eles irão agarrá-lo e surgirá algo novo e poderoso. Confiemos Neles
Estamos perdendo muitos dos nossos jovens, muita gente com menos de 25 anos de idade. É difícil encontrar o número exato, mas não ficaria surpreso se metade das pessoas que crescem nessa família se desvia por um motivo ou por outro. E mesmo que não sejam tantos, os números ainda são altos, muito altos. Sempre acreditei que o amanhã está nas mãos de nossos jovens e essa realidade deveria refletir-se na igreja hoje. Essa convicção não mudou durante minhas conversas no Let’s Talk. Ao contrário, tornou-se mais forte e definida. Acrescentou um senso de urgência: O que nos tem segurado? Procuremos dar-lhes espaço e oportunidade para crescer. Minha mensagem para a igreja é para que confie em nossos jovens, fale com eles, ouça o que eles têm a dizer; mostre que confia neles, dando-lhes oportunidades e responsabilidades. Será que vão fazer tudo certo em cem por cento do tempo? Talvez não, mas nem nós faríamos também. Confiem neles e ainda estarão conosco amanhã e depois de amanhã. *Life Sketches, p. 125, 126.
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Osteoartrite
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
Sou uma mulher de 68 anos de idade e sinto um pouco de dor quando caminho. O médico me disse que tenho osteoartrite e que devo tomar analgésicos e perder peso. Poderia, por favor, escrever algo sobre o que é a osteoartrite e qual deve ser minha atitude?
O
steoartrite é a forma mais comum de artrite e atinge as pessoas à medida que envelhecem. Artrite é a inflamação da articulação (junta). As articulações são as conexões entre os ossos, onde o osso é coberto por uma cartilagem macia e encapsulada em um saco fibroso. O revestimento da cápsula é chamado sinovial e libera um fluido que lubrifica a articulação.
ficada torna-se cada vez mais denso, causando um crescimento ósseo nas extremidades, deformando a aparência da articulação. Quando esse processo envolve articulações como joelhos e quadris, pode causar dificuldade para caminhar. Se atingir articulações pequenas, como as das mãos, resulta em fraqueza e perda da agilidade.
como o Naproxen, em dosagens baixas, nos casos em que o Tylenol não ajude, mas pode provocar efeitos colaterais sobre o estômago. Muitos utilizam a substituição cirúrgica da articulação e, embora se procure adiar o máximo possível essa alternativa, alguns estudos sugerem que a substituição precoce pode prevenir a fraqueza e debilidade muscular, o que,
O exercício pode ser prejudicial para as articulações afetadas, mas o exercício aquático, como a natação, tem se mostrado muito útil. Na artrite reumatóide, há uma inflamação na membrana sinovial, porque é atingida pelo sistema imunológico do organismo como se fosse tecido estranho. Esse desvio na resposta imunológica causa inflamação e as secreções inflamatórias danificam a cartilagem da junta (articulação), levando à deformação. Ainda não foi totalmente descoberto o porquê de o corpo atacar suas próprias membranas. Outras formas de artrite podem estar associadas a infecção, tumores e até gota. No último caso, cristais de ácido úrico aparecem no interior da articulação, causando inflamação. A osteoartrite não está associada a infecção, tumores, cristais ou doenças auto-imunes, mas parece que acomete pessoas com predisposição hereditária, por uso repetitivo (esportes) e até por traumas. Na osteoartrite, a cartilagem sobre a parte final do osso degenera por razões ainda não completamente conhecidas, causando inflamação de grau suave a mediano na articulação. O osso subjacente à cartilagem dani-
O exercício pode ser prejudicial para as articulações afetadas, mas o exercício aquático, como natação, tem se mostrado muito útil e deve ser a opção. A perda de peso também é benéfica, especialmente se isso envolver os joelhos e os quadris. As mudanças na dieta não são particularmente úteis no tratamento da osteoartrite, embora a redução da carga de ácido possa ajudar na artrite reumatóide, o que justifica o benefício da dieta vegetariana, se esse for o caso. Alguns aconselham o uso do sulfato de condroitina e da glucosamina, mas vastos estudos patrocinados pelo National Institute of Health (Instituto Nacional de Saúde), descobriram que os resultados não são superiores aos do placebo* (a proverbial “pílula de açúcar). Dados limitados apóiam o uso do ácido hialurônico injetado na articulação e grande parte do tratamento gira em torno do alívio da dor. A maioria das pessoas usa o paracetamol (Tylenol). Pode-se tentar os anti-inflamatórios não esteróides,
na prática, resulta num estilo de vida mais produtivo. Está claro que essa é uma análise superficial do tema e seus médicos podem lhe dar orientações específicas ao seu caso. Esperamos que a senhora consiga suficiente alívio da dor, para que possa desfrutar as boas coisas da vida. *Clegg, D. et al., The New England Journal of Medicine, 2006, 354, p. 794-808.
Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamenteo do Ministério da Saúde da Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo da ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde. Outubro 2008 | Adventist World
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o ser perguntado com quem achava que o apóstolo Paulo se parecia, Martinho Lutero sugeriu que ele poderia ter tido a aparência de Philip Melanchton, seu amigo. A partir de relatos históricos, sabemos que Melanchton era um indivíduo esquelético, com expressões faciais que não expressavam muita alegria de viver. De certa forma, sempre pensei a mesma coisa a respeito de Paulo. Considerando que eu tinha uma imagem mental de Pedro como uma pessoa bastante dinâmica, a quem pudesse convidar para um chá e uma conversa interessante, sempre imaginei Paulo como um acadêmico austero que preferia debater questões teológicas difíceis em vez de fazer uma boa refeição com um amigo. Ele não me parecia uma pessoa muito social, capaz de abraçar as pessoas, gastar tempo para dialogar com elas e estabelecer fortes laços de amizade. Mas o capítulo final de Romanos mudou meu modo de pensar.
Por Reinder Bruinsma
Saudações
aulo P de
Após julgá-lo equivocadamente por décadas, consegui enxergar o lado sensível de Paulo
créia, perto de Corinto. O texto grego parece indicar que ela era diaconisa. A Uma Pessoa do Povo carta que ele levou continha saudações Quando Paulo escreveu aos romapara nada menos do que 29 pessoas nos, por volta de 55 d.C., ainda não em Roma. havia visitado Roma. Sua carta para a Priscila e Áquila, ex-companheiros igreja de Roma – uma igreja que, na de Paulo na confecção de tendas, são época, se reunia na casa dos membros mencionados primeiro (verso 3). O – viria a ser considerada sua carta mais casal havia fugido de Roma durante a importante, explicitando de forma perseguição imposta pelo Imperador mais detalhada do que em qualquer Cláudio (At 18:2). Paulo os encontrou outra, sua teologia da redenção em em Corinto e Éfeso, e ali ele os chama Cristo. Mas neste artigo, vou me conde “meus cooperadores em Cristo centrar no epílogo da epístola – na lista Jesus”. Então, Paulo saúda Epêneto de saudações que encontramos ali. (verso 5), o primeiro converso onde Febe, que Paulo menciona no início é hoje a Turquia. A seguir, menciona do capítulo, provavelmente tenha sido Maria, uma das muitas personagens a portadora da carta para Roma. Ela era bíblicas com esse nome. Ela “trabalhou membro preeminente da igreja de Cen- muito” para a igreja, diz ele (verso 6). (Lembremo-nos de procurá-la na Nova Jerusalém e descobrir quem era ela.) Não posso comentar todos os 29 nomes. Mas Andrônico e Júnias (verso Reinder Bruinsma é diretor do Departamento de 7) merecem uma breve menção. Eles eram “notáveis entre os apóstolos”, Comunicação da União/ diz Paulo. Essa é uma declaração Associação da Holanda, em Huister Heide, Holanda. importante, levando-se em conta que
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há muita chance de que Júnias fosse mulher. O nome “Júnias” pode tanto ser masculino como feminino e, por mais de mil anos, os comentaristas se referem a essa pessoa como sendo do sexo feminino. Passando por Andrônico, Urbano, Estáquis e Apeles (uma vez que tudo o que temos são seus nomes), chegamos a Aristóbulo (verso 10). Ele deve ter sido neto do rei Herodes. Herodião (verso 11) pode também ter pertencido à família de Herodes. Narciso, do mesmo modo (verso 11), pode ter pertencido à alta sociedade – alguns sugerem que ele tenha sido um secretário particular na corte imperial. Mais adiante, na lista, encontramos o nome de Rufo (verso13). Seu nome nos traz à mente Marcos 15:21, onde certo Simão de Cirene (que carregou a cruz de Jesus) é descrito como “pai de Alexandre e Rufo”. Alguns estudiosos da Bíblia crêem que, a princípio, o Evangelho de Marcos pode ter sido escrito para os cristãos de Roma. E, talvez, sabendo que Rufus, posteriormente, acabou por ficar em Roma,
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Quando olhamos pela perspectiva do Paulo de Romanos 16, uma nova imagem emerge.
Marcos fez questão de inserir tal pormenor em seu Evangelho. Após a menção de alguns nomes adicionais, Paulo conclui sua carta, encorajando seus destinatários a saudarem uns aos outros com o “ósculo [beijo] santo” (verso 16), um costume que ele aconselhava seus leitores a seguir em outros lugares de suas Epístolas. Um Paulo Diferente
Paulo nunca havia estado em Roma, embora conhecesse cerca de trinta pessoas pelo nome. É impressionante que nove entre as vinte e nove pessoas mencionadas eram mulheres. Será que Paulo era do tipo anti-mulher, como geralmente é conhecido? Mas é interessante notar que, embora algumas das pessoas da lista tivessem certo status – tanto na sociedade de Roma como na igreja – Paulo também se lembrou de pessoas “simples”, trabalhadoras, confiáveis, que não tinham títulos acadêmicos. Quando olhamos pela perspectiva do Paulo de Romanos 16, uma nova imagem emerge – alguém muito
interessado nas pessoas. Quando mantemos esse aspecto em mente ao reler o resto de Romanos e as outras epístolas, sua figura fica clara, em muitos lugares. No meio e por trás da teologia, da austeridade e, muitas vezes, da crítica e das admoestações, vemos um homem que amava as pessoas e se preocupava genuinamente por elas. Isso não pode ser mais claro do que nas cartas que escreveu a Timóteo, a quem amava como se fosse seu próprio filho (2Tm 1:1-5). E sua paixão por seu país torna-se evidente em Romanos 9:24: “Tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas.” A Face Humana
Como administrador de igreja, poderia gastar grande parte de meu tempo em reuniões, discussões, todos os tipos de itens organizacionais de negócios – praxes, programas, prédios, dinheiro, cargos a preencher, relatórios a serem avaliados. E tudo isso é parte
do trabalho, a maior parte. Mas, se não vejo o rosto humano por trás dos problemas, estou em grande falta, pois valorizo mais os regulamentos do que as pessoas. Se o que eu ou qualquer outro líder da igreja fizer não tiver uma face humana, é melhor deixar sem fazer. Se quisermos trabalhar para a igreja, em qualquer nível, como obreiro assalariado ou como voluntário, devemos amar as pessoas. É significativo que a carta aos romanos não termina com altas declarações doutrinárias e teológicas, mas com alusão a pessoas – indivíduos com nome e rosto. Hoje, ao discutirmos teologia, doutrina, problemas sociais e morais; ao criarmos regulamentos, ou seja lá o que for, toda a perspectiva mudará se permitirmos que essas questões assumam um rosto humano. O capítulo 16 de Romanos mudou minha opinião sobre Paulo. Para mim, ele se tornou mais humano. Ele conhecia vinte e nove pessoas de uma igreja que nunca havia visitado! O quanto conhecemos das pessoas que se sentam ao nosso lado, na igreja?
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Por Loren Seibold
Elas Não Têm Culpa N
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Famílias de prostitutas recebem ajuda em bairro de Kolkata
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ossa visita a Kolkata coincide com a realização de um festival de primavera chamado Holi, o qual consiste em jogar pó de giz de cores fortes nos amigos. Para todos os lados que olhamos, vemos pessoas sorridentes, com mãos e roupas coloridas de vermelho, rosa, azul ou verde. Alguns dormem estirados no pavimento quente, tentando recobrar as energias gastas na festa da noite anterior. A assistente social Urmi Basu entra abruptamente em um beco longo e estreito. Enquanto a seguimos, nós nos desviamos de poças de água de esgoto. Em ambos os lados, há entradas feitas de madeira rústica, parecidas com portas de estábulos; por trás delas, as famílias se acomodam em quartos sem janelas e com apenas uma lâmpada. Crianças passam por nós correndo e rindo, felizes em suas brincadeiras. “As prostitutas moram aqui”, diz Urmi. Estamos no centro de Kalighat, um dos bairros mais antigos de Kolkata. Seu nome deriva do famoso templo ao deus Kali, um dos lugares mais sagrados da religião hindu. É um bairro populoso e agitado. É também a região do sexo em Kolkata. Contudo, não há nada “sexy” para se ver ali – nada do erotismo ostensivo que se vê em Amsterdam ou Soho. Às vezes, a maré alta eleva o nível da água de um canal próximo (misturada a baratas, lixo, animais mortos e esgoto), inundando casas e ruas com até trinta centímetros de água. As crianças brincam ali como se estivessem numa piscina. É um lugar de absoluta pobreza, e não é por coincidência que o Lar para Pobres e Moribundos “Madre Teresa” fica ali. Os clientes são homens pobres, como motoristas de riquixás e trabalhadores braçais. A aceitação generalizada da prostituição ilegal parece fora de lugar nesse país de forte cultura familiar. No entanto, não devemos nos surpreender com isso, pois, em todas as culturas (até em nossa própria igreja), observamos que, quanto mais implacáveis e inflexíveis são as normas morais, maior o potencial para hipocrisia. “A maioria dessas mulheres não tinha opção de trabalho aqui”, explica Urmi. Algumas foram violentadas (embora não tivessem culpa) e não podem mais voltar para casa. Outras são viúvas numa cultura em que a viuvez é considerada uma vergonha. As mais jovens foram raptadas e submetidas à escravidão sexual. No fim do beco, esgueiramo-nos através da cozinha de uma casa, com pouca mobília, até uma torre quadrada de degraus. Emergimos de uma fileira de telhados desalinhados. As casas são muito simples. Mas nos surpreendemos ao ver um prédio com telhado novo. Ao transpormos a porta, entramos em outro mundo.
De cima para baixo: DÁI-LHES VÓS DE COMER: Alimentar os filhos de prostitutas em Kolkata, enquanto as mães freqüentam aulas de alfabetização, é parte do projeto mantido em conjunto com o Esperança para a Humanidade, Divisão Sul-Asiática, e a Amistad Internacional. AMIGO NECESSITADO: Karen Kotoske, adventista da Califórnia, Estados Unidos, fundadora e diretora da Amistad International (entidade humanitária sem fins lucrativos), posa com algumas das meninas que moram no Lar Soma, projeto que a Amistad ajudou a fundar.
Todas as noites, antes de sair para o trabalho, as prostitutas do Kalighat deixam seus filhos ali. Vêm-se crianças bonitas e sorridentes sentadas ao redor das mesas, fazendo uma refeição saudável. Um médico atende os doentes e tutores ajudam os que freqüentam a escola. Os que necessitam de banho ou de corte de cabelo são atendidos e, quando terminam de fazer as tarefas e deveres, deitam-se no chão para assistir a vídeos, como fazem as crianças de qualquer outro lugar. Esse é o Centro Nova Luz de Kalighat, refúgio para os filhos das prostitutas daquele lugar. Jornada para Kalighat
Como chegamos até aqui? No início de 2007, fui convidado para viajar pela Índia com um grupo de pastores e líderes da igreja, a fim de inspecionar um dos ministérios mais criativos do “Esperança Para a Humanidade” – uma rede nacional de escolas para adultos, relacionada à igreja, que ensina mulheres a ler usando a Bíblia como livro-texto (veja Adventist World de dezembro de 2007, “Capacitando Mulheres na Índia”). Quando disse que estava indo para a Índia, nossa amiga Karen Kotoske perguntou: “Você está indo a Kolkata?” Karen, adventista do sétimo dia de Palo Alto, Califórnia, Estados Unidos, é fundadora e diretora da Amistad Internacional, organização humanitária sem fins lucrativos. Durante muitos anos, a Amistad trabalhou exclusivamente entre os índios Huichol, do México, em parceria com a Divisão Interamericana. Faz alguns anos, um casal amigo de Karen convidou-a para entrar em contato com uma visitante da Índia. Urmi Basu é uma mulher elegante e educada, da alta classe indiana, que ajuda as famílias das prostitutas de Kolkata. Durante o jantar, Urmi falou a Karen sobre o Centro Nova Luz e o projeto denominado Lar SOMA (que se pronuncia Sroma), uma imensa casa fora do distrito de Kalighat, para onde ela levava as filhas adolescentes das prostitutas, antes de serem forçadas a seguir o mesmo “exemplo” das mães. Embora Urmi não trabalhe ligada a nenhuma religião, Karen ficou convencida de que ela estava fazendo um trabalho de misericórdia que Jesus gostaria que fosse feito. O Amistad, em pouco tempo, conseguiu levantar fundos para ajudar a estabelecer o Lar Home. “Portanto, se você for a Kolkata” – Karen me disse entusiasmada – “por favor, visite Urmi Basu e os centros para os filhos das prostitutas.” E foi assim que fui parar do outro lado do mundo, liderando um grupo de pastores adventistas do sétimo dia até a rua do bairro da luz vermelha, entre filas de casas de prostitutas. Quando voltei para casa em Ohio, Estados Unidos, um plano começou a tomar corpo em minha mente: agora, eu tinha algumas amigas na Índia que estavam ensinando mulheres a ler e outras que ajudavam famílias de prostitutas. E se levássemos nossas aulas de alfabetização para Kalighat? Então, escrevi para Hepzibah Kore, líder das escolas de alfabetização na Índia. Ela disse que isso seria possível, embora não tivesse feito nada parecido antes; mas, se levantássemos os recursos, ela tentaria. Urmi Basu estava disposta a ministrar aulas no Centro Nova Luz. Agora, precisávamos de dinheiro. Certo sábado de manhã, fui à galeria de minha igreja para falar com os operadores
do audiovisual. Realizava-se uma reunião da Escola Sabatina ali e, quando passei, o professor Don Scriven interrompeu a lição para perguntar: “Pastor, está precisando de alguma coisa?” Ainda não havia pensado em falar com alguém sobre minha idéia, mas Deus estava providenciando uma abertura. Perguntei a ele: “O que você acha de assumir um projeto missionário?” “Vamos ter um almoço com nossa classe hoje, depois do culto”, disse Don. “Venha e fale-nos mais a respeito disso.” Naquela tarde, os alunos de Don, da classe da Escola Sabatina, prometeram levantar fundos suficientes para o início da classe de alfabetização em Kalighat. Algumas semanas mais tarde, outra classe uniu-se a eles. Nas semanas seguintes, telefonei para vários pastores amigos, que visitaram comigo o Centro Nova Luz e prometeram lançar a idéia em suas igrejas. Resultados Animadores
Em nosso primeiro ciclo das aulas de alfabetização, as ajudantes de Urmi, mulheres pobres e analfabetas (algumas das quais escaparam do tráfico do sexo), uniram-se às prostitutas que estavam participando, pois poderiam servir como professoras no futuro. A segunda classe, ao lado, também dirigida por Urmi, ensinava mulheres dalit – conhecidas como uma “casta intocável”. Hepzibah Kore também dá aulas em outras partes da cidade. Nossa meta para as mulheres de Kalighat é modesta: ajudar pessoas sem futuro a encontrá-lo por meio da alfabetização. Tempos atrás, quando uma prostituta foi lançada aos pés de Jesus, Ele disse aos seus acusadores: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (Jo 8:7). Esse é um lembrete de que, aos olhos de Deus, a distância entre o pior e o melhor de nós não é tão grande quanto imaginamos. Somos todos pecadores – uns são mais abençoados, outros menos. Devem os mais abençoados ajudar os que necessitam de ajuda?
Como Ajudar Esperança para a Humanidade coordena doações para o Programa de Alfabetização na Índia. Visite o site http://hope4.com, ou escreva para: Esperança para a Humanidade, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904, Estados Unidos. Amistad International continua a ajudar o trabalho de Urmi Basu na região da luz vermelha de Kalighat. Visite o site www. amistadinternational.org, ou escreva para: 1657 Edgewood Drive, Palo Alto, CA 94303, Estados Unidos. A Igreja Adventista de Worthington dispõe de um website sobre seus projetos missionários, com link na página www.worthingtonsda.org.
Loren Seibold é pastor da Igreja Adventista do
Sétimo Dia de Worthington, Ohio, e editor de um jornal virtual para pastores, denominado “Best Practices for Adventist Ministry” (Ministério Adventista Mais Eficaz). – www.vervent.org
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população por membro adventista Divisão África - Oceano Índico
76
Divisão do Sul do Pacífico
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Divisão Interamericana
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Divisão Sul-Americana
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Últımo ıssıonarıo Por Homer Trecartin
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pode ser você
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m jovem adventista sentou-se em meu escritório e disse que tinha sido criado no campo missionário. Agora, ele estava fazendo pós-graduação e ajudava nas aulas de missões em uma grande universidade. O professor com o qual estava trabalhando queria que seu foco girasse em torno dos principais movimentos missionários da atualidade, dirigidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. O jovem veio até mim em busca de dados estatísticos sobre a história dos missionários adventistas no mundo. Falamos acerca do crescimento de nossa igreja desde sua fundação, em 1863, e mostrei-lhe as estatísticas de nosso programa missionário. A princípio, ele ficou chocado ao saber que, hoje, temos metade do número de missionários em tempo integral comparado com o que tínhamos há poucos anos. Então, disse: “Bem, talvez isso esteja certo. Acho que não precisamos mais de tantos missionários. Os nativos foram treinados para fazer o trabalho. Os estrangeiros podem ficar em casa.” Será que isso, de alguma forma, incomoda você? Isso me incomoda. Você acha que seria bom comemorar a volta para casa do último missionário? Algumas pessoas argumentam que todo conceito de missionário cristão está equivocado. Por que alguém que usa gravata, senta em bancos de igreja, canta hinos e carrega a Bíblia deveria invadir a beleza imaculada de uma sociedade primitiva? Que bem pode resultar do fato de se perturbar tradições e costumes indígenas, introduzindo outros conceitos de certo e errado? Há algumas décadas, um conhecido antropólogo declarou que os cristãos, especialmente na Ásia e na África, estavam atados a governos colonialistas. Ele acreditava que as conversões nessas regiões do mundo eram freqüentemente coagidas e raramente genuínas, prevendo que o cristianismo morreria rapidamente em muitos países, tão logo os movimentos nacionalistas derrubassem os governos colonialistas. Porém, não é interessante ver o que realmente aconteceu? O cristianismo parece estar morrendo nas antigas potências colonizadoras, ao mesmo tempo está crescendo rapidamente em regiões e países com total controle de seu destino político e econômico. Talvez os estudiosos estejam centrados na questão errada. A dúvida não era (e não é) se as culturas “primitivas” devem ou não mudar. A mudança é inevitável em qualquer cultura. A verdadeira questão é: Quem serão os agentes de mudança? Serão marinheiros procurando mulheres, comerciantes buscando lucro, ou traficantes de seres humanos seduzindo os vulneráveis? Ou, então, serão os discípulos de Jesus, missionários, motivados por Seu amor e pelo desejo de disseminar esse amor? Breve História das Missões
Os “missionários” sempre existiram. Enoque saía de seu retiro, na montanha, descia às cidades e tentava falar com as pessoas.1 Noé montou um posto avançado e usou métodos
visuais para atrair a atenção das pessoas e trazê-las para onde ele pudesse falar com elas.2 Abraão vagou pelo país construindo altares, tendo sua esposa como testemunha.3 Jonas levou a mensagem para uma nação pagã. Jesus enviou Seus discípulos, de dois em dois, para um curto itinerário missionário (Mc 6:7). Ordenados por Jesus, Paulo e a igreja primitiva levaram o evangelho às extremidades do mundo conhecido até então. Ao longo dos séculos, quando Seus fiéis eram procurados e perseguidos, o Senhor sempre encontrou fiéis dispostos a enfrentar perigos e doenças para falar a outros as verdades de Sua Palavra. No início do século 17, uma organização missionária (Sociedade Católica Romana de Jesus) tinha mais de 8.500 missionários estrangeiros trabalhando em 23 países, num tempo em que a população do mundo era de apenas 550 milhões – menos da metade da população atual da Índia. No final do século 18, organizações missionárias protestantes começaram a surgir, à medida que o Espírito Santo impelia homens e mulheres que conheciam o amor de Jesus, a ultrapassar as fronteiras do cristianismo ocidental para pregar o evangelho. Durante o século 19, milhares de pessoas na Europa e Américas ouviram o chamado e responderam, muitas vezes, com o custo da própria vida. Até a realização da primeira Conferência Missionária Mundial em Edimburgo, Escócia, em 1910, havia 160 sociedades missionárias protestantes. Primeiro Missionário Adventista
Em 1869, o congresso da Associação Geral da jovem Igreja Adventista do Sétimo Dia votou formar “A Sociedade Missionária dos Adventistas do Sétimo Dia”, com o objetivo de enviar a mensagem “para outros países e para lugares distantes de nosso país, por meio de missionários, jornais, livros, folhetos, etc”.4 Mas, a princípio, as coisas andaram devagar. Nem todos sentiam o dever, inclusive alguns líderes, de enviar missionários para outros países. “Em janeiro de 1874 foi editado, pela primeira vez, O Missionário Verdadeiro, uma revista que apelava para os adventistas do sétimo dia para enviar missionários a outros países. Esses apelos e outros feitos pelos guardadores do sábado da Suíça foram fundamentais para que, no dia 15 de setembro de 1874, J. N. Andrews fosse enviado a um país fora da América do Norte como o primeiro missionário adventista do sétimo dia, navegando para Liverpool, a caminho da Suíça.5 Dado o primeiro passo, parecia que o caminho tinha sido aberto rapidamente, pelo menos para uma igreja cujo número de membros, no início da década, era de apenas cinco mil em
Homer Trecartin é diretor de planejamento do
Departamento da Missão Adventista na Associação Geral. Para mais informações sobre as missões, visite www.AdventistMission.org.
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todo o mundo. Logo depois, havia missionários a caminho da Alemanha (1875), França (1876), Itália (1877), Noruega (1885), América do Sul (1885), África do Sul (1887) e Ásia (1888), além de continuar com os projetos já iniciados. As estatísticas são incompletas, mas elas registram que o número de obreiros interdivisão (missionários contratados pela igreja para morar por longo período de tempo em outro país) alcançou o auge nos anos 70. Em 1979, havia 1.561 obreiros ativos, mais esposas e filhos. Atualmente, esse número caiu para 919. Mesmo se adicionássemos a esse número as estimativas não oficiais de 4.800 Pioneiros do Evangelismo e Missão Global, 64 Missionários Adventistas de Fronteira, várias centenas de estudantes missionários e outros missionários em tempo integral que são enviados e mantidos
novas idéias, novos critérios e novas perspectivas têm de estar continuamente disponíveis e acessíveis. As mídias adventistas – televisão, rádio, revistas, ministérios pela Internet e livros – certamente podem ajudar nisso. Porém, o maior impacto ocorre quando as pessoas entram em contato com outras que trazem perspectivas totalmente novas para problemas locais. Essa é uma das razões pela qual Paulo nos adverte a não deixar de congregar, especialmente agora, que o fim se aproxima (Hb 10:25). Precisamos fortalecer nossa visão de mundo mediante contato com outros, e com isso nossa experiência pode ser apoiada por eles. Nenhum indivíduo, nem mesmo um casal, pode refletir a imagem total de Deus. Para isso, é necessário o envolvimento de todo o corpo de fiéis. Se uma região do mundo – ou da igreja em nível mundial – for eliminada, se os estrangeiros não chegarem mais para partilhar sua experiência de fé, caminhar em suas ruas, ensinar em suas escolas, o povo da região se tornará cada vez mais centrado em si mesmo, e o egoísmo aumentará. Declinará a
Para que os indivíduos ou as igrejas permaneçam saudáveis, novas idéias, novos critérios e novas perspectivas têm de estar continuamente disponíveis e acessíveis. por ministérios de igrejas, ainda assim estaríamos abaixo do número de missionários enviados pela Igreja Católica em 1600! Precisamos Deles Hoje?
Estamos num ponto crucial da história das missões adventistas. Continuaremos nessa lenta escalada para baixo ou, quem sabe, nos apressaremos para compensar esses dados? Ainda há, realmente, necessidade de missionários? Ou é hora de enviarmos o último missionário para casa? Creio que sempre necessitaremos de missionários, tanto nacionais como multiculturais. Creio que precisamos reverter esse rápido declínio. Creio que há necessidade de aumentar drasticamente o número de missionários. Eis algumas razões: Polinização cruzada. A ciência da genética ensina o que acontece quando um grupo de aves, animais e seres humanos fica isolado por longo período de tempo. No domínio físico, ocorre a endogamia. Características faciais, doenças hereditárias e propensão para que outros males físicos se manifestem. Uma comunidade saudável e robusta necessita, continuamente, de material novo para enriquecer o patrimônio genético. O mesmo princípio é aplicado ao domínio espiritual. Para que os indivíduos ou as igrejas permaneçam saudáveis,
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compreensão e o apoio para a missão da igreja no mundo. O mesmo ocorrerá com a parte do mundo que se isolar e não mais enviar seus filhos e filhas para ajudar outros. Precisamos de mais e mais missionários multiculturais, oriundos de todas as regiões do mundo, para ensinar em escolas adventistas da Europa, das Américas, África e do Pacífico do Sul. Precisamos de pastores e administradores. Precisamos ser uma igreja que vá de qualquer lugar para qualquer lugar. Barreiras étnicas e tribais. Mesmo trabalhando para cumprir a oração de Cristo para nos tornar um com Ele, há ocasiões em que esse parece ser um alvo inalcançável. Histórias raciais, tribais e étnicas tornam difícil o desafio de compreender a experiência dos outros. Em algumas regiões, históricas tensões entre diferentes grupos de fiéis são mais bem resolvidas convidando “os de fora”, sem ligação com nenhum dos grupos, para liderar o trabalho da igreja, dirigir instituições e fazer o evangelismo avançar. Essa perspectiva provou ser eficaz em regiões consideradas historicamente como países “celeiro” de missionários adventistas. Tais regiões mantêm tanto grandes instituições metropolitanas dirigidas pela igreja como minúsculas congregações rurais e dispersas. Fiéis de ambos os tipos de igreja podem
população por membro adventista Divisão África Centro-Oriental
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Divisão Norte-Americana
325
Divisão África Centro-Ocidental
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Divisão Ásia-Pacífico Sul
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perceber se os administradores estão gastando muito tempo e dinheiro no outro grupo. Se um líder é escolhido por um ou por outro grupo, seu trabalho é, freqüentemente, dificultado. Creio que sempre precisaremos de obreiros, especialmente líderes, indo de um lugar para outro. Há, porém, outra necessidade ainda mais urgente que essa. Ausência de Adventistas Nativos
Em 1863, quando este movimento teve início, a proporção era de um adventista do sétimo dia para cada 373.143 pessoas. Em menos de 50 anos (por volta de 1900), essa proporção baixou para uma em cada 21.487 pessoas. Lá pela década de 1950, havia um adventista para cada 3.300 pessoas. Como igreja mundial, experimentamos um crescimento fora do comum. Hoje, existem mais de 15 milhões de membros em todo o mundo e, se contarmos crianças e visitas, como em outras denominações, o número da família adventista chega próximo a 25 milhões de pessoas. No Concílio Anual, em outubro de 2007, foi anunciado que há, agora, um adventista para cada 429 pessoas no mundo.6 Louvado seja Deus! Este movimento iniciou-se como um pequeno grupo de língua inglesa, nos Estados Unidos. Logo depois, a Europa, África, Américas Central e do Sul e as ilhas se tornaram “campos missionários”. Hoje, mais de um terço de todos os adventistas vivem na África e outro terço nas Américas Central e do Sul. O terço final é dividido entre Europa, Austrália, América do Norte, Ásia e o resto do mundo.7 Atualmente, o número de adventistas de língua espanhola é maior que os de língua inglesa e, em 26 países, incluindo Belize, Zâmbia, Ruanda e Jamaica, há um adventista para cada 25 pessoas na população. Em alguns países, a proporção é ainda maior, como um adventista para cada dez pessoas! Na
Jamaica, há uma igreja adventista a quase cada seis quilômetros e meio em todo país e outras têm sido estrategicamente construídas nas áreas entre elas. Deus nos tem abençoado e nos deu um progresso tão incrível que, às vezes, ouço o povo dizer: “O tempo dos missionários já passou. A obra está quase terminada. Na realidade, eles estão fazendo melhor trabalho lá do que estamos fazendo aqui. Vamos deixar que cada região do mundo cuide de si mesma.” De certo modo, isso parece razoável, se olharmos apenas para uma parte dos dados. Observe atentamente a lista da população de membros per capita em cada uma das 13 divisões do mundo: Se você observar profundamente esses números, descobrirá que o Campo onde está Israel possui um adventista para cada 8.848 habitantes; o Paquistão tem um para cada 16.669 e a União do Oriente Médio tem um para cada 15.736. Na União do Oriente Médio, porém, a maior parte dos membros vive no sul do Sudão. O Egito tem um adventista para cada 90.838 e a Síria, Arábia Saudita e Iêmen estão entre os países mais populosos do mundo com aproximadamente 20 milhões de pessoas cada, sem nenhum registro oficial de membros em qualquer um deles. Não é justo simplesmente dizer que cada uma dessas áreas do mundo deve tomar conta de si mesma. Em muitos lugares não há, sequer, uma viva alma que possa mostrar o que significa ser cristão. Há milhões que nunca ouviram falar de Jesus e mais outros milhões que já ouviram Seu nome, mas nunca encontraram ninguém que O conhecesse como Amigo e Salvador. Enquanto isso, as mídias adventistas – televisão, ministérios por Internet, rádio, livros e jornais – aumentam acentuadamente o alcance do evangelho, pois essas poderosas ferramentas atraem a atenção da pessoa em quem o Espírito Santo já está trabalhando. Esse “chamariz” ainda precisa ser
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A R T I G O D E C A PA
população por membro adventista Divisão do Sul da Ásia
1.126
Divisão Euro-Asiática
1.943
Divisão Ásia-Pacifíco Norte
2.796
Divisão Euro-Africana
3.361
Divisão Trans-Européia
5.960
disciplinado: as pessoas precisam ver uma fé real na vida de um adventista que possa lhes mostrar o que significa ser transformado por Jesus. Somente quando virem isso em todos os lugares, entenderão e aceitarão o evangelho completamente.8 Os missionários ainda são necessários – para viver, pregar e ensinar o evangelho em países e regiões ainda não alcançados pelas boas novas do amor de Jesus. Lições Corretas
Ao longo da história das missões, houve problemas e erros. Até Abraão, Davi, Jonas, Tiago e João cometeram erros – não apenas nas áreas do certo e do errado, mas em coisas como costumes sociais e culturas. Muitas das histórias da Bíblia são sobre pessoas com uma mensagem e que foram lançadas em situações multiculturais. Às vezes, não sabiam como lidar adequadamente com os problemas e, às vezes, missionários cristãos, mesmo adventistas, não sabiam também. A história, infelizmente, está cheia de casos de missionários bem intencionados que não conseguiram separar as boas novas de Jesus do padrão político de sua terra natal ou das tradições culturais de seu povo. Mesmo assim, Deus trabalhou por meio deles. Há mais de 40 anos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia fundou o Instituto de Missão Mundial para ajudar a treinar missionários que vão de um lugar para outro. Esse treinamento inicial, junto com o crescimento geral do conhecimento de
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outras culturas e o aumento das tecnologias de comunicação, tem ajudado a evitar ou corrigir muitos dos graves erros cometidos no passado. Apesar da inexperiência dos missionários e dos erros que cometeram, milhões foram transformados pela influência dessas pessoas que amavam Jesus e ao povo também. Por 135 anos, missionários adventistas dedicaram sua vida ao propósito de fazer a diferença em lugares difíceis do mundo. Não mandemos os missionários de volta para casa – nem por decisões das comissões, nem pela redução de suporte financeiro. Entendamos o fato de que cada um de nós é missionário no lugar em que foi colocado por Deus. Temos uma obra bem perto de nós. Pode ser que sejamos o último “missionário” que nosso vizinho vá encontrar. Mas nossa influência e responsabilidade não acabam aí. Alguns, entre nós, serão chamados por Deus para trabalhar como missionários fabricantes de tendas, por pouco tempo ou por muito tempo. Ele pedirá a outros que fiquem onde estão, mas com o compromisso de ajudar financeiramente os que forem trabalhar em campos missionários. A oração é também é de grande valia Nenhum de nós pode alcançar todas as pessoas por si mesmo. Mas, ao fazermos coletivamente o trabalho que Deus nos dá e ao sermos fiéis em nossos dízimos e ofertas missionárias, seremos parte de um movimento portador de uma mensagem para cada homem, mulher e criança da Terra – uma mensagem concebida por nosso Criador para elevar e salvar a humanidade em meio aos eventos traumáticos dos últimos dias. White, E. G. (20 de fevereiro de 1879). Sete e Enoque. The Signs of the Times, parágrafo 6. White, E. G. (20 de fevereiro de 1879). Sete e Enoque. The Signs of the Times, parágrafo 6. White, E. G. (20 de fevereiro de 1879). Sete e Enoque. The Signs of the Times, parágrafo 6. 4 Review and Herald (15 de junho de 1869). Quoted in Missions. Enciclopédia Adventista do Sétimo Dia® (2002). Hagerstown, Md.: Review and Herald Publishing Association. 5 Ibid. 6 Ibid. 7 Calculado dos Arquivos e Estatísticas (2005). 143° Relatório Anual de Estatística –2005. Silver Spring, Md.: Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia®. 8 White, E. G. (1911). Atos dos Apóstolos (p. 134). Mountain View, Calif.: Pacific Press Publishing Association. 1 2 3
E S P Í R I T O
D E
P R O F E C I A
membros
amília F da
Real
O
pecado de Adão e Eva causou terrível separação entre Deus e o homem. Ali, Cristo colocou-Se entre Deus e o homem caído e lhe disse: É possível achegar-se ao Pai; há um plano pelo qual Deus pode reconciliar-Se com o homem e o homem com Deus, por intermédio do Mediador... Ele é o grande Sumo Sacerdote que suplica em seu favor, para que venha e apresente seu caso ao Pai, por meio de Jesus Cristo, podendo assim ter acesso a Deus; ... há esperança para o seu caso. “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”(1Jo 2:1). Agradeço a Deus pelo fato de termos um Salvador... Assim, não deixa ninguém pensar ser grande humilhação aceitar Jesus Cristo; quando damos esse passo, é o primeiro em direção à verdadeira exaltação; apropriamo-nos do cordão dourado que liga o homem finito ao Deus infinito, que nos eleva, de modo que sejamos moldados para a sociedade de puros anjos celestiais, no reino de glória. Anjos de Todos os Lados
Não desanime; não se desfaleça. Embora seja tentado, embora seja atormentado pelo inimigo astuto, se o temor do Senhor estiver à sua frente, anjos com força excepcional serão enviados para ajudá-lo a se tornar mais F O T O :
J E F F
C R U M P
Herdeiros do reino celestial desfrutarão para sempre de Sua glória
Por Ellen G. White
do que um joguete nas mãos dos poderes das trevas. Jesus vive. Ele morreu para prover o escape para a raça caída. Hoje, Ele vive para interceder por nós, para que sejamos exaltados por Sua própria destra. Tenha esperança em Deus. O mundo avança pelo caminho largo e, enquanto você segue pelo caminho estreito e combate contra principados e potestades e enfrenta a oposição do inimigo, lembre-se de que há provisão em seu favor. A ajuda foi colocada sobre Alguém que é poderoso e, por meio dEle, você pode vencer. Filhos e Filhas de Deus
“Retirai-vos do meio deles, separaivos, diz o Senhor. . . serão filhos e filhas do Deus Poderoso” (2Co 6:17, 18). Que grande promessa! É o juramento para que você se torne membro da família real, herdeiro do reino celestial. Se alguém é honrado ou consegue ligação com algum monarca da Terra, isso é comentado nos periódicos do dia e estimula a inveja daqueles que julgam não ser tão afortunados. Mas aqui há Aquele que é Rei acima de todos, o Monarca do Universo, a fonte de todas as coisas boas. Ele nos diz: Farei de vocês Meus filhos e filhas; ficarão unidos a Mim e vão se tornar membros da família real, filhos do Rei celeste. Paulo, então, diz: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-
nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2Co 7:1). Por que não fazer isso quando temos a vantagem, o privilégio de nos tornar filhos do Deus Altíssimo, o privilégio de chamar o Deus do Céu de nosso Pai? Isso não é suficiente? E você chama isso de privação de tudo o que vale a pena ter? Será isso abrir mão de tudo o que vale a pena possuir? Permita que eu me una a Deus e a Seus santos anjos, pois essa é minha maior ambição. Posso ter posses neste mundo, mas prefiro ter Jesus; prefiro ter o direito à herança imortal, à vida eterna. Deixeme desfrutar as belezas do reino de Deus. Permita-me apreciar as pinturas que Seus próprios dedos coloriram. Posso desfrutá-las e você também ... [e] por meio delas, poderemos ser conduzidos a Deus e contemplar Sua glória, que fez todas essas coisas para nosso prazer.
Este artigo foi extraído de um dos primeiros a serem publicados na Advent Review and Sabbath Herald, hoje Adventist Review (www.adventistreview.org), de 31 de maio de 1870. Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.
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C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
Depois NÚMERO 24
O
santuário era o centro do culto israelita, no Antigo e no início do Novo Testamento. Mas o Novo Testamento deixa claro que, tanto simbólica como explicitamente, esse antigo sistema foi substituído por algo celeste. A maior evidência veio quando Jesus morreu. Mateus diz: “Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo” (Mt 27:51). O significado estava claro: a antiga ordem acabava de ser mudada por Aquele que rompeu o massivo véu de alto a baixo, expondo à visão total o lugar sagrado, mas que Por deixava de sê-lo. Todavia, o foco mudaRoy Adams ria da Terra para o Céu. Aquele a quem João Batista declarou ser “o Cordeiro de Deus” (Jo 1:29) acabara de ser morto, sendo Ele tanto sacerdote como vítima. E agora, por Sua morte, ganhara o direito de entrar no “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Antes de ser apedrejado até a morte, Estevão, em visão, contemplou Jesus naquele lugar sagrado e expressou, com palavras, a sublime revelação que deixou seus acusadores transtornados de ódio. Estevão disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, em pé à destra de Deus” (veja Atos 7:56). O atual trabalho de Jesus no santuário celestial não deprecia Seu trabalho completado na cruz. Quando morreu no Calvário, Jesus realizou total expiação por nós. Quando os adventistas falam sobre o atual trabalho de Cristo, “não diminuem a importância da cruz. Ao contrário, isso sugere que a cruz vai além do Calvário, além de 31 d.C. – até o santuário celeste, o trono do governo de Deus, o centro nervoso da salvação humana, onde Jesus Cristo entrou por nós, além do véu, tendo sido feito Sumo Sacerdote, para sempre, da ordem de Melquisedeque.” Esses dois conceitos caminham paralelos um ao outro e não conflitam um com o outro.
Cruz
Duas Perguntas Comuns
1. Como Sumo Sacerdote, o que Jesus faz agora?
Não podemos responder a essa pergunta de modo que faça sentido lógico para uma mente científica. Em última
Roy Adams é editor-associado da Adventist World.
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da
Ministrando no centro
análise, temos simplesmente que permitir que a Bíblia forneça sua própria resposta. Nos capítulos 1 a 7 de Hebreus, o escritor tece um conjunto de argumentos para enfatizar a singularidade de Jesus. No capítulo 8, ele resume o que vem defendendo até ali. Ele diz: “Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que Se assentou à destra do trono da Majestade nos Céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:1, 2). Até o fim do capítulo 8 e no capítulo 9, ele argumenta que o sistema do antigo tabernáculo foi substituído por outro “melhor” (superior): o ministério do santuário celestial. Em Hebreus 9:12 o autor reforça o argumento: Cristo não entrou no santuário celeste “por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo Seu próprio sangue, entrou ... uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”. O autor quer que seus leitores compreendam duas coisas aqui. Uma é o significado teológico dessa realidade e outra, sua dimensão prática. O significado teológico, resumido em Hebreus 8:1 e 2, é que agora temos um sumo sacerdote superior, o Filho do Deus vivo. Como os sumo sacerdotes do passado, Ele é humano, mas diferente deles, divino e infalível. A base de Sua humanidade é que Ele é capaz de “compadecer-Se das nossas fraquezas” (Hb 4:15); e a base de Sua divindade é que Ele “pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 4:15). O ponto prático do apóstolo tem que ver com o acesso. No sistema antigo, o adorador israelita comum enfrentava várias barreiras para chegar ao Santo dos Santos, no santuário; barreiras que jamais podiam ser cruzadas. Somente o sumo sacerdote tinha total acesso. Mesmo assim, apenas uma vez por ano (no Dia da Expiação). Entretanto, agora, por Cristo, nosso mediador celestial, uma porta de acesso ilimitado nos foi aberta, não importando quem somos – uma porta para o
santuário celestial, a sala do trono do Deus vivo. “Acheguemonos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça”, diz o sagrado escritor, “a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16). Respondendo à pergunta sobre o que Jesus está fazendo agora, podemos dizer que, na qualidade de Sumo Sacerdote, Ele nos provê ajuda constantemente, para “socorrer os que são tentados” (Hb 2:17 e 18). Além disso, Ele intercede por nós (Hb 7:25); trabalha para solidificar nossa lealdade, escrevendo Suas leis em nossa mente e coração (Hb 8:3-10); purificando nossa “consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9:13, 14) e trabalha para colocar um fim ao grande conflito (Hb 10:11-13).
nervoso do universo Não podemos saber, é claro, a maneira exata como Cristo intercede. Mas a Escritura oferece vários exemplos que nos dão uma idéia geral. Por exemplo, na experiência de Moisés (Êx 32:9-14, 30-32) e na súplica de Daniel (Dn 9). Outro exemplo é a grande oração antes de Sua paixão (Jo 17). (Para compreender o que Cristo está fazendo por nós, João 17 é fantástico). 2. Segunda pergunta: Qual é a vantagem de conhecer Jesus como Salvador e como Sumo Sacerdote? Em última instância, a resposta gira em torno da questão de lealdade e de fidelidade. À medida que seguimos, pela fé em Jesus no santuário celeste, experimentamos Sua graça
purificadora. Mas também experimentamos uma nova apreciação pelo concerto eterno, simbolizado pela lei imutável de Deus, abrigada, por assim dizer, debaixo do trono de misericórdia. Essa santa lei torna-se uma parte indelével de nossa consciência espiritual (veja Hb 8:10). Isso define parte da diferença que a doutrina do santuário faz por nós. Pela fé, entramos no lugar sagrado onde Jesus ministra. E ali, contra todos os riscos, nos apegamos Àquele cuja promessa imutável é simbolizada pela Arca da Aliança. Ela representava Jesus no santuário e foi o seu significado que preservou a inabalável fidelidade e lealdade de Daniel, mesmo em face de perigo de morte (cf Dn 6). Daniel permanece, hoje, como um símbolo do remanescente final, que escolherá honrar a Deus, ainda que lhes custe a vida. Ao contrário do resto da cristandade, disposta a abandonar qualquer parte da Lei de Deus, achando-a inconveniente e desconfortável, o remanescente manterá firme, a qualquer custo, sua lealdade a Deus. Ancorado na esperança que entra “além do véu”, permanece seguro contra todos os conceitos e filosofias (seja evolucionismo, ateísmo, materialismo ou outro qualquer) que vise a arrancar o Deus eterno de Seu trono, ou deprecie e degrade a validade de Sua lei eterna conservada sob Seu trono de misericórdia. A doutrina do santuário torna-se, assim, uma proteção contra a rebelião para nós e assegura para Deus o remanescente fiel em um mundo revoltado. Este artigo foi adaptado do capítulo 12 do livro (escrito pelo autor) The Wonder of Jesus, (Adventist Review, 2007).
O Ministério de Cristo no
Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de Seu sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas, na cruz. Ele foi empossado como nosso grande Sumo Sacerdote e começou Seu ministério intercessório por ocasião de Sua ascensão. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou a segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz
Santuário Celestial parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o sangue de sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto quem, dentre os vivos, permanece
em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, estando, portanto, nEle, preparado para a transladação ao Seu reino eterno. Este julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que crêem em Jesus. Declara que os que permanecerem leais a Deus receberão o reino. A terminação do ministério de Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do Segundo Advento. (Hb 8:1-5; 4:14-16; 9:11-28; 10:19-22; 1:3; 2:16, 17; Dn 7:9-27; 8:13, 14; 9:24-27; Nm 14:34; Ez 4:6; Lv 16; Ap 14:6, 7; 20:12; 14:12; 22:12.)
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A D V E N T I S T A
Wilhelm Koelling, pai de Elfriede Raunio, construiu a Sede da Missão Aira, nos anos 1920, em uma área da Etiópia, lugar ao qual a Igreja Adventista do Sétimo Dia não havia chegado. As pessoas que ali viviam nunca haviam visto um caucasiano.*
escola, um dormitório e a nossa casa. Todos os telhados eram cobertos de sapé, exceto o da nossa casa, que era coberto por um metal ondulado. Ao longo de um dos lados da Missão, corria um rio largo, cuja água usávamos para beber e para o banho. Ao redor do complexo havia capim-elefante, que crescia até três metros de altura. Muitas vezes, leões e tigres se escondiam ali. Papai ensinou o povo dos vilarejos mais próximos a ler e escrever. Ele tratava suas doenças com medicamentos modernos e pregava sobre o amor de Deus. Haile Selassie, regente da Etiópia e futuro imperador, gostou da sede da Missão porque era auto-suficiente e oferecia tratamento médico. Mas as feiticeiras nos desprezavam, temendo que atrapalhássemos seu trabalho.
O
batuque constante dos tambores enchia o ar da noite. O moinho estava parado havia várias noites, mas, dessa vez, havia algo diferente. Repentinamente, ouviu-se um grito agudo: “Dindele! Dindele! Dindele!” Com um salto, fiquei em pé ao lado da minha cama. – O que é isso? – gritei. – O que aconteceu, Elfriede? – perguntou meu pai, entrando correndo no quarto. – Estou com medo – eu disse, puxando o cobertor para mais perto de mim. Meu pai me olhou e apontou para uma figura de Jesus, em preto e branco, usando a coroa de espinhos. Em todos os lugares em que moramos, esse quadro sempre esteve pendurado acima da cabeceira de minha cama. – Você acredita em Jesus e no seu anjo da guarda, não acredita? – perguntou meu pai. – Sim! – Você acha que o anjo e Jesus deixariam que alguma coisa lhe acontecesse? Meu pai orou comigo e voltei a dormir. Era o ano de 1925 e os gritos noturnos vieram de uma mulher chamada Dindele. Noite após noite, ela saltava nua, para cima e para baixo, numa dança louca, gritando seu próprio nome em frente à nossa casa de tijolos de barro. Ela havia sido enviada pela feiticeira que esperava nos assustar para nos ver fora da pequena Missão.
Pequeno mas Confiante
Foi aí que Dindele apareceu. Minha mãe deu algumas roupas para ela, mas,
Fora das
Chamas
Outra Missão para a Etiópia
Meu pai havia construído a sede da missão adventista cerca de um ano antes, na metade do nosso período de seis anos como missionários vindos da Alemanha. A sede, distante três semanas de viagem, no lombo de um cavalo, de Addis Abeba, era formada por várias casas, um prédio principal, que também servia como igreja e
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Por Elfriede Raunio, como narrado a Andrew McChesney
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Iluminando a escuridão com a história do evangelho
À esquerda, de cima para baixo: OUTROS TEMPOS: O macaco de estimação senta-se no colo de Wilhelm Koelling e brinca com Elfriede, durante uma parada na viagem de três semanas entre a capital da Etiópia, Addis Abeba, e a sede da Missão Aira. A mãe, Elfrede, Paula e Ilse, a irmã mais velha, também foram fotografadas. Abaixo: A família Koelling posa diante do Rio Elbe, Alemanha, antes de viajar para a Etiópia. na noite seguinte, ela voltou nua outra vez. Ela recusava a oferta de ajuda de minha família e voltava para sua vila. Na terceira vez em que ela apareceu gritando seu nome, chamei meus pais novamente. – Elfrede, você sabe o que fazer, não sabe? – disse meu pai. Na próxima vez que Dindele veio, ele não ouviu nem um “pio” de minha parte. Curiosamente, ele entrou no meu quarto e me encontrou ajoelhada, debaixo do cobertor, orando em voz alta. Foi aí que aprendi a depender de Jesus. Eu tinha 5 anos de idade. Inesperadamente, Dindele parou de nos visitar. Os aldeões informaram meu pai que uma das feiticeiras havia feito uma mágica para curá-la. Meu pai disse que a feiticeira havia usado Belzebu para expulsar o demônio, do mesmo modo que os fariseus acusaram, falsamente, a Jesus. Ele disse que as feiticeiras estavam preocupadas em perder o respeito dos aldeões. Elas tinham bons motivos para temer. Observando o poder curativo da medicina moderna, o povo ia em massa à sede da Missão em busca de ajuda. Operador de Milagres
Um dia, chegou uma mãe trazendo uma menininha nos braços, com queimaduras graves. O povo tem o hábito de acender fogo dentro das cabanas e o bebê havia engatinhado até as brasas. “Não sei se poderemos ajudar”, disse minha mãe à mulher, que chorava. Mamãe, porém, enfaixou a cabeça do bebê, que estava cheia de bolhas e começou
Esquerda: DIFICULDADES: Elfriede Koelling descansando numa barraca, com a mãe e a irmã, durante uma viagem de três semanas de Addis Abeba para a Sede da Missão Aira. As outras crianças são da família do missionário Stein, que substituiu os Koellings em Aira, quando retornaram para a Alemanha, respondendo a um chamado para as Antilhas Holandesas. F O T O S :
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McC H E S N E Y
a orar. Ela orou muito ao longo dos dias seguintes. Não tinha muito mais o que fazer. Ninguém esperava que o bebê sobrevivesse, mas sobreviveu. Algumas pessoas surpreenderam meus pais com suas perguntas. Uma senhora, que perdera o braço em acidente na moenda, viajou por três semanas para chegar à sede da Missão e trouxe consigo o braço amputado em um saco. Meu pai teve que explicar que não podia costurá-lo outra vez no lugar. Certa noite, um homem chegou montado numa mula. Era filho de um feiticeiro e precisava de ajuda. Meu pai perguntou quais eram os sintomas e logo diagnosticou a doença como um simples caso de teníase (solitária). Chegou o dia em que o feiticeiro foi curado. Ninguém disse muita coisa sobre a extraordinária recuperação, mas todos sabiam o que tinha acontecido. A notícia de que meu pai podia curar qualquer um, inclusive os feiticeiros, andou rápido. Os aldeões começaram a beijar os pés de meu pai, chamando-o de deus. Meu pai disse-lhes com firmeza que existe um único Deus, e implorou que parassem de beijar seus pés. Lembro-me dele dizendo à minha mãe: “Temos que orar ao Senhor. Temos que fazer alguma coisa para convencê-los de que é o meu Deus que faz essas coisas”. Fogo Continua Brilhando
Pouco tempo depois, meu pai contraiu malária. Era a época do ano em que ele queimava o capim-elefante do outro lado do rio para evitar que animais selvagens chegassem muito perto da água. Enfraquecido pela doença, papai pediu ao fiel amigo, Haile Mariam, para queimar o capim. Haile Mariam seguiu as instruções e logo as chamas amarelo-alaranjadas começaram a subir em direção ao céu. Como os bambus, o capim-elefante tinha nós e fazia muito barulho ao se romper com o calor. De repente, uma fagulha voou para o outro lado do rio e caiu sobre o capim seco. Momentos mais tarde, uma parede de chamas ruidosas rodeou o
terreno da Missão, seguindo em direção dos telhados de sapé das casas e do teff que estava espalhado para secar sobre esteiras, no centro do terreno. Teff é um grão usado para fazer injera – pão etíope, achatado e esponjoso – que era nosso principal suprimento alimentar. Minha mãe tinha acabado de lavar roupas. Por isso, tínhamos um pouco de água à mão, mas estava longe de ser suficiente para apagar as chamas. Os alunos cortaram três arbustos e tentaram controlar o fogo. Ao verem a fumaça subir, as pessoas das vilas próximas correram para o local para logo descobrir que não podiam fazer nada. Não havia saída! Com o fogo ameaçando destruir a Missão, meu pai nos reuniu em um círculo e orou para que a vontade de Deus fosse feita. Abruptamente – com a mesma rapidez com que começou, o fogo desapareceu. Inspecionamos o estrago. O fogo nem tocou o teff. Os prédios estavam exatamente como antes. Após inspeção mais minuciosa, o único vestígio do inferno de fogo foi que a beirada do sapé que cobria as casas ficou levemente chamuscada. Impressionados, os aldeões declararam que um Ser Superior devia ter cuidado de nós. Muitos aprenderam a acreditar em Deus e foram batizados no grande rio. Hoje, a União Missão da Etiópia é composta de 657 igrejas, com 157.679 membros. Aira é parte do Campo da Etiópia Ocidental, no distrito de Guliso. O presidente da Missão, Alemu Haile, diz que o distrito tem 1.023 membros, mais de dez igrejas e uma clínica. *Antes disso, a família Koelling esteve in Addid Alam (veja o Ákaki SDA School, SDA Encyclopedia [1996], v. 10, p. 45).
Elfriede Raunio cresceu na
Etiópia e Indonésia e serviu como missionária com o esposo, Leo Raunio, na África do Sul e Zimbábue, na década de 1970 e começo da década de 80. Atualmente, mora em Cleburne, Texas. Andrew McChesney é seu neto.
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P E R G U N TA S B Í B L I C A S
Por que Tiago afirmou que “uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente” (Tg 2:24)?
PERGUNTA:
C
om freqüência, Tiago 2:14-26 é entendido como uma correção à ênfase dada por Paulo à justificação pela fé somente. Hoje, felizmente, a maioria dos estudiosos, assim como eu, não concorda com essa afirmação. Em primeiro lugar, ao procurar entender o argumento de Tiago, precisamos manter em mente o contexto geral e o objetivo de sua carta. Em segundo lugar, devemos compreender que diferentes escritores bíblicos podem, às vezes, usar a mesma terminologia para sentidos diferentes ou para um propósito específico. Pode depender também do contexto. (Leia Tiago 2:14-26 antes de continuar.) 1. Objetivo principal de Tiago: A mensagem de Tiago é muito simples em sua natureza, abordando os sofrimentos e provações da comunidade dos crentes e a opressão da estratificação social. Seu interesse foca o impacto social da fé cristã. Rejeita tratamento preferencial baseado em posses ou status social (Tg 2:1-7) e condena a exploração social e o abuso dos pobres (Tg 5:1-6). Para Tiago, a fé cristã não pode ser desconectada da sociedade, uma vez que ele afirma sua relevância. Sua mensagem teológica está embutida na preocupação de que a religião deve ser parte da essência da sociedade. Isso significa que tudo o que Tiago diz no capítulo 2:14-26 deve ser relacionado à sua maior ênfase. 2. Fé e obras: A passagem em consideração deve ser lida em seus próprios termos. Devemos determinar como Tiago usa a palavra “fé”. Contextualmente, isso não é difícil. Ele não a usa na forma salvífica tradicional, mas como conhecimento interior e convicção. Em outras palavras, o que depositamos em Cristo, inicialmente, não é fé, mas uma convicção religiosa que não determina a conduta. Isso se torna claro quando ele escreve: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem” (verso 19). Fé é estar persuadido de que nossas convicções estão corretas; os demônios podem ter esse tipo de compreensão. Esse tipo de fé é inútil na vida cristã se ela nos conduz a uma atitude de indiferença em relação às necessidades dos outros (versos 14-16, 20). Tiago argumenta que a fé sem as obras é morta (verso 17).
De fato, alegar que a fé existe na ausência de obras equivale a afirmar que o corpo pode existir independente do espírito. Um não pode existir sem o outro. Fé e obras formam uma unidade indivisível na vida cristã (verso 26); as obras tornam visível a nossa fé (verso 18). São evidências da realidade da fé na vida do crente. 3. Fé e justificação: Sob a influência de Paulo, a justificação geralmente é vista como a absolvição dos pecados de pecadores arrependidos diante do tribunal divino, no início da vida cristã, independente das obras. Tiago não está negando essa crença, mas também não está se referindo a esse assunto em particular. Ele escreve para membros da igreja, pessoas que já haviam sido justificadas pela fé em Cristo. O problema é que a fé que professavam não estava afetando o modo como deveriam viver a vida cristã. Para eles, Tiago diz: “A pessoa é justificada pelo que faz e não apenas pela fé.” O elemento mais importante nesse verso é o verbo Por “justificar”. Uma vez que, no Angel Manuel contexto, a presença da fé é Rodríguez comprovada ou demonstrada pelas obras, o verbo justificar provavelmente significa “mostrar ou demonstrar o que é ser justificado”. O verbo exerce uma função demonstrativa, isto é, o crente mostra/demonstra que foi justificado não apenas por alegar que tem fé, mas especificamente pelo que faz. Essa foi a experiência de Abraão e Raabe, que demonstraram justificação por suas obras (verso 21 e 25). Essas não são as obras da lei pelas quais, segundo Paulo, alguns procuram ser justificados. Tiago está falando sobre o que Paulo chama de “boas obras”. Ambos concordariam que “somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras” (Ef 2:10). A mensagem de Tiago ecoa em Apocalipse 3:15-18 e nos desafia a permitir que nossa fé, pelo poder do Espírito, se expresse numa verdadeira conduta cristã e em profundo interesse pelos pobres e oprimidos. Afinal, “qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?” (Tg 2:14).
que Fépera
O
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Adventist World | Outubro 2008
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.
E S T U D O
B Í B L I C O
Enganos dos Por Mark A. Finley
Últimos Dias
Milhões de pessoas, em todo o mundo, procuram astrólogos, adivinhos e espiritualistas para tentar descobrir o futuro. Os mistérios da vida lhes causam perplexidade. Por isso, procuram respostas. Outras pessoas são dominadas pelo medo de espíritos do mal; sua vida é consumida na tentativa de “agradar” aos espíritos. Deus deseja nos libertar desses enganos. Ele é o grande libertador. Nosso Pai celestial espera que Seus filhos vivam felizes, em paz e com alegria. A lição deste mês mostra como nos libertar da influência controladora dos espíritos maus em nossa vida.
1. Que promessa Jesus deu a Seus seguidores? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). A
vos
.
Satanás quer nos manter escravos da escuridão, dos enganos e superstições. Mas a verdade de Jesus nos liberta do medo do desconhecido.
2. Como Deus Se distingue dos deuses pagãos das nações que circundavam Israel? Leia o texto abaixo e preencha os espaços em branco. “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que Eu sou Deus, e não há outro, Eu sou Deus, e não há outro semelhante a Mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam” (Is 46:9, 10). Deus disse: “Eu sou Deus, ... anuncio o que há de
desde a antiguidade.”
Somente Deus sabe o futuro. Qualquer pessoa que alega prever o futuro é um impostor.
3. Qual é a verdadeira fonte de sabedoria e como podemos descobri-la? Leia o texto abaixo e circule as palavras que respondam adequadamente à pergunta. “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg 1:5).
Os astrólogos, adivinhos e espiritualistas estão cheios da falsidade deste mundo, não da verdade que vem do Alto. Outubro 2008 | Adventist World
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4. Deus condena as falsas fontes de sabedoria. Leia o texto abaixo e circule cada falsa fonte de sabedoria.
“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos” (Dt 18:10, 11).
5. De que maneira Deus chamou esses profetas? Leia o texto abaixo e preencha o espaço em branco.
“Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti” (Dt 18:12). A Bíblia diz: “Todo aquele que faz essas coisas é
ao Senhor.”
6. Qual será o destino final desses astrólogos, espiritualistas e adivinhos enganadores? Leia o texto abaixo e preencha o espaço em branco.
“Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo, para que diante dele se assentem” (Is 47:14). “O fogo os
.”
7. Em vez de buscar sabedoria e força no oculto, onde Deus nos encoraja a buscar a verdadeira sabedoria?
“Olhai para Mim e sede salvos; vós, todos os limites da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro” (Is 45:22).
8. Temos a promessa de que, em Cristo, podemos vencer os poderes do mal. Segundo o texto abaixo, qual é a fonte de nosso poder? Preencha os espaços em branco.
“Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4:4).
A Bíblia diz: “Aquele que está em
é maior do que aquele que está no
.”
Embora nossa batalha seja contra os principados e potestades, contra os agentes das trevas e os poderes da abominação espiritual, Jesus é maior e mais poderoso que todos os poderes do inferno (Ef 6:12; Mt 16:18). Em Jesus, estamos seguros contra as forças do mal. Ele “é nosso refúgio e fortaleza” (Sl 46:1). Não precisamos temer. Ele veio para nos dar paz (Jo 14:27). Ao abrir nosso coração a Ele, submetendo nossa vida a Ele, seremos libertos da escravidão do medo e da superstição.
O estudo do próximo mês,
Esperança Além da Cruz, examinará as evidências bíblicas sobre o que acontece após a morte.
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Adventist World | Outubro 2008
Intercâmbio Mundial C A R TA S
Deus Usou um Homem
Com certeza, foi a poderosa e imutável mão de Deus que me levou a ler o artigo sobre Goodloe Bell, tão destacado educador do sistema adventista de educação (veja “Deus Usou um Homem”, por Allan G. Lindsay, Adventist World de agosto de 2008). Como jovem educadora adventista, fiquei impressionada pelos traços marcantes e barba fluida que encontrei no meu escritório, no primeiro dia de aula, em agosto de 2003. Não sabia o que fazer com o enorme quadro contendo a fotografia de Bell. Sugeriram que o “jogasse fora”. Como a moldura combinava muito bem com os móveis e a face autoritária dava “presença” ao meu escritório, resolvi mantê-lo e colocá-lo num lugar bem visível na sala. Cada aluno, colega ou visitante perguntava quem era o senhor do “quadro”, mas ninguém sabia. Hoje, estou feliz por tê-lo mantido. O nome Goodloe Bell ganhou vida e reconhecimento. Obrigada pelo artigo!
Charlene Sharpe, professora da Universidade Caribenha do Norte Mandeville, Jamaica
Orgulho das Mulheres no Ministério
Houve um tempo em que se acreditava que a mulher devia ser vista, mas não ouvida na Associação Este da Nigéria; mas, graças ao pastor I. M. Alala, vindo do distrito de Uhum, foi quebrado o período de vários anos de silêncio das mulheres. Os membros do sexo feminino agora não são apenas vistas, mas são “co-pregadoras” e contribuem nas atividades do cotidiano da igreja. À luz dos artigos e cartas sobre o assunto, publicados este ano na Adventist World, gostaria de dizer-lhes o seguinte: As mulheres (em nossa região) conduziram campanhas evangelísticas ao ar livre e ganharam almas para Cristo, muitas das quais já foram batizadas e são cristãos comprometidos, hoje. Muito agradecemos à liderança de nossa igreja por enviar nosso pastor e sua esposa, que é professora, Joy Njoku e Gift Njoku, líder e secretária do Ministério da Mulher Adventista, respectivamente, e Bola Nwaejike, líder da Associação. Essas mulheres têm conseguido muitas conquistas no distrito quanto ao crescimento dos membros, e a unidade tem sido a ordem do dia. Eu não era membro da igreja até o começo de junho de 2006, quando me casei com Sample Ajah Onyenmuru de Mbutu Umuezeoche. Hoje, orgulho-
me de ser membro batizada da igreja e professora de uma classe da Escola Sabatina e do trabalho realizado pela igreja por meio de homens e mulheres.
Chioma Sample Ajah Nigéria Questão do Estilo de Vida
Tenho notado que muito pouco ou nada tem sido escrito nas revistas adventistas sobre o estilo de vida cristão, de ser a luz do mundo e um povo peculiar. O povo necessita de orientação espiritual para viver piedosamente. Não caia na armadilha do pensamento de que qualquer estilo de vida está bom, contanto que se creia em Deus. Lembra-se de Caim e Abel? Os dois estavam adorando a Deus, mas um estava equivocado em seu modo de adorar.
Louis Lawrence Jamaica
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Intercâmbio Mundial C A R TA S Gratidão
Muito obrigada por me enviar a Adventist World. Até agora recebi dois exemplares e quero que saibam quanto sua revista me ajudou efetivamente. Fiquei muito feliz quando recebi o exemplar de julho de 2008 cujo artigo de capa é “Um Daniel na Rússia”. Esse artigo era algo de que eu necessitava muito. Ele descreve como Davi Kulakov orou para que Deus controlasse seus pensamentos. Ele sabia que isso seria psicologicamente impossível para sua
mente indisciplinada e não religiosa. Resolveu copiar a Bíblia à mão. Decidi, então, que faria isso também. Comecei a copiar a Bíblia em um caderno grande. Essa é minha atividade todas as manhãs e descobri que isso realmente transforma os pensamentos. Estou tão feliz pelo que Deus está fazendo por mim!
Virginia L. Enanoria Califórnia, Estados Unidos O artigo de David Marshall “O Maior Milagre”, julho 2008, trouxe-me novas
idéias. Obrigada! E o próximo artigo sobre os missionários, “se eles ainda existem” – é o que digo ao Senhor em minhas orações a cada manhã.
Emily Gittins Pensilvânia, Estados Unidos Cartas para o Editor – Envie para: letters@adventistworld.org As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
O LUGAR DE ORAÇÃO Nosso pequeno grupo tem planos de construir uma nova igreja em terreno já adquirido. Por favor, ore pelos recursos, para que o projeto vá em frente.
Arturo, Venezuela Não sou adventista, mas aprecio muito as lições que meus colegas de trabalho, que são adventistas, me oferecem. Gostaria de pedir oração pelo meu filho.
Jocy, Filipinas Sou pastor e tenho um orfanato. Por isso, necessito de suas orações. Sinto que cuidar dos órfãos e das viúvas é minha missão. Quero obedecer à vontade de Deus. Por favor, ore pelos cinco pontos em que ministramos estudos bíblicos.
Por favor, ore para que minha filha consiga permissão para estudar no Canadá. Ela precisa de alguns requisitos que, no momento, parecem impossíveis.
Melta, Irlanda Peço oração para encontrar um trabalho e assim ajudar meu esposo, meus pais e para adquirir nossa casa própria. Ore por nossa situação financeira e para que tenhamos saúde e fé.
Cynthia, Estados Unidos Por favor, ore para que consigamos igrejas para os três novos grupos que fundamos no ano passado. Todos eles ainda realizam os cultos sabáticos ao ar livre.
Bulamba, Congo
Danthapu, Índia Estou terminando o bacharelado em um seminário adventista. Sei que Deus opera maravilhas. Ore para que eu não desanime e que consiga um emprego. Tenho grande desejo de trabalhar ao lado de Deus.
Panuel, Bangladesh
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Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.
R Á D I O
M U N D I A L
A D V E N T I S TA
INTERCÂMBIO DE IDÉIAS
Fim doTúnel No
Aluno da Rádio Mundial Adventista dá seu depoimento pessoal Um dos aspectos singulares do ministério da AWR (Rádio Mundial Adventista) é que os programas veiculados pelo rádio são produzidos por oradores nativos de cada país ou região. Esses produtores estão intimamente familiarizados com a cultura de seus ouvintes e com os desafios que enfrentam no dia-a-dia. Essa conexão é evidente durante os treinamentos dirigidos pelo diretor mundial da AWR, Ray Allen. Ele ensina aos novatos da rádio a criar programas com conteúdo relevante e profissional, com mensagens que demonstrem aos ouvintes essa familiaridade. Durante o treinamento ocorrido em Burundi, no ano passado, um dos alunos, Rizinde Lazare, escreveu o seguinte depoimento: “Em 1994, eu estava na região norte de Bujumbura, próximo ao Lago Tanganyika. Eu morava numa área que havia sido destruída pela guerra. Muitas casas, ao nosso redor, estavam vazias. Não havia gente nem animais domésticos – nada. “Um dia, meu pai foi visitar minha mãe e minha irmã, que moravam em outro lugar. Eu estava dormindo na minha cama, quando ouvi uma voz forte me chamando. Abri a porta, mas fiquei com medo. “Era um ataque de bandidos, um dos quais era nosso vizinho. Seu objetivo era recolher todos os itens de valor em nossa casa, inclusive dinheiro. Se não conseguissem encontrar dinheiro, ninguém na casa sobreviveria... “Não havia mais ninguém em casa. Você pode imaginar o que me aconteceu, um rapaz pequeno com apenas meu irmão comigo. Os bandidos estavam armados com revólveres, facas, espadas e até pedaços de pau. Com galhos e grama em seus cintos, pareciam homens-arbustos. “O líder da operação me perguntou onde meu pai estava. Eu disse: ‘Por favor, não me batam! Meu pai viajou para visitar minha mãe e minha irmã, que vivem mais ao norte, há muito tempo.’ Ele disse que eu estava mentindo e ordenou aos seus soldados me batessem até sangrar. Por um momento, pensei estar morto, mas finalmente concluí que os mortos não pensam e eu estava pensando. “Naquele momento, eu estava muito longe de Deus, porque vivia questionando onde estava o Deus de amor sobre quem fui ensinado desde que nasci. Mas Deus pode nos alcançar, mesmo em momentos de desespero. No momento em que já não há esperança, lá está o Senhor para nos ajudar. “Digo isso porque um dos bandidos decidiu parar a agressão e deixar-me vivo. O poder do Senhor disse a ele para me proteger da morte... Ele estava servindo a Deus sem que soubesse, pois salvou minha vida quando eu estava no fim do túnel. “Quero lhe pedir que confie em nosso Deus. Tenha certeza de que mesmo quando estiver caindo em um túnel profundo, o Senhor o ajudará no momento certo. Ele o conhece mais do que imagina e está pronto para ajudá-lo de uma forma ou de outra.”
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Robert E. Kyte, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson; Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coréia Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor Online Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson Consultores Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Laurie J. Evans, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts, Bertil A. Wiklander Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos. Vol. 4, No. 10
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Q U E
L U G A R
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E S S E ?
O Lugar Das
AS fazer amigos, por isso, sentei-me ao lado de um garoto coreano (cerca de 10 anos de idade) e perguntei se sabia falar inglês, pois eu queria conversar. Ele respondeu em inglês: “Não, não sei falar inglês.”
P O T T S
V I D A A D V E N T I S TA Era sábado e nossa igreja comemorava o quarto aniversário do grupo vocal “Seawaves Harmonic Chorale”. Havia vários membros coreanos vindos da escola Nanuri, em Cagayan de Oro City, os quais tocavam na orquestra. Gosto de
—Harlen Sande, Mindanau, Filipinas
C A I T L I N
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FRASE DO MÊS
“Somos um povo que respeita as leis; cidadãos obedientes em qualquer país. Mas a obediência a Deus tem prioridade. Quando os valores dos dois mundos colidem, é importante não perdermos de vista essa convicção”. – Pastor Jan Paulsen, durante seu sermão no dia 13 de outubro de 2007, no Concílio Anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
CONHEÇA SEU VIZINHO “Amo fazer parte do grande plano de Deus”, diz Candy Zook sobre seu trabalho voluntário na sede da Divisão Sul Asiática, na Índia, onde é diretora do Ministério da Criança. “A cada dia, vemos montanhas se moverem”, exclama Zook. “Vemos de tudo: desde crianças que rece-
bem bolsas de estudos, a escolas e albergues sendo erigidas.” Nascida em Nebraska, Estados Unidos, Zook foi chamada pela primeira vez para realizar uma campanha evangelística de três semanas na Índia, poucos meses depois da morte de seu esposo, em maio de 2005. Após essa experiência na Índia, diz Zook: “Com muita luta, percebi que Deus estava me chamando de volta para a Índia.” Depois de dois anos como
voluntária, Zook não se arrepende, nem um pouco, de sua decisão. Ao contrário, ela incentiva todos a fazerem parte do plano de Deus na Índia. “O serviço voluntário é importante e é algo que todos podem fazer. Por favor, pense nas crianças da Índia e saiba que sempre há alguma coisa que você pode fazer.” Para ler outras histórias sobre o trabalho Voluntário Adventista no mundo ou saber como participar, acesse www.adventistvolunteers.org
RESPOSTA: Em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos, uma menina na Escola Cristã de Férias da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Spencerville, em julho de 2008, trabalha em seu projeto de pintura em vidro, na aula de artes.
serviçio voluntário adventista