Her Ideal nº 16 Agosto 2013

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Ă?ndice


directora

Longo mês de Julho que já me estavas a deixar cheia de saudades de Agosto. Não via a hora de poder entrar num dos meus meses preferidos do ano. E não é por ser Verão. O facto de comemorar o meu aniversário é mais forte. Sim, eu não sou igual à maioria das mulheres. Eu gosto de comemorar o meu aniversário. Gosto de sentir os anos passarem, poder olhar para trás, fazer um balanço e, acima de tudo, celebrar todas as conquistas alcançadas, pessoal e profissionalmente. Muitos podiam não acreditar no sucesso deste projecto que é a Her Ideal, mas mais uma vez afirmo que não só veio para ficar, como, a cada mês que passa se juntam mais parceiros à nossa já vasta equipa. Aos novos, dou as boas-vindas e votos de muitos sucessos juntos. Aos que já nos acompanham há mais tempo, desde a primeira edição, por exemplo, brindo e agradeço com muito respeito todo o apoio e dedicação. Sem vocês não seria possível. Estou muito orgulhosa de poder fazer parte de uma equipa assim. O texto já vai longo e até parece o discurso de agradecimento de um qualquer prémio, mas eu louvo e pratico a humildade e sem reconhecermos o valor de todos os outros, nunca saberemos o que é trabalhar em equipa. Boa leitura!

Inês Pereira


EDITORIAL DE MODA EXCLUSIVO PARA A her ideal DO FOTÓGRAFO JOÃO JESUS


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pamela anderson por inês pereira (TEXTO e fotografias)

Na década de 90 ficou conhecida como a mais bela nadadora-salvadora da TV. Pamela Anderson deu vida à personagem C. J. Parker entre 1992 e 1998, na série Baywatch (Marés Vivas). Os fãs portugueses tiveram de esperar até 26 de Julho de 2013 para ver a actriz, modelo e sex symbol ao vivo.

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legantemente vestida e sempre com um sorriso rasgado foi o centro das atenções durante uma noite de festa e celebração. Tanto os frequentadores anónimos, como várias figuras públicas, renderam-se aos encantos de Pamela. Aos jornalistas foi respondendo com simpatia e dizendo que não conseguiu resistir ao convite de Lorenzo Carvalho. Jovem multimilionário, filho de mãe brasileira e pai português, conhecido pelas mega-festas que organiza e também pelas corridas em que participa ao volante de um Ferrari, fez de Pamela Anderson a convidada de honra do seu 22º aniversário, comemorado em Vilamoura, no Algarve. Uma noite repleta de excentricidade. Não faltou uma banheira cheia de gelo onde foram colocadas várias garrafas de champagne Cristal. Também houve espaço para diversas actuações, ao som do Dj Diego Miranda.

Pamela Anderson foi descoberta aos 20 anos, em 1987, durante um jogo de futebol no Canadá vem amigo, Pamela Anderson referiu que ia aproveitar a visita para conhecer as praias do sul de Portugal. No entanto, a estadia em solo luso não foi demorada. Esta poderá ter sido a primeira de muitas viagens a terras lusas.

Pamela Anderson e Lorenzo, apesar da grande diferença de idades, conheceram-se através de amigos em comum e a ex-playmate não pensou duas vezes e resolveu viajar até Portugal, quando foi convidada. Chegou mesmo a referir que “é impossivel resisitir ao convite de um piloto de corridas automóveis. Todas as mulheres gostam de corridas”. A festa teve duas partes. A primeira, um jantar com cerca de 60 pessoas, no restaurant Blounge-Vilamoura, na segunda aniversariante e convidada de honra dançaram e brindaram com muito champagne, na discoteca de Verão Bliss, também em Vilamoura. Para além de querer participar e partilhar o dia especial com o jo-

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Pamela Anderson foi descoberta aos 20 anos, em 1987, durante um jogo de futebol no Canadá, quando uma das câmaras no estádio filmava o public e o realizador lhe fez um grande plano. Foi contratada por uma empresa de lingerie para posar para os catálogos. Logo depois surgiu o convite para posar para a revista masculine Playboy. É mãe de dois filhos, já aodlescentes, fruto do atribulado casamento com Tommy Lee. Em 2008 Pamela Anderson causou alguma polémica ao ficar nua e fazer um stip-tease durante o aniversário de 82 anos de Hug Hefner, dono da Playboy, alias já posou nua 12 vezes para a revista. Pamela Anderson é vegetariaana e uma activa defensora dos direitos dos animais. É membro da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), associação que a distinguiu como personalidade do ano em 2010. Para além das causas que defende participou recentemente em alguns reality shows, como Big Brother UK e Dancing With de Stars.


opinião

UMA QUESTÃO DE PERSPECTIVA Peripécias de uma família pouco convencional CRÓNICA de ANDREIA RODRIGUES

Sempre que se discutem temas polémicos como política, futebol, beleza, religião e tantos outros, surgem em cima da mesa diferentes perspectivas e opiniões. Mesmo quando estamos entre um grupo de amigos chegados ou familiares com quem partilhamos ideais, sempre que um desses temas vem à baila, levanta-se a discórdia. Ou porque um dirigente de um partido é melhor do que o de outro; ou porque o penalti não existiu; ou porque fulana é demasiado magra; ou o Papa não deveria de ter proferido aquele discurso… É inevitável. Cá por casa, as perspectivas também divergem, embora digam respeito a fait-divers. Há bem pouco tempo estivemos de ‘férias’ forçadas pela operação que o Gonçalo fez às adenóides. Apesar de limitados, ainda conseguimos dar alguns passeios. Numa das viagens de carro, pergunta o Gonçalo: - “Mãe quando é que vamos de férias?” - “Vamos depois do verão.” – respondo com a frase típica de quem reside e trabalha na região algarvia. E acrescento: - “Mas filho, temos estado de férias. Embora não tenhamos saído da nossa casa, não fomos trabalhar nem para a escola, por isso podemos dizer que estamos de férias.”

ASSESSORA DE IMPRENSA

- “De férias?” – questiona, indignado, retorquindo de imediato: “Isto são folgas, não são férias!”

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uma solução provada pela medicina, já que no momento em que a pessoa se assusta liberta adrenalina, substância que restabelece o azem-se segundos de silêncio. Tento raciocinar o mais depres- funcionamento normal do nervo frénico, interrompendo o problesa que consigo. Em vão. Realmente o conceito de férias subenten- ma; outros defendem que a técnica não passa de um mito e mande diversão, passeios, refeições fora de casa, o fim das sestas e o têm a postura de verdadeiros cépticos. prolongamento da hora de ir para a cama. Então, talvez estejamos de folga. Sem resposta, tento argumentar: Já ensonada, decido recorrer ao sexto sentido de mãe e Booo! Prego-lhe um mini susto. Assarapantado, abre os olhos e excla- “Talvez tenhas razão filhote. Mas estar de férias, não ma: significa que tenhamos que sair da nossa casa. Podemos simplesmente estar em casa e fazer o que - “Mãe, assustaste-me!” (como quem quer dizer: nos apetece sem ter que cumprir horários ou Estás a passar-te? É suposto protegeres-me e de obrigações.” repente assustas-me?) Aflita, dou um compas- “Pois, mas não fomos à piscina nem à praia so de espera para me certificar do resultado e nem ao parque…” exclamo: Já sem argumentos, rendo-me às evidências. E penso: se uma criança com 3 anos consegue ter esta clareza de ideias, porque razão é que os adultos não conseguem chegar a um consenso? Cai a noite e com ela vem a hora do óó. Depois do xixi, lavagem dos dentes e história, vem a música do pinheirinho (sim, essa mesmo, a canção de Natal com que o Gonçalo engraçou e que me “obriga” a cantar em modo repeat todas as noites antes de adormecer). Em resposta a uma piada, o pequenote enche-se de soluços. A lutar contra o sono e contra os soluços, hesito em pregar-lhe um susto. Será que resulta? – questiono-me.

- “Os soluços passaram!” O Gonçalo, incrédulo, engole em seco, uma e outra vez e concorda: - “Pois passaram mamã, mas como?” - Com o susto - respondo orgulhosa! – “É um truque filho, como fazem os mágicos. Para fazermos os soluços pararem temos que pregar um susto.”

E maravilhados com o resultado desta experiência, adormecemos agarrados. Minutos antes de passar para o mundo da fantasia, penJá ouvi tantos testemunhos e pontos de vista. Uns alegam que é so: realmente, tudo não passa de uma questão de perspectiva!



O Belly Dancer

Fotografias cedidas por Youssef Batanero

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por inês pereira (texto)

Olhos verdes que transmitem profundidade e muita sensualidade. A música começa e com ela movimentos que deixam o público, feminino, em silêncio. Youssef Batanero é natural de Huelva e descobriu a dança ainda muito jovem.

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m 1999, por casualidade, a Dança do Ventre encontrou-o. Estava na universidade quando umas amigas lhe começaram a ensinar os passos. Daí até à viagem até ao Egipto para se especializar foi um instante. Neste momento tem a sua própria escola de dança e é dos poucos homens, fora do Egipto a praticar Dança do Ventre. De acordo com Youssef esta é uma dança étnica do médio oriente. Tornou-se conhecida por causo dos vários casinos no Cairo. O público ocidental começou a querer ver estes espectáculos e assim se tornou mais comercial. Na originalidade nesta dança não se tirava tanta roupa, “mas por causa da vertente turística, os bailarinos acabaram por mostrar mais o corpo”, refere o bailarino. “O candelabro, por exemplo, começou no final do século XIX, uma bailarina viu uma concorrente a dançar com uma bandeja com copos de água e ela resolveu usar o candelabro” conta Youssef. Já a Espada foi uma adaptação americana. Youssef faz um espectáculo muito completo. Apresenta-se com uma espada, com o candelabro na cabeça, com véu e termina com fogo. O público fica rendido aos seus movimentos que, diz, precisam de muitos anos de prática. Por se tratar de um homem o público feminino fica mais entusiasmado para ver a Dança do Ventre e no meio profissional, as “mulheres aceitam bem os homens não há rivalidade” assegura. Como vive em Huelva, conhece muito bem o sul de Portugal, onde

“Na Salsa, por exemplo, só temos de aprender coreografias, mas com a Dança do Ventre, é preciso treinar os músculos, não se aprende apenas num ano” já passou muitas férias com a família. Agora começa a ter mais oportunidades de mostrar no nosso país os seus movimentos. No mês de Julho, Faro rendeu-se, numa das noites do evento Arabian Days, onde Youssef Batanero dançou num palco de sal.



BY PURE IMAGE

EDITORIAL DE MODA

Fotografia: Jo達o Jesus Modelos: Joana Rodrigues | Nuno Pereira Makeup: Sara Castro Styling: Emily Frost Design: Alexandre Jorge Agradecimentos: Rodrigo Cabral

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L’OREAL | OUROFLUIDO | VOILÁ | WELLA | PURAH Rua Pinto Barreiros nº 54 R/C Carregado Contacto: (+351) 91 870 43 12 Horário de funcionamento: Seg. a Sex. das 9h às 19:30h


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ajude-se a si própria

Concentre a sua atenção no que Quer POR Ivo Dias de Sousa (TEXTO)

Suponha que está numa esplanada. Chama o empregado e diz-lhe: “Não quero uma água”. O empregado, provavelmente, vai ficar a olhar para si com cara de “parvo”. Se o empregado não lhe disser das “boas”, deve acabar por ir embora sem fazer nada. Isto, sem sequer lhe dizer o que quer consumir. ILUSTRAÇÕES herideal

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uponha que lhe tinha dito, inicialmente: “Um café, por favor”. Quase de certeza, o empregado vai busca-lo para si. Assim, pode tomar, tranquilamente, o café enquanto, por exemplo, aprecia um pôr-do-sol e conversa com as suas amigas. Claro que, por vezes, temos de dizer não a situações, lugares e a pessoas. Por exemplo, a uma má relação ou a uma comida a que somos alérgicos. Pode ser raro nas nossas vidas, mas tarde ou cedo temos de dizer não a algo importante. Todavia, nós (e os nossos cérebros) funcionamos melhor quando concentramos a nossa atenção no que queremos. Porque é melhor concentrar a nossa atenção no que queremos em vez do que não queremos? Tem, pelo menos, duas vantagens. Se soubermos para onde queremos ir, é mais fácil agir. Apenas tem de decidir o que fazer e fazê-lo. Se não souber para onde quer ir, provavelmente, vai ficar demasiado tempo a pensar para onde deseja ir.

Se soubermos para onde queremos ir, é mais fácil agir.

Mais ou menos, como o empregado de mesas a quem foi dito, por um cliente, não um café. Durante todo esse tempo vai ficar, simplesmente, paralisada sem fazer nada – um tempo desperdiçado que poderia ser melhor utilizado. Concentrar a atenção no que quer, tem outra vantagem – indica mais facilmente o caminho para onde quer realmente ir. Se só quiser afastar-se de algo e agir, existem mais possibilidades de se dirigir a um “lugar” igual ou pior do que o anterior. Se não sabe para onde quer ir, também não interessa muito para onde vai. Sugiro que vá buscar uma folha em branco e um lápis para fazer um exercício. Eu espero.

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Suponho que já tem a folha e o lápis. Faça uma lista do que não quer na sua vida – pequeno ou grande. Por exemplo, um comportamento do seu namorado ou marido ou o seu emprego actual. Depois, à frente do que não quer, coloque o que quer em substituição. Por exemplo, se não gosta de um comportamento do seu namorado ou marido, escreva como ele se deveria comportar; se não gosta do seu actual emprego qual seria a situação ideal? Outro emprego, trabalhar por conta própria? Etc. A seguir, em frente ao que quer, faça uma lista de possíveis acções (por mais estapafúrdias que lhe pareçam) para chegar mais próximo do que quer. Escolha fazer já as medidas que lhe pareçam mais adequadas. Pensar é bom, mas se agir é mais fácil as coisas mudarem. Ajude os outros, mas comece por si.

Ivo Dias de Sousa é professor na área de gestão da Universidade Aberta (onde se doutorou em Gestão de Informação). É também licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE e mestre em Estatística e Gestão de Informação pelo ISEGI (Universidade Nova de Lisboa). Antigo colaborador do Diário Económico e da revista Fortunas & Negócios, é autor de diversos livros .


MUST HAVE

MODA POR ALEXANDRA BRITO

Vestido Mango 17,99 € Fio Accessorize 39,90 € Colete Zara 29,95 € Sandálias Tommy Hilfiger 45,00 € Relógio Tommy Hilfiger 149,00 € Mala Accessorize 34,90 €

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TENDÊNCIAS Praia

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Look hippie chic

Denny Rose (preço sob consulta)

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Look praia

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Look festival

Fornarina (preço sob consulta)

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hopes & dreams EDITORIAL DE MODA

Fotografia: João Jesus Modelos: Carolina Aguiar | Dan Gheorghita Nadia Mendes | Christina Simões Stylist: Emily Frost Makeup: Mário Monteiro Cabelos: Emily Monteiro Agradecimentos: PRIMARK Jardim de Santos Hostel

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opinião

A vida em saldos CRÓNICA de ANA AMORIM DIAS

Trinta. Cinquenta. Setenta por cento de desconto. E, como se de um gigante aspirador humano se tratasse, somos sugados para dentro das lojas. Apelativas. Cheirosas. Viciantes. Entramos num mundo novo que nos faz sentir bem e nos convence de excelentes oportunidades. Já lá não ia há muito tempo mas ontem entrei em várias lojas. Circulei, olhei, toquei. E decidi fazer uma pequena lista antes de me permitir comprar algo. Posso? Quero? Gosto? Usarei? Preciso?

ESCRITORA anaamorimdias.blogspot.pt

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ecidi só comprar algo se cada questão tivesse por resposta um “sim”. Após andar quase uma hora alheada da realidade, entre roupas e sapatos, vim-me embora com a consciência de ter feito uma excelente aquisição: juízo por zero cêntimos! Se tivesse retirado da minha lista o “preciso” talvez não fosse bem assim, mas fiquei satisfeita na mesma. Satisfeita e a pensar que a vida não tem época de saldos. Há incontáveis experiências que nem sequer se pagam (com dinheiro, pelo menos) e que, se estivermos atentos, podemos aproveitar. Com as vivências mudo a lista: Posso? Quero? Crescerei? Há muitas coisas que “decidimos” não poder, mas estamos

redondamente enganados. Mentimos a nós mesmos dizendo “não posso” como quem conta a mais esfarrapada mentira. Nos “saldos” das vivências querer é mesmo poder. E quando queremos é porque a alma chama: porque sabe que, mesmo que a coisa dê para o torno, sairá enriquecida. De todas as perguntas, a mais importante é “crescerei?”. Sempre que percebermos que algo nos vai construir um pouco mais devemos “fechar tal negócio”. Dois exemplos muito simples: uma rápida fuga para um mergulho de mar a meio de um dia de trabalho. Se pudermos e quisermos, isso far-nos-á crescer... em boa energia, pelo menos. E um copo com os amigos? Pode dizer-se que não? Claro. Mas estamos a perder uma das melhores oportunidades de nos sentir parte de algo, de rir e rejuvenescer as células, de aliviar o stress e partilhar bons momentos. Pode ser só meia hora, mas um copo (ou café) com amigos fará para sempre parte dos saldos da vida: daqueles que podemos, queremos e nos fazem crescer em alegria interior. Nunca pensei conseguir dizer isto sem que parecesse fútil, mas a verdade é que há mesmo saldos absolutamente imperdíveis! Publicidade


Fotografias cedidas por Maya

maya ESTILO

ENTREVISTA de inês pereira

Conhecida taróloga e apresentadora de TV Maya é uma fonte de boa disposição e elegância. Fomos saber como é o seu Estilo.

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ual a peça de roupa que não pode faltar no roupeiro? Vestidos curtos ou compridos. Qual é o tipo de acessório que a faz perder a cabeça? Sapatos e botas. Quanto tempo perde a escolher a toilette? Depende do dia, nem sempre é fácil. Em média 5 minutos. Qual a cor preferida? Violeta e branco. Saltos altos ou rasos? Altos, sempre. Calças ou saia? Ambas, dependendo da ocasião. Como e onde faz as suas compras? Roupa na Loggia (Maia, Porto). Sapatos em todos os locais, basta ver um par que goste. Jóias na Swaroski

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Hoje em dia há cada vez mais adeptas do shoping online, no seu caso qual é a sua preferência? Não utilizo o shopping online. O meu filho Vasco sim, porque compra algumas marcas só disponíveis online. Maquilhagem todos os dias ou só quando é mesmo obrigatório? Todos os dias. Acho fundamental a maquilhagem básica (base, anti-cerne, máscara e gloss). Há um estilo definido? Ou veste conforme se sente mais confortável? O meu estilo é clássico up to date. É influenciada pela moda, pelas tendências? Claro, a moda é fundamental para estar adequada a cada situação e função. Conselhos para as nossas leitoras na altura da escolha... Sigam o coração, só estamos bem vestidas quando amamos o que vestimos.


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Ética e crise. Combinam? Por laura ravéra (texto)

Muito para além de uma mera e convencional conduta moral, a ética é o que nos torna fiéis a nós próprios. É a condição e a prova mais eloquente de ser-se pensante. Sem lealdade, princípios, valores, e condutas criadas por nós que nos regrem a existência ora singular, ora plural, somos abutres, “manjantes” “vivantes” e “copiantes” do que nos rodeia. Não passamos de transeuntes incompreendidos e incompreensíveis. ILUSTRAÇÕES herideal

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as, então, de que serve a “ética” - termo mais poético quando descrito do que quando praticado - perante épocas duras, frias e distantes, por vezes, mais destrutivas do que uma guerra? Será atrevimento, talvez, aferir que a ética se tornou inversamente proporcional aos tempos da luta económica que corre ávida e desenfreada. Aquela que assume a forma de urso esfomeado, de face aparentemente inofensiva e de instinto ambicioso, bruto e cego quando desafiado. Aquela que ignora as pessoas em prol dos números, que seguem numerosos e crescentes e desertificam espíritos, chamando, a riso, de ingénuos àqueles que se regem pelas suas regras, num ímpeto deontológico e incorruptível. Os mesmos cuja consciência se sobrepõe, sem condições, à força da desumanização.

Somos sociáveis por natureza. A socialidade requer sempre confiança. da ética com que se vive. Muito contrariamente, a segunda é o alicerce base da primeira. Assim como é a mente que segura o corpo, e nunca o contrário.

Ser-se ético, ou decidir-se moralmente correcto é, portanto, remar de forma oposta à maré que tende a subir e tarda a descer. É querer a mudança e acicatar mentes cujos sonhos se tornaram difusos e borrados, no pensamento daqueles que já nada têm a perder. Adoptar esta conduta moral, íntegra e desinteressada, é puxar ao de cima, o altruísmo perdido, a humanidade, agora dissimulada em “economidade”, cínica e impessoal. É pensar, é provocar a comichão mental. A mesma “economidade” que transformou palavras sinceras em linhas obtusas, burocraticamente inacessíveis, vergonhosamente restritas. Leia-se, a mesma que fez dos contratos verbais inúteis, em benefício do extenso palavreado informal, impessoal, infernal. Somos sociáveis por natureza. A socialidade requer sempre confiança. A trilogia “homem, confiança, sociedade” é indissociável, uma simbiose humana e vital. Mas a confiança não é consequência

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Ainda assim, existem formas de criar possível, e mais, credível a prática constante do ético numa sociedade hierarquizada. Assim como ao nível familiar, os exemplos tendem a vir de cima. Diz-se metaforicamente que os filhos respiram o que os pais transpiram, e que grande parte do que somos, é educacional, sendo que a genética se cinge quase somente à fisionomia e necessidades básicas e biológicas. Pensemos então à escala de um país, cujos “pais” são os nossos líderes. Ponham-se os partidos de lado e olhe-se para as pessoas. Por que não, em vez de se elegerem governantes que se provaram grandes gestores de empresas - onde as pessoas pouco importaram, já que eles foram a principal alavanca do dinheiro – escolher aqueles que, muito para além de bons gestores, se mostraram cientes do “valor pessoas”? Por que não escolher aqueles que apoiaram por gosto e vocação, seres que alguma vez precisaram de ajuda? Voluntariado, queira-se chamar. Afinal, o que governa um líder? Um país, uma nação de pessoas, de mentes, de opiniões, de diferenças, mas iguais. Porque governar eticamente é ter-se o condão da bondade e do altruísmo, que em tempos de crise é esquecido e ultrapassado pela filosofia de “cada um por si”. E porque discernir moralmente é o espelho do que queremos receber do outro. A evolução da ética, tendente à escassez, tem vindo a assumir-se como fulcro esquecido. Tomando-se exemplos de casos quotidianos que minam de insensibilidade os noticiários principais, torna-se claro um afastamento cruel dos antigos “comportamentos-base” camuflados na desculpa da crise. Leia-se, pais de filhos “esquecidos” nos hospitais durante as épocas festivas, para que os mais novos não tenham de levar a cargo mais aquele ser que já não ajuda, só complica. Aquele que nos pôs cá, e que para isso serviu. E aquele que, agora, leva com a desculpa horrífica da falta de dinheiro, a falta de espaço e tempo. Uma forma mais cobarde de admitir a falta de compaixão pelo outro. O nosso pai. A nossa mãe.

Tanto verdade, e tão imaturo o homem, que se criam leis que obrigam a relembrar as noções básicas de outrora. Leia-se, o “projeto-multa” sobre os filhos que não visitam os pais nos lares. Ora, uma subtração monetária ao insensível, para que finja preocupar-se com o mais sensível. Leis cuja propósito se entende, mas cuja origem deixa muito a desejar: ao pagar uma multa, ficamos tão tristes com o que acabamos de perder que amamos repentinamente o nosso/a pai/mãe, ou, ao pagar uma multa, ficamos tão tristes com o dinheiro que acabou de voar que, por amor ao próprio, vamos ver o nosso/a pai/mãe com mais frequência, consequentemente, aumentando a paixão pelas notas e o sentimento de obrigação e inconveniência que é ver o estorvo do/a pai/mãe. Há no nosso mundo, atualmente, uma lacuna fatal. Um conceito base, inato, que escusa de definição e não se cinge à Constituição de um país. Uma conceito que inaugurou todo um molde de sociedade que aparece deturpada cada vez que se o falha. O mesmo que pauta todo um ciclo de vida, duas ou três gerações. Dos únicos conceitos talvez, que teve a sua evolução, comum a tantos outros, mas cujo significado, a sua aceção mais pura segue inalterável. A justiça. O que é a ética, se não for justa? Para que serve ser-se moralmente correto sem equidade social? A justiça está em tudo mesmo quando não está. E os tempos de crise nascem sempre sob o signo da injustiça, pautados pela frieza e falta de compaixão pelo outro, onde a ética não tem lugar.

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Com o avançar dos tempos e o observar da sociedade, há associações inevitáveis, impossíveis de negar: os tempos de crise pautam-se pelas injustiças, a injustiça é contrária à ética e com a falta de ética, as leis aumentam e a sociedade torna-se abruta e insensível onde reina o sentimento do cumprimento pelo cumprimento, e onde a sinceridade e o bom senso se ficam pelo dicionário. A ética em tempos de crise, infelizmente e aos olhos de muitos, figura em segundo plano. O provérbio popular “mais dá quem quer do que quem pode” assume o ridículo aos olhos de quem, por muito que queira, não tem para dar. Não se pode mudar o mundo, é certo. Mas podem-se mudar os pequenos mundos do mundo, com pequenos gestos singulares de amplitude universal que servem, mais tarde, de exemplo e repercutem-se à escala mundial. Os pequenos mundos, assumem, assim, um papel universal e o mundo muda, mas a longo prazo. O mal do ser humano é pensar a curto e médio prazo. A amizade pelo outro, o amor pelo semelhante, sucumbe ao lucro fácil e rápido, a qualquer nível. Comecemos, portanto, um a um, a creditar na bondade do vizinho, e não no morador do lado. A acreditar nas regras que nos moldam a existência, e não nas leis que nos coagem. A esquecer ideia do tonto e do único, do que se isola a fazer o correto. Porque se todos forem os únicos, os únicos são o todo. E porque apregoar o bem e aceitar o mal é soltar palavras melódicas e viver numa sinfonia caótica. E isto é vida, e isto é a nossa moral, e isto passa a ser a ética e deixa de ser a crise.


a flor da pele Em Agosto toda a fruta tem seu gosto sugestões de emme (TEXTO E FOTOGRAFIAS)

A que fruta vos sabe o Verão? Pêssegos, alperces, melancia? Talvez cerejas ou melão? A mim sabe-me a laranja. Temperadinha com pápas de terra. ILUSTRAÇÕES herideal

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e a esta altura, ainda quiser continuar a ler, prometo-lhe que explicarei tudo e, no fim, talvez até descubra que partilha comigo este sabor (E espero não passar por louca, depois do esclarecimento).

Em vez de mar, tinha o tanque do quintal, cheio de água que vinha do furo, e que chegava das profundezas da terra bem geladinha… porque lá em baixo o sol de 40 graus alentejano não chega. A minha melhor amiga falava dos mergulhos na praia da rocha, e dos castelos de areia. E eu explicava-lhe a beleza das tardes a brincar à sombra, com a minha prima mais nova, a fazer papas de terra que servíamos, em pratinhos de barro em miniatura, às bonecas. A laranja entrava aqui. Era o nosso ingrediente secreto.

A verdade é que o Verão, essa estação que para muitos faz lembrar praia, mergulhos, bolas de berlim, gelados da Óla e escaldões nas costas, a mim lembra-me um enorme tanque de água gelada, joelhos esfolados e mãos sujas de pó. No Verão em que muitos rumavam a sul, para as praias algarvias… eu rumava a sul, mas terminava a viagem, logo ali, na planície alentejana, na casa dos meus avós. Praticamente todo o mês de férias que os meus pais tinham era passado lá. As austeridades de antigamente, que existiam e podiam ser más como as de agora, não deixavam margem nem para casas de praia, nem para viagens frequentes à terra onde os meus pais nasceram. Por isso, as férias eram uma espécie de dois em um. Mais poupadas, porque em família. E cheias de tempo para matar as saudades de um ano inteiro. Eu, com os meus 9 ou 10 anos, não percebia nada disso. Reparava apenas que quando regressava à escola em Setembro, as minhas histórias eram diferentes da maioria dos colegas.

Como no quintal havia laranjeiras, que deixavam cair uma ou outra no chão… eu e a minha prima, aproveitávamos a fruta para espremer-lhe o sumo e com ele regar a terra para conseguir depois fazer a mistura como se de um bolo se tratasse. Ía ao forno e tudo! E no fim cobríamos tudo com pétalas de flores coloridas, em jeito de sal e pimenta. A natureza dava-nos o que precisávamos para a receita. E em homenagem a esse privilégio enorme, que tínhamos mesmo sem saber, este mês resolvi deixar-vos dois produtos de beleza que dificilmente seriam mais naturais: Mel e limão. Não vêm em frasquinhos sedutores, nem têm texturas luxuriosas, mas aconselho-vos a experimentar.

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Para quem como eu tem marcas de sol ou de antigas borbulhas, basta espremer meio limão para um algodão e passar no rosto limpo uma vez por semana. Atua como um purificador, aclara a pele e ajuda a fazer desaparecer as marcas. Pelo menos no meu caso notei a pele mais uniforme. O mel usei como máscara (fiz logo depois do limão, mas podem ser feitas em dias separados). Apliquei com os dedos directamente na pele. Massajei devagar até o mel aquecer e ficar mais liquido. E depois deixei ficar cerca de uma hora. Graças às propriedades anti bacterianas do mel, a máscara ajuda a cicatrizar. E também hidrata.

Como um bilhete de regresso aos dias quentes em que ouvia ralhar, e não era pouco, quando a minha mãe percebia que a roupa estava cheia de nódoas. Ao final do dia, eu e a minha prima éramos um excelente desafio para qualquer anúncio de detergente. Mas nem os ralhetes nos faziam esmorecer. Corríamos pelo quintal, a rir. Passávamos pelo gato enrolado a dormir na cadeira à sombra da árvore. Atirávamos ao ar os chinelos de enfiar no dedo… e arriscávamos um mergulho na água gelada do tanque, enquanto a voz da minha mãe desaparecia lá ao fundo, abafada pelo barulho dos nossos braços a bater na água e a fazer ondas de um mar, que não chegava ali.

De tão simples que é confesso que comecei por duvidar da eficácia. Mas a pele parece gostar. E se o mel for de qualidade, tem a enorme vantagem de ser orgânico e bem mais suave do que a cosmética convencional.

O cheiro da laranja nas mãos, misturado com o cheiro forte da terra quente de Agosto no Alentejo, guardo-o até hoje.

Este mês a sugestão é até agora a mais baratinha de todas. E fácil de encontrar, sem precisar de encomendar online.

Anda meio mundo a banhos de mar e de sol… e eu a sonhar com pápas de terra servidas em pratinho de barro comprados pela minha avó no mercado de fim de semana.

Um dia destes acho que ainda arrisco experimentar a trocar o limão pela laranja… Talvez não tenha o mesmo efeito na pele. Mas teria efeitos de sobra nas memórias de infância.

E não sei se por isso, em Agosto fico sempre nostálgica.


opinião

0ssos do ofÍcio

Há certas mentiras na historia, que apesar de serem fruto da manipulação político religiosa, não foram até hoje desvendadas, permitindo que o propósito enganoso à luz do qual nasceram, persista imperturbável no tempo. Confesso que me custa entender como erros tão evidentes, relatados através de uma tão suspeita narrativa, possam ainda integrar os manuais escolares, deixando espelhada a aparente inanidade dos responsáveis pela educação.

CRÓNICA de LUÍS PINTO DA SILVA

Contar a história com verdade, não diminui o orgulho nacional, por ser cristalino que este não vive só de proezas. Quando aparece alguém interessado em investigar, os responsáveis pela educação, através de um emaranhado de criativos e burocráticos argumentos conseguem sempre bloquear a pesquisa , desmotivando os mais curiosos.

ADVOGADO

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oi isso que aconteceu ao pedido de exumação, para fins científicos, dos restos de D. Afonso Henriques, que governou Portugal durante 57 anos, 45 dos quais com o título de rei. Apesar da historia o retratar como um homem grande e forte, numa Crónica de 1419, aparecem relatos segundo os quais Afonso Henriques teria nascido deformado nos membros inferiores e que se deu um milagre, quando Nossa Senhora apareceu ao seu aio Egas Moniz, ordenado-lhe que o depositasse sobre um altar para que ficasse curado.

duas pequenas urnas de madeira, assentes uma sobre a outra, já muito degradadas. O esqueleto de D. Afonso Henriques, poderia ter-nos dado informações inéditas, já que os ossos guardam episódios da vida que, devidamente decifrados, se tornariam fontes documentais insubstituíveis. Para tal, os ossos e outros restos mortais, como cabelos ou unhas, que ainda pudessem existir, seriam submetidos a uma bateria de estudos, como a datação por radiocarbono, a tomografia axial computorizada (TAC) e análises químicas e toxicológicas.

É claro que os mais cépticos, sempre acharam que Egas Moniz, se limitou a trocar a criança enferma por um dos seus filhos, acabando por adoptar o verdadeiro monarca que morreu ao completar 14 anos.

O ADN, permitiria traçar o perfil genético do rei, as medições dos ossos, a sua estatura, e a observação à lupa, detectaria marcas de patologias.

No entanto o historiador José Mattoso, defende que o aio e tutor do Rei, foi afinal Ermígio Moniz irmão mais velho de Egas Moniz, e que tal erro resultou de uma construção ficcional já no tempo de Afonso III, feita pelo trovador João Soares Coelho, seu descendente por via bastarda.

Uma exumação aos ossos torna possível esclarecer muitos dos mistérios que ainda envolvem o rei que fundou Portugal, mas já não permite compreender a lógica de um outro “osso duro de roer” vulgarmente denominado por Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), quando recusa a abertura do túmulo, por achar que tal investigação seria desprovida de interesse.

Na verdade, Egas Moniz só veio a ser mordomo-mor de D. Afonso Henriques muito mais tarde, após a morte do seu irmão. As duvidas que subsistem em torno do nosso primeiro monarca, teriam justificado a investigação conduzida pela bióloga e antropóloga forense da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Eugénia Cunha, quando introduziu através de um pequeno orifício do túmulo existente no Mosteiro de Santa Cruz um endoscópio, que lhe permitiu espreitar para o seu interior e ver

Das duas uma, ou está tudo grosso, ou, de tão embrenhados na contemplação das folhas, os responsáveis pela nossa educação, ficam incapazes de ver a floresta.


Fotografias cedidas por Mais Kizomba

ProjeCto «Mais Kizomba» do Algarve para o Mundo por Susana Helena de Sousa (TEXTO)

Em menos de dois anos há um projeto que deu salto de gigante e que tem trazido muita sedução e felicidade aos milhares de amantes de sons quentes africanos.

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«Mais Kizomba» nasceu no Algarve, mas é já um projecto do mundo, sendo, inclusive, recordista do número de fãs na rede social facebook, no segmento kizomba, tarraxinha, zouk e semba, com cerca de 94 mil seguidores, contando também com uma afluência diária de mais de 2000 pessoas no seu site. Não há noite de festa que não seja sucesso e não há tempo quase para respirar no que diz respeito ao trabalho dos seus três mentores: Bruno Rodrigues, que tem a seu cargo a responsabilidade tecnológica, e os DJ’s Fábio Pereira e João Pessoa. Este último é, de resto, um dos mais antigos DJ’s em atividade; já lá vão quase 30 anos!

“A ideia surgiu numa altura em que era emergente a paixão pelos ritmos africanos, sobretudo o Kizomba” ao kizomba, estando a informação e os conteúdos referentes ao género, disseminados por uma infinitude de blogs”. E foi assim que nasceram as plataformas www.maiskizomba.com e a página do Facebook MaisKizomba

A equipa está coesa e a trabalhar nas várias frentes e mais do que nunca confiante no futuro. “Sem dúvida que foram superadas em larga escala as nossas maiores expectativas”, diz-nos João Pessoa, também responsável pela componente comercial do projecto. O sentido de oportunidade marcou o nascimento deste projecto. “A ideia surgiu numa altura em que era emergente a paixão pelos ritmos africanos, sobretudo o Kizomba”. João Pessoa explica também que o objectivo “passava por dar ao kizomba uma maior visibilidade, criando um ou mais suportes que facilitassem a sua divulgação e assim alargar a sua base de fãs, ao mesmo tempo que se aproveitava para estreitarem e fortalecerem os laços que ligam esta já considerável legião de admiradores”. Experientes no meio musical os sócios deste projecto conheciam bem “as dificuldades que os artistas tinham em expor os seus trabalhos, quer músicos, quer dançarinos, uma vez que, pelo menos a nível nacional, não existia sequer um único site que se dedicasse

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A adesão por parte do público foi notoriamente elevada. “Sentimos então que o arranque do projecto tinha ultrapassado os objectivos iniciais, pelo que a sua necessidade era grande e tinha sido correctamente identificada”. A equipa rapidamente se apercebeu que as fronteiras de Portugal estavam a ser rapidamente ultrapassadas, tendo o «Mais Kizomba» chegado todo o mundo, com particular destaque para a Europa, Américas e África, mas sem esquecer regiões mais remotas e exóticas como as Ilhas Reunião, Mongólia, Dubai e até a Nova Zelândia. “Este facto obrigou-nos a disponibilizar o acesso ao site em quatro idiomas: português, espanhol, inglês, e francês”, explica João Pessoa. As redes sociais têm demonstrado uma rápida e clara resposta quanto à aceitação e disseminação do projeto. “Em termos de motor de busca Google, se digitar a palavra “kizomba” na procura, constatará que o site www.maiskizomba.com surge como o primeiro resultado, o que nos afirma inequivocamente, como o maior site mundial dedicado ao género”. João Pessoa teve já oportunidade de apresentar e explicar este fenómeno de sucesso ao programa «Bem-Vindos», na RTP África. A equipa sentiu ainda a necessidade de criar mais plataformas de divulgação do projeto. É o caso do kanal MEO -posição 508578. Desde a sua criação tem tido uma média de 1500 visitas diárias e, orgulhosamente estão no top ten dos canais MEO mais visitados! “Mais recentemente lançámos a MAIS Kizomba Rádio, com largo número de ouvintes online”, acrescenta João Pessoa que recorda que no entanto, o projecto tinha que ter uma ligação mais que meramente virtual com os seus seguidores. Foi então que, no ano passado, a equipa arrancou para a segunda fase que se traduziu na criação de eventos de animação. E assim nasceram as NOITES MAIS KIZOMBA, tendo a primeira sido realizada a 14 de Junho de 2012. “A música, a cargo dos nossos DJs e a animação de pista ga-

rantida por músicos e dançarinos de reconhecida capacidade são o maior garante do sucesso desta iniciativa, com significativa adesão por parte do público, ansioso por uma noite absolutamente diferente e sedutora”, afirma João Pessoa. São já sete os mix’s «Mais Kizomba» que têm sido escutados por milhares de pessoas. O lema do projeto é «Deixa-te seduzir». Em primeira mão sabemos que a equipa não vai parar por aqui e outras ideias estão a ser preparadas, visando a prossecução do nosso objectivo que é divulgar cada vez mais o kizomba, enquanto género musical e de dança. Este projeto afirma-se “cada vez mais, como a marca de referência ao nível global, no género Kizomba”, remata João Pessoa.


Catarina Trindade

Fotografias de Zakahia cedidas por Catarina Trindade

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estrela musical em formação POR Inês Pereira (TEXTO)

Tem 20 anos e diz que nasceu com a música. Filha da cantora Nucha, tem na mãe o seu ídolo e grande influência. O pai Paulo Trindade também lhe dá todo o apoio na música, sendo por vezes seu produtor. A Her Ideal quis saber um pouco mais sobre a jovem cantora e promessa da música nacional.

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A Catarina cresceu com a música como refere na sua página. Foi a sua mãe a grande influência? Claro que a minha mãe exerceu uma grande influência sobre mim. Todos os dias, aprendo muito com ela. Desde que me conheço que vivo rodeada pela música, sendo que a mesma é a minha grande paixão. Que outras influências tem? Os artistas que oiço são quem mais me influenciam, no que diz respeito às minhas escolhas musicais (os “covers” que gravo). São a minha principal fonte inspiração. E ainda são alguns, mas se tiver que nomear: Chris Daughtry, Adam Lambert, Adele, Pink, Rihanna, Emeli Sandé... Como surge a oportunidade de cantar mais “seriamente”, como refere, aos 15/16 anos? Não foi bem uma oportunidade. Eu sempre gostei bastante de cantar, mas sou super envergonhada. Fiz parte do coro do colégio onde andei até ao 4ºano, inclusive temos discos gravados. Aos 16 anos, por mero acaso, a minha mãe “apanhou-me” em flagrante a cantar baixinho no quarto. A partir daí, fui mostrando, pouco a pouco, aos meus familiares e amigos mais próximos. Depois, os meus pais inscreveram-me nos Ídolos. Não correu muito bem... Mas não desisti. Nesse mesmo verão, fiz alguns espectáculos com a minha mãe, na qualidade de backvocalist. Por isso, pode-se dizer que a música se tornou mais “séria” para mim por volta dessa altura. Como se define? Nunca fui muito boa a definir-me. Prefiro que sejam os outros a fazê-lo. Mas posso tentar... Para alguns até posso ser a melhor pessoa do mundo, para outros nem tanto, pois é impossível agradar a todos. Sou amiga do meu amigo, a minha família é tudo para mim.

“(...) aos 16 anos, por mero acaso, a minha mãe “apanhou-me” em flagrante a cantar baixinho no quarto” Não suporto mentiras ou máscaras. Aprecio qualidades como a verdade, a sinceridade e a humildade nas pessoas. Respeito quem me respeita. Não sou uma pessoa nervosa, nem sou uma pessoa muito calma. Sou impaciente e um pouco orgulhosa. Sou determinada: quando quero muito uma coisa, vou atrás dela até alcançar, tal como estou a fazer agora em relação ao meu físico. Acredito que o primeiro passo para o sucesso é dizer todos os dias “eu sou capaz”. Qual a sonoridade/estilo preferida(o)? Depende dos dias, do estado de espírito e do que estou a fazer. Para cantar, prefiro baladas Pop Rock, Soul, etc. Do género das que já tenho gravadas. Para ouvir enquanto estou em casa gosto de um bom Rock mais pesado ou então umas músicas mais lamechas, quando assim me encontro. No carro, prefiro batidas mais fortes e normalmente oiço música electrónica. No ginásio, idem! Gosto de tudo um pouco, desde que seja boa música. O que é mais importante, neste momento, para si no que à carreira de cantora diz respeito? O mais importante neste momento é manter os pés bem assentes na terra. Creio que toda a gente sabe que sonhar é indispensável e que devemos seguir os nossos sonhos, mas não podemos criar

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grandes expectativas, pois podemos acabar desiludidos. Para já, levo esta paixão como um hobbie que me dá muito prazer. Não sei até que ponto será a minha carreira principal, só o tempo o dirá, mediante as oportunidades que surgirem. Claro que espero vir a vingar neste mundo. Partilhar o palco com a Nucha deverá ser uma experiência fantástica. O que representa para si? É, de facto, uma sensação maravilhosa. Para já, porque estou a partilhar o palco com a minha mãe, a minha melhor amiga. Para além disso, ela é uma excelente profissional, com um talento incrível. Sei que sou suspeita, mas, neste caso, nem há como refutar isso, na minha sincera opinião. É sempre um grande privilégio estar ao lado dela, tendo em conta que aprendo imenso também. É uma autêntica escola! O que nos pode revelar das participações em álbuns de outros projectos? Já fiz algumas participações como backvocalist em álbuns de alguns artistas, incluindo no último da minha mãe (“Num Instante Tudo Muda”). Uma vez, fiz uma voz que imitava um violino! Foi um desafio muito engraçado e interessante. A experiência que ganhei em estúdio ajudou-me a crescer vocalmente. Ser solista é muito diferente de fazer segundas vozes... E posso dizer que é das coisas de que mais gosto de fazer (segundas vozes). É difícil vingar no mundo da música em Portugal? É difícil em qualquer parte do mundo. Mas sim, em Portugal é bastante complicado. Muito mais agora, já que a conjuntura do país não é das mais favoráveis. Não há entidades a apostarem nos artistas que já cá estão há mais tempo, muito menos em aspirantes. A música é uma área que não oferece estabilidade nenhuma. E quem diz a música diz as artes em geral e até outros sectores. Não é nada

fácil vivermos só disso, daí eu colocar este meu sonho um pouco na condição de hobbie ou carreira secundária. Qualquer pessoa que preze a segurança profissional e financeira tem que se adaptar à realidade do país e ser o mais versátil possível. Quais são os maiores desejos para o futuro? Neste momento, desejo autodescobrir-me. Frequentei o curso de Jornalismo na ESCS (Escola Superior de Comunicação Social) por um 1 semestre e acabei por não me identificar em nada com o curso. Por agora, quero trabalhar, aproveitar o que a vida tem de melhor e voltar ao ensino superior, assim que descobrir outra área que ame, para além da música. A longo prazo, continuo a sonhar com uma carreira como cantora. Espero que surjam oportunidades para tal. Veremos...


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Vem Sentar-te Comigo, Maria, à Beira do Rio CRÓNICA de adriano cerqueira

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.

Ricardo Reis

Incontáveis. Inúmeras. Perdemos a conta às pessoas que passam pela nossa vida. Desconhecidos que nos acompanham por breves instantes. Amigos que caminham ao nosso lado. Cada um, uma personagem, uma vida, um destino. Hoje, sento-me na beira da estrada. Por entre a multidão, alguém se destaca. Chamo-a e ouço a sua história. Maria. Longe de ser a primeira candidata para rainha do baile, raro era o rapaz que não reparava nela. Sempre presente nas festas e nos eventos mais importantes, Maria possui uma aura única que atrai as pessoas para ela. Convicta e determinada, nenhum obstáculo a impede de lutar pelos seus objectivos. Maria constrói o seu destino com as suas próprias mãos.

Blogger, escritor, realizador, mas, acima de tudo, sonhador Blogue nosenseofreason

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os tempos do liceu, era comum encontrá-la na biblioteca durante os intervalos. Com um livro de arquitectura nas mãos, e um brilho nos olhos. A sua paixão por esta arte era algo que a acompanhava desde muito cedo. Passear por uma cidade com ela, abria os olhos de quem a acompanhava, para os mais ínfimos pormenores de beleza de todos aqueles edifícios históricos, que apenas Maria conseguia encontrar. A cidade ganhava vida. Como se uma doce música entoasse em perfeita sintonia, a cada esquina que ela passava, a cada sílaba que ela dizia, a cada peça de arte que ela revelava. Maria seguiu o seu sonho. Viajou. Acabou o curso. E acordou para a realidade. Mas não deixou o desespero apoderar-se do seu espírito. Maria bateu a todas as portas. Quando nenhuma se abriu, voltou a viajar. Inglaterra, Dinamarca, Suécia e Estados Unidos. Uma cidade nova a cada ano que passava. Uma nova porta que se abria. Uma carreira construída a custo, com um elevado nível de satisfação. Não teve medo. Arriscou. Construiu a sua própria escadaria de sucesso. Cada degrau trabalhado por lágrimas de esforço. Por boas e por más recordações. Por erros e por rasgos de génio. Por competência e desleixo. Por ensino e experiência. Maria chegou mesmo a conhecer alguns dos seus ído-

los. Seguiu os seus passos, e hoje trabalha em proximidade com alguns deles. O sonho de Maria, virou paixão e desejo. A cada dia que passa, aquela rapariga de uma pequena cidade portuguesa, torna-se num exemplo de perseverança. O seu sonho é hoje realidade pois Maria não teve medo de partir. Não teve medo de olhar a adversidade nos olhos, e de sorrir perante o desafio. É difícil deixarmos a nossa casa. A nossa família. Os nossos amigos. Mas por vezes, é necessário. Maria não se conformou. Não aceitou algo abaixo da sua ambição. Tudo que ficasse aquém daquilo que desejava, não era suficiente. Maria é hoje uma cidadã do Mundo. Uma arquitecta de renome. Estável e concretizada. Feliz por ver o seu sonho realizado. E por saber que aquela adolescente que passava os intervalos na biblioteca, olha hoje para ela com orgulho e admiração. Comovido pela sua história, despeço-me de Maria. Tal como o resto da multidão, também ela segue o seu caminho, levando consigo apenas a certeza de que nada a irá impedir de alcançar o seu destino. É difícil sairmos da nossa zona de conforto. É difícil arriscar. Deixar tudo para trás. É difícil, mas a perda é passageira, quando o ganho é tão elevado. Tristeza apenas sente quem abdica do seu destino. Quem se conforma. Quem desiste. Levanto-me. É hora de me fazer à estrada. Longe da multidão, levo comigo a história de Maria. Inspiração para o caminho que se segue. Motivação para o desconhecido que o amanhã reserva para todos nós.


Neuza Rodrigues Moda “made in” Portugal POR Inês Pereira (texto) E DXL | Neuza Rodrigues (FOTOgrafias)

É uma jovem promessa no mundo da Moda. Neuza Rodrigues é estilista e já está a dar cartas no sector. Natural da Guarda formou-se em psicologia, mas a paixão pela moda falou mais alto. É autoditacta e começou por favor as próprias roupas e das amigas. Agora já veste figuras públicas.

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omo descobriu esta paixão e o talento? A paixão pela moda já nasceu comigo. Vaidosa desde sempre, cresci numa aldeia do interior do país, mas sempre com o bichinho da moda dentro de mim. Ao contrário daquilo que habitualmente se ouve, não tinha ninguém na família que costurasse ou tivesse esta paixão pela moda, e quando decidi começar a fazer algumas das minhas roupas, foi um passo completamente aventureiro. Comprei a minha primeira e pequena máquina de costura e não desisti até conseguir coser direito. Foi tudo de forma autodidacta, seguindo a minha própria intuição, sempre tentando fazer mais e mais, novas coisas, novas técnicas, etc. Acabei por seguir um caminho académico diferente, que nada se coaduna com o design, mas penso que na altura não havia explorado o meu lado criativo o suficiente, para o encarar como uma possibilidade séria de carreira. Contudo, na altura em que terminei o meu curso superior já havia percebido o erro e decidi deixar tudo para trás e dedicar-me à moda.

Mas a fase de vida que estamos a passar acaba por influenciar muito também. E aquilo que criámos há uns meses atrás pode já não nos fazer tanto sentido hoje em dia. O processo criativo é um processo complexo que respira tudo aquilo que está a nossa volta, e para mim é gratificante viver neste rodopio de ideias. Como se descreve enquanto estilista, o seu estilo, aquilo que mais gosta de criar e os materiais com que mais gosta de trabalhar? É difícil definir aquilo que mais gosto de criar. Adoro criar peças de gala, com glamour, muito trabalhadas, com horas e horas de trabalho de alta-costura. Mas ao mesmo tempo encanta-me também trabalhar roupa que pode ser usada no dia-a-dia, peças mais “clean” que apesar de tudo são únicas, personalizadas, que salpicam os dias (por vezes tão rotineiros!) com singularidade.

Por essa altura, já em Lisboa, fazia também peças para pessoas conhecidas e amigas, que me impulsionaram a criar o blog nzlookbook, onde ainda hoje mostro algumas peças que faço. As coisas foram crescendo e depois de ser lançada na rubrica “Costureiras de Portugal” no programa Você na TV as coisas tomaram uma dimensão maior e nunca mais parei. Onde se inspira para as criações? Inspiro-me muito no street style. Na blogosfera. Tento sempre manter-me informada relativamente a todas as novidades do mundo da moda, e somos bombardeados com tanta criatividade que é impossível não nos sentirmos inspirados.

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É muito difícil descrever-mo-nos a nós próprios mas penso que essencialmente concebo peças simples visualmente, mas com um certo grau de complexidade subjacente. Pessoalmente interessa-me mais a parte estética, para mim não faz sentido criar peças demasiado artísticas se depois não favorecem visualmente. Claro que enquanto estilistas teremos sempre o dever de arriscar e mostrar coisas novas, mas para mim isso virá sempre aliado à preocupação de favorecer visualmente. É difícil conseguir entrar no mundo da Moda em Portugal? Acredito que afirmar-mo-nos leva o seu tempo. Mas a falta de modéstia é o pior caminho. Tento manter os pés bem assentes na terra, e tento dia após dia clarificar, dentro de mim e para o mundo, o meu próprio estilo enquanto estilista. Acho que com muito trabalho, paixão e talento, acaba por ser possível, e eu quero acreditar que tenho a dose necessária dos três ingredientes. Tenho caminhado sem parar, conquistando sempre novas coisas, o que considero ser muito positivo. E é isso que peço para o meu futuro, ir conquistando sempre mais, com base no meu trabalho. Se queremos entrar de forma consistente no mundo da moda em Portugal penso que é preciso calma, ponderação e consolidação. Quais os maiores desejos e objectivos para o futuro? Eu estou sempre a pensar em novos projectos. Tenho várias ideias, mas não sei que a prazo vou conseguir cumprir os mesmos. Claro que tenho como grande sonho ter atelier e loja abertos ao público, uma loja online, mas, principalmente, conseguir vir a ser um nome forte do nosso mundo da moda e ter uma palavra a dizer nesse meio.


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Será homem, será mulher? Androginia e o fim do mito Por Andreia roberto (texto)

Um misto de características masculinas e femininas define um Ser que nos confunde à primeira vista. Quando se conjugam traços de homem e de mulher nos rostos naturais estamos perante um ser andrógina.

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definição de androginia ou androginismo tem vindo a ser discutida ao longo dos tempos e associada a alguns conceitos. No entanto, na biologia diz-se que um andrógino possui características de ambos os sexos, na moda veste-se e segue as tendências do sexo oposto. Para além do físico também existem marcas psicológicas em termos de comportamentos e atitudes que destacam esta dualidade de género. Mas o conceito não é recente. Se viajarmos na história da mitologia, percebemos que no livro “O Banquete” de Platão, andrógina correspondia a uma criatura mítica proto-humana. “Seres esféricos, fortes, vigorosos, tentam galgar o Olimpo, a montanha sagrada onde moram os deuses gregos. Querem o poder. Possuem os dois sexos ao mesmo tempo, quatro mãos, quatro pernas e duas faces idênticas, opostas. Diante do perigo, o chefe de todos os deuses, Zeus, decide cortar ao meio os andróginos (do grego andrós, aquele que fecunda, o macho, o homem viril e guynaikós, mulher, fêmea). Supõe-se que trovejou e o grande deus, arremetendo os raios que apavoraram os tempos anteriores à descoberta do fogo. Ao enfraquecer o homem e a mulher, o pai dos deuses condenou cada metade a procurar a outra, o desejo extremo de reunir-se e curar a angustiada e ferida Natureza Humana.” Este é o mito e o termo primórdio em que se concebe a androginia e que Platão define o amor como a “junção de duas partes que se completam, constituindo um ser andrógino que, no seu caminhar giratório, perpetua a existência humana”. No livro reproduz–se uma concepção peculiar da beleza, que se espelha na completude, de todo indissociável e não a beleza que “imita a Natureza”. Uma complementaridade de aspectos, uma lenda mitológica, constroem a ponte para a androginia de hoje.

Fotografia de Philip Nelson

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Jo Calderone, o alter ego masculino de Lady Gaga nos VMA 2011

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Numa sociedade manipulada pela religião e pela tradição o tema para muitos ainda é considerado tabú, no entanto, com as transformações na área da moda e com o reconhecimento de várias personalidades começa a sair da caixa. Mas se em Portugal ainda é pouco conhecido, noutros países é fonte de inspiração para vários criadores e estilistas que revolucionaram as suas ideias com modelos característicos. Nuno Pereira assume ser um andrógino de corpo e alma e faz questão de dar a conhecer este tema para afirmação do androginismo: “Andróginos que se prezam por sua androginia normalmente utilizam adereços femininos, no caso de homens, ou masculinos, no caso de mulheres, para ressaltar a dualidade. Porém, um rapaz não tem que vestir roupa feminina, até porque não é na roupa que está a androginia, mas sim noutros pontos físicos. O meu estilo de roupa é bastante descontraído. Uso roupas masculinas como qualquer outro rapaz, por vezes encaixando alguns acessórios femininos que qualquer rapaz poderia usar. Mas sou muito fã de jeans, t-shirt e casaco.” Há quem associe este tema à orientação sexual, mas Nuno Pereira esclarece: “Quem desconhece o tema, acha que os andróginos sejam invariavelmente homossexuais ou bissexuais, o que não é verdade, uma vez que a androginia ou é um caráter do comportamento e da aparência individual de uma pessoa ou mesmo sua condição sexual psicológica, nada tendo a ver com a orientação sexual, ou seja, a atração erótica por determinado parceiro.” Coco Chanel, conhecida por arrancar os espartilhos das mulheres substitui-os por uma indumentária até então considerada masculina e Yves Saint Laurent, responsável por criar o smoking feminino,

tornaram-se irreverentes por marcar a transição. São personalidades que expressam androginia nos seus trabalhos. “Para as mulheres, a androginia está muito mais presente e teve grandes marcos como a inserção do uso de peças como a camisa de botões, polo, sapatos, calça de alfaiataria, etc. São peças que eram usadas apenas pelos homens e foram inseridas no guarda-roupa feminino”. Actualmente, na passerelle em quase todas as coleções desfilam androginias mesmo que ainda estejam camuflados noutros conceitos. Andrej Pejic, é o modelo mais falado e popular nos dias de hoje quando se discute este tema. O visual surge numa edição da revista norte-americana Dossier. A revista não deixou de ser comercializada nos EUA mas, inicialmente, as livrarias censuraram o conteúdo. Posteriormente, a famosa modelo Casey Legler, que, depois de assumir o estatuto de primeira mulher a posar na pele de modelo masculino, estrelou na sua primeira campanha de moda, para a coleção de Verão 2013 da AllSaints. Estas figuras despertam o desejo e a vontade de Nuno Pereira ir mais além: “Gostava bastante que o tema fosse mais falado pela positiva e esse sim é o meu projecto principal. É claro que gostaria de ser eu a lançar mais o tema, mas é algo que apenas no futuro irei saber e mesmo que não seja eu a levar este tema adiante, a pessoa que o faça irá fazer muito bem, pois não é fácil. Tenho alguns projectos em mãos a nível nacional e internacional, mas ainda estão a ser discutidos. Espero que as pessoas deixem de pensar que um rapaz andrógino tem por obrigação ser homossexual, vestir-se de mulher, ser rotulado de travesti, etc. Acredito que irá despertar a curiosidade dos que já conheciam um pouco do tema e de muitos que desconheciam. E claro, espero que possa abrir portas a muitos outros rapazes e raparigas com o mesmo perfil.”

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Caminhamos para o progresso, para a igualdade e liberdade de afirmação de um Ser e por isso as coleções de moda podem distorcer a visão da nossa sociedade recheada de clichés. Quais as mudanças que a androginia pode vir a trazer? Quais as influências no comportamento de uma sociedade? Fica a reflexão e o conhecimento de um tema que precisa de sair da casca e ganhar visibilidade na moda portuguesa pois as idiossincrasias de um andrógina podem ser o sucesso de uma marca.


opinião

Verão Teimoso CRÓNICA de Patrícia Vieira Rebelo

O Verão está teimoso. Anda num vaivém infantil, tal e qual criança que não sabe que brinquedo pedir para o Natal. Ora nos brinda com uns belos dias de sol – às vezes até em demasia, tão forte é o calor que nem podemos desfrutar dele sem a incómoda sensação de sufoco – ora decide tirar férias e apressar a chegada do Outono – regressam as nuvens, a chuva miudinha e o vento frio. O Verão anda confuso, ao jeito de uma mulher menstruada: imprevisível.

doutoranda em Ciências da Comunicação

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s condições meteorológicas afectam determinantemente o meu estado de espírito. E por isso também eu ando numa montanha russa emocional. Pergunto-me se é normal ser assim absorvida pelo sol, pela chuva, pela luz que há no dia. Em conversa com amigos, dou-me conta que não sou a única vítima das oscilações temperamentais por culpa do tempo. Com mais ou menos frequência e intensidade, o estado emocional da maior parte das pessoas é condicionado pelo clima. Muitas vezes sem nos apercebermos: ou acordamos mais optimistas, mais energéticos, mais nostálgicos, mais irritadiços; acordamos cheios de um sentimento qualquer sem razão aparente, às vezes sem causa óbvia e quase sempre sem possibilidade de controlo. E quando assim é, quase nunca nos ocorre que pode ser o nosso corpo a reagir às estações.

Como todos os seres vivos, nós estamos intimamente conectados com a natureza: um vínculo que existe a partir do momento em que existimos e que jamais se quebra. Assim, vamos sempre receber estímulos do que nos rodeia, quer os reconheçamos ou não como tal. Claro que há pessoas mais sensíveis a esses estímulos, momentos em que estamos mais susceptíveis a eles e, para além do mais, os efeitos variam de pessoa para pessoa e em intensidade. E é um facto também que podemos (e devemos) controlar essas emoções inexplicáveis que nos assolam de repente e nos levam a comportamentos impulsivos e muitas vezes não intencionais. E por isso queixo-me do Verão bipolar. Imediatamente já eu estou bipolarizada e passo de contente a triste, de energética a exausta, de tranquila a irrequieta em poucos minutos. E assim ninguém me atura…


satay’s de verão gourmet

POR Chefe pedro arranca chefe e proprietário do restaurante flor de sal E DINA SILVA (FOTOGRAFIAS)

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Churrascos deliciosamente seguros! Todos os anos se repete o drama dos fogos em matas e florestas portuguesas, algo que ao que parece, insiste em fazer parte das nossas paisagens de Verão.

res? “, tenta-se assim contar com a ajuda que cada português. Para isso basta ter um comportamento responsável e alertar as autoridades sempre que se identifique situações de risco.

Sabe-se que alguns destes fogos são propositados e raramente são apanhados os criminosos que por ganância e conveniência colocam a vida de pessoas em risco, matando consequentemente espécies animais e vegetais sem qualquer pudor.

Peço a todos que consultem o site dos bombeiros www.bombeiros.pt, onde poderão retirar todas as informações úteis para assim se poder ter um comportamento verdadeiramente cívico.

Todos os anos se perdem as vidas de vários bombeiros enquanto tentam, a todo o custo, apagar as chamas da crueldade humana. No dia 9 de Julho fez seis anos que se perderam seis bombeiros em Famalicão da Serra, estes soldados da paz perderam a sua vida por todos nós, mas ainda assim, voltamos a assistir aos mesmos episódios ano após ano, é altura de dizer BASTA e de denunciar as irresponsabilidades de quem não respeita a natureza e a vida humana. Está a decorrer uma campanha de sensibilização a que se chamou, “Projeto Sérgio Rocha”, aqui tenta-se pedir a todos nós a atenção lançando a pergunta: “ Sabia que os seus actos não matam só árvo-

Sabe-se que o calor faz criar as condições para um churrasco, este mês vou-vos apresentar uma receita original para tirar partido desta forma de cozinhar, mas não sem antes vos relembrar e pedir a vossa responsabilidade salvando assim a vida dos nossos soldados da paz. Fazer lume sempre em local apropriado, rodear o lume de pedras, molhar o chão em redor, manter um recipiente com água ao pé, estar bem atento a todo o processo e, por fim, apagar bem com água e areia, são os simples cuidados a ter e prometo que se sentirá bem depois de ter o seu churrasco deliciosamente seguro!

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Ingredientes para 2 px 1 peito de frango 6 camarões 1 courgette 6 batatinhas novas 6 palitos de espetadas 2 clh sopa de manteiga de amendoim 2 ramos de chá príncipe 1 cebola pequena 1 clh sopa de coentros 1 clh sopa de caril 1 dcl azeite 1 embalagem mistura de alfaces 1 pêssego 20cl de leite de côco sal, ,pimenta e piripiri q.b Preparação 1• Comece por cozer as batatinhas com casca em água e sal. 2• Cortar o peito de frango em tiras e preparar as suas espetatinhas com o frango o camarão e os legumes.

3• Com a varinha mágica triturar o chá príncipe, a cebola e os coentros misturando o azeite. Reserve metade deste preparado e adicione o caril ao restante. 3• Tempere as espetadas com sal e pimenta e com o molho de caril, deixe marinar por uns momentos antes de as assar. 4• Numa frigideira junte a parte triturada que tinha reservado e deixe cozinhar por uns momentos, adicione o leite de côco. Por fim a manteiga de amendoim e o piripiri a gosto, obtendo assim o seu molho de amendoim 5• Dispor num prato a salada com o pêssego fatiado e tempere com azeite. Coloque as espetadas já grelhadas. Sirva com molho de amendoim. 6• Tire o máximo prazer do seu churrasco e saboreie este colorido prato de verão....e nunca esquecer de apagar bem o lume depois do churrasco!


WORKOUT motivação vs abandono POR RUI MADEIRA (texto)

Chegou o verão! Nesta época é usual vermos mais pessoas a correr ou a caminhar nas ruas, a pedalar… Sem dúvida que existe aqui uma adesão em massa ao exercício físico! Pena é que, para muitos, seja apenas pela preocupação de caber no biquíni e passar uma boa imagem na praia e não por motivos de saúde, caso contrário fá-lo-iam durante todo o ano.

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ssa é uma das grandes problemáticas que existem em relação à adesão ao exercício físico já que, muitas vezes, tem uma curta duração, ou seja, o consequente abandono é iminente. “50% das pessoas que começam a fazer exercício abandonam nos primeiros 6 meses” (Wilson & Brookfield, 2009)

A Personal Trainers Algarve procura, com este artigo, mostrar algumas das principais razões para a desistência, mas sobretudo destacamos as principais motivações e estratégias a seguir para quem pretende aderir a um programa de treinos.

do treino, procurem também ajuda a nível nutricional, já que são componentes indissociáveis. - Factores psicológicos, cognitivos e emocionais: auto confiança e auto estima são muito importantes estando associadas à capacidade para fazer exercício de forma mais eficaz, tanto para homens como para mulheres. Sugestão: aqui será fundamental que o programa de treinos seja motivante, progressivo e alcançável evitando pensamentos/sentimentos negativos e consequentes desistências.

O exercício físico regular é um comportamento complexo e multifatorial que precisamos entender para nos tornarmos mais ativos e saudáveis. De acordo com Whaley e Schrider (2005), as experiências vividas e a atual realidade influenciam profundamente as pessoas nas escolhas da atividade física. Muitas pessoas veem-se como incompetentes sem nunca terem experimentado. Felizmente, esses inibidores são modificáveis, especialmente com o apoio social e incentivo de outras pessoas (principalmente dos profissionais especialistas em exercício). Trost et al. (2002), através de estudos, ilustra-nos uma lista de fatores que motivam/condicionam a adesão ao exercício e a sua manutenção, aos quais apresentamos as nossas sugestões: - Factores demográficos/biológicos: em geral, os homens são mais ativos que as mulheres. Além disso, o excesso de peso/obesidade está negativamente associado à adesão ao exercício. Sugestão: mulheres, treinem com amigas, motivem-se mutuamente. Para além

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- Atributos comportamentais e habilidades: o sono, a dieta, o tabagismo, o uso de álcool, etc. são comportamentos que também podem estar associados à adesão ao exercício. Se, por um lado, parece haver uma associação positiva entre uma dieta saudável e o exercício físico, por outro, os fumadores são menos propensos a aderir ao exercício. Sugestão: durante um mês altere os seus hábitos e adote uma alimentação e estilo de vida saudáveis. No final verifique a diferença! Não quererá voltar atrás! - Apoio Social e Cultural: o apoio social de um amigo ou alguém significativo estará associado à adesão ao exercício. Sugestão: a prática de exercício em grupos é uma excelente ferramenta motivadora neste campo. - Meio Físico e/ou caraterísticas da atividade física: um fácil acesso aos health clubs e a satisfação com as infraestruturas e equipamentos também consolidam a adesão ao exercício. Sugestão: procure recursos físicos e humanos com os quais se identifique. Whaley e Schrider defendem que os Personal Trainers terão aqui um trabalho fundamental, devendo encorajar, motivar e, sobretudo, avaliar os progressos e criar novas linhas orientadoras para atingir novos objetivos. No caso específico da Personal Trainers Algarve, o sucesso da adesão e retenção dos clientes dever-se-á a um compromisso em alterar por completo hábitos e estilos de vida, através de métodos de treino motivadores que, posteriormente, levam a modificações fantásticas (físicas e psíquicas) mas, sobretudo, pela relação de empatia e confiança criada entre ambos, onde só assim será possível entender e solucionar as necessidades de cada um em particular. Aliando então uma liderança/postura/imagem a uma programa-

ção de estratégias motivadoras, de forma personalizada, será mais fácil ultrapassar muitas das barreiras acima descritas de forma a atingir os objetivos propostos, levando o(a) praticante a permanecer ativo(a). Procure, então, as estratégias que melhor se adaptem ao seu caso para se motivar, mas faça-o! Se ainda assim não conseguir, então deverá mesmo procurar a ajuda de um profissional especializado na área. Num artigo próximo propomos fornecer-lhe as melhores dicas na hora de escolher um Personal Trainer para que a sua saúde e o seu corpo fiquem em boas mãos!


IBIZA DESTINO POR sónia sequeira (texto e fotografias)

Neste mês de Agosto mantemos as férias de verão e calor como objectivo. Propomos uma ida até Espanha. Em Ibiza encontramos um ambiente único e diferente onde a diversão é a rainha.

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om os seus boémios e pitorescos bairros e com as suas cosmopolitas e alegres noites repletas de diversão, esta ilha, atrai turistas de todo o mundo! Mas não pensem que Ibiza é só diversão. Esta ilha é o destino certo para quem procura sol e praia, relax e animação. A noite de Ibiza é conhecida em todo o mundo, mas também pelas numerosas actividades que se desenvolvem após o pôr-do-sol do sol: mercados de rua, actividades culturais ao ar livre, concertos de música... As belas praias constam do roteiro principal de Ibiza e são diversas as opções, consoante os gostos e estilos. Existem mais de cinco dezenas de praias em toda a ilha. Para quem prefere os areais extensos a Praia d´en Bossa, perto do centro da cidade capital pode ser uma boa opção, embora no Verão seja muitíssimo frequentada e pouco silenciosa devido à sua popularidade. Os nudistas têm o seu paraíso na Aigua Blanca, a 6 km de San Carles ou na Praia des Cavallet, boa para fazer caminhadas. É também aqui que se situa precisamente uma das praias mais in e em estado quase selvagem, Ses Salines, e o famoso bar-restaurante Malibu. Quem não dispensa a fina areia branca tem que experimentar as Praias de Comte, na costa sudoeste a 7 km de Sant Antoni. A lista de praias bem frequentadas engloba ainda Cala Jondal, Cala Tarida, Cala Hort, Es Canar, Cala Sant Vicent, entre outras. Para encontrá-las sugerimos que alugue uma scooter ou um automóvel. Também pode fazer um passeio de ferry-boat (cerca de 30 minutos) para conhecer a ilha vizinha Formentera.

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No centro histórico aproveite para passear pelo Porto de Ibiza e pela Rua Mar de Deu. Aí perto situam-se os típicos casarios brancos dos bairros dos pescadores de La Marina y Sa Penya, onde se encontram muitos restaurantes e bares. Explore também a parte antiga da cidade Dalt Vila, repleta de igrejas e museus. Conheça as muralhas que serviram de base para muitas das actuais contruções de arquitectura peculiar. No alto encontrará a Catedral da Nossa Senhora das Neves e nessa praça poderá desfrutar das preciosas vistas que o miradouro oferece. As diversas aldeias existentes na ilha são igualmente recomendáveis. Uma delas chama-se Sant Antoni, que, dizem, ter o pôr-do-sol mais bonito do Mundo. Aí encontrará o famoso Café del Mar e o Bar Mambo. Vida noturna: As festas nos bares e discotecas são outro atractivo da ilha. O bairro de Sa Marina de Ibiza é um dos lugares mais animados. Se é fã das discotecas não deixe de ir ao Privilege, ao Amnesia, ao Pacha e ao Space. A visitar: • Parque Natural ses Salines : no sul da ilha, a uns 9 km da capital • Es Vedrà e Es Vedranell: En San Josep de sa Talaia, situados na Cala d’Hort. • Santa Eulalia del Rio: grande centro turístico da ilha

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Quando ir: Depende do tipo de férias que pretende. Se procura noites animadas e esplanadas a abarrotar, os meses de Julho e Agosto são os mais indicados. Se, pelo contrário, preferir ambientes mais calmos, em Maio e Junho ou Setembro e Outubro, ainda pode desfrutar de bom tempo, sem que Ibiza perca o seu ambiente agradavelmente cosmopolita. Como ir: A Ibéria e Air Europa possuem ligações diárias para Ibiza, via Madrid ou Barcelona, por uma tarifa a partir de € 212,00€, partidas de Lisboa (mês de Agosto e Setembro), ou 125€, partidas de Sevilha. Outra opção é chegar por barco a partir de Barcelona, Valencia, Alicante e Mallorca. Do aeroporto até ao centro de Ibiza são 8 km que podem ser percorridos de táxi (as tarifas são um pouco superiores às praticadas em Portugal) e autocarro. Alugar um carro é a opção mais comoda para conhecer a ilha.

Fonte: Google Maps

Onde ficar: Em Ibiza existe uma ampla gama de estabelecimentos, desde apartamentos a hotéis de várias categorias, passando por hostels modestos e campings. Como alternativa há as casas rurais, sobretudo no interior.


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Amores de verão enterram- se na areia? por HER (TEXTO)

Calor é sinónimo de férias, praia e lazer. E nada como um amor de Verão para celebrar esta data. Dizem os entendidos que é a melhor altura do ano para desfrutar dos prazeres da carne.

ILUSTRAÇÕES herideal

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s corpos estão bronzeados, a libido inquieta faz disparar os corações e a sensualidade da época convida ao amor. Verdade seja dita, quem é que consegue resistir a um piscar de olhos ou a um sorriso maroto? Ora bem, a nossa sugestão para este Verão é precisamente isto: que viva em pleno e que goze os prazeres da vida. Seja nas noites perto da praia ou no aconchego da montanha tenha sempre como pano de fundo as estrelas. Pois é este o verdadeiro espírito do Verão, para quem esta disponível e solteiro, obviamente. Os famosos amores de Verão são conhecidos pela brevidade que caracteriza a estação e a questão é: serão amores para enterrar na areia? Se calhar não colocou a hipótese de que este namorico poder-se-á transformar num verdadeiro relacionamento. Sabia que há muitos casos de sucesso que começaram assim? E quem sabe se o príncipe encantado não estará mesmo à espreita por-de-trás de uma duna?

Deixe-se levar pelo charme da época e arrisque, mesmo que não tenha continuidade fica a história para contar um dia mais tarde aos netos. Seja como for a nossa dica, ilusões a parte, é ter presente as vantagens e as recordações dos momentos vividos. Alertamos no entanto, para ter sempre o máximo cuidado no que diz respeito ao uso de protecção sendo este o único inconveniente que realmente poderá existir. Não queremos que regresse das férias com um dissabor ainda maior. Pois isso seria realmente a única coisa a enterrar na areia. Agora é tempo de se preparar e vá as compras. Compre uns modelitos irresistíveis, daqueles de cortar a respiração de qualquer alma cristã, cremes com aroma afrodisíaco, um bom perfume e boa sorte. Ah e não se esqueça, enterre na areia apenas aquilo que não interessa.


range rover

Fotografias da marca

SUV de fato e gravata

HSE LR-TDV6

TEXTO de HUGO OLIVENÇA

Potência máxima Caixa Consumos (misto) Emissões de CO2

268 cv 8 vel. automática 7,5 lt/100 km 196 g/km

PREÇO TOTAL 120.675 euros

Aí está a quarta geração do lendário Range Rover. Com um design que mantém a tradição, está mais elegante. Ao apostar numa estrutura totalmente em alumínio, esta nova geração pesa 2.100 Kg, uma redução de 400 Kg face ao modelo que sai de cena, o que lhe permite ser mais ágil e, sobretudo, muito menos guloso, ao conseguir médias oficiais de apenas 7,5 litros aos 100 Km. É fora de estrada que este Range Rover mais impressiona, afinal estamos perante um veículo criado para levar os seus passageiros até aos destinos mais remotos, com todo o conforto. No interior, o habitáculo dispõe de bancos revestidos em couro com Grão que incorporam de série, ajuste eléctrico, aquecimento e função de memória no banco do condutor.

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Fotografias da marca

Range Rover HSE LR-TDV6

SUV... Sonho O motor é o seis cilíndros Diesel com Stop/Start e 268 cv de potência, 600 Nm de binário, acoplado a uma caixa automática de oito de velocidades, que permite uma velocidade máxima de 209 Km/h. Como qualquer veículo de luxo, este Range Rover permite a personalização com uma lista (quase) infinita de opcionais, desde os tectos contrastantes, panorâmicos ou não, jantes de 19 a 22 polegadas ou aos equipamentos de entreternimento ou auxílio à condução. A versão retratada tem como único opcional a pintura Aintree Green (Metalizada)


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HER IDEAL summer party POR inês pereira (TEXTO)

13 de Julho ficará na memória de todos. A Summer Party da Her Ideal no “Aqui Há Praia” juntou várias centenas de pessoas. O desfile de penteados de Sónia Sousa Hairdresser e o de roupa de Verão de Lisá Tamiris deixaram todos os presentes encantados.

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Não faltou animação nesta festa que teve a Ria Formosa como pano de fundo. Um obrigada a todos os que estiveram presentes.


naturismo

Fotografias cedidas pela Fed. Portuguesa de Naturismo

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POR inês pereira(TEXTO)

Em tempo de férias de Verão fomos conhecer o conceito de naturismo. Uma estilo de vida, uma forma de viver em comunhão com a Natureza. Perguntámos à direcção da Federeção Portuguesa de Naturismo o que é isto do Naturismo.

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O que é o Naturismo? O Naturismo consiste na prática da nudez num meio social e a procura do bem estar resultante da partilha do nosso corpo com os elementos naturais, permitindo viver em harmonia com a natureza, dando ao nosso corpo e à sua componente sensorial o seu justo lugar no contexto na nossa vida longe de clichés e fantasmas. Afinal, se pensarmos bem, que mais natural e agradável poderá existir que o prazer da liberdade corporal no contacto integral com a água, o ar e na exposição solar. A nudez é parte de um todo, de uma vida mais natural, onde a tolerância, o respeito pelos outros e o meio ambiente ocupam um lugar de destaque. O Naturismo distingue-se de outros movimentos eco-ambientalistas, porque de forma igual e voluntária praticamos uma nudez colectiva, convivendo assim de forma natural e integral, nada nos dividindo ou separando da verdadeira natureza humana. A nudez é, para nós, um direito humano universal, elementar e fundamental, já que é nesse estado que nascemos e nele somos livres e iguais. Pelo contrário, o uso de vestuário é que deve ser entendido como um direito à diferença que, aliás, respeitamos, e que quando e onde necessário também usamos. Assim, “ Dignificar a Nudez ”, surge como um dos grandes objectivos do movimento naturista. “O Naturismo é uma forma de viver em harmonia com a Natureza caracterizada pela prática da nudez colectiva, com o propósito de favorecer a auto-estima, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente.” Esta é a definição que apresentam. Consideram que ainda há muitos que não entendem o naturismo como a forma de viver em harmonia com a Natureza? Que não são totalmente esclarecidos com esta forma de vida? O viver em harmonia com a natureza não implica ser naturista embora exista igualmente a possibilidade de um naturista não praticar a nudez colectiva ou individual. Na sociedade existem muitas pessoas que não estão e não vivem em harmonia com a natureza,

o que é demonstrado pela negativa, por tantos atentados ecológicos em todo o mundo, e pela positiva pelo grande número de associações e entidades dedicadas à defesa do ambiente e pelo seu trabalho em busca dessa harmonia. Para algumas pessoas o naturismo pode parecer algo estranho, não pela harmonia com a natureza mas mais pela prática da nudez colectiva em ambiente social. Não podemos dissociar o facto de vivermos num país tradicionalmente católico o que associados aos 40 anos de ditadura só permitiram que o naturismo floresce-se em Portugal com maior dinâmica e organização a partir de 1974. Apesar do tempo decorrido e de a aceitação do naturismo ter sido efectuada de forma natural e crescente ao longo dos tempos, muito continua por fazer pois cada geração é única e encara o naturismo de forma diferente. Actualmente e salvo raras excepções, o trabalho desenvolvido pela Federação Portuguesa de Naturismo, pelas suas associações filiadas e as várias reportagens na comunicação social permitiram que poucas pessoas desconheçam o naturismo.

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De salientar que o papel das redes sociais assume aqui um papel fundamental numa sociedade cada vez mais online, e onde já se pode considerar a nossa presença como uma extensão da nossa sede física. A nossa aposta num blog, fórum, facebook, etc permitiu uma maior visibilidade e divulgação do naturismo e um acompanhamento em tempo real de uma sociedade cada vez mais rápida e consumista de conteúdos, tendo como retorno a percepção de quais os temas mais importantes e de maior alcance na comunidade que nos acompanha. O trabalho levado a cabo pela Federação Portuguesa de Naturismo permitiu o reconhecimento do naturismo na Lei, pelos partidos políticos com acento na Assembleia da Republica, com a aprovação da primeira lei naturista em 1988 (Lei 92/1988 de 13 de Agosto) e posteriores actualizações através da Lei 29/1994 de 29 de Agosto e Lei 53/2010 de 20 de Dezembro, que no seu número (2.) do Art.º 1.º tão bem define o Naturismo como “…, o conjunto das práticas de vida ao ar livre em que é utilizado o nudismo como forma de desenvolvimento da saúde física e mental dos cidadãos, através da sua plena integração na Natureza.” De norte a sul do país o número de praias oficiais e de uso e costume mostram uma sã convivência entre praticantes e não praticantes do naturismo, onde o respeito e o reconhecimento por cada forma de estar coexistem com toda a normalidade, demostrando um claro esclarecimento sobre o naturismo. Existe apenas um número muito reduzido de pessoas que teima em não respeitar o próximo e que se colocam em locais menos apropriados para praticarem o voyeurismo, actividade que nada tem a ver com o naturismo e que se pratica de igual forma em qualquer ambiente e em qualquer lugar. Para finalizar tal como em todos os quadrantes da sociedade, existiram sempre pessoas a favor, neutras e contra o naturismo, mas é notório uma maior abertura e respeito pelo direito à sua prática, pelos não praticantes. Quantos são os praticantes de naturismo em Portugal? E na Eu-

ropa? Em Portugal não existem dados precisos sobre o número de praticantes do naturismo, mas estima-se que possam existir 10.000 praticantes dos quais mais de 1500 já em dado momento foram portadores de cartão naturista emitido pela Federação Portuguesa de Naturismo. Em toda a Europa existem praticantes de naturismo, estando a sua prática mais desenvolvida em países como a França, a Alemanha e a Holanda. A Federação Internacional que festeja este ano o seu 60º aniversário, agrega actualmente 31 federações e mais de 450.000 praticantes em todo o mundo. Os portugueses são mais adeptos do naturismo em relação a outros países? Portugal possui condições excepcionais para a prática do naturismo, sendo um dos países da Europa com maior número de horas de sol e com 1800Km de costa, no entanto esta realidade não estabelece uma relação com o número de praticantes.

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Os países mais a norte como a Alemanha, Holanda, França, Inglaterra e países nórdicos têm não só um maior número de naturistas mas também de espaços para a prática de actividades naturistas. O número de cartões naturistas emitidos nesses países é também muito superior sendo a Holanda um dos países onde existe maior adesão ao movimento naturista associativo. Quais as principais dificuldades que os naturistas encontram para a prática do mesmo? As dificuldades para a prática do naturismo em Portugal assentam em várias componentes de âmbito geográfico, social e financeiro. A inexistência de praias oficiais, associações e espaços dedicados ao naturismo no Norte de Portugal dificultam a sua prática. Todas as praias oficiais e parques de campismo naturistas estão situadas a Sul do Tejo, o que obriga a grandes distâncias para a sua prática colectiva. Esta situação é atenuada pelo largo número de praias de uso e costume de norte a sul, embora muitos naturistas preferiram as praias oficiais pelo reduzido número de têxteis e pela existência de grupos de praticantes que através das redes sociais se mobilizam para a prática colectiva da nudez. A nível social e quanto mais nos afastamos dos grandes centros urbanos com especial destaque do interior, a prática da nudez colectiva torna-se mais difícil o que leva ao isolamento dos adeptos desta filosofia de vida. Não pela falta de espaços que permitam a comunhão com a natureza mas pela maior dificuldade social na sua prática e aceitação entre familiares e amigos. Para finalizar a maior dificuldade que leva muitos naturistas a procurar espaços fora do país é a total inexistência de espaços com ligação directa à praia como podemos encontrar já aqui ao lado na vizinha Espanha, uma vez que em Portugal os espaços existentes situam-se a alguma distância do mar com excepção de um parque parcialmente naturista no Algarve, a escassos quilómetros da orla marítima.

Há falta de espaços para a prática do naturismo em Portugal? Se sim porquê? Portugal conta com vários espaços e uma oferta variada mas de reduzida dimensão, pecando pela falta de estruturas idênticas às de outros países. Podemos encontrar, para além de outros, os seguintes espaços com protocolos para os portadores de Cartão Naturista: Monte Naturista O Barão | Quinta do Maral | Quinta dos Carriços | Glampelo | “Alojamento Local” Samonatura | “Alojamento Local” Pool Houses | Naturest | Vale de Milhanos ( Alugado na totalidade permite naturismo.

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Este é um segmento turístico por explorar em Portugal? Dado o reduzido número de oferta podemos dizer que sim, no entanto nos espaços existentes existe uma grade procura de portugueses durante o verão e de estrangeiros ao longo de todo o ano, variando entre naturistas reformados que procuram mais o país no inverno dadas as excelentes condições climatéricas no Sul para a pratica do naturismo nesse período, com a procura de jovens e famílias no verão. No entanto existe muito espaço para a criação de infra estruturas ou complexos idênticos aos que existem na Europa, especialmente unidades hoteleiras e resorts. Qual o potencial turístico do naturismo? O potencial é enorme basta ver a grande oferta em países como a França, Espanha e muito em especial a Croácia que após a queda da antiga Jugoslávia se colocou na vanguarda deste mercado na Europa, e onde se estima que cerca de 15% dos seus turistas são naturistas com um volume de visitas superior a um milhão de pessoas por ano. Somos dos poucos países com uma praia oficial a cerca de 20 minutos (Bela Vista) do principal aeroporto e da sua capital e outra a menos de 50 minutos (Meco). Somos um país cuja principal região Turística, o Algarve, tem 3 praias oficias e várias de uso e costume. Somos um país com uma enorme facilidade em associar o turismo naturista à cultura, observação de espécies e passeios em parques naturais, a nossa simpatia e gastronomia marcam uma grande diferença. O potencial é enorme e reconhecido, por exemplo pela autarquia de Aljezur, onde a própria Câmara suporta os custos do nadador salvador na praia das Adegas em Odeceixe, durante o verão, potenciando a presença de naturistas nacionais e estrangeiros em condições únicas em Portugal. E das restantes Câmaras em manter as placas de praia actualizadas e em bom estado de conservação. Quais as principais actividades desenvolvidas pela Federação?

A Federação Portuguesa de Naturismo está filiada na INF / FNI Federação Internacional de Naturismo, constituindo-se como a entidade emissora do cartão naturista internacional em Portugal e leva a cabo uma actividade coordenadora a nível nacional entre os seus associados fazendo a ponte com os vários parceiros sociais e a Federação Internacional. Até à maturidade das entidades nela filadas a FPN organizava várias actividades de praia, piscina naturista e SPA. A partir de 2011 todas as actividades passaram a ser desenvolvidas pelos associados, libertando assim recursos para novos projectos. Actualmente a FPN procura desenvolver parcerias que permitam difundir o naturismo não só através do associativismo mas também através de empresas que no seu modelo de negócio incluam actividades naturistas. A procura constante de criar parcerias e protocolos tem permitido criar valor acrescentado aos portadores do cartão naturista permitindo facilmente amortizar o seu reduzido custo anual.

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Quais os projectos futuros? O futuro passa por consolidar os objectivos já alcançados, nomeadamente criar mais condições nas praias oficiais, aumentar o número de emissões de cartões através de um forte e sustentado apoio aos nossos associados com especial incidência na dinamização dos jovens até aos 30 anos. Procurar criar e apoiar condições para que o naturismo associativo regresse ao norte de Portugal e dinamizar a prática naturista na zona Oeste e Costa de Prata. O que desejavam ver concretizado a médio prazo? Alargar a rede de protocolos a novas localidades potenciando a adesão ao movimento. Encontrar caminhos que permitam oficializar entre Douro e Tejo e a norte do Douro uma praia oficial que permita dar resposta aos naturistas das respectivas regiões. Aumentar o número de jovens nos nossos afiliados. Apoiar e concretizar novas associações naturistas em Portugal com especial destaque para as duas zonas acima referidas.



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