Gtow #04

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Agradecemos todo o apoio e colaboração dos nossos parceiros.


Índice

17 MEKIE the beatmaker

24 Sabia que (...)

27 Fobias

34 Photoshoot GtoW

48 ...contas-me quem és?

50 O beijo da serpente

70 Paladares

72 Destino de fim-de-semana Beja

76 Casting Póvoa de Lanhoso

92 STAY FIT

96 Styling by Adriana Matos

120 Passo a Passo de make up


28 Viver lá fora

30 Música - a minha vida

32 ZEKEXPERIENCE

54 Coaching

60 As mulheres e as cirurgias plásticas

64 João Matias

78 Apresentação de um modelo

80 Bicheap Bichic

86 Ser Modelo

124 Em segredo

128 A Biblioteca by Andreia Hipólito


MEKIE The Beatmaker Nome: Renato André Fernandes Machado Nome Artístico: Mekie The Beatmaker Data de Nascimento: 15/04/1988 Idade: 26 anos Morada: Avenida João da Torre, Nº 235, 4850-523 Vieira do Minho Email: mekiethebeatmaker@gmail.com Experiência Profissional: Completou o 12º ano na área de Ciências Tecnológicas; Experiência como Padeiro e experiência na Restauração; Exerceu várias funções numa Empresa Municipal em Vieira do Minho; Atualmente trabalha na Biblioteca Municipal de Vieira do Minho. Interesses: Gosta de ouvir todo o tipo de Música, mas especialmente Hip-Hop, Soul, Jazz, Funk, Gospel e Blues; Apaixonado por Carros; Nos seus tempos livres gosta de aproveitar o tempo com os amigos, a namorada, produzir música e cuidar do seu carro.


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Jéssica Catalão


(…) A lingua é um dos músculos mais fortes e flexiveis?

Sabia que(…) (…) Os cangurus machos flexionam e exibem os biceps para impressionar as fêmeas? (…) Um homem gasta em média 145 dias da sua vida a fazer a barba? (…) Os músicos possuem a área cerebral mais desenvolvida?

(…) Segundo um estudo, bastam 150 likes para provar que o faceboock te conhece melhor do que a tua própria mãe? (…) Até hoje não se sabe quem inventou a cerveja? (…) A ave que tem o maior bico é o pelicano australiano?

(…) Um cubo mágico possui 43 quintilhões de combinações possiveis? (…) Estudo provou que a ejaculação femenina é verdadeira? (…) 1,7 bilhão de embalagens de cocacola são vendidas todos os dias?


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F O FO O FBI B I I B A AS S S A Uma fobia é uma perturbação ao nível da ansiedade, é um medo persistente e irracional em que a exposição a um determinado tipo de objeto, animal, atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo pode provocar ansiedade extrema ou ataques de pânico. A fobia pode aparecer em qualquer momento da vida de uma pessoa, mas o mais comum é surgir no início da infância, e derivam, normalmente, de alguma experiencia negativa. Alguns cientistas afirmam que as fobias podem ser genéticas. Isto porque dois terços das pessoas que sofrem de uma fobia têm algum familiar que sente o mesmo medo ou ansiedade. Segundo a DSM ( Diagnostic and Statisticals Manual of Mental Disorders) as fobias podem ser divididas em cinco tipos diferentes - que podem ser representadas por animais, aspectos do ambiente natural, Sangue injeções ou feridas, Situações ou outros tipos.

Fobias Comuns Balistofobia .................................................. (medo de misseis) Entenofobia .................................................. (medo de ficar solteiro) Anuptafobia .................................................. (medo de insectos) Agrafobia ...................................................... (medo de abusos sexuais) Agorafobia .................................................... (medo de espaços abertos) Aicmofobia .................................................... (medo de agulhas) Acrofobia ...................................................... (medo extremo de alturas) Coulrofobia ................................................... (medo de palhaços)


Fobias Bizarras Narigofobia ............................................ (medo de narizes) Ergofobia ............................................... (medo de trabalho) Logizomecanofobia ................................ (medo de computadores) Biofobia .................................................. (medo da vida) Epistemofobia ........................................ (medo do conhecimento) Fengofobia ............................................. (medo da luz solar) Eisoptrofobia ......................................... (medo de espelhos) Lachanofobia ......................................... (medo de vegetais) Filemafobia ............................................ (medo de beijos) Caligenefobia ......................................... (medo de mulheres bonitas) Hipopotomonstrosesquipedaliofobia ..... (medo de palavras grandes) Parasquavedequatriafobia ..................... (medo da sexta feira treze) Quando expostos ao objeto de medo ou quando se imaginam em determinadas situações, os pacientes fóbicos apresentam:

> Coração acelerado; > Suor intenso; > Inquietação; > Tonturas; > Sensação de desmaio; > Falta de ar; > Medo de morrer.

Existem vários tratamentos para combater uma fobia mas o mais usual é a terapia cognitivo-comportamental. A constituinte cognitiva foca-se em mudar os pensamentos anormais, enquanto a comportamental expõe o paciente, de uma forma gradual, segura e controlada, às situações que originam o medo. Durante o tratamento o paciente aprende a controlar a respiração pois, uma respiração pausada e profunda ajuda a manter a calma, quando se começa a sentir ansiedade, o que alivia e evita a sensação de pânico. Atividades de relaxamento, como o ioga, a meditação e o relaxamento muscular, são ótimas para ajudar a controlar os ataques de pânico.

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VIVER LÁ FORA Marisa Fernandes, uma jovem estudante de 25 anos, natural de Galegos Santa Maria (Barcelos) está atualmente emigrada, em Jersey, desde agosto de 2012. Jersey é uma ilha no Canal da Mancha (situada perto de França), com dependência da Coroa Britânica, mas que não faz parte do Reino Unido. Tem emissão das suas próprias notas e moedas, que circulam juntamente com a moeda do Reino Unido. Esta ilha está dividida em doze freguesias, todas elas com acesso ao mar. Na sua opinião a ilha no verão, que tem uma duração muito curta, fica muito bonita e é muito agradável, no inverno as temperaturas são muito frias, tão frias que, diz Marisa, algumas vezes, não lhe apetece sair da cama (gargalhadas). Atualmente, trabalha como empregada de balcão/mesa num café em ST Helier (capital) onde, apesar das tarefas normais de servente, também executa algumas tarefas na cozinha. As razões que a levaram a emigrar foram a necessidade de estabilidade financeira e emocional. Nos primeiros meses sentiu algumas dificuldades na adaptação à língua inglesa, às baixas temperaturas e a dificuldade de arranjar um emprego estável. Emigrar proporcionou-lhe crescer enquanto pessoa, amadureceu e tornou-se mais “desenrascada”, aprendeu uma nova língua que, como é universal, lhe poderá abrir algumas “portas” no mercado de trabalho. Marisa, refere que o ritmo da sua vida, que em Portugal era de constantes saídas à noite com os amigos, se alterou. Esta alteração devese em grande parte, ao facto de ter um filho, o que faz com que o tempo disponível para saídas seja menor e ao alto nível de vida em Jersey, tudo é muito caro. A conjugação destes fatores levam-na a ter como prioridades na vida a dedicação ao trabalho e a poupança de algumas economias,

para poder visitar a família que deixou em Portugal. Em Agosto de 2013, foi mãe pela primeira vez. Diz ter sido uma boa experiência e sentiu que foi bem tratada pelos serviços de saúde de Jersey. Contudo, houve alguns aspectos negativos, pois, devido ao facto de não habitar na ilha há mais de 5 anos, teve de suportar sozinha todos os gastos relacionados com a gravidez nomeadamente com consultas, ecografias e com o parto. Quanto à licença de maternidade recorreu aos descontos que tinha feito em Portugal, pois, segundo ela, o estado Português não desampara as mães que não têm apoio no país onde residem. Salienta ainda a falta que sentiu da presença da família neste momento importante. Marisa tem saudades dos amigos, da família e das temperaturas agradáveis de Portugal e, por isso mesmo, pensa regressar um dia a Portugal. Despede-se dos leitores da G to W deixando a seguinte mensagem: - “Sejam felizes, vivam sem pensarem no que os outros pensam ou dizem, vocês é que sabem o que realmente se passa na vossa vida.”



musica a minha vida

O meu nome é Ricardo Montenegro, e vivo em Calvos, Póvoa de Lanhoso. Apesar de ter apenas 18 anos, tenho já um longo caminho percorrido na música e considero que sem esta não seria o ser humano que sou hoje. O meu percurso musical começou aos sete anos, na escola da Banda Musical de Calvos, por incentivo principalmente do meu pai, que toca clarinete e que já é músico desta Instituição há 24 anos mas, também pelo facto de a banda ser muito importante para a freguesia onde sempre habitei (Calvos). É normal na grande maioria das famílias desabrochar um ou vários músicos, é uma tradição que se mantém até aos dias de hoje. Assim, e seguindo a tradição da família, ingressei nesta instituição, onde dei os primeiros passos na minha formação musical e que me muniu do conhecimento da música. Durante cinco anos estudei apenas formação musical e, decorrido esse tempo, foi-me entregue o meu primeiro instrumento. Um trombone, bastante estragado, mas que eu, na altura, não teria trocado por nada do mundo, e que me deu a certeza do futuro que queria para mim - eu iria estudar música. Dois anos após me ter sido entregue o meu primeiro trombone, ingressei na Associação em Diálogo para complementar um pouco mais a minha formação. O professor era o Daniel Lima. Foi lá que dei o meu primeiro concerto, dirigido pelo Maestro Daniel Lima (tio do meu professor), embora ainda não conseguisse ler uma pauta musical. O meu percurso não foi fácil, nem sempre tive os melhores professores, e muitas vezes a minha motivação baixava drasticamente mas, apesar de todas as contrapartidas, com doze anos realizei o meu sonho, e que era igual ao de quase todos os meninos do meu grupo, que estudavam comigo naquela altura. Entrei para a Banda de Música de Calvos. A partir deste momento a minha vida mudou, para além de passar a fazer parte de um grupo espectacular, onde a união e a amizade impera, descobri a adrenalina e o prazer de fazer música em conjunto, para um público que aprecia o trabalho por nós desenvolvido e, que assiste aos espetáculos onde atuamos. Ensaiamos, ao longo de horas a fio, com o objetivo de alcançar a perfeição. Foi na banda que compreendi a sensação indiscritível que é receber um aplauso e a vontade de fazer mais e melhor, para obter cada vez mais reconhecimento e a admiração de todos. Paralelamente, realizei o meu primeiro estágio musical, num pólo da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, em Vieira do Minho tendo, pela primeira vez, contacto com uma formação musical mais completa e complexa do que a que estava à nossa disposição na Banda. De dia para dia, aumentava em mim a vontade de ser um músico cada vez mais brilhante e completo, e assim, e apesar das grandes


dificuldades económicas da minha família, os meus pais compreenderam a importância da música para mim e permitiram que eu ingressasse na Academia de Música Valentim Moreira de Sá, em Guimarães, tendo como professor de instrumento o Professor Rómulo Vieira, e como professores de formação musical, os Professores Hermano e Paulo. Aqui desabrochei completamente para a música. Como se pode imaginar o grau de exigência desta academia, muito conceituada na região, é bastante elevado e, inevitavelmente, muito devido ao meu esforço e sacrifício, tornei-me um músico bastante completo e rico. Ao longo do tempo dei por mim a subir, gradualmente, degrau a degrau, e a tornar-me naquilo que sou hoje. Não me considero ainda um músico genial mas, acredito que o percurso para lá chegar é agora menor, do que era quando tinha doze anos - quando me entregaram o meu primeiro instrumento. Á medida que fui progredindo na minha formação, foram surgindo oportunidades de enriquecer o meu curriculum e complementar a minha experiência. Assim, realizei diversos estágios, com grandes nomes da música nomeadamente com o Luís Clemente, que frequenta atualmente o Doutoramento em Direcção de Orquestra, na Universidade de Aveiro, e que é responsável pelo Centro de Estágio de Direcção de Orquestra de Sopros e Maestro da Banda Sinfónica da Covilhã, para além de ter já dirigido uma das mais conceituadas orquestras sinfónicas de Nova Iorque, nos Estados Unidos; com o David Silva, um trombonista muito conceituado e com o Ricardo Pereira, professor orientador de trombone do Estágio Nacional de Orquestras de Sopros de Esposende e músico galardoado, por duas vezes, com o prémio de jovem músico. Realizei vários estágios promovidos por instituições como a Academia de Música Valentim Moreira de Sá, a Associação Educação, Cultura e Artes e a Academia de Música em Diálogo, e um outro, realizado independentemente, que em particular que me deu bastante gozo, o Estágio Nacional de Orquestra de Sopros de Esposende. Muito devido ao meu progresso na música, foi convidado a tocar em Bandas como a Banda de Vieira do Minho e a Banda de Cabreiros. Atualmente encontro-me a frequentar o 6.º grau de Instrumento e Formação Musical, na Academia de Música Valentim Moreira de Sá, e a liderar o naipe de Trombones na banda com a qual atuo regularmente, a Banda Musical de Calvos. Tenho grandes sonhos a realizar. Quero continuar a percorrer o meu caminho. Sei que ainda tenho muito para conquistar mas acredito que, com a minha força de vontade e com a ajuda da minha família e amigos, vou alcançar o meu lugar na música. Tenho sede de palco, de aplausos, de brilho mas sei que me vou saciar.

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ZEKEXPERIENCE Os Zekexperience são uma banda que canta em português. Partiram do rock alternativo e construíram um percurso que os tem levado a percorrer as estradas portuguesas. A Girl to Woman esteve à conversa com José Marques o compositor da banda.

Como nasceu este vosso projeto? A banda nasceu em dezembro de 2012 em Cabeceiras de Basto, como um projeto de música original, cantada em Português, em que o estilo se pode definir como rock alternativo. Como surge o nome da banda? Zekexperience, “Zek” significa prisioneiro em russo e “Experience” , de experiência. Escolhemos este nome porque sentimos que deriva de algumas histórias passadas que nos ligam uns aos outros. Por quantos elementos é constituído o grupo? Somos três - José Marques, César Silva e João Carvalho. Em que artistas se inspiram? Eu sou o compositor de todas as nossas músicas, as minhas principais influências são: Jimi Hendrix, Jeff Buckley, Nirvana, the Doors, Led Zepplin e Muse. Quais são os ingredientes necessários para o sucesso na música? O primeiro é ter a aprovação do público, o segundo é ter um bom manager, para nos fazer chegar a esse mesmo público. Costumam dar concertos somente em Portugal ou também no estrangeiro? Por enquanto apenas andamos por terras nacionais mas, temos tido alguns momentos especiais como por exemplo a abertura do concerto dos Xutos e Pontapés na queima das fitas em Évora... Como caracterizam o vosso trabalho? Caracterizamos o nosso trabalho como sério e com um objetivo bem definido, que é conseguir entrar no panorama da música portuguesa. É fácil ser-se músico em Portugal? É muito difícil ser-se músico em Portugal porque não há público que aprecie a cultura de ver espetáculos com bandas ao vivo, principalmente nos meios menos desenvolvidos e, por vezes, nos meios onde isso acontece é preciso ter alguns conhecimentos para entrar nesses círculos. Restam-nos os concursos, a que todas as bandas podem concorrer, que nos possibilitam conhecer outros palcos e dar a conhecer a nossa música. Mas, normalmente sempre sem recompensa monetária. Gostariam de destacar algum momento da vossa carreira? Gostaria de destacar a abertura do concerto dos Xutos e Pontapé, na queima das fitas em Évora, e o conviver com eles no final do espetáculo, foi gratificante.


Onde podemos encontrar-vos em 2015? Em 2015 podem-nos encontrar provavelmente em alguns bares da zona de Braga e também em alguns concursos de bandas. Datas definidas, ainda não temos. Querem deixar alguma mensagem para outros artistas que tentam vingar no mercado da música? A mensagem que podemos deixar a outros artistas é a seguinte: Não desistam mas, tenham sempre os pés bem assentes na terra. Façam música porque realmente a sentem e não só por fazer... Gostariam de deixar alguma mensagem aos vossos fãs? Gostaria de deixar uma mensagem aos nossos fãs mas, acho que, para já, apenas temos pessoas que apreciam a nossa música e fazem questão de marcar presença em cada uma das nossas atuações, e isso é o que dá sentido à nossa luta constante pelo reconhecimento. Qual a vossa opinião sobre a GtoW Magazine? Achamos que a GtoW Magazine está de parabéns porque aborda vários temas culturais e ainda porque dá a oportunidade a outros, como nós, de divulgar o seu trabalho. Em nome da equipa GtoW agradeço o tempo que nos dispensaram e desejo-vos um bom ano, repleto de sucesso.

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Photoshoot “7 Pecados Capitais” modelo

Magda Ferreira manicure

Marta Braga - Nails bijuterias

Musa bijuterias fotografia

Herlander Patrocínio



gula


Avareza


Inveja



Preguiรงa


Luxúria


Soberba



Ira


GtoW photoshoot foi patrocinado por Mousseline Praceta Dr. ParcĂ­dio de Matos 4820 Fafe 253 096 726

mousseline2014@gmail.com



…contas-me quem és?

Sara Albuquerque de 19 anos e natural de Viseu conta um pouco da sua história.

C

ontam-me os meus pais e o meu irmão que eu era uma bebé esperta, muito dorminhoca e calma (por muito estranho que isso pareça) e que praticamente não dava trabalho. Bastava-me uma almofada e um biberão com leite para me sentir satisfeita. Resumindo, era uma bebé bem-disposta e que se podia levar para todo o lado sem fazer “birras” (modéstia à parte!). Iniciei o meu percurso escolar aos cinco anos. A entrada na primeira classe foi, para mim, um momento muito especial. Lembro o dia em que a minha mãe me levou ao colégio pela primeira

vez e que fiquei a chorar quando ela se foi embora, talvez por insegurança. Foi o início de um ciclo que encerra daqui a dois anos (espero eu), mas do qual, já sei, que sentirei muitas saudades. Na escola fiz grandes amigos, que guardo no meu coração, e com os quais ainda mantenho contacto. A minha infância e a pré-adolescência decorreram dentro da normalidade. Em relação à adolescência, considero que foi muito positiva, apesar de todas as mudanças que nela ocorreram. Uma das primeiras mudanças foi a minha saída


de Portugal para França. Passei por algumas fases um bocado complicadas, tanto a nível familiar como a nível escolar mas, que consegui ultrapassar. Na vida devemos procurar ultrapassar os problemas que nos surgem e procurar mudar o que consideramos que está mal, ou menos bem. É isso que tenho tentado fazer. Tenho uns pais que me adoram, e me proporcionam tudo o que há de bom, tenho a felicidade de ter uma casa e uma vida estável. O facto de vivermos sem dificuldades económicas leva-me a não pensar só em mim mas, também em quem tudo faz para me ver feliz e em quem mais sofre quando algo de mau me acontece, como é o caso dos meus pais e da minha família, que sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado em todos os momentos, nos bons e nos maus momentos da minha vida. Em 2013 a minha vida deu uma volta de 180° graus. Engravidei e dei a luz uma criança linda, inteligente e que atualmente é a razão do meu viver. Fui mãe muito jovem, porém, não me arrependo de nada, o meu filho fez-me encarar a vida de outra forma. Tornei-me uma pessoa mais madura e responsável, que luta pela vida mesmo nos dias em que as coisas não correm pelo melhor. Ele faz-me sentir que tenho alguém que é meu e, pelo qual vale a pena viver cada dia só para o ver crescer. Em 2014 tive a oportunidade de fazer uma sessão fotográfica com o excelente fotógrafo Herlander Patrocínio, e com a produção de Sara Silva, uma modelo do norte de Portugal, que é o meu ídolo no mundo da moda. Agradeço-lhes muito pois foi uma experiência excelente que espero vir a repetir ou, até quem sabe, pode ser que me possibilite tornar-me uma modelo. Hoje em dia luto pela minha vida e tento, em todas as ocasiões, tomar as decisões que me parecem mais sensatas, para que nada possa prejudicar a minha vida profissional e pessoal.

Em 2013 a minha vida deu uma volta de 180° graus.

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O beijo da serpente Esta é a história de uma mulher tocada pelo destino. Carla Sofia queria ser psicóloga, mas os acasos da vida não pensaram da mesma maneira e ela acabou numa cozinha. No entanto, não precisou de muito tempo para que os colegas a considerassem uma artista. Faz o melhor doce do convento de Sines do mundo e é um poço de sonhos por concretizar. Carla Sofia teve de contar ovelhas e outros bichos para conseguir dormir nessa noite fria de Novembro. Os pais a ressonar, a irmã mais nova já a sonhar com os colegas da escola e ela a visualizar animais tosquiados e por tosquiar, a esforçar-se por recordar como se separam os chibos dos bodes, o ruminar das vacas quando estão nas suas sete quintas. 900. 901. 902. 903. 904. 905 ovelhas e Carla Sofia a esperar pela manhã sem conseguir pregar olho. Todas as manhãs acabam por chegar e esta não escapou à disciplina. Carla Sofia foi a primeira a levantar-se da cama. Fechou-se na casa de banho, abriu o chuveiro e mentalizou-se para o grande dia. Fechou o chuveiro, olhou a imagem reflectida pelo espelho. Parece que foi anteontem que brincava com as bonecas de pano, feitas pela avó. Parece que ontem entrou na maternidade para ver a Sílvia, a sua irmã, acabada de nascer. Não há muito tempo corria de baloiço em baloiço, ainda há pouco tempo acabara o 12º ano e dizia aos amigos que queria seguir sociologia ou psicologia, parece-lhe que a avó morreu apenas há poucas horas. Parece que foi ontem que se decidiu tentar pela via profissionalizante, um curso de hotelaria a funcionar no Estoril. Parece que não há muitas horas começara a trabalhar na pousada como pasteleira. Parece... Mas, na verdade, Carla Sofia tem 26 anos, a irmã mais nova já vai nos 15 anos, os pais que neste texto ressonam – mesmo que não ressonem na realidade – e um grande dia pela frente. Do outro lado do espelho vê uma cara redonda, frágil e corada, comprometida por uns olhos mel amêndoa e um cabelo ondulado, porque estava molhado, a escorrer-lhe pelos ombros, castanho claro. Agarrou no cabelo, cheirou-o e sorriu levemente. Estava nua, mais nua do que nunca. Exposta à outra face do espelho. Feminina... sentiu um desejo bom de levar as mãos até aos seios, rijos e pequenos. Voltou a sorrir e questionou-se: porque não gostava ela de homens? “De certeza que os homens gostariam de me possuir, de amar-me!” Com toda a certeza!... Carla Sofia preferia, entretanto, amar um corpo semelhante ao seu. Era homossexual... lésbica... fufa... o que quisessem chamarem-lhe. E voltou a deixar cair um sorriso terno e doce dos lábios carnudos. Descobriu-o há cinco anos. Tudo fruto do acaso como geralmente acontece nestes casos. Deu conta quando estava a passar férias em Viana do Castelo e dormia com uma amiga na mesma tenda. Uma noite fria de Setembro a Beatriz pediu se podia aproximar-se e dormir no mesmo saco cama. Uma boa ideia, até porque os pés da Carla Sofia também estavam frios. Num ápice a Beatriz meteu-se no saco cama da amiga. Tudo tão normal, demasiado natural entre duas amigas se não fosse a Carla Sofia sentir o sexo de Beatriz no braço quando esta se ajeitava no saco cama. Fez conta que não se tinha apercebido de nada e a Beatriz também não baixou a camisa de noite. Começou com uma ameaça de suor. Depois uma leve sensação de calor. O calor apertou dentro do corpo. Carla Sofia a ter que pensar naquilo. A


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naquilo. A pensar como seria bom estar na praia, com vontade de se despir mas a tapar-se ainda mais. Um desejo... a amiga a dormir com as ancas desnudadas a seu lado. Tinha uma impressão tetanisiante de viver tal situação, ao ponto que sentiu o sexo molhado. A Beatriz a dormir. Carla Sofia teve uma vontade prudente. Aproximou a mão e começou a investigar o corpo linear de Beatriz. Devagar, para não despertar a amiga. A sensação de tentação era irresistível de tocar o sexo desnudado da amiga. Passeou as mãos entre as coxas e os dedos encontraram o que parecia ser a vagina. Carla Sofia supunha que Beatriz dormia mas, de repente, sentiu que uma mão lhe subia pela perna. Não houve palavras. Não houve olhares. Só houve sentidos e sentimentos. Tremeram juntas... no primeiro beijo, nos primeiros toques, nas primeiras ternuras do resto das suas vidas. Uns momentos depois do milagre Carla Sofia lembrou-se de acender um cigarro, estendeu as pernas e fez zapping pelas várias estações disponíveis do seu rádio. O seu dedo não chegou a embrenhar-se pelo mundo porque, sem que nada fizesse prever, voltou a sentir o mesmo calor, a mesma vontade de tirar a roupa, de gritar... a mesma vontade e ela a achar estranho, a mesma vontade e ela a correr para a casa de banho pública do parque, a abrir o chuveiro e a sacudir-se da água fria mas, a sensação a não querer abandonar o corpo há beira de um ataque de nervos. Carla Sofia não teve possibilidade de puxar por outro cigarro. Outra vez, outra vez o ardor. Carla Sofia desesperada a rezar, Carla Sofia a pensar no Brad Pitt; no Hugh Grant; no Príncipe William; no Tom Brady, no Cristiano Ronaldo, no George Clooney, no rapaz mais bonito da sua rua, a puxar um cigarro e a apressar-se para ouvir as notícias na Renascença. Outra vez o ardor, o calor das coxas da Beatriz, o cheiro do sexo da Beatriz e Carla Sofia sem saber o que pensar. A telefonar ao seu irmão, o confidente de sempre. O confidente de sempre, o Rui, a rir como nunca rira, a dizer que o namorado era um sortudo e Carla Sofia, pobre Carla Sofia, a pedir clemência aos deuses e aos diabos da sexualidade, a querer voltar para dentro do saco cama e beijar, abraçar e acariciar a amiga. Uma lágrima corria salgadamente do olhar mel amêndoa. Enxugou a lágrima e voltou à tenda para o que desse e viesse. Carla Sofia pousou os olhos no olhar esverdeado de Beatriz. Ficaram paradas sem saber o que dizer durante longos minutos, sorriram depois e juraram amor eterno uma à outra. Afinal, são coisas que acontecem na vida de duas mulheres normais e o amor não escolhe sexo, credo nem posição social. Hoje, voltado à manhã fria de Novembro, era um dia importante. O dia de anunciar aos pais que gostava de mulheres: era lésbica. Antes disso, voou para a Pousada. A manhã foi passada com doceiros que se juntaram à volta açúcares e das canelas para tentarem agradar a clientes habituados a praticar o pecado da gula. Os outros cozinheiros, dezenas de dúzias de ovos, pacotes de farinha branca de neve, pão ralado e por ralar, nozes, amêndoas, chocolate, manteigas. As mãos a obrar as delícias no seu cantinho, alheia aos outros. Levou o açúcar ao lume, adicionou-lhe manteiga e gemas de ovos inteiros, ralou o pão, untou a forma e cozeu em lume brando. Tudo com a arte do carinho como se fosse uma bailarina.


O doce ao lume e Carla Sofia a escutar em volta. O barulho das panelas, os gritos, os cheiros que também se ouvem. A sopa das freiras de Oeiras, as migas da casa de Chaves, o toucinho do céu, o doce calandro de Vila Real e ela com o seu doce do convento de Sines ao lume, à espera da altura ideal para o polvilhar o açúcar em pilé, sem tempo para pensar em ovelhas ou no seu destino. Uma mulher admirável, a Carla Sofia. Nos momentos chave da sua vida nem pestanejou. Queria ser socióloga ou psicóloga mas as circunstâncias obrigaram-na a tirar um curso técnico e a especializar-se em pastelaria... queria ser o que não foi, mas decidiu ter um emprego. Morava no Alentejo, mas foi tirar o curso ao Estoril. Carla Sofia abdicou da sua terra, dos seus amigos e mudou-se para a cidade grande. Começou quase do zero, mas em nove anos chegou a chefe de pastelaria e pôde chamar os pais e a irmã para ao pé de si sem nunca se esquecer da sua terra natal: Alter do Chão. Carla Sofia, naquela manhã de Novembro, tomou uma decisão. Estava farta de explicar errado o que tinha uma explicação lógica. Resolveu assumir a sua relação. Resolveu mostrar o que lhe ia na alma e no corpo. Teve medo. Ainda tem medo. Mas sabe que não pode continuar num mundo de falsidade e enganos. Sabe que ama a Beatriz, sabe que Beatriz a ama... numa relação de perdura à cinco anos, nem sempre fáceis e nem sempre bonitos mas, quase sempre, emotivos e sinceros. A coragem veio. Sentou os pais e a irmã na sala. Convidou o Rui, o confidente de sempre e, disse-lhes: “Sou lésbica e a Beatriz é a minha namorada”. Calou-se em seguida. Engoliu em seco. Fechou os olhos, uma lágrima rolou do olhar mel amêndoa. Quando os abriu teve a sensação nítida de um grande alívio e que a família a apoiara, como sempre. Beatriz, levantou o olhar esverdeado, estendeu uma mão a Carla Sofia e disse-lhe: “Vamos selar com a nossa saliva o nosso amor”. Sorriu depois e afundaram-se num beijo eterno como duas serpentes enroladas em amor. Nada disto tem haver com o pecado.

Por Paulo Jorge Oliveira Director do jornal online ADN-Agência de Notícias www.adn-agenciadenotícias.com www.facebook.com/adnagenciadenoticias


COACHING António Gil Cunha Mesquita, licenciado desde 2006 em Engenharia Civil pela Universidade do Minho, formou-se Coach depois de estar cansado de alguns anos a trabalhar em projectos de betão armado, pavimentação, engenharia acústica, térmica e hidráulica. Este engenheiro de Balugães (Barcelos) diz-nos que o Coaching é para ele como uma segunda oportunidade que pensava que já não iria acontecer. Posto isto, vamos saber o que é realmente o Coaching.

Gil, diga-nos resumidamente o que é o Coaching? As bases do Coaching surgem na psicologia humanista de Carl Rogers e Timothy Galloway. Ambos acreditavam que o ser humano tem no seu interior as ferramentas que precisa para atingir os seus objectivos. O método utilizado é o não directivo. A não directividade tem um poder muito superior comparado com o método directivo usado na psicoterapia. O facto de o Coach apenas fazer perguntas, não dar nenhuma solução nem respostas parece estranho para a maior parte das pessoas. As respostas que o cliente obtém, ao provirem dele mesmo têm um poder muito superior. Afinal, a maior parte das pessoas não gosta que lhes digam o que devem fazer. Quem melhor

conhece a nossa forma ideal de resolver os nossos problemas senão nós mesmos? O ser humano só muda algo na sua vida quando ganha consciência que pode faze-lo e quando a solução para a mudança provem de si mesmo, a motivação para o fazer é muito maior. Como funciona exactamente o Coach? A relação entre o Coach e o Coachee deve ser o mais agradável e honesta possível. As sessões devem acontecer num espaço acolhedor e tranquilo. Sentamo-nos frente a frente, sem mesa nem outros objectos pelo meio, durante uma hora ou hora e meia. Depois de encontrarmos um assunto a tratar, o meu trabalho é ir elaborando as perguntas mais indicadas para que pessoa


Temos quatro etapas: definição de objectivos; observação da realidade; definição de opções e certificação de comprometimento com as acções acertadas. O cliente fica geralmente comprometido consigo mesmo, com a sua consciência a concretizar o seu objectivo dentro de um prazo que ele próprio definiu como sendo mais confortável para si. Esta é a força do Coaching! Todos já fugimos de compromissos que nos foram impostos mas não é tão fácil fugir da nossa própria consciência. O Coach, fazendo uso de questões ideais, apenas ajuda o cliente a encontrar em si próprio as ferramentas que precisa através das suas próprias respostas, não dá aconselhamento como um psicólogo. Qualquer pessoa pode usufruir das vantagens do Coaching? O Coaching destina-se a todas as pessoas excepto a quem tiver problemas psicológicos, depressão ou défices cognitivos. É sobretudo para pessoas que estão bem, mas que Então, ir ao psicólogo é diferente de ter querem e podem ficar muito melhor; pessoas que querem aumentar o seu bemuma sessão de Coaching, certo? O Coaching é diferente da psicoterapia ou estar e performance na vida. do aconselhamento porque parte de um objectivo a atingir, que se quer especifico, Se um dos nossos leitores pretender ter mensurável e ecológico (o Coach assegura- sessões de Coaching, como deve procurar se que objectivo respeita os valores do um Coach indicado para ele? cliente e daqueles que o rodeiam). Se não Primeiro tem de saber o que é o Coaching existir objectivo específico, um Coach e se é realmente o que precisa/procura. tem ferramentas para ajudar o cliente a Deve tentar obter informação sobre o tipo descobrir dentro da sua pessoa aquilo que de Coaching que o profissional domina, tentar saber sobre a pessoa em si e o seu é importante melhorar/desenvolver. vá encontrando as respostas que precisa. Geralmente não são precisos processos muito longos (superiores a 3 meses), dado que por vezes, numa só sessão a pessoa já obtém resultados notáveis.

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curriculum. Basta uma sessão para que a pessoa sinta se aquele Coach serve para si ou não. Existe a Associação Portuguesa de Coaching (da qual a ISPC é associada) que pretende reunir todos os profissionais sobre sua alçada e criar um código de ética comum. Que tipos de Coaching o Gil pratica? Eu pratico vários tipos de Coaching: de vida, executivo, entre outros. E uso ferramentas da psicologia cognitivo comportamental, da Programação Neurolinguística e ferramentas de gestão. Tal torna-se essencial pois as pessoas são todas diferentes e cada uma exige uma abordagem própria. Exige uma relação de simbiose muito grande e eu aprendo muito com os meus clientes. Qual é o Coaching mais comum fazer? É o de Planificação de vida. Há pessoas que não se conseguem comprometer com nada. Pode-se dizer que o Coaching é autorresponsabilização através da consciencialização. No Coaching de vida, a pessoa vem com a sensação de que algo não está bem e geralmente com depressão e ansiedade a acompanhar. Ao dirigir-se ao Laboratório de Psicologia de Barcelos, o cliente terá um acompanhamento por parte das psicólogas para resolver problemas clínicos caso existam e depois passará para o Coaching. Através do uso de algumas ferramentas do Coaching a pessoa ganha verdadeira consciência do que a está a incomodar e partimos em busca de soluções. O Coaching é bastante interessante para empresas e empresários, não é verdade? Sim, em muitas empresas o Coaching é uma realidade e uma constante há já algum tempo. O Coaching executivo é dirigido para gestores, chefias intermédias e equipas. É interessante acompanhar estas pessoas, visto geralmente têm uma alta performance e são empreendedoras. Na opinião de muita

gente, estas pessoas não precisariam do Coaching pois aparentam ser pessoas de convicções, sucesso, segurança, determinação, etc. Mas estas sessões são de trabalho intenso, onde o executivo tem por missão desenvolver competências que não estão bem desenvolvidas ou que a empresa onde trabalha precisa que desenvolva para poder assumir determinado cargo. Achei curioso quando descobri que existia Coaching para o divórcio… É verdade, aqui trabalhasse com o cliente a observação da realidade da sua família e vida. Afinal, tudo está interligado: os cônjuges, os filhos, a situação socioeconómica. Ele ou ela chega com o objectivo de salvar o casamento ou então de o terminar, mas uma correcta observação da realidade e verificação da ecologia das nossas acções permite ter um maior grau de certeza sobre o próximo passo que iremos tomar.


porque para além de permitir que fizesse a tal mudança de rumo, também poderia completar o serviço que a minha esposa, Rita Torre, já fazia como psicóloga na empresa que fundamos em conjunto em Março de 2012: o Laboratório de Psicologia de Barcelos. O Coaching iria permitir que eu tivesse uma nova profissão na área da psicologia em ter que fazer uma licenciatura que representaria um investimento enorme em termos temporais e financeiros.

Também tem vários estudantes a fazerem sessões de Coching, pelo que sei… Neste momento tenho vários adolescentes a fazerem sessões comigo para a organização do estudo. Estudavam meia hora por semana para matemática e agora até estudam 5 e 6horas! E fazem-no de vontade própria. 6 horas, sem ninguém obrigar? Muito bem, realmente o Coaching é muito poderoso (risos.) Mas como é que o Coaching surgiu na sua vida? O primeiro contacto que tive foi num workshop de uma tarde dado por uma Coach amiga. Mas só passados dois anos é que decidi enveredar por esta área, numa altura em que me encontrava numa encruzilhava na minha vida. Estava insatisfeito, de tal forma que estava a começar a ter problemas pessoais e familiares. Precisava de mudar, e só tinha a certeza que não queria emigrar como muitos meus colegas fizeram. Foi então que em lembrei do Coaching. Era uma hipótese muito interessante

Mesmo não havendo tanto investimento, teve que estudar. Onde e como se formou Coach? Eu optei pela Internacional School of Professional Coaching (ISPC) que dentro da oferta me pareceu a mais credível e também aquela que tinha mais horas de formação. Sendo formador de adultos desde 2007, sabia perfeitamente a importância de ter bastantes horas presenciais neste tipo de curso onde o desenvolvimento pessoal é importante. De facto, revelou-se a aposta acertada, pois cresci imenso como pessoa a todos os níveis. Numa primeira fase tive um “wake up” para o Coaching e depois uma fase para atingir um patamar de autoconhecimento e autoconfiança que nos permite trabalhar com pessoas. São necessárias 150 horas de Coaching profissional e formação adicional de desenvolvimento pessoal para se chegar ao nível de “Master Coach”. Como se sente agora, depois do Coaching ter entrado na sua vida? Neste momento estou muito contente com a decisão que tomei. O desafio que enfrento é imenso, mas é com alegria que olho para eles. Quanto mais conheço outras pessoas mais me conheço a mim mesmo e isso é óptimo, porque em todas as pessoas há um fundo bom. Lá no fundo, há um ser que só quer ser feliz e estar bem consigo e com os outros. Vejo as pessoas mais confiantes e felizes e não há nada que pague isso! A minha


experiência pessoal tem sido muito boa e perguntas e das profundas modificações gratificante. que elas produzem nas pessoas, por isso, caso queiram e possam, experimentem o Pretende acrescentar algo? Coaching! Toda a gente devia um dia fazer um processo de Coaching ou psicoterapia pois os ganhos Eu própria recomendo o Coaching. em autoconhecimento valem bem a pena. Recordo-me que a minha primeira reacção Posso dizer que hoje conheço-me bem foi “é incrível como está tudo aqui dentro!”. melhor e sou muito mais feliz do que era Muito obrigada, Gil pelo tempo dispensado quando comecei este percurso. Todos e pelos esclarecimentos. os dias me surpreendo com o poder das Beijos, abraços e sejam felizes!

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Laboratório Psicologia Barcelos

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As Mulheres e as Cirurgias Plásticas

Uma cirurgia plástica consiste em reconstruir uma parte do corpo humano e pode ser utilizada com duas finalidades: como cirurgia plástica reparadora ou como cirurgia plástica estética. Uma cirurgia plástica reconstrutiva visa reparar lesões ou deformações nomeadamente a correção de úlceras de pressão ou enxertos. Contudo, a maioria das mulheres recorre a este tipo de cirurgia com o objetivo de melhorar a sua aparência ou seja, não é porque algo lhes causa prejuízos de ordem funcional mas, de ordem psicológica. Procuram aumentar a sua autoestima, para se sentirem mais confiantes e procuram manter a sua boa imagem recorrendo à cirurgia estética. O tipo de intervenções mais frequentes são: Lipoaspiração remoção da camada de gordura debaixo da pele; Mamoplastia de aumento ou de redução aumento ou redução dos seios; Facelift ou Ritidoplastia remoção da pele descaída na cara e no pescoço; Blefaroplastia extração da pele descaída das pálpebras; Rinoplastia aperfeiçoamento das formas do nariz; Abdominoplastia remoção de gorduras localizadas no abdómen inferior, visa remover e reduzir a flacidez da pele da região umbilical e as estrias situadas entre o umbigo e os pêlos púbicos; Otoplastia diminuição da distância entre a face posterior da orelha e o couro cabeludo; Mentoplastia remodelação do queixo.


Não está estipulado um número limite para as cirurgias plásticas que se podem realizar pelo que, muitas mulheres vêm na cirurgia plástica estética o caminho mais curto para alcançarem o seu ideal de beleza. Assim, realizam as cirurgias que consideram ser necessárias até atingirem o seu objetivo. Mas, a procura contínua de uma aparência impecável podese tornar um vício e, para além disso, nem sempre as cirurgias plásticas são bem-sucedidas nem se obtém o resultado pretendido. Este tipo de tratamento pode trazer aos pacientes cicatrizes, disformidades, hemorragias, infeções, embolias pulmonares, tromboses e choques anafiláticos, entre outras complicações. Mas, nem sempre o erro é médico. Muitas vezes são os pacientes que não seguem as indicações médicas do pré/ pós-operatório. Se pretende fazer uma cirurgia Plástica faça uma pesquisa sobre o tipo de cirurgia que deve realizar e escolha um bom cirurgião plástico. Procure conhecer as suas capacidades e aptidões e a equipa médica que o assiste bem como as instalações da clínica.

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Rua Maria da Fonte, P贸voa de Lanhoso - Seg. a Sex. 9:00h - 19:00h / S谩b. 9:00h - 13:00h


Rua dos bombeiros n째391 4730 - vila verde 253 321 523


João Matias Ficha Técnica: Nome: João Matias Idade: 27 Data de nascimento: 28 / 07 /1987 Signo: Leão Contatos: E-MAIL: jmtm87@gmail.com BOOKING: fashion.studio.lx@gmail.com FACEBOOK: /joaomatias.oficial Medidas: Peso: 50 kg Altura: 1,70 m Peito: 88 cm Cintura: 64 cm Anca: 87 cm Vestuário: Camisa: M Calça: 36 Sapato: 36

A Girl to Woman Magazine, teve o prazer de conhecer uma verdadeira força da Natureza. João Matias, o primeiro modelo português em cadeira de rodas.


Olá João, fala-nos um pouco sobre ti… Sou um jovem igual a tantos outros, mas único na minha forma de ser e diferente, porque diferente somos todos! Como surgiu a oportunidade de te tornares modelo? A oportunidade surgiu após ter conhecido o modelo cadeirante, Brasileiro, Fernando Fernandes, que me incentivou pois, segundo ele, tinha a atitude e o look necessário. Assim foi, e, já lá vão 5 anos. É fácil ser modelo em cadeira de rodas, em Portugal? O fácil não me atrai. Estou integrado no mercado nacional “normal”, e procuro e luto pelas oportunidades tal como outro modelo qualquer! O meu objetivo é dar sempre o meu melhor, em cada trabalho, e fazer o trabalho sentado melhor do que outro modelo qualquer o faria de pé! Alguma vez sentiste algum tipo de preconceito? Felizmente não, nunca senti nenhum tipo de preconceito! Além da moda, tens outras atividades? Além da moda, sou orador motivacional e atleta de ténis em cadeira de rodas. Como é o teu dia-a-dia? Um dia bastante preenchido, tal como gosto, e sempre diferente porque gosto pouco de rotinas!

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Voltando à moda, que trabalhos tens feito? O último trabalho que fiz foi a participação num videoclip do Cantor Darko com o tema “Os olhos no chão” e um editorial para “L’enter c’est les autres”. Qual foi o trabalho em que mais gostaste mais de participar? Não consigo eleger um trabalho, pois quem ama a sua profissão gosta de tudo sem exceção! Que projeto seria para ti algo inesquecível? Desfilar na ModaLisboa! Sei que vou conseguir, porque mereço e porque tenho confiança no meu valor e no meu trabalho! Quais são as tuas perspetivas para 2015? Tal como confio no meu trabalho e valor, farei para que seja um ano excelente! Vem aí o Born to fly (filme cinematográfico sobre a minha vida), um livro também sobre a minha vida e quem sabe uma marca!


Queres deixar algumas palavras aos jovens que vivem a mesma realidade do que tu e que querem ser modelos em cadeiras de rodas? Não só aos jovens em cadeiras de rodas, mas a todos os jovens, porque considero que todos somos diferentes, considero não, somos mesmo, e por isso, não desistam dos vossos sonhos, por eu saber que não era impossível … eu fui lá e fiz! Qual é a tua opinião sobre a Girl to Woman? É uma bela iniciativa, que espero que tenha sucesso! A GtoW Magazine agradece a tua participação e deseja-te um bom ano, recheado de oportunidades e muito sucesso. Obrigado.



GerĂŞncia: Andreia Isabel Torres Dias

Ed. Portela Park, loja A - Goios, Braga, Portugal 253 824 134 | 35110067 Pastelaria1000aromas@gmail.com


Paladares

Semifrio de lemon curd Ingredientes: Base: 2 ovos 50 gr. de açúcar 50 gr. de farinha Recheio: 2 pacotes de natas 1 lata de leite condensado sumo de 1 limão 7 folhas de gelatina Cobertura (lemon curd): 1 limão 1 ovo 80 gr. de açúcar 30gr. de manteiga sem sal

Preparação: Base: Bate-se 2 ovos inteiros com 50 gr. de açúcar. Depois junta-se 50 gr. de farinha aos poucos, mexendo sempre. Leva-se a cozer numa forma untada com margarina. Atenção que coze depressa porque é pouca massa. Depois de cozida colocar no fundo de uma forma de lados amovível. Recheio: Bater muito bem as natas, juntar o leite condensado e misturar bem. De seguida demolhar as folhas de gelatina em água fria cerca de 5 minutos. Escorrer e derreter no micro-ondas. Depois de derretida, acrescenta-se o sumo de limão e junta-se ao preparado das natas, bate-se muito bem com a batedeira. Deitar sobre a massa da base e levar ao frigorífico durante 4 horas para solidificar. Cobertura (lemon curd): Raspe a casca do limão e esprema o sumo. Deite a casca e o sumo num tacho, juntamente com o açúcar. Leve a lume brando e acrescente a manteiga, mexendo bem todos os ingredientes até ferver. Deixe ferver durante uns minutos, vigiando bem para não deixar escurecer o doce. Retire do lume e reserve. À parte, bata bem o ovo. Deite o preparado de limão a pouco e pouco sobre o ovo e vá mexendo. Leve novamente a lume brando até engrossar. Deixe esfriar e deite sobre o recheio. Leve o semifrio novamente ao frigorífico até servir.


tel. 917 424 474 Rua Humberto Delgado, 536 4730 - Vila Verde

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Destino de fim-de-semana “Beja“

Beja é uma cidade muito antiga, situada no ponto mais alto das planícies alentejanas das redondezas, com uma diversidade arquitetónica e arqueológica riquíssima e com um vasto património natural. Beja Cidade, situada na região Alentejo e sub­-região do Baixo Alentejo, capital de distrito com o mesmo nome, é também sede de um dos maiores municípios de Portugal. O município é limitado a norte pelo município de Cuba e Vidigueira, a leste por Serpa, a sul por Mértola e Castro Verde e a oeste por Aljustrel e Ferreira do Alentejo. História Crê-se que a cidade foi fundada, cerca de 400 a.c., pelos celtas. Nos séculos III e II a.c. houve o processo de Romanização das populações locais e esta cidade passou a fazer parte da civilização romana. Com a conquista romana, esta cidade passa a fazer parte do Império Romano, ao qual pertenceu durante 600 anos. Por diversas vezes o nome desta terra foi alterado. De Pax Julia passou a chamar-se Paca, adotando o nome de Beja no século VII, em altura em que esteve sob o domínio dos Árabes. Beja recebeu o foral em 1524 e foi elevada a cidade em 1517. A cidade manteve-se pequena nos séculos seguintes, sendo muito destruída durante as Invasões Francesas entre 1807 e 1811. A partir do século XX notou-se um desenvolvimento económico. Alguns de muitos locais a visitar Castelo de Beja, localiza-se no extremo NO da cidade, apresenta características de uma fortificação portuguesa, embora as suas origens remontem à era Romana. A sua Torre de Menagem, um dos elementos mais notórios do Castelo foi mandada erguer pelo Rei D. Dinis em 1310 e é considerada um dos mais importantes exemplos da arquitetura medieval do país. Ruínas Romanas de Pisões, situadas na Herdade da Almagrassa, a cerca de 10 km da cidade de Beja, encontradas acidentalmente, em 1967, durante trabalhos agrícolas. As escavações puseram a descoberto uma grande vila romana com mais de quarenta divisões que terá sido ocupada entre os séculos I e IV d.c.. Museu Regional de Beja/Museu Rainha D. Leonor, está instalado no Convento Nossa Sra. da Conceição desde 1927, realçamos o núcleo de pintura, a secção lapidar, a coleção de Ourivesaria e a secção de Arqueologia.


Núcleo Visigótico do Museu Regional de Beja (Igreja de Santo Amaro), a coleção visigótica, constituí o núcleo de peças desta época mais importante do país, tendo motivado para Beja a designação de “ Capital da Arte Visigótica em Portugal”. Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, integra um conjunto de estruturas arqueológicas que permite rever alguns momentos da história desta cidade e o modo como o espaço aqui foi evoluindo. Gastronomia São típicos os pratos de carne, a açorda, o ensopado de borrego, os pezinhos de coentrada, as migas com carne de porco, a cabeça de borrego no forno e o fumeiro, enchidos e presunto. Quanto aos doces salientam-se os encharcados, as trouxas-de-ovos, a sericaia. A especialidade do distrito é sem dúvida o Queijo de Serpa.

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Curiosidades O Aeroporto Internacional de Beja é uma nova infra­estrutura que se quer assumir como um polo de desenvolvimento para toda a região do Alentejo. As principais fontes de rendimento são os serviços, o comércio e a agricultura, antes destacava-se a cultura do trigo, atualmente desenvolvem-se a do olival e da vinha. O evento a destacar é a Ovibeja, feira de atividades agrícolas, pecuárias, artesanais e turísticas, realizada uma vez por ano, no final do mês de Abril.


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CASTING Póvoa de Lanhoso A 23 de Janeiro de 2014, a Girl to Woman realizou em Póvoa de Lanhoso no coffee 55, um casting em forma de desfile do qual selecionou três modelos para fazerem parte desta edição. O objetivo principal desta iniciativa, é dar a possibilidade a modelos, ou aspirantes, a poderem mostrar as suas qualidades e através desta iniciativa, poderem iniciar as suas carreiras. De forma a envolver o comércio local, são feitas parcerias com diversas lojas e é escolhido um local emblemático para a realização do mesmo.


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apresentação de um modelo

RITA CARVALHO

Ficha técnica: Nome: Ana Rita Carvalho Idade: 17 Data de nascimento: 16-08-1996 Signo: Leão Medidas: Peso: 59 kg Altura: 1,70m Camisa: S Calça: 36/38 Sapato: 37 Peito: 88cm Cintura: 65cm Anca: 95cm Disponível para: Retrato, Moda, Glamour, Bikini e desfiles


Sou uma adolescente como todas as outras, com muitos sonhos … que pretendo realizar, sendo um deles a moda. Interesso-me bastante por moda e fotografia. Um dos meus objetivos é também, concluir os meus estudos, formando-me em psicologia. Nasci em Braga. Aos 3 anos vim viver para a Póvoa de Lanhoso, minha atual residência. Gostava muito de conciliar os meus estudos com o mundo da moda. Com este projeto pretendo ganhar experiência e oportunidades.

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Bicheap Bichic

Este projeto, a que eu me dedico com muito carinho, nasceu em 2012. Em 2014 procedi à remodelação de todo o conceito nomeadamente ao nível de imagem, nome e tipo de artigo que produzo. Como a vida não está fácil para ninguém, opto por fazer peças simples acessíveis a todas as carteiras, seguindo as tendências da moda e dando a cada peça um toque pessoal.

Sylvie Martins

Na confeção dos meus artigos utilizo materiais reciclados e novos, carinho, criatividade e boa disposição. O nome, surgiu com o conceito que acima vos descrevi, usei o meu apelido e um trocadilho de palavras: Bicheap Bichic (que foi criado a pensar em todas as mulheres). Espero que gostem dos meus trabalhos And be unique Bi.


PAR DE BRINCOS 3,50€ COLAR 9,50€

PAR DE BRINCOS 1€ ANEL 1€ COLAR 12€

PAR DE ARGOLAS 1€ MEGA COLAR 5€

COLAR 2€ PAR DE BRINCOS 2€ ANEL 1€

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COLARES Nº1-4€; Nº2-5€; Nº3-4€; Nº4-5€, Nº5-4€ PULSEIRAS 2€ CADA

PULSEIRAS 2€ CADA

COLAR 4€ BRINCOS 2€

4€ CADA FIO, EXCEPTO CRUZ DE IBIS A 4,50€


PULSEIRA DUPLA 4€ PULSEIRA SIMPLES 2,50 €

COLAR 5€

FIO 2€ PAR DE BRINCOS 2€

MEGA COLAR 9,50€ PAR DE BRIN COS 2€



modelo

Luís Silva produção

Sara Silva vestido por

Forte Store make up

Espaço Prestige fotografia

Herlander Patrocínio


Ser modelo Olá Luís, fala-nos um pouco sobre ti… Olá. Não á muito a dizer sobre mim, sou um rapaz humilde, determinado - quando procuro alcançar um objetivo … luto por ele. Desistir … essa palavra não consta no meu dicionário. Com que idade nasceu o teu interesse pela moda? O meu interesse pela moda surgiu aos 26 anos, é um sonho que quero concretizar. O que te influenciou? Tudo aconteceu numa pequena brincadeira, fui com uma amiga a uma sessão fotográfica, ela era modelo da loja, e acabei por tirar algumas fotografias que integraram a revista, desde então tenho apostado nesse mundo. Depois disso os meus amigos e familiares insistiram e acabei por entrar no mundo da moda. És capaz de elencar algumas características que consideras necessárias para se ser Modelo? Na minha opinião, a imagem, o aspeto físico, é o mais importante. O que procuras exatamente no mundo da moda? Novas experiências e conhecer o mundo. Quais são as tuas expectativas? Conquistar a admiração do mundo e ser modelo profissional. Que tipo de trabalhos tens feito? Tenho feito algumas sessões fotográficas e desfiles de moda. O que fazes nos teus tempos livres? Pratico desporto e sou treinador de guarda-redes Conta-nos os teus segredos para manteres a tua boa forma e imagem cuidada… O segredo está na boa alimentação, muito exercício físico e 1,5L de água por dia (no mínimo).


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Queres deixar alguma mensagem para outros jovens, também eles aspirantes a modelos, que gostariam de dar os primeiros passos das suas carreiras, tal como tu… A todos esses jovens que desejam entrar neste mundo digo que, têm que ser determinados e definir bem os vossos objetivos. Este mundo não é fácil mas, todos os sonhos são realizáveis, lutem por eles, não basta querer é necessário ir à luta. Gostas-te de trabalhar com a equipa GtoW? Claro que sim, são pessoas fantásticas A equipa GtoW agradece-te e deseja-te muito sucesso. Até já Luís.


Ficha técnica Nome: Luís Manuel Araújo Silva Idade: 27 Data de nascimento: 18/06/1987 Signo: Gémeos Medidas: Peso: 74 kg Altura: 1,78m Camisa: S/M Calça: 38/40 Sapato: 42 Peito: 95cm Cintura: 78cm Anca: 98cm

Disponível para: Eventos: Desfiles, promotor, representação, voz off e outros eventos relacionados. Fotografia: moda, glamour, lingerie, nu-artístico, retrato , e outros eventos relacionados.


STAY FIT como perder a barriga Como perder a barriga é uma enorme preocupação na vida da maioria das mulheres, principalmente após uma gravidez. Para remover os indesejados ‘pneuzinhos’ é necessário arriscar nos exercícios certos. Além de uma reeducação alimentar, para dominar o abdómen sem saliência é preciso dedicar um tempo de treino. Contudo, este enigma é o resultado de um estilo de vida pouco saudável que também é comum para a maioria das pessoas que trabalham e tem muitas ocupações. Assim como já foi referido, é preciso adotar alguns hábitos saudáveis. A nutrição é o essencial fator a ser encarado. Deve-se escolher sempre uma dieta equilibrada contendo todos os nutrientes fundamentais, sem

exagero e, dando preferência a frutas e vegetais, beber imensa água para se manter hidratada e auxiliar o metabolismo do corpo, para que, funcionando bem, não deixe armazenar gordura em regiões como a barriga. O Personal Trainer Nuno Filipe Calais, do ginásio Actibody Fitness Center de Vila Verde, deixa uma mensagem a realçar: “É importante que a pessoa dedique bastante atenção na postura para admitir o alinhamento postural”. Na realidade, muitas vezes as pessoas tentam perder peso sem pensar de uma forma profunda sobre como fazer, quais os exercícios adequados, de tal modo, a dica do ginásio varia em 3 exercícios, sendo eles:

CRUNCH Trabalha a porção superior do abdómen. Neste tipo de exercício, devese deitar de costas para baixo e dobrar os joelhos, mantendo os pés apoiados no chão. Estender os braços ligeiramente afastados do corpo, assim como nas imagens e, mantendo a parte lombar encostada no chão, dobrar o tronco, trazendo a cabeça em direção aos joelhos, sem nunca levantar as mãos. Retorna-se à posição inicial e repete-se até ao número desejado, 20 vezes por exemplo, pelo menos 3 séries


PRANCHA LATERAL

O objectivo deste exercício é trabalhar mais os oblíquos, deste modo, deve-se deitar de lado, e elevar-se, apoiando-se nos pés e no cotovelo, como demonstrado na foto. É também um exercício de isometria, portanto, ficar-se-á apenas nessa posição por pelo menos 30 segundos. Repetindo 3 vezes.

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CRUNCH CANIVETE O crunch canivete é um dos exercícios livres para a região abdominal mais rigorosos. Deve-se deitar de costas para o chão, com os braços esticados acima da cabeça. De seguida, elevar as pernas juntas do chão, esticadas, ao mesmo tempo que se flexiona o tronco, de modo a que os braços venham de encontro às pernas, conforme a imagem, como se o corpo parecesse um canivete a fechar-se. Pode-se executar o número de repetições desejadas, fazendo 3 séries.

Com o apoio e acompanhamento de Actibody Fitness Center Vila Verde Rua dos Bombeiros, 237 - Vila Verde - 938 293 052


Ficha técnica: Nome: Débora Barros Idade: 17 Data de nascimento: 02-12-1997 Signo: Sagitário

Medidas: Peso: 48kg Altura: 1,64m Camisa: S Calça: 34 Sapato: 37


STYLING by: Adriana Matos

Como conjugar peças de cabedal? Muitas vezes não compramos uma peça de cabedal, que achamos lindíssima, porque achamos que não a vamos poder usar no trabalho. Parece-nos demasiado sensual mas, estamos erradas! O cabedal, quando usado de maneira correta, dá glamour e sofisticação ao look! Experimente quebrar a rotina do seu estilo, use umas calças de cabedal pretas justas com uma camisola de malha, um casaco de cabedal e botas pretas que, sem dúvida, não iam ficar mal a nenhuma de vós! Ou, num trabalho mais formal, use umas calças de cabedal castanhas escuras, uma camisa branca, um blazer castanho-escuro e sapato alto - fica de arrasar!... E continua a ser adequado para um trabalho mais formal! Não tenha medo de usar peças de cabedal só porque receia não as saber conjugar. Experimente. Para a ajudar deixo-lhe algumas sugestões de como usar cabedal nos seus looks!


Leggings Pretas, sweat e bota baixa - para um look mais informal

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Vestido preto, justo - pode ser usado sem complementos (casacos..) apenas com salto alto - para uma saĂ­da Ă noite mas, para quem quer quebrar o estilo e usĂĄ-lo no dia-a-dia use-o com um casaco de cor, sem forma. Se quiser que o look se torne ainda mais informal use-o com botas baixas!


Este look pode ser usado numa saĂ­da Ă noite, numa ida a um bar ou, acrescentando-lhe um casaco bem quente ou de cabedal preto, no seu dia-a-dia!

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Looks para o trabalho Porque não deixar o look formal e habitual que usa para ir para o trabalho? Ou o look simples e monótono? Porque não aposta num tipo de look que a deixe mais confiante, bonita e a ajude a transmitir uma imagem positiva de si mesma? É verdade que em trabalhos mais formais não pode aparecer de calças de ganga e t´shirt mas, pode deixar de parte as calças formais e usar um par de calças de ganga escuras e justas com uma camisa e um blazer. Porquê não? Se está disposta a tentar mudar e arriscar aqui lhe deixo algumas propostas de outfits que pode usar no trabalho!


Para trabalhos mais formais - vestido preto

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Para trabalhos mais formais - calรงa azul formal e blazer


Para trabalhos mais formais/informais - vestido às riscas Este look adequa-se bem ao estilo mais informal e formal, tendo em conta que no informal o casaco não precisa de ser vestido, já no formal é necessário para que o look se torne mais formal.

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Para trabalhos mais informais - vestido vermelho


Para trabalhos mais informais - calรงa de ganga e bota de cano alto

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Como andar na moda pode ser algo que está facilmente ao alcance de todas nós, apresentamos alguns outfit, para diversas ocasiões, que lhe poderão agradar

Outfits

Dia – Outfit no total de 137.95€

Sapatilhas tigresa - 59.95€ Forte Store Camisola preta - 29.95€ Forte Store Calças de Ganga Only - 49.00€ Forte Store


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Outfits

Dia – Outfit no total de 163.90€

Bota - 49.90€ Estrelinhas da Avenida Calça de ganga Estrelinhas - 40,00€ Estrelinhas da Avenida Camisola verde com padrão Estrelinhas – 74.00€ Estrelinhas da Avenida


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Outfits

Noite – Outfit no Outfit - custo total de 248,90€

Pulseira - 5,00€ Musa bijuterias Camisola com laços - 54,90€ Tess Poncho preto – 82.00€ Tess Calças pretas de cabedal - 107,00€ Tess Sapatos não incluídos

(não incl. calçado)


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Como para nós, mulheres, estar sempre bem apresentadas é essencial, reunimos alguns produtos, que estão à venda a preços bastante acessíveis e, que irão realçar a sua beleza. Sim, porque já não é necessário gastar muito dinheiro para andar cuidada e realçar os seus atributos pessoais

Produtos de Beleza do Mês

Duo Pó Compacto/bronzeador 11,90€ Yves Rocher

Paleta de Sombras p/Olhos e delineador 12,50€ e 4.95€ Avon

Batom Extra Lasting 6.95€ Avon

Máscara Sexy Pulp 8,99€ Yves Rocher


Primer Facial 15,00€ Sephora

Base 9.95€ Avon

Verniz efeito Gel 4,95€ Avon

Cremes e tónicos de limpeza desde 2.95€ a 4.95€ Avon

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Algumas pequenas dicas, de arranjar as suas unhas em casa sem ter grandes gastos.

Tratar das unhas em casa As unhas completam o nosso look. São como um cartão-de-visita, estão sempre à vista e devem estar sempre bem tratadas e, para isso, não precisam de arranjar as unhas fora de casa. Sem grandes gastos arranjam as unhas em casa, seguindo os passos aqui expostos. Vamos iniciar o trabalho. Comece por juntar o material que deve ter à mão: > Lima; > Objeto para empurrar as cutículas (pode optar por uma lima que na outra ponta tem um “empurra cutículas”); > Corta unhas; > Acetona; > Verniz amolecedor de cutículas; > Um copo com água morna e outro com água fria; > Verniz base para as unhas; > Verniz de brilho; > Palito (com um pouco de algodão na ponta); > Creme hidratante. 1.º Passo: 2.º Passo: 3.º Passo: 4.º Passo:

Corte as unhas ao seu gosto. lime as unhas e ponha as mãos no copo com água morna durante cerca de 2 minutos, para amolecer as cutículas. Passe uma demão do verniz amolecedor de cutículas.7 Aguarde cerca de 1 minuto e, de seguida, empurre as cutículas com a ponta da lima. Aplique de seguida o verniz base nas unhas e, se não quiser aplicar verniz de cor, use um verniz fortificante de unhas com brilho, para tornar as suas unhas mais fortes e para lhes dar um brilho discreto, mas bonito.


5.º Passo: Se quiser aplicar um verniz de cor, aplique-o uniformemente após aplicar o verniz base. O pincel do verniz tem de ter verniz suficiente para pintar a unha toda de uma vez - para ficar perfeitinha e uniforme. 6.º Passo: Quando as unhas estiverem completamente secas use o cotonete, no qual aplicou o algodão na ponta. Molhe o algodão na acetona e limpe o excesso do verniz ao redor da unha.

7.ºPasso: Se quiser aplicar um desenho nas unhas, e não tiver muito jeito para isso, compre autocolantes para unhas, que se encontram à venda no mercado, a um preço bastante acessível, e são muito fáceis de usar. Coloque os autocolantes sobre a unha, no local que preferir, e aplique uma nova camada de verniz base, para fixar o autocolante à unha. Em alternativa pode optar por comprar um carimbo de unhas+raspador+chapa, com desenhos, e aplicar a cor do verniz que desejar no desenho que se encontra na chapa, raspar o excesso de verniz com o raspador, pressionar com o carimbo, colocar na unha que desejar e, por último, aplicar o verniz base por cima ou optar por um verniz com brilhantes.

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8.º Passo:

Se tiver um spray secante aplique-o no final, para que o verniz dure mais tempo e seque mais rapidamente.

No fim de todo este processo coloque as mãos em água fria, para ver se o verniz já está seco, e aplique o creme de mãos, nas mãos e nas unhas.

Como vê, este tratamento é fácil, acessível e, muda completamente o visual das suas unhas. Experimente


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Makeby: UP



Passo a Passo Como usar cores Muitas mulheres têm receio de experimentar tonalidades mais fortes na maquilhagem. Neste passo a passo, mostramos como pode incluir mais cor da forma correta. Inicie por hidratar a sua pele com um creme adequado ao seu tipo de pele.

1. Disfarçar pequenos defeitos e atenuar sinais de fadiga do rosto, com um corretor. 2. Aplicar a base no rosto, pescoço e busto (ter em atenção a textura, esta deve parecer o mais natural possível). 3. Colocar um adesivo desde o canto externo do olho até á terminação da sobrancelha.

7.­Aplicar o eyeliner.

8. Aplicar iluminador junto à sobrancelha.


6.­Preencher a parte superior com a tonalidade intermédia fazendo o esfumado das cores. 5. Com a cor mais escura traçar uma linha que sai do olho, ligeiramente inclinada para cima. 4. Escolher 3 cores que resultem em degradê, e iniciar com a cor mais clara no canto interior do olho.

11. Aplicar a máscara nas pestanas e retirar o adesivo.

10. No contorno da linha de água opte por um lápis à prova de água ou mesmo um eyeliner.

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Para finalizar, aplicar um batom de cieiro, de seguida, escolha um batom com uma cor que seja da tonalidade da sombra. O blush ĂŠ aplicado com pĂŠrolas iluminadoras, fazendo movimentos circulares e suaves com o pincel (em forma de 3). Para um Make Up de dia, deve optar por tonalidades claras e suaves.


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Em segredo

histórias vividas contadas em segredo e anonimato

Dora: é o nome de uma jovem de apenas 18 anos que quis partilhar com a Girl to Woman e as suas leitoras uma fase da sua vida que deixou em si marcas muito profundas.

Sou a mais nova de 3 irmãos. Tenho dois irmãos, sendo que o mais velho tem mais 12 anos que eu. Como muitos casais, na latira, os meus pais sempre tiveram uma vida demasiado dura e atarefada para poderem sustentar a família da melhor forma possível. Deste modo, quando eu era pequena ficava muitas vezes à guarda do meu irmão mais velho. Até aqui, a minha vida era como a de muitas crianças: os irmãos mais crescidos cuidavam dos mais novos. Quando eu tinha mais ou menos 5 anos, o meu irmão mais velho começou a ter um comportamento estranho comigo. Muitas das vezes que a minha mãe me dava banho, era o meu irmão que ficava com a responsabilidade de me secar, vestir e tomar conta de mim, pois ela partia apressada para mais umas horas de trabalho. Nesses momentos, sozinhos em casa, o meu irmão tinha por costume levar-me para o sótão para estar totalmente a vontade comigo. Então, lá, ele dava-me livros para eu ver enquanto ele aproveitava a minha distração para me tocar intimamente.

alias, nem dava importância. Talvez não fosse realmente nada de mal, afinal ele era o meu irmão mais velho, pensava eu. Após algum tempo, a situação foi evoluindo melhor, dizendo, piorando. A sua atitude tornou-se mais violenta e agressiva. Passou para uma fase em que já não era apenas toque, mas também me fazia sexo oral. Aproveitando-se de mim forçosamente: tocando-me, apalpando-me, fazendo sexo oral, puxando o meu cabelo e magoando-me. Pura e simplesmente me usando em seu belo prazer. Na verdade, de alguma forma, eu sentia que tudo aquilo não era certo. Ele tinha a capacidade de me fazer sentir mal e desconfortável sem eu saber realmente porque me sentia assim, pois efetivamente eu nem fazia ideia do que aquilo que ele fazia comigo significava, nem as consequências que acarretava. Ele era rancoroso e faziase muitas vezes de “santo” para eu ceder ao que ele queria.

Ao longo de cerca de um ano, todas aquelas cenas chocantes fizeram parte do dia-adia entre mim e o meu irmão que já era Devido a minha tenra idade, eu não quase um adulto. De facto, eu sentia nojo e compreendia tudo aquilo que ele me fazia, insistia para que ele parasse. Contudo, ele


não compreendia e dizia-me que alguma coisa eu deveria desejar dele também. A certa, já me sentia completamente farta e cansada do abuso dele, da autoridade dele, de sentir que ele me obrigava a fazer coisas que eu não queria e me magoavam, informei-o de que iria contar tudo à nossa mãe. Nesse momento, ele tapou-me a boca brutalmente e disse-me que se eu me atrevesse a contar à mãe tudo o que se sucedia que para além de ele me bater, ela também o faria.

tiveram logo a seguir. Indignado por nunca se ter apercebido do que se passava dentro da nossa casa, o meu outro irmão mudou de atitude em relação a mim. Embora trabalhasse, sentia a necessidade de me proteger a toda a hora e começou a dar-me mais atenção. No que toca ao meu irmão mais velho, esse continuava com as atitudes provocadoras e por não ter o que queria. Muitas vezes gozava comigo e ridicularizava-me, tendo eu que o suportar. De facto, todas as suas atitudes e comportamentos fizeram com que me refugiasse, isolasse e deixasse de estar à vontade dentro da minha própria casa.

A partir desse momento, interiorizei que o que ele me fazia era perfeitamente normal, pois através da minha forma de pensar de criança entendia que se me queriam bater por contar, seria porque não o deveria mesmo fazer nem chatear ninguém com aqueles acontecimentos a Com o passar do tempo, ele foi-se afastando e eu fui crescendo e tomando consciência sós com o meu irmão mais velho. das coisas: do que era certo e normal e Certo dia, estávamos os dois na casa do que não o era. Comecei a perceber de banho: eu estava no colo dele. De que realmente me tinha acontecido e repente, o nosso irmão entra e apercebeu- não compreendia o porquê de me ter se que nada daquilo era inocente nem acontecido a mim! perfeitamente normal. A reacção dele foi logo tirar-me do colo do meu irmão mais Sendo episódios tão traumáticos e velho e afastar-me o mais possível para íntimos, guardei sempre tudo para mim, que eu não ouvisse a feia discussão que mas esse comportamento defensivo fez

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com que me tornasse numa pessoa frágil de saúde: receio que não possa resistir ao e sem confiança em mim própria. Com saber de tais abusos, pois certamente ele bastante frequência desanimava e sentia- nunca desconfiou da situação. me sozinha. Depois de algum tempo, penso que Não só o ambiente em casa era complicado o meu irmão julga que eu não tenho mas também na escola. Quando entrei para recordações do que aconteceu e desta a escola, era difícil criar amizades, muito à forma, aparentemente, tudo caiu no custa do facto de no meio familiar não ter esquecimento e ficou lá no passado, bem sentido o que era a união, compreensão, longe. Atualmente, não consigo sentir proteção e carinho, por isso não sabia em nenhum laço familiar, como será natural, quem confiar, muito menos se poderia a sua simples presença me faz calafrios: sequer confiar ou aproximar-me dos tenho medo de estar com ele, sinto-me colegas. Quando os rapazes tentavam nervosa e com receio. se aproximar de mim, o meu cérebro levava-me ate todas aquelas memorias Gostava de apagar tudo o que aconteceu, aterrorizadoras, relembrava tudo o que eliminar tudo o que condicionou a pessoa ele me fez sentir, deste modo, todo o sexo que eu gostava de ser e nunca consegui ser. masculino me metia medo. Efetivamente, nunca cheguei a contar à minha mãe o relacionamento que os seus filhos tinham. Sentia-me muitas vezes sozinha, não me sentia confiante para contar o que aconteceu na minha infância. Apesar de estar a ser acompanhada por um psicólogo, não sou capaz de contar o sucedido e tenho medo que os meus pais tomem conhecimento. Principalmente a minha mãe que está a atravessar momentos bastante delicados em termos

O percurso, para superar aqueles acontecimentos traumáticos, tem sido longo. Há fases que quase esqueço aquilo que aconteceu: ando bem-disposta e faço as minhas rotinas e atividades com normalidade. Mas sempre que algo de menos bom acontece, as memórias vêm ao de cima e nesses momentos travo uma batalha tremenda comigo mesma para ser capaz de me sentir confiante e ter alguma autoestima para poder viver os meus dias.



A biblioteca

Conto erótico da escritora Andreia Hipólito

Norah fechou a porta atrapalhadamente e encostou-se a ela com o coração aos saltos. Respirando fundo, ajeitou os óculos na cana do nariz e cruzou as mãos sobre o peito, fazendo uma prece muda aos seus santinhos e tentando acalmar o seu coraçãozinho tolo. Meu Deus! Ia morrer de vergonha! Arrumando tremulamente o horrível carrapito que sempre usava, encostou o ouvido à porta e apurou o ouvido. Nada. Não havia passos, nem vozes. Ainda bem…, pensou, fechando os olhos. Norah arrastou-se até à cadeira mais próxima da biblioteca poeirenta e parou para pensar no que tinha acontecido realmente. Então, não é que William, o eterno mauzão do bairro no seu tempo de liceu, aparecia agora na aldeia, anos mais tarde, mais sexy do que nunca e se propunha a envergonhá-la de cada vez que a via? Uma coisa era importuná-la no liceu, como todos os rapazes faziam, mas agora… Aos trinta e quatro anos? Pelo amor de deus! Não era nenhuma adolescente! Muito menos ele! Oh, não…, pensou, ele era tudo menos um adolescente. Norah abanou-se com a mão, tentando refrescar-se quando corou ainda mais ao lembrar-se da imagem sensual que se gravou na sua mente da primeira vez que o tinha visto desde que tinha chegado à aldeia. Estava, como sempre, na biblioteca, a organizar alfabeticamente uma nova encomenda de livros, quando ele entrou totalmente despenteado, com o seu cabelo louro a brilhar como o ouro, os olhos azuis risonhos, de chinelos e em tronco nu. Tronco nu! Numa biblioteca! Escusado seria dizer que quase teve uma apoplexia nervosa quando o viu assim e que não conseguiu fazer mais nada senão gaguejar como a tola que era. Que vergonha… E, como se não bastasse, nas semanas que se seguiram, ele não a deixou em paz. Aparecia lá várias vezes, sem ela se dar conta, espreitando por debaixo das suas saias quando se empoleirava em algum escadote para chegar às estantes mais altas, ou comentando propositadamente acerca dos belíssimos tornozelos dela. Era tudo para a provocar, certamente, uma vez que as saias dela eram tão compridas que quase não se viam os tornozelos. Uma coisa que odiava do seu falecido avô era que, mesmo morto, ainda tinha influência sobre ela. Fora por causa dele que sempre se vestira como uma freira, fora por causa dele que nunca tivera amigas e… fora por causa dele que nunca tivera um namorado. Era horrível e vergonhoso, mas aos trinta e quatro anos era ainda uma maldita virgem. Oh, não… não devia praguejar! Bolas! De certeza que eram os nervos que William deixava à flor da pele. Era tudo culpa dele! Aquele descarado. Ainda há pouco, estava muito feliz a arrumar os últimos livros numa prateleira, antes de fechar a biblioteca, quando ele entrou e pediu para requisitar um livro. Quando foi tirar nota ao título, e para seu horror, verificou que era o Kama Sutra, pensou que ia ter uma epifania. E ele ainda olhou para ela com aquele sorriso descarado e sexy!

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Era um inferno! Um demónio em corpo de anjo! Devia ser proibido..., suspirou, resignada e frustrada. E agora, fungou, estendendo um braço para pegar num livro esquecido em cima de uma mesa de apoio, estava ali presa. Não ia sair daquela sala enquanto ele não saísse do edifício. Sabia que era uma covardia, mas ela era mesmo assim. Podia enfrentar turmas de crianças endiabradas nas sessões de leitura, podia enfrentar adolescentes mal-educados e barulhentos em trabalhos de grupo, mas homens… Nem pensar. Ainda para mais um homem como William. Corava e gaguejava a toda a hora. Nem conseguia olhar direito para ele… Uma batida na porta foi tudo o que teve de aviso antes da cabeça dourada de William aparecer na fresta, com um largo sorriso. - Ei, Norah! Estás aí? Ela saltou, com um gritinho afogado, e correu a fechar-lhe a porta. - Não! Sai daqui! – empurrou a porta, mas ele riu-se e manteve-se onde estava, sem esforço algum. - Então? Sou um leitor ansioso e assíduo e espantas-me daqui para fora, dessa maneira? - A biblioteca já fechou! – gritou, desistindo de fechar a porta quando ele enfiou um ombro pela fresta e a abriu completamente. Ela afastou-se e encostou-se, qual coelho assustado, à janela com pesados cortinados. Ele sorriu e trancou a porta, sem deixar de olhar para ela. - Sabes o que é que eu acho? – ela negou com a cabeça. – Acho que tens medo de mim. É isso, Norah? Tens medo de mim? – aproximou-se e pegou-lhe no queixo com suavidade, obrigando-a a olhá-lo nos olhos. Deus o livrasse, se aquela pequena freira bibliotecária não era adorável. Tão adorável, de facto, que se tornava quase… comestível. A princípio, quando regressara à aldeia de infância, não se sentiu surpreso por ver Norah White, a eterna freira do liceu, a passar numa rua vestida com aquelas saias horrorosas a bater-lhe nos tornozelos. Tinhase rido sozinho dentro do carro à custa disso, mas depois não achou tanta piada. Especialmente quando sentiu um arrepio de excitação. Zangado consigo mesmo por se sentir assim, decidiu encontrá-la na biblioteca propositadamente para ver se aquela reação tinha sido verdadeira e, com horror, tinha verificado que sim. Norah White excitava-o profundamente. E já não conseguia fugir mais daquilo. Queria-a, e quando queria uma mulher, conquistava-a. Acercou-se mais dela, subindo o dedo pela linha do maxilar, do queixo até à orelha e, quando ela tremeu, murmurou roucamente. - Sabes o que acho mais? – ela negou novamente, com mais veemência do que necessitava. – Acho que te sentes atraída por mim. – ela arregalou os olhos verdes e ele apertou-lhe suavemente o lóbulo da orelha entre o polegar e o indicador. – É isso? Sentes-te atraída por mim, coelhinha assustada? – sorriu. Norah quis dizer algo. Qualquer coisa, mas, pela enésima vez, perto dele, ficou muda e paralisada. E então, ele beijou-a. Norah nunca tinha sido beijada antes. Era uma vergonha, sabia, mas era a verdade. Por isso, ficou sem reação quando a língua áspera penetrou na sua boca e se apoderou da dela. Antes que conseguisse fazer qualquer gesto, sentiu-se ser erguida e apoiada na beirada da janela, contra as cortinas corridas. Mesmo assim, ele era tão grande que a ultrapassava em vários centímetros. Sentiu as mãos quentes desapertarem-lhe a blusa florida e tentou travá-las. - Não… - murmurou, coradíssima, entre beijos. - Tu não queres que eu pare… - murmurou contra os seus lábios. Pegou na mão dela e levou-a ao peito duro. – Toca-me onde quiseres, sou completamente teu, Norah. Ela recusou-se, puxando a mão do seu peito, mas ele manteve-a sobre o coração e voltou a beijá-la. - William, por favor… - suspirou.


- Toca-me, Norah. A urgência no seu tom de voz foi tão desesperada que ela mandou as suas preocupações às urtigas e aferrou-se a ele com unhas e dentes, abraçando-o pelo pescoço com força. William sorriu em meio do beijo e tirou a própria camisa, ouvindo o ofego entrecortado daquela pequena deliciosa. Rapidamente, tirou-lhe a saia comprida horrorosa e desapertou toda a fiada de botões pérola, até chegar ao soutien de renda negra, a combinar com as cuecas. Com o rosto coradíssimo dela, riu-se, deliciado. - Eu bem sabia… - murmurou, soltando-lhe o cabelo castanho do carrapito insosso e deleitando-se com a sua suavidade. – Que as mais certinhas eram as piores. Sua depravada… - estalou a língua. Ela pareceu querer fugir dali e William beijou-a para a distrair. Puxou-a contra a sua ereção crescente e ajoelhou-se no chão, puxando-a para o tapete turco e deitando-se em cima do pequeno corpo trémulo. Enquanto lhe beijava a extensão pálida do pescoço, sentiu as pequeninas mãos passearem pelas suas costas. Gostava da curiosidade tímida dela, gostava do perfume, das curvas, da pele… de tudo. Gostava de tudo daquela mulher. Porque diabos nunca se tinha apercebido antes da beleza pura de Norah? Seria assim tão cego? Arrancou-lhe o soutien com os dentes e mordeu-lhe os mamilos, ouvindo o suspiro entrecortado de dor e prazer. Rasgou-lhe a renda frágil das cuecas e afastou-lhe as coxas depois de baixar as próprias calças. Com cuidado, penetrou-a devagar, para saborear todas as sensações. Quando ela se agarrou aos seus ombros, cega de paixão, começou um ritmo lento e devastador, bebendo todos os gemidos e suspiros diretamente da boca. Norah achou que ia desmaiar, com todo aquele corpo atlético em cima dela e dentro dela. Ele era grande. Oh, se era… E abria caminho entre as suas coxas virgens com autoridade e força, enchendo-a com o seu tamanho, estirando-a por completo. A biblioteca enchia-se cada vez mais de gemidos e suspiros pesados ao passo que o ritmo das ancas de William aumentava. Norah agarrou-se a ele com força e gritou quando sentiu uma força estranha libertarse dentro dela e, poucos segundos mais tarde, ouviu o rosnar grave do amante contra o ouvido, quando ele também se libertava. Exausto, nu e suado, naquele tapete turco, William suspirou quando recuperou o fôlego e rolou até que Norah ficasse em cima do seu peito. Beijou-lhe a testa e murmurou no silêncio do cómodo, com um largo sorriso. - Bolas, mulher… - passou a mão pelos cabelos suados e desalinhados. – Se soubesse que as bibliotecárias eram assim, já tínhamos feito isto na noite do baile de finalistas… - suspirou pesadamente. – Quando é que podemos fazer isto outra vez? Ela não disse nada, tão feliz que estava, que nem se cabia em si mesma. Aquilo tinha mesmo acontecido? Tinha perdido a virgindade depois de tanto tempo, com o homem mais atraente que conhecia? O homem que sempre tinha amado em segredo? - Vais-me responder ou vou ter que me contentar com esse sorriso? – indagou ele, com uma sobrancelha erguida. Ela riu-se e beijou-lhe os lábios, absolutamente encantada. - Podemos fazer já, se quiseres. Ele riu-se e rodou outra vez no tapete com ela. - Tu é que mandas, mulher… Sou teu escravo…

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