mar • abr 2017 Ed. Nº 19
Edição especial dos 50 anos de história do hfc Aneurisma Cerebral Febre Amarela batata doce no cardápio
Editorial
Esta edição da Revista HFC Notícias está em clima de comemoração pelos 50 anos do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba. Trazemos lembranças de uma história marcada pelo trabalho sério, pelas conquistas e projetos que o hospital carrega nessa trajetória de meio século de existência. Você também vai conhecer a linha do tempo do HFC e acompanhar de perto o desenvolvimento desse complexo hospitalar que se preocupa tanto com a saúde da população. Além dessa data comemorativa, trazemos outros assuntos para você sempre cuidar bem da saúde. Preparamos uma reportagem sobre a Febre Amarela, doença que assustou as pessoas. Será que precisamos nos preocupar? Qual a importância da vacina? Também trazemos um alerta sobre Aneurisma Cerebral, uma doença perigosa e silenciosa. Já que a páscoa está chegando, que tal entender um pouco mais sobre Chocolates. Esse doce que pode ser amargo, mas que é irresistível para muitas pessoas. E já que o assunto é alimentação, vamos trazer receitas que levam batata-doce, esse alimento rico em benefícios para a saúde. Uma revista recheada de informações e de sentimentos pelos 50 anos do HFC. Boa leitura!
Expediente Diretoria Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba Jose Coral - Presidente Cyro André Carvalho De Freitas - Vice Presidente Arnaldo Antonio Bortoletto - 1º Secretario Bento Antonio De Moraes Neto - 2º Secretario Jose Benedito Massarutto - 1º Tesoureiro Osmar Domingos Cezarin - 2º Tesoureiro Jose Clovis Casarin - Vogal Membros Efetivos - Conselho Fiscal Sandra Regina Mazzero Grandes José Sergio Santin Marcelo Henrique Zuin Administração do Hospital dos Fornecedores de Cana Lucimeire Ravelli Peixoto - Administradora Luciana Mara Garcia - Coordenadora Estratégica Lucianna Reis Novaes - Coordenadora Técnica Maria Helena S. E. Carraro - Coodenarora Operacional Miki Mochizuki - Diretor Técnico Desenvolvimento Mônica Fátima Comolesi - Jornalista MTB 66325/SP Arte de Diagramação - NPP Propaganda Tiragem 4.000 Exemplares
Agradecimento O HFC agradece a todas as empresas parceiras que apoiam e patrocinam o HFC Notícias.
Jose Coral - Presidente
Cyro André Carvaldo De Freitas - Vice Presidente
Palavra da Diretoria
50 anos, meio século de trabalho, com uma única missão: oferecer assistência à saúde de qualidade para a população. Há exatamente, cinco décadas, Piracicaba e região podiam contar com os serviços do Hospital dos Fornecedores de Cana. Diariamente, profissionais vestidos com jaleco branco circulam pelos corredores do HFC para diagnosticar, tratar e cuidar de vidas. Nesse trabalho árduo, ainda temos cozinheiros, profissionais que trabalham na limpeza, recepcionistas, seguranças que fazem essa engrenagem funcionar. Cada um com sua devida importância e valor.
Arnaldo Antonio Bortoletto - 1º Secretário
Bento Antonio De Moraes Neto - 2º Secretario
Jose Benedito Massarutto - 1º Tesoureiro
Ao longo de todos esses anos, trabalhamos firmes no desenvolvimento intelectual e tecnológico, com serviços de alta complexidade e nos transformamos em um hospital de referência no interior paulista. Foram muitas conquistas, mas também enfrentamos lutas diárias para sobreviver em meio à crise financeira do país, a falta de recursos públicos para fechar as contas, mas a cada batalha, sentimos o gosto da vitória. Isso só foi possível pela força de vontade de uma equipe engajada, que trabalha na mesma sintonia. O HFC nasceu somente para cuidar da saúde dos produtores de cana-de-açucar, mas em pouco tempo descobrimos que podíamos mais, que a nossa missão era ainda maior. Expandimos, e hoje mais de 60% dos nossos atendimentos são pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Um pequeno ambulatório que se tornou um complexo hospitalar. Além do trabalho de cada profissional, o crescimento do hospital também foi possível graças as parcerias firmadas em todos esses anos, parceiros que acreditam na missão do HFC. Para a diretoria é uma emoção fazer parte dessa história, trabalhamos sempre com o olhar para o futuro, sem esquecer que a base da excelência está na humanização do atendimento. E mesmo com 50 anos, renovamos aqui o nosso compromisso de trabalhar, crescer e se desenvolver, para que a cada dia a população tenha ao alcance uma assistência à saúde de qualidade. E que venham mais 50 anos pela frente. Parabéns a todos por fazer parte dos 50 anos do HFC.
Osmar Domingos Cezarin - 2º Tesoureiro
Jose Clovis Casarin - Vogal
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HFC Notícias | Edição Especial 50 anos
Aneurisma cerebral Entenda os perigos de uma doença silenciosa
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neurismas cerebrais ou intracranianos são dilatações que se formam na parede das artérias que irrigam o cérebro, como uma espécie de uma pequena bexiga e que podem se romper um dia, provocando hemorragia e podendo levar a sequelas graves ou ao óbito. Essas dilatações formam-se no decorrer da vida e estão associados tanto a fatores endógenos, ou seja, relacionados a características individuais, como a fatores externos ou controláveis como o hábito de fumar e a hipertensão arterial. Os aneurismas podem acometer pessoas de qualquer idade e de ambos os gêneros, embora sejam levemente mais comuns nas mulheres e a faixa etária de maior incidência é entre os 30 e 60 anos. A maioria dos aneurismas é assintomática, ou seja, silenciosa. Apesar do mito geral relacionado à dor de cabeça, não existe correlação direta entre ter dores de cabeça e ser portador de aneurisma cerebral. O que acontece é que a principal manifestação da ruptura de um aneurisma é uma dor de cabeça muito forte e repentina, do tipo explosiva. Daí a confusão. Entretanto, os aneurismas não rotos (quando ele não estourou) são, em geral, silenciosos. Excepcionalmente, eles podem apresentar um grande crescimento e, por efeito de seu volume, promover compressão de estruturas neurais provocando sintomas neurológicos semelhantes a um tumor.
Estima-se que ocorram, em média, 10 rupturas de aneurismas para cada 100 mil habitantes por ano. A ruptura de um aneurisma é um evento catastrófico, com risco de morte ou de sequelas graves entre 30 a 50% dos casos. Quando ocorre uma ruptura, o indivíduo manifesta intensa dor de cabeça, explosiva, que se inicia do nada, relatada como a pior dor de cabeça que já teve na vida! Muitas vezes, a pessoa apresenta também confusão mental, elevação da pressão arterial e, quase sempre, dor com rigidez na nuca. Outros casos mais graves são atendidos já em estado de coma ou, em até 10% dos casos, já morrem antes mesmo de receberem qualquer atendimento. Os aneurismas podem ser identificados por exames não invasivos, como angiotomografia e angioressonância, ou por método invasivo, no caso Angiografia Cerebral, que é o melhor estudo para avaliar todos os aspectos da vasculatura cerebral, bem como na definição do tratamento do aneurisma. Entretanto, como é um exame invasivo, ou seja existe risco à saúde, não deve ser realizado indiscriminadamente na tentativa de se fazer uma busca ativa por aneurismas na população geral. Existem, basicamente, duas formas de se intervir para o tratamento de um aneurisma. A primeira e mais antiga é através da clipagem cirúrgica do aneurisma, por meio da realização de uma pequena abertura na cabeça e implantação de um clipe metálico que fecha a dilatação externamente. A outra forma, mais recente, é através da exclusão do aneurisma mediante acesso
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pelo próprio vaso, ou seja, internamente, mediante acesso por cateteres e microdispositivos que navegam de um ponto numa artéria da virilha até a região do aneurisma no cérebro. Essa última técnica é também conhecida como Endovascular ou Embolização. A sua grande vantagem é de ser menos agressiva, com menor tempo de internação e melhor recuperação pós -operatória. O tratamento endovascular é realizado, geralmente, por meio da deposição de microespiras de platina destacáveis (também conhecidas como molas) no interior do aneurisma até o seu completo entupimento. Às vezes, torna-se necessário utilizar outros dispositivos de proteção como microbalões ou pequenas malhas tubulares chamadas de stents, para se evitar o escape das molas para o interior do vaso saudável. Dispositivos mais recentes, conhecidos como stents diversores de fluxo, estão sendo usados para aqueles aneurismas mais complexos, eles conseguem excluir os aneurismas da circulação cerebral, preservando o fluxo sanguíneo normal e até dispensam o uso de molas. Diferentemente da técnica cirúrgica convencional, que já atingiu o seu apogeu, a cirurgia endovascular continua desenvolvendo novos dispositivos e novos conceitos, tornando o tratamento cada vez mais seguro e eficaz. A literatura médica mundial já reconhece que a técnica endovascular é superior à técnica convencional por clipagem nos casos de aneurismas rotos, ou seja, oferece menor risco de sequelas ou morte. Entretanto, o tratamento endovascular é uma técnica cara e requer grande investimento em equipamentos e formação técnica, duas grandes limitações em nosso país.
Embora a ruptura de um aneurisma seja um evento catastrófico para um indivíduo, não se deve tratar indiscriminadamente qualquer aneurisma. Os aneurismas não rotos, que são descobertos incidentalmente sem evidência de sangramento, e que apresentam pequenas dimensões, podem ser apenas acompanhados com exame de imagem periodicamente. Isso se justifica devido ao baixo risco de ruptura desses pequenos aneurismas, cujo risco do tratamento, seja por cirurgia convencional ou endovascular, suplanta o risco da própria doença. Quando nos deparamos com aneurismas rotos ou mesmo aneurismas não rotos, porém de maiores dimensões, não há discussão é preciso intervenção cirúrgica. É recomendável que parentes de primeiro grau de pacientes portadores de aneurisma façam exames direcionados para a pesquisa dessas lesões, uma vez que a chance de também terem um aneurisma é maior do que na população geral. É também altamente recomendável que pacientes portadores de aneurisma mantenham um controle rigoroso da pressão arterial e abandonem o hábito de fumar, pois ambos estão fortemente relacionados ao desenvolvimento e à ruptura de um aneurisma.
Dr. Gleyson Rios, Neuroradiologista Intervencionista
Os aneurismas podem acometer pessoas de qualquer idade e de ambos os gêneros, embora sejam levemente mais comuns nas mulheres e a faixa etária de maior incidência é entre os 30 e 60 anos.
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o tradicional bairro da Vila Rezende, há 50 anos começava a história do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, que diariamente, ao longo de todos esses anos faz a diferença na vida de muitas pessoas. Dia 15 de março, o HFC completa meio século de existência. De um pequeno ambulatório a um complexo hospitalar moderno, estruturado e de referência na qualidade do atendimento.
anos de história
Nesses 50 anos, o HFC todos os dias trabalhou com a missão de ser um hospital da classe canavieira, filantrópico, sempre atuando com responsabilidade humano-sócio-ambiental. Apesar de ser inicialmente construído para atender os produtores de cana-de-açúcar, o hospital cresceu e ampliou o atendimento para o Sistema Único de Saúde, hoje 70% dos atendimentos são realizados pelo SUS. Ano a ano, a segurança do paciente e a humanização no atendimento continuam sendo pilares importantes do HFC.
Certificações Foram muitas conquistas, dentre elas certificações respeitadas no país. Há cerca de 10 anos, o HFC participa de programas de Certificação de Qualidade Hospitalar, sendo um Hospital Selado pelo CQH – Compromisso com a Qualidade Hospitalar. O HFC também foi eleito como um dos melhores hospitais conveniados ao SUS no Estado de São Paulo, na “Categoria Melhores Ambulatórios do Interior”, pelos pacientes por meio de pesquisa de satisfação realizada pela Secretaria de Estado da Saúde. O Hospital tem em suas instalações o único Banco de Leite Humano da região que é certificado em Excelência de Bancos de Leite Humano por meio do Programa Ibero-americano de Bancos de Leite desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz, que leva em conta a estrutura física, equipamentos, qualificação profissional, produção, entre outros itens. O HFC LAB, o Laboratório de Análises Clínicas do HFC, em dois anos de existência recebeu a certificação de Proficiência em controles e equipamentos técnicos, assegurando funcionamento confiável e eficiente. Todas as certificações só foram possíveis com trabalho sério de uma equipe de profissionais engajados, que acreditam na força do HFC em oferecer assistência a saúde de excelência.
Cirurgias inéditas Esses 50 anos também foram marcados por inovações. Vários procedimentos cirúrgicos e tratamentos inéditos na região e mesmo no país foram realizados no HFC como transplantes de medula óssea, transplantes cardíacos, transplantes renais, oclusão percutânea de CIA, hepatectomias por vídeo para tratamento de colangiocarcínoma (primeira no Brasil e segunda no mundo), cirurgia de prótese bicondilar, cirurgia para o tratamento de doença de Parkinson e se tornou referência em cirurgias bariátricas entre tantas outras que fazem parte da história do crescimento tecnológico do HFC e da região de Piracicaba. E que figuram no currículo dos 50 anos de existência do HFC como páginas de sua excelência.
Estratégias e tecnologia Constantemente, a diretoria do HFC planeja novas estratégias de administração. Uma delas foi utilizar o modelo de Gestão Colegiada, que tem como meta construir um ambiente organizacional que incentiva os colaboradores a agirem tecnicamente como facilitadores na criação de alternativas inovadoras, visando a melhoria na qualidade do serviço prestado. O HFC recentemente investiu em vários setores estratégicos e adquiriu equipamentos com tecnologia de ponta, entre eles o aparelho de Ultrassonografia para diagnósticos de imagens, um equipamento com a mais recente tecnologia do mercado, capaz de realizar exames avançados como a Elastografia e Estudos Vasculares de última geração. Foi instalado também o novo aparelho de Ressonância Magnética para garantir conforto, tem um túnel mais largo e curto do que de um aparelho convencional, diminuindo a sensação de aperto e claustrofobia, segurança e confiabilidade nos exames.
HFC moderno Um importante projeto foi a construção do moderno Centro Especializado em Diagnóstico por Imagem - CEDIM. Atualmente é evidente a necessidade da constante atualização do conhecimento, principalmente dos profissionais de saúde, pois a velocidade das mudanças e o desenvolvimento tecnológico transformam incessantemente o ambiente de trabalho. Pensando nisso, o HFC também construiu o novo Centro de Treinamento para desenvolvimento do novo softwear hospitalar. Vários setores do HFC foram reformados e modernizados, entre eles os leitos da pediatria, internação e a revitalização dos leitos das UTI’s. Com uma estrutura ampla, o Centro de Oncologia – CEON, passa por reformas e ampliações em parceria com
o SUS, através de recursos recebidos pelo Programa Pró Santa Casa O Centro Integrado de Atendimento Nefrológico – CIAN, conta com um projeto de expansão o qual estamos em busca de captações de recursos e verbas parlamentares para a execução do projeto.
Voluntários uma parceria sem fronteiras Para o desenvolvimento pleno dos projetos sociais do HFC contamos com os voluntários que acreditam na missão do HFC e disponibilizam amor e tempo para colocar em prática ações que trazem resultados significativos dentro do Hospital. São vários projetos desenvolvidos em diversas áreas, entre eles, o grupo Plantadores da Alegria, Contadoras de Estórias, Pastoral da Saúde, Capelania Evangélica e Cãopanheiros. Estes são alguns, de vários grupos que consolidam e evidenciam a ação do HFC em responsabilidades social e ambiental.
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Por ano o HFC realiza em média:
18.500 Internações 52.000 Atendimentos Pronto Atendimento Adulto e Ortopedia 15.000 Atendimentos Pronto Atendimento Alojamento Conjunto 13.400 cirurgias e partos 25.000 Sessões de Hemodiálise 27.500 Sessões de Oncologia 100.000 Exames de Imagem 9.000 Consultas Centro Médico 556.000 Exames Laboratoriais
Domingos José Aldrovandi, 1º Presidente do HFC
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Miki Mochizuki, Luciana Reis Novaes, Lucimeire Ravelli Peixoto, José Coral, Luciana Mara Garcia, Maria Helena S. E. Carraro, Alex Luchiari e Pedro Antônio de Mello
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Entenda os riscos do consumo exagerado de álcool Consumo pode trazer sérios danos à saúde
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estas e comemorações muitas vezes vêm regadas de bebidas alcoólicas. O efeito relaxante das doses iniciais parece ser inofensivo, mas pode trazer sérios danos ao organismo. De forma mais imediata, o álcool em excesso é particularmente tóxico ao organismo, tendo impacto particularmente importante no sistema nervoso central. Naturalmente afeta também sistemas digestórios e pode levar até a pancreatite aguda (inflamação do pâncreas que é um quadro grave). Do ponto de vista neurológico, afeta os sistemas de coordenação motora, tomada de decisão e reflexos, sendo por isso imprudente e perigoso realizar atividades como dirigir, operar máquinas ou subir em alturas sob efeito do álcool. Há um interessante estudo que a pessoa que está alcoolizada quando sofre um acidente, devido seu estado de relaxamento da musculatura que demora um pouco mais para reagir ao impacto e desta forma “protege” menos os órgãos e coluna levando a lesões mais sérias. O Cirurgião do Aparelho Digestivo e Coloproctologista do HFC, Douglas Y.`. Koga explica que a ingestão de álcool pode contribuir com o aparecimento de doenças. “O uso do álcool em excesso pode levar a pancreatite crônica, o que deixa o paciente com dores para o resto da vida e sujeito a cirurgias para tratar cistos que se formam no pâncreas com risco sério por ser um órgão delicado. O fígado, devido à lesão inflamatória por longo período leva a cirrose, que é uma situação irreversível de doença hepática com sérias consequências ao paciente”. O especialista também explica que além do fígado, o próprio estômago, esôfago também sofrem. Há associação direta entre consumo de álcool e chance de câncer nos órgãos digestórios altos. Também há chance aumentada de inflamações nesses órgãos, devido aumentar a taxa de refluxo. Outro detalhe, para aqueles que ficam “vermelhos” com uso de álcool a chance de câncer de esôfago é maior ainda.
Doses exageradas Na verdade o alcoólatra já tem uma resistência maior aos efeitos do álcool. Então quem é «novato» normalmente com menores quantidades pode acabar sucumbindo aos efeitos com menores quantidades. Lembrando que isso depende também do sexo, idade e peso corpóreo. Não há «dose» recomendada de consumo por assim dizer. Os drinks mais doces ou refrescantes costumam dar a falsa impressão que está bebendo menos do que se fosse com a bebida pura. “Beber de forma moderada e devagar, alternando com água ou suco, pode ser uma alternativa para aqueles que precisam sempre estar com copo na mão” Para finalizar, o alcoolismo é um sério problema social, levando a destruição de unidades familiares e violência quando usado de forma inadequada.
Douglas Y. Koga, Cirurgião do Aparelho Digestivo e Coloproctologista do HFC.
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Chocolate: como escolher o melhor? Conheça os benefícios de cada tipo de chocolate
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hocolate, uma tentação quase inevitável, principalmente na páscoa, época que essa delícia toma conta dos supermercados. Mas diante de tantos sabores como escolher o melhor? A nutricionista do HFC, Simone Ometto fala sobre os benefícios e dá dicas de como escolher o chocolate ideal para você. A nutricionista começa falando sobre o grau de participação das amêndoas de cacau na composição do chocolate é o que determina o benefício de seu consumo. Os melhores exemplos são o chocolate em pó e o amargo de boa procedência. “A maioria das pessoas consome chocolate ao leite que tem uma quantidade de cacau mínima e contém muito açúcar e gordura saturada”. Já o chocolate branco se constitui de leite, açúcar, manteiga de cacau e lecitina. Tem grande quantidade de gordura também e zero de cacau. O chocolate na versão diet é indicado somente para pessoas com diabetes, não é adequado para quem necessita de emagrecimento, pois geralmente possui mais calorias que o tradicional. Esse tipo não contém açúcar, porém conta com grande quantidade de gordura que o confere maior valor calórico. Assim, o consumo excessivo pode causar problemas de saúde como obesidade e doenças crônico-degenerativas como hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes. O chocolate amargo é então, o único capaz de favorecer a saúde.
estar. No tipo amargo também estão presentes os flavonóides e os polifenóis, ambos neutralizam os radicais livres do organismo, reduzem o colesterol ruim (LDL) e aumentam o bom (HDL). “Assim, contribuem para a prevenção de doenças do coração e conseqüentemente auxiliam na melhora do aspecto da pele. O que pode causar espinhas atribuídas ao chocolate é a quantidade de açúcar ingerido industrialmente, na versão não amarga”, explica a nutricionista. O cacau também contribui para a melhora no sistema circulatório favorecendo todo o funcionamento do corpo, com benefícios comprovados na oxigenação do cérebro. “O chocolate amargo também contém uma boa quantidade de magnésio, que auxilia no controle dos sintomas da TPM. Porém, vale ressaltar uma questão muito importante, a quantidade ingerida de chocolate que deve ser cuidadosamente indicada por um nutricionista após avaliação individual, 30 gramas do alimento fornecem em média 160 calorias”, ressalta a nutricionista. A composição dos diferentes tipos de chocolate (amargo, ao leite e branco) é muito parecida em termos de calorias, porém os chocolates com outros componentes (castanhas, amendoim, avelã, crocante, etc.) costumam ser mais calóricos, pois a maiorias destes ingredientes adicionados é rica em calorias.
As sementes do cacaueiro possuem muitas qualidades, estimulam, por exemplo, a produção de serotonina e de endorfina - hormônios responsáveis pela sensação de bem
Simone Ometto, nutricionista do HFC
Calorias dos chocolates por 100g:
Crocante: 553
Branco: 550
Ao leite: 540
Amargo: 537
Diet: 570
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Febre amarela preocupa brasileiros Vacinação garante quase 100% de proteção
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ano de 2017 começou assustando os brasileiros com tantos casos de febre amarela. Em 2016, foram registrados apenas 7 casos da doença no Brasil e nesse ano já passam dos 200. A região Sudeste do país foi a mais afetada por focos de febre amarela. O surto da doença foi registrado em Minas Gerais e depois casos foram registrados em estados vizinhos. Até o começo do mês de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou que Minas Gerais ainda é o estado mais afetado pela doença, com 201 casos e 69 mortes confirmadas. Espírito Santo tem 25 casos e 7 mortes confirmadas. São Paulo vem em seguida, com 4 casos e 3 mortes confirmadas. Tocantins, Bahia e Rio Grande do Norte não têm casos confirmados, apenas em investigação.
A doença A infectologista do HFC, Dra Camila Martini explica que a doença é causada por um vírus da família Flaviviridae e transmitida pela picada de mosquitos infectados (vetores). “Existem duas formas da doença, a silvestre e a urbana que diferem de acordo com o vetor transmissor e a área onde é adquirida”. Silvestre: A forma silvestre é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, endêmica nas áreas de florestas tropicais da América do Sul e África
e pode ocorrer sob a forma de surtos e epidemias com impacto em saúde pública. Urbana: A forma urbana tem o Aedes aegypti como vetor, sendo que os últimos casos no Brasil ocorreram em 1942. Desde então, a vigilância da febre amarela tem sido feita por observação de primatas não humanos (adoecimento ou óbito), como sentinelas da atividade do vírus. Em situações de aumento da ocorrência (epizootias), deve ser intensificada vacinação dos moradores da área acometida.
Sintomas da Febre Amarela A maioria dos pacientes é assintomática ou com sintomas inespecíficos como febre, calafrios, cefaleia, mialgia, fadiga, náuseas e vômitos, podendo haver ou não icterícia. Entretanto, a infectologista ressalta que quadros graves com hemorragia, insuficiência renal, icterícia e disfunção de órgãos podem acontecer em até 10% dos pacientes, com letalidade de até 50% em 07 a 10 dias. “A infecção confere imunidade duradoura nos casos que evoluem para cura. O período de incubação varia de 3 a 6 dias (até 15 dias). O tratamento é composto por medidas de suporte, avaliando necessidade de internação e, ocasionalmente, terapia intensiva. Não existe tratamento específico”, disse.
Vacinação A vacina contra a febre amarela confere alta proteção de até 97,5% e está disponível para proteção individual de pessoas que moram em áreas de risco, ou que irão viajar para áreas endêmicas ou, ainda, que irão viajar para países em que exista o vetor, mesmo sem casos de febre amarela (prevenção de disseminação internacional por importação do vírus). Por se tratar de uma vacina composta por vírus vivo atenuado, sua indicação exige atenção, devendo ser avaliada individualmente, de acordo com o risco da pessoa adquirir ou não a doença. “Os efeitos colaterais mais comuns incluem mal-estar, cefaleia, dores musculares, febre baixa em até 20% dos vacinados, podendo ocorrer até 5 a 10 dias após vacinação. Em raras situações, os efeitos colaterais podem ser graves, com doença neurológica ou disseminada, com risco de óbito”, explica a infectologista.
Indicação da vacina • Crianças a partir dos 09 meses de idade (ou a partir dos 06 meses em situação de emergência): 01 dose, com 01 reforço aos 04 anos;
Condições que exigem avaliação criteriosa da vacinação • Gestantes: vacinação contra indicada (em situação de emergência, deve ser considerada a vacinação); • Puérperas em aleitamento materno: vacinação contra indicada, caso a criança tenha menos de 06 meses. Caso a mãe seja vacinada, o aleitamento materno deverá ser suspenso por 28 dias. Caso a criança tenha mais de 06 meses, poderão ser vacinados mãe e filho ao mesmo tempo; • Pessoas vivendo com HIV com contagem de células CD4 abaixo de 200 céls/mm3: vacinação contra indicada (valores mais altos de CD4 possibilitam a vacinação após avaliação médica); • Pessoas com doenças imunossupressoras ou uso por mais de 04 semanas de medicações imunossupressoras: vacinação contra indicada; • Idosos acima de 60 anos: avaliação médica individualmente, quanto ao risco X benefício da vacinação em relação às comorbidades; • Pessoas com antecedente de reação alérgica grave (anafilaxia) a um dos componentes da vacina: vacinação contra indicada.
• Crianças com menos de 06 meses: vacinação contra indicada; • Maiores de 05 anos ou adultos: 02 doses com intervalo de 10 anos (para fins de certificação internacional, 01 dose é suficiente);
Dra. Camila Martini infectologista do HFC
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Batata doce no cardápio Alimento rico em benefícios para a saúde
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batata-doce além de estar cada vez mais presente no cardápio do brasileiro, se tornou um ingrediente fundamental na dieta de quem está na luta contra a balança, por ter baixo índice glicêmico (que não elevam muito o açúcar no sangue) e rica em fibras.
Além de ser ótima para auxiliar no emagrecimento (100g de batata-doce cozida tem aproximadamente 77 kcal), a batata-doce ainda é rica em vitaminas A e C. Além isso, ela ainda é ótima para quem pratica musculação, já que fornece energia para o treino e auxilia no ganho da massa muscular. A batata-doce ajuda a fortalecer o sistema imunológico (por conta da boa quantidade de vitamina A) e a deixar sua pele mais jovem e saudável (rica em biotina, vitamina B, que ajuda a regular o metabolismo de ácidos oleosos mantendo a umidade da pele).
Preparamos algumas receitas para você saborear de maneiras diferentes a batata-doce, esse alimento que tem conquistado os brasileiros.
Brigadeiro fit com batata-doce Ingredientes: 1/2 batata doce cozida e sem casca; 1 colher de café cheia de cacau em pó sem açúcar; 1 colher de chá de canela em pó; 5 gotas de essência de baunilha. Modo de preparo: Depois de cozida, amasse a batata doce sem casca até obter um purê e então acrescente os outros ingredientes mexendo até incorporar. Se precisar coloque um pouco de água para dar liga. Espere esfriar e faça as bolinhas. Se quiser passe no coco ralado sem açúcar para enfeitar.
Batata-doce assada com curry Ingredientes: Batata-doce (a quantidade depende do número de pessoas) Curry em pó (tempero) Sal a gosto Azeite a gosto Modo de Preparo: Descasque as batatas, corte como preferir, tempere com curry em pó, sal a gosto e um pouco de azeite de oliva e depois leve para assar até que comecem a dourar. Depois é só servir.
Suflê de batata-doce Ingredientes: 2 colheres (sopa) de manteiga 1 xícara (chá) de leite 1 colher (chá) de sal 2 colheres (chá) de açúcar 2 xícaras (chá) de batatas doces cozidas e amassadas 2 ovos, separadas as claras e gemas 1/2 xícara (chá) de passas 1 colher (chá) de noz moscada 1/2 xícara (chá) de castanhas de caju (opcional)
Modo de Preparo: Ferva o leite com sal, a manteiga e o açúcar. Junte as batatas e bata bem. Bata as gemas e adicione às batatas. Junte as passas, a noz moscada e as castanhas de caju. Bata as claras em neve e acrescente à mistura de batatas. Coloque a mistura dentro de uma forma refratária de suflê e leve ao forno pré-aquecido por 45 minutos ou até quando, enfiando um palito, até que ele saia limpo. Pedrita Morato Scarazatti Soave,
nutricionista do HFC