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HFC NOTÍCIAS JANEiRO/FEVEREiRO dE 2015 - EdiÇãO Nº 06

levante-se! SEdENtARiSMO NãO FAZ BEM E QuALQuER tiPO dE ExERCÍCiO CONtA PONtOS PARA A SuA SAÚdE. | pág. 06

CÁLCuLO RENAL

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RECEitAS PARA O VERãO PÁg. 08 HiPERtiREOidiSMO

PÁg. 10


HFC Notícias | Janeiro/Fevereiro | Edição nº 06

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Palavra do Presidente n

a primeira edição de 2015 da Revista HFC Notícias trazemos informações importantes para você aproveitar o verão com saúde e bem estar. Nesta edição preparamos dicas para você que sempre no início do ano promete sair do sedentarismo e ir em busca de atividades físicas, mas a promessa não sai do projeto. Vamos falar ainda sobre os cuidados que devemos ter com as pernas durante o verão e trazer dicas sobre os benefícios de usar a meia elástica. Para dar água na boca elaboramos receitas leves e nutritivas para fazer parte do seu cardápio neste verão. Início de ano também é hora de pensar no peso ideal da mochilas que as crianças levam à escola, que as vezes pode ser prejudicial a saúde e ao desenvolvimento da criança. Uma edição com dicas e informações para você começar o ano de bem com a vida e com saúde. Boa Leitura!

José Coral Diretor Presidente Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.

expediente: diretoria associação dos Fornecedores de Cana de piracicaba José Coral - Presidente Osmar Domingos Cezarin - Vice Presidente José Benedito Massarutto - 1º Tesoureiro Arnaldo Antonio Bortoletto - 1º Secretário Cyro Andre Carvalho de Freitas - 2º Tesoureiro Marcelo Rodrigues de Assis - 2º Secretário Bento Antonio de Moraes Neto - Vogal administração do Hospital dos Fornecedores de Cana de piracicaba Lucimeire Ravelli Peixoto - Administradora Luciana Mara Garcia - Coordenadora Estratégica

Lucianna Reis Novaes - Coordenadora Técnica Maria Helena Sabbagh Esteves Carraro - Coordenadora Operacional Miki Mochizuki - Diretor Técnico desenvolvimento Mônica de Fátima Camolesi - Jornalista MTB 66325/SP Arte e Diagramação - NPP Propaganda impressão Indústria Gráfica GR e Editora Ltda tiragem 5.000 exemplares


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Endometriose: entenda melhor esse problema dOR POdE AFEtAR O diA A diA dAS MuLHERES, tANtO NA ESFERA SOCiAL, PROFiSSiONAL E AFEtiVA

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nome endometriose vem do endométrio, o tecido que reveste internamente o útero, onde ficam os óvulos fecundados. Quando não há fecundação, esse tecido é eliminado pela menstruação. Endometriose é a existência de endométrio em outras partes do corpo. “A endometriose ocorre quando células do endométrio se implantam em locais fora do útero e ali crescem, podendo acometer ovários, trompas, bexiga, intestino e outras áreas próximas até os pulmões” explica o ginecologista do HFC, Dr. Amadeu Carvalho. Os sinais e sintomas mais comuns são dor abdominal que se inicia no pré menstruo, cólicas menstruais intensas que melhoram bastante após o final do fluxo, infertilidade, relações sexuais dolorosas, além da ardência ao urinar. De acordo com o especialista a dor pode afetar o dia a dia das mulheres portadoras da patologia, tanto na esfera social, profissional e afetiva. “As dores podem ser confundidas com inflamações pélvicas, varizes pélvicas, síndrome do intestino irritável, adenomiose, história familiar de endometriose, entre outras”, ressaltou o ginecologista. Dentre os exames para o diagnóstico da endometriose está o de sangue que se chama CA 125 II, que deve ser colhido no 2º dia da menstruação, também ultrassonografia, ressonância nuclear magnética e na área cirúrgica, a videolaparoscopia, pois nesse método há uma visão direta da cavidade abdominal. Muitas mulheres só descobrem que tem endometriose quando tentam engravidar e não conseguem. O principal fator de infertilidade causado pela endometriose é o tubário, ou seja, as tubas uterinas ficam danificadas. Isso porque o processo inflamatório crônico da doença

leva à formação de aderências do peritônio com outros órgãos pélvicos, o que pode resultar na obstrução das tubas uterinas e na redução da sua mobilidade, isso dificulta ou até mesmo impede o transporte do óvulo e espermatozoides, e consequentemente a fecundação. A infertilidade causada pela endometriose pode não ser definitiva, pois dependem dos órgãos afetados, sua extensão e a precocidade de diagnóstico. O ginecologista do HFC explica que a endometriose não tem cura. “Existe sim, uma grande atenuação dos sintomas dolorosos com o tratamento. A falta de tratamento pode afetar vários órgãos e chegar a um ponto que o envolvimento pélvico é tão intenso que se chega a uma ‘pelve congelada’, ou seja, uma série de aderências que só pode ser resolvida com uma cirurgia radical”. Fonte: dr. Amadeu Carvalho, ginecologista do HFC


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Horário de Atendimento: 2ª à 6ª das 6:00 às 16:00 horas Sábado: das 6:00 às 12:00 horas

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Você sabe qual o peso ideal da mochila escolar para seu filho? tudO QuE é FEitO EM ExCESSO tRAZ PREJuÍZOS SéRiOS À SAÚdE

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as volta às aulas é hora de comprar os materiais escolares: livros, cadernos de várias matérias, estojo, agenda e tudo isso muitas vezes vai dentro da mochila, que mais parece um armário ambulante, mas todo esse peso pode trazer prejuízos à saúde das crianças. Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), indica que 85% das pessoas têm, tiveram ou terão dores nas costas provocadas por problemas de coluna. Uma das causas desse índice é o transporte excessivo de peso nas mochilas com materiais escolares. Na hora de comprar a mochila deve-se observar primeiramente a idade da criança e sua capacidade de suportar o peso. “O bom senso dita o que a criança tolera ou não carregar. A criança deve se movimentar com facilidade, sem apresentar sinais de sofrimento com o peso da mochila”, explica o ortopedista e traumatologista do HFC, Dr. Alexandre Pagotto Pacheco. Para as crianças mais novas, na primeira infância (de 7 a 8 anos), são mais adequadas as mochilas com rodinhas. Caso a criança precise carregar a mochila, é importante que o peso seja distribuído nos dois ombros, de preferência com tiras largas e carregada nas costas. Quando uma criança carrega a mochila com peso excessivo, vários problemas de saúde podem aparecer, como dores musculares aguda e crônica, problemas posturais devido à posição viciosa e deformidades com o crescimento. Alguns sintomas podem surgir quando a criança está carregando peso excessivo e os pais precisam ficar atentos as queixas como: Dores na coluna cervical, dorsal, lombar ou nos ombros; Vícios de postura, principalmente nas posições em pé e sentado (coluna com aumento de curvaturas, assimetria nos ombros, etc.).

Fonte: dr. Alexandre Pagotto Pacheco, ortopedista e traumatologista do HFC


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Levante-se da cadeira! CAPA

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edentarismo não faz bem e qualquer tipo de exercício conta pontos para a sua saúde. A falta de tempo para praticar exercícios é uma queixa comum dos indivíduos sedentários, mas há pequenas atitudes que podem ser facilmente incorporadas à sua rotina diária. Costumamos iniciar o nosso ano sempre na expectativa de novas realizações. São muitas as promessas que fazemos a nós mesmos. Trabalhar menos, ter mais tempo para a família, habituar-se a uma atividade de lazer, abandonar os vícios, renovar as amizades, adquirir hábitos de vida mais saudáveis, etc. Tudo isso enquanto estamos acolhidos em novo ânimo, saindo um pouco da rotina, vivendo confraternizações, realizando uma retrospectiva interna e analisando os fatos do ano que se finda. Mas, passadas as festas, num “click” deixamos de lado nossas aspirações e nos entregamos novamente a mesma rotina vivida até ontem. “Não sabemos ao certo quais os motivos que nos levam a tal atitude. Podemos sugerir o comodismo, o medo das mudanças, a exaustiva dedicação às atividades profissionais e sociais, a impaciência para persistir na busca pelos objetivos traçados na ‘listinha dos desejos para o ano novo’, porém, tal esquecimento de si mesmo, pode comprometer seriamente a nossa saúde”, ressalta a educadora física do HFC, Mariana Stephanelli Romani. As últimas notícias apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo Pesquisa Nacional em Saúde, demonstram que no ano de 2013, o desejo pela mudança de hábitos e aquisição de uma vida mais saudável, foram apenas promessas. Na somatória, basicamente da população adulta brasileira, 46% ou 67,2 milhões de brasileiros são sedentários. Segundo o IBGE, a inatividade é justificada no caso das mulheres pela divisão de tempo entre filhos, atividades domésticas e profissionais. Além da preferência dos brasileiros por passar mais horas na frente da televisão, ao invés de dividir este tempo entre descanso e participação em um programa de exercícios físicos ou outra atividade de lazer. Se a opção for por iniciar-se em um programa de exercícios físicos, busque por uma atividade que faça você sentir vontade e prazer em praticar. “Busque a atividade que te desperta maior interesse, ginástica, musculação, hidroginástica, dança, entre tantas outras atividades que estão sempre sendo lançadas no mercado”. Se você gosta de estar dentro de uma academia, procure profissionais capacitados para atendê-lo. Se não gosta das opções oferecidas nas academias, busque atividades ao ar livre como corrida e caminhada, esportes

radicais. Hoje, temos competentes profissionais especializados nestas modalidades, alguns oferecem os seus serviços nos parques e clubes das cidades. “Para alcançar os resultados que você almeja em relação aos exercícios físicos, é preciso persistência, disciplina, paciência e um bom profissional para auxiliá-lo na elaboração das estratégias para alcançar os seus objetivos”, conclui a educadora física do HFC.

Fonte: Mariana Stephanelli Romani, educadora física do HFC.


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Cálculo renal afeta 3% da população mundial HidRAtAÇãO E diMiNuiÇãO dE iNgEStãO dE SÓdiO SãO AS PRiNCiPAiS MANEiRAS dE PREVENÇãO.

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álculo renal, conhecido popularmente como pedra nos rins, afeta 3% da população mundial, com predomínio no sexo masculino e principalmente em pessoas com histórico familiar. É uma doença crônica, e a taxa de recorrência para a formação de novos cálculos é elevada. De acordo com o urologista do HFC, Rogério da Silva Cardoso, a formação de um cálculo (litíase) no trato urinário pode ser resultado de muitas doenças pré-existentes. Existem diferentes tipos de cálculos, mas todos apresentam em comum o fato deles se formarem quando a urina contém determinados compostos em excesso, os quais podem criar pequemos cristais, que por sua vez se transformam em pedras. Em geral, as litíases renais (pedra nos rins) são compostas de sais de cálcio e ácido úrico. “Os cálculos em geral crescem ao longo das superfícies das papilas renais, desprendem-se e seguem o fluxo urinário em direção aos ureteres, tubos pelos quais a urina é levada até a bexiga. Por vezes os cálculos não conseguem atravessar os estreitos condutos do sistema coletor, e obstruem o fluxo urinário, o que leva freqüentemente a dor intensa” explica Cardoso. Geralmente a dor é súbita, severa, em cólicas, a qual pode irradiar para região escrotal/vaginal. Geralmente a dor pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e sangue na urina. As duas principais medidas preventivas para formação de cálculos são hidratação e diminuição de ingestão de sódio. Na maioria dos casos, a nefrolitíase é detectada com o auxílio de exames radiográficos simples, como a radiografia simples de abdome (RX) e o ultra-som de vias urinárias, embora a tomografia computadorizada de abdome seja o melhor exame. O tratamento depende, sobretudo, do tamanho e da localização do cálculo. Normalmente os cálculos peque-

nos e localizados próximos à bexiga são tratados com o uso de medicamentos. Outro tratamento é a litotripsia, que são ondas de choque que quebram as pedras em pequenos fragmentos para serem eliminadas pela urina com maior facilidade. Quando a litotripsia não resolve, é realizado o procedimento cirúrgico endoscópico, em que um aparelho é conduzido até o local onde se encontra o cálculo para fazer o tratamento in locu.

Fonte: dr. Rogério da Silva Cardoso, urologista do HFC.


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Receitas para o Verão

Flan de Goiaba Flan 1 pacote de gelatina em pó sem sabor (12g) 4 goiabas vermelhas maduras, picadas 1 xícara (chá) de leite integral 2 colheres (sopa) de açúcar 2 potes de Iogurte Natural

Calda 2 goiabas vermelhas maduras 3 colheres (sopa) de açúcar

mOdO de preparO Flan Em um recipiente, dissolva a gelatina em cinco colheres (sopa) de água fria. Leve ao fogo, em banho-maria para derreter. Reserve. Em um liquidificador, bata as goiabas com o leite integral e passe por uma peneira fina. Retorne ao liquidificador e bata com o açúcar, o iogurte natural e a gelatina reservada. Despeje em recipientes individuais molhados (ou levemente untados, com óleo sem sabor) e leve à geladeira por cerca de 4 horas.

Calda Em uma panela pequena, coloque as goiabas com o açúcar e meia xícara (chá) de água. Leve ao fogo e cozinhe por cerca de 5 minutos, em fogo médio, mexendo de vez em quando. Sirva com o flan. rendimentO: 6 porções valOr CalÓriCO: 210kcal/porção

beneFíCiOs da gOiaba Encontrada em qualquer época do ano, a goiaba é uma fruta muito saudável e saborosa. A goiaba vermelha é benéfica na redução do colesterol e da pressão sanguínea. Isso acontece porque a fruta é rica em Licopeno e em fibras solúveis. Este tipo de fibra possui a capacidade de se ligar aos ácidos biliares interferindo na absorção de gorduras. A ingestão de um pedaço de goiaba vermelha por dia pode reduzir consideravelmente os níveis de pressão arterial, do colesterol e triglicérides. Além de todos estes benefícios, a fruta ainda é uma fonte de Vitamina C. Por isso, aumenta significativamente a função do sistema imunológico.


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Wraps Saborosos ingredientes 1 pão sírio grande 1 colher (sopa) de leite 3 colheres (sopa) de requeijão cremoso 1 colher (sopa) de salsa picada 4 fatias de peito de peru 4 fatias de queijo prato 4 colheres (sopa) de cenoura ralada 2 folhas de alface grandes

mOdO de preparO Abra o pão com cuidado. Espalhe o leite sobre as metades e reserve. Em uma tigela, misture o requeijão com a salsa e espalhe sobre o pão. Cubra com fatias de peito de peru e queijo. Distribua a cenoura ralada e cubra com a folha de alface. Enrole uma metade do sanduíche como um rocambole e continue enrolando com a outra metade com cuidado para não quebrar. Deixe a dobra do sanduíche voltada para baixo e sirva a seguir.

beneFíCiOs da CenOura Rica em betacaroteno, substância que ativa a melanina, é muito consumida no verão por quem deseja ficar bronzeada, mas o betacaroteno presente na cenoura, assim como as vitaminas, tem efeito antioxidante, portanto, retarda o envelhecimento das células e, especialmente, da pele, mantendo-a longe das rugas e linhas de expressão por mais tempo! Por conta das propriedades e substâncias presentes nesse vegetal, ele previne certas doenças eficazmente, além de ajudar a tratar a pele e fortalecer o organismo de maneira geral. É laxativa e diurética, regula o funcionamento do intestino e evita a retenção de líquidos, o que é excelente para evitar desconfortos e aumento de peso.

rendimentO: 2 porções

diCas Se desejar, substitua o peito de peru por seis colheres (sopa) de atum desfiado. Uma ótima ideia para deixar seus sanduíches ainda mais gostosos é incluir legumes ralados ou picados e verduras cruas. Além de diferentes e muito mais saborosos, ficam também mais nutritivos.

Fonte: Pedrita Morato Scarazatti Soave, nutricionista do HFC.


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Hipotireoidismo: e agora? O hipotireoidismo é o baixo funcionamento da tireoide. Os hormônios são produzidos em menor quantidade e o metabolismo cai. Esse distúrbio hormonal é mais comum em mulheres e seu risco aumenta com a idade. É uma das doenças crônicas mais comuns que existe. “Os hormônios tireoidianos (T4 e T3) são extremamente importantes para o bom funcionamento do organismo e, dessa forma, sua deficiência pode gerar a “lentidão” do funcionamento de diversos órgãos - do sistema nervoso central, do trato gastrointestinal, do coração, do cabelo, das unhas, do metabolismo, do esqueleto (baixo crescimento quando acomete crianças), entre outros”, explica o endocrinologista do HFC, Fernando Sebastianes. A tireoide é uma glândula localizada na região cervical (pescoço), à frente da laringe, sendo sua principal função produzir os hormônios tireoidianos (T4 e, em menor grau, o T3). Sem esses hormônios, não é possível se ter uma vida normal. São fundamentais para o nosso desenvolvimento em todo o período fetal e na infância. Na idade adulta, a falta desses hormônios reduz muito a qualidade de vida e pode abreviar a vida, se não tratada. O bócio (crescimento da tireoide) pode ou não estar presente. Na criança, destaca-se o retardo de crescimento, edema e atraso mental. O hipotireoidismo é classificado de duas formas: o primário e o secundário. No hipotireoidismo primário a má produção dos hormônios tireoidianos ocorre por uma disfunção na própria tireoide - esse é o tipo mais comum de hipotireoidismo (>99% dos casos). A causa mais comum desse hipotireoidismo no Brasil é a tireoidite autoimune crônica (tireoidite de Hashimoto), onde o próprio sistema imunológico (aquele que defende nosso corpo das infecções) agride a tireoide - geralmente ocorre uma invasão de glóbulos brancos na tireoide e a produção de anticorpos (principalmente o antitireoperoxidase) contra proteínas das células tireoidianas. No hipotireoidismo secundário existe alguma doença na hipófise ou no hipotálamo (tumor, má formação, cirurgia prévia no local, etc.) que faz com que a hipófise não consiga

produzir adequadamente o hormônio tireoestimulante (TSH), responsável por estimular o funcionamento da tireoide. É um quadro muito raro.

Hipotireoidismo x Depressão Nos casos mais graves pode ocorrer depressão, com grande apatia, sonolência excessiva, dificuldades de se locomover e se movimentar. Pode surgir o derrame pericárdico (acúmulo de líquido em volta do coração), insuficiência cardíaca e edema (“inchaço”) no corpo todo. O coma pode ocorrer principalmente em regiões de frio intenso, sendo mais raro em países tropicais como o Brasil.

Tratamento O tratamento é a reposição de levotiroxina (T4). Essa medicação deve ser ingerida em jejum pela manhã, com água, devendo-se aguardar no mínimo 30 minutos para consumir outras bebidas, outros medicamentos ou alimentos. A dosagem do medicamento deve ser avaliada pelo médico periodicamente, principalmente através da dosagem do TSH (no caso do hipotireoidismo primário) e do T4 Livre (no caso do hipotireoidismo secundário).


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COMO OS PROBLEMAS dA tiREOidE AFEtAM O CORPO? sistema nervoso central: perda de memória, lentidão de raciocínio, sonolência excessiva, desequilíbrio, depressão, fala lenta e rouca, perda de desejo sexual; trato gastrointestinal: constipação; Coração: batimentos cardíacos lentos, cansaço para esforços; Cabelo: queda de cabelos, cabelos secos; pele/unhas: pele seca e descamativa, unhas fracas; metabolismo: ganho de peso, queda da temperatura corporal, frio excessivo; musculoesquelético: dores articulares e musculares, cãimbras; baixo crescimento, quando acomete crianças; rins: edema/inchaço, rosto inchado; genital: ciclos menstruais ausentes ou irregulares;

Fonte: dr. Fernando Sebastianes, endocrinologista do HFC


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Hemorroida Muitos convivem com ela, mas, por medo ou vergonha, poucas pessoas procuram ajuda médica.

A

s últimas estatísticas estimam que no mundo inteiro 4,4% da população geral tem hemorroidas. “Há uma questão cultural que torna doenças desta região mais sujeitas a preconceitos. Acreditamos que apenas 1/3 dos pacientes procura ajuda médica,” ressaltou o Cirurgião do Aparelho Digestivo e Coloproctologista do HFC, Dr. Douglas Y. Koga. Hemorroidas são estruturas anatômicas normais, como pequenas almofadas que podem inflar com o sangue. A doença hemorroidária pode se manifestar de formas diferentes. Inclusive ela pode aparecer na forma INTERNA ou na forma EXTERNA. Elas podem sangrar, trombosar ou prolapsar (que é quando se diz que a “hemorroida saiu para fora”).

O que pode causar uma crise hemorroidária? Vários fatores já foram estudados com relação à doença hemorroidária, desde a ingestão de apimentados até mesmo andar de bicicleta. Existem duas formas de crises: Por trombose ou por sangramento. • A trombose é quando por algum motivo os veias da região hemorroidária se rompem formando uma espécie de hematoma e inchaço no local. Com o estiramento das estruturas e compressão dos nervos dessa região acontece a dor. Isso pode acontecer de forma simples e pequena mas também de forma grave envolvendo mais de um local da região anal. • O sangramento pode ocorrer durante a trombose quando o hematoma se rompe, ou pode ser por lesão dos vasos hemorroidários por erosão local. Às vezes uma evacuação mais traumática por ressecamento fecal pode levar a sangramentos que até assustam. Quais são os sintomas? Hemorroidas internas não doem quando estão no lugar, mas podem sangrar. Quando elas começam a “sair para fora” podem fazer o ânus ficar úmido, levando a coceiras e irritações locais. “Quando elas saem muito para fora podem levar a dor. Hemorroidas externas causam dor quando trombosam e podem sangrar caso este trombo rompa” explica o especialista. Quando procurar o médico? Qualquer sintoma na região anal é indicado procurar um coloproctologista que é o especialista. Porém em crises dolorosas ou sangramentos abundantes deve-se remeter a um serviço de urgência e emergência para uma avaliação inicial e tratamentos mais abreviados até conseguir-se um especialista.


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Qual exame é necessário fazer para detectar a hemorroida? A consulta com um médico especialista já pode trazer várias informações que permitem um diagnóstico, mas o exame físico proctológico acaba tendo importância enorme devido às outras doenças que podem simular hemorroidas. Se o especialista achar necessário, e naquele momento conveniente, pode ser realizado um exame chamado ANUSCOPIA. Basicamente é um tubo que introduzido no canal anal permite observar com alguns detalhes o tipo de problema que está ocorrendo naquele momento. Quais são as medidas preventivas? Dietas que permitam o funcionamento regular do intestino e evitar “ler no banheiro” já ajudam muito. O uso do bidê ou ducha higiênica, ajudam para evitar traumas pelo papel higiênico. Quais são os tratamentos? Comportamental: são as mesmas medidas das ações preventivas mas podemos usar pomadas próprias e medicações flavonóides para aumentar a resistência dos vasos sanguíneos. Procedimentos não cirúrgicos: o mais conhecido é a ligadura elástica - porém deve ser feito com cuidado e em casos bem escolhidos. Cirurgias: 1-convencionais, 2-energias alternativas como o bisturi harmônico 3- grampeadores cirurgicos 4 - anopexia guiada por dopller, sendo essa última conhecida como THD que vem sendo chamada de “cirurgia de hemorroida sem dor”.

mitos e verdades Quem come muita pimenta pode desenvolver a disfunção? Pesquisas mostram que a pimenta não CAUSA hemorroidas. Mas em indivíduos sensíveis pode colaborar para o desenvolvimento de uma crise. Uma hemorroida mal cuidada pode virar câncer? Não há pesquisas que comprovem que a doença hemorroidária pode evoluir para câncer. Como o câncer muitas vezes se manifesta com sangramento, pode acabar havendo essa confusão de achar que a hemorroida virou câncer. Não existe cura apenas com medicações? Quem tem a doença hemorroidária pode buscar seu

controle com medicações e medidas comportamentais, mas cura? Nem mesmo a cirurgia pode oferecer 100% de cura da doença. Se a hemorroida não for tratada, pode desencadear uma trombose? A trombose hemorroidária pode ocorrer em qualquer individuo, tenha ele hemorroidas grandes ou pequenas. O que faz isso desencadear são os fatores de risco, habitualmente são a constipação (ressecamento) ou a diarreia.

Fonte: Dr. Douglas Y. Koga, cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista do HFC.


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Quando é hora de usar meia elástica nas pernas? C ertamente, todos já ouviram falar sobre a meia elástica que muitas pessoas utilizam em casos de varizes ou dores nas pernas. Igualmente, comentários de que seu uso é difícil e “sacrificante”, predominam na população fazendo com que muitos tenham receio em utilizá-la. Mas afinal, o que é uma meia elástica? Quando é hora de usa-la? Estas e muitas perguntas são feitas no consultório vascular. No sentido de esclarecimento e orientação geral, o HFC Notícias conversou com o cirurgião vascular e angiolosgista do HFC, Dr. Luiz Baldini.

O que é uma meia elástica? Seria o mesmo que as meias (estéticas) utilizadas pelas mulheres quando usam saias ou vestidos? É uma meia medicinal que comprime as pernas de uma maneira específica promovendo conforto e proteção nos casos de doença venosa. A meia comum tem apenas indicação estética sendo usada para aquecer e realçar vestidos e saias. O fato de não conseguir usar estes tipos de meias (estéticas) não significa que a medicinal (elástica) também não será tolerada, pois seu mecanismo de ação é diferente. Quando ela seria necessária? Ela é necessária, na maioria das vezes, em casos de varizes de membro inferior, em pacientes que já tiveram trombose venosa profunda (doença que obstrui as veias profundas das pernas) e em pessoas que permanecem muito tempo em pé, sentindo desconforto ao final do dia. Como ocorre sua ação para melhorar a doença vascular? Para entender de maneira simples a ação da meia temos que lembrar que as veias da perna seguem dois trajetos (no sentindo das pernas até o coração): um mais superficial que podemos ver nitidamente nos casos de varizes e outro mais profundo através dos músculos da perna. Geralmente, nos casos de doença venosa, o sistema superficial esta doente e o profundo preservado. Assim, a meia comprime a perna não permitindo que o sangue passe pelo sistema superficial, direcionando o mesmo para o profundo, aliviando os sintomas das varizes e evitando complicações das mesmas.

Ela pode ser usada sem avaliação médica? Não deve ser utilizada sem avaliação do médico vascular pois em alguns casos existe alteração na nutrição das pernas (casos de doença arterial) ou até mesmo alergias ao componente da meia. Ainda, para cada tipo de doença há uma meia específica com relação a sua pressão (suave, média, ...).

A cirurgia de varizes substitui o uso da meia elástica? Atualmente, o uso da meia é muito importante naqueles pacientes que necessitam de cirurgia de varizes pois melhora os sintomas até sua realização, diminui o risco de complicações após a cirurgia e o tempo de recuperação. Em alguns casos de doença muito agressiva, os pacientes devem usar a meia pela vida inteira mesmo após a cirurgia. Portanto, não se deve achar “que se for operar a meia é desnecessária”. A meia, além de ser quente, é feia e precisa ser do tipo “meia-calça”. Isto é verdade? Não é verdade. Muitas são feitas de algodão e se apresentam em diversas cores o que as tornam mais atraentes e menos quentes. Em grande parte dos casos, basta utilizar a meia ¾ pois é na perna que ocorre o desvio do sangue desejado. Muitas pessoas deixam de utilizar a meia pois acreditam que sempre deve ser do tipo meia-calça, que é mais quente e desconfortável. O que se espera com o uso da meia? Ela pode evitar complicações? A meia propicia melhora significativa dos sintomas mais comuns : dor ao fim do dia, sensação de cansaço e peso nas pernas, enformigamentos e outros. Pode evitar complicações como úlcera venosa e trombose venosa. O uso de sapato alto e a prática de exercícios impossibilitam o uso da meia? Na literatura médica existe muita discussão quanto ao uso do sapato alto e sua relação com varizes. O que se sabe através de pesquisas recentes é que se o salto não for demasiadamente alto, permitindo a contração da musculatura da panturrilha em um paciente que estiver


HFC Notícias | Janeiro/Fevereiro | Edição nº 06 usando a meia, não há grande prejuízo. Porém deve-se lembrar que por razões ortopédicas, o sapato alto pode trazer complicações ao indivíduo. Quanto à prática de exercícios, o paciente necessita do uso da meia ao realizá-lo o que inclusive, melhora a circulação da perna. COmO deve ser COlOCada a meia? A meia deve ser colocada quando se acorda (pois é quando a perna encontra-se sem inchaço) antes de sair da cama e ser retirada ao final do dia, ao se deitar. Nos casos de banho matinal, recomenda-se que este seja breve e um repouso de cerca de 30 minutos antes de colocar a meia. eu tenHO apenas alguns vasinHOs que aCHO muitO FeiO...neste CasO, preCisO usar a meia? Mesmo que a queixa seja apenas estética alguma doença provoca o aparecimento dos vasinhos e deve ser tratada. Muito frequentes, são os pacientes que tratam os vasinhos apenas com aplicações sem a preocupação com a doença que os provoca. Assim, a avaliação do médico vascular é de fundamental importância. usO antiCOnCepCiOnal e tenHO varizes. O que devO Fazer? pOssO parar de tOmá-lO para nãO ter que usar a meia elástiCa? Nesta situação o acompanhamento com o médico vascular e o ginecologista permite a orientação individualizada. A necessidade do uso de hormônios (anticoncepcionais) ocorre em muitas situações médicas desde pacientes jovens com vida sexual ativa até em casos de casais com prole definida e relacionamento estável. Isto significa que em casos de varizes, o ginecologista deve escolher o melhor método anticoncepcional (evitando hormônios se possível), sendo o mais importante o início do tratamento vascular. Logo, tendo varizes, mais importante que se preocupar com o uso da “pílula” é consultar um médico vascular para iniciar um tratamento adequado. uma pessOa idOsa pOde usar meia elástiCa? Pode e deve, respeitando os critérios médicos existentes. Nesta faixa etária, o controle dos sintomas permite maior independência para as caminhadas além de prevenir úlceras venosas e trombose venosa.

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CuidAdOS COM AS PERNAS NO VERãO Com o verão, o uso de roupas mais curtas e a exposição ao sol aumentam muito. É nessa época que olhamos mais para nossas pernas e identificamos algumas alterações na pele como os “vasinhos” (telangectasias em linguagem técnica) ou as varizes. Os vasinhos causam muito constrangimento para muitas mulheres e alguns cuidados devem ser lembrados antes de se expor ao sol:

Não tomar sol com a intenção de disfarçar os vasinhos, pois isto pode causar irritação local Usar protetor solar de acordo com o tipo de pele Não usar bases ou cremes para esconder os vasinhos Procurar um médico vascular para avaliar as opções de tratamento estético “O tratamento estético destes vasinhos é realizado, na maioria das vezes, por aplicações de um líquido que queima o vaso (geralmente glicose) – este procedimento é chamado escleroterapia química. Pode-se também utilizar laser, porém deve-se ter critério para sua indicação, não sendo adequado para todos os casos”, explica o angiologista e cirurgião vascular do HFC, Dr. Luiz Baldini. Em algumas situações, além dos vasinhos existem pequenas veias esverdeadas nas proximidades que funcionam como veias nutridoras. Para entender melhor, usamos uma comparação como se fosse uma árvore com sua raiz, tronco, galhos e folhas. Então, para eliminarmos os vasinhos (folhas), seria mais correto primeiro tratarmos as raízes (veias nutridoras) que alimentam estes vasinhos. É por esta razão que muitas vezes não adianta fazer aplicação nos vasinhos, por isso é fundamental consultar um médico vascular para identificar o melhor tratamento para cada caso. Já quem tem varizes, os sintomas tendem a ser mais intensos no verão ocorrendo mais edema (inchaço), queimação e sensação de peso ao final do dia. Isto ocorre porque o calor provoca a dilatação dos vasos das pernas e consequentemente, sentimos maior desconforto.

Fonte: dr. Luiz Baldini – Angiologista e Cirurgião Vascular do HFC



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