HFC Notícias - Janeiro

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jan โ ข fev 2017 Ed. Nยบ 17

de olho no olhar das crianรงas caxumba e meningite diabetes projetos do HFC


Palavra do Presidente

Expediente Diretoria Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba Jose Coral - Presidente Cyro André Carvalho De Freitas - Vice Presidente Arnaldo Antonio Bortoletto - 1º Secretario Bento Antonio De Moraes Neto - 2º Secretario Jose Benedito Massarutto - 1º Tesoureiro

Iniciamos o ano novo com o desejo de que você tenha muita saúde. Daqui para frente temos um ano inteiro para agir e ir em busca de qualidade de vida, se prevenir, se conhecer e se cuidar.

Osmar Domingos Cezarin - 2º Tesoureiro

Nesta edição da revista HFC Notícias um alerta: Você já pensou que existem doenças com sintomas silenciosos? Vamos falar de uma delas o diabetes tipo 2, quase metade das pessoas que tem a doença não sabe. Além disso, o que tem preocupado é o número de casos de caxumba e meningite. Muitas pessoas não conhecem a diferença entre elas e deixam a carteira de vacinação esquecida quando se tornam adultos.

José Sergio Santin

Inicio de ano também combina com descanso, férias e viagem, mas você já teve problemas com a alimentação e com o intestino nessa época do ano? Preparamos também receitas para refrescar esse verão com dias tão quentes.

Maria Helena S. E. Carraro - Coodenarora Operacional

Para as mulheres trazemos uma entrevista para esclarecer as dúvidas sobre os métodos contraceptivos. Para os pais, chamamos a atenção com os filhos que tem problemas oftalmológicos e não sabem.

Mônica Fátima Comolesi - Jornalista MTB 66325/SP

Também fizemos uma reportagem especial para agradecer o trabalho dos voluntários que se dedicam aos projetos sociais do hospital, que levam esperança, alegria e conforto aos doentes.

4.000 Exemplares

Jose Clovis Casarin - Vogal Membros Efetivos - Conselho Fiscal Sandra Regina Mazzero Grandes Marcelo Henrique Zuin Administração do Hospital dos Fornecedores de Cana Lucimeire Ravelli Peixoto - Administradora Luciana Mara Garcia - Coordenadora Estratégica Lucianna Reis Novaes - Coordenadora Técnica Miki Mochizuki - Diretor Técnico Desenvolvimento Arte de Diagramação - NPP Propaganda Tiragem

Caro leitor, temos a certeza de que 2017 será um ano de muito trabalho, mas renovamos aqui o nosso compromisso de oferecer sempre o melhor atendimento, uma equipe treinada e capacitada e os melhores recursos tecnológicos para diagnosticar com rapidez e tratar os pacientes com precisão, sem deixar de lado o carinho, o amor e a gratidão por você confiar em nosso trabalho. Vamos lá, aproveite esta edição da Revista HFC Notícias, que está repleta de boas dicas para você começar o ano se cuidando. Boa leitura!

Agradecimento José Coral Diretor Presidente Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.

O HFC agradece a todas as empresas parceiras que apoiam e patrocinam o HFC Notícias.


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Implante dentário: oportunidade para voltar a sorrir

Reconstrução dentária visa melhorar a qualidade de vida das pessoas.

U

m sorriso bonito vai além do “cartão de visita” das pessoas. Os dentes saudáveis contribuem com a autoestima, evitam a falta de confiança e a insegurança ao falar em público e comer. Só que alguns problemas podem comprometer a estrutura bucal, como traumas, tumores, perda de dentes por inflamação na gengiva ou por cárie, que vai deteriorando os dentes. O osso da arcada também pode ser prejudicado com a falta de dentes. De acordo com o cirurgião buco maxilo facial do HFC, Aladim Gomes Lameira Júnior as reconstruções dentarias são indicadas quando se quer restabelecer a estrutura e o volume ósseo para que num futuro breve o paciente possa colocar implantes dentários. “Os procedimentos indolores reconstrutivos de maxila e mandíbulas têm demonstrado grandes vantagens como: resultado estético mais satisfatório, melhora da relação maxilo-mandibular, diminui a extensão protética e au-

menta a previsibilidade. Assim, a reconstrução da maxila envolve o restabelecimento da base óssea para posterior implante de dentes artificiais osseointegrados”. Os implantes funcionam a partir da instalação dos parafusos que simulam a função das raízes dos dentes perdidos e servem de suporte para as próteses dentarias. Após quatro meses da instalação dos implantes, a coroa ou próteses podem ser instaladas sobre os implantes. Alguns implantes mais modernos reduzem o tempo de adaptação ao osso, que em até 45 está apto para receber a instalação das próteses.

Dr. Aladim Gomes Lameira Júnior, cirurgião buco maxilo facial do HFC


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HFC e seus voluntários Voluntariado ajuda na missão do HFC

O

s projetos sociais desenvolvidos no HFC são agentes transformadores que exercem influência sobre os recursos humanos, a sociedade e o meio ambiente. As ações contribuem para a humanização do ambiente hospitalar.

Confraternização de voluntários do HFC e voluntários externos

mensagens dos voluntários do HFC Plantadores da Alegria Cãopanheiro “Tenho absoluta certeza que com este projeto o HFC é uma referência em trabalho voluntário e o único da região a ter presença dos Cãopanheiros, este faz uma enorme diferença”. Ricardo Cançado, coordenador e voluntário do projeto.

“Dar o melhor de Nós, sem esperar nada em troca. Só pela alegria de fazer a nossa parte. Apenas guiados pela certeza de que amor gera amor”. Juliana C. Leite, coordenadora e voluntária do projeto.

CLQ - Canto do Livre Querer Contadoras de Estórias “Somos Grata pela oportunidade em ajudar, Sobretudo, por ser um trabalho voluntário”, Edileide Sousa, cordenadora e voluntária do projeto.

“Voluntários, pacientes e hospital ganham uma nova visão, uma nova dimensão da importância da fraternidade, da solidariedade no alívio do sofrimento e/ou da cura do corpo e do espírito”. Prof. Douglas Simões, coordenador e voluntário do projeto.


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Futura Mamãe “Considero o Projeto ‘Futura Mamãe’ de grande importância no cuidado do bem estar geral, não só do bebê e da gestante, como também do parceiro que participa do curso. Costumo afirmar que o trabalho voluntário e solidário é uma forma de pagar o dízimo em retribuição a tudo o que a Vida e o bom Deus tem me dado”, Luiz Roberto Xavier, coordenador e voluntário do projeto.

Pastoral da Saúde “Os pacientes estão fisicamente sendo muito bem cuidados pela equipe de médicos e enfermeiros, por isso nossa missão é levar o amor fraterno”, Valquiria Puga, coordenadora e voluntária do projeto.

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capelania evangélica “Por todas essas razões esse trabalho precisa ser realizado com competência e amor. Por isso nossos voluntários recebem treinamento para atuar nos hospitais para melhor desempenhar essa missão”, Débora Puga, coordenadora e voluntária do projeto. A importância do projeto dentro do hospital é proporcionar um melhor bem estar aos pacientes internados, fazendo com que estes tenham esse período de tratamento menos difícil do que geralmente costuma ser. “Atendemos semanalmente os pacientes da pediatria, então esse tempo dedicados a eles com brincadeiras e diversão é prazeroso para os pacientes e para nós voluntários”, Alexandra Maura Vicentin Pereira, voluntária do projeto.

Juliana Mazzonetto, gestora administrativa do HFC, responsável pela organização dos projetos coorporativos


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Voluntários uma parceria sem fronteiras Para o desenvolvimento pleno dos projetos sociais contamos também com os voluntários externos que acreditam na missão do HFC e disponibilizam amor e tempo para colocar em prática ações que trazem resultados significativos dentro do hospital. A Confraternização dos Voluntários do HFC 2016, que aconteceu no salão da Igreja Matriz da Vila Rezende foi uma noite dedicada àqueles que, ao longo do

ano contribuíram doando tempo e amor aos pacientes e colaboradores do hospital, proporcionando mais acolhimento e tornando o hospital mais humanizado. Foi uma confraternização com muitas atrações e apresentações teatrais. Os voluntários de todos os projetos externos e do HFC, estiveram presentes nesta festa de agradecimento. Conheça um pouco sobre os projetos externos:

Contador de estórias O jovem Vinícius Oliveira Silva é estudante de psicologia, fez teatro e há três anos é voluntário na comunidade Corpus Christi e também é o contador de histórias, que leva magia e desperta a imaginação de quem precisa sonhar.

Grupo de Fantoches O grupo de voluntários trabalha com teatro de fantoches, monólogos, musicais, teatros de sombra, músicas e danças, sempre buscando levar o anúncio da Boa Nova, o objetivo é utilizar da arte unicamente como meio de evangelização e não como promoção pessoal, nem mesmo como promoção comunitária.

Banda Taiyo Ongakutai Tem como o lema eterno da Banda, “Ao som da minha luta eu busco a paz!”. Os integrantes entoam o instrumento altivo e resoluto, com absoluta certeza de seu objetivo e missão. A banda masculina de jovens da Associação Brasil SGI – BSGI, Taiyo Ongakutai, há mais de meio século, se apresenta em inúmeras ocasiões – de eventos culturais e educacionais a encontros cívicos – com o propósito de proporcionar ao público o Humanismo Ikeda, que é a luta contínua pela paz e pelo bem estar do ser humano.

Grupo G-Palhaços Os G-Palhaços é um grupo de doutores malucos, carinhosos e apaixonados pela medicina ‘palhacística’ que levam para o ambiente hospitalar o melhor remédio: a alegria. Um grupo formado por especialistas formados, graduados, reprovados, recuperados e especializados nas mais diversas especialidades específicas especiais da risologia, alegrologia, barulhologia, alopatia, alopamãe, alopavó e tantas outras áreas.

Esses 4 grupos, vieram especialmente para prestar uma homenagem aos voluntários do HFC.


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O anticoncepcional ideal para cada mulher Dúvidas, mitos e incertezas na hora de escolher o método contraceptivo

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om tantas opções no mercado, muitas mulheres têm dúvidas na hora de escolher o melhor método contraceptivo. Os métodos possuem quantidades de hormônios diferentes e cada um responde de uma forma no organismo de cada mulher. A escolha do método contraceptivo deve ser uma decisão auxiliada por um médico especialista. Por isso, o ginecologista do HFC, André Luiz Lourenço da Silva esclarece dúvidas de como escolher o anticoncepcional. Pílula, adesivo ou injeção? Em se tratando de contracepção hormonal estas são as principais vias de administração que temos. O mecanismo de ação dos hormônios é semelhante em todas as vias impedindo a ovulação da paciente, mas a metabolização e a biodisponibilidade são diferentes. A diversidade nos permite individualizar o método de acordo com o desejo da paciente, minimizando efeitos colaterais ou mesmo causando comodidade a paciente, aumentando assim adesão ao método e melhora da qualidade de vida. Toda mulher engorda quando começa a tomar anticoncepcional? Não. Mas uma pequena parcela das mulheres (5a12%) das usuárias, independente do método hormonal escolhido ganham peso. Mesmo em usuárias de DIU-cobre, 12% apresentam ganho de peso. Assim mais de 90% das usuárias mantém ou perdem peso, mas 10% podem engordar. Exceção a esta regra é o uso de AMPD (acetato medroxiprogesterona de depósito) método injetável, trimestral no qual o ganho de peso ocorre em 25% das pacientes. No início do uso do método contraceptivo existe um período de adequação do organismo da paciente no qual efeitos colaterais leves devem ser tolerados. Efeitos colaterais intensos ou persistentes como náuseas, vômitos, cefaleia, cólicas, sangramento irregular, mastalgia, perda de libido e até mesmo ganho de peso podem ocorrer, cada caso deve ser individualizado e a melhor opção deve ser discutida com seu ginecologista. Lembrando que cada indivíduo é um organismo único e responde de forma diferente a um mesmo medicamento.

O uso contínuo de pílula é uma boa indicação? Pode trazer riscos a saúde? O uso contínuo de pílulas é uma ótima opção, atualmente temos uma grande variedade de produtos que possibilitam as pacientes a opção de menstruar ou não sem qualquer prejuízo a sua saúde. O uso de pílulas apresenta alta eficácia e segurança clinica, através de antecedentes clínicos, familiares e avaliação clínica o médico pode atribuir ou não risco ao uso da pílula e quando contra-indicada sugerir outro método. O tromboembolismo venoso (TEV) é um efeito adverso grave, mas raro. O aumento da incidência para usuárias de pílula é menor que o aumento da incidência ocasionado durante a gestação e puerpério das pacientes. Não há indicação de pesquisa laboratorial de trombofilias nas pacientes antes do início de uso da pílula.

Mulheres que usam métodos contraceptivos durante anos seguidos podem ter dificuldades para engravidar? Não. O uso prolongado de métodos contraceptivos não causa infertilidade, mas alguns métodos quando interrompidos tem sua fertilidade prontamente reestabelecida enquanto outros, método hormonal por exemplo, a concepção pode levar alguns ciclos pois necessitamos da ovulação e preparação do endométrio para que a gestação transcorra de forma normal. A pílula pode causar câncer? Não. Quando não há contraindicação para o uso pílula o uso da mesma não aumenta a incidência qualquer tipo de câncer. E ainda o uso prolongado pílula está relacionado a diminuição da incidência cânceres de ovário e endométrio.

Dr. André Luiz Lourenço da Silva, ginecologista do HFC

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Diabetes tipo 2: uma doença silenciosa

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erca da metade das pessoas que tem diabetes tipo 2 (DM2) não sabem que possuem a doença. Isso porque os sintomas podem não ocorrer nos casos mais leves e nas fases iniciais da doença, o que pode atrasar o diagnóstico em até cinco anos. O diabetes representa um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, ou seja, excesso de glicose na circulação sanguínea. Estas doenças podem apresentar diversas causas e são múltiplos os mecanismos envolvidos na sua patogênese. A DM tipo 2 é a mais frequente destas doenças, abrangendo cerca de 90% dos casos. Sua prevalência vem aumentando em todos os países, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Dados da IDF (International Diabetes Federation) sugerem que há 11 milhões de pacientes com DM 2 no nosso país. Em nível global estima-se que 285 milhões de indivíduos possuíam a doença em 2010, número que deverá ultrapassar os 440 milhões em 2030. O endocrinologista do HFC, Alex Lombardi Ferraz explica que a obesidade é um dos principais fatores de risco. “A obesidade é o fator mais importante, sobretudo aquela em que a gordura se distribui predominantemente na região abdominal. Entretanto, há outros fatores de risco importantes, como o tabagismo, o sedentarismo, a síndrome dos ovários policísticos, o histórico familiar de DM 2 e o histórico de

diabetes gestacional. Algumas medicações, como os diuréticos tiazídicos e os corticosteróides, também podem provocar a doença”. Quando há descontrole da glicemia por longo período podem surgir diversas complicações no organismo. “Dentre as complicações macrovasculares devemos mencionar o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP). Por outro lado, as complicações microvasculares incluem a nefropatia, a neuropatia e a retinopatia. As complicações cardiovasculares associadas ao DM são a principal causa de mortalidade em nível mundial. Estas complicações provocam perda na funcionalidade, na qualidade de vida e na expectativa de vida. Além disso, resultam em elevados custos para os sistemas de saúde”. Como identificar essa doença? Os sintomas mais comuns são perda de peso inexplicada, fadiga, infecções genitais, indisposição, aumento do apetite, da sede e do volume urinário. Uma vez que a doença frequentemente não apresenta sintomas é indicado o rastreamento, por meio da coleta de exames de sangue: a Glicemia de Jejum é o exame mais utilizado, porém a Hemoglobina Glicada e o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) podem ser


Exercícios diminuem o açúcar no sangue e evitam a chegada da diabetes

indicados. Está indicado o rastreamento do DM 2 em todos os adultos acima dos 45 anos, independentemente da presença de sintomas. “O rastreamento também é recomendado nos seguintes grupos populacionais: pacientes com sintomas característicos e pacientes com sobrepeso ou obesidade (ou seja, índice de massa corpórea acima de 25 kg/m2) e que tenham fatores de risco”, ressalta o especialista. Em crianças e adolescentes recomenda-se rastrear a doença a partir dos 10 anos ou do início da puberdade – o que ocorrer primeiro - quando houver sobrepeso ou obesidade e dois ou mais fatores de risco.

Uma doença silenciosa A DM 2 é frequentemente silenciosa porque o seu surgimento não é súbito. Estudos indicam que as alterações metabólicas envolvidas na patogênese da doença começam a se desenvolver até cinco anos antes da glicemia começar a se elevar. Além disso, muitas vezes os sintomas são leves e podem ser confundidos com outros diagnósticos, tais como estresse, depressão, câncer, anemia, transtornos da tireóide etc. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) sugerem que quase 50% dos brasileiros está acima do peso e 18% são obesos. “A incidência de DM 2 vem aumentando tanto principalmente por conta das modificações do estilo de vida da população nas últimas décadas, as quais contribuem também para a obesidade. Houve um aumento importante no consumo de alimentos processados

ricos em açúcares e gorduras, em detrimento de preparações mais saudáveis. Além disso, o sedentarismo está cada vez mais frequente e o nível de estresse é cada vez maior”, disse o endocrinologista do HFC. Tratamento O tratamento envolve medidas farmacológicas e não-farmacológicas. Por ser uma doença complexa e multifatorial é importante a participação de diversos profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos etc. As medidas sem uso de medicamentos englobam as mudanças de estilo de vida, dentre elas a melhora dos hábitos alimentares, prática de atividades físicas, o controle do peso e a cessação do tabagismo. “Avanços na compreensão dos mecanismos envolvidos na doença permitiram o surgimento de diversos grupos de medicamentos para o tratamento, incluindo novas apresentações de insulina. Isto permite um tratamento individualizado e facilita a obtenção de um controle adequado. No entanto, a adesão do paciente às medidas propostas segue sendo indispensável”, conclui o especialista.

Alex Lombardi Ferraz, endocrinologista do HFC


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Meningite e Caxumba: conheça as diferenças As duas doenças tem sintomas parecidos

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meningite e a Caxumba são causadas por organismos distintos, com mecanismos de proteção e tratamento diferentes, apesar de alguns sintomas inespecíficos serem comuns às duas, como por exemplo, febre e dor de cabeça. A infectologista do HFC, Camila Cristina Martini Rodrigues, explica qual a diferença entre essas duas doenças.

Meningite É um processo inflamatório das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, e que ocorre, na maioria dos casos, por infecção (bacteriana, viral, fúngica, dentre outros), podendo se manifestar de forma aguda ou crônica. Entre as bacterianas, Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae, são os principais responsáveis em pacientes imunocompetentes. Diversos vírus podem desencadear meningite, e nem sempre é possível identificar a causa. Exemplos são alguns vírus intestinais, Herpes simplex 1 e 2, sarampo, caxumba, varicela-zoster, dentre outros. Sintomas da meningite Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente e agente causador. De forma geral, podem haver febre alta, cefaléia, vômitos repetidos, rigidez da nuca e alterações da consciência. Crianças menores podem apresentar irritabilidade, choro persistente, recusa alimentar e abaulamento de fontanelas (“moleiras”). Os sintomas podem ser súbitos, com manchas vermelhas na pele como na doença meningocócica. Os quadros bacterianos são, em sua maioria, mais graves que os virais, com risco de sequelas ou óbito. Transmissão As formas de transmissão das meningites virais e bacterianas são semelhantes. Alguns agentes podem colonizar as vias respiratórias de pessoas saudáveis e a transmissão ocorre por gotículas de tosse, espirro ou beijo. Focos infecciosos próximos ao SNC (otite média crônica, sinusite) também podem ser fonte.

“Essas infecções podem se apresentar em surtos. Por isso, prevenção é fundamental com a vacinação para alguns dos agentes causadores, quando disponível e indicada, além das medidas de higiene e etiqueta respiratória. Entretanto, mesmo para as pessoas que foram vacinadas na infância, a proteção não é duradoura para a vida toda, somando-se a esse fator uma parcela dos adolescentes e adultos jovens sem vacinação prévia”.

Caxumba É uma infecção viral, aguda, benigna, autolimitada, causada por vírus da família Paramyxoviridae, que tem preferência por glândulas salivares (por exemplo, as parótidas), e pelo Sistema Nervoso Central (SNC), causando inflamação local. Atinge homens e mulheres em qualquer época do ano, porém é mais comum entre o final do inverno e início da primavera. Sintomas da caxumba A maioria dos infectados apresenta sintomas, sendo a parotidite a principal manifestação. No início, o paciente pode ter dor no ouvido e dor à mastigação. O aumento da parótida ocorre após 2-3 dias e, em 75% dos casos, bilateralmente. Esse aumento glandular é acompanhado de edema (inchaço) da região. A manifestação extrassalivar mais frequente é o envolvimento do SNC, levando a um quadro de meningite, com duração de 3 a 10 dias, sem sequelas. Em homens adultos, a orquiepididimite (inflamação dos testículos e epidídimo) é a principal manifestação extraglandular, entretanto, esterilidade raramente ocorre. Transmissão A transmissão da caxumba ocorre por contato direto, também por gotículas de saliva ou por fômites (utensílios contaminados) de um indivíduo doente. O período de maior transmissão é de 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e continua por 5 a 7 dias.


Vacinação Adultos devem manter Carteira de Vacinação atualizada Algumas doenças prevenidas por vacinas continuam tendo importância na proteção do adulto, tanto individualmente como para as pessoas com que ele terá contato. Mesmo para as pessoas vacinadas na infância, existem alguns reforços ou, ainda, vacinas que não eram disponíveis na ocasião, já que ao longo dos anos muitas vacinas foram incorporadas ao Programa Nacional de Vacinação (PNI). Esquema atual de vacinação do adulto (PNI): Dupla adulto (difteria e tétano): 3 doses (0, 2 e 6 meses) para pessoas em situação vacinal desconhecida ou não vacinadas, além de 1 reforço a cada 10 anos, Hepatite B: 3 doses (0, 1 ou 2 meses, 6 meses), Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola): pessoas entre 5 e 29 anos: 2 doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Pessoas entre 30 e 49 anos: 1 dose. Todos os profissionais da saúde devem ter 2 doses.

Camila Cristina Martini Rodrigues, infectologista do HFC


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De olho no olhar das crianças Pais devem ficar atentos aos problemas de visão que surgem na infância

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lém de prejudicar o desempenho escolar, os problemas de visão podem atrapalhar o desenvolvimento da criança. Alguns problemas já aparecem nos primeiros anos de vida, por isso é preciso ficar atento aos sintomas e realizar os exames recomendados. A oftalmologista do HFC, Ana Paula Amalfi explica que a visão é um dos mais importantes sentidos no desenvolvimento físico e cognitivo normal da criança. “O diagnóstico precoce de doenças e um tratamento efetivo e estimulação visual precoce permitem perfeito desenvolvimento visual”, diz ela.

malidade. Principalmente famílias que tem pessoas que usam óculos ou com problemas oftalmológicos de caráter genético”, ressalta a oftalmologista. Antes da alfabetização a criança deve ser submetida ao exame oftalmológico em consultório. A partir de três anos de idade, é recomendado testar a visão da criança tampando um olho de cada vez para observar se a criança enxerga com um olho apenas. Este teste é muito simples e pode diagnosticar precocemente a ambliopia.

Prevenir problemas oculares começa desde o nascimento. Na maternidade é importante realizar o exame das pupilas de reflexo vermelho, que detecta problemas precocemente como catarata, glaucoma e problemas na retina. Até os três mês de vida é comum observar estrabismo, movimentos oculares com desvios ocasionais que se persistirem após esta idade é necessário consultar um especialista.

“A ambliopia é uma alteração no desenvolvimento normal da visão devido a problemas de refração ou estrabismo conhecido popularmente como ‘olho preguiçoso’. A incidência de ambliopia em crianças em idade escolar é de aproximadamente 4%. A criança não apresenta sinais e sintomas, pois apresenta boa visão com apenas um olho. Portanto esta alteração deve ser detectada antes da idade escolar, pois o tratamento é eficaz até sete anos de idade com correção do erro de refração e tampão ocular”, explica a especialista.

A visão das crianças se desenvolve do nascimento até aproximadamente os sete anos de idade. “Neste período, os pais devem ficar atentos a qualquer anor-

A causa mais comum de deficiência visual na idade pré -escolar são os erros de refração conhecidos como “grau” que incluem a hipermetropia, miopia e astigmatismo.


Hipermetropia: é um tipo de ametropia que tem origem no globo ocular de tamanho menor do que o normal. Neste caso a visão é boa para longe com dificuldade de focalizar a imagem de perto. Os sintomas são cansaço, dor de cabeça aos esforços visuais. Neste caso é comum a criança necessitar do uso de óculos, mas com o crescimento, a criança deixa de usar óculos.

Astigmatismo: pode ser caracterizado como uma distorção na visão devido a uma irregularidade na córnea. A visão é embaçada, em geral as crianças que tem astigmatismo são dispersas, tem dificuldade na leitura e aproximam os livros para ler, apresentam sintomas como dor de cabeça, cansaço, olhos vermelhos e sensibilidade à luz.

Miopia: esta ametropia ocorre quando o globo ocular tem formato mais alongado o que afeta a visão de longe. Geralmente é hereditária, descoberta na fase escolar e aumenta durante o período de crescimento. Normalmente não apresenta sintomas, apenas a criança prefere executar atividades que usam a visão de perto.

“As ametropias podem ser corrigidas com óculos ou lentes de contato. O ideal é que a partir de um de idade a criança faça uma visita anual ao oftalmologista, a fim de prevenir e tratar possíveis problemas e doenças relacionadas à visão”, conclui a oftalmologista.

Ana Paula Amalfi,

oftalmologista do HFC


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Apaixonados por açai!

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ara os apaixonados por açaí, nada melhor do que se refrescar no verão com o creme dessa fruta brasileira. O açaí é uma fruta rica em proteínas, fibras, lipídios e uma excelente fonte das vitaminas: vitaminas C, B1 e B2. O açaí também possui uma boa quantidade de fósforo, ferro e cálcio. Com tantos benefícios, só há bons motivos para comer ainda mais açaí.

Açaí na tigela Ingredientes 400 gramas de açaí 2 bananas 60 gramas de granola 5 colheres (sopa) de xarope de guaraná Como fazer Leve todos os ingredientes ao liquidificador. Bata até formar um creme homogêneo. Depois sirva em uma tigela e polvilhe a granola.

Dica: a banana pode ser substituída por outras frutas, como por exemplo, mamão papaya e abacate. Além disso, para acompanhar, pode-se optar por aveia ou tapioca; o xarope de guaraná pode ser encontrado em lojas de produtos naturais.

Suco Detox de Abacaxi Você pode até torcer o nariz quando ouve o termo “suco detox”, mas provavelmente é porque você ainda associa as bebidas com dieta restrita e ingredientes inusitados. Além de ajudar nas dietas, os sucos detox também são fontes de vitaminas essenciais para a saúde e podem sim ser deliciosos. Para quem não gosta de ingredientes muito fortes, como a beterraba e couve, é possível preparar receitas mais tradicionais, com muitas frutas e até água de coco. Fazendo a combinação certa para o seu paladar, os sucos detox podem ser ótimos aliados de uma vida saudável e, é claro, de uma alimentação mais light. Ingredientes 1/2 abacaxi 1/2 bulbo de erva-doce sem as folhas 2 hastes de hortelã 1/2 copo (200 ml) de água Como fazer Bater tudo no liquidificador e servir. Benefícios: A popular combinação abacaxi e erva-doce não é apenas refrescante, mas muito eficiente, pois sua ação diurética potencializa a eliminação de impurezas.

Pedrita Morato Scarazatti Soave,

nutricionista do HFC


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Seu intestino reclama no verão? Como manter o relógio do intestino funcionando durante as férias

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astel, milho verde, camarão frito, churros, tapioca tudo num só lugar? É na praia a gente encontra todas essas tentações de uma só vez. O verão está relacionado com as férias, festas e viagens o que acaba sendo comum o descuido e o exagero na alimentação e bebidas alcoólicas, fazendo com que esses fatores comportamentais influenciem na qualidade de vida. Só que esses excessos e a alimentação desregrada podem trazer riscos para o nosso organismo e colocar a tão sonhada férias em jogo. O especialista em nutrição clinica e terapia nutricional do HFC, Paulo César Valério explica que com relação ao trato gastrointestinal, a flora intestinal equilibrada contribui muito para a digestão dos alimentos e regulação do sistema imunológico. “Quando ocorre um desequilíbrio entre essas bactérias, acontece um fenômeno denominado disbiose, ou seja, a um predomínio das bactérias maléficas sobre as benéficas no órgão. Se esse equilíbrio não for restabelecido, podem ocorrer deficiências nutricionais e infecções que podem evoluir com gravidade se não tratadas. A disbiose faz com que as células intestinais, fiquem com a capacidade de absorção diminuída, podendo apresentar sintomas relacionados à deficiência nutricional, constipação, diarreia, distensão abdominal e flatulência”. As causas da disbiose intestinal podem estar relacionadas ao consumo excessivo de alimentos industrializados, refinados, pobres em fibras, com grande quantidade de corantes, conservantes, gorduras e proteínas. O estresse, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco também estão associados, bem como o uso de medicações antiácidas, anti-inflamatórias, antibióticos sem a devida orientação e acompanhamento. “Para tratar a disbiose é necessário fazer uma alimentação equilibrada em nutrientes, fornecidos pelos cereais integrais, frutas, verduras, carnes magras, leguminosas, oleaginosas e hidratação, o uso de probióticos e prebióticos também podem ser recomentados, conforme orientação de um nutricionista de acordo com suas necessidades e particularidades”, explica o especialista. Para evitar a disbiose é recomendado ter uma alimentação equilibrada e boa hidratação com consumo moderado de gorduras, alimentos industrializados e bebidas alcoólicas, procurar ficar próximo ao do seu peso ideal, praticar atividades físicas e evitar o estresse.

Paulo César Valério, Especialista em Nutrição Clinica e Terapia Nutricional do HFC.



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