HFC Notícias | Setembro/Outubro | Edição nº 16
SETEmbrO/OuTubrO dE 2016 - EdiçãO Nº 16
diaGnótiSCo preCoCe é a ForMa MaiS eFetiVa de CoMBate PÁG. 11
aCupuntura
dia do MédiCo
reCeitaS
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Palavra do Presidente
A nossa pauta em destaque nesta edição da revista HFC Notícias são os Médicos, nossos doutores que todos os dias lutam pela vida dos pacientes, enfrentam obstáculos para amenizar a dor do próximo e se entregam ao amor José Coral que sentem pela profissão. No Dia 18 de outubro, no Dia do Médico muitos Diretor Presidente vão estar de plantão, outros vão estar estudando, atendendo e se dedicando Hospital dos Fornecedores a levar a esperança da cura para o próximo. Reconhecemos a importância, dede Cana de Piracicaba. dicação e respeitamos o seu conhecimento de todos os doutores da medicina. Ainda nesta edição, também vamos falar do Outubro Rosa, uma campanha extremamente importante para as mulheres, que leva consciência e que salva vidas. E para os homens é hora de falar sobre o Novembro Azul, uma ação voltada para a prevenção do câncer de próstata e à saúde do homem. Outro destaque desta edição é o Setembro Amarelo uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ainda falando em prevenção, outubro é o mês dos Idosos, por isso preparamos uma reportagem especial para que as pessoas tenham cada vez mais um envelhecimento saudável e ativo, já que a expectativa de vida aumenta a cada ano. Outro assunto atual que trazemos é sobre as novas regras da Anvisa de aumentar o número de medicamentos que poderão ser vendidos sem prescrição médica. E por falar em vender, você sabia que a sua nota fiscal pode ser revertida em créditos para o hospital investir em melhorias? Saiba tudo no Projeto Banco de Sorrisos do HFC. E ainda nesta edição vamos falar sobre a acupuntura, uma técnica milenar que muitas pessoas desconhecem os benefícios. Assuntos atuais, que disseminam cultura e aprendizado. Informações importantes que ajudam na prevenção e na qualidade de vida.
Boa leitura!
Presidente - Jose Coral Vice Presidente - Cyro André Carvalho De Freitas 1º Secretario - Arnaldo Antonio Bortoletto 2º Secretario - Bento Antonio De Moraes Neto 1º Tesoureiro - Jose Benedito Massarutto 2º Tesoureiro - Osmar Domingos Cezarin Vogal - Jose Clovis Casarin Conselho Fiscal - Membros Efetivos Sandra Regina Mazzero Grandes José Sergio Santin Marcelo Henriqeu Zuin aGradeCiMento O HFC agradece a todas as empresas parceiras que apoiaram e patrocinaram o HFC Notícias.
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Acupuntura: Agulhas que trazem benefícios para a saúde Técnica terapêutica chinesa alivia dores
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ão cerca de 2.000 pontos no corpo que a acupuntura pode fazer a diferença. Uma técnica terapêutica, que surgiu na China há 4000 anos. A acupuntura já se consagrou como método eficiente para aliviar dores, mas é uma prática usada também contra doenças como a depressão, na recuperação de sequelas de acidente vascular cerebral e até em procedimentos de beleza. O acupunturista e ortopedista do HFC, Dr. Edno Tsugami explica que na acupuntura são utilizadas agulhas muito finas para a estimulação de pontos localizados no corpo. Quando esses pontos são estimulados eles produzem efeitos locais e sistêmicos para a promoção do equilíbrio físico e emocional. “O mecanismo de ação deve-se ao estímulo periférico, fazendo com que o próprio organismo libere uma série de neurotransmissores que exercem funções analgésicas, antiinflamatórias, ansiolítica, vasoativas, entre outras, promovendo o equilíbrio do paciente como um todo”.
Para realizar essa prática, o acupunturista precisa dominar cerca de 150 pontos no corpo para a eficácia da técnica, que não funciona se for aplicado o estímulo em áreas sem sensibilidade, pois não há como o estímulo ser percebido pelo Sistema Nervoso Central, portanto não há resposta.
Quando recorrer a Acupuntura A Acupuntura está indicada para se tratar diversas doenças físicas e emocionais, mais amplamente utilizada para distúrbios musculoesqueléticos, mas também para problemas digestivos, respiratórios, emocionais, dermatológicos e ultimamente tem crescido a sua aplicação também na área da estética. O especialista explica que antes de iniciar a acupuntura é necessário que se faça o diagnóstico, é preciso saber qual é a doença a ser tratada, pois não se faz tratamento sem diagnóstico prévio. Nesse sentido, há um perigo quando a técnica é aplicada por quem não tem
HFC Notícias | Setembro/Outubro | Edição nº 16 a competência de fazer diagnóstico. “A Acupuntura não trata tudo. Ela tem suas limitações. O ideal é que o médico aplique todo seu arsenal terapêutico em benefício do paciente, desde a forma como se faz o diagnóstico (exame clínico e exames complementares) como o tratamento em si, lançando mão de medicamentos sintomáticos e curativos. Não se pode tratar pneumonia apenas com acupuntura, é preciso utilizar antibiótico. Não se pode tratar apendicite com acupuntura, é preciso que faça uma cirurgia”, ressaltou Tsugam.
Técnicas na Acupuntura Sistêmica: que utiliza pontos em todo o corpo. Auriculomedicina: utiliza pontos apenas no pavilhão auricular. Craniopuntura: utiliza pontos apenas na cabeça; Coreana: Utiliza pontos apenas das mãos; Moxabustão: é a queima de ervas sobre a pele; Ventosa: utilizada para dores musculares superficiais, trata da colocação de uma espécie de copo de vidro redondo ou outras formas de inspiradores sobre a pele, gerando vácuo pela queima do ar no seu interior e fazendo sucção no local. Essa técnica foi amplamente divulgada nas Olimpíadas, tendo sido utilizada pelo nadador americano Michael Phelps.
Será que dói? Muitos pacientes perguntam se a acupuntura dói por causa das agulhas. Se a aplicação da agulha for feita de maneira correta, a sensação é de um leve choquinho ou dor, mas é momentânea. As agulhas de acupuntura são de diâmetro fino, não cortante, pontas ovais e flexíveis, diferentes de agulhas utilizadas por medicações injetáveis, mas por se tratar de procedimento invasivo, as agulhas são descartáveis.
Benefícios da Acupuntura • • • •
Ação Analgésica e anti-inflamatoria Acalma Melhora do Sono Relaxamento muscular
Trata também de problemas: • • • • • • • •
Gastrointestinais Respiratórios Musculares Urológicos Endocrinológicos Psicológicos Neurológicos Ginecológicos
Fonte: Dr. Edno Tsugami, acupunturista e ortopedista do HFC.
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Dermatológicos
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18 de outubro dia do médico SEr médicO é TEr O dOm dE cuidAr dA vidA dOS OuTrOS
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elebrar o dia 18 de outubro é mais do que homenagear o médico, é reconhecer a importância e a qualidade desse profissional. É destacar a missão dele e honrar o respeito que ele tem pela sociedade. Neste dia a Administração do HFC expressa toda a gratidão aos médicos que fazem parte do corpo clínico do hospital. Profissionais que buscam constantemente inovações tecnológicas e técnicas avançadas para promover a qualidade de vida da população. Diante de tanta importância, a Diretoria do HFC faz agora uma homenagem a todos os médicos que com competência e amor fazem diferença na vida das pessoas.
Um dia importante para valorizar aquele que trabalha pensando no bem estar do próximo. Tantas coisas mudaram com o passar do tempo na medicina. Já se foi o tempo do clister de terebintina, dos curativos com mercúrio cromo, das luvas que tínhamos que lavar e secar a cada uso, do conjunto de agulheiros que precisavam ser afiados de tempos em tempos, do monitor de fósforo e tantas coisas que faziam parte da prática médica há poucas décadas. A tecnologia veio implacável tomando o espaço e o tempo e hoje já não se falam de exames e procedimentos que antes eram indispensáveis para o diagnóstico e tratamento de tantas como o colecistograma oral, a abreugrafia, as vagotomias super-seletivas. Mas, cada qual a seu tempo, teve grande valor e foi uma importante inovação. E quando penso no passado, vem a lembrança tantas pessoas queridas que já partiram. Dedicados profissionais, como: o Dr. Fernando e suas infalíveis raquianestesias; o Dr. Walter Gravena e seu vivo riso, que preenchia os corredores do centro cirúrgico que hoje traz o seu nome; o Dr. José Angelini, com suas muitas histórias nos intervalos das cirurgias; o Dr. João e sua seriedade nos plantões de UTI, tantas pessoas que viveram boa parte de suas vidas no HFC e a que deixaram suas marcas para na história médico do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
Procuro sempre focar naquilo que cada um deixou de ensinamento para mim. Quando penso que também nossos nomes, com o tempo, serão registros do passado, tenho um sentimento de tristeza, mas também de esperança de que possa deixar um legado, como aqueles que já cumpriram sua missão nesta existência. Afinal, tudo é passageiro e o que é certo hoje, pode se tornar obsoleto amanhã. Mas diante de tantas mudanças no campo da medicina, há coisas imutáveis: o cuidado com o paciente, o contato com a família, o zelo pela atualização, a busca incansável pelo melhor que se pode oferecer a quem está em um momento de sofrimento, ser médico na concepção da palavra. Esse é o recheio que nunca pode mudar e que deve se manter vivo e inspirar todas as gerações porvindouras. Esse é o espírito que está presente no Corpo Clínico do HFC, e é a fórmula de sucesso em seus quase 50 anos de existência. Registro aqui minha sincera homenagem a todos os médicos que fizeram e fazem parte da história da medicina de Piracicaba e trabalham com afinco, apesar de todas as dificuldades de nossos tempos, para dar o melhor de si em prol do próximo e ajudam a construir um legado de sucesso na história do HFC. dr. Miki Mochizuki - diretor técnico do HFC
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Parabéns Colegas! Vamos celebrar esse Dia do Médico com orgulho! Orgulho de “ser médico”. Um convite a lembrarem de tudo que já estudaram, de tudo que já passaram, de seus títulos, de seus sacrifícios, das dores que já tiveram para chegar até aqui. Lembrem-se das pessoas que já cuidaram, já ajudaram, já salvaram! Até famílias inteiras. Aliás, que ainda cuidam, ajudam, salvam. Trazem à vida. Esse é o orgulho a que me refiro. Médicos sabem e podem fazer isso. Não é para todos. Só para médicos. Não somos perfeitos, longe disso. Nem bancamos ou brincamos de ser um Deus. Estudamos. O que faze-
mos já é bastante, é enorme, é motivo suficiente para ter valido a pena. Alegrem-se. Problemas e dificuldades todos nós temos. Não vamos esquecê-los, nem tampouco valorizá-los mais do que ser médico. Dedicados, valentes, competentes, representam a força interior que nos serve de exemplo para superar as intempéries de nossa rotina diária. Em nome do corpo clínico, nosso profundo respeito e consideração a essa justa homenagem. Feliz Dia de Ser Médico! dr. irineu rasera Jr. - diretor Clínico
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Medicina, minha vida Acredito que o exercício da medicina ocupa papel tão preponderante na vida de um médico que se torna um dos seus mais importantes objetivos . Esta profissão viabiliza plenamente a possibilidade de ser útil ao próximo todos os dias. Ser médico é vivenciar com o paciente as possibilidades de tratamento, sempre com otimismo, visando à perspectiva da cura. A relação entre médico e paciente é fundamental para o tratamento e consequente cura. Conversar com o paciente, ouvi -lo, saber quais suas expectativas e angústias e darlhe o apoio necessário é tão importante quanto o tratamento em si. No dia a dia percebo a simpatia e gratidão dos meus clientes pelo atendimento que tenho lhes proporcionado ao longo dos anos. Tal reconhecimento é muito gratificante para mim. Carreira Sou formado em 1972 , na primeira turma da FAMEMA - Faculdade de Medicina de Marília. Fiz especialização em Oftalmologia em 1973 e 1974. Fui o primeiro oftalmologista a entrar no Corpo Clínico do
Minha profissão, minha felicidade Acredito que ser Médico é a maneira mais próxima e direta de aliviar o sofrimento das pessoas. Na minha profissão, sinto que fui escolhido para levar conforto para os mais necessitados num momento difícil na vida, quando a doença surge. Mas quando conseguimos ajudar a melhorar a qualidade de vida daqueles que nos procuram, vem a nossa satisfação de que vale a pena cada segundo dedicado ao próximo. A felicidade e a recuperação de nossos pacientes são nossas maiores recompensas. Carreira Hoje o principal desafio na medicina é a necessidade constante de atualização, pois o progresso científico e as inovações tecnológicas não param. A maior dificuldade tem sido em manter os médicos atualizados com tamanho desenvolvimento técnico, havendo constante reciclagem e gerir um sistema de saúde mais eficaz que dê acesso a todas as pessoas.
HFC em fevereiro de 1975, onde comecei atendendo no ambulatório. Na Oftalmologia, tive, ao longo da minha carreira, a felicidade de ver muitas barreiras serem derrubadas, graças aos avanços da ciência e da tecnologia. Mas a despeito desses avanços, ainda existem casos difíceis e dolorosos, tanto para o médico como para o paciente e seus familiares, em que é impossível a recuperação da visão. Constituem-se nas maiores dificuldades e desafios da carreira de um oftalmologista, pois a visão é, sem dúvida, entre os cinco sentidos, um dos mais essenciais para o ser humano. Ao longo desses quarenta anos de prática médica, cheguei ´a conclusão de que não há recompensa maior do que conseguir restabelecer a visão das pessoas portadoras dos variados graus de doenças oculares e/ou perda da capacidade de enxergar. Muitas vezes me emocionei com a gratidão de pacientes que tiveram essa bênção. dr. adolfo Gorga – oftalmologista
Formei em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp em 1974 e até hoje trabalho no Departamento de Doenças de Coluna Vertebral da Unicamp. Iniciei oficialmente as minhas atividades no HFC em 1977, embora desde 1974, quando eu ainda era doutorando já acompanhava as cirurgias do HFC. O Dr. Ricardo Fonseca Ribeiro era o meu professor, a quem devo muito a minha formação técnica e médica. Ao longo dos anos, construí minha carreira consolidada na relação médico e paciente, pois sem ela perde o significado de ser médico, tornando uma área técnica, fria e impessoal, relevando os fatores afetivos e emocionais, muitas vezes o centro real dos problemas. Entendemos que as pessoas a quem assistimos compreendem e toleram nossas limitações, mas jamais nossa indiferença. dr. ivan Veiga – ortopedista HFC
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Medicina minha razão Ser médico foi a melhor maneira de preencher a razão do meu viver. A escolha pela medicina veio em consequência do meio com suas influências e necessidades. A relação para com o paciente diz respeito a confiança entre os dois, baseado na sua formação e honestidade de atitude. Depois de tantos anos exercendo a minha profissão, a satisfação de ter ajudado muitas pessoas e a sensação do dever comprido são as maiores recompensas da vida, no meu ponto de vista Carreira Durante a minha carreira os maiores desafios encontrados começam pelas dificuldades econômicas e pos-
Minha profissão, minha escolha Minha primeira opção quando cursava o colegial era ser Dentista. Um amigo meu, que fazia o curso de Odontologia em Araraquara, me estimulou muito, mas acabei indo para a medicina por sugestão dos meus pais. Agradeço muito a Deus por ter me iluminado na escolha da profissão. Ser médico é uma graça concedida a poucos. Cuidar ou tratar da dor de um semelhante é uma missão extremamente nobre. A maior recompensa que podemos ter é o reconhecimento tanto pelo paciente, como pelos amigos e familiares, do trabalho feito por nós para devolvermos a saúde de quem sofre. As vezes nem o paciente avalia como é prazeroso ouvir um simples “obrigado doutor”. Gostar do que se faz é seguramente o grande segredo para ser feliz em qualquer profissão. Carreira Desafios e dificuldades fazem parte da carreira de qualquer profissão. A diferença é que na área médica trabalhamos com seres humanos carentes por um bom atendimento e palavras de carinho num momento difícil de suas vidas. Uma boa relação médico/paciente é fundamental para o êxito de qualquer tratamento. O médico tem que saber ouvir para poder concluir. Olho no olho é importante. O paciente percebe quando o médico
teriores pela satisfação encontrada na profissão escolhida. Foi em 1960 que me formei pela Universidade de São Paulo – USP em Ribeirão Preto e a formação preparatória para exercer a urologia aconteceu durante os cinco anos de residência nos Estados Unidos. No HFC iniciei minhas atividades em 1967, quando o hospital já funcionava a 04 anos. As maiores recompensas ao longo desses anos resume-se na satisfação do melhor resultado no atendimento do paciente. dr. Jamil de Carvalho Muçouçah - urologista
está interessado em ajudá-lo. Formado em 1966 pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, meus primeiros contados com anestesia foram no departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina, da qual fui monitor por dois anos. Animais (cães e gatos) foram meus primeiros pacientes. Quando cursava o 6.º ano fiz todo o meu estágio obrigatório no Departamento de Anestesia. Terminado o curso médico fui para o Rio de Janeiro fazer pós-graduação em Anestesia na Universidade do Rio de Janeiro, onde consegui o Título de Especialista em Anestesiologia. Sou também portador do Título Superior em Anestesiologia (TSA) obtido por concurso de títulos e provas realizadas em Recife PE. No HFC, iniciei minhas atividades como anestesista em janeiro de 1968, aceitando convite que me foi feito pelo saudoso Dr. José Angelini (1.º Anestesista do HFC). Agradeço a Deus a graça de ter escolhido a Anestesia como profissão. Identifiquei-me e sou feliz com ela. Sem citar nomes agradeço também aos meus familiares, diretores, colegas e funcionários do HFC que muito me ajudaram nesta jornada de meio século. dr. luiz leonardi – anestesista
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Setembro Amarelo quer prevenir casos de suicídio brASil é 8º pAíS cOm mAiOr NúmErO dE SuicídiOS E 13º NO rANKiNg muNdiAl
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oi criado em 2003, pela Associação Internacional para a Prevenção de Suicídio e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, o Setembro Amarelo, que tem como objetivo prevenir o ato suicida. Todo dia 10 de Setembro são realizadas atividades em cerca de 70 países, para conscientizar e sensibilizar as pessoas no combate ao suicídio. O objetivo é conseguir salvar vidas. O Setembro Amarelo, apesar de ser um movimento mundial, ocorre no Brasil desde 2014, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria coma Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, Cruz Vermelha, Centro de Valorização da Vida (CVV), Exército Brasileiro e Ministério Público. O Brasil é hoje o 8º país com maior número de suicídios e está em 13º lugar no ranking mundial, de acordo com a OMS. Estima-se que, em 2020 cerca de 1,53 milhões de pessoas no mundo morrerão por suicídio. A mortalidade em termos globais aumentou 60% nos últimos anos, especialmente na faixa etária de 15 a 44 anos. Para cada caso consumado, existem entre 10 a 20 tentativas, o que reforça a tese da importância da detecção precoce dos riscos presentes nos casos dos deprimidos suicidas. Segundo a OMS há uma estimativa que ao longo da vida 17,1% dos brasileiros “pensaram seriamente em por um fim à sua vida”, 4,8% chegaram a elaborar um plano para se matar e 2,8% efetivamente tentaram suicídio. Em 2012 foram 11.821 mortes, sendo que 9.198 foram homens e 2.623 mulheres. Como você percebeu infelizmente a realidade e os números se tornam a cada ano, mais alarmantes e milhões de pessoas sofrem com essa situação vinculada ao desfecho do suicídio. Pensar em suicídio na verdade é se entregar a busca incansável dos porquês. É refletir sobre quais sentimentos, faltas, lacunas ou mistérios rondam nossos medos e questionamentos. Você estaria pensando então: Porque as pessoas se matam? O que aconteceu com aquela pessoa que desistiu de viver?
Acredito que para refletir e avaliar sobre o suicídio seja necessário entender que existem vários fatores associados que podem ser ligados as doenças mentais, como o uso de drogas e álcool, bem como fatores socioeconômicos. Não podemos deixar de ressaltar que nos dias de hoje se evidenciam circunstâncias externas, tais como eventos traumáticos de perdas, separação, luto e falência financeira. A falta de informações e de esclarecimento sobre os riscos do comportamento também são fatores de risco, por vezes o processo do suicídio é autodestrutivo e um fenômeno complexo e multidimensional com a presença de elementos biológicos, psicológicos, conscientes e inconsciente, interpessoais, sociológicos, culturais e até mesmo existenciais. Alterações do comportamento, isolamento social, ideias de autopunição, verbalizações de conteúdos pessimistas, desistência da vida e comportamentos de risco podem sinalizar um pedido de ajuda. O comportamento suicida está frequentemente associado com a impossibilidade de o indivíduo identificar alternativas viáveis para a solução dos seus conflitos e temores. Buscando na morte a solução. Como se trata de um assunto amplo, polêmico, gerador de muita angústia e disparador de preocupações é preciso sensibilizar a sociedade para a importância de um olhar menos amedrontado e mais acolhedor, onde o sofrimento do outro possa ser escutado, possibilitando intervenções, sejam nas combinações de medicamentos ou psicoterapia, como também na adoção de estratégias de intervenções preventivas na área da saúde pública. O Setembro Amarelo vem para dar voz e quebrar este tabu social. Afinal a prevenção do suicídio não é apenas assunto de profissionais da saúde ou ONGs humanitárias e sim nesta situação de risco evidencia-se o chamado de ajuda atodos. Pois se a vida é o bem mais precioso que existe, protege-la é o que empresta sentido a palavra HUMANIDADE.
Fonte: Fernanda polastri, psicóloga hFc
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câncer de mama em mulheres jovens diAgNÓSTicO é pOucO FrEQuENTE E mAiS diFícil dE SEr rEAliZAdO
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câncer de mama representa a segunda neoplasia maligna mais frequente entre as mulheres. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2016 serão 57.960 novos casos. É responsável pelo maior número de óbitos por câncer entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele (não melanoma). Em pacientes abaixo dos 35 anos de idade, a doença não é comum, mas nos últimos anos um número maior de pacientes com menos de 35 anos estão sendo diagnosticadas com câncer de mama, aproximadamente, apenas 2 a 5% de todos os casos diagnosticados ocorrem em mulheres jovens. “Acredita-se que o aumento na incidência seja devido à mudança de hábitos no estilo de vida (alimentação / stress / hormonal / mulheres que nunca pariram ou se o fizeram, tardiamente) e ao uso mais precoce de métodos de diagnostico de melhor qualidade” explicou o mastologista do HFC, Dr. Marcelo Durante. Em mulheres mais jovens geralmente a doença apresenta características biológicas mais agressivas e maior taxa de recorrência pós-cirúrgica comparado a tumores em faixas etárias mais elevadas. Estima-se que 75% a 80% dos casos de câncer de mama se desenvolvem em mulheres sem fatores de risco para a doença, ou seja chamado de esporádico – a mulher em uma fase da vida a partir dos 50 anos desenvolve câncer de mama. Apenas 10% a 15% possuem historia familiar positiva (câncer familiar) e 10% dos tumores são hereditários. O câncer de mama carrega o tabu de uma doença chamada “maldita”, possível causadora de desfiguração de partes do corpo, trazendo sofrimentos durante o tratamento, pois atinge a unidade corpo-mente e espírito. É visto também como potencialmente estressor por provocar uma série de transformações na vida, tanto da mulher acometida quanto em seus familiares.
FatoreS de riSCo Há vários fatores que podem colocar em risco a saúde da mama da mulher jovem, confira: • Casos de câncer de mama na família, principalmente, mãe e irmã. • Exposição a radiação na região do peito antes dos 40 anos (em casos de Linfomas). • Uso excessivo de álcool, alto consumo de carne vermelha, mamas densas e obesidade. • Mulheres que nunca amamentaram; • Mulheres que nunca pariram ou se o fizeram, tardiamente (depois dos 30 anos). • Menarca (primeira menstruação) precoce.
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MULHERES ACIMA DE 20 anoS DEVERIAM EXAMINAR SUAS MAMAS PELO MENOS uMa VeZ ao MÊS. diaGnóStiCo O especialista explica que as mulheres acima de 20 anos deveriam examinar suas mamas pelo menos uma vez ao mês. “Para aquelas que ainda menstruam, o ideal seria de oito a dez dias após a menstruação, quando aquele edema e a turgescência das mamas (próprias do período menstrual) já desaparecem”. Mulheres que estão na menopausa ou pós-menopausa devem realizar o autoexame das mamas em qualquer época do mês (para fazê-lo basta que escolham um determinado dia do mês - algumas escolhem o 1º dia do mês, outras o 15º dia, outras o dia que corresponde ao aniversário, etc.). O câncer de mama na mulher jovem é, na grande maioria dos casos, diagnosticado tardiamente, sendo raramente encontrado pelo médico ao exame clínico de paciente assintomática. Seu diagnóstico é pouco frequente e mais difícil de ser realizado, devido o tecido mamário ser mais denso quando comparado ao de mulheres com mais idade, dificultando, portanto a identificação de nódulos. A grande maioria dos diagnósticos é feito após a queixa de nódulo mamário referido pela paciente, que, na investigação (exame clinico + mamografia + ultrassonografia de mama + ressonância magnética das mamas), apresentam-se como sugestivas de malignidade e que na maioria das vezes a doença poderá já estar em estágios avançados. É bom lembrar que alguns desses nódulos poderão ser benignos e só o médico é que poderá identificá-los corretamente.
trataMento O tratamento do câncer de mama nas pacientes jovens, principalmente aquelas com menos de 35 anos, deve ser avaliado individualmente. • Cirurgia – Setorectomia / Quadrantectomia / Mastetomia simples ou radical / Biopsia do linfonodos sentinela / Linfadenectomia axilar / Reconstrução imediata ou tardia. • Radioterapia – Tratamento loco regional • Quimioterapia – Tratamento sistêmico • Hormônioterapia • Acompanhamento Psicológico • Acompanhamento Nutricional • Fisioterapia Vale ressaltar que nas pacientes jovens, aquelas com menos de 40 anos, submetidas à quimioterapia, apresentam uma taxa muito baixa de amenorreia/ausência de menstruação (aproximadamente 20%) contra quase 75% nas pacientes com mais de 40 anos. Portanto nessa faixa etária a preservação da fertilidade dessas pacientes, é muito importante.
Fonte: dr. marcelo durante, mastologista do hFc
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CIRURGIA
ROBÓTICA DA
PRÓSTATA
ESTudO mOSTrA QuE rEmOçãO dA prÓSTATA cOm AuxíliO dE rObÔ NãO é mElhOr QuE O méTOdO TrAdiciONAl De acordo com uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer - Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. A robótica ajuda os cirurgiões a realizar cirurgias minimamente invasivas com suas inúmeras funções e facilidades. Os últimos modelos foram construídos com visão 3D, com qualidade HD (1080i) e instrumentais cada vez mais modernos e eficientes. De acordo com o urologista do HFC, Rogério Cardoso, a introdução das cirurgias realizadas com auxílios de robôs representa um grande avanço para a medicina moderna. “De uma maneira geral esse tipo de cirurgia permite menor perda de sangue durante a cirurgia, menos dor no pós-operatório, os pacientes levam menos tempo convalescendo e a alta hospitalar ocorre mais rapidamente”. Já no caso da prostatectomia radical com auxílio de robô (RARP – robot-assisted radical prostatectomy, cirurgia que remove a próstata em caso de câncer de próstata), o urologista explica que infelizmente, os resultados funcionais obtidos com a nova técnica não são melhores que os obtidos com a cirurgia tradicional realizada aberta. Isto significa que os riscos de impotência sexual e incontinência urinária são altos em ambos os procedimentos, tanto aberto quanto com a cirurgia
robótica, e não se devem esperar melhores resultados funcionais em relação a esses dois parâmetros com o uso da cirurgia robótica. Esses dados foram recentemente confirmados com um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology, importante periódico da Sociedade Americana de Oncologia Clínica. A pesquisa foi baseada nas respostas 685 pacientes do Medicare (o seguro de saúde do governo americano para pessoas idosas), todos com 65 anos ou mais, tratados no Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos. Do total, 406 passaram por RARP e 220 pela cirurgia tradicional aberta. De cada 10 pacientes, nove tiveram problemas moderados ou grandes de impotência sexual 14 meses após a cirurgia. E um terço disse que passou a enfrentar incontinência urinária. Os resultados foram praticamente iguais para os dois grupos, embora o grupo que passou pela RARP tenha registrado mais problemas de incontinência urinária. Atualmente 85% das prostatectomias realizadas nos Estados Unidos são feitas com auxílio de robôs. Na prostatectomia robótica, o cirurgião controla, por meio de uma câmera, três ou quatros braços robóticos que retraem a pele, cortam, cauterizam e suturam. A cirurgia tradicional remove a próstata por meio um corte no abdome, abaixo do umbigo. “A pesquisa científica motivou um editorial do periódico afirmando que os pacientes não devem esperar melhores resultados com a cirurgia robótica, nos parâmetros impotência sexual e incontinência urinária. Mais do que a tecnologia, o que conta é a familiaridade do hospital com o procedimento e a experiência do médico, robótico ou não”, concluiu o especialista. fonte:Journal of Clinical oncology, 2012 Feb 10;30(5):513-8.
Fonte: dr. rogério cardoso, urologista do hFc.
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O envelhecimento e a saúde muscular dos idosos Exercicíos podem ajudar no combate a perda muscular
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população está vivendo mais, e os principais responsáveis são a melhora na detecção precoce de doenças potencialmente graves e o avanço nos tratamentos das diversas áreas da saúde. Porém, não quer dizer que a boa qualidade de vida acompanhe esses avanços, por isso a saúde muscular tem papel fundamental na manutenção da funcionalidade do indivíduo idoso. E quando falamos em qualidade de vida, temos que abordar inevitavelmente a saúde muscular. Diversos estudos científicos concluem que indivíduos saudáveis sedentários, dos 25 aos 50 anos, perdem 10% da massa muscular, e, no intervalo de 50 a 70 anos, somam-se 16%, e acima dessa faixa etária, a perda é mais grave, chegando a 10% a cada década, ou seja, aos 80 anos, esse indivíduo sedentário perdeu 41% da massa muscular. “Na prática, conseguimos observar esse fato quando, principalmente os idosos, começam a reclamar que estão emagrecendo, porém, provavelmente estão perdendo massa muscular, e não gordura, e esse episódio pode ser trágico”, explica o fisiatra do HFC, Dr. Leonardo Sanches Municelli. Músculos saudáveis são estruturas que permitem a realização dos movimentos para as atividades do dia-a-dia de maneira segura e confortável. Quando há perda da massa muscular pelo sedentarismo e pela idade, essas atividades podem ficar prejudicadas, pois, a fraqueza muscular favorece a dificuldade de locomoção e de transferências, o aumento no risco das quedas, a fraqueza dos ossos, a instabilidade articular com consequente sobrecargas e lesões articulares, o rompimento dos tendões, a diminuição da amplitude dos movimentos articulares, aumento na incidência de dor, e a dependência funcional para as atividades de vida diária, isso mesmo, a perda muscular com consequente fraqueza muscular é uma das principais causas de dependência funcional para atividades básicas como tomar banho, vestir-se, caminhar, entre outras atividades diárias. O fisiatra do HFC explica que preventiva e te-
rapeuticamente, o exercício resistido, seja ele realizado com pesos livres, ou em aparelhos de musculação, ou em aparelhos em que molas geram resistência (técnica de pilates), é o principal exercício para ganho e manutenção da massa muscular, com consequente diminuição dos episódios relatados anteriormente, ou seja, promove melhora da qualidade de vida. “No entanto, as comunidades médicas nacionais e internacionais concluem que o exercício resistido é um exercício seguro, tanto do ponto de vista musculoesquelético quanto cardiovascular”. Nesse grupo de exercícios estão as modalidades musculação e pilates. Eles são seguros, podendo ser considerados terapêuticos por excelência, pelo controle dos seguintes parâmetros: 1. Resistência (carga) aplicada durante o exercício; 2. Amplitude de movimento articular desenvolvida no exercício; 3. Velocidade de execução do movimento; 4. Número de repetições realizadas; 5. Número de séries de cada exercício; 6. Número de exercícios executados; 7. Tempo de descanso entre as séries; 8. Qualidade de execução do movimento. Portanto, o controle desses parâmetros, com uma boa supervisão por profissionais habilitados, torna essa modalidade a “queridinha” dos médicos. “Importante ressaltar que antes de se iniciar qualquer atividade física, consulte sempre seu médico, ele poderá verificar sua condição de saúde e indicar o melhor exercício, seja ele preventivo ou terapêutico”, conclui o especialista.
Fonte: Dr. Leonardo Sanches Municelli, fisiatra do HFC
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Medicamentos sem receita médica Novas regras da Anvisa pode aumentar número de medicamentos sem prescrição médica
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número de medicamentos comercializados sem a necessidade de receita médica no Brasil poderá aumentar nos próximos meses. É que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma resolução com as novas regras sobre medicamentos isentos de prescrição médica Atualmente, os medicamentos que podem ser comprados sem receita correspondem a 30% do mercado. Os mais comuns são os antiinflamatórios e os para dor de cabeça. Com a nova regra, esse número de medicamentos sem receita pode chegar a 40%. Para o Cirurgião do Aparelho Digestivo do HFC, Dr. Miki Mochizuki, o uso de medicação sem prescrição médica configura risco de uso indevido de remédios, o que é considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. “Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação. O uso indiscriminado de medicamentos pode ainda mascarar sintomas, ou agravar doenças, como ocorre no caso da dengue, em que o uso de antiinflamatórios pode desencadear a piora do quadro e mesmo a morte”, alerta o especialista. A partir das novas regras, a Anvisa permite que as empresas farmacêuticas entrem com pedidos de novos registros para medicamentos que atualmente são tarjados para que eles possam se tornar isentos de prescrição. Deverão ser levados em conta sete critérios para o enquadramento de um medicamento como isento de prescrição: o tempo de comercialização, a segurança, os sintomas identificáveis, o tempo de utilização, o fato de ele ser facilmente manejável pelo paciente, apresentar baixo potencial de risco e não apresentar dependência. Em primeira análise a medida não me parece algo salutar, pois aumenta o risco de automedicação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o uso racional de medicamentos como sendo quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos
adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. E para que isso ocorra, devem passar por avaliação médica. “Acredito que a melhor solução, na verdade, seja organizar o sistema de saúde para que toda população tenha acesso a assistência por profissionais de saúde quando necessitar. Isso, seguramente, é a medida que mais concorre para o uso racional dos medicamentos”, finaliza Mochizuki.
Fonte: Dr. Miki Mochizuki, cirurgião do sistema digestivo do HFC.
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Transforme sua nota fiscal em sorrisos NFs e cupons fiscais serão revertidos em crédito para o HFC
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Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba lançou o projeto “Banco de Sorrisos” que consiste em incentivar as pessoas a doarem as suas notas fiscais, sem CPF para o HFC. É que essas notas e cupons fiscais serão revertidos em crédito para o hospital. “O projeto tem uma missão transformadora. A sua nota fiscal se transformará em recursos para que o HFC consiga investir em melhorias e assim, atender cada vez melhor a população”, destacou o presidente do HFC, José Coral. O projeto faz parte do Programa Nota Fiscal Paulista que foi criado pelo Governo do Estado de São Paulo para promover a responsabilidade fiscal, combater a sonegação de impostos. Este ano, a Nota Fiscal Paulista completa nove anos. Muitos desconhecem, mas as notas fiscais emitidas sem CPF ou CNPJ, podem sim fazer a diferença e contribuir para o desenvolvimento das instituições. O Projeto Banco de Sorrisos estimula algo pelo qual há muito batalhamos: a cultura de doação. Com o apoio dos colaboradores e estabelecimentos comerciais da cidade, no momento de pagar, os clientes são orientados a não colocar o número de CPF ou CNPJ e ceder parte do seu imposto para o HFC, depositando as NFs em uma das urnas espalhadas pela cidade ou entregando-as no próprio HFC. Para a gestora de Negócios, Raquel Alves, a doação das NFs fará grande diferença dentro do hospital. “O que para alguns são centavos sendo doados de sua nota fiscal, para nós será uma oportunidade de investirmos em nosso maior projeto que é o bem estar do paciente e de nossos colaboradores”, destaca. O ato de doar estimula diretamente a formação de uma cultura de doação, e aproxima o cidadão das organizações. Faça a diferença. É fácil, rápido e você estará contribuindo com responsabilidade social. Juntos podemos fazer do HFC um lugar melhor para quem precisa. Para ter a urna em seu estabelecimento ou para mais informações entre em contato pelo telefone (19) 3429-7320.
Fonte: Raquel Alves, Gestora de Negócios do HFC.
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receitas
Pão de queijo multigrãos inGredienteS: 1 e 1/2 copos de leite semi-desnatado 1/4 copo de óleo de soja 300g de ricota 1 e 3/4 copos de polvilho azedo 1 ovo 1 e 1/2 colheres de chá de sal 2 claras de ovo 1 colher de sopa de gergelim branco 1 e 1/2 colheres de sopa de linhaça dourada 1 colher de sopa de amaranto em flocos Modo de preparo Aqueça o forno a 180ºC. Unte uma assadeira média com o óleo e reserve. Em uma vasilha de vidro grande coloque os dois polvilhos e reserve. Em uma panela pequena, leve o leite ao fogo alto, até atingir fervura. No liquidificador, bata o leite, o óleo e a ricota até formar um creme. Adicione o creme de ricota aquecido ao polvilho reservado e misture até que todos os ingredientes estejam incorporados e espere esfriar. Bata as claras em neve. Quando já estiver frio, adicione as gemas e o sal, o amaranto em flocos e a linhaça, misturando bem. Por último adicione as cla-
ras em neve, mexendo delicadamente até obter uma mistura homogênea. Utilize uma colher de sopa para porcionar a massa, fazendo as bolinhas e colocando na assadeira já untada. Por cima das bolinhas, polvilhe o gergelim. Leve ao forno pré-aquecido por 30 minutos ou até que a base comece a dourar. inForMaÇÕeS nutriCionaiS Um pão de queijo diferente acrescentado de grãos, os quais aumentam o valor nutritivo do alimento, além de aumentar o teor de fibras por meio da linhaça, gergelim e o amaranto. www.fsp.usp.br
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Quibe Light de Cenoura inGredienteS • 250 g de trigo para quibe • 2 cenouras raladas • 1/2 xícara (chá) de hortelã picada • 1 cebola média picada • 1 limão • Sal e pimenta do reino a gosto • Azeite para untar Modo de preparo Hidrate o trigo, deixando-o de molho por uma hora. Após este tempo escorra-o, espremendo até sair toda a água. Acrescente a cenoura, cebola e hortelã. Tempere com sal, pimenta e limão. Faça bolinhos em formato de quibe. Coloque-os em uma assadeira untada. Asse em forno alto por cerca de 30 minutos. inForMaÇÕeS nutriCionaiS: uma forma saudável de consumir o quibe, acrescentado de cenoura e assado, o que é melhor ainda! A cenoura contém betacaroteno, um elemento muito importante para a visão, pele e mucosas. www.sobrepeso.com.br
Picolé Duas Cores inGredienteS • Suco de manga (1 manga doce batida com pouca água, até ficar um suco denso) • Suco de uva integral Modo de preparo Preencher metade das forminhas com o suco de manga denso. Logo após, colocar o suco de uva e levar para gelar por 4 horas. Os líquidos se misturam levemente, mas as pontas do picolé ficam com cores diferentes. Obs.: você pode trocar as frutas por outras de sua preferência inForMaÇÕeS nutriCionaiS Sorvete é um atrativo para as crianças e desta forma podemos aproveitar os nutrientes da fruta que são de baixa caloria. Uma forma saudável de deliciar um picolé, evitando os industrializados. www.nutricaopraticaesaudavel.com.br