ED. Nº 29
#OUTUBROROSA
SET • OUT 2018
ENTENDA OS DIFERENTES TIPOS DE DORES DE CABEÇA PÁG. 4
PROTEÍNAS: UM CONSUMO NECESSÁRIO PÁG. 14
CAMPANHA ‘FIOS DE VIDA’ INCENTIVA DOAÇÃO DE CABELO PÁG. 8
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HFC Notícias | Setembro e Outubro | Edição nº 29
Palavra do Presidente Para esta edição começo falando sobre a Campanha “Fios de Vida”, uma ação pensada para devolver a autoestima às mulheres em tratamento contra o câncer. Com o apoio de vários parceiros vamos realizar uma campanha para arrecadar cabelo e confeccionar perucas que serão doadas para mulheres que perderam seus fios. Já pensou que uma mecha do seu cabelo pode fazer muita diferença na vida do outro? Então venha participar com a gente. Ainda nesta edição vamos falar sobre um incomodo que afeta mais de 90% das pessoas: A dor de cabeça, difícil achar quem nunca teve, mas você sabia que existem mais de 200 tipos de dores de cabeça? Outra dor de cabeça tem sido os escorpiões. Eles se tornaram o animal peçonhento que mais mata no Brasil, por isso é preciso ficar atento em caso de acidente com esse animal.
Expediente Diretoria Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba Jose Coral - Presidente Cyro André Carvalho De Freitas - Vice Presidente Arnaldo Antonio Bortoletto - 1º Secretario Osmar Domingos Cezarin - 2º Secretario Moacir Soave - 1º Tesoureiro Evandro Piedade do Amaral - 2º Tesoureiro Jose Clovis Casarin - Vogal Membros Efetivos - Conselho Fiscal Arnaldo Pastre, José Rodolfo Penatti e Marcos Farhat Membros Suplentes - Conselho Fiscal Klever José Coral e Pedro Reinaldo Bomback Administração do Hospital dos Fornecedores de Cana Lucimeire Ravelli Peixoto - Superintendente Luciana Mara Garcia - Gerente de Negócios Lucianna Reis Novaes - Gerente de Enfermagem Maria Helena S. E. Carraro - Gerente de Operações Miki Mochizuki - Diretor Técnico Lilian Gonçalves P. Aguari - Gerente Administrativo Desenvolvimento Mônica Fátima Camolesi - Jornalista MTB 66325/SP Juliana Mazzonetto Machado - Coordenadora de Qualidade
Outro alerta é sobre vacinação. É preciso imunizar desde os bebês até os adultos. Para você se proteger a sua carteira de vacinação precisa estar atualizada.
Agência Domenica - Arte e Diagramação Tiragem 4.000 Exemplares
Quando o assunto é alimentação preparamos uma matéria com os benefícios das proteínas para o organismo e os malefícios da gordura abdominal, que vão muito além da questão estética. E não poderíamos deixar de parabenizar todos os médicos pelo seu dia que é comemorado no dia 18 de outubro. Profissionais que dedicam seus estudos para desenvolver projetos, pesquisas, buscam novas tecnologias e técnicas para oferecer os melhores tratamentos aos pacientes. Obrigado pelo amor que os doutores depositam diariamente no HFC. Boa leitura!
AGRADECIMENTO José Coral Diretor Presidente Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.
O HFC agradece a todas as empresas parceiras que apoiam e patrocinam o HFC Notícias.
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Dor de cabeça: e agora? São mais de 200 tipos de dores de cabeça
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la chega sem avisar, incomoda, às vezes persiste e pelo menos 90% das pessoas já sentiram ou vão sentir os sintomas de uma dor de cabeça, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. Hoje existem mais de 200 tipos de dores de cabeça. O neurologista do HFC, Dr. Werner Garcia de Souza, explica que na maioria das vezes, ou seja, de 90 a 95% das cefaleias (dores de cabeça) são benignas. “A cefaleia é uma condição prevalente, incapacitante muitas vezes sem diagnóstico, com maior frequência em mulheres e nos adultos no auge dos anos de maior produtividade”. As cefaleias podem ser identificadas como primárias (cefaleias benignas como enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia crônica por uso abusivo de analgésicos, sinusite, alterações na articulação têmporomandibular, problemas visuais), e secundárias que necessitam de avaliação por um especialista e exames de imagem. “Se for cefaleia primária não há outros problemas se não a qualidade de vida, apenas as complicações secundárias que levam risco de vida ao paciente, como hemorragias, aneurismas, hematomas e tumores que correspondem a 1% destas doenças graves que requerem atendimento imediato”, alerta o médico. Nesse caso é preciso ficar atento aos sinais e sintomas que podem ser um alerta, principalmente em pacientes acima de 50 anos, entre eles: • Sentir, de repente, uma mudança de padrão em suas dores de cabeça. Ou seja, se até o momento você sentia uma dor pontual que desaparecia com analgésicos e agora não, ou seja, mudança do padrão da dor. • Solicitar ajuda se apresentar o que se conhece como “a pior dor de cabeça de nossas vidas”, principalmente sem história prévia de cefaléia (sintoma talvez de um acidente vascular cerebral). • Se a dor aumenta ao tossir, ou ao se movimentar, limitando a realizar as atividades diárias; • Mudança de comportamento devido dor de cabeça, tornam-se agressivas ou irritáveis; • Febre e rigidez cervical; • Problemas de visão, dificuldades para falar, fraqueza, tontura ou olhos muito inflamados; • Cefaleias durante a noite que acordam ou ao acordar, devem ser investigados; • Traumas com persistência da dor, principalmente em crescente, procurar atendimento.
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Entre as causas mais comuns, o neurologista do HFC destaca a enxaqueca, tensão e estresse, a má alimentação, problemas oculares e sinusites.
Enxaqueca É uma cefaleia benigna, periódica, a mais comum das cefaleias, com maior prevalência em mulheres (3 para cada 1 homem), também conhecida como enxaqueca comum, com duração de 4 a 72horas, pulsátil, normalmente unilateral, podendo afetar a cabeça toda e além da dor forte e latejante a enxaqueca vem acompanhada de náuseas, vômitos, tontura, sensibilidade à luz e ao som. As causas da enxaqueca não estão totalmente esclarecidas, mas a doença está relacionada ao estresse, jejum prolongado, hormônios, alimentos gordurosos, bebidas, odores fortes, entre outros.
Tensão e estresse As dores de cabeça do tipo tensional episódicas são extremamente comuns, moderadas e geralmente não incapacitam o paciente, não tem relação direta com a tensão emocional, mas sim com a tensão ou contração exagerada, anormal e mantida de grupos musculares dos ombros, pescoço, couro cabeludo e até face. É o tipo de dor de cabeça mais comum que existe, mas por não ser tão intensa e incapacitante, faz com que seus portadores, mesmo crônicos, não procurem tanto a ajuda médica como, por exemplo, fazem os sofredores de enxaqueca. Porém, assumem caráter problemático e incômodo quando passam a ocorrer mais de 15 dias por mês, configurando o caráter crônico. Tem as seguintes características: em peso ou pressão ou aperto, muitas
vezes simulando uma faixa ou capacete apertado em volta da cabeça; habitualmente localizadas na fronte e/ ou na nuca e topo da cabeça; não raro essa dor melhora com atividade física ou relaxamento;
Problemas oculares Os erros de refração (como miopia) muitas vezes são muito valorizados como causa de cefaleia; no entanto, quando estão de fato implicados trazem dor de moderada intensidade, frontal e ocular ausente com exercício e pós-trauma.
Sinusite É uma inflamação dos seios da face geralmente associada a um processo infeccioso por vírus, bactérias ou fungos, mas que também pode estar associada à alergia ou à inalação de poluentes e os critérios diagnósticos de cefaleia atribuída à rinossinusite são: cefaleia frontal acompanhada por dor em uma ou mais regiões da face, ouvidos ou dentes, principalmente com dor à palpação e com piora ao abaixar a cabeça, presença de secreção com ou sem odor fétido. “E sempre indicado procurar um especialista para o tratamento de enxaquecas complicadas que requeiram profilaxia para evitar ou diminuir as frequências de crises e quando estas são crônicas por mais de três meses, pode ser indicado à realização de procedimentos como aplicação de toxina botulínica para melhora e controle das crises”, conclui o neurologista.
Fonte: Dr. Werner Garcia de Souza Neurologista do HFC
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Biblioteca Viva - Leitura de Estórias e Contos Ser voluntário é exercer o amor ao próximo
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istórias nos levam para o mundo da imaginação, transformam lugares e inspiram principalmente quem está em um ambiente hospitalar. O HFC tem hoje a brinquedoteca, um espaço lúdico e terapêutico para as crianças que estão internadas. É nesse cantinho, cheio de imaginação que acontece o projeto Biblioteca Viva - Leitura de Estórias e Contos, em que voluntários do HFC, através de histórias contribuem para a ludicidade, reabilitação, humanização, um momento de socialização e esperança para os pequenos que estão em tratamento. O projeto além de levar humanização, leveza e carinho para os pacientes, também favorece o estímulo e cultura para a leitura, procurando através das estórias, contos e poesias um mundo de possibilidades e desenvolvimento intelectual e cognitivo, contribuindo assim, para que haja um espaço de comunicação e qualidade. “O adoecimento e a hospitalização infantil representam uma ruptura do cotidiano e das atividades escolares e de lazer da criança, favorecendo assim uma “não” aceitação, ou muitas vezes passam a dificultar os procedimentos necessários para o restabelecimento de sua saúde. Esta ruptura do cotidiano afeta não somente a criança, mas, a família como um todo”, explica a terapeuta ocupacional do HFC, Ariane Rosa Robles. Esse Projeto proporciona Humanização à criança internada para uma melhor qualidade de tempo, de vida, restabelecimento psíquico e emocional, bem como favorecer as habilidades e o desenvolvimento como um todo.
Voluntariado O projeto é realizado por voluntários, pessoas que dedicam tempo de suas vidas para ajudar o outro, levar carinho, conforto e esperança para quem está passando por momentos difíceis e de dor. Com 34 anos de vida, a Ariane Berto Carlessi, sentiu a vontade de ser voluntária e se encantou pelo projeto “Leitura de Estórias e Contos” do HFC. São apenas três meses de voluntariado, mas ela já sentiu que além de ajudar o outro, ela redescobriu a criança que tem dentro dela, que muitas vezes fica esquecida, adormecida. “Sinto uma enorme alegria, satisfação e um sentimento muito bom, um misto de gratidão, por poder fazer algo para o outro, e de esperança. Acredito que o ato de doarse, de poder ajudar, desencadeia uma série de reflexões e sentimentos em todos nós. O trabalho voluntário me fez ter certeza de que para mim, que sou voluntária, parece tão pouco, quase nada diante de tanto a fazer, mas para quem recebe é muito”, disse ela. Ser voluntário é exercer o amor ao próximo. “Penso que todas as pessoas poderiam exercitar a ajuda ao próximo. Não precisa necessariamente ser um trabalho específico, com um grupo específico, em determinados dias da semana e horários. É possível começar com as pessoas com as quais convivemos”, conclui a voluntária do HFC.
Fonte: Ariane Robles Terapeuta Ocupacional do HFC
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Gordura abdominal Por que é tão difícil perder barriga?
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er uma barriga livre de gorduras é o desejo da maioria das pessoas. Mas porque é tão difícil de perder essa gordurinha localizada?
A gordura visceral é aquela que se se acumula nas camadas profundas do abdômen, envolvendo os órgãos internos como é o caso do coração, fígado, estômago, rins, intestinos e pâncreas. Sua função é proteger esses órgãos, porém o problema é quando essa gordura ultrapassa o limite da normalidade. Dados do ministério da saúde de 2017 mostram que entre 2006 e 2016 o índice de brasileiros com obesidade passou de 11,8% para 18,9%. Já o sobrepeso entre adultos brasileiros passou de 51,1% em 2010 para 54,1% em 2014, ultrapassando 60% em 2017. A cardiologista do HFC, Dra. Camila Alves Pereira explica essa gordura localizada no abdômen vai muito além da questão estética e pode trazer complicações para a saúde e desenvolver doenças graves. “Carregar um excesso de gordura visceral está associado ao aumento do risco de câncer, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), demência, diabetes, depressão, artrites, obesidade, disfunção sexual e distúrbios do sono, além de tornar a perda de peso mais difícil, tudo graças à produção de substâncias pro-inflamatórias nessa gordura visceral em excesso”. Esse é o tipo de gordura é a mais difícil de perder, pois está associada a produção de substâncias pro-inflamatórias nessa gordura, as quais aumentam a resistência à insulina, que por sua vez está associada ao ganho de peso. “Além disso, essa população é a que tem, no geral, os piores hábitos de vida como ingestão de carboidrato em excesso ao longo da vida, sedentarismo, tabagismo, dores articulares crônicas que dificultam a execução de atividade física de alta intensidade, um dos pilares do combate à gordura, em especial a abdominal”, ressalta a médica.
Fatores que influenciam o aparecimento da gordura abdominal: Genética: Algumas pessoas possuem em seus genes a informação que favorece esse acúmulo. Em um passado remoto, onde se tinha escassez de alimentos e excesso de atividade física, esses genes podem ter sido positivos. Com a vida moderna, eles se tornaram desnecessários e hoje, são chamados de Obesogenes. Alimentação: o consumo de alimentos processados, exceção de carboidratos, embutidos, baixo consumo de fibras são associados à aumento da gordura abdominal . Idade: com o avançar da idade, receptores viscerais que aumentam a quebra de gordura diminuem em proporção, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal.
Elimine essa gordura! Mudança de estilo de vida tem que ser o foco! Não adianta fazer dieta, perder peso e após voltar a ganhar todo o peso de novo! Tem que mudar a forma como encara a vida, sua relação com o corpo, com a comida e com o autocuidado! “Oriento sempre aos meus pacientes a evitar comer comidas previamente processadas. Preferir alimentos integrais, priorizar as fibras e evitar ingestão de carboidratos simples (pão branco, macarrão, arroz branco, açúcar), parar de fumar e, conjuntamente, fazer atividade física 5x na semana no mínimo. De preferência, com o objetivo de perder gordura visceral, tem que ser atividade física aeróbica e de alta intensidade”, disse a cardiologista. A avaliação conjunta do cardiologista (para a avaliação dos riscos cardiovasculares e liberação para atividade física), nutricionista e educador físico, associada ao real desejo e empenho do paciente em mudar o estilo de vida é, com certeza a chave do sucesso.
Fonte: Dra. Camila Alves Pereira Cardiologista do HFC
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Fios de Vida Cada mecha faz muita diferença, doe cabelo!
Jovelina Motta em trechos do vídeo da campanha. Assista na íntegra no site do HFC: www.hfcp.com.br
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ocê já pensou que pode ajudar a devolver a autoestima de pessoas que estão em tratamento contra o câncer? Já pensou que uma mecha do seu cabelo pode fazer muita diferença na vida do outro?
Todos os tipos de cabelo podem ser doados, lisos, crespos, cacheados, com ou sem química. Só é preciso cortar 20 centímetros para mudar uma vida, o comprimento de um palmo.
Foi pensando nessas respostas que o Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba desenvolveu a campanha “Cada Mecha faz Muita Diferença” em comemoração ao Outubro Rosa, mês dedicado à consciência e prevenção do câncer de mama.
As mechas serão doadas para o Projeto Cabelovers, que transforma em realidade o desejo de tantas mulheres que lutam contra o câncer. No projeto, voluntárias confeccionam peruca com o cabelo arrecadado e doam para mulheres que perderam os fios, mas são apaixonadas por cabelo. Muitas mulheres já sorriram novamente, tiveram sua autoestima renovada com a doação de perucas.
“Muitas pessoas são surpreendidas pelo câncer e em vários casos, durante o tratamento a queda do cabelo causa baixa autoestima, vergonha e até tristeza. Algumas mulheres passam a usar chapéus, lenços, mas muitas querem ter a oportunidade de usar uma peruca e tornar esse momento difícil menos desagradável. Com as doações muitas mulheres receberão de graça uma peruca feita com muito amor”, explicou o presidente do HFC, José Coral. Em parceria com o Salão de beleza Renê Moraes, o HFC irá realizar no Shopping Piracicaba um dia de doações de cabelo, com cortes totalmente gratuitos.
“Participar dessa campanha é transformar vidas, cada mecha representa um sorriso, esperança, um motivo para continuar a batalha pela vida”, disse Lucimeire Ravelli Peixoto, Administradora Hospitalar.
Fonte: Juliana Mazzonetto Machado Coordenadora de Projetos Corporativos
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Escorpião é o animal peçonhento que mais mata no Brasil Responsável por 184 mortes em 2017
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equeno, ágil e perigoso, o escorpião está no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil. No ano passado, os escorpiões foram responsáveis por 184 mortes no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O número de mortes causadas por escorpião aumentou 163% de 2013 para cá, quando naquele ano foram registradas 70 mortes por causa da picada do animal. No ano passado foram 125.156 notificações de acidente com escorpião, que é quando o animal injeta o veneno na pessoa, sem necessariamente causar o óbito. Segundo levantamento do Ministério da saúde, os estados de São Paulo e Minas Gerais foram os que mais registraram mortes por picada de escorpião. Diante desses dados que deixam a população em alerta a Revista HFC Notícias conversou com o infectologista do HFC, Dr. Vitor Martins Marim e com a Enfermeira do SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HFC, Marcela Lopes Rodrigues para orientar em caso de acidentes com escorpiões.
Como o veneno age no organismo de quem foi picado? Causa uma dor intensa no local com irradiação pelo membro afetado. A sensação é de queimação, agulhada e latejamento. A picada é semelhante ao de uma vespa ou abelha, ficando inchada e avermelhada. Geralmente as picadas ocorrem nos membros superiores, sendo mais da metade delas (65%) nas mãos ou antebraços. As principais vítimas são as crianças menores de 14 anos.
Quais os principais sintomas da picada? Das espécies de escorpiões encontradas no Brasil os acidentes por Tityus serrulatus são mais graves que os produzidos por outras espécies de Tityus. A dor local, uma constante no escorpionismo (Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento provocado quando um escorpião injeta veneno através de ferrão), pode ser acompanhada por parestesias (sintoma caracterizado pela sensação de dormência ou formigamento de alguma parte do corpo). Nos acidentes moderados e graves, observados principalmente em crianças, após intervalo de minutos até poucas horas (duas, três horas), podem surgir manifestações sistêmicas. As principais são: GERAIS: hipo ou hipertermia e sudorese profusa. DIGESTIVAS: náuseas, vômitos, sialorreia e, mais raramente, dor abdominal e diarreia. CARDIOVASCULARES: arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque. RESPIRATÓRIAS: pulmonar agudo.
taquipneia,
NEUROLÓGICAS: agitação, mental, hipertonia e tremores.
dispneia
sonolência,
e
edema
confusão
O encontro de sinais e sintomas mencionados impõe a suspeita diagnóstica de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada e independente do encontro do escorpião.
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Como a pessoa deve agir ao ser picada? • Limpar o local da picada com água e sabão; • Aplicar compressa morna no local; • Ir para o pronto socorro o mais rápido e, se possível, levar o escorpião para identificação.
O que ela não deve fazer? • Não amarrar ou fazer torniquete, pois deve-se deixar o sangue circular; • Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada; • Não aplicar nenhum tipo de substância, • Não fazer uso de bebida alcoólica
Ela precisa levar o animal para o hospital para identificação? Porque? É importante levar o escorpião que a atacou se não for possível capturá-lo com segurança, tire fotografias. Isso ajuda a identificar a espécie, confirmar a gravidade com mais rapidez e o antídoto que deve ser administrado.
Como é feito o tratamento? Na maioria dos casos, as picadas de escorpião não são graves e podem ser tratadas em casa, porém, quando as crianças são picadas a situação é mais grave elas necessitam de atendimento médico imediato. Aplicar gelo no local, proteger a pele com um pano limpo, tomar analgésicos comuns para alívio da dor e permanecer em repouso são medidas importantes. Nos casos moderados e graves deve ser realizado a administração de soro antiescorpiônico, essas são mais frequentes nas crianças picadas Tityus serrulatus (8% a 10 % dos casos).
A pessoa pode morrer por causa da picada do escorpião? A gravidade depende de fatores, como a espécie e tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a massa corporal do acidentado e a sensibilidade do paciente ao veneno. Influem na evolução do diagnóstico precoce, o tempo decorrido entre a picada e a administração do soro e a manutenção das funções vitais. Com base nas manifestações clínicas, os acidentes podem ser inicialmente classificados como: LEVES: apresentam apenas dor no local da picada e, às vezes, parestesias. MODERADOS: caracterizam-se por dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas do tipo sudorese discreta, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipnéia e hipertensão leve. GRAVES: além dos sinais e sintomas já mencionados, apresentam uma ou mais manifestações como sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma. Os óbitos estão relacionados a complicações como edema pulmonar agudo e choque.
Fontes: Marcela Lopes Rodrigues Enfermeira do SCIH
Dr. Vitor Martins Marim Infectologista do HFC
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Vacinação: o melhor jeito para se proteger De bebês a idosos. Entenda como a vacina é importante
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tualmente vários estados brasileiros estão em surto de sarampo, principalmente no Amazonas e Roraima, a recomendação oficial é atualizar a carteira de vacinação para prevenir a doença. Essa orientação serve não só para as crianças, como também adolescentes e adultos, evitando a circulação do vírus no país. Dos três vírus combatidos pela vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), o sarampo é considerado o mais perigoso. Segundo a recomendação oficial, por ser de alto contágio, por isso é necessário que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado consiga chegar a ela. A primeira dose da vacina tríplice viral deve ser ministrada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice e uma dose da varicela. Caso haja atraso na vacinação, crianças até quatro anos de idade ainda poderão receber a vacina com o componente varicela. A partir de cinco até os 29 anos de idade, deverão ser administradas duas doses com a vacina tríplice viral. Pessoas de 30 a 49 anos de idade devem receber uma dose. Casos suspeitos de sarampo, gestantes, crianças menores de 6 meses de idade e imunocomprometidos
não devem receber a vacina. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto. Quem está planejando engravidar, deve primeiramente colocar a vacinação em dia e aguardar pelo menos um mês após a última dose. As pessoas devem estar com a caderneta de vacinação completa de acordo com o recomendado pelo PNI – Programa Nacional de Imunização. No entanto, quem já teve a doença está imune, então não precisa ser vacinado. Ao administrar a vacina tríplice viral, é preciso ter precaução para pessoas com alergia a ovo e proteína do leite, componentes do imunizante. Nestes casos, o médico deve ser consultado.
De olho na proteção As primeiras ações de imunizações no Brasil começaram no ano de 1804. Mas foi em 1973 que foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Todos os anos, mais de 300 milhões de doses de vacinas são distribuídas pelo PNI. Ao todo, são oferecidos, gratuitamente, 42 tipos de imunobiológicos e 25 vacinas. Mas quais são as vacinas e quem deve tomá-las?
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VACINAS PARA CRIANÇAS • BCG: contra tuberculose • Hepatite B • Penta/DTP: combate difteria, tétano, coqueluche, meningite e poliomielite • VIP/VOP: vacinas contra a poliomielite (paralisia infantil) • Pneumocócia 10V (conjugada): previne doenças graves, como pneumonia e meningite causadas por dez sorotipos da bactéria pneumococos • Rotavírus Humano: previne o rotavírus, doença que causa sintomas como diarreia, vômitos, febre e problemas respiratórios • Meningocócica C: contra a meningite • Febre Amarela: nas áreas com recomendação para a vacina, segundo o Ministério da Saúde • Hepatite A • Tríplice viral: combate sarampo, caxumba e rubéola • Tetra viral: corresponde à segunda dose da tríplice viral e à dose da vacina varicela • Varicela: corresponde à segunda dose da vacina varicela • HPV
VACINAS PARA ADULTOS
(É NECESSÁRIO VERIFICAR A SITUAÇÃO VACINAL)
VACINAS PARA ADOLESCENTES
(É NECESSÁRIO VERIFICAR A SITUAÇÃO VACINAL)
• Hepatite B • Meningocócica C: contra meningite • Febre Amarela • Tríplice viral: combate sarampo, caxumba e rubéola • HPV • Dupla adulto: combate difteria e tétano (reforço a cada dez anos)
• Hepatite B • Febre Amarela • Tríplice viral: combate sarampo, caxumba e rubéola • Dupla adulto: combate difteria e tétano (reforço a cada dez anos)
VACINAS PARA GESTANTES (É NECESSÁRIO VERIFICAR A SITUAÇÃO VACINAL)
VACINAS PARA IDOSOS
(É NECESSÁRIO VERIFICAR A SITUAÇÃO VACINAL)
• Hepatite B • Febre Amarela • Dupla adulto: combate difteria e tétano (reforço a cada dez anos)
• Hepatite B • Dupla adulto: combate difteria e tétano (reforço a cada dez anos) • dTpa: contra difteria, tétano e coqueluche
Fonte: Marcela Lopes Rodrigues Enfermeira do SCIH
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Proteínas: um consumo necessário Conheça as diversas funções da proteína no organismo
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s proteínas são responsáveis por inúmeras funções em nosso organismo e são encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias intersticiais,
anticorpos, entre outros. O nutrólogo e cardiologista do HFC, Dr. Henrique Viviani explica que entre as funções que podem ser atribuídas às proteínas, destaca o seu papel no transporte de oxigênio (hemoglobina), na proteção do corpo contra organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas (enzimas), receptora de membrana, atuação na contração muscular (actina e miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos hormônios. As proteínas podem ser de origem animal ou vegetal. As de origem animal (carne, ovos, laticínios), quase todas podem ser consideradas boas, pois são constituídas por todos ou a maioria dos aminoácidos essenciais (Aminoácidos que nosso organismo não produz). Entretanto que a maioria dos alimentos de origem vegetal contém apenas uma fração dos aminoácidos essenciais. Isso significa que se sua única fonte de proteínas for vegetal, você pode ter deficiência de certos aminoácidos. “Quando ingerimos proteínas a partir de fontes vegetais, é importante ter uma grande variedade de alimentos para garantir a ingestão de todos os aminoácidos necessários. Além disso, os alimentos trazem vitaminas e minerais junto às proteínas. O que reforça ainda mais a importância em variar o cardápio proteico”, explica o nutrólogo. Alguns exemplos de alimentos ricos em proteínas vegetais (Quinoa, Grão-de-bico, Ervilhas, Lentilha, Feijão, Amaranto, Chia, Aveia, Pasta de Amendoim, Castanhas, Folhas Verdes Escuras, Brócolis, Aspargos, entre outras).
Você está consumindo proteína suficiente? A proteína é essencial para a saúde, porém, quando se trata da quantidade diária necessária, existe uma diversidade de opiniões. Importante monitorar o consumo para certificar-se de não estar exagerando. Com a idade avançada, consumir quantidades adequadas de proteína de alta qualidade é especialmente importante, pois sua habilidade em processar proteínas declina com a idade, assim como o nível de perda muscular relacionada à idade (sarcopenia), assim aumentando a necessidade de proteína. “Ao consumir mais proteína do que o organismo necessita, este precisa retirar mais resíduos de nitrogênio do sangue, o que sobrecarrega os rins. O resultado pode ser uma desidratação crônica, conforme foi concluído em um estudo que envolvia atletas de elite. Proteína em excesso pode promover efeito estimulante em uma importante via bioquímica, desempenhando um papel importante e significante em diversos tipos de câncer. Ela é igualmente um regulador importante no processo de envelhecimento”, explica o nutrólogo. O segredo para comer bem é o equilíbrio. Uma alimentação equilibrada tem que conter água, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, fibras e sais minerais. As frituras devem ser substituídas por alimentos cozidos ou assados e incluir grãos, cereais integrais. Evitar alimentos industrializados, carnes processadas, defumadas, curadas e embutidos. A boa alimentação deve fazer parte da nossa rotina, não como uma dieta, mas como um auxiliar na manutenção da saúde, prevenção, melhor desempenho físico e controle do peso corporal. Afinal, o alimento é essencial para a sustentação da vida, caso o contrário, o organismo não desenvolve corretamente as suas funções. Antes de começar qualquer tratamento, seja ele medicamentoso ou não, procure seu médico.
Fonte: Dr. Henrique Viviani Nutrólogo e Cardiologista do HFC
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RECEITAS: Mingau proteico de microondas • 3 colheres (sopa) de aveia em flocos, ou quinoa em flocos, ou amaranto em flocos • 100 ml de água • 1 banana-prata fatiada ou 5 morangos cortados • 1 dose de Whey Protein sabor baunilha • Farinha de amêndoa para polvilhar (opcional) Modo de preparo: Coloque a aveia e os morangos (ou banana) fatiados em um pote refratário (próprio para utilizar em micro-ondas). Acrescente a água, leve ao micro-ondas e deixe cozinhar por 3 minutos em potência alta.
EM RICO NAS
Retire o refratário do equipamento e adicione o whey protein, misturando bem. Se quiser incrementar, pode polvilhar farinha de amêndoas e mel por cima.
TEÍ PRO
Fonte: Pedrita Morato Scarazatti Soave Nutricionista do HFC
Smoothie de manga • 1 pote de iogurte natural • 1 banana congelada • 1 fatia de manga (pedaço grosso) • 1 colher (sobremesa) de chia • 1/2 xícara (chá) de Água gelada Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Retirado do site mdemulher.abril.com.br
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