Portugal, um novo reino No Norte da Península Ibérica formaram-se os reinos cristãos. Os reis que os governavam precisavam de ajuda militar para combater os muçulmanos e conquistar mais território para sul. Nessa tarefa foram ajudados por guerreiros vindos de outros reinos da Europa, que combatiam a cavalo.
Como recompensa pela ajuda prestada, recebiam terras grandes parcelas de território – que se chamavam condados e os senhores que as recebiam e governavam chamavam-se condes. Estes tornavam-se poderosos e ricos, mas dependiam do rei, a quem deveriam dar sempre ajuda militar em situação de guerra.
Os Reinos da Península Ibérica, em 1095: O rei de Leão, D. Afonso VI, em 1095, doou a um cavaleiro vindo de França –D. Henrique - o Condado Portucalense, recompensando-o, assim, pelos combates que travou contra os Mouros.
Carta da doação do Condado Portucalense • Quem recebeu o Condado? • Quem o doou? • Que condições foram impostas ao Conde? • Que podia o conde fazer às terras que tinha obrigação de conquistar aos Mouros?
O Conde D. Henrique foi alargando o seu Condado. O seu filho e sucessor, Afonso Henriques, quis ter mais poder, mas para isso, era necessário tornar-se independente em relação ao rei de Leão e de Castela e alargar as fronteiras, continuando a conquistar novas terras aos Muçulmanos.
Combates contra o rei de Leão e de Castela: D. Afonso Henriques saiu vencedor de várias lutas contra o rei de Leão e Castela. Por isso, em 1143, conseguiu negociar um acordo de paz - o Tratado de Zamora – com o qual obteve a independência. Assim: a) Deixou de estar ao serviço daquele rei e de ter que lhe obedecer; b) O Condado Portucalense tornou-se um reino - Portugal;
A acção de D. Afonso Henriques
Reino: É um território governado por um rei que tem muitas tarefas a desempenhar. Ao rei também podemos chamar Monarca, por isso, dizemos que Portugal foi uma Monarquia (até 1910)
O Reino de Portugal, em 1143
Para que todos os países da Europa aceitassem a monarquia portuguesa, ela precisava de ser reconhecida pelo Papa – o chefe de todos os Cristãos. 1179, o Papa considerou Portugal um reino independente, para isso, contribuiu a acção do nosso monarca contra os Mouros.
Combates contra os Muçulmanos No avanço para sul, D. Afonso Henriques tomou de assalto os castelos de Leiria e de Santarém. A tomada de Lisboa era muito importante para avançar na reconquista cristã, pois: •Era uma cidade muito rica; • Tinha uma boa localização geográfica; Mas como estava fortemente defendida, exigiu a utilização de muitos homens, armas até Cruzados.
Cruzados:
Eram guerreiros cristãos vindos de vários países da Europa, que participavam em grandes expedições militares destinadas a combater os Muçulmanos.
Depois da tomada de Lisboa caíram, de seguida, os castelos à sua volta. D. Afonso Henriques reforçou a barreira natural que é o Rio Tejo com a construção, ou reconstrução de castelos, para vigilância e guarda das terras conquistadas.
Barreira natural:
É o obståculo, tal como um rio, ou uma montanha, que dificulta a passagem.
A conquista de Lisboa aos Mouros
• Quando se iniciou o Cerco de Lisboa? • Que construíram os cristãos para assaltar o castelo dos Mouros? • Como se defenderam os Mouros? • Como planearam os cristãos derrubar as muralhas? • Que outras armas utilizaram ainda os cristãos para atacarem os Mouros? • Quanto tempo demorou o cerco de Lisboa? • O que levou os Mouros de Lisboa a renderem-se?
D. Afonso Henriques continuou as conquistas para sul, procurando expulsar os Muçulmanos desta parte da Península Ibérica. Mas aí as terras conquistadas voltaram a perder-se facilmente, porque eram poucos os lugares altos, onde se pudessem construir castelos.
Os castelos da Linha do Tejo. O rio era uma fronteira natural que, reforรงada por castelos, ajudava a defender as terras reconquistadas.
Em 1185, D. Afonso Henriques morreu, ao fim de quarenta e dois anos de reinado. Durante este longo período, as fronteiras portuguesas tinham-se alongado, mas as terras mais a sul ainda não pertenciam ao território português.
O Reino de Portugal, Ă morte de D. Afonso Henriques, em 1185:
• O castelo de Almourol, construĂdo entre as duas margens do Tejo, dificultava a travessia do inimigo.
Cronologia