MESTRE BERTA JACINTO
A perspetiva que foca as vivências da morte na atualidade, é bem diferente do olhar dos que viviam na época da Idade Média. Provavelmente, seria tão incompreensível e/ou repugnante para o Homem atual compreender a forma familiar em que crianças estavam ao bordo da cama do moribundo, como para o Homem da Idade Média conceber que o seu ente querido ia morrer numa estrutura institucional fora do leito familiar. Este diferencial de atuação e vivência permite-nos sugerir um leque de questões que se pretende responder e analisar. Afinal o que é a morte? O que mudou na sociedade para esta diferença no apoio à pessoa em fim de vida? Porque é que hoje a morte é um tabu? Porque é que se pretende que a morte esteja longe quando vivemos com ela diariamente? E será a morte objeto de trabalho para o Serviço Social? Estará o Assistente Social preparado para trabalhar com pessoas em fim de vida? Que mudanças ocorreram para que, hoje estas questões se coloquem ao Serviço Social? Estas são algumas das questões que serão mote para uma reflexão que se pretende profícua e conducente à defesa dos direitos de todos os cidadãos, mesmo daqueles que estão em fim de vida. O questionamento convida-nos a pensar o presente perspetivando o futuro e posiciona-nos como sujeitos ativos na construção do conhecimento teórico e prático.
DIA 26 OUTUBRO, 16:30-18:30, SALA 2.3 (EDIFÍCIO 2)