helena.almeida@fpce.uc.pt
A REFLEXIVIDADE É UMA COMPONENTE CENTRAL DA ATIVIDADE EM TODOS OS DOMÍNIOS PROFISSIONAIS
• NO SERVIÇO SOCIAL, A PRÁTICA REFLEXIVA ALICERÇA-SE NUM REPERTÓRIO DE VALORES, CONHECIMENTOS, TEORIAS E PRÁTICAS DOS/AS ASSISTENTES SOCIAIS, QUE INFLUENCIAM O JULGAMENTO E AS AVALIAÇÕES EFETUADAS SOBRE UMA SITUAÇÃO PARTICULAR.
• ELA SINALIZA QUE O PROFISSIONAL DESENVOLVEU COMPETÊNCIAS DE ANÁLISE MULTIPERSPECTIVA, CRUZANDO CONTRIBUTOS TEÓRICOS DIVERSOS, E DE USO DA EVIDÊNCIA SUBJETIVAMENTE DOTADA DE SENTIDO COMO SUPORTE DE DECISÃO E AVALIAÇÃO.
PRÁTICA REFLEXIVA? • A PRÁTICA É UM PRODUTO, UMA AVALIAÇÃO DA COMPLEXIDADE QUE INTERNALIZA UMA PERSPECTIVA HOLÍSTICA PROPICIADORA DA PROCURA DE ALTERNATIVAS SOCIAIS.
• MAS QUEM SÃO OS PRÁTICOS REFLEXIVOS?
• TODOS OS QUE SÃO CAPAZES DE SE POSICIONAREM NO CONTEXTO DA SITUAÇÃO E DO “OUTRO” E INTEGRAR ESSA COMPREENSÃO NA FORMA COMO INTERVÊM.
• O PROCESSO “ON GOING” DE REFLEXÃO PERMITE DESENVOLVER TEORIAS INFORMAIS A PARTIR DA SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA E SITUAR AS PRÁTICAS EM CONTEXTOS E MOMENTOS TEMPORAIS E ESPACIAIS ESPECÍFICOS.
• AS PRÁTICAS REFLEXIVAS SÃO POR SI UM MOTOR DE TRANSFORMAÇÃO DOS INDIVÍDUOS, DAS SITUAÇÕES, DOS CONTEXTOS, DAS ORGANIZAÇÕES E DA SOCIEDADE.
PARA SE SER REFLEXIVO, NÃO BASTA ACUMULAR SABER • É NECESSÁRIO INCORPORAR VALORES, EXPERIÊNCIAS, SABERES FORMAIS E INFORMAIS, PARTILHAR CONHECIMENTO, EXPLORAR O DESCONHECIDO, INTEGRAR A COMPLEXIDADE
ANALÍTICA NA PERCEPÇÃO DOS PROBLEMAS E DAS OPORTUNIDADES, CONTEXTUALIZAR INFORMAÇÕES E ADMITIR O CAMPO DA PRÁTICA COMO RENOVADOR E PRODUTOR DE CONHECIMENTO.
COMO ESTRUTURAR UM TRABALHO DESTA NATUREZA? EXISTEM FERRAMENTAS QUE NOS PERMITAM ATINGIR ESSES OBJETIVOS?
KIT DE FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICOS PARTICIPATIVOS
Ferreira, Virginia e Almeida, Helena Neves (2016). Kit de ferramentas para diagnósticos participativos. Projeto Internacional Local Gender Equality – Mainstreaming de Género nas Comunidades Locais. Coimbra: CES Centro de Estudos Sociais. ISBN: 978989-8847-02-7. Edição Impressa: ISBN: 978-989-8847-01-0.
“GRUPOS
DE PESSOAS QUE COMPARTILHAM UMA PREOCUPAÇÃO, UM CONJUNTO DE PROBLEMAS OU UMA PAIXÃO POR ALGO QUE FAZEM E APROFUNDAM O SEU CONHECIMENTO E PERÍCIA NESSA ÁREA, INTERAGINDO DE UM MODO REGULAR” (Wenger et al., 2002, p. 4).
As CdP’s possui 3 características fundamentais: O DOMÍNIO : elemento identitário é o interesse em comum partilhado por todos;
A COMUNIDADE : Funcionam com base na construção de relações que permitem a aprendizagem coletiva, envolve partilha e compromisso; A PRÁTICA: Desenvolve uma prática comum, não se resumem a uma comunidade de interesse.
“A sua utilização é recomendada para fazer face ao desafio quotidiano, sempre que se busca solucionar problemas, produzir informação, compartilhar experiência, discutir e desenvolver projetos, mapear o conhecimento, identificar as lacunas e criar sinergias. Vem sendo utilizada na área social, nas organizações e por categorias profissionais.
Encontra especial utilidade em organizações cuja dispersão
territorial dificulta a comunicação e o debate entre os profissionais, e, ainda, em que a dinâmica de trabalho é tão acelerada que a discussão,
reflexão, apoio e partilha do conhecimento se faz de modo informal e pouco focalizada. Nestes casos a comunidade de prática pode revelar-
se um precioso instrumento de gestão do tempo, conhecimento, ansiedades e suporte para a prática” (Ferreira e Almeida, 2016, pag.
25).
Fonte: SimĂľes, Almeida e Vieira, 2014.
Fonte: SimĂľes, Almeida e Vieira, 2014.
DIA MUNDIAL DO SERVIÇO SOCIAL 21 DE MARÇO DE 2017