De entre as transformações sociais da sociedade portuguesa contemporânea o fenómeno do envelhecimento populacional, constatado desde o terminus do sec. XX e início do sec. XXI, afigura-se como uma das transformações mais relevantes. A par deste fenómeno a gestão do campo da velhice tem vindo a constituir-se como um grande desafio para a política pública. Segundo Cardoso, Santos, Baptista e Clemente (2012, p. 627) a “matriz da gestão pública da velhice é complexa e dominada por fortes contradições”. Nos últimos decénios a política pública tem estimulado a criação de vários tipos de respostas sociais, contudo estas não têm tido, segundo Fernandes (1997), “em conta as dimensões em que se decompõe a problemática social da velhice e os resultados afastam-se, muitas vezes, dos objetivos propostos” (p. 163). Dar conta da expressão numérica do campo da gestão da velhice, analisando, concomitantemente, as competências dos/as assistentes sociais nos domínios da “ética” e da “avaliação” são objetivos desta apresentação.