Sumário Mesopotâmia ................................................................................................................3 O Antigo Egito ........................................................................................................... 7 Mumificação dos Mortos ............................................................................ 10 Os Deuses Egípcios.......................................................................................... 13 A Grécia antiga...................................................................................................... 14 Alexandre, o grande .......................................................................................17 Roma, a cidade - estado ................................................................................. 19
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Mesopotâmia No vale situado entre o Tigre e o Eufrates, em uma época anterior ao Antigo Egito, surgiu a mesopotâmica. Do grego Meso (entre) e Pótamos (rios) seu nome faz referência ao fato de estar situada entre os rios acima citados. Considerada pelo mundo ocidental como berço das civilizações, a Mesopotâmia da Idade do Bronze abrigava a Suméria, além dos impérios Acadiano, Babilônico e Assírio, todos nativos do território em que hoje situa-se o Iraque. Os povos sumérios e acádios (incluindo assírios e babilônios) dominaram a região desde o início da história escrita (c. 3 100 a.C.) até a queda de Babilônia em 539 a.C., quando foi conquistada pelo Império Aquemênida. Caiu a Alexandre, o Grande em 332 a.C. e, após sua morte, tornou-se parte do Império Selêucida, de cultura grega. A Mesopotâmia Foi identificada como inspiração para alguns dos desenvolvimentos mais importantes da história humana, incluindo a invenção da roda, a plantação das primeiras culturas cerealíferas, o desenvolvimento da escrita cursiva, da matemática, da astronomia e da agricultura.
Em linhas gerais, pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto 3
membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sob o controle do déspota, personificação do Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo. A escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma escrita ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma ideia.
Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
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Na Mesopotâmia onde se unia o Tigre e o Eufrates, nasceu a cidade de Babilônia (porta dos deuses). A princípio foi uma pequena povoação. Com o tempo porém, Babilônia converteu-se em um enorme centro comercial. Da Babilônia, pode-se destacar sua admirável arquitetura, exposta em seus jardins suspensos e talvez uma das poucas menções à magia desta época: Nabucodonosor II.
Nabucodonosor II foi o mais poderoso rei da Babilônia, e em uma inscrição ele se chamava de o favorito de Nebo (Deus da escrita e sabedoria). Este poderoso rei cumpriu extraordinários feitos militares durante seu governo, mas o mais interessante foi o incidente que lhe caiu. Muitos estudiosos mágicos, dizem que pode ter sido uma azararão ou maldição ou ainda ter se tornado um lobisomem, diante da que se abateu sobre o homem, mas o fato é que 5
Nabucodonosor II caiu em um estranho modo de loucura por sete anos, onde pensava ser ou ter ser transformado em um lobo. Suas unhas e cabelos cresceram, e ele estava sempre nu, comendo como um animal, enquanto estava afastado de seu reinado. Até hoje, ainda não sabemos o que se abatera sobre o favorito de Nebo.
Em 331 a.C. Alexandre, o grande derrotou triunfantemente os persas na famosa Batalha de Gaugamela e conquistou a Mesopotâmia. Conquista esta selada em uma triunfal entrada na cidade de Babilônia.
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O Antigo Egito Nas eras mais remotas, quando o homem não sabia ler e escrever, as histórias eram contadas oralmente. Sempre que uma história era contada, as pessoas faziam algumas alterações, envolvendo tramas e personagem. Assim nasceram os mitos e as lendas. Originalmente a dois locais distintos está atribuído o surgimento da escrita. Um deles é a Mesopotâmia, com a escrita cuneiforme e o outro o Egito. Egito fora um dos países mais poderosos do mundo, responsável pelo surgimento da escrita hieroglífica e pela construção das pirâmides, os colossais túmulos dos Faraós. A maior parte das terras do Egito eram secas e inférteis, chamadas terras vermelhas. Somente nas regiões próximas ao poderoso rio Nilo é que se podia prosperar. A maior parte da população egípcia vivia no Vale do Nilo, também conhecido como Terras Negras. Como já mencionado, foi no Egito que se desenvolveu a escrita hieroglífica, provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, a qual era vocacionada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. A escrita hieroglífica é um sistema que usa figuras e símbolos chamados hieróglifos em vez de letras e palavras.
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A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques). Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.
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Dentre os faraós mais conhecidos pode-se citar Tutancâmon, o Faraó menino, Ramsés II, Faraó citado nas escrituras hebraicas, como opositor de Moises e Cleópatra, a última rainha da dinastia de Ptolomeu, depois da conquista do Egito por Alexandre, o grande.
Ramsés II
Tutancâmon
Cleópatra
A aproximadamente 3200 a.C., os feiticeiros eram chamados aos palácios dos Faraós (reis egípcios) para explicarem os fenômenos sobrenaturais, como por exemplo, a vida pós a morte. Uma história interessante está nos relatos dos cristãos. Quando Moises foi ordenar que o Faraó liberta-se os israelitas da escravidão no Egito, ele mandou que seu irmão Arão lança-se seu cajado no chão, e esse se transformou em uma serpente. O faraó não se sentiu impressionado e ordenou que seus feiticeiros fizessem o mesmo e estes assim o fizeram. Os feiticeiros do antigo Egito usaram diversos feitiços que hoje são considerados simples para surpreenderem os faraós, entre eles a dominação de cobra, transmutação de líquidos, conhecimento astronômico na criação de calendários e transfiguração de animais, o que resultou no surgimento das esfinges.
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Mumificação dos Mortos Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, e por isso mumificavam seus mortos. O processo de mumificação era complexo e demorado, assim como segue nas instruções abaixo:
Lavagem do corpo.
O cérebro é tirado pelas narinas, através de um instrumento curvo, mexese no cérebro que é uma massa mole, e este se liquefaz. Injeta-se vinho de tâmara, ajudando a dissolver mais o cérebro. Vira-se o morto e o cérebro escorre pelas narinas.
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É aberta uma incisão no abdômen e todos os órgãos internos, exceto o coração, são retirados, embalsamados e colocados nos canopos (recipientes utilizados para colocar os órgãos). Em seguida, o corpo é cheio com saquinhos de sal (Natrão) e mergulhado em uma espécie de bacia um pouco inclinada com um furo de um lado, para que seus líquidos escorram.
Após isso, a múmia é literalmente enterrada por 72 dias. O sal absorve todo o líquido do corpo. Após estes 72 dias, o corpo, que está escurecido e ressecado, é retirado. Enxertam-se resinas, aromas, perfumes, bandagem, pó de serra, isto para dar a conformação do corpo. Depois disto, a abertura no abdômen é costurada, e é colocada uma placa mágica, geralmente com o desenho dos Quatro filhos de Hórus e de seu olho.
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Começa, então, o processo de enfaixamento com metros e metros de tiras de pano de linho com goma arábica, até fazer a composição que vemos nas múmias. A cada volta, colocam-se amuletos e colares. Assim a múmia está pronta para o enterro, sendo que no caso do Faraó este enterro era acompanhado de um extenso ritual, repleto de encantamentos, realizado por sacerdotes.
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Os Deuses Egípcios
O panteão egípcio consistia das diversas divindades veneradas pelos antigos egípcios. Diversas das principais divindades eram descritas como criadores do universo, entre elas estão Rá-Atum, Amon e Ptah. Podemos citar também como formas composta destes deuses, Amon-Rá. Muitas dessas divindades eram metade humana e metade animais, como Anúbis, o deus responsável pelo mundo dos mortos, que tinha a cabeça de um chacal.
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A Grécia antiga A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-europeia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracterizava a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.
A Grécia Antiga é um período onde desabrochou a filosofia como conhecemos hoje. Foi nela que viveram e ensinaram Sócrates, Platão e Aristóteles, este último professor de Alexandre, o grande. Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características comportamentais e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais.
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Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor. Dentre os deuses gregos podemos destacar:
Zeus- Deus dos deuses; Poseidon- Deus dos oceanos; Atenas- Deusa da sabedoria e justiça; Afrodite – Deusa da beleza e amor; Hades- Deus do submundo; Apolo- Deus da luz do Sol, poesia, música e artes; Ares – Deus da guerra; Hera – Deusa protetora das mulheres, do casamento e do nascimento.
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Os gregos criaram vários mitos para passarem mensagens às pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas principalmente através da literatura oral. Grande parte destas lendas e mitos chegaram até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização Antiga Grega. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas.
Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho. A Ilíada, a Odisseia, Os doze Trabalhos de Hercules e a busca de Jasão pelo velo de ouro, são apenas algumas das narrativas recheadas de conhecimento, criada pelos Gregos para explicarem o homem e o mundo que o cerca.
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Alexandre, o grande Durante toda sua infância recebeu influência da cultura grega, pois seu professor foi o importante filósofo grego Aristóteles. Desde a infância apresentava uma grande vocação para governar, sendo que desde os 16 anos de idade ajudava o pai nas tarefas administrativas do império macedônico. Quando tinha 20 anos, aproximadamente, perdeu o pai, vítima de assassinato. Alexandre, a partir deste momento, assume o trono do império. Durante seu reinado, Felipe II havia conquistado algumas cidades da Grécia, porém, foi sob o comando do filho, que este domínio se ampliou sob as cidades gregas. Até mesmo a poderosa cidade de Tebas caiu sob domínio do grande imperador. Alexandre começa então a ampliar o império, através de conquistas e acordos diplomáticos.
No ano de 333 a.C., conquistou a Pérsia (região do atual Irã) de Dario III, utilizando um exército formado por trinta mil soldados muito bem preparados. Transferiu para a Babilônia toda a corte, passando a comandar o império desta região. Logo em seguida partiu para conquistar a Síria e a Fenícia. Em 331 a.C., fundou a cidade de Alexandria na região norte do Egito.
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Dando continuidade às conquistas, os macedônicos dominaram a região de Gaza e o Egito. Nesta região aplicou uma conquista amigável e diplomática, pois os egípcios não resistiram com violência ao exército macedônico. Em contrapartida, Alexandre respeitou a cultura e deu liberdade de culto aos egípcios. Fundou no Egito a importante cidade de Alexandria, com a construção do monumental Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo). Durante uma longa viagem para a região da Índia, alvo de sua próxima conquista, seu exército recusou prosseguir, pois os combatentes estavam muito cansados. Voltaram para a Babilônia, planejando invadir a Arábia. Porém, contraiu uma febre (causa provável) e faleceu aos 33 anos de idade.
A importância de Alexandre para o mundo antigo foi enorme, principalmente do ponto de vista cultural. Foi ele o responsável por divulgar a língua e a cultura grega pelas regiões conquistadas. A fusão da cultura oriental com a grega criou no mundo antigo o helenismo.
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Roma, a cidade - estado De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rômulo e Remo, que foram criados por uma loba. Rômulo e Remo seriam descendentes de um príncipe da antiga Tróia, invadida e queimada pelos gregos anos antes.
A herança cultural deixada pelos romanos contribuiu para transformálos no mais importante e influente povo da civilização ocidental. Dos gregos, os romanos adotaram os deuses, mudando apenas os nomes. Como por exemplo, Zeus que passou a ser Júpiter, Ares se tornou Marte, Afrodite Vênus e Hades Plutão.
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O governo de Roma sofreu várias mudanças dentro de sua existência: monarquia, republica e império. Durante a república aconteceram inúmeras revolta de escravos, sendo a liderada por Espartacus a mais importante. Ao fim da rebelião de Espartacus, para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato. Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lépido. As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Princeps (primeiro cidadão) foi à primeira fase do império disfarçado de República.
O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo. Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão: Tibério (14 a 37), Calígula (37 a 41), Nero (54 a 68), Tito (79 a 81), Trajano (98 a 117), Adriano (117-138), Marco Aurélio (161 a 180). Devido às intrigas políticas, rebelião de escravos, imperadores loucos e a invasão dos bárbaros germânicos, o império romano se desmoronou aos poucos.
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O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade para a Idade Média.
Um caso interessante dentro do império romano é a loucura que se abateu sobre uma serie de sucessão de imperadores, como no caso de Nabucodonosor, muitos estudiosos afirmam que a loucura fora fruto de alguma azararão ou maldição vingativa de algum usuário de magia, que viveu na época. Destacam-se entre os imperadores loucos, Cômodo, que acreditava ser Hercules e descia para lutar com gladiadores, nas arenas, Nero, que foi responsabilizado pela morte de sua própria mãe, de sua primeira esposa e de ter mandado envenenar um meio-irmão.
Cômodo
Nero
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Calígula
Ainda a Nero é atribuído um incêndio que devastou Roma. Heliogábalo, castrou-se em público e o mais louco Calígula, teria nomeado seu cavalo Incitatus como cônsul, alto cargo de oficial público que tinha como principal função comandar exércitos. Dizia-se que o animal inclusive dormia com Calígula em sua cama. Muito da fama de Calígula se deve a suas baixezas e crueldade. Infere-se que ele teria determinado que criminosos fossem servidos vivos como refeição para animais selvagens e também foi acusado de ter mantido relações sexuais com suas três irmãs.
Calígula e seu cavalo Incitatus
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