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Uma outra perspectiva
Um museu muito focado nos acessos, mas que até nesse capítulo apresenta alguns proble mas. Dois académicos da Universidade Cidade de Macau publicaram um artigo em que apresentam soluções para tornar o Museu de Macau mais acessível para toda a população
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IAM Acolhimento de cães e gatos cresce 45%
O Instituto para os Assuntos Municipais anunciou que vai aumentar a capacidade para receber cães e gatos abandonados em 45 por cento, de acordo com um comunicado emitido ontem. Ainda assim, a capacidade fica aquém do número de animais à guarda do IAM. Segundo as contas avançadas, o aumento da capacidade foi possível devido à construção de um abrigo para animais no antigo parque de estacionamento do Canil Municipal de Coloane com 35 jaulas para cães e 20 para gatos. Quando estas instalações estiverem prontas para receber animais, contando com o canil de Macau e de Coloane, o território vai passar a ter 110 gaiolas para cães e 66 para gatos. A capacidade actual é de 75 jaulas para cães e 46 para gatos. No entanto, o IAM tem actualmente à guarda 135 cães e 76 gatos, o que significa que a capacidade ainda fica aquém do ideal, em que cada cão e gato está isolado numa jaula.
OMuseu de Macau apresenta vários desafios para as pessoas com deficiência que passam não só pelos acessos ao edifício, mas também pelos materiais informativos disponibilizados.
Esta é a conclusão da “Pesquisa sobre o Design das Acessibilidades para Grupos com Deficiência no Museu de Macau”, artigo publicado a 15 de Fevereiro na revista científica Academic Journal of Environment & Earth Science.
Segundo as conclusões do trabalho assinado pelos académicos Xu Man e Li Yan, da Universidade Cidade de Macau, um dos problemas passa pelo Museu de Macau ter uma abordagem muito focada nas questões de acesso a quem tem dificuldades motoras, desvalorizando outros aspectos.
Se, por um lado, existem infra-estruturas para garantir o acesso de pessoas com dificuldades de mobilidade ao museu, por outro, faltam outras instalações de apoio, como casas-de-banho com barras metálicas ou equipamentos semelhantes. Os autores indicam também a ausência de uma sala de leitura para invisuais, que lhes permita ter acesso à informação sobre a história do território.
Quanto aos acessos, a investigação conclui também que há elevadores para pessoas com dificuldades motoras que estão bloqueados por cadeiras, extintores e outros materiais relacionados com a gestão do espaço.
No esquecimento
Outra das críticas, passa por alguns dos materiais na exposição serem de impossível acesso por quem não tem todas as capacidades visuais ou auditivas. Um exemplo apontado, é o dos aparelhos auditivos, no segundo andar, que explicam os conteúdos em exposição.
Quem sofre de algum tipo de deficiência auditiva dificilmente tira partido da experiência, sem ter outras alternativas. “São aparelhos que funcionam perfeitamente para quem está na posse de todas as capacidades, porém, para as pessoas com deficiências, a experiência de interacção com as exposições é praticamente inexistente”, é considerado sobre esta parte dos materiais em exibição. Como aspecto negativo é indicada a falta de visitas guiadas preparadas para pessoas portadoras de deficiência, ou de meios de comunicação com os responsáveis do museu.
Caixa de sugestões
Com algumas falhas apontadas, os autores consideram que o museu
Como aspecto negativo é indicada a falta de visitas guiadas preparadas para pessoas portadoras de deficiência pode disponibilizar aos visitantes cadeiras de rodas electrónicas, capazes de circular nas imediações do museu, mesmo nos espaços de mais difícil acesso. Estes equipamentos seriam disponibilizados por aluguer.
Além disso, é sugerido que sejam criadas casas-de-banho a pensar nas necessidades especiais das pessoas com dificuldades, ao contrário do que dizem ser a situação actual.
Finalmente, os autores apelam ao museu para pensar em “preencher as falhas de comunicação” para que os materiais em exibição possam ser acedidos por pessoas invisuais e sem capacidade auditiva, com recurso às novas tecnologias. Outra alternativa apontada pelos académicos, como menos exigente financeiramente, é a criação de parcerias com associações locais, que dominem a linguagem gestual, de forma a oferecer este serviço. João Santos Filipe
DSPA Cinco propostas para transportar lamas
A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) recebeu cinco propostas, com valores entre os 118 milhões de patacas e 145 milhões de patacas, para a prestação do serviço de “Projecto de Transporte das Lamas Marinhas do Aterro e Serviços de Operação”. A informação foi divulgada ontem através de um comunicado. A prestação do serviço vai prolongar-se durante três anos. A empresa escolhida vai ter como tarefa transportar lamas do aterro para os resíduos de materiais de construção para uma zona reservada, onde estas lamas são novamente colocadas no mar. A proposta com o preço mais reduzido pertence ao consórcio constituídos pelas empresas Top Builders Internacional e Grupo de Construções Top. No polo oposto, a concorrente com o preço mais elevado é o consórcio constituído pelas empresas CCECC (Macau) Companhia de Construção e Engenharia Civil China, Sociedade de Investimentos e Fomento Imobiliário Chon Tit e Companhia de Construção Genyield.
Dsal N Mero De Trabalhadores N O Residentes Cai Para Registos M Nimos De 2014
Onúmero de trabalhadores sem estatuto de residente caiu para menos de 152 mil em Janeiro, o número mais baixo desde Abril de 2014, apesar de as autoridades admitirem a escassez de mão-de-obra.
Segundo dados da Polícia de Segurança Pública, no final de Janeiro o território registava 151.878 trabalhadores não residentes, menos três mil do que no final de Dezembro.
As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), revelam que Macau perdeu quase 44.700 não residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538 atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia.
No espaço de três anos, foram os não residentes vindos do Interior os mais afectados pela perda de empregos (menos 17 mil), seguidos pelos das Filipinas (menos 9.500) e do Vietname (menos 7.400).
O sector da hotelaria e restauração foi o mais atingido, tendo perdido mais de 17.600 funcionários não residentes desde Dezembro de 2019, seguido pelas empregadas domésticas (menos 7.400) e pelo sector da cultura e casinos (menos 7.300). O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, reconheceu a 3 de Fevereiro que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal e garantiu que iria negociar com as empresas ligadas ao turismo para “resolver o problema com que o sector se está a deparar”.
Lake View Falso alarme leva polícia ao edifício
A polícia foi ontem chamada ao Edifício Lake View Masion, na Avenida Dr. Stanley Ho, por suspeitas de que um morador pretendia saltar do telhado. No entanto, tudo não passou de um falso alarme. O alerta para a situação foi dado às 14h, após alguns moradores terem dado conta da existência de uma pessoa no andar superior. Alertadas pela situação, e por temerem que se tratasse de uma tentativa de suicídio, alertaram as autoridades. Porém, quando os polícias e os bombeiros chegaram ao local foram informados de que toda a situação não passava de um mal-entendido. Isto porque quando a pessoa no andar superior foi abordada, negou qualquer intenção de saltar. No ano passado, o número de suicídios em Macau teve um crescimento acelerado, em comparação com 2021.
Alfândega Mais de mil cartões SIM na mala
Na passada quarta-feira, os Serviços de Alfândega detectaram um residente com 1200 cartões SIM, para telemóveis, vindo das Filipinas e a tentar passar com o material na fronteira de Gongbei para entrar em Zhuhai. Segundo o jornal Ou Mun, os agentes alfandegários de Gongbei descobriram os cartões, atados com um elástico, na mala do homem, de apelido Ng. O material foi apreendido por ultrapassar os limites razoáveis de bens transportados na fronteira. Os Serviços de Alfândega apontam que os cartões adquiridos no exterior se destinam normalmente à realização de burlas telefónicas.
Máscaras Isenção do uso ao ar livre pode trazer mais turistas
Lei Chun Kwok, vice-presidente da Associação Económica de Macau, acredita, segundo o jornal Ou Mun, que o fim da recomendação do uso de máscara ao ar livre poderá atrair mais turistas ao território. O responsável disse que já no período do Ano Novo Chinês se notava um aumento do número de turistas em 70 a 80 por cento em relação ao período pré-pandemia. Sobre a medida, Lei Chun Kwok diz que é um sinal de confiança das autoridades e que no interior da China também foi afastado o uso de máscara na rua, sendo apenas obrigatório em alguns espaços públicos, locais confinados e autocarros.