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Passagens alternativas
Após
o aumento da mortalidade desde Dezembro, o IAM anunciou o lançamento de uma forma mais ecológica de enterro de cinzas dos mortos. O serviço disponibilizado no Jardim Memorial do Cemitério Sá Kong da Taipa é gratuito
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Apartir de hoje, as famílias vão poder depositar as cinzas dos entes queridos no Jardim Memorial do Cemitério Sá Kong da Taipa, na Taipa. A nova opção de serviço funerário foi anunciada pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e tem como objectivo de oferecer uma forma mais ecológica de tratamento dos falecidos.
Segundo as explicações oficiais, as cinzas dos corpos cremados são colocadas, num primeiro momento, num saco biodegradável, que é enterrado numa cova no jardim. Essa cova é depois tapada com terra e as cinzas ao longo do tempo vão misturando-se com a natureza.
No jardim, desenhado com forma de uma flor, as famílias têm ainda lápides onde podem colocar o nome dos familiares enterrados, para os poderem recordar sempre que desejarem.
Em comunicado, o IAM explicou que o jardim tem disponíveis 400 covas. Após algum tempo, estas podem voltar a ser utilizadas com o depósito de mais sacos biológicos com cinzas de outros falecidos.
Isento de despesas
De forma a promover esta forma ecológica de enterro das cinzas, o IAM informou que o serviço está a ser oferecido de forma gratuita.
Além disso, o organismo está a realizar visitas guiadas por parte dos interessados, que assim
UM novo laboratório da Universidade de São José (USJ) vai investigar a potencial utilização de neurociências aplicadas para ajudar doentes que sofrem de covid-19 prolongada no Brasil, disse um académico à Lusa. O director do laboratório de neurociências aplicadas da USJ, Alexandre Lobo, falava à margem da cerimónia de inauguração do Centro. Cerca de 145 milhões de pessoas em todo o mundo sofreram sintomas de covid-19 de longo prazo nos primeiros dois anos da pandemia, incluindo fadiga com dores no corpo, alterações de humor, problemas cognitivos e falta de podem verificar no local o funcionamento da nova forma de enterro. Este novo serviço é apresentado depois de um ano em que a taxa de mortalidade em Macau sofreu um aumento muito significativo, devido à convivência com o vírus da covid-19.
O modelo ecológico apresentado no início da semana é semelhante a outros serviços disponibilizados pelo IAM como a cremação de ossos e o enterro das cinzas junto de árvores, lançados em 2014 e 2015, respectivamente.
O IAM revelou que o jardim tem disponíveis 400 covas para o depósito de cinzas e lápides para identificar os corpos enterrados
Combate ao vírus
USJ quer ajudar brasileiros com covid-19 prolongada ar, segundo um estudo divulgado em Setembro.
Alexandre Lobo disse acreditar que a tecnologia de neurociências aplicadas já desenvolvida pelos investigadores da USJ pode ajudar a mitigar os “enormes impactos cognitivos nos pacientes” com covid-19 prolongada. De acordo com dados oficiais, o Brasil registou mais de 36,9 milhões de casos confirmados de covid-19. Um estudo brasileiro concluiu que quase 60 por cento das pessoas que contraíram a doença tiveram sintomas de longo prazo.
Acordo com Brasil
A investigação, que nasceu de um acordo já existente entre a USJ e a Universidade Federal do Ceará (UFC), no nordeste do Brasil, “ainda está muito numa fase inicial, na fase de design”, sublinhou Lobo. A USJ tem alunos de doutoramento na área de neurociências aplicadas na UFC e “a ideia é que possam dar apoio” ao Hospital Universitário Walter Cantídio, explicou o académico.
Segundo o IAM, estas formas têm-se tornado mais populares ao longo dos anos e no que diz respeito ao enterro das cinzas junto de árvores houve mais de 400 serviços prestados em quase 10 anos, ou seja, uma média de 40 enterros junto a árvores por ano.
O Jardim Memorial do Cemitério Sá Kong da Taipa fica situado junto ao cemitério com o mesmo nome, um dos mais utilizados no território. Nunu Wu e João Santos Filipe
O director lembrou que a universidade com sede em Macau já tinha lançado, com a UFC e o Instituto da Primeira Infância, com sede em Fortaleza, um projecto de pesquisa com famílias carentes brasileiras, “submetidas a stress crónico”.
O projecto usou equipamento de monitorização das ondas cerebrais, para avaliar a reacção dos membros de famílias carentes quando eram submetidas a sessões de relaxamento, referiu o director do laboratório.
A USJ pretende “incrementar mais ainda” a investigação sobre o stress crónico das famílias carentes brasileiras, nomeadamente através da utilização de tecnologia de realidade virtual, disse Alexandre Lobo.